DF participa da COP 30 como referência nacional em sustentabilidade e proteção ao Cerrado
O Distrito Federal está se preparando para marcar presença na COP (Conference of the Parties) 30, em Belém (PA), com resultados concretos que colocam a capital do país no mapa da sustentabilidade nacional. O DF chega ao encontro climático mundial com números que impressionam: redução de 95% no desmatamento do Cerrado em 2024, queda de 66,9% nas áreas queimadas e uma matriz energética cada vez mais limpa e solar. Plano de combate a incêndios florestais reduziu em quase 70% as queimadas entre 2022 e 2024 | Foto: Divulgação A participação do governo local no maior evento climático do planeta não é casual. Representa o amadurecimento de uma política ambiental estruturada, que combina inovação tecnológica, engajamento social e compromisso real com a descarbonização. E vem em um momento estratégico: quando os holofotes globais se voltam para o Brasil, o DF mostra que é possível avançar na agenda verde sem abrir mão do desenvolvimento. “Estamos provando que é possível reduzir drasticamente o desmatamento, investir em energia limpa e modernizar a gestão ambiental com inteligência e tecnologia” Celina Leão, vice-governadora “O Distrito Federal tem demonstrado que sustentabilidade não é apenas discurso, é ação concreta”, reforça a vice-governadora Celina Leão. “Estamos provando que é possível reduzir drasticamente o desmatamento, investir em energia limpa e modernizar a gestão ambiental com inteligência e tecnologia. Na COP 30, vamos mostrar ao mundo que o Cerrado também é protagonista da agenda climática”. Cerrado protegido O dado mais emblemático vem do coração da missão ambiental do DF: a proteção do Cerrado. Em 2024, o desmatamento do bioma caiu de 638 hectares para apenas 31 hectares — uma redução de 95%, a maior entre todas as unidades federativas do Brasil, segundo o MapBiomas. É um resultado que coloca o Distrito Federal como exemplo nacional de como a tecnologia e a fiscalização podem andar juntas. O segredo? O Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), que integra alertas de desmatamento, imagens de satélite e dados geoespaciais em tempo real. Com 74 indicadores ambientais e mais de 144 mil acessos em 2024, o Sisdia se tornou a espinha dorsal da gestão territorial do DF, permitindo que equipes de fiscalização ajam rapidamente diante de qualquer ameaça ao bioma. “Investimos em inteligência ambiental”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “O Sisdia nos dá olhos sobre todo o território e capacidade de resposta imediata. Isso, aliado ao trabalho incansável das nossas equipes de fiscalização e ao fortalecimento das brigadas, resultou nessa conquista histórica. É a prova de que tecnologia e compromisso fazem a diferença.” Fogo controlado, carbono preservado Outro pilar da estratégia ambiental do DF é o Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif). Com a ampliação do contingente de brigadistas e investimentos em infraestrutura, o programa conseguiu reduzir em 66,9% as áreas queimadas entre 2022 e 2024. A ação tem impacto direto no Plano Carbono Neutro do DF, preservando estoques de carbono florestal e protegendo ecossistemas essenciais para a regulação climática. O Ppcif também conta com inteligência artificial: o projeto Sem Fogo monitora pontos estratégicos com tecnologia de ponta, permitindo a identificação precoce de focos de incêndio e ação preventiva. É a combinação de pessoas, tecnologia e gestão que tem feito a diferença na proteção do Cerrado. Energia solar A transição energética é outra frente de destaque. A inauguração da primeira usina pública de geração fotovoltaica, em Águas Claras, é apenas o começo. Com investimento de R$ 4,1 milhões, a usina abastece 80 prédios públicos, incluindo dez escolas, com energia limpa e renovável. E há mais por vir: projetos em andamento para o Supremo Tribunal Federal (STF), o Aeroporto de Brasília e 400 escolas públicas devem adicionar mais de 16 MWp de capacidade solar ao sistema. Estações de Guariroba e Samambaia Sul do Metrô-DF operam com 100% de energia solar A infraestrutura LED também avança: 60% das vias do DF já contam com iluminação eficiente, gerando economia de 44.760 MWh por ano e evitando a emissão de 2.400 toneladas de dióxido de carbono. No Metrô, as estações Guariroba e Samambaia Sul já operam com 100% de energia solar, um exemplo de mobilidade sustentável na prática. Conexão ecológica Preservar não é apenas evitar danos, é também restaurar. O Dia de Plantar, instituído em 2023, já promoveu o plantio de 30 mil mudas nativas do Cerrado em ações conjuntas com a sociedade civil. Para 2025, o programa hídrico prevê a reforma de bacias hidrográficas e a recuperação de 100 hectares na Bacia do Melchior, investimento direto na segurança hídrica e na conectividade ecológica do território. R$ 57 mihões Total de receitas gerado em trabalhos do Complexo Integrado de Reciclagem em 2024 A portaria conjunta entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e o Instituto Brasília Ambiental avança na definição de corredores ecológicos, garantindo que a fauna e a flora do Cerrado tenham espaço para se movimentar e se reproduzir. É a ciência a serviço da vida, conectando fragmentos de vegetação e fortalecendo a resiliência dos ecossistemas. A economia circular também ganha força no DF. O Complexo Integrado de Reciclagem (CIR) recebeu mais de 9.800 toneladas de resíduos em 2024, envolvendo 35 cooperativas contratadas pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e gerando R$ 57,4 milhões em receitas. A logística reversa foi ampliada para 170 pontos de entrega voluntária (PEVs), e a coleta domiciliar de eletroeletrônicos se expande pela capital. A regulamentação da Lei de Compostagem Orgânica e o desenvolvimento de um módulo especialista no Sisdia para monitoramento de resíduos em tempo real completam o pacote de ações que transformam lixo em oportunidade, reduzem emissões e fortalecem cooperativas locais. Compromisso com o planeta Ao lado dos demais estados do Consórcio Brasil Central, o DF levará a Belém a mensagem de que o Cerrado é tão vital quanto a Amazônia para o equilíbrio climático do Brasil e do mundo. Berço das águas, o bioma sustenta nascentes, garante o abastecimento hídrico de regiões inteiras e abriga biodiversidade única. “A COP 30 é a oportunidade de mostrar que o Brasil está fazendo sua lição de casa”, pontua Celina Leão. “E o Distrito Federal é prova disso. Estamos reduzindo emissões, protegendo nossa biodiversidade, investindo em energia limpa e, principalmente, engajando nossa população nessa jornada. O Cerrado merece estar no centro da discussão climática, e o DF vai garantir que ele seja ouvido”. [LEIA_TAMBEM]Com um portfólio robusto de ações e resultados mensuráveis, o Distrito Federal vai à COP para participar, inspirar, compartilhar experiências e mostrar que a transformação ambiental já começou. A COP 30 A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima reunirá líderes mundiais, cientistas, sociedade civil e governos locais para debater ações globais frente à crise climática e reforçar a implementação do Acordo de Paris. Organizada pelo Consórcio Brasil Central, que reúne DF, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, a COP Cerrados destaca a importância do bioma na agenda climática e sua conexão vital com a segurança hídrica e a biodiversidade brasileira. *Com informações da Sema-DF
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Usinas solares em escolas do Recanto das Emas vão economizar R$ 200 mil na conta de luz
A rede pública de ensino do Distrito Federal deu mais um passo decisivo rumo à sustentabilidade, com a implantação de duas novas usinas fotovoltaicas em escolas no Recanto das Emas. As estruturas foram inauguradas nesta quinta-feira (29), no Centro de Ensino Médio (CEM) 111 e no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 801, ampliando o uso de energia limpa e renovável nas escolas da região administrativa. Descerramento da placa de inauguração de uma das usinas fotovoltaicas: sustentabilidade é o objetivo | Foto: Bruno Grossi/SEEDF A instalação reforça o compromisso da Secretaria de Educação (SEEDF) com a sustentabilidade e a responsabilidade fiscal. “É um investimento que também traz para a sala de aula o debate da questão ambiental”, explicou a subsecretária de Apoio às Políticas Educacionais da SEEDF, Fernanda Mateus, ao destacar o impacto positivo tanto no orçamento público quanto na formação dos estudantes. Segundo Fernanda, os projetos de energia solar podem fortalecer ainda mais o trabalho pedagógico das unidades. “Os alunos realmente entraram na temática e entenderam a importância da energia solar”, afirmou. Segundo ela, há articulações em andamento para que parte da economia gerada possa ser revertida diretamente em investimentos para os projetos pedagógicos das escolas beneficiadas. Com essas inaugurações, somadas à unidade já em operação na Escola Classe 510, o Recanto das Emas passa a contar com três usinas solares em funcionamento, beneficiando diretamente nove escolas públicas. O impacto financeiro estimado em economia na conta de energia elétrica para os cofres públicos do DF ultrapassa os R$ 200 mil ao ano. Economia e eficiência energética No CEM 111, foram instalados 130 módulos fotovoltaicos com capacidade média de geração de 9.468 kWh por mês. Isso representa uma economia mensal de R$ 9.270, totalizando R$ 111.343 por ano. Já no CEF 801, a usina instalada conta com 104 módulos e gera, em média, 8 mil kWh por mês, o que corresponde a uma economia mensal de R$ 7.760 e anual, de R$ 93.120. O investimento total para a implantação das duas novas usinas foi de R$ 440 mil, viabilizado por emendas parlamentares destinadas pelos deputados Rafael Prudente, João Cardoso e Martins Machado, por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf). A parceria entre o Legislativo e a SEEDF tem se mostrado essencial para fortalecer a política de sustentabilidade nas escolas. Compromisso com o futuro A implantação das usinas fotovoltaicas no Recanto das Emas representa um avanço significativo para a sustentabilidade e a gestão eficiente dos recursos públicos. A destacou o impacto positivo da iniciativa e o desejo de ampliá-la para toda a rede local, que já conta com três escolas com usinas solares em operação. “A nossa proposta aqui é que todas as nossas escolas sejam sustentáveis, e a gente conta com o apoio tanto da Secretaria de Educação quanto da Câmara Legislativa para alcançar esse objetivo”, relatou a coordenadora regional de ensino do Recanto, Mariana Ayres. “Ficamos muito felizes, pois agora somos um exemplo de energia limpa e renovável”, reforçou o diretor do CEF 801 Cleiton Leite. *Com informações da Secretaria de Educação
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Ibaneis Rocha dará palestra em Dubai, e Celina Leão assume como governadora em exercício
O governador Ibaneis Rocha é um dos palestrantes do evento Brazil Emirates Conference, promovido pelo Lide, marcado para ocorrer entre 12 e 16 de abril, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O chefe do Executivo vai palestrar no painel 1 – Sustentabilidade e transição energética, com o tema O compromisso ambiental de governos e do setor privado com a descarbonização. Com a viagem oficial, o governador transmitiu o cargo para a vice-governadora Celina Leão, que assume a função, em exercício, entre os dias 11 e 18 de abril. “Estaremos em mais um evento do Lide levando as ações e mostrando como estamos transformando a nossa cidade na capital da sustentabilidade” Governador Ibaneis Rocha “Estaremos em mais um evento do Lide levando as ações e mostrando como estamos transformando a nossa cidade na capital da sustentabilidade, apostando na energia limpa, e de que forma temos feito isso dentro do governo”, afirmou Ibaneis Rocha. Além do governador do Distrito Federal, constam como conferencistas a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; o presidente global de Operações da Ambipar, Roberto Azevêdo eo ex-presidente da Petrobras e head do Lide Energia, Jean Paul Prates, entre outros. Capital da sustentabilidade A utilização de fontes de energia renováveis tem sido uma tônica de projetos do GDF | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília No Distrito Federal, a sustentabilidade tem sido colocada em prática nos últimos anos. A lei distrital nº 6.891/2021, conhecida como Lei de Renováveis, tem o objetivo de tornar a região uma referência na adoção de fontes de energia alternativas. Um dos destaques nesta pauta é o Projeto CITinova, colaboração com a ONU, que busca fomentar o uso da energia solar e promover práticas ambientais sustentáveis nas bacias do Rio Descoberto e do Paranoá. O GDF também tem feito a substituição das luminárias de vapor de sódio por modelos de LED, que visa diminuir tanto o consumo de energia quanto as emissões de CO², com a meta de renovar toda a iluminação pública do DF nos próximos anos. Neste ano, entre janeiro e março, o DF ganhou 50 mil novas lâmpadas. No setor de mobilidade, uma das principais ações é a implementação de uma frota de 90 ônibus elétricos. Esses veículos são mais silenciosos, climatizados, confortáveis e seguros, além de contribuírem para a redução das emissões de poluentes. Este governo também incentiva o uso de veículos elétricos e híbridos, oferecendo isenção de IPVA para os proprietários desses automóveis, além de já disponibilizar centenas de pontos de recarga (eletropostos) em pontos estratégicos da capital. Outro avanço significativo é a modernização da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), que agora inclui a geração de energia elétrica entre suas atividades. A empresa obteve um financiamento de R$ 312 milhões do banco alemão KFW para investir não apenas no saneamento, mas também na produção de energia limpa a partir do biogás. Além disso, o GDF e a Neoenergia firmaram um acordo para a instalação de um posto de abastecimento de hidrogênio verde em Brasília, ampliando as opções de soluções sustentáveis na capital.
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PMDF investe em energia solar para o centro médico da corporação
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu um passo significativo rumo à sustentabilidade e eficiência energética com a contratação da empresa Isofen Energy Engenharia de Sustentabilidade Ltda. para a implementação de um sistema de energia solar fotovoltaica. O projeto, orçado em R$ 4,28 milhões, prevê a instalação de painéis solares no estacionamento do Centro Médico da PMDF, gerando energia limpa e reduzindo os custos com eletricidade. A energia solar fotovoltaica é uma alternativa renovável e não poluente, permitindo que a eletricidade seja gerada a partir da luz do sol, mesmo em dias nublados ou chuvosos. O novo sistema proporcionará uma série de benefícios, como a redução das perdas na transmissão e distribuição de energia, o fornecimento de eletricidade nos momentos de maior demanda e um impacto ambiental reduzido. O novo sistema proporcionará uma série de benefícios, como a redução das perdas na transmissão e distribuição de energia | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Com a instalação das placas solares, espera-se uma produção anual de aproximadamente 1.378.568 kWh, o que resultará em uma economia estimada de R$ 798.678,35 por ano. Em 10 anos, a economia total pode ultrapassar R$ 10 milhões. O sistema fotovoltaico será suficiente para suprir toda a demanda energética do Centro Médico da PMDF. A energia excedente gerada será utilizada no abatimento do consumo de energia das outras unidades da corporação, situadas no Setor Policial Sul. Esse modelo de compensação de energia é regulamentado pelas Resoluções Normativas nº 482/2012 e 687/2015 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e permite que a eletricidade gerada além do consumo imediato seja utilizada posteriormente. Outro benefício importante é a instalação das placas solares sobre estruturas do tipo Carport, que servirão como coberturas para as viaturas estacionadas. Isso proporcionará maior conforto térmico para veículos e usuários do local, sem a necessidade de soluções alternativas como lonas ou sombrites. A instalação do sistema de energia solar representa um investimento estratégico para a PMDF, reduzindo a dependência da rede elétrica convencional e promovendo economia a longo prazo. Atualmente, o Centro Médico consome, em média, 38.700 kWh/mês, e com a nova usina fotovoltaica, a expectativa é que a fatura de energia elétrica seja reduzida ao valor mínimo cobrado pela Neoenergia. Além disso, a modularidade do sistema permite ampliações futuras, e a baixa necessidade de manutenção torna a tecnologia ainda mais vantajosa. Com um tempo estimado de retorno do investimento em poucos anos, os benefícios econômicos e ambientais justificam plenamente a adoção da energia solar. A contratação desse serviço de engenharia reflete o compromisso da PMDF com a inovação, a sustentabilidade e a responsabilidade fiscal. A iniciativa não apenas promove a modernização da instituição, mas também busca reduzir custos e minimizar impactos ambientais. A previsão é que o sistema esteja em operação até setembro de 2025, consolidando a PMDF como uma referência no uso de tecnologias sustentáveis na administração pública. *Com informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
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Investimento de R$ 130 milhões vai levar energia solar para prédios públicos do DF
Projeto que prevê a geração de energia limpa capaz de abastecer todos os prédios públicos do DF, o Brasília – Capital da Iluminação Solar já está com os estudos de viabilização em andamento. Esse é um dos principais projetos tocados pela Companhia Energética de Brasília (CEB), que conta com um investimento total de R$ 130 milhões para construir usinas fotovoltaicas para geração de 100 MW de energia. Quando concluída, a iniciativa será a maior em resgate de carbono do Centro-Oeste, colaborando com as metas sustentáveis contra as mudanças climáticas propostas pelo GDF para os próximos anos. O projeto também inclui a modernização total da rede distrital de iluminação pública, com a instalação de 230 mil luminárias LED e a implantação do sistema de telegestão. Inaugurada em junho, em Águas Claras, a primeira usina pública de energia solar fotovoltaica do Distrito Federal deu início à captação de energia para abastecer 80 prédios do Executivo local, uma economia prevista de R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “O investimento na construção de uma usina fotovoltaica para atender a demanda de energia de prédios e estruturas públicas é um passo importante do Distrito Federal na conciliação entre a agenda sustentável e a gestão mais eficiente dos recursos governamentais”, afirmou o presidente da CEB, Edison Garcia. O Brasília – Capital da Iluminação Solar está alinhado com a diretriz dos principais bancos de desenvolvimento, a exemplo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do NDB (New Development Bank), o banco do Brics, no sentido de investir em iniciativas pautadas na sustentabilidade ambiental. No momento, este é o único projeto de sustentabilidade em andamento no NDB. Do total do investimento de R$ 130 milhões, 80% são pagos pelo NDB e o restante pela CEB. O objetivo é reduzir, com a energia fotovoltaica, os valores gastos no consumo de energia elétrica, que poderão ser disponibilizados para outras áreas relevantes da gestão pública, como infraestrutura, saúde ou segurança. CEF 11 do Gama recebeu a instalação de 80 placas fotovoltaicas no telhado da quadra poliesportiva, que estão em funcionamento desde janeiro de 2022 | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília Além da evidente vantagem econômica, o projeto inovador oferece uma robusta contribuição no processo de retirada de gás carbônico da atmosfera. Atualmente, a proposta de construção da usina fotovoltaica da CEB é o maior projeto de resgate de carbono do Centro-Oeste e vai colaborar para que o GDF cumpra com as metas progressivas de, até 2028, 75% dos prédios públicos do DF utilizem energia sustentável. Atualmente, as equipes da companhia trabalham na viabilização dos recursos para dar início à construção da usina. Em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), as placas fotovoltaicas serão instaladas em dois terrenos públicos, um em Brazlândia e outro próximo ao Museu do Catetinho. DF em uma posição estratégica O recurso solar para o Centro-Oeste é equivalente ao encontrado nas regiões Nordeste e Sudeste, e uma das melhores irradiações do Centro-Oeste e do Brasil se encontra no Distrito Federal. Em um prédio padrão das asas Norte e Sul, com seis andares, oito apartamentos por andar, 1.250 m² de telhado e consumo médio por apartamento de 215 kWh/mês, é necessário utilizar apenas 40% da área do telhado para gerar a eletricidade demandada dos apartamentos. O DF possui um território de 5.780 km². É possível gerar toda a eletricidade demandada colocando módulos fotovoltaicos em somente 0,41% dessa área, o que equivale a 24 km².
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Brasília lidera ranking de cidade com maior produção de energia solar do país
Brasília lidera o ranking nacional de instalações de painéis solares para geração de energia limpa, o que reflete os significativos investimentos realizados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e o compromisso do Executivo local com o meio ambiente e a sustentabilidade, consolidando a capital federal como referência no setor. A localização geográfica, pequena extensão territorial e alta taxa de irradiação, com mais de seis meses de seca por ano, dão a Brasília uma vocação natural para geração de energia solar fotovoltaica. A capital federal registrou 413 megawatts (MW) de potência instalada na geração própria de energia, conquistando o pódio do ranking. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a pesquisa, a unidade da Federação possui mais de 20 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos. Segundo a Absolar, são mais de 21 mil consumidores de energia elétrica no DF que contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica. Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao Distrito Federal a atração de R$ 2 bilhões em investimentos, geração de mais de 12 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 600 milhões aos cofres públicos. Além da primeira usina fotovoltaica pública recentemente inaugurada pelo GDF, capaz de abastecer 80 prédios públicos, o Executivo local segue investindo na instalação de outras placas solares no âmbito de suas secretarias, fundações e empresas públicas. Confira abaixo. Agro A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) implantou o programa de incentivo ao uso de energias renováveis nas áreas onde há o agronegócio. Seguindo as prerrogativas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS/ONU), a pasta incentiva, capacita e qualifica seus técnicos na utilização efetiva de energia renovável, além de orientar tecnicamente produtores, cooperativas e associações sobre as tecnologias existentes. A Emater implantou o programa de incentivo ao uso de energias renováveis nas áreas onde há o agronegócio | Foto: Divulgação/Emater As iniciativas desenvolvidas no campo oriundas das energias renováveis são de baixo custo de implantação, grande eficiência, fácil monitoramento e manutenção barata. Com o escopo de atender à realidade do produtor do Distrito Federal, utilizam técnicas e equipamentos poupadores de água, combatendo ainda a escassez hídrica, típica do cerrado. “A energia é um insumo rural. Dentro dessa perspectiva, nós procuramos criar uma assessoria técnica especializada para atender o produtor e tirar dúvidas. Hoje, a energia fotovoltaica é a melhor opção devido à economicidade. O valor na instalação se paga em torno de 40 meses, o que é muito bom para o produtor. Essa tecnologia tem uma grande adesão porque, depois desses meses, o dinheiro que era gasto virou lucro para o produtor utilizar em outros projetos”, defendeu o coordenador da Política de Incentivo às Energias Renováveis da Emater-DF, Tupac Petrillo. Além disso, a Emater-DF possui um sistema fotovoltaico instalado em usina de solo, no espaço da Agrobrasília, que serve de geração de energia remota para o escritório da empresa no PAD-DF. Cerca de dois mil produtores visitam a instalação e são orientados sobre a tecnologia em cada edição da feira. A empresa também realizou um estudo para implantação de 50 hectares de açaí em sistema irrigado por microaspersão, com bombeamento fotovoltaico. A rede contempla o uso sustentável dos recursos hídricos, via controle da irrigação por microaspersão, e o bombeamento utilizando somente energia fotovoltaica, o que promove uma economia de energia para os produtores. Saúde O Hospital da Criança de Brasília (HCB) é o pioneiro das instituições públicas de saúde em aderir à geração de energia sustentável e limpa. Por lá, a direção dá andamento a um projeto promissor que prevê a instalação de 5.400 placas fotovoltaicas nos telhados e no solo do estacionamento do hospital. A tecnologia vai conceder cerca de 85% de autonomia dentro do consumo de energia da instituição, gerando uma economia de aproximadamente R$ 213 mil por mês aos cofres públicos. O Hospital da Criança de Brasília (HCB) é o pioneiro das instituições públicas de saúde em aderir à geração de energia sustentável e limpa | Foto: Divulgação/Hospital da Criança “Nós já iniciamos o projeto em março deste ano, e a previsão é concluir nos próximos seis meses. Quando começar a gerar energia, as placas vão nos dar uma economia de um pouco mais de R$ 2,5 milhões por ano. O investimento para implementar a tecnologia é de cerca de R$ 15 milhões, que serão pagos em sete anos. Essa economia vai nos permitir investir em outros projetos de tecnologia e pesquisa que norteiam o HCB”, afirmou o diretor-administrativo do hospital, Sylvio Leite. Educação Atualmente, escolas da rede pública do DF também contam com projetos de energia fotovoltaica. Até agora, três iniciativas foram consolidadas, atendendo sete unidades escolares e beneficiando mais de cinco mil alunos e servidores. Outras duas estão em processo de execução para implantação da tecnologia renovável. Além de beneficiar os 780 alunos e os 200 servidores, a energia solar na unidade também abastece outra instituição, a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil | Foto: Anderson Parreira/ Agência Brasília Com o investimento de R$ 350 mil, duas escolas do Gama foram as pioneiras no uso de energia solar no DF: o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi) e o Centro de Educação Fundamental (CEF) 11. Ambas implantaram os sistemas em 2022 e já colhem os frutos do projeto. As instituições de ensino têm um aproveitamento de quase 100% na conta de luz, pagando apenas uma taxa mínima fixa no valor de R$ 80. Além de beneficiar os 780 alunos e os 200 servidores, a energia solar na unidade também abastece outra instituição, a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil. A previsão é que mais duas escolas possam ser abastecidas. Segundo a Secretaria de Educação do DF (SEE), já está definido que a Escola Classe 17 será a próxima. A intenção do governo é atingir o máximo de unidades escolas nos próximos anos. Com a instalação de placas fotovoltaicas em 150 unidades escolares, será possível abastecer toda a rede de ensino exclusivamente a com energia solar gerada. A mudança significaria mais recursos no Fundo de Educação. Hoje, a pasta gasta, em média, de R$ 23 milhões a R$ 27 milhões em contas de luz – valor que, no futuro, poderá ser investido em outros projetos. Estações de tratamento Nos últimos sete anos, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) investiu mais de R$ 3,7 milhões para construir usinas fotovoltaicas. O objetivo é buscar alternativas que reduzam os custos da empresa, melhorem a qualidade dos serviços, ajudem a preservar o meio ambiente e contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do DF. O investimento mais recente foi na recém-construída usina de geração fotovoltaica da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Gama, que vai produzir 11.500 KWH por mês, o equivalente a 4,25% do consumo dessa ETE. A quantidade de energia gerada vai economizar R$ 5,4 mil mensais na conta de eletricidade da estação do Gama. A Caesb também investiu R$ 120 mil na usina de geração fotovoltaica do reservatório de água do Cruzeiro. Isso vai gerar 5.611,29 KWH por mês, dos quais 336 KWH/mês serão consumidos no próprio reservatório. “O restante da energia produzida será direcionado a outras unidades da companhia”, explicou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. A primeira usina fotovoltaica da Caesb foi instalada em 2017 na sede da companhia, no Centro de Gestão Águas Emendadas, em Águas Claras, com investimento de R$ 3,4 milhões. Essa usina conta com 2.188 placas solares instaladas nos telhados dos prédios que compõem a sede. A capacidade de produção é de 700 kWp (kilowatts-pico), o que reduziu o consumo de energia elétrica de 140.000 kWh para 70.000 kWh por mês, gerando economia de 45% na conta de luz elétrica do prédio. A energia limpa gerada pela usina de Águas Claras poderia abastecer 610 casas populares.
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Primeira usina fotovoltaica pública vai abastecer 80 prédios do GDF
As demandas por maior economia na conta de luz e o apelo à sustentabilidade ambiental motivam milhares de pessoas a aderirem à energia solar. No Governo do Distrito Federal (GDF) não poderia ser diferente. Inaugurada pelo governador Ibaneis Rocha na manhã deste sábado (8), em Águas Claras, a primeira usina pública de energia solar fotovoltaica do Distrito Federal deu início à captação de energia para abastecer 80 prédios do Executivo local, uma economia prevista de R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos. Na ocasião, também foi feita a assinatura do decreto que institui o programa Um ParCão por Região. Instalada em ponto estratégico, usina dispõe de 1.320 placas fotovoltaicas | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Temos muita preocupação com a questão da sustentabilidade e do desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esperamos avançar cada vez mais no Distrito Federal, garantindo energia sustentável” Governador Ibaneis Rocha “Brasília é uma cidade muito importante”, ressaltou o governador. “Nós temos aqui um dos maiores níveis de árvores do Brasil. Então, temos muita preocupação com a questão da sustentabilidade e do desenvolvimento aliado à preservação ambiental. Esperamos avançar cada vez mais no Distrito Federal, garantindo energia sustentável a uma população, graças a Deus, que corresponde. Brasília tem uma população muito educada, que nos orgulha muito.” Com o investimento de R$ 4,3 milhões, a usina dispõe de 1.310 placas fotovoltaicas instaladas em um ponto estratégico do Parque Ecológico Águas Claras. “O Distrito Federal está localizado em uma posição privilegiada de radiação solar”, lembrou o secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes. “A energia gerada será armazenada e vai gerar crédito para os órgãos, que poderão ser utilizados para descontar da conta de luz. Essa economia vai permitir que as pastas destinem o dinheiro para outros projetos ou iniciativas”. Novas placas solares Além da usina fotovoltaica em solo instalada no Parque Águas Claras, o GDF investiu em placas no telhado de três pontos do DF: o Parque Ecológico do Cortado, em Taguatinga, que abastece o Serviço Veterinário Público (Hvep); o Parque Ecológico de Guará Ezechias Heringer, no Guará, e o Parque Ecológico Dom Bosco, no Lago Sul. Ao todo, são 1.492 placas para abastecer os órgãos do governo. “Essa usina é um presente e vai beneficiar toda a população com a diminuição dos custos dos prédios públicos.” Mário Furtado, administrador de Águas Claras A usina é uma das principais entregas do projeto CITinova, uma parceria internacional entre o GDF e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente, sob a coordenação nacional do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). O empreendimento é um marco para a região e representa um passo significativo na promoção de energias renováveis e na redução de custos para os cofres públicos. “Águas Claras é uma cidade de 128 mil pessoas”, lembrou o administrador da cidade, Mário Furtado. “Nossa densidade demográfica é a maior do DF, sendo 14 mil pessoas por metro quadrado. Essa usina é um presente e vai beneficiar toda a população com a diminuição dos custos dos prédios públicos.” Criada em 1992, a região administrativa está em expansão. A cidade será contemplada com a construção de uma unidade de pronto atendimento (UPA), e, futuramente, será beneficiada com uma escola classe (EC) na Quadra 101 e um centro educacional (CE) na Quadra 102, empreendimentos para os quais já se encontra em elaboração o processo licitatório. Impacto ambiental 962,77 MW/h Capacidade anual de geração de energia pelas placas fotovoltaicas As placas fotovoltaicas serão capazes de gerar um total de 962,77 MW/h por ano, o que equivale a uma economia anual de aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos. Os prédios do GDF que serão beneficiados incluem a sede da Sema, 34 unidades de conservação geridas pelo Instituto Brasília Ambiental e todas as edificações do Jardim Zoológico e do Jardim Botânico de Brasília, além de dez unidades escolares da Secretaria de Educação do DF (SEE), incluindo a Escola de Música de Brasília. “A minha geração causou muitos malefícios para o planeta, e cabe aos alunos o trabalho de recuperação do que foi destruído” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Segundo o diretor-presidente do Jardim Zoológico, Walisson Couto, a medida reduzirá em cerca de 90% o custo mensal de energia do equipamento público. “Com isso, poderemos usar o recurso público em outras áreas, como melhoria dos recintos, atendimento ao público e na criação de mais benefícios para a população também”, observou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, afirmou que sustentabilidade é um tema discutido em sala de aula: “Os alunos sabem mais do que a gente. A educação ambiental é tratada dentro da escola para orientar os alunos em relação a como eles estão encontrando o planeta e o que eles podem fazer para mudar o status quo. A minha geração causou muitos malefícios para o planeta, e cabe aos alunos o trabalho de recuperação do que foi destruído. Então, é um dia importante para a educação, não só para o ambiente”. Economia aos cofres públicos Morador de Águas Claras, o aposentado Richard da Costa, 58, frequenta o parque diariamente e comemorou o trabalho do GDF: “Eu sempre passava por esse trecho e via as equipes trabalhando. Depois vi pela imprensa que seria uma usina pública. Isso é muito bacana até para incentivar outros prédios a fazerem a mesma coisa, afinal, é uma energia limpa e sustentável. Eu superapoio, e fiquei feliz de saber que o governo tem trabalhado nessas inovações”. O aposentado Luiz Antônio Starling, 69, destacou que a instalação das placas fotovoltaicas trouxe mais movimento para uma área que não era tão utilizada pelos visitantes. “A unidade de conservação de Águas Claras é linda, mas tem uns pontos onde não há tanto movimento”, apontou. “Ter trazido a usina para este local foi ótimo, porque incentiva a utilização do espaço público, além de conscientizar as pessoas que passarem por aqui”. Benefícios Os painéis solares são considerados uma fonte de energia limpa. Por meio das placas, é possível converter a luz solar em eletricidade sem emitir poluentes durante a geração de energia. As baixas emissões de carbono são um dos principais benefícios para quem decide investir na tecnologia. Os painéis não produzem dióxido de carbono (CO₂) ou outros gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Além disso, a energia solar é uma fonte renovável e inesgotável enquanto o sol existir, diferentemente dos combustíveis fósseis que são finitos. Outra vantagem é a versatilidade e acessibilidade dos painéis solares, que podem ser instalados em diferentes pontos, desde telhados de casas até grandes fazendas solares, tornando a energia solar acessível para diferentes necessidades e escalas de uso.
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Uso de energia solar garante economia e consciência ambiental nas escolas
Sustentabilidade e economia para os cofres públicos. Esses são os objetivos dos projetos de energia fotovoltaica implantados em escolas da rede pública do Distrito Federal por meio de convênios. Até agora, três iniciativas foram consolidadas, atendendo sete unidades escolares e beneficiando mais de cinco mil alunos e servidores. Outras duas estão em processo de execução para implantação da tecnologia renovável. Projetos de energia fotovoltaica já foram implantados em três escolas da rede pública do Distrito Federal | Foto: Anderson Parreira/ Agência Brasília A intenção do governo é atingir o máximo de unidades escolas nos próximos anos. Se o projeto chegar a 150 unidades, será capaz de abastecer toda a rede com energia solar. “Se pegarmos o montante de 800 unidades, já passa a ser um projeto muito significativo, porque seria o suficiente para atender a todos com distribuição de energia solar”, afirma o diretor de serviços administrativos da Secretaria de Educação (SEE-DF), Firmino Queiroz. A estimativa de custo total é de R$ 80 milhões. A mudança significaria mais recursos no Fundo de Educação. Hoje, a pasta gasta, em média, de R$ 23 milhões a R$ 27 milhões em contas de luz. “Quando esse recurso é economizado, ele fica nas contas do GDF e pode ser usado em outras destinações de educação, como produção de material gráfico, infraestrutura e até para investir no próprio Pdaf [Programa de Descentralização Administrativa e Financeira]”, afirma Queiroz. Atualmente, a SES-DF gasta de R$ 23 a R$ 27 milhões em contas de luz | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília “Esses projetos vão muito além da economia que proporcionam para as escolas e para a rede pública de ensino do Distrito Federal. Com eles, os alunos têm contato direto com um dispositivo que traz uma consciência de preservação do meio ambiente e de inovação, e mudança de pensamento”, defende a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Política sustentável Duas escolas do Gama foram as pioneiras no uso de energia solar no DF: o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi) e o Centro de Educação Fundamental (CEF) 11. Ambas implantaram os sistemas em 2022 e já colhem os frutos do projeto. “As escolas têm um aproveitamento de quase 100% na conta de luz. Hoje elas pagam apenas uma taxa mínima, que é fixa no valor de R$ 80. Sem falar que elas produzem energia para além do que necessitam em cada unidade”, revela a coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Nunes. Diretora do CEF 11 do Gama, Leila Rodrigues afirma que 80 placas fotovoltaicas alimentam de energia a escola praticamente inteira Com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil, o CEF 11 do Gama recebeu a instalação de 80 placas fotovoltaicas no telhado da quadra poliesportiva, que estão em funcionamento desde janeiro de 2022. “Essa energia é a base da escola. Alimenta as salas de aula, o laboratório, a parte administrativa e a cozinha”, afirma a diretora Leila Rodrigues. Segundo ela, a unidade já chegou a pagar até R$ 5 mil de conta de luz. Além de beneficiar os 780 alunos e os 200 servidores, a energia solar na unidade também abastece outra instituição, a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil. A previsão é de que mais duas escolas possam ser abastecidas. Segundo a Secretaria de Educação já está definido que a Escola Classe 17 será a próxima. “Algumas instituições de ensino nos procuraram para saber sobre o projeto. Acreditamos que esse é o caminho – numa sociedade tudo começa na escola, porque o aluno vira um dinamizador das ideias”, completa a diretora. Além de beneficiar alunos e servidores do CEF 11, a energia solar produzida na unidade também abastece a Escola Classe 9 do Gama, onde estudam 563 alunos no ensino infantil O projeto nasceu dentro da sala de aula, a partir da união do corpo docente e dos estudantes. “O antigo diretor tinha o sonho de fazer essa escola sustentável. Então começamos dentro da sala de aula a questionar os alunos sobre energia solar. Eles abraçaram a ideia e participaram do projeto, tanto que já temos muitos outros projetos em vista para esse ano”, comenta a professora de ciências Michelle Rocha. E o tema da energia renovável segue sendo pauta das aulas. Em seu segundo ano na escola, o estudante Isaque Maciel, 13, se diz empolgado com a estrutura física e pedagógica sustentável da instituição. “Acho algo incrível, porque podemos usar uma energia renovável e reutilizável que outras escolas não têm. Se as crianças são o futuro da nação, ao sabermos de informações como essa, vamos ter educação suficiente para futuramente resolvermos situações que aconteçam”, define. O estudante Isaque Maciel se anima: “Acho algo incrível, porque podemos usar uma energia renovável e reutilizável que outras escolas não têm” Onze meses após o CEF 11 do Gama entrar no cenário da energia renovável, o Cemi do Gama também passou a utilizar as 80 placas fotovoltaicas em um dos blocos da escola, instaladas com investimentos de R$ 150 mil de emenda parlamentar, destinados à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). “Temos vários projetos de iniciação científica na escola. O trabalho para a conscientização é constante e fomos um dos pioneiros na energia solar”, afirma o diretor do Cemi, Lafaiete Formiga. Ele lembra que a energia da escola custava em média R$ 7 mil. “Tivemos uma economia gigantesca. As placas abastecem toda a estrutura, que tem 12 salas de aula, quatro laboratórios de informática, laboratório de ciências e laboratório multimídia”, explica. O projeto beneficia os 550 alunos atendidos pela escola técnica. Ampliação do sistema Há duas semanas, a Escola Classe 510 do Recanto das Emas passou a contar com energia solar. Na instituição, foram instaladas 90 placas fotovoltaicas com recursos de emenda parlamentar na ordem de R$ 200 mil. A capacidade de gerar energia é tão grande que o resultado é distribuído para mais outras três unidades: Escola Classe 115, Centro de Educação Infantil 310 e CEF 306. Ao todo, são quase três mil alunos e servidores beneficiados com a tecnologia. “Nós já ansiávamos por desenvolver um projeto nessa área de sustentabilidade porque temos o circuito de ciências, que trata dessa questão. Várias escolas nos trouxeram o tema da energia limpa, então buscamos apoio para que pudéssemos colocar em prática”, recorda a coordenadora regional de ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres. As tratativas começaram no ano passado. Nesse período, a escola passou a debater o tema com os alunos. “Não fazia sentido ter tudo isso e os alunos não entenderem. Os professores trataram do assunto para que os estudantes pudessem se apropriar disso”, comenta a diretora Patrícia Henriques. A expectativa da escola é economizar R$ 70 mil por ano. Outras duas escolas da rede pública estão com os projetos de energia solar em tramitação. São elas: o Centro de Ensino Médio 404 de Santa Maria e o Centro de Ensino Médio 1 de Brasília, esse último em uma parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) chamada Escolas Inovadoras.
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80 prédios públicos serão abastecidos pelo sistema de energia solar do GDF
O abastecimento energético da administração pública do Distrito Federal passará em breve por mudanças. Oitenta prédios públicos, entre eles dez escolas, terão a energia gerada por painéis solares instalados na usina de solo do Parque Ecológico de Águas Claras e nos telhados de edificações dos parques do Cortado (Taguatinga), Ezechias Heringer (Guará) e Dom Bosco (Lago Sul). [Olho texto=”“Isso é extremamente inovador, porque não existe no Brasil nenhuma usina pública de geração de energia. Aqui nós estamos trabalhando para que tenhamos um instrumento que viabilize esse funcionamento”” assinatura=”Gutemberg Gomes, secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal” esquerda_direita_centro=”direita”] A medida faz parte do projeto CITinova, parceria do Governo do Distrito Federal (GDF) com o governo federal e com a Organização das Nações Unidas (ONU). Foram investidos R$ 4,1 milhões para a construção das quatro unidades públicas de geração de energia limpa. “Quando a lei mudou, nós já estávamos atentos à geração distribuída [realizada por fontes renováveis de energia]. Uma usina pública melhora a eficiência energética”, afirma a chefe da Assessoria Estratégica da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Suzzie Valladares. Ela faz referência à Lei nº 6.891, de 2021, que estabelece indicadores e metas progressivas para a administração pública no setor de energia sustentável. Usina fotovoltaica do Parque Ecológico de Águas Claras: local será responsável pela maior parte da geração de energia limpa para o GDF | Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília As obras nas quatro instalações já foram finalizadas. A implantação aguarda a formação de convênio com os órgãos que serão beneficiados – as secretarias de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) e de Educação (SEE), Brasília Ambiental, Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) e Jardim Botânico de Brasília (JBB) -, os pareceres jurídicos e a vistoria da Neoenergia. “Isso é extremamente inovador, porque não existe no Brasil nenhuma usina pública de geração de energia. Aqui nós estamos trabalhando para que tenhamos um instrumento que viabilize esse funcionamento”, destaca o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutemberg Gomes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No pico de geração mensal, que deve ocorrer no período de seca, quando há menos impedimento à luz solar, os sistemas gerarão 109,77 megawatts (MWh). A maior distribuição será da usina fotovoltaica do Parque Ecológico de Águas Claras. No pico, o local deve gerar 97 MWh. Isso porque o espaço foi construído em uma área de gramado dentro da unidade de conservação sem impedimentos, como árvores ou inclinações, que é o que acontece nas usinas em telhados. A estimativa é de R$ 1 milhão de economia aos cofres públicos por ano. “O valor que foi investido será retomado em até quatro ou cinco anos. Além disso, os painéis têm vida útil estimada em 25 anos. Então serão 20 anos de economia para o GDF”, estima Suzzie Valladares. A dona de casa Gabriela Valácio, 23 anos, considera a instalação da usina fotovoltaica uma iniciativa interessante “porque vai poupar gastos do governo” Frequentadora do Parque Ecológico de Águas Claras, a dona de casa Gabriela Valácio, 23 anos, disse que já tinha notado a presença das placas no local. Para ela, a iniciativa é interessante. “Acho muito legal, porque vai poupar gastos do governo”, comenta Gabriela, que é moradora de Vicente Pires.
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Empreendedorismo e educação ambiental em escolas públicas urbanas e rurais
Por meio de um acordo de cooperação técnica, a Emater-DF e a Secretaria de Educação (SEE) darão início ao projeto Há Campo, que prevê a oferta de oficinas de empreendedorismo, além da implantação de hortas escolares, sistemas de captação de água da chuva, energia solar e fossas biodigestoras em escolas da rede pública do Distrito Federal. O objetivo é beneficiar 100 unidades de ensino durante um ano. Equipamentos de energia solar instalados nas unidades escolares; tecnologias já adotadas pelos agricultores ajudam a levar economia e conhecimento | Foto: Divulgação/Emater-DF [Olho texto=” “Ao trabalhar com hortas, podemos levar aos estudantes a possibilidade de integração de vários objetivos de aprendizagem presentes em nosso currículo. Além das questões pedagógicas, podemos apontar questões de saúde, como os benefícios da inclusão de alimentos naturais na dieta” ” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Cada região da cidade tem realidades diferentes, o que vai fazer com que as diretorias das unidades de ensino escolham quais ações podem ser implementadas”, explica a assessora técnica da Emater-DF Adriana Dutra. “Com o Há Campo, pretendemos ampliar a cosmovisão do estudante em relação ao seu meio, potencializando os resultados da educação.” Várias escolas do DF já possuem hortas e equipamentos de captação de água da chuva e energia solar. As que não têm esses recursos serão beneficiadas pelo projeto, por meio desse sistema e da produção de gás a partir dos resíduos orgânicos com as fossas biodigestoras e da utilização dos alimentos cultivados nas próprias hortas pedagógicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Aprendizagem integrada “Ao trabalhar com hortas, podemos levar aos estudantes a possibilidade de integração de vários objetivos de aprendizagem presentes em nosso currículo”, comemora a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Ela enumera as áreas a serem beneficiadas: “O estudo da geometria na confecção de canteiros, ciências da natureza, quando se observa o papel de microrganismos; língua portuguesa, na leitura e produção de textos instrutivos para processos de cultivo e plantio; educação financeira, ao pensar nas relações comerciais; melhorias em aspectos motores, com o manuseio de ferramentas. Além das questões pedagógicas, podemos apontar questões de saúde, como os benefícios da inclusão de alimentos naturais na dieta”. De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o acordo, além de ser representativo pela união de esforços de órgãos públicos, reforça o papel educativo da empresa e leva questões importantes de sustentabilidade para áreas urbanas. “Como extensionistas, já trabalhamos com metodologias de educação não formal”, explica. A experiência da empresa com metodologias educacionais não formais ajuda no processo, avalia o gestor: “Percebemos que é possível levar tecnologias já adotadas pelo agricultor às escolas, proporcionando economia ao Estado e conhecimento aos jovens. Vamos trabalhar integrados para que o projeto leve muitos benefícios para a comunidade escolar e reforce questões importantes sobre sustentabilidade e alimentação saudável”. *Com informações da Emater-DF
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Sema vistoria local de nova usina fotovoltaica no Parque de Águas Claras
O Parque Ecológico de Águas Claras vai receber uma usina pública fotovoltaica com potencial para gerar 716 quilowatts de potência de pico (kWp). O local foi vistoriado na manhã desta quarta-feira (15) pelo titular da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema), Gutemberg Gomes, e a secretária executiva da pasta, Eleutéria Guerra. A usina fornecerá energia para vários espaços públicos, entre os quais unidades de conservação (UCs) e prédios, como escolas e sedes de órgãos e equipamentos ambientais. [Olho texto=”“Essa iniciativa de importância sustentável e social gerará economia de recursos públicos para o GDF. Além da vantagem financeira, esse tipo de energia é limpa e auxilia na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), colaborando assim para o combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas”” assinatura=”Gutemberg Gomes, secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal ” esquerda_direita_centro=”direita”] O objetivo é desenvolver e estimular estratégias de mitigação e adaptação com o uso de energia solar. O empreendimento está orçado em R$ 4,3 milhões, recursos provenientes do Projeto CITinova de planejamento integrado e tecnologias para cidades sustentáveis. “Essa iniciativa de importância sustentável e social gerará economia de recursos públicos para o GDF. Além da vantagem financeira, esse tipo de energia é limpa e auxilia na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), colaborando assim para o combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas”, afirma o secretário. Após o investimento inicial de compra e instalação dos painéis, o custo da geração é praticamente nulo e tem duração estimada de 20 anos, reduzindo os gastos com energia nos locais beneficiados e gerando economia de recursos financeiros que poderão ser reinvestidos pelo GDF em outras ações. O local onde será instalada a nova usina fotovoltaica foi vistoriado na manhã desta quarta-feira (15) pela Sema | Foto: Divulgação/Sema A visita também contou com a presença da subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Coura, da coordenadora executiva do CITinova na Sema, Nazaré Soares, da superintendente de Gestão de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, e os assessores da Sema Suzzie Valladares e Hugo de Carvalho Sobrinho, além de representantes da empresa responsável pela obra. Pioneirismo “Ter a possibilidade de usar uma fonte de energia alternativa dentro de uma UC é muito importante e está dentro das missões de uma unidade, um espaço ambientalmente protegido por si só, importante para as cidades. Então, se dentro dele a gente consegue ter práticas ambientalmente corretas, isso indica que estamos realizando políticas públicas exitosas rumo à sustentabilidade ambiental”, diz Rejane. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para Nazaré Soares, do ponto de vista do CITinova, a iniciativa de promover energia solar no Distrito Federal é importante, primeiro porque implica na diversificação da matriz energética no DF, de forma que continue sendo de origem sustentável, ou seja, uma matriz limpa. Nesse sentido, a incidência solar no DF tem uma vantagem muito importante para a exploração e a promoção da energia fotovoltaica. “Por último, o arranjo que está sendo pensado para esse sistema aqui é novo e envolve a geração de energia limpa no setor público, de forma a reduzir os custos do governo, permitindo que faça economia e invista em outras áreas também relevantes”, acrescenta. CITinova O CITinova é um projeto multilateral coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para a promoção de sustentabilidade nas cidades brasileiras por meio de tecnologias inovadoras e planejamento urbano integrado. Com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), é implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e executado, no DF, pela Sema. *Com informações da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal
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REVOLUÇÃO NA ZONA RURAL
O agronegócio cresce cada vez mais em todo o país, inclusive no Distrito Federal, onde o setor vive uma verdadeira revolução. Basta olhar os números. No Governo Ibaneis Rocha, a produção agropecuária saltou de R$ 2,9 bilhões em 2019 para R$ 4,5 bilhões em 2022. O setor também colheu frutos sociais: foram instaladas as primeiras creches rurais para crianças de até 3 anos, instalado o primeiro sistema de energia solar em um assentamento do DF e pequenos produtores de alimentos passaram a contar com equipamentos de saneamento básico. Quem está na liderança dessa revolução é a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), dirigida pela primeira vez, em 44 anos de existência, por uma mulher: a advogada Denise Andrade da Fonseca. Nesta entrevista, ela conta o que a Emater tem feito para ajudar 20 mil produtores cadastrados e fortalecer ainda mais o agronegócio do DF. A advogada Denise Andrade da Fonseca é a primeira mulher na presidência da Emater | Foto: Divulgação/Emater-DF AGÊNCIA BRASÍLIA – O Governo Ibaneis Rocha conseguiu repor o setor agropecuário no caminho do desenvolvimento? [Olho texto=”A evolução do valor bruto de produção da capital, que envolve a produção agropecuária no DF, saltou de R$ 2,9 bilhões em 2019 para R$ 4,5 bilhões em 2022″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] DENISE ANDRADE – A evolução do valor bruto de produção da capital, que envolve a produção agropecuária no DF, saltou de R$ 2,9 bilhões em 2019 para R$ 4,5 bilhões em 2022. Esse índice retrata a produção agropecuária no ano e estima o faturamento bruto dentro das atividades produtivas, na propriedade. Nossos atendimentos resultaram na emissão ou renovação de mais de 8 mil cartões do produtor rural. Em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social [Sedes], desde 2019 conseguimos fazer mais de 5,6 mil atendimentos que resultaram em novos cadastros e/ou atualizações no CadÚnico. Entre 2019 e 2022, qualificamos 300 jovens no programa Filhos deste Solo, que visa à permanência deles no campo por meio de cursos de empreendedorismo rural. Isso tudo sem falar nos atendimentos voltados para aumento de produção, nos cursos e oficinas que visam garantir a produção de alimentos em quantidade e qualidade, gerando renda no campo e comida na mesa da população. AG – Durante a pandemia, o que foi feito para não deixar os produtores sem assistência e garantir a produção? Os extensionistas facilitam o acesso das famílias rurais às políticas públicas disponíveis | Foto: Divulgação/Emater DA – A missão da Emater é promover o desenvolvimento econômico, social e ambiental, utilizando todas as ferramentas de assistência técnica e extensão rural das quais dispomos em benefício da sociedade. Durante a pandemia, nossa preocupação foi ainda maior. Com apenas uma semana de fechamento de feiras e estabelecimentos comerciais, começamos a receber relatos de produtores que estavam com mercadorias paradas, estragando e sem chance de comercializar. Nosso corpo técnico acelerou a criação da plataforma Põe na Cesta, que ajudou muitos produtores a escoarem suas mercadorias, vendendo diretamente para o consumidor. Para muitos produtores, foi a salvação. Começamos a atuar bastante por WhatsApp, ligação de telefone e e-mail. Nossa média de atendimentos sempre esteve próxima dos 150 mil por ano, mas desde 2019 ultrapassamos essa marca, com 176 mil atendimentos. Em 2020, ano da pandemia, fizemos 221 mil atendimentos e em 2021 ficamos com 199 mil. Até outubro deste ano, estávamos com cerca de 150 mil. Primeira creche rural do DF foi construída no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, com investimento de R$ 366,4 mil, provenientes de emenda parlamentar | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília AG – Ser a primeira mulher a presidir a Emater-DF faz diferença na política da empresa? DA – Entre as muitas coisas que me orgulho muito, uma delas é ser a primeira mulher presidente da Emater-DF. Desde o início olhamos com atenção para as mulheres rurais, seus filhos e jovens. No fim de 2018, durante o período de transição de governo, começamos a levantar demandas. Uma delas foi a criação de creche rural, uma demanda antiga das mulheres rurais e que não foi solucionada em governos anteriores. A gente sabe a importância dessas creches para que as mães possam ter mais autonomia com as crianças em um lugar seguro para ficar, enquanto elas realizam suas atividades. Graças a um esforço conjunto, que envolveu a Emater, a Secretaria de Educação, a Novacap, Terracap e a Secretaria de Agricultura, conseguimos finalizar a primeira creche rural, que fica no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá. A segunda fica no Pipiripau, em Planaltina, que está em fase de finalização e será administrada pela Secretaria de Educação. AG – Como a Emater vem conseguindo levar saneamento básico para zona rural? [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] DA – O Programa de Saneamento Básico Rural (Saneater) foi uma das prioridades deste governo. Desde 2020, foram instalados 306 sistemas individuais em propriedades de várias regiões do Distrito Federal, um investimento de cerca de R$ 3 milhões. Foram beneficiadas cerca de 1,5 mil pessoas do campo. Neste primeiro momento, o programa foi voltado aos produtores de baixa renda, fornecedores dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF), além dos que estão em processo de certificação no Programa de Boas Práticas Agropecuárias. O alcance dos benefícios que a instalação dos sistemas individuais de esgotamento doméstico gera não se limita à propriedade rural. Tudo que fazemos no campo também beneficia a cidade. [Olho texto=”A falta de água era o maior problema entre os assentados para produção de alimentos. Hoje, algumas propriedades já estão até investindo na criação de peixes para consumo próprio e para a comercialização” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] AG – A senhora é servidora de carreira da Emater. Conhecendo a realidade da instituição, o que tem feito pelos servidores da empresa? DA – Estamos trabalhando tanto na melhoria das instalações da empresa quanto na qualidade de vida dos servidores. Conseguimos junto ao GDF reformar o telhado e 12 banheiros do edifício-sede da Emater, onde incorporamos parte do prédio que era ocupado pela Secretaria de Saúde. Adquirimos uma nova frota de veículos para dar segurança de locomoção dos nossos extensionistas nas áreas rurais em locais de difícil acesso e também diversos equipamentos eletrônicos. Estamos implantando a Política de Qualidade de Vida e Bem-Estar no Trabalho, o Programa de Desligamento Voluntário e um novo concurso público, que vai oxigenar o quadro de extensionistas rurais. Nesse sentido, preciso destacar a excepcional qualificação dos nossos profissionais, que desempenham suas atividades com excelência. AG – O governador Ibaneis Rocha sancionou lei que reconhece a importância da Emater para o desenvolvimento social e econômico do DF. Como essa medida impacta a empresa? DA – A Lei nº 6.700, publicada em 26 de outubro de 2020, é um reconhecimento ao trabalho da Emater ao longo dos seus 44 anos e dá segurança jurídica à empresa. Ela nos ampara de eventuais ações que possam impedir a execução das nossas atividades junto aos produtores e nos coloca num patamar de utilidade pública e de referência na gestão pública. Neste ano, a Emater, por meio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve seu primeiro levantamento e construção do balanço social, que constatou que, a cada R$ 1 investido na empresa, há um retorno de R$ 6 para a sociedade. Foi muito importante saber esse resultado. Isso nos motiva para ir além. Primeira escola pública no DF a receber um sistema de energia solar, o Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi), localizado no Gama, recebeu 80 painéis fotovoltaicos em julho | Foto: Divulgação/Emater AG – A Emater também vem incentivando projetos de sustentabilidade? DA – A Emater tem muitas ações e atua em muitas parcerias voltadas para sustentabilidade. Destaco o projeto que incentiva o uso de energia renovável nas propriedades rurais. Implantamos um projeto inovador no Estrela da Lua, o primeiro assentamento do DF a ter um sistema de irrigação com o uso de energia solar. Por meio de placas fotovoltaicas, um sistema de bombeamento faz a captação de um curso d’água próximo e leva água para as propriedades. A falta de água era o maior problema entre os assentados para produção de alimentos. Hoje, algumas propriedades já estão até investindo na criação de peixes para consumo próprio e para a comercialização. Implantamos também o sistema de energia fotovoltaica no Centro de Ensino Médio Integrado [Cemi] à Educação Profissional do Gama e em 12 escritórios da Emater. As instalações vão gerar até 90% de economia no gasto com energia. Para nós, da Emater, é uma satisfação poder dizer que fazemos parte dessas mudanças. *Colaboração: Assessoria de Comunicação da Emater-DF
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Bombeiros do DF participam de capacitação na área de energia solar
A indústria de energia solar tem crescido consideravelmente no Brasil e, no Distrito Federal, não é diferente. Hoje, são mais de 22 mil empresas do ramo espalhadas em todo o país. Diante de números superlativos envolvendo o tema, o Corpo de Bombeiros do DF deu um pontapé inédito: capacitar militares da corporação a nível nacional para lidar com possíveis casos de incêndio em usinas geradoras de energia solar. O objetivo do encontro foi capacitar os militares para lidar com possíveis casos de incêndio em usinas geradoras de energia solar | Fotos: Paulo H. Carvalho Na tarde desta quarta-feira (7), 375 oficiais participaram do curso realizado no auditório Coronel José Nilton Matos do Quartel do Comando Geral do CBMDF. As palestras foram ministradas por especialistas do ramo. “O Corpo de Bombeiros está tão preocupado com a expansão exponencial de energia solar que, para levar mais segurança para a população, tivemos a ideia de capacitar nossos militares. E, capacitando nossos bombeiros, é uma maneira de capacitar a população”, destaca o sargento Hugo Leonardo, que tem formação como engenheiro civil e elétrico e mestrado nas áreas de ciência do fogo e de instalações prediais. “Fazer parte desta iniciativa foi uma honra, um prazer desempenhar a minha função para a sociedade”, diz. Bruno Resende veio de Sergipe para fazer o curso: “É importante que a corporação esteja atualizada quanto às formas de energia” Participaram do encontro bombeiros do DF, Goiás, Minas Gerais e Sergipe. Entre os temas abordados nesta primeira palestra, estão a mobilidade e práticas dos arcos elétricos, como combater incêndios em veículo elétrico e híbrido e em painéis solares. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Placas de energia solar e outros equipamentos ligados a essa nova tecnologia foram exibidas aos oficiais. “É a primeira capacitação que estamos trazendo sobre este tema a todos os militares”, destaca o sargento Hugo. Militar do Corpo dos Bombeiros de Sergipe, Bruno Resende não esperou duas vezes para fazer o curso no DF. “Como o meu estado não dispõe de academia de formação de oficiais, tradicionalmente os cadetes são enviados para os outros estados”, explica. “Os bombeiros têm atuação muito diversificada e é importante que a corporação esteja atualizada quanto às formas de energia, até porque elas podem apresentar riscos”, avalia.
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Primeira escola pública no DF recebe sistema de energia solar
O Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi), localizado no Gama, é a primeira escola pública no Distrito Federal a receber um sistema de energia solar. Na escola, foram instalados 80 painéis fotovoltaicos por meio do Programa de Incentivo às Energias Renováveis da Emater-DF. Com isso, a Secretaria de Educação e o Governo do Distrito Federal reduzirão em 95% os gastos com energia elétrica na escola – uma economia calculada em R$ 48 mil por ano. Instalados em março no Cemi Gama, os painéis começaram a funcionar no fim de junho | Fotos: Divulgação/Emater-DF Os painéis e os dois inversores instalados, ao custo de R$ 150 mil, têm capacidade para geração de 4.800 KWH/mês. “O tempo de retorno médio do sistema fotovoltaico é de 40 meses. O período, a partir de 40 meses até os 25 anos de instalação, é considerado de lucratividade. A escola vai gerar R$ 4 mil por mês de economia para as contas públicas. Isso é gestão governamental, dinheiro bem investido”, destaca o assessor técnico da Emater-DF Tupac Petrillo, especialista em Gestão Ambiental. Nesta segunda-feira (4), a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, acompanhada de técnicos da empresa, e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, visitaram a escola e conferiram o funcionamento do sistema, que foi viabilizado com emenda parlamentar. O diretor do Cemi, Lafaiete Formiga, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, e a coordenadora da Regional de Ensino do Gama, Cássia Marques “A importância desse projeto vai além da economia, tem o lado da consciência de preservação do nosso meio ambiente, de mudança de pensamento, de paradigmas. A hora que esse investimento for pago, será só economia gerada e esse recurso, que hoje é entregue para pagamento de conta de luz, poderá ser investido em projetos pedagógicos ou outros projetos que a escola queira e necessite”, destacou a secretária de Educação. Para a presidente da Emater, a sustentabilidade trabalhada pela empresa ultrapassa as barreiras do campo. “A instalação desse sistema em escolas públicas é importante como inovação tecnológica e apresenta um ambiente demonstrativo, educativo e de treinamento, além de transmitir o conceito de gestão ambiental e eficiência energética no setor público. Questões que devem ser difundidas no campo e na cidade.” Neste ano, a Emater-DF também concluiu a instalação de placas de energia solar em 12 escritórios da empresa. Escola-modelo O Cemi é uma escola de ensino médio integral modelo da Secretaria de Educação do DF. Ao todo, 12 salas dividem 440 alunos matriculados no regime integral. No noturno, 280 alunos participam do Programa Novos Caminhos, com cursos profissionalizantes como recursos humanos, informática, cuidados ao idoso, entre outros. A escola fornece lanche e almoço aos estudantes e tem todas as salas de aula equipadas com ar-condicionado. O Cemi Gama possui 440 alunos matriculados no regime integral | Foto: Tony Oliveira /Agência Brasília “Além de tornar a escola autossustentável em energia, o sistema fotovoltaico fortalece o nosso trabalho de iniciação científica focado em sustentabilidade, por meio de energias renováveis e biodiesel. Já com o projeto de captação de água das chuvas, a gente pretende já iniciar nossa horta. Tudo isso vai agregar muito para a educação dos alunos na escola”, avaliou o diretor do Cemi, Lafaiete Formiga. Reaproveitamento de água da chuva Na escola, também foi implantado, por meio da Emater-DF, um sistema de captação de água das chuvas. O sistema vai permitir o armazenamento de água para irrigação da horta (que está em fase de implantação) e uso conforme a necessidade da escola, como para limpeza do pátio. A instalação do projeto na escola custou R$ 25 mil, recursos também de emenda parlamentar. O kit de aproveitamento de água da chuva passou a ser adotado em 2020, quando 37 escolas públicas e uma horta comunitária do Guará receberam o projeto. Neste ano, a expectativa é implantar mais 60 sistemas em escolas da capital. Com isso, o número de escolas atendidas com este tipo de equipamento subirá para 97 em todo o DF. Atualmente, a Emater-DF atende escolas que possuem hortas com assistência técnica, fornecimento de sementes, adubos e ferramentas. Em todas elas, a produção é orgânica. “A gente só comemora e agradece muito à Emater por essa parceria, que trabalha também nas nossas escolas urbanas com essa questão da consciência ambiental e sustentável, com a implantação das hortas e de energia renovável. A gente quer avançar nos projetos e nessa parceria e implantar em outras escolas do Distrito Federal”, destacou Hélvia Paranaguá. *Com informações da Emater e da Secretaria de Educação
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Eis que o sol ajuda ainda mais nas produções agrícolas do DF
O uso da energia solar já é uma realidade na agricultura do DF e o crédito rural tem contribuído para essa transformação. Por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu cerca de R$ 1 milhão em projetos para sistemas de energia fotovoltaica em 11 propriedades desde 2019. Um dos locais foi a propriedade do agricultor Vilmar de Almeida, 45 anos, localizado na área rural de Planaltina. Lá, 24 painéis de energia solar de dois metros quadrados alimentam o sistema de irrigação da olericultura orgânica da fazenda, que produz mais de 20 variedades de vegetais, como mandioca, quiabo, jiló, beterraba e brócolis. A implantação do sistema de energia fotovoltaica na propriedade de Vilmar foi o primeiro projeto do FDR aprovado para essa finalidade, em junho de 2019, e que atualmente já rende frutos. “Minhas economias melhoraram muito. Eu estaria pagando hoje cerca de R$ 1 mil na conta de luz mensalmente, com o projeto implementado agora pago menos de R$ 3 mil a cada seis meses”, conta o produtor rural. O FDR existe desde 2000 e, entre as modalidades de financiamento, projetos de energia fotovoltaica estão aptos há quatro anos. Pelas regras do fundo, só podem ser financiadas iniciativas que estejam ligadas exclusivamente à atividade rural, com prazo de pagamento até 10 anos. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) assessora os produtores rurais interessados nos projetos de energia fotovoltaica, como explica a extensionista rural da Gerência de Desenvolvimento Econômico Rural do órgão, Luciana Tiemann: “Ajudamos com a elaboração do projeto, questão de documentação e de liberações ambientais. Tudo isso pronto, e o projeto sendo aprovado, depois continuamos acompanhando, fazendo as supervisões e fiscalização”. De acordo com o diretor de Fundos da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), Edson Rohden, a previsão da pasta é de aumentar os projetos de financiamento para energia solar. “A demanda tem sido crescente, principalmente com a questão do encarecimento da energia elétrica. Para o ano que vem, o orçamento previsto para o FDR é em torno de R$ 6 milhões, e 20% desse valor deve ser para projetos de energia fotovoltaica”, afirma. Na área rural de Brazlândia, outro agricultor terá um sistema de energia solar auxiliando sua produção. Na propriedade de Hélio Roberto Dias Lopes, 53 anos, 96 painéis solares de dois metros quadrados serão em breve instalados, gerando energia suficiente para alimentar oito bombas de irrigação que, de 15 em 15 minutos, são acionadas automaticamente para irrigar sua plantação hidropônica, na qual cultiva tomate grape, alface, rúcula e agrião. “Meus custos de energia estavam muito elevados, meu tipo de produção demanda que o sistema seja ativado muitas vezes por dia”, conta Hélio, que ressalta a importância que os painéis vão trazer para suas economias. “A tendência é a energia elétrica ficar cada vez mais cara, tem que ter fontes alternativas. Vou amortizar esse investimento em seis anos, e ainda por cima incentivar o uso de uma energia sustentável”, avalia.
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No assentamento Estrela da Lua, a energia agora é solar
O assentamento Estrela da Lua, na região do Paranoá, é o primeiro do Distrito Federal a ter um sistema de irrigação com utilização de energia fotovoltaica. Um complexo sistema de condução vai levar a água até um sistema de tanques e caixas, viabilizando a produção agrícola no assentamento. São sete glebas que terão acesso aos recursos hídricos, beneficiando 35 pessoas. O assentamento foi criado em 2013, próximo ao parque Ivaldo Cenci – onde é realizada a AgroBrasília. Cada propriedade tem 2,5 hectares (25 mil metros quadrados); a área coletiva, 5,73 hectares (57,3 mil metros quadrados). O geógrafo Tupac Petrillo, que coordena o programa de energia fotovoltaica da Emater-DF, disse que o sistema resolve a questão da irrigação da comunidade e ainda contribui para atenuar a falta de energia – o assentamento não ainda não tem fornecimento regular de eletricidade. O programa tem como proposta a instalação de módulos fotovoltaicos em pequenas propriedades, como forma de reduzir custos para os produtores e garantir uma produção agropecuária mais sustentável. “Desta forma, aliam-se a viabilidade econômica, a sustentabilidade ambiental e o papel social das tecnologias de ponta”, diz Petrillo. “A aplicação destas tecnologias demonstra a importância do uso eficiente da água, inteligência no gerenciamento da energia fotovoltaica e o uso social da terra.” A presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, lembrou da importância da água para a produção de alimentos no campo. “Irrigação é tudo na agricultura. Não é só abrir a torneira e deixar a água correr. Irrigação é para produzir cada vez mais com menos água”, disse. “A Emater está de portas abertas. Alimentação é serviço essencial, como saúde.” Foto: Emater-DF/Divulgação Além do sistema de energia fotovoltaica, o assentamento recebeu da Secretaria de Agricultura (Seagri), em maio, um kit de irrigação para atender a comunidade. A entrega atende a um anseio antigo do assentamento. O agricultor Claudionor Pereira disse que a comunidade esperava pelo kit de irrigação desde 2014. “Essa gestão tem sido muito parceira. Resolveram o que a gente pede e espera há anos. Antes não dava para a gente produzir nada. Agora a gente vai conseguir”, afirmou. Com o kit de irrigação, que inclui caixa d´água, encanamento e sistema de bombeamento, será possível fornecer água para plantio em uma área de mil metros quadrados em cada chácara. Pereira pretende usar a água para irrigar uma área de cultivo de folhagens e produzir hortaliças orgânicas em um canteiro agroflorestal. “Não sabemos nem como agradecer”, disse a agricultora Marizangêla de Fátima da Silva Reis, esposa de Pereira. O subsecretário de Agricultura, João Pires, afirmou que o kit vai fazer a diferença para os assentados. “Espero que vocês concretizem aqueles sonhos tão discutidos naqueles momentos de acampamento, de sonhos de prosperidade, de dignidade para as famílias dos assentados”, declarou. * Com informações da Emater-DF
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Aumenta procura de empresários do DF por energia solar
Foto: Acácio PInheiro / Agência Brasília O Governo do Distrito Federal vai acelerar a implantação de projetos de energia solar. A informação foi dada nesta quarta-feira (11) selo secretário de Desenvolvimento Econômico, Ruy Coutinho, durante uma audiência pública sobre o tema na Câmara Distrital, da qual também participaram representantes da CEB, do BRB, da Secretaria de Agricultura (Seagri) e da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). “A SDE [Secretaria de Desenvolvimento Econômico] quer estimular a diversificação da matriz energética”, ressaltou Ruy Coutinho. Segundo o secretário, o número atual de investimentos previstos nas novas cartas-consultas para a implantação de projetos de captação de energia solar ultrapassa R$ 66 milhões, um aumento substancial em relação ao ano anterior – R$ 55 milhões. No DF, é crescente o número de empresas que investem nessa área para reduzir seus custos de operação. Em dois anos, o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) aprovou uma série de empréstimos que totalizam quase R$ 100 milhões. Energia renovável O secretário de Desenvolvimento Econômico destacou a relevância da procura por fontes alternativas e renováveis de energia – como a solar. “Essa discussão é um tema importante para o Brasil; é uma energia fundamental, e seu uso crescente poderá representar 50% das fontes de energia renováveis em todo o mundo”, disse. Os projetos são analisados pelo Comitê de Financiamento à Atividade Produtiva (Cofap), coordenado pela SDE. Os empresários que quiserem investir em projetos de energia solar têm algumas vantagens. Além de taxa de juros subsidiadas – de 5 a 10% ao ano, os prazos para pagamento são de até 20 anos para incentivar a ampliação ou a criação de novos negócios. O valor mínimo por contrato previsto em lei é de R$ 1 milhão. As operações são sujeitas a aprovação do Banco do Brasil ou do BRB. O colegiado do Cofap é formado 11 representantes da Seagri, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informação (Secti), da Fibra, Fecomércio e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). * Com informações da SDE
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Energia limpa: DF quer suprir demandas futuras sem comprometer recursos naturais
Diversificar a matriz energética do Distrito Federal é fundamental para garantir a qualidade de vida dos brasilienses. Por isso, consolidar a matriz de energia limpa como base do futuro do DF é uma das batalhas elencadas no Plano Estratégico 2019-2060 e é um objetivo que deve ser buscado pelo Executivo até o centenário de Brasília. O Plano Estratégico, elaborado sob a coordenação da Secretaria de Fazenda, Orçamento e Gestão (SEF), aponta que, nas últimas décadas, houve intensificação das pautas relacionadas ao Meio Ambiente, motivadas principalmente pela conscientização da população sobre a importância da preservação ambiental e pela estruturação das políticas públicas para garanti-la. Assim, o Estado deve ser capaz de suprir as demandas da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. “Isso pode ser feito por meio da garantia do uso sustentável, da conservação, da proteção e da recuperação dos recursos disponíveis. É necessária a implantação de novos modelos que priorizem o desenvolvimento sustentável e o uso adequado da energia produzida”, ressalta a secretária-adjunta de Planejamento da SEF, Adriana Lorentino. Hoje, praticamente toda a eletricidade consumida em Brasília não é gerada no Distrito Federal. A matriz energética do DF é amplamente representada pela energia de origem hidrelétrica, sendo que cerca de 80% é proveniente de Furnas e 20% de Itaipu, o que representa uma dependência do Sistema Interligado Nacional (SIN). “No contexto em que tendências apontam para o aumento do consumo de energia, configuram-se enquanto desafios para o Distrito Federal a diversificação da matriz energética, com aumento da participação de energias renováveis como biomassa e energia fotovoltaica (solar), juntamente com o aumento da eficiência e a redução de perdas dos sistemas”, pontua. “Também é preciso reduzir a pressão pelo aumento da oferta de energia de origem hidrelétrica”, ressalta. A partir de 2014 observa-se redução do consumo per capita de energia elétrica, acentuada nos anos da crise hídrica (2016 e 2017) (veja gráficos abaixo). Além da redução no consumo, houve redução na produção de energia elétrica, saindo de uma geração de 81 GWh, em 2016, para 60 GWh, em 2017. Enquanto a energia gerada por hidroelétricas caiu, no entanto, a geração de energia solar cresceu, apesar de ainda representar um percentual pequeno do total. Arte: Édipo Torres/Agência Brasília Arte: Édipo Torres/Agência Brasília Segundo um estudo da WWF Brasil feito em 2016 sobre o potencial da energia solar fotovoltaica de Brasília, a capital federal possui diversas razões para ser a impulsionadora da energia solar no país. Brasília está no coração do Brasil, tem um período seco que dura quase seis meses do ano e é beneficiada quanto aos índices de irradiação solar – o recurso solar do Centro-Oeste é equivalente ao encontrado na região Nordeste e uma das melhores irradiações da região se encontra no Distrito Federal. Assim, segundo o estudo, basta instalar placas fotovoltaicas em 0,41% da área do DF para gerar, com energia solar, toda a eletricidade consumida na região. Os primeiros passos são dados aos poucos. Desde 2017, a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) usa energia solar durante o dia e só liga a energia fornecida pela Companhia Energética de Brasília (CEB) à noite. A unidade de Brasília é a 1ª AABB do Brasil e o 1º clube da cidade a implementar uma usina solar fotovoltaica. Instalados no telhado da sede social do clube, 1.468 painéis formam o sistema de captação de energia solar com a função de transformar a energia do sol em energia elétrica limpa, gerando uma corrente contínua proporcional à irradiação solar recebida. Prédio da UnB: atenção à energia limpa – Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília A Universidade de Brasília (UnB) também tem um projeto para ampliar a matriz energética da instituição. Os campi de Planaltina e de Ceilândia já têm usinas de energia fotovoltaica em funcionamento, as placas solares estão sendo instaladas no campus do Gama e uma usina também será feita no campus Darcy Ribeiro (na Asa Norte) até o fim do ano. Na Ceilândia, o sistema de geração de energia solar é composto por 134 placas, tem cerca de 300 m² e capacidade de gerar 44 KWp (quilowatts-pico) por mês. Isso corresponde a uma economia mensal média de R$ 4,7 mil, aproximadamente 6% da conta de energia do local. Em Planaltina, a usina solar fotovoltaica, com capacidade de gerar a mesma quantidade de energia, representa uma economia de cerca de 12% da fatura de energia, em média. [Olho texto=”É uma solução onde todo mundo ganha. O Brasil precisa de energia para crescer” assinatura=”Rafael Amaral Shayani, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com uma conta de luz de cerca de R$ 1 milhão por mês, a usina do campus Darcy Ribeiro será três vezes maior, com capacidade de gerar 150 kWp por mês. As placas serão instaladas na Faculdade de Tecnologia. “Estudos do Ministério de Minas e Energia preveem que, até 2050, o Brasil precisa triplicar a oferta de energia para receber novas indústrias, gerar mais empregos e ter crescimento econômico”, diz o professor Rafael Amaral Shayani, do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB. “Os países desenvolvidos queimam carvão, o que emite muitos gases de efeito estufa e é uma solução ambientalmente indesejável. O Brasil cresceu com hidroelétricas, que é uma fonte de energia limpa, mas alaga florestas. Para triplicar a oferta de energia a gente não pode alagar a Amazônia. A energia solar surge como uma ótima opção. É um processo eletrônico. O painel solar gera eletricidade sem emitir fumaça, nenhum gás do efeito estufa e sem fazer barulho”, ressalta. Gera DF O DF é o quarto produtor de energia solar no Brasil, perde para Uberlândia e Várzea de Palma, ambas em Minas Gerais, e o Rio de Janeiro. Segundo a CEB, a excelente irradiação solar aliada ao alto poder aquisitivo da população contribui para o grande potencial para a energia solar no DF, que tem 1.134 unidades consumidoras conectadas à rede de energia do DF, a maioria delas (cerca de 950) unidades residenciais, que geram energia para consumo próprio. A potência instalada nessas unidades é de 20.686 kWp, o suficiente para abastecer toda a população de Brazlândia no período da tarde. O DF tem cinco grandes usinas de energia fotovoltaica instaladas e duas cuja fonte de geração de energia é o biogás. A maior de energia solar está instalada em Ceilândia e alimentará a subestação da CEB na região. Usina da Ceilândia, em PPP – Foto: Renato Alves/Agência Brasília O empreendimento é uma parceria público privada (PPP) do Executivo com a RZK Energia e a Claro. A energia gerada no local e usada na subestação será descontada do que for consumido pela companhia telefônica. Na área, estão instalados 18 mil módulos fotovoltaicos. Segundo o presidente da CEB, Edison Garcia, outros 13 projetos para a instalação de usinas desse tipo estão em análise pela companhia que também estuda a criação de um programa para incentivar a geração de energia fotovoltaica no DF, que será chamado de Gera DF. “Estamos estudando e vamos definir áreas no DF perto das nossas redes de transmissão e das subestações que poderão ser oferecidas a projetos empresariais. Cada usina de geração distribuída precisa de cinco ou seis hectares para ter uma quantidade de placas suficiente para gerar até cinco mega”, explica. Segundo ele, cinco mega é o quantitativo máximo para uma usina ser uma geração distribuída, um sistema onde não é preciso vender a energia. “Todo mundo que gerar acima de cinco mega precisa vender a energia em leilão”, enfatiza. Edison Garcia, presidente da CEB: energia vinda do lixo – Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília A CEB tem outros programas para incentivar a diversificação da matriz energética do DF. “Estamos apoiando tecnicamente a Secretaria do Meio Ambiente, temos estudos para a geração de energia através do lixo e com podas de árvores feitas pela Novacap. Já fizemos um levantamento para usar toda a sobra das podas feitas em Brasília, galhos e pedaços da árvore, na geração de energia, com a queima que se faz numa termoelétrica. Já fizemos uma análise de que com todo o estoque anual da Novacap conseguimos gerar cinco megas, o suficiente para abastecer Samambaia toda”, afirma o presidente Edison. Óleo de cozinha Segundo o Plano Estratégico, a meta até 2060 é aumentar em 25% a geração de fontes de energia renovável. Para isso, prevê, entre outras ações, o fomento ao programa de coleta e transformação do óleo de cozinha em biodiesel, o Projeto Biguá da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). [Numeralha titulo_grande=”25%” texto=”é a meta de aumento de geração de fontes de energia renovável até 2060″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Desde 2018, a companhia em parceria com a Embrapa Agroenergia, convida a população a realizar a Coleta Seletiva de Esgoto, separando e armazenando o óleo de cozinha usado em sua casa ou estabelecimento e mantém 31 pontos de coleta de resíduos de fritura (veja a localização dos Pontos de Entrega Voluntária aqui.) Jogados na natureza ou na rede de esgoto, os rejeitos do óleo de cozinha usado em residências e no comércio são uma ameaça ao meio ambiente, à saúde pública e à infraestrutura urbana. O Projeto Biguá coleta de óleo de fritura que, futuramente, será reutilizado na usina de biodiesel do DF, que já está construída. A ideia é transformar o material em biodiesel que vai abastecer a frota de veículos da Caesb e de suas parceiras. Poderá também ser usado nos geradores responsáveis pelo tratamento de esgoto da capital. Projeto Biguá, com óleo de fritura – Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília O descarte inapropriado do resíduo pode representar danos ambientais significativos, com potencial poluidor elevado relacionado aos ambientes hídricos. Um litro de óleo é capaz de poluir 200 litros de água. O descarte do óleo sobre o solo é igualmente danoso, em especial pela impermeabilização do solo e pela contaminação do lençol freático. Energia renovável O GDF também deve elaborar projetos para exploração e geração de energia renovável (fotovoltaica, biogás e biomassa) em parceria com a iniciativa privada e o governo federal, construir uma usina geradora de energia fotovoltaica com capacidade instalada de 5 MW no Complexo Administrativo Operacional (CAO) do Metrô. Também deve criar a Central Geradora Hidrelétrica de 367 KW nas ETE Samambaia e Melchior, implantar o aproveitamento energético do biogás nas ETE Brasília Sul, Brasília Norte, Gama, Melchior e Samambaia e pontos de energia fotovoltaica no Zoológico, bem como a implementação de programa de incentivo ao uso de energias renováveis no espaço rural. “As tendências de aumento do consumo, juntamente com a mudanças no fluxo das chuvas, têm reduzido o nível dos reservatórios, reforçando a necessidade de diversificação da matriz energética”, destaca Adriana Lorentino, secretária-adjunta de Planejamento da SEF. [Olho texto=”É preciso criar estruturas que possibilitem o uso da vocação natural da região para a geração de energias renováveis” assinatura=”Adriana Laurentino, secretária-adjunta de Planejamento da Secretaria de Fazenda” esquerda_direita_centro=”direita”] Também serão implantados novos empreendimentos no sistema de distribuição de energia, de modo a reduzir em 25% as perdas totais do sistema elétrico do Distrito Federal. O Plano Estratégico também está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A Agenda 2030 estabeleceu o ODS 7, salientando a necessidade de assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos. Sob esse contexto, pontuou como meta a expansão da infraestrutura e a modernização da tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis para todos, bem como o aumento da participação de energias renováveis na matriz energética global.
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