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Parecer jurídico orienta órgãos e entidades distritais sobre início de licença paternidade

Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (2) o Parecer Jurídico n° 132/2025, emitido pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), que trata sobre o início de usufruto da licença paternidade e presta orientações à administração pública sobre o tema. O documento normativo foi elaborado pela Procuradoria-Geral do Consultivo (Pgcons/PGDF), com autoria do procurador Hugo Fidelis Batista; e orienta que, em casos de internação da criança após o nascimento – devido a condições de saúde comprometida, os órgãos e as entidades distritais podem conferir início da licença na ocasião de alta hospitalar. O parecer aponta que a licença paternidade tem como finalidade assegurar o direito da criança ao contato paterno e viabilizar o exercício do direito ao cuidado e ao afeto | Foto: Divulgação/PGDF Conforme a Lei Complementar n° 395/2001, a PGDF é o órgão responsável pela consultoria jurídica do Distrito Federal, e de suas autarquias e fundações. O procurador-geral adjunto do Consultivo, Hugo Cezario, destacou a importância do documento. "O parecer traduz a importância de a administração pública distrital estar, em prestígio à segurança jurídica, atenta à evolução da jurisprudência, sobretudo à oriunda do Supremo Tribunal Federal (STF); e atende às novas dinâmicas de relações familiares, nas quais o pai busca assumir, cada vez mais, papel ativo e colaborativo na criação dos filhos", apontou. [LEIA_TAMBEM]Argumentação O parecer aponta que a licença paternidade tem como finalidade “assegurar o direito da criança ao contato paterno e viabilizar o exercício do direito ao cuidado e ao afeto. Esses elementos, além de essenciais ao bem-estar da criança, contribuem para melhores condições de sobrevida e para a promoção de sua saúde física e mental”. Contudo, o documento argumenta que o aproveitamento do benefício enquanto as condições de saúde do menor dificultarem o cumprimento do seu objetivo frustra a finalidade deste direito. Desse modo, orienta que, em caso de internação hospitalar do recém-nascido, o interessado pode apresentar requerimento fundamentado para que a licença tenha início na data da alta. *Com informações da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF)

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Jovens aprendizes do IgesDF encerram contratos e são orientados para novos desafios

Nesta sexta-feira (25), os jovens aprendizes do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) participaram de um evento especial de despedida, marcando o encerramento de seus contratos. A conferência foi realizada na sala 3 do PO700 e contou com uma apresentação do chefe do Núcleo de Experiência do Paciente, Leonardo Maciel, que descreveu sua trajetória profissional e motivou os participantes a refletirem sobre seus próximos passos. O chefe do Núcleo de Experiência do Paciente, Leonardo Maciel, conversou com os jovens aprendizes: “As habilidades adquiridas ao longo dessa experiência permitirão que você se destaque em qualquer lugar” | Foto: Divulgação/IgesDF Durante sua fala, Leonardo ressaltou a importância de aproveitar as oportunidades que surgem ao longo da carreira. “Eu sou advogado de formação e já transitei por várias áreas aqui no IgesDF. Hoje estou no Núcleo de Experiência do Paciente e, como eu disse para os que estão interessados ​​na área do direito, essa profissão abre muitas portas, assim como o setor administrativo. As habilidades adquiridas ao longo dessa experiência permitirão que você se destaque em qualquer lugar”, afirmou. Além da despedida, o IgesDF, por meio da Gerência de Desenvolvimento Humano (Gedeh), realizou no dia 16 de setembro bate-papo com os aprendizes. O encontro teve como objetivo preparar os jovens para o mercado de trabalho, oferecendo suporte na revisão de currículos, indicação de cursos e orientação gratuita sobre entrevistas e oportunidades profissionais. A assessora técnica da Gedeh, Maraline Sales, reforçou o compromisso do instituto em continuar acompanhando os jovens mesmo após o termo dos contratos. “Estamos muito felizes em ver que alguns já conseguiram emprego antes mesmo de finalizarem seus contratos. Isso mostra o impacto positivo que conseguimos em pouco tempo. Nosso objetivo é vê-los bem preparados para os próximos desafios”, destacou Maraline. Um exemplo desse sucesso é Gustavo Nunes Gomes, de 19 anos, que encaminhou um depoimento para a equipe do IgesDF. Ele foi recentemente contratado como auxiliar administrativo no Colégio Notarial Brasil. Em sua mensagem, Gustavo agradeceu o apoio que recebeu durante o programa: “Agradeço por toda atenção, Mara, de verdade! Aquele dia que nos encontramos em um evento de conversas, pensei bastante sobre o que você e o Jarbas disseram sobre continuar tentando. Muito obrigado e espero que possamos nos rever algum dia”, escreveu. *Com informações do IgesDF  

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Mais de 200 colaboradores do HRSM são capacitados sobre atendimento de excelência

Nesta quinta e sexta-feiras, dias 12 e 13 de setembro, os colaboradores que atuam diretamente com atendimento ao público do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) participaram de um treinamento focado no atendimento de excelência, experiência do paciente, técnicas para elevar a qualidade do atendimento, o aprazer do usuário no atendimento perfilizado e autognose (autoconhecimento). Mais de 200 colaboradores do Hospital Regional de Santa Maria participaram de capacitação para aperfeiçoar o atendimento à população | Foto: Divulgação/IgesDF A capacitação ocorreu no auditório do HRSM e contou com a participação de mais de 200 colaboradores, divididos em quatro turmas, uma em cada turno, durante os dois dias. Os profissionais são das equipes da recepção, do Humanizar, da Vigilância e da Central Tática de Resolutividade (CTR). “Este é um momento importante para enriquecer os conhecimentos de todos vocês. O atendimento realizado por cada um de vocês dão cara para o nosso hospital”, afirma a chefe do Núcleo de Atendimento do HRSM, Luciara Barros. Já o gerente administrativo do HRSM, Helber Carvalho, destaca a importância de cada um para o hospital, tendo em vista que “todos os colaboradores que participam deste treinamento recebem a população e fazem o seu primeiro atendimento. Não tem nada melhor na vida do que tratar todos bem”. “Me deu a perspectiva de olhar para o outro de uma maneira diferente, até porque eu não sei o que cada um está passando. Por isso, tenho que zelar sempre pela humanização e pelo atendimento com empatia” Joelson Ribeiro, vigilante Ocorreram várias palestras que abordaram temas diversos sobre atendimento ao público, segurança e qualidade, cuidado centrado no paciente, foco na humanização e excelência na jornada do paciente dentro da unidade hospitalar, além de abordar a saúde mental, como é importante estar bem consigo mesmo para conseguir atender o outro bem. “O paciente cria percepções, essa primeira percepção é muito importante. São momentos de acolhimento, de orientação, que tranquilizam o paciente ou podem trazer um efeito contrário, de estresse, de falta de paciência. Então, esse primeiro atendimento, bem alinhado e bem instruído, reflete em uma boa experiência do paciente e a humanização vem como um trunfo nisso”, destaca o chefe do Núcleo de Experiência do Usuário do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Leonardo Maciel. Durante a capacitação, Maciel explanou que quando se fala de humanização, não se pode esquecer a necessidade de uma comunicação clara e objetiva. E para possuir uma comunicação objetiva e clara, é preciso entender os direitos dos pacientes, as culturas diferentes, as linguagens diferentes e personalizar o atendimento a cada paciente. Grasielle Bezerra, do Núcleo de Educação Corporativa (Nuedc) abordou questões essenciais em sua fala, como o respeito, saber ouvir, a empatia e a humanização focada na experiência positiva do usuário. “O paciente, quando ele é bem-recebido, ele já se sente acolhido. Se ele for mal-atendido ali logo no atendimento inicial, a pessoa que atender, se for ríspida, grosseira ou fria, ele já vai ficar irado, mais chateado, então pode provocar uma situação ruim ali no ambiente hospitalar. Então, o ideal, nesse primeiro atendimento, é tratar o usuário da forma que eu gostaria de ser tratado”, explica. Autocuidado e autoconhecimento Colaboradores participaram de dinâmica em palestra com foco em saúde mental | Foto: Divulgação/IgesDF Focada na saúde mental, a psicóloga Fernanda Souza destacou durante sua palestra a importância de se conhecer, conhecer seu corpo, suas emoções e estar bem para conseguir proporcionar aos outros um atendimento de qualidade. “É preciso focar no autoconhecimento, no bem-estar, na qualidade de vida própria, nesse olhar que a pessoa deixa de fazer muitas vezes, para ela mesma, para olhar o outro de uma forma humana e, que ali tem uma pessoa que também precisa de cuidados. Estamos no setembro amarelo e é preciso desmistificar a busca pelo profissional de saúde mental quando se sentirem sobrecarregados mentalmente, para evitar doenças como ansiedade, depressão”, informa. Além de vídeos em que passou para os colaboradores abordando a temática, a psicóloga fez uma dinâmica com todos para que soprassem em seu balão todos os problemas e pensamentos negativos que estivessem trazendo preocupação e angústia para cada um. Ao término, todos explodiram e jogaram as energias negativas para o universo levar. O vigilante Joelson Ribeiro gostou bastante do treinamento. “Me deu a perspectiva de olhar para o outro de uma maneira diferente, até porque eu não sei o que cada um está passando. Por isso, tenho que zelar sempre pela humanização e pelo atendimento com empatia”, afirma. Já a recepcionista Edilene Cruz considera o aprendizado sempre importante e que deve ocorrer constantemente. “Foi bem proveitoso passar essas horas aqui. Conhecimento nunca é demais e a humanização durante nosso atendimento é primordial e faz a diferença”, avalia. *Com informações do IgesDF  

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Vacina contra o HPV para pessoas de 15 a 45 anos que tomam PrEP está disponível

A vacina contra o HPV pode ser aplicada agora também em pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP). A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) ampliou a vacinação por orientação do Ministério da Saúde (MS) no início de julho. Com isso, será possível reforçar ainda mais a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cânceres causados pelo HPV. A vacina contra o HPV pode ser aplicada agora também em pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A vacina está disponível em todas as salas de vacinas do DF, incluindo os cinco Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Norte (Hran), em Ceilândia (HRC), em Taguatinga (HRT) e no Gama (HRG). Confira aqui os locais de vacinação em todo o DF. Segundo a gerente substituta da Rede de Frio do DF, Karine Castro, quem tiver indicação já pode procurar um ponto de vacinação. “Esse público precisa de prescrição para receber a vacina, podendo ser tanto da rede pública quanto da rede privada de saúde. As categorias profissionais que podem prescrever a vacina contra HPV a usuários em PrEP de 15 a 45 anos são as categorias médica, de enfermagem e farmacêutica”, alerta. Em abril deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SES-DF, iniciou a aplicação da dose única da vacina contra o HPV em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês) é um vírus capaz de infectar tanto a pele quanto as mucosas oral, genital e anal, provocando verrugas ou lesões que podem evoluir para um câncer. O HPV é uma infecção sexualmente transmissível, mas, além do sexo com penetração, a transmissão pode ocorrer por contato pele a pele, uma vez que as lesões são altamente infectantes. Prevenção ao câncer A responsável técnica pela vigilância da sífilis e gerente substituta da Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, a enfermeira Daniela Magalhães, explica que quase todos os casos de câncer de colo do útero podem ser atribuídos à infecção pelo HPV. Segundo ela, alguns tipos do vírus também podem ocasionar câncer do ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe, que são evitáveis com a adoção de estratégias de prevenção. A principal delas é a vacinação contra o HPV, atualmente indicada para pré-adolescentes, adolescentes e pessoas que vivem com HIV. “A vacinação contra o HPV é uma estratégia de prevenção que, combinada com outras medidas, como o uso de preservativos, pode prevenir a infecção. O ideal é que a vacina seja administrada antes do contato sexual, por isso recomenda-se a vacinação de adolescentes na faixa etária de 9 a 14 anos, atualmente em dose única” Daniela Magalhães, gerente substituta da Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis A especialista reforça que a maioria das mulheres e homens sexualmente ativos pode ser infectada em algum momento de suas vidas, e algumas pessoas podem apresentar infecções recorrentes. A infecção pode surgir pouco depois do início das atividades sexuais. “A vacinação contra o HPV é uma estratégia de prevenção que, combinada com outras medidas, como o uso de preservativos, pode prevenir a infecção. O ideal é que a vacina seja administrada antes do contato sexual, por isso recomenda-se a vacinação de adolescentes na faixa etária de 9 a 14 anos, atualmente em dose única”, alerta. Vacina para crianças e adolescentes Em abril deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SES-DF, iniciou a aplicação da dose única da vacina contra o HPV em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. A mudança no protocolo segue orientação do Ministério da Saúde e visa aumentar a cobertura contra o vírus. Até então, a vacina era feita em duas doses. Para receber o imunizante, pais ou responsáveis devem ir a uma sala de vacinação com documento de identificação da criança ou adolescente e a caderneta de vacinação. Público alvo da vacinação contra HPV: – Crianças e adolescentes com idade entre 9 e 14 anos, no esquema de dose única – Indivíduos imunocomprometidos de 9 a 45 anos (pessoas vivendo com HIV e aids – PVHA, pacientes oncológicos e transplantados), no esquema de três doses. No esquema de três doses, a segunda deve ser aplicada dois meses depois da primeira; e, a terceira, seis meses depois da primeira – Pessoas de 15 a 45 anos imunocompetentes vítimas de violência sexual, com esquema de três doses – Pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR), a partir de 2 anos de idade, com esquema de três doses – Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos que também sejam imunocompetentes vítimas de violência sexual devem receber duas aplicações, com espaço de 6 meses entre elas *Com informações da SES-DF

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Cartilha orienta executores de contratos com reeducandos

A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do DF (Funap), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), lançou, em maio, uma cartilha para fortalecer a relação com os executores de contratos celebrados com a instituição. O material foi elaborado com o objetivo de fornecer orientações fundamentais para a gestão das tarefas envolvendo o trabalho do reeducando.  Aspectos legais e operacionais que dizem respeito ao trabalho dos reeducandos são abordados no material da Funap | Foto: Divulgação/Funap A publicação é um guia acessível, projetado especificamente para atender às necessidades dos executores de contratos que trabalham com a instituição, apresentando diretrizes práticas para tarefas relacionadas ao trabalho dos reeducandos, incluindo aspectos legais, operacionais e de gestão de pessoas. O documento se destina a órgãos e instituições e empresas públicas e privadas que celebram contratos para prestação de serviços utilizando mão de obra prisional.  “A iniciativa demonstra o nosso compromisso em promover a ressocialização por meio do trabalho e em estabelecer parcerias estratégicas com os diversos setores da sociedade”, resume a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins.  O documento estará disponível para consulta pública. Isso garantirá que os executores de contrato tenham acesso às informações e orientações necessárias para desempenhar suas funções de forma responsável e eficiente.  Conheça a cartilha. *Com informações da Funap    

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Mulheres devem se orientar sobre reposição hormonal 

Calor excessivo, insônia, irritação, falta de libido: toda mulher sabe quais são os sintomas mais comuns da menopausa, também conhecida como climatério. Com o objetivo de amenizar parte dessas reações e trazer melhor qualidade de vida às pacientes, o tratamento de reposição hormonal tem sido uma boa indicação. A medida, no entanto, não é recomendada para todas as mulheres. Especialistas recomendam exames para avaliar se o tratamento de reposição hormonal é o mais indicado | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Todos os óvulos que uma mulher produzirá ao longo da vida têm origem nos folículos dos ovários, já presentes no momento em que ela nasce. A reserva é utilizada desde a primeira menstruação e segue até a última, não sendo reposta. Quando morrem os últimos folículos, os ovários entram em falência, e as concentrações dos hormônios estrogênio e progesterona caem irreversivelmente. “Quando a mulher começa a ter uma irregularidade menstrual, alguma queixa de ondas de calor ou alterações de humor, geralmente, é nessa fase que começamos a pensar em uma reposição hormonal”, explica a ginecologista Viviane Leite Oliveira, da Policlínica 3 de Taguatinga. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica” Patrícia Marques Cardoso, ginecologista Mesmo com a ausência de sintomas visíveis, pode ocorrer um aumento do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e cânceres específicos. A reposição hormonal vem como alternativa médica para amenizar esse quadro. “Além de melhorar a qualidade de vida em relação a esses sintomas, há estudos que mostram uma proteção cardiovascular e óssea”, aponta a médica. Contraindicações Existem, no entanto, algumas contraindicações para a reposição hormonal, que podem ser absolutas ou relativas. Mulheres com histórico de lúpus, doenças agudas hepáticas, sangramentos vaginais não esclarecidos, doenças cardiovasculares agudas e câncer de mama não devem se submeter à reposição hormonal. Os casos de endometriose e miomatose uterina (tumores benignos) são incluídos nas contraindicações relativas. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica”, orienta a ginecologista Patrícia Marques Cardoso. Para as mulheres que não desejam ou têm contraindicação para a reposição hormonal, a especialista recomenda alternativas, como fitoterápicos, hidratantes vaginais para melhora dos sintomas urogenitais e, a depender do caso clínico, antidepressivos. “Podemos fazer uso de fitoterápicos como extrato seco de amora e cimicifuga racemosa [planta medicinal nativa da América do Norte, utilizada principalmente no tratamento da menopausa], além de orientar a prática de atividade física regular e dieta balanceada, que melhorarão a qualidade do sono, diminuirão os fogachos [ondas de calor] e atuarão na melhora da disposição física”, detalha. Para fazer a reposição hormonal, as mulheres passam por avaliação criteriosa e exames ginecológicos de rotina, como os laboratoriais e de colpocitologia (para detectar alterações nas células do colo do útero), mamografia e ecografia transvaginal. Em seguida, são avaliadas as opções de tratamento hormonal ou não hormonal. Durante o primeiro ano, a paciente permanece em acompanhamento a cada seis meses; após esse período, uma vez por ano. Bem-estar Ao sentir os primeiros sintomas da menopausa, a jornalista aposentada Garben Hellen Ferreira, 61, já começou a pesquisar alternativas para lidar com os efeitos que atrapalhavam seu bem-estar. “Quando entrei no meu climatério, os fogachos me incomodavam muito”, conta. “Às vezes, enquanto eu dormia tranquilamente, vinha o fogacho e eu não conseguia mais dormir. Também me incomodava a questão da queda da libido, da secura vaginal, da pele ressecada”. Desde 2017, Garben faz reposição dos hormônios estradiol, progesterona e testosterona. Os efeitos do climatério começaram a se reverter, mas os cuidados continuam. “Associei o tratamento com exercícios e comecei a avaliar a minha questão alimentar, porque, mesmo você repondo, tem toda uma preocupação sobre engordar”, relata. Sem histórico de câncer na família, praticando exercícios e após pesquisar bastante, ela ressalta os benefícios da reposição. “Fiz toda a relação custo-benefício e optei por fazer [o tratamento]. Hoje, não tenho problema nenhum em aconselhar outras mulheres a procurarem a reposição hormonal, porque pouco se ensina sobre como passar por esse estágio”. Na rede pública No momento, o sistema público de saúde do Distrito Federal não conta com os medicamentos orais para reposição hormonal. No entanto, a mulher no climatério pode fazer exames e acompanhamento ginecológico na rede de atendimento da SES-DF, com orientações e sugestões de alternativas, por meio das policlínicas presentes em todas as regiões. Para isso, é preciso agendar uma consulta na unidade básica de saúde (UBS) de referência. Confira a lista completa das UBSs por meio deste link. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Rede pública de saúde estimula desenvolvimento da pessoa com deficiência

Logo que o filho nasceu, a servidora pública Kênia Oliveira viu que havia algo estranho e não perdeu tempo. Assim que a criança saiu da UTI, seguindo orientação da equipe médica, a encaminhou para os grupos de estimulação precoce do Centro Especializado em Reabilitação de Taguatinga. Hoje, com dois anos, o menino, que tem paralisia cerebral, já fez tratamento fonoaudiológico, fisioterapêutico e agora faz terapia ocupacional. A oficina ortopédica é um dos serviços habilitados pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Secretaria de Saúde e faz a entrega de cadeiras de rodas, de banho, motorizadas, andadores, muletas, bengalas, palmilhas e calçados especiais | Foto: Arquivo Agência Brasília “A estimulação precoce envolve um conjunto de tratamentos físico, pedagógico, fonoaudiólogo, terapia ocupacional, enfim, tudo que puder mexer de forma adequada com os estímulos da criança que apresenta atraso no desenvolvimento”, explica a supermãe, Kênia. “Os atendimentos são maravilhosos, há especialistas em todas essas áreas, acompanhamento com neurologista e enfermeira, se for o caso”, agradece. [Olho texto=”“Qualquer desconfiança tem que ser investigada, não pode achar que é normal, que vai passar”” assinatura=”Camila Medeiros, gerente de Serviços de Saúde Funcional” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A segurança e o apoio médico encontrados por Kênia só foram possíveis graças à assistência e aos serviços ofertados a esse público por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Secretaria de Saúde. Instituída em 2012, pela Portaria GM/MS n° 793/2012, do Ministério da Saúde, o programa visa a prevenção, o diagnóstico precoce e a reabilitação das pessoas com deficiência. “A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência é importante porque é nos espaços vinculados que são realizados o diagnóstico precoce e a reabilitação das pessoas com deficiência, bem como os encaminhamentos necessários, como para o recebimento de órteses, próteses e cadeiras de rodas. Estamos sempre buscando ampliar o número de serviços habilitados para atender e dar assistência à população”, comenta a gerente de Serviços de Saúde Funcional da Secretaria de Saúde, Camila Medeiros. Qualquer pessoa pode e deve buscar atendimentos acerca de qualquer deficiência nas unidades de saúde do DF. Detectando o menor sinal de atrasos de desenvolvimento, de fala, de visão, a recomendação é ir atrás de atendimento nas unidades básicas de saúde (UBS). Ainda nas maternidades, devem ser realizadas as triagens neonatais – testes de pezinho, olhinho e orelhinha, que podem detectar precocemente alterações. [Numeralha titulo_grande=”2.594″ texto=”cadeiras de rodas, 2.500 aparelhos auditivos, 54 sistemas de frequência modulada e 1.029 órteses e próteses foram distribuídos pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência em 2022″ esquerda_direita_centro=”direita”] “Todo estabelecimento de saúde do DF acolhe a pessoa com deficiência ou com suspeita de algum atraso”, sinaliza Camila Medeiros, que tem formação em fisioterapia. “Qualquer desconfiança tem que ser investigada, não pode achar que é normal, que vai passar”, observa a gerente da SES. “A orientação é sempre buscar um serviço de saúde”, ensina. A gerente de Serviços de Saúde Funcional explica ainda que as UBSs são responsáveis por fazer acompanhamento do desenvolvimento da criança e, se detectarem algum atraso, encaminham para serviços de reabilitação. O atendimento às pessoas com deficiência, segundo a profissional, se estende também aos hospitais. Um exemplo são os casos em que há a necessidade de amputação. “A reabilitação se inicia ainda durante a internação, depois eles são encaminhados para os serviços de reabilitação e para a confecção da prótese de membro”, conta. Os serviços habilitados pelo Ministério da Saúde aos quais a gerente de Saúde se refere são os Centros Especializados em Reabilitação de Taguatinga, do Hospital de Apoio de Brasília; o Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal-LP), localizado na Asa Norte; e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), referência para as cirurgias de implante coclear. Também fazem parte da rede os Centros de Especialidades Odontológicas. Importante lembrar que os pacientes ostomizados também são pessoas com deficiência. O DF conta com serviços para atendimento dessa população em todas as regiões de saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Temos a Oficina Ortopédica, que também é um serviço habilitado, onde são entregues cadeiras de rodas, de banho, motorizadas, andadores, muletas, bengalas, palmilhas e calçados especiais”, elenca Camila Medeiros. “Além de próteses de membros, órteses, próteses mamárias externas para as mulheres que passam por mastectomia, que é a retirada da mama.  São diversos dispositivos entregues pela oficina ortopédica”, destaca. Para se ter uma ideia da capilaridade do serviço e da assistência prestados pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, apenas neste ano foram distribuídas 1.029 órteses e próteses e 2.594 cadeiras de rodas. Já o Ceal ofertou 2.500 aparelhos auditivos e 54 sistemas de frequência modulada – tecnologia para pessoas com deficiência auditiva. “Todos esses serviços são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em nenhum dos nossos serviços o atendimento é cobrado”, reforça a gerente de Saúde Funcional da SES.

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Cartilha orienta sobre informações como cor, raça e etnia

Você se declara uma pessoa branca, preta, parda, amarela ou indígena? Essa pergunta é obrigatória em todos os formulários e demais documentos disponibilizados pelos órgãos públicos do Distrito Federal. Para orientar os servidores e colaboradores responsáveis por coletar essa informação nos serviços de atendimento ao público, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) lançou, nesta semana, o Guia de Orientações para o Preenchimento do Quesito Raça/Cor/Etnia. Dados coletados deverão ser enviados periodicamente à Sejus, pasta responsável pelas ações de promoção da igualdade racial no DF | Foto: Divulgação/Sejus “Essa pergunta deve ser naturalizada na administração pública para que possamos, com essas informações, identificar, cadastrar e mapear do ponto de vista étnico-racial o perfil dos usuários dos serviços no Distrito Federal e, assim, dimensionar adequadamente as políticas públicas”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.  Os dados coletados deverão ser enviados periodicamente à Sejus, pasta responsável pelas ações de promoção da igualdade racial no DF. A cartilha destaca, por exemplo, que deve ser respeitado o critério de autodeclaração, ou seja, é o próprio cidadão quem indica a própria “cor ou raça/etnia” e não o servidor ou colaborador do órgão público. No entanto, a escolha deverá ser feita entre as cinco categorias utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): branca, preta, amarela, parda ou indígena. [Olho texto=”“Nosso papel é auxiliar na capacitação dos servidores e colaboradores para que eles possam abordar esse assunto de forma correta e respeitosa com os cidadãos”” assinatura=”Juvenal Araújo, subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial da Sejus ” esquerda_direita_centro=”direita”] Portanto, os documentos devem oferecer somente essas opções, não sendo possível também a disponibilização dos campos “ignorado” e “outros”, por exemplo. O item etnia deverá ser preenchido quando o usuário autodeclarar cor indígena ou informar pertencer a alguma etnia cigana, independentemente da cor declarada. No caso de resistência à autoclassificação, o profissional deve explicar a importância dos indicadores que serão possíveis por meio deste dado, assim como informar que se trata de um item obrigatório. Se o cidadão relatar que o profissional pode escolher, é preciso explicar que somente a própria pessoa pode fazer a declaração. Regulamentação A Cartilha Orientadora regulamenta o Decreto nº 39.024, de 3 de maio de 2018, que tornou obrigatória a inclusão do quesito raça, cor, etnia nos formulários, sistemas de informação, avaliação, monitoramento, coleta de dados, censos, programas e ações no âmbito da Administração Pública do Poder Executivo do Distrito Federal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os órgãos públicos, em conjunto com a Sejus, deverão editar outros atos normativos necessários à operacionalização dessa norma, além de investir na capacitação dos servidores distritais. “Nós sabemos o quanto esse tema é sensível e que ainda está se consolidando na rotina administrativa do serviço público. Por isso, o nosso papel é auxiliar na capacitação dos servidores e colaboradores para que eles possam abordar esse assunto de forma correta e respeitosa com os cidadãos”, completa o subsecretário de Direito Humanos e Igualdade Racial da Sejus, Juvenal Araújo. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania  

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Admire os peixes do JBB, mas evite alimentá-los

Placas foram instaladas perto dos jardins; peixes só devem se alimentar de ração específica | Foto: Divulgação/JBB Dez placas informativas foram instaladas próximo aos lagos ornamentais do Jardim Botânico de Brasília (JBB), orientando os visitantes a não alimentarem os peixes. O objetivo da medida é evitar que os animais consumam alimentos inadequados, que podem proliferar doenças e até causar a morte. Alimentar animais em unidades de conservação é desaconselhável, pois cada organismo está adaptado a algum tipo de dieta. Além disso, comidas industrializadas, como pães e salgadinhos, deixam os peixes mais frágeis e suscetíveis a doenças. “Nem todos sabem que a dieta adequada dos animais não inclui alimentos consumidos por nós”, ressalta o diretor-adjunto do JBB, Elton Baia. “Para evitar essa prática, achamos melhor alertar”. [Olho texto=” “Nem todos sabem que a dieta adequada dos animais não inclui alimentos consumidos por nós”” assinatura=”Elbon Baia, diretor-adjunto do JBB” esquerda_direita_centro=”centro”] Localizados nos jardins Evolutivo, de Contemplação e Japonês, bem como na portaria principal, os lagos ornamentais possuem 3.720 m3 e somam quase 2 milhões de litros de água. Neles habitam as carpas (Ciprinus carpio), que dão vida e ornamentam local, e os peixes da espécie cascudo-abacaxi (Megalancitrus parahus), que fazem a limpeza dos lagos retirando parte dos sedimentos e restos de resíduos de ração e detritos deixados pelas carpas, contribuindo, assim, para a não proliferação de amônia na água. Toda essa população aquática é alimentada com ração específica, livre de parasitas e doenças. * Com informações do JBB

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Ações em favor do idoso

Arte: Divulgação/Sejus O DF tem mais de 300 mil pessoas com idade acima de 60 anos, o que representa 10,5% da sua população. Para conscientizar e promover o debate sobre a importância de desenvolver políticas públicas direcionadas a esse segmento, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) se integra às ações em torno do Dia Nacional e Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro. A data coincide com o aniversário de 17 anos do Estatuto do Idoso. “Cuidar dos nossos idosos é uma missão diária para nós”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “O Governo do Distrito Federal entende a importância de promover a qualidade de vida para esse grupo e as ações voltadas ao envelhecimento ativo e saudável dos nossos cidadãos.” Para ampliar o conhecimento da sociedade sobre os direitos dos idosos, a Subsecretaria do Idoso, da Sejus, apresenta um vídeo com orientações dos principais pontos do Estatuto do Idoso. Ministrada por um especialista da área de direito, essa aula poderá ser assistida, virtualmente, no site da Escola Sejus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Sua Vida Vale Muito Atualmente, a principal ação da Sejus com essa temática é o programa Sua Vida Vale Muito, que está percorrendo desde agosto as cidades do DF para atender e orientar idosos e seus familiares sobre a Covid-19. Nesse trabalho também são oferecidos atendimentos médicos, sociais, psicológicos, fisioterapêuticos e exames de vista por uma equipe de profissionais voluntários. Mais ações Outra iniciativa da Sejus é a implantação de três telecentros nas cidades de São Sebastião, Recanto das Emas e Sol Nascente/Pôr do Sol, para ampliar a inclusão digital, social e comunitária dessa população. A secretaria também oferece diversas atividades nos centros de convivência do Recanto das Emas e do Paranoá, que prestam serviços de terapia ocupacional, oficinas e atividades físicas, além de ofertar outras modalidades de lazer e interação comunitária. População idosa [Numeralha titulo_grande=”565 mil” texto=”Número estimado de idosos no DF para 2030″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Assim como no restante do Brasil, a população do Distrito Federal está envelhecendo. Nos últimos dez anos, o número de idosos cresceu 73%, passando de 200 mil, em 2010, para mais de 300 mil em 2020. A estimativa é de 565 mil idosos em 2030, quando o DF terá uma estrutura etária tipicamente de países envelhecidos, com um alargamento da população idosa no topo e um estreitamento da população jovem na base. As projeções são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam que os brasilienses estão vivendo mais. O DF conta com o terceiro maior índice esperança de vida do Brasil, empatado com o estado de São Paulo e ficando atrás apenas de Santa Catarina e Espírito Santo. A expectativa média é de 78,4 anos de idade, sendo 81,7 anos para mulheres e 74,6 anos para homens. A média brasileira é de 76 anos. As regiões administrativas (RAs) que concentram o maior número de idosos são Ceilândia, Plano Piloto e Taguatinga. Em relação ao gênero, 57,9% são mulheres. Segundo o estudo, apenas 2,5% das pessoas idosas nasceram no Distrito Federal. A maior parte (43,3%) veio do Nordeste. Violência São preocupantes os números de violência contra os idosos no Distrito Federal. Entre março e junho, o Disque 100 recebeu 474 denúncias de violações de direitos da pessoa idosa. Já a Polícia Civil registrou, de janeiro a agosto deste ano, 2.650 boletins de ocorrência de crimes em que as vítimas têm mais de 60 anos. Em junho deste ano, a Sejus promoveu uma campanha para alertar a população sobre a gravidade desse problema, divulgar os canais de denúncia e, ao mesmo tempo, prevenir e combater as violações de direitos. É importante a colaboração de toda a sociedade, que precisa estar atenta para identificar e denunciar os casos suspeitos. Denúncias podem ser feitas pelo s telefones 100, 156 e (61) 3207-4242 – este último, da Delegacia de Repressão aos Crimes contra Pessoa Idosa (Decrin). * Com informações da Sejus

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Atendimento é reforçado no Cras e nos centros de convivência do DF

Reuniões semanais são feitas em todas as unidades, entre equipes de atendimento e gestores da Sedes | Foto: Divulgação / Sedes “Quando começou a pandemia da Covid-19, eu estava em um momento muito difícil da minha vida e consegui melhorar graças à ajuda que recebi no Cras [Centro de Referência de Assistência Social]”, conta a babá Ana Cleide Araújo, de 29 anos. Atualmente, ela utiliza o Cartão Prato Cheio, com o crédito de R$ 250 que permite a compra dos alimentos para a família. O benefício foi liberado depois que ela fez a inscrição no Sistema Integrado de Desenvolvimento Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), por meio do teleatendimento, com o Cras de São Sebastião. Após o primeiro contato com o Cras, Ana Cleide, mãe de um menino de quatro anos e grávida do segundo, recebeu o convite para participar de grupo de Whatsapp de gestantes que são acompanhadas pelos profissionais da unidade. “Na minha cabeça, era só um grupo de mães para trocar ideias, mas depois do acompanhamento, eu conheci os serviços que nem sabia que existiam”, relata. Novo sistema Como medida de segurança por causa da pandemia do novo coronavírus, a Sedes suspendeu temporariamente o atendimento presencial nas 61 unidades socioassistenciais de gestão direta do governo distrital. A medida, porém, não interrompeu o trabalho das equipes, que continuam orientando as famílias de baixa renda e mantêm o contato frequente com os usuários, tanto por telefone quanto por grupos de WhatsApp. Em razão da grande demanda, as linhas telefônicas precisaram ser reforçadas. “Todos os centros de referência ganharam linhas novas de atendimento à população”, relata a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Foi a forma que encontramos de manter a rede socioassistencial ativa, minimizando, assim, os possíveis transtornos”. A auxiliar de serviços gerais Arlene Pereira da Silva, 45 anos, tem recebido orientações remotas. Ela é mãe de cinco filhos, três dos quais – uma adolescente de 13 anos e um casal de gêmeos de 7 – são assistidos pela equipe do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de Ceilândia Sul. “Nós não perdemos o contato, mesmo sem o atendimento presencial”, destaca Arlene. “Eles sempre se comunicam para saber se precisamos de algo. Eu, inclusive, recebi recentemente um benefício que havia solicitado pouco antes da pandemia [a liberação do Auxílio Eventual, no valor de R$ 408]”. Comunicação constante Chefe do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de Ceilândia Sul, Bruno Cezar Alves de Oliveira explica que os profissionais permanecem em comunicação com as famílias dos 89 usuários inscritos na unidade. O atendimento é dividido entre dois grupos; um com 33 crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos e outro com 56 adultos e idosos. “Também temos conversado com as crianças para a manutenção do vínculo, e com os usuários para saber se precisam de algo, se a família passa necessidade durante a pandemia”, diz. “Os educadores estão conseguindo dar um bom andamento ao serviço”. De 15 em 15 dias, explica, é feito contato telefônico com as famílias. Monitoramento Gestores da Subsecretaria de Assistência Social da Sedes acompanham de perto o trabalho nas unidades socioassistenciais. “A ideia é aproximar a gestão da Sedes das equipes do Cras e do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e entender como as unidades estão funcionando nesse momento de atendimento diferenciado”, resume a coordenadora de Proteção Social Básica da Sedes, Nathália Eliza de Freitas. A cada semana, um Cras e um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos são visitados pelas equipes da subsecretaria. “Para se ter uma ideia, em uma semana, o Cras Samambaia teve 422 atendimentos, sendo 376 por meio remoto e 46 presenciais, em caráter excepcional”, aponta. “Já o Centro de Convivência de Ceilândia Sul está atendendo as famílias vinculadas ao serviço com um grande esforço dos educadores”, pontua. As visitas, reforça Nathália, também são uma forma de os gestores da Sedes conhecerem as necessidades dos profissionais que trabalham na ponta do atendimento. “A partir dessas reuniões, identificamos as demandas e aumentamos as visitas técnicas, como ocorreu recentemente no Cras do Recanto das Emas. Assim, podemos dar um suporte técnico mais de perto”. Além da coordenadora de Proteção Social Básica, participam das visitas semanais o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Clayton Andreoni, e a diretora de Atenção Integral às Famílias, Delma Borges. Nesta semana, a equipe se reuniu com os profissionais do Cras Paranoá e do Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Paranoá. * Com informações da Sedes

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Tome cuidado na hora de fazer compras pela internet

Consumidor deve ter muita atenção na hora de fazer uma compra: golpes são frequentes | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília   Com a pandemia, o número de compras on-line cresceu vertiginosamente. Um espaço sossegado, um sinal conectado, um teco na tela do celular e pronto: qualquer um pode ter o que quiser ao seu alcance. Segundo informações da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas on-line no país aumentaram 56,8% de janeiro a maio deste ano. No DF, os dados apontam um crescimento de 85% de compras por aplicativos. Porém, o que parece uma facilidade proporcionada pelo mundo virtual, pode, do dia para noite, se transformar num pesadelo entre cliente e fornecedor. De janeiro a junho deste ano, o Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF), registrou mais de 3.340 reclamações – quase 75% a mais do que o mesmo período em 2019. O recorde foi em junho, com exatas 970 ligações. As principais queixas, segundo o órgão, referem-se a entrega do produto extraviado, demora para a compra chegar às mãos do consumidor, não cumprimento da oferta, mercadoria diferente do pedido e outras irregularidades que, configuram descumprimento do artigo 49 do Código do Consumidor – por meio do qual o consumidor tem garantido o direito de arrependimento de sete dias após a aquisição do produto. Atenção redobrada A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, lembra: como fazer compras on-line virou uma tendência que vai ficar, o consumidor deve estar mais atento aos seus direitos e garantias, pesando o fator credibilidade nessa relação entre quem compra e quem vende. Para facilitar a vida dos compradores, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus)  preparou a cartilha Dicas para um comércio eletrônico com segurança. [Olho texto=”“É muito importante você saber com quem está negociando. Uma dica é fazer uma pesquisa sobre aquela empresa onde você vai comprar, saber se ela é confiável no mercado”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É muito importante você saber com quem está negociando”, adverte a secretária. “Uma dica é fazer uma pesquisa sobre aquela empresa onde você vai comprar, saber se ela é confiável no mercado. A cartilha foi preparada justamente por conta desse crescimento das compras on-line durante a pandemia. A ideia é que ela possa servir para os consumidores ficarem mais atentos ao efetuarem compras a distância e se prevenirem contra eventuais golpes ou fraudes.” [Olho texto=”“No site do Tribunal de Justiça, também é possível fazer pesquisas. Se uma empresa estiver muito enrolada judicialmente, o comprador, com certeza, vai ficar sabendo”” assinatura=”Marcelo de Souza do Nascimento, diretor-geral do Procon” esquerda_direita_centro=”direita”] A cartilha oferece informações sobre os direitos de quem compra, como trocas, devoluções e cancelamentos de mercadoria. Uma dica importante é que o CNPJ da empresa pode ser pesquisado no site da Receita Federal, e de graça. “No site do Tribunal de Justiça, também é possível fazer pesquisas”, ensina o diretor-geral do Procon, Marcelo de Souza do Nascimento. “Se uma empresa estiver muito enrolada judicialmente, o comprador, com certeza, vai ficar sabendo”. Outra orientação da cartilha ao consumidor é desconfiar de grandes ofertas – como ensina o dito popular, “quando a esmola é demais, até o santo desconfia”. E importante também analisar as formas de pagamentos. “Transferências bancárias ou boletos podem ser fachadas para ‘laranjas’; o mais seguro é pagar com cartão de crédito ou débito”, ensina Marcelo. Abaixo, confira uma lista de algumas sugestões para evitar dor de cabeça na hora de pressionar o comando enter para finalizar compras on-line.  

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DF legal orienta comerciantes e consumidores na reabertura das feiras

Depois de quase três meses fechadas, as feiras permanentes reabriram hoje. A autorização para voltarem a funcionar ocorreu depois do decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha no último domingo (14). Ibaneis impôs algumas medidas que os estabelecimentos deverão obedecer daqui para frente. Entre as elas, evitar aglomeração de pessoas, fornecer álcool gel na entrada e aferir a temperatura dos frequentadores. Além disso, os presidentes das associações que fazem a gestão das feiras devem fiscalizar o uso de máscara em todas as pessoas que estão no local. As 17 feiras permanentes do DF reabriram após 3 meses. Fotos:Divulgação Neste primeiro dia, o DF Legal orientou os feirantes sobre o cumprimento das exigências. Mas amanhã, o coordenador de fiscalização do DF Legal, Wilson Francisco de Lima, promete endurecer na abordagem. “Nos próximos dias, agiremos com mais rigor”, alerta Lima. No primeiro dia de volta ao trabalho depois do fechamento por causa da pandemia de Covid-19, a corrida à Feira dos Importados foi intensa. Tanto que teve até uma fila quilométrica para a entrada. Junto dela, várias regras quebradas. O distanciamento foi a principal medida desrespeitada. Usando o bom-senso, o DF Legal agiu no sentido de orientar os frequentadores a respeitarem a distância. A punição para os estabelecimentos que desrespeitarem as determinações do decreto podem ser de multa à interdição. A falta do uso da máscara, por exemplo, pode gerar uma multa de até 4 mil. Se a infração for a falta de condições para a proteção contra o vírus, a multa é de R$ 3,6 mil e pode haver fechamento. Segundo Wilson, o Distrito Federal possui 17 estabelecimentos considerados como feira permanente. Com as feiras ao ar livre, totalizam 38. O decreto autoriza apenas os estabelecimentos situados em local definido. Ou seja, em feiras permanentes. Como é o caso do Shopping Popular do Gama. Lá, o comerciante Antônio Layrck possuiu uma loja de conserto e venda de celular. Para ele, a abertura foi um alívio. “Eu estava desesperado, porque as contas chegam, mas o dinheiro não entra”, disse.

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Fabiana Rodrigues: ‘A mudança de comportamento é essencial’

O perigo existe e está no ar. Pior: é invisível e pode estar em todas as partes. Por isso, todo cuidado é pouco. Talvez um divisor de águas dos últimos cem anos da história da humanidade, o coronavírus, que já infectou milhões de pessoas em todo o mundo e matou milhares delas, mudou rotina, hábitos e comportamento da sociedade nos quatro cantos do planeta. “A gente precisa se conformar: não podemos fazer mais as coisas que fazíamos antigamente”, alerta a gerente de Risco da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, Fabiana de Mattos Rodrigues. A resistência do inimigo assusta. Qualquer superfície para o vírus letal é um porto seguro. Só no plástico, ele pode se hospedar por cinco dias. Na folha de papel que você rascunha, também. E sabe a torneira usada para lavar louças e as mãos? São 48 horas de sobrevivência para esse microrganismo. Daí os cuidados para evitar a contaminação serem prioridade no dia a dia, sobretudo para aquelas pessoas que precisam fazer os trajetos essenciais fora de casa, como ir ao trabalho, ao supermercado, ao banco, à farmácia. A rima ensina: portas e janelas abertas fazem reinar a ventilação; muita água e sabão e álcool em gel nos braços e na mão; luvas é enganação e o uso das máscaras na rua, como vai determinar o governo a partir do próximo dia 30, uma salvação. “As máscaras têm um papel importante em conter a secreção no momento da tosse e conversas, auxiliando nas áreas externas”, alerta Fabiana, que, em bate-papo com a Agência Brasília, derrubou alguns mitos sobre o assunto e ajudou a esclarecer dúvidas, dando ainda dicas de cuidados no dia a dia. Acompanhe os principais trechos da entrevista. Fotos: Paulo H Carvalho / Agência Brasília   [Olho texto=”“A atitude mais importante é o distanciamento social, ou seja, a melhor forma de prevenir o contágio é manter distância”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] É fácil pegar coronavírus? Sim, sabe-se que a via de transmissão pessoa a pessoa do novo coronavírus é por gotículas respiratórias ou contato. Ou seja, qualquer pessoa que tenha contato próximo [no raio de um metro] com alguém que tenha sintomas respiratórios, espirros ou tosse, está em risco de ser exposta a gotículas respiratórias potencialmente infecciosas. Portanto, diante disso, precisamos nos lembrar que a mudança de comportamento é essencial. A gente precisa se conformar que não podemos fazer mais as coisas que fazíamos antigamente. A atitude mais importante é o distanciamento social, ou seja, a melhor forma de prevenir o contágio é manter distância. Além disso, adotamos algumas recomendações que são básicas, tais como a higienização frequente das mãos, seja com álcool a 70% ou com água e sabonete. A higienização com água e sabonete precisa seguir o tempo certo e a técnica correta, atingindo toda a superfície das mãos, lembrando de esfregar as pontas dos dedos, polegares e os espaços entre os dedos. Também é recomendado não ficar tocando no rosto. E, claro, recentemente, o Ministério da Saúde iniciou a recomendação do uso de máscaras. As máscaras têm um papel importante de conter a secreção no momento da tosse e no momento das conversas, auxiliando quando estivermos nas áreas externas. Então a máscara é eficiente no combate ao coronavírus? Para a máscara ter um efeito protetor para a população em geral, é necessário que ela seja confeccionada com uma dupla camada de tecido mais grosso, ou seja, com uma trama de fios mais fechada. A indicação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] é que o tecido seja preferencialmente 100% algodão. Além disso, a máscara deve se ajustar ao rosto, cobrindo nariz e boca, evitando assim abertura em suas laterais. As máscaras de tecido são de uso individual, portanto não devem ser divididas com mais ninguém, inclusive entre pessoas da mesma família. É um material que tende a ficar úmido quando usado por mais de duas horas, por isso é preciso trocá-lo. O ideal é que cada pessoa tenha mais de uma máscara de tecido, porque elas tendem a ficar úmidas em duas horas ou com espirros, por isso a necessidade de trocá-las. Sempre que sair de casa, leve uma máscara reserva e uma sacola plástica para guardar a máscara usada. Depois é só lavar, passar e usar de novo, medidas de boas práticas que ajudam na conservação. Quais os cuidados para aquelas pessoas que precisam fazer os trajetos essenciais fora de casa como ir ao mercado, banco ou mesmo ao trabalho? As pessoas que não podem ficar em casa devem estar atentas. O ideal é sair para a rua com máscara, um frasco contendo álcool a 70% e, sempre que tiver acesso a uma pia, higienizar as mãos com água e sabonete. Além disso, evitar tocar no rosto e em superfícies como corrimãos, maçanetas, paredes, balcões e botões de elevadores, por exemplo. É recomendado, depois de tocar nesses lugares, higienizar as mãos com o álcool a 70%. Existe uma etiqueta de como se comportar na rua para evitar infecção? Seguir a etiqueta respiratória, que é cobrir a boca com a parte interna do braço quando for tossir ou espirrar. Também é bom manter o distanciamento social. Em filas, por exemplo, a pessoa deve estar, no mínimo, a um metro de distância uma da outra, tanto de quem estiver na frente quanto ao lado ou atrás. Se possível, evitar locais com aglomeração, de preferência, ambientes com janelas abertas, onde haja circulação de ar. Quais os locais de maior risco para pegar a Covid-19? Os locais de maior risco são aqueles que proporcionam maior aglomeração, impedindo o distanciamento social de no mínimo um metro entre as pessoas, e também ambientes fechados, sem circulação de ar, como metrô, ônibus e cinema. [Olho texto=”“Continua sendo importante só sair de casa se for realmente necessário. Não dá, nesse momento, para ficar passeando por locais fechados sem que haja uma real necessidade”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A expectativa é que, no começo de maio, seja liberada parte do comércio, o que vai aumentar o fluxo de gente na rua. Sabemos que a economia precisa rodar, mas para isso vamos precisar mudar nosso comportamento no dia a dia, cumprindo todas as recomendações que foram comentadas anteriormente, ou seja, higiene de mãos, uso de máscaras, etiqueta respiratória, distanciamento social, evitar tocar no rosto e superfícies. Continua sendo importante só sair de casa se for realmente necessário. Não dá, nesse momento, para ficar passeando por locais fechados sem que haja uma real necessidade. O ideal é ficar em ambientes onde há circulação de ar, com janelas e portas abertas. Ar-condicionado não é a melhor opção, porém caso não seja possível abrir as janelas, deve-se intensificar a frequência de limpeza dos filtros do aparelho. A roupa usada deve ser guardada ou lavada na mesma hora? A população em geral, ao retornar para casa, deve atender as seguintes orientações: deixar o sapato na porta de casa e colocar a roupa imediatamente para lavar, não sendo necessário adotar nenhum processo de lavagem diferente do habitual; as máscaras de tecido devem ficar de molho na água, sabão e água sanitária ou em produto similar por 20 a 30 minutos; depois de secas, passar com ferro quente e guardar. Gotículas e partículas virais pousam nas roupas? De acordo com as informações atualmente disponíveis, sugere-se que a via de transmissão pessoa a pessoa do novo coronavírus ocorre por meio de gotículas respiratórias [expelidas durante a fala, tosse ou espirro] e também pelo contato direto com pessoas infectadas ou pelo contato indireto com mãos, objetos ou superfícies contaminadas. Estudos recentes mostram que o vírus pode permanecer por vários dias nas superfícies, inclusive nas roupas. Por isso, é importante colocá-las para lavar assim que chegamos em casa. Quanto tempo o vírus fica no ar? Dependendo da superfície, o vírus pode durar dias. Por isso a orientação é fazer a limpeza do ambiente com uma frequência maior do que a de costume. Esta limpeza diminui a carga viral do ambiente. Devemos estar atentos à limpeza dos locais em que as pessoas mais tocam, como as mesas de trabalho, maçanetas de portas, o botão do elevador, o corrimão das escadas. E para quem usa barba? A barba pode aumentar a tendência dos homens de tocar no rosto. Cada homem deverá avaliar se o uso da barba aumenta a chance de tocar no rosto. Caso aumente, ele deverá retirar. Se não quiser tirar sua barba, precisará ficar atento para fazer uma limpeza da mesma com maior frequência – lembrando que o uso de máscara em homens que têm barba não proporciona a mesma eficácia, pois a barba impede que a máscara cubra totalmente o rosto. E os alimentos que ficam expostos nas feiras e supermercados? Além de todos os cuidados já citados, durante as compras, [a pessoa deve] sempre utilizar seu álcool a 70% assim que tocar nas superfícies ou alimentos. Também evitar tocar no rosto sem higienizar as mãos. Quando chegar em casa com as compras, pulverizar tudo com uma substância à base de água sanitária antes de guardar as compras. É importante estar atento a esses detalhes. Tapetes borrifados com água sanitária funcionam? O mais eficaz é entrar descalço e limpar os sapatos assim que possível. Como fazer com os objetos que usamos no dia a dia? No seu ambiente de trabalho, o ideal é que você não compartilhe acessórios; a caneta passa a ser só sua. Uma sugestão é colocar álcool a 70% num pulverizador e você mesmo fazer a limpeza diária dos seus objetos: mesa, mouse, teclado, telefone e demais objetos de que faz uso o tempo todo. É uma mudança de hábito mesmo que vamos precisar adotar para conseguir combater e reduzir a transmissão do vírus. Luvas são eficientes? Quando eu coloco a luva, tenho a falsa impressão de que estou protegido. Daí não higienizo minhas mãos. O profissional que trabalha, por exemplo, no supermercado, como empacotador, geralmente coloca as luvas e não possui uma rotina de troca das mesmas. Então, durante todo o dia, ele toca em todas as superfícies, produtos e até mesmo no próprio rosto com uma luva que está completamente contaminada. A indicação do uso de luvas é para profissionais de saúde, e os mesmos são orientados a trocar as luvas e higienizar as mãos a cada procedimento realizado. Então, o que é ideal para a população não é utilizar luvas, mas fazer a frequente higienização das mãos com água e sabonete ou álcool a 70%. [Olho texto=”“O que é ideal para a população não é utilizar luvas, mas fazer a frequente higienização das mãos com água e sabonete ou álcool a 70%”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Pode-se dizer que o álcool em gel é o material mais eficiente no combate ao coronavírus? Pode-se dizer que o álcool a 70% é um dos mais potentes produtos para o combate à disseminação do novo coronavírus. Porém, vale ressaltar que, juntamente à utilização do álcool a 70%, todas as outras medidas sobre as quais já conversamos devem ser igualmente adotadas, para evitarmos a disseminação do vírus.

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Estudantes da Escs reforçam atendimento do TeleCovid

Voluntários, os formandos de medicina da Escs vão atuar de maneira a reforçar o atendimento prestado no Ciob | Foto: Geovana Albuquerque / SES A partir desta segunda-feira (30), o TeleCovid vai contar com a participação dos estudantes do último ano de medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs). Cerca de 50 alunos serão voluntários durante todo o período de enfrentamento à pandemia do coronavírus. Além de prestar atendimento remoto, darão um reforço às equipes nos três turnos. “Este é um momento único na saúde pública mundial”, destaca o diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Alexandre Garcia. “Ser voluntário no enfrentamento ao coronavírus é um estímulo para os estudantes verem que também precisamos de médicos generalistas, voltados para a atenção primária. Hoje, a maioria dos alunos de medicina quer fazer uma superespecialização. Não é errado se especializar, mas também é importante atuar na linha de frente. Além disso, é o comprometimento social da profissão.” Garcia explica que os estudantes, divididos em grupos de seis por turno, vão atender as chamadas e orientar desde a forma correta de higienizar as mãos até como proceder em situações mais graves. “Como eles possuem conhecimento médico, conseguem identificar se a pessoa do outro lado da linha está com problemas respiratórios que possam ser indicativos de procurar uma unidade de saúde”, aponta. Dever social Para o estudante Giovanni De Toni, 26 anos, esta é uma forma de exercer a cidadania e de retribuir à sociedade todo o conhecimento adquirido. “Ser voluntário nessa ação de enfrentamento à Covid-19 me faz enxergar com um olhar epidemiológico que a saúde depende de vários setores da sociedade”, avalia. “Cada pessoa tem um papel importante na saúde coletiva. Nesse contexto que estamos vivendo, quero ajudar e sei que só terei ganhos com isso, como crescimento profissional e pessoal”. [Olho texto=”“Ser voluntário nessa ação de enfrentamento à Covid-19 me faz enxergar com um olhar epidemiológico que a saúde depende de vários setores da sociedade”” assinatura=”Giovanni De Toni, aluno de medicina integrante da equipe do TeleCovid” esquerda_direita_centro=” direita”] Thiago Blanco, médico e professor da Escs, pontua que o trabalho de voluntariado nessa situação é um compromisso do médico. “Temos obrigação moral e ética de ajudar nesse momento”, diz. “A Covid-19 é um enfrentamento de todos”.  Segundo o professor, a suspensão temporária das aulas está servindo para ajudar nessa força-tarefa. Além dos estudantes, haverá professores de diversas formações para orientar e supervisionar o trabalho dos alunos durante todo o período de pandemia e de trabalho voluntário na unidade de teleatendimento. A previsão é que o TeleCovid receba o trabalho voluntário de alunos de medicina de mais duas instituições privadas. TeleCovid Localizado no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), o TeleCovid registra uma média de mais de 1,7 mil ligações por dia em suas 20 linhas telefônicas. A força-tarefa é composta por servidores das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, SLU, BRB, CEB, Caesb e Defesa Civil, além do Samu e da Secretaria de Saúde (SES). [Numeralha titulo_grande=”1,7 mil” texto=”Média diária de ligações recebidas pelo TeleCovid” esquerda_direita_centro=”centro”] O teleatendimento funciona 24 horas. À noite, o serviço é prestado diretamente por técnicos de enfermagem do Samu, que repassam a ligação para enfermeiros da unidade caso seja necessário. A depender da situação, os profissionais tiram as dúvidas pertinentes e informam se a pessoa se classifica ou não dentro dos sintomas de coronavírus. Também é enfatizada a importância do isolamento domiciliar, reduzindo, assim, a procura desnecessária de pacientes às unidades de saúde. Durante a ligação, se a pessoa for classificada como um possível caso, será orientada, a depender da situação, a dirigir-se à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa, ou a acionar o Samu, pelo telefone 192. Ciob Utilizado para ações de segurança pública, o Centro Integrado de Operações de Brasília tem o objetivo de concentrar dados de operações e ações sigilosas do Corpo de Bombeiros, monitorando o número de contágios do coronavírus no DF, no Brasil e no mundo. A unidade recebe dados de postos de saúde, hospitais e laboratórios, e consegue formar uma base que permite saber quando, como e onde está havendo contágio. O centro é coordenado pelos bombeiros, que trabalham em conjunto com representantes das secretarias de Saúde e da Casa Civil, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das vigilâncias Sanitária e Ambiental. * Com informações da SES

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Coronavírus: saiba quando usar máscara de proteção

É aconselhável que mulheres evitem maquiagem para não manchar e diminuir a filtração e o tempo de vida útil das máscaras, ensina especialista | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é que máscaras de proteção sejam usadas apenas por quem tem suspeita de infecção por coronavírus, ou por profissionais da saúde, mas mesmo assim muita gente vem ignorando essa orientação. Tal atitude tem feito com que o estoque do equipamento de proteção se esgote rapidamente. Em entrevista à Agência Brasília, o gerente de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho da Secretaria de Saúde, Ricardo Theotônio, explica quem deve usar a máscara, a forma correta de colocar e retirar o material, por quanto tempo ele deve ser utilizado e em quais situações de fato protege contra a Covid-19, a doença causada pelo novo vírus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O médico também esclarece se existem máscaras que protegem mais do que outras e informa quando há necessidade de comprar o item. Outra dúvida que tem surgido é sobre a eficácia das máscaras feitas em casa, algo que divide os especialistas. Theotônio dá sua opinião sobre se o material protege ou não da doença. Confira, abaixo, a íntegra da entrevista. Em qual situação é recomendado usar a máscara cirúrgica? As pessoas devem usar a máscara cirúrgica quando tiver sintoma do novo coronavírus ou se for um profissional da saúde, que faz o acolhimento desses pacientes. Qual a forma correta de colocar e retirar o material? Quando você usa a máscara, automaticamente ela é contaminada. Então, toda vez que você coloca a mão no adereço, você contaminou essa parte do seu corpo. É preciso fazer a higienização das mãos, seja com sabão e água ou álcool gel, antes de colocar a máscara e depois que retirar. É aconselhável que as mulheres evitem o uso de maquiagem, para não manchar e diminuir a filtração e o tempo de vida útil do item e os homens tirem a barba para não atrapalhar. O uso da máscara cirúrgica pode ser uma forma de prevenção contra a coronavírus? Sim, mas somente quando usada por aqueles que estão com a doença, com suspeita ou por  profissionais da saúde, mas não adianta só usar a máscara. Além de utilizar o adereço, as pessoas devem lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool gel, evitar colocar as mãos nos olhos, nariz e boca, ou seja, tomar todas as precauções necessárias para não proliferar a doença. Existem tipos de máscara que protegem mais e outras menos? Temos dezenas de tipos de máscaras, depende da situação. Tem para poeira, para produto químico, por exemplo. Nesse caso, estamos falando de agente biológico. Para ele temos dois tipos de máscaras: a cirúrgica, que para algumas situações tem que ser usada ou com óculos de proteção ou protetor facial, e a N95, utilizada em situações específicas. Ela não é indicada para todo mundo. Estamos tratando de uma pandemia, e o mundo inteiro está tendo uma demanda muito grande de equipamentos de proteção individual [EPIs]. Se todo mundo usar esse tipo de equipamento, as pessoas que têm contato direto com esse agente não terão as máscaras. Mesmo que tenha dinheiro para comprar, não vai ter onde ou de quem comprar. É por isso que é importante o uso racional desse tipo de adereço. Na Secretaria de Saúde estamos com o estoque adequado de equipamentos. Iniciamos a compra emergencial e compramos quase três milhões de luvas esta semana. A expectativa é que na próxima adquiramos os outros equipamentos. Para cada tipo de pessoa (profissionais da saúde, idosos com mais de 60 anos, pessoas imunossuprimidas, gestantes) existe uma máscara certa? Não. As máscaras têm tamanho único. Para profissionais da saúde, a mais recomendada é a N95. Por quanto tempo é recomendado o uso do material? Varia. A máscara não pode ficar úmida. Se isso acontecer, em até duas horas você deve trocar. Se conseguir usar por uma manhã, não tem problema. O ideal é usar em um turno de trabalho e descartar. Caso ela tenha algum tipo de danificação, tem que trocar, mesmo que precise fazer isso em um curto espaço de tempo. Já a máscara N95 pode ser usada em até 15 dias, caso ela esteja em boas condições. É mais difícil de encontrá-la no mercado. Depois de usar a máscara, a pessoa deve descartar? Se ela usar por menos tempo do que o recomendado, ela pode guardar? Uma vez colocada e retirada, tem que descartar. O que temos que evitar é que essa máscara contamine os outros ambientes. Se você tirar e colocar em cima da mesa, por exemplo, o local vai estar contaminado. Se tirar e colocar no pescoço rapidamente, e depois colocá-la de volta e ela não tiver contato com nada, pode utilizar, não vai perder a eficácia. Já a N95 tem que ser guardada em um saquinho plástico. Máscaras feitas em casa também ajudam na proteção? Depende. As máscaras cirúrgicas e as N95 têm todas as características de filtrar. Tem que ter uma tripla proteção no meio e o tecido tem que ter uma gramatura mínima. Não é qualquer máscara que vai funcionar totalmente. Claro que qualquer máscara que você coloque vai filtrar mais do que se você não tiver com nenhuma. Como a pessoa deve higienizá-la? Deve lavar com água e sabão, álcool 70% ou hipoclorito – composto químico usado como desinfetante. E se, depois disso, a máscara preservar as características originais dela, pode ser reutilizada. As pessoas estão com dificuldade para encontrar máscaras cirúrgicas. Mesmo sem suspeita de coronavírus, as pessoas devem comprar o material? Não. Só devem comprar máscara quem tem sintomas para que ela não contamine outras pessoas, quem está com a doença ou profissionais da saúde. É preciso usar outros equipamentos de proteção  como luvas e óculos? Não. Esses outros adereços são para os profissionais da saúde. A pessoa que está usando a máscara deve se higienizar constantemente, se hidratar, se alimentar bem e repousar.

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Ceasa orienta caminhoneiros sobre a Covid-19

A cartilha contém as principais informações sobre formas de evitar o contágio | Foto: Divulgação / Ceasa Na madrugada desta quinta-feira (26), os caminhoneiros que chegaram à Ceasa-DF receberam uma cartilha com orientações sobre as medidas preventivas contra o coronavírus. O documento explica as formas de prevenção, transmissão e os principais sintomas da Covid-19, além de detalhar os procedimentos que devem ser adotados no caso de algum sintoma da doença. A ação também abriu espaço para que os caminhoneiros tirassem dúvidas sobre maneiras práticas de evitar o contágio, como cobrir a boca ao tossir, lavar as mãos constantemente com água e sabão e usar o álcool em gel para higienização de superfícies – volantes, bancos, maçanetas e outras estruturas físicas com aos quais esses profissionais têm contato direto. [Numeralha titulo_grande=”1.000″ texto=”Média de caminhões que chegam à Ceasa a cada segunda e quinta-feira” esquerda_direita_centro=”direita”] Às segundas e quintas-feiras, a Ceasa recebe uma média de mil caminhões vindos do DF, do Entorno e de estados mais afastados, além dos veículos de produtores e empresas que operam na central. A cartilha foi elaborada para orientar todo esse público que atua na cadeia de abastecimento e que, em sua jornada, enfrenta uma série de riscos. * Com informações da Ceasa

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Automedicação deve ser descartada na prevenção e no tratamento da Covid-19

Não é de hoje que a automedicação é contraindicada por médicos e especialistas da área de saúde. Em tempos de enfrentamento à pandemia de coronavírus, a Secretaria de Saúde (SES) tem recomendado à população que não busque medicamentos preventivos ou de tratamento da Covid-19 sem a prescrição de um profissional da área.  A doença, para a qual ainda não se tem vacina – e as medidas preventivas mais recomendadas são a higienização frequente das mãos e o isolamento –, cresce proporcionalmente ao número de óbitos e de novos casos em todo o país. Referência técnica distrital em clínica médica da SES, o médico Fernando Santos Moreira lembra que os tratamentos padronizados, aceitos pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aprovados pelo Ministério da Saúde, passam por critérios rigorosos de avaliação.  Em entrevista à Agência Brasília, ele explica que, como a Covid-19 é uma doença nova, estudos preliminares ainda estão sendo feitos, e qualquer medicamento usado no tratamento ou prevenção da doença só deverá ser utilizado quando aprovado. “Caso contrário, correremos mais risco do que obteremos benefícios”, adverte. Confira os principais trechos da entrevista, na qual o médico ela fala também sobre os mitos e verdades relacionados ao aumento de imunidade. Foto: Breno Esaki / Agência Brasília   Estudos preliminares desenvolvidos em vários locais no mundo apontam para supostas soluções para eliminar o Covid-19. Já existe cura ou vacina? No momento, não existe cura nem vacina para a Covid-19. É importante ressaltar que os tratamentos padronizados, aceitos pela Anvisa e autorizados pelo Ministério da Saúde, passam por critérios rigorosos para aprovação. Como se trata de uma doença nova, os estudos são iniciais. É importante ficarmos atentos aos órgãos de controle para que, só após a autorização deles para utilização dessas medicações, a gente possa utilizar – senão podemos correr mais riscos do que colher benefícios. Neste momento, o que as pessoas devem fazer, então? As pessoas devem ter muita atenção à orientação médica. Devem ter também muito cuidado com as fake news – porque, talvez, a gente tenha mais notícias falsas do que notícias seguras. E a orientação médica é a nossa única orientação neste momento. [Olho texto=”“As pessoas devem ter muita atenção à orientação médica. Devem ter também muito cuidado com as fake news – porque, talvez, a gente tenha mais notícias falsas do que notícias seguras”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]  Quais são as suas orientações? Se estiver com sintomas gripais, porém sem sinais de gravidade, sem dispneia – que é a falta de ar –, sem desmaios, e no caso de pessoas que não tenham fatores de risco, o importante é ficar em casa. Como distinguir sintomas gripais comuns dos sintomas de Covid-19? Como é essa falta de ar, como a febre deve ser acompanhada? O que realmente justificaria a pessoa sair de casa e buscar atendimento médico? Se ela tiver febre, por um ou dois dias, tosse, coriza, espirro, dores no corpo e outros sintomas de uma gripe comum, deve ficar em casa. Mas, se começar a apresentar falta de ar, deve procurar um hospital. Essa falta de ar é de que tipo? Como se a pessoa estivesse se afogando e tentasse buscar o ar com mais força? Quando sentir que a respiração já não é suficiente. A pessoa já não consegue conversar, realizar as atividades do dia a dia… Atividades comuns. Uma boa maneira de avaliar é: se estiver tendo dificuldade de executar as tarefas diárias, se está com falta de ar. É como se estivesse cansado por um esforço que não fez. É sentir cansaço sem ter feito esforço. Muitas pessoas estão se antecipando e correndo às farmácias atrás de medicamentos que, em testes preliminares, foram eficientes para combater esse novo coronavírus – seria o da cloroquina e da hidroxicloroquina. O que é essa medicação e para que ela serve? Essa medicação é utilizada para modular o sistema imunológico, para combater doenças autoimunes e para combater a malária. Quando bem-indicada, ela modula a nossa resposta imunológica. Só que ela procura critérios específicos, muito bem-observados, para só então poder ser indicada. Porque essa medicação também tem efeitos colaterais que chamam a atenção. Tudo na medicina deve ser pesado: efeito colateral, riscos e benefícios. E só quem consegue fazer isso é um médico. Quais os efeitos colaterais para quem utilizar essa droga? Os efeitos colaterais passam por cardiopatia, insuficiência renal, cegueira… A lista de efeitos colaterais é extensa, mas o que podemos dizer é que pode causar graves danos à saúde. As pessoas não devem de maneira alguma buscar essa medicação, porque podem se infringir severos danos à saúde, tanto que estudos desses medicamentos são feitos em pacientes em estado grave porque entende-se que eles possam ter maiores benefícios com a medicação comparando o prejuízo que ela pode gerar ao prejuízo causado pela Covid-19. Então, quem tem sintomas gripais, suspeitas, casos leves, de maneira alguma deve iniciar e fazer uso dessa medicação. Ela tem sido feita apenas em estudos; não é autorizado o uso dessa medicação de maneira ampla pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa. [Olho texto=”“Quem tem sintomas gripais, suspeitas, casos leves, de maneira alguma deve iniciar e fazer uso dessa medicação. Ela tem sido feita apenas em estudos”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]  O brasileiro, em muitos casos, costuma a se automedicar numa simples ida à farmácia. Quais os riscos dessa postura? O primeiro risco que a gente entende é que as pessoas não procuram atendimento médico, logo elas já aumentam o risco de a doença que elas têm evoluir e perder a chance de um diagnóstico precoce. Num segundo momento, ainda tem os riscos da própria medicação que a pessoa utiliza, que podem ter efeitos colaterais variados, a depender da pessoa e da medicação. No caso da hidroxocloroquina, os efeitos são muito danosos. Trata-se de uma medicação que deve ser rigorosamente observada. Mas, diante dessa recomendação de que as pessoas com sintomas leves de gripe não procurem os hospitais, o que deve fazer quem tiver algum dos sintomas, como febre leve, coriza, para se cuidar sem se automedicar? A pessoa deve permanecer em casa, em princípio; utilizar medicações antitérmicas quando tiver febre… Tipo o quê? Dipirona, paracetamol… não temos indicado ibuprofeno, porque existem alguns estudos que sugerem que ele possa aumentar a carga viral. Já dipirona e paracetamol conseguem controlar febre e dor no corpo. Usar uma dosagem de seis em seis horas. Essa dosagem deve variar de acordo com o peso do usuário. Se começar a ter outros sintomas, como falta de ar, com fôlego insuficiente, desmaios ou as doenças que entendemos como sinal de gravidade – como diabetes, hipertensão descontrolada, doenças autoimunes – e tiver mais de 60 anos de idade, aí sim, deve procurar o atendimento médico. Como aumentar a imunidade? Quais conselhos o sr. daria para que essa postura seja o mais natural possível? Toda pessoa tem um sistema imune. Se ela não tem uma doença autoimune, se não usar nenhum medicamento que suprime seu sistema imunológico, a imunidade dela tende a ser normal. O que ela pode fazer para manter essa normalidade é manter bons hábitos de vida, tipo com alimentação saudável, praticar atividades físicas com orientação, evitar desidratação com ingestão frequente de água, tentar evitar o estresse, ainda que o momento seja de tensão. Quem toma medicação de uso regular não deve parar de fazê-lo sem indicação médica.  Então, mudanças de hábitos e comportamentos que aumentam a imunidade não existem? Não. Aumentar a imunidade, não. O que a gente faz é preservar a imunidade, não se expondo a situações extremadas. A imunidade é relacionada a uma prática de vida saudável. A gente não a aumenta, mas pode prejudicá-la com a prática de exercícios exagerada, desidratação, estresse… uso de substâncias (como consumo de bebidas alcóolicas) de maneira exagerada pode baixar a imunidade. A imunidade é inata, e a gente tem que fazer tudo para preservá-la tendo hábitos de vida saudáveis, não utilizando medicação sem orientação médica e não se expondo a situações extremas.

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Vai viajar? Atenção às recomendações do Procon

Melhor se precaver. O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon/DF), órgão vinculado à Secretaria de Justiça (Sejus), elaborou algumas orientações aos consumidores que tenham contratos vigentes de passagens aéreas, pacotes de viagens, cruzeiros e similares para as regiões onde tenham sido registrados casos comprovados de pessoas infectadas pelo coronavírus. Caso a pessoa tenha viagem agendada, o Procon recomenda tentar, primeiramente, a sua remarcação junto à empresa, sem o pagamento de multas ou taxas, em decorrência do justo e fundado motivo de saúde pública. Mas é preciso estar atento, pois será admitida a cobrança da diferença do valor de tarifa, salvo casos de abuso do poder econômico. Nos casos em que não seja possível o adiamento, o consumidor poderá solicitar a devolução integral do valor pago, embasado no mesmo argumento legalmente reconhecido: justo e fundado motivo de risco à vida, saúde e segurança. Embora não haja previsão legal específica acerca desse tipo de acontecimento, orienta o Procon, é necessário que sejam observados os direitos básicos do consumidor, que é a parte vulnerável da relação de consumo. Nesse caso, o uso da política de relacionamento pela empresa fornecedora referente ao cancelamento ou remarcação não deverá apresentar nenhuma cláusula de fidelização ou gerar maior ônus nem obrigação diversa ao consumidor. Por fim, a recomendação aos consumidores que não conseguirem negociar junto às empresas a remarcação ou cancelamento de suas viagens é recorrer diretamente ao Procon, para que sejam abertos caminhos legais para a resolução do  problema. Fiscalização O Procon fará fiscalização nas farmácias do DF para verificar os preços das máscaras e do álcool gel, com o objetivo de observar se existem  práticas abusivas na venda destes produtos. O consumidor que perceber algo nesse sentido deve fazer denúncia, por meio do telefone 151, do  e-151@procon.df.gov.br ou nos postos de atendimento presencial.     * Com informações do Procon-DF

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Adolescentro, um espaço de acolhimento e orientação

Em funcionamento na 605 Sul, o Adolescentro trabalha com atendimento a jovens que apresentam algum tipo de transtorno | Fotos; Renato Araújo / Agência Brasília Há um ano, Letícia era descrita como uma menina muito ansiosa. Tão ansiosa que costumava se irritar facilmente em qualquer situação. Assim a estudante do ensino fundamental era vista pelos pais e professores, que achavam que a fase podia passar a qualquer momento. Mas não passou. Pior: evoluiu para um quadro de automutilação. A mãe, Vanilza Rosa dos Santos, 42 anos, procurou ajuda e descobriu que a filha tinha mais do que ansiedade. Letícia tem fobia social e foi diagnosticada com autismo leve e depressão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Depois de bater à porta de outros locais especializados em tratamento de pacientes com o mesmo tipo de doença da filha e não encontrar o resultado que esperava, Vanilza procurou o Centro de Referência, Pesquisa, Capacitação e Atenção ao Adolescente em Família (Adolescentro) da Secretaria de Saúde (SES), na 605 Sul. Foi a escolha mais acertada. Equipe interdisciplinar O lugar é um centro de excelência capacitado para o tratamento de pacientes de 12 anos a 17 anos e 11 meses que apresentam algum tipo de transtorno ou sofrimento psíquico. Além do serviço ambulatorial, o Adolescentro oferece psicólogo, psiquiatra, fonoaudiologista, enfermeira, ginecologista, pediatra e assistente social, entre outros especialistas ligados à saúde. “Todos os nossos profissionais são interdisciplinares”, informa a assistente social Ana Mirian Garcia. A procura aumenta a cada ano. Isso é devido, em maior parte, ao grupo terapêutico que se reúne uma vez por semana – geralmente, às quintas-feiras – com os adolescentes e seus pais. Durante esses encontros, são desenvolvidas práticas que visam melhorar ou fortalecer sentidos ou vínculos nos adolescentes com algum tipo de sofrimento. Os grupos são reunidos separadamente por salas. Numa, ficam os pais, e em outra, os adolescentes. As dinâmicas são voltadas à ressocialização dos pacientes. “Aqui tem de ser uma passagem; a vida deles é na sociedade”, pontua Ana Mirian. “Eu quero que, quando o adolescente saia daqui, vá à Atenção Básica, por exemplo, sem ficar com medo”. Cada grupo tem até 12 pacientes. Com o sucesso do programa, a coordenação já pensa em aumentar o quantitativo. “Essa primeira turma termina em maio”, situa a fonoaudióloga Tatiana Leonel. “Vamos ter de abrir duas iniciando em maio e terminando em agosto e outra começando nesse mês com término em setembro”. Participação da família O motivo da inclusão dos pais nessas atividades é a meta de capacitá-los a lidar da melhor maneira com o problema dos filhos. A ideia tem aprovação dos responsáveis pelos jovens, tanto que a turma dos pais, geralmente, é maior que a dos filhos. “Às vezes, o pai e a mãe querem frequentar, então a gente os incorpora à turma”, conta o dentista Benhur Machado Cardoso, também integrante da equipe do Adolescentro. Nas dinâmicas, são desenvolvidas atividades para despertar o senso de coletividade e interação dos adolescentes. Há lições de higiene, de como melhorar a coordenação motora e para trabalhar a autonomia. Em outras sessões, os pacientes são treinados a melhorar as habilidades para lidar com situações que não conseguem resolver, como se socializar com os colegas. “Todos os dias, temos uma proposta de atividade diferente, até mesmo para não cair na rotina”, relata a fonoaudióloga Tatiana Leonel “Pode vir uma situação nova, como mudança de escola – o adolescente entra em crise”, exemplifica Ana Mirian.  Também há aulas de yoga e reiki. “Todos os dias, temos uma proposta de atividade diferente, até mesmo para não cair na rotina”, explica Tatiana Leonel. Vanilza dos Santos, que inscreveu a filha no centro: “A meu ver, foi fundamental esse grupo na minha vida” Letícia está há um ano no grupo terapêutico do Adolescentro. Vanilza, sua mãe, destaca que participar dos encontros foi importante para saber lidar com o problema da jovem. Ela aprendeu a colocar limites para a filha, a desenvolver o sentimento afetivo nela e a mostrar a importância de fazer amigos. “A meu ver, foi fundamental esse grupo na minha vida”, assegura. “Foi um aprendizado diferente. Agora, ela quase não tem tido crises – não com a mesma intensidade de antes”.

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Ônibus itinerante da Sejus presta informações sobre serviços funerários

O secretário de Assuntos Funerários da Sejus, Manoel Antunes, explica que uma das finalidades dessa ação é alertar as pessoas contra abordagens nas saídas dos hospitais e IML / Foto: Divulgação/Sejus Com o objetivo de levar dignidade ao cidadão por meio de orientações e apoio em momentos de dor – como a morte de um ente querido –, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) retomou, nesta terça (26), o serviço itinerante nos cemitérios do DF. Uma ação no cemitério de Taguatinga, das 9h às 16h, marcou as atividades do programa, desenvolvido pela Subsecretaria de Assuntos Funerários (Suaf). As orientações são relacionadas aos trâmites do processo funerário, esclarecendo dúvidas e prestando informações acerca da reutilização dos jazigos, do sepultamento social, da tabela de preços dos serviços cemiteriais e funerários e da taxa de manutenção dos jazigos – que é opcional – das funerárias legalmente credenciadas no DF, dentre outras. “O serviço itinerante visa aproximar as ações de governo dos cidadãos, ao mesmo tempo em que leva o conhecimento sobre a existência dos serviços da Suaf para a população que visita os cemitérios”, explica o secretário de Justiça, Gustavo Rocha. [Olho texto=”O serviço itinerante visa aproximar as ações de governo dos cidadãos” assinatura=”Gustavo Rocha, secretário de Justiça” esquerda_direita_centro=”direita”]  “Uma das finalidades é que, ao conhecer os serviços, as pessoas passem a não aceitar abordagens nas saídas dos hospitais e IML, pois essas ações são realizadas por ‘papa-defuntos’ e maus empresários”, destaca o subsecretário de Assuntos Funerários da Sejus, Manoel Antunes, alertando sobre as práticas de extorsão comuns nesses casos. Fiscalização Os serviços oferecidos em um ônibus itinerante, que fica estacionado dentro dos cemitérios da Asa Sul, de Taguatinga e do Gama, abordam ainda a fiscalização do atendimento e da prestação de serviços das funerárias e cemitérios. A ação, sempre às terças e quintas-feiras, segue até 2 de novembro, dia de Finados. As próximas paradas do ônibus itinerante são os cemitérios da Asa Sul (28 de março, 16 e 25 de abril e 7 de maio); do Gama (2 e 18 de abril e 7 de maio) e Taguatinga (4, 23 e 30 de abril e 9 de maio), Suaf A Suaf é uma subsecretaria da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do DF e tem o objetivo de supervisionar, fiscalizar e executar os contratos de concessão de serviços públicos de administração dos cemitérios e das funerárias do Distrito Federal. Compete também à pasta fazer o levantamento e acompanhar a situação das instalações físicas, limpeza, vigilância e conservação das funerárias e cemitérios do DF. O atendimento ao público é feito na Estação Rodoferroviária (Sain, Ala Central), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h; e, aos fins de semana e feriados, das 9h às 13h. * Com informações da Sejus

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ISAC AGUIAR DE CASTRO / “Vamos ofertar ao estudante uma maior autonomia”

Isac Aguiar de Castro aposta numa política de aproximação com as famílias dos alunos / Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Concursado da carreira de assistência à educação, Isac Aguiar foi reconduzido à frente da coordenação da Regional de Ensino do Paranoá. Servidor do Governo do Distrito Federal há 17 anos, ele já desenvolveu diversas funções. Foi merendeiro, chefe de secretaria escolar, supervisor administrativo e diretor do Escola Classe 03. Experiência administrativa, portanto, não lhe falta. E o dia a dia mostrou a Isac que a escola precisa aproximar-se das famílias. “Quando o estudante tem tranquilidade no lar, ele aprende mais”, afirma. “Sua vida escolar é melhor. ”  Em entrevista à Agência Brasília, o coordenador disse que vai priorizar o “social”. Ele quer desenvolver um trabalho em parceria com outros órgãos do governo para combater a violência, o avanço das drogas dentro e fora das escolas e, também, reforçar as ações voltadas ao reforço do processo de aprendizagem. Qual a situação atual da regional de ensino? Hoje, temos 21 escolas de zona urbana e 14 de zona rural, além de duas creches conveniadas. São aproximadamente 25 mil estudantes na nossa rede de ensino. Atualmente, nosso maior problema é atender a demanda reprimida do Paranoá Parque. Após o programa habitacional, muitas famílias chegaram à região e elas não tiveram acesso aos equipamentos públicos de educação. Temos de administrar escolas superlotadas e nem sempre conseguimos atender a comunidade da forma como gostaríamos. Qual o maior desafio dos alunos do Paranoá? Nosso maior desafio é manter o crescimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica [Ideb]. Nossas escolas tiveram um aumento muito significativo na avaliação de 2017 – cerca de 75% de melhoria. Mas cada escola teve um desempenho individual. Acreditamos que, se fortalecermos o trabalho das orientações pedagógicas e as intervenções dentro de sala de aula, além de ampliarmos os cursos de capacitação de professores, vamos ofertar ao estudante uma maior autonomia da aprendizagem. Queremos trabalhar com esse cenário e entendemos que esses índices de desempenho tendem a melhorar muito. [Olho texto=”“Quando fazemos aquilo de gostamos, fazemos com muito mais prazer. Temos de transformar o aprender em algo mais prazeroso” ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Existe alguma estratégia específica para os alunos que não estão evoluindo no processo de aprendizagem? Queremos fazer uma seleção bem criteriosa desses casos. Estamos estudando separar os alunos em defasagem de série e em situação de vulnerabilidade para um olhar especial. Agruparíamos todos por área de conhecimento, reforçando aquelas matérias de que gostam mais e, por meio desse conteúdo, intercalando com o aprendizado das matérias em que eles têm mais dificuldade. Quando fazemos aquilo de gostamos, fazemos com muito mais prazer. Temos de transformar o aprender em algo mais prazeroso. A escola pode ser um ponto de apoio para o aluno em situação de risco? Sem dúvidas. No Paranoá, temos muitos alunos em vulnerabilidade social, carentes e com dificuldades dentro da própria família. A gente acolhe o estudante e a ajuda da orientação pedagógica é fundamental. Mas a escola, muitas vezes, tem de atender além dos muros, para que os estudantes cheguem motivados, com interesse. Os estudantes precisam ter convicção de que a escola pode ajudar em sua formação, para aprender uma profissão. Os pais precisam estar seguros e tranquilos. Precisam estar empregados, em equilíbrio familiar, sem violência. Quando o estudante tem tranquilidade no lar, ele aprende mais. Sua vida escolar é melhor. A escola acaba sendo algo muito maior em sua vida. Como enfrentar a questão das drogas nas escolas do Paranoá? A droga é um problema não somente nas escolas, mas nas regiões periféricas. Há um assédio muito grande aos nossos estudantes. É a influência de traficantes e pessoas mal-intencionadas na vida dos estudantes, inclusive com aliciamento de menores de idade. Temos feito e vamos reforçar as ações integradas em parceria com o Batalhão Escolar da Polícia Militar do Distrito Federal.

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Campanha combate o racismo neste Carnaval

A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) promove, neste Carnaval, campanha de combate ao racismo. Com os lemas “Xô, racismo”, “Preconceito? Tô fora!” e “Tire a máscara do preconceito”, a Sejus abraça essa causa de cidadania e estará aparelhada para orientar a população a esse respeito durante a festa. O tema da campanha este ano será o combate ao blackface, que é a representação de personagens negros, satirizando e ridicularizando a população negra, a exemplo da fantasia de “nega maluca”, muito comum no Carnaval. “A ideia é que essa campanha informe ao folião que ele pode pular o Carnaval de forma pacífica e sem agredir a cultura que construiu o país”, explica o secretário da Sejus, Gustavo Rocha. “Essas questões do blackface e da “nega maluca” têm cunho pejorativo e precisamos acabar com isso. É possível se fantasiar de diversas coisas sem praticar racismo”. Em conjunto com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e a Defensoria Pública, a Sejus terá um ponto de apoio durante o Carnaval para receber denúncias e realizar atividades pedagógicas. O módulo funcionará em uma tenda no estacionamento do Mané Garrincha. Na avaliação do subsecretário de Direitos Humanos, Juvenal Araújo, a ação de conscientização e as políticas eficientes de prevenção da violência são muito importantes para garantir o direito à vida e à segurança da população negra no Brasil. “Racismo ocorre todos os dias do ano”, observa. “Ainda somos minoria política e não temos acesso às mesmas oportunidades que as pessoas não negras. Durante o Carnaval, o número de casos de racismo só aumenta. Por isso, queremos alertar as pessoas sobre as diversas vertentes do racismo e a importância de denunciá-las.” Crime Os atos de discriminação por raça e cor são considerados crimes no Brasil desde 1989, quando entrou em vigor a Lei nº 7.716, a chamada Lei Caó – homenagem a seu autor, o então deputado e ativista do movimento negro Carlos Alberto de Oliveira. Pela legislação, está sujeito a pena de dois a cinco anos de prisão quem, por discriminação de raça, cor ou religião, impedir pessoas habilitadas de assumir cargos no serviço público ou se recusar a contratar trabalhadores em empresas privadas. Também comete o crime de racismo quem, pelos mesmos motivos, recusa o atendimento a pessoas em estabelecimentos comerciais (um a três anos de prisão), veta a matrícula de crianças em escolas (três a cinco anos), e impede que cidadãos negros entrem em restaurantes, bares ou edifícios públicos ou utilizem transporte público (um a três anos). Além dos crimes de racismo, também há a conduta chamada de injúria racial (artigo 140 do Código Penal), configurada pelo ato de ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem. A injúria racial se dirige contra uma pessoa específica, enquanto o crime de racismo é dirigido a uma coletividade. Denúncias De acordo com dados do Ministério Público do DF, as denúncias de racismo cresceram entre 2010 e 2016. Nesse período, o aumento foi de 1.190% na capital. Dentre as ações penais, 7% são por crime de racismo e as demais, por crime de injúria racial. Dados do Atlas da Violência de 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que os negros, especialmente os homens jovens, são o perfil mais frequente do homicídio no Brasil. Em 2016, a taxa de homicídios da população negra foi duas vezes e meia superior à de não negros (16% contra 40%). Entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios de negros cresceu 23,1%. No mesmo período, a taxa entre os não negros teve uma redução de 6,8%. De acordo com o levantamento do Ipea, as maiores taxas de homicídios de negros encontram-se nos estados de Sergipe (79,0%) e do Rio Grande do Norte (70,5%). *Com informações da Sejus

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