Estudantes do CEF 11 de Ceilândia lançam livro inspirado no DF
Os estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 de Ceilândia lançaram, na sexta-feira (12), no auditório do Campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), o livro P.Q.P – Palavras que provocam: escrevendo o meu lugar no mundo. A obra é resultado de um percurso formativo viabilizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), que envolveu a realização de oficinas de escrita criativa e visitas a patrimônios culturais do Distrito Federal, com destaque para espaços de Ceilândia. Ao todo, 45 estudantes do 9º ano do CEF 11 participaram da iniciativa, produzindo poemas, contos e manifestos que ampliaram seus olhares sobre o território, as memórias e as próprias trajetórias, fortalecendo o protagonismo juvenil. Projeto promoveu oficinas de escrita criativa e passeios culturais a patrimônios do Distrito Federal | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Idealizador do projeto, o psicólogo escolar do CEF 11, André Santos, explicou que a iniciativa nasceu da necessidade de fortalecer o vínculo dos jovens com o território: “O PQP nasceu da minha vivência como psicólogo escolar. Percebi que os alunos tinham muita necessidade de trabalhar a questão do território, então propus um projeto maior. Levamos os estudantes para saídas a locais culturais do DF e recuperamos suas vivências nas oficinas de escrita. O produto final de tudo isso é o livro que lançamos hoje, a culminância de todo esse processo”, contou. A diretora do CEF 11, Alzira Formiga, destacou a importância de garantir que os estudantes tenham acesso ao patrimônio cultural do Distrito Federal e ocupem esses espaços como protagonistas, ressaltando que experiências como as do projeto ampliam o repertório cultural, fortalecem o pertencimento e estimulam a autoria. [LEIA_TAMBEM]“Esse projeto trouxe muito aprendizado e ampliou a dimensão cultural e social dos nossos estudantes. Tenho certeza de que esses meninos estarão, amanhã, ocupando universidades e faculdades, porque receberam uma carga riquíssima de conhecimento”, ressaltou. Ela acrescentou que espera ver o projeto crescer e alcançar outras escolas de Ceilândia e do Distrito Federal, ampliando o acesso dos jovens à leitura, à escrita e às vivências culturais nos territórios onde vivem. O evento de lançamento contou ainda com a presença de escritores e artistas brasilienses. A escritora Maíra Valério, coordenadora editorial e curadora da obra, destacou que o P.Q.P. é, antes de tudo, um projeto de educação patrimonial e escrita criativa, que aproxima os estudantes da arte em suas múltiplas formas. Responsável por ministrar parte das quatro oficinas, Maíra ressaltou que se surpreendeu com o forte interesse dos jovens pelos caminhos da escrita e pelas visitas aos espaços culturais. Segundo ela, as atividades combinaram técnicas e gêneros literários com conversas, trocas de referências e vivências do próprio território, permitindo que os estudantes transformassem suas experiências em criação e, ao final, participassem coletivamente da produção do livro que agora chega ao público. Já a escritora e oficineira Meimei Bastos, mestre em Culturas e Saberes pela UnB, contou que ministrar as oficinas do Palavras que provocam foi uma experiência marcante, especialmente pelo contato direto com os territórios dos estudantes. “A partir das vivências nos próprios lugares onde esses jovens moram, criamos textos que revelam as potências da periferia. Levamos a poesia do papel para o corpo e para a voz, e o resultado foram produções muito potentes, como eu já esperava de jovens periféricos”, afirmou. Os alunos foram surpreendidos pela riqueza cultural dos espaços visitados, reconhecendo aspectos da história e da arte da região que antes passavam despercebidos Novos talentos Entre os talentos revelados pelo projeto está Letícia Machado, de 15 anos, que transformou sua vivência no PQP em um passo decisivo para a trajetória como jovem escritora. O texto que produziu, Territórios, agora publicado no livro do projeto, foi indicado por André Santos para concorrer ao Prêmio Candanguinho 2025, iniciativa que reconhece talentos da escrita entre estudantes do Distrito Federal. Concorrendo com mais de 1.200 candidatos, Letícia conquistou o 3º lugar do prêmio, resultado que ela atribui diretamente ao estímulo e às experiências proporcionadas pelo projeto. “Foi uma experiência que eu vou levar para a vida. A cerimônia foi no Teatro Nacional, e foi emocionante comemorar com meus pais e amigos”, relembrou. Os passeios aos patrimônios culturais também foram marcantes para Letícia, que descobriu, em Ceilândia, lugares aos quais antes não tinha acesso, ampliando seu contato com a história da cidade e com artistas locais. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Encontro celebra integração entre leitura e políticas públicas no DF
Bibliotecas que se tornam verdadeiros centros culturais comunitários. Essa é uma das propostas do II Seminário Cultura e Educação: Pensando um DF que lê, cujo início foi na quarta-feira (29), no auditório da Unidade-Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape). O evento reúne educadores, gestores e profissionais da cultura em torno de um objetivo comum: fortalecer o papel das bibliotecas e da leitura na formação cidadã e na construção de uma sociedade mais crítica e participativa. A cerimônia de abertura contou com uma mesa composta por autoridades da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF). A subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga, discursou na abertura e destacou a relevância do seminário para o fortalecimento das práticas leitoras nas escolas e bibliotecas do Distrito Federal. “Ao promover o encontro entre cultura e educação, valorizamos o livro como instrumento de transformação social e ampliamos as oportunidades de acesso à leitura para estudantes e comunidades”, afirmou Iêdes. Na abertura, a subsecretária de Educação Básica, Iêdes Braga, destacou a relevância do seminário para fortalecer práticas leitoras nas escolas | Fotos: Mary Leal/SEEDF Três dias de programação integrada O seminário segue até sexta-feira (31) com uma programação diversificada, que inclui mesas-redondas, oficinas, exibição de documentário e feira literária. O evento é o resultado da cooperação entre a SEEDF e a Secec e tem como propósito fortalecer as políticas públicas de leitura, do livro e das bibliotecas no Distrito Federal, estimulando o diálogo entre educadores, bibliotecários, escritores e gestores culturais. O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramon, destacou a relevância da parceria. “Pensar um DF que lê é um desafio interdisciplinar. Por isso, estamos muito felizes com essa união de esforços para garantir às próximas gerações pleno acesso ao livro e à leitura”, afirmou. A coordenadora de Educação Empreendedora do Sebrae-DF, Ana Emília Cardoso, ressaltou o papel transformador da leitura na formação dos discentes. “É uma alegria representar o Sebrae neste seminário, ao lado de quem faz da leitura uma ponte entre o conhecimento e o futuro dos nossos estudantes. Cada livro aberto em uma escola pública é uma semente plantada — de curiosidade, de sensibilidade e de sonho”, afirmou. Realizado durante a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, o encontro reafirma o compromisso das duas pastas com a democratização do acesso ao livro e a valorização das bibliotecas escolares e comunitárias como espaços de aprendizado e integração social. A nova legislação nacional amplia o conceito de biblioteca para firmar-se também como um espaço cultural. A programação contou com a palestra “Diálogos na pesquisa sobre literatura: universidades, escolas e bibliotecas” da professora e pesquisadora Regina Dalcastagnè, da UnB Mesas e oficinas O gerente das Políticas de Leitura, do Livro e das Bibliotecas da SEEDF, Hamilton Cavalcante, destacou que o seminário é um momento para que professores, bibliotecários e estudantes explorem maneiras de dinamizar esses espaços e fortalecer o incentivo à leitura. “Nosso objetivo é justamente esse, transformar a biblioteca no coração da escola e da comunidade, um lugar vivo de encontros, cultura e aprendizado”, afirmou. A programação do seminário foi aberta pela palestra “Diálogos na pesquisa sobre literatura: universidades, escolas e bibliotecas” da professora e pesquisadora Regina Dalcastagnè, da Universidade de Brasília (UnB). Ela enfatizou a importância do diálogo entre diferentes instituições na promoção da leitura. “O seminário é uma oportunidade de construir pontes e pensar ações conjuntas para valorizar as bibliotecas como espaços culturais vivos, atrativos e inclusivos”, afirmou. O segundo dia do evento, também na Eape, foi dedicado a oficinas práticas voltadas a professores, bibliotecários e servidores interessados em desenvolver ações de incentivo à leitura e mediação literária nos espaços escolares e comunitários. O evento tem como objetivo fortalecer o papel das bibliotecas e da leitura na formação cidadã Encerramento com estudantes e feira literária Na sexta-feira (31), as atividades ocorrem em dois palcos culturais de Brasília. Pela manhã, o Cine Brasília recebe estudantes dos 4º e 5º anos para a exibição do documentário Além do Sonho, seguida de debate com os autores e o diretor do filme Quem Construiu Brasília. À tarde, o Teatro Nacional sedia a Feira Literária, que contará com estandes de escritores, clubes de leitura e bibliotecas escolares, encerrando oficialmente o seminário. Em sua segunda edição, o evento consolida-se como uma referência na promoção da leitura e na integração entre cultura e educação. Mais do que um espaço de reflexão, o seminário busca construir estratégias conjuntas para fortalecer a cultura literária do DF, ampliar o acesso aos livros e incentivar a formação de leitores críticos e participativos. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Sala interativa do Jardim de Infância 603 do Recanto das Emas incentiva a leitura
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou, na sexta-feira (24), a inauguração da sala de leitura interativa do Jardim de Infância (JI) 603 do Recanto das Emas. O novo espaço, que tem como tema o Cerrado, foi apresentado à comunidade escolar em um evento que contou com a presença de autoridades e estudantes. A sala conta com uma biblioteca composta por mais de 200 obras literárias, além de fantoches, palco para apresentações e telas interativas que tornam o ambiente mais dinâmico e acolhedor. Com investimento de R$ 300 mil, a obra foi viabilizada por meio de emenda parlamentar do deputado distrital João Cardoso. A sala de leitura interativa é um espaço pensado para estimular a criatividade, a imaginação e o prazer pela leitura | Foto: Jotta Casttro/SEEDF A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, destacou a importância da leitura como instrumento de transformação e reforçou o caráter pedagógico do novo espaço. “Essa entrega representa o esforço coletivo de uma equipe comprometida em oferecer experiências significativas aos nossos estudantes. Cada detalhe foi cuidadosamente planejado para que a sala se tornasse um ambiente vivo de aprendizado, onde as crianças possam ser autoras das próprias histórias”, afirmou. A coordenadora regional de ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres, enfatizou a relevância do projeto para a promoção da leitura. “A sala foi pensada com muito carinho, e cada detalhe reflete o amor pela educação. O tema Cerrado valoriza nossa identidade cultural e estimula as experiências sensoriais dos estudantes”, afirmou. Ela acrescentou que a regional pretende expandir a iniciativa para outras escolas, garantindo mais espaços que inspirem arte, poesia e conhecimento. O espaço conta com acervo de mais de 200 obras literárias, além de fantoches e objetos lúdicos Investimento Durante a inauguração, o deputado distrital João Cardoso, autor da emenda que possibilitou a criação do espaço, ressaltou a importância do investimento na educação pública e na promoção da leitura desde a infância. “Como professor da rede pública e pai de oito filhos que estudaram em escolas públicas, sei da importância de garantirmos ambientes que estimulem o aprendizado. Ver esse espaço temático voltado para o Cerrado tornar-se realidade é motivo de alegria, pois representa a aplicação correta de um recurso público que retorna em benefício direto para a comunidade escolar”, destacou. A diretora do JI 603, Fabíola Farias, ressaltou o cuidado e o empenho da equipe na criação do novo espaço, planejado ao longo de dois anos: “Foi um sonho realizado com muito carinho por todos da escola. Cada detalhe foi pensado para acolher nossos estudantes e despertar neles o amor pela leitura e pela natureza do Cerrado, que representa o solo, o ar e a água que nos cercam”. O estudante Miquéias Leotério, autor e ilustrador de quatro livros infantis, esteve no evento, divulgando o livro 'O Ladrão de Sonhos', sua obra mais recente Inspiração O evento contou com a participação especial do escritor e ilustrador mirim Miquéias Leotério da Paixão, de 12 anos, ex-aluno do Jardim de Infância 603 e atualmente estudante do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 801 do Recanto das Emas. Miquéias divulgou sua obra mais recente, O Ladrão de Sonhos. O jovem também é autor dos livros Super-Heróis 1, Super-Heróis 2 e Universo da Diversão. O estudante iniciou a leitura aos 5 anos e, desde então, recebeu apoio constante da família e da escola, o que lhe permitiu desenvolver suas habilidades literárias. O pontapé inicial foi a participação no projeto Estante Mágica, que incentiva a criação literária nas escolas públicas. Miquéias tinha apenas 6 anos e impressionou por desenvolver e ilustrar sozinho um livro nessa idade. [LEIA_TAMBEM]“As ideias vêm da minha criatividade. Desde os 6 anos, comecei a escrever e ilustrar minhas próprias histórias, e cada livro é uma maneira de mostrar o que imagino e sinto. Gosto de inventar personagens e aventuras que façam as pessoas se divertirem e sonharem”, contou o escritor. A mãe do estudante, Valcy Leotério, é uma de suas maiores incentivadoras e conta que a leitura sempre fez parte da família: “Sempre apresentamos livros a ele, contamos histórias e estimulamos a leitura em casa. Desde pequeno, Miqueias encantou-se pelos livros, e quando ele participou do primeiro projeto escolar, nós apoiamos totalmente. Hoje, ver quatro livros publicados é motivo de muito orgulho e certeza de que o incentivo da família e da escola faz toda a diferença”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Sai o resultado do 3º Prêmio Candanguinho de Poesia
Após encontros de estudantes com escritores em caravanas literárias que percorreram escolas públicas e privadas do Distrito Federal e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), saiu o resultado do 3º Prêmio Candanguinho de Poesia. Os primeiros colocados receberão premiação em dinheiro durante solenidade em 7 de novembro, às 10h, na Sala Martins Pena, do Teatro Nacional Claudio Santoro. Concurso teve muitas inscrições este ano, ampliando o acesso de jovens à literatura | Foto: Divulgação/Secec-DF Neste ano, foram selecionados 90 poemas autorais para coletânea, divididos em três categorias: crianças (6 a 12 anos), adolescentes (13 a 17 anos) e estudantes com deficiência (6 a 17 anos). Os três primeiros colocados de cada categoria vão receber R$ 15 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de troféus, livros e publicação acessível em diferentes formatos (impresso, digital, Braille e audiolivro). A coletânea terá mil exemplares impressos distribuídos gratuitamente para bibliotecas públicas, escolares e comunitárias do DF e da Ride, incentivando o uso desses espaços como polos de cultura e formação cidadã. Participação aumentou A edição de 2025 contabilizou um número recorde de inscrições. Foram 1.472 poemas inscritos, alcançando ainda quase todas as regiões administrativas, ampliando a participação de municípios de Goiás e Minas Gerais, consolidando-se como uma das maiores iniciativas literárias voltadas para crianças e adolescentes do país. “É emocionante ver a poesia brotar nas escolas, nas bibliotecas e nas cidades, revelando novos talentos e fortalecendo nossa identidade cultural” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa Fruto de parceria criada por Termo de Colaboração entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e a Voar Arte para a Infância e Juventude, o Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil já é considerado uma das principais iniciativas de estímulo à literatura para crianças e jovens atualmente no Brasil. “O Prêmio Candanguinho é uma das iniciativas mais bonitas que temos, porque nasce da palavra das crianças e dos jovens”, afirma o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes. “É emocionante ver a poesia brotar nas escolas, nas bibliotecas e nas cidades, revelando novos talentos e fortalecendo nossa identidade cultural. Mais do que premiar, este projeto forma leitores, escritores e cidadãos conscientes do poder transformador da arte e da linguagem.” Para o coordenador-geral do projeto, Marcos Linhares, a participação dos estudantes e a qualidade das poesias apresentadas foram acima das expectativas. “Estamos muito satisfeitos com o resultado desta terceira edição do Prêmio Candanguinho — não só pela quantidade de inscritos, mas por confirmar que a poesia, quando chega cedo, transforma o olhar e o mundo das crianças”, avalia. “Cada poema é uma semente que floresce em diferentes escolas do DF e do Entorno, provando que a infância e a adolescência são territórios de voz, sensibilidade e imaginação”. Perfil dos participantes Foram escritos 749 poemas por estudantes de 6 a 12 anos, 667 por adolescentes de 13 a 17 anos e 56 por estudantes com deficiência. [LEIA_TAMBEM]Com relação à participação por distribuição geográfica, o Plano Piloto liderou com 569 poemas, seguido de Taguatinga (98), Ceilândia (94), Sobradinho (94), Gama (73), Águas Claras (59), Samambaia (47), Riacho Fundo II (29), Guará (54), Santa Maria (26), Núcleo Bandeirante (24), Lago Norte (21), Planaltina (19), Cruzeiro (17) e Recanto das Emas (15), entre outras regiões. Municípios de Goiás e Minas Gerais também apresentaram concorrentes: Águas Lindas de Goiás (34), Valparaíso de Goiás (27), Luziânia (14), Formosa (11), Santo Antônio do Descoberto (3), Novo Gama (2), Cidade Ocidental (1) e Unaí (17). Também houve representatividade em regiões como Brazlândia, Jardim Botânico e São Sebastião (13 poemas cada), Itapoã e SCIA/Estrutural (9), Sobradinho II (8), Lago Sul e Sol Nascente/Pôr do Sol (6), Candangolândia, Paranoá e Park Way (5 cada), Riacho Fundo I (4), Fercal e SIA (2 cada), o que ressalta a participação descentralizada no certame. Confira, abaixo, a lista dos vencedores. Categoria 1 – De 6 a 12 anos ⇒ 1º lugar: Do pequizeiro e a menina CODA Isabel Garrett Santos de Lemos, 8 anos, Escola Classe 1 do Gama, professora Neifra ⇒ 2º lugar: Esse barulho Lorenzo de Carli Mezzomo, 8 anos, COC Lago Norte, professora Letícia de Queiroz ⇒ 3º lugar: Passarinho Vivian Teixeira Saraiva Maia, 8 anos, Colégio Arvense, professora Isabela Categoria 2 – De 13 a 17 anos ⇒ 1º lugar: A menina que escrevia tempestades Stella Corrêa da Cruz, 13 anos. Escola Adventista da Asa Sul, professora Lyvia Pereira Santos ⇒ 2º lugar: Massacre Sofia Barbosa Emerik, 17 anos, Colégio Biângulo (Taguatinga), professora Kamila ⇒ 3º lugar: Meu território Letícia Adriano Machado da Silva,14 anos, Centro de Ensino Fundamental 11 de Ceilândia, professor André Pereira dos Santos Categoria 3 – De seis a 17 anos (PcDs) ⇒ 1º lugar: Espaço Kennedy Fernando Alves Macedo, 11 anos, Centro de Ensino Fundamental 26 de Ceilândia, professora Sônia ⇒ 2º lugar: Coração com olhos Vitória Sophia Araújo de Miranda, 15 anos, Centro de Ensino Fundamental 3 do Gama, professora Rejane de Carvalho Ribeiro Paiva ⇒ 3º lugar: A flor carmesim Maria Clara Castellen Costa, 16 anos, Escola Waldorf Moara (Lago Norte), professor Adriano Mendonça Fernandez. A lista completa pode ser vista neste site. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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'Pequenos Leitores, Grandes Sonhos' transforma leitura em ferramenta de cuidado e esperança no Hospital de Base
“Eu achei muito interessante, porque incentiva a criança a se distanciar um pouco do celular”, conta Adriana Lopes da Silva, mãe e acompanhante de Weydilla Tainá Ferreira, de 13 anos, internada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A menina, que adora pintar e ler, é uma das primeiras pacientes a participar do “Pequenos Leitores, Grandes Sonhos”. O projeto, lançado nesta terça-feira (7), na UTI Pediátrica do HBDF, é uma antecipação ao Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro. Idealizado pela equipe da unidade, o projeto tem como objetivo incentivar o hábito da leitura entre pacientes pediátricos, familiares e profissionais de saúde. Com o apoio de livros doados, muitos por colaboradores do IgesDF, o novo espaço de leitura oferece momentos de pausa, imaginação e afeto para crianças em tratamento intensivo, substituindo, por alguns minutos, as telas pelos encantos das histórias. De acordo com o médico e chefe da UTI Pediátrica, Abdias Aires, a ideia nasceu do desejo de tornar o ambiente hospitalar mais acolhedor e menos frio. “Com a doação de um carrinho de livros, pensamos em criar esse espaço para estimular as crianças. Em tempos de tanta tela e internet, queremos resgatar o contato afetivo com as histórias, sejam contadas por um pai, uma mãe, um enfermeiro ou um médico. A leitura ajuda na memória, na criatividade e no fortalecimento emocional das crianças”, explica. Ao compartilhar a leitura, pais e filhos criam momentos de afeto e conforto | Foto: Divulgação/IgesDF Segundo ele, ler junto é também uma forma de cuidar. “Ao compartilhar a leitura, pais e filhos criam momentos de afeto e conforto, reduzindo o estresse da hospitalização e contribuindo para o bem-estar emocional das crianças internadas. Pesquisas mostram que a leitura acompanhada pode melhorar o humor, a colaboração e até mesmo a resposta clínica dos pacientes pediátricos”, complementa. A gerente-geral de Assistência do HBDF, Fernanda Hak, destaca que a iniciativa causa um impacto humano e simbólico dentro da unidade. “Nada é mais bonito do que ver o trabalho de uma equipe que, mesmo diante da rotina intensa de uma UTI, encontra tempo para cultivar a imaginação e o amor. O livro permite que a criança saia do leito por alguns instantes e viaje para lugares que só a mente pode alcançar. A leitura cura, acolhe, distrai e cria laços entre pacientes, famílias e profissionais”, ressalta. [LEIA_TAMBEM]Para a gerente das UTIs do HBDF, Jovita Castro, o sucesso do projeto é fruto da dedicação coletiva. “Esse projeto só se tornou realidade porque cada um fez um pouco mais do que sua obrigação. Trabalhar em uma UTI exige cuidado, técnica e coração. E é justamente esse carinho e essa sensibilidade que tornam o nosso serviço mais humano. Tenho muito orgulho dessa equipe, que entende que o acolhimento também faz parte do tratamento”, afirma. Ramificações do projeto Além de despertar o prazer pela leitura, o projeto “Pequenos Leitores, Grandes Sonhos” busca fortalecer vínculos entre pais, cuidadores e equipe multiprofissional, tornando o ambiente hospitalar mais leve e afetuoso. A ação marca o início de uma semana especial na UTI Pediátrica do HBDF, que preparou uma série de atividades em comemoração ao Dia das Crianças. Nos dias 9 (quinta-feira) e 10 (sexta-feira), o setor ganhará cores e alegria com o tema “Circo”, trazendo brincadeiras, música, decoração temática e a presença especial de uma contadora de histórias, que dará o pontapé inicial nessa jornada de imaginação e encantamento. O projeto continuará recebendo doações de livros infantis e infantojuvenis, que serão incorporados ao acervo da unidade para uso contínuo dos pacientes. Quem desejar contribuir pode entrar em contato com uma das redes de voluntariado do Hospital de Base, Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama, Amigos do Hospital de Base, Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV) ou Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC). Os contatos estão disponíveis no site oficial do IgesDF. *Com informações do IgesDF
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Dia Mundial da Alfabetização destaca que DF tem o menor índice de analfabetismo do país
Nesta segunda-feira, 8 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para destacar a importância da leitura e da escrita para o desenvolvimento individual e social. No Distrito Federal, a data ganha relevância diante dos avanços registrados nos últimos anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada neste ano mostra que apenas 1,8% da população do DF com 15 anos ou mais não sabe ler ou escrever — o menor índice do país. Nos primeiros anos escolares, a Prova DF apontou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados. A meta é alcançar 80% até 2030, conforme o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Nos primeiros anos escolares, a Prova DF apontou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Segundo a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, o desafio é grande, mas os resultados indicam vitórias consistentes: “A alfabetização é a base de toda a trajetória escolar e precisa ser prioridade absoluta. E no DF estamos construindo um caminho sólido, em que cada criança e cada jovem tem o direito garantido de aprender”. Para fortalecer esse processo, a Secretaria de Educação (SEEDF) criou o Programa de Alfabetização e Letramento do DF — Alfaletrando, que atua em cinco eixos: governança e política distrital, formação de professores, infraestrutura, avaliação e reconhecimento de boas práticas. Educação infantil e primeiros anos A alfabetização nas escolas públicas do DF começa aos 6 anos do estudante e deve estar consolidada até o 3º ano do ensino fundamental. A rede tem investido em materiais pedagógicos, formação de professores e incentivo à leitura, com a criação de cantinhos de leitura e o compartilhamento de práticas exitosas em espaços, como o Fórum do Ensino Fundamental. A alfabetização nas escolas públicas do DF começa aos 6 anos e deve estar consolidada até o 3º ano do ensino fundamental Essas ações são acompanhadas por avaliações regulares de fluência leitora, que utilizam recursos tecnológicos para medir com precisão o desempenho das crianças no 2º ano. A partir dos resultados, as equipes pedagógicas podem ajustar intervenções e estratégias em sala de aula. Segundo a SEEDF, essa integração entre tecnologia, formação de professores e acompanhamento pedagógico fortalece a alfabetização desde o início da trajetória escolar. Para a secretária Hélvia Paranaguá, o investimento precisa ser contínuo e coletivo: “A alfabetização é um pacto social. Cada ação, desde a formação de professores ao acolhimento de jovens e adultos, fortalece nossa missão de garantir que ninguém fique para trás”. Educação de Jovens e Adultos Outra frente que auxilia ativamente na redução do analfabetismo é o DF Alfabetizado, destinado a jovens, adultos e idosos. No primeiro semestre de 2025, o programa abriu 53 turmas e atendeu a 1.350 pessoas; no segundo, já são 64 turmas em áreas urbanas e rurais. O DF Alfabetizado tem oferta descentralizada, alcançando locais como comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos [LEIA_TAMBEM]O DF Alfabetizado tem como diferencial a oferta descentralizada, alcançando locais que as escolas tradicionais não atendem, como comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos. A proposta é oferecer alfabetização básica e garantir a transição para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliando as chances de conclusão da educação básica e de acesso a melhores oportunidades de trabalho e renda. Outra iniciativa é o Programa de Formação Continuada e em Serviço dos Profissionais da EJA e do DF Alfabetizado, que capacitou 1.400 educadores somente no primeiro semestre de 2025. A expectativa é que esses movimentos consolidem uma política distrital capaz de tornar o DF um território livre do analfabetismo. Nesse esforço, a secretaria já conta com adesão ao Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, além da implantação do PNLD EJA, que distribuirá livros didáticos em 2026, incluindo conteúdos de cultura digital. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto Alfaletrando lança livro escrito por servidoras da Educação
Uma manhã com música, poesia e rima na Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Guará. Nesta sexta-feira (15), foi celebrada a cerimônia de lançamento do livro Prazer em te conhecer!, idealizado pelas servidoras Renata Leal e Cinthia Cortes para o programa Alfaletrando, da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). A obra une história, ilustrações e recursos lúdicos para transformar o aprendizado em uma experiência mágica na alfabetização dos alunos. A protagonista da obra é a Alfaletrinha, personagem que convida as crianças a embarcar em uma jornada divertida e cheia de descobertas pelo universo das letras. A história, rimada e de fácil compreensão, foi pensada para tornar o aprendizado mais significativo, unindo recursos visuais e auditivos a momentos lúdicos que estimulam a imaginação. Hélvia Paranaguá (de branco, abaixada ao centro): "A alfabetização é a base do sucesso de uma criança e, por isso, nossa rede 100% inclusiva trabalha com todas as deficiências" | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF “Estou muito feliz por essa iniciativa importante e necessária para a educação do Distrito Federal. A alfabetização é a base do sucesso de uma criança e, por isso, nossa rede 100% inclusiva trabalha com todas as deficiências. É uma alegria enorme ver iniciativas como essa florescerem aqui no DF e inspirarem outras redes do país”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. A coordenadora do programa Alfaletrando na CRE Guará e uma das autoras do livro, Cínthia Cortes, contou que a obra nasceu a partir do diagnóstico das fragilidades da alfabetização identificadas nas escolas do Guará. “O livro surgiu da necessidade que identificamos ao analisar os resultados de avaliações de larga escala, como a prova de alfabetização aplicada no fim do ano. Pensamos em um material que o professor pudesse usar diretamente em sala de aula, com palavras simples, visual atrativo e todo rimado”, explicou. Brincar e aprender O ilutrador Alexandre Pessoa, entre as autoras, se inspirou nas necessidades dos próprios alunos para criar a identidade visual do projeto O projeto também contou com a participação do professor da Escola Classe (EC) 01 da Estrutural e ilustrador do livro, Alexandre Pessoa. O docente falou sobre o processo criativo da obra, inspirado nas necessidades de sua turma do 2º ano do ensino fundamental. “Quando recebi o convite, pensei no que os meus alunos mais precisavam, e coloquei todo o meu propósito no projeto. Desenvolvi a boneca do jeito que a Cinthia queria, mas sempre pensando em maximizar a alfabetização da minha turma e de todas as crianças”, apontou. Para o docente, o papel da ilustração é fundamental no aprendizado. “Às vezes, a imagem conta mais histórias do que o próprio texto, porque permite que a criança imagine situações além do que está escrito.” Lúdico e interativo [LEIA_TAMBEM]Além do livro, foram criados jogos, músicas, boneca e desenho animado, todos protagonizados por Alfaletrinha. Cada uma das 14 unidades escolares do Guará que atendem o Bloco Inicial de Alfabetização (BIA) receberá um kit com o livro, jogos e um QR Code para acessar as canções. A personagem também visita as escolas, aproximando as crianças da história e incentivando o hábito da leitura, mesmo em um cenário marcado pelo uso intenso das telas e das redes sociais. “Existe uma quebra muito grande da educação infantil para o ensino fundamental, e precisamos manter a ludicidade também nessa etapa. Eles ainda são crianças e precisam desse estímulo”, destacou a autora do livro e articuladora regional do Alfaletrando no Guará, Renata Leal. Além do livro, a iniciativa conta com um podcast voltado para professores, jogos de trilha e uma versão no Roblox. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto Estante Livre arrecada mais de 2.500 livros disponíveis no Na Hora da Rodoviária
Transformar o tempo de espera por atendimento em uma experiência de leitura e cultura. Esse é o propósito do Estante Livre, projeto que, desde fevereiro de 2025, já arrecadou mais de 2.500 livros doados na unidade do Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). “Esse projeto é um estímulo para os jovens, que hoje passam muito tempo no celular. Na minha época, costumávamos ir à biblioteca, algo que quase não existe mais hoje em dia. A Estante Livre resgata esse hábito tão importante”, afirma Vera Regina Munoz | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus A estante está disponível para quem aguarda atendimento no Na Hora, mas também pode ser utilizada por qualquer pessoa interessada. Basta escolher um livro para ler no local ou levar para casa — tudo de forma gratuita, sem necessidade de cadastro ou devolução obrigatória. A seleção de títulos é diversa e inclui literatura, poesia, autoajuda, biografias, contos e livros infantis. Quem quiser contribuir pode doar livros diretamente na unidade do Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto ou em qualquer fórum do TJDFT “O projeto proporciona aos usuários do Na Hora uma maneira produtiva de utilizar o tempo de espera, oferecendo acesso gratuito a livros e conteúdos diversos. É uma iniciativa que promove cultura, estimula o hábito da leitura e fortalece a cidadania”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O 1º vice-presidente do TJDFT, desembargador Roberval Belinati, também ressalta a importância do projeto para a formação cultural da sociedade. “Cada livro doado é uma oportunidade de aprendizado, um convite à imaginação e uma chance de promover o conhecimento. Por isso, reforçamos o chamado para que todos participem dessa ação transformadora, contribuindo para que a Estante Livre siga cumprindo sua missão de aproximar o saber de quem mais precisa”, afirma. [LEIA_TAMBEM]Como doar livros Quem quiser contribuir pode doar livros diretamente na unidade do Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto ou em qualquer fórum do TJDFT. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 3103-6146 ou pelo e-mail biblioteca@tjdft.jus.br. “Resgata o gosto pela leitura” Para a moradora de Sobradinho Vera Regina Munoz, o projeto tem um valor especial. “Esse projeto é um estímulo para os jovens, que hoje passam muito tempo no celular. Na minha época, costumávamos ir à biblioteca, algo que quase não existe mais hoje em dia. A Estante Livre resgata esse hábito tão importante.” Desde sua criação, em 2016, o projeto Estante Livre já disponibilizou mais de 19 mil livros à população do Distrito Federal. Inicialmente restrita aos fóruns do TJDFT, a iniciativa ganhou novo alcance com a assinatura de um acordo de cooperação entre o Tribunal e a Sejus-DF. Com isso, foi expandida para o Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto, ampliando o acesso à leitura em um dos locais de maior circulação da capital. *Com informações da Sejus-DF
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Campanha arrecada livros para bibliotecas de unidades prisionais do DF
Com o propósito de ampliar os acervos das bibliotecas no sistema prisional e incentivar a remição de pena por meio da leitura, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) deu início a uma campanha de doação de livros. A ação, que integra a iniciativa Ler Liberta, busca promover a educação, o acesso à cultura e a ressocialização de pessoas privadas de liberdade. Após doado, o material passará por uma triagem para que tenha garantido seu estado de conservação | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília As doações podem ser feitas por visitantes, advogados e demais interessados durante os dias de visita ou no momento do cadastro, inclusive nos postos do Na Hora que contam com serviços da administração penitenciária (Ceilândia, Riacho Fundo, Rodoviária, Sobradinho e Taguatinga) e que dispõem de estrutura adequada para esse tipo de recebimento. Todo o material será submetido a uma triagem de segurança e deve estar em bom estado de conservação, sem anotações ou rasuras. [LEIA_TAMBEM]A ação vai de agosto a dezembro deste ano, e os livros arrecadados serão utilizados no primeiro semestre de 2026 para fins de remição de pena – benefício que permite ao custodiado reduzir o tempo na unidade prisional mediante a leitura e análise de obras previamente autorizadas pela Justiça. A iniciativa está amparada pela Portaria nº 80/2023 da Vara de Execuções Penais do DF, e cada obra lida pode garantir até quatro dias de remição, desde que esteja na lista oficial disponível no site da Seape-DF. Para o diretor de Políticas Penitenciárias da Seape-DF, George Yves, a campanha de doação de livros representa mais do que um gesto de solidariedade: “É uma ponte entre a sociedade e os custodiados. Cada livro doado representa uma oportunidade de recomeço, de aprendizado e de dignidade para quem busca trilhar um novo caminho”.
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Feira do Livro de Brasília 2025 recebe estudantes da rede pública na Semana do Meio Ambiente
Nesta quinta-feira (5), teve início a Feira do Livro de Brasília (FeliB), que neste ano transforma o Complexo Cultural da República, mais especificamente o espaço montado entre a Biblioteca Nacional de Brasília e o Sesi Lab, em palco de leitura, arte e reflexão ecológica. A edição especial, que aborda temas como a sustentabilidade e integra a programação da Semana Mundial do Meio Ambiente, vai até o dia 14 deste mês. Com transporte e lanche garantidos pela Secretaria de Educação (SEEDF), mais de cinco mil alunos da rede pública do DF são esperados ao longo do evento. Como forma de estimular o hábito de ler, alunos participam de sessões de leitura coletiva no evento | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Com um olhar voltado para o Cerrado, bioma que ocupa grande parte do território do DF, a edição deste ano busca promover a educação ambiental por meio da literatura e das artes, utilizadas como instrumentos de sensibilização e mobilização social. A programação é variada e inclui oficinas, lançamentos de livros, encontros com autores, feira de artesanato e atividades culturais voltadas à formação leitora e à consciência crítica sobre as questões ambientais. [LEIA_TAMBEM]Para garantir a presença dos estudantes da rede pública, a SEEDF organizou uma grande estrutura de apoio, com a disponibilização de ônibus escolares e kit lanche para os turnos matutino, vespertino e noturno. Ao todo, foram reservados 172 ônibus, com capacidade para transportar até 5.760 estudantes ao longo dos dias úteis do evento. A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF), como a vice-governadora do DF, Celina Leão, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, e o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Fico muito feliz com o tema desta edição da feira, que trata de meio ambiente e sustentabilidade. A conscientização sobre a preservação ambiental, inevitavelmente, passa pela educação. Quando somos crianças e o professor quer que a gente aprenda de verdade, ele usa exemplos que ficam para a vida inteira. Espero que as crianças que estiveram aqui hoje nunca se esqueçam disso. Esta feira é motivo de orgulho para o GDF, pela participação ativa das Secretarias de Educação e de Meio Ambiente, por unir cultura, conhecimento e cidadania”, afirmou Celina Leão. A secretária de Educação destacou, em seu discurso, o papel da literatura como ferramenta de transformação social e recitou versos do poeta Castro Alves. "Bendito o que semeia livros, livros a mão-cheia, e manda o povo pensar! O livro, caindo n'alma, é germe – que faz a palma, é chuva – que faz o mar”, recitou Hélvia. Durante a cerimônia, o secretário do Meio Ambiente, Gutenberg Gomes, ressaltou a importância do evento para o fortalecimento da pauta ambiental. Ele destacou o contexto internacional e a necessidade de ações locais. “Esta é uma edição especial da Feira do Livro porque traz à tona o debate sobre meio ambiente e sustentabilidade. Estamos nos aproximando da COP30, discutindo a crise climática, a necessidade de compensações ambientais e reconhecendo nosso passivo ecológico. A realização deste evento mostra o compromisso do Governo do Distrito Federal com essas pautas essenciais para o futuro do planeta”, afirmou o secretário. Visitantes especiais Os estudantes Nawhan Oliveira e Kyara Lucio, do CEM 01 do Guará, afirmaram ter preferência pelos livros físicos Entre os visitantes da feira, estiveram estudantes de diversas regiões administrativas e faixas etárias. A aluna Kyara Lucio, de 15 anos, do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 do Guará, disse estar empolgada com a diversidade de títulos disponíveis: “A experiência visual que o livro proporciona é muito importante para mim. Às vezes, olho uma capa e já me interesso pela história. Eu sempre mergulho na leitura, seja terminando em três dias ou em dois meses”. O colega Nawhan Oliveira, também de 15 anos e estudante do CEM 01 do Guará, compartilhou seu entusiasmo com a leitura: “É algo que me traz paz, é o meu momento de lazer. Como comecei a ler recentemente, ainda estou descobrindo muitos gêneros. Mas gosto, especialmente, dos livros que trazem reflexões sobre a vida e autores que trabalham com filosofia”. A participação na FeLiB representa não apenas um incentivo ao hábito da leitura, mas também uma oportunidade para fortalecer os valores de cidadania, sustentabilidade e pertencimento ao bioma do Cerrado, que é patrimônio ecológico e cultural do povo brasiliense. *Com informações das Secretarias de Educação e do Meio Ambiente
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Centro de Ensino Especial adapta livros em braile e leva leitura inclusiva à rede pública
No Dia Mundial do Livro, celebrado nesta quarta-feira (23), o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), localizado na Asa Sul, mostra como o trabalho do Centro de Apoio Pedagógico (CAP) da escola é capaz de transformar as palavras e garantir que os alunos com deficiência visual tenham acesso à leitura e ao aprendizado. O setor funciona dentro da unidade escolar e é responsável pela produção de todo o material pedagógico destinado aos estudantes com deficiência visual. Lá, são produzidos livros didáticos, paradidáticos e literários em braile. O trabalho é executado por um time de professores habilitados da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), com ou sem deficiência visual, além de servidores cegos responsáveis pela revisão do material. Trabalho no CAP é executado por professores habilitados da Secretaria de Educação, com ou sem deficiência visual, além de servidores cegos responsáveis pela revisão do material | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Qualquer servidor da SEEDF pode atuar no CAP, mas é necessário especializar-se em cursos de braile e sorobã. A capacitação é oferecida pela Unidade-Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape). Os profissionais que trabalham com braile precisam fazer cursos voltados para o atendimento educacional especializado. Além do braile, há formações em sorobã, orientação e mobilidade, entre outras áreas importantes para o trabalho com estudantes com deficiência visual. O Centro de Apoio Pedagógico atua em parceria com as salas de recursos da rede pública. “Muitas vezes, é a professora da sala de recurso que traz o livro para a gente adaptar. Em alguns casos, até os pais colaboram, trazendo o material diretamente aqui no CAP. Quando o livro já vem em PDF, facilita muito o processo, porque não precisamos escanear ou corrigir o conteúdo antes da transcrição”, conta a educadora Josiane Prates Coutinho, que atua no setor como transcritora e adaptadora. O processo de adaptação dos livros envolve etapas de transcrição, diagramação, revisão e impressão em papel especial Adaptação dos livros O processo de adaptação dos livros envolve etapas de transcrição, diagramação, revisão e impressão em papel especial. Também são produzidos materiais em fonte ampliada ou com recursos táteis para estudantes com baixa visão. O setor também oferece suporte às escolas para a adaptação de atividades, gráficos, avaliações e mapas, além de orientações pedagógicas sobre o uso de materiais acessíveis. Após a adaptação, o material passa por uma etapa fundamental: a revisão. “Temos revisores que fazem a conferência final, e quem faz essa leitura crítica é uma pessoa cega, justamente para garantir que o conteúdo esteja adequado antes de ser entregue ao estudante. É um processo cuidadoso, que garante que o material chegue com qualidade às mãos dos alunos”, conta o diretor Airton Dutra. A revisora Erika Cerqueira tem deficiência visual e desempenha um papel essencial na adaptação e revisão de materiais pedagógicos. “Todos os materiais, quando são transcritos e adaptados, passam por mim para a revisão. Verifico se há erros, aponto para os transcritores e, após as correções, os materiais são impressos e enviados às escolas ou recolhidos pelas unidades itinerantes responsáveis. Além da questão gramatical, analiso pontuação, parágrafo, observo se os gráficos estão bem-feitos e se as figuras estão descritas corretamente para garantir a compreensão”, explica. A servidora, que ingressou na SEEDF em 2006 e atua no CAP desde 2018, fala ainda sobre a importância da acessibilidade dos livros, especialmente na data em que é celebrado o Dia Mundial do Livro: “Acho muito importante, principalmente o braile, para quem é brailista, como eu. O braile abre portas. Apesar das tecnologias assistivas, ele continua sendo de suma importância”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Projeto de escola pública do Riacho Fundo incentiva a leitura
Em comemoração ao Dia Nacional da Biblioteca (9), a Secretaria de Educação (SEEDF) tem desenvolvido diversas ações de incentivo à leitura nas escolas da rede pública de ensino. A SEEDF tem 656 bibliotecas escolares e oito bibliotecas escolares comunitárias distribuídas em Brazlândia, Ceilândia, Guará, Planaltina, Asa Sul, Sobradinho e Taguatinga. Na Escola Classe Kanegae, alunos do 1º e do 5º ano exercitam juntos a leitura, processo durante o qual um ajuda o outro | Foto: Mary Leal/SEEDF Uma dessas ações é o projeto Amigo Leitor, da Escola Classe Kanegae, no Riacho Fundo, que promove leituras entre pares com estudantes do 1º e do 5º anos. Na ação, o aluno que possui mais facilidade para leitura ajuda aquele com mais dificuldade. Ao todo, as crianças leem 22 livros anualmente só durante esses encontros. O Amigo Leitor visa a desenvolver e despertar valores como os de solidariedade, responsabilidade e cumplicidade nos alunos. Além de ampliar o vocabulário e o contato com livros diversos, tendo a leitura como referência para a promoção da aprendizagem. Paralelamente à sala de leitura, o encontro ocorre semanalmente, às quintas-feiras, e dura 45 minutos. Aos pares “Esse projeto puxa um pouco para o lado da afetividade, pois eles interagem uns com os outros” Karyne Fernandes, professora do 1º ano da EC Kanegae A diretora da EC Kanegae, Schirley Rocha, é pioneira nesse projeto, que funciona na escola desde 2016. Inicialmente, conta ela, é feito um sorteio, e os estudantes ficam na expectativa de quem será o coleguinha que vão conhecer. “Esse projeto desperta várias potencialidades, desde a questão da autonomia, solidariedade e gosto pela leitura, além de impactar o futuro desses estudantes, até mesmo na escolha da profissão”, afirma. “Esse é o momento em que eles estão sendo protagonistas. Nessa etapa, eles viram professores dos colegas”. Livros como Chapeuzinho Vermelho, O cavalo, o caçador e o cervo, Era uma vez duas avós e Mogli, o Menino Lobo estão entre os escolhidos da garotada. A escola busca desenvolver estratégias de leitura, estimulando os alunos a perceber a compreensão como prática social, durante a qual todos podem dialogar e somar conhecimentos. É o caso dos estudantes Humberto Bryan de Souza, 10, do 5º ano, e Eduardo Cardoso, 6, do 1º ano. “Minha mãe me contou que quando ela era pequena, sempre que estava com tédio, ela ia à biblioteca pegar um livro para ler”, relata Humberto. “Agora já leio livros de 120, 220 páginas”, prossegue o estudante. “Acho que é importante saber ler, e eu ajudo o Eduardo para quando ele for maior, arrumar um emprego top. Os livros vão te dar conhecimento, e isso ninguém rouba de você. Podem roubar seu carro, mas com o seu conhecimento, você pode ir lá e comprar outro carro.” A professora Karyne Fernandes, do 1º ano, enfatiza: “Esse projeto puxa um pouco para o lado da afetividade, pois eles interagem uns com os outros. Essa questão da leitura em dupla, ainda mais os pequenos com os maiores, tira eles daquela rotina de sentar numa carteira para ler algo. Aqui é mais livre, mais espontâneo, auxilia na criatividade, na imaginação, porque uma criança tem muita história e cultura para mostrar”. Ao final, os estudantes preenchem um relatório para dizer o que aprenderam na leitura. Eles descrevem o lugar onde ocorreu a história e desenham a cena do ambiente relatado; conforme o encontro se desenvolve, o relatório vai mudando. *Com informações da Secretaria de Educação
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Ações itinerantes do GDF incentivam leitura e levam conhecimento para comunidades
É em uma pracinha tradicional no Guará, debaixo de um abacateiro, que a criançada deixa de lado os tablets e celulares para dar espaço à leitura à moda antiga. Com uma estante repleta de exemplares e livros nas mãos, a tia Meg, como Margarete Neres é conhecida entre os pequenos, entra em ação por meio do programa Mala do Livro, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). Criada há 33 anos, a iniciativa hoje está presente em todas as regiões administrativas do DF para levar conhecimento e estimular a leitura entre as comunidades da capital. A biblioteca itinerante estaciona em praças, igrejas, associações, hospitais e até unidades prisionais, permitindo que o acesso à leitura ultrapasse as paredes de bibliotecas convencionais. O projeto Mala do Livro estimula a leitura entre as comunidades da capital | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Tudo isso é possível por meio de pessoas cadastradas na Secec-DF que colocam a iniciativa em prática na rua ou na comunidade onde moram. Hoje a pasta conta com 197 voluntários, os chamados agentes de leitura, que transformam suas residências em bibliotecas domiciliares. Margarete Neres é uma delas. Pedagoga de formação, ela já é conhecida entre os vizinhos da QE 4 do Lúcio Costa, no Guará, por abrigar dentro de casa um diverso acervo de livros para todas as idades. “A gente tem os exemplares da Mala do Livro e ainda tem o meu acervo pessoal que deixo aqui para fazer empréstimo a quem precisa. Sempre abrimos as portas daqui de casa para receber o público, pegar livros e ter essa experiência com a leitura”, ressalta. Leitura na praça Na época da seca, Margarete Neres conta histórias, com direito a fantoches, debaixo de um abacateiro, em praça pública “Uma vez por mês, no período de estiagem, a gente faz o Histórias na Praça, que é quando levamos todo esse acervo, tapetes e fantoches para fazer a leitura de livros debaixo do abacateiro que tem na pracinha aqui perto de casa. As crianças adoram e a gente tem apoio da comunidade, como a associação de moradores do Lúcio Costa, para fornecer lanches e dar o suporte necessário”, conclui Margarete. Além da leitura, o evento no Guará apresenta uma atração especial: o palhaço Canudinho, interpretado por Cláudio Moraes. “A palhaçaria atiça a curiosidade das crianças. Elas riem, brincam e, sem perceber, se aproximam dos livros. Eu fico extremamente contente de poder estimular isso nelas, de mostrar que a leitura também pode ser divertida”, afirma Cláudio. Entre os pequenos frequentadores está Luna Rodrigues, de 7 anos, que não esconde a empolgação com o Histórias na Praça. “A parte da leitura é a minha preferida. A tia lê e conta histórias, e eu acho que todas as crianças deveriam gostar de ler também”, diz. Luís Felipe Marques Braga: “No livro tem coisas que nem aparecem na Netflix” Já Luís Felipe Marques Braga, de 10 anos, descobriu na leitura um mundo que vai além do que ele vê na televisão. “Eu gosto de ler mangá. No livro tem coisas que nem aparecem na Netflix. É diferente estar lendo e a pessoa estar falando, tem mais detalhes”, comenta. “Eu ficava de olho na janela lá de casa. Quando a tia chegava na praça, eu falava para a mamãe: ‘bora lá na pracinha para a gente ver a história’. É muito legal. A tia Margarete botava suco e lanche também”, elogia o pequeno Luiz Felipe Souza, 7 anos. Uma história entre gerações Criado em 1991, o Mala do Livro começou como um desafio enfrentado pela bibliotecária Neusa Dourado: levar livros para comunidades que não tinham acesso a bibliotecas públicas. Inspirada em um modelo francês de bibliotecas domiciliares, Neusa criou um sistema em que moradores se tornavam agentes de leitura, emprestando livros em suas próprias casas. A filha de Cláudia Lucena participou do Mala do Livro na infância e, hoje, participa de debates sobre literatura: “Tudo começou nesse ambiente” A servidora pública Cláudia Lucena, 56 anos, acompanhou a evolução do programa desde que Margarete começou com a biblioteca domiciliar. “Minha filha hoje tem 22 anos e ela cresceu participando do programa. O incentivo que ela recebeu aqui foi fundamental. Desde criança, ela sempre esteve envolvida com literatura e arte. Hoje, participa de encontros culturais e tem grupos de amigos que escrevem e debatem sobre livros. Tudo começou nesse ambiente”, compartilha. A Mala do Livro está disponível em todas as regiões do Distrito Federal. Com um acervo de aproximadamente 100 mil livros, a iniciativa já impactou mais de um milhão de pessoas. Para a gerente do programa, Maria José Lira, esse trabalho vai muito além do simples empréstimo de livros. “A Mala do Livro conta muitas histórias, mas também cria novas. Estamos sempre buscando maneiras de levar a leitura a todos os espaços possíveis nas praças, nas casas, nos hospitais ou até em unidades prisionais”, ressalta Maria José.
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Brasília desafia queda nacional nos índices de leitura, e Biblioteca Nacional bate recordes de empréstimos de livros
Enquanto o Brasil vê a leitura de livros perder espaço entre a população, Brasília segue resistindo à tendência nacional. Dados da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) mostram que, em 2024, houve um aumento expressivo no número de usuários cadastrados e empréstimos de livros, consolidando a capital federal como um polo de incentivo à leitura. Frequentadora da Biblioteca Nacional de Brasília, a advogada Eliana Santiago se diz apaixonada pelos livros de romance policial | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em comparação com 2023, o número de novos cadastros na BNB saltou para 79%, com 3.130 novos leitores inscritos no sistema de empréstimos. Já o total de obras levadas para casa cresceu 66%, alcançando 23.062 empréstimos no ano. Atualmente, 14.759 pessoas estão aptas a usufruir do acervo da biblioteca gratuitamente. As mulheres representam a maioria dos leitores (54%), enquanto os homens correspondem a 46%. A diretora da BNB, Marmenha Rosário, comemora o crescimento no número de empréstimos: “Estamos no caminho certo, incentivando a leitura e investindo no nosso acervo” “Os números mostram que o livro está mais vivo do que nunca. Praticamente dobramos os novos registros de leitores e de quantidades de livros que o pessoal está levando para casa para ler. Estamos no caminho certo, incentivando a leitura e investindo no nosso acervo”, explica a diretora da BNB, Marmenha Rosário. A servidora atribui o sucesso dos números a um conjunto de fatores, como investimento no acervo, surgimento de novos clubes de leitura, atividades culturais e ao próprio interesse pessoal dos brasilienses pela leitura. “Temos investido para trazer o público jovem para a biblioteca, e eles estão movimentando bastante a leitura de livros, especialmente os da literatura asiática”. Segundo a diretora da biblioteca, os títulos mais procurados refletem a diversidade de interesses dos leitores brasilienses: enquanto os mais jovens demonstram grande apreço por gibis e mangás, os públicos mais velhos exploram obras de ciências, história e direito. A literatura, de modo geral, continua sendo a principal escolha entre os frequentadores da BNB. Hábito da leitura Em comparação com 2023, o número de novos cadastros na BNB saltou para 79%; já o total de obras levadas para casa cresceu 66% O cenário do Distrito Federal contrasta com a realidade nacional. A 6ª Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em novembro de 2024, revelou que 53% da população brasileira não leu nenhum livro nos três meses anteriores a essa coleta de dados, um marco inédito na série histórica. O número de leitores caiu de 52% para 47% nos últimos cinco anos, indicando uma perda de 6,7 milhões de leitores no país. Apesar da queda no Brasil, Brasília segue se destacando. No DF, 52% da população mantém o hábito da leitura, segundo a mesma pesquisa, demonstrando que a cidade preserva um compromisso com a cultura e o conhecimento. O número cresceu dois pontos percentuais em relação a 2019, o que demonstra o cenário positivo em relação ao retrato nacional. Bibliotecária da BNB há 16 anos, Cida Moura disse que sempre leu muito: “Quase tudo que chega de livro passa pelas minhas mãos, e eu logo separo os livros que gostaria de ler” Foi justamente a paixão pela literatura que moldou a escolha de carreira de Cida Moura, 47, que há 16 anos trabalha como bibliotecária na BNB. “Sou muito curiosa e, em toda vida, sempre li muito. Por ser bibliotecária, quase tudo que chega de livro passa pelas minhas mão,s e eu logo separo os livros que gostaria de ler”, conta a servidora, que está entre as leitoras assíduas do espaço. A advogada Eliana Santiago, 67, também é outra leitora recorrente da biblioteca e se diz apaixonada pelos livros de romance policial. “Na infância, a gente não tinha muito incentivo, e na adolescência, eu lia os livros para fazer a ficha literária. Nem sempre a escolha da escola me atraía. Depois de formada, conheci os livros de Sidney Sheldon e Agatha Christie”, conta. A paixão pela literatura logo floresceu e hoje é cultivada na família. “É um hábito que tenho há mais de 30 anos e passei para o meu filho”, relata, acrescentando que não abre mão da experiência de ler o livro físico. “Não gosto de ler no computador; eu preciso sentir o papel, usar o marcador de páginas. Ter contato físico com a obra parece que gera uma cumplicidade entre o leitor e o escritor”.
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Projeto de incentivo à leitura chega aos postos do Na Hora
Os cidadãos do Distrito Federal (DF) que utilizam os serviços do Na Hora vão ter acesso a livros enquanto esperam o atendimento. O projeto Estante Livre, uma parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), vai disponibilizar uma minibiblioteca nas unidades de atendimento. O Acordo de Cooperação Técnica foi publicado nesta sexta-feira (24) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A ideia do projeto é estimular a leitura ao facilitar o acesso à cultura e obras literárias por meio de empréstimos e doações de livros. A primeira estante será colocada no Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto. As próximas unidades a receberem o projeto serão definidas pela Sejus-DF, enquanto a disponibilidade da estante, a identidade visual do programa, bem como a promoção e reposição do acervo, cabem ao tribunal. A população também pode deixar livros nas estantes como doação. A ideia do projeto é estimular a leitura nos postos do Na Hora, ao facilitar o acesso à cultura e obras literárias por meio de empréstimos e doações de livros | Foto: Divulgação/Sejus-DF Após a seleção dos livros, o TJDFT deverá comunicar à Sejus-DF as obras escolhidas e disponibilizá-las para o público. A secretaria ficará encarregada de fornecer e gerenciar os recursos humanos necessários para a guarda, fiscalização e conservação dos bens do tribunal, além de informar ao órgão judiciário sobre qualquer ocorrência de dano aos materiais disponibilizados. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que “a iniciativa oferece aos usuários do Na Hora a oportunidade de aproveitar o tempo de espera de maneira produtiva, com a oferta de livros e conteúdos dos mais variados temas, promovendo cultura e cidadania”. A parceria também prevê que os órgãos devem acompanhar as ações que estão sendo desenvolvidas e propor eventuais aperfeiçoamentos ao projeto. O prazo de vigência do Estante Livre é de cinco anos, prorrogáveis a critério das partes por igual período. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Biblioteca Nacional de Brasília comemora 16 anos com recorde de leitores e feira de troca de livros
A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) completou 16 anos nesta quinta-feira (12) ampliando o número de usuários. Em 2024 já são mais de 150 mil visitantes, superando a quantidade de 2023 e 2022, quando foram contabilizados, respectivamente, 102 mil e 72 mil frequentadores – o que mostra um interesse crescente da comunidade. Para comemorar, a BNB promove, no próximo dia 21, a Feira de Troca de Livros, das 9h às 14h, no Corredor Cultura, localizado no térreo. O evento será uma oportunidade para os amantes da leitura trocarem livros e, ao mesmo tempo, uma forma de a biblioteca ampliar e renovar sua coleção, com um destaque especial para livros de autores brasilienses. Isso porque quem levar uma obra de um autor brasiliense terá direito a duas em retorno. A Feira de Troca de Livros da Biblioteca Nacional de Brasília é uma boa oportunidade para quem deixar a compra do presente de Natal para os últimos dias | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A entrada para o evento é gratuita e são mais de mil livros selecionados para a troca, que estão entre os dez mais vendidos no país. Entre as obras de interesse da comunidade estão títulos como Guerra dos Tronos, de George R. R. Martin, e Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, além de mangás e HQs. Os livros para troca devem estar em bom estado de conservação. A diretora da BNB, Marmenha Rosário, destaca que o evento também foi pensado na véspera do Natal para as pessoas que deixam o presente para última hora. “Além de ser um momento agradável para quem deseja compartilhar e descobrir novas histórias, proporcionar essa troca vai prestigiar autores e aumentar o nosso acervo”, observou. Aumento de público Considerado um espaço dedicado ao aprendizado, à troca de saberes e à conexão cultural, além de ser um local de lazer e cultura para todos, a Biblioteca Nacional foi inaugurada em 2008 como parte do Complexo Cultural da República, na Esplanada dos Ministérios. Nos últimos dois anos, o espaço dobrou o número de frequentadores, saindo de 72 mil, em 2022, para 102 mil no ano passado, e chegando ao final de 2024 com mais de 150 mil visitantes, o que mostra um interesse crescente da comunidade. Para Marmenha, o número reflete o papel fundamental da biblioteca como centro cultural e de lazer, em que atividades como palestras, exposições, e programas educativos aproximam o público da literatura e da arte. Entre os projetos está a inauguração da Sala Gamer, aulões para concursos, cursos de inglês e até uma área musical. “O brasiliense descobriu que a BNB é muito importante no cotidiano e entra no imaginário da comunidade do DF. Os números mostram que, com a diversificação de projetos, estamos trazendo mais gente para dentro da biblioteca e temos nos destacado nesse sentido. Uma biblioteca boa e de qualidade atrai o público e esse espaço cumpre com a missão de ofertar produtos que levam conhecimento, aprendizagem e cultura para a população”, afirma a diretora.
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Homologado o resultado final para a 3ª edição do Prêmio Candanguinho de Literatura Infantojuvenil
Na edição desta terça (5) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) publicou a homologação do edital de chamamento público nº 31/2024, referente ao Prêmio Candanguinho de Literatura Infantojuvenil. A OSC habilitada para executar a terceira edição do prêmio foi a Companhia Voar Arte para Infância e Juventude. Premiação estimula a produção literária e o apoio a grupos artísticos e culturais do DF | Foto: Divulgação/Secec-DF A iniciativa tem como objetivo incentivar a escrita, a leitura e a formação de mediadores de leitura, divulgar a produção de livros, promover concurso literário e incentivar, difundir e preservar a leitura, a escrita e a oralidade do Distrito Federal e estimular a produção cultural local, apoiando artistas, grupos e coletivos artísticos e culturais por meio de incentivos financeiros e capacitação necessária para desenvolvimento de seus trabalhos. As ações a serem cumpridas pela parceria envolvem, entre outras atividades, a elaboração de edital para seleção e premiação de 90 poesias em língua portuguesa de crianças e adolescentes, a seleção e contratação de jurados e demais profissionais técnicos necessários à execução da premiação, o desenvolvimento e a implantação de ferramenta de tecnologia da informação (TI) que facilite o processo de recebimento das poesias e das inscrições de cada categoria no formato online e a distribuição para o júri oficial, a condução de processo seletivo para receber as poesias concorrentes e encaminhá-las para avaliação do júri oficial e a premiação dos vencedores. Além disso, caberá à OSC selecionada publicar um livro/coletânea nas versões ebook e audiobook com pelo menos cinco exemplares impressos em Braille; distribuir pelo menos um exemplar impresso para todas as bibliotecas públicas e bibliotecas escolares-comunitárias do Distrito Federal, cuidar da manutenção de um canal de comunicação permanente com os proponentes para sanar as dúvidas pertinentes aos editais e propor a implantação do plano de comunicação e mobilização social com abrangência nas bibliotecas públicas, escolares e nas escolas do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (Ride), bem como promover encontros de escritores brasilienses e suas obras com as crianças e os adolescentes. Confira o edital. *Com informações da Secec-DF
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Projeto Escritores Mirins estimula desenvolvimento da escrita dos alunos da EC 10 de Taguatinga
Mais de 190 estudantes do 3º ao 5º ano da Escola Classe (EC) 10 de Taguatinga viveram este ano a experiência única de escrever um livro. O ato faz parte de um projeto da instituição criado em 2019 e batizado de Escritores Mirins. A iniciativa incentiva os estudantes a escreverem textos autorais, a partir do aprendizado em sala de aula, para serem impressos cada um em uma publicação própria. “O projeto contribui demais para o processo de alfabetização e vem como uma forma de incentivo à leitura e à escrita. A partir do momento que a criança tem um interesse maior, automaticamente ela se desenvolve”, explica Emiliane Bueno, professora supervisora da escola. De acordo com ela, o projeto é direcionado para o 3º ano, mas também se estende para os jovens interessados no 4º e 5º ano. “Todos que querem participar são bem-vindos”, comenta. As crianças têm liberdade para escolher o gênero literário a partir do conteúdo estudado. Por isso, há contos, poemas e poesias. Além disso, cada um dos jovens fica responsável pela ilustração do livro. A obra fica disponível em formato digital pelo site Estante Mágica e físico, esse último com direito a uma noite de autógrafos na escola nesta sexta-feira (25). Devido aos custos da impressão, alguns dos autores mirins são apadrinhados. “Como algumas crianças não têm condições de adquirir o livro, elas são presenteadas com o apadrinhamento”, revela Emiliane. A pequena Lorena Loures Alves de Abreu, 8 anos, escolheu escrever um conto. Ela se inspirou na história da Branca de Neve e os sete anões para criar uma narrativa original sobre uma menina que, ao perder a mãe e o pai, precisa ir morar com uma tia carinhosa e uma prima muito ruim. “Fui juntando algumas coisas que aconteceram, e quando comecei a escrever as ideias foram surgindo. Fui pensando e escrevendo”, conta. A iniciativa incentiva os estudantes a escreverem textos autorais, a partir do aprendizado em sala de aula, para serem impressos cada um em uma publicação própria | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para a menina, a oportunidade vai ajudá-la a aprimorar a escrita. “Eu errei bastante [na hora de escrever], mas corrigi e deu tudo certo. Acho que quando eu pegar o livro e ver o resultado vou ter noção do que errei e do que acertei, porque eu pretendo ser escritora. Porque eu amo muito ler e escrever”, diz Lorena. Italo Nunes Persiano, 9, gosta mais de desenhar do que escrever. Mas, ao participar do projeto, viu despertar um novo talento. “Nunca pensei em ser escritor, mas quando a minha professora falou, acabei pensando [numa história] e gostei muito [de escrevê-la]. Foi a minha melhor experiência criativa, porque ser escritor é algo novo para mim”, afirma. Estímulo à imaginação Ele criou uma ficção inspirada na franquia de desenhos e jogos Pokémon. “Surgiu na minha mente uma história com pokémons diferentes. Começou a rolar na minha mente com a história começando numa floresta, escrevi e desenhei tudo que surgiu na minha cabeça”, lembra. Emiliane Bueno, professora supervisora da escola: “O projeto contribui demais para o processo de alfabetização e vem como uma forma de incentivo à leitura e à escrita. A partir do momento que a criança tem um interesse maior, automaticamente ela se desenvolve” O irmão do menino, o estudante Igor Nunes Persiano, 9, também participou do projeto. Só que o jovem preferiu escrever uma história baseada em sua própria narrativa. “Fiz uma história sobre a minha vida, desde o início até hoje. Falo das minhas características e da minha descoberta de ser autista. Pensei que era uma boa ideia falar da minha própria história”, afirma. A expectativa dele agora é que o conto possa chegar a mais pessoas. A mãe de Igor e Italo, a dona de casa Kátia Nunes dos Santos, 43 anos, destacou que o projeto foi muito interessante para os filhos. “Eles ficaram bem animados, chegavam em casa e queriam continuar a escrever. Eu estou bem animada também para ver a história deles, porque está sendo uma surpresa para mim”, comenta. Além de se emocionar pela experiência dos filhos, ela se sentiu tocada por poder ver a evolução do colégio que estudou na infância. “Está sendo muito gratificante, porque na minha época não tinha isso, não existia esse projeto quando estudei na minha infância. E hoje meus filhos estão podendo ter essa oportunidade. Isso é gratificante para mim”, classifica.
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GDF promove seminário voltado à formação de profissionais das bibliotecas da capital
Empenhado em fazer de Brasília a capital da leitura, o Governo do Distrito Federal (GDF) vai promover nos dias 24, 25 e 29 de outubro a primeira edição do “Seminário Cultura e Educação: pensando em um DF que lê”, um evento voltado ao fomento e à formação de profissionais que trabalham nas bibliotecas brasilienses. “A intenção desse evento é trabalhar a formação e o fomento das pessoas que atuam nas bibliotecas, para que elas possam entregar um atendimento mais qualificado à comunidade”, destaca a diretora da BNB, Marmenha Rosário | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O evento, fruto de uma parceria entre as secretarias de Cultura e Economia Criativa e de Educação do Distrito Federal, vai ser realizado durante a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca. Estão previstos vários painéis e oficinas visando a qualificação de servidores que atuam nas bibliotecas públicas, escolares e prisionais do DF. “A ideia dos painéis é dar um espaço para que esses equipamentos divulguem suas melhores práticas, desencadeando ações que podem amplificar os benefícios que os livros e a leitura trazem para a vida das pessoas”, explica o Subsecretário de Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “Essa iniciativa, que integra as comemorações da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, demonstra o nosso compromisso em fomentar a leitura e a utilização da biblioteca como um espaço fundamental para a construção do conhecimento. Acreditamos que a leitura é a porta de entrada para um mundo de possibilidades, despertando a criatividade, a imaginação e o senso crítico de nossos estudantes”, ressalta a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Entre as oficinas práticas, estão a recuperação de páginas e higienização de livros, a escrita criativa, a produção de conteúdo para redes sociais de bibliotecas e a captação de recursos para projetos literários. Serão 600 vagas ao todo. Para ter acesso à programação completa e ao formulário de inscrições basta acompanhar o perfil da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) no Instagram. “A intenção desse evento é trabalhar a formação e o fomento das pessoas que atuam nas bibliotecas, para que elas possam entregar um atendimento mais qualificado à comunidade com as ferramentas ideais”, destaca a diretora da BNB, Marmenha Rosário. Programa Mala do Livro Programa Mala do Livro incentiva a leitura em regiões que não contam com bibliotecas | Foto: Divulgação/Secec A programação também vai comemorar os 33 anos do programa Mala do Livro, que leva caixas-estantes a regiões do DF que não contam com bibliotecas. Em cada mala há exemplares que vão desde a literatura infantil, juvenil, brasileira, estrangeira e até livros voltados à pesquisa. Os leitores podem ficar até sete dias com os exemplares e há possibilidade de renovação desse empréstimo. Atualmente, o projeto conta com 106 malas do livro. Na abertura do seminário, serão anunciadas mais 20 caixas-estantes. “Vamos aproveitar este evento importantíssimo para entregar as novas unidades da Mala do Livro, projeto que tem assegurado um lugar na história da difusão do livro no DF e entorno”, reforça o secretário de Cultura, Cláudio Abrantes.
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Centro de Ensino Médio do Setor Oeste inaugura Biblioteca Pagu Galvão
Uma nova biblioteca servirá como motivação extra para os alunos do Centro de Ensino Médio do Setor Oeste (Cemso) na reta final do ano letivo de 2024. O espaço, nomeado em homenagem à jornalista e artista brasileira Pagu Galvão, foi completamente reformado e agora proporciona estrutura de excelência para usufruto dos estudantes. A entrega do local foi feita na última semana. Depois de ser reformada, a Biblioteca Pagu Galvão passou a contar com duas cabines de isolamento acústico para estudos coletivos | Fotos: Victor Bandeira/ SEEDF O objetivo da reforma foi proporcionar uma estrutura de alta qualidade para os estudantes, que agora têm um ambiente mais confortável e com mais recursos à disposição para utilizar nos estudos. Com o foco em estudos coletivos, a biblioteca conta com duas cabines para quem procura um espaço mais silencioso para estudar, alguns pufes espalhados, baias para uso de computador, e até mesas digitais para diversas disciplinas, como geografia e biologia, nas quais é possível visualizar e interagir com o globo terrestre ou explorar a estrutura de uma molécula, por exemplo. “Optamos por manter o nome da biblioteca em homenagem à artista porque há uma identificação do Cemso com o modernismo. Nossa escola sempre foi irreverente e zelou pela liberdade e pela literatura. Estar aqui é realizar um sonho de muitas gerações de gestores da escola; estamos muito felizes pela entrega deste espaço lindo” afirmou a diretora Edna Pereira Torres. O Cemso, que já é referência em aprovações em vestibulares no Distrito Federal, agora contará com suporte de alto nível, fundamental para estudantes do ensino médio que já estão com as atenções voltadas para a aprovação nas universidades e faculdades. A obra foi viabilizada com a colaboração de diversos agentes, como a deputada distrital Dayse Amarílio, que aportou recursos por meio de emenda parlamentar para a realização do projeto. “Gostaria de agradecer à Secretaria de Educação, que foi fundamental para a finalização desse projeto. Agradeço também a todos que uniram forças para hoje estarmos realizando esse sonho coletivo. Poder estar aqui, participando dessa entrega, é um privilégio”, frisou a parlamentar. Os estudantes também foram protagonistas na mobilização de esforços para a reforma da biblioteca – o grêmio estudantil do Cemso identificou a necessidade da revitalização do espaço e articulou o diálogo com a escola para que o projeto fosse realizado. Equipamentos tecnológicos como mesas interativas permitem visualizar e interagir com o globo terrestre ou explorar a estrutura de uma molécula, por exemplo “Ter esse espaço é uma grande conquista e um avanço para a estrutura educacional da nossa escola. O Cemso agora é, além de uma referência na qualidade do ensino, uma referência em estrutura de ensino”, destacou o estudante e atual presidente do grêmio estudantil, Erick de Alcântara Araújo. *Com informações da Secretaria de Educação
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Escola pública de Ceilândia homenageia Renato Russo em nova biblioteca
No coração de Ceilândia, uma escola se destaca por um projeto de incentivo à leitura que leva o nome de um aclamado ídolo brasiliense. Intitulado Laboratório Biblioteca Renato Russo, o espaço inaugurado na terça-feira (28), no Centro Educacional (CED) 14 de Ceilândia, no Setor O, se transformou em um lugar de encontros para estudos, oficinas e pesquisas. Além de ser reformado, o espaço recebeu a doação de novos livros literários e computadores | Fotos: Jotta Casttro/ SEEDF A nova biblioteca da escola surgiu por meio de uma parceria com a ONG Amigos da Vida e é patrocinada pelo Instituto CNP Brasil. Durante quatro meses, enquanto o espaço da biblioteca era reformado, os alunos do ensino médio tiveram acesso a cursos de desenhos criativo e arquitetônico, oralidade e leitura dramática. Além da obra, o espaço recebeu doação de novos livros literários e computadores. “O projeto das bibliotecas traz a educação como prioridade, onde a gente também realiza, dentro desses espaços, oficinas de profissionalização para capacitar alunos”, explicou o CEO da ONG, Christiano Ramos. “Essas oficinas são um espaço de aprendizado para os estudantes aprimorarem suas habilidades e estarem ainda mais preparados, tanto para a entrada na universidade quanto para uma simples entrevista de emprego.” Carminha Manfredini, mãe do vocalista da banda Legião Urbana, esteve presente à solenidade de abertura da biblioteca e compartilhou a alegria de prestigiar o sonho do filho. “Quero parabenizar todos os envolvidos nesse projeto tão importante e bonito. Nossa missão é levar cultura, aprendizado e leitura para esses jovens, e eu tenho certeza de que meu filho está muito feliz e satisfeito”, disse. Os amigos Carlos Eduardo Serafim, 15 , e Arthur Lopes, 17, participaram das oficinas de informática e de oralidade e leitura dramática. Para eles, os aprendizados adquiridos na oficina vão auxiliar na hora de conseguir um trabalho. “Essa é uma ideia inovadora desenvolvida na escola. O curso me deu mais confiança e poder na comunicação. Aprendi também sobre linguagem corporal e gostei bastante”, contou Carlos Eduardo. “Um curso excelente que me fez enxergar outras possibilidades profissionais; eu me sinto mais confiante agora”, garantiu Arthur. Carminha Manfredini, mãe de Renato Russo, visitou a nova biblioteca e conversou com alunos do CED 14 do Setor O O diretor do CED 14 do Setor O, Fredy Viana, se inspirou na Legião Urbana para agradecer o projeto na escola. “Nós somos os filhos da revolução, burgueses sem religião, a geração Coca-Cola, e isso faz com que eu prometa para mim mesmo que vou mudar o mundo. E eu consigo mudar o mundo. Como vou mudar? Dando para os meus alunos conhecimento, o que ninguém vai tirar deles. Essa é a máxima do projeto”, finaliza. A ONG Amigos da Vida já visitou outras escolas no Distrito Federal para avaliar a possibilidade de parceria com as unidades. Agora, o projeto se prepara para a entrega de mais uma biblioteca no Centro de Ensino Médio (CEM) 04 de Ceilândia, que tem previsão de ficar pronta no segundo semestre deste ano. “É um presente para os alunos, e a gente acredita que aportar recursos na educação não é gasto, é investimento”, conclui Christiano. *Com informações da Secretaria de Educação
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Lei cria programa de incentivo e valorização de escritores de Brasília
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Estudantes da EJA lançam livros com histórias inspiradoras
Um projeto de leitura do Centro Educacional Irmã Regina, em Brazlândia, tem mudado a vida de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Por meio do incentivo à leitura e produção textual, alunos viraram escritores de livros. Como resultado de um projeto desenvolvido ao longo do ano letivo, os estudantes escreveram, ilustraram e lançaram um livro contando as próprias histórias, quase como um registro autobiográfico. Depois de escrever um livro, Dameão se formou no segundo segmento da EJA | Foto: Arquivo pessoal/Divulgação Desenvolvido pela professora Jelma Alves Mota Lima, de Língua Portuguesa, o objetivo da ação é incentivar a leitura e facilitar a produção de textos para os estudantes. “Eu sou apaixonada por produção textual. E percebi que uma das maiores dificuldades dos alunos, de modo geral, inclusive de universitários, é a produção de texto. Dessa forma, busquei estratégias para facilitar. Eu expliquei a eles que, aquilo que se fala, passa-se para o papel e depois nós vamos organizar”, conta. Um dos escritores do CED Irmã Regina é Dameão Luiz de Macedo, 63 anos, que além de aluno da EJA, é artista. “Para mim, foi tranquilo escrever o livro, porque eu faço música. Então, eu escrevi sobre o Nordeste. Em especial, sobre Currais Novos, no Rio Grande do Norte. São minhas vivências de lá até aqui (Brasília). Tem muita tristeza, angústia, mas termina com um final feliz”, relembra. Semana passada, Dameão concluiu mais uma etapa de sucesso: a formatura dele do segundo segmento da EJA (etapa final do ensino fundamental). Outra história inspiradora é da aluna Eliene Alves Souza Araújo. Em seu livro História da minha vida, ela narra os principais acontecimentos de sua vida, desde o começo, no interior da Bahia, até a sua volta à sala de aula, em Brasília. O livro também destaca o esforço contínuo para terminar os estudos. “Escrever um livro é algo que nunca tinha passado pela minha cabeça. Quando a professora nos falou do projeto, eu pensei que não conseguiria escrever sobre nada. De repente, eu não conseguia parar de escrever. E se tivesse mais tempo, eu teria feito mais”, celebra. Sem dúvida, os projetos de leitura desempenham um papel fundamental no contexto da EJA, sendo uma ferramenta valiosa para promover o desenvolvimento educacional e cultural desses estudantes, colaborando para o crescimento pessoal dos alunos. Inscrições As inscrições na Educação de Jovens e Adultos podem ser feitas no site da Secretaria de Educação do Distrito Federal em link que será divulgado quando abrir o período de matrículas ou pela Central de Telematrícula 156. Todavia, caso o interessado perca o prazo de inscrição para novas matrículas, pode procurar diretamente a escola mais próxima da residência ou do local de trabalho, em qualquer época do ano, para realizar a matrícula. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As 14 coordenações regionais de ensino (CREs) do DF oferecem todos os segmentos da EJA. Para fazer a matrícula é preciso levar os seguintes documentos: ? Carteira de identidade ? CPF ? Comprovante de endereço ? Histórico escolar (se possuir) EJA no Distrito Federal A Educação de Jovens e Adultos no Distrito Federal é uma modalidade de ensino voltada para pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou que desejam retomar os estudos em uma fase mais avançada da vida. No Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Educação é responsável pela organização e coordenação da EJA. Ela estabelece as diretrizes curriculares, realiza a matrícula dos estudantes e acompanha o desenvolvimento das turmas. Além disso, a SEEDF oferece apoio pedagógico aos professores e investe em programas e projetos que visam melhorar a qualidade da educação oferecida na EJA. *Com informações da SEEDF
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Projeto do CEF 410 da Asa Norte abre caminho para futuros escritores
A criação de projetos que estimulem a leitura e escrita no ensino fundamental desempenha um papel crucial no desenvolvimento escolar dos estudantes. No Centro de Ensino Fundamental 410 Norte, os alunos do 8º e 9º anos são estimulados, desde o primeiro bimestre, a ler e a escrever sobre diferentes gêneros textuais, o que trabalha a produção crítica deles. Alunos do 8º e 9º anos do Centro de Ensino Fundamental 410 Norte leem e escrevem sobre grandes clássicos | Fotos: Mary Leal/SEEDF O projeto “O exercício da escrita para um processo de aperfeiçoamento criativo” se baseia no tripé leitura, oralidade e escrita. A partir da leitura da obra, os estudantes trabalham a oralidade, conhecendo o autor, os personagens, o contexto histórico da obra e, depois, começam a escrever sobre a obra, fazendo releitura ou crítica ao texto, bem como reescrevendo o final de algumas histórias, como é o caso de Romeu e Julieta, do autor inglês, William Shakespeare. Na obra original, o final de Romeu e Julieta é marcado pela trágica morte dos protagonistas. Para Hevelyn Karine da Costa Nascimento, do 8º ano, o final poderia ser reescrito da seguinte forma: “Como planejado, Romeu estava à espera de Julieta, lá fora. Romeu e Julieta se casaram e tiveram cinco filhos lindos e saudáveis.” [Olho texto=”“O exercício da escrita é um componente vital para o aprimoramento criativo, oferecendo benefícios que se estendem além do ato de escrever em si, influenciando positivamente diversos aspectos da vida pessoal e acadêmica dos estudantes”” assinatura=”Delma Carvalho, idealizadora do projeto” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A cada bimestre, os alunos escolhem um gênero textual para lerem e, a cada obra lida, uma proposta de produção fez parte da avaliação. Assim, se for escolhido o gênero poema, por exemplo, os alunos do projeto terão que desenvolver uma poesia ao final do período. Desde o começo do ano, as turmas já estudaram, além de poemas, narrativa , cordel, notícia, crônica e artigo de opinião. O objetivo do projeto é criar no estudante o prazer de ler e escrever, suscitando nele o reconhecimento de suas capacidades como leitores, analistas interpretativos e produtores de textos de qualidade, considerando o domínio de sua expressão a partir do contato com obras literárias. “O ensino de língua portuguesa precisa priorizar o preparo do aluno para diversas situações comunicacionais, sendo importante o domínio da própria língua”, explica a idealizadora do projeto, professora de português, Delma Carvalho. Francisco Jabour Uchôa, 13 anos, confessa que o gosto pela leitura aumentou depois de passar pelo projeto “No último bimestre, por exemplo, nós já estávamos trabalhando com artigos de opinião, com alunos de 8º ano. A gente conheceu os contos do Machado de Assis, lemos várias crônicas, aproveitamos o mês da Consciência Negra para desenvolver essa linha de pensamento. Lembro que nós tivemos alunos lendo Dom Casmurro e, apaixonados por Machado de Assis, indo à biblioteca buscar outras obras do autor. Em suma, o exercício da escrita é um componente vital para o aprimoramento criativo, oferecendo benefícios que se estendem além do ato de escrever em si, influenciando positivamente diversos aspectos da vida pessoal e acadêmica dos estudantes”, completa Delma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos alunos apaixonados pela leitura é Francisco Jabour Uchôa, 13 anos. Ele comenta que, após entrar para o projeto, o gosto pela leitura aumentou bastante. “Eu realmente peguei mais firme com os livros porque você precisar ler o livro para fazer a prova, daí que a gente acaba pegando mais gosto pela biblioteca.” Francisco conta, entusiasmado, o livro que mais mexeu com ele. “A história que mais me marcou foi, sem dúvida, Fahrenheit 451. Ele conta que o governo não queria que as pessoas ficassem pensativas e críticas, então eles queimavam todas as obras. Era proibido ler e ter livro. Daí o título, porque Fahrenheit 451 é a temperatura ideal para queimar muitos livros. E aí, eu achei muito legal, porque depois disso, eu percebi o quão importante os livros são na vida da gente.” O projeto de incentivar a leitura de obras literárias pode ser um caminho de aprendizado da língua portuguesa, mirando, especificamente, na escrita. Como ressalta a professora Delma: “Para escrever bem é preciso ler muito”. *Com informações da SEEDF
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Biblioteca infantil na Asa Sul leva conhecimento e diversão ao público
Localizada no coração da cidade, a Biblioteca Infantil da 104 Sul é um espaço de leitura e aprendizagem destinado a crianças de todas as idades. No local, funciona o projeto Escolinha de Criatividade, que abre aos estudantes o acesso a uma vasta coleção de livros, jogos educativos e atividades interativas que incentivam o interesse pela leitura e ajudam no desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. Maria Angélica Silva, da Biblioteca da 104 Sul: “Nosso objetivo central é poder explorar o potencial das crianças” | Foto: Felipe de Noronha/SEE A Escolinha de Criatividade é um projeto idealizado e desenvolvido pela professora Maria Angélica Silva, articuladora da biblioteca. “Nosso objetivo central é poder explorar o potencial das crianças, poder motivá-las pelo interesse na literatura e promover o acesso delas às artes visuais”, explica ela. O projeto atende, atualmente, 149 crianças entre 4 e 12 anos de idade, divididas em turmas de acordo com a faixa etária. Inscrições [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As matrículas para o projeto são abertas sempre no fim de cada semestre letivo, em julho e dezembro, com vagas limitadas para cada turma. Para participar, é necessário preencher uma ficha de inscrição presencialmente na recepção da biblioteca. Cada turma frequenta a escolinha uma vez por semana, em dias e horários pré-determinados. A divisão de idades é feita de acordo com o estágio de desenvolvimento cognitivo e psicomotor dos estudantes, distribuídos em turmas de 4 a 6 anos, 7 a 9 anos e de 10 a 12 anos. A escolinha também oferece acompanhamento individualizado para as crianças com necessidades especiais, visando garantir a inclusão social e a igualdade de oportunidades. *Com informações da Secretaria de Educação
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Trabalho de professores da rede pública obtém destaque em premiação
O trabalho desenvolvido por dois professores da rede pública do Distrito Federal foi reconhecido com o primeiro e o terceiro lugares no Prêmio Professor Inovador. Os profissionais atuam em escolas do Recanto das Emas em projetos que utilizam a tecnologia para incentivar a aprendizagem. Alunos do Recanto das Emas desenvolvem trabalhos com robôs | Foto: Divulgação A professora Patrícia da Costa Sousa, da Escola Classe (EC) 203 do Recanto das Emas, conquistou o primeiro lugar com o projeto Da Leitura à escrita criativa e a gamificação. Já Francenylson Luiz Dantas dos Santos ficou com o terceiro lugar na premiação. Ele atua na Coordenação Regional de Ensino do Recanto da Emas e, em 2022, desenvolveu o projeto Robótica para vida – Aluno Maker Digital com 100 estudantes da região. [Olho texto=”“Propomos uma nova relação entre o aluno e o texto literário” ” assinatura=”Patrícia da Costa Sousa, professora da EC 203 do Recanto das Emas” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A metodologia inovadora do projeto Da Leitura à escrita criativa e a gamificação une o incentivo à leitura com a tecnologia. Uma das ações do projeto foi o desenvolvimento de um escape room, jogo com pistas e enigmas baseados nos contos lidos em sala. A narrativa foi elaborada pelos alunos e, a partir das ideias deles, a docente montou as pistas. Patrícia conta que o objetivo é desenvolver o letramento literário, de modo a promover a criatividade, a criticidade e o protagonismo estudantil. “Propomos uma nova relação entre o aluno e o texto literário”, afirma a professora. “Muitas vezes, essa relação se dá de maneira formal e de uma forma distanciada dos gostos e interesses dos alunos. Busco aproximar os estudantes dos textos literários, dando-lhes liberdade para falar sobre eles a partir de seus gostos, experiências”. Os estudantes também fizeram a reescrita criativa de três contos de Edgar Allan Poe. A coletânea dessas produções textuais está no livro Ecos de uma noite sombria: uma releitura de Poe. Ao todo, 28 alunos do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio participaram do projeto, iniciado em 2021, a partir da percepção da professora da necessidade de desenvolver práticas de ensino para serem conduzidas na Sala de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação da unidade em que atua. Robótica no cotidiano Por meio do projeto Robótica para vida – Aluno Maker Digital, os estudantes desenvolvem projetos de robótica e, assim, colocam em prática os conteúdos aprendidos em sala de aula. Usam a matemática e a aprendizagem em ângulos, graus e unidades de medida para cortar e montar as peças dos robôs; a lógica e unidades de tempo para fazer os movimentos dos robôs e a lateralidade para apertar e folgar os parafusos. Os avanços são percebidos pelo professor Francenylson no dia a dia das atividades. “Os estudantes passaram a planejar as suas ações, enfrentaram desafios e resolveram problemas nas montagens e programação dos robôs. Eles também vivenciaram a importância do inglês e passaram a perceber que seria relevante estudar uma língua estrangeira. Passaram a falar sobre o futuro do mercado de trabalho e começaram a discutir sobre as possibilidades do empreendedorismo com a robótica”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O projeto foi idealizado pelo professor Francenylson em 2018 e já passou por cinco escolas da região. Agora, conta com apoio da Coordenação Regional de Ensino do Recanto da Emas e da Unidade Regional de Educação Básica (Unieb) da região. Assim, a iniciativa continuará em 2023, e a CRE do Recanto pretende inaugurar um polo do projeto no Centro de Ensino Fundamental 405. O prêmio O Prêmio Professor Inovador é promovido pelo Instituto Eda Coutinho em parceria com a Cátedra Unesco – Educação, Meio Ambiente e Cidadania. A iniciativa foi lançada em outubro de 2022, com o objetivo de incentivar a criatividade na sala de aula. Professores da educação básica do DF foram convidados a apresentar projetos, práticas, ações ou ideias inovadoras e de sucesso em sua trajetória na sala de aula. Após uma seleção e análise do material, uma comissão formada por gestores educacionais com experiência em inovação selecionou três vencedores. Ao primeiro lugar, coube um prêmio de R$ 5 mil. Já a segunda colocação garantiu ao ganhador R$ 3 mil, enquanto o terceiro selecionado levou R$ 2 mil. Os demais participantes receberam um certificado. *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudantes e professores da rede pública movimentaram a 5ª Bienal do Livro
A 5ª edição da Bienal Internacional do Livro de Brasília (Bilb) termina nesta segunda-feira (31) e foi marcada pela visita de estudantes e professores da rede pública de ensino do Distrito Federal ao evento. Na feira, realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, os gestores das unidades escolares do DF puderam adquirir obras por meio de um cartão de compra destinado à aquisição de obras literárias para o acervo das bibliotecas escolares. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, visitou estandes na Bienal e lembrou da importância do evento para a rede pública: “A Bienal do Livro possibilita aos estudantes da nossa rede escolherem o livro que querem ler, em cada etapa de ensino” | Fotos: Álvaro Henrique/Ascom SEEDF Durante visita ao evento, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, lembrou da importância da Bienal para a rede pública. “É um evento de extrema importância onde podemos proporcionar e implementar a leitura e literatura no dia a dia de nossos alunos. A Bienal do Livro possibilita aos estudantes da nossa rede escolherem o livro que querem ler, em cada etapa de ensino”, destaca. [Olho texto=”“Meus alunos gostam de ler e este é um hábito que nós temos que desenvolver nas crianças, principalmente nesse período após a pandemia, pois os alunos ficaram imersos no mundo virtual e muito tempo expostos às telas”” assinatura=”Cristiane Calçado, pedagoga” esquerda_direita_centro=”direita”] A pedagoga Cristiane Calçado esteve na maior feira de literatura do Centro-Oeste e aproveitou para comprar livros para o acervo bibliográfico da Escola Classe 12 do Gama. Ela explicou como os títulos foram selecionados. “Escolhemos livros com enfoque nas temáticas sociais que são trabalhadas durante o ano letivo, como violência, educação financeira, cultura de paz, a valorização da vida, consciência negra, cultura indígena e inclusão de alunos com transtornos”, esclarece. A docente trabalha com alunos com transtorno do espectro autista (TEA) e falou sobre como os livros têm ajudado as crianças no processo de aprendizagem após o período pandêmico. “Meus alunos gostam de ler e este é um hábito que nós temos que desenvolver nas crianças, principalmente nesse período após a pandemia, pois os alunos ficaram imersos no mundo virtual e muito tempo expostos às telas”, destaca Cristiane. A professora Cristiane Calçado esteve na maior feira de literatura do Centro-Oeste e aproveitou para comprar livros para o acervo bibliográfico da Escola Classe 12 do Gama Ainda de acordo com a professora, os estudantes que estão na fase de alfabetização precisam de leitura para estimular algumas das habilidades pedagógicas. “Na primeira infância, por exemplo, com a leitura, o vocabulário da criança é ampliado com palavras novas que, às vezes, no núcleo familiar não são utilizadas”. Aos 13 anos, Vinícius da Silva Ferreira, estudante do Centro de Ensino Fundamental 20 de Ceilândia, visitou o evento, que só reforçou a paixão pela leitura. “Alguns livros ensinam lições que a gente leva para o resto da vida, como o livro do Frankenstein. Nele, o Frankenstein queria um amor, mas as pessoas o julgavam pela aparência. No entanto, ele não era bonito por fora, mas sim por dentro, tinha um coração bom e muito a oferecer”, ressalta o estudante. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sobre a Bienal A 5ª edição da Bienal do Livro contou com 100 expositores e a exibição de 400 mil títulos. No evento, os visitantes puderam participar de palestras, debates, masterclass, lançamento de livros e noite de autógrafos com a presença dos maiores autores internacionais, nacionais e locais. A Bilb foi realizada em uma área de 5 mil metros quadrados no Pavilhão do Parque da Cidade e representantes de livrarias, distribuidoras e editoras de todo o país estão entre os expositores. Nesta edição, o evento homenageia a escritora brasileira Miriam Alves, assistente social com quatro décadas de literatura, e a mexicana Laura Esquivel, roteirista e escritora do Como água para chocolate, livro que já foi traduzido em 35 línguas e adaptado ao cinema. *Com informações da Secretaria de Educação
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São aguardados 80 mil visitantes na 36ª Feira do Livro de Brasília
Serão dez dias de celebração aos livros. Assim sempre foi e assim promete ser a tradicional Feira do Livro de Brasília (FeLiB), que este ano segue para sua 36ª edição entre os dias 17 e 26 de junho abraçando o tema O Quadrado, O Quadradinho e a Leitura… Sempre em Frente. O evento, que é realizado no Complexo Cultural da República, é uma iniciativa do Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB), com fomento da Secretaria de Turismo e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). A entrada é franca. Com entrada gratuita, a FeLiB conta com cerca de 60 expositores | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Este ano a feira adota uma nova postura que é olhar para o seu DNA, reconhecer o que se cria e valorizar o que produz do ponto de vista artístico e literário na cidade”, comenta o diretor do IPCB, Jorge Luiz. “Nosso objetivo é reaquecer o mercado de eventos no DF, que estava parado durante dois anos, e a FeLiB é um deles, que faz parte de um segmento da cultura que movimentou em 2021 mais de R$ 2 milhões, gerando emprego e renda”, destaca o secretário de Turismo, William Frederico Carneiro de Almeida. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A abertura do evento, realizada no início da noite desta sexta-feira (17), contou com a participação de repentistas, contadores de histórias, leituras dramáticas e música. A expectativa é de que cerca de 80 mil pessoas passem pela “Cidade da Leitura” durante estes dez dias do encontro para acompanhar as novidades literárias apresentadas por expositores locais e nacionais, além de palestras, rodas de leitura, apresentações culturais e ações educativas. Deste total, são esperados cerca de oito mil estudantes de 14 regionais de ensino da Secretaria de Educação, que serão ciceroneados por meio de visitas diárias nos três turnos. Entre os grandes homenageados desta edição estão o ilustrador e escritor brasiliense Roger Mello, o artista visual e ex-diretor da Biblioteca Nacional Antônio Miranda, além do programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa Mala do Livro, que há mais de 30 anos leva acesso a milhares de leitores no DF. “A importância da FeLiB é o de promover o livro entre as várias gerações de leitores e, principalmente, tratar de questões voltadas a temas específicos como o projeto Mala do Livro”, observa o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner. “A missão desse projeto é o de levar o livro e a literatura para áreas onde a prática da leitura não é acessível, tanto pela ausência de bibliotecas, quanto pela formação de leitores”, reforça. Renovação A edição deste ano da FeLiB surge renovada, trazendo como novidades para os visitantes: três eixos de curadoria que relacionam a leitura com ambiente familiar, escolar e autoral. Daí a criação de espaços como Praça Família + Leitora, Sesc Vitrine Literária, Quadrinho + Autoral, Beco dos Quadrinhos e Espaço Casa do Cordel, estes três últimos dedicados a mostras de HQs, xilogravuras, sessões de autógrafos e lançamentos literários. Composto por quatro carretas, o Território Senac irá promover atividades e oficinas de informática, gastronomia, beleza e moda. Já o Detran-DF converterá a FeLiB em uma cidade orientada para promover a conscientização e a educação para o trânsito. E o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oferecerá ao público uma programação inédita de educação patrimonial. As histórias em quadrinhos, os encontros com autores, as contações de histórias, as atividades artísticas para bebês e crianças e as oficinas arte-educativas terão destaque na programação. “Dividimos a curadoria em três eixos básicos, todos eles trabalhando as diferentes relações da leitura com vários segmentos da sociedade”, comenta Marcos Linhares, porta-voz e curador literário da FeLiB. O professor da rede pública Lucian Varela Jr. levou pela primeira vez o irmão de 12 anos, Lucas Professor da rede pública, Lucian Wagner Varela Jr., 37 anos, fez questão de trazer o irmão caçula vidrado em leitura. “Ele acabou de devorar a coleção do Harry Potter. Acho importante incentivar esse ambiente é o melhor lugar”, avalia. “Estou gostando, é a primeira vez que venho e quero voltar mais vezes”, empolga Lucas Varela, de 12 anos. Origem Criada em 1982, a Feira do Livro de Brasília celebra 40 anos de existência com 36 edições realizada, sendo um dos eventos culturais do DF de maior longevidade. A ideia surgiu pela iniciativa de um grupo de livreiros, educadores e bibliotecários que objetivaram promover a cultura do livro e da leitura no Distrito Federal. Desde 2002 faz parte do calendário oficial de eventos do DF, tendo recebido renomados escritores como Jorge Amado, Ana Maria Machado, Ariano Suassuna, Moacyr Scliar,entre outros. Professor, escritor e poeta brasiliense, Gustavo Dourado ajudou a criar o espaço, no início dos anos 80, quando era estudante de Letras da Universidade de Brasília. Professor, escritor e poeta brasiliense, Gustavo Dourado ajudou a criar o espaço, no início dos anos 80 “Eram anos de efervescência cultural, o rock surgindo na cidade, então surgiu essa ideia na UnB”, lembra. “A Feira do Livro surgiu como complemento desse movimento cultural que estava surgindo na cidade, mostrando a vitalidade da cultura e da necessidade de seu fortalecimento”, diz. “A Feira está na história de leitura da cidade é por meio dela que personalidades da literatura do país estiveram em Brasília, trazendo a literatura como uma grande contribuição para o enriquecimento do patrimônio cultural brasileiro”, avalia o diretor de projetos e conteúdo da FeLiB, Thelmo Martins. De acordo com a organização da FeLiB, a expectativa é de que cerca de 1,1 mil empregos diretos sejam gerados durante o encontro entre equipe de produção, segurança, brigadistas, limpeza e comunicação, além de outros 500 indiretos segmentados entre prestadores de serviços de sonorização, iluminação, montagem e outras atividades técnica.
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Criança Feliz Brasiliense recebe mais de 900 kits de literatura infantil
Orientar, estimular e promover as práticas de leitura na primeira infância, esses são os pilares do programa Literacia Familiar, do governo federal. E por meio do trabalho intersetorial desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Social, o Ministério da Educação ofertou às famílias acompanhadas pelo Programa Criança Feliz Brasiliense (PCFB) mais de 900 kits de leitura. Visitadores do Programa Criança Feliz Brasiliense na Estrutural receberam os kits de leitura | Fotos: Divulgação/Sedes Cada kit é composto por 20 livros infantis, que são divididos entre histórias de ficção, poesia, biografia, trava-línguas e fábulas, e também para bebês. A Literacia tem como objetivo estimular de forma lúdica e participativa o fortalecimento de vínculos, além de propiciar práticas e estratégias que melhoram o diálogo entre pais e filhos. Nesta quarta-feira (20), a região da Estrutural recebeu 175 kits, que foram entregues aos visitadores do programa. Já as demais remessas desses kits serão entregues nas cidades de Brazlândia, Fercal, Riacho Fundo e Gama na próxima semana. Ciente da importância da leitura, a supervisora do Programa Criança Feliz Brasiliense na região da Estrutural, Ana Beatriz, ressalta o incentivo da leitura já na primeira infância. “O projeto tem a missão de potencializar as visitas do PCFB através da leitura, que será um instrumento para as áreas socioafetivas, e também atuando no desenvolvimento cognitivo da criança. A região da Estrutural ainda é carente de atividades para crianças e, por meio da leitura dos livros, as crianças terão mais oportunidades de brincadeiras e atividades, até mesmo dentro de casa”, ressalta Beatriz. Cada kit tem 20 livros infantis, que são divididos entre histórias de ficção, poesia, biografia, trava-línguas e fábulas, e também para bebês Para as multiplicadoras do Programa Criança Feliz Brasiliense, Thais Carvalho e Suellen Gonçalves, a história do livro deve ser narrada para favorecer a compreensão oral. E mostrar o livro e a escrita para a criança, com o intuito de estimular a aprendizagem de letras, palavras e frases. Nos livros do kit também há historinhas com atividades diversas, como brincar, cantar, tocar instrumentos e conhecer o corpo, o que favorece o desenvolvimento sensorial e psicomotor da criança. E cada história contada será registrada para que pais e filhos acompanhem o avanço das leituras. “Estamos falando de uma prática muito simples, mas que foge da realizada em inúmeras famílias. Então, a metodologia desenvolvida mostra que qualquer pessoa pode fazer em casa essa contação, e que esse processo tem tido impacto fenomenal no desenvolvimento cognitivo das crianças na primeira infância, principalmente com relação ao vocabulário. Um aprendizado que se leva para toda a vida”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Literacia Familiar O programa Literacia Familiar é destinado a todas as famílias brasileiras, em especial àquelas que estão em condições de vulnerabilidade social. Os livros dos kits fazem parte do projeto Conta Pra Mim, que visa orientar e estimular diversas práticas, tais como: – Interação verbal: aumentar a quantidade e a qualidade dos diálogos com as crianças; – Leitura dialogada: interagir com a criança antes, durante e após a leitura fazendo, por exemplo, perguntas sobre a história; – Narração de histórias: contar histórias em voz alta; – Contatos com a escrita: incentivar que a criança rabisque, desenhe, escreva, além de deixá-la sempre em contato com materiais escritos; – Atividades diversas: jogos, brincadeiras, passeios, atividades artísticas e desportivas; – Motivação: ter altas expectativas em relação às crianças, motivando-as e incentivando-as no contato com leitura e escrita. O site disponibiliza a coleção completa em formato digital e também é possível imprimir desenhos para colorir, além de acessar as histórias cantadas. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Biblioteca Pública reabre reformada
Um dos equipamentos culturais mais charmosos do Distrito Federal, a Biblioteca Pública de Brasília (BPB) reabre as portas para a comunidade, nesta sexta-feira (21), completamente reformada. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) investiu R$ 332 mil em manutenção do espaço que retoma as atividades com novas instalações. Em destaque, a recuperação do Jardim de Leitura, que ganhou uma cobertura especial com telhas termoacústicas, piso de cerâmica, revitalização do alambrado e instalação de refletores externos. Antes, essa área era protegida parcialmente por um toldo que, em tempo chuvoso, tornava o ambiente impróprio para os estudos: do barulho da chuva ao excesso de goteiras. Acesso ao Jardim de Leitura Na biblioteca, o Jardim de Leitura é um dos locais mais aconchegantes. Ocupado por mesas de estudos, o espaço permite a ampla visão das quadras comerciais da 312/313 Sul. Surgiu, com a inauguração da BPB, em 1990. Foi uma inspiração da primeira bibliotecária e fundadora, Neusa Dourado. Agora, em sua lateral, foi instalado o bicicletário e os acessos ganharam rampas de acessibilidade. A porta da entrada principal também foi trocada por uma de vidro. “Abrimos para a comunidade mais um equipamento completamente recuperado dentro do nosso projeto Brasília, Cidade Patrimônio. Por sua história singular, essa Biblioteca Pública é o símbolo de uma parceria bem-sucedida entre poder público e sociedade civil”, destaca Carlos Alberto Jr, secretário de Cultura e Economia Criativa em exercício. Fome de ler Espaço para crianças Localizada nas entrequadras 312/313, a BPB tem 313 metros quadrados e nasceu da mobilização popular após o antigo mercadinho de frutas, legumes e hortaliças ser desativado pela Sociedade de Abastecimento de Brasília. Era final da década de 1980, e a comunidade mobilizou-se em torno de um abaixo-assinado de 100 mil nomes, solicitando ao governo que transformasse o espaço, agora sem destinação, numa biblioteca. Assim, em 12 de março de 1990, a Biblioteca Pública de Brasília abriu as portas à leitura. “Da fome do povo por Cultura, surgiu a Biblioteca Pública de Brasília, um verdadeiro milagre cultural, que emociona a todos que chegam aqui,” ressalta a bibliotecária e gerente do espaço, Sheila Gualberto, destacando o quanto esse equipamento é querido pela comunidade. “Somos recordistas de recebimento de doações de livros. Daqui, sai uma boa parte que abastece o projeto A Mala do Livro”, completa. Sheila cuida dos cordéis Ao lado dos bibliotecários Frederico Borges e Priscila Pimentel, Sheila comanda o funcionamento do espaço. Cada cantinho é zelado como se eles tivessem diante de uma joia preciosa. Ali, há 21 mil livros diversos: da multifacetada literatura brasileira à dramática narrativa russa, passando pelo fundador teatro grego. Em cada pedaço da estante, há um pequeno universo das escritas mundo afora. Entre as estantes, o equipamento ganhou pintura, novo sistema de climatização, com cortinas de vento e mobiliário. Sonho da equipe, a Gibiteca é uma novidade com 800 itens prontos para serem devorados por adultos e crianças. Com wi-fi gratuito, Sheila prepara agora a organização de uma Cordelteca. O usuário pode ocupar, nesse momento pandêmico, 12 das 24 baias de estudos de segunda a sexta, das 9h às 17h; e sábado, de 7h30 às 13h30. “Nesse momento, não vamos receber doações por conta das complicações da Covid-19. O serviço de empréstimos online está mantido”, aponta Sheila, destacando o apoio da Biblioteca Nacional de Brasília, que coordena as redes de bibliotecas públicas do DF, e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. “Esse é um investimento para o cidadão que vai utilizar esse serviço essencial com maior qualidade e conforto”, aponta. A BPB estava fechada desde março de 2020 quando ocorreu o primeiro isolamento social provocado pela covid-19. Confira todas as melhorias da BPB Instalação de Bicicletário * Impermeabilização da laje e telhas. *Troca de telhas quebradas. * Revitalização da calha. *Troca da cobertura do Jardim de Leitura por telhas termoacústicas. *Revitalização do piso do Jardim de Leitura, instalação de piso cerâmico. *Substituição de janelas enferrujadas por janelas de vidro temperado. *Substituição das portas de ferro da entrada por portas de vidro temperado 8mm. *Instalação de película protetora em todos os vidros. *Instalação de portas de vidro temperado na sala de processamento técnico. *Adequação do sistema de ar-condicionado. * Instalação de grades para a proteção das janelas. Cortina Corta Vento Baias de Leitura *Instalação de Bicicletário *Adequação do sistema elétrico e instalação de refletores nas mediações da Biblioteca. *Criação do espaço Gibiteca. * Assinatura de revistas em quadrinhos para compor o espaço da Gibiteca. * Pintura interna e externa da Biblioteca. *Revitalização do alambrado. *Instalação de duas portas de vidro temperado 8mm. *Instalação de cortina de vento nas portas. *Adequação e acessibilidade em todas as entradas da Biblioteca. A Biblioteca Pública de Brasília fica responsável por disponibilizar máscaras a todo cidadão que justifique não ter acesso ao produto no momento da entrada; Haverá álcool gel disponível no dispensário de pedal à entrada; Caso o usuário tenha interesse em levar emprestado material bibliográfico, poderá consultar o acervo e solicitar na própria Biblioteca Pública de Brasília ou por meio do e-mail bibpub312@cultura.df.gov.br. * Com informações da Seec
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Sai resultado de edital que premia agentes do Mala do Livro
Com o intuito de valorizar o trabalho e a dedicação dos voluntários do programa Mala do Livro no Distrito Federal, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) lançou o edital Nº 36/2021, que teve resultado final publicado nesta terça-feira (21) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). [Olho texto=”“A Mala do Livro é um programa tipo exportação, que rompeu as fronteiras do DF. Tem a força que tem devido a esses voluntários amantes da leitura”,” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com aporte total de R$ 500 mil, cada voluntário do programa de criação de bibliotecas domiciliares vai receber R$ 5 mil por sua contribuição ao fomento do livro, da leitura e da contação de histórias no DF ou na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride). Ao todo, o chamamento público contemplou 94 dos 101 agentes de leitura inscritos, ficando de fora apenas aqueles que não cumpriram as exigências contidas no edital. “A Mala do Livro é um programa tipo exportação, que rompeu as fronteiras do DF. Tem a força que tem devido a esses voluntários amantes da leitura”, diz o secretário Bartolomeu Rodrigues. Os proponentes de regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) receberam pontuação extra de acordo com a localidade de atuação, bem como concorrentes do gênero feminino, autodeclarados pretos ou pardos e pessoas com deficiência. Para receber o prêmio, os proponentes premiados devem encaminhar recibo assinado para o e-mail maladolivro@gmail.com em até 10 dias após a publicação do resultado final. Veja o link para modelo de recibo no site da Secec. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Mala do Livro O Programa de Extensão Bibliotecária Mala do Livro – Biblioteca Domiciliar é uma iniciativa do Governo do Distrito Federal sob o guarda-chuva da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), formalizado pelo Decreto nº 17.927, de 20 de dezembro de 1996. Atualmente, a Mala do Livro tem 75.300 títulos cadastrados no sistema em 196 malas (na verdade, caixas de madeira dobráveis). Há ainda 188 malas em instituições que prestam assistência social, além de outras sete em hospitais. A Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride-DF), que avança para Minas Gerais e Goiás, contabiliza mais de 500 unidades. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Projeto Parede do Conhecimento, uma biblioteca ao ar livre
Como funciona em circuito aberto, espaço para livros permite que a comunidade o utilize sem aglomeração | Foto: Divulgação/Ascom São Sebastião A ideia consiste em doar e receber. Os moradores de São Sebastião, agora, podem pegar ou deixar um exemplar de livro sem precisar de cadastro ou prazos. É a Parede do Conhecimento, projeto inaugurado pela administração regional local para levar cultura e lazer à comunidade. [Olho texto=”“Pensamos em um meio de distribuir conhecimento sem aglomerar, e deu supercerto” ” assinatura=”Alan Valim, administrador de São Sebastião” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos com a nossa biblioteca fechada desde o início da pandemia, e sabemos que a leitura ajuda a curto, médio e longo prazo [a enfrentar a situação]”, afirma o administrador de São Sebastião, Alan Valim. “Um desses pontos é justamente a saúde mental.” A parede conta com obras de literatura nacional e internacional, além de publicações didáticas. O espaço é totalmente aberto. “Pensamos em um meio de distribuir conhecimento sem aglomerar, e deu supercerto”, comemora o gestor. “O projeto vai ao encontro da determinação do GDF aos administradores: que cuidemos das cidades, das pessoas, e é isso que estamos fazendo”. *Com informações da Ascom São Sebastião
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Biblioteca faz campanha nas redes sociais para estimular o hábito da leitura
A BNB investe em campanha para estimular as pessoas a lerem mais | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Compartilhar dicas de livros com conhecidos e desconhecidos como forma de estimular o hábito da leitura entre os brasileiros é a proposta do projeto “O que você está lendo?”, que a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) lança no sábado (4). A estratégia é parte de uma série de ações promovidas pelos espaços culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) com o objetivo de aproximar as pessoas das atividades culturais durante o isolamento social combater a pandemia do novo coronavírus. A ideia surgiu a partir de estudos que indicam o consumo de arte como protagonista na manutenção da saúde mental neste período de quarentena. Nesse sentido, a internet desponta como um canal essencial para trazer arte, cultura e lazer para dentro de casa. O projeto da BNB convida cidadãos do DF a contribuir com uma indicação de leitura, estimulando assim uma atividade que, segundo pesquisa dos próprios servidores, faz parte do hábito de poucos brasileiros. A dica de estreia ficará a cargo do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, que se define como um ávido leitor. Maior interação Desde 12 de março – Dia do Bibliotecário –, as redes sociais da BNB (Instagram e Facebook) ampliaram a interação com usuários e seguidores, com publicações diárias de conteúdos nos quais se incluem dados estatísticos e curiosidades sobre o perfil do leitor brasileiro que provocam a reflexão do internauta sobre seus hábitos de leitura. O objetivo é conscientizar o leitor, sobretudo o mais jovem, do poder de transformação que a leitura pode proporcionar. A diretora da Biblioteca Nacional de Brasília, Sharlene Araújo, destaca que essas ações aumentam, no público, a sensação de pertencimento ao espaço da biblioteca. Ela aponta que as bibliotecas públicas vêm passando por mudanças substanciais nos últimos dez anos, principalmente por conta de novos formatos digitais de consumo de informação, como smartphones, livros eletrônicos e audiolivros. “Para centros de informação que sempre se basearam em formato impresso de informação confiável e relevante como diferencial competitivo, é uma desafio diário se adaptar a essa nova realidade”, avalia. “Mudar a abordagem no conteúdo”, ressalta a diretora, “nos coloca numa posição de instituição que pode informar o cidadão não somente com eventos que promovemos, mas também com informações importantes que permeiam nossas atividades de fomentadores da leitura, como forma de transformar a vida as pessoas.” * Com informações da Secec
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Leitura, uma prática importante a ser popularizada
Transformar o livro em um objeto do cotidiano e a biblioteca numa “mediateca”, polo de mediação de linguagens. Esses foram os dois principais desafios apontados na quarta-feira (30) pelo subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do DF, Cristian Brayner, na abertura da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, evento que celebra dois dos principais vetores capazes de formar uma sociedade leitora. Saiba mais sobre a programação da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca Em sua fala no auditório lotado da Biblioteca Nacional de Brasília para uma audiência de professores, bibliotecários, pedagogos e escritores, Brayner lembrou que relatório recente do Banco Mundial apontou que o Brasil precisará de 260 anos de políticas públicas de incentivo à leitura para alcançar o nível de países que se encontram na dianteira desse processo, como a Finlândia. Segundo números do Instituto Pró-Livro, extraídos de pesquisa de 2016 intitulada Retratos da Leitura no Brasil 4, o brasileiro lê em média três obras por ano, muito abaixo dos sete consumidos na França. E cerca de 30% deles nunca compraram um livro. “A leitura demanda uma mediação que começa na família e é aprofundada na escola, na interação com professores, a figura central nesse processo”, ressaltou o subsecretário da Secec. Presente ao evento, o subsecretário de Educação Básica da Secretaria de Educação (SEEDF), Hélber Ricardo Vieira, destacou que a parceria entre as duas pastas é fundamental para fazer das bibliotecas públicas e escolares espaços de compartilhamento de experiências educativas e prazerosas em torno do livro. A gerente de política de leitura da SEEDF, Sonia Maria Soares dos Reis, que faz parte dos núcleos de Educação Básica, afirma que o maior desafio no caminho de formar o hábito de leitura é articular o perfil dos profissionais que atuam nas bibliotecas – pedagogos, bibliotecários, professores e servidores do setor técnico-administrativo. “Hoje a Educação dispõe de uma bibliotecária para 700 equipamentos”, revelou. Já foram mais de 30 desses profissionais, explicou Sonia, mas eles saíram cedidos para outros lugares no serviço público que têm planos de carreira para a especialidade. A diretora da BNB, Marmenha Rosário, frisou que “o hábito de leitura depende de criação de vínculo com o objeto livro, processo que é fruto da mediação feita pelos profissionais que atuam nas bibliotecas públicas e escolares”. A BNB dispõe de 26 bibliotecários e promove a troca de experiências entre estes e o universo de outros profissionais envolvidos no processo. Fricção intelectual Essa vinculação também foi fruto de palestra para os presentes no lançamento da Semana. Com o título Quando o livro conta a história, o escritor Tino Freitas lembrou que a criança precisa de mediação para “fazer fricção” entre os elementos do objeto-livro: imagens, texto e paratextos (aspectos complementares que compõem o livro, como capa, relevos, texturas, encadernação). Cristian Brayner defendeu também que as bibliotecas precisam deixar de ser meros repositórios de livros para fazer o cotejo entre linguagens, propiciando experiências estéticas e em contato com a demanda do público. Nesse sentido, recordou que a BNB passou por revitalização na atual administração e disse que uma das prioridades da Supac é fazer com que as próximas bibliotecas sejam projetadas com tal finalidade. Também no encontro, a administradora regional de Riacho Fundo I, Ana Lúcia Melo, reforçou a argumentação do subsecretário da Secec. “O Cristian ter me convidado para vir aqui hoje ilustra nossa preocupação em ter uma boa biblioteca”, afirmou Ana, dizendo aguardar a adequação de um projeto para construir novo equipamento em sua região, com recurso de emendas parlamentares. “A biblioteca do Riacho Fundo I funciona precariamente há 30 anos em um prédio de estrutura pré-moldada, sem tratamento de climatização nem acústico. E está em uma das vias mais movimentadas e barulhentas da cidade. Vamos mudar isso”, exortou a administradora. A Semana Nacional do Livro e da Biblioteca apresentou nesta quarta-feira (30) a oficina Fundo de Apoio à Cultura-FAC: como captar recursos para Projetos de Leitura, Escrita e Oralidade, ministrada pela diretora Marmenha Rosário. O evento terá ainda quatro encontros em regiões administrativas. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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