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Colegiado fortalece a preservação do patrimônio cultural do Distrito Federal

Em 2025, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac) consolidou seu papel na proteção do patrimônio cultural do DF, promovendo discussões e ações voltadas à preservação da história, da arte e da identidade local. Ao longo do ano, o colegiado realizou oito reuniões ordinárias e uma extraordinária, com foco em processos e projetos decisivos para o futuro cultural da região. Para o próximo ano, o conselho projeta novos desafios, como a finalização de processos em andamento e a consolidação das diretrizes para intervenções | Foto: Divulgação/Secec-DF Entre as ações de destaque estão a reavaliação do tombamento do Teatro Dulcina de Moraes e a proteção de seus acervos, incluindo o reconhecimento do Ideário de Dulcina como Patrimônio Imaterial do DF. Além disso, o registro do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste – Mamulengo, também como patrimônio imaterial, reflete o esforço contínuo para manter vivas as manifestações culturais regionais. O conselho também esteve envolvido em processos relevantes, como a análise da requalificação urbana do percurso turístico-cultural de Planaltina e o projeto de restauro da Praça dos Três Poderes, sob coordenação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Intervenções em áreas sensíveis, como o pilotis do Bloco J da Superquadra Sul 307 e a incineração da cabeça da imagem do orixá Ogum, na Praça dos Orixás, também estiveram entre as deliberações do ano. [LEIA_TAMBEM]“O trabalho do Condepac reflete o nosso compromisso com a preservação da identidade cultural do Distrito Federal, e os avanços de 2025 são fundamentais para o fortalecimento de nossa memória coletiva. Continuaremos a avançar com o olhar atento às necessidades da nossa população e ao nosso patrimônio”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF e presidente do Condepac, Claudio Abrantes. Além disso, o conselho deu início à criação de grupos de trabalho estratégicos, como o GT Vila Cultural Cobra Coral e o GT Patrimônio Ambiental, e avançou na atualização e revisão do Regimento Interno, bem como na elaboração de novas diretrizes para intervenções em áreas tombadas. Para 2026, o colegiado projeta novos desafios, como a finalização de processos em andamento e a consolidação das diretrizes para intervenções, além da continuidade das ações de valorização e proteção dos bens culturais que integram a identidade de Brasília e do entorno. O trabalho coletivo desenvolvido ao longo de 2025 reafirma a importância do Condepac como órgão técnico e deliberativo que, com o apoio da sociedade civil e de parceiros institucionais, atua para garantir que o patrimônio cultural do Distrito Federal seja preservado, valorizado e protegido para as futuras gerações. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

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Evento valoriza manifestações populares tradicionais das regiões administrativas

A pergunta que abriu a programação da 12ª Jornada do Patrimônio, realizada na última sexta-feira (28/11), no Museu Nacional da República, já provocava: quantos lados tem o nosso quadradinho? A resposta passava por Sobradinho, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Taguatinga e outras regiões que compõem o mosaico cultural do Distrito Federal. O evento anual reuniu professores e estudantes para ampliar o entendimento sobre o patrimônio cultural que nasce do encontro entre diferentes saberes e tradições. Organizada pela Secretaria de Educação (SEEDF), em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a iniciativa colocou em evidência manifestações como o Boi do Seu Teodoro, a Via Sacra de Planaltina, Martinha do Coco e o Mestre Zé do Pife. Também fizeram parte do debate expressões contemporâneas presentes no território, como hip-hop, samba, reggae e rock. Iniciativa colocou em evidência manifestações como o Boi do Seu Teodoro, Via Sacra de Planaltina, Martinha do Coco e Mestre Zé do Pife | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Brasília de muitas raízes O tema escolhido para 2025 buscou romper com imagens cristalizadas de Brasília, cidade construída por trabalhadores vindos de diversas regiões do país e que carrega, em suas regiões administrativas, elementos das raízes trazidas por quem a edificou. Festas, danças, narrativas orais, culinária e brincadeiras compõem a tessitura de identidades que atravessam o tradicional e o contemporâneo. “A 12ª Jornada do Patrimônio reafirmou o compromisso da secretaria com uma escola que reconhece, valoriza e se alimenta da potência das culturas populares do Distrito Federal”, afirmou a diretora de Educação em Tempo Integral, Érica Martins. “Quando ampliamos o olhar para além do Plano Piloto e evidenciamos os muitos lados do nosso quadradinho, fortalecemos o sentimento de pertencimento, promovemos justiça social e asseguramos o direito à cultura como parte essencial da formação integral”, completou. O encerramento do encontro contou com a apresentação do grupo Tribo das Artes A programação do evento incluiu três conversas ao longo do dia. Pela manhã, os educadores Elza Caetano e Pablo Feitosa debateram a cultura afro-brasileira na capital. À tarde, Chico Simões e Manu Matusquella abordaram o teatro de bonecos e a palhaçaria. No fim do dia, os artistas Tico Magalhães, do Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, e Martinha do Côco conversaram sobre a cultura popular cerratense. O encerramento contou com a apresentação do grupo Tribo das Artes.  *Com informações da Secretaria de Educação

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Reinaugurado após mais de uma década, Teatro Nacional abre suas portas para visitas guiadas

Brasilienses e turistas aguardaram com muita expectativa a reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro, que ficou mais de uma década fechado. Então, nada mais justo que, após a reinauguração, ele possa ser visto de diferentes perspectivas. Por isso, além da programação regular de espetáculos, o espaço também recebe semanalmente grupos de visitas guiadas. “É uma experiência. Conhecer o Teatro quando não tem espetáculo, caminhar pelo palco, pelos camarins, visitar todas as instalações… Acho que isso é algo importante. A gente quer gerar no público de Brasília a possibilidade de ter esse contato”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. O Teatro Nacional Claudio Santoro passa a oferecer visitas guiadas e gratuitas às sextas-feiras; para participar, basta comparecer ao foyer da Sala Martins Pena, entre as 14h e as 16h | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As visitas são gratuitas e ocorrem às sextas-feiras –  e a última do mês conta com um intérprete de Libras para garantir a acessibilidade. Para participar basta comparecer ao foyer da Sala Martins Pena, entre as 14h e as 16h. Os grupos são acompanhados por um servidor da Subsecretaria do Patrimônio Cultural, que narra fatos sobre a história do Teatro, sua arquitetura – assinada por Oscar Niemeyer –, e as obras de arte em seu interior, a exemplo dos painéis de Athos Bulcão. [LEIA_TAMBEM]“É uma visita focada nos aspectos arquitetônicos e de patrimônio cultural do Teatro. É uma joia incrustada aqui no centro da cidade, no centro do poder nacional. Então, ele tem uma relevância cívica e cultural muito grande, mas também uma importância em termos de patrimônio cultural – ele é tombado tanto nacionalmente quanto pelo Distrito Federal”, apontou o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “E pretendemos mostrar ainda as melhorias que trouxemos aqui para a Sala Martins Pena, que teve um ganho imenso em conforto, acessibilidade e segurança, mas também em termos acústicos. Ela foi de uma nota cinco para uma nota nove em acústica. Isso é um ganho de que a cidade precisava”, acrescentou o subsecretário. Além das visitas guiadas, o público também pode acompanhar a programação de espetáculos do local. A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) segue com sua temporada 2025 de concertos. As apresentações ocorrem sempre às quintas-feiras, às 20h. Os ingressos gratuitos são distribuídos presencialmente, uma hora antes do espetáculo, respeitando a capacidade da Martins Pena, que comporta 478 espectadores. Os grupos poderão conhecer mais sobre a história do Teatro, sua arquitetura e as obras de arte em seu interior, como os painéis de Athos Bulcão Restauro A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Governo do Distrito Federal (GDF) teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas. Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como na recuperação da Martins Pena. A obra de restauração do Teatro teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer; a reabertura do espaço cultural ocorreu em dezembro do ano passado A reabertura do espaço, em dezembro do ano passado, foi celebrada com o festival Viva o Teatro, que contou com seis atos. O primeiro deles, em homenagem aos operários que trabalharam na reforma do local, teve um concerto da Orquestra Sinfônica, que ainda se apresentou ao lado da dupla Chitãozinho & Xororó na reabertura oficial. Ambos foram exclusivos para convidados. Na sequência – já abertos ao público –, houve show de Almir Sater; o Dia do Teatro, com uma peça infantil e a comédia Tela Plana, dos Melhores do Mundo; homenagem ao rock brasiliense com a Plebe Rude; e o Dia da Dança, que teve, entre outras atrações, o Boi de Seu Teodoro, tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Agora, serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.

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Com 25 mil visitantes em 2024, Museu Vivo da Memória Candanga fortalece vínculos com as raízes da capital

Mais de 25 mil pessoas visitaram o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), no Núcleo Bandeirante, ao longo de 2024. Segundo os dados do espaço, os meses com maior frequência foram junho e agosto, com 4.006 e 3.163 visitas, respectivamente. Os períodos são conhecidos no local pela programação educativa voltada para estudantes da rede pública e privada. “O nosso foco do dia a dia são as escolas. Temos um programa educativo muito forte. Também recebemos muitas escolas e faculdades do mundo todo porque há uma curiosidade em conhecer a história da nova capital”, destaca a gerente do MVMC, Eliane Falcão. Os projetos realizados com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também são apontados pela gestora como importantes para o impulsionamento da visitação: “Os eventos apoiados pelo FAC costumam ter um quantitativo maior de público”. O acervo do Museu Vivo da Memória Candanga relembra os tempos da construção de Brasília e os primeiros anos da nova capital | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O Museu Vivo da Memória Candanga é conhecido por remontar a história desde antes da construção da nova capital até a inauguração de Brasília, em 1960. Terceiro espaço a ser construído pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), antes de se tornar um museu, o local abrigou o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) para atender a demanda dos candangos. O acervo oficial é composto por edificações e peças históricas. “O Museu preserva valiosos recortes históricos dos primeiros anos de Brasília, refletindo o esforço e a determinação de milhares de migrantes que, com coragem e trabalho árduo, percorreram quilômetros para edificar a nova capital federal. Este espaço mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa é um ponto de encontro para a memória e a reflexão, sendo também aberto para eventos que conectam a população com a rica história e cultura da cidade, permitindo que todos possam vivenciar e celebrar o legado de nossa construção coletiva”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón. Uso do espaço O museu tem foco na educação cultural e recebe cursos diversos, como costura criativa e cinema Sob a responsabilidade da Secec-DF, o museu é um espaço cultural disponível para eventos ou oficinas. Para fazer a solicitação de uso, os interessados devem seguir alguns procedimentos, incluindo a assinatura da Secretaria responsável e a verificação de disponibilidade de horário, a fim de evitar conflitos com outras atividades já programadas no museu. Os interessados devem enviar um e-mail para o endereço eletrônico mvmc@cultura.df.gov.br solicitando o Formulário de Pauta Espontânea, primeiro passo para a solicitação do uso do espaço. As propostas apresentadas devem incluir o projeto do curso, que deve estar vinculado à temática cultural, e será submetido à apreciação da Subsecretaria de Patrimônio Cultural. Não é obrigatório contar com apoio do FAC, nem realizar as atividades nos horários de funcionamento do museu. Como exemplos, alguns cursos em andamento incluem cinema, costura criativa e crochê no lacre. Para pessoas físicas, é necessário preencher o Formulário de Pauta Espontânea, apresentar documento de identificação com CPF, comprovante de residência e assinar o termo de responsabilidade pelo uso do espaço. No caso de pessoas jurídicas, a solicitação requer o Formulário de Pauta Espontânea, documento de identificação, CNPJ, Contrato Social, ata de reunião de assembleia, estatuto e termo de responsabilidade. As solicitações devem ser feitas com, no mínimo, 40 dias de antecedência ao evento, e os documentos devem ser preenchidos digitalmente. Caso haja necessidade, o setor administrativo do MVMC está disponível para fornecer suporte. Além disso, é imprescindível fazer um aviso prévio, seja por e-mail ou telefone, para garantir a reserva e o bom andamento do processo. Os cursos oferecidos são, geralmente, gratuitos. No entanto, caso haja cobrança, o valor máximo permitido para a participação é de R$ 50, conforme estabelecido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Esse valor deve ser destinado exclusivamente à aquisição de materiais necessários para o curso.

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Memorial dos Povos Indígenas registra aumento de visitação escolar em 2024  

Ícone de cultura e resistência localizado na Zona Cívico-Administrativa de Brasília, o Memorial dos Povos Indígenas vem atraindo cada vez mais público. Em 2024, o espaço recebeu mais de 16 mil estudantes, representando um aumento de 25% em relação ao ano anterior, que contabilizou 13.111 visitas escolares. Ao todo, 45.388 pessoas visitaram o memorial este ano. Detalhes da rica cultura indígena chamam a atenção dos visitantes do memorial | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Integramos educação e cultura, promovendo um aprendizado profundo sobre a diversidade dos povos originários do Brasil” Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural Esse crescimento é atribuído ao projeto Territórios Culturais, administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF). A iniciativa proporciona visitas mediadas e atividades pedagógicas que ampliam o conhecimento dos estudantes sobre o patrimônio cultural do Distrito Federal, fomentando a educação integral. Segundo o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, o Territórios Culturais vai além da experiência cultural. “Integramos educação e cultura, promovendo um aprendizado profundo sobre a diversidade dos povos originários do Brasil”, explica. “Oferecemos transporte e mediação com professores da rede distrital para que os alunos vivenciem o conteúdo museológico de forma significativa”. Riqueza cultural e histórica Arquitetura do prédio leva a assinatura de Oscar Niemeyer Aberto de terça a domingo, o Memorial dos Povos Indígenas é gratuito e abriga um rico acervo de plumárias, cerâmicas, cestarias e máscaras. Sua arquitetura, projetada por Oscar Niemeyer e inspirada nas malocas Yanomami, oferece uma experiência única que conecta visitantes à diversidade indígena. Exposições temporárias, como Os Grafismos Indígenas Hóri, em cartaz até janeiro de 2025, destacam a riqueza artística dos povos Dessano e Tukano. O espaço também promove inclusão com acessibilidade plena, incluindo rampas, banheiros adaptados, material em braile, peças táteis e visitas guiadas em Libras mediante agendamento. Já a Sala do Saber Mário Juruna, dedicada ao primeiro deputado federal indígena do Brasil, é utilizada em ações educativas que reforçam a valorização dos saberes ancestrais. Educação e inclusão O projeto Territórios Culturais estimula o aprendizado interdisciplinar em locais como o Cine Brasília, o Museu Nacional da República e o Centro Cultural Três Poderes. Além disso, iniciativas como o Caderno Pedagógico Abril Indígena, lançado pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), fortalecem os direitos dos estudantes indígenas e promovem a valorização da cultura originária nas escolas. A combinação de esforços pedagógicos e culturais reforça o papel do Memorial dos Povos Indígenas como um espaço de preservação e celebração da diversidade, promovendo respeito e cidadania. Para mais informações e programação, acompanhe o perfil do Memorial no Instagram @memorialdospovosindigenas.

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Lançado edital para premiar preservação e valorização do patrimônio cultural do DF

Estarão abertas, do dia 17 ao dia 29 deste mês, as inscrições para o Prêmio José Aparecido de Oliveira, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A publicação do edital referente a essa iniciativa foi feita na edição de quinta-feira (10) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A finalidade é premiar seis trabalhos relevantes para a preservação e valorização do patrimônio cultural.  Premiação de 2023 | Foto: Divulgação/Secec-DF Serão selecionados três projetos na modalidade de Patrimônio Cultural Material e três na modalidade de Patrimônio Cultural Imaterial, com a restrição de que cada proponente poderá indicar apenas um projeto.  “Com essa iniciativa, pretendemos motivar as pessoas a pensar e a trabalhar mais pela preservação desse patrimônio” Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural O valor global da premiação é de R$ 70 mil, quantia dividida em duas modalidades. Na de Patrimônio Cultural Material, o primeiro lugar receberá R$ 20 mil, o segundo lugar, R$ 10 mil, e o terceiro lugar, R$ 5 mil. Já os trabalhos premiados na modalidade Patrimônio Cultural Imaterial, receberão R$ 20 mil (primeiro lugar), R$ 10 mil (segundo lugar) R$ 5 mil (terceiro lugar). Premiações “Esse prêmio tem a iniciativa de preservação do patrimônio, tanto material como imaterial”, ressalta o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “Este ano resolvemos ampliar tanto as premiações quanto as categorias atendidas. No ano passado, era um prêmio apenas para todas as categorias de patrimônio. Hoje nós temos uma categoria específica para o material e outra específica para o imaterial. Com essa iniciativa, pretendemos motivar as pessoas a pensar e a trabalhar mais pela preservação desse patrimônio.” São considerados trabalhos de relevância iniciativas, ações ou projetos, em desenvolvimento ou concluídos, que contribuam para a preservação do patrimônio cultural material tombado por meio de estudos, pesquisas, projetos, obras e outras medidas de conservação e restauro, para Patrimônio Cultural Material. Para Patrimônio Cultural Imaterial, são consideradas ações de salvaguarda do patrimônio imaterial registrado pelo DF, envolvendo identificação, documentação, promoção, divulgação e apoio. Poderão participar como indicados do chamamento público pessoas físicas ou jurídicas, incluindo instituições públicas ou privadas, grupos, agentes sociais e acadêmicos, domiciliados ou não no DF, que tenham desenvolvido ou estejam desenvolvendo projetos inéditos com trabalhos relevantes para a preservação, salvaguarda, estudos, educação, difusão, circulação, promoção e sensibilização referentes à temática do Patrimônio Cultural do Distrito Federal e, dentro deste universo de Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade. Confira o edital. *Com informações da Secec-DF

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Estudantes de Taguatinga participam de lançamento de livros sobre educação patrimonial

Estudantes do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit) participaram, nesta quinta-feira (5), do evento de lançamento da reedição dos livros Arqueologia e os Primeiros Habitantes do Distrito Federal e Gabriel em Brasília, no Parque Ecológico Saburo Onoyama. Cada aluno ganhou os dois exemplares e as escolas da rede pública irão recebê-los em suas bibliotecas. Nesta quinta (5), evento lançou a reedição dos livros “Arqueologia e os Primeiros Habitantes do Distrito Federal” e “Gabriel em Brasília”, no Parque Ecológico Saburo Onoyama | Fotos: Mary Leal/ SEEDF A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Educação (SEEDF), Instituto BRB e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e tem como objetivo reforçar o compromisso com a educação patrimonial, de acordo com os planos de trabalho estabelecidos entre os órgãos. A escolha do local para o lançamento se deu em função da parceria entre a SEEDF, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que, juntas, desenvolvem o Programa Parque Educador, voltado para o fortalecimento das políticas de educação ambiental e patrimonial. “Contemplar o meio ambiente é essencial para entendermos a sua importância, pois ele faz parte do nosso patrimônio. Atividades como essa nos fazem pensar fora do senso comum. Sair da sala de aula e aprender na prática é enriquecedor e o que queremos é que os estudantes reproduzam o que aprenderam aqui hoje para seus familiares e colegas”, comentou a diretora de Educação em Tempo Integral da SEEDF, Érica Soares Martins, Na cerimônia de lançamento, cada aluno ganhou dois livros; as escolas da rede pública irão receber as obras em suas bibliotecas Leandro Grass, presidente do Iphan, explicou que o objetivo do evento é promover uma consciência dos estudantes sobre o significado de patrimônio e a importância dele na vida de todos. “O nosso papel é preservar o patrimônio cultural brasileiro. O patrimônio cultural parece uma coisa muito rebuscada, difícil, mas está na nossa vida o dia inteiro, todos os momentos a gente está se relacionando com ele. O patrimônio é o que é importante para a gente, é o que tem valor para nós. E o patrimônio cultural é aquilo que tem valor na nossa cultura, que nos representa”, comenta. Os estudantes fizeram uma trilha pelo parque, acompanhados das professoras do programa Parque Educador, e participaram da cerimônia de entrega dos livros. “Achei muito importante esse evento para nos tirar da sala de aula, para vermos a fauna, as plantas. Fora que aprender na prática é muito interessante”, comentou Matheus de Oliveira Carvalho, 18 anos, estudante do Cemeit. O estudante Matheus de Oliveira Carvalho gostou da experiência: “Achei muito importante esse evento para nos tirar da sala de aula, para vermos a fauna, as plantas” As obras O livro Arqueologia e os Primeiros Habitantes no Distrito Federal, escrito pela arqueóloga Margareth de Lourdes Souza e publicado pelo Iphan, é um recurso valioso e acessível, desenvolvido especialmente para apoiar os professores da rede pública. A obra aborda, de maneira didática, desde conceitos gerais, como a definição de arqueologia e o trabalho dos arqueólogos, até temas específicos relacionados ao Distrito Federal, incluindo as pesquisas realizadas na região e os diversos sítios arqueológicos ali encontrados. Já Gabriel em Brasília é uma narrativa divertida e lúdica. As ilustrações e os traços que a acompanham são uma parte importante da narrativa e nos ajudam a entender que Brasília é tanto bela quanto histórica, tanto atual quanto poética, sutil e moderna, ao seu modo. O livro acompanha a jornada de um jovem em busca de sua identidade e de uma conexão mais profunda com seu país.

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#TBT: Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco

Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito. O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho. [Olho texto=”“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx. O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”. O título de Patrimônio Mundial da Humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lúcio Costa | Foto: Divulgação/Adriano Teixeira O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial. “Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário. Preservação A capital federal também é tombada pelo GDF e pelo Iphan | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília. “Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan. Visite A Catedral Metropolitana é um dos 12 pontos turísticos da rota arquitetônica | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.  

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Museu Vivo da Memória Candanga celebra aniversário com programação cultural

Um dos espaços culturais mais antigos de Brasília está em festa. O Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) completou 33 anos de existência, e a celebração será nesta quinta-feira (15), a partir das 15h, em um evento com presença de autoridades, abertura de exposições e apresentação musical. “Preparamos algo que tivesse a ver com a vocação do museu de ser bem popular”, explica o subsecretário interino do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón Rodríguez. Arte: MVMC A programação comemorativa começa com um coquetel no Salão Multiúso. Em seguida, haverá o lançamento das mostras que ficarão em cartaz no museu junto ao acervo oficial. Estarão em exposição gravuras e artesanatos elaborados pelos alunos das oficinas do MVMC, além da mostra Experimentações Impressas, do grupo Gravura em Foco, que ficará na Casa Branca. A visitação será de segunda-feira a sábado, das 9h às 17h. “O aniversário do museu foi em 26 de abril, mas, todo ano, não deixamos passar em branco, até porque somos um patrimônio cultural do Distrito Federal. Foi onde tudo começou”, afirma a gerente do MVMC, Eliane Rodrigues Falcão. Preservação da memória O MVMC abrigou a primeira unidade de saúde brasiliense, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), criado para atender todos que ajudavam a erguer a capital federal. O complexo seguiu em funcionamento até 1974, quando foi fechado. Em 1990, o Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu o tombamento do conjunto de casas, permitindo o processo de restauração do espaço. Em 26 de abril de 1990, o local foi reaberto e inaugurado como um símbolo histórico. Criado inicialmente para abrigar o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) durante a construção de Brasília, o espaço onde hoje funciona o Museu Vivo da Memória Candanga conta com acervo permanente que retrata a trajetória da capital da República | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Até hoje, o Museu Vivo da Memória Candanga preserva as construções do período do surgimento de Brasília e a história da cidade pelo ponto de vista dos pioneiros e candangos. O acervo permanente retrata essa trajetória nas exposições Poeira, Lona e Concreto, Candangos Pioneiros, Cerrado de Pau de Pedro e A Importância da Mulher na Construção da Nova Capital e de fotos de Jankiel Gonczarowska. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “É um espaço bastante agradável para a família e que também recebe muitas escolas. É um local de memória, que conta a versão não oficial de Brasília. É a fala de quem colocou a mão na massa, por isso tem essa vocação de ser acessível”, avalia o subsecretário interino de Patrimônio Cultural. Museu Vivo da Memória Candanga ? Lote D, Setor Juscelino Kubitschek, Núcleo Bandeirante ? Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Telefone: (61) 3301-3590.

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Maquete histórica é recuperada

O Espaço Lucio Costa, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), reabriu nesta terça-feira (14), depois de 64 dias fechado em razão dos atos de vandalismo de 8 de janeiro. A principal peça do local, uma maquete do Plano Piloto em papel, construída em 1988, com 13,24 por 12,88 metros, foi recuperada em quase sua totalidade, restando, contudo, estilhaços de vidro em locais que não podem ser alcançados sem risco de danos à peça. Maquete do Plano Piloto em papel, construída em 1988, foi recuperada em quase sua totalidade, restando estilhaços de vidro em locais que não podem ser alcançados sem risco de danos à peça | Foto: Hugo Lira/Secec A limpeza da maquete não pôde ser feita com equipamentos de sucção, porque estes poderiam danificar o delicado trabalho. Foram usadas, portanto, pinças e escovas, em um trabalho de paciência e atenção a detalhes. Além disso, novas portas de vidro também foram confeccionadas, já que as anteriores haviam sido completamente destruídas. “Elas são feitas sob medida e nós tínhamos de emular as portas antigas, imagina a dificuldade”, conta o subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Brayner. O custo das portas, pinturas e higienização ficou em R$ 39.494,78. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Nossa expectativa com a reabertura é boa. O Espaço Lucio Costa é o nosso equipamento cultural que mais atrai visitantes no Centro Cultural Três Poderes. Quando reabrimos, após o Carnaval, os turistas sempre perguntavam sobre a maquete”, revela o gerente interino do equipamento, Ricardo Machado. O Espaço Lucio Costa integra o Centro Cultural Três Poderes e era a última unidade que ainda se encontrava fechada. O complexo é composto, além do local, pelo Museu Histórico de Brasília (Museu da Cidade), o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves e o Espaço Oscar Niemeyer. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Lançada licitação para reforma do Teatro Nacional

O Governo do Distrito Federal (GDF) deu início nesta sexta-feira (14) ao processo que vai encerrar oito anos de palco vazio e luzes apagadas no Teatro Nacional Claudio Santoro. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, assinou o projeto básico para obras de edificações que compõem o edital de licitação elaborado pela Novacap. Acompanhado da equipe técnica da Secec, o secretário Bartolomeu Rodrigues visitou a Sala Martins Pena, por onde será iniciada a reforma do Teatro Nacional | Fotos: Divulgação/Secec Dessa forma, empresas aptas vão apresentar as propostas para concorrência com o teto orçamentário de R$ 55 milhões. “É com muita alegria que anunciamos ao Brasil o começo das reformas do Teatro Nacional a partir da Sala Martins Pena”, comemora o secretário. [Olho texto=”“O Teatro Nacional esteve largado. Mas não por este governo. Todos os dias, esse bem patrimonial foi motivo de esforço e de preocupação de uma equipe multidisciplinar e comprometida”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para Bartolomeu Rodrigues, “trata-se de um dos maiores símbolos do patrimônio nacional, obra tombada de Oscar Niemeyer, de valor artístico e cultural inestimável. Por determinação do governador Ibaneis Rocha, vamos mostrar a diferença de um governo de ação.” Assim que avalizou a documentação do edital, o secretário fez questão de ir à Sala Martins Pena, objeto de extensivo trabalho, que ocupou toda a sua pauta de trabalho desde que assumiu a pasta da Cultura em dezembro de 2019. “Ouvimos todo tempo que o teatro estava largado. O Teatro Nacional esteve largado. Mas não por este governo. Todos os dias, esse bem patrimonial foi motivo de esforço e de preocupação de uma equipe multidisciplinar e comprometida. Trabalhamos até chegarmos ao tempo em que não poderíamos esperar nem mais um minuto” observa. Acompanhado da equipe técnica da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Bartolomeu se emocionou ao ter a reforma da Sala Martins Pena sair do campo do desejo para a concretude do canteiro de obras. [Numeralha titulo_grande=”R$ 55 milhões” texto=”é o teto orçamentário estabelecido para a primeira etapa da reforma” esquerda_direita_centro=”direita”] “É um sonho que estava frustrado em gestões anteriores e, nesta, conseguimos realizar. É histórico anunciar que as obras vão começar, e esse teatro vai voltar a fazer girar a economia criativa. Cada espetáculo que chega neste palco contrata equipes técnicas diversas, traz o pipoqueiro para a porta e ainda enche as mesas dos restaurantes após o fechar das cortinas”, celebra o secretário executivo, Carlos Alberto Jr., entusiasta da reforma. O impacto da obra se reflete também na economia do Distrito Federal. Com a reforma da Sala Martins Pena, estima-se a geração de 700 empregos diretos e 2.100 indiretos, movimentando também a economia do DF. Por ser um bem tombado individualmente, o Teatro Nacional requer uma reforma sob rígidas normas de restauro. A obra é um convênio entre a Secec e a Novacap, que vão atuar em conjunto com funções estabelecidas no projeto básico. Essa é a primeira etapa da reforma a partir do projeto executivo de arquitetura elaborado pela empresa Acunha Solé Engenharia. A Sala Martins Pena possui capacidade de 407 lugares, com poltronas desenhadas pelo arquiteto Sérgio Rodrigues; o palco tem 235 m², com 12 m de abertura e 15 de profundidade, e a sala conta ainda com elevador e 15 camarins | Foto: Divulgação/Secec A proposta enviada pela empresa concorrente deve apontar soluções técnicas para reforma das instalações prediais, sobretudo elétrica e climatização; recuperação estrutural, restauração de pisos, revestimentos, esquadrias e de imobiliários, incluindo revestimento acústico, além de atualização tecnológica e de segurança das estruturas e dos mecanismos cênicos. [Olho texto=”“Vamos devolver para a sociedade uma Sala Martins Pena moderna e em conformidade com o restauro do bem tombado”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Vamos devolver para a sociedade uma Sala Martins Pena moderna e em conformidade com o restauro do bem tombado”, destaca o secretário. O caminho da reforma Em janeiro de 2014, no rastro da tragédia da Boate Kiss, o Teatro Nacional foi fechado por recomendação do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público, por não atender a normas de acessibilidade e segurança vigentes. Foram identificados 132 não conformidades. No mesmo ano, a então Secretaria de Cultura realizou licitação e posterior contratação do projeto executivo de reforma. A complexidade arquitetônica do projeto e sua ousadia quanto aos recursos tecnológicos pretendidos resultaram em um orçamento total de mais de R$ 200 milhões. Nos anos seguintes, a crise econômica do país e, em especial, a constatação de uma delicada situação financeira do DF tornaram inviável a realização da obra como um empreendimento único, que demandaria a execução do valor integral previsto no projeto. Um dos destaques da Sala Martins Pena é a obra Painel Acústico, de Athos Bulcão, localizada na parede direita No governo Ibaneis Rocha, avaliou-se que a melhor alternativa seria a adequação do projeto executivo de forma a permitir a realização da obra em etapas, gradualmente, de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros. Tal encaminhamento permitiria que, em uma primeira etapa, fosse reaberta a Sala Martins Pena, e em etapas posteriores as Salas Alberto Nepomuceno e Villa-Lobos e o Espaço Dercy Gonçalves. No final de 2019, a Secec captou, junto ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, R$ 33 milhões, que seriam destinados à reforma da Sala Martins Pena. Foi assinado o convênio com a Novacap para elaboração do processo licitatório de obras. Formou-se um Grupo de Trabalho, com um mutirão de técnicos e engenheiros e a presença dos gestores da Cultura e da Novacap. No entanto, a falta de documentos e as inconsistências técnicas no projeto originário desenharam um verdadeiro périplo para entregar o projeto básico para a Caixa liberar o recurso. Foram mais de 400 plantas refeitas, e a equipe atendeu a mais de 2 mil pedidos de ajustes. Com o tempo exíguo e a urgência da reforma, o GDF resolveu desistir, em dezembro do ano passado, do Fundo por meio de distrato e aportar diretamente o recurso para o restauro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Sala Martins Pena Inaugurada oficialmente em 1966, a Sala Martins Pena possui capacidade de 407 lugares, palco de 235 m², com 12 m de abertura e 15 de profundidade, um elevador e 15 camarins. No foyer, conta com painel de azulejos de Athos Bulcão e é bastante utilizada para exposições. Possui um busto de Ludwig Van Beethoven, doado pela Embaixada da Alemanha. Destina-se a saraus, performances, lançamentos de livros, coquetéis e exposições, com área de 412 m². Um dos destaques da Sala Martins Pena é a obra Painel Acústico, de Athos Bulcão, localizada na parede direita (visão do palco). A obra é formada por 23 conjuntos de quatro peças de madeira envernizada, fixadas no topo da parede, dispostos em alturas variáveis. A obra tem uma variação contínua de altos e baixos relevos e é de 1978. O estudo de cores dos estofados, carpete e cortinas é assinado pelo artista. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Calçadas do Lago Veredinha serão recuperadas

O Governo do Distrito Federal vai atender a demanda da população e manter as pedras portuguesas no calçamento que contorna o Lago Veredinhas. O anúncio foi feito nesta terça-feira (13) pelo governador em exercício, Paco Britto, que esteve no final da tarde desta terça-feira (13) em Brazlândia. A visita do governador interino, Paco Britto, atendeu a pedido de moradores preocupados com a obra de recuperação do calçamento, construído na década de 1990 | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília A visita à cidade, em companhia do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, atendeu a um pedido de moradores e comerciantes que se preocuparam com a obra de recuperação da orla do Lago Veredinha, executada pela administração regional. [Olho texto=”“Por determinação do governador Ibaneis Rocha, já foi providenciado o documento para o órgão que vai analisar o tombamento de toda a calçada”” assinatura=”Paco Britto, governador em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”] Para alguns moradores, é fundamental a preservação das pedras originais do calçamento construído na década de 1990, cujo projeto é de autoria do artista plástico piauiense Francisco Galeno. Desde a inauguração, a calçada portuguesa nunca havia passado por um processo de manutenção. A gestão atual teve a iniciativa para dar mais mobilidade e segurança ao caminho. Acompanhado ainda do administrador de Brazlândia, Jesiel Costa Rosa, o governador em exercício falou com  o filho de Francisco, João Galeno, que estava no local. “Por determinação do governador Ibaneis Rocha, já foi providenciado o documento para o órgão que vai analisar o tombamento de toda a calçada”, anunciou, referindo-se ao processo de reconhecimento público de patrimônio cultural da cidade. Representando os comerciantes locais, João Marques, 50 anos, que atua na região há duas décadas, compareceu à visita e saiu do local satisfeito com o posicionamento dos gestores. “O governo [Ibaneis Rocha] está trabalhando, ao contrário de outros. Veio aqui para resolver o problema”, finalizou. Paco Britto falou com João Galeno, filho do artista plástico Francisco Galeno, e adiantou que já foi providenciado o documento para o órgão que vai analisar o processo de reconhecimento público da calçada como patrimônio cultural da cidade Origem das pedras As pedras portuguesas utilizadas nas calçadas foram um presente de Francisco Galeno, que passou grande parte de sua vida em Brasília e teve obras expostas no exterior, em países como os Estados Unidos e Suíça. Nascido em Brazlândia há 31 anos, João Galeno ficou satisfeito com a iniciativa do governador Paco e do secretário. Fez questão de frisar que levará “essa atitude positiva” a seu pai. “É um processo inicial. Tem que ter um começo, pois não é uma questão de apenas estalar os dedos”, constatou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tombamento entra em pauta O secretário de Cultura e Economia Criativa afirmou ainda que nem todas pedras portuguesas serão recuperadas e que o calçadão será totalmente reconstruído, uma vez que há rachaduras e desnivelamentos que poderiam causar acidentes aos transeuntes. “A recuperação estava relegada a segundo plano”, observou. Seguindo os trâmites, o processo de tombamento será apresentado como pauta na próxima reunião do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac), no dia 21 deste mês, para apreciação dos conselheiros e posterior processo de tombamento das calçadas da orla do Lago Veredinha.

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União de forças para reformar o Teatro Nacional

Desde 2014 o teatro está fechado ao público | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília O Banco de Brasília (BRB) assinou nesta sexta-feira (11) um protocolo de intenções com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) para fazer a análise financeira das ações de revitalização do Teatro Nacional Claudio Santoro. Patrimônio tombado, o teatro é referência cultural e arquitetônica do Distrito Federal, além de relevante ponto turístico do conjunto urbanístico de Brasília. [Olho texto=”“O Teatro Nacional é um símbolo da cidade e patrimônio da cultura nacional. O apoio do BRB ao projeto reforça o nosso compromisso em darmos uma contribuição efetiva para a revitalização desse importante instrumento de acesso à cultura e ao turismo do DF”” assinatura=”Paulo Henrique Costa, presidente do BRB” esquerda_direita_centro=”centro”] Nos termos do protocolo firmado, caberá à Secec disponibilizar as diretrizes para revitalizar o Teatro Nacional, além de fornecer acesso a toda a documentação disponível com este propósito. Também é responsabilidade da secretaria apoiar a interação entre as demais áreas envolvidas no desenvolvimento das ações previstas. À Novacap compete todo o processo de execução da obra, o que abrange contratação do projeto, orçamento, fiscalização, licitação, gerenciamento da obra, apresentação de plano de trabalho e informações técnicas. A assinatura do protocolo de intenções foi realizada na sede do BRB e contou com a presença, além do presidente do banco, Paulo Henrique Costa, do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues da Silva, e do presidente da Novacap, Fernando Rodrigues Ferreira Leite. História Com projeto arquitetônico desenhado por Oscar Niemeyer, o Teatro Nacional teve construção iniciada em julho de 1960 e inauguração 21 anos depois, em 1981. Desde 2014 o espaço está fechado ao público. “O BRB faz parte da história de Brasília.  O Teatro Nacional é um símbolo da cidade e patrimônio da cultura nacional. O apoio do BRB ao projeto reforça o nosso compromisso em darmos uma contribuição efetiva para a revitalização desse importante instrumento de acesso à cultura e ao turismo do Distrito Federal”, apontou o presidente do BRB. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o secretário de Cultura, a assinatura do protocolo entre as três instituições representa mais um importante passo em direção à recuperação do teatro. “Esse é um passo decisivo para que possamos reabrir as cortinas de um dos palcos mais importantes do Brasil. O Teatro Nacional passa a integrar as prioridades do governo do Distrito Federal para dar início a uma nova fase de transformação do país, quando finalmente superarmos a crise da pandemia. A cultura é a alma do povo, e Brasília, patrimônio da Humanidade”, destacou Bartolomeu Rodrigues da Silva. “Há 70 anos o grande Niemeyer desenhou esse projeto. Agora, cabe a nós, a revitalização. É uma honra e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. O objetivo é devolver a Brasília este espaço tão rico – seja em histórias, seja em cultura. Um local que é uma das marcas da nossa capital”, emendou Fernando Leite.   * Com informações do Banco de Brasília

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Fundação vai cuidar do patrimônio cultural material e imaterial do DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu a Fundação de Patrimônio Cultural do DF (Funpac-DF), responsável pela política de valorização do patrimônio material e imaterial da capital. O Decreto 40.002/2019, publicado nesta quinta-feira (8), normatiza ações que vão viabilizar a manutenção e conservação dos equipamentos culturais, além de fomentar a programação nesses espaços. O texto regulamenta a Lei Complementar 933, de 2017, que autoriza a criação da Funpac-DF, fundação pública da administração indireta vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Neste molde, a fundação dispõe de autonomia administrativa e financeira, o que possibilita o recebimento de doações e patrocínios de entidades públicas e privadas, além da participação em programas de incentivo fiscal. De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa Adão Cândido, a ideia é que este seja um braço do GDF para a construção de políticas públicas em prol do patrimônio tombado. Ele explica que a finalidade da Funpac é justamente a preservação, salvaguarda, pesquisa e promoção da dimensão material e imaterial do patrimônio cultural do DF. “A fundação vai permitir a criação de mecanismos efetivos de gestão para acompanhar e avaliar essas iniciativas, permitindo que tenhamos um trabalho de excelência na gestão de toda a área e espaços tombados”, avalia. Teatro Nacional Cláudio Santoro Cândido também afirma que a Fundação de Patrimônio Cultural já foi criada sendo responsável pela gestão imediata do Teatro Nacional Cláudio Santoro, do Museu Nacional da República e do Museu de Arte de Brasília e também pela gestão da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, patrimônio imaterial do DF. A ideia é que os outros equipamentos sejam repassados à administração da Funpac-DF, a partir da disponibilidade financeira e orçamentária da instituição. “Acreditamos que a Funpac terá capacidade de auxiliar na gestão e na programação de vários outros equipamentos ao longo dos anos”, diz. [Olho texto=”Fundação de Patrimônio Cultural já foi criada sendo responsável pela gestão imediata do Teatro Nacional Cláudio Santoro, do Museu Nacional da República e do Museu de Arte de Brasília e também pela gestão da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, patrimônio imaterial do DF.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A regulamentação da Funpac atende a um dos principais pilares da gestão da Secec, que é a valorização do patrimônio cultural. A ação faz parte dos esforços da administração para efetivar políticas perenes de conservação e restauro. “Brasília é o maior patrimônio tombado do mundo. Investir na conservação dos espaços e na sua valorização é investir na história do país”, conclui Cândido. Estatuto O Diário Oficial do Distrito Federal desta quinta-feira (8), também publicou portaria com os nomes indicados pelo Conselho de Cultura do Distrito Federal (CCDF) para comporem comissão que elaborará minuta do estatuto da Fundação de Patrimônio Cultural do DF. O grupo, formado por representantes da sociedade civil e do GDF, submeterá o texto ao colegiado que o encaminhará para aprovação do secretário de Cultura e Economia Criativa. Segundo o secretário executivo da Secec e integrante da comissão, Cristiano Vasconcelos, a elaboração do texto é prioridade, uma vez que o funcionamento da Funpac vai ajudar no desenvolvimento de ações prioritárias para o setor cultural. “Estamos empenhados em entregar o documento o quanto antes, pois a Funpac será um importante reforço na captação de recursos para a Cultura do DF”, explicou. *Com informações da Secretaria de Cultura

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GDF finaliza obra de revitalização do Catetinho

Governador Ibaneis Rocha entrega as obras de finalização do Catetinho. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Primeira residência oficial do ex-presidente Juscelino Kubitschek no Distrito Federal, o Catetinho teve a sua restauração e revitalização finalizada. A obra foi concluída em julho e celebrada em cerimônia nesta quarta-feira (17) com a presença do governador Ibaneis Rocha (assista ao vídeo abaixo). Com investimento de R$ 40 mil, o reparo é o pontapé oficial para entregar à população equipamentos culturais restaurados e modernizados para o aniversário de 60 anos de Brasília, em 2020. “Tenho muito carinho por esses pontos porque eles representam um Brasil pujante. Brasília se tornou o grande centro de integração nacional. Aqui todas as culturas se aportaram e aqui se fixaram. Esse prédio simples significa um Brasil simples que existia à época”, disse Ibaneis Rocha, que autorizou a viabilização de um acesso mais fácil ao museu pela via.   Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Catetinho foi construído em apenas 10 dias, em novembro de 1956. A estrutura simples, feita de madeira, ficou conhecida como “Palácio de Tábuas”. A visitação aberta ao público permite o acesso à suíte presidencial, quarto de hóspedes e à cozinha utilizada por JK, entre outros espaços, que voltam a ter dignidade após as intervenções. Objetos, roupas e imagens do ex-presidente também revivem a memória do DF. Os secretários Adão Cândido (Cultura e Economia Criativa), Vanessa Mendonça (Turismo) e Izídio Santos (Obras) prestigiaram a cerimônia. “Temos a certeza que nossa cidade nasceu e foi pensada aqui. JK se reunia com as pessoas mais próximas a ele e nunca fui impossível existir Brasília para essas pessoas”, destacou Vanessa Mendonça. Adão Cândido pontou a iniciativa do governo. “Nossa vinda é pra marcar a retomada do carinho que devemos ter com a cultura da cidade. A recuperação da infraestrutura cultural é e sempre será prioridade da nossa gestão”, afirmou. Em visita ao Catetinho pela primeira vez, o professor aposentado Antônio Carlos Carvalho dos Santos elogiou o espaço. “Está bem conservado, agora. É uma bela homenagem ao nosso grande presidente JK”, disse o morador de Palmas (TO). Turistas visitaram o Catetinho nesta quarta (17), entre eles Antônio Carlos (à esquerda) Patrimônio cultural A ausência de manutenção atingiu em cheio o Catetinho. Sem o cuidado necessário, o edifício apresentava buracos entre as paredes, propiciando ambiente para o alojamento de colmeias. Isso resultou na infestação de abelhas, ameaçando funcionários e visitantes, inclusive a funcionalidade do museu. Jardins e a grama sumiram com o tempo, dando lugar à brita e ao chão batido. O calçamento também se deteriorou, bem como o cuidado com a identificação das peças do museu. “Esse não é um monumento só de Brasília, mas de todo o país. Aqui nasce Brasília, a capital de todos os brasileiros”, reforçou Ibaneis. Tudo isso foi arrumado com carinho. Foi feita a calafetação das frestas das paredes e as abelhas foram retiradas cuidadosamente. O trabalho ficou a cargo da Gerência de Conservação e Restauro da Subsecretaria do Patrimônio Cultural, em parceria com a Diretoria de Manutenção do Patrimônio e Espaços Culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF. A equipe de conservação e restauro teve o delicado trabalho de equilibrar a preservação dos patrimônios histórico, natural e ambiental da área de entorno (APA). Os jardins e espaços de gramas foram restaurados em conformidade com o projeto original. O calçamento foi inteiramente reconstruído, incluindo os que circundam a nascente. Todas as peças do Catetinho estão legendadas. Cuidar do patrimônio cultural é prioridade da atual gestão. A partir de agosto, outros espaços como o Complexo Cultural Praça dos Três Poderes e o Memorial dos Povos Indígenas vão passar por ações interventivas. Os museus, as bibliotecas e os centros de cultura e memória serão entregues para a população, no aniversário de 60 anos da cidade, em abril de 2020, em excelente condição.

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Brasília, patrimônio de quem?

O secretário Adão Cândido defende: “A revitalização da cidade é uma prioridade” /Foto: Janine Moraes/Ministério da Cultura Brasília é o maior patrimônio tombado da humanidade. Os 112,25 km² do projeto arquitetônico e urbanístico de Oscar Niemeyer e Lucio Costa são os únicos da era moderna a terem tal honraria, concedida em 1987. Jovem, prestes a completar 60 anos, este bem tão precioso, moderno e singular enfrenta problemas graves, compatíveis com a senilidade de cidades centenárias. Este é o resultado de 59 anos de descaso e falta de compromisso. Brasília nunca teve uma política pública de manutenção e conservação. O crescimento não planejado do Distrito Federal massacrou as estruturas da capital projetada para uma população bem menor que os mais de 3 milhões atuais. Ano passado, vimos o viaduto do Eixo Rodoviário – uma das pistas mais movimentadas do centro – ruir. Era a cidade pedindo socorro. Vimos, ao longo dos anos, pedaços da história em situação de abandono completo. Ao assumir a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), em janeiro, nos deparamos com um cenário decadente: Museu do Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga, Casa do Cantador, Espaço Lucio Costa e Panteão da Pátria em situação de completa deterioração. Janelas quebradas, infiltrações nas paredes, estruturas comprometidas. O que dizer dos jardins de Burle Marx, que nem sequer existem mais? Ou seja, nenhuma ação preventiva básica havia sido feita nos últimos anos. O Teatro Nacional Claudio Santoro é mais um exemplo da falta de uma política de conservação do patrimônio. Ali, no coração da cidade, a principal casa de artes permanece fechada há mais de cinco anos. A recomendação expedida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pelo Corpo de Bombeiros solicitava ações pontuais para garantir a segurança do local. A decisão por encerrar as atividades foi motivada politicamente. Um grandioso e arrojado projeto, de mais de R$ 200 milhões, foi apresentado como a solução para o complexo. Em todos esses anos, não houve um esforço para realizar a obra ou parte dela, nenhuma parceria, investimento ou aporte de empresas públicas ou privadas que pudessem ao menos dar início a este projeto tão importante para a capital. O que pouca gente sabe é que, mesmo fechado, o Teatro Nacional Claudio Santoro conta com uma equipe que permanece diariamente mantendo-o em funcionamento. Por se tratar de um equipamento grande e complexo, é necessário ligar aparelhos de ar-condicionado, luzes e realizar testes frequentes nas cortinas e refletores, o que faz com que anualmente o Governo do Distrito Federal gaste R$ 2 milhões com a casa fechada. [Olho texto=”O que pouca gente sabe é que, mesmo fechado, o Teatro Nacional Claudio Santoro conta com uma equipe que permanece diariamente mantendo-o em funcionamento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao mesmo tempo, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional se apresenta de maneira improvisada no Cine Brasília. Com acústica feita para o cinema, a sala exige que os músicos façam mais esforço para tocar, o que tem causado constantes lesões. A inadequação do local lá fez com que músicos caíssem do palco, além do desconforto de não haver sequer um camarim. Isso não pode continuar. A revitalização da cidade é uma prioridade. A manutenção dos equipamentos é prioridade. A valorização do conjunto tombado é prioridade. A política pública em defesa do patrimônio veio para ficar e está respaldada pela Constituição, que, em seu artigo 216, reforça o papel do poder público em sua defesa. Assumimos o compromisso de viabilizar essas ações. É uma promessa de campanha do governador Ibaneis Rocha, que entende a importância do tombamento e deseja fazer com que Brasília, a capital do país, seja fortalecida como destino turístico, trazendo desenvolvimento, emprego e renda para a cidade. O trabalho é árduo. O governo recebeu um caixa esvaziado, dívidas em diversas esferas, salários atrasados, quadro de servidores defasado. Esse cenário que se junta à incerteza na economia em todo o país não é propício para atrair investimentos. A ordem aos gestores foi  garantir a eficiência de suas pastas até a equalização dos gastos. Mesmo assim, conseguimos garantir a vinculação dos 0,3% da receita líquida prevista para investimentos na Cultura. E pela primeira vez, o GDF repassou o superávit (de 2017), acrescentando R$ 2,6 milhões ao caixa do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). [Olho texto=”Pela primeira vez, o GDF repassou o superávit (de 2017), acrescentando R$ 2,6 milhões ao caixa do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O orçamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF é um dos maiores do país proporcionalmente, uma vez que, além dos R$ 68 milhões do FAC, ainda há disponíveis os valores referentes à Lei de Incentivo à Cultura (LIC), aos investimentos diretos e às emendas parlamentares, totalizando um caixa de cerca de R$ 100 milhões para investimentos na área. O desafio é gerir estrategicamente esse montante de modo a atender os pilares da gestão: patrimônio, difusão cultural e economia criativa. Neste sentido, modificamos o programa Conexão Cultura, limitando a quantidade de projetos inscritos por beneficiário, de modo a ampliar o alcance da iniciativa, dando oportunidade a mais pessoas. Também aumentamos as contrapartidas. O edital do FAC lançado em 2019 visa à ocupação dos equipamentos públicos, inclusive com limitação de ações de projetos da região do Plano Piloto, a fim de valorizar as atividades das outras regiões administrativas. [Olho texto=”O edital do FAC lançado em 2019 visa à ocupação dos equipamentos públicos, inclusive com limitação de ações de projetos da região do Plano Piloto, a fim de valorizar as atividades das outras regiões administrativas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ainda era pouco. Mais da metade dos recursos da Secec estava comprometida com editais lançados durante o período eleitoral e sem previsão orçamentária, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a própria Lei Orgânica da Cultura. Cabia a esta administração avaliar sua conveniência, a fim de referendá-los. A análise minuciosa nos levou à difícil decisão de cancelar o FAC Áreas Culturais, uma vez que o FAC Audiovisual contava com recursos federais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, e sua renúncia implicaria a perda desses recursos, de R$ 14,8 milhões. Esta medida permitiu o lançamento de uma linha permanente de valorização patrimonial. Esta ação escancara, mais uma vez, o descaso de anos com o tombamento da cidade, uma vez que o Decreto 38.933, de 2018, que regulamenta do Fundo de Apoio à Cultura, determina, em seu artigo 4º, VI, que os instrumentos de fomento podem ser usados para a infraestrutura cultural, patrimônio material e imaterial cultural histórico e artístico, museus, arquivos e demais acervos. O primeiro edital, que será lançado em junho, prevê o restauro da Sala Martins Penna do Teatro Nacional Claudio Santoro, um dos principais palcos da cidade. É preciso esclarecer que os recursos permanecem no FAC e que ele continua totalmente operacional. As ações culturais e o fomento continuam com foco ampliado em outras ações, como restauro e conservação, que também são parte da cadeia produtiva da Cultura. É importante reforçar que o os instrumentos de fomento têm como foco a Cultura de maneira abrangente, e não apenas os produtores culturais. O FAC continua sendo de todos, com uma linha de audiovisual, uma linha de ocupação e a linha de conservação. Agora, outras áreas deste amplo espectro de atividades também receberão atenção e terão oportunidades em uma escalada de benefícios que atingirá toda a população. Aumentamos as possibilidades e vamos cumprir exatamente o que determinam as legislações. Nosso compromisso é com a cidade, com a Cultura, com o patrimônio e com o contribuinte, que deseja retorno dos impostos que paga. Seguiremos com o trabalho sério e comprometido e sabemos que a reabertura do teatro trará investimentos para a cidade, além de profissionalização e visibilidade para a capital. [Olho texto=”Ao criar Brasília, Juscelino criou um enorme polo cultural” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao criar Brasília, Juscelino criou um enorme polo cultural. Um polo que trouxe a música autoral de Brasília, o cinema da capital, cantores, artistas, dançarinos e cineastas. Impulsionou a arquitetura e o urbanismo sobremaneira, e trouxe olhares do mundo inteiro para o centro do Brasil. Foi a obra-prima de Niemeyer e de Athos Bulcão, mas também é a obra constante de Vladimir Carvalho e Claudio Santoro, por exemplo. Um polo cultural precisa ter de pé seus palcos e picadeiros. Não podemos deixá-los ruir. Isso não tem nada de elitista, mas de responsável com aquilo que é de Brasília e para todos os brasilienses, sem exceção.

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Dois eixos e uma cidade única

O cruzamento dos eixos Monumental e Rodoviário é o princípio da organização de Brasília Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília Dois eixos cruzando-se, formando o sinal da cruz. Assim nasceu Brasília na cabeça e nas mãos de Lucio Costa. Inspirado na cidade-verde do arquiteto franco-suíço Le Corbusier, o urbanista trouxe para a capital conceitos inovadores como a horizontalidade, a setorização e a funcionalidade. Características que deram qualidade de vida aos moradores e fizeram de Brasília uma cidade única, triplamente reconhecida enquanto patrimônio cultural: protegida pelo Governo do Distrito Federal, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. O cruzamento dos dois eixos, o Monumental e o Rodoviário, é o princípio da organização da cidade. Na primeira proposta, eles eram retos, mas o horizontal acabou arqueado para facilitar o escoamento das águas, resultando, assim, na conhecida forma de avião. Ao longo do eixo vertical, Lucio Costa ordenou os setores de administração governamental. “Os centros cívico e administrativo, o setor cultural, o centro de diversões, o centro esportivo, o setor administrativo municipal, os quartéis, as zonas destinadas à armazenagem, ao abastecimento e às pequenas indústrias locais, e, por fim, a estação ferroviária, foram-se naturalmente ordenando e dispondo ao longo do eixo transversal”, explica o próprio Lucio Costa no poético Relatório do Plano Piloto de Brasília. “Lateralmente à intersecção dos dois eixos localizaram-se o setor bancário e comercial, o setor dos escritórios de empresas e profissões liberais e, ainda, os amplos setores do varejo comercial”, acrescenta o texto. Faixa verde em volta dos blocos cria uma barreira para o barulho e garante sombra na superquadra Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília Na extremidade leste do Eixo Monumental, está a Praça dos Três Poderes, contrariando o posicionamento mais central das praças em outras cidades. Na convergência dos dois eixos está a Rodoviária, “uma grande plataforma liberta do tráfego que não se destine ao estacionamento”, explica o Relatório. “Lucio Costa traz para o centro o cotidiano da cidade. Ele põe de um lado os ministérios e o Congresso Nacional, cuja melhor vista é da plataforma da Rodoviária. Do outro lado, ele coloca a Torre de TV, os edifícios que completam a escala monumental e na ponta coloca a Rodoferroviária. O sol nascendo atrás do Congresso e se pondo no Parque Nacional”, afirma Cláudia Garcia, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB). No Eixo Rodoviário, ele distribuiu uniformemente o conjunto residencial de Brasília: 16 quadras do lado norte e 16 quadras do lado sul. E aplicou princípios da técnica rodoviária à técnica urbanística, “inclusive a eliminação de cruzamentos conferindo-se ao eixo arqueado a função circulatória tronco, com pistas centrais de velocidade e pistas laterais para o tráfego local”, relatou Lucio Costa. O urbanista também criou as tesourinhas para os carros circularem pela cidade no sentido leste/oeste, também sem cruzamentos para garantir a fluidez do trânsito. Superquadras Especialistas apontam que a grande contribuição de Lucio Costa ao urbanismo mundial está no projeto das superquadras, que criou uma nova forma de se viver em apartamento. “Quanto ao problema residencial, ocorreu a solução de criar-se uma sequência contínua de grandes quadras dispostas de ambos os lados da faixa rodoviária e emolduradas por uma larga cinta densamente arborizada”, descreve o Relatório do Plano Piloto de Brasília. “Ele criou um renque de árvores em volta das superquadras preocupado em garantir uma qualidade ambiental e acústica. A faixa verde tem uma dupla função: garantir a melhoria da acústica porque a árvore cresceria e criaria uma barreira para o barulho e garantir sombra em torno do quadrado da superquadra onde as pessoas circulam”, diz a professora Cláudia Garcia. Para o superintendente do Iphan-DF, Carlos Madson Reis, é na superquadra que a cidade esquece seu papel de capital do país e símbolo mundial da arquitetura moderna e revela seu lado citadino. “Lucio Costa, ao romper com a estrutura do quarteirão convencional, abrindo-o e transformando-o em um amplo bosque entremeado por blocos residenciais multifamiliares, de até seis pavimentos em pilotis livres, liberando o chão para uso público indistinto, concebeu uma nova maneira de morar em área urbana”, diz. “Falar em superquadra é falar de Brasília. É aqui, neste ambiente intimista e bucólico, que aflora no brasiliense o sentido de pertencimento a um lugar e a uma comunidade”, completa. Quadra modelo Lucio Costa disse que os blocos residenciais poderiam dispor-se de maneira variada nas super-quadras (assim mesmo, com hífen, como foram chamadas por ele em 1957), mas teriam que obedecer a alguns princípios: gabarito máximo uniforme de seis pavimentos (apesar de o bloco D da 308 Sul ter quatro andares), pilotis e separação do tráfego de veículos do trânsito de pedestres. Bloco D da 308 Sul é o único do Plano Piloto com quatro andares Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília “A mãe saía na janela e chamava a criança no parquinho para almoçar sem ter que descer”, relata João Luiz Valim Batelli, 65 anos, que presenciou essa cena inúmeras vezes na década de 1960. Nascido em São Paulo e morador da capital desde os 5 anos, ele cresceu na SQS 308, considerada a quadra modelo porque seguiu à risca o projeto de Lucio Costa de como deveriam ser todas as quadras do Plano Piloto. “Meus pais vieram para Brasília em 1959, com a transferência de meu pai. Minha mãe deu aula na Metropolitana e de lá veio para a Escola Classe 308 em 1960”, conta. Batelli, que acabou formando-se arquiteto, fez o primário na Escola Classe 308 e, no contra turno das aulas, frequentava a Escola Parque 308 Sul. “Era um estudo complementar, na proposta do Anísio Teixeira. Eu passava a manhã na escola classe e o outro período lá. Tinha aulas de artes, música… Era fantástico. A gente ia paro auditório, às vezes era só uma palestra, mas colocavam música clássica… Aprendi a gostar de música clássica assim. Tenho o hábito de frequentar o teatro até hoje, aprendi a gostar na escola”, recorda-se. [Olho texto=”A proposta de Brasília mudou a imagem de ‘morar em apartamento’, e isto porque morar em apartamento na superquadra significa dispor de chão livre e gramados generosos contíguos à “casa”, numa escala que um lote individual normal não tem possibilidade de oferecer” assinatura=” Lucio Costa, Brasília Revisitada, 1987″ esquerda_direita_centro=”centro”] João Luiz Valim Batelli, 65 anos, mora em Brasília desde os 5 anos e cresceu na SQS 308, a quadra modelo Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília Unidade de Vizinhança O garoto viveu de perto outro conceito inovador implementado por Lucio Costa em Brasília: a Unidade de Vizinhança, formada pelo conjunto de quatro superquadras que deveria dispor, numa distância acessível a pé, todas as facilidades necessárias à vida cotidiana. O plano consistia em conferir serviços básicos a cada quatro superquadras para atender os blocos residenciais com comércio, lazer, instituições educacionais, religiosas, desportivas e culturais. “A ideia era que, antes de fazer a opção de pegar o carro, o morador refletisse se queria mesmo tirá-lo da garagem, já que teria o comércio aqui à mão, como a padaria e a farmácia, o cinema, o clube, a igreja. Tudo perto de casa”, afirma João Luiz Valim Batelli. A ideia também era promover a sociabilidade e as relações de vizinhança, onde os moradores se conhecem, compartilham dos mesmos espaços e necessidades. Entretanto, apenas uma Unidade de Vizinhança ficou completa, com todos os equipamentos previstos no projeto original – o conjunto formado pelas Superquadras 107, 307, 108 e 308 Sul, construídas nos primeiros momentos de Brasília. As demais estão incompletas e não contam com os equipamentos comunitários previstos, a não ser o comércio local, sendo frequentes também as igrejas. Cinemas e Clubes de vizinhança, por exemplo, só existem na citada Unidade da Asa Sul. “Aprendi a nadar no Unidade de Vizinhança, ia para o clube durante a semana nos intervalos da escola. O cinema que frequentávamos era o Cine Brasília, assistíamos missa na Igrejinha”, conta. “Quando eu vim para Brasília eu era muito novo e convivia sem questionar muito. Depois de velho é que percebi o privilégio de ter vivido tudo isso, de ter crescido dentro do projeto de Lucio Costa”, afirma. O uso comunitário seria a tônica dominante da convivência urbana. Esse conceito de uso coletivo do espaço vai além das áreas externas das edificações. Passa também pelo espaço dos próprios blocos residenciais, que foram erguidos sobre pilotis, permitindo a livre circulação de pessoas em qualquer direção. “Com os pilotis, Lucio Costa liberou o uso do solo. Foi uma desapropriação por parte de uma única pessoa daquele espaço. O espaço da superquadra é de ninguém específico e, ao mesmo tempo, é de todo mundo. Por isso que é proibido o fechamento dos pilotis. Ele pensou que essa área pública seria de todos. É uma cidade que tem uma visão humanista e social muito forte”, diz a professora da UnB, Cláudia Garcia. No memorial do projeto do plano piloto, Lucio Costa batizou a capital como Brasília em homenagem a José Bonifácio que já tinha proposto o nome em 1823

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