Casos de sífilis diminuem no Distrito Federal; diagnóstico precoce é fundamental para tratamento
Os casos de sífilis adquirida no Distrito Federal diminuíram 7,1%, de 2023 a 2024, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal registrou mais de 3,7 mil casos da doença — em sua forma adquirida — no ano passado, contra 3,9 mil em 2023. Em contrapartida, os registros de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) cresceram 2,7% — passando de 263 para 270, de 2023 a 2024 —, enquanto em gestantes apresentou queda de 17,1%, indo de 1.293 para 1.072, em 2024. Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para ampliar a conscientização, foi criado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado sempre no terceiro sábado de outubro. Rede pública oferece gratuitamente testes que apresentam resultado em tempo rápido | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O mês visa a combater o aumento de casos, especialmente a forma congênita da infecção”, lembra a enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área de sífilis da SES-DF. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde.” A gestora reforça que pessoas sexualmente ativas devem fazer a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano”, indica. “Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”. Doença A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica e curável, exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por contato sexual desprotegido ou de forma vertical, de uma pessoa com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto, durante a gestação ou no parto. Em estágios avançados da doença, a ausência de tratamento adequado pode causar complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e até levar à morte. Sintomas A doença apresenta diferentes manifestações de acordo com o estágio. Na fase primária, surgem feridas no pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca, entre dez a 90 dias após o contágio. Normalmente, elas não doem, coçam, ardem nem têm pus. Também desaparecem sozinhas, independentemente de tratamento, criando a falsa impressão de cura. No segundo estágio, os sinais e sintomas costumam surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Nesta fase, surgem manchas no corpo, incluindo nas plantas das mãos e pés, além dos primeiros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas também podem desaparecer em algumas semanas. [LEIA_TAMBEM]O último estágio pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar sinais e sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar a óbito. Diagnóstico e tratamento O teste rápido de sífilis está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado é visível em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de exames laboratoriais. A doença tem cura, e o tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que pode ser aplicada na própria unidade básica de saúde (UBS) de referência. A principal forma de prevenção é o uso correto e regular de preservativo externo ou interno, uma vez que se trata de IST. Também são medidas importantes os testes, no caso de exposição à infecção, e o tratamento correto do portador e dos parceiros. Como buscar atendimento Atualmente, todas as UBSs oferecem testes rápidos e tratamento gratuito para a sífilis. A doença é curável em 100% dos casos, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para uma boa recuperação. No Distrito Federal, no período de 2020 a 2024, foram mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos da doença em gestantes e 1,4 mil da doença congênita. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde discute papel da vigilância hospitalar em eliminação de doenças
Todos os meses, a Secretaria de Saúde (SES-DF) promove uma reunião com a Rede de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Distrito Federal (Reveh-DF). Nesta semana, profissionais da área, tanto da rede pública quanto da complementar, debateram estratégias de resposta rápida a doenças, como sarampo, malária, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas) e doença de Chagas. Encontro debateu a importância dos profissionais da saúde na detecção precoce de doenças que tenham alto potencial de disseminação | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Enfermeira da Gerência de Epidemiologia de Campo (Gecamp) da SES-DF, Ana Paula Sasaki explica que o encontro mensal busca atualizar os núcleos hospitalares de epidemiologia (NHEs) sobre temas de relevância para a rede. “Queremos que os profissionais se reconheçam como parte essencial do processo, sendo mais ágeis na coleta de dados e mais sensíveis às suspeitas de doenças, garantindo uma resposta oportuna e eficaz”, aponta. Para o coordenador da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renaveh), do Ministério da Saúde, Silvanei Gonçalves, é essencial atuar na detecção precoce de doenças com alto potencial de disseminação. “Isso nos dá a chance de agir antes que essas enfermidades se espalhem pela população”, afirma. A Reveh-DF foi instituída pela portaria nº 527/2022 e hoje conta com 63 núcleos, entre públicos, privados, militares e UPAs. Desses, 17 estão na rede pública de saúde. “A troca de informações nos dá uma direção clara sobre como prevenir o retorno ou o aumento de doenças que já estavam controladas”, avalia a chefe do NHE das unidades de pronto atendimento (UPAs), Aimée Maciel. “Ela amplia nosso entendimento do cenário epidemiológico e nos prepara melhor para atuar.” *Com informações da Secretaria de Saúde
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Carro da Vacina oferta imunização a moradores de São Sebastião
O Carro da Vacina, da Secretaria de Saúde (SES-DF), esteve no bairro Capão Comprido, na região administrativa de São Sebastião, durante este sábado (17). A iniciativa levou aos moradores da região imunizantes previstos no Calendário de Vacinação, além da vacina contra a gripe – já coma oferta ampliada para todos os públicos. Eliene da Silva foi se imunizar: “Nem sempre a gente tem tempo livre para ir até a unidade de saúde, porque a gente trabalha de segunda a sexta, então o Carro da Vacina estar aqui perto de nós durante um sábado foi uma oportunidade maravilhosa” | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde A diarista Eliene da Silva, 40 anos, foi uma das beneficiadas pela ação. Assim que soube da presença do Carro da Vacina pelo grupo de mensagens dos moradores da região, tratou de buscar a caderneta do filho Felipe, 12, para saber se estava atualizada. O garoto, que tinha o “dever de casa” feito, aproveitou para junto da mãe proteger-se contra a gripe. “Nem sempre a gente tem tempo livre para ir até a unidade de saúde, porque a gente trabalha de segunda a sexta, então o Carro da Vacina estar aqui perto de nós durante um sábado foi uma oportunidade maravilhosa”, avaliou Eliene. Marciene Neves, com o pequeno Ravi: “Quero dizer para todas as mamães nunca deixarem de levar seus filhos para tomar vacina” Quem também se comprometeu a dar o exemplo à família foi Marciene Neves, 36. Com o filho Ravi Lucca prestes a completar um mês de vida, a diarista levou a filha Ana Sofia, 11, para atualizar o esquema vacinal. Mãe e caçula estão imunizados desde a alta da maternidade. Já a irmã completou a caderneta neste sábado, com a aplicação da ACWY (que protege da doença meningocócica) e da vacina contra a gripe. “Quero dizer para todas as mamães nunca deixarem de levar seus filhos para tomar vacina”, disse Marciene. “Isso é muito importante no mundo em que estamos vivendo, com muitos casos de doença. Vamos nos proteger desde o nascimento!” Ampliação da cobertura Esta foi a segunda vez que o Carro da Vacina percorreu a Região de Saúde Leste, que abrange Paranoá, Itapoã, São Sebastião, Lago Sul, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral. No primeiro sábado do mês (3), a equipe composta por profissionais de enfermagem percorreu as habitações da região do Morro da Cruz. Na ocasião, ao longo de todo o dia, foram aplicadas 53 doses de todas as vacinas disponíveis. Desta vez, apenas no período matutino, a equipe superou a soma: somente contra a influenza, foram administradas 50 doses. A proposta teve como inspiração a experiência bem-sucedida na Região de Saúde Oeste, que inclui Brazlândia e Ceilândia. Tanto a Região Leste quanto a Oeste compartilham características que dificultam o acesso da população ao serviço da Atenção Primária em Saúde (APS), como uma extensa área rural e um elevado índice de vulnerabilidade social. Dessa forma, o alcance da cobertura vacinal de determinados imunizantes torna-se sempre um desafio, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVEP) da Região de Saúde Leste, Samara Moreira: “A gente precisa lançar mão de novas estratégias para levar mais proteção à população do Distrito Federal. Esse é um instrumento da Secretaria de Saúde que já coleciona ótimos resultados”. De forma complementar, além das campanhas regulares, as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) ainda têm colocado em prática um cronograma mensal de ações extramuros, executadas em espaços públicos com grande circulação de pessoas. Carro da Vacina O Carro da Vacina foi inaugurado em janeiro de 2022, como forma de apoiar a campanha contra a covid-19. Desde de então, a proposta já foi replicada em outras localidades do DF. Além de manter atualizado o cartão de vacinação, o projeto eventualmente oferece testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como hepatite B e C, sífilis e HIV, juntamente com orientações odontológicas e a entrega de kits bucais para a população vulnerável. Os locais de vacinação dos finais de semana são divulgados semanalmente no site da SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Capacitação avalia diagnóstico e monitoramento de infecções sexualmente transmissíveis
Profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nessa quinta-feira (13), de uma oficina sobre diagnóstico e monitoramento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Mais de 200 profissionais da rede de saúde pública participaram da oficina | Foto: Divulgação/Agência Saúde Promovido pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) em parceria com o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST (Dathi) do Ministério da Saúde (MS), o encontro reuniu mais de 200 profissionais de diferentes áreas da rede pública. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população” Erick Gusmão, enfermeiro da UBS 11 de Samambaia Durante esta semana, a Escola de Saúde Pública (ESP-DF) também promoveu uma capacitação teórica e prática para 40 servidores, que atuarão como facilitadores de testagem rápida no Distrito Federal. Pioneirismo Em janeiro, o DF se tornou pioneiro ao instituir, por meio da portaria nº 35/2024, a função de facilitadores de testagem rápida para IST. Esses profissionais, após treinamento teórico e prático, serão responsáveis por expandir a oferta de exames de HIV e outras infecções, garantindo segurança e qualidade no diagnóstico. O enfermeiro Erick Gusmão, da UBS 11 de Samambaia, um dos facilitadores formados no curso, destacou a importância da iniciativa. “Já estamos planejando os próximos passos para capacitar mais equipes”, adiantou. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população”. Testagem rápida “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica” Beatriz Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde Em 2024, a SES-DF aplicou quase 85 mil testes rápidos para sífilis e 84,3 mil para HIV. Além disso, foram feitos cerca de 64 mil testes para hepatite B e 70 mil para hepatite C. A gerente da Gevist, Beatriz Luz, enfatizou a importância da testagem rápida para diagnóstico ágil e intervenções precoces, reduzindo a transmissão e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. “Para garantir a eficácia desse processo, a capacitação dos profissionais é essencial”, reforçou. “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica.” Daniela Magalhães, uma das facilitadoras da oficina e referência técnica distrital (RTD) da Rede de Testagem Rápida da SES-DF, lembrou: “A SES-DF possui um compromisso com as boas práticas em testagem rápida. O facilitador tem esse papel de oportunizar capacitações regionalizadas, que qualifiquem o método nas localidades”. O líder da equipe de Diagnóstico do Dathi/MS, Alisson Bigolin, destacou que a capacitação busca formar multiplicadores nos territórios, ampliando a disseminação das diretrizes nacionais para diagnóstico e monitoramento laboratorial das ISTs. “Temos manuais e notas técnicas, mas precisamos que essas informações cheguem aos serviços de saúde”, pontuou. “Os facilitadores terão um papel fundamental para difundir esse conhecimento na rede.” *Com informações da Secretaria de Saúde
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Carnaval eleva risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis; saiba como se prevenir
Para os fãs da folia, o Carnaval é uma oportunidade para conhecer novas pessoas, beijar na boca e, quem sabe, até ir além. Mas, se o clima esquentar, é importante estar atento para se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Diferentes procedimentos de prevenção, como a testagem rápida, estão disponíveis na rede pública de saúde | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A primeira recomendação, antes mesmo do Carnaval, é fazer testes. “Se a pessoa vai com os exames em dia, já sabe que não tem nada ou que, se tiver, já pode tratar para não transmitir – lembrando que há várias ISTs que podem ser assintomáticas, como HPV, clamídia e gonorreia”, alerta Marcos Davi Gomes, infectologista do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Ainda na folia pré-carnavalesca, é importante também estar com as vacinas em dia. Infecções que podem ser transmitidas durante o ato sexual, como a hepatite A e B e o vírus HPV, têm imunização disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos. Camisinha Preservativos, como a camisinha, são considerados itens essenciais para proteção “A pessoa pode usar camisinha sempre, mas, sob efeito, perde essa noção” Marcos Gomes, infectologista do Hospital Regional de Santa Maria Já na chamada “hora H”, é o momento da maior aliada contra as ISTs: a camisinha. Ela pode ser externa — a mais tradicional — ou interna — para as mulheres. Ambas são distribuídas gratuitamente na rede pública de saúde, e a dica é sair de casa com uma guardada. “Às vezes, na hora da relação a pessoa não vai encontrar”, aponta Marcos, ressaltando que o preservativo é indicado para todos os tipos de sexo, incluindo o oral. Também vale ficar atento ao uso de lubrificantes — de preferência à base de água, segundo o infectologista — e para não exagerar no álcool e em outras drogas. “Elas podem diminuir a percepção do usuário”, aponta. “A pessoa pode usar camisinha sempre, mas, sob efeito, perde essa noção”. Por último, mas não menos importante, estão dois protocolos que utilizam medicamentos para evitar as ISTs: a Profilaxia Pré-Exposição (Prep) e a Profilaxia Pós-Exposição (Pep). O médico detalha: “São duas tecnologias biomédicas que já estão disseminadas, mas muita gente desconhece. A Prep tem que começar a tomar antes da relação sexual, sendo indicada para pessoas que se percebem em um risco maior. O uso é uma decisão conjunta entre o usuário e o profissional de saúde”. Ele também explica a diferença entre esses procedimentos: “Já a Pep é para aquela pessoa que não estava usando Prep, não usou preservativo e teve uma relação que julga de risco. Ela tem até 72 horas para procurar um serviço médico e fazer essa profilaxia durante 28 dias”. Onde encontrar? Teste, vacina, preservativo, lubrificante, Prep, Pep… Tudo isso está disponível gratuitamente na rede pública de saúde — em hospitais, unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades de pronto atendimento (UPAs). Mas o lugar mais garantido para encontrá-los — à exceção da Prep — é o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que funciona no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na 508 Sul. A enfermeira Leidijany Paz, do Centro de Testagem e Aconselhamento, lembra: “ O nosso público são pessoas que identificam que tiveram alguma situação de exposição sexual” “E, se vacilar e não conseguir usar, esteja aqui na quarta-feira de Cinzas” Leidijany Paz, do CTA “É uma unidade de saúde voltada para o fornecimento de diagnóstico na modalidade de testagem rápida para a população como um todo”, explica a enfermeira Leidijany Paz, do CTA. “Nós antigamente ficávamos na Rodoviária [do Plano Piloto], e agora nós temos uma unidade lá e abrimos essa aqui também na Asa Sul. O nosso público são pessoas que identificam que tiveram alguma situação de exposição sexual.” Leidijany reforça: “O mais importante é que toda a nossa equipe é muito sensibilizada e voltada para o acolhimento de uma questão muito tabu da nossa população, que é o exercício da sexualidade. Então o jovem, o homem, a mulher que vem aqui na nossa unidade vai encontrar uma equipe sensibilizada e preparada para acolher nessas questões que podem ser difíceis de conversar em outros contextos”. O caminho ideal, portanto, é visitar a unidade antes do Carnaval e garantir os insumos de prevenção, como preservativo, lubrificante e teste rápido — que, inclusive, não precisa ser feito no local, podendo ser levado para casa. “E, se vacilar e não conseguir usar, esteja aqui na quarta-feira [de Cinzas]”, recomenda a enfermeira.
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Unidades básicas de saúde se mobilizam em atendimento para mulheres
Em mais uma ação em prol da saúde das mulheres no Outubro Rosa, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promoveu neste sábado (26) mais mobilizações. A programação especial segue até o dia 31 (veja abaixo) Ivanilde Francisca da Silva elogia as práticas integrativas: “Ajuda muito no controle do nosso corpo, na parte física e mental, no equilíbrio” | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Em Ceilândia, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 11 realizou atividades coletivas de promoção à saúde, com ginástica, inserção de 16 dispositivos intrauterinos (DIUs), realização de 30 exames citopatológicos de colo uterino (CCO) – o “papanicolau” – e testes rápidos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além de aferição de pressão e glicemia. A UBS também estava com uma decoração especial para receber as pacientes. A dona de casa Neide de Fátima Dias, 46 anos, aproveitou o final de semana para colocar em dia o check-up de saúde. Ela realizou os testes rápidos, colheu exames de prevenção e agendou uma mamografia. “É mais acessível no final de semana. Facilita muito porque a gente pode resolver tudo em um dia só. Achei muito bom”, conta. No local, também foram oferecidas práticas integrativas como auriculoterapia, técnica de pressão em pontos específicos na orelha. “Vim me informar sobre a prática e resolvi fazer. Vi que ajuda muito no controle do nosso corpo, na parte física e mental, no equilíbrio”, relata Ivanilde Francisca da Silva, 72 anos, cabeleireira. Neide de Fátima Dias aproveitou o final de semana para colocar em dia o check-up de saúde. Ela realizou os testes rápidos, colheu exames de prevenção e agendou uma mamografia Apesar das atividades serem voltadas às mulheres, os homens foram agraciados com corte de cabelo e barba, com o objetivo de incorporá-los no cuidado familiar. Foi o caso de Wallyson Kelven Saraiva de Carvalho, 32, operador de caixa que acompanhou a mãe para realizar exames de prevenção e ainda ganhou um novo visual. “É importante para a comunidade, justamente por ser um dia de folga, quando tem muita gente em casa. Fiquei sabendo da ação, avisei ela e vim acompanhar”, diz. A gerente da UBS 11 de Ceilândia, Karla Cristina da Silva Santos Gomes, destaca que a campanha busca ampliar o acesso aos serviços de diagnóstico, contribuindo para a redução da mortalidade. As atividades foram acompanhadas ainda de um café da manhã para a comunidade. “Decidimos incluir os homens da comunidade, maridos e filhos para também fazer promoção de saúde, tanto na conscientização, no planejamento familiar, quanto na realização de testes rápidos”, explica. Plano Piloto A UBS 1 da Asa Sul também se juntou à força-tarefa para a colocação de DIUs. Com dois filhos, o mais novo de 2 anos, a personal organizer Fernanda Januario de Souza, 29 anos, optou pelo método contraceptivo após sofrer com um quadro de pressão alta. “É uma outra maneira de fazer o planejamento familiar. Assim que me inscrevi já consegui. Estou bem contente”, elogia. A advogada Natalia Gomes Melo Reis, 36 anos, também colocou o dispositivo. “Não planejo ter filhos ainda. É bom poder escolher, ter um controle maior sobre a questão”, explica. Veja abaixo onde ocorrerão ações do Outubro Rosa na próxima semana *Consulte a UBS para saber horários e programação Dia 28 – UBS 7 Ceilândia – UBS 4 Brazlândia Dia 29 – UBS 1 Asa Norte – UBS 3 Asa Norte – Vila Planalto (manhã) – UBS 1 Cruzeiro – UBS 4 Recanto das Emas – UBS 14 Tabatinga (tarde) – UBS 3 Sobradinho (16h30) – UBS 12 Ceilândia – UBS 9 Brazlândia Dia 30 – UBS 6 Paranoá – Cariru – UBS 15 Rio Preto (tarde) Dia 31 – UBS 3 Gama – UBS 4 Samambaia – UBS 13 São José (tarde) – UBS 8 Ceilândia *Com informações da SES-DF
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População em situação de vulnerabilidade recebe atenção em saúde em Ceilândia
Aos 46 anos, Magno* vive de bicos e pequenos trabalhos para se sustentar. Atualmente sem moradia, ele tem buscado neste período de frio o abrigo do Governo do Distrito Federal (GDF) instalado na área central de Ceilândia, onde tem local para dormir, alimentação e, toda quarta-feira, um serviço que estava precisando: atendimento médico. “Eu tinha perdido minhas receitas e aqui resolvi. É um apoio muito importante para nós”, elogia. Servidores da Secretaria de Saúde atendem população em situação de rua em abrigo localizado em Ceilândia | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Somente na noite desta quarta-feira (24), 14 pessoas em situação de rua foram atendidas pela equipe da Secretaria de Saúde (SES-DF), que atuou no local das 19h às 22h. A equipe é formada por médico, cirurgião-dentista, assistente social, enfermeira, técnico em enfermagem e saúde bucal e agente comunitário de saúde. Os serviços vão desde a entrega de medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, a testes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), combate a parasitas e troca de curativos. Também são prescritas receitas para medicamentos a serem retirados em farmácias populares ou unidades básicas de saúde. Cosme*, de 41 anos, elogia o trabalho da equipe. “Consigo resolver minhas questões. De dia, eu faço bicos, e preciso sempre ir para onde eu puder ter mais condições”, revela. Ele chegou ao abrigo com queixas de dor de dente e acabou sendo alertado para a necessidade de cuidar da pressão arterial, além de ter feito exames. “Temos estratégia para fazer um atendimento integral. Muitas vezes o paciente chega reclamando de dor de dente, então oportunizamos os outros atendimentos em saúde”, explica a enfermeira Priscilla Dias. Ela é coordenadora de uma das sete equipes dos Consultórios na Rua da SES-DF, criados para ampliar a atenção a pessoas em situação de vulnerabilidade social, e diz que a ação no abrigo permite ampliar o acesso. “A população que temos encontrado aqui à noite não é a mesma encontrada durante o dia. Estes aqui passam o dia vigiando carros, vendendo em semáforos, trabalhando em feiras, dentre outras”, afirma. Somente no mês de julho, mais de 60 pacientes já foram atendidos. “Nós buscamos atender todas as necessidades de saúde que eles trouxeram até nós. Se necessário, encaminhamos para uma unidade próxima ao local onde ficam em situação de rua”, detalha Priscilla Dias. Serviços de portas-abertas, como as unidades básicas de saúde, hospitais e os centros de atenção psicossocial (CAPs) recebem pessoas em situação de rua rotineiramente, onde também contam com o apoio de servidores da área de assistência social. *Nomes fictícios *Com informações da SES-DF
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Não usou preservativo? Saúde conta com profilaxia pós-exposição
O preservativo e o gel lubrificante são considerados os principais métodos de proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante a prática sexual. Ambos são disponibilizados gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBSs), administradas pela Secretaria de Saúde (SES). Também indicada nos casos em que o preservativo estourou, a PEP deve ser feita no máximo até 72 horas após a exposição e seguir com orientação médica por 28 dias | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde Apesar disso, a estratégia de prevenção na rede pública conta com outros métodos. É o caso da profilaxia pós-exposição (PEP), recomendada para pessoas que tiveram relação consentida desprotegida, sofreram violência sexual ou tiveram contato com o material biológico em acidente de trabalho. Medida de urgência, a PEP consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir ISTs, principalmente o HIV. O tratamento pode ser iniciado de duas horas até 72 horas depois da exposição e deve seguir com orientação médica por 28 dias para impedir a infecção. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se o preservativo estourou, foi mal colocado ou a pessoa não o usou, ela pode procurar uma unidade de saúde, onde vai passar por uma consulta na urgência”, explica a enfermeira responsável técnica por questões relacionadas à sífilis da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, Daniela Magalhães. A prevenção está disponível nos setores de urgência e de emergência das unidades de pronto atendimento (UPAs), nos hospitais e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, que fica na Rodoviária do Plano Piloto. Pré-exposição Disponível também na rede pública de saúde, a profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do vírus. Arte: Agência Brasília “Esse é um medicamento que a pessoa toma antes de se expor”, pontua Daniela Magalhães. “Significa que ela vai estar mais protegida caso venha a se expor ao vírus do HIV. Ela veio primeiro para grupos mais específicos e vulneráveis, mas qualquer pessoa que queira pode fazer o uso.” A enfermeira reforça o compromisso da saúde pública em orientar a população: “Temos que ofertar escolhas para as pessoas. Cada um deve escolher a forma de prevenção que mais combina consigo. Não estamos trocando um pelo outro, mas colocando mais uma camada de proteção”. A PrEP está disponível no Centro Especializado em Doenças Infectocontagiosas (Cedin) e na Policlínica de Taguatinga. A dispensação para quem for atendido na rede privada ou em outro serviço é na Policlínica do Lago Sul, Policlínica de Taguatinga, Policlínica de Ceilândia e Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
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Divulgado o panorama das ISTs entre os jovens no DF
[Olho texto=”DF ocupa a 27ª posição, entre as capitais brasileiras, em casos de Aids” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A pedido da Secretaria de Juventude (Sejuv), a Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal (Codeplan) elaborou um estudo sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no DF. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 1980 e 2020, foram registrados no Brasil 1.011.617 casos de Aids. Entre as capitais, o Distrito Federal ocupa a 27ª posição nesse ranking. Já com relação à sífilis, com base nos dados levantados pelo ministério em 2019, a Codeplan apurou que Brasília está situada entre as dez unidades federativas com maiores taxas dessa doença em forma congênita (8,4 de cada grupo de mil nascidos vivos) e na gestação (15,4 por mil nascidos vivos). Já as taxas de incidência de hepatite no DF apresentam tendências análogas à do Brasil. Na comparação com as demais taxas nas capitais do país, Brasília ocupa a 19ª posição para hepatite A, 18ª para hepatite B e 17ª posição para hepatite C. As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros micro-organismos. A transmissão se dá, principalmente, por contato sexual sem preservativo, feminino ou masculino, com uma pessoa que esteja infectada. Essas infecções também podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação; e de maneira menos comum, por meio de contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. Por regiões As regiões administrativas (RAs) com mais notificações no período de análise da Codeplan foram Ceilândia (134.633 mil jovens entre 12 e 29 anos) e Samambaia (71.721 mil jovens entre 12 e 29 anos), ambas com maior população na faixa etária estudada. Em RAs com menos habitantes, como Fercal (3.254 mil jovens entre 12 e 29 anos) e SIA (797 jovens entre 12 e 29 anos), foram detectados menos casos. Os maiores números de diagnósticos foram de Aids, sífilis adquirida e HIV, respectivamente. A infecção por HIV foi mais prevalente em jovens entre 19 e 24 anos, enquanto a por Aids foi mais frequente a partir da faixa dos 25 anos. A análise por gênero mostrou que a maior parte das notificações dessas infecções foi entre pacientes do sexo masculino, com exceção das hepatites virais e sífilis gestacional, que acometem apenas grávidas. Os casos de ISTs em evolução na capital podem ser um fator preocupante para as autoridades de saúde, uma vez que, além dos riscos à saúde e o aumento no número de contaminação, há um custo associado a longos tratamentos. Notificações “Conhecer os jovens e a sua realidade é fator determinante para a construção de políticas públicas efetivas que possam beneficiá-los, e a parceria firmada entre Sejuv e Codeplan é um presente para a juventude do DF, já que é mais um instrumento que nos permite buscar iniciativas bem-sucedidas”, avalia a secretária de Juventude, Luana Machado. “Desta vez, temos o lançamento do panorama das notificações de infecções sexualmente transmissíveis IST entre jovens do DF, que traz dados significativos e importantes para futuras ações da nossa pasta.” [Olho texto=”“Precisamos aprimorar as estratégias de comunicação e de educação em saúde para falar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis” ” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES), Beatriz Maciel Luz, explica que o caminho para a prevenção é o conhecimento e a conscientização. “O estudo sobre o panorama das ISTs entre os jovens no DF é de muita relevância, já que essa população é considerada prioritária por estar mais vulnerável às infecções”, explica. A gestora lembra que muitos jovens se expõem a situações que representam risco de adquirir uma IST. “Portanto, precisamos aprimorar as estratégias intra e intersetoriais – saúde, educação e assistência social –, de comunicação e de educação em saúde, para falar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis”, afirma. Entre as iniciativas em curso no DF para conscientização e prevenção, destaca-se a Semana Distrital de Ações e Prevenção ao HIV/Aids, com palestras e seminários sobre o tema, oficinas de capacitação para educadores e reapresentações da sociedade civil em estabelecimentos públicos de ensino e de saúde, repartições públicas e penitenciárias. A SES também oferece preservativos, gel e profilaxia pré e pós-exposição ao HIV e outras ISTs em suas unidades de atendimento, além de tratamento gratuito para HIV, hepatites B e C, sífilis e outras ISTs. “Dados de infecções sexualmente transmissíveis do Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre 2007 e 2017 para jovens entre 12 e 17 anos no DF mostram maior aumento nas notificações de HIV e sífilis”, esclarece o gerente de pesquisas da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Gustavo Frio. Segundo ele, nesse período também foi verificada uma redução nas notificações de hepatites virais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Metodologia A análise feita pela Codeplan considera jovens entre 12 e 29 anos, de acordo com os critérios estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Política Nacional de Juventude (PNJ), que definem adolescência o período entre 12 e 18 anos e jovens aqueles na faixa etária de 15 a 29 anos, respectivamente. As idades foram divididas nos grupos de 12 a 18 anos, 19 a 24 anos e de 25 a 29 anos. *Com informações da Codeplan
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Semana de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis
As Unidades Básicas de Saúde 1, da Candangolândia e Estrutural, além da UBS 2 do Riacho Fundo I – que fazem parte da Região de Saúde Centro-Sul -, prepararam uma programação especial para a Semana Distrital de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Serão aplicados testes rápidos para detecção das doenças sexualmente transmissíveis com distribuição de preservativos e orientações sobre a prevenção das infecções, como o HIV, sífilis, hepatites B e C. “As ações em alusão à Semana de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, realizadas dentro ou fora das unidades, mostram a importância sobre testar com regularidade doenças endêmicas e de evolução silenciosa”, destaca a superintendente da região de saúde Centro-Sul, Flávia Oliveira Costa. A gestora alerta que algumas infecções “se tratadas em tempo podem ser curadas”. A gestora acredita, ainda, que as ações “extramuro” possibilitam acesso à saúde por pessoas com dificuldade de deixar o trabalho para procurar a UBS. Na Região Central, a UBS 1 do Varjão também está com atividades programadas para o dia 27 de novembro, das 7h às 16h30. Lembrando que as UBSs atendem exclusivamente moradores que fazem parte das áreas de cobertura de cada uma. Todas as unidades básicas oferecem testes rápidos para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia dos Namorados: previna-se sempre contra as ISTs
Celebrado nesta sexta-feira (12), o Dia dos Namorados é uma data especial que também destaca a necessidade de proteção à saúde do parceiro ou parceira. A Secretaria de Saúde (SES) ressalta a importância do uso da camisinha é essencial nas comemorações, já que o preservativo é um método eficaz para evitar as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) – HIV/Aids, sífilis e hepatites virais B e C –, além de ser um contraceptivo. “Existem vários métodos para evitar a gravidez”, atenta a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel Luz. “No entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha. Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST.” Já a orientação para quem quer evitar uma gravidez inesperada é, sempre que possível, a dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha. A camisinha interna (para mulheres) ou externa pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde do DF. Números alarmantes Segundo os dados da SES, foram registrados, em 2019, 1.071 casos novos de HIV e Aids no Distrito Federal. O levantamento registra ainda um aumento significativo dessas doenças, de 2018 para 2019, nas faixas de 50 a 59 anos (29%), de 40 a 49 anos (13%) e de 20 a 29 anos (10%). Também houve um crescimento de casos na faixa de 15 a 19 anos, que em 2015 representavam 3,9% do total de episódios daquele ano e, em 2019, passaram a 11,6%. Em todos os anos há predomínio de casos masculinos em relação aos femininos. A sífilis também apresenta níveis preocupantes. Em 2019, foram cerca de 2.163 casos novos, um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. As faixas etárias com maior número de casos são as de 20 a 29 anos (37,9%) e de 30 a 39 anos (23,8%). A orientação da SES abrange a abordagem e prevenção das outras ISTs, como as hepatites virais (B e C), HTLV, gonorreia, condiloma e o HPV (principal causa do câncer de colo de útero). Os postos de saúde pública dispõem de vacina para prevenção da hepatite B. Vias de transmissão As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. A principal via de transmissão é o contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. “O controle das ISTs não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde”, lembra Beatriz Luz. “Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.” A gestora lembra que o parceiro ou parceira devem alertar seu par sempre que for diagnosticada uma IST. Além disso, é possível fazer a Profilaxia Pós Exposição (PEP), que deve ser iniciada até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante por meio do qual possa ter havido contato com o vírus. O tratamento é feito com três medicamentos e dura 28 dias. A PEP também está disponível nas emergências dos hospitais regionais e unidades de pronto atendimento (UPAs). * Com informações da SES
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Proteja-se das infecções sexualmente transmissíveis
Muita paquera e diversão fazem parte da programação de Carnaval. Nesse período, a Secretaria de Saúde (SES) recomenda redobrar os cuidados para prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com o clima de festa, às vezes as pessoas acabam se esquecendo da proteção e expõem sua saúde fazendo sexo sem uso de preservativo. Além da Aids/HIV, ainda há riscos de contrair sífilis, hepatites B e C, papiloma vírus humano (HPV), herpes e outras doenças repassadas por meio do contato sexual. “Essas infecções são transmitidas, principalmente, pelo ato sexual [oral, vaginal e anal], quando não há o uso da camisinha”, explica a gerente-substituta de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Carina Matos. “As pessoas se preocupam mais com o HIV, que é uma doença cercada de preconceito, mas há outras infecções perigosas, como a sífilis, que tem aumentado cada vez mais o número de infectados.” Mais preservativos Foto: Divulgação / SES Durante os dias de Carnaval, a SES vai aumentar em 15% a grade de preservativos, em comparação com o ano passado. Com isso, serão 240 mil unidades extras, totalizando 1,8 milhão de camisinhas a serem distribuídas durante o período. [Numeralha titulo_grande=”1,8 milhão” texto=”Total de camisinhas a serem distribuídas pela Secretaria de Saúde durante o Carnaval” esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos várias opções de prevenção além da camisinha, como a testagem rápida, disponível em Unidades Básicas de Saúde [UBSs] e no Núcleo de Testagem e Acolhimento [NTA]; o tratamento correto de outras infecções sexualmente transmitidas e a profilaxia pós-Exposição [PEP]”, ressalta Carina Matos. A PEP é uma medida de prevenção com a utilização de antirretrovirais como profilaxia para o HIV, o que evita a multiplicação do vírus no organismo da pessoa. É indicada aos usuários que tiveram contato com o vírus em alguma situação de risco, como violência sexual, relação sexual desprotegida e acidente ocupacional. O procedimento deve ser feito em até 72 horas do contato de risco. O primeiro atendimento pode ser realizado nos serviços de urgência dos hospitais. Na unidade hospitalar, esclarece Carina, os usuários são atendidos e recebem a medicação antirretroviral para sete dias. “Após o procedimento, são encaminhados para a continuidade do tratamento, em até 28 dias, nas unidades de referência para o HIV/Aids, onde serão acompanhados por mais tempo e com a maior especificidade que o caso requer”, explica.
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