Museu de Arte de Brasília oferece programação especial de férias
Dezembro chegou e, com isso, começam as programações especiais de férias nos equipamentos culturais do Distrito Federal. Ao longo do mês, o Museu de Arte de Brasília (MAB) oferecerá o Ateliê de Férias, com imersões pelo acervo do espaço e atividades que estimulam a criatividade dos participantes. Neste final de semana, o projeto será dedicado a jogos de aprendizagem lúdica criados no Curso de Mediação Cultural pela Mediato, entidade que coordena o programa MAB Educativo. Na programação de férias do Museu de Arte de Brasília, as crianças vão poder participar de oficinas de técnicas artísticas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A sessão de jogos será no sábado (7) e domingo (8), das 15h às 17h. O cenário das partidas será a exposição Museu Imaginário, composta por cerca de 200 obras emblemáticas do acervo do MAB. Estão reunidos peças de artistas como Pablo Picasso e Salvador Dalí, além de artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral, Oscar Niemeyer e Athos Bulcão. Também terá contação de história e visita guiada em inglês no final de semana. A partir da próxima quinta-feira (12), a criançada também poderá participar de oficinas de técnicas artísticas, como pintura com tinta guache, em stencil e em aquarela, em que serão incentivadas a explorar o universo das cores e formas. Haverá ainda oficinas de brincadeiras populares, como amarelinha, pisão e elástico, de jogos teatrais, de escrita criativa, de colagens contemporâneas e de escultura em papel machê e em arame. Jogos de aprendizagem lúdica terão como cenário a exposição Museu Imaginário, composta por cerca de 200 obras emblemáticas do acervo do MAB O Ateliê de Férias faz parte do MAB Educativo e é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. Não é necessário agendamento para participar das atividades, basta comparecer no museu no horário da atividade. A classificação indicativa da programação é livre. “O MAB é um importante espaço de formação e informação, com projetos que permitem a população da cultura, tanto local quanto nacional. Estamos dedicados a garantir que o museu ofereça sempre conforto, segurança e acessibilidade para todos os visitantes”, destaca o titular de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Serviço Museu de Arte de Brasília Endereço: Setor de Hotéis e Turismo Norte, trecho 1. Funcionamento: Todos os dias, exceto terça-feira, das 10h às 19h. Confira os horários: Sábado (7) – Jogos de aprendizagem lúdica 10h30 – Contação de histórias 14h – Visita Mediada em inglês 15h às 17h – Jogos na exposição Museu Imaginário Domingo (8) – Jogos de aprendizagem lúdica 10h30 – Contação de histórias 15h às 17h – Jogos na exposição Museu Imaginário Quinta (12) – Descobertas com cores e formas 10h30 – Oficina de pintura infantil (a partir de 4 anos) – 10 vagas 14h – Oficina de stencil (a partir de 6 anos) – 12 vagas 16h30 – Oficina de aquarela (a partir de 6 anos) – 12 vagas Sexta (13) – Brincadeiras e jogos cênicos 10h30 – Oficina de brincadeiras populares (a partir de 4 anos) – 12 vagas 14h – Oficina de jogos teatrais (a partir de 6 anos) – 12 vagas 16h30 – Oficina de escrita criativa (a partir de 8 anos) – 12 vagas Sábado (14) – Mergulho na exposição Museu Imaginário 10h30 – Contação de histórias (de 18 meses a 3 anos) – 10 vagas 14h- Visita mediada em inglês 15h – Visita mediada com jogos na exposição Museu Imaginário 16h30 – Oficina de colagens contemporâneas (a partir de 6 anos) – 12 vagas Domingo (15) – Aventuras com escultura 10h30 – Contação de histórias (a partir de 3 anos) 14h – Oficina de escultura em papel machê (a partir de 6 anos) – 10 vagas 15h – Visita patrimonial com jogos 16h30 – Oficina de escultura em arame (a partir de 8 anos) – 12 vagas
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Explore o Quadrado: Céu estrelado do Planetário e espaços culturais para encantar as crianças
Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília O céu de Brasília já é um atrativo para quem visita a cidade, mas você sabia que existe um universo dentro do Quadrado do Distrito Federal? Da cúpula do Planetário de Brasília é possível ver as mais diversas constelações projetadas e ainda garantir conhecimento e entretenimento para todas as idades. Os visitantes do Planetário de Brasília vivenciam experiências educativas e imersivas sobre astronomia e ciências espaciais | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Além disso, a cidade também conta com uma cultura diversa e vibrante disposta em centros culturais como o Museu Nacional, o Museu de Arte de Brasília, a Biblioteca Nacional e o Espaço Cultural Renato Russo. Em mais uma matéria do especial Explore o Quadrado, a Agência Brasília leva opções diversas para aproveitar as férias escolares das crianças em julho. Confira, a seguir, como funcionam os espaços de lazer e visitação da cidade. Universo de conhecimento Quem visita o Planetário de Brasília Luiz Cruls embarca em um fascinante centro de conhecimento e exploração científica. O icônico espaço brasiliense completou 50 anos em 2024, com mais de 92 mil visitantes em 2023. Entre eles, pessoas de outros estados e países, que vivenciaram experiências educativas e imersivas sobre astronomia e ciências espaciais. No primeiro semestre deste ano, já foram mais de 40 mil visitantes. O diretor do Planetário, Junior Berbet, frisa que, além de ser um patrimônio de Brasília, é um espaço onde as crianças podem instigar a curiosidade pela astronomia e buscar o conhecimento para se aprofundar e se apaixonar pela ciência Na cúpula do Planetário, a população pode assistir a filmes sobre os astros, acompanhar exposições sobre o sistema solar e conhecer um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira. É uma chance única de se conectar com aspectos que vão além da percepção visual humana, oferecendo também a oportunidade de aprofundar o conhecimento em astronomia. O diretor do Planetário, Junior Berbet, frisa que, além de ser um patrimônio de Brasília, o local é um espaço onde as crianças podem instigar a curiosidade pela astronomia e buscar o conhecimento para se aprofundar e se apaixonar pela ciência. “Envolve todos os temas de conhecimento. Aqui a gente fala de matemática, física, química e biologia. É o futuro do Brasil sendo formado com pequenos engenheiros, médicos e astronautas. Aqui é o início da curiosidade para qualquer criança”, observa o gestor. O estudante Caio Dias ressalta que é um local confortável para ir durante as férias. “Deu para aprender bastante sobre o sistema solar e o que tem em torno de nós, descobrir sobre o universo” Em visita ao planetário com a escola, o estudante Caio Dias, de 11 anos, ressalta que é um local confortável para ir durante as férias. “Deu para aprender bastante sobre o sistema solar e o que tem em torno de nós, descobrir sobre o universo. É muito bom, porque tem gente que não sai de casa e fica no celular o dia inteiro em vez de estar aqui, aproveitando”, alerta o garoto. Entre as principais atrações do Planetário estão as sessões na cúpula; por meio do projetor central astronômico SpaceMaster é possível assistir a exibições de filmes e projeções sobre astronomia, além da visão do céu noturno. Esther Larry Alves Rocha afirma que a parte favorita do passeio foi apreciar os quadros das nebulosas, que ficam no 2º andar do Planetário “É muito divertido ver estrelas. Eu quero saber mais sobre o nosso universo, vai que existe vida em outros planetas? Temos que descobrir para podermos, pelo menos, defender o mundo se eles quiserem invadir”, brinca a estudante Esther Larry Alves Rocha, de 11 anos, após ver uma das sessões na cúpula. Ela afirma que a parte favorita do passeio foi apreciar os quadros das nebulosas, que ficam no segundo andar do Planetário. Além de assistir a filmes sobre os astros e acompanhar exposições sobre o sistema solar, os interessados podem conhecer um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira. A visitação é gratuita e ocorre de terça-feira a domingo, das 7h30 às 19h. Colônia de férias A programação para o mês de julho do planetário engloba diversas oficinas, como a de lançamento de foguetes de garrafa PET – uma modalidade que tem até campeões brasilienses. Também há pintura, brincadeiras e experimentos que fazem referência a nebulosas brilhantes, algo que costuma chamar a atenção dos pequenos. Arte: Espaço Cultural Renato Russo As atividades são direcionadas a crianças entre 6 e 12 anos e fazem parte da Colônia de Férias do Planetário, que é gratuita e oferece cinco sessões ao público por dia: às 11h, 14h30, 16h, 17h e 18h. Em 2023, mais de 14 mil pessoas participaram dos eventos em julho. “Percebi que, em Brasília, a maioria das pessoas conhece os espaços através dos passeios escolares ou colônia de férias. Então, quando você dá essas oportunidades para as pessoas virem conhecer, é superinteressante. É um lugar sensacional que a gente tem na porta de casa, com tanta riqueza e detalhes que a gente às vezes nem imagina que existe aberto ao público e gratuito”, destaca o professor Junior Rodrigues. Espaço Cultural Renato Russo Outros locais com atividades para as crianças no DF também oferecem colônia de férias, como o Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul. Crianças de 7 a 12 anos poderão aproveitar o equipamento público e participar de oficinas com desenho, pintura, teatro e muita diversão. São duas turmas por turno, cada uma com 15 alunos, nas semanas de 16 a 19 deste mês, das 14h às 17h; e entre os dias 23 e 26, das 9h às 12h. Na colônia de férias do Espaço Cultural Renato Russo, crianças de 7 a 12 anos poderão aproveitar o equipamento público e participar de oficinas com desenho, pintura, teatro e muita diversão | Foto: Tatiana Reis/Espaço Cultural Renato Russo Caso o interessado queira participar das duas semanas, será necessário fazer duas inscrições. Todas as atividades ocorrerão no Galpão das Artes do Espaço Cultural Renato Russo. Para mais informações e inscrições, visite o site http://www.espacoculturalrenatorusso.com.br ou acesse o link da bio no Instagram. Biblioteca Nacional Nestas férias escolares, a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) será a primeira a receber as atrações da nova edição do projeto A Infância na Biblioteca, que começa nesta quarta-feira (10), às 15h, com uma visita guiada, seguida do espetáculo de teatro de bonecos Os meninos verdes, da Cia Voar, baseada em obra de Cora Coralina. Além do teatro de bonecos, as atividades do projeto englobam contação de histórias, palestra, visitas guiadas, oficinas e exibições audiovisuais – tudo com acessibilidade em Libras e audiodescrição. A programação das férias na BNB seguirá até o dia 27. Os horários estão disponíveis nas redes sociais do equipamento público. O Museu de Arte de Brasília preparou para o mês de julho uma programação especial para que os pequenos artistas liberem a criatividade e mergulhem no universo da arte Museus Neste mês, o Museu Nacional recebe a 35ª Bienal de São Paulo, a maior exposição de artes visuais do hemisfério sul e uma boa opção de programação nas férias para a família. E, para quem inclui visitas a museus no cronograma de férias, o Museu Nacional também estará funcionando na programação normal, de terça a domingo, das 9h às 18h30, assim como o Museu Vivo da Memória Candanga, que funciona de segunda a sábado, das 9h às 17h. Para julho, o programa MAB Educativo também preparou uma programação especial para que os pequenos artistas liberem a criatividade e mergulhem no universo da arte. Os participantes podem conhecer o acervo do Museu de Arte de Brasília e suas exposições temporárias com visitas mediadas, além de se aventurar em oficinas e experimentar diferentes técnicas artísticas. As atividades são gratuitas e ocorrem entre os dias 13 e 28, de quinta-feira a domingo. As oficinas não precisam de agendamento: basta consultar a programação, que ocorre entre 10h e 19h. Entre as oficinas proporcionadas pelo espaço, estão as de teatro de luz e sombras para bebês, brincadeiras populares, contação de histórias em massinha e diversos trabalhos com gravuras. Há mais exposições e outras atividades que aguardam os brasilienses na Caixa Cultural e no Centro Cultural Banco do Brasil, deixando diversas opções culturais para entreter a família e tirar os pequenos de casa nesse período de férias escolares.
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Grandes eventos impulsionaram o turismo e a hotelaria do DF em 2023
A parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e os setores hoteleiro e de turismo foi reconhecida nesta quarta-feira (20) com a entrega de um diploma ao governador Ibaneis Rocha. A comenda da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (Abih-DF) foi entregue para enaltecer ações como a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 3%, um dos menores entre as capitais do país. Cada vez mais, a capital federal vem sendo procurada por turistas brasileiros e de outros países | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O aumento na taxa de ocupação dos hotéis de Brasília, que saltou de 59,43% em 2019 para 65,71% em 2023, também foi lembrada pelo segmento. A flexibilização nos impostos é um dos claros motivos para o bom desempenho do setor. Ainda por parte do GDF, cerca de R$ 100 milhões foram investidos no setor este ano, beneficiando mais de 50 segmentos. [Olho texto=”“Esses números refletem a importância desses segmentos para a nossa cidade. É seguir evoluindo e dando mais condições para que possamos crescer ainda mais” ” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (Abih-DF), Henrique Severien, foi o responsável por entregar o diploma de honra ao mérito a Ibaneis Rocha no gabinete do governador no Palácio do Buriti. Além de Severien, participaram do encontro o secretário de Turismo, Cristiano Araújo; o presidente da Câmara Legislativa, deputado distrital Wellington Luiz, e os empresários Paulo Octávio e André Octavio Kubitschek, além de outros representantes do setor de hotelaria. Crescimento [Olho texto=”“O primeiro sintoma de que o turismo está indo bem é a hotelaria. Foi um ano fantástico” ” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Quando assumimos o governo, nem telefone a Secretaria de Turismo tinha”, lembrou o governador Ibaneis. “O setor estava abandonado, e iniciamos um trabalho de reconstrução que tem colhido muitos frutos. Reunimos as entidades do setor produtivo para que Brasília tivesse uma agenda de eventos, com a ocupação dos hotéis em alta, gerando emprego e renda. Esses números refletem a importância desses segmentos para a nossa cidade. É seguir evoluindo e dando mais condições para que possamos crescer ainda mais.” Durante o encontro em que recebeu da Abih-DF, o governador Ibaneis lembrou: “Reunimos as entidades do setor produtivo para que Brasília tivesse uma agenda de eventos, com a ocupação dos hotéis em alta, gerando emprego e renda” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Segundo Cristiano Araújo, têm colaborado para o boom vivenciado pelo setor os grandes shows no DF – como das bandas Kiss, Deep Purple e Red Hot Chilli Peppers e dos astros Paul McCartney e Roger Waters –, os eventos corporativos, as partidas de futebol e da Liga das Nações de vôlei feminino. “Se você tirar os finais de semana dá quase 90% de ocupação dos hotéis”, avaliou. “A arrecadação com ISS era de R$ 7 milhões em 2018 e subiu para R$ 35 milhões em 2023. O primeiro sintoma de que o turismo está indo bem é a hotelaria; isso é o significado mais puro, porque se os hotéis estão cheios é porque tem muita gente de fora aqui em Brasília. Foi um ano fantástico.” Mais eventos e novo voo internacional Rally dos Sertões de 2024 também terá Brasília como ponto de partida e de chegada | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A expectativa para 2024 é grande para o setor, com grandes eventos planejados. O DF terá uma nova edição do Villa Mix, em 21 de abril, e já tem confirmado o show do tenor e compositor italiano Andrea Bocelli, marcado para 21 de maio. Outros grandes espetáculos com artistas nacionais e internacionais estão em negociação. Um novo voo direto internacional saindo de Brasília para uma importante cidade do Chile também está confirmado. [Olho texto=”Maior feira do setor na América Latina, Abav Expo está programada para a última semana de setembro” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cristiano Araújo complementa: “Implementamos o voo para Lima [Peru], temos três voos diários para Orlando e Miami [EUA] e conseguimos mais um voo para a Argentina. Passamos a ter stopover aqui – a pessoa pode passar três dias em Brasília sem ter que pagar a mais por isso. Brasília está na rota do turismo”. Outra boa notícia para o DF é que a Abav Expo 2024, maior feira de turismo da América Latina, está confirmada em Brasília, entre 25 e 27 de setembro do próximo ano. No ramo esportivo, a capital federal será ponto de partida e de chegada do Rally dos Sertões, em agosto, além de ter a expectativa de receber mais jogos de grandes clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Força do turismo [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Outras ações adotadas nos últimos anos colaboraram para o turismo no DF. Pela primeira vez, a capital esteve apta a captar recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), do Ministério do Turismo. A emissão da carteira para artesãos saltou de 7,4 mil em 2019 para mais de 12,6 mil em 2023. A reforma de espaços como a Concha Acústica e o Museu de Arte de Brasília (MAB) e dos centros de atendimento ao turista (CATs) entram nesse rol de iniciativas. A concessão do Parque Granja do Torto à iniciativa privada também movimentou o DF. Por lá são realizados eventos de grande porte, a exemplo da Expoabra e do Brasília Capital Moto Week. Arena BSB movimentou bastante a capital neste ano, com shows de grande repercussão | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O DF é, atualmente, o terceiro polo gastronômico do país, situando-se entre as cinco cidades brasileiras com maior visitação náutica e dispondo de um grande parque hoteleiro com mais de 400 hotéis, de acordo com o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar). Por sua vez, a coleção Rotas Brasília, disponível para viajantes nos CATs e no site da Secretaria de Turismo do DF (Setur), reúne 13 rotas turísticas, organizadas por segmentos, como a Rota do Café e do Rock. [Olho texto=”“Nada disso seria possível sem a parceria com o governo. Essa junção do público e do privado permite que a gente realize eventos desse tipo” ” assinatura=”Richard Dubois, CEO da Arena BSB” esquerda_direita_centro=”esquerda”] CEO da Arena BSB – responsável por administrar o Mané Garrincha e o Ginásio Nilson Nelson –, Richard Dubois reforçou que o calendário de eventos em Brasília estará recheado em 2024, tanto com shows internacionais e nacionais quanto com esporte. “Vamos trazer ainda no primeiro semestre um festival, o Monsters of Rock”, anunciou. “Teremos o The Who, uma banda que ainda não fechamos, que será o ZZ Top ou Lynyrd Skynyrd, e uma banda brasileira. Teremos sertanejo, vai ter MPB, vai ter show grande no fim do ano e temos pelo menos quatro shows internacionais do calibre que tivemos esse ano”. O apoio do GDF, lembrou Dubois, é essencial para o entretenimento na cidade. “Nada disso seria possível sem a parceria com o governo. O governador Ibaneis Rocha sempre colocou uma prioridade de trazer eventos e conteúdos, e tem nos apoiado de todas as formas possíveis. O BRB é um parceiro de todos os eventos. Essa junção do público e do privado permite que a gente realize eventos desse tipo, e sem isso Brasília estaria na mesmice do passado”. *Colaborou Adriana Izel
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Hoje é dia de alegria! Veja programação para os pequenos do DF
O Dia das Crianças, celebrado nesta quinta-feira (12), está repleto de opções de lazer para os pequenos. Nos equipamentos geridos pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e em outros espaços, haverá oficinas e espetáculos direcionados aos pequenos, sessões de cinema especiais, atividades guiadas e muito mais. O dia é uma ótima oportunidade para sair da mesmice e produzir momentos memoráveis para as crianças. “É na infância que desenvolvemos diversas capacidades importantes para o autoconhecimento e a vida em sociedade. E hoje sabemos que a arte e a cultura são fundamentais para a formação integral do indivíduo. Portanto, mais do que apenas uma opção de lazer, o acesso à cultura é uma forma de aprendizado e de um crescimento saudável”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “Convidamos a todos para prestigiar os equipamentos culturais neste feriado”, ressalta. Cinema e oficinas Durante o mês, são duas sessões infantis diárias, às 10h e às 14h | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Cine Brasília pensou em uma programação especial para os pequenos que gostam da sétima arte. Durante todo o mês de outubro, serão exibidas 12 obras infantis, entre estreias, filmes que retornam à grade e uma série que exalta a cultura brasileira. Serão duas sessões infantis diárias, às 10h e às 14h. O ingresso inteiro custa R$ 20, e a meia entrada, R$ 10. O Centro Cultural Três Poderes e o Espaço Oscar Niemeyer oferecem visitas mediadas para a criançada e suas famílias no dia 12, às 11h e às 15h, na Praça dos Três Poderes. Os visitantes serão acompanhados por educadores e poderão conhecer também os equipamentos próximos ao local: Museu da Cidade, Espaço Lúcio Costa, Panteão da Pátria e Espaço Oscar Niemeyer. No Memorial dos Povos Indígenas, será realizado o evento Toda Criança é Indígena, das 9h às 12h. Os pequenos vão poder conhecer brincadeiras e histórias dos povos tradicionais. O espaço também estará aberto para visitação no dia 12 até as 17h. Outros equipamentos de cultura estarão de portas abertas para as famílias: o Museu de Arte de Brasília funcionará das 10h às 19h; a Concha Acústica, das 9h às 18h; e o Museu do Catetinho, das 9h às 17h. A Casa do Cantador receberá a Batalha do Cantador, às 19h, que é aberta ao público. Para todo mundo O Espaço Cultural Renato Russo preparou um dia inteiro dedicado à cultura, diversão, aprendizado e inclusão. Às 11h, ocorre o Curta Cinema com obras adaptadas para crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Depois, às 15h, a magia continua com contação de história O Jaraguá, um conto sobre um bicho esquisito que adora dançar com crianças e ensinar a cuidar da natureza. Às 17h, a criançada vai se divertir com O Grande Circo dos Irmãos Saúde, um espetáculo do Circo Teatro Artetude. Para encerrar, ocorre um show de truques e trapalhadas do Palhágico Chouchou, às 18h. Além disso, durante toda a tarde, serão realizadas oficinas de palhaçaria, bambolê, perna de pau, malabares e acrobacia de solo. A classificação é livre e a entrada é gratuita para todos os espetáculos e atividades. Confira a programação: 11h – Curta Cinema – Sessão Infantil de curtas adaptada para pessoas com TEA (Sala Marco Antônio Guimarães) Oficinas ? 14h às 16h – Palhaçaria (Sala Aquário) ? 14h às 17h – Bambolê (Praça Central) ? 14h às 17h – Perna de pau (Galpão das Artes) ? 14h30 às 17h – Malabares (Galpão das Artes) ? 14h30 às 17h – Acrobacia de solo (Galpão das Artes) Espetáculos ? 15h – Contação de história – O Jaraguá (Sala Multiuso) ? 17h – O Grande Circo dos Irmãos Saúde (Teatro Galpão Hugo Rodas) ? 18h – Palhágico Chouchou (Sala Marco Antônio Guimarães) Mundo dos astros e dos animais Programação especial no Planetário de Brasília oferta 25 vagas a serem preenchidas por ordem de chegada | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O Planetário de Brasília terá uma programação especial para o Dia das Crianças. A partir de 9h30, haverá a oficina Pintando os Planetas, dirigida aos pequenos de 6 a 8 anos. São 25 vagas preenchidas por ordem de chegada. A partir das 14h30, ocorre a oficina do carrinho foguete, com 25 vagas para a criançada de 8 a 12 anos – também preenchidas por ordem de chegada. Para participar, basta levar duas garrafas de refrigerante de dois litros iguais e montar o foguete com a orientação da equipe. As crianças também poderão participar das sessões e conhecer o acervo do Planetário, além de pintura de rosto no ônibus da Reciclotech. O Zoo vai funcionar normalmente durante o feriado, das 8h30 às 17h, com venda de ingressos até as 16h | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), a criançada poderá aprender mais sobre o mundo animal. A programação, celebrada com apoio do Sesc, terá apresentações teatrais, atividades recreativas, pintura de rosto e brinquedos infláveis, além das tradicionais atividades de educação ambiental. O Zoo vai funcionar normalmente durante o feriado, das 8h30 às 17h, com venda de ingressos até as 16h. O pagamento pode ser feito somente em dinheiro e cartão de débito. A inteira custa R$ 10, e a meia, R$ 5. No Jardim Botânico de Brasília (JBB), as crianças poderão aprender a sustentabilidade do Cerrado, a partir das 9h30. A atividade é promovida pelo Instituto Ser Criança. Diversão gratuita O PicniK realiza uma edição especial nesta quinta-feira, das 13h às 23h, no Estacionamento 12 do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, com atividades para crianças e adultos. Os atrativos incluem os tradicionais Mercadinho de Arte, Moda e Design, Feira de Vinil e Feirão de Bikes, além do espetáculo Vida Viva de um Palhaço, com o Mandioca Frita, a banda argentina Onda Vaga, e mais. A entrada é gratuita até as 16h. Após, é necessária a colaboração com 1 kg de alimento não perecível. O Sesi Lab também preparou uma programação para a garotada com espetáculos, jogos e oficinas no museu 100% interativo. As atividades serão das 10h às 19h nesta quinta-feira (12), no sábado (14) e no domingo (15). Já na sexta-feira (13) o funcionamento será das 9h às 18h. Para participar é necessário emitir ingressos, gratuitos, no site do museu ou na bilheteria física. Com o ticket, também é possível conhecer as galerias interativas e a exposição temporária Trabalhadores, de Sebastião Salgado. As atividades estão sujeitas à lotação. Quinta-feira (12) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Canções de Makuru ? 14h às 15h – Oficina Ora, bolhas! ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 16h às 17h – Jogo Caça ao Conhecimento Sexta-feira (13) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Canções de Makuru ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 15h às 17h – Oficina Ecossistemas da imagem, com Samanta Ortega ?Sábado (14) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Benedito, abençoado e bendizido ? 11h às 13h – Oficina Ecossistemas da Imagem, com Samantha Ortega ? 13h30 às 15h30 – Oficina Observando o eclipse solar ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 15h às 17h – Oficina Lanterna Mágica ? 15h às 17h – Sessão de cinema Brichos 3 – Megavírus Domingo (15) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Benedito, abençoado e bendizido ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 15h às 17h – Sessão de cinema Brichos 3 – Megavírus Descanso ao ar livre [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Se a vontade da criançada for dar um mergulho, não faltam opções. O Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, oferece imersão na natureza e piscinas de água corrente, além de área para piqueniques. A entrada de visitantes é aberta das 6h às 16h, sendo que os portões podem fechar mais cedo se o local atingir a lotação máxima de 1.500 pessoas. As piscinas funcionam até as 17h. A entrada custa R$ 16 para brasileiros de 12 a 59 anos e é gratuita para crianças até 11 anos e idosos acima de 60 anos. Do público internacional é cobrado o valor de R$ 32. Outra alternativa é ir a alguma das cachoeiras do Distrito Federal. O Salto do Tororó, por exemplo, fica a 30 km de Brasília, próximo às regiões do Jardim Botânico, Santa Maria e São Sebastião. O acesso à cachoeira é feito por uma estrada de terra a partir da rodovia DF-140, sendo que o último ponto até o qual é possível ir de carro é um estacionamento, localizado em uma área privada – pode haver cobrança de taxa. Depois, há uma trilha de cerca de 2 km, com alguns pontos íngremes, mas considerada de nível iniciante. A cachoeira tem 18 metros de altura e é cercada pelo bioma Cerrado. Já para aqueles que desejam assistir ao pôr do sol, curtir a natureza e, quem sabe, fazer um piquenique, todas unidades de conservação estarão de portas abertas. Os parques abrem todos os dias. Veja os horários de funcionamento: ? Parque Ecológico do Anfiteatro Natural do Lago Sul: 6h às 18h; ? Parque Ecológico de Águas Claras: 5h às 22h; ? Parque Ecológico Areal: 6h às 18h; ? Parque Ecológico da Asa Sul: 6h às 20h; ? Parque Distrital das Copaíbas: 8h às 18h; ? Parque Ecológico Cortado: 6h às 20h; ? Monumento Natural Dom Bosco: 6h às 20h; ? Parque Ecológico Ezechias Heringer: 6h às 22h; ? Parque Recreativo do Gama: 6h às 18h; ? Parque Ecológico do Lago Norte: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Olhos D’água: portão principal das 5h30 às 20h, e portões laterais das 6h às 18h; ? Parque Ecológico do Paranoá: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Península Sul: 6h às 22h; ? Parque Ecológico do Riacho Fundo: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Saburo Onoyama: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Sucupira: 6h às 20h; ? Parque Ecológico Três Meninas: 7h às 18h; ? Parque Ecológico Veredinha: 6h às 22h. ? *Colaborou Jak Spies
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Escolas terão acesso a atividades no Museu de Arte de Brasília
O Museu de Arte de Brasília (MAB) recebe seu primeiro programa educativo financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec): o MAB Educativo. Programa financiado pelo FAC terá equipes educativas de atendimento, criação e produção | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Com fomento de R$ 300 mil, a iniciativa, executada pela Mediato Conecta, começa neste mês. O programa elabora experiências por meio de atividades pedagógicas que envolvem a mediação do acervo e das exposições temporárias do museu, bem como oficinas. [Olho texto=”“Penso que é importante reconhecer que o GDF está realmente em uma rota de ampliar o acesso à cultura no Distrito Federal” ” assinatura=”Arlene Von Sohsten, coordenadora do MAB Educativo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além de propiciar visitas ao museu e contato com obras de arte moderna do século 20, o programa conta com trabalhos práticos que incentivam a educação patrimonial dos estudantes. Para tanto, o programa tem equipes educativas de atendimento, criação e produção. As equipes que farão as dinâmicas passam por um treinamento pedagógico para adaptar a linguagem de acordo com o público visitante. O projeto também conta com um atendimento amplo, com inclusão de pessoas com deficiência. Materiais educativos, inclusive com versão em Braille, estarão ao alcance dos alunos, além de visitas guiadas com apresentação em Libras e audiodescrição. Portas abertas De acordo com a coordenadora do programa, Arlene Von Sohsten, o objetivo é democratizar o acesso às exposições, com ações educativas que buscam sensibilizar o público e aproximá-lo do ensino com a experiência, trabalhando com programações atrativas para as famílias e as escolas. “O museu já é um espaço social de troca, mas o fato de as portas estarem abertas não garante que o público vai estar lá e poder se conectar com o que está exposto”, observa Arlene. “Gosto bastante de uma frase que diz: ‘só faz sentido o que é sentido’”. Ela ressalta que o programa também é uma forma de valorizar ainda mais o acervo do MAB, permanentemente exposto ao público, que pode contar com articulação, agendamento, transporte sem custo e atendimento qualificado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Penso que é importante reconhecer que o GDF está realmente em uma rota de ampliar o acesso à cultura no Distrito Federal”, afirma a gestora. “Temos conseguido essas oportunidades porque, com bons projetos e um financiamento responsável e transparente, conseguimos entregar isso à população.” Agendamentos A visita tem duração média de uma hora e tanto a programação quanto o agendamento estão na plataforma Mediato Conecta, por onde as inscrições podem ser feitas. As escolas agendadas terão direito a ônibus de graça até o museu, disponibilizado em um sorteio que funciona da seguinte maneira: os professores comparecem ao MAB, recebem materiais e orientações para a visita e concorrem ao transporte gratuito para as turmas.
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Acervo do Museu de Arte de Brasília ganha novas obras
Um retrato produzido em grafite sobre papel por Di Cavalcanti, em 1943. Uma gravura em cores de Anna Letycia, feita em 1970. Outra gravura em preto e branco, de Djanira, produzida em 1968. E até mesmo uma icônica calcogravura de Portinari, datada de 1949. Essas são algumas das obras que agora compõem o acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB) e, com isso, ajudam a apresentar para a população do Distrito Federal e seus visitantes a história da arte brasileira do século 20. Gravuras de Debret, Rugendas e Arnoldus Montanus, que agora também fazem parte da narrativa promovida pelo MAB | Fotos: Hugo Lira/Secec Construído na década de 1960 e inaugurado em março de 1985 para ser o primeiro museu de arte da nova capital do país, o MAB ficou fechado por 14 anos e, em 2021, foi finalmente reaberto. Um dos equipamentos culturais de Brasília sob gestão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), ele hoje recebe uma média de 2,5 mil visitantes por mês, consolidando-se como singular espaço de preservação e interpretação das artes visuais localmente. Gravura em cores de Anna Letycia, feita em 1970, e outra gravura em preto e branco de Djanira, produzida em 1968 O acervo do museu é formado por cerca de 1.400 peças, entre quadros, esculturas, mobiliários e outros tantos objetos carregados de conceitos, significados e preciosos valores estéticos. E essas coleções estão, continuamente, sendo atualizadas e construídas. “O acervo do MAB é um dos mais importantes em artes visuais da cidade, mas tinha várias lacunas que precisavam ser preenchidas. E isso tem acontecido de três formas: por doações, por transferência de outros setores da Secec e por contrapartidas pelo uso do MAB ou da Concha Acústica”, explica o gerente do espaço, Marcelo Jorge. As doações, em geral, são feitas pelos próprios artistas ou por colecionadores, interessados em ter a peça musealizada – já que isso impacta tanto no valor de mercado quanto na divulgação daquela obra ou autor. Como exemplos de doações, Marcelo cita três obras de Cícero Dias, pioneiro do modernismo no Nordeste, além de gravuras de Debret, Rugendas e Arnoldus Montanus que agora também fazem parte da narrativa promovida pelo MAB. A outra maneira é por transferência de peças dentro da própria Secec, que possui, nos diversos espaços culturais sob sua gestão, um variado acervo de arte. Serigrafias de Siron Franco e de Athos Bulcão são modelos de peças que foram para o museu por meio desse tipo de acordo. Retrato produzido em grafite sobre papel por Di Cavalcanti, em 1943, e calcogravura de Portinari, datada de 1949 No caso das quatro obras citadas no início do texto, no entanto, a aquisição se deu por contrapartida pelo uso da Concha Acústica, que é um desses equipamentos geridos pela secretaria e vinculado ao MAB. A vantagem dessa opção, segundo Marcelo, é que, assim, o museu pode escolher as obras de que precisa, traçando uma melhor estratégia para preencher as lacunas do acervo. Funciona assim: o interessado em utilizar os espaços da Concha ou do próprio MAB para fins privados, com cobrança de bilheteria eventualmente, pode “pagar o aluguel” por meio da doação de uma obra de arte. “A gente apresenta uma lista de importantes artistas que ainda não temos no acervo. O interessado nos apresenta opções de obras disponíveis e fazemos a seleção. A partir disso, é feito um acordo de patrocínio privado direto, em que a pessoa doa aquelas obras e, em troca, utiliza esses espaços. Foi assim que conseguimos adquirir nomes que ainda não tínhamos nas coleções da Secec, mais ou menos conhecidos, mas muito relevantes para a história da arte”, explica o gerente. Grafite sobre papel feita por Di Cavalcanti em 1943 Quem participa da parceria aprova prontamente a negociação. Jorge Luiz é sócio-administrador da produtora Giral Projetos, que transformou o uso da Concha Acústica para o show do ator e comediante Fábio Porchat em uma obra de Cândido Portinari. Já a apresentação do influenciador Deive Leonardo foi convertida na aquisição de uma serigrafia de Judith Lauand e outra do húngaro Victor Vasarely, primeiro grande nome internacional do acervo do MAB. “Foi uma experiência incrível! Já havíamos participado de ações em que doamos serviços e equipamentos técnicos. Mas ter a oportunidade de doar obras de artes nos enche de orgulho, pois isso estará sempre contando parte de nossa história”, celebra. Para Cinara Barbosa, curadora e professora do Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, é fundamental que a sociedade entenda esses trânsitos como uma possibilidade prazerosa de contribuir com a formação do repertório imagético, artístico e museológico da cidade, entendendo o acervo também como oportunidade de acessar outras formas de conhecimento. “A instituição tem ciência de que isso pode ocorrer, mas é preciso sinalizar para a sociedade que esse interesse pode ser espontaneamente dela”, argumenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cinara conhece bem a história do MAB, pois integrou um projeto de residência artística no museu, realizado dentro do canteiro de obras durante sua reforma. Sob essa perspectiva é que ela observa a relevância da participação da sociedade na compreensão e na fruição do museu. “A população e os artistas precisam entender que a instituição [MAB] é um espaço para a cidade, que pode funcionar para a pesquisa, para lazer, para conhecimento. Precisam entender a importância desse espaço, com todas as suas problematizações, mas refletindo sobre de que forma a gente pode criar condições para que esses projetos sejam comentados e revisitados, e que essa discussão que a arte contemporânea provoca em seus próprios processos e modos de fazer ganhe mais visibilidade, pois a arte e os espaços da arte têm que estar em circulação”, conclui. *Com informações da Secec
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Mais de R$ 20 milhões para reformar e entregar equipamentos culturais do DF
Nos últimos quatro anos, o Governo do Distrito Federal (GDF) devolveu à população diversos equipamentos públicos culturais. Foram investidos mais de R$ 20 milhões para que espaços considerados patrimônios e que estavam abandonados voltassem a poder ser visitados pelo público. Em 2023, estão confirmados mais R$ 55 milhões para a aguardada reforma do Teatro Nacional, fechado há dez anos, que teve a ordem de serviço assinada no ano passado. [Olho texto=”“É um trabalho às vezes demorado, mas nós estamos empenhados para que todos os equipamentos voltem a funcionar”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Quando chegamos nessa gestão, encontramos a maior parte desse patrimônio [cultural da cidade] largado. Foi um trabalho muito intenso para colocar de pé e preparar os equipamentos até ficarem funcionais”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “É um trabalho às vezes demorado, mas nós estamos empenhados para que todos os equipamentos voltem a funcionar”, acrescenta. Uma das entregas mais emblemáticas desse pacote foi a do Museu de Arte de Brasília (MAB), que ficou interditado por 14 anos. Orçada em R$ 9 milhões, a reforma garantiu que as instalações, antes consideradas um risco pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), se tornassem aptas para a reabertura do espaço, que ocorreu no aniversário de Brasília de 2021. Reformado com um investimento de R$ 9 milhões, o Museu de Arte de Brasília foi reaberto ao público depois de 14 anos interditado | Foto: Geovana Albuquerque / Agência Brasília Natural de Londrina (PR) e passando uns dias em Brasília, o professor Eduardo Gomes Fávaro, 26 anos, que é admirador de arte contemporânea, fez questão de visitar o museu ao lado do irmão mais velho, o também professor Matheus Gomes Fávaro, 31. “É triste pensar que por muitos anos as pessoas não tiveram acesso a esse acervo tão rico e que nos traz tantas emoções”, comenta. “Gostamos muito do museu. É muito organizado, tem acessibilidade e, à disposição do visitante, peças muito bonitas. E tudo isso sem custo”, acrescenta Matheus. A arquiteta paulista Lígia Ferreira, 28 anos, lembra que há alguns anos visitou Brasília e o Museu de Arte estava fechado. Ver o espaço disponível para os visitantes a deixou feliz. “É um acervo bem variado, que contempla vários períodos e artistas. É muito bom que ele esteja aberto, principalmente por se tratar de um museu gratuito e de fácil acesso, sem nenhum tipo de restrição”, declara. Com obras ainda em execução, a reforma da Concha Acústica tem investimentos de R$ 442 mil para regularização das placas de concreto que compõem o piso, reconstrução do alambrado, pintura completa das estruturas, instalação de refletores e substituição de vidros | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Patrimônio cultural Ao longo dos quatro anos, outros 21 equipamentos culturais do DF passaram por alguma intervenção do governo para retomada das atividades. “Entregamos completamente reformados à população a Concha Acústica, o Museu do Catetinho, a Galeria Fayga Ostrower e o Teatro Plínio Marcos (no Eixo Cultural Ibero-americano, antigo Complexo Cultural Funarte de Brasília) e a Gibiteca TT Catalão (no Espaço Cultural Renato Russo)”, exemplifica o secretário. Na Concha Acústica, foram investidos R$ 442 mil para regularização das placas de concreto que compõem o piso, reconstrução do alambrado, pintura completa das estruturas, instalação de refletores e substituição de vidros. Também estão sendo investidos R$ 3,6 milhões para obras ainda em execução de urbanismo, paisagismo e drenagem, que integram meios-fios, pavimento de concreto, pista de caminhada, estacionamento, bocas de lobo e rede fluvial, além de árvores e arbustos. Reaberto no aniversário de 62 anos de Brasília, em 2022, o Museu do Catetinho recebeu manutenção do telhado e do piso, limpeza de ferros, troca de peças, renovação do estacionamento e melhoria na acessibilidade. Investimento: R$ 439 mil | Foto: Hugo Lira / Secec No Museu do Catetinho, foi feita a manutenção do telhado e do piso, a limpeza de ferros, a troca de peças, a renovação do estacionamento e a melhoria na acessibilidade, com investimento de R$ 439 mil. O espaço havia ficado fechado por dois anos para a realização dos serviços e foi reaberto em 21 de abril do ano passado, no aniversário de 62 anos da cidade. Na mesma data, ocorreu a reabertura da Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, que estava desativada desde 2013. Rebatizado de TT Catalão, em homenagem ao jornalista e poeta Vanderlei dos Santos Catalão, o espaço foi repaginado, ganhou acessibilidade e um sistema de prevenção a incêndios. Investimento de R$ 60 mil. Já no Eixo Cultural Ibero-americano, antiga Funarte, foram investidos R$ 2,060 milhões para reformar a Galeria Fayga Ostrower, que ficou fechada de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, e o Teatro Plínio Marcos, sala principal do espaço, que ganhou uma nova fachada, revisão no circuito elétrico, impermeabilização e pintura nas paredes internas, instalação de novo sistema de incêndio, troca de carpetes, novo layout da sala, projeto luminotécnico, revitalização de palco e banheiros. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Futuras entregas Neste ano, o governo conduz as obras no Teatro Nacional Cláudio Santoro, iniciadas pela Sala Martins Pena, e dá continuidade aos trabalhos no Cine Itapuã. No caso do teatro, a ordem de serviço foi assinada em 20 de dezembro de 2022. “O nosso grande equipamento, que é o mais esperado, encerramos a gestão dando o pontapé para que ele volte muito em breve, que é o Teatro Nacional”, conta Bartolomeu Rodrigues. “Esse é um exemplo que tenho de um equipamento que não estava, na verdade, abandonado, o Cine Itapuã estava destruído. Praticamente estamos começando do zero, pegando um equipamento totalmente degradado, impossibilitado de receber qualquer tipo de espetáculo, qualquer tipo de apresentação, para fazê-lo funcional novamente”, explica o secretário.
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GDF vai investir R$ 100 milhões na cultura e reformar a Sala Villa-Lobos
O Governo do Distrito Federal (GDF) vai reformar a Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, modernizar a Orquestra Sinfônica e investir em atividades no desenvolvimento dos equipamentos culturais. As medidas fazem parte de um programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e do Banco de Brasília (BRB) que prevê o investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos. A assinatura do acordo ocorreu nesta segunda-feira (24), no Palácio do Buriti. Além da reforma da Sala Villa-Lobos, o governador anunciou investimentos em outros importantes espaços culturais do DF | Foto: Renato Alves/Agência Brasília [Olho texto=”“Essa parceria trata de cuidar de outros espaços culturais, com apoio do banco na parte técnica e na elaboração de projetos para que a gente possa investir cada vez mais na economia criativa”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] Chamado de BRB Cultural, o programa vai reformar, modernizar e ocupar com shows, peças teatrais e festivais importantes espaços culturais de Brasília. Estão na lista Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, os museus Histórico de Brasília, da Liberdade Tancredo Neves, de Arte de Brasília, do Catetinho, Nacional da República e Vivo da Memória Candanga. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro também será apoiado pelo banco local. São medidas que, conforme atenta o governador Ibaneis Rocha, acompanham o investimento e o crescimento do setor cultural nos últimos anos: “Essa parceria trata de cuidar de outros espaços culturais, trata de um programa de empreendedorismo para a área cultural, com apoio do banco na parte técnica e na elaboração de projetos para que a gente possa investir cada vez mais na economia criativa do DF”. Recursos próprios Durante o evento de assinatura do documento, o governador também anunciou que o resultado da licitação para a reforma da Sala Martins Pena do Teatro Nacional será divulgado na quarta-feira (26): “Investimos recursos próprios nessa obra; a licitação está sendo concluída essa semana para que a gente comece pela Martins Pena, e agora o BRB assume a reforma da Sala Villa-Lobos e nós vamos reformar todo o Teatro Nacional e devolvê-lo para a sociedade”. [Numeralha titulo_grande=”R$ 100 milhões” texto=”serão investidos pelo BRB nos segmentos culturais, nos próximos cinco anos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, classificou o momento como histórico, destacou os investimentos no DF e assegurou que o governo vai trabalhar para expandir as atividades culturais em todas as regiões administrativas: “Somente nos últimos dois anos, o governo investiu cerca de R$ 365,8 milhões em cultura, sendo R$ 243 milhões do FAC [Fundo de Apoio à Cultura], R$ 103 milhões de termos de fomento, R$ 17 milhões em termos de colaboração e quase R$ 2 milhões em premiações”. Segundo o BRB, o apoio ao setor foi intimidado pela pandemia de covid-19, que necessitou o aporte de recursos em outras áreas. Agora, o banco considera o momento ideal para que a cultura e a arte sejam abraçadas de forma mais ampla. “Essa vontade estava latente no trabalho do BRB, e juntos construímos um amplo programa de apoio à cultura e à economia criativa”, afirmou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “Nosso objetivo é investir R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, gerando assim desenvolvimento, emprego e renda, e fortalecendo Brasília como um polo de atração de entretenimento.” Outra medida é a isenção de tarifa e de todos os custos envolvendo a conta corrente dos beneficiários de recursos culturais. “O banco passa a isentar as tarifas, fazendo com que os recursos sejam aplicados diretamente na atividade finalística”, explica o presidente do BRB.
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Confira alternativas culturais da cidade para este fim de semana
Brasília, 23 de julho de 2022 – Para quem não viajou neste mês de férias, há muitas opções de diversão na cidade. A dica é conferir a programação cultural local, com atrações e eventos nos espaços de lazer do Plano Piloto e do Entorno. Há entretenimento para todos os gostos e estilos. O grande destaque deste fim de semana é o Festival Latinidades, evento que, em sua 15ª edição, homenageia a mulher negra. Este ano, o tema é “Mulheres negras: todas as alternativas passam por nós”. Serão três dias de festa no Museu Nacional, com painéis, oficinas, desfiles, feira de gastronomia, espaço geek, lançamentos literários, exposições e shows musicais. Toda a programação é gratuita, mediante retirada de ingressos no www.sympla.com.br. “A partir do Distrito Federal, criamos esse projeto que é multilinguagem, uma plataforma para essas mulheres que têm uma produção potente, mas que não são reconhecidas por conta do racismo”, destaca Jaqueline Fernandes, idealizadora e coordenadora geral do evento. “Esse festival é o maior do gênero da América Latina, um espaço de encontro, afeto e conexão voltado para a mulher negra.” No Complexo Cultural Samambaia, o Espaço Cine Teatro Verônica Moreno tem como destaque, das 16h às 23h, o projeto Rock pela vida, com cinco bandas de rock cristã apresentando o melhor do gênero. A entrada é gratuita. Roteiro das exposições [Olho texto=”“A Concha Acústica está na raiz da história cultural da cidade. Conhecer a Concha é uma combinação de visita institucional e lazer” ” assinatura=”Marcelo Gonczarowska, gerente da Concha Acústica e do Museu de Arte de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de seus 62 anos de criação, a nova capital do país é marcada por história cheia de simbolismo heroico, impressões que os moradores e visitantes podem conferir em várias exposições permanentes em espaços como o Museu Vivo da Memória Candanga, Centro Cultural Três Poderes e Catetinho – local que mantém intactas as instalações da primeira residência oficial do presidente JK. O horário de visitação é das 9h às 17h. Nos museus que compõem o Centro Três Poderes – Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, Espaço Oscar Niemeyer e Museu da Cidade -, o horário de funcionamento é das 9h às 18h. Já a vasta programação do Museu Vivo da Memória Candanga pode ser acessada pelos visitantes das 9h às 17h. Considerada o primeiro palco de Brasília a céu aberto e inaugurada em 1969, a Concha Acústica oferece visita guiada, de quinta a domingo, das 10h às 17h. “Nessa visita se conta a história da Concha e mostra o espaço, inclusive com algumas curiosidades, como efeitos sonoros decorrentes de seu formato”, explica o gerente do local e do Museu de Arte de Brasília. Marcelo Gonczarowska Jorge. “A Concha Acústica está na raiz da história cultural da cidade. Além disso, é uma obra pouco conhecida do Oscar Niemeyer, uma das mais bonitas, eu diria. Então, conhecer a Concha é uma combinação de visita institucional e lazer”. Bem próximo à Concha Acústica, o Museu de Arte de Brasília é outra dica de lazer para quem estiver na cidade. O espaço, inaugurado em 1985 e reinaugurado em 2021, conta com um vasto acervo modernista de quase 1,5 mil peças, além de exposições temporárias, como uma composta por mobiliário de design moderno do período que vai de 1950 a 2021, disponível para apreciação até este fim de semana. A coleção valoriza móveis que fizeram parte do interior de palácios, instituições públicas e mesmo residências particulares assinados por nomes como Oscar Niemeyer, Sérgio Rodrigues, Jorge Zalszupin e Lina Bo Bardi, entre outros. “Uma parte já compunha o nosso acervo, e outra está sendo integrada agora, dando ainda mais peso e representatividade para o design”, avalia o gerente. No Memorial dos Povos Indígenas, reaberto das 9h às 17h desde novembro de 2021, a novidade é a exposição Mais de 12 mil Anos Nesta Terra, que reúne 300 peças pertencentes a 15 etnias indígenas. São colares, vasos, cestos, máscaras e outros artefatos que foram apreendidos pela Polícia Federal em uma ação de combate ao contrabando de objetos do gênero. “O Memorial dos Povos Indígenas cresceu muito como museu”, afirma o gerente do local, David Terena. No Espaço Renato Russo, das 10h às 20h, o público poderá apreciar também três exposições em locais diferentes. Na Galeria Rubem Valentim, até este fim de semana, o destaque é a polêmica montagem Vê Nus, do fotógrafo brasiliense, Kazuo Okubo. Já no Espaço Aquário, até 4 de setembro, a atração é a mostra Margens da Cidade, uma parceria com a Embaixada da Espanha que apresenta 34 trabalhos fotográficos de artistas espanhóis e brasileiros que refletem sobre a sustentabilidade e espaços urbanos.?
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MAB emociona público após 14 anos sem arte
Assim que soube da abertura do Museu de Arte Moderna (MAB) para a visitação pública na sexta-feira (28.5), a artista plástica Anaíce Cavalcante partiu para a Orla da Vila Planalto. Chegou sozinha, passeou calmamente por cada quadro, registrou tudo na câmera do celular e viu um filme passar pela sua cabeça. O Museu de Arte de Brasília volta a ser atração no cenário cultural da cidade, aberto de quarta a segunda-feira | Fotos: Marina Gadelha / Secec-DF “É um sonho. Esse museu reaberto depois de 14 anos. Aqui, participei de uma coletiva com o quadro “Peixe”. Estou encantada. Só via essas gravuras de Tarsila do Amaral em livros. A emoção de estar diante dessa arte e nesse museu é sem tamanho. Quero expor aqui de novo. Agora, uma individual”, almeja a pintora naïf que chegou de Fortaleza há 30 anos. A emoção estética de Anaíce parecia estar espelhada nos olhos do fotógrafo e jornalista Orlando Brito, que passeava entre os totens expositivos de 18 trabalhos emblemáticos de sua autoria. Curioso, o artista fazia o exercício de imaginação: “O que será que se passa na cabeça de cada pessoa ao ficar diante de minha obra?”. Assim, via sentido para a produção marcante que o tornou uma referência da fotografia humanizada sobre o poder e seus bastidores. Emocionado com a exposição de 18 dos seus emblemáticos trabalhos, o fotógrafo Orlando Brito (d), com o secretário Bartolomeu Rodrigues (e), revela imagens humanizadas do poder e seus bastidores “Nesses tempos de pandemia, há poucas notícias boas. A reabertura do MAB é, sem dúvida, uma delas. Um espaço tão construtivo para a cidade. Aqui, percebo como nossos personagens se tornam coadjuvantes dentro dessa maravilha de arquitetura criada por Niemeyer. A história convive com Brasília”, aponta. Emoção aos olhos Enquanto Orlando Brito circulava, o casal Socorro Cronberg e Emídio Lima Gomes parou diante de uma de suas obras: a foto de um ser humano fantasiado de A Morte, expondo ironicamente, no peito, a urgência à vacina. “Não tem como não pensar na pandemia e nesse momento no qual a cultura se torna fundamental para acalmar nossos espíritos”, observou o advogado aposentado Emídio. A abertura do MAB atrai a atenção de um público cauteloso que, protegido, está com um olho na obra de arte e outro nos rumos da pandemia Com 45 anos de Brasília, os dois visitaram pela primeira vez o MAB e ficaram encantados. Emídio saiu de lá prometendo espalhar para os quatro cantos do DF as maravilhas daquele espaço, enquanto Socorro, dentista de ofício, extasiou-se com as imagens de Orlando Brito, cujo trabalho jornalístico sempre acompanhou. A felicidade do público era o bálsamo do gerente do MAB, Marcelo Gonczarowsca, que não escondia a felicidade em ver o térreo do museu ocupado artisticamente. Nesse momento, a abertura do MAB é gradual e ocupa área externa (Jardim de Esculturas), pilotis (Orlando Brito e murais históricos) e hall (gravuras de Tarsila do Amaral). Em breve, o primeiro andar surgirá com parte substancial do acervo. [Olho texto=”“O público precisa estar aqui com total segurança, sem risco algum para a saúde. Ao mesmo tempo em que, sabemos que esse reencontro com a arte é um refresco para a alma, um alento para a população”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estou satisfeito porque estamos oferecendo um serviço que eu, como cidadão, gostaria de usufruir. Abrimos um MAB acessível, inclusivo, com capacidade de dialogar com diversas camadas da sociedade”, exaltou. “É uma abertura com cautela”, como definiu o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, com um olho na obra de arte e outro nos rumos da pandemia. “O público precisa estar aqui com total segurança, sem risco algum para a saúde. Ao mesmo tempo em que, sabemos que esse reencontro com a arte é um refresco para alma, um alento para a população”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o MAB aberto e a vizinha Concha Acústica em ajustes de detalhes, como paisagismo e pintura, a pasta da Cultura planeja fortalecer a Orla da Vila Planalto como importante polo cultural do DF. “Vamos virar essa página de quase uma década e meia de abandono. Estamos voltados à comunidade e à importância do acesso à cultura”, apontou o secretário-executivo, Carlos Alberto Jr. MUSEU DE ARTE DE BRASÍLIA Regras de visitação – Visitação: de quartas a segundas-feiras, de 9h a 21h. Fechado às terças-feiras. – Capacidade: Pilotis (140 pessoas); hall (15). – Observação: uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: mab@cultura.df.gov.br – Classificação indicativa: Livre – Endereço: SHTN, trecho 01, projeto Orla polo 03, Lote 05, CEP: 70800-200 Brasília – DF – Instagram: @museudeartedebrasilia *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Museu Nacional oferece quatro exposições ao público
O abismo, o poço, a imagem no espelho, a dor, a ameaça à existência. Com esses elementos comuns, expressões de sentimentos que a pandemia da covid-19 tornou familiares, quatro exposições distintas aguardam o público no Museu Nacional da República (MUN) a partir desta sexta-feira (28). O espaço foi autorizado a funcionar por meio de portaria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicada na segunda-feira (24) dentro de rígidos protocolos de segurança sanitária. “Os museus abrem as suas portas de forma segura e sem riscos de aglomerações, tornando-se alternativas prudentes de experiência artística para a população”, aponta o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues. A arte de Alex Vallauri A arte de Alex Vallauri Os visitantes encontrarão uma novidade na estrutura arquitetônica interna. A diretora do MUN, Sara Seilert, conta: “Nós desmontamos a Galeria Acervo para recuperar a arquitetura original do prédio. Agora, podemos ver o mezanino suspenso por tirantes, sem nenhum pilar, como no projeto original de Oscar Niemeyer. O contato direto com as obras de arte e com o prédio do Museu é algo que queremos incentivar com atenção à saúde coletiva”. Assim, o público terá a oportunidade de conhecer exposições inéditas, com destaque especial ao artista Alex Vallauri, que propõe uma aproximação com o ambiente das ruas, por meio da linguagem do grafite e do estêncil. “Ele propõe uma montagem inusitada para o Museu, com andaimes e tapumes, em contraste com o formato semiesférico e a estética do prédio”, acrescenta a diretora. A galeria principal expõe a arte de Alex Vallauri (1949-1987). Nascido na Etiópia, o grafiteiro, artista gráfico, gravador, pintor, desenhista e cenógrafo, emigrou para o Brasil, em 1965, transferindo-se para a capital paulista depois de uma estada em Santos, onde se iniciou em xilogravura. O texto de apresentação da exposição, que leva o nome do autor e tem curadoria de Fabrícia Jordão, traz “a poética e o pensamento do artista, atualizando-os com noções de arte urbana brasileira e suas relações e disputas com o espaço urbano patrimonializado de Brasília, com suas esferas públicas”. Vallauri substitui as técnicas do grafite tradicional por grandes moldes conhecidos como estênceis (técnica de pintura que utiliza o molde vazado para aplicar um desenho em qualquer superfície), que usou para estampar paredes e muros das cidades que marcou com sua arte. Ele povoa o ambiente com os elementos identitários de sua poética urbano-espacial: a bota, o telefone, a bailarina e o frango assado. Arte espalhada [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A dor surge na obra de Suyan de Mattos, na Sala 2, com A Mulher Forte Arrancou a Dor e a Aprisionou Numa Caixa. “A exposição trata da dor que é subjetiva, complexa e difícil de definir”. O texto de apresentação diz que há 10 anos a artista adoeceu e passou a sentir dor diariamente. Isso levou-a a mudar a linguagem artística. Por não conseguir mais pintar grandes telas buscou no bordado um modo de “ativar e misturar suas experiências de vida para produzir um padrão individual, único e inimitável”, que a tornasse “a bordadeira do próprio destino”. O curador, Ralph Gehre, poetiza: “A mulher forte arrancou sua dor, a aprisionou numa caixa e alegou a superação de um passado. Não apenas uma exposição de pinturas-bordados-desenhados, mas o relato do percurso épico em que o herói de tantos enfrentamentos é na verdade uma heroína. Não Alice acidentada em um lugar descabido, cheio de truques e pequenas ameaças, introjetada em sonho no fundo de um poço. Não uma sereia encantadora, cantante, ameaçando marinheiros, ou uma bruxa como Circe em sua ilha, transformando homens em porcos. Não uma mulher servindo ao heroísmo de um homem. Uma mulher apenas, independente do mundo e submetida ao seu próprio corpo, escrevendo seu relato de superação”. O artista, marchand e empresário Marcos Amaro festeja a reabertura do MUN: “Fico muito feliz. Meu trabalho tem um diálogo muito grande com o momento que estamos vivendo. O traço existencialista presente nele traduz o maior contato de cada um consigo mesmo. As pessoas estão enclausuradas e anseiam por liberdade. É fundamental esse momento de reaproximação com a arte”, elabora o paulistano que cita Heráclito, Heidegger e Nietzsche para justificar os traços presentes em O Poço, exposição no mezanino cujo conceito é uma interpretação filosófica da natureza do ser, da existência e da realidade. Na Galeria Térreo, Marçal Athayde, em Decifra-me ou te Devoro – O Enigma da Cidade, reúne 32 obras nas quais o artista aborda as relações e tensões entre o sujeito e a cidade, num questionamento sobre a vida moderna que os tempos atuais de pandemia tornam ainda mais necessário. O curador Rafael Peixoto afirma que “a produção de Marçal é contemporânea pelo tratamento dado às imagens e pelo olhar carregado de crítica política e social, mas traz em sua essência o mesmo questionamento moderno sobre as relações do sujeito com seu entorno e, mais especificamente no seu caso, do homem com a cidade”. Período: sexta a domingo, das 10h às 16h. Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Observação: obrigatórios o uso de máscara e passagem pelo tapete sanitizante. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel. Telefone para dúvidas: (61) 3325-5220. Endereço: Setor Cultural Sul, Lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, Brasília – DF. Entrada gratuita. Programe-se Alex Vallauri (Galeria Principal, até 22 de agosto) Decifra-me ou te Devoro – O Enigma da Cidade (Galeria Térreo, até 8 de agosto) O Poço (Mezanino, até 22 de agosto) A Mulher Forte Arrancou a Dor e a Aprisionou Numa Caixa (Sala 2, até 8 de agosto) * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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MAB abre visitação pública com Tarsila do Amaral e Orlando Brito
O Museu de Arte de Brasília (MAB) está pronto para abrir suas portas ao público. O equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) volta a funcionar nesta sexta-feira (28) depois de 14 anos de interdição do prédio e uma reforma que custou R$ 9 milhões e dotou o local do conforto e das características de climatização e luminosidade adequadas a instituições museológicas. Homenagem à Democracia, de Franz Weissmann, um dos mais importantes artistas da história da arte moderna e contemporânea brasileira, é uma das obras do “Parque de Esculturas do MAB” | Foto: Divulgação/Secec O MAB vai oferecer um horário expandido de visitação, de 9h às 21h, todos os dias à exceção de terça-feira, diferenciando-se de outros museus da Secec, que abrem de sexta a domingo. Quatro exposições vão ocupar o hall, o pilotis e a área externa com gravuras de Tarsila do Amaral, fotos de Orlando Brito sobre nossa história recente, painéis que narram a trajetória do museu e esculturas na área externa. [Olho texto=”“Cumprimos mais um compromisso assumido com o público da capital e do Brasil, ao reabrir o MAB, completamente revitalizado e em condições de conforto e segurança sanitária, permitindo acesso ao acervo de valor incalculável”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Para a segurança dos visitantes, serão adotados os protocolos de segurança de praxe: obrigatoriedade de máscara para entrar, medição de temperatura dos usuários na entrada, distanciamento monitorado entre as pessoas e álcool gel disponibilizado. “Cumprimos mais um compromisso assumido com o público da capital e do Brasil, ao reabrir o MAB, completamente revitalizado e em condições de conforto e segurança sanitária, permitindo acesso ao acervo de valor incalculável”, destaca o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues. Uma novidade será a possibilidade de circulação de animais de estimação na área externa e nos pilotis de modo experimental, desde que responsáveis pelos pets respeitem a convivência com os visitantes e a higiene do local, das obras e dos equipamentos do museu. “Caso não haja incidentes sérios nas semanas seguintes à abertura, a política será tornada permanente”, afiança o gerente do MAB, o servidor público e artista plástico Marcelo Gonczarowska. Haverá, nesse momento, máquinas automáticas de venda de lanches. Um café está previsto para funcionar nos pilotis, mas depende de licitação que será feita em junho e ficará sob a responsabilidade de Organização da Sociedade Civil (OSC) ainda não definida. Tarsila no MAB apresenta seis gravuras da artista Tarsila do Amaral (1986-1973), expoente da Semana de 22 | Imagem: Reprodução Exposições No hall, A exposição Tarsila no MAB apresenta seis gravuras da artista Tarsila do Amaral (1986-1973), expoente da Semana de Arte Moderna de 1922, de dez obras pertencentes ao acervo do museu. A mostra celebra os 135 anos do nascimento de uma das mais importantes artistas do Brasil, que revolucionou a arte brasileira. Tarsila foi a primeira artista a criar uma arte verdadeiramente nacional, nas palavras de Mário de Andrade. Sua pintura Abaporu (1928) fundou o movimento artístico da Antropofagia e é um dos quadros brasileiros mais conhecidos dentro e fora do país. As gravuras em exibição foram expostas pela última vez no museu em 2004. Fazem parte de uma série criada pela artista paulista em 1971, cujos temas são paisagens antropofágicas e vistas de praias e do interior. No Pilotis, Brasília: cenário do Poder reúne 18 fotografias produzidas entre 1966 e 2021 pelo fotógrafo e jornalista Orlando Brito, profissional reconhecido na cobertura política em Brasília. Mineiro e de família pioneira na capital, ele começou no jornal O Globo e depois migrou para a revista Veja, onde ficou por 16 anos. Foi também editor de fotografia do Jornal do Brasil, no Rio. Autor de diversos livros de fotografia, tornou-se hors concours do Prêmio Abril de Fotografia, que ganhou 11 vezes. Brasília: cenário do Poder reúne 18 fotografias realizadas entre 1966 e 2021 pelo fotógrafo e jornalista Orlando Brito, profissional reconhecido na cobertura política em Brasília| Foto: Orlando Brito Suas fotos normalmente ultrapassam o registro fotojornalístico e trazem um discurso poético-artístico a ponto de terem sido incorporadas aos acervos de instituições como o Museu de Arte de São Paulo, os museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo e o Centre Georges Pompidou, de Paris (Fraça). Na mostra, imagens do período da ditadura militar, das Diretas Já e da pandemia da covid-19. O MAB exibe 10 painéis que contam a história do museu e de seu acervo. O público também poderá conhecer as transformações pelas quais passou na mais recente reforma. Entre as imagens reproduzidas estão as de obras de artistas como Rubem Valentim, Fernando Carpaneda e Célia Matsunaga. Design Também podem ser vistas, pela primeira vez, imagens de uma parte do acervo de design do MAB. Em celebração ao reconhecimento de Brasília como Cidade Criativa em Design pela Unesco em 2017, o MAB reabrirá como um museu de arte e de design, com um acervo de cerca de 20 móveis autorais, incluindo peças raras de Sérgio Rodrigues e de Jorge Zalszupin e obras de designers jovens premiados da cidade, como Eduardo Borém e Raquel Chaves. O “Parque de Esculturas do MAB” apresenta mostra permanente de 12 esculturas distribuídas em sua área externa e interna. Desde a fundação do MAB, as diferentes gestões que se sucederam desejaram ou tentaram criar um parque de esculturas na região do museu, ideia que se materializou na reabertura. O Parque foca na produção de autores de Brasília que demonstram diferentes aspectos da produção dessa forma de arte na capital. Obra de Luiz Ribeiro, representando a folha do pequizeiro | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Entre os destaques, peças de Darlan Rosa, Omar Franco, Sanagê Cardoso e Mara Nunes. Um ponto alto é a escultura Homenagem à Democracia, de Franz Weissmann, um dos mais importantes artistas da história da arte moderna e contemporânea brasileira. Essa escultura, que pesa mais de três toneladas, foi projetada em 1958, mas somente executada em 1989, em comemoração às primeiras eleições diretas para a Presidência da República depois da ditadura militar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Regras de visitação Período: de quarta a segunda-feira, de 9h a 21h. Fechado às terças-feiras. Capacidade: 140 pessoas, nos pilotis; e 15 pessoas, no hall. Observação: obrigatório o uso de máscara. Haverá controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas, com oferta de álcool gel. Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: mab@cultura.df.gov.br. Classificação indicativa: livre. Endereço: SHTN, trecho 01, Projeto Orla Polo 03, Lote 05, CEP: 70800-200 Brasília – DF. Instagram: @museudeartedebrasilia *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Sete pontos culturais de portas abertas nesta sexta-feira (28)
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou, nesta segunda-feira (24), a Portaria nº 70, que reabre, a partir da sexta-feira (28) sete equipamentos culturais sob sua gestão: Museu Nacional da República (MuN), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, Museu da Cidade (os três formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P), duas galerias do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) e o Museu de Arte de Brasília (MAB), este último retornando à visitação pública depois de 14 anos fechado. O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), por estar em reforma, vai permanecer fechado até a conclusão da obra. Já o Museu do Catetinho, por não apresentar condições mínimas de funcionamento dentro dos aspectos de segurança do protocolo covid-19 e estar em reforma, também segue fechado. O Espaço Cultural Renato Russo só terá as duas galerias do piso principal em funcionamento. Os demais espaços permanecem fechados. A Concha Acústica está autorizada a receber visitantes, desde que seja realizada exposição de arte em seu interior, ou mediante concessão de autorização especial. Os parques do Museu do Catetinho e do Museu Vivo da Memória Candanga seguem fechados. “Os museus abrem as suas portas de forma segura e sem riscos de aglomerações, tornando-se alternativas prudentes de experiência artística para a população”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Rota segura Seguindo todos os protocolos de segurança previstos pelas autoridades sanitárias, os equipamentos reabrem, em sua maioria, após quase três meses fechados, devido ao segundo período de quarentena instituído para evitar a disseminação da pandemia. Para a volta ao funcionamento normal, esses espaços passaram por um rigoroso processo de limpeza e sinalização de segurança, respeitando as medidas sanitárias necessárias para proteger servidores e visitantes da covid-19. Os locais voltam a propor um diversificado circuito artístico. Espaço Lucio Costa retorna com a exposição Plano Piloto de Brasília, que tem base nas projeções do urbanista Lucio Costa | Fotos: Divulgação/Secec Confira, abaixo, o roteiro de cada um desses espaços culturais. Centro Cultural Três Poderes (CC3P) O gerente interino do CC3P, Ricardo Almeida, destaca a satisfação em reabrir os espaços para a população, com as medidas de segurança cabíveis. “Convidamos todos a conhecerem nossos espaços e conhecer mais sobre a história de Brasília, da democracia e dos heróis nacionais”, reforça. Panteão da Pátria Entre as atrações em cartaz, o espaço cultural localizado no coração de Brasília reabre com a exposição sobre a vida e trajetória política de Tancredo Neves, além do Livro de Aço dos Heróis da Pátria e do Mural da Liberdade de Athos Bulcão. O público ainda poderá conferir o painel Inconfidência Mineira, de João Câmara, e o vitral de Marianne Peretti. Espaço Lucio Costa O museu retoma com o funcionamento com a mostra Plano Piloto de Brasília, a partir do material projetado pelo urbanista Lucio Costa. Como em uma viagem ao tempo, o visitante tem acesso a fotos e informações históricas, além de uma grande maquete da capital federal. Museu da Cidade Museu traz a sua exposição permanente, com frases talhadas no mármore branco que contam a história de interiorização da capital federal, desde o século 18 até sua inauguração. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 9h às 15h; Lotação do salão: Panteão da Pátria, 20 pessoas; Espaço Lucio Costa, dez ; Museu da Cidade, cinco. Completada a capacidade, será formada fila de espera. É obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Telefone para mais informações: (61) 98355-9870 (WhatsApp). Museu Vivo da Memória Candanga Museu Vivo da Memória Candanga A gerente do MVMC, Eliane Falcão, celebra a reabertura com a esperança de que em breve tudo possa voltar ao expediente normal. “O Museu Vivo é a morada dos pioneiros da nossa capital. Será mais uma alternativa de passeio cultural possível”, afirma. Exposição Poeira, Lona e Concreto – Com acervo composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, a exposição permanente narra a história da cidade, desde os projetos até a inauguração, em 1960. Cerrado de Pau de Pedro – Esculturas de madeira que remetem ao olhar e ao amor pelo bioma cerrado visto pelo artista popular Seu Pedro de Oliveira Barros. Mostra permanente, com peças feitas com madeiras recolhidas no cerrado. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h, somente para dois salões expositivos. O parque permanece fechado. Lotação do salão: dez pessoas por salão. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3301-3590. Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) Espaço Cultural Renato Russo “Temos um cronograma extenso de exposições de excelente qualidade represadas e temos certeza de que o público ficará satisfeito ao nos visitar”, celebra o gestor do local, Renato Santos. Localizado na 508 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo reabrirá duas de suas galerias expositivas: Rubem Valentim, com a mostra Mulheres à Margem, e Parangolé, com Anônimos. Mulheres à Margem: Trabalhos de seis artistas mulheres, cada uma apresentando uma linguagem própria para lidar com questões femininas dentro da sociedade. Anônimos: A mostra traz série fotográfica de Armando Salmito. Sob o olhar do artista, a mostra aborda existência e urbanidade, tendo como plano de fundo a cidade de Nova York (EUA). Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h. Lotação: Galeria Rubem Valentim: 14 visitantes; Galeria Parangolé: sete visitantes. Dentro das galerias, o distanciamento é de 9m² entre visitantes. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 98503-9728 (WhatsApp) Museu Nacional da República Novidade para o público: o Museu da República passou por uma pequena reforma O Museu Nacional preparou novas exposições para sua reabertura. O público poderá conferir mostras inéditas, como as de Alex Vallauri, no expositivo principal; Marcos Amaro, no mezanino; Marçal Athayde, na galeria térreo, e Suyan de Mattos, na Sala 2. Outra novidade é que o museu também passou por uma pequena reforma. “Nós desmontamos a galeria acervo para recuperar a arquitetura original do prédio. Agora, podemos ver o mezanino suspenso por tirantes, sem nenhum pilar, como no projeto original de Oscar Niemeyer. O contato direto com as obras de arte e com o prédio do Museu é algo que queremos incentivar com atenção à saúde coletiva”, destaca a diretora do espaço, Sara Seilert. Decifra-me ou te Devoro – O Enigma da Cidade – Do maranhense Marçal Athayde. Traz a produção recente de telas e esculturas do artista radicado no Rio de Janeiro. Reúne 32 obras que abordam as relações e tensões entre o sujeito e a cidade. Alex Vallauri – Retrata, por meio de andaimes verdes e tapumes intercalados, uma invasão urbana no ambiente expositivo tradicional e patrimonial. São cartazes, obras, estruturas, andaimes, ruídos estênceis. A cidade está em constante transformação neste exato segundo. Combinam-se experiências e ações espontâneas que compõem contextos urbanos. O Poço – Do artista Marcos Amaro, é o segundo ato do projeto Ontologias, um estudo experimental expandido, cujo conceito parte principalmente da interpretação filosófica da natureza do ser, da existência e da realidade. Além de um conjunto de cinco desenhos, O Poço tem como peça central uma obra homônima, que traz no fundo de sua estrutura um espelho. Suyan de Mattos – O público poderá enxergar que a dor é subjetiva, complexa e difícil de definir. Há dez anos, a artista adoeceu e passou a sentir dor diariamente. A partir de então, mudou a sua linguagem da pintura para o bordado. Essa técnica passou a significar ativar e misturar suas experiências de vida para produzir um padrão individual e inimitável. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h. Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3325-5220. Museu de Arte de Brasília (MAB) Com prédio entregue à população em 21 de abril deste ao, aniversário de 61 anos de Brasília, o Museu de Arte de Brasília (MAB) volta a receber o público depois de 14 anos fechado. Nesse momento, a ocupação artística abrange hall, pilotis e área externa do museu, com mostra fotográfica de Orlando Brito (pilotis), gravuras de Tarsila do Amaral (hall) e esculturas que ocupam o jardim. “Desde a fundação do MAB, as diferentes gestões que se sucederam desejaram ou tentaram criar um parque de esculturas na região do museu, ideia que se materializou nessa reabertura. O parque foca na produção de autores de Brasília que demonstram diferentes aspectos da produção dessa forma de arte na capital”, destaca o gerente do local, Marcelo Gonczarowska. Regras de visitação: De quarta a segunda-feira, das 9h a 21h. Fechado às terças-feiras. Capacidade: pilotis – 140 pessoas; hall – 15. Obrigatório uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível. Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: mab@cultura.df.gov.br. Em todos os espações museológicos da Secec, a recomendação é que o visitante não toque na superfície das obras de arte, mesmo aquelas que estão ao ar livre e tenham concepção interativa. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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A volta de um patrimônio da capital
| Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília (Matéria atualizada às 11h29 do dia 11/08) Às margens do Lago Paranoá, no Setor de Hotéis e Turismo Norte, o Museu de Arte de Brasília (MAB) nasceu praticamente junto com a cidade, por volta de 1959, quando as obras de um e de outra começaram. Mas Brasília “nasceu” antes, em 21 de abril de 1960, enquanto o prédio do MAB foi inaugurado em 1961. Antes de ser um dos espaços culturais mais charmosos da capital federal, no entanto, o lugar – prestes a ser reinaugurado após 13 anos fechado – serviu de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e, veja só, até para um casarão do samba. Só em 1985 virou galeria de um acervo invejável de obras raras. A nova estrutura irá obedecer às necessidades de segurança e acessibilidade, com dois elevadores para cadeirantes. Com isso, as pessoas com deficiência poderão ter acesso ao pavimento superior do prédio. [Olho texto=”“A gente quer resgatar aquilo que o MAB foi concebido para ser, ou seja, um grande celeiro de ideias onde o artista possa pintar o sete, literalmente”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”centro”] No que diz respeito ao espaço e ao acervo, a novidade será a disponibilidade de uma reserva técnica com quase 600 metros quadrados, que não tinha, e laboratório de restauro e conservação novos, além de sala de triagem para receber e avaliar as obras. “Esse ambiente conta com sistema de combate a incêndio, dutos de ar condicionado para refrigerar e detectores de fumaça para avisar com antecedência um possível fogo”, detalha Talles Yorran, um dos engenheiros responsáveis pela obra. “A gente quer resgatar aquilo que o MAB foi concebido para ser, ou seja, um grande celeiro de ideias, um lugar onde o artista possa pintar o sete, literalmente”, festeja o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues. “O nosso desejo é fazer do espaço um conceito diferente dos outros museus, onde as pessoas vão contemplar obra de arte, mas que ali também aconteçam oficinas integradas com o mundo acadêmico”, diz o secretário. | Foto: Arquivo Público do Distrito Federal Para quem conheceu o que era o prédio do MAB antes e o que será hoje, o projeto de revitalização do local é, no mínimo, apaixonante. O novo prédio, antecipa o secretário de cultura, não vai deixar nada a desejar para o que há de mais moderno em termos de concepção de obra pública para instalação do gênero. Um dos principais destaques da obra são os sistemas de climatização – fundamental para o funcionamento de um museu -, e de energia solar. Toda a cobertura da construção irá captar a chuva para jogá-la nos tubos que vão até os reservatórios de águas pluviais no subsolo. O conteúdo será aproveitado para irrigação dos jardins. “Será um projeto autossustentável”, explica Bartolomeu. | Foto: Arquivo Agência Brasília Haverá ainda uma passagem subterrânea que fará a ligação direta com a reserva técnica do museu e novas paredes de cobogós na parte inferior do prédio que se somam ao projeto original da fachada superior. Circundando o museu, terão gramas e árvores destacadas por luzes que vão fazer a integração entre a natureza e o concreto que tanto marca a arquitetura moderna de Brasília. “O desejo é fazer do MAB um conceito diferente do Museu da República”, diz Bartô, apelido do secretário. Ainda sem data, a exposição inaugural, que servirá de base para uma montagem de longa duração contando a História da Arte de Brasília, já está em fase avançada de elaboração. A ideia, segundo o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura do DF, Demétrio Carneiro, responsável pelo acervo do MAB, é que o espaço passe a abranger também a História do Design da capital. | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Para isso, o acervo contará com peças históricas, como por exemplo, do arquiteto Sérgio Rodrigues (1927–2014), assim como artigos de outros designers contemporâneos. Alguns desses trabalhos são premiados internacionalmente. “Além de acrescentar à sua proposta de trabalho os móveis autorais da indústria moveleira da cidade, o MAB irá também fazer o mesmo com a produção de ladrilhos local, fazendo do espaço o maior em obras identitárias do DF”, defende Demétrio. Para Bartolomeu Rodrigues, a reinauguração do Museu de Arte de Brasília será a ponta de um projeto mais ambicioso ainda – a consolidação de um complexo cultural que vai do museu até a Concha Acústica. Para que a ideia ganhe forma, um grupo de trabalho envolvendo as secretarias de Cultura, Desenvolvimento Urbano e Obras, com a Novacap, foi formado. “O governador ainda vai anunciar formalmente, mas queremos aproveitar a reinauguração do MAB e transformar toda essa área num complexo cultural, inclusive, a Concha Acústica, que é outro equipamento nosso importantíssimo que está subvalorizado”, comenta. “Ainda não temos nome, para o complexo, é um projeto que está sendo desenhado, é um espaço que precisa ser mais valorizado no pós-pandemia, para levantar a cidade”, planeja. A previsão de entrega do “novo MAB” é para esse semestre. A obra será executada pela Novacap, tem recursos do Banco do Brasil e de outros órgãos do GDF na ordem de cerca de R$ 10 milhões. Importância inegável | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília A história do MAB é cercada de mistérios e desencontros. É o que conta a arquiteta e pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB), Maíra Oliveira Guimarães, especialista em patrimônio arquitetônico, desde 2015, se debruçando sobre a história do mítico museu. Ela explica, que o prédio começou a ser construído em 1959, como anexo do Brasília Palace Hotel, mas inaugurado, somente em 1961. O projeto estrutural foi assinado pelo calculista e arquiteto Oscar Niemeyer, Joaquim Cardozo e o projeto arquitetônico de um jovem alagoano chamado, Abel Carnauba Accioly, na época funcionário da Novacap como desenhista técnico. “O resgate do edifício em si, acabou virando a história da própria instituição, que é muito interessante, por ser um dos primeiros espaços públicos da cidade”, destaca Maíra. “Uma história muito rica e muito pouco registrada”, observa. A importância do MAB para cidade é inegável e se resume tanto pelo seu peso histórico, quanto pela riqueza do acervo composto por mais de 1.300 peças. Todo esse material está sendo recatalogado pela equipe da secretaria. “É um acervo muito valorizado”, comenta o secretário Bartolomeu Rodrigues. “O MAB foi uma instituição pioneira nessa área”, atesta o jornalista de cultura, Sérgio Moriconi. “Tem que lembrar que, na época em que ele foi criado, havia poucas galerias de artes na cidade”, recorda. Cinco décadas de preciosidades Trata-se de um patrimônio artístico moderno e contemporâneo doados ou adquiridos por meios de salões de premiações realizadas no local e que percorre cinco décadas, ou seja, dos anos 50 ao ano de 2001, configurando trabalhos que vão desde pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, objetos e instalações. São preciosidades de artistas consagrados nacionalmente e na esfera local como o baiano Rubem Valentim, o gaúcho Iberê Camargo, a polonesa que se radicou no país, Fayga Ostrower, além dos “brasilienses” Bené Fonteles e Athos Bulcão. Entre os diretores que passaram pelo espaço estão Glênio Lima, André Lafetá e a fluminense de Niterói, Lêda Watson, desde 1973 morando em Brasília. “Eu criei o MAB”, diz a pioneira, sem cerimônias, hoje com 87 anos. “Foram seis meses de luta para montar toda a equipe e estrutura do museu do zero, recuperando as obras que estavam completamente abandonadas”, lembra, orgulhosa. Lêda, gravurista de talento desde 1969, com prêmios conquistados na Europa, inclusive, ela diz que o empenho do secretário à frente da pasta de cultura é impecável, sobretudo na recuperação de espaços importantes da cidade como o MAB. “Essa gestão está fazendo proeza, fazendo as coisas acontecerem do zero, renascendo das cinzas, isso é um milagre”, elogia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além do MAB, outros espaços da cidade estão sendo revigorados nesse período de isolamento social durante a pandemia. É o caso, por exemplo, do Centro Cultural Oscar Niemeyer, uma área que faz parte do complexo arquitetônico da Praça dos Três Poderes, fechado desde 2015. Com uma área de 432 m², onde comporta duas galerias e um anfiteatro com capacidade para 20 pessoas, o local teve o sistema de rede elétrica e ar condicionado recuperados, além de teto revitalizado. O espaço também ganhou carpete e pintura novos. “São equipamentos que fazem parte da história da nossa cidade, alguns deles tombados que precisam ser zelados. Essa é a nossa preocupação. Que quando tudo voltar ao normal, a ‘casa’ esteja arrumada”, enfatiza o secretário Bartô.
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Reforma tornará Museu de Arte de Brasília sustentável e moderno
Projeto do MAB é o primeiro elaborado com energia solar, o que permitirá zerar o custo com ar condicionado | Foto: Divulgação / Novacap Ganharam força nos últimos dias as obras de reforma do Museu de Arte de Brasília (MAB). O projeto arquitetônico prevê reparos completos de suas instalações, com o objetivo de suprir necessidades de segurança e acessibilidade e adequar a estrutura predial a padrões mais modernos de museologia. Até o momento já foram concluídos 16% dos trabalhos. As melhorias também contemplam a construção de espaço adequado para reserva técnica, laboratório de restauro e conservação, sala de triagem para recebimento e avaliação de obras, colocação de placas fotovoltaicas na cobertura para geração de energia e climatização dos locais de exposição de acervos. Todo esse sistema inteligente de condicionamento de ar e com energia fotovoltaica é mais um item que fará da edificação do MAB um local sustentável. O diretor-presidente da Novacap, Candido Teles, destaca a importância do espaço não só para movimentar a arte da cidade, mas como um projeto pioneiro que trará segurança e terá o que há de mais moderno em termos de edificações desta natureza. “O projeto foi desenvolvido para que Brasília tenha um dos melhores museus do país. Qualquer obra de arte que vá para o MAB, a partir da sua reabertura, estará em total segurança e com as melhores condições de conservação”, relata Teles. Energia limpa O projeto do MAB é o primeiro elaborado com energia fotovoltaica (solar), o que permitirá zerar o custo com ar condicionado. O sistema de condicionamento do ar atende a necessidades especificas para disponibilizar condições modernas e adequadas às demandas do local, que receberá obras de arte com valores inestimáveis. Com a tecnologia, o MAB terá um sistema de controle que permite ajustar e/ou corrigir a temperatura em áreas do museu durante as 24 horas do dia. Projeto pioneiro trará segurança e oferecerá o que há de mais moderno em termos de edificações do gênero | Foto: Divulgação / Novacap O projeto prevê áreas para que as obras sejam tratadas e expostas da melhor maneira dentro da estrutura do prédio. No subsolo haverá um laboratório para restauração, sala de triagem para recebimento e avaliação das obras, além de definição da área em que serão expostas. E também há a previsão de um local de quarentena para que as obras fiquem quando chegarem ao museu, caso seja necessário – a precaução vale para uma obra com fungos, por exemplo. No térreo haverá, além das salas de exposição, biblioteca, espaço multiuso, um café e ambientes para exposições externas. Todas as galerias atendem aos critérios de iluminação adequada e controle de clima, com ajuste de precisão da umidade e temperatura em tempo integral. Identidade e preservação Erguido em 1960 e projetado por arquitetos da Novacap, a edificação de traços elegantes e simples segue os preceitos da arquitetura modernista do período pioneiro da capital. Sendo assim, houve a preocupação de promover a melhoria da estrutura do local tentando, sempre que possível, manter sua identidade original. * Com informações da Novacap.
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Museu de Arte de Brasília começa a ser reformado
Foi lançada oficialmente nesta terça-feira (24) a reforma do Museu de Arte de Brasília (MAB), fechado há dez anos por recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O governador Rodrigo Rollemberg esteve no Museu de Arte de Brasília nesta terça (24) e autorizou o início das obras. Foto: Tony Winston/Agência Brasília “Esta obra tem caráter simbólico grande para a nossa cidade, pois o MAB está fechado há dez anos e tem um acervo precioso de arte contemporânea”, disse Rollemberg. A ideia que é o local tenha um acervo permanente e receba outras exposições que circulam pelo País. “É um espaço nobre, que vai servir tanto para a população de Brasília quanto para os turistas.” As intervenções integram o programa Lugar de Cultura, que visa a recuperação dos espaços culturais do DF. A previsão é de que o museu fique pronto em novembro de 2018. “Ainda em 2017, devolveremos à população o Centro Cultural de Dança. No ano que vem, serão entregues o Espaço Cultural Renato Russo e os complexos culturais de Samambaia e de Planaltina, que, assim como a recuperação do Teatro Nacional [Claudio Santoro], formam o acervo de espaços culturais fechados que serão reativados”, disse Rollemberg. [Olho texto=”“Esta obra tem caráter simbólico grande para a nossa cidade, pois o MAB está fechado há 10 anos e tem um acervo precioso de arte contemporânea”” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A empresa vencedora da licitação para fazer a obra do MAB é a Engemil. Serão investidos no local R$ 7.698.574,15 — os recursos são de financiamento do Banco do Brasil e da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). Entre as principais mudanças estão a adequação do edifício às normas de acessibilidade, a colocação de placas fotovoltaicas na cobertura para geração de energia e a total climatização dos locais de exposição de acervos. O projeto prevê ainda laboratório para restauração, sala de triagem para recebimento e avaliação das obras, além de um local de quarentena para que as obras fiquem por um determinado tempo ao chegarem, caso necessitem. “Hoje é um dia muito importante para a Cultura, não só por mais uma obra, mas porque também hoje foram nomeados 41 servidores da Cultura”, destacou o secretário de Cultura, Guilherme Reis. A lista de convocação foi publicada no Diário Oficial do DF desta terça-feira (24). Museu de Arte de Brasília Construído em 1960 pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) para ser sede do Clube das Forças Armadas, o edifício passou a funcionar oficialmente como Museu de Arte de Brasília em 1985, por iniciativa da então Secretaria de Educação e Cultura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 1992, uma vistoria da Terracap apontou que o local não apresentava condições para guardar e expor obras. Em 2007, o museu foi fechado por determinação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, que considerou haver riscos para as peças — atualmente guardadas no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. O acervo é formado por obras das artes modernas e contemporâneas de 1950 a 2001, caracterizadas pela diversidade de técnicas e materiais, com pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, objetos e instalações. Incêndio na Chapada dos Veadeiros Após a cerimônia de assinatura da autorização de início das obras, Rollemberg falou sobre a preocupação do governo com o incêndio que atinge a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, desde o dia 17. [Olho texto=”“Estamos falando de um dos locais mais importantes do bioma Cerrado, responsável por 70% das águas que abastecem as bacias do Paraná, do Tocantins e do São Francisco, sem falar na biodiversidade fantástica”” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos falando de um dos locais mais importantes do bioma Cerrado, responsável por 70% das águas que abastecem as bacias do Paraná, do Tocantins e do São Francisco, sem falar na biodiversidade fantástica”, disse o governador. “É obrigação de todos contribuir para salvar o parque.” Na sexta-feira (20), 25 bombeiros militares do DF foram enviados à Chapada para colaborar com as equipes de combate a incêndios florestais que já atuavam na área. Na segunda-feira (23), dois médicos veterinários, um biólogo e um auxiliar técnico da Fundação Jardim Zoológico de Brasília se juntaram ao grupo para tratar animais feridos. Leia o discurso do governador Rodrigo Rollemberg no lançamento das obras de reforma do Museu de Arte de Brasília. Edição: Paula Oliveira
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Espaço cultural do TCU ganha novo status e endereço em Brasília
Educação e cultura juntas. Foi o conceito utilizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na escolha do novo endereço para o Centro Cultural Marcantonio Vilaça. Inauguração do Centro Cultural Marcantonio Vilaça ocorreu na noite desta quinta-feira (29), com a abertura de duas exposições. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília O espaço, que ficava dentro da sede do órgão federal, integra agora a estrutura do Instituto Serzedello Corrêa, escola superior do TCU, localizada no Setor de Clubes Esportivos Sul. A cerimônia de reabertura, nesta quinta-feira (25), contou com a presença do governador Rodrigo Rollemberg; do presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro; do secretário-geral da corte, Rainério Rodrigues Leite; e do diretor do instituto, Mauricio Wanderley. Raimundo Carreiro explicou que a mudança do local destina-se a trazer o público para mais perto da arte. “O intuito é que as galerias sejam um espaço aberto para toda a população”, defende. Para o governador, o ato ocorre num momento importante para cidade, em que várias ações de governo contribuem para a reabertura de equipamentos culturais. [Olho texto='”Apesar das dificuldades por que passam o DF e o Brasil, é importante investir em cultura para construir uma sociedade mais solidária e mais generosa”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É o caso do Espaço Cultural Renato Russo, do Centro de Dança e do Museu de Arte Brasília. “Neste momento, apesar de todas as dificuldades financeiras por que passam o Distrito Federal e o Brasil, é importante investir em cultura para construir uma sociedade mais solidária e mais generosa”. Rollemberg parabenizou o TCU pelo local amplo e bem situado, que poderá servir para a promoção de artistas brasilienses e de outras partes do País. “Espero que seja cada vez mais frequentado pelas nossas escolas, pela população, e incorporado definitivamente ao roteiro cultural de Brasília”. O edifício conta também com um museu institucional, uma biblioteca e áreas voltadas à educação. Um novo olhar para a arte Até 19 de agosto, o Espaço Cultural Marcantonio Vilaça apresenta a mostra Ordenamentos, de Bruno Moreschi. A exposição, sob curadoria de Caroline Carrion, traz um rico conjunto de obras, entre pinturas, desenhos, fotos e peças de mobiliário. Também faz parte a exposição ficcional At your own risk – título de uma das obras exibidas, de autoria do artista fictício Elliot Ford. Na galeria do Museu do Ministro Guido Mondin está a mostra TCU – a Evolução do Controle, que narra a evolução da corte desde sua instalação, em 1893, até os dias atuais. Em exposição permanente, o público poderá conferir o mobiliário que compunha o antigo plenário da casa, fotografias, quadros, documentos históricos, publicações, processos, objetos e ferramentas de trabalho de época. Exposição Ordenamentos, de Bruno Moreschi No Espaço Cultural Marcantonio Vilaça (complexo arquitetônico do Instituto Serzedello Corrêa) No Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 3 Visitação: de 30 de junho a 19 de agosto — terça-feira a sábado, das 9 às 19 horas Exposição TCU: A evolução do Controle Visitação: de terça a sexta-feira — das 9 às 18h (exposição permanente) Entrada franca Edição: Vannildo Mendes
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Novacap divulga edital para reforma do Museu de Arte de Brasília
Após 10 anos fechado, o Museu de Arte de Brasília passará por reforma e será reaberto ao público em 2018. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do DF desta quinta-feira (20). A obra é estimada em R$ 8.869.325,08, mas o valor deve ser reduzido no certame, agendado para 23 de maio. Reforma do Museu de Arte de Brasília prevê melhorias estruturais, mantendo os traços originais da edificação. Arte de Henrik D’Oark sobre foto de Toninho Tavares/Agência Brasília Os editais e anexos estão no portal da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que, além de cuidar da licitação e do projeto da obra, fiscalizará a intervenção no museu. Já os recursos são da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). Entre as principais mudanças estão a adequação do edifício às normas de acessibilidade, a colocação de placas fotovoltaicas na cobertura para geração de energia e a total climatização dos locais de exposição do acervo. “Como as obras de arte vão ficar em ambientes climatizados e controlados, há consumo de energia 24 horas. Então, fizemos o projeto com uma proposta de sustentabilidade para atenuar isso”, explica o diretor-presidente da Novacap, Júlio Menegotto. As placas vão gerar, segundo cálculos da companhia, energia suficiente para zerar o consumo do edifício com ar-condicionado. Para acessibilidade, serão instalados pisos podotáteis (que indicam o caminho e sinalizam obstáculos), rampas com inclinação adequada, banheiros adaptados e áreas de circulação largas. Climatização do Museu de Arte de Brasília para preservar as obras O projeto prevê climatização na maioria dos ambientes visando à preservação das obras de arte. Assim, as áreas de exposição, o acervo técnico e o laboratório ficarão em espaços com ar-condicionado 24 horas e controle de precisão de umidade e temperatura. No laboratório, haverá ainda filtragem de ar. No terreno de 9.025 metros quadrados, que tem 5,2 mil metros quadrados de área construída, também serão feitas melhorias na área externa. O museu deixará de ser cercado por grades, ganhará espécies vegetais típicas do Cerrado e terá iluminação para realçar a arquitetura modernista. [Olho texto='”Existe uma demanda totalmente legítima da sociedade pela reabertura de vários espaços culturais fechados em gestões passadas”‘ assinatura=”Gustavo Pacheco, subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na parte interna, o cuidado com a iluminação se repetirá: tanto para valorizar e conservar as obras quanto para economizar energia, com lâmpadas de LED. “Existe uma demanda totalmente legítima da sociedade pela reabertura de vários espaços culturais fechados em gestões passadas”, avalia o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura, Gustavo Pacheco. Ele reforça que a reforma do museu — localizado próximo à Concha Acústica, no Setor de Hotéis e Turismo Norte — tem papel fundamental no processo de revitalização da orla do Lago Paranoá, objeto do plano Orla Livre. “A ideia é criar um polo naquela área, com ações na Concha Acústica e a reabertura do museu.” Ainda sobre esse contexto de ocupação dos espaços da cidade, o projeto para revitalizar a Concha Acústica está em fase de conclusão, de acordo com Menegotto. Apesar de não haver tombamento individual específico do Museu de Arte de Brasília, a edificação — com traços simples e que segue a arquitetura modernista adotada na construção da cidade — terá sua fachada preservada. Projeto foi aprovado pelo Conplan e pelo Iphan Trabalhando desde 2015 para reformar o espaço, o governo de Brasília teve o projeto aprovado pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Inicialmente prevista para 2016 ao custo de R$ 2,8 milhões, a proposta passou por várias adaptações para atender a regras nacionais e internacionais, segundo a Secretaria de Cultura. [Olho texto=”O acervo do Museu de Arte é formado por obras de arte moderna e contemporânea de 1950 a 2001″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Histórico do Museu de Arte de Brasília Construído em 1960 pela Novacap para ser sede do Clube das Forças Armadas, o edifício passou a funcionar, oficialmente, como Museu de Arte de Brasília em 1985, por iniciativa da então Secretaria de Educação e Cultura. Em 1992, uma vistoria da Terracap apontou que o local não apresentava condições para guarda e exposição de obras. Em 2007, o museu foi fechado por determinação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, que considerou haver riscos para o acervo —atualmente guardado no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. Ele é formado por obras das artes moderna e contemporânea de 1950 a 2001, caracterizadas pela diversidade de técnicas e materiais, com pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas, objetos e instalações. Edição: Marina Mercante
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