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orgânicos no DF

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Agro do Quadrado: produção de orgânicos dispara no DF e leva mais saúde à mesa dos brasilienses

Indo além de uma escolha baseada em saúde, o consumo de alimentos orgânicos tem relação também com a proteção da biodiversidade e os impactos das mudanças climáticas. O Distrito Federal tem disparado na produção orgânica, levando alimentos mais saudáveis até as mesas mais vulneráveis por meio de programas sociais que fazem parcerias com os produtores rurais locais. A cada ano a produção de alimentos orgânicos vindos da agricultura do Distrito Federal tem aumentado. Em 2023, a safra bateu o recorde e alcançou um Valor Bruto da Produção (VBP) de mais de R$ 142 milhões, sendo fonte de renda para vários produtores e movimentando a economia local com cada vez mais adeptos a esse estilo de alimentação saudável. Produção de alimentos orgânicos tem crescimento no DF, com apoio técnico aos produtores rurais e políticas públicas que asseguram a compra para reforçar a alimentação de estudantes da rede pública | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A fruticultura orgânica, por exemplo, movimentou mais de R$ 17 milhões em 2023. Um salto em comparação com 2022, que teve um VBP em torno de R$ 11 milhões, e um ainda maior se comparado a 2021, que teve uma produção de cerca de R$ 6 milhões. Na floricultura orgânica também houve um aumento expressivo de produção. De 13.500 vasos produzidos em 2022 e um VPB em torno de R$ 172 mil, foi para 31.965 vasos produzidos em 2023, com um VPB de mais de R$ 253 mil. Atualmente são 253 cadastros de agricultores orgânicos do DF, às vezes com mais de uma pessoa nas unidades de produção. Os dados são recolhidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), responsável pelo contato das pessoas do campo com o governo. Arte: Agência Brasília “A gente sempre estimula o agricultor, se ele tiver a condição, a fazer uma conversão para a agricultura orgânica – não só por fatores econômicos, mas principalmente ambientais”, afirma o gerente de agroecologia e produção orgânica da Emater, Daniel Rodrigues. Para o extensionista rural, o efeito pós-pandemia pode ter influenciado no aumento da procura por produtos orgânicos. “Depois da covid-19 as pessoas começaram a repensar o que é importante, incluindo a alimentação. Geralmente a pessoa que vai atrás de um produto orgânico tende a comer alimentos mais frescos e ter hábitos de vida mais saudáveis, então ela começa a considerar isso não como um gasto, mas como um investimento na saúde”. Mais saúde nas escolas O gerente de agroecologia ressalta que na capital brasileira há políticas públicas que estimulam a produção orgânica, que tem um potencial maior para conseguir atender as demandas das escolas públicas. Um exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), no qual foi ampliada em cerca de 50% a demanda de alimentos orgânicos. “É muito gratificante ver um alimento orgânico chegando para uma criança que, muitas vezes, está em uma situação de vulnerabilidade social. É um papel do Estado proporcionar melhor ensino e melhor alimentação para todo mundo. E a escola pública tende a ser um local onde as famílias têm menor condição de estabelecer isso em casa”, explica Rodrigues. O consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Carlos Castro, é um dos produtores rurais que fornecem para diversos pontos do DF, incluindo escolas. Ele trabalha com morangos agroecológicos há sete anos e destaca as vantagens desse tipo de produção. “A importância de produzir no DF é tornar tudo mais acessível”, afirma o consultor do Senar Carlos Castro “Nós temos uma tradição de escutar na mídia que orgânico é tudo sem agrotóxico. Isso é um dos elementos, mas o principal é que a produção seja boa para o produtor, para o consumidor e para o meio ambiente, sem prejudicar e sem malefícios”, observa. Carlos ressalta que todo o manejo dos morangos é feito de forma local e livre de agrotóxicos, incluindo o adubo feito na propriedade e o húmus agroecológico com minhocas. “A água que goteja o solo não contamina nada. Normalmente o morango produz por dois anos no máximo. Com a tecnologia de hoje, nós conseguimos produzir a mesma planta por até cinco anos, de janeiro a janeiro, com colheita até duas vezes por semana”. A propriedade com as hortaliças fica em Sobradinho, na Associação Amide. As mudas que o produtor rural utiliza vieram da Espanha, e, das três estufas com 4,5 mil plantas, atualmente saem de 25 a 30 caixas por semana, em torno de 30 kg de morangos. A demanda é grande, e a produção já chegou a 50 caixas por semana, produtos que vão principalmente para escolas da rede pública de Brasília. “A importância de produzir no DF é tornar tudo mais acessível. Tem muita gente que procura e às vezes manda comprar de longe, mas nós temos bem aqui um produto livre de agrotóxico. Temos clientes que só comem esse tipo de morango”, acrescenta Carlos.

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Governo seleciona produtores para vender orgânicos em parques

O governo vai selecionar associações e cooperativas de produtores orgânicos que queiram vender seus produtos em parques do Distrito Federal. As propostas devem ser entregues até 23 de março, conforme previsto em edital de chamamento público publicado nesta sexta-feira (23). Os parques, sob responsabilidade do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), são: Parque Bosque do Sudoeste Parque Águas Claras Parque Dom Bosco, no Lago Sul Parque Ezechias Heringer, no Guará Parque Jequitibás, em Sobradinho Parque Olhos D’água, na Asa Norte Parque Sucupira, em Planaltina Parque Três Meninas, em Samambaia Parque Vivencial do Lago Norte A documentação e as propostas precisam ser levadas à Secretaria do Meio Ambiente, na 511 Norte, das 8 horas ao meio-dia ou das 13 às 17 horas. Cada entidade só poderá apresentar uma inscrição e elencar cinco parques que sejam do interesse, por ordem de prioridade. A participação no chamamento é restrita a grupos de produtores orgânicos devidamente certificados e que apresentem termo de adesão e compromisso ao programa de Boas Práticas Agropecuárias – Brasília Qualidade no Campo. Selecionados recebem termo de permissão de uso do espaço público Os selecionados terão o direito de montar feiras para expor e vender os produtos nos parques. O funcionamento delas será aos sábados, das 7 às 13 horas. Esse horário poderá ser flexibilizado se houver acordo com a administração do local. Cada parque será ocupado por uma única associação ou cooperativa, mediante termo de permissão de uso com vigência de seis meses — renovável uma vez por igual período se não houver outros candidatos. Entidades inadimplentes com o governo ou que estejam suspensas temporariamente não poderão participar da seleção. Os documentos exigidos para o chamamento público são: Estatuto social registrado na Junta Comercial do DF no caso de cooperativas ou em cartório de registro civil de pessoas jurídicas no caso de associações Ata de eleição e posse da atual diretoria da instituição, também devidamente registrada Declaração expressa da instituição de inexistência de fatos que a impeçam de contratar com o governo Documentos do presidente da instituição: CPF e comprovante de residência Relação dos associados ou cooperados que estejam em conformidade com as exigências da Lei nº 10.831, de dezembro de 2003, com os respectivos endereços e áreas das propriedades Termo de adesão e compromisso ao programa Brasília Qualidade no Campo, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural A proposta deve ter como contrapartida compromissos dos agricultores, como manter diversidade de produtos e constância de oferta, deixar o local limpo, ser assíduo e pontual e responsabilizar-se pelo transporte e pela montagem e desmontagem das estruturas nos dias da feira. Seleção de agricultores orgânicos para montar feiras em parques do DF Entrega de propostas e documentos Até 23 de março Das 8 horas ao meio-dia e das 13 às 17 horas Secretaria do Meio Ambiente (511 Norte, Bloco C, Edifício Bittar, 4° andar) Mais informações: (61) 3214-5688 Acesse o edital. Edição: Marina Mercante

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Emater-DF debate produção orgânica na quinta-feira (14)

Como parte das atividades de encerramento da Quitanda, feira de produtos orgânicos em São Sebastião, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) participa do debate O que falta para termos mais orgânicos em nossa mesa?. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A discussão ocorre na quinta-feira (14), no Instituto Federal de Brasília (IFB) de São Sebastião, a partir das 15 horas. A Quitanda tem periodicidade quinzenal, às quintas-feiras, e foi criada em agosto deste ano. São 10 bancas de produtos como alface, agrião, batata-doce, cebolinha, mandioca, rúcula, entre outros, todos orgânicos. Os agricultores são atendidos pelo escritório local da Emater. Debate O que falta para termos mais orgânicos em nossa mesa? 14 de dezembro (quinta-feira) A partir das 15 horas No IFB de São Sebastião — Área Especial 2, Quadra 2, Setor São Bartolomeu

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Governo do DF comprou mais de R$ 5,9 milhões de agricultores locais

O governo de Brasília comprou, em 2016, mais de R$ 5,9 milhões de produtos diretamente de agricultores locais. A medida beneficiou ao menos 360 produtores do Distrito Federal, cadastrados em três programas diferentes: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF). A produtora rural Ivone Ribeiro, de 56 anos, beneficiária dos programas de aquisição de alimentos do governo de Brasília. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília A agricultora Ivone Ribeiro, de 58 anos, participa dos dois primeiros e calcula um incremento na renda de mais de R$ 6 mil por ano. “É um dinheiro certo e que nunca atrasa. Se eu entregar, vou receber. É uma venda garantida”, avalia a produtora, que tem como renda principal a comercialização em feiras. Ela fornece alface, repolho, couve, banana, tomate cereja e cebolinha, entre outros itens. Além da importância da compra direta, que fomenta o mercado e a agricultura do DF, o diretor de Compras Institucionais, da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Lúcio Flávio da Silva, destaca outros benefícios. “Os programas pagam valores justos, é uma fonte de renda extra do mercado privado e tem efeito multiplicador, porque, como é injetado em um local específico, a moeda circula dentro da região até três vezes antes de sair”, explica. Dos três programas, o Papa-DF representou o maior montante neste ano. Por meio dele, os órgãos do governo de Brasília compraram mais de R$ 2,9 milhões em alimentos e produtos artesanais de agricultores familiares. O PAA e o Pnae funcionam em parceria com o governo federal, que transfere recursos para os municípios e as unidades da Federação. Até o último balanço, no fim de novembro, foram adquiridos, por meio do PAA, cerca de R$ 1,7 milhão em alimentos no DF — que participa da ação na modalidade doação simultânea. Assim, os produtos adquiridos são doados por meio do Banco de Alimentos da Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa). Pelo Pnae, foram R$ 1,3 milhão para atender escolas. Assim, o ciclo de compras tem duas pontas beneficiadas. Além dos agricultores, envolve entidades sociais e famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional. Mais produtos orgânicos comprados pelo governo do DF em 2016 Toda a produção de Ivone, no Sítio Grande Conquista, na área rural de Sobradinho, é orgânica. “Não é fácil, mas, pelo cuidado com o meio ambiente, vale a pena”, avalia. Os produtos orgânicos representaram 8% do total adquirido pelo Programa de Aquisição de Alimentos – em que há o ranking por tipo de alimento (veja a arte). Em relação ao total em dinheiro, eles equivalem a 14,3% do montante. Com isso, o Distrito Federal ultrapassou a meta estipulada pelo governo federal de alcançar 5% em produtos orgânicos. “Isso vem crescendo; em 2013 não chegava a 1%”, compara Lúcio Flávio da Silva. Ele explica ainda que o porcentual em quantidade é menor do que em volume financeiro porque os orgânicos têm valor agregado. Entre os produtos não convencionais, o mais adquirido, em quilogramas, foi a abóbora seca, seguida da mandioca, do morango, do tomate, da abobrinha italiana, da cenoura e da alface, nessa ordem. Já entre os orgânicos, as mais compradas pelo governo dos produtores pelo PAA foram alface, abobrinha menina, couve, repolho, batata, cebolinha e tomate. Edição: Gustavo Marcondes

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Diminui o comércio de agrotóxicos no DF

O uso de agrotóxicos nas plantações do Distrito Federal diminuiu nos últimos anos. De 2012 a 2015, a venda dos produtos químicos para agricultores locais caiu de 1.783 para 1.120 toneladas — redução de 37%. O índice da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural mostra que Brasília está na contramão do restante do País, já que o Brasil lidera o ranking mundial em consumo de agrotóxicos, segundo informações do Ministério do Meio Ambiente. Para a gerente de Sanidade Vegetal da secretaria, Marília Angarten, três fatores podem explicar a menor quantidade de agrotóxicos no campo do DF: clima, custo e procura por produtos orgânicos. Ela conta que o aumento da temperatura e do período de seca reduz o surgimento de pragas. Sobre a questão financeira, esclarece: “Os produtos químicos são importados; e, com a alta do dólar nos últimos anos, reduziu-se a quantidade comprada”. Para Marília, a demanda de alimentos mais saudáveis também pode justificar a queda na compra de agrotóxico, considerado um veneno. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), em 2012 havia 86 produtores de orgânicos em Brasília. Em maio deste ano, quando foi feito o último levantamento, eram 192 agricultores — aumento de 123% em cinco anos. O Paranoá é a região administrativa com o maior número de produtores orgânicos: cerca de 70. O agricultor Matheus Rezende, de 21 anos, trocou a plantação convencional (que usa agrotóxicos) pelo cultivo de orgânicos (sem o uso dos produtos químicos) há um ano. Ele conta que, por ano, gastava R$ 18 mil com o plantio total. Desses, R$ 2,8 mil eram com o produto químico. “[A plantação de orgânicos] é um investimento a longo prazo.” Além disso, ele destaca que os alimentos orgânicos adquirem um outro valor no mercado — o maço da alface, por exemplo, passou de R$ 2 para R$ 3,5. No sítio de 53 hectares no Núcleo Rural Três Conquistas, no Paranoá, Matheus cultiva milho verde, pepino, pimentão, tomate, mamão, hortelã e cebolinha, entre outros. A irrigação é feita em sistema de aproveitamento, ao bombear um lago com tilápias, e a adubação é com os dejetos dos animais da propriedade. De acordo com a Emater-DF, cerca de 180 mil pessoas em Brasília consomem orgânicos. Para abastecer o mercado, são produzidas 7,5 mil toneladas de hortaliças e de frutas orgânicas por ano, o que resulta em renda de R$ 35 milhões. Em Brasília, existem 150 pontos de venda de produtos alternativos ao agrotóxico e 46 feiras de orgânicos. Veja o endereço de algumas feiras de orgânicos no DF: Fonte do mapa: Emater-DF Riscos do consumo de agrotóxico A exposição aos agrotóxicos está associada ao desenvolvimento de câncer, disfunção endócrina e alterações neurológicas, hepáticas, renais e imunológicas, ressalta Marcia Sarpa de Campos Mello, toxicologista do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Marcia também afirma que há o perigo para as grávidas, como a prematuridade e o baixo peso do bebê e o retardo do crescimento intrauterino. “Um estudo nos oito municípios de maiores consumidores de agrotóxico de Mato Grosso encontrou 100% a mais de ocorrência de malformação congênita entre as crianças de mães expostas aos agrotóxicos durante o período periconcepcional [anterior e posterior à concepção] em relação às demais.” Teste seu conhecimento sobre agrotóxicos: Edição: Marina Mercante

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