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Saúde lança cartilha e vídeos para acolhimento de migrantes, refugiados e apátridas

A Secretaria de Saúde (SES-DF) lançou vídeos e cartilhas em diferentes línguas para acolher migrantes, refugiados e apátridas nos serviços públicos de saúde. O objetivo é apresentar, direcionar e orientar essas pessoas acerca de seus direitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O guia traz orientações de como tirar o Cartão Nacional de Saúde (CNS), onde se vacinar e fazer prevenções ou atividades que promovam o bem-estar. A versão em português pode ser lida neste link.  Já os vídeos estão disponíveis em três idiomas: português, francês e língua crioula (haitiano). Clique abaixo para consultá-los: Versão em francês; Versão em língua crioula; Versão em língua portuguesa. Direito resguardado O objetivo é apresentar, direcionar e orientar migrantes, refugiados e apátridas acerca de seus direitos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A Lei de Migração garante, em condição de igualdade a brasileiros, o direito de acesso à assistência pública, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória.[LEIA_TAMBEM] Segundo a norma, o atendimento deve ser prestado mesmo sem os documentos de identificação. No entanto, para esse fim, estrangeiros podem utilizar passaporte, Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) e documento oficial de identificação emitido pelo país de origem. Dados do Sistema de Registro Nacional Migratório (Sismigra) apontam que, até 2023, havia quase 1,7 milhão de migrantes registrados no país. Desse quantitativo, cerca de 25 mil estão no Distrito Federal, sendo de 149 nacionalidades distintas.    *Com informações da Secretaria de Saúde

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Qualificação fortalece atuação de 50 migrantes empreendedores no setor de alimentos

Em uma jornada marcada por recomeços, sonhos e muita resiliência, cerca de 50 migrantes deram um passo importante rumo à autonomia e à qualificação profissional no Distrito Federal. Neste fim de semana (28 e 29), eles participaram de uma capacitação sobre boas práticas na manipulação de alimentos, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), em parceria com a Brasal Refrigerantes e o Instituto Navegantes. A congolesa Palagem Wanitho, que comercializa pratos típicos africanos, participou da capacitação: “O curso me ofereceu novas perspectivas. Agora sei como manipular corretamente os alimentos e garantir a saúde de quem consome meus pratos” | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF  Ministrado na unidade da Brasal em Taguatinga, o curso orientou empreendedores que atuam em feiras livres do DF sobre as exigências da Portaria nº 88/2024, que estabelece normas sanitárias para a venda de alimentos em espaços públicos. Para muitos participantes, a formação foi uma oportunidade de aprimorar conhecimentos e obter um certificado que valoriza seu trabalho. É o caso de Pelagem Angey Wanitho, da República do Congo, que vive no Brasil há dois anos e comercializa comida típica africana nas feiras: “O curso me ofereceu novas perspectivas. Não sabia que algumas práticas estavam erradas. Agora sei como manipular corretamente os alimentos e garantir a saúde de quem consome meus pratos”. Hanuman León, venezuelano, trabalha com lanches e quis se aperfeiçoar: “Isso é essencial para oferecer alimentos com segurança e qualidade. A capacitação fortaleceu a confiança no meu trabalho” Hanuman Martínez León, da Venezuela, falou sobre o impacto da capacitação em seu negócio de lanches: “Aprendi muito sobre o manuseio das proteínas e o descongelamento adequado. Isso é essencial para oferecer alimentos com segurança e qualidade. A capacitação fortaleceu a confiança no meu trabalho”. Parceria que transforma A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou a importância da ação como exemplo de política pública construída com apoio da sociedade civil e da iniciativa privada: “Para muitos dos migrantes, a feira não é apenas um local de trabalho, mas a principal fonte de renda e uma chance real de reconstruir a vida com dignidade. Com essa formação, eles passam a atuar com mais segurança e em conformidade com as normas sanitárias brasileiras”. Rochelle Nobre, representante da Brasal Refrigerantes, também reforçou o impacto positivo da iniciativa: “Acreditamos que parcerias como essa são fundamentais para transformar realidades. Ao contribuir com a qualificação desses empreendedores migrantes, reafirmamos nosso compromisso com a inclusão, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da cidadania por meio do trabalho digno”. [LEIA_MAIS]Fundadora do Instituto Navegantes, a psicóloga Bárbara Andrade falou sobre a relevância da capacitação no processo de acolhimento: “A saúde mental envolve garantir direitos e promover acesso. Esta capacitação empoderou os participantes, mostrando que eles podem atuar com mais segurança e qualidade no mercado”. Acolhimento e inclusão Por meio da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav) e da Gerência de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Imigrante (Getpam), a Sejus-DF tem atuado de forma contínua no acolhimento de migrantes e refugiados. No primeiro semestre de 2025, por exemplo, o projeto Vivências Delas atendeu 88 mulheres migrantes, com foco no fortalecimento de suas trajetórias de vida. Além disso, a Getpam acompanha denúncias, presta acolhimento e encaminha migrantes para serviços públicos especializados. Outro destaque é o projeto Cidadania nas Escolas, que leva palestras sobre xenofobia a escolas públicas do DF, incentivando o respeito à diversidade e a convivência harmônica entre culturas. *Com informações da Sejus-DF  

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DF recebe selo internacional de excelência por ações voltadas aos migrantes, refugiados e apátridas

O Distrito Federal é uma referência internacional em ações pela integração social de pessoas migrantes. O reconhecimento destas iniciativas, coordenadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), será feito nesta quinta-feira (16), em reunião online, quando será entregue o selo MigraCidades, de iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU). O processo de certificação reconhece o engajamento de governos locais na melhoria da governança migratória no Brasil e destaca os bons exemplos de acolhimento a migrantes e refugiados. O selo MigraCidades é concedido a unidades da Federação que contribuíram para a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada e planejada, ao encontro da Meta 10.7 das Nações Unidas. Ao longo do ano de 2024, a Sejus intensificou as demandas, com destaque para a instituição do Comitê Distrital para Apoio a Migrantes, Refugiados e Apátridas, que irá identificar as necessidades desta população para assegurar medidas de integração; e a capacitação dos servidores do GDF que fazem atendimento nos serviços oferecidos sobre a Lei de Migrações (Lei Nº 13.445, de 24 de maio de 2017). O selo MigraCidades é concedido a unidades da Federação que contribuíram para a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada e planejada | Foto: Divulgação/Sejus-DF Vivência Delas capacita migrantes A secretaria realizou ainda o projeto Vivência Delas, com o objetivo de integrar mulheres migrantes, refugiadas e apátridas no contexto social brasileiro. Por meio de oficinas de capacitação e rodas de conversas, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), OIM e Caixa Econômica Federal, mais de 60 mulheres de outras nações, como Venezuela e Afeganistão, foram incentivadas ao empreendedorismo e algumas delas foram encaminhadas ao mercado de trabalho. A iniciativa também culminou com a Feira do Migrante, com desfile, exposição e venda de produtos confeccionados por elas, que mobilizou mais de 200 pessoas. Por fim, foi ampliado o número de palestras de conscientização, com registro, por exemplo, de 16 palestras na rede pública de ensino sobre tráfico de pessoas e combate à xenofobia, que alcançou mais de 2,3 mil pessoas. A venezuelana Katiusca Alcar elogia o Vivência Delas: “Eu aprendi noções de empreendedorismo, de artesanato e várias outras chances de trabalho. Me sinto muito acolhida e com muita expectativa de reconstruir minha vida aqui” Há três anos, a venezuelana Katiusca Alcar saiu do seu país pelas dificuldades sociais e políticas e apostou toda a sua esperança na situação econômica do DF. Ela comenta como o Vivência Delas mudou a vida dela: “Eu considero uma oportunidade única. Eu aprendi noções de empreendedorismo, de artesanato e várias outras chances de trabalho. Me sinto muito acolhida e com muita expectativa de reconstruir minha vida aqui”. “Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo, de intensificar nossas ações para melhorar a situação destas pessoas que têm tanto a contribuir, e, ao mesmo tempo, passam por tantas vulnerabilidades. Este selo é uma honra que reforça nosso compromisso com a dignidade, inclusão e acolhimento de migrantes e refugiados”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O evento de entrega do selo MigraCidades ocorrerá no dia 16 de janeiro, às 14h (horário de Brasília) e será aberto ao público via Plataforma Zoom. *Com informações da Sejus-DF

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Decreto institui mudanças no Comitê Distrital para apoio a migrantes, refugiados e apátridas

O Comitê Distrital para apoio a migrantes, refugiados e apátridas teve a regulamentação atualizada com o Decreto n° 46.297, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (24). As alterações beneficiam ações em prol dessa população e promovem a reflexão sobre o apoio aos refugiados e pessoas deslocadas. Migrantes aprendem português na rede pública de ensino do Distrito Federal | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A mudança mais expressiva diz respeito ao quantitativo de membros, que será composto de forma paritária pelo poder público e sociedade civil, sendo 16 membros titulares e 16 membros suplentes, para mandato de dois anos. Os integrantes devem ser representantes das seguintes áreas, organismos e instituições: → um titular e um suplente da área de Justiça e Cidadania → um titular e um suplente da área de Desenvolvimento Social → um titular e um suplente da área de Educação → um titular e um suplente da área de Saúde → um titular e um suplente da área de Segurança Pública → um titular e um suplente da área de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda → um titular e um suplente da área de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural → um titular e um suplente da área de Direitos Humanos e Igualdade Racial → um titular e um suplente de quatro diferentes organizações, entidades ou movimentos da sociedade civil voltados às atividades de assistência, proteção e integração de refugiados, migrantes e apátridas → um titular e um suplente de duas diferentes comunidades, organizações ou movimentos de refugiados, migrantes e apátridas, inclusive, indígenas → um titular e um suplente de duas diferentes instituições de ensino superior pública, privada ou comunitária, voltadas à pesquisa ou que desenvolvam atividades de assistência, proteção e integração de refugiados, migrantes e apátridas O novo texto prevê ainda que os membros do comitê sejam indicados pelos representantes dos órgãos, das entidades, instituições ou movimentos. A regulamentação também incluiu órgãos que poderão participar do comitê na condição de convidados com direito a voz, seja a partir de convite dos seus respectivos membros ou por manifestação de interesse. São alguns deles: a Organização Mundial da Saúde, por sua representação no Brasil;  a Organização Internacional para as Migrações; o Comitê Nacional para os Refugiados; a Comissão de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal, nacional ou distrital; e a Defensoria Pública do Distrito Federal, entre outros. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania

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Encontro discute políticas de inclusão de migrantes e indígenas

Gestores das secretarias de Educação (SEEDF), de Justiça e Cidadania (Sejus), de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Renda (Sedet), de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Relações Internacionais (Serinter) se reuniram com representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) para discutir políticas de inclusão e acolhimento de migrantes e indígenas. No encontro, realizado terça-feira (23), foram apresentados projetos já realizados pelo GDF para atender a demanda. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, enfatizou a importância da participação das secretarias em projetos voltados para o acolhimento e integração dos migrantes na sociedade brasiliense. “É importante unir forças e trabalhar em parceria para garantir a construção de políticas públicas cada vez melhores para migrantes e refugiados. A SEEDF trabalha com diferentes projetos para promover a inclusão de todos e acredita na educação como ferramenta para a evolução da sociedade”, afirma. A comunidade indígena de migrantes venezuelanos Warao Coromoto é acolhida em projeto da Secretaria de Educação | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani, destaca o fortalecimento obtido com o trabalho em parceria com as organizações internacionais e a sociedade civil: “Ao investir na inclusão e na proteção desses indivíduos, não apenas cumprimos nossas obrigações morais, mas também fortalecemos nossas comunidades e promovemos um mundo mais justo e humano para todos”. Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social, explica que “nós auxiliamos esses migrantes que chegam ao Brasil e estão em vulnerabilidade. Utilizamos, por exemplo, o Cadastro Único como referência para viabilizar o acesso às nossas políticas sociais. E o acesso é o mesmo para todos, seja ele um brasileiro, seja um apátrida, um indígena, um migrante”. A gestora completa: “A equipe socioassistencial oferece suporte para diferentes casos de extrema pobreza e risco social, que vão desde violações de direitos em virtude de xenofobia; isolamento social; barreiras linguísticas; vítimas de tráfico internacional de pessoas ou trabalho análogo à escravidão. Desde 2022, atendemos mais de 700 pessoas de diferentes nacionalidades”. Secretário-executivo de Relações Internacionais, Paulo Cesar Chaves lembra que “o migrante muitas vezes sofre uma violência, pois ele é forçado a deixar tudo para trás fugindo de uma situação política, de guerra, ou econômica em seu país. É por isso que o acolhimento ofertado pelo Distrito Federal é fundamental para que eles sintam menos os efeitos dessa mudança de vida.” Encontro reuniu representantes do GDF e de organizações para discutir projetos inclusivos de várias pastas do governo | Foto: Jotta Casttro/SEEDF Projetos Uma das iniciativas da Secretaria de Educação voltadas à inclusão é o projeto Bem-vindo, que implementa o português como língua de acolhimento. O programa está em andamento na Coordenação Regional de Ensino do Guará. A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Vera Barros, enfatiza a importância de transformar esses projetos em políticas públicas, visando a expansão para todas as regiões do Distrito Federal. Ela cita, ainda, o projeto de acolhimento à comunidade indígena de migrantes venezuelanos, Warao Coromoto, na Escola Classe (EC) Morro da Cruz, em São Sebastião, e EC Café sem Troco, no Paranoá. “É um trabalho muito bonito que vem sendo desenvolvido nessas regiões, que abrange uma proposta pedagógica de acolhimento realizada com nossos estudantes migrantes e indígenas”, conclui. Outras ações Um dos destaques da reunião foi a parceria já estabelecida entre a Sedet e a OIM por meio do Programa Renova, que oferece qualificação profissional na área da construção civil para imigrantes, proporcionando não apenas capacitação, mas também uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho. Com 50% das vagas reservadas para imigrantes, a iniciativa tem se mostrado crucial para a integração e o empoderamento dessa população. “Eles atuam na reforma de espaços públicos, como praças e parques, e o imigrante se qualifica dentro da área da construção civil, reformando esses parques. E, em contrapartida, recebe, durante essa qualificação, uma bolsa-benefício no valor de um salário mínimo. Após a finalização, recebe a certificação dentro da área da construção civil, em que pode ser inserido no mercado de trabalho por meio das agências do trabalhador”, explica a coordenadora de qualificação profissional da Sedet, Elizandra Borges. *Com informações da Secretaria de Educação

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Profissionais de saúde orientam migrantes sobre acesso aos serviços no DF

Para difundir o conhecimento sobre direitos e promover a integração com parcela importante da população estrangeira na capital federal, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) promove ações como vacinação e orientação de acesso aos serviços pelos migrantes. O cuidado com esse público é articulado na pasta pela Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP), que abrange também refugiados e apátridas (sem nacionalidade reconhecida). “O objetivo dessa gerência é contribuir para a ampliação da consciência e do exercício da cidadania das populações vulneráveis, de modo a promover uma atenção à saúde integral e igualitária”, afirma a cirurgiã dentista e apoiadora técnica no tema migrantes na GASPVP, Ana Sampaio. O órgão é, além disso, responsável por conferir a esses segmentos populacionais parte da responsabilidade na gestão das políticas de saúde da rede, em fortalecimento ao controle exercido pela sociedade civil. Nessa linha, a SES-DF participou da Jornada de Saúde e Bem-Estar, da Embaixada da Colômbia em Brasília. O evento, no último fim de semana, contou com bate-papos entre profissionais da saúde de diversas especialidades e migrantes colombianos residentes no DF. Agentes da GASPVP acolheram os participantes, sanaram dúvidas e ofereceram orientações sobre os serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). SES-DF participa da Jornada de Saúde e Bem-Estar da Embaixada da Colômbia | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A equipe de vacinação da Diretoria Regional de Atenção Primária à Saúde (Diraps) da Região de Saúde Central também esteve presente, ofertando imunização contra gripe, covid-19, hepatite B, febre amarela, difteria, tétano e tríplice viral. A pasta ainda disponibilizou luvas, batas e máscaras descartáveis, além de kits odontológicos e preservativos. ? “Às vezes, os colombianos chegam sem ter muitas informações, sem conhecer o sistema de saúde local. Portanto, uma atividade como essa ajuda não só na oferta de serviços de atenção à saúde, como também configura uma oportunidade para explicar às pessoas como funcionam esses serviços”, destacou o embaixador da Colômbia no Brasil, Guillermo Rivera, que agradeceu ao Governo do Distrito Federal (GDF) e à SES-DF pelo auxílio no evento. Embaixador da Colômbia no Brasil, Guillermo Rivera, afirma que encontro auxilia no repasse de informações sobre os serviços de saúde e como funcionam A costureira Maria Matilde Alvarez, residente na capital há 12 anos, participou da iniciativa e recordou os desafios de quando chegou ao país. “De início, tivemos dificuldade com o idioma, com a adaptação, com a matrícula do meu filho na escola. Hoje já está tudo bem”, relatou. Quase toda a família dela está na Colômbia, à exceção do marido e do filho, que moram com ela. No encontro, Matilde aproveitou para buscar informações sobre o atendimento ginecológico realizado pela rede pública. Dificuldades de adaptação De acordo com informações do consulado colombiano, há cerca de 2.300 colombianos residindo no DF. O perfil geral dos imigrados é jovem, cuja maior parte tem entre 25 e 40 anos, buscando novas oportunidades de trabalho ou a conclusão de estudos na educação superior – em cursos de mestrado, doutorado ou pós-doutorado na Universidade de Brasília (UnB). Os dados mostram ainda que a principal queixa é referente à saúde mental, sendo muitos relatos sobre estresse, ansiedade e depressão. “A saudade do vínculo familiar é uma questão muito difícil”, afirma a psicóloga colombiana Melba Revelo A psicóloga colombiana Melba Revelo, especialista em direitos humanos e, atualmente, mestranda em desenvolvimento, sociedade e cooperação internacionais, explicou que a migração tem implicações em muitas áreas da vida do indivíduo. ?“A saudade do vínculo familiar é uma questão muito difícil. Também, se a pessoa tem alguma perda de status econômico, se não pode trabalhar na área que gosta, encontrará muitas dificuldades nessa nova condição.” Saúde da população migrante A Lei nº 13.445/2017 (Lei de Migração) estabelece que “ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida”, bem como o acesso a serviços públicos de saúde sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória”. O direito à saúde é garantido a todos que estejam em território brasileiro, independentemente da nacionalidade e a qualquer título de estadia: sejam turistas, residentes ou requerentes de asilo. Todo migrante tem o direito de acessar os serviços do SUS, ainda que, no momento do atendimento, não esteja de posse de seus documentos de identificação, como o passaporte, o Registro Nacional de Estrangeiros (RNE) ou um documento oficial de identidade emitido pelo país de origem. Se o migrante já possui o Cartão Nacional de Saúde (CNS), este será solicitado em todos os locais que prestem assistência à saúde no DF, permitindo sua identificação e registro. Na capital, existem unidades de saúde que podem ser acessadas de acordo com a necessidade de atendimento e seu domicílio: ? unidades básicas de saúde (UBS) – Nível de Atenção Primária à Saúde (APS) –, principal porta de entrada para a maior parte dos serviços disponibilizados no SUS; ? policlínicas – Nível Atenção Secundária à Saúde; ? unidades de pronto atendimento (UPA) – Nível de Atenção Secundária à Saúde; ? Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) – Nível de Atenção Terciária Saúde; ? hospitais – Nível Atenção Terciária à Saúde. O atendimento inicial deve ser realizado na UBS de referência. No momento do cadastro na unidade, as informações do migrante serão coletadas e completadas na visita domiciliar pelo Agente Comunitário de Saúde (ACS). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Plano mais inclusivo para migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados

A 29ª oficina do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), a lei que guiará o desenvolvimento do DF nos próximos dez anos, terá como tema os migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados. Se você faz parte ou defende os direitos dessa parcela da população, esta é a hora de trazer suas sugestões sobre o segmento para a elaboração de um Plano Diretor mais inclusivo. [Olho texto=”“O Pdot pode agir nessa questão, propondo estratégias no âmbito da política habitacional que contemplem a população que chega ao DF com alguma particularidade ou priorização”” assinatura=”Mário Pacheco, coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O evento ocorrerá no dia 12, terça-feira, às 19h, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), localizada no Edifício Number One, no Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 2, 18º andar. Dando um panorama da situação, o coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana, Mario Pacheco, explica que essa comunidade costuma chegar ao novo território sem laços ou conexões sociais, dificultando sua fixação e o início de uma nova vida. Nesse sentido, ele destaca: “O Pdot pode agir nessa questão, propondo estratégias no âmbito da política habitacional que contemplem a população que chega ao DF com alguma particularidade ou priorização”. Já o diretor da Associação dos Indígenas Warao Coromoto (Asiwc/DF), Gilberto Portes, observa que, muitas vezes, essas pessoas não acessam os serviços públicos e também não têm emprego estável. “Visando garantir segurança a médio e longo prazo para essa população, é fundamental que planejemos o território com a participação efetiva dela”, enfatiza o representante da comunidade de indígenas de refugiados da Venezuela. Para Portes, a oficina do Pdot voltada a esse segmento é uma iniciativa extremamente importante, capaz de incluir essas pessoas no espaço de vivência do DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dinâmica A oficina terá um formato diferente do habitual. Em vez de dividir a população em grupos, contará com a participação de especialistas para discutir um tema escolhido pelos representantes do segmento e relacionado ao Plano Diretor. Após isso, haverá uma rodada de debates. Quem pode participar? Podem participar das oficinas todos os moradores do Distrito Federal, de diferentes faixas etárias, gêneros e níveis socioeconômicos, interessados em discutir o planejamento urbano e o futuro da região. Para isso, basta comparecer nas datas e locais marcados. Ao todo, serão 54 oficinas organizadas pela Seduh neste ano. Enquanto 18 desses eventos públicos serão voltados para segmentos da sociedade, os outros 36 serão sobre as regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal. Confira o calendário completo. Mais informações podem ser acessadas no site www.pdot.seduh.df.gov.br. Serviço Migrantes, imigrantes, apátridas e refugiados – Data: dia 12 (terça-feira) – Horário: às 19h – Local: Sede da Seduh, no Edifício Number One, Setor Comercial Norte (SCN), Quadra 1, 18º andar – Acesso virtual: pelo YouTube, no canal Conexão Seduh. *Com informações da Seduh-DF

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Abertas 360 vagas para qualificação profissional de mulheres em Samambaia

Projeto de capacitação e profissionalização feminina, o Mulheres Vencedoras está com 360 vagas abertas para a etapa Samambaia. As inscrições podem ser feitas no site da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet) entre 25 de agosto a 10 de setembro. O Mulheres Vencedoras, que está com 360 vagas abertas para a etapa Samambaia, tem inscrições para os cursos de informática básica, design de sobrancelhas, trancista profissional, maquiagem profissional, auxiliar de escritório e recepcionista e alongamento de unhas | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília ?São 60 vagas por curso, sendo 30 para o turno matutino e 30 para o vespertino. Os cursos oferecidos são: informática básica, design de sobrancelhas, trancista profissional, maquiagem profissional, auxiliar de escritório e recepcionista e alongamento de unhas. Todos os cursos terão carga horária de 80 horas/aula. [Olho texto=”“Esse é um programa voltado preferencialmente para o público feminino, visando, justamente, atender a essa parcela da população que historicamente está incluída nos grupos de menor taxa de emprego no DF. Mulheres de baixa renda, pouco qualificadas e de cidades com menor poder aquisitivo. Os cursos são voltados tanto para as que querem entrar ou voltar para o mercado de trabalho, como também para as que queiram ser empreendedoras”” assinatura=”Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda” esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Pela manhã, as aulas ocorrem das 9h às 12h30, enquanto à tarde vão das 13h30 às 17h. Os cursos serão ministrados em estrutura instalada ao lado da administração regional, em Samambaia Sul. ?Para participar, é preciso ser pessoa física, brasileira nata, ou naturalizada ou estrangeira, em situação regular no país. Os cursos são voltados prioritariamente para a população negra, mulheres, jovens, pessoas com deficiência, migrantes e demais minorias, além de estar em situação de vulnerabilidade social. É preciso ter mais de 16 anos de idade, sendo que para os menores de idade é necessário autorização dos pais ou responsáveis. “Esse é um programa voltado preferencialmente para o público feminino, visando, justamente, atender a essa parcela da população que historicamente está incluída nos grupos de menor taxa de emprego no DF. Mulheres de baixa renda, pouco qualificadas e de cidades com menor poder aquisitivo. Os cursos são voltados tanto para as que querem entrar ou voltar para o mercado de trabalho, como também para as que queiram ser empreendedoras”, afirmou Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Além do site da Sedet, os interessados podem se inscrever nas agências do Trabalhador do Plano Piloto (511 Norte) e de Samambaia (QN 303). ?O resultado e a convocação dos candidatos será divulgado no site da Sedet em 12 de setembro. Para confirmar a matrícula, os selecionados devem comparecer à Administração Regional de Samambaia entre 13 e 14 de setembro, de 9h às 12h e de 13h30 às 17h e apresentar documentos como Carteira de Identidade, ou equivalente com foto, comprovantes de CPF e de residência. A previsão de início das atividades é em 25 de setembro.

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Decreto institui comitê para apoio a migrantes, refugiados e apátridas

Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o Decreto nº 44.766/2023, que institui o Comitê Distrital para apoio a migrantes, refugiados e apátridas do Distrito Federal. O grupo vai promover, articular e acompanhar a promoção do bem-estar, da assistência e da integração de políticas públicas na capital do país para esse esses grupos. [Olho texto=”“É uma ação de governo que será conduzida pela Sejus, por ser o órgão que atua frente aos direitos humanos. O comitê irá tratar de pessoas que buscam no território nacional, especificamente no DF, acolhimento, cuidado e, principalmente, proteção”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] A norma estabelece que a condição de pessoa refugiada, migrante ou apátrida será reconhecida pela autoridade competente, quando atendidos os requisitos estabelecidos pela legislação nacional e internacional que rege a matéria. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) vai administrar o Comitê Distrital, disponibilizando suporte administrativo, operacional e logístico para o funcionamento do grupo. A pasta também vai regulamentar os critérios para escolha dos representantes que darão andamento aos trabalhos. “É uma ação de governo que será conduzida pela Sejus, por ser o órgão que atua frente aos direitos humanos. O comitê irá tratar de pessoas que buscam no território nacional, especificamente no Distrito Federal, acolhimento, cuidado e, principalmente, proteção”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. O Comitê Distrital foi criado para auxiliar os órgãos do GDF, em conjunto com a sociedade civil, a desenvolver e auxiliar nas ações para pessoas refugiadas, migrantes e apátridas | Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil Composição e trabalho O Comitê Distrital reunirá representantes titulares e suplentes dos seguintes órgãos e instituições: Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes); Secretaria de Educação (SEE); Secretaria de Saúde (SES); Secretaria de Segurança Pública (SSP); Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet); Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri); organizações da sociedade civil voltadas a atividades de assistência, proteção e integração de refugiados, migrantes e apátridas; comunidade refugiada, migrante e apátrida, incluindo os indígenas parte deste grupo, além de representantes da própria Sejus. Tanto os membros titulares como os suplentes serão indicados pelos representantes dos órgãos e das instituições. Eles irão exercer mandato de dois anos, permitida uma recondução, por igual período. A atuação no Comitê Distrital será considerada relevante prestação de serviços públicos, sem remuneração. [Olho texto=”O Comitê Distrital reunirá representantes titulares e suplentes das secretarias de Justiça e Cidadania; de Desenvolvimento Social; de Educação; de Saúde; de Segurança Pública; de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda; e da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Representantes do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur do Brasil), e de outras instituições públicas poderão participar do grupo na condição de convidados, com direito a voz. A coordenação do grupo de trabalho poderá convidar outros órgãos e entidades do Distrito Federal, assim como representantes da sociedade civil, terceiros interessados, autoridades ou profissionais de notório saber para, durante os encontros, subsidiarem sobre os temas e questões constantes das pautas. As reuniões do Comitê Distrital serão mensais, ou sempre que necessário, por convocação do presidente. A estrutura e o funcionamento serão regulados por regimento interno. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF

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Servidores são capacitados para atender migrantes que chegam ao DF

[Olho texto=”“O DF é a quarta unidade da Federação com o maior pedido de refúgios. A Sedes mapeou os servidores que têm experiência na pauta de migração e refúgio para compor a equipe que vai atender esse público e romper essa barreira linguística, ampliando o acesso a direitos” – Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) passaram por um processo de capacitação com organismos internacionais para qualificar o atendimento aos migrantes que chegam ao Distrito Federal. O treinamento de três dias foi realizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), Agência da ONU para Migrações, que fez uma parceria com a Sedes para que os servidores recebam esse público de maneira adequada na rede de proteção social do DF. “O DF é a quarta unidade da Federação com o maior pedido de refúgios. A Sedes mapeou os servidores que têm experiência na pauta de migração e refúgio, pelas suas formações e temáticas de interesse, além de conhecimento em outras línguas, como inglês, francês e espanhol, para compor a equipe que vai atender esse público e romper essa barreira linguística, ampliando o acesso a direitos”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. Treinamento de três dias foi realizado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM); em fevereiro houve capacitação com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) | Foto: Renato Raphael/Sedes Em fevereiro, os servidores da Sedes também passaram por uma capacitação com a Acnur, Agência da ONU para Refugiados. A ideia dessa parceria da Sedes com organismos internacionais é preparar os profissionais para que eles consigam compreender as especificidades desse tipo de atendimento. Para a agente social Vanessa Bernardes, essa é uma oportunidade única para atender de forma adequada à demanda de migrantes, que tem aumentado nos últimos anos. “Essa é uma demanda de muito tempo nas nossas unidades. Sentíamos falta de ter um direcionamento de como atender melhor essas pessoas, ter capacitações para acessar essas pessoas de forma mais oportuna. Agora, vamos poder fazer uma oferta mais qualificada. Fico honrada de participar de um curso como esse na secretaria”, comemora a técnica em assistência social, servidora da Sedes há 12 anos. Acesso à saúde e inserção no mercado de trabalho foram alguns dos assuntos tratados na capacitação com servidores da Sedes para o atendimento a migrantes Troca de experiências Entre os temas tratados na capacitação da OIM, realizada na última sexta (18), na segunda (21) e nessa terça-feira (22), estão a governança migratória, a garantia de direitos específicos dos migrantes e regularização dos documentos. [Olho texto=”“É necessário um atendimento intercultural, que aproxime as pessoas da nossa legislação, das tradições culturais brasileiras e dos mecanismos internacionais de proteção dos direitos humanos” – Felipe Areda, diretor dos Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Foram tratados temas específicos, como migração em saúde, inserção no mercado laboral, geração de renda, acesso à regularização migratória e violações importantes a serem observadas nesses casos, como o tráfico de pessoas e crime correlatos”, ressalta Jennifer Alvarez, assistente de projetos da OIM. “Também oferecemos troca de boas práticas com a equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) a partir da experiência que já temos no estado de São Paulo”, acrescentou. Recém-empossada, a agente social Stephany Cardoso avalia que o conhecimento mais aprofundado da legislação para migrantes e refugiados vai viabilizar um atendimento integral desse cidadão. “Traz uma qualificação pela troca, eles trazem a experiência. São momentos bem importantes para fazer essa interligação de tudo que vem de teoria, de legislação, com a prática, para que seja um atendimento o mais integral possível. Muitas coisas, mesmo que não sejam da nossa competência direta, nós precisamos saber para orientar essa pessoa quanto aos direitos dela nas várias áreas”, pondera a servidora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diretor dos Serviços Especializados a Famílias e Indivíduos da Sedes, Felipe Areda, pontua que o atendimento a migrantes é, de fato, diferenciado porque precisa levar em consideração a cultura do povo de origem. “É necessário um atendimento intercultural, que aproxime as pessoas da nossa legislação, das tradições culturais brasileiras e dos mecanismos internacionais de proteção dos direitos humanos. Tem que criar um espaço acolhedor e compreensivo para intervir. Também temos dificuldade em relação às legislações, os processos de regularização são diferentes e complexos. Precisamos garantir uma estrutura de atendimento para assegurar a oferta da assistência nessa complexidade”, enfatiza. *Com informações da Sedes-DF

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Servidores dos Cras e Creas recebem capacitação da ONU

O curso foi idealizado em razão do aumento de demandas nas unidades de assistência social do DF e da necessidade de uma capacitação para nivelar informações, aprimorando o atendimento de forma a minimizar as barreiras culturais, jurídicas e sociais que podem afetar a acolhida e integração desta população Foto: Renato Raphael/Sedes Foi realizada nesta terça-feira (7), uma oficina para aprimorar o atendimento a refugiados e migrantes no Distrito Federal. O “Curso de Introdução ao Atendimento de Imigrantes e Refugiados” foi ministrado por representantes da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) e do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), em parceria com servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). [Olho texto=”No Distrito Federal, pelos dados do Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (Sids), gerido pela Sedes, são atendidos mais de 104 mil migrantes de diversas nacionalidades, como venezuelanos, haitianos, paquistaneses e outros” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O intuito da capacitação foi compartilhar informações sobre atendimento dentro do Sistema Único de Assistência Social do DF (Suas) de pessoas que solicitam o reconhecimento da condição de refugiado após serem forçadas a deixarem o seu país de origem, em especial os que chegam em razão de crises humanitárias ou políticas, e que desconhecem a política pública social. No Distrito Federal, pelos dados do Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (Sids), gerido pela Sedes, são atendidos mais de 104 mil migrantes de diversas nacionalidades, como venezuelanos, haitianos, paquistaneses e outros. O curso foi idealizado em razão do aumento de demandas nas unidades de assistência social do DF e da necessidade de uma capacitação para nivelar informações, aprimorando o atendimento de forma a minimizar as barreiras culturais, jurídicas e sociais que podem afetar a acolhida e integração desta população. A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destaca que essa parceria com as agências internacionais de atendimento humanitário e entidades da sociedade civil é de grande importância e que vem para fortalecer ainda mais a política de proteção social no Distrito Federal. “Para inserir um imigrante ou refugiado no Suas é necessário realizar uma escuta qualificada, o que requer uma sensibilidade ainda maior por parte dos agentes sociais. E essas instituições da ONU estão compartilhando esse conhecimento com as nossas equipes, ação muito enriquecedora para os profissionais da rede pública, como também para os usuários da política”. [Olho texto=” [Olho texto=”“Para inserir um imigrante ou refugiado no SUAS é necessário realizar uma escuta qualificada, o que requer uma sensibilidade ainda maior por parte dos agentes sociais. E essas instituições da ONU estão compartilhando esse conhecimento com as nossas equipes”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante o debate, foram levantadas questões importantes sobre o atendimento e acolhimento socioassistencial para refugiados e migrantes, como por exemplo, a documentação; a entrevista e abordagem; e, em quais ações comunitárias que essas pessoas podem ser inseridas. O acolhimento foi a questão mais debatida pelos participantes, já que os migrantes e refugiados, além de estarem em situação de extrema vulnerabilidade, ainda vivenciam o contexto emergencial e, muitas vezes, de luto associado à saída do país de origem. E, após a identificação pessoal, também são analisadas as demandas nas quais o refugiado e o migrante se inserem, que se dividem em: emergenciais – que identifica a saúde, o perfil socioeconômico, a alimentação e abrigamento e situação de violência; e detalhadas – que averiguam informações subjetivas, como o interesse de estar no país, as perspectivas de futuro e possíveis situações de risco como, por exemplo, vítima de tráfico humano e exploração sexual, trabalho escravo e outras violações de direitos humanos. A assistente sênior de Proteção do Acnur, Giulianna Serricella, alerta que essas pessoas chegam no país fragilizadas e com barreiras, principalmente a cultural. “O idioma pode ser uma das principais barreiras, a pessoa teve rompimento de vínculos, deixou familiares em seu país de origem ou até mesmo perdeu familiares. Algumas pessoas chegam em situação de pobreza extrema e de insegurança alimentar. Ainda podem enfrentar situações de xenofobia e o desconhecimento sobre serviços públicos, por isso é importante que a rede local se fortaleça e que iniciativas como a de hoje continuem ocorrendo”, detalha. No que se refere à legislação, houve uma exposição e esclarecimentos sobre as normativas legais referentes à documentação no Brasil, incluindo a solicitação do reconhecimento da condição de refugiado, refugiados reconhecidos, residência temporária e a acolhida humanitária. Essa população, mesmo não tendo nacionalidade brasileira, possui direitos e deveres. E mesmo estando em situação irregular em solo brasileiro, tem o direito de receber atendimento pela Política de Assistência Social. A diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, Ir. Rosita Milesi, além de contribuir com as exposições do dia e o esclarecimento de aspectos jurídicos referentes à regularização migratória, manifestou apoio à proposta que vem sendo tratada pela Sedes de implementar um Centro de Referência Especializado de Assistência Social voltado ao atendimento aos migrantes e refugiados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Quatro verbos – acolher, proteger, promover e integrar – resumem um programa completo de atenção aos migrantes e refugiados e é muito animador ver e sentir na disposição de tantos profissionais a abertura para, em conjunto, parceiros com a Agência da ONU para Refugiados, com o IMDH e a sociedade, buscarmos a implementação deste programa de efetiva acolhida humanitária”, explicou Milesi. O especialista em assistência social da Sedes, André Peredo, afirma que o Brasil tem um histórico de recebimento de fluxo migratório, e após as crises humanitárias, intensificou o número de pessoas nessa situação, o que se faz necessário ter uma governança temática. “Não basta ter apenas a assistência social para os migrantes, é importante ter uma política intersetorial e um comitê com representantes das entidades envolvidas. Esse é apenas um desafio, e não um problema”, finaliza André. *Com informações da Sedes

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