Pesquisa apoiada pela FAPDF ajuda na busca por espécies resilientes às mudanças climáticas
Na fronteira entre o Cerrado e a Amazônia, um dos biomas mais afetados pelo desmatamento, um grupo de pesquisadores e coletores de sementes se uniu em torno de um mesmo propósito: restaurar ecossistemas degradados de forma sustentável, combinando ciência, tecnologia e conhecimento tradicional. O estudo faz parte da iniciativa Amazônia +10, criada em 2022 para incentivar projetos interinstitucionais de pesquisa sobre sustentabilidade e adaptação climática. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), a iniciativa reúne instituições do Distrito Federal, Mato Grosso e Rio de Janeiro em um esforço conjunto pela restauração ecológica da Amazônia mato-grossense. O projeto, intitulado Integrando conhecimentos locais e ciência em busca de soluções para a restauração ecológica frente às mudanças climáticas na Amazônia mato-grossense, é coordenado pela professora Isabel Belloni Schmidt, da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o pesquisador Daniel Luis Mascia Vieira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, e conta ainda com a colaboração de equipes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Isabel Schmidt: "Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental” | Fotos: Divulgação/FAPDF “A proposta nasceu da vontade de conectar o conhecimento científico com a experiência prática dos coletores de sementes da Amazônia mato-grossense. Nosso foco é encontrar espécies capazes de resistir às mudanças climáticas e fortalecer as redes comunitárias que fazem da restauração uma fonte de renda e conservação ambiental”, explica Isabel Schmidt. Investimento em ciência e sustentabilidade O projeto tem duração de 36 meses e orçamento total de R$ 830 mil, dos quais R$ 110 mil são provenientes da FAPDF. O financiamento permitiu deslocamentos da equipe do Distrito Federal para a região amazônica, aquisição de insumos laboratoriais, coleta de sementes e análise de germinação e plântulas, pequenas plantas em estágio inicial de crescimento. A linha de apoio integra os esforços da fundação para estimular a pesquisa colaborativa entre estados e consolidar o papel do Distrito Federal na agenda de inovação e sustentabilidade nacional. “O apoio da FAPDF foi fundamental para que a equipe de Brasília pudesse atuar diretamente com as comunidades, garantindo o intercâmbio entre ciência e saber tradicional”, reforça Isabel Schmidt. "Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país" Leonardo Reisman, presidente da FAPDF Para o presidente da FAPDF, Leonardo Reisman, o projeto simboliza o compromisso da fundação com a ciência aplicada à sustentabilidade e à valorização dos povos da Amazônia: “A FAPDF acredita que a pesquisa científica deve dialogar com quem vive e protege o território. Apoiar projetos como este é investir em soluções sustentáveis que unem conhecimento local, inovação e conservação — pilares essenciais para o futuro do Cerrado e dos demais biomas do país. Cuidar da ciência é cuidar da vida: das florestas, das águas e do ar que respiramos. É pensar nas próximas gerações e na responsabilidade que temos com o futuro da humanidade”, afirmou Reisman. Sementes que guardam o futuro da floresta A pesquisa parte de uma realidade urgente: o avanço da degradação florestal no chamado Arco do Desmatamento, no norte do Mato Grosso, e a necessidade de restaurar as matas ciliares — faixas de vegetação nativa que protegem rios, lagos e nascentes — e outras áreas de preservação permanente. Para isso, o projeto investiga espécies nativas com potencial de adaptação a cenários climáticos futuros, usando abordagens científicas de ponta, como a modelagem de distribuição potencial de espécies (SDMs, do inglês Species Distribution Models), que indica as regiões onde cada espécie poderá sobreviver diante do aumento da temperatura e da redução das chuvas. As análises incluem atributos morfoanatômicos e ecofisiológicos das plantas — ou seja, características ligadas à estrutura das folhas e tecidos vegetais, à forma como realizam a fotossíntese e à capacidade de resistir à escassez de água. As sementes analisadas são coletadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia (RSPA), cooperativa de agricultores familiares e organizações locais que atua na produção e comercialização de sementes florestais nativas. Oficina de trabalho junto a Rede de Sementes Portal da Amazônia (RSPA) em setembro de 2025 Durante o estudo, foram realizados testes de germinação e quebra de dormência em diferentes condições experimentais — em laboratório e em casa de vegetação — para identificar o desempenho das espécies e aprimorar técnicas de restauração ecológica. A quebra de dormência é um processo utilizado para “despertar” sementes que permanecem em repouso natural, mesmo em condições favoráveis ao crescimento. Por meio de técnicas controladas, como variações de temperatura, escarificação da casca ou imersão em água, os pesquisadores estimulam a germinação, reproduzindo os fatores que a planta encontraria na natureza. As análises também incluíram o acompanhamento do desenvolvimento das plântulas — pequenas plantas em estágio inicial de crescimento, que surgem logo após a germinação e antecedem a formação das mudas —, permitindo avaliar o vigor e o potencial de adaptação das espécies. Daniel Vieira: "As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental" “As redes de sementes têm papel essencial na restauração ecológica, pois unem geração de renda e preservação ambiental. Nosso objetivo é oferecer subsídios científicos para que o trabalho dessas comunidades se torne ainda mais eficiente e sustentável”, destaca Daniel Vieira, pesquisador da Embrapa. O método de semeadura direta, que consiste em lançar as sementes diretamente no solo, é uma das principais apostas do grupo. Apesar de mais simples e de menor custo, ele exige rigor técnico para garantir a germinação e o estabelecimento das plantas, especialmente em ambientes com gramíneas exóticas invasoras, espécies de capins trazidas de outros países que se espalham rapidamente e competem com as plantas nativas por luz, água e nutrientes. Por isso, o projeto também testa novas técnicas de armazenamento, beneficiamento e germinação, buscando reduzir as perdas e aumentar a diversidade de espécies utilizadas. Restauração ecológica Além dos resultados científicos já alcançados, a pesquisa mantém foco na continuidade das ações e na disseminação do conhecimento. Com olhar voltado para o futuro, o projeto prevê a ampliação da base de dados na plataforma WebAmbiente, o maior repositório nacional de informações sobre espécies nativas mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pela Embrapa. O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia O estudo também contribui para a elaboração de um catálogo de espécies comercializadas pela Rede de Sementes do Portal da Amazônia, com informações técnicas, imagens e dados de germinação que auxiliam coletores, restauradores e gestores ambientais. Essas informações fortalecem debates sobre políticas públicas de adaptação climática e restauração florestal, especialmente no âmbito do Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). [LEIA_TAMBEM]Ao articular ciência, conhecimento tradicional e gestão ambiental, o projeto busca consolidar um modelo sustentável de restauração ecológica, capaz de orientar decisões futuras e inspirar novas práticas voltadas à conservação e ao uso responsável da biodiversidade amazônica. Sobre a Amazônia +10 Lançada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), a iniciativa Amazônia +10 é um programa nacional que fortalece a pesquisa científica voltada à sustentabilidade, conservação e valorização da Amazônia. O programa fomenta projetos interinstitucionais de grande escala, que unem diferentes fundações de amparo à pesquisa (FAPs) estaduais e promovem a cooperação entre universidades, centros de pesquisa e comunidades locais. Ao apoiar iniciativas integradas, a Amazônia +10 busca gerar soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável da região e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. *Com informações da FAPDF
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Livro sobre a loba-guará Pequi é lançado no Zoo Brasília
Além da programação especial para o Dia das Crianças, o Zoológico de Brasília celebrou o Dia Nacional do Lobo-guará, no dia 12 de outubro, com o lançamento do livro Pequi e o Cerrado Voador. A obra convida o leitor a mergulhar em uma aventura poética pelo Cerrado. No enredo, os animais do bioma enfrentam o desafio de atravessar uma imensa faixa de pedra que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora locais: a tão temida estrada. O destaque do livro é Pequi, uma loba-guará que habita os campos de capim alto e se une a outros animais, plantas e humanos para proteger o Cerrado. Ao longo da história, os personagens trilham uma jornada de resistência e esperança. Mais do que uma narrativa sobre superação, o livro desperta a reflexão sobre a importância da cooperação e da preservação ambiental. A publicação é fruto de uma parceria entre a associação civil A Vida no Cerrado (Avinc) e a ONG Jaguaracambé (Associação para Conservação da Biodiversidade). A personagem principal do livro foi inspirada na história real de uma loba-guará chamada Pequi, que perdeu a vida em uma rodovia após uma trajetória de resgate e superação. “A história da Pequi nos ensinou muito sobre resiliência e sobre o poder da união em torno da conservação da biodiversidade e da manutenção do Cerrado”, afirma Ana Paula Nunes de Quadros, presidente da ONG Jaguaracambé. Quem foi Pequi? Pequi foi uma loba-guará resgatada ainda filhote após perder a mãe. Ela tornou-se um símbolo dos esforços de reabilitação e de conservação da fauna do Cerrado. Depois de meses de cuidados intensivos realizados pelo Zoológico de Brasília, pela ONG Jaguaracambé e pelo Parque Vida Cerrado, Pequi foi preparada para retornar à natureza. Durante o processo de readaptação, Pequi viveu em um recinto especialmente construído, onde aprendeu a caçar, reconhecer frutos do Cerrado e se comportar como uma loba selvagem. Pequi voltou à natureza depois de passar por cuidados no Zoológico, mas acabou atropelada | Foto: Vinícius Rozendo Viana/Zoológico de Brasília “O Zoológico guarda uma história muito bonita com a Pequi. Ela chegou ao Zoo junto com os irmãos, em 2020, com menos de 20 dias de vida”, recorda Ana Raquel Gomes Faria, assessora da Superintendência de Conservação do Zoológico de Brasília. “Ela era a menor da ninhada, mas sempre respondia bem ao manejo e ao processo de reabilitação, mostrando uma grande força e vontade de viver e, principalmente, uma vontade de retornar ao ambiente natural, como foi proposto desde o início”, acrescenta Ana Raquel. A soltura de Pequi ocorreu em abril de 2023. Ela mostrou força e instinto de sobrevivência por meses, mas foi atropelada em uma rodovia, revelando a difícil realidade que as espécies do Cerrado enfrentam diante da expansão urbana. Apesar da breve vida, Pequi conseguiu reforçar a importância das ações de conservação e educação ambiental Apesar da breve vida, Pequi conseguiu reforçar a importância das ações de conservação e educação ambiental, bem como a necessidade de medidas concretas para a redução do impacto das estradas para a flora e a fauna silvestre. “A Pequi nos mostrou o quanto é possível criar alianças entre os seres humanos e outros animais. Ela foi cuidada por vários profissionais ao longo da vida e esse vínculo continua vivo no livro. É uma forma de imaginar a Pequi livre e viva, caminhando pelo Cerrado e lutando, ao lado de outras espécies, por um Cerrado contínuo e saudável para todos”, afirma Dodó Riberiana, co-coordenadora do Núcleo de Educação Socioambiental da Avinc. O livro está disponível em versão online. *Com informações do Zoológico de Brasília
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Pesquisa apoiada pela FAPDF analisa efeitos do combate químico a incêndios florestais
Em um cenário de queimadas cada vez mais longas e severas, o Projeto Prometeu DF reúne ciência, tecnologia e operação em campo para responder a uma questão central: quando (e como) o uso de retardantes químicos faz sentido no combate a incêndios florestais — e quais impactos essa escolha traz ao ambiente. A iniciativa é coordenada pelo professor Carlos Henke de Oliveira, do departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB), com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do edital Demanda Espontânea (2021). Retardantes químicos de chamas são produtos adicionados à água para aumentar a eficiência no combate ao fogo. Eles reduzem a propagação ou a intensidade das chamas, funcionando como aliados de brigadistas e bombeiros — mas também trazem potenciais impactos ambientais que precisam ser monitorados. Incêndios são fenômenos complexos que exigem leitura integrada da paisagem, do clima, da tecnologia e da operação | Foto: Divulgação/Fepecs Henke é biólogo formado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde concluiu mestrado e doutorado em Ecologia. A trajetória interdisciplinar dele combina ecologia de paisagens, meteorologia aplicada e desenvolvimento tecnológico, incluindo experiências com fotografia aérea, eletrônica e até formação como piloto de avião. Esse mosaico de saberes, amadurecido desde os anos 1990, orienta hoje uma visão prática: incêndios são fenômenos complexos que exigem leitura integrada da paisagem, do clima, da tecnologia e da operação. O nome do projeto, Prometeu DF, foi inspirado no titã da mitologia grega que roubou o fogo dos deuses para entregá-lo à humanidade. No projeto, o fogo simboliza o conhecimento aplicado: a pesquisa que nasce na universidade e se transforma em ferramenta prática para quem enfrenta os incêndios diariamente. “Não é só a universidade que ensina; ela também aprende com a experiência de brigadistas, bombeiros e instituições ambientais”, explica Henke. O projeto conta com a colaboração do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), do Ibama/Prevfogo, do ICMBio, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), integrando pesquisa e prática de campo. Tecnologias e experimentos Impacto ambiental: efeitos da fitotoxicidade do boro, que provocou a mortalidade do estrato rasteiro e arbustivo do Cerrado O Prometeu DF desenvolveu sistemas embarcados — dispositivos eletrônicos compactos que funcionam como “mini-laboratórios portáteis”, acoplados a drones, aeronaves ou equipamentos de brigadistas. Eles registram dados a cada dois segundos, como temperatura, poluentes, imagens termais e condições de operação, revelando detalhes invisíveis ao olho humano. As principais famílias são: Prometeu (acoplada a drones, mede temperaturas da atmosfera e do solo, sobrevoando as chamas em coordenação com aeronaves de combate); Saphira (seis dispositivos distintos, para aeronaves ou uso por pesquisadores em solo, coletando gases, parâmetros meteorológicos e imagens infravermelhas) e Obá (acoplada a bombas costais, registra condições atmosféricas e mapeia com precisão o lançamento de água ou retardantes durante o combate). Outro destaque é a mesa de combustão Osíris, uma câmara de grandes dimensões que simula queimadas lado a lado: um setor com combustível puro e outro tratado com retardantes. Com câmeras termais e sensores de peso, permite rodar várias queimas por dia, descartando rapidamente produtos ineficazes e economizando tempo, recursos e riscos em campo. Visão aérea de experimento do Projeto Prometeu, evidenciando a diferença no combate às chamas Os experimentos se distribuem em três frentes: combate indireto (aplica retardante com 24h de antecedência, isolando o efeito químico), combate direto terrestre (compara, em linhas de fogo idênticas, retardante e água, registradas por drones) e combate aéreo (testes com aeronaves do CBMDF, como o modelo AT802F, equipadas com telemetria e câmeras para medir precisão, distribuição e efeito sobre as chamas). Segurança ambiental A efetividade dos retardantes é sempre avaliada por comparação. No combate direto, por exemplo, a água já é um excelente retardante físico, exigindo desenhos experimentais rigorosos para medir se o produto químico realmente traz ganhos. Quanto à segurança ambiental, a constatação é clara: produtos mais eficazes tendem a ser mais impactantes, pois exigem maior carga química. Entre os efeitos comuns estão a morte de herbáceas e arbustivas e mudanças na dinâmica da vegetação, às vezes favorecendo espécies exóticas. “O impacto ambiental do retardante é inevitável. Ele pode ficar restrito a uma escala local, mas sua magnitude é alta e precisa ser considerada”, ressalta Henke. O Prometeu DF recomenda evitar o uso em áreas sensíveis ou com recursos ecológicos raros Como diretriz, o Prometeu DF recomenda evitar o uso em áreas sensíveis ou com recursos ecológicos raros — e, se inevitável, exigir monitoramento e mitigação. Em áreas de matriz produtiva (agricultura, silvicultura, pastagens exóticas, bordas ruderais), o uso pode ser considerado com critérios claros e registro. Já próximo a corpos d’água, os lançamentos devem ser proibidos, com rastreabilidade para prevenir falhas. Impacto científico Para transformar a experiência prática em aprendizado, o Prometeu desenvolveu um protocolo de registro do uso de retardantes, reunindo dados sobre segurança, desempenho das equipes, aeronaves e efetividade. A ideia é acumular evidências e permitir que agências como o Ibama avaliem avanços ou falhas em operações passadas. “A ausência de registros compromete o aprendizado coletivo”, reforça Henke. O Distrito Federal desponta como um “laboratório vivo” nesse esforço. A região dispõe do avião AT802F, capaz de lançamentos localizados e precisos — mas, sozinho, ele não resolve. “Se a frente de fogo sofre redução, mas não é combatida por equipes terrestres, o problema volta, às vezes pior”, alerta Henke. Por isso, a integração entre brigadas e operação aérea é essencial. O diferencial do Prometeu é analisar eficiência e impacto ambiental simultaneamente, superando posições extremas O diferencial do Prometeu é analisar eficiência e impacto ambiental simultaneamente, superando posições extremas. “Se não fizermos isso, caímos num cabo de guerra entre quem considera o retardante a solução definitiva e quem o rejeita de forma absoluta. Nenhuma dessas visões condiz com a realidade dos combatentes, com o orçamento público ou com a base científica disponível”, afirma Henke. As decisões também devem variar conforme o bioma: no Cerrado, o uso pode ser autorizado sob regras claras; em várzeas, veredas e no Pantanal, deve ser proibido; e, na Amazônia, ainda exige respostas a questões preliminares. “O fogo pode até ser extinto, mas o problema não acaba ali: pode se tornar ecológico, social, político e econômico ao mesmo tempo”, completa. Além dos artigos científicos, o projeto investe em documentários para ampliar o alcance social. O filme "Incêndios, poluição e Ciência Cidadã no Distrito Federal", sobre a qualidade do ar no DF, teve grande engajamento e inspirou cidadãos e instituições a criarem novas estações de monitoramento. Próximos passos O projeto se diferencia por estudar o combate, e não apenas o fogo, utilizando instrumentação de alta frequência e avaliando, em conjunto, eficiência e impacto ambiental Entre 2020 e 2022, a pandemia e a suspensão de licenças de queima atrasaram ensaios de campo. Em 2018, a primeira licença científica levou sete meses para ser emitida — demora que, por ser inédita, abriu caminho para fluxos mais ágeis nos anos seguintes. Essas experiências reforçaram o caráter inovador do Prometeu, que se diferencia por estudar o combate, e não apenas o fogo, utilizando instrumentação de alta frequência e avaliando, em conjunto, eficiência e impacto ambiental. O projeto optou por não patentear os sistemas embarcados, priorizando a divulgação aberta de métodos e achados. O objetivo é consolidar uma base metodológica robusta que sustente a futura regulamentação nacional sobre o uso de retardantes em incêndios florestais, diante das tecnologias atuais e das que ainda possam surgir. Rede de parceiros A UnB lidera o Prometeu com participação de alunos e pesquisadores de Biologia, Ciências Ambientais e Engenharia Florestal, em colaboração com a UFMS, a UFPR, o Prevfogo/Ibama e o ICMBio. Brigadistas atuaram em campo e no pátio, como no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em 2020. [LEIA_TAMBEM]A FAPDF tem sido decisiva desde 2016, quando apoiou a fase inicial do projeto, e novamente em 2021, pelo edital Demanda Espontânea. Os recursos viabilizaram experimentos de campo e laboratório, a construção de dispositivos eletrônicos, análises químicas de solo e plantas e mapeamentos sistemáticos com drones — além do acompanhamento de queimadas controladas e incêndios reais. Para o presidente da Fundação, Leonardo Reisman, a iniciativa exemplifica como a pesquisa aplicada transforma realidades: “O Projeto Prometeu mostra como o conhecimento científico pode embasar decisões estratégicas no combate a incêndios florestais. É um exemplo de ciência produzida no Distrito Federal dialogando diretamente com a sociedade e fortalecendo a preservação da nossa biodiversidade.” Mais informações sobre o Projeto Prometeu DF estão disponíveis no site *Com informações da FAAP-DF
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Estudantes do sistema prisional apresentam projetos de tratamento de água no Circuito de Ciências do DF
Uma página inédita foi escrita na história da 14ª etapa regional do Circuito de Ciências da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que acabou na última sexta-feira (12). Pela primeira vez, estudantes do sistema prisional do DF participaram da competição científica. Os protagonistas dessa conquista histórica são alunos do Centro Educacional (CED) 01 de Brasília que estudam na Penitenciária IV (PDF-IV), no Complexo da Papuda. Matriculados no terceiro segmento da terceira etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA), os estudantes desenvolveram dois projetos focados no tratamento e purificação da água. Eles foram apresentados na etapa regional da Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Plano Piloto. A temática do 14º Circuito de Ciências foi a preservação da água | Fotos: Mary Leal/ SEEDF O primeiro projeto, intitulado Moringa Oleifera, uma Alternativa para o Tratamento da Água, foi desenvolvido por cinco alunos. A pesquisa explora o uso das sementes da moringa oleifera como agente natural de floculação, substituindo produtos químicos convencionais no processo de purificação da água. “A moringa oleifera tem substâncias químicas que auxiliam na floculação da água. Quando temos aquela água barrenta, adicionamos um floculante para que as partículas de sujeira se aglutinem e desçam para o fundo”, explica a professora Gabriela Cristiana Oliveira, que há sete anos leciona no CED 01 de Brasília e atua no complexo penitenciário. O segundo projeto, Ciência e Cidadania na EJA: Filtro Caseiro e SODIS para a melhoria da qualidade da água, foi desenvolvido por cinco estudantes da segunda etapa. O trabalho propõe soluções acessíveis de filtragem, utilizando materiais simples como pedra, carvão, areia e garrafas PET. Superando limitações com criatividade As restrições de segurança proibiram o uso de objetos cortantes, elementos químicos que pudessem queimar ou qualquer material perfurante. Mesmo com as limitações, os estudantes conseguiram realizar os experimentos A realização dos experimentos dentro da unidade prisional representou um desafio único. “Tivemos que pensar numa temática sobre a água que pudesse ser realizada dentro de uma unidade prisional, cumprindo todos os requisitos de segurança”, conta a professora Luciana Moreira Braga, há 14 anos na rede de ensino. As restrições de segurança proibiram o uso de objetos cortantes, elementos químicos que pudessem queimar ou qualquer material perfurante. Mesmo com as limitações, os estudantes conseguiram realizar os experimentos. No projeto da moringa oleifera, eles utilizaram pilões tradicionais para triturar as sementes e observaram o processo de decantação após duas horas de aplicação na água turva. Ciência como ferramenta de ressocialização As professoras Marina da Costa, Gabriela Oliveira e Luciana Braga foram as responsáveis pela orientação dos projetos A participação no circuito proporcionou aos estudantes uma experiência transformadora. “Ver o experimento acontecendo é muito gratificante”, relata a professora Marina Ribeiro da Costa, que atua no sistema desde 2019. O momento da apresentação foi especialmente marcante. “Eles ficaram superempolgados, ansiosos, nervosos. É interessante poder proporcionar todas essas emoções para nossos alunos”, destaca Gabriela Oliveira. Como os estudantes não puderam comparecer presencialmente à etapa regional, as professoras os representaram na apresentação, levando os resultados dos projetos desenvolvidos integralmente pelos alunos dentro da penitenciária. Apoio institucional A iniciativa contou com o apoio decisivo da direção da PDF-IV e da equipe gestora do CED 01 de Brasília. A diretora da unidade escolar, Telma Cristiane de Almeida, destaca que este ano, com as devidas permissões, uma equipe avaliadora pôde visitar a escola. “A participação proporcionou aos alunos um senso de pertencimento e a compreensão de que possuem os mesmos direitos dos alunos de outras escolas. A experiência despertou o interesse dos alunos pela ciência e seu uso em benefício próprio”, complementa. "Os alunos viram que por meio da educação conseguem fazer algo para melhorar a vida das pessoas, usar o conhecimento para mudar o lugar onde vivem" Gabriela Oliveira, professora “O objetivo é fazer a ressocialização por meio da ciência com a educação. Os alunos viram que por meio da educação conseguem fazer algo para melhorar a vida das pessoas, usar o conhecimento para mudar o lugar onde vivem”, enfatiza Gabriela Oliveira. Perspectivas futuras A iniciativa ganha ainda mais relevância considerando o cenário da educação carcerária no DF. Dos quase 17 mil presos na capital federal, mais de dez mil não concluíram a educação básica. Atualmente, entre 2.100 e 2.400 custodiados recebem atendimento educacional por meio da EJA semestralmente. O DF é destaque nacional na expansão da educação prisional. Em 2024, com a ampliação de 40% da oferta educacional, saiu do 8º para o 3º lugar no ranking nacional de ampliação de vagas para educação no sistema prisional. *Com informações da Secretaria de Educação
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Flor do Cerrado: UnDF forma primeira turma do curso de tecnologia em gestão ambiental
A Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF) celebrou, em julho, a formatura da primeira turma do curso superior de tecnologia em gestão ambiental. Ao longo de quatro semestres, 16 estudantes foram preparados para enfrentar desafios que envolvem diretamente o bioma Cerrado, a realidade socioambiental do DF e as políticas públicas voltadas à sustentabilidade. A trajetória começou em agosto de 2023, após o ingresso dos alunos por processo seletivo próprio da universidade, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O novo curso de tecnologia em gestão ambiental discute a realidade socioambiental do DF e as políticas públicas voltadas à sustentabilidade | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Segundo a pró-reitora de Graduação da UnDF, Alessandra Edver, os cursos de gestão ambiental e de gestão pública, que também formaram a primeira turma em julho, surgiram da necessidade do próprio DF e da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) de contar com gestores comprometidos com a sustentabilidade, o cuidado com o meio ambiente e a atuação qualificada na administração pública. Ela explica que, desde o primeiro semestre, a formação é voltada para a prática, com os estudantes inseridos em espaços públicos. “Essa imersão permite compreender o contexto social, identificar necessidades e propor soluções assertivas para a realidade local”, ressalta. Alessandra destaca, ainda, que os cursos, de natureza tecnológica, têm duração de dois a três anos, o que possibilita ao estudante concluir a formação mais rapidamente sem perda de profundidade no conteúdo. As atividades articulam ensino, extensão e pesquisa, com projetos junto à comunidade, iniciativas culturais e trabalhos de iniciação científica. “Buscamos justamente permitir que o estudante possa enxergar esse contexto e pensar em resoluções para os problemas do DF, a diminuição das desigualdades sociais e o desenvolvimento da rede DF”, complementa. Randy Pulido quer integrar os conhecimentos de gestão ambiental a áreas como psicologia analítica e ecopsicologia Um dos formandos da primeira turma do curso de gestão ambiental, Randy Pulido, 38 anos, afirma que receber o diploma foi uma grande realização pessoal, sobretudo por ele ter participado do início da história da UnDF. Pulido destaca que, por se tratar de um curso novo, foi necessário um trabalho conjunto entre docentes, alunos e a gestão para aprimorar a formação e deixar um legado mais estruturado às próximas turmas. Atualmente, Randy busca integrar os conhecimentos adquiridos no curso à sua formação e aos estudos em psicologia analítica e ecopsicologia, com o objetivo de criar um empreendimento que leve essa abordagem a órgãos governamentais e empresas. “A minha proposta é usar o meio ambiente como porta de entrada para o autoconhecimento, promovendo mudanças de comportamento que beneficiem tanto as relações humanas quanto a preservação da natureza”, explica. Oportunidade "A UnDF formou profissionais comprometidos com a transformação social. É um projeto jovem, mas com grande potencial para se consolidar ao longo do tempo" Daniel Marques de Jesus, formando e orador da turma Flor do Cerrado Daniel Marques de Jesus, 24, foi escolhido como orador da turma, apelidada carinhosamente como Flor do Cerrado. “Fiquei muito feliz quando fiquei sabendo que poderia representar a turma. Acredito que consegui transmitir todo o esforço e a união que tivemos no discurso. Falei sobre a nossa trajetória, das dificuldades que enfrentamos por ser uma faculdade em formação e da importância do que alcançamos”, conta. “A UnDF formou profissionais comprometidos com a transformação social. É um projeto jovem, mas com grande potencial para se consolidar ao longo do tempo.” Daniel acredita que o cuidado com o meio ambiente pode transformar a realidade das pessoas. “Para mim, morador de Ceilândia que nunca teve a oportunidade de pagar uma faculdade, a UnDF foi muito importante. O curso me proporcionou uma base técnica e crítica para entender e atuar em questões ambientais. Meu foco sempre foram os concursos públicos e o conteúdo ajuda muito nisso”, comenta. Isabela Virgínia Miranda abriu o "leque de possibilidades" profissionais com o novo curso superior | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Isabela Virgínia Miranda, 31, também celebrou a formatura na primeira turma de tecnologia em gestão ambiental da UnDF. Formada em radiologia, ela conta que sempre teve interesse em trabalhar com a preservação do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais. Na época da inscrição, a brasiliense estudava biomedicina e comandava uma pizzaria. Atualmente, ela trabalha no Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (ICIMA) e planeja a reformulação do empreendimento. “A universidade foi muito importante para mim. Agora consigo ter muitas opções profissionais abertas: posso ser consultora, trabalhar na administração pública, com certificação, licenciamento. É um leque de possibilidades”, afirma Isabela. Com o novo negócio, ela espera impactar positivamente o meio ambiente. “Com a pizzaria, minha intenção era trabalhar o reaproveitamento e a destinação correta dos resíduos sólidos. Hoje estou mais voltada para a implementação de uma alimentação à base de plantas, com uma cozinha lixo zero e essa pegada mais sustentável mesmo.” A UnDF [LEIA_TAMBEM]Desde a inauguração, em 26 de julho de 2021, a UnDF vem se firmando como referência no ensino superior público da capital. O nome é uma homenagem ao professor Jorge Amaury Maia Nunes, que foi um dos líderes da luta pelo surgimento da entidade. Atualmente, a instituição oferece 19 cursos de graduação, distribuídos entre bacharelados, licenciaturas e tecnológicos: medicina, enfermagem, ciência da computação, engenharia de software, sistemas de informação, matemática, pedagogia, letras-português, letras-inglês, serviço social, gestão ambiental, gestão pública, gestão da tecnologia da informação, atuação cênica, produção cultural, dança e, com início das aulas em agosto, ciências econômicas, psicologia e nutrição.
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Divulgado estudo inédito com Índice de Sustentabilidade Ambiental Urbana das regiões do DF
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quarta-feira (23), o Índice de Sustentabilidade Ambiental Urbana, também chamado de ISU/DF. A metodologia da pesquisa é inédita e pode ser aplicada em outros municípios do Brasil. O estudo permite que, por meio de nove indicadores, a sustentabilidade das 35 regiões administrativas (RAs) da capital federal seja medida e avaliada. Os indicadores considerados são: áreas verdes, área verde em recarga de aquífero, evapotranspiração, consumo de água por habitante, potencial de infiltração, proporção de área com resistência à erosão, temperatura, casos de dengue e pegada de carbono. Estudo inédito sobre o Índice de Sustentabilidade Ambiental Urbana contribui para a criação de políticas públicas e a melhoria das questões ambientais | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília O índice também utiliza dados de satélite e informações oficiais do governo. Todos os resultados são convertidos em uma escala de zero a um, para facilitar a comparação: quanto mais próximo de 1, melhor é a sustentabilidade ambiental da região em relação ao que o indicador mede. Por ser um índice atualizado a cada quatro anos, o ponto de partida precisava ser uma data de início da gestão do governo. Os dados apresentados pelo IPEDF são referentes a 2022. A ideia é acompanhar a evolução até 2026, observando como as ações do governo e da população impactam a sustentabilidade das RAs ao longo do tempo. O levantamento apontou as regiões com melhor desempenho em sustentabilidade ambiental urbana: Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Núcleo Bandeirante e Guará, classificadas com excelente desempenho. Em seguida, aparece o Park Way, com uma boa avaliação. O Guará é uma das regiões com melhor desempenho em sustentabilidade ambiental urbana | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília Além do Park Way, 17 regiões do DF são consideradas boas, o que corresponde a mais da metade do território. Já 13 são classificadas como regulares, e nenhuma apresenta índices baixos. Na última posição, está a Estrutural, com desempenho regular. No geral, o DF apresenta resultados positivos. [LEIA_TAMBEM]O diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, afirma que a iniciativa do estudo contribui para a criação de políticas públicas e para a melhoria das questões ambientais na capital. “Um dos grandes temas da nossa década está relacionado às emergências climáticas. Um tema que parecia distante no passado hoje é uma realidade, com eventos extremos da natureza interferindo cada vez mais na vida das pessoas. Nesse sentido, um dos grandes blocos de trabalho do Instituto está voltado aos estudos ambientais. Esta é uma das muitas iniciativas que desenvolvemos no IPEDF e que permite ao gestor público embasar suas políticas e ações para melhorar a questão ambiental em nossa cidade e em nosso território”, destacou. Já o diretor de Estudos e Políticas Ambientais e Territoriais do IPEDF, Werner Vieira, ressalta que os resultados do ISU/DF refletem um trabalho coletivo da população e do governo. “É preciso manter o monitoramento contínuo dos indicadores para avaliar a eficácia das ações e garantir um futuro mais verde para o DF. A população deve ser a grande parceira do governo, compreendendo que seus hábitos cotidianos têm impacto direto no meio ambiente. Pequenas atitudes, como a redução do consumo de água e energia, fazem a diferença. Precisamos abraçar a cidadania ambiental, entendendo que a sustentabilidade começa em cada um de nós. O futuro do Distrito Federal está em nossas mãos. Juntos, podemos construir uma cidade mais sustentável, resiliente e agradável para todos”, afirmou. Acesse aqui o sumário executivo do estudo e, neste link, o relatório. *Com informações do IPEDF
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Zoológico de Brasília terá programação gratuita neste fim de semana
A equipe do Zoológico de Brasília preparou uma programação especial para toda a família nos dias 26 e 27 deste mês, próximos sábado e domingo. Durante o fim de semana, o público poderá participar de uma programação educativa e recreativa em meio à natureza. Além do domingo, quando a gratuidade é garantida como parte do programa Lazer para Todos, a entrada será gratuita também neste sábado. As atrações incluem apresentações teatrais, tendas de educação ambiental, brinquedos infláveis, pintura de rosto, oferta de algodão-doce e picolé e outras programações pensadas especialmente para as crianças. As atividades serão realizadas entre as 9h e as 16h, com gratuidade para todos. A programação deste fim de semana foi pensada para que as família curtam juntas | Foto: Divulgação/Jardim Zoológico de Brasília [LEIA_TAMBEM] “O Zoológico de Brasília tem o compromisso de oferecer experiências educativas e de lazer para toda a família. Preparamos com muito cuidado essa programação especial para que as crianças e suas famílias possam vivenciar momentos de aprendizado, diversão e conexão com os animais e com a natureza”, explica o diretor-presidente da instituição, Wallison Couto. A iniciativa foi pensada como uma forma de manter o encanto sobre a vida animal e os aprendizados relacionados à educação ambiental que tradicionalmente marcam o mês de julho no Zoológico de Brasília. *Com informações do Jardim Zoológico
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GDF e Poder Judiciário firmam parceria para o plantio de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado
Nesta terça-feira (15), a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) participou de solenidade no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tratar da implementação de um Plano de Compensação Ambiental, em cumprimento à Resolução CNJ n° 594/2024. O encontro marca o início de uma parceria estratégica entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Poder Judiciário brasileiro, que visa à promoção da descarbonização institucional e à neutralidade de carbono até 2030. "Este acordo representa mais do que o plantio de árvores, é a semeadura de um compromisso duradouro com o Cerrado, com a justiça climática e com as próximas gerações", afirma a vice-governadora Celina Leão | Foto: Divulgação/Sema-DF A parceria prevê o plantio de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, dentro de um projeto com duração de quatro anos, que incluirá implantação e manutenção dos plantios de recuperação. A ação está inserida no Plano de Logística Sustentável do TST/CSJT e será um importante passo para a recuperação ambiental de áreas degradadas, com impacto direto na conservação da biodiversidade do bioma Cerrado. A iniciativa integra o Programa Justiça Carbono Zero, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e representa um marco ambiental para o país. Em atenção às diretrizes da Resolução, o TST, o Ministério Público do Trabalho da 10ª Região e o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região formalizaram a proposta de cooperação com o GDF para viabilizar ações concretas de recomposição florestal no território do Distrito Federal. [LEIA_TAMBEM]“Firmar esta parceria é avançar com responsabilidade rumo a um futuro mais sustentável. O Governo do Distrito Federal tem compromisso com ações concretas de recomposição ambiental e se orgulha de unir esforços com o Poder Judiciário e o Ministério Público no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero. A formalização dessa cooperação atende à Resolução CNJ nº 594/2024 e estabelece diretrizes claras para a aplicação de recursos destinados à execução do Plano de Descarbonização do Tribunal Superior do Trabalho, com foco na recuperação de áreas degradadas no território do Distrito Federal", afirma a vice-governadora Celina Leão. "Este acordo representa mais do que o plantio de árvores, é a semeadura de um compromisso duradouro com o Cerrado, com a justiça climática e com as próximas gerações. Serão 70 mil mudas nativas plantadas ao longo de quatro anos, em um projeto que alia preservação, técnica e cooperação. Proteger o Cerrado é preservar a nossa identidade. Ao lado de instituições que compartilham esse propósito, mostramos que o diálogo interinstitucional é capaz de gerar soluções reais. Brasília reafirma, assim, sua vocação como capital que integra desenvolvimento, responsabilidade ambiental e inovação no serviço público”, acrescenta Celina. O secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, reforçou o papel estratégico da ação para a agenda climática local. "A implementação do Plano de Compensação Ambiental no âmbito do Programa Justiça Carbono Zero demonstra que o meio ambiente está no centro das decisões institucionais. Com o plantio de mais de 70 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, damos mais um passo firme rumo à restauração ecológica e à mitigação dos efeitos da mudança climática no DF", declarou. *Com informações da Sema-DF
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Divulgado resultado preliminar de teste de habilidade da seleção de brigadistas
O Instituto Brasília Ambiental publicou no Diário Oficial do DF (DODF), nesta quarta-feira (2), o resultado preliminar da terceira etapa do processo seletivo simplificado para contratação temporária de chefe de esquadrão e brigadista de prevenção e combate a incêndios florestais. No edital divulgado consta a lista dos candidatos classificados no teste de habilidade no uso de ferramentas agrícolas (Thufa) que atenderam aos critérios da seletiva e conseguiram obter nota superior a cinco pontos. “Os brigadistas desempenham papel fundamental na proteção do meio ambiente. A seleção desses profissionais é fundamental, especialmente neste período de estiagem, quando os incêndios florestais tendem a se intensificar. Por isso, é muito importante que todos os candidatos se atentem aos prazos”, destacou a governadora em exercício Celina Leão. Divulgada, nesta quarta-feira (2), a lista dos candidatos classificados no teste de habilidade no uso de ferramentas agrícolas (Thufa), que faz parte do processo seletivo para preencher vagas de chefes de esquadrão e brigadistas florestais | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Todos os candidatos que participaram da seleção, inclusive os desclassificados, podem interpor recurso contra o resultado preliminar desta etapa e o prazo de envio é até quinta-feira (3), às 13h. O formulário a ser preenchido está disponível no site no Instituto e deverá ser assinado, digitalizado (escaneamento ou fotografia) e enviado para o correio eletrônico ccbf@ibram.df.gov.br. [LEIA_TAMBEM]Os candidatos deverão ficar atentos ao fato de que serão desconsiderados os recursos com letras ilegíveis, contendo rasuras ou apresentados em desacordo com as exigências estabelecidas. Também não serão aceitos recursos enviados por via postal, protocolo administrativo, fora do prazo estabelecido ou em desconformidade com os critérios definidos no edital. Após a análise dos recursos pela comissão organizadora do certame, a expectativa é que o resultado final seja divulgado na sexta-feira (4), com a convocação, em definitivo, dos classificados para a quarta etapa do processo seletivo, referente o Curso de Formação em Brigada de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. “Estamos concentrando esforços na ampliação da nossa capacidade de resposta e também em democratizar o acesso ao processo seletivo. Oferecer o curso de formação dentro da seleção é garantir mais oportunidades a quem quer contribuir com a preservação do Cerrado”, destacou o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. O treinamento terá carga horária de 40 horas semanais e será realizado em duas turmas: a primeira prevista para os dias 7 a 11 de julho e a segunda, entre 14 e 18 de julho. As aulas teóricas ocorrerão no turno matutino (das 8h às 12h), no Instituto Federal de Brasília (IFB) – Campus Samambaia, localizado na Rodovia DF-460, subcentro leste, Complexo Boca da Mata, Lote 1. Confira aqui a localização. E as aulas práticas, no turno vespertino, no Parque Distrital Boca da Mata, no Setor E Sul, de Taguatinga. Clique aqui para conferir a localização da Unidade de Conservação. *Com informações do Brasília Ambiental
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Com 58 mil toneladas de lixo processadas em 2024, DF amplia coleta seletiva em 222% desde 2020
Fundamental para a preservação do meio-ambiente, a coleta seletiva no Distrito Federal cresceu 222% nos últimos cinco anos. De acordo com o último Relatório Anual de Atividades do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), foram recolhidas 58 mil toneladas de lixo reciclável no ano passado, ante 18 mil toneladas em 2020. A alta também é verificada no aproveitamento dos resíduos, impactando a geração de renda para os catadores e a redução de matéria prima retirada da natureza. Segundo o levantamento, o índice chegou a 55% em 2024, enquanto há cinco anos era de 37%. Os materiais são separados por cooperativas em 15 pontos do SLU. O melhor aproveitamento dos resíduos tem impacto direto na geração de renda dos catadores | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para que os números sejam mantidos em alta, o SLU remodelou os contratos de triagem. O número de cooperativas atendidas pelo órgão passou de 20 para 31 neste ano, com participação de mais de 1.300 catadores. Houve, ainda, mudança nos pontos atendidos pela coleta seletiva porta a porta para abranger localidades que surgiram após a primeira licitação, como condomínios verticais. “Os novos contratos pagam por produção, estimulando a reciclagem de todo e qualquer tipo de material, mesmo que esteja com preço baixo de mercado”, afirma o chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU, Francisco Mendes. “O intuito é estimular que os catadores reciclem o máximo possível. E, para isso, precisamos também da população, porque no momento em que os resíduos com potencial de reciclagem estão dentro do lixo convencional, perdem valor, prejudicando os catadores.” Francisco Mendes: "Tem surgido uma nova possibilidade no setor, de que tudo que é material seco, com exceção do vidro, do PVC e dos metais, pode ser transformado em combustível derivado de resíduos urbanos" Entre os materiais que não têm valor de mercado atrativo para reciclagem, mas que devem ser separados na origem e pelos profissionais, estão as sacolas de mercado e sacos de lixo. “Tem surgido uma nova possibilidade no setor, de que tudo que é material seco, com exceção do vidro, do PVC e dos metais, pode ser transformado em combustível derivado de resíduos urbanos (CDRU), que tem um valor perene durante todo o ano, independente do mercado, e é usado por cimenteiras na Fercal”, pontua Mendes. [LEIA_TAMBEM]A medida é benéfica para a longevidade do aterro sanitário, já que menos resíduos não reciclados são enviados para o equipamento. “Conseguimos aumentar a vida útil do aterro e geramos economia para o Estado em termos de operação. Além de que quanto mais a gente conseguir tirar da separação, menos matéria-prima retiramos do meio ambiente, gerando outra cadeia de economia”, explica o especialista. Os recicláveis que são descartados na coleta convencional também passam por separação. O trabalho é feito nas Usinas de Tratamento Mecânico Biológico e, assim como ocorreu com a coleta seletiva, apresentou números positivos no último ano. Em 2024, houve a separação de 14,6 mil toneladas de materiais, mais que o dobro do registrado em 2020, quando foram 6 mil toneladas. Outra atribuição do SLU que beneficia a população e o meio-ambiente é a reciclagem dos resíduos orgânicos. Nas usinas de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB) do P Sul e da Asa Sul, os rejeitos são revertidos em compostos orgânicos e doados para pequenos produtores rurais. De 2020 para 2024, a produção passou de 62 mil toneladas para 85 mil toneladas. Uma tarefa de todos Mara Maria de Jesus: "Não conseguimos um bom valor de mercado por causa da falta de qualidade, os equipamentos ficam sobrecarregados e a renda dos catadores é diretamente impactada" Fazer a separação correta do lixo é uma tarefa simples e beneficia milhares de pessoas que dependem da catação para sustentar famílias. “Sem a separação correta na origem, chega muito material orgânico misturado, dificultando a triagem para nós, que estamos na ponta. Não conseguimos um bom valor de mercado por causa da falta de qualidade, os equipamentos ficam sobrecarregados e a renda dos catadores é diretamente impactada”, aponta a presidente da cooperativa Plasferro, no P Sul, Mara Maria de Jesus. A tesoureira da cooperativa, Leiliane Cardoso, endossa o discurso de que a população deve separar os resíduos, no mínimo, entre secos e orgânicos para garantir o bem-estar dos catadores. “Todo dia é um desafio para nós porque nem sempre o material vem limpo e quando não vem separado, tem um valor mais baixo, o que prejudica a renda dos catadores. Papel branco, papelão, tudo isso quando está sujo, perde valor”, comenta. “Se todas as pessoas separassem corretamente os materiais, nos ajudaria muito porque a catação é a única fonte de renda da maioria aqui.” Leiliane Cardoso: "Se todas as pessoas separassem corretamente os materiais, nos ajudaria muito porque a catação é a única fonte de renda da maioria aqui" Ao lidar com resíduos secos, que incluem materiais como papel, plástico, vidro e metais, é importante limpar o excesso de conteúdo dos recipientes antes de descartá-los. Isso evita a contaminação com restos de alimentos ou outros materiais de origem orgânica. Outra dica importante é estar sempre atento aos dias e horários da coleta seletiva e convencional, que ocorrem em períodos distintos. Para isso, a população conta com um importante aliado: o aplicativo SLU Coleta DF. A plataforma oferece ao cidadão a localização dos equipamentos públicos mais próximos e permite acompanhar, em tempo real, a localização do caminhão que ficará responsável pelo recolhimento do lixo na sua região.
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Primeiro Fórum do Sistema Distrital de Trilhas Ecológicas discute sustentabilidade, turismo e inovação
No dia 26 deste mês, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) promove o 1º Fórum do Sistema Distrital de Trilhas Ecológicas – Caminhos do Planalto Central, evento que marca um importante passo na consolidação das trilhas ecológicas como instrumentos de conservação ambiental, educação, turismo sustentável e valorização do território. Gratuito e aberto ao público, o 1º Fórum do Sistema Distrital de Trilhas Ecológicas ocorre no dia 26 deste mês | Foto: Divulgação/Sema-DF “As trilhas ecológicas representam uma forma inteligente e sensível de aproximar a população da natureza, ao mesmo tempo que promovem o turismo sustentável, a geração de renda e a educação ambiental. O Governo do Distrito Federal tem compromisso com a preservação e com o uso consciente do nosso território, e eventos como esse fórum fortalecem o compromisso com ações concretas e integradas”, afirmou a vice-governadora Celina Leão. A programação, que ocorre das 8h30 às 18h30, na sede da Sema-DF, é voltada a servidores públicos, ambientalistas, ciclistas, acadêmicos, guias de ecoturismo, gestores de unidades de conservação e toda a sociedade interessada em discutir o desenvolvimento sustentável do DF por meio da malha de trilhas ecológicas. O evento é gratuito e aberto ao público. Para participar, basta comparecer à sede da Secretaria de Meio Ambiente no dia das atividades. [LEIA_TAMBEM]“O fórum simboliza o esforço conjunto por um DF mais sustentável, onde as trilhas não são apenas caminhos, mas ferramentas de conexão entre pessoas, natureza, história e políticas públicas”, destaca o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. Na ocasião, será apresentado o novo Procedimento de Adesão e Registro de Trilhas Ecológicas, documento técnico que orienta a inclusão de trilhas no sistema distrital, promovendo mais segurança, gestão e reconhecimento institucional. O fórum será dividido em seis mesas temáticas, abordando desde a estruturação e mapeamento das trilhas existentes até ações educativas, inovação tecnológica, turismo de natureza e experiências de sucesso no DF. Instituições como UnB, IFB, Ceub, Instituto Brasília Ambiental, Emater-DF e Secretaria de Turismo (Setur-DF) estarão representadas, junto a projetos como Caminhos da Pedra, Trilha Três Riachos, Caminhos da Flona e Rodas da Paz, entre outros. Além dos debates, o evento contará com atividades paralelas como exposições da APA do Planalto Central, mostras de empreendedorismo em ecoturismo e painéis interativos do Movimento CPC, promovendo troca de experiências e articulação entre os diversos atores envolvidos. *Com informações da Sema-DF
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Zoológico de Brasília inicia congresso com debates sobre conservação
O primeiro dia do 48º Congresso da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) reuniu autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF), estudantes, pesquisadores e profissionais do mundo todo que se dedicam à proteção da biodiversidade. O evento, que aborda a importância de uma gestão eficiente e planejada para maximizar o impacto dos zoológicos na conservação, é realizado na União Pioneira de Integração Social (Upis), desta terça-feira (10) a sábado (14). “Temos um papel fundamental na conservação e pesquisa e teremos um evento com muita troca de experiência. É o momento de nos fortalecermos como instituição”, destaca o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto. A comunicação entre zoológicos é um dos pontos abordados no congresso | Fotos: Divulgação/Zoológico de Brasília A presidente da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, Nancy Banevicius, comentou que o tema do congresso vem de uma demanda que tem recebido de todos os parceiros: comunicação. “As instituições desenvolvem grandes trabalhos, mas talvez não estejamos conseguindo atingir todos os públicos com a nossa missão”, enfatizou. Na palestra de abertura, Paula Cerdán, da World Association of Zoos and Aquariums (Waza), destacou como os zoológicos podem atuar como pontes entre ações de campo e sob cuidados humanos para a conservação de espécies. Nas palestras foi destacado que a forma de conservação das espécies precisa evoluir “Aparentemente, precisamos mudar drasticamente a forma como estamos conservando as espécies. Se não, não iremos ver as coisas mudarem. Precisamos investir em soluções sustentáveis e nos certificar de que a conservação é uma responsabilidade compartilhada”, comentou Paula. Em seguida, Raymond van der Meer, da Associação Europeia de Zoológicos e Aquários (Eaza), apresentou a importância das parcerias entre zoológicos e aquários no desenvolvimento de estratégias de manejo populacional voltadas à conservação de espécies ameaçadas. “Precisamos convidar ativamente os profissionais, estudantes e todos ativos na causa para trabalharmos juntos na conservação. Há muito para falar sobre nossos programas e quanto deles são críticos para a sobrevivência das espécies”, finalizou Raymond. Artigos destacam atuação dos profissionais O primeiro dia do evento ainda contou com exposição de trabalhos científicos [LEIA_TAMBEM]O primeiro dia do evento ainda contou com exposição de trabalhos científicos de estudantes de graduação, pós-graduação, docentes do ensino superior, pesquisadores, profissionais de zoológicos ou aquários. As áreas de conhecimento dos trabalhos expostos são: biologia, comportamento e bem-estar animal, medicina veterinária, educação ambiental, nutrição ambiental e gestão de zoológicos e aquários. De acordo com o diretor-presidente, Wallison Couto, a participação das pesquisas científicas e tecnológicas engrandecem o congresso e abrem espaço para que os estudantes também façam parte do evento. “É uma oportunidade para todos aprenderem juntos ao longo dos quatro dias de evento”, comentou. Confira programação completa do congresso. *Com informações do Jardim Zoológico de Brasília
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Blitz educativa marca o Dia do Meio Ambiente, com trabalho de prevenção no âmbito rodoviário
Nesta quinta-feira (5), um trabalho em conjunto marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente por meio de uma blitz educativa na Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (UOP) Recanto das Emas, na BR-060. Durante a ação, composta de cerca de 15 instituições federais e distritais, os agentes abordaram motoristas de veículos pesados para fiscalizar e orientar sobre a prevenção na movimentação rodoviária de produtos químicos perigosos, como combustíveis e outros materiais transportados em grandes quantidades nas rodovias. A BR-060 teve blitz educativa nesta quinta (5), quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente; ação teve o objetivo de orientar motoristas de veículos pesados que transportam produtos químicos perigosos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em sua segunda edição, a atividade foi coordenada pela Comissão Distrital do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (CD-P2R2). Outras blitzes estão previstas para este ano, com o envolvimento de órgãos como o Instituto Brasília Ambiental, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Defesa Civil, Vigilância Sanitária, Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), entre outros. “Essa iniciativa é de suma importância para a segurança do meio ambiente e da população. Reforça também a necessidade do trabalho integrado entre os diversos órgãos deste GDF, fortalecendo nossas políticas de prevenção e respostas a emergências ambientais”, declarou a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a atuação integrada de vários órgãos para combater o transporte irregular de produtos perigosos A operação faz parte do calendário anual de ações do CD-P2R2/DF, que compõe a semana de comemorações e conscientização do dia do meio ambiente, integrando esforços para garantir o cumprimento da legislação ambiental e de transporte, evitando danos à saúde humana e ao meio ambiente. “É uma união de todo o serviço público, distrital e federal para combater o transporte irregular de produtos perigosos. Esse trabalho é feito sempre para sabermos quem está transportando o que e em que condições, para não expor a população a riscos. As pessoas estão colaborando, são vários órgãos trabalhando e a polícia nos dá um respaldo muito grande”, afirmou o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. A importância da prevenção "Esse trabalho de prevenção é muito importante para diminuir, por exemplo, os riscos de contaminação de efluentes e captações de água para consumo humano", diz a especialista em saúde da Vigilância Sanitária, Analda Lima As cargas podem variar de produtos inflamáveis a produtos agrícolas, além de ser necessária a regularidade da documentação e licenças portadas pelos condutores. Com a variedade das pastas presentes na atividade, uma inspeção geral é possibilitada, com cada órgão trabalhando em sua competência. O supervisor da operação pela PRF e também chefe do Núcleo de Segurança Viária, Jonathan Nicolau, ressaltou que os motoristas têm colaborado com a abordagem e a fiscalização é completa: “Isso demonstra a capacidade e peculiaridade que o DF tem de poder acionar diversos órgãos em caso de um sinistro ambiental grande, para uma atuação eficaz e coordenada para diminuir os danos”. "Apesar de estar tudo correto no meu caso, me deram uma orientação que eu não sabia, por isso que é sempre bom ter essa fiscalização, a gente fica sempre atualizado", comentou o motorista Alfredo de Sousa Júnior A especialista em saúde da Vigilância Sanitária, Analda Lima, reforçou que o trabalho preventivo faz um apanhado de todo transporte dentro da legislação brasileira. “Os acidentes com produtos perigosos levam a grandes vítimas, porque geralmente são produtos explosivos ou inflamáveis, então esse trabalho de prevenção é muito importante para diminuir, por exemplo, os riscos de contaminação de efluentes e captações de água para consumo humano”, observou. [LEIA_TAMBEM]Segundo o agente ambiental federal do Ibama, Gutemberg Machado Mascarenhas, a operação ocorre paralelamente em todas as unidades da federação além do DF. O analista ambiental relata que um caminhão de produtos perigosos pode transportar entre 40 mil e 80 mil litros de produtos inflamáveis, chamando atenção para a atuação nas rodovias. “A rodovia é o maior modal onde se transporta produtos perigosos no país, então a gente tem que ter uma atenção maior, inclusive porque as vias passam por unidades de conservação, áreas de preservação permanentes e reservatórios de água. O transporte rodoviário não leva pouco produto e, nesse tempo em que estamos vivendo as mudanças climáticas, qualquer emergência que cause dano ao meio ambiente é prejudicial para o planeta como um todo, com muitos transtornos na fauna e flora. Fiscalizar a regularidade da empresa gera uma probabilidade muito menor de acidentes”, acentuou. O motorista Alfredo de Sousa Júnior, de 34 anos, foi um dos abordados na blitz educativa enquanto transportava uma carga de etanol para abastecimento de veículos, no trajeto de Fortaleza para Goiás. Com tudo regularizado e em dia, ele destacou a importância da ação, que também promove uma orientação aos profissionais. “Apesar de estar tudo correto no meu caso, me deram uma orientação que eu não sabia, por isso que é sempre bom ter essa fiscalização, a gente fica sempre atualizado. É muito importante para nossa segurança e a de quem está em volta”.
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Parque Urbano do Setor O recebe horta comunitária em cerimônia simbólica
Ceilândia deu um passo importante rumo à sustentabilidade nesta quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, com a inauguração simbólica da horta comunitária do Parque Urbano do Setor O. A ação faz parte do lançamento do Circuito Eco Brasil, um dos maiores movimentos de educação socioambiental do país, que terá duração de 180 dias e passará por cidades em todas as regiões do Brasil - em Brasília, de 10 a 17 de agosto, no Parque da Cidade. Entrega simbólica do espaço de interação com a natureza reuniu moradores e autoridades | Fotos: Divulgação/Administração de Ceilândia Aberto ao público, o evento reuniu moradores, lideranças comunitárias, representantes de instituições locais e autoridades, além de voluntários que vão participar ativamente da construção da horta. O espaço, destinado à população, será cuidado coletivamente e servirá como ferramenta de educação ambiental, promoção da saúde, segurança alimentar e integração social. Segundo Luiz Batista, um dos organizadores do Circuito Eco Brasil, a horta comunitária simboliza mais do que a produção de alimentos. “Ela representa um espaço de aprendizado, bem-estar e conexão com a natureza”, declarou. “Queremos que este seja um ponto de transformação para Ceilândia e exemplo para o Brasil”. Parte da produção será destinada a famílias em situação de vulnerabilidade, contribuindo diretamente para o combate à fome. O administrador de Ceilândia, Dilson Resende de Almeida, ressaltou a importância do projeto: “A horta comunitária no Parque do Setor O representa um passo importante para fortalecer o vínculo entre a comunidade e o meio ambiente. Nosso objetivo é promover a sustentabilidade, incentivar a alimentação saudável e criar um espaço de convivência e aprendizado para todos. Ceilândia tem um potencial enorme, e iniciativas como essa mostram a força do trabalho coletivo”. Moradores apoiam Moradora da região, Giselda Alves comemorou: “Isso aqui vai mudar a forma como a gente vê a natureza e como podemos viver melhor em comunidade, além de ajudar a conservar o parque” Moradores da região já estão mobilizados para cuidar e manter a horta viva. A aposentada Valdilene Garcia, 56 anos, que vive no Setor O há mais de três décadas, celebrou a novidade com entusiasmo: “Sempre sonhei em ver um espaço assim por aqui. Agora vamos ter um lugar para plantar, aprender e também ajudar quem precisa. Já me comprometi a vir todos os dias para cuidar das plantas. Isso aqui vai florescer com a gente”. Outra entusiasta da horta é a ciclista Giselda Alves, 49. “Aprender na prática sobre como plantar e cuidar da terra é algo que não se ensina só na sala de aula”, analisou. “Isso aqui vai mudar a forma como a gente vê a natureza e como podemos viver melhor em comunidade, além de ajudar a conservar o parque. Estou animada para começar”. Jornada nacional O Circuito Eco Brasil continuará sua jornada pelos próximos seis meses, levando ações educativas, ambientais e culturais a diferentes municípios. A programação inclui plantio de árvores, oficinas, seminários, apresentações artísticas e atividades voltadas à preservação dos biomas brasileiros. O ponto alto será entre 10 e 17 de agosto, com a Festa dos Biomas, no Parque da Cidade, em Brasília. O evento tem a expectativa de reunir até 50 mil pessoas, com desfiles temáticos dos sete biomas do país, exposições educativas, gastronomia regional e muito mais. Além das hortas comunitárias, o Circuito Eco Brasil tem como metas o plantio de 120 mil mudas de árvores nativas, recuperação de ecossistemas degradados e o fortalecimento da luta contra as mudanças climáticas. O projeto é fruto de uma articulação entre organizações públicas e privadas, organizações não governamentais (ONGs), prefeituras e o Governo do Distrito Federal (GDF). *Com informações da Administração Regional de Ceilândia
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Escolas públicas celebram o Dia do Meio Ambiente com iniciativas inovadoras
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quinta-feira (5), o Centro de Ensino Médio (CEM) de Taguatinga Norte celebra os 22 anos do projeto Cerrado Vivo – uma das iniciativas da rede pública do Distrito Federal voltadas à educação ambiental, tema presente no currículo da educação básica do DF. A proposta leva estudantes a áreas de preservação, como o Jardim Botânico e a Chapada dos Veadeiros, promovendo o estudo do bioma por meio de aulas teóricas e saídas de campo. Arthur Vilela, Thayanne Aparecida e Elisa Guimarães participam de atividades que estimulam a pesquisa científica, a escrita e o desenvolvimento de portfólio | Fotos: André Amendoeira/SEEDF A professora Eliana Maria da Conceição, coordenadora do projeto, destaca a importância de apresentar o Cerrado aos alunos. Segundo ela, a iniciativa tem caráter interdisciplinar e envolve disciplinas como biologia, história e geografia, além de estimular a escrita e a produção literária. “É interessante porque os estudantes vão adquirindo uma consciência muito grande em relação ao Cerrado. Nas saídas de campo, eles mesmos apresentam os conteúdos estudados previamente. Desenvolvem consciência crítica, argumentação e um interesse genuíno pelo tema”, explica a professora. [LEIA_TAMBEM]“Antes, eu achava que o Cerrado era só um monte de mato seco, mas quando visitei o Jardim Botânico, descobri espécies incríveis, como o chuveirinho e a palmeira-juçara. Me apaixonei pelo bioma”, conta Arthur Vilela Santiago, 18 anos, aluno do 3º ano e integrante do projeto desde 2023. Pesquisa e novas descobertas O Cerrado Vivo exige preparação prévia dos alunos, que são incentivados a fazer pesquisas e elaborar trabalhos aprofundados sobre as características do bioma e os impactos do desmatamento. As atividades são avaliadas pelos professores e compõem um portfólio escrito que reúne a trajetória de mais de duas décadas do projeto. A aluna do 3º ano Elisa Guimarães Freitas, 17 anos, conheceu a iniciação científica por meio do Cerrado Vivo e realizou um estudo para o Sesi Lab. “Hoje estou colhendo os frutos desse projeto. Participo de outros grupos de pesquisa científica que têm me ajudado bastante”, conta a jovem, que também produziu um cordel sobre o tema. Já a estudante Thayanne Aparecida, 17, destacou a relevância da preservação: “O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil. É extremamente importante, afinal abastece as principais bacias hidrográficas do país”. A professora Eliana trabalha os diferentes aspectos do Cerrado com os alunos Sustentabilidade na rede pública Para a diretora de Educação em Tempo Integral Érica Soares, da Secretaria de Educação (SEEDF), a educação ambiental vai além da ecologia ou da reciclagem. “É uma ferramenta transformadora, que promove o pertencimento, o cuidado com o espaço coletivo e a compreensão de que pequenas atitudes geram grandes impactos”, afirma. Além de atender aos princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os projetos estimulam o pensamento científico, a interdisciplinaridade e a construção de soluções sustentáveis. O aprendizado se torna mais significativo e alinhado à realidade dos alunos, promovendo uma formação mais completa. *Com informações da SEEDF
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Brasília Ambiental celebra 18 anos com caminhada e confraternização
O Instituto Brasília Ambiental celebrou, nesta quarta-feira (28), 18 anos de criação. Em clima de comemoração, servidores, superintendentes e representantes de associações participaram de uma caminhada no Parque Ecológico Olhos d’Água, seguida por uma confraternização com coffee break. Servidores da autarquia participaram de uma confraternização na quarta-feira (27) | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A atividade simbolizou não apenas a trajetória da instituição, mas também a dedicação dos profissionais que contribuem, diariamente, para a preservação ambiental do Distrito Federal. Durante o evento, depoimentos destacaram histórias de superação, desafios enfrentados ao longo dos anos e conquistas coletivas. “É um órgão que trabalha cuidando do presente para garantir o futuro das próximas gerações”, comemorou a vice-governadora Celina Leão. "Tudo realizado com muito comprometimento, dedicação e competência para proporcionar que todos tenham acesso aos recursos naturais, de forma sustentável, de modo a beneficiar toda a população.” Desenvolvimento sustentável O presidente da autarquia, Rôney Nemer, também comemorou: “Se alguém tivesse me contado algum dia que eu me emocionaria ao devolver um lobo-guará ao seu habitat e que me emocionaria ao lidar com o meio ambiente, eu não acreditaria. Então, hoje quero agradecer por ter o apoio de todos vocês confiando na minha intuição e me ajudando todos os dias”. Superintendente de Administração Geral do Instituto, Ricardo Roriz pontuou: “Passamos por muitos desafios, mas sobrevivemos e, além disso, nos fortalecemos. Hoje conquistamos o respeito da sociedade e do governo e sentimos muito orgulho da nossa missão, que é cuidar do nosso Cerrado”. Criado em 2007, o Brasília Ambiental tem como missão a promoção do desenvolvimento sustentável, a conservação dos recursos naturais e o fortalecimento das unidades de conservação do DF. Ao completar a maioridade, a autarquia reafirma seu compromisso com o meio ambiente e com as futuras gerações. *Com informações do Brasília Ambiental
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Sob ataques de abelhas, saiba como agir
Com a chegada do período de estiagem, é comum o aumento das queimadas no Cerrado, o que desabriga enxames de abelhas e outros animais silvestres. A migração forçada desses animais para áreas urbanas em busca de abrigo pode deixá-los estressados e desencadear ataques em defesa de um novo território. Área interditada por risco de ataques de abelhas: Corpo de Bombeiros do DF recomenda precaução | Foto: Divulgação/CBMDF No último mês, o Corpo de Bombeiros Militar do DF atendeu duas ocorrências de ataques de abelhas. Uma foi no canteiro central de uma rua em frente à Paróquia São João Evangelista, na altura da Quadra 207 de Samambaia; a outra, na Rua 6 do Setor Colônia Agrícola 26 de Setembro, em Taguatinga. Em ambos os casos, as vítimas foram hospitalizadas. Diante do risco apresentando, a Agência Brasília separou algumas orientações passadas pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) do que fazer - ou não fazer - ao se deparar em situações de risco com as abelhas. A principal recomendação para evitar ataques é nunca provocar as abelhas ou mexer em colmeias ou enxames, pois elas podem se sentir ameaçadas e reagir com agressividade. Caso haja formação de colmeias em residências ou prédios e os insetos estejam oferecendo risco à população, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo telefone 193. O que fazer Em casos de ataques já desencadeados de abelhas, a orientação é evitar movimentos bruscos ou agitar as mãos perto do rosto e se afastar rapidamente do local, procurando abrigo em um ambiente fechado, como uma casa ou veículo; e, o quanto antes, acionar o Corpo de Bombeiros. Caso a pessoa seja picada, a recomendação é lavar a área com água fria e aplicar compressas frias ou gelo para aliviar a dor e o inchaço. Em casos de reações alérgicas, múltiplas picadas ou sintomas como falta de ar, inchaço na garganta ou tontura, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. O que não fazer Ao identificar a presença de um enxame, o principal cuidado a ser tomado é não tentar removê-lo nem provocar a colmeia. O tenente do CBMDF Éber Silva explica que, dependendo da situação em que as abelhas se encontram - às vezes localizadas em copas altas de árvores -, as pessoas podem sofrer quedas, lesões ou até causar incêndios ao utilizar produtos inflamáveis ou perfurocortantes. “As situações podem evoluir, e as pessoas se machucar ou sofrer danos mais graves do que o risco do enxame apresenta com as tentativas de retirada, então nada de utilizar materiais ou provocar as abelhas”, frisa o bombeiro. Em casos de picadas de abelhas, também não é recomendado pressionar o ferrão com os dedos ou pinças, pois essa ação pode piorar a condição da vítima, porque a pressão pode aumentar a injeção de peçonha na pele. O ferrão deve ser removido com cuidado, raspando a pele com um objeto rígido (como um cartão). “Depois do ataque, é importante não entrar em pânico e buscar apoio ou ir até a unidade hospitalar mais próxima em casos mais graves”, reforça o militar. “E podem sempre entrar em contato com o Corpo de Bombeiros, estamos sempre a postos para esse tipo de atendimento.” Abelhas em casa Se for preciso remover a colmeia, é mais seguro chamar um apicultor | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Em alguns locais do Distrito Federal, em especial os que possuem um maior espaço com vegetação, é comum que abelhas formem morada, por se tratar de um habitat na natureza. Caso elas estejam oferecendo risco, os bombeiros podem ser acionados para que uma avaliação seja feita. [LEIA_TAMBEM]Em situações que não representem risco iminente, como colmeias afastadas de locais de circulação ou espécies nativas do Cerrado (sem ferrão e sem peçonha), recomenda-se acionar um apicultor para fazer a remoção adequada. A proteção às abelhas é abrangida por leis federais e estaduais que visam à preservação da fauna silvestre e à promoção da apicultura e meliponicultura. A lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) proíbe a destruição e a captura de abelhas - que, no Cerrado, já se encontram ameaçadas de extinção. “O equilíbrio ecológico depende muito das abelhas, porque muitas espécies de plantas precisam dessa polinização para sobreviver e continuar a espécie; sem elas, entramos em um desequilíbrio climático”, recomenda o tenente. O CBMDF, enfatiza o militar, não realiza atividades de vigilância ou prevenção relacionadas a abelhas, e o atendimento é sempre reativo, devendo ser acionado pelo telefone 193 em caso de emergência.
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Consolidação das propostas do Pdot reúne mais de 500 participantes
Mais de 500 pessoas participaram, neste sábado (10), da reunião pública de consolidação das propostas do processo de revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot). O evento reuniu ao longo do dia, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a população, administradores regionais, parlamentares, movimentos sociais e representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O objetivo foi debater temas essenciais para o futuro do DF, como regularização fundiária, habitação e meio ambiente. Reunião pública na CLDF sobre a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) reuniu representantes da sociedade civil neste sábado (10) | Foto: Divulgação/Seduh-DF No encontro, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) apresentou a consolidação das contribuições feitas pela sociedade ao longo da revisão do Plano Diretor e coletou mais sugestões das pessoas sobre os temas abordados no Pdot. Para ampliar a participação social, a reunião foi transmitida pelo canal no YouTube chamado Conexão Seduh. “Considero que, de fato, agora entramos na reta final do processo de revisão. Estamos apresentando o resultado da consolidação das propostas preliminares em face dos problemas apresentados pela população durante todo o processo de revisão”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz. “Se temos esse auditório lotado é porque há um senso de pertencimento e as pessoas estão preocupadas em construírem, junto conosco, o melhor para o território do Distrito Federal”, ressaltou. Para a deputada distrital e presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da CLDF, Jaqueline Silva, é essencial discutir o Pdot ouvindo toda a população, com um trabalho em conjunto com a Câmara Legislativa. “É desafiador falar sobre uma temática como essa, já que o nosso DF cresce a cada dia mais. Mas sempre falo e defendo um crescimento organizado, do qual vamos parar para pensar em todos os impactos que terão no futuro”, destacou. Dinâmica Para que a população pudesse discutir as propostas do Pdot, o Comitê de Gestão Participativa (CGP) – colegiado responsável pela participação social na revisão do Pdot – aprovou uma dinâmica que permitisse às pessoas contribuírem com sugestões ao longo de todo o dia. Os participantes foram organizados em salas conforme os seus temas de interesse, tendo cerca de duas horas para os debates. Para isso, a equipe técnica da Seduh dividiu o conteúdo do Plano Diretor em seis macrotemas. Pela manhã foi discutida a regularização fundiária urbana; os instrumentos de gestão territorial e participação social; e território resiliente, meio ambiente e ruralidades. Já à tarde foi abordada a oferta habitacional; estratégias de centralidade e mobilidade; e organização do território. Para o representante da Federação dos Inquilinos do Distrito Federal (FID-DF), Francisco Dorion, a quantidade de pessoas presentes na reunião pública de consolidação mostrou que a população está interessada em debater o Pdot Além disso, a população contou com a equipe técnica da Seduh à disposição em sete tendas instaladas no pátio da CLDF, com banners e materiais impressos, para que os interessados pudessem consultar informações mais específicas sobre cada tema do Plano Diretor e tirassem dúvidas em relação às propostas. Participação popular A população marcou presença na reunião pública. Entre eles, a moradora do Jardim Vitória, no Riacho Fundo II, Margarete Egyto, que teve a oportunidade de debater sobre as propostas do Plano Diretor e pedir pela inclusão da área na futura lei. “São 500 casas prontas de tijolo e em torno de 1.200 a 1.500 moradores, incluindo idosos e crianças. Estamos pedindo que levem isso em consideração”, pontuou. [LEIA_TAMBEM] O advogado Marcos Freitas, representante de mais de 70 associações de moradores do DF, elogiou o trabalho realizado pela Seduh para organizar os debates sobre o Pdot. “Temos contribuído muito para que os processos ocorram favoravelmente às famílias presentes em várias regiões, em busca de inclusão no Plano Diretor”. Para o representante da Federação dos Inquilinos do Distrito Federal (FID-DF), Francisco Dorion, a quantidade de pessoas presentes na reunião pública de consolidação mostrou que a população está interessada em debater o Pdot. “Foi um processo muito democrático, público, com todos falando e ninguém foi cerceado na sua palavra. Naquilo que for possível, e legal, nós vamos defender”, comentou. Minuta do Pdot Desde quinta-feira (8) a Seduh disponibilizou para consulta a minuta da Lei Complementar do Pdot, que está em elaboração. O documento está disponível no site do Plano Diretor para a sociedade ter conhecimento prévio de alguns pontos técnicos propostos para a norma, que estabelecerá as diretrizes e estratégias para o ordenamento territorial do DF. A consulta é mais uma etapa importante para efetivar a participação de toda a população do Distrito Federal na revisão do Pdot, permitindo ajustes, contribuições e validação da minuta antes de consolidar o texto final. Da mesma forma como nas pré-propostas, a minuta está disponibilizada com ferramenta interativa que permite à população opinar sobre o texto até o dia 23 de maio. Após essa data, o projeto será consolidado e submetido à audiência pública. “Durante todo esse mês de maio, vamos fazer ajustes na minuta para fazer a convocação no final de maio para a audiência pública. A partir da convocação, aí, de fato, o material é estabilizado, digamos assim, para que a população possa discutir aquele produto específico”, explicou Marcelo Vaz. CT-Pdot Além disso, começaram as reuniões da Câmara Temática do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (CT-Pdot), colegiado formado por integrantes do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). O objetivo é acompanhar a revisão do Plano Diretor até a entrega do texto à CLDF. “Serão oito ou nove reuniões até o encaminhamento final à Câmara. Nessas reuniões, também, os conselheiros representantes da sociedade civil estão fazendo suas sugestões, com o texto sendo aperfeiçoado para que tenhamos o melhor conteúdo a ser encaminhado ao Legislativo”, informou o secretário. Próximos passos Em junho será realizada uma audiência pública para a população discutir o texto consolidado do Plano Diretor Após a coleta das contribuições e análise pela equipe técnica, haverá em junho uma audiência pública para a população debater o texto final consolidado do Pdot e contribuir novamente com sugestões. Em seguida, a proposta de projeto de lei complementar será finalizada e submetida à deliberação do Conplan e, posteriormente, encaminhada à CLDF. *Com informações da Seduh-Df
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Caminhada consciente: atividade de plogging recolhe resíduos no Parque Salto do Tororó
Na manhã deste sábado (10), moradores do Jardim Botânico e de outras regiões do DF se reuniram em uma iniciativa especial que uniu saúde, bem-estar e consciência ambiental. A ação, promovida pelo projeto Escola de Sustentabilidade, uma iniciativa do Instituto Brasília Ambiental em parceria com o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB), consistiu em uma atividade de plogging — prática que combina caminhada ou corrida com o recolhimento de resíduos pelo caminho. Consciência ambiental e saúde: grupo participou, neste sábado, de atividade de plogging, que combina caminhada ou corrida com o recolhimento de resíduos | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental A atividade aconteceu no Parque Distrital Salto do Tororó, mais conhecido como Cachoeira do Tororó, uma das unidades de conservação (UCs) mais visitadas do DF. Com sua queda de aproximadamente 20 metros e trilhas em meio ao Cerrado, o local foi escolhido não só pela beleza natural, mas também pela necessidade de maior atenção quanto à preservação. A palavra “Tororó”, de origem tupi-guarani, significa “jorro d’água” ou “pequena cachoeira”, um nome que reflete a força e a delicadeza da natureza que precisa ser cuidada. "Essa iniciativa reforça a importância de o poder público e a sociedade caminharem juntos, especialmente quando se trata de cuidar e proteger o meio ambiente. Nós aproveitamos para pedir a colaboração das pessoas para sempre descartaram os resíduos nos locais corretos. É uma atitude simples que faz a diferença", afirma a vice-governadora Celina Leão. Na trilha de 3 km, os participantes da ação recolheram mais de 10 kg de lixo “Sempre contamos com o apoio de iniciativas da população. Temos uma área vasta de 82 unidades de conservação aqui no DF e duas reservas particulares de propriedade privada, com a presença do nosso Cerrado vivo, e por mais que tentemos, não temos servidores o suficiente para cobrir todas as áreas. Além do mais, é muito bom estar tão perto da natureza assim”, comentou o presidente da autarquia, Rôney Nemer. Durante a trilha, os participantes caminharam em grupo por trechos do parque, recolhendo resíduos deixados por visitantes ao longo do trajeto. O objetivo foi duplo: proporcionar uma vivência de conexão com a natureza e, ao mesmo tempo, reforçar o compromisso da comunidade com a conservação ambiental. O resultado foi um trajeto mais limpo e muitos aprendizados levados para casa. “Queremos que mais pessoas se conectem com o Cerrado de forma respeitosa, entendendo que a preservação começa com atitudes simples, como não deixar lixo para trás”, afirmou Luana da Mata, instrutora que coordenou a atividade. [LEIA_TAMBEM]A prática do plogging, surgida na Suécia, é uma tendência global que une a preocupação ambiental com o hábito de se exercitar. O termo vem da junção das palavras “plocka upp” (pegar) e “jogging” (correr), e tem ganhado força entre grupos que buscam um estilo de vida mais sustentável. Além da trilha ecológica, os participantes receberam orientações sobre a importância da conservação ambiental e aprenderam mais sobre os impactos dos resíduos nos ecossistemas do Cerrado. Foram recolhidos mais de 10 kg de lixo deixado pelos usuários da trilha nos 3 km percorridos, até um “cooler” foi jogado fora na cachoeira. O Parque do Salto do Tororó, administrado pelo Brasília Ambiental, tem por objetivo manter e preservar áreas de relevância ecológica e garantir a biodiversidade típica do bioma. A atividade faz parte das ações do projeto Escola de Sustentabilidade, projeto do Instituto Brasília Ambiental em parceria com o MCJB. A iniciativa tem como pilares a educação ambiental, o fortalecimento da relação da comunidade com o Cerrado e a transformação do Centro de Práticas Sustentáveis (CPS) em um centro de referência em práticas sustentáveis. *Com informações do Brasília Ambiental
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Seminário debate agricultura urbana, agrotóxicos e saúde no Distrito Federal
Estão abertas as inscrições para o II Seminário de Agricultura Urbana e Periurbana no Distrito Federal, que tem como tema “Vigilância em saúde e o desenvolvimento de ações intersetoriais de prevenção e mitigação dos impactos dos agrotóxicos na saúde e ambiente”. Encontro reunirá especialistas de saúde, agricultura e meio ambiente, além de demais interessados no assunto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O evento será realizado na segunda (12) e na terça (13), das 8h às 17h30, no auditório externo da Fiocruz Brasília, localizado no Campus Universitário Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa é da Gerência de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis) da Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Fiocruz Brasília. O seminário tem como objetivo promover o diálogo entre setores da saúde, agricultura, meio ambiente e sociedade civil, fortalecendo o papel da vigilância em saúde na identificação e mitigação dos impactos dos agrotóxicos sobre a população e o ecossistema. A iniciativa também visa a fomentar ações intersetoriais integradas e alinhadas à promoção da saúde e à segurança alimentar e nutricional. Entre as participações confirmadas, está a do professor Wanderlei Antonio Pignati, pesquisador do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador (Neast), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e reconhecido internacionalmente por sua atuação no tema. Programação [LEIA_TAMBEM] No primeiro dia (12), serão abordados os efeitos dos agrotóxicos na saúde, com palestra de Wanderlei Pignati sobre o cenário dos defensivos agrícolas no Brasil, uma mesa-redonda com especialistas de diferentes instituições federais e atividades como caminhada pelo Horto Agroecológico Medicinal e Bioenergético da Fiocruz, além de bate-papo e debates sobre práticas integrativas em saúde. No segundo dia, a atenção se volta para a mitigação dos efeitos dos pesticidas e educação para saúde, com apresentações sobre vigilância e controle de resíduos de agrotóxicos, panorama de exposição ocupacional e políticas de apoio à agricultura urbana agroecológica no Distrito Federal. Participe e ajude a fortalecer os debates sobre sustentabilidade, saúde e segurança alimentar no DF. Inscreva-se aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Capacitação contra incêndios mobiliza comunidade do Jardim Botânico
Com a chegada do período de seca, a prevenção de incêndios florestais torna-se prioridade em regiões próximas a áreas verdes, como o Jardim Botânico. Atento a esse cenário, o Instituto Brasília Ambiental, em parceria com o Movimento Comunitário do Jardim Botânico (MCJB) e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), promoveu nesta quarta-feira (7) um curso gratuito de prevenção de incêndios voltado à comunidade local. Curso reuniu mais de 100 participantes, no Centro de Práticas Sustentáveis de Jardins Mangueiral | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A capacitação ocorreu no Centro de Práticas Sustentáveis (CPS), no Jardins Mangueiral, e reuniu mais de 100 participantes, entre moradores e funcionários de condomínios da região. O objetivo foi preparar a população para atuar de forma preventiva e auxiliar no controle de emergências até a chegada das equipes especializadas. “Queremos mudar a consciência de quem ainda utiliza o fogo para limpeza, que é a causa mais comum”, ressaltou o primeiro sargento Dargon Afonso, do Grupamento de Proteção Ambiental do CBMDF e um dos instrutores do curso. “A ideia é incentivar o uso de composteiras, que produzem adubo e preservam o solo, em vez de recorrer a queimadas que prejudicam a saúde pública.” Educação ambiental A atividade integra o projeto Escola de Sustentabilidade, criado para promover educação ambiental e engajamento comunitário, com foco na preservação do Cerrado. O treinamento, conduzido por bombeiros especializados, ofereceu certificação aos participantes e apresentou técnicas simples e eficazes, como a construção de aceiros — faixas de terra sem vegetação que impedem a propagação do fogo — e a produção de abafadores caseiros. "Educação ambiental faz toda a diferença para a proteção ao meio ambiente”, lembrou a vice-governadora Celina Leão. “Precisamos envolver cada vez mais a população no cuidado com o nosso Cerrado. Iniciativas como essa capacitação ajudam as pessoas a entenderem o impacto de suas ações na natureza.” [LEIA_TAMBEM]Por sua vez, o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, reforçou a necessidade do envolvimento coletivo: “Nosso desejo é que todos abracem o cuidado com o Cerrado. As queimadas que temos visto nos últimos anos colocam em risco não só o meio ambiente, mas também a produção de água, majoritariamente originada nesse bioma. A união da comunidade é essencial para reverter esse quadro”. Multiplicadores Sem um grupamento próprio do Corpo de Bombeiros, a região do Jardim Botânico depende do engajamento dos moradores em ações de prevenção e combate inicial ao fogo. “Sugiro que quem não pôde participar procure os colegas e síndicos dos condomínios para multiplicar as informações sobre prevenção e combate a incêndios”, incentivou o sargento Dragon. Entre os participantes, Davi Dias dos Santos, encarregado de manutenção do Condomínio Jardim Botânico VI, falou sobre a importância do treinamento: “O que mais me impactou foi aprender a agir no momento certo, quando o fogo ainda está controlável, e compreender os riscos de enfrentá-lo. Já passamos por um incêndio no condomínio, e hoje temos até um sistema de irrigação, mas a conscientização continua sendo fundamental”. Além das instruções práticas, o curso também reforçou a legislação ambiental. A lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 — conhecida como Lei de Crimes Ambientais — estabelece sanções penais e administrativas para condutas lesivas ao meio ambiente. “É proibido colocar fogo em entulho ou vegetação”, pontuou o Dargon Afonso. “A legislação prevê fiscalização, multa e até detenção”. *Com informações do Brasília Ambiental
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Inscrições para o programa Jovem Senador e Jovem Senadora Brasileiros vão até 30 de abril
O programa Jovem Senador e Jovem Senadora Brasileiros está com inscrições abertas até a próxima quarta-feira (30). As escolas da rede pública devem selecionar a melhor redação e enviar para a coordenação regional de ensino (CRE). O texto escolhido deverá ser transcrito na folha de redação oficial do concurso e ser acompanhado da ficha de inscrição, ambas disponíveis no site. O projeto seleciona estudantes do ensino médio da rede pública para uma experiência dentro do Senado Federal, com o objetivo de incentivar a reflexão sobre política, democracia e cidadania. Este ano, a semana de vivência legislativa será de 18 a 22 de agosto. Ao todo serão 27 estudantes participantes, sendo um de cada estado brasileiro e um do Distrito Federal. Todos participam da vivência ao lado do professor orientador da redação. O tema da redação deste ano é Emergência climática: pense no futuro, aja no presente | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado [LEIA_TAMBEM] Os jovens serão selecionados a partir de um concurso para escolher a melhor redação sobre o tema Emergência climática: pense no futuro, aja no presente. O conteúdo precisa ter sido feito em sala de aula, conter entre 20 e 30 linhas e seguir as regras do Guia de Redação 2025. Para participar, o jovem deve estar regularmente matriculado em um dos anos escolares do ensino médio da rede pública, ter no máximo 19 anos completos até 31 de dezembro de 2025 e ter disponibilidade no período da semana de vivência legislativa. As três melhores redações serão selecionadas pela Secretaria de Educação de cada unidade da Federação para serem encaminhadas ao Senado Federal. A escolha final dos jovens senadores será feita em 13 de junho, com anúncio dos vencedores no dia 27. O regulamento pode ser conferido no link.
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Governador reforça vocação de Brasília como capital da sustentabilidade durante palestra nos Emirados Árabes Unidos
Em palestra no evento Brazil Emirates Conference, promovido pelo Lide, nesta segunda-feira (14), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o governador Ibaneis Rocha afirmou que o Distrito Federal vai ampliar o investimento tanto em energia limpa para abastecer os prédios da administração pública local quanto no plantio de novas árvores na cidade. Nos Emirados Árabes Unidos, o governador Ibaneis Rocha reforçou o engajamento do DF na sustentabilidade: “A meta é que até o final de 2026 sejam totalizadas seis milhões de árvores plantadas pela Novacap para fazer uma captação de carbono ainda maior e trazer mais qualidade de vida para quem mora ou visita a capital da república” | Foto: Divulgação/Melrish Studio Lide R$ 441 milhões Investimentos anunciados garantir energia sustentável em todos os prédios da Saúde “A meta é que até o final de 2026 sejam totalizadas seis milhões de árvores plantadas pela Novacap [Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil] para fazer uma captação de carbono ainda maior e trazer mais qualidade de vida para quem mora ou visita a capital da república”, declarou o governador. “Além disso, temos um projeto com financiamento internacional do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] de 112 milhões de euros para abastecer todos os prédios públicos do DF. Isso nos coloca na posição de vanguarda em relação aos demais estados da Federação.” Um exemplo disso são os prédios das secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação (SEEDF). Segundo o chefe do Executivo, as pastas vão passar a contar com o abastecimento de energia limpa: “A Saúde é a que mais consome na capital, e estamos investindo R$ 441 milhões para que todos os prédios tenham essa energia sustentável. A parceria se estendeu para a Secretaria de Educação também, que contará com aporte de mais de R$ 120 milhões para que as 900 unidades escolares e os edifícios administrativos sejam abastecidos por meio de placas fotovoltaicas”. Outro avanço significativo é a modernização da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), que agora inclui a geração de energia elétrica entre suas atividades. A empresa obteve um financiamento de R$ 312 milhões do banco alemão KFW para investir não apenas no saneamento, mas também na produção de energia limpa a partir do biogás. Além disso, o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Neoenergia firmaram um acordo para a instalação de um posto de abastecimento de Hidrogênio Verde em Brasília, ampliando as opções de soluções sustentáveis na capital. Capital da sustentabilidade No Distrito Federal, a sustentabilidade tem sido colocada em prática nos últimos anos. A lei distrital nº 6.891/2021, conhecida como Lei de Renováveis, tem o objetivo de tornar a região uma referência na adoção de fontes de energia renováveis. Um dos destaques nesta pauta é o projeto CITinova, uma colaboração com a ONU que busca fomentar o uso da energia solar e promover práticas ambientais sustentáveis nas bacias do Rio Descoberto e do Lago Paranoá. O GDF também tem feito a substituição das luminárias de vapor de sódio por modelos de LED, medida que visa a diminuir tanto o consumo de energia quanto as emissões de CO², com a meta de renovar toda a iluminação pública do DF nos próximos anos. Neste ano, entre janeiro e março, o DF ganhou 50 mil novas lâmpadas. “A meta é que Brasília, dentro de cinco anos, tenha toda a sua frota de ônibus elétricos” Governador Ibaneis Rocha No setor de mobilidade, uma das principais ações é a implementação de uma frota de 90 ônibus elétricos. Esses veículos são mais silenciosos, climatizados, confortáveis e seguros, além de contribuírem para a redução das emissões de poluentes. “A meta é que Brasília, dentro de cinco anos, tenha toda a sua frota de ônibus elétricos”, pontuou o governador. “Inicialmente, esses 90 veículos vão circular no Plano Piloto, mas a ideia é atingir todas as demais regiões administrativas, transformando não só a frota de automóveis, mas também de ônibus, para o consumo de energia sustentável.” Este governo também incentiva o uso de veículos elétricos e híbridos, oferecendo isenção de IPVA para os proprietários desses automóveis, além de já disponibilizar centenas de pontos de recarga (eletropostos) em pontos estratégicos da capital. “Começamos a traçar o caminho da sustentabilidade em 2020, quando isentei os impostos de carros elétricos e híbridos da capital”, lembrou Ibaneis Rocha. “No DF temos uma das maiores frotas proporcionais desses veículos. Só neste ano, foram vendidos mais de 18 mil carros desta natureza no Distrito Federal, justamente por conta desse incentivo fiscal que demos.”
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Usina fotovoltaica é inaugurada no Hran e promoverá economia de R$ 340 mil por ano
Foi inaugurada, nesta terça-feira (8), a usina de energia fotovoltaica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). É o primeiro hospital público de saúde a contar com a tecnologia, que proporcionará uma economia de aproximadamente R$ 340 mil por ano. Foram instaladas seis placas de energia solar nos telhados da unidade. A capacidade é de gerar mais de 500 MWh/ano todos os anos, o que corresponde a aproximadamente 15% do consumo da unidade. A obra contou com investimentos de R$ 1 milhão, sendo viabilizada por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da distribuidora e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São seis inversores de potência variando de 15kW a 60kW, com 609 módulos fotovoltaicos. O Distrito Federal tem se destacado por iniciativas que visam melhorar a eficiência energética na cidade e que reduzem os impactos ambientais do consumo de energia. O sistema fotovoltaico é uma fonte inesgotável de energia. A produção é realizada a partir da irradiação da luz solar, que ocorre mesmo em dias nublados. A obra contou com investimentos de R$ 1 milhão, sendo viabilizada por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da distribuidora e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) | Foto: George Gianni/VGDF A vice-governadora Celina Leão destaca que este é mais um passo que o DF dá em direção à sustentabilidade. Ao mesmo tempo em que promove grande economia de energia, a iniciativa também reflete na redução de carbono produzido na cidade. “Essa parceria com a Neoenergia é muito importante, pois com a redução no consumo de energia vai nos auxiliar a realocar os recursos para áreas importantes da nossa saúde, impactando positivamente a população da nossa cidade”, ressalta. O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, ressalta que a usina fotovoltaica está em sintonia com as atuais políticas ESG, que em inglês que significa Environmental, Social and Governance e pode ser traduzido como Ambiental, Social e Governança. Isso representa uma série de medidas implementadas no poder público e na iniciativa privada em busca da sustentabilidade. “Hoje, fizemos uma entrega de valor à saúde, fornecendo mais qualidade com menor custo, além de fortalecermos a pauta ESG, porque estamos trazendo mais sustentabilidade não apenas para o hospital, mas também para as gerações futuras”, destaca. A vice-presidente de Regulação, Institucional e Sustentabilidade da Neoenergia, Solange Ribeiro, avalia que “essa parceria público-privada é extremamente importante”. “A eficiência energética é um dos vetores principais para a descarbonização, com uso melhor da energia renovável”, disse ao lembrar que o brasil sediará este ano a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30. O que é corroborado pela secretária-adjunta de Inovação e Transição Energética, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Carmem Sanches. “A gente tem o compromisso com a sustentabilidade, trazendo tecnologia avançada que permite mitigar os impactos das mudanças climáticas e vai permitir economicidade para outros setores da saúde”, pondera sobre a usina instalada no Hran. DF sustentável O DF tem se destacado cada vez mais quando se trata de sustentabilidade. Em janeiro, este GDF lançou, em parceria com a CEB Iluminação Pública e Serviços (CEB IPes), programa que está substituindo todas as lâmpadas de vapor de sódio que ainda existem nas regiões administrativas por luminárias de LED. Serão R$ 300 milhões para levar economia, melhor visibilidade e segurança para a população.
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Escolas públicas de Ceilândia recebem Orquestra de Sucata
Música e cuidado com o meio ambiente. Unir os dois temas é a proposta da Orquestra de Sucata, que se apresentou para o público formado por alunos da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) Anísio Teixeira Ceilândia, nessa quinta-feira (3). Os músicos utilizam instrumentos confeccionados com materiais recicláveis e têm como objetivo transmitir conceitos de sustentabilidade e preservação ambiental, além de mostrar a importância da reciclagem por meio da música. A Orquestra de Sucata se apresentou para alunos do Caic Anísio Teixeira Ceilândia, nessa quinta-feira (3) | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Outras seis unidades escolares da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), todas de Ceilândia, foram selecionadas para receber a orquestra – cada uma delas será contemplada com dois espetáculos gratuitos, um pela manhã e outro à tarde, beneficiando cerca de 450 estudantes por escola. Para a diretora do Caic Anísio Teixeira de Ceilândia, Laiana Miranda, essa experiência possibilita a ampliação do repertório cultural dos estudantes, pois além da musicalidade e da preservação ambiental, incentiva a criatividade, coincidindo com os valores que a instituição busca despertar nas crianças. “A nossa escola foi selecionada para receber o grupo pelo projeto político-pedagógico que desenvolve, com um olhar para a sustentabilidade. Enxergamos a importância dessa temática, ainda mais para essa geração de telas, e a Orquestra de Sucata tem um trabalho que atrela a musicalidade com a sustentabilidade.” Todos os instrumentos musicais da Orquestra de Sucata são produzidos com material reciclado, como galão de plástico, panelas, pregos, latas, cabo de vassoura e tampinhas de garrafas Instrumentos recicláveis Os espetáculos recorrem à música para mostrar a importância de conservar o meio ambiente, oferecendo uma estrutura completa com sonorização, iluminação, fotografia e filmagem, sendo acessível para todos, contando, inclusive, com intérprete de Libras em todas as apresentações. Os músicos interagem com a plateia o tempo todo, enquanto explicam como cada instrumento foi criado e com quais matérias-primas. A Orquestra de Sucata apresenta dez músicas instrumentais autorais compostas com instrumentos feitos de sucata e materiais recicláveis, como peças automotivas descartadas, galão de plástico, panelas, pregos, latas, cabo de vassoura, tampinhas de garrafas e outros objetos que normalmente seriam jogados no lixo. A aluna do 4º ano, Beatriz Helena Borges da Hora, de 9 anos, ficou encantada com a performance do grupo: “Eu achei maravilhoso, muito bom de escutar, e é tudo feito com materiais recicláveis, que a gente joga no lixo. Então, também preserva o meio ambiente. É importante porque daqui a um tempo, se a gente não preservar, não vai conseguir respirar, não vai ter o ar puro e limpo”. A aluna Beatriz Helena Borges da Hora (no centro) ficou encantada com a performance do grupo: “Eu achei maravilhoso, muito bom de escutar” Reciclando e aprendendo O projeto da Orquestra de Sucata teve início em 2014 e já contabiliza mais de 533 apresentações por escolas em vários municípios brasileiros. A expectativa dos músicos é de atrair um maior número de patrocinadores para multiplicar o número de beneficiados. O projeto sociocultural de São Paulo conta com patrocínio da Toyota e é aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Toda a estrutura e recursos para realização dos espetáculos são de responsabilidade do projeto. Nenhum custo é repassado à escola ou à Secretaria de Educação (SEEDF). A diretora de comunicação e relações institucionais da orquestra, Jozene Noal, acredita que é essencial falar sobre reciclagem e sustentabilidade durante a formação dos pequenos: “A gente usa recursos lúdicos, didáticos, pedagógicos e conectivos para gerar conhecimento, para que as crianças possam tornar-se multiplicadores desse conhecimento para outras pessoas, inclusive para os seus pais”. Ela conta ainda que algumas escolas começaram a implementar a reutilização de materiais após conhecerem o trabalho da Orquestra de Sucata. “Algumas fizeram grupos de música utilizando elementos como potes, garrafas, panelas para fazer percussão. São escolas que tinham professor de música, eles já trabalhavam a musicalização das crianças e começaram a implementar a reutilização de materiais”, disse. O administrador da Ceilândia, Dilson Resende de Almeida, prestigiou a exibição da orquestra e destacou a importância desse tipo de atividade para a formação dos alunos. “A música é sempre um investimento interessante para a criança, porque é uma maneira de crescer, de participar mais da comunidade. E um evento como esse com uma orquestra com instrumentos, reaproveitamento de material reciclado, é melhor ainda para despertar a criatividade, para incentivar a nossa juventude”, concluiu. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Programa recebe inscrições presenciais para castração de cães e gatos em Ceilândia
No próximo domingo (30), o Castra-DF receberá inscrições presenciais para castrações de cães e gatos em Ceilândia, ao lado da Biblioteca Pública. A distribuição de senhas começa às 7h45. Serão disponibilizadas mil vagas para a realização das cirurgias, que ocorrerão entre os dias 7 de abril e 2 de maio. O objetivo da campanha de castração é promover o controle populacional de animais, prevenindo doenças e o abandono de pets no Distrito Federal. Haverá preferência de 30% das vagas para grupos prioritários, incluindo idosos, gestantes e pessoas com deficiência (PCDs), garantindo que esses públicos também possam ter acesso aos serviços oferecidos. Serão castrados 300 cadelas, 300 cães, 200 gatas e 200 gatos. A castração de cães e gatos previne doenças e melhora a qualidade de vida dos animais | Foto: Divulgação/Sepan-DF A secretária de Proteção Animal do DF, Edilene Dias Cerqueira, destaca a importância da ação como uma medida de saúde pública e bem-estar animal. “O Castra-DF é uma ação que reflete o conceito de saúde única, em que a saúde dos animais, dos seres humanos e do meio ambiente caminham juntas. A castração não só é fundamental para o controle populacional, mas também para a prevenção de doenças, melhorando a qualidade de vida dos animais e contribuindo para um ambiente mais equilibrado e saudável para todos”, afirma a secretária. Cursos na área pet Além das castrações, o Castra-DF oferecerá cursos gratuitos nas áreas de banho, tosa e estética de pets, adestramento de cães e auxiliar veterinário. As aulas começarão no dia 14 de abril e serão realizadas de forma presencial, ao lado da Administração Regional de Ceilândia. Também haverá transmissão ao vivo pelo YouTube, permitindo que mais pessoas possam acessar o conteúdo e se qualificar profissionalmente. As inscrições para os cursos devem ser feitas via site oficial do Castra-DF, em que também será divulgado o resultado da seleção. A iniciativa segue as diretrizes da legislação distrital e federal, que estipula a esterilização como uma estratégia fundamental para o controle da população animal. Além de promover saúde e bem-estar aos animais, a castração ajuda a reduzir os custos públicos com resgates e tratamentos veterinários. Para mais informações, o programa disponibiliza o telefone (61) 99690-8184 e o email castranovelsegundaedicao@gmail.com. Confira o cronograma dos cursos 14 a 18 de abril → Das 8h às 12h: Banho e tosa → Das 14h às 18h: Adestramento de cães 21 a 25 de abril → Das 8h às 12h: Auxiliar de veterinário *Com informações da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal
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Projeto Produtor de Água no Pipiripau incentiva conservação de água
Em celebração ao Dia Mundial da Água, neste sábado (22), a Agência Brasília retrata o impacto do projeto Produtor de Água no Pipiripau, exemplo de sucesso na integração entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável. A iniciativa surgiu em 2011 para promover a preservação da bacia hidrográfica Ribeirão do Pipiripau, utilizada tanto para o abastecimento urbano como para a atividade rural. As ações contribuem com a infiltração da água no solo, a recarga do lençol freático e a redução do escoamento superficial, minimizando processos erosivos e assoreamento. O trabalho é coordenado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), em parceria com 13 instituições. Já foram firmados 235 contratos com agricultores da região, abrangendo o núcleo Rural Pipiripau, o Núcleo Rural Taquara e o Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina. Para este ano, estão previstos mais 50 acordos. Os núcleos rurais Pipiripau, Taquara e Santos Dumont são alguns em que a Adasa, em conjunto com 13 instituições, levou medidas de preservação da água | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em mais de uma década de atividade, houve readequação de 134 km de estradas rurais, construção de 1.316 barraginhas, construção e manutenção de 1.160 hectares de terraços, plantio de mais de 410 mil mudas nativas do Cerrado para recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), semeadura direta em 29 hectares, instalação de 42 km de cercas, tubulação do canal de irrigação Santos Dumont e criação de programas educativos. Conforme estimativa da Adasa, o investimento nas ações chega a R$ 30 milhões, provenientes de diversas fontes. “O projeto está dividido em dois eixos. O primeiro corresponde ao pagamento pela proteção dos recursos hídricos de acordo com o projeto de cada propriedade. O segundo engloba as ações das entidades parceiras para conservação do meio ambiente. Nesse sentido, a tubulação do canal foi uma das mais importantes, já que agora todas as propriedades têm acesso à água e a Caesb fica com o volume outorgado para abastecimento de Sobradinho e Planaltina”, explica o assessor da Superintendência de Planejamento e Programas Especiais da Adasa, Israel Pinheiro Torres. Israel Pinheiro Torres: “O projeto fortalece a governança hídrica e a cooperação entre instituições e produtores rurais, garantindo segurança para o abastecimento público e para as atividades agrícolas, essenciais para a economia local” O assessor técnico lembra que, antes do Produtor de Água, a bacia do Pipiripau enfrentou desafios ambientais e hídricos significativos, especialmente nos períodos de seca. Segundo ele, as principais causas desse cenário foram a manipulação ambiental, a escassez de cobertura vegetal nativa e o uso inadequado do solo. “Os resultados vão além da recuperação ambiental: o projeto fortalece a governança hídrica e a cooperação entre instituições e produtores rurais, garantindo segurança para o abastecimento público e para as atividades agrícolas, essenciais para a economia local”, afirma. Biodiversidade e consciência ambiental O produtor rural Joceilson Alves de Souza, 53 anos, foi um dos primeiros a aderir o projeto de conservação da água e do solo. Na época, ele estava criando uma agrofloresta na propriedade e encontrou na iniciativa o apoio técnico necessário. “O objetivo é proteger a terra para que a água da chuva seja retida no lençol freático, como uma esponja. Uma prova de que está dando certo é que este ano, pela segunda vez consecutiva, surgiu uma nascente, mostrando que tem água aqui embaixo”, conta. Pelo segundo ano consecutivo, uma nascente surgiu na propriedade de Joceilson de Souza Joceilson também participa do Produtor de Água Mirim, projeto que leva estudantes de escolas públicas e privadas para uma imersão no campo. As turmas têm a oportunidade de plantar mudas de árvores e aprender sobre a preservação do meio ambiente. “O projeto é uma forma de trazer para os produtores o pertencimento ao meio ambiente, a consciência de que cada um deve ter a responsabilidade de preservar a vegetação, bem como cuidar do lixo, e é muito importante ensinar isso às crianças”, observa. O produtor Rodinaldo Xavier, 61, também tem uma chácara no Núcleo Rural Taquara e conta que sempre buscou preservar o local. No entanto, foi a partir de 2012, quando aderiu à iniciativa, que obteve os melhores resultados. O quintal do agricultor tornou-se uma floresta a partir do plantio de mudas fornecidas pelo projeto e, hoje, concentra diversas nascentes e espécies de animais. “A biodiversidade aumentou muito por conta do projeto, que trouxe milhares de mudas e me ajudou em um processo que seria trabalhoso e dispendioso”, diz Rodinaldo. “Tenho muito cuidado com a natureza daqui da propriedade, já que não é só plantar. Estamos atentos ao fogo, que é devastador, e pode, em minutos, transformar um trabalho de 20 anos em cinzas. Com a preservação, eu ganho qualidade de vida, biodiversidade, e a sociedade ganha água limpa, que não seca.” Rodinaldo Xavier: “A biodiversidade aumentou muito por conta do projeto, que trouxe milhares de mudas e me ajudou em um processo que seria trabalhoso e dispendioso” Esforço conjunto O Produtor de Água do Pipiripau é reconhecido internacionalmente e serve de inspiração para outras unidades da Federação. O sucesso é resultado do trabalho das 14 instituições envolvidas. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), por exemplo, atua com a divulgação da iniciativa aos produtores, com o auxílio na elaboração dos documentos necessários para participação e com o apoio técnico para implantação das práticas de conservação. “A água que chega às nossas torneiras começa no campo e garantir qualidade e disponibilidade é um compromisso que envolve todos nós” Iclea Silva, engenheira ambiental da Emater “A água que chega às nossas torneiras começa no campo e garantir qualidade e disponibilidade é um compromisso que envolve todos nós”, ressalta a engenheira ambiental da Emater-DF e uma das responsáveis pelo Produtor de Águas do Pipiripau pela empresa, Iclea Silva. “Esse projeto mostra que a conservação ambiental e a produção rural podem caminhar juntas, trazendo benefícios para quem cuida da terra e para toda a sociedade. Cuidar das nascentes e preservar as bacias hidrográficas é investir no futuro da água e na sustentabilidade do Distrito Federal.” Os agricultores participam voluntariamente e são recompensados financeiramente pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Desde 2013, já foram pagos mais de R$ 3,4 milhões, sendo cerca de 70% repassados entre 2019 e 2024. Para os próximos cinco anos, está previsto investimento de R$ 5 milhões na remuneração dos participantes do projeto, com repasses anuais de R$ 1 milhão. Presente nas reuniões de construção do projeto, o engenheiro florestal da Caesb, Fábio Bakker, afirma que houve um amadurecimento nas ações de preservação ao longo dos anos. “A agricultura e o saneamento agora são parceiros na gestão da água, são parceiros na produção de água, se ajudam para que esse bem comum para alimento e água, condições fundamentais para a nossa sobrevivência, estejam juntos nesse processo”, observa. “O projeto do Pipiripau nos deu espaço para, durante a crise hídrica, estabelecer um diálogo mais harmônico e aberto com os agricultores.” A Caesb está à frente do projeto Produtor de Água no Descoberto, criado em 2019. Assim como ocorre no Pipiripau, a ideia é tornar a bacia do Alto Descoberto uma referência em produção sustentável de água e alimentos, garantindo segurança hídrica e preservando a vegetação nativa. Neste ano, serão investidos R$ 2 milhões no plantio de 13.570 mudas nativas do cerrado em uma área de aproximadamente 14 hectares, reforma de estradas rurais e instalação de sistemas de esgotamento sustentável.
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Lago Paranoá comemora Dia Mundial da Água com aulão de natação e atividades educativas
Crianças e atletas marcaram presença na Prainha do Lago Norte, neste sábado (22), para comemorar o Dia Mundial da Água. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) preparou uma série de atividades para os frequentadores do Lago Paranoá. O objetivo é sensibilizar a população sobre a necessidade de proteger os mananciais e incentivar práticas sustentáveis no uso da água. A grande atração do foi um aulão de natação oferecido à comunidade com o professor Tiago Sato, atleta especialista de nado em águas abertas. Cerca de 100 homens e mulheres se lançaram na água sob as instruções de Sato, que é ultramaratonista aquático e professor de Educação Física e se tornou um dos poucos brasileiros que já atravessou o Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França, a nado. O professor Tiago Sato comandou aula de natação para cerca de 100 pessoas nas águas do Lago Paranoá | Fotos: Cristiano Carvalho/Caesb Para Tiago Sato, a ação mostra a importância da água na vida de cada um. “Todos precisam entender que o desperdício de água não pode acontecer. O lago é de todos. Estamos aqui hoje para levar conscientização ambiental para os frequentadores do lago e ensinar que temos que respeitar o meio ambiente”, explica Tiago, que comanda o projeto Jacanoá (Jacaré do Lago Paranoá), desde 2008. A qualidade da água do Lago Paranoá é garantida pela Caesb e é preciso unir esforços para mantê-la preservada. “A Companhia realiza um trabalho de excelência no monitoramento da qualidade da água do Lago Paranoá”, confirma o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis. “Neste dia precisamos reforçar que a água é um recurso finito e que não podemos desperdiçar. A Caesb garante à sociedade segurança hídrica e uma água de excelente qualidade”, afirma Reis. Rôney Nemer, Grazielle Borges e Luiz Antonio Reis reforçam que governo e população devem se unir para manter a qualidade da água do lago alta O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, compareceu ao evento e falou da importância da parceria entre todos os órgãos do GDF. “Água é vida. Precisamos dela para tudo. Temos o objetivo de desenvolver sempre nossas ações, com sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. A Caesb realiza um excelente trabalho e podemos considerar que é uma das melhores empresas de saneamento do mundo”, comemora Rôney. A servidora pública Diana Dianovsky mora no Plano Piloto e fez a primeira aula em águas abertas. Há 14 anos em Brasília, Diana parabeniza a iniciativa. “Foi uma experiência única e agradeço à Caesb por isso. A água conecta as pessoas e nos mostra a importância de preservar os nossos recursos hídricos. Temos que cuidar da água, do nosso lago. Cada um tem que fazer a sua parte”, explica Diana. Além do aulão, a companhia ofereceu um espaço de educação ambiental para os presentes. A novidade foi o tour virtual, com óculos de realidade aumentada para apresentar as unidades operacionais da companhia que realizam o tratamento de água e de esgoto. Para o morador de Águas Claras, Heitor Batista, 7 anos, o dia foi bastante educativo. “Participei do jogo da trilha, que é um jogo educativo. Aprendi muitas coisas, como a não gastar muita água e a não jogar o lixo no esgoto”, relata Heitor. A manhã contou com atividades lúdicas e educativas Também estavam lá o Expresso Ambiental, ônibus que mostra o ciclo completo do saneamento em uma maquete de 6 metros; e a mascote Cristal, que brincou com a criançada. Brinquedos infláveis e a distribuição de brindes educativos também fizeram parte deste grande dia comemorativo. As crianças do projeto Cascudinho, escolinha de futebol da Vila Basevi, também participaram da comemoração do Dia da Água. Eles receberam instruções de segurança do lago, aula prática de natação e remo. O estudante Vinicius Lira, de 14 anos, mora na Vila Basevi e participou da ação junto com o projeto Cascudinho. “Viemos aqui para aproveitar o dia e aprender a nadar e andar de remo. Mas não podemos esquecer que temos que cuidar da água e não desperdiçar. Tomar banhos rápidos e fechar a torneira ao escovar o dente são ações que todos podem fazer”, alerta Vinicius. Morador do Itapoã, Francisco de Carlos, de 49 anos, é piscineiro e está no lago todos os finais de semana. Ele oferece gratuitamente aulas de natação e remo para as crianças que comparecem à Prainha. “Nós temos que cuidar do lago. A grande maioria das pessoas não sabe preservar. Temos que manter o lago limpo, jogar o lixo no lugar certo para garantirmos a qualidade da água”, afirma Francisco. A hidratação da comunidade foi fornecida por uma unidade móvel de água potável da Caesb. Mais comemorações no DF A Caesb marcou presença em diversos eventos no Dia Mundial da Água. A companhia disponibilizou gratuitamente 3 mil litros de água potável para atender cerca de 10 mil pessoas. A maioria dos atendimentos foi realizado em escolas públicas do DF, caminhadas e passeios ciclísticos, fortalecendo a importância desse recurso natural na vida de cada pessoa. As cidades de São Sebastião, Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia, Lago Norte e Sobradinho foram contempladas com água de qualidade da Caesb. *Com informações da Caesb
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Março é mês de comemoração no Jardim Botânico de Brasília
Na esteira das comemorações de seu 40º aniversário, o Jardim Botânico de Brasília (JBB), durante todo este mês, instituiu entrada gratuita ao público. As festividades começaram no sábado (8), data oficial da fundação do espaço ecológico, com uma solenidade que reuniu autoridades, servidores e comunidade para celebrar, simultaneamente, o Dia Internacional da Mulher. Visitas guiadas fizeram parte da programação do fim de semana | Foto: Divulgação/JBB “Nós temos construído esse resultado que vocês podem ver aqui hoje. Mas ninguém faz nada sozinho: o que entregamos agora é a continuidade dessa história construída por muitas mãos” Allan Freire, diretor-presidente do JBB Pela manhã, os visitantes participaram de visitas guiadas a duas instalações do JBB: o herbário e o laboratório de reprodução in vitro, espaços fundamentais para a preservação da flora do Cerrado. Ao longo do dia, houve atrações musicais e atividades diversas. No encerramento, uma aula de pilates reuniu o público presente. Participaram representantes de diversos órgãos do GDF, além de outras autoridades. Educação ambiental No domingo (9), as comemorações continuaram com a Caminhada Sensorial, conduzida pela equipe de educação ambiental do JBB. A atividade proporcionou aos participantes uma experiência de interação com os sentidos, permitindo um novo olhar sobre os espaços do Jardim Botânico e despertando maior conexão com a natureza. “Nós temos construído esse resultado que vocês podem ver aqui hoje”, declarou o diretor-presidente do JBB, Allan Freire. “Estamos entregando novos playgrounds, novas áreas de piquenique, reabrindo espaços que antes estavam desativados. Mas ninguém faz nada sozinho: o que entregamos agora é a continuidade dessa história construída por muitas mãos.” *Com informações do JBB
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Parque da Cidade atrai 100 mil visitantes no feriado de Carnaval
Atividades ao ar livre e momentos de tranquilidade marcam o feriado de Carnaval no Parque da Cidade. O espaço recebeu cerca de 100 mil visitantes de sábado até esta terça-feira (4), consolidando-se como uma alternativa para quem buscava mais tempo para se exercitar e aproveitar a natureza, longe da agitação da folia. Muita gente escolheu o Parque da Cidade para se exercitar, ter mais contato com o meio ambiente e aproveitar o Carnaval fora do grande movimento | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A prática esportiva é essencial para a qualidade de vida e o bem-estar da população, e é muito positivo ver tantas pessoas aproveitando o feriado de Carnaval para manter o treino em dia” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer O professor Eurípedes Braga, 47, acordou cedo para se encontrar com o grupo de vôlei de praia. “Sempre jogamos no fim de semana e aproveitamos o feriado para nos encontrar também”, contou. “O Carnaval é muito bacana, é um tempo para descanso, e a gente descansa fazendo uma atividade física. Temos um local garantido aqui no centro da cidade que é gratuito”. O preparador físico Guga Gudes, 36, lembrou que o espaço incentiva a prática esportiva de forma regular, trazendo benefícios para a saúde: “O esporte em si faz muito bem para a mente. Ajuda na parte psicológica e na parte física”. Em sua avaliação, quem opta pelo esporte no Carnaval busca um lazer mais tranquilo: “Nem todo mundo quer curtir a folia. Muitos procuram essa válvula de escape [o esporte] para fugir da multidão”. Guga Guedes, preparador físico: “O esporte em si faz muito bem para a mente. Ajuda na parte psicológica e na parte física” A dica é aproveitar a folia com equilíbrio. “Enquanto a festa e a diversão fazem parte da cultura brasileira, os excessos podem trazer prejuízos à saúde”, advertiu o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “O esporte, por outro lado, fortalece o corpo e a mente. A prática esportiva é essencial para a qualidade de vida e o bem-estar da população, e é muito positivo ver tantas pessoas aproveitando o feriado de Carnaval para manter o treino em dia”. Opções de lazer Com aproximadamente 420 hectares, o Parque da Cidade é um dos cartões-postais de Brasília e uma das principais opções para quem quer se movimentar. Segundo o administrador do local, Todi Moreno, o público tem crescido nos últimos anos. “O Parque da Cidade, cada vez mais, tem sido um refúgio para os atletas, para os amadores do esporte, para as pessoas que querem reunir as famílias em piqueniques e eventos”, ressaltou. “Temos quadras de vôlei de areia, de basquete, de futsal e de tênis, além das ciclovias, academias ao ar livre, espaços para alongamento e pistas de corrida e de caminhada. O Parque da Cidade é de todos, ele é democrático.” Frequentador assíduo, o comerciante Jefferson Diego da Silva, 38, reforçou que o parque traz benefícios para as pessoas: “Eu frequento o Parque da Cidade desde que eu me entendo por gente, gosto demais do ambiente, das pessoas que frequentam.[É um lugar que] traz paz, harmonia e alegria para o coração. É importante estar aqui sempre”. O ciclista Cláudio Camargos, 47, por sua vez, foi mais um a escolher o local para retomar a prática esportiva: “Além de ter muitas opções de ciclovias para a gente pedalar, o fluxo de gente é bacana, vem muita gente legal, muita gente conhecida. Acho o lugar bem bacana”.
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Fêmea de cachorro-do-mato recuperada no DF é devolvida à natureza nesta sexta-feira (28)
Correndo de volta à natureza sem olhar para trás, uma fêmea de cachorro-do-mato foi devolvida ao seu habitat natural pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta sexta-feira (28). O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental em setembro de 2024 após ser vítima de atropelamento e encaminhado ao Zoológico de Brasília, onde recebeu atendimento especializado até sua completa recuperação. Durante a ação, dois saruês resgatados também foram soltos na reserva natural. Após atropelamento, a pequena fêmea de cachorro-do-mato foi tratada, passou por testes e rapidamente se recuperou, podendo voltar à natureza | Foto: Divulgação/Zoo de Brasília A soltura foi coordenada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF) do Ibama e contou com o apoio do Zoológico de Brasília e do Instituto Brasília Ambiental, responsáveis por definir o local adequado para a reintegração da espécie e garantir que a ação não comprometa o equilíbrio ecológico da região, além de promover o monitoramento dos animais para garantir a readaptação. O retorno à vida selvagem ocorre de forma planejada, respeitando critérios que asseguram que o animal esteja apto a caçar, se defender de predadores e marcar território. Nesse intuito, antes de ser liberado, o animal é encaminhado para um recinto no Cetas dentro do Cerrado chamado “aclimatação”, com o ambiente natural que enfrentará em liberdade. Avaliação Júlio César Montanha, chefe do Cetas-DF: “A gente a considerava um fantasma, porque ela não aparecia para ninguém. E ela aprendeu a caçar, o mais importante. Esse era o objetivo, e foi cumprido” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília De acordo com o chefe do Cetas-DF, Júlio César Montanha, a fêmea de cachorro-do-mato foi avaliada do ponto de vista de saúde e comportamento e já estava pronta para voltar ao habitat de origem, por já apresentar apenas hábitos noturnos, caçar e se camuflar na presença humana. “A presença do cachorro-do-mato em uma região torna o Cerrado mais saudável” Júlio César Montanha, chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres “A gente a considerava um fantasma, porque ela não aparecia para ninguém”, relata. “Só foi pega em câmeras de vigilância dentro do recinto à noite; durante o dia ninguém a via, ela se camuflava muito bem. Esse é um tópico importante, a fuga do ser humano. E ela aprendeu a caçar, o mais importante. Tanto que, quando soltamos, ela nem deu tchau nem olhou para trás, só foi embora. Esse era o objetivo, e foi cumprido.” Júlio explica que o isolamento de área e o pouco contato com o ser humano promovido pelo Zoológico durante a estadia do animal colaborou fortemente para manter viva a parte selvagem da espécie: “É um exemplar muito importante para a fauna no controle de alguns animais, e, como ele tem uma dieta ampliada e também consome frutas, pode ser considerado um dispersor de sementes. A presença do cachorro-do-mato em uma região torna o Cerrado mais saudável”. Cuidado e recuperação Foram cerca de cinco meses de tratamento durante a permanência no Hospital Veterinário do Zoo, onde a filhote de cachorro-do-mato passou por um rigoroso processo de reabilitação, incluindo acompanhamento veterinário constante, alimentação balanceada e um ambiente controlado para garantir que desenvolvesse as habilidades essenciais para a sobrevivência na natureza. “A fêmea foi tratada com carinho, mas o contato humano foi sempre minimizado” Tânia Borges, diretora do Hospital Veterinário Na avaliação inicial, foi constatado que a fêmea apresentava uma luxação no membro posterior esquerdo e uma escoriação. Ela recebeu analgésicos e anti-inflamatórios e, posteriormente, passou por exames de ultrassonografia e recebeu sessões de acupuntura e cromoterapia. Além disso, foi avaliada por um fisioterapeuta e conduzida para várias sessões de reabilitação. A diretora do Hospital Veterinário, Tânia Borges, detalha o processo: “A fêmea foi tratada com carinho, mas o contato humano foi sempre minimizado. Ela era pesada semanalmente e, para garantir seu bem-estar, foi transferida para um recinto maior, que proporciona mais privacidade e várias opções de esconderijos. Quando ela atingiu o peso adequado para um adulto, foi transferida para um recinto de transição no Cetas-DF”. Casos como esse são comuns no Zoológico de Brasília, que recebe animais resgatados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do DF e pelo Ibama. Muitos chegam feridos por atropelamentos, queimadas ou vítimas do tráfico de animais. O tempo de recuperação varia de acordo com a espécie, e filhotes exigem cuidados especiais para evitar que fiquem dependentes dos humanos. Para o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto, a soltura do cachorro-do-mato reforça a importância da conservação da fauna e do trabalho contínuo na reabilitação de animais silvestres, permitindo que eles retornem ao seu habitat e cumpram seu papel ecológico no meio ambiente. “É um exemplo do compromisso do Zoológico de Brasília com a conservação da fauna e do impacto positivo da colaboração entre instituições”, aponta. “Ver este filhote saudável e pronto para voltar à natureza é uma grande conquista para todos nós”. Saruês Dois saruês também foram devolvidos à natureza | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Durante a ação, as equipes do Ibama também devolveram dois saruês resgatados à natureza. Um deles chegou ao Cetas-DF por meio de uma apreensão da Defesa Civil na quinta-feira (27), saudável e com hábitos selvagens. Já o segundo foi para o Hospital da Fauna Silvestre do DF (Hfaus), onde passou por um período de recuperação até estar apto para a soltura. Caçar, perseguir ou manter animais silvestres sem autorização é crime ambiental, sujeito a penas que podem ultrapassar três anos de detenção, além de multas. *
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Inscrições para o Parque Educador estão abertas até o dia 25
O programa Parque Educador está com inscrições abertas para o primeiro semestre deste ano, até o dia 25 deste mês. Serão oferecidas 72 vagas para instituições de ensino da rede pública do DF. O programa é desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental, por meio da Unidade de Educação Ambiental (Educ), em parceria com as secretarias de Meio Ambiente (Sema-DF) e de Educação (SEEDF). O Parque Educador tem como foco principal o receptivo de estudantes de escolas públicas do DF para a realização de atividades de educação integral, ambiental e patrimonial nas unidades de conservação geridas pelo Brasília Ambiental. Professores capacitados conduzem aulas ao longo do semestre, promovendo sensibilização ambiental com atividades como trilhas guiadas, oficinas, práticas integrativas de saúde, palestras e vivências na natureza. Serão oferecidas 72 vagas para instituições de ensino da rede pública participarem do projeto Parque Educador | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Segundo o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, o foco do programa é a formação integral dos estudantes, ampliando os conteúdos estudados em sala de aula de forma interdisciplinar. “O programa Parque Educador é uma iniciativa que reflete diretamente a missão do Brasília Ambiental: garantir a proteção do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais. Ao receber estudantes das escolas públicas em nossas unidades de conservação, proporcionamos não apenas conhecimento, mas também experiências que despertam o senso de responsabilidade ambiental desde cedo”, declara Rôney. As ações são desenvolvidas por professores capacitados e disponibilizados pela SEEDF. As atividades serão realizadas nos parques ecológicos de Águas Claras, Riacho Fundo II, Três Meninas (Samambaia), Saburo Onoyama (Taguatinga), Sucupira (Planaltina), Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), também em Planaltina, e Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul). “O GDF apoia esse programa porque acredita que a educação ambiental é essencial para garantir um futuro mais sustentável. Com o trabalho dedicado dos professores e o suporte dos órgãos envolvidos, estamos oferecendo aos alunos a oportunidade de aprender na prática sobre a importância da preservação. O nosso governo continuará investindo em projetos como este, que unem educação, meio ambiente e qualidade de vida para as futuras gerações”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão. As inscrições podem ser feitas neste link. *Com informações do Brasília Ambiental
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Escola do Gama aposta em sistema sustentável que une criação de peixe e cultivo de plantas
Em busca de soluções inovadoras e sustentáveis, o Centro de Ensino Médio 02 do Gama implantou um projeto de aquaponia, técnica que combina aquicultura (criação de peixes) e hidroponia (cultivo de plantas sem solo). A iniciativa une aprendizado prático e conscientização ambiental, ao mesmo tempo em que beneficia a comunidade escolar com alimentos frescos. Os estudantes envolvidos aprenderam sobre sustentabilidade desenvolvendo um sistema que utiliza resíduos dos peixes como fertilizante natural para as plantas. Além de evitar o uso de produtos químicos, o projeto economiza água e promove a preservação ambiental, mostrando ser uma alternativa acessível para pequenas propriedades rurais e urbanas. O sistema de aquaponia utiliza recirculação, economizando 98% de água em comparação com a agricultura convencional | Fotos: Mary Leal/SEEDF A técnica emprega materiais reciclados, como caixas d’água e eletrobombas adaptadas, para criar um sistema de recirculação em circuito fechado. “O projeto integra a hidroponia com a aquicultura, utilizando os resíduos dos peixes como nutrientes para as hortaliças. As plantas, por sua vez, purificam a água, que retorna ao tanque dos peixes”, explica Lorrany Bonfim, de 17 anos, uma das estudantes à frente da iniciativa. Segundo ela, o sistema economiza 98% de água em relação à agricultura convencional, com perdas ocorrendo apenas por evaporação e descarte. Resultados promissores Os primeiros resultados mostram que o projeto oferece uma solução viável para a produção sustentável de alimentos, especialmente em regiões que enfrentam escassez de água Os primeiros resultados mostram que o projeto oferece uma solução viável para a produção sustentável de alimentos, especialmente em regiões que enfrentam escassez de água. Além disso, contribui para a segurança alimentar e a economia de recursos. De acordo com o diretor do CEM 02, Cleriston Lima, a iniciativa também promove a sustentabilidade energética. “Contamos com uma placa fotovoltaica que reduz custos e apoia a sustentabilidade hídrica. Além disso, o projeto inclui um berçário onde as sementes são germinadas antes de serem transferidas para uma plataforma maior para crescimento e colheita”, destaca. *Com informações da Secretaria de Educação
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Brasília Ambiental destaca investimentos na brigada florestal em 2024
O ano de 2024 foi cheio de desafios e conquistas para o Instituto Brasília Ambiental. “A dedicação dos servidores foi fundamental para que o instituto cumprisse sua missão de preservar o Cerrado e proteger o meio ambiente do Distrito Federal, promovendo avanços em diversas áreas”, avalia o presidente do órgão, Roney Nemer. Inaugurado neste ano, o Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre já atendeu quase 1.800 animais | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental “A dedicação dos servidores foi fundamental para que o instituto cumprisse sua missão de preservar o Cerrado e proteger o meio ambiente do Distrito Federal, promovendo avanços em diversas áreas” Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental Um dos marcos de 2024 foi a aprovação da Gratificação de Execução de Políticas Ambientais (Gepa), que reconheceu o empenho dos servidores do instituto. A Superintendência de Administração Geral (Suag) conseguiu, num esforço conjunto, contratar colaboradores terceirizados para apoio nos serviços administrativos e nos parques. Ainda nessa área, houve a mobilização histórica para a contratação antecipada da brigada florestal, que garantiu maior eficácia nas ações de combate a incêndios florestais. Combate a incêndios Reforço na contratação de brigadistas foi uma das ações de grande relevo empreendidas neste ano A Superintendência de Fiscalização e Monitoramento Ambiental (Sufam) realizou diversas ações, como a operação Sine Ignis, que identificou um sistema de ignição ilegal no Parque Nacional de Brasília e combateu focos iniciais de incêndio no Parque Ecológico Saburo Onoyama (Taguatinga), e vestígios de preparo para incêndio no Ezechias Heringer (Guará). O 3º Seminário sobre Fiscalização também foi um marco importante. A Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Águas (Sucon) inaugurou o Hospital e Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre do DF (Hfaus), que já tratou, até o momento, 1.753 animais. A equipe também promoveu oficinas para elaborar os planos de manejo dos parques Distrital do Recanto das Emas e Ecológico Riacho Fundo. Os parques Olhos d’Água e Areal ganharam sustentabilidade hídrica com poços artesianos. A área foi também responsável ainda por enviar o projeto de lei para a extensão do contrato dos brigadistas. Preservação ambiental A Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam) concedeu licenças em diversas regiões do DF, como Acampamento Patrícia Aparecida (Sol Nascente), Condomínio Ouro Vermelho (São Sebastião) e Área de Desenvolvimento Econômico de Sobradinho. Foi lançada a Licença por Adesão e Compromisso (LAC) para empreendimentos com consequências mínimas sobre o meio ambiente e cujas medidas preventivas e mitigadoras possam ser padronizadas. Este foi um ano de seca severa no DF. A autarquia trabalhou muito para mitigar os danos dessa situação. Ofereceu apoio com brigadistas e liderou a Comissão de Qualidade do Ar, que, entre outras medidas, possibilitou a aquisição de mais duas estações de monitoramento da qualidade do ar. A colaboração com unidades de conservação (UCs) federais, como a Floresta Nacional e o Parque Nacional, foi essencial para o combate às queimadas que devastaram grandes áreas do DF. O trabalho desempenhado neste ano mostrou que é possível conciliar desenvolvimento com preservação ambiental, sem abrir mão da sustentabilidade. Com o apoio de seus servidores e da comunidade, o instituto atua em prol de um futuro mais verde e equilibrado para as próximas gerações. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Programa Reflorestar distribuiu mais de 46 mil mudas em 2024
O Programa Reflorestar, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) em parceria com a Emater-DF, apresentou números expressivos em 2024: foram 46.725 mudas de plantas nativas do Cerrado doadas a 185 produtores rurais. Desde 2009, o Reflorestar já doou mais de 689 mil mudas, restaurando cerca de 620 hectares. Para o futuro, o programa planeja incluir espécies como baru e pequi, valorizando a biodiversidade e gerando oportunidades socioeconômicas para os produtores. O programa Reflorestar, destaca a Emater-DF, é essencial para os produtores familiares que precisam recuperar áreas degradadas, como áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília As mudas doadas são cultivadas na Granja Modelo do Ipê, em substrato sustentável, com origem a partir de sementes coletadas em campanhas realizadas no DF e em municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), como Nova Roma (GO) e Januária (MG). Após a doação, os mutirões de plantio – organizados em parceria com os beneficiários – garantem que as mudas sejam plantadas e mantidas por pelo menos 24 meses. “A recuperação dessas áreas é um processo caro. Por isso, o apoio do governo por meio da Seagri e da Emater-DF, com a doação de mudas nativas do Cerrado e a orientação técnica, é fundamental” Marcos Lara, gerente de Meio Ambiente da Emater-DF Peça-chave na operação do programa, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) auxilia na elaboração de projetos, mobilização de produtores e visitas técnicas. Os pequenos agricultores familiares têm prioridade, especialmente aqueles que cuidam de nascentes e corpos hídricos de interesse comunitário. O gerente de Meio Ambiente da Emater-DF, Marcos Lara, destacou que o programa Reflorestar é essencial para os produtores familiares que precisam recuperar áreas degradadas, como áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais, conforme exige a legislação ambiental – em especial a lei nº 4.734/2011, que estabelece diretrizes para a criação do programa de reabilitação da área rural. “A recuperação dessas áreas é um processo caro, com custos que podem variar entre R$ 20 mil e R$ 28 mil por hectare, já que cada muda nativa custa entre R$ 12 e R$ 15, sendo necessárias, no mínimo, mil mudas por hectare. Por isso, o apoio do governo por meio da Seagri e da Emater-DF, com a doação de mudas nativas do Cerrado e a orientação técnica, é fundamental. Ajuda o produtor a evitar multas e processos judiciais, além de contribuir para a preservação ambiental e o equilíbrio ecológico”, observou. Retorno à sociedade “Temos uma responsabilidade gigantesca com a região por causa do Lago do Descoberto, então falo que hoje sou produtor de água”, diz o produtor rural Gilver Ferreira Entre os beneficiados pelo programa Reflorestar está o produtor rural de Brazlândia Gilver Ferreira, 51, que recebeu cerca de 500 mudas de 13 espécies diferentes entre janeiro e novembro deste ano. A propriedade de 16 hectares administrada por ele, no Incra 6, está há 50 anos na família e por muito tempo foi uma grande área apenas de pasto. Hoje, com uma mudança visível proporcionada pelo reflorestamento, o principal objetivo do local é o fornecimento de água. “Eu recupero as áreas degradadas e antigas passagens utilizando as mudas, com o apoio da Granja Ipê. Busco parcerias porque é necessário manter limpo e controlar as plantas invasoras, fração por fração, visto que a gente não consegue abraçar tudo. E temos uma responsabilidade gigantesca com a região por causa do Lago do Descoberto, então falo que hoje sou produtor de água”, afirmou. “A gente não está levando só uma muda, mas salvando um rio, uma nascente e fazendo as pessoas acreditarem em um mundo melhor” Antônio Barreto, subsecretário de políticas econômicas agropecuárias da Seagri-DF Segundo Gilver, o apoio do governo entra na seleção das espécies para determinada área, que podem ser úmidas, cerrado alto, margens de lagos. Com a diversidade, é fundamental que a escolha da espécie seja apropriada para cada característica de terreno. Para o produtor, o principal ganho para a sociedade é em função da água. “O retorno vai ser na torneira do pessoal lá na cidade. Uma propriedade como essa, por exemplo, eu poderia transformar em condomínio. Então a gente tenta mostrar como esse trabalho é capaz de preservar um foco de educação ambiental e fornecer recursos para várias gerações. A grande proposta é se tornar uma propriedade modelo”. Mais que uma semente O Reflorestar também tem como parceiros institucionais o Brasília Ambiental, a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa Cerrados, que auxiliam na coleta de sementes, desenvolvimento de tecnologias e capacitação técnica para recuperação de áreas degradadas. O subsecretário de políticas econômicas agropecuárias da Seagri-DF, Antônio Barreto, destacou que o DF está localizado em uma região alta do Brasil, chamada formadora de bacias, onde quatro delas nascem no quadradinho. Ele afirma que isso traz a necessidade de que o produtor rural e os municípios produzam com sustentabilidade e cresçam com consciência ecológica. O gestor também frisou que o programa beneficia tanto o meio ambiente quanto o produtor, proporcionando uma formação de riqueza, sustentabilidade ambiental e manutenção do conceito que o agricultor tem sobre o trabalho – além de levar qualidade de vida para que o produtor permaneça no campo e consiga uma renda que o faça viver dignamente com a família. “Fortalecemos, neste GDF, produzir as mudas do Cerrado que têm valor econômico para gerar renda e também promover essa conexão com a natureza e o Brasil com os mutirões de reflorestamento. A gente não está levando só uma muda, mas salvando um rio, uma nascente e fazendo as pessoas acreditarem em um mundo melhor. É um mundo de coisas em um saquinho de sementes”, acentuou.
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Jacaré-do-pantanal e tartarugas do Zoológico ganham recinto reformado
O Zoológico de Brasília concluiu a reforma do recinto que abriga o jacaré-do-pantanal chamado Jessé e suas companheiras de espaço, as tartarugas-mordedoras. O ambiente foi completamente reconstruído, passando a contar com um tanque de água maior e áreas que imitam o habitat natural dos animais, proporcionando mais conforto e bem-estar. Reformado, novo espaço garante melhoria de qualidade de vida aos habitantes locais | Foto: Divulgação/Zoológico de Brasília Morador do zoo há 25 anos, Jessé chegou ao local após ser resgatado de uma situação de vulnerabilidade. Desde então, tornou-se um dos símbolos do cuidado e conservação da fauna no espaço. A reforma do recinto faz parte de um esforço contínuo da atual gestão para melhorar as condições de vida dos animais e tornar a experiência dos visitantes ainda mais enriquecedora. Jessé, o jacaré-do-pantanal, mora no zoo há 25 anos | Foto: Divulgação/Zoológico de Brasília “Estamos comprometidos em oferecer o melhor cuidado possível aos nossos animais e em criar ambientes que reflitam seus habitats naturais”, afirma o diretor-presidente do zoo, Wallison Couto. “A reforma do recinto do Jessé é mais um passo nesse sentido, e temos muitos outros projetos em andamento.” Em 2025, o Zoológico de Brasília pretende reformar a Galeria África, que abriga a girafa, elefantes, hipopótamos, adax e zebras. Além disso, já está em andamento um projeto para a readaptação dos aviários, com o objetivo de criar espaços mais funcionais tanto para as aves quanto para os visitantes. A reforma do recinto de Jessé representa uma melhoria no bem-estar do jacaré e das tartarugas, reforçando o compromisso do Zoológico de Brasília com a conservação e a educação ambiental. *Com informações do Zoológico de Brasília
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Dia de Plantar promove mobilização em prol do Cerrado com ações simultâneas em parques do DF
No próximo domingo (1º/12), às 8h30, o Distrito Federal celebra o Dia de Plantar, data instituída pelo Decreto nº 44.606, de junho de 2023, que designou o primeiro domingo de dezembro como um marco para o plantio de mudas nativas do Cerrado aqui no Distrito Federal. O evento reforça a importância da conservação ambiental e promove a regeneração deste bioma único e essencial que é o Cerrado. O evento principal será realizado no Parque Ecológico do Riacho Fundo, mas as ações de plantio de mudas nativas ocorrerão simultaneamente em outros parques urbanos e ecológicos do Distrito Federal, como Parque Ecológico Ezechias Heringer, Parque Urbano Bosque dos Eucaliptos e Parque Ecológico Asa Sul, entre outros. As ações de plantio de mudas nativas ocorrerão simultaneamente em outros parques urbanos e ecológicos do Distrito Federal | Foto: Divulgação/Fernanda Fidelis “O Dia de Plantar é uma celebração ao Cerrado e à conscientização ambiental. Essa iniciativa simboliza nosso compromisso com a regeneração do bioma e com a mobilização da sociedade para ações concretas em prol do meio ambiente. Além disso, é essencial fomentar o cultivo e a plantação de espécies nativas do Cerrado em áreas urbanizadas do Distrito Federal, contribuindo para a conservação desse bioma tão único”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. Como participar? Os interessados devem se cadastrar antecipadamente para participar. As atividades incluem plantio de mudas nativas, cuidado e manutenção das áreas plantadas e monitoramento de ações de recuperação ambiental. Após o cadastro, os voluntários receberão orientações, incluindo informações sobre as atividades, locais e horários. Além disso, os participantes podem solicitar um certificado de participação por meio do Movimento Tempo de Plantar. “A plantação de árvores não apenas favorece o ecossistema, mas também melhora a qualidade da atmosfera urbana, regulando o clima, reduzindo a poluição do ar e proporcionando mais sombra e conforto térmico para a população”, completa o secretário. *Com informações da Sema-DF
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Seminário em Brasília discute soluções no campo para enfrentar as mudanças climáticas
O campo pode ser a resposta para muitos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Esse foi o foco do I Seminário Emater-DF no Clima, realizado nesta sexta-feira (22), na Escola de Governo do Distrito Federal (Egov-DF). Reunindo aproximadamente 70 participantes entre técnicos, estudantes, produtores rurais e representantes de entidades, o evento promoveu discussões sobre práticas agrícolas sustentáveis, conservação de recursos hídricos e inserção dos produtores no mercado de créditos de carbono. Idealizado pelas engenheiras ambientais da Emater-DF, Iclea Silva e Anne Borges, o seminário fez parte das atividades do programa Emater-DF no Clima. “Queremos mostrar que é possível aliar o desenvolvimento rural ao enfrentamento das mudanças climáticas. Os produtores são parte essencial dessa agenda, como agentes de proteção do clima”, destacou Iclea. Entre os temas abordados no Seminário Emater-DF no Clima estavam crédito de carbono, combate a incêndios florestais e recuperação ambiental | Foto: Divulgação/Emater-DF O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, ressaltou a importância da adaptação às novas regulamentações, como a legislação de crédito de carbono, aprovada recentemente no Congresso Nacional. “Estamos apenas começando a explorar as possibilidades desse mercado e nossos produtores precisarão de orientação para se posicionar adequadamente. É um trabalho coletivo que envolve diversos órgãos, como o Brasília Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF) e a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), além da Emater”, afirmou. Cleison destacou, ainda, o potencial do Distrito Federal em liderar práticas de conservação e recuperação ambiental. “Com projetos como o Produtor de Águas e o recente acordo com o Instituto Espinhaço, que prevê a recuperação de 10 mil hectares de áreas degradadas, estamos avançando em ações concretas para fortalecer a sustentabilidade rural”, acrescentou. “A solução está no campo, e a Emater-DF está pronta para ajudar a construir esse futuro” Cleison Duval, presidente da Emater-DF O seminário reforçou a mensagem de que o campo tem um papel estratégico no enfrentamento das mudanças climáticas, apontando caminhos para a adoção de práticas sustentáveis, maior integração entre órgãos públicos e a iniciativa privada e oportunidades de geração de renda por meio do mercado de carbono. “A solução está no campo, e a Emater-DF está pronta para ajudar a construir esse futuro”, concluiu Cleison Duval. A relevância do tema foi reforçada pela participação de especialistas e autoridades. Carolina Schubart, da Sema, destacou os desafios enfrentados em 2023, ano com 167 dias de estiagem no DF, recorde histórico que exigiu ações integradas de prevenção e combate a incêndios florestais. “Trabalhamos de forma coordenada para reduzir os impactos, mas precisamos ampliar a aproximação com as comunidades rurais”, apontou. Antônio Queiroz Barreto, da Seagri, enfatizou que o produtor rural já desempenha um papel essencial na conservação ambiental: “O solo e a água são os maiores patrimônios do produtor. Se conseguirmos articular políticas públicas que recompensem essas práticas sustentáveis, como o uso de matéria orgânica e a recuperação de nascentes, poderemos gerar mais renda e proteger ainda mais nossos recursos naturais”. Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental alertou para efeitos climáticos vindos de outras unidades da Federação O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, também elogiou a iniciativa e alertou para os efeitos crescentes das mudanças climáticas, como as nuvens de fumaça vindas de estados vizinhos. “Este é o momento de nos mobilizarmos e incluirmos todos os setores na pauta ambiental. O futuro depende do que começarmos a fazer hoje”, destacou. *Com informações da Emater-DF
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Ao vivo: Acompanhe balanço de ações do GDF para o meio ambiente
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Ações e desafios do plantio de mudas nativas são tema de seminário
A preservação e restauração do Cerrado foi tema do II Seminário Dia de Plantar, realizado na manhã de segunda-feira (18), no Auditório do Sesi. O evento destacou a importância do plantio de mudas nativas do Cerrado. Organizado em parceria com diversas entidades, incluindo Novacap, Brasília Ambiental, Secretaria de Governo (Segov-DF), Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) e o programa Tempo de Plantar, o seminário disponibilizou um espaço de conscientização e mobilização para a recuperação ambiental e o engajamento comunitário. “Proteger o Cerrado é um compromisso que transcende as gerações. O plantio de mudas nativas não é apenas uma ação de reflorestamento, mas um símbolo de resistência e esperança para o bioma mais ameaçado do Brasil”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. Gutemberg Gomes: “Proteger o Cerrado é um compromisso que transcende as gerações. O plantio de mudas nativas não é apenas uma ação de reflorestamento, mas um símbolo de resistência e esperança para o bioma mais ameaçado do Brasil” | Foto: Divulgação/Sema-DF O Cerrado, reconhecido como o segundo maior bioma brasileiro e considerado um dos locais com maior biodiversidade no país, sofre constantemente com os impactos das queimadas, desmatamento e da expansão urbana. A preservação desse bioma não é apenas uma responsabilidade ambiental, mas um compromisso com a sustentabilidade, a proteção das águas e a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais. “Vivemos no dia a dia várias situações com demandas de plantios, entretanto muitas vezes a iniciativa pode muito mais atrapalhar do que ajudar. Encontros como esse nos permitem decidir onde e como plantar. Já recebemos demanda de plantio de três mil mudas de Ipê dentro de uma mesma unidade de conservação e, às vezes, não comporta no plano de manejo”, comenta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. O seminário contou com uma programação diversificada, com palestras e painéis sobre diversos temas como, por exemplo, a importância das espécies nativas do Cerrado para a conservação ambiental; ações de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas; desafios para a produção e o plantio de mudas nativas; engajamento comunitário e ações de plantio coletivo. O encerramento do plantio será dia 1º de dezembro, no Parque Ecológico do Riacho Fundo, porém vários plantios em outras unidades serão promovidos paralelamente ao encerramento, como forma de ajudar o bioma na recuperação e manutenção dos espaços. *Com informações da Sema-DF
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