Equipamentos e ações culturais ultrapassam 1 milhão de visitantes em 2025
Neste ano, a Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), órgão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), alcançou a marca de 1.097.225 visitantes em seus equipamentos e ações culturais, resultado de uma agenda intensa que somou 659 eventos ao longo do ano. Os números confirmam o papel estratégico da política de patrimônio cultural do Distrito Federal na ampliação do acesso à cultura, na valorização da memória e na ocupação qualificada dos espaços públicos. Museu Nacional da República recebeu, durante este ano, mais de 308 mil visitantes | Foto: Divulgação/Secec-DF A Supac esteve à frente de iniciativas de alcance simbólico e estrutural, como o Prêmio Candango de Literatura, o Prêmio Candanguinho de Poesia Infantojuvenil, a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro e o Concurso Nacional de Arquitetura para o Memorial da Democracia. Em paralelo, a política de preservação avançou com a proteção de 437,20 km² de áreas tombadas, reforçando o compromisso com o patrimônio cultural do DF. Os equipamentos culturais administrados ou vinculados à subsecretaria registraram forte presença de público. O Museu Nacional da República recebeu 308.832 visitantes, com 134 eventos e 25 exposições. A Biblioteca Nacional de Brasília contabilizou 186.345 visitantes, enquanto o Centro Cultural Três Poderes reuniu 217.498 pessoas em 54 eventos, evidenciando a diversidade de públicos e linguagens. Políticas culturais [LEIA_TAMBEM]Outros espaços também tiveram desempenho expressivo, como o Teatro Nacional Claudio Santoro, com 80 mil visitantes em 140 eventos; a Casa do Cantador, que recebeu 30.694 pessoas; e o Complexo Cultural de Samambaia, responsável por 209 eventos e 56.346 visitantes, ampliando o acesso à cultura nas regiões administrativas. Museus como o Catetinho, o Museu Vivo da Memória Candanga e o Museu de Arte de Brasília/Concha Acústica reforçaram a conexão entre história, arte e educação patrimonial. “O desempenho da Supac em 2025 reforça a importância do investimento contínuo em cultura e patrimônio como instrumentos de identidade, educação e desenvolvimento social, consolidando o DF como referência nacional na gestão de seus bens culturais”, afirma o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes. Na mesma linha, o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, entende que os resultados refletem uma política cultural que combina preservação, acesso e pertencimento. “Esses números mostram que o patrimônio cultural do Distrito Federal está vivo, ocupado e fazendo sentido na vida das pessoas”, avalia. “Nosso foco foi abrir as portas, diversificar a programação e garantir que a população reconheça esses espaços como parte da sua história e do seu cotidiano. Cuidar do patrimônio é também cuidar das pessoas e da memória coletiva que nos une.” *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Celebrado nesta quinta (11), Dia do Cerrado terá o mês inteiro de atividades no DF
De galhos retorcidos que resistem ao fogo à vastidão de raízes que guardam umidade no subsolo, o Cerrado apresenta contrastes e força. Conhecido como a “caixa-d’água do Brasil”, por alimentar oito das 12 grandes bacias hidrográficas do país, ele é também um dos mais ameaçados biomas. Para celebrar sua importância ecológica e cultural, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) promove, ao longo deste mês, uma série de atividades em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado, celebrado oficialmente nesta quinta-feira (11). Com centenas de espécies catalogadas da fauna e da flora, o Cerrado é um bioma que precisa cada vez mais de ações de preservação | Foto: Nicoly Silva/Jardim Botânico de Brasília A programação terá fóruns, bate-papos, eventos educativos e oficinas técnicas. Entre os destaques estão o projeto Terças-Feiras Sustentáveis, voltado à capacitação de servidores em temas como biodiversidade, clima e gestão ambiental; o Fórum Permanente de Educação Ambiental, que discutirá justiça climática e territórios sustentáveis; e o Fórum Distrital da Comissão de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), que busca fortalecer a participação social e as soluções locais em políticas ambientais. “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando das próximas gerações. E isso só é possível quando cada cidadão entende que também é responsável por essa transformação” Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente Além das ações educativas em escolas públicas, o mês inclui palestras sobre recursos hídricos e combate a incêndios florestais, oficinas sobre resíduos sólidos e eventos em parceria com universidades, como a UnDF. No Parque Veredinha, em Brazlândia, um encontro de sustentabilidade marcará a data com atividades voltadas à conscientização ambiental da comunidade. Políticas públicas A Sema-DF aproveita para reforçar suas principais políticas em curso, como a implantação da primeira usina pública de energia fotovoltaica, o incentivo às reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), a política de florestas urbanas e a ampliação de sistemas de logística reversa e compostagem. O Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), plataforma digital de dados georreferenciados, avança como ferramenta de apoio à tomada de decisão nas áreas ambiental e territorial. “Celebrar o Cerrado hoje é semear esperança para o amanhã” Celina Leão, vice-governadora “Nosso trabalho é transversal: envolve educação, planejamento, agricultura, ciência e participação social”, define o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes. “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando das próximas gerações. E isso só é possível quando cada cidadão entende que também é responsável por essa transformação.” A governadora em exercício, Celina Leão, reforça: “Celebrar o Cerrado hoje é semear esperança para o amanhã. Cada árvore protegida, cada nascente recuperada, cada criança que aprende a importância da natureza representa um passo na construção de um Distrito Federal mais resiliente e sustentável. Quando cuidamos desse bioma, estamos plantando os recursos que garantirão qualidade de vida às próximas gerações”. Patrimônio natural [LEIA_TAMBEM]Todas as ações referentes ao mês do Cerrado integram as diretrizes do Plano Estratégico 2019–2060 e sinalizam o papel do DF como referência nacional em políticas ambientais. “Estamos avançando em ações que unem inovação, participação social e preservação”, afirma o titular da Sema-DF. “O Cerrado é vital para o Brasil, e cabe a nós proteger esse patrimônio natural que garante água, biodiversidade e qualidade de vida para todos”. Em tempos de crise climática, o Cerrado resiste e o Distrito Federal celebra, educa e planta as sementes de um futuro sustentável. A Sema-DF também tem atuado de forma intensiva na prevenção e no combate aos incêndios florestais, um dos maiores inimigos do Cerrado. A secretaria coordena o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif), que reúne órgãos como Corpo de Bombeiros (CBMDF), Defesa Civil, Instituto Brasília Ambiental, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros parceiros. O comandante do Centro de Comunicação Social do CBMDF, tenente-coronel Omar Oliveira, ressalta que o combate às queimadas vai além da resposta operacional. “Celebrar o Dia do Cerrado é também renovar o nosso compromisso com a vida”, enfatiza. “Nós estamos presentes diariamente na defesa da vida e do meio ambiente, atuando em prol da preservação da natureza e da segurança da população. Precisamos de toda a comunidade ao nosso lado, pois cuidar do Cerrado é cuidar de nós mesmos”. *Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Lançado edital para contratação temporária de 150 brigadistas florestais
Governo do Distrito Federal · LANÇADO EDITAL PARA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE 150 BRIGADISTAS FLORESTAIS O Instituto Brasília Ambiental lançou, nesta segunda-feira (19), o edital para processo seletivo visando à contratação temporária de 150 profissionais para atuar na prevenção e combate aos incêndios florestais, e no Manejo Integrado do Fogo. As inscrições são gratuitas e estarão abertas da zero hora do dia 26 até as 23h59 do dia 27 deste mês, por meio de um formulário online disponível no site oficial do órgão. Todos os candidatos devem ter idade mínima de 18 anos. Meta é contratar, neste ano, 150 brigadistas, ampliando o combate a incêndios florestais no DF | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A expectativa é a contratação de 30 chefes de esquadrão e 120 brigadistas florestais por um período de dois anos, além da formação de um cadastro reserva com 75 vagas. O processo seletivo consiste em quatro etapas que são eliminatórias e classificatórias: análise curricular, Teste de Aptidão Física (TAF), Teste de Habilidades no Uso de Ferramentas Agrícolas (Thufa) e curso de formação de brigadas em prevenção e combate a incêndios florestais. A remuneração para o cargo de chefe de esquadrão é de R$ 3.795, acrescida do adicional de periculosidade no valor de R$ 379,50. A jornada de trabalho é de 12 horas, com 36 horas de descanso, ou 40 horas semanais, a critério da administração, em turno a ser definido pelo Brasília Ambiental. O intervalo intrajornada é de uma hora. Para concorrer a essa vaga, é necessário possuir ensino médio completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria B ou superior. O trabalho Para o cargo de brigadista de prevenção e combate a incêndios florestais, a única exigência é a alfabetização. A remuneração é de R$ 3.036, além de R$ 303,60 de adicional de periculosidade. A jornada de trabalho para essa função é semelhante à do chefe de esquadrão: ambos os cargos oferecem como benefícios seguro de vida e cobertura contra acidentes. A expectativa é contratar 150 brigadistas em 2025, número que se mantém equivalente ao dos anos anteriores. Esses profissionais terão um papel fundamental no combate a incêndios florestais, e estarão envolvidos em ações de prevenção e manejo integrado do fogo nas unidades de conservação do Distrito Federal, ao longo da vigência do contrato. O diferencial deste ano deste ano é que o Brasília Ambiental ampliou a duração dos contratos de trabalho para dois anos, com foco na inclusão de pessoas que ainda não fizeram o curso de brigadista florestal, já que o processo seletivo inclui oferta gratuita de formação específica como uma das etapas. Ampliação “Estamos empenhados em ampliar nossa capacidade de resposta e também em democratizar o acesso ao processo seletivo”, enfatiza o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Oferecer o curso de formação dentro da seleção é garantir mais oportunidades a quem quer contribuir com a preservação do Cerrado.” [LEIA_TAMBEM]Em 2024, o Relatório de Área Queimada registrou 58 áreas atingidas por incêndios, incluindo parques e unidades de conservação. O relatório apontou 583 registros de incêndios florestais (RIFs) ao longo do ano. Ao todo, 2.754,49 hectares foram consumidos pelo fogo. Apesar do alto número de ocorrências em comparação com anos anteriores, a área afetada permaneceu dentro da média histórica, evidenciando a eficácia da resposta rápida dos brigadistas florestais contratados para a temporada. “A contratação de brigadistas é fundamental para fortalecermos as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, protegendo nosso meio ambiente e garantindo a segurança da população”, reforça a vice-governadora Celina Leão. Comissão avaliadora Neste ano, não será necessário entregar documentos físicos nesta etapa. A análise curricular será feita por membros da comissão avaliadora, que validarão as informações e examinarão os documentos pessoais, a formação acadêmica, os cursos de capacitação e as experiências profissionais, classificando os candidatos conforme a pontuação estabelecida no edital. Esta ação faz parte do engajamento do do Brasília Ambiental no âmbito do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF). Confira o edital. As inscrições estão disponíveis neste link. *Com informações do Brasília Ambiental
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Fêmea de cachorro-do-mato recuperada no DF é devolvida à natureza nesta sexta-feira (28)
Correndo de volta à natureza sem olhar para trás, uma fêmea de cachorro-do-mato foi devolvida ao seu habitat natural pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta sexta-feira (28). O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental em setembro de 2024 após ser vítima de atropelamento e encaminhado ao Zoológico de Brasília, onde recebeu atendimento especializado até sua completa recuperação. Durante a ação, dois saruês resgatados também foram soltos na reserva natural. Após atropelamento, a pequena fêmea de cachorro-do-mato foi tratada, passou por testes e rapidamente se recuperou, podendo voltar à natureza | Foto: Divulgação/Zoo de Brasília A soltura foi coordenada pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF) do Ibama e contou com o apoio do Zoológico de Brasília e do Instituto Brasília Ambiental, responsáveis por definir o local adequado para a reintegração da espécie e garantir que a ação não comprometa o equilíbrio ecológico da região, além de promover o monitoramento dos animais para garantir a readaptação. O retorno à vida selvagem ocorre de forma planejada, respeitando critérios que asseguram que o animal esteja apto a caçar, se defender de predadores e marcar território. Nesse intuito, antes de ser liberado, o animal é encaminhado para um recinto no Cetas dentro do Cerrado chamado “aclimatação”, com o ambiente natural que enfrentará em liberdade. Avaliação Júlio César Montanha, chefe do Cetas-DF: “A gente a considerava um fantasma, porque ela não aparecia para ninguém. E ela aprendeu a caçar, o mais importante. Esse era o objetivo, e foi cumprido” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília De acordo com o chefe do Cetas-DF, Júlio César Montanha, a fêmea de cachorro-do-mato foi avaliada do ponto de vista de saúde e comportamento e já estava pronta para voltar ao habitat de origem, por já apresentar apenas hábitos noturnos, caçar e se camuflar na presença humana. “A presença do cachorro-do-mato em uma região torna o Cerrado mais saudável” Júlio César Montanha, chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres “A gente a considerava um fantasma, porque ela não aparecia para ninguém”, relata. “Só foi pega em câmeras de vigilância dentro do recinto à noite; durante o dia ninguém a via, ela se camuflava muito bem. Esse é um tópico importante, a fuga do ser humano. E ela aprendeu a caçar, o mais importante. Tanto que, quando soltamos, ela nem deu tchau nem olhou para trás, só foi embora. Esse era o objetivo, e foi cumprido.” Júlio explica que o isolamento de área e o pouco contato com o ser humano promovido pelo Zoológico durante a estadia do animal colaborou fortemente para manter viva a parte selvagem da espécie: “É um exemplar muito importante para a fauna no controle de alguns animais, e, como ele tem uma dieta ampliada e também consome frutas, pode ser considerado um dispersor de sementes. A presença do cachorro-do-mato em uma região torna o Cerrado mais saudável”. Cuidado e recuperação Foram cerca de cinco meses de tratamento durante a permanência no Hospital Veterinário do Zoo, onde a filhote de cachorro-do-mato passou por um rigoroso processo de reabilitação, incluindo acompanhamento veterinário constante, alimentação balanceada e um ambiente controlado para garantir que desenvolvesse as habilidades essenciais para a sobrevivência na natureza. “A fêmea foi tratada com carinho, mas o contato humano foi sempre minimizado” Tânia Borges, diretora do Hospital Veterinário Na avaliação inicial, foi constatado que a fêmea apresentava uma luxação no membro posterior esquerdo e uma escoriação. Ela recebeu analgésicos e anti-inflamatórios e, posteriormente, passou por exames de ultrassonografia e recebeu sessões de acupuntura e cromoterapia. Além disso, foi avaliada por um fisioterapeuta e conduzida para várias sessões de reabilitação. A diretora do Hospital Veterinário, Tânia Borges, detalha o processo: “A fêmea foi tratada com carinho, mas o contato humano foi sempre minimizado. Ela era pesada semanalmente e, para garantir seu bem-estar, foi transferida para um recinto maior, que proporciona mais privacidade e várias opções de esconderijos. Quando ela atingiu o peso adequado para um adulto, foi transferida para um recinto de transição no Cetas-DF”. Casos como esse são comuns no Zoológico de Brasília, que recebe animais resgatados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do DF e pelo Ibama. Muitos chegam feridos por atropelamentos, queimadas ou vítimas do tráfico de animais. O tempo de recuperação varia de acordo com a espécie, e filhotes exigem cuidados especiais para evitar que fiquem dependentes dos humanos. Para o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto, a soltura do cachorro-do-mato reforça a importância da conservação da fauna e do trabalho contínuo na reabilitação de animais silvestres, permitindo que eles retornem ao seu habitat e cumpram seu papel ecológico no meio ambiente. “É um exemplo do compromisso do Zoológico de Brasília com a conservação da fauna e do impacto positivo da colaboração entre instituições”, aponta. “Ver este filhote saudável e pronto para voltar à natureza é uma grande conquista para todos nós”. Saruês Dois saruês também foram devolvidos à natureza | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Durante a ação, as equipes do Ibama também devolveram dois saruês resgatados à natureza. Um deles chegou ao Cetas-DF por meio de uma apreensão da Defesa Civil na quinta-feira (27), saudável e com hábitos selvagens. Já o segundo foi para o Hospital da Fauna Silvestre do DF (Hfaus), onde passou por um período de recuperação até estar apto para a soltura. Caçar, perseguir ou manter animais silvestres sem autorização é crime ambiental, sujeito a penas que podem ultrapassar três anos de detenção, além de multas. *
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Programa incentiva atividades voluntárias nas unidades de conservação
O Instituto Brasília Ambiental publicou no Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (22), instrução que cria o Programa de Voluntariado nas Unidades de Conservação (UCs) do Distrito Federal administradas pela autarquia. “Para o Brasília Ambiental é muito importante, pois quando você traz a população para conhecer a rotina, o dia a dia de uma Unidade de Conservação as pessoas passam a ter uma visão diferenciada de uma UC e, neste sentido, elas se transformam em aliadas na preservação daquelas áreas”, disse o presidente do Instituto, Rôney Nemer. O Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação visa promover e valorizar as iniciativas técnicas, culturais, educacionais, científicas, recreativas e conservacionistas | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O superintendente substituto de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), Marcos Cunha, explica que no âmbito do Governo do Distrito Federal (GDF) já existe um programa amplo de incentivo ao voluntariado, para atender a toda administração pública distrital e que a ideia da normativa recém-lançada é a promoção de um projeto específico, voltado para as áreas protegidas existentes na capital. “Essa instrução, inclusive, atende a um anseio da população, uma vez que as Unidades de Conservação geridas pelo órgão são muito procuradas por pessoas interessadas em desempenhar serviços nestes espaços, de forma não remunerada. Com essa instrução, o próximo passo será buscar pela regulamentação, com a descrição das atividades a serem desempenhadas, entre outros detalhes”, esclarece Cunha. O Programa de Voluntariado em Unidades de Conservação visa promover e valorizar as iniciativas técnicas, culturais, educacionais, científicas, recreativas e conservacionistas, em benefício da sociedade, do bem público e da conservação do meio ambiente no Distrito Federal. Com o projeto estabelecido, de tempos em tempos, o Brasília Ambiental irá lançar editais de chamamento de pessoas para colaborarem, de forma espontânea e sem vínculo empregatício, contribuindo, assim, para a preservação das áreas de proteção do bioma Cerrado no DF. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Coleta de sementes preserva a biodiversidade do Cerrado
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) realiza periodicamente a coleta de sementes, essencial para a preservação da biodiversidade do Cerrado. Recentemente, ocorreu a etapa dedicada ao pequi, entre novembro e dezembro. As coletas de sementes são parte de um calendário planejado que se adapta ao amadurecimento das diferentes espécies. As equipes da Novacap percorrem o Cerrado em busca de frutos maduros, como manga espada, pitomba e butiá, entre outros. As coletas de sementes são parte de um calendário planejado que se adapta ao amadurecimento das diferentes espécies | Foto: Divulgação/Novacap No caso do pequi, a coleta é feita com foco em frutos que já caíram, pois têm maior probabilidade de germinação. Para outras espécies, algumas são derrubadas, e a equipe utiliza redes e malhas embaixo para coletar. Se estiverem no ponto de serem colhidas, elas são coletadas de acordo com as técnicas dos coletores, variando conforme a experiência do pessoal que trabalha com a semeadura. Após a coleta, as sementes passam por preparação para germinação e, em seguida, são plantadas em áreas selecionadas do Distrito Federal. Essa estratégia assegura que as mudas sejam adaptáveis ao ambiente urbano, aumentando a taxa de sobrevivência e os impactos positivos a longo prazo. Essa iniciativa é vital para a preservação do meio ambiente e para a recuperação de ecossistemas degradados, além de valorizar a cultura do Centro-Oeste. “O plantio de mudas nativas auxilia na recuperação de ecossistemas, aumenta a biodiversidade local e atrai polinizadores e outras espécies”, destaca o assessor do Departamento de Parques e Jardins, Matheus Fuente. A ação do pequi contou com uma equipe de 11 profissionais, entre motoristas, supervisores e auxiliares, todos com ampla experiência em serviços voltados ao plantio e à manutenção de áreas verdes. Após o plantio, a companhia realiza monitoramentos regulares para avaliar o crescimento e a saúde das mudas. Esse acompanhamento assegura a manutenção das áreas plantadas e a adaptação das mudas ao ambiente urbano. De acordo com a Divisão de Agronomia, vinculada ao Departamento de Parques e Jardins da Novacap, a coleta e o plantio de pequi e outras espécies nativas reforçam a importância da preservação ambiental e contribuem para uma cidade mais verde, conectada com suas raízes culturais. Após a coleta do pequi, a Novacap já se prepara para as próximas etapas, que ocorrerão no próximo ano, quando outras espécies estarão no ponto ideal de maturação das sementes. *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
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Parque Ecológico do Riacho Fundo ganha plano de manejo
A primeira reunião aberta para a elaboração do plano de manejo do Parque Ecológico do Riacho Fundo foi promovida na noite de quinta-feira (10). O evento contou com a presença de lideranças locais, ambientalistas e servidores do Instituto Brasília Ambiental. Além das discussões presenciais, o instituto disponibilizou um formulário online, acessível no site e nas redes sociais oficiais, para que os interessados possam enviar suas contribuições | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O principal objetivo do encontro foi apresentar os resultados do diagnóstico e coletar contribuições da comunidade para a formulação do documento técnico. Ele será o instrumento de gestão que definirá as diretrizes para o uso sustentável e a preservação dos recursos naturais daquela área protegida. “O parque não é do governo, não é só de um ou de dois, e sim de todos nós. Se vier uma pessoa de outro estado, poderá contribuir para esse momento, mas, assim como formularemos esse documento a várias mãos, conto também com a cooperação de todos para o cuidado com a unidade” Rôney Nemer, presidente do Brasília Ambiental O presidente da autarquia, Rôney Nemer, destacou a importância da participação coletiva na construção do documento. “O parque não é do governo, não é só de um ou de dois, e sim de todos nós. Se vier uma pessoa de outro estado, poderá contribuir para esse momento, mas, assim como formularemos esse documento a várias mãos, conto também com a cooperação de todos para o cuidado com a unidade”, disse o gestor do Brasília Ambiental. A superintendente da unidade de conservação, biodiversidade e água, Marcela Versiani, ressaltou a relevância do plano para garantir a preservação da área e o envolvimento da comunidade na sua implementação. A diretora de Implantação de Unidades de Conservação, Carolina Lepsch, deu início às apresentações do estudo, fruto de um acordo de cooperação técnica (ACT) entre o Brasília Ambiental e a Fundação Banco do Brasil, firmado por meio de recursos de compensação ambiental. Em seguida, a analista de atividades de meio ambiente, Danielle Lopes, que também compõe a diretoria, detalhou os dados mapeados no parque, que incluem informações sobre fauna e flora, além de destacar uma informação que gerou grande satisfação entre os presentes. “Mesmo com todas as dificuldades que vocês nos relataram no início, o diagnóstico realizado pela Funatura evidenciou que o parque ainda tem 87% do seu espaço de Cerrado preservado”, afirmou a bióloga. Como participar Além das discussões presenciais, o instituto disponibilizou um formulário online, acessível no site e nas redes sociais oficiais, para que os interessados possam enviar suas contribuições. Também é possível participar diretamente na sede do parque, junto aos agentes locais. O prazo para o envio de contribuições é de 30 dias. O encontro marcou o início de uma série de debates que irão subsidiar a elaboração do plano de manejo, buscando a conservação ambiental aliada ao uso sustentável da área para lazer e educação ambiental. *Com informações do Brasília Ambiental
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Jardim Botânico recebe oficina de aquarela com plantas do cerrado
Uma aula de alquimia com cores ocupou o Salão de Exposição do Centro de Visitantes do Jardim Botânico neste domingo (15). Durante a comemoração da Semana do Cerrado, uma oficina prática aplicada pela artista e pesquisadora Maibe Maroccolo introduziu o uso de plantas do Cerrado para produção de corantes naturais, demonstrando a versatilidade das espécies nativas ao se transformar em pigmentação para aquarela. O workshop foi baseado no livro de Maibe lançado na última quarta-feira (11), A natureza das cores brasileiras. A obra contou com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), e leva o conhecimento, a riqueza e a diversidade de 100 espécies tintoriais do Brasil. Além disso, a publicação destaca a importância cultural e medicinal destas plantas, resgatando saberes tradicionais e promovendo a sustentabilidade. Na oficina, Maibe Maroccolo utilizou materiais como casca de romã e urucum para extrair corantes naturais | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília De acordo com a artista, a maioria das plantas utilizadas são popularmente conhecidas, como as cascas de romã, urucum, catuaba, jatobá e o barbatimão – espécies também utilizadas na medicina popular. “A oficina traz um olhar da natureza sob uma outra perspectiva, que vai além da característica do paisagismo do Cerrado e propriedades medicinais, mas também com a beleza das cores”, pontuou. “A ideia é poder deixar esse conhecimento também para as próximas gerações. Nesse momento a gente está precisando cada vez mais se conectar com a natureza, então desenvolver uma habilidade manual já é uma grande coisa. Com as plantas a gente aprende e aprofunda o potencial da biodiversidade brasileira”, acrescentou a pesquisadora. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte” Allan Freire Barbosa da Silva, diretor do Jardim Botânico de Brasília Para o diretor do Jardim Botânico de Brasília, Allan Freire Barbosa da Silva, o curso prático agrega tanto no conhecimento artístico quanto na educação ambiental. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte. A ideia dessa oficina foi justamente ensinar a população a nossa biodiversidade e tudo que pode ser produzido a partir dela, trazendo o cerrado de uma forma mais artística”. Universo de cores Com a modificação das cores por meio do uso de reagentes, é possível extrair até dez tonalidades da mesma planta. Uma pitada de sulfato de ferro em uma solução com casca de romã, por exemplo, pode gerar uma cor mais fechada – enquanto outras substâncias como o bicarbonato de sódio podem abrir a coloração. Sarah Dorneles adorou participar da oficina: “As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo” Interessada nos nuances das cores naturais, a educadora Sarah Dorneles, 32 anos, participou atenta da oficina e descreveu a beleza das colorações como um processo maravilhoso. Com uma filha pequena em casa que adora colorir, ela já pensa em aplicar os elementos naturais para o desenho. “É uma pesquisa muito profunda para poder conhecer tantas plantas e descobrir tantas formas de criação. Ver uma possibilidade de criação que eu possa replicar na minha casa e no meu processo criativo é incrível. As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo. Tenho muita admiração pelo trabalho dessa artista brasiliense, ainda mais nesse momento que vivemos com tanta degradação do meio ambiente”. Para Tiago Ferreira, atividades como essa chamam a atenção “sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui” Apesar de trabalhar em uma área mais digital, o designer Tiago Ferreira, 37, ressalta que os trabalhos artesanais são um hobby em família. Ele participou da oficina com a esposa e o enteado, conheceu a extração dos pigmentos naturais e reforçou o impacto positivo da oficina na preservação do cerrado. “Traz para a pauta a atenção sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui. E também o entendimento de que as plantas nativas têm um valor comercial com a tintura, então isso tudo acaba vindo junto da discussão, não morre só na aquarela e vai além”, observou.
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Parque Ecológico dos Jequitibás tem poligonal aumentada
A edição desta terça (27) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) publicou o decreto n° 46.184, que amplia a poligonal do Parque Ecológico dos Jequitibás, em Sobradinho. A unidade de conservação (UC) teve sua área aumentada de 11,2 hectares para 101,84 hectares, isto é, mais de nove vezes o tamanho original. Mapa do Parque Ecológico dos Jequitibás: ampliação da área é uma conquista para o meio ambiente | Imagem: Divulgação/Brasília Ambiental “Essa é mais uma conquista do Brasília Ambiental para a preservação do meio ambiente do Distrito Federal”, comemorou o presidente da autarquia, Rôney Nemer. Segundo o documento, a área do Parque Ecológico dos Jequitibás passa a ser acrescida da área do Parque Ecológico e Vivencial Sobradinho, que teve seu ato de criação declarado inconstitucional. A superintendente de Unidade de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon) do Brasília Ambiental, Marcela Versiani, explica que os dois parques possuem áreas que se conectam; e após análise sobre recategorização das UCs do instituto, elaboração de estudos técnicos e consulta pública, ficou decidida a junção desses locais, formando uma só unidade de conservação na categoria Parque Ecológico. Proteção ambiental “Os estudos foram elaborados com o intuito de expressar as atuais condições ambientais, hídricas, sociais, de uso do solo e fundiária do local”, aponta a gestora. “A proposta de criação do Parque Ecológico dos Jequitibás adequa a realidade da área à categoria protetiva estabelecida na lei Complementar nº 827, de 22 de julho de 2010, de acordo com os seus atributos ambientais.” A criação da UC objetiva proteger os remanescentes de Cerrado, assim como espécies endêmicas, ameaçadas ou vulneráveis, a exemplo de Lamanonia brasiliensis (guaraperê), Bowdichia virgilioides Kunth (sucupira-preta), Handroanthus impetiginosus (ipê-roxo), Apuleia leiocarpa (garapa), Banisteriopsis arborea (murici-de-anta), Cedrela odorata (cedro) e Euterpe edulis (açaí-jussara). O parque também representa um importante conector ecológico e de dispersão de fauna, envolvendo as unidades hidrográficas dos ribeirões Sobradinho, da Contagem e do Torto, além do Rio São Bartolomeu. A categoria Parque Ecológico é indicada ao local devido a seu potencial como espaço de visitação, contemplação, recreação, lazer e desenvolvimento de esportes, além de práticas de educação ambiental não formais. *Com informações do Brasília Ambiental
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Oficina sobre irrigação eficiente orienta sobre diminuição de custos e aumento da produtividade
Agricultores do Assentamento 1º de Julho, localizado em São Sebastião, participaram nesta quarta-feira (21) de uma oficina voltada para o uso racional da irrigação na agricultura familiar. A iniciativa, parte da 3ª Pegada Agroecológica de São Sebastião, visa conscientizar os produtores sobre como utilizar a água de forma econômica, reduzindo os impactos ambientais e elevando a eficiência produtiva. Oficina da Emater-DF conscientizou produtores rurais sobre o uso racional da irrigação na agricultura familiar | Foto: Divulgação/ Emater-DF O técnico em agropecuária José Gonçalves, do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) em São Sebastião, destacou as vantagens do uso eficiente dos recursos hídricos. “Uma irrigação bem planejada permite que o produtor mantenha a produção ativa durante todo o ano, aumentando as oportunidades de comercialização, inclusive em programas de compras institucionais”, explicou Gonçalves, ressaltando que a irrigação inadequada pode elevar significativamente os custos com energia elétrica, especialmente devido ao uso de bombas hidráulicas. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar” Antonio Dantas, engenheiro agrônomo da Emater-DF O engenheiro agrônomo Antonio Dantas, da Gerência de Agropecuária (Geagr) da Emater-DF, enfatizou que a irrigação é um dos melhores investimentos para qualquer propriedade rural. “O consumidor moderno exige produtos de qualidade, com fornecimento regular e em volume adequado. Tudo isso só é possível com um sistema de irrigação eficiente”, afirmou Dantas. Ele reforçou a importância de um projeto de irrigação bem-planejado, adaptado às particularidades de cada propriedade, considerando fatores como o declive do terreno, o tamanho da produção e o tipo de cultura. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar”, concluiu Dantas. A oficina ocorreu na chácara da produtora Raimunda Ribeiro Pessoa, conhecida como Ray. “Aqui plantamos de tudo um pouco, desde hortaliças até frutas como limão, laranja, manga e acerola”, contou Ray. O escritório da Emater-DF em São Sebastião está elaborando um projeto de irrigação na propriedade dela. “Com apoio da empresa, acredito que vou economizar bastante energia elétrica”. A produtora Ana Lúcia Barros contou que o valor de sua conta de luz foi de R$ 639. “O Zé [José Gonçalves] já fez meu projeto de irrigação, e espero ter uma boa economia, podendo investir mais na lavoura e melhorar a qualidade das minhas hortaliças”, comentou. O Assentamento 1º de Julho, onde ocorreu a oficina, foi implantado em dezembro de 2014 e atualmente abriga 60 famílias, a maioria dedicada à produção agroecológica. Produtores interessados em planejar o uso eficiente da água em suas culturas podem procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo. A lista completa com os endereços e telefones está aqui. *Com informações da Emater-DF
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Pela primeira vez, Brasília terá uma lei para preservar e modernizar a área tombada
Em um momento histórico para a capital do país, o governador Ibaneis Rocha sancionou, nesta segunda-feira (12), em cerimônia no Palácio do Buriti, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 41/2023 que institui o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (Ppcub). A sanção encerra um período de 15 anos de debates entre governo, representantes da sociedade civil, do setor produtivo e Legislativo. O governador Ibaneis Rocha destacou a participação de diversos órgãos públicos e da sociedade na construção do Ppcub, sancionado nesta segunda (12): “Analisamos o projeto com muito carinho e muita responsabilidade, reunindo todas as equipes técnicas e ouvindo também a sociedade” | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Estou muito feliz com a sanção desse projeto de lei. Tenho certeza de que estamos dando um passo muito importante para o desenvolvimento sustentável da nossa capital. Que essa legislação seja bem-aplicada para que a gente possa realmente desenvolver o Distrito Federal”, destacou Ibaneis Rocha. A proposta de autoria da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh) atualiza as normas de preservação e uso e ocupação do solo ao mesmo tempo que cria condições para o desenvolvimento do Conjunto Urbanístico de Brasília (CUB). Até então, o Distrito Federal possuía uma legislação antiga, com mais de mil normas urbanísticas incidindo sobre a área tombada, dificultando a interpretação e gerando insegurança jurídica. As normas serão aplicadas para o Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia, Sudoeste, Octogonal e Setor de Indústrias Gráficas (SIG). “O Ppcub vem condensando as normas de forma objetiva para que a gente consiga ter segurança jurídica e definir o que pode ser feito em cada área”, revelou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz. “Foram várias discussões feitas com a sociedade e com o Iphan, para que esse texto hoje, de fato, atenda toda a sociedade e faça com que Brasília se desenvolva de forma ordenada do ponto de vista do meio ambiente e urbanístico, e, ao mesmo tempo, a gente consiga alcançar essa segurança jurídica que há tanto tempo era almejada.” O próximo passo é a regulamentação do Ppcub, a ser feita por meio de um decreto que será publicado no prazo de até 15 dias, quando todos os artigos serão revisados. Vetos “Os vetos foram muito importantes, realmente foram vetos sensíveis, muitos deles convergentes, com pontos até sugeridos pelo próprio conselho. Estamos satisfeitos com o resultado, e permaneceremos atuantes, vigilantes, em todas as instâncias em que o CAU tiver cadeira para contribuir”, disse o presidente do CAU-DF, Ricardo Meira O projeto de lei aprovado em junho pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) recebeu 63 vetos. Entre os principais, quatro já haviam sido anunciados pelo governador Ibaneis Rocha: alojamentos como motéis, apart-hotéis e flats nas quadras 700 e 900 das asas Sul e Norte, alojamentos como camping, no Parque dos Pássaros no final da L4 Sul, permissão de comércio no Setor de Embaixadas e alteração nos lotes da W2 e W3 Sul. O Conjunto Urbanístico de Brasília (CUB) abrange as regiões do Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia, Sudoeste/Octogonal e SIG, incluindo o Parque Nacional de Brasília e o espelho d’água do Lago Paranoá Além destes, também foram vetados o aumento na altura, de 13,5 para 35 metros, dos chamados “hotéis baixinhos” dos Setores Hoteleiros Sul e Norte, e ainda o artigo 175, que transferia as áreas públicas remanescentes para a Terracap. “Analisamos o projeto com muito carinho e muita responsabilidade, reunindo todas as equipes técnicas e ouvindo também a sociedade. Alguns vetos foram de natureza técnica, outros vetos foram recomendações da Procuradoria [Geral do Distrito Federal], principalmente por uma invasão da legislação, que foi feita por algumas emendas apresentadas pela Câmara [Legislativa do DF], e outros vieram da sociedade, como a história do camping e dos motéis na Asa Norte, e o aumento do gabarito dos hotéis”, explicou o governador. Para o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF (CAU-DF), Ricardo Meira, a lei “traz o instrumento legal para dar segurança jurídica daqui para a frente”, e o regramento atendeu demandas de diferentes setores. “Os vetos foram muito importantes, realmente foram vetos sensíveis, muitos deles convergentes, com pontos até sugeridos pelo próprio conselho. Estamos satisfeitos com o resultado, e permaneceremos atuantes, vigilantes, em todas as instâncias em que o CAU tiver cadeira para contribuir”, afirmou. O Ppcub “Nós estamos permitindo que aqueles usos que atualmente não são possíveis possam ser realizados, então nós trazemos para a regularidade aquilo que infelizmente hoje está sendo feito de forma equivocada” Marcelo Vaz, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação O Conjunto Urbanístico de Brasília (CUB) abrange as regiões do Plano Piloto, Cruzeiro, Candangolândia, Sudoeste/Octogonal e SIG, incluindo o Parque Nacional de Brasília e o espelho-d’água do Lago Paranoá, sendo tombado nas instâncias distrital e federal e inscrito como patrimônio da humanidade. Para a organização da área, o Ppcub divide o conjunto urbanístico em 12 territórios de preservação (TPs), cada um com regras próprias e subdivididos em unidades de preservação (UPs), onde são definidos os parâmetros de uso e ocupação, os instrumentos de controle urbanístico e de preservação. “Nós estamos permitindo que aqueles usos que atualmente não são possíveis possam ser realizados, então nós trazemos para a regularidade aquilo que infelizmente hoje está sendo feito de forma equivocada”, afirmou Marcelo Vaz. O secretário também destacou que outras alterações foram feitas a partir de pedidos do Iphan. “Fizemos algumas inclusões de uso residencial em setores em que o Iphan mesmo definiu que é necessário trazer a população para se apropriar da cidade, para que a gente garanta que, ela se apropriando e participando, a cidade seja preservada da forma como é”, acrescentou. Dessa forma, o plano permitirá uma gestão do território do Ppcub com maior eficácia e de maneira compartilhada entre os órgãos distritais responsáveis pela cultura e fiscalização, e do governo federal, responsável pela preservação do sítio tombado. O texto foi elaborado com base em três diretrizes principais: ⇒ Plano de preservação: proteção do patrimônio urbanístico e arquitetônico de Brasília, tratando das quatro escalas urbanas,: residencial, monumental, gregária (onde se situam os setores bancário, hoteleiro, comercial e de diversões) e bucólica (áreas livres e arborizadas); ⇒ Plano de desenvolvimento local: trata da elaboração de estudos, planos, programas e projetos para o futuro de Brasília; ⇒ Uso e ocupação do solo: atualização das normas de uso, ampliando o rol de atividades permitidas e padronizando os parâmetros de ocupação do solo. Parâmetros urbanísticos As planilhas de parâmetros urbanísticos e de preservação (Purps) serão os instrumentos do Ppcub mais utilizados no dia a dia, tanto por pessoas interessadas no licenciamento de atividades econômicas quanto por profissionais da área de arquitetura e engenharia. Localizadas no anexo VII da proposta de lei complementar, as Purps tratam de três pontos principais: ⇒ Valor patrimonial: contempla o patrimônio cultural, indicando os bens efetivamente tombados e os exemplares com indicação de preservação; ⇒ Parâmetros de uso e ocupação do solo: estabelecem os parâmetros construtivos por grupo de lotes que possuem os mesmos índices urbanísticos e arquitetônicos; ⇒ Dispositivos de parcelamento e tratamento do espaço urbano: estabelecem desde as situações onde se aplicam determinados instrumentos até o reforço das diretrizes e recomendações. Histórico Ao longo dos 15 anos de debates, o Ppcub passou por oito audiências públicas. Além disso, o texto foi debatido em 29 reuniões com entidades civis e do Governo do Distrito Federal (GDF) que integram a Câmara Temática do CUB, criada em abril de 2022 pelo plenário do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan), a pedido dos seus conselheiros. A proposta também passou pelo crivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Isso porque foi construída dentro dos limites da portaria n° 166/2016, usada como referência na elaboração do projeto. No portal do Ppcub, na página da Seduh, é possível acessar a lei e consultar o histórico de todas as etapas de construção da lei. * Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)
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População de Vicente Pires é convocada para formar comissão ambiental
A Administração Regional de Vicente Pires, em conformidade com a legislação ambiental vigente no Distrito Federal, convida a população local para participar da formação da Comissão de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) da região. A Comdema tem como missão promover a participação ativa da comunidade na preservação e gestão do meio ambiente. A comissão atuará em estreita colaboração com a administração regional na criação de planos, controle e fiscalização do uso sustentável dos recursos naturais. Serão selecionados sete integrantes da sociedade civil, escolhidos entre representantes da comunidade, entidades de classe e clubes de serviços locais. Além disso, cinco representantes da administração pública e de órgãos responsáveis pela execução da política ambiental também serão incluídos. Processo de inscrição Os interessados devem preencher o formulário de inscrição, disponível no setor de Protocolo e Arquivo da Administração Regional de Vicente Pires, localizado na Rua 4A. O prazo para inscrições é de dez dias corridos a partir da data de publicação do edital. Após o encerramento das inscrições, a administração avaliará os pedidos e publicará a lista de candidatos aptos no site oficial, permitindo a apresentação de recursos, se necessário. A escolha dos representantes da sociedade civil será feita por meio de uma assembleia, onde serão eleitos os membros titulares e seus suplentes. A composição final da Comdema será oficializada por meio de publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Confira o edital. *Com informações da Administração Regional de Vicente Pires
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Novos recintos do Zoológico contribuem para o bem-estar da fauna
Nesta quinta-feira (4), o Zoológico de Brasília apresenta ao público novas instalações e a conclusão de reformas em sua estrutura. Entre as principais novidades está o aguardado micário, espaço especialmente destinado ao mico-leão-da-cara-dourada e ao mico-leão-dourado, oferecendo um ambiente propício para seu bem-estar. Os novos espaços contribuem para a conscientização sobre a diversidade da fauna. Mico-leão-dourado também ganhará espaço mais adequado | Foto: Divulgação/FJZB O zoo também comemora a conclusão da reforma do recinto dos cervídeos, um importante passo para garantir o bem-estar e a segurança desses animais. As mudanças incluem a ampliação do espaço disponível e a implementação de elementos naturais que replicam o habitat original das espécies, proporcionando um ambiente mais enriquecedor e próximo das condições ideais para seu desenvolvimento. Outra adaptação significativa que será apresentada é a do recinto das ariranhas. Reconhecidos por sua agilidade e sociabilidade, esses mamíferos aquáticos agora contam com um espaço reformulado. Com áreas de mergulho ampliadas e um design que favorece a interação social, o novo recinto visa estimular o comportamento natural das ariranhas. “Com a conclusão dessas obras e a inauguração das instalações, o Zoológico de Brasília reafirma seu compromisso com a conservação da biodiversidade e a educação ambiental, oferecendo um espaço de aprendizado e conscientização sobre a importância da conservação das espécies”, afirma o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto. *Com informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília
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Comemoração do Dia da Árvore é antecipada com educação ambiental
Em comemoração ao Dia da Árvore, celebrado nesta quinta-feira (21), os alunos da Escola Classe Ipê, na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Granja do Ipê, participaram de diversas atividades voltadas a conscientização da preservação desse bem tão valioso. A ação foi realizada nesta quarta (20) pela Unidade de Educação Ambiental (Educ) do Instituto Brasília Ambiental e integra a programação de festividades pelo Dia do Cerrado, celebrado no dia 11 de setembro, e que está sendo realizada durante todo o mês. As crianças fizeram o plantio de mudas de buriti próximo ao córrego que fica dentro da escola, simbolizando o Dia da Árvore | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Na manhã dessa quarta-feira, 400 crianças do 1° ao 5° anos aprenderam sobre a biodiversidade do Cerrado com a apresentação das publicações do Eu Amo Cerrado. Desenvolvido pela Educ, o material mostra a variedade de mamíferos, aves, árvores, peixes e frutos existentes no bioma. Com esses cartazes será desenvolvido ainda um mural ambiental na escola. As crianças fizeram também o plantio de mudas de buriti próximo ao córrego que fica dentro da escola, simbolizando o Dia da Árvore. Na ocasião, a educadora ambiental do Instituto Brasília Ambiental, Mariana dos Anjos, contou a história O Buriti da Praça e a Menina do Coração Verde, com o auxílio dos professores voluntários Danilo Xavier, Marta Curvelo e Srì Gopinatha Das. “A ideia foi falar sobre a importância das árvores, especialmente o buriti, como patrimônio ecológico para a cidade e para o Cerrado de forma lúdica e prazerosa. Na história que contei, fiz adaptações para falar da Arie Granja do Ipê e sentir pertencimento e cuidado do público. A resposta veio logo no fim da apresentação, com crianças superempolgadas me contando sobre o ambiente”, comemorou Mariana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dia Nacional do Cerrado Em 2023, completam-se 20 anos em que a data foi instituída, por meio do Decreto s/n, de 20 de agosto de 2003, com o objetivo de conscientizar sobre a conservação e a preservação do segundo maior bioma brasileiro, que fica atrás apenas da Amazônia. O Cerrado abriga uma das maiores biodiversidades do mundo, com mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves, sendo que a maior parte da cobertura está no Planalto Central. As atividades em comemoração ao Dia Nacional do Cerrado continuam ao longo do mês de setembro, confira a programação: Dia 27 Cinco anos do Parque Educador, projeto fruto da parceria entre o Brasília Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Educação. O evento ocorre no auditório da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (EAPE), das 9h às 11h e das 13h30 às 16h. Dias 29 e 30 Feira Ambiental e Exposição Natureza é…, no Centro de Práticas Sustentáveis (CPS), no Jardins Mangueiral. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Aprovado tombamento provisório da vila pioneira do Paranoá
A antiga Vila Paranoá, acampamento original dos pioneiros que levantaram barragem criando o lago de mesmo nome para a capital federal a partir de 1957, recebeu o tombamento provisório das edificações remanescentes do povoado em torno da Igreja de São Geraldo. A igreja é tombada desde 1993, mas a proteção dos bens do entorno é uma demanda de mais de 40 anos da comunidade, já na terceira geração. [Olho texto=”“O tombamento provisório gera maior segurança para a preservação desse legado e vai nos ajudar a fazer justiça à memória da caminhada das pessoas que tornaram o lugar rico em belezas naturais e construções, convivência e produções culturais, um dos marcos dessa cidade que tanto deve aos pioneiros”” assinatura=”Aquiles Brayner, subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] O parecer pela proteção do patrimônio histórico, que sobreviveu à ação do tempo e a demolições, foi dado pela Comissão Permanente de Análise e Avaliação de Registro e Tombamento Cultural (Cpaart), vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O documento, oficializado pelo despacho do secretário Bartolomeu Rodrigues, inclui os remanescentes do assentamento, tanto os construídos quanto os naturais, assim “como as formas de apropriação da área como lugar de manutenção e valorização de memórias e relações afetivas ainda existentes entre antigos moradores e o sítio” – traz o texto. “O Paranoá é uma região rica em história e cultura. O tombamento provisório gera maior segurança para a preservação desse legado e vai nos ajudar a fazer justiça à memória da caminhada das pessoas que tornaram o lugar rico em belezas naturais e construções, convivência e produções culturais, um dos marcos dessa cidade que tanto deve aos pioneiros”, destaca o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner. Estrutura remanescente do edifício do Corpo de Bombeiros da Vila Paranoá | Fotos: Acervo pessoal Gersion de Castro Os vestígios de mais de duas dezenas de edificações que passam a ser protegidas incluem antigas escolas, postos de saúde, de bombeiros, delegacia, sede da Legião Brasileira de Assistência (LBA), bairros, ruas, áreas verdes e espaços de socialização que testemunharam e constituem lembranças de pertencimento à comunidade. Alguns deles, já demolidos, podem hoje ser apenas sinalizados, mas juntos formam um valioso marco de referência cultural, que se concentram no que é hoje a área do Parque Vivencial do Paranoá, criado em 1994. Um dos documentos que embasaram a aprovação do tombamento provisório dos remanescentes da Vila é o trabalho de conclusão da especialização em Educação e Patrimônio Cultural e Artístico feita pelo servidor da Secec Gersion de Castro Silva, na Universidade de Brasília (UnB), intitulado A história de uma cidade invisível: Vila Paranoá e seus quintais de memórias (2019). Servidor da Secec, Gersion de Castro Silva fez trabalho de conclusão da especialização em Educação e Patrimônio Cultural que embasou a aprovação do tombamento provisório A dissertação resgata documentos sobre a histórica local, traça o caminho que levou da construção dos primeiros barracões à formação do patrimônio material e imaterial e propõe anotações sobre a iconografia e as vozes não ouvidas por quem é de fora do lugar. Técnico em atividades culturais, Gersion comemora a boa notícia. Descendente de pioneiros da Vila Paranoá e militante da causa de preservação do patrimônio cultural material e imaterial presentes no local, ele explica que agora a tarefa é elaborar um dossiê para obter a inscrição definitiva nos Livros do Tombo, onde são listados os bens que passam a contar com a proteção do Estado, vedando problemas como graves alterações nos imóveis ou novas demolições. Gersion, que é um dos idealizadores do Museu Vivo da Memória da Vila Paranoá (MVMVP), também é escritor e artista plástico e parte de sua produção inclui quadros que misturam reconstituição histórica e poética do acampamento, com seus antigos equipamentos em paleta vibrante de cores, dentro da chamada arte naïf brasileira, tão espontânea e instintiva. O antigo posto de saúde da Vila Paranoá é uma das construções que receberam tombamento provisório História e preservação A antiga Vila Paranoá tem histórias para contar que não encontram muito espaço nos registros historiográficos oficiais de Brasília. O documentário Batalhas pelo Patrimônio, Batalhas pela História, produzido em 1999 pelo professor José Walter Nunes, da Universidade de São Paulo (USP), preenche algumas dessas lacunas. O filme, disponível na internet, se destaca pela coleta de depoimentos orais para costurar a narrativa, com o objetivo de ampliar a noção de patrimônio histórico-cultural, passando a incluir os laços sociais, afetivos e identitários dos protagonistas nos movimentos históricos vividos e também reforçar o vínculo entre patrimônio e memória. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na obra, que registra acontecimentos do início da década de 1980, o depoimento da pioneira Maria da Guia de Souza atesta o sentimento de violência psicológica nas tentativas de desocupação feitas por policiais militares. “A sensação é que não passavam os tratores só por cima das casas, mas também sobre todo o passado de luta da gente, sobre nossa história”, registra o depoimento gravado no documentário. Como resultado da luta, que foi seguida por greves de fome e manifestações na Esplanada dos Ministérios em plena vigência da ditadura militar, o governador do DF à época, José Aparecido de Oliveira, assinou decreto pela fixação dos pioneiros na área, em agosto de 1988. No entanto, na realidade, os antigos ocupantes acabaram cedendo e se movendo para local próximo, no que é hoje a RA7, o novo Paranoá. Tombamento definitivo A servidora Rayane Cristina Chagas Silva, atual presidente da Cpaart, explica que a matéria do tombamento dos remanescentes da Vila Paranoá segue agora para avaliação do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac), que delibera sobre o tombamento definitivo. O órgão colegiado, com funções deliberativas, consultivas, fiscalizadoras e normativas, tem composição paritária entre o poder público e a sociedade civil. “O coletivo com 24 participantes vai se reunir quando tiver os instrumentos que aprofundam o estudo sobre o bem cultural, basicamente um inventário com dossiê e plano de preservação e salvaguarda”, explica Rayane. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Adote Uma Praça já tem mais de 270 propostas de adoção de espaços públicos
[Olho texto=”“A preservação do bem público é uma questão de pertencimento” ” assinatura=”Roberto Andrade, secretário de Projetos Especiais” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O programa Adote Uma Praça já recebeu 277 propostas de adoção de espaços públicos entre o lançamento, em maio de 2019, e esta sexta-feira (21). Do total de envios, realizados por pessoas físicas e empresas, 61 já estão concluídos; 61 estão com reformas em andamento; e outros 91 em fase de análise pelas administrações regionais e Secretaria de Projetos Especiais do Distrito Federal (Sepe). As tratativas restantes foram negadas ou suspensas por não atenderem aos critérios definidos por decreto. Breno Biank e Filipe Alves jogam pingue-pongue na praça: programa incentiva o melhoramento dos espaços públicos para lazer da população | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na avaliação do secretário de Projetos Especiais, Roberto Andrade, a quantidade de sugestões indica que a população está comprometida com a cidade. “O projeto tem o cunho de resgate da consciência cidadã e número de locais inaugurados”, aponta. “Em quase quatro anos de existência, demonstra que as pessoas, físicas ou jurídicas, absorveram bem a iniciativa. A preservação do bem público é uma questão de pertencimento”. As proposições para adoção contemplam 24 regiões administrativas (RAs), dentre as quais 15 cidades já contam com espaços adotados e inaugurados. Destacam-se o Plano Piloto e o Gama, cidades que mais repaginaram espaços públicos. No Plano Piloto, 12 locais estão aptos para uso e outros sete se encontram com obras em andamento. No Gama, dez projetos já foram inaugurados e outros dez estão sendo reformados. [Olho texto=”“A melhor forma de prevenir a degradação das áreas é com o cuidado coletivo” ” assinatura=”Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto” esquerda_direita_centro=”direita”] A lista de RAs com proposições aceitas e concluídas é composta ainda por Águas Claras, Brazlândia, Ceilândia, Guará, Jardim Botânico, Lago Sul, Paranoá, Planaltina, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho 2, Sudoeste/Octogonal e Taguatinga. Participação social “O programa Adote Uma Praça estimula a preservação de áreas públicas na capital e incentiva a participação social para a melhoria de espaços urbanos por meio de parcerias”, reforça a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro. “Isso fortalece ainda mais as ações realizadas pelo poder público, deixando nossa cidade mais bonita, bem-cuidada e organizada. A melhor forma de prevenir a degradação das áreas é com o cuidado coletivo.” Além de praças, diversos outros locais podem ser alvo de manutenções: áreas verdes, estacionamentos, parques urbanos,jardins, rotatórias, canteiros centrais de avenidas, pontos turísticos, monumentos e outros espaços e bens de propriedade do DF colocados ao uso da comunidade. A subsecretária se Desestatização, Desinvestimento e Desimobilização da Sepe, Danielle Rodrigues, explica que existem requisitos para se adotar um local: “Tem que ser uma área usável por toda a população, área pública mesmo, e não pode haver nenhum tipo de impedimento ao uso, como cercas e cobranças financeiras”. A pasta busca ativamente novos adotantes, a partir da distribuição de folders sobre o programa em áreas que já são cuidadas pela população. “Vemos que há muitas áreas que estão adotadas, porém, não são regularizadas dentro do programa”, comenta Danielle. “Conversamos com moradores que moram próximo a esses pontos e, muitas vezes, a pessoa não sabe o que é o projeto, mesmo já cumprindo boa parte dos requisitos”. Lazer garantido A arquiteta Juliana Mendes se juntou a vizinhos de quadra e adotou um parquinho na 313 Sul: “Foi o pontapé inicial para uma série de melhorias na praça, que estava abandonada, e agora é um lugar vivo, com muitas crianças” Conforme estipulado em decreto, o objetivo do programa é “qualificar, requalificar, embelezar e conservar os mobiliários urbanos e os logradouros públicos”, bem como “promover ações urbanas comunitárias para desenvolver o senso de pertencimento e a qualidade de vida da população local”. A adesão pode partir de empresas, com reformas em áreas próximas a empreendimentos – desde que não utilizem o espaço para promoção publicitária -, ou pessoas físicas. É o caso da arquiteta Juliana Mendes, 38 anos, responsável pela adoção de um parquinho na 313 Sul junto a outros moradores. Em abril de 2019, uma outra moradora da quadra iniciou uma mobilização para reforma do local, que estava completamente abandonado. Muitos residentes, incluindo Juliana, aderiram à ideia e iniciaram um trabalho de repaginação. “Como arquiteta, verifiquei junto à administração regional como fazer a reforma, e foi quando soube do programa Adote Uma Praça”, relembra ela. Com o projeto aprovado, os moradores compraram novos brinquedos, reformaram o alambrado do parquinho e trocaram areia, com apoio de funcionários da administração. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Melhorias para todos Em outubro do mesmo ano, após seis meses de trabalho intenso, o parquinho foi reinaugurado e novas demandas surgiram. “Foi o pontapé inicial para uma série de melhorias na praça, que estava abandonada, e agora é um lugar vivo, com muitas crianças”, conta Juliana. A adoção permitiu a compra de cinco brinquedos para as crianças, como escorregadores e balanços, instalados dentro do parquinho infantil, além de uma mesa de pingue-pongue, uma mesa de xadrez e golzinhos para futebol. As aquisições tiveram custo superior a R$ 35 mil, obtido por arrecadação coletiva entre os prédios da quadra. Os amigos Filipe Alves, 25 anos, e Breno Biank, 26, não moram na quadra, mas consideram a mesa de pingue-pongue como a melhor parte da praça. Ambos trabalham como motoboys de terça-feira a domingo, e, sempre que têm uma pausa entre uma entrega e outra, estão jogando e se divertindo no espaço público. “A gente viu ela de longe, e foi amor à primeira vista”, revela Filipe, que, após descobrir o equipamento, comprou um par de raquetes e uma bolinha de pingue-pongue. Breno complementa: “É uma distração muito boa e do lado do trabalho; então, quando temos que sair, nosso chefe manda uma mensagem e vamos. Até ele já jogou com a gente”.
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DF ganha primeira reserva particular do patrimônio natural
O Instituto Brasília Ambiental criou, nesta semana, o primeiro espaço local com status de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) distrital, a Reserva Natural Jardim Botânico. A unidade de conservação (UC) de uso sustentável está localizada na Região Administrativa do Jardim Botânico e possui área de 46,3327 hectares. Transformado em reserva, o local tem garantida a preservação da biodiversidade, sem a necessidade de desapropriação | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental A superintendente de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, ressalta que a criação dessa primeira RPPN distrital representa uma importante forma de conservação da biodiversidade que pode existir sem que haja desapropriação ou alteração dos direitos de uso da propriedade. [Olho texto=”Com a nova classificação, a propriedade passa a ter status permanente de unidade de conservação, mesmo que seja vendida” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Esperamos que essa iniciativa incentive a criação de muitas outras unidades de conservação de domínio privado”, afirma a gestora. “Assim, nosso DF continua se tornando cada vez mais um dos melhores lugares para se viver.” Além de preservar a área, a RPPN fica gravada na matrícula do imóvel – o que garante que, independentemente de venda ou transferência para outro nome, o bem sempre terá status de unidade de reserva natural. Mesmo estando em terreno particular, a reserva faz parte do Sistema Distrital de Unidade de Conservação (SDUC), por isso também precisa ter plano de manejo e delimitação de área com sinalização. O proprietário pode usufruir de alguns benefícios, como a implantação de ecoturismo, visitas guiadas e instalação de estruturas para receber o visitante. No início deste mês, o Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) publicou a instrução normativa referente à criação dessa unidade de conservação. Após a elaboração do plano de manejo pelo proprietário, o documento será aprovado pelo órgão ambiental. *Com informações do Brasília Ambiental
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Depois de anos de espera, GDF avança com o PPCub
[Olho texto=”“O PPCub tem uma grande importância para o desenvolvimento do Distrito Federal. Envolve vários aspectos, e combinamos essa reunião pela necessidade de ter todos os partícipes juntos nessa missão, que será a aprovação desse plano”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] O Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Distrito Federal (Iphan-DF) o parecer técnico com a análise final sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub). O documento define as regras de uso e ocupação da área tombada na capital federal, esclarece as diretrizes e a regulamentação de preservação de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade. No parecer, o Iphan-DF faz elogios à minuta do PPCub, elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). Também destaca algumas soluções trazidas pela pasta e faz recomendações ao texto. Desde o início do processo de discussões sobre o plano, há cerca de 10 anos, o Iphan-DF tem dado contribuições técnicas. A partir do parecer técnico com a análise final do Iphan-DF, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação fará a análise sobre as regras do uso e a ocupação da área tombada de Brasília e dará os encaminhamentos até o envio do plano à CLDF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr A entrega do parecer ocorreu, nesta terça-feira (21), em reunião no Salão Nobre do Palácio do Buriti e contou com a presença de representantes do GDF, do instituto, além de deputados distritais e federais. Na ocasião, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, recebeu em mãos o parecer técnico do superintendente do Iphan-DF, Saulo Diniz. [Olho texto=”“A partir de hoje, escreveremos uma nova história no DF. No passado, chegaram várias bolas quadradas em relação a esse assunto. Nos debruçamos e analisamos mais de mil folhas de documento para poder fazer a nossa contribuição ao GDF”” assinatura=”Saulo Diniz, superintendente do Iphan-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “O PPCub tem uma grande importância para o desenvolvimento do Distrito Federal. Envolve vários aspectos, e combinamos essa reunião pela necessidade de ter todos os partícipes juntos nessa missão, que será a aprovação desse plano”, afirmou Ibaneis Rocha. O superintendente ressaltou a parceria com o GDF e mencionou a expectativa de anos para a entrega do PPCub. “A partir de hoje, escreveremos uma nova história no DF. No passado, chegaram várias bolas quadradas em relação a esse assunto. Nos debruçamos e analisamos mais de mil folhas de documento para poder fazer a nossa contribuição ao GDF”, comentou Saulo Diniz. Em seguida, o governador passou o documento ao secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, cuja pasta será responsável por fazer toda a análise das sugestões do Iphan-DF e dar os devidos encaminhamentos ao PPCub. “Esse momento representa a conclusão de uma etapa importante. Ao longo dos últimos anos, chegamos a uma proposta que foi analisada e recebe esse parecer, que considero como um sinal verde”, declarou Mateus Oliveira. “Daqui para frente, a bola está com a Seduh. Passaremos os próximos meses ajustando essa proposta. O próximo passo será seguir para audiência pública, aprovação no Conplan e, em seguida, encaminhar à Câmara Legislativa”, ressaltou. Recomendações Ao todo, o Iphan-DF apontou no parecer técnico 19 recomendações para a minuta do PPCub se adequar com a legislação federal de preservação, além de sugestões de aperfeiçoamento e indicações de itens para estudo e regulamentação futuras. [Olho texto=”“Quatro projetos de lei da área tombada, idealizados pela gestão do governador Ibaneis Rocha, aprovados pelo Iphan e pela CLDF. Isso é reflexo desse trabalho de muita sinergia e muito alinhamento técnico”” assinatura=”Mateus de Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “São 19 pontos com observações e considerações, muitas das quais já fizemos uma rápida avaliação e entendemos que são questões simples a serem esclarecidas ou retificadas, conforme o caso”, comentou o titular da Seduh. O secretário destacou alguns pontos em que ainda será necessário um debate mais abrangente. Entre eles, a diversificação de usos para a concessão do Autódromo Internacional de Brasília, a altura dos prédios na quadra 901 da Asa Norte e a proibição de uma rede elétrica do tipo aérea, chamada catenária, na operação de um futuro Veículo Leve sob Trilhos (VLT) na W3. Quanto ao programa Viva Centro!, que traça as diretrizes para a revitalização do Setor Comercial Sul (SCS) com a proposta de moradias no local, o Iphan-DF manteve o mesmo entendimento sobre a necessidade de aprofundar os estudos sobre o assunto. Além de destacar a exigência de uma lei específica para a instituição do programa. Sinergia Mateus Oliveira aproveitou o momento para pontuar o trabalho conjunto da Seduh com o Iphan-DF ao longo desta gestão, que resultou em grandes conquistas para o Distrito Federal. “Quero ressaltar a parceria com o Iphan e o fato de termos avançado nesses três anos como nunca tínhamos avançado antes”, destacou. Na ocasião, o secretário lembrou-se de quatro projetos de lei complementar (PLCs) de iniciativa do Executivo que tiveram o aval do instituto e foram aprovados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Eles tratavam da segurança jurídica com a extensão de uso para comércios no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), conhecida como a Lei do SIG, a criação de novos lotes para equipamentos culturais no lado oeste do Eixo Monumental, a revisão da lei de concessão do uso para área pública nos comércios da Asa Sul, mais conhecidos como puxadinhos, e a definição dos parâmetros urbanísticos para a instalação de um museu tecnológico no lote onde fica o antigo Edifício Touring. “Quatro projetos de lei da área tombada, idealizados pela gestão do governador Ibaneis Rocha, aprovados pelo Iphan e pela CLDF. Isso é reflexo desse trabalho de muita sinergia e muito alinhamento técnico”, avaliou Mateus Oliveira. “Com muita habilidade, criamos essa sinergia entre o Iphan e o GDF. Conseguimos derrubar barreiras”, confirmou o superintendente Saulo Diniz. “Sempre digo que antes de Brasília ser tombada pelo Iphan, foi tombada pelo GDF. Então, a responsabilidade é de ambos”, completou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Presente na reunião, o presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da CLDF, Cláudio Abrantes, citou a importância de os projetos de lei elaborados pelo Executivo serem aprovados na casa e a urgência em seguir com o andamento do PPCub, até chegar à votação na Câmara Legislativa. “Estaremos à disposição para contribuir”, ressaltou. Também compareceram na reunião os secretários de Governo, José Humberto Pires; de Educação, Hélvia Paranaguá; de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues; a secretária executiva de Planejamento e Preservação da Seduh, Giselle Moll; o presidente da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Izídio Santos; e a deputada federal Bia Kicis. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF
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Quase R$ 7 milhões em infraestrutura para Parque Burle Marx
Em cerimônia na manhã desta quinta (29), o governador Ibaneis Rocha assinou a ordem de serviço que deu início à primeira etapa de implantação do Parque Ecológico Burle Marx, localizado no Setor Noroeste. As intervenções previstas para a unidade de conservação, que será a 83ª do DF, contam com investimentos de aproximadamente R$ 6,8 milhões da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). [Olho texto=”“Determinei que seja feito um levantamento das obras que precisam ser feitas aqui no Noroeste. Estamos aqui para resolver os problemas da cidade”” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Neste primeiro momento, serão construídas duas ilhas de lazer, que incluirão quadras para a prática de diversos esportes, pontos de encontro comunitário (PECs), academias ao ar livre e parquinhos, além de contemplar também as instalações elétricas e hidrossanitárias, guaritas e paisagismo com plantio de árvores e grama. A previsão de conclusão dessa primeira etapa da obra é dezembro. O governador salientou a união de esforços entre secretarias e autarquias do Governo do Distrito Federal (GDF) para o início das obras, que não serão as únicas no setor. “Nada melhor e mais gratificante do que cumprir com os compromissos. Estamos lançando uma obra de suma importância, e Brasília é uma cidade em movimento, que precisa de projetos. Determinei que seja feito um levantamento das obras que precisam ser feitas aqui no Noroeste. Estamos aqui para resolver os problemas da cidade”, afirmou. Para o diretor da Associação de Moradores do Noroeste, Amaury Kakumori, o parque levará mais qualidade de vida a comunidade. “Quem é morador da primeira etapa do bairro, como eu, não tinha nenhuma área de lazer, então a chegada do parque vai ser um usufruto diferenciado, vai dar condição para quem quer usufruir do local e da natureza”, reflete. O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão, destacou a importância ecológica da implementação do parque para a comunidade e para todo o DF: “É um feito histórico. Era uma demanda antiga, uma condicionante da implantação do Noroeste; e, em parceria com a Terracap, nós conseguimos viabilizar. É mais um marco da gestão do governador Ibaneis Rocha”. Área de lazer e preservação ambiental O Parque Ecológico Burle Marx integra uma área verde de 280 hectares que ainda preserva uma das maiores manchas de cerrado da cidade, sendo considerado um importante corredor ecológico entre o Parque Nacional de Brasília e o Lago Paranoá. Situado entre a Asa Norte e o Noroeste, o parque teve seu plano de manejo aprovado em janeiro deste ano e já recebeu diversas intervenções, como cercamento, roçagem, plantios e construção de ciclovia com 5 km de extensão às margens da Avenida W7. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em março, uma força-tarefa composta pela Secretaria de Governo, Departamento de Trânsito (Detran), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e outros órgãos do GDF retirou 1.602 veículos de um terreno que era usado como depósito de veículos recolhidos. A área, que agora está desocupada, integrará o Parque Ecológico Burle Marx. * Com informações do Brasília Ambiental e Terracap
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Caesb alerta sobre a preservação do cerrado
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) lembra a cada um a responsabilidade em contribuir para a saúde pública e a preservar o cerrado, berço das águas. Seja consciente e utilize de forma racional este bem tão precioso. Reduza a quantidade de lixo produzido e não jogue objetos na rede de esgoto. As futuras gerações agradecem o cuidado com o meio ambiente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Confira o recado da analista da gerência de Gestão Ambiental Corporativa (RMAA) da Caesb, Karina Bassan Rodrigues: *Com informações da Caesb
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GDF busca parceria para administrar a Prainha Norte
O aplicador de películas Ricardo Bento da Silva, 40 anos, já perdeu as contas dos anos que frequenta com a família e os amigos a Prainha Norte, no Setor de Mansões do Lago Norte. Às margens do Lago Paranoá, a área de lazer reúne mais de duas mil pessoas nos fins de semana vindas de todos os cantos do Distrito Federal. Atraente, o espaço oferece lazer gratuito à população, mas requer ordenamento e constantes investimentos, principalmente na preservação ambiental. O projeto consiste no cercamento de uma parte da prainha e no controle do acesso, mas sem cobrança de ingresso. A medida dará mais segurança aos frequentadores | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Foi pensando nisso que o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Projetos Especiais, publicou nesta quarta-feira (19), no Diário Oficial do DF (DODF), um chamamento público para concessão do espaço à iniciativa privada. O prazo de apresentação de projetos é de 30 dias, a contar da data de publicação. A proposta de Parceria Público-Privada (PPP) é que a vencedora do contrato explore a área comercial e, em troca, garanta investimentos e a preservação ambiental do local, que inclui a fauna e a água do lago. No entanto, o governo não vai permitir cobrança de ingresso. A Prainha Norte fica na Estrada Parque Paranoá (EPPR), DF-005, próximo à MI 6 do Lago Norte. “Tem cinco quiosques com um banheiro em cada, uma quadra de vôlei que precisa ser recuperada e um campo de futebol sem traves. Há dois banheiros para uso coletivo, porém constantemente depredados pela população, o que dificulta a manutenção e o uso diário”, lembra o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. [Olho texto=”“Trazer investimentos para a Prainha é trazer também segurança, tanto para quem frequenta quanto para os recursos naturais”” assinatura=”Marcelo Ferreira, administrador regional do Lago Norte” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante toda a semana, segundo Ferreira, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) faz a limpeza do espaço. Além do serviço, a depredação dos equipamentos públicos e a necessidade de manutenção constante produzem custos para o GDF. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) foi um dos demandantes da proposta à Secretaria de Projetos Especiais, já que atualmente os frequentadores usam o acostamento da via para estacionar os carros. Segurança e lazer O projeto consiste no cercamento de uma parte da prainha e no controle do acesso, mas sem cobrança de ingresso. A medida dará mais segurança aos frequentadores e impedirá um dos grandes problemas que é a invasão do espaço pelos carros com som alto, churrascos e fogueiras à beira do lago. “Trazer investimentos para a Prainha é trazer também segurança, tanto para quem frequenta quanto para os recursos naturais”, ressalta o administrador regional do Lago Norte, Marcelo Ferreira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A concessionária terá direito à exploração dos cinco quiosques com serviço de bar e restaurante e propor outros investimentos. “O estudo deve apresentar rentabilidade sem prejuízo à população que frequenta a Prainha Norte”, garante o secretário de Projetos Especiais Roberto Vanderlei de Andrade. Ricardo Bento mora no Núcleo Rural Córrego Jerivá, a menos de 1 quilômetro da Prainha. Como está sempre se divertindo por lá, aposta que investimentos privados vão trazer benfeitorias e deixar as pessoas mais à vontade em frequentar. “Lá é muito bom, mas os banheiros estão sempre estragados, faltam algumas coisas. Com segurança, tanto pra gente quanto para os carros, aposto que tudo será diferente”, conclui.
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Você sabe por que não tem um leão no nosso zoo?
Um dos principais pontos de lazer a céu aberto, apropriado em tempos de pandemia, o Jardim Zoológico de Brasília ganha ainda mais destaque no roteiro de lazer das famílias do DF. Mas a maioria dos visitantes sai de lá se perguntando o porquê de não termos um leão entres os bichanos do recinto. A resposta é simples: o local participa de um programa de conservação e preservação que prioriza espécies brasileiras, do cerrado e ameaçadas de extinção. Mais que um local para lazer e exposição de animais, o Jardim Zoológico participa de programa para preservação de espécies da fauna brasileira | Foto: Arquivo Agência Brasília O documento é um planejamento populacional para as espécies mantidas no zoo. Por meio de uma série de critérios, esse documento é utilizado para a definição de espécies que devem fazer parte do plantel. Na Ficha de Avaliação de Espécies, anexo do documento, são consideradas as demandas internas da unidade, relacionadas a infraestrutura, medicina veterinária, nutrição, conservação e educação, além de dados oficiais sobre o status da população da fauna brasileira. Os temas são agrupados na ficha em forma de perguntas. Cabe à equipe técnica responder às questões, colando uma pontuação para cada espécie. Quando outro zoológico oferece uma determinada espécie para “morar” no Zoológico de Brasília, automaticamente essa espécie é avaliada de acordo com os critérios do Plano de Populações. Assim, o “Rei da Selva”, não é preterido do Zoológico de Brasília por implicância ou descaso da equipe técnica local. Essa espécie, que é originária da África e Ásia (e ainda está ameaçada de extinção), não é prioridade para a capital, de acordo com o Plano de Populações. O animal é classificado como exótico, já que não faz parte da fauna brasileira. [Olho texto=”“A ideia do Zoológico de Brasília hoje é não ter animais que não contribuam diretamente para a conservação de suas espécies”” assinatura=”Filipe Reis, superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico” esquerda_direita_centro=”direita”] Bem antes da formulação do Plano de Populações, o Zoológico da capital já teve leões. O último foi o filho de Lana e Vasco, o Dudu. Nascido em Brasília em dois de maio de 1994, Dudu tinha uma expectativa de vida de 15 anos, mas morreu “velhinho”, em oito de junho de 2016, aos 22 anos. Comportamento natural Atualmente as espécies não estão no zoo somente para serem exibidas para o público. Todos os recintos são ambientados de forma que os animais estejam bem – eles ficam em locais similares aos deles, em um ambiente adequado para manifestarem o seu comportamento natural e também com mais bem-estar. “Os animais que nós tínhamos não faziam parte de um plano de conservação. A ideia do Zoológico de Brasília hoje é não ter animais que não contribuam diretamente para a conservação de suas espécies. É uma nova política de um zoológico moderno”, explica Filipe Reis, superintendente de Conservação e Pesquisa do Zoológico Substituto. O Plano de Conservação do Jardim Zoológico de Brasília envolve a proteção de 25 espécies brasileiras ameaçadas de extinção – sagüi da serra escuro, muriqui do sul, sauim de coleira, mico leão de cara dourada, macaco prego de peito amarelo, macaco aranha de testa branca, tamanduá bandeira, cachorro vinagre, onça pintada, lobo-guará, cervo do pantamal, cardeal amarelo, jacutinga, jacucaca, jandaia-sol, ararajuba, pato mergulhão, cágado de Hogei e jararaca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Podemos ter leão, elefante, animais exóticos, em geral, no Zoológico de Brasília – qualquer espécie, desde que eles façam parte de programas de conservação, que a gente tenha um motivo para ter esses animais, ou seja, o zoológico como um centro de conservação“, resume Filipe Reis.
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‘Estamos preservando vidas’
Atualmente, uma das poucas alternativas de lazer da criançada, em função das restrições impostas com a chegada do novo coronavírus, é o Jardim Zoológico de Brasília. O local segue funcionando de terça a domingo, das 9h às 17h, com capacidade limitada em 1,5 mil pessoas por dia. Na casa da bicharada vive um total de 168 espécies: 63 mamíferos, 73 aves e 32 répteis. Mas, além da simples oferta de diversão, o local é principalmente um ponto de educação ambiental. “A intenção é fazer com que as pessoas entendam que esses animais estão aqui, dentro de um objetivo, não simplesmente para que elas vejam e tenham um momento de lazer”, explica a superintendente de Conservação e Pesquisa do Jardim Zoológico de Brasília, Luísa Helena Rocha da Silva, em entrevista à Agência Brasília. Ela conta um pouco como é o trabalho do órgão no cuidado e preservação da fauna e alerta à população sobre a criação ilegal de animais selvagem. Luísa também fala um pouco sobre o funcionamento do zoo durante a pandemia e aponta que protocolos de segurança estão sendo adotados para evitar a infecção dos bichos e dos servidores e visitantes. Acompanhe, abaixo, os principais trechos da entrevista. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Quantas espécies, hoje, são cuidadas no Zoológico? Atualmente, temos um total de 168 espécies, sendo 63 de mamíferos, 73 de aves e 32 de répteis – isso se a gente contabilizar apenas as espécies do plantel, que são os animais cadastrados somente no zoológico. Com os animais que entram no zoo de resgate, que os órgãos ambientais trazem, daria um número bem maior de espécies. Mas é um número bastante flutuante. Eles entram no zoológico, nós cuidamos e depois eles são destinados pelo Ibama. [Olho texto=”“Hoje em dia, os zoológicos modernos tentam se enquadrar e participar de programas de conservação, não simplesmente manter o animal em exibição para o público, visando ao lazer, como eram os zoológicos antigos”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Quais são os órgãos que trazem os animais feridos ou acidentados para serem tratados em Brasília? Nossa rotina veterinária é cuidar dos animais do plantel e, também, prestar o apoio necessário aos órgãos ambientais. Durante a pandemia, desde o mês de agosto, nós temos dado um suporte maior ao Ibama, cuidando dos animais que estão feridos ou machucados e que deveriam estar sendo cuidados no Cetas [Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama]. Devido aos problemas da pandemia que estão passando, eles pediram o nosso apoio. Normalmente, os órgãos ambientais que trazem animais são o BPMA [Batalhão de Polícia Militar Ambiental] e o Ibama. Eventualmente, algum outro órgão também traz para nós algum animal encontrado ferido ou que necessita de resgate. Independentemente de quem resgata e traz para o zoo, quem define a destinação final do animal é sempre o Ibama – se o animal será reintroduzido na natureza ou se vai ficar em alguma instituição. O que representa o nascimento de espécies dentro do Zoológico, principalmente daquelas ameaçadas de extinção? Hoje em dia, os zoológicos modernos tentam se enquadrar e participar de programas de conservação, não simplesmente manter o animal em exibição para o público, visando ao lazer, como eram os zoológicos antigos. Nós priorizamos a participação nesses programas de conservação, tanto os nacionais quanto os internacionais. Quando nasce alguma espécie, principalmente sendo ameaçada, para nós é uma alegria misturada com esperança, porque vemos que é uma chance de ter sucesso na reprodução e uma forma de vermos que, mais adiante, se essa espécie precisar de variabilidade genética, nós vamos ter condição de ajudar no futuro daquela espécie. Com o mico-leão-dourado, houve uma movimentação mundial para poder salvar essa espécie. O próprio Zoológico de Brasília tem histórico de participação com a reprodução desse animal. Então, sempre que acontece, é muito gratificante saber que estamos contribuindo para a conservação das espécies. [Olho texto=” “A domesticação é um processo que leva milhares de anos, mas as pessoas acham que podem pegar um animal silvestre e criá-lo dentro de casa como se fosse doméstico”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Antigamente, os zoológicos eram lugares somente para exibir os animais. Com a modernização desses espaços, o que se pode esperar nesses locais? Hoje em dia, o que os zoológicos mais sérios têm procurado é justamente participar dos programas de conservação e de programas de educação ambiental para que as pessoas vejam a importância desse trabalho desenvolvido em cativeiro. Não temos mais a intenção de simplesmente exibir os animais. Atualmente, isso ainda é complicado, porque muitos visitantes reclamam, inclusive na Ouvidoria, a respeito da ausência de determinadas espécies, como o leão. As pessoas imaginam que podemos conseguir rapidamente um casal de tigres ou um casal de leões, mas não é bem assim. Não é tão fácil, e isso é até uma vantagem para as espécies – o fato de não se poder buscá-las com facilidade. Antes, era muito fácil, porque todos os zoológicos e muitos lugares tinham porque eles eram caçados na natureza ou resgatados de circos. Hoje, o Zoológico de Brasília não busca animais simplesmente para exibicionismo e entretenimento. O objetivo é receber animais com algum fator de conservação, dentro de programas de conservação da espécie, para poder contribuir com o cenário atual por meio da reprodução em cativeiro e da educação ambiental perante a sociedade. O caso de uma naja que apareceu obteve repercussão em todo o país. Quais ensinamentos foram aprendidos de toda aquela situação? Todos nós aprendemos muito. Foi uma situação que pegou todos de surpresa, afinal não esperávamos ter uma naja no Distrito Federal, nem mesmo a víbora-verde-de-vogel. Aprendemos, principalmente, que a população precisa se conscientizar mais. Também precisamos de mais educação ambiental, porque muitas pessoas não têm noção do perigo e do desequilíbrio para a fauna que é criar animais simplesmente porque gostam daquela espécie, acham bonita ou pensam que podem domesticar. A domesticação é um processo que leva milhares de anos, mas as pessoas acham que podem pegar um animal silvestre e criá-lo dentro de casa como se fosse doméstico. O que talvez a pessoa tenha é um animal “manso”, não domesticado. Além de ser uma espécie perigosa, a naja é uma espécie exótica, ou seja, não é daqui do Brasil. Isso quer dizer que ela poderia ter fugido e causado um impacto na fauna brasileira, como até já vimos ao longo dos anos. De vez em quando, vemos reportagens sobre a cobra-do-milho, encontrada em alguns edifícios – todas essas espécies que são exóticas têm um impacto na natureza muito grande, além de ser um crime ambiental criar e manter essas espécies em cativeiro sem autorização dos órgãos ambientais. Precisamos ter um pouco mais de cuidado quando buscamos animais. Existem muitos animais que já são domesticados, como o cão, o gato e até algumas aves, que já são próprios para criarmos em casa – até mesmo animais que originalmente já foram silvestres e hoje já são considerados domesticados, como a calopsita e o periquito-australiano. Tem muitas espécies que podemos criar em casa para satisfazer essa nossa necessidade de estar próximo à natureza. É uma necessidade que faz parte do ser humano, mas é importante pensarmos no impacto que isso pode causar e se temos as devidas condições de mantê-los em cativeiro. Sem falar, claro, na autorização que deve ser emitida pelo órgão ambiental para se criar determinada espécie silvestre. Para criar espécies silvestres, acredito que a responsabilidade é até maior. Precisa de cuidados específicos. [Olho texto=” “A intenção é fazer com que as pessoas entendam que esses animais estão no zoo dentro de um objetivo, não simplesmente para que elas vejam e tenham um momento de lazer”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Quais têm sido os maiores desafios do Zoológico durante a pandemia? Manter os cuidados com os animais ao mesmo tempo dos cuidados com as pessoas. Tentamos diminuir a quantidade de pessoas no mesmo local, fazendo escala, e reforçamos, o tempo todo, os cuidados que as pessoas devem ter, como usar a máscara e manter o distanciamento. E isso é difícil em um local de trabalho. Por mais que todos já saibam, no dia a dia, até por ser um ambiente de pessoas amigas com quem convivemos todos os dias, isso é um desafio. Estamos tomando um cuidado especial de nos manter atentos para verificar se algum animal apresenta algum sintoma que possa ser da covid. Até agora, nenhum apresentou. Como o Zoológico pode influenciar seus visitantes para a conservação da fauna? A coisa mais importante é a empatia. A gente não ama o que não conhece. É muito difícil alguém amar um pedaço de coral que nunca viu – nem na televisão. A pessoa nem sabe que existe. A partir do momento em que a pessoa vê um animal na TV ou mesmo ao vivo, isso toca muito, principalmente as crianças, que criam empatia por aquele ser que está na sua frente. As crianças criam empatia por aquele ser vivo, elas veem que esse ser se movimenta, que ele tem vida. A outra maneira de envolver as pessoas é relacionada à forma como apresentamos os animais no seu habitat natural, juntamente com os programas de educação ambiental. A intenção é fazer com que as pessoas entendam que esses animais estão no zoo dentro de um objetivo, não simplesmente para que elas vejam e tenham um momento de lazer. As pessoas precisam entender o porquê de esses animais estarem no zoo: estamos preservando vidas. São indivíduos que foram atropelados ou que têm algum problema e não podem mais voltar à natureza, ou ainda são espécies que precisam ser preservadas. Qual a importância do zoo moderno na conservação de espécies ameaçadas de extinção? Toda a concepção dos zoos modernos é diferente. Ele [o zoo moderno] não é um lugar para simplesmente exibir os animais, como se fosse um recinto quadrado para as pessoas simplesmente verem os animais. Hoje, tentamos colocar os animais em um local similar ao deles, em um ambiente que seja rico para eles manifestarem o seu comportamento natural e também onde eles estejam com mais bem-estar. Todos os recintos são ambientados de forma que os animais estejam bem. Esperamos contribuir com os programas de preservação de espécies ameaçadas e com a reprodução dos animais. Quanto melhor o animal se sentir dentro de determinado ambiente, mais ele vai se reproduzir e ter resultados positivos. Isso não quer dizer que queremos reproduzir todas as espécies que estão no zoo. Buscamos a reprodução de espécies de acordo com o nosso Plano de Populações. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”]
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‘Novacap tem cultura do compromisso com a cidade’
Aos 64 anos de fundação, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) está se preparando para um período de modernização. Em entrevista à Agência Brasília, o diretor-presidente da companhia, Fernando Leite, detalha o planejamento e os próximos passos da instituição que, como o próprio nome diz, tem a missão de ser nova. Na conversa, Fernando Leite detalha o papel da Novacap na saúde, educação e zeladoria do patrimônio público do DF, além de citar parcerias e o vínculo que a companhia tem com a preservação do meio ambiente. Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Passados 64 anos de sua criação, a Novacap segue como grande aliada do desenvolvimento do DF, atuando em várias vertentes – como poda de árvores, pintura e recuperação de meios-fios e calçadas e construção de unidades de saúde. Atualmente, quantas obras a companhia está empreendendo? Nós estamos tocando, neste momento, 123 obras, em diversas fases de andamento. Desde janeiro, já devemos ter feito umas 300 obras. Além da missão natural da empresa, que é cuidar da infraestrutura e da zeladoria, a Novacap está desenvolvendo um trabalho extra, e tenho explicado isso sempre: durante a elaboração do plano de governo, percorremos o DF de ponta a ponta e registramos o que as pessoas pediam, quais as reivindicações, e, por incrível que pareça, as maiores demandas eram sobre a recuperação da cidade. O Distrito Federal estava abandonado, e isso se refletia desde as instituições até as vias e equipamentos públicos. Por isso pegamos essa grande demanda reprimida, que é resgatar a cidade, devolver à cidade aquele brilho que ela sempre teve. [Olho texto=”“O Distrito Federal estava abandonado, e isso se refletia desde as instituições até as vias e equipamentos públicos”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Qual a contribuição da Novacap para a saúde pública? Nesse contexto, estamos em uma fase muito rica e produtiva. Estamos com cinco unidades básicas de saúde (UBSs) em obras, e outras três já foram inauguradas: Fercal, Samambaia e Recanto das Emas. Em cada UBS investimos cerca de R$ 3 milhões; este ano, já aplicamos R$ 24 milhões e, no ano que vem, devemos construir mais 11 [unidades], ou seja, mais R$ 33 milhões, o que totaliza mais de R$ 50 milhões de investimento. A Novacap tem um convênio com a Secretaria de Saúde, que repassa os recursos oriundos tanto da Fonte 100 [verba que pode ser empregada livremente pelo Executivo por não ter vinculação específica] quanto de algum programa do governo federal. Outros importantes trabalhos vão ser o Hospital Oncológico, que está em fase final de análise das propostas de licitação; e temos também o Hospital Centro Sul, que é no Guará e está em fase adiantada de projeto, para ser licitado no ano que vem – além das reformas nos Hospitais de Brazlândia e Planaltina, melhorias no Hran [Hospital Regional da Asa Norte] e no Hemocentro, que vai ser todo restaurado. E para a educação, o que está sendo planejado? Vamos à cereja do bolo: nós estamos licitando, neste momento, 104 módulos escolares. O que são eles? São ampliações das escolas existentes. É uma proposta interessante do governador Ibaneis: em vez de se fazer uma escola nova, você amplia uma existente e, com isso, se diminui o transporte escolar. Muitas vezes, a escola não tem capacidade para atender à demanda da região, e colocam-se ônibus para levar os estudantes para uma outra. Ampliando as existentes, que já têm a infraestrutura, água, eletricidade, banheiros, você aumenta o número de salas de aula. O investimento será de mais de R$ 112 milhões. [Numeralha titulo_grande=”R$ 112 milhões ” texto=”Média de investimentos a serem destinados à ampliação das escolas” esquerda_direita_centro=”centro”] Qual o orçamento anual da companhia? A Novacap segue com saúde financeira? A Novacap, até o momento, já licitou R$ 900 milhões desde o início da atual gestão. A companhia é uma empresa que não tem receita própria, ela depende de recursos externos, principalmente da Fonte 100. Nossa atual situação financeira é tranquila, e no último balanço apresentamos um resultado favorável. A Novacap lançou recentemente um Programa de Demissão Voluntária [PDV], finalizado na terça-feira (15). Como foi a adesão, e o que se pretendeu com essa medida? O PDV nada mais é do que um programa de qualidade de vida. Nós temos, na Novacap, um quadro grande de pessoal, mais de dois mil funcionários; e, em um momento de incerteza como esse, é sempre comum as pessoas terem seus planos de aposentar, de mudar de vida. Na pandemia, isso se agravou, e por isso lançamos o PDV, para atender essa demanda dos empregados e contemplar aqueles que já estão em idade avançada, que já têm algum tipo de problema de saúde. É um incentivo à aposentadoria. Tivemos uma adesão de cerca de 400 empregados. Inclusive, há poucos dias faleceu um integrante do quadro que havia aderido recentemente ao PDV. Lamentamos e sentiremos profundamente a falta desse colaborador. É importante dizer que seus familiares têm assegurado o recebimento dos beneficiários, o que não seria possível se ele não estivesse inscrito no PDV. Qual a estrutura atual da Novacap, e como é a dinâmica de trabalhos executados pela companhia? A Novacap possui cinco diretorias: uma jurídica, uma administrativa, uma financeira, uma de edificações e uma de urbanização. O trabalho executado pela companhia é dinâmico, afinal de contas, ela foi criada para construir Brasília. Então ela tinha que ter marcenaria, serraria, usina de asfalto, usina de pré-moldados, fazia tudo o que era necessário para as obras. Ao longo do tempo, isso foi sofrendo modificações. Hoje estamos trabalhando em um processo de, seguindo as orientações do governador Ibaneis, aumentar a produção e eficiência da empresa e reduzir custos e prazos de entrega, dando uma resposta mais rápida para a população de um modo geral. Em outras palavras: estamos preparando a Novacap para um processo grande de modernização. Nós queremos que a companhia seja ainda mais nova. Brasília tem que ser sempre nova, ela foi criada para ser uma cidade moderna. Então, compete à Novacap não deixar a peteca cair; nós temos que continuar novos, por meio de obras e zeladoria. Por isso, estamos preocupados em renovar e oxigenar, em criar formas de deixar nossa empresa atenta e conectada. Brasília não pode ficar velha. [Olho texto=” “Estamos preocupados em renovar e oxigenar, em criar formas de deixar nossa empresa atenta e conectada. Brasília não pode ficar velha”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Como será feito esse processo de renovação? O GDF vai atualizar e transformar a Novacap em uma companhia mais ágil e moderna. Isso vai se dar em cima de um tripé: gestão, que estamos modernizando; tecnologia de informação, que estamos implantando e vamos lançar as bases do nosso programa de TI, trazendo a Novacap para o século 21; e pessoas – nós vamos preparar nosso pessoal com treinamentos, capacitações e melhoria de qualidade de vida para empreender esse desafio. É importante a parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) no trabalho de zeladoria do patrimônio público do DF? Essa parceria com a Funap tem uma importância muito grande pelo seu aspecto social. A Novacap, como outros órgãos de governo, tem uma demanda de mão de obra, e, dentro do que permite a lei, a gente procura fazer essa parceria para execução de atividades que traduzam esse processo de reinserção social. Temos, inclusive aqui dentro da companhia, uma fábrica de pré-moldados de concreto onde trabalham 50 reeducandos. Sem contar as atividades externas, como limpeza de bocas de lobo, recolocação de meios-fios, tapa-buraco, conservação de viveiros. É um trabalho social fantástico, além do que é produzido. O que faz com que Novacap consiga resolver com mais agilidade algumas ações que nem sempre podem ser solucionadas em tempo hábil por outros meios? A Novacap tem essa cultura de ter o compromisso com a cidade. Isso aqui dentro é latente; só de andar pelos corredores a gente consegue sentir isso. Aqui as pessoas são dedicadas e têm um amor muito grande pelo DF. É aquela história: a pessoa não está levantando uma parede, ela está fazendo história. O paisagismo das cidades é algo de que a Novacap cuida com muito carinho. Qual a importância desse tipo de serviço para o DF? Só no DF temos mais de cinco milhões de árvores plantadas, e todo ano é necessário cuidar. Só neste ano, vamos plantar cerca de 200 mil mudas, principalmente de ipês. Então a área a ser mantida, gramados, canteiros, praças, é algo grandioso, mas rende um trabalho espetacular. [Olho texto=”“Só neste ano, vamos plantar cerca de 200 mil mudas, principalmente de ipês”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Há uma sintonia muito forte entre os trabalhos da Novacap e o meio ambiente. Como a empresa tem reforçado a preservação das áreas verdes? Isso é prioridade. A companhia tem essa vocação ambiental muito forte, os projetos que são desenvolvidos aqui passam por esse crivo sustentável rigoroso. A manutenção da área verde e dos indicadores de metros quadrados verdes por habitante é um trabalho que faz parte das normas da Novacap. Nos preocupamos permanentemente com isso. Dois grandes programas, o GDF Presente e o Cidade Sempre Viva, têm mudado a cara das 33 regiões administrativas, entregando diariamente uma série de ações para a população. Qual o papel da Novacap nesses programas? A Novacap é a coordenadora do Cidade Sempre Viva, que tem na sua gênese dois fundamentos fantásticos. O primeiro é integrar todos os órgãos do GDF, pois, sem essa integração, há repetição de trabalhos. Com isso, reduzimos custos e otimizamos as tarefas, atendendo melhor a população, pois vamos todos juntos, como um mutirão. O segundo [fundamento] é manter a cidade organizada e limpa de um jeito permanente, e essa também é a filosofia do GDF Presente, que tem um programa de trabalho interessante, organizando e executando uma série de atividades rotineiras. Já o Cidade Sempre Viva possui um horizonte maior, é um programa de zeladoria. O que a Novacap tem feito para preservação do patrimônio público? Há como combater o vandalismo? O combate ao vandalismo passa por uma abordagem ampla, porque ele começa pela falta de educação e de conscientização das pessoas, que precisam ser mais cidadãs. Temos que ter consciência da importância de um banco de praça, uma carteira escolar e tudo mais. Quando o cidadão exerce a cidadania, ele tem essa consciência de não depredar. Segundo ponto: o Estado tem que fazer a parte dele, de conscientizar e fiscalizar – agora, em caso de insistência, tem que haver punição. Já na zeladoria do patrimônio público, nós temos que ter condição de substituir equipamentos quebrados com uma velocidade grande, para não estimular a depredação. Um ambiente limpo e conservado inibe o vandalismo. Outra solução interessante é trabalhar em parceria com grafiteiros, desenvolvendo amplos painéis de obras de arte pela cidade.
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Parque do Tororó recebe melhorias para sua implantação
Parque ganhou placas de informação, duas guaritas novas, iluminação e reforma do cercamento, entre outras benfeitorias | Foto: Renato Alves / Agência Brasília A entrega da primeira etapa das obras de implantação do Parque Ecológico do Tororó, um sonho antigo dos moradores da região do Jardim Botânico, foi realizada sexta sexta-feira (11), Dia Nacional do Cerrado. A partir de agora, os frequentadores da unidade de conservação passam a contar com obras e intervenções como a construção de duas guaritas, iluminação pública, recuperação do cercamento, instalação de dois portões para veículos e dois para pedestres, reparo na ciclovia, pintura do estacionamento e instalação de placas de sinalização. [Olho texto=”“Este é o primeiro equipamento público instalado nessa região desde sua criação, em 2002, e a entrega dessa primeira fase de melhorias é um marco e um incentivo para seguirmos em frente”” assinatura=”Maria José Feitosa, presidente da Associação dos Empreendedores do Tororó” esquerda_direita_centro=”centro”] O secretário de Governo, José Humberto Pires, destacou a importância das ações integradas capitaneadas pelo GDF. “A meta do governo desde o início foi bem clara: preservar o Cerrado, o nosso bioma, e fazer um trabalho que possa atender às comunidades”, destacou. Ele elogiou os programas desenvolvidos pela Secretaria do Meio Ambiente, pelo Instituto Brasília Ambiental e demais órgãos do governo. Também defendeu que o dinheiro público deve ser aplicado em programas como o Parque do Tororó. “A comunidade entendeu ser importante, trabalhou muito por isso e, agora, recebe a primeira etapa de implantação do parque”, acrescentou o secretário. O presidente do Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão, também destacou os bons resultados do trabalho conjunto dos órgãos de governo que está permitindo, de forma decisiva, revitalizar os parques. Veja mais sobre o trabalho do Brasília Ambiental: A presidente da Associação dos Empreendedores do Tororó (Aetor), Maria José Feitosa, também comemorou a conquista. “A ideia é entregar o parque à comunidade, com o plano de manejo aprovado. Este é o primeiro equipamento público instalado nessa região desde sua criação, em 2002, e a entrega dessa primeira fase de melhorias é um marco e um incentivo para seguirmos em frente”, afirmou. Maria José disse também que a presença do Salto do Tororó atrai milhares de visitantes ao parque. Para a comunidade é fundamental proteger as nascentes do córrego Pau de Caixeta e a rica vegetação de Cerrado incluída na área de 322,75 hectares. Participaram do evento o secretário de Relações Institucionais do governo,Vitor Paulo, o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, e o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Cláudio Trinchão, além de voluntários moradores da região. Praticantes de atividade ao ar livre agora têm mais segurança no parque ecológico | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Sarney Filho destacou a importância da preservação de áreas verdes, parque e unidades de conservação. “Quando você implementa um parque, está entregando um espaço de lazer para as famílias e, ao mesmo tempo, protegendo o Cerrado. A comunidade do entorno do parque vai se beneficiar com um espaço de lazer, mas também pelo fato de que os imóveis valorizam pela proximidade de um espaço verde privilegiado”, observou. Dia do Cerrado Sobre o Dia do Cerrado, Sarney Filho citou que se trata do segundo maior bioma da América do Sul, só perdendo para a Amazônia. “O Cerrado é a savana de maior biodiversidade do mundo. E aqui no Brasil ele integra os outros biomas, fornece água para ou outros biomas. A importância de se manter o cerrado vivo é muito grande”, defendeu o secretário. Ainda sobre a proteção do bioma ele lembrou que Brasília recebe mais de 80 mil novos moradores por ano. “Daqui a pouco essa pressão vai ser muito grande e os espaços que vão ficar mais preservados, são esses aqui. E é preciso que a população, que aqui no Tororó não tenho dúvida, assuma cada vez mais essas áreas como patrimônio dela”, alertou. União de forças do GDF garante o sucesso da empreitada | Foto: Renato Alves / Agência Brasília O Parque Ecológico Tororó é o primeiro instalado na região e, desde a sua criação, em 2005, por meio do Decreto nº 25.927, aguardava pela ação do GDF. O local atrai praticantes de ecoturismo que buscam caminhadas, trilhas de média dificuldade e rapel. Contando com 322,75 hectares, tem por objetivo conservar amostras dos ecossistemas naturais, proteger paisagens naturais e incentivar atividades de pesquisa, estudos e monitoramento ambiental. União que faz As obras no Tororó foram realizadas com recursos de compensação ambiental e contaram com a atuação da força-tarefa dos parques que inclui representantes de diversos órgãos do governo. Por exemplo, as secretarias de Governo, do Meio Ambiente, de Obras e de Cidades, o Brasília Ambiental, a Administração Regional do Jardim Botânico, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), o Serviço de Limpeza Urbano (SLU), a Companhia Energética de Brasília (CEB), a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), o Departamento de Trânsito (Detran-DF) e a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania), além de lideranças comunitárias. Dos 73 Parques Ecológicos do DF, 20 deles estão implantados, 12 dois quais reformados pela atual gestão em 2019. O GDF pretende implantar todos até 2022. Cerrado O bioma faz conexões ao Norte, com a Amazônia; ao Nordeste, com a Caatinga; a Sudoeste, com o Pantanal; e a Sudeste, com a Mata Atlântica. Tal integração faz com que importantes relações ecológicas se deem entre ele e os biomas vizinhos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em relação aos recursos hídricos, o Cerrado possui importância estratégica, pois é neles que nascem os rios formadores das seis das principais regiões hidrográficas brasileiras: Parnaíba, Paraná, Paraguai, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Amazônica. Tal potencial hídrico dá o título de “Berço das Águas” ao Cerrado. Até mesmo a Bacia Hidrográfica do Amazonas recebe as águas que brotam no bioma. Importantes atrativos turísticos na região, as águas têm grande influência na economia de vários municípios. A paisagem do Cerrado – com suas cachoeiras, cascatas, cânions, lagos, rios e riachos – é uma atração para visitantes de outras regiões do Brasil e do mundo. É uma beleza incomparável para os que buscam lazer, esportes ou simplesmente um maior contato com a natureza. * Com informações da Secretaria do Meio Ambiente
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Jardim Botânico a caminho da festa do Dia do Cerrado
A Trilha Krahô, com baixo nível de dificuldade, foi escolhida para o passeio, mas com todas as medidas de proteção | Fotos: Divulgação/JBB Que tal comemorar o Dia Nacional do Cerrado – 11 de setembro – fazendo uma verdadeira imersão no bioma? A equipe do Jardim Botânico de Brasília (JBB) preparou uma atividade especial para a data, que exalta a importância da preservação do segundo maior ecossistema brasileiro. Devido à pandemia de Covid-19, a programação será um pouco diferente dos anos anteriores: não haverá nenhum evento no JBB para evitar aglomerações. Mas, como a prática esportiva ao ar livre é recomendada – com uso de máscara e respeito ao distanciamento social –, foi desenvolvido um projeto alternativo para os visitantes. A partir de segunda-feira (8), será possível fazer uma trilha guiada. O guia, porém, não será um dos educadores ambientais da unidade, mas a própria natureza. O percurso escolhido para a iniciativa que celebra o Cerrado foi a Trilha Krahô, que tem 1,8 km de extensão e baixo nível de dificuldade, mas percorre diferentes fitofisionomias do bioma, exibindo diferentes espécies da flora e da fauna. Pontos estratégicos Uma equipe formada por biólogos do JBB identificou pontos estratégicos e marcantes para ajudar as pessoas a concluírem todo o caminho. Além de incentivar a prática esportiva e facilitar a caminhada pela trilha, a meta é provocar as pessoas a observarem detalhes que costumam passar despercebidos, e, a partir dessa reflexão, promover uma nova relação com o meio ambiente e despertar a consciência sobre a importância da preservação do Cerrado. “A nossa proposta é que as pessoas abram os olhos para os elementos da natureza e agucem todos os sentidos do corpo durante essa observação”, explica o biólogo Lucas Miranda, educador ambiental do JBB. “Somos muito acostumados a procurar sinais claramente humanos para nos guiar, mas dessa vez a brincadeira é tentar se guiar pelos detalhes marcantes proporcionados pela própria natureza.” Serão ao todo 11 paradas ao longo da trilha. Pessoas interessadas em participar da atividade poderão pegar o folheto no Centro de Visitantes para ver o mapa, as imagens de cada local e fazer as reflexões propostas pelo JBB. “Definimos 11 pontos em diferentes paisagens e cenários com indescritíveis belezas do Cerrado”, detalha o educador ambiental. “Quanto mais disponível para observação o visitante estiver, mais transformadora será a experiência. Queremos que as pessoas observem ao longo da trilha desde os elementos maiores, como grandes árvores, até os menores, como flores, insetos ou mesmo marcas deixadas por outros animais.” Caminhada reflexiva Entre os elementos de destaque, estão espécies nativas do Cerrado, como o pau-santo (Kielmeyera coriacea), que tem caule grosso e tortuoso. Essas duas características marcantes do bioma são, na verdade, estratégias que a planta desenvolveu ao longo de milhares de anos para sobreviver aos eventos de fogo. O pau-santo (Kielmeyera coriacea) é uma das espécies nativas do Cerrado: caule grosso foi desenvolvido para sobreviver aos eventos do fogo Um tronco caído no meio da trilha também pode ser um importante elemento para a reflexão. “Tudo na natureza faz parte de um ciclo”, atenta a diretora de Vegetação e Flora do JBB, Priscila Rosa. “Ao se desprender de uma árvore, um tronco começa seu processo de decomposição, reaproveitamento de nutrientes e os fungos são parte ativa nessa fase. Eles ainda podem servir de abrigo para insetos e até pequenos animais, como serpentes e roedores”. Outra parada estratégica será a nascente do córrego Cabeça de Veado. “O Cerrado de árvores tortas com raízes profundas facilita a infiltração da água da chuva que aflora formando as nascentes que abastecem córregos e rios”, informa Priscila. “Esse ciclo é de extrema importância, pois, além de filtrar a água, também abastece os reservatórios de onde sai o abastecimento urbano; preserva o bioma garante água limpa na casa de todos os brasileiros”. Cipó “abraça” todo o tronco: árvores tortas e com raízes profundas compõem o bioma Biodiversidade e extinção O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. Considerado uma das maiores áreas naturais mundiais de biodiversidade, o bioma apresenta abundância de espécies endêmicas – que só ocorrem nesse tipo de vegetação –, mas sofre uma excepcional perda de habitat devido à expansão das fronteiras agrícolas. Estima-se que existem mais de 12 mil espécies de plantas no Cerrado, sendo pouco mais de 5 mil endêmicas, ou seja, encontradas apenas no bioma. [Numeralha titulo_grande=”12 mil” texto=”Número estimado de espécies de plantas existentes no Cerrado” esquerda_direita_centro=”centro”] Para o diretor de Gestão Integrada da Biodiversidade e Conscientização Pública do JBB, Estevão Fernandes de Souza, as pressões causadas pelos seres humanos podem contribuir para o desaparecimento de muitas dessas espécies. “Essa perda afeta não apenas as populações de flora e fauna, mas também populações humanas que fazem o uso tradicional de algumas dessas espécies”, ressalta. “A preservação da biodiversidade do Cerrado é, portanto, fundamental, tanto para o futuro do bioma quanto da nossa história.” Orientações para o passeio O uso de máscara é obrigatório durante toda a permanência no JBB. A administração recomenda o uso de roupas leves, sapatos fechados e confortáveis, protetor solar e garrafa para hidratação. “Não tire nada daqui além de fotografias”, reforça Lucas Miranda. “A menor folha seca caída no chão é fundamental para o equilíbrio de todos os processos de vida aqui presentes”. Confira as informações técnicas sobre a Trilha Krahô, escolhida para o passeio. Veja as informações sobre a Semana do Cerrado. Devido à pandemia, os banheiros, bebedouros e restaurantes estão fechados. Consulte as restrições ao programa. * Com informações do JBB
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Comitê acompanhará preservação do Cerrado
Atento à preservação ambiental de um dos seus maiores patrimônios naturais, o Governo do Distrito Federal (GDF) começa a dar as diretrizes de um grupo multissetorial voltado ao fortalecimento do Cerrado. Criado para ajudar na conservação da flora e da fauna locais, o Comitê Distrital da Reserva da Biosfera do Cerrado tem, entre outras funções, a de conservar e recuperar a vegetação nativa do DF, principalmente aquela próxima às áreas urbanas. Nesta semana, o regimento interno desse grupo foi publicado no Diário Oficial do DF. Brasília tem três grandes Núcleos de Reserva da Biosfera do Cerado: a Área de Preservação Ambiental (APA) Gama/Cabeça de Veado, de aproximadamente 25 mil hectares e que está próxima ao Jardim Botânico e ao Lago Sul; o Parque Nacional de Brasília, de 42,4 mil hectares; e a Estação Ecológica Águas Emendadas, com cerca de 10 mil hectares. Todas elas em meio a regiões ocupadas por moradias. Uma das ações do comitê – formado por representantes do governo, da sociedade civil e de instituições de ensino e pesquisa – será, por exemplo, criar um corredor de preservação entre essas áreas, principalmente entre o Parque e as Águas Emendadas, permitindo, inclusive a transição da fauna do Cerrado entre as duas reservas. Sete Reservas Criada pela Lei Distrital n° 742 de 1994, a Reserva da Biosfera do Cerrado trata do bioma existente em regiões do Distrito Federal, de Goiás, de Tocantins, do Maranhão e do Piauí. Ao todo são cerca de 300 mil quilômetros quadrados de área verde. Ao todo são sete Reservas da Biosfera no país: Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Amazônia Central e Serra do Espinhaço. “Com o comitê, estamos nos aliando às sete Reservas da Biosfera que já existem no Brasil e às outras 669 espalhadas em 120 países, sendo 20 delas transfronteiriças (que ultrapassam os limites das fronteiras de um país)”, explica o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho. Ecossistemas O comitê, amplamente participativo, irá atuar também na mediação de conflitos relacionados ao uso e à ocupação das áreas de cerrado – além de tratar de assuntos ligados à conservação da biodiversidade do bioma. Cada Reserva da Biosfera é uma coleção representativa dos ecossistemas característicos da região onde se estabelece. A integração do GDF, da sociedade civil e de instituições de ensino vai possibilitar o desenvolvimento de programas de pesquisas relacionadas o bioma do Cerrado, mobilizando as universidades e trabalhando a consciência de conservação junto à população próxima às áreas de conservação. “Ao invés de o governo trabalhar sozinho, o GDF vai trabalhar em colegiado, o que demonstra a sua preocupação em unir várias instituições batalhando pelas mesmas causas”, avalia o assessor da Secretaria Executiva da Secretaria do Meio Ambiente, Leonel Graça Generoso.
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Brasília Ambiental lança cartaz “Anfíbios do Cerrado”
Como uma das iniciativas em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Brasília Ambiental, por meio da sua Unidade de Educação Ambiental (Educ), e em parceria com o Museu do Cerrado da Universidade de Brasília (UnB), lança nesta sexta-feira (5) o cartaz Anfíbios do Cerrado. A publicação faz parte da Coleção “Eu Amo o Cerrado” e foi produzido a partir de fotos do biólogo e diretor técnico do museu, Bruno Alessandro Augusto Correa. O cartaz mostra 24 espécies e está inserido no programa Eu Amo o Cerrado, que tem como tema inspirador três frases: Conhecer para Preservar; Cuida, quem Ama; e Ama, quem Conhece. “Queremos expor, divulgar, deixar bem disponível as informações sobre a nossa grande biodiversidade. Lembrando que esses sapos, pererecas e rãs fazem parte do nosso meio ambiente e contribuem para seu equilíbrio”, ressalta o coordenador da Educ, Marcus Paredes. Paredes informa ainda que o Cerrado é o segundo maior bioma em diversidade, e é muito próximo à Mata Atlântica, que ocupa a primeira posição. Além de, neste quesito, estar à frente da Amazônia e do Pantanal. Ele ressalta, porém, que o cuidado com esse bioma deve ser grande porque ele é considerado um hot spot, denominação usada para biomas com muita diversidade, porém sob grande ameaça. “Sua fragilidade se dá devido à expansão das fronteiras agrícolas”, explica. Bruno Corrêa conta que os anfíbios ou anuros, como também são chamados, são indicadores da qualidade do ambiente, justamente por estarem ligados ao meio aquático. “Eles dependem desse ambiente desde sua fase larval, como girinos, até a fase adulta para fazer a reprodução, se alimentar, fazer controle hídrico e controle térmico. Se o ambiente tem má qualidade ambiental, há uma redução da quantidade de anfíbios, justamente porque eles precisam de um ambiente estável e de qualidade para viverem”, explica. O biólogo destaca ainda que os anfíbios realizam papel importante de controle dos invertebrados dentro dos ecossistemas. “Cada vez que se mata um sapo pode se estar contribuindo para o aumento da população de mosquitos Aedes Aegypti, por exemplo, ou escorpiões”, exemplifica. No Cerrado existem mais de 200 espécies de anfíbios. “Seria um sonho, que penso realizar, registrar todas elas”, comenta Corrêa, destacando que no Cartaz há uma foto emblemática, que é da Buana Buritis, uma perereca de pijama. Atualmente essa espécie só existe em três locais: em Paracatú (MG), Buritis (MG) de onde recebeu o nome, e em Brasília, na Fazenda Águas Limpas. O biólogo ressalta que os anfíbios do Cerrado não apresentam risco para a saúde humana, ao contrário dos seus primos da Amazônia. Mas não aconselha que as pessoas manipulem os animais, porque isso causa um estresse muito grande para eles. Enfatiza ainda que os anfíbios têm uma diversidade de cores e formas e modos de vida incríveis, e que a fotografia é uma maneira de mostrar a beleza e a importância desses animais. Os anfíbios são o sexto tema da Coleção Eu Amo o Cerrado. Em 2014 foi lançado o primeiro cartaz: Aves do Cerrado. Na sequência, foi lançado Mamíferos do Cerrado e suas Pegadas, Frutos do Cerrado, Árvores do Cerrado e Peixes do Cerrado. Todos os cartazes podem ser acessados em PDF pode ser cessado no https://www.euamocerrado.com.br/#/. * Com informações Brasília Ambiental
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Programa ‘Adasa na Escola’ comemora dez anos
Palestras e apresentações de vídeos fazem parte das atividades do programa, que desperta nas crianças a consciência de preservação ambiental | Foto: Divulgação/Adasa A Agência Reguladora de Águas Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) comemora o programa Adasa na Escola, que completa dez anos com reconhecimento internacional e um saldo de mais de 264 mil estudantes envolvidos nas atividades promovidas pelo projeto. Com palestras e dinâmicas específicas, o programa conscientiza alunos da educação infantil e do ensino fundamental da rede pública e privada de ensino do DF sobre a importância do uso racional da água, do combate ao desperdício, da destinação correta dos resíduos sólidos e da preservação do meio ambiente. O objetivo é formar agentes multiplicadores de práticas sustentáveis. Para isso, o Adasa na Escola também atua na formação de professores, que recebem uma ampla variedade de recursos didático-pedagógicos, como cartilhas, módulos de planos de aula e cadernos de exercícios, para aplicar em sala de aula. O material ainda esclarece sobre o papel da agência na gestão e regulação dos serviços públicos. Atividades diversificadas Entre as ações educativas executadas durante as mais de 500 visitas feitas pelo programa, estão o “escovódromo”, que simula a escovação dos dentes e mostra a quantidade de água desperdiçada durante a ação, e o jogo de tabuleiro, com perguntas e respostas sobre uso racional da água e coleta seletiva. As crianças se divertem e aprendem por meio de brincadeiras, como amarelinha educativa, pescaria ecológica e dominó, que ensinam a forma adequada de separar o lixo reciclável do orgânico. Em seu décimo ano de criação, o programa de educação ambiental traz uma novidade às escolas: o teatro de fantoches. Os bonecos, fabricados de material reciclado, contam histórias sobre o uso consciente dos recursos hídricos e a destinação adequada dos resíduos sólidos. Parcerias Entre os parceiros que fortalecem as ações do programa Adasa na Escola, destacam-se as secretarias de Educação (SEE) e de Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a Caesb e o Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU). Juntos, esses órgãos atuam na capacitação de professores e profissionais de educação, atividades desenvolvidas por meio do curso de gestão sustentável da água e dos resíduos sólidos e do guia Trilhas e caminhos para sustentáveis nas escolas no Distrito Federal. Também há trabalhos elaborados em cooperação com a Universidade de Brasília (UnB), como os programas Pare, Pense e Descarte e Agente Ambiental Mirim. Mascotes Desde seu lançamento, o Adasa na Escola utiliza as figuras dos super-heróis do consumo consciente, que colaboram para a formação dos Guardiões da Água – título que os alunos recebem após fazer o juramento do guardião, com o objetivo de disseminar ações contra a poluição e o desperdício da água. Criados em 2010, os personagens Aqua e Hidro foram os primeiros a receber essa incumbência, e estão presentes nas cartilhas distribuídas às crianças. O segundo mascote do programa foi criado em 2012 e tem o formato de gota. Foi escolhido por meio de um concurso de desenho que envolveu crianças do ensino fundamental de escolas públicas do DF. Outra atração é a mascote Gotita, cujo nome foi definido durante votação em escolas públicas e privadas do DF. Ela está presente em todos os eventos que contam com a participação do Adasa na Escola e em visitas às unidades de ensino. * Com informações da Adasa
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Conheça os animais raros e exclusivos do Zoo de Brasília
Com mais de oito milhões de espécies de animais no mundo, é natural que milhares delas sejam classificadas como raras e/ou em extinção devido aos mais variados fatores de ação humana, naturais e antrópicos. Algumas dessas preciosidades habitam no Zoológico de Brasília e podem ser apreciadas de perto pelos frequentadores. Vamos conhecê-las? Dentro da família de mais de 826 bichos do Zoo de Brasília está a raposa-do-campo, popularmente conhecida como raposinha. O mamífero, que se alimenta principalmente de insetos e pequenos pássaros, sofreu ao longo do tempo com a caça humana e a competição com animais domésticos. Por esses e outros fatores, visitar a espécie numa ida ao Zoo é mais do que especial. Outra preciosidade que mora na instituição socioambiental do DF é o tatu-bola-da-Caatinga, sendo o Zoo de Brasília o único a ter um exemplar em cativeiro no Brasil. De bom olfato, ele costuma cavar buracos no chão com extrema rapidez e, por vezes, se esconde dos frequentadores. Ainda assim, vale um pouco de paciência para registrar o simpático animal nos olhares ou em câmeras fotográficas. Parente do tatu-bola-da-Caatinga, o tatu-canastra que mora em Brasília é o único do país e um dos cinco em todo o mundo em zoológicos. Ele foi resgatado no Tocantins em 2014 e, desde então, encontrou abrigo e conforto no Distrito Federal. No setor dos pequenos primatas está o sauim-de-coleira. O simpático sagui desperta a curiosidade pela sua aparência. De hábito diurno, é fácil encontrá-lo pulando pelas árvores de seu aconchegante lar no zoológico, mas extremamente raro vê-lo fora desse ambiente, uma vez que está criticamente ameaçado. No Brasil, as duas unidades em cativeiro do Adax estão no Zoo da capital. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Embora versátil aos ambientes e de muitas habilidades, o Adax, segundo o Zoológico de Brasília, tem apenas dez exemplares na natureza e seis mil em cativeiro nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, as duas unidades em cativeiro estão no Zoo da capital. Uma das exclusividades de Brasília é a serpente cotiarinha. Menor jararaca do mundo, ela atinge 60cm. Os dois únicos exemplares da espécie em zoológicos encontram-se em Brasília e, atualmente, aguardam a autorização para serem expostas ao público. A cotiarinha é peçonhenta e seu veneno age localmente, diferentemente de outras espécies como a cascavel, com ação sistêmica. “Elas ainda não estão em exposição por conta do tamanho”, explica Carlos Eduardo Nóbrega, diretor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do Zoológico de Brasília. No espaço das aves, outro tesouro: a tiriba-de-pfrimer. Endêmica do cerrado, ela está ameaçada devido à perda de habitat. “É uma espécie colorida que chama a atenção. Ela ocorre mais em matas secas e afloramentos rochosos”, explica Wesley Batista, assistente de plantel na diretoria de aves do Zoo. Há quatro exemplares dela na unidade de Brasília. “Temos duas espécies de tatu com exclusividade no Zoológico de Brasília, que é o tatu-canastra e o tatu-bola-da-Caatinga. O público pode conferir aqui no local”, explica Thiago Marques, supervisor de manejo do Zoológico. “Temos duas espécies de tatu com exclusividade no Zoológico, o tatu-canastra e o tatu-bola-da-Caatinga”, diz Thiago Marques, supervisor de Manejo. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Luta contra a extinção Responsável por executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e fomentar e executar programas de pesquisa, proteção e conservação da biodiversidade, o Instituto Chico Mendes (ICMBio) realiza a avaliação nacional do risco de extinção da fauna brasileira. Os estudos estão disponibilizados no site do Instituto, que aponta: “a perda e degradação do habitat, principalmente decorrente da expansão agrícola e urbana e da instalação de grandes empreendimentos, como hidrelétricas, portos e mineração, é a mais importante ameaça para as espécies continentais”. O tempo de geração, a área de ocorrência, a maturidade sexual e outras atividades humanas também são consideradas fatores de extinção. O Zoológico de Brasília faz a sua parte na conservação da fauna ao participar de programas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas. A prioridade é atender às recomendações feitas por especialistas, os chamados Studbook Keepers. Esses profissionais organizam a população de espécies ameaçadas no Brasil e no mundo e, de acordo com dados genéticos importantes, afirmam qual indivíduo pode reproduzir e com quem. Tudo isso para garantir que a população mantida sob cuidados humanos seja saudável geneticamente e que contribua, no futuro, para o reforço das populações em vida livre. No caso do DF, a reprodução da serpente cotiarinha é um dos exemplos de trabalho dos especialistas. “No Zoo de Brasília, já houve registros de reprodução envolvendo a cotiarinha, apesar de ser uma espécie que ainda não participa de nenhum programa de conservação. A expectativa é que a cotiarinha possa integrar algum plano de ação nacional para a conservação de sua espécie”, acrescenta Carlos Eduardo Nóbrega. Dentro da área de 139,7 hectares do Zoológico moram os mais de 826 animais. São mais de 185 espécies de aves, répteis e mamíferos. Também pertence ao Zoo uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), conhecido como Santuário de Vida Silvestre, somando 440 hectares, limitando-se ao Aeroporto Internacional JK e à Vila Telebrasília. Todo esse complexo é administrado pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília. Serviço: Para conhecer esses e todos os outros animais do Zoológico de Brasília basta ir ao local, na Avenida das Nações (L4 Sul). O espaço fica aberto para visitação de terça-feira a domingo, de 8h30 às 17h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira). Crianças de 6 a 12 anos, estudantes, idosos (acima de 60 anos), professores e beneficiários de programas sociais do governo pagam meia-entrada. Menores de 5 anos, pessoas com deficiência e seu acompanhante (se necessário) têm direito à gratuidade. O ingresso é pago somente em dinheiro e a entrada com bebidas e alimentos é permitida, com exceção de bebidas alcoólicas e recipientes de vidro.
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Lançado edital para recuperação de áreas degradadas
O Governo do Distrito Federal deu mais um passo rumo à proteção e preservação de áreas verdes no Setor Habitacional Vicente Pires. Foi lançado o edital para elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) e para o desenvolvimento de estudo para obras de estabilização do córrego Samambaia. A licitação será no dia 25. “A degradação na região iniciou-se com a forma de ocupação sem planejamento, sem preocupação com as Áreas de Preservação Permanente [APP]”, explica o secretário de Obras, Izidio Santos Junior. “Desde então, pouco foi feito. Com essa iniciativa, esta gestão se antecipa na busca de soluções mais apropriadas para atender aos moradores, além de proteger e preservar o meio ambiente local.” Córrego Samambaia: obras para estabilização da área que sofre com degradação, fazem parte das metas prioritárias do GDF | Foto: Lucio Bernardo Jr / Agência Brasília Prioridade do GDF A questão da degradação, principalmente ao longo do córrego Samambaia e afluentes, tornou-se prioridade do atual governo após alertas das empresas que trabalham nos serviços de infraestrutura em Vicente Pires e análise técnica feita pelos funcionários da Secretaria de Obras (SO). “Algumas pessoas chegaram a perder casas e outras podem vir a ter problemas estruturais”, adverte Diego Guerra, técnico da Subsecretaria de Acompanhamento Ambiental e Políticas de Saneamento. De acordo com o técnico, mesmo com a conclusão das obras de infraestrutura de Vicente Pires previstas para 2020, é inegável a necessidade de ações complementares para recuperação das áreas degradadas do setor habitacional, principalmente em setores localizados próximos ao córrego Samambaia. “Essa é uma demanda antiga da população”, diz. “Os primeiros estudos de impacto ambiental da região datam de 2009 e foram encomendados pela associação de moradores da região. O avanço nessas ações de recuperação vai trazer tranquilidade aos membros da comunidade.” Licitação / Plano de recuperação de áreas degradadas de Vicente Pires Data de abertura: 25/11, às 10h Retirada do edital e anexos: seção Licitações/Compras/Serviços da página www.terracap.df.gov.br. * Com informações da Secretaria de Obras e Infraestrutura
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SARNEY FILHO – “O interesse da sociedade deve se sobrepor aos direitos individuais.”
Entrevista com o secretário de Meio Ambiente, José Sarney Filho. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Sarney Filho, o novo secretário de Meio Ambiente, tem se dedicado ao longo da vida às questões ambientais. Foi ministro do Meio Ambiente por mais de uma vez, autor da Lei Complementar nº140 de 2012, que regulou a participação dos estados na questão ambiental e, agora, assume o desafio de cuidar e preservar o cerrado, que abriga a capital da República. Em entrevista à Agência Brasília, ele diz que está focado no combate às invasões de áreas de preservação ambiental e conta com a participação social para isto. “Criamos, no início do ano, a Escola Superior do Cerrado, no Jardim Botânico, com o objetivo de formar profissionais especialistas em preservação ambiental e promover a conservação das espécies nativas”, detalha. Sarney Filho ainda destaca o empenho do governo em revitalizar os parques urbanos com o SOS Parques. Fala sobre projetos em parceria com os produtores rurais para preservar as bacias do Paranoá e Descoberto e destaca a necessidade de desburocratização da administração pública para assegurar mais investimento para o DF. “Temos processos com mais de quatro anos tramitando e o empreendedor não sabe como está, perde os financiamentos e tem muito prejuízo. Às vezes, tá certo, não dá para atender a demanda. Mas, muitas vezes, ela só não é atendida porque a burocracia é muito grande. Precisamos acabar com isto”. Por que o governo resolveu priorizar os parques urbanos logo nos primeiros meses do ano? Os brasilienses têm nos parques o seu destino de lazer. Hoje, esse uso está cada vez mais comum para cuidar da saúde. A população faz caminhadas, corridas e nossa primeira preocupação é dar conforto a essas pessoas. Ou seja, melhorar as condições dos parques. Todos estavam em diferentes estágios de abandono. Decidimos criar o SOS Parques e começamos as ações de revitalização pelos parques das regiões administrativas com maior registro de frequência. Começamos pelo Saburo Onoyama, que já foi entregue. Lá, fizemos uma série de ações começando pela poda de árvores, recuperação de ciclovias, banheiros, bebedouros, quadras esportivas e iluminação. Depois, fomos para o Parque de Águas Claras, onde os serviços estão sendo concluídos. O Parque do Cortado (Taguatinga) e o Parque do Guará serão entregues ao longo deste mês. A gente vê que a população está satisfeita e a nossa ideia é levar, até o fim do ano, o programa para todos os 18 parques implantados. [Olho texto=”Decidimos criar o SOS Parques e começamos as ações de revitalização pelos parques com maior registro de frequência. Começamos pelo Saburo Onoyama, que já foi entregue. Lá, fizemos uma série de ações começando pela poda de árvores, recuperação de ciclovias, banheiros, bebedouros, quadras esportivas e iluminação. ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quantos parques urbanos existem no DF? É importante frisar que, neste ano, vamos tirar do papel mais 17 parques. Isto significa cercar, elaborar o plano de manejo e o de uso, iluminação, melhorias para a população. Não vamos entregar só um terreno cercado, não. Vamos entregar um parque urbano para ser utilizado pela população. Mas é claro que, se houver áreas de preservação de nascentes e ecossistemas raros do cerrado, vamos manter. Todos esses 17 novos pontos são parques já criados por lei, mas que ainda não foram implementados. No DF, hoje, temos 75 parques criados. Desses, apenas 18 estão implementados. Ao final deste ano, vamos chegar à marca de 35 entregues à população. Como o governo está trabalhando para impedir e prevenir as ocupações irregulares nas áreas de parques? Estamos alinhados com a política do governo. O que tiver de invasão nova será imediatamente combatida com vigor. Agora, há muitos casos de parques, inclusive alguns instalados, com invasões históricas, chácaras, com mais de 40 anos de residência. Nesses casos, teremos de ter uma participação do Ministério Público e da sociedade para debatermos como proceder. Acho que aqueles já consolidados e que não atingem áreas de nascentes, nem de grande interesse ambiental, terão de ser discutidos na Justiça porque são passíveis de um realinhamento. Mas há outros casos que, infelizmente, não têm a menor condição e terão de ser desocupados. O governo já estabeleceu, dentre as estratégias de combate à grilagem, a priorização das áreas de alto interesse ambiental. Ou seja, os parques estão dentro dessas áreas e são prioridade no combate às invasões. [Olho texto=”O governo já estabeleceu, dentre as estratégias de combate à grilagem, a priorização das áreas de alto interesse ambiental. Os parques estão dentro dessas áreas e são prioridade no combate às invasões.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A legislação ambiental é eficiente no sentido de combater essas invasões e na preservação ambiental? Temos uma legislação muito boa, tanto a nacional como a distrital. É uma legislação que dá instrumentos para que a gente possa ter uma política de desenvolvimento sustentável. O que estamos fazendo é utilizar a tecnologia para simplificar procedimentos, no que diz respeito a licenciamentos e, também, para a emissão de multas. Com isto, vamos diminuir os prazos para licenciamento, para que possamos aprovar ou negar as licenças. Porque hoje temos processos com mais de quatro anos tramitando e o empreendedor não sabe como está, perde os financiamentos e tem muito prejuízo. Às vezes, tá certo, não dá para atender a demanda. Mas muitas vezes, ela só não é atendida porque a burocracia é muito grande. Precisamos acabar com isto. E, então, o foco é desburocratização? Sim, claro. Por exemplo, na área rural, não tem sentido mais a gente ir em loco fazer averiguação se tem danos à reserva legal, se está respeitando ou não a área de preservação permanente. Hoje, isso tudo é georeferenciado. Então, basta que o produtor tenha feito o cadastro ambiental, que informa tudo isto. Se tiver tudo bem, por adesão e compromisso, o produtor já sai com todas as autorizações para plantio sem precisar de muita burocracia. Por isto, vamos seguir nessa linha de desburocratizar sem flexibilizar. Não vamos abrir mão do princípio de que o interesse da sociedade e os direitos difusos se sobreponham aos direitos individuais. Como o governo trabalha para conscientizar os produtores rurais da necessidade de promover ações voltadas à preservação ambiental? Por exemplo, o produtor rural aqui no cerrado central pode desmatar até 80% da propriedade para plantio. Se nesse espaço tiver nascentes, ele é obrigado por lei a proteger essas nascentes. Isto não deixa de ser um ônus para o produtor, principalmente o pequeno proprietário, porque os maiores têm como financiar isto com mais facilidade. Desde que chegamos aqui estamos intensificando o programa de pagamento por serviços ambientais: o Projeto Produtor de Água. Assinamos um acordo que envolve a Agência Nacional das Águas (ANA), Caesb, Saneago e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Goiás para financiar a iniciativa, que já tem um piloto na bacia do Ribeirão Pipiripau. Na prática, ele viabiliza o pagamento de um valor ao ano, algo em torno de R$ 200,00 por hectare, para aquele produtor que preserva e não desmata área de nascentes, que estão em sua propriedade. O GDF tem estimulado novas práticas agrícolas, que impactam menos no meio ambiente? Outro projeto que estamos tocando aqui é a implantação de sistemas agroflorestais mecanizados, tratores e podadores adaptados. A Agrofloresta é algo relativamente novo que usa a dinâmica da floresta para fazer o plantio de espécie nativas com culturas agrícolas. O interessante é que essa prática mantém e recupera grandes áreas degradadas, preservando nascentes e o Cerrado. Nossa meta é implantar num primeiro momento, em projeto-piloto, pelo menos 20 hectares de sistemas agroflorestais mecanizados em propriedades nas bacias do Paranoá e Descoberto. E a população urbana? Existem ações específicas de estímulo à participação social no controle e preservação ambiental? Sim. Temos pensado nisso, queremos implantar nos parques os sistemas de fiscalização por câmeras para que a população possa ajudar nesse controle. O Ibram já tem os recursos provenientes de compensação ambiental para isto. Também criamos no início do ano, a Escola Superior do Cerrado, no Jardim Botânico, com o objetivo de formar profissionais especialistas em preservação ambiental e promover a conservação das espécies nativas. Neste início de ano, o governador Ibaneis sancionou a Lei nº 6.269, que trata do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). Qual a importância dessa legislação para o DF? O ZEE é um instrumento estratégico para o planejamento do desenvolvimento de qualquer cidade. Ele aponta claramente quais áreas podem servir para indústria, áreas que são exclusivas para preservação, apontam os locais onde podem construir habitações, onde não pode. É uma lei que regula todos esses aspectos. Ela é importantíssima porque facilita o dia a dia. Se pegar a Lei de Uso do Solo (LUOS) e o Zoneamento (ZEE) e fizer uma junção das duas, o empresário já sabe onde pode e vai conseguir a liberação para o seu negócio. Onde ele terá problemas, onde não. Ou seja, é um instrumento de planejamento. E facilita para o governo, na questão da liberação dos licenciamentos. Qual a intenção do governo em relação ao Hospital Veterinário? Está prevista a ampliação dos serviços? O governador Ibaneis determinou a criação de mais uma unidade. Estamos tentando viabilizar, tecnicamente, com a maior brevidade possível. Em épocas de crise financeira, o governo tem de ser criativo. Por isto, já procurei o reitor do Uniceub, que possui um curso de veterinária. Disse que temos o espaço, ao lado do atual Hospital Veterinário, e ficamos de dar continuidade nessa parceria. Outra faculdade já demonstrou interesse. Acredito que vamos conseguir, em breve, anunciar à população a ampliação dos serviços. Estamos enfrentando fortes chuvas, mas quem é de Brasília não esquece que a temporada de seca castiga muito, principalmente em função das queimadas. Como a Sema se prepara para enfrentar essa situação? Já fizemos três reuniões com Corpo de Bombeiros e Prevfogo (programa de prevenção do Ibama) para tomarmos as precauções necessárias. Na próxima semana, começamos a capacitação dos brigadistas. Quero assegurar que a gente mantenha o mesmo número de brigadistas do ano passado, mas vamos lutar por mais equipes porque esse ano choveu bastante. As árvores, o mato, tudo cresceu mais, temos mais folhas… todo esse material vai secar e virar combustível para as queimadas. Precisamos focar na prevenção e em campanhas publicitárias para envolver a população. No mês passado, iniciamos as blitzes educativas, no Park Way, alertando a população sobre os perigos de queimar lixo, descarte de materiais inflamáveis. O próximo local é Brazlândia. Nosso cronograma é passar por, pelo menos, oito comunidades próximas a regiões onde são mais comuns os incêndios florestais como a Flona, Parque Nacional, Jardim Botânico, Boca da Mata. Outra medida que vamos tomar é fazer o acero em todos os nossos parques, que têm limites com rodovias e estradas de grande circulação. [Olho texto=”Na próxima semana, começamos a capacitação dos brigadistas. As árvores, o mato, tudo cresceu mais, temos mais folhas… todo esse material vai secar e virar combustível para as queimadas. Precisamos focar na prevenção e em campanhas publicitárias para envolver a população.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Brasília produz quase cinco toneladas de lixo por dia. O novo aterro de Samambaia está preparado para tratar esse volume todo? Para o Aterro Sanitário de Samambaia, temos recursos internacionais para fazer uma avaliação e a remediação. Ou seja, avaliação que é o diagnóstico da situação atual. O que temos hoje, o potencial de metano, o que é lixo descartável, o que reciclável e o que não é. E, também, a remediação que é o apontamento de caminhos para reparar. Estruturalmente, sabemos que o novo aterro tem problemas, porque já nasceu velho e a vida útil dele está em torno de mais oito anos. O que é muito pouco. Por isto, estamos pensando em abrir uma discussão ampla com a população, empresários e a academia sobre novas possibilidades. Uma coisa que a gente verifica e que tem de ser feita, com urgência, é a reformulação da lei nacional dos resíduos sólidos. Por quê? Porque ela tem um foco ainda grande em aterros sanitários. Hoje em dia, a incineração de lixo não é mais um problema, há filtros eficientes. Alguns países na Europa já zeraram os aterros sanitários e optaram por incinerar o lixo, gerando energia dessa incineração. Outra vantagem? É uma operação menos poluente e mais barata. Para Brasília, talvez fosse melhor a gente aproveitar os catadores para fazer a seletividade do lixo e aquilo que for menos poluente, a gente incinera. Mas estamos estudando. Não dá para ficar do jeito que está. Para você ter uma ideia, o nosso aterro custou cerca de R$ 30 milhões e a manutenção custa, ao ano, entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões! Existe a possibilidade de adotar esse novo modelo de incineração do lixo aprovando uma regulamentação em âmbito distrital? Estamos fazendo estudos sobre isto. No Brasil, só São Paulo possui uma legislação específica. Mesmo assim está sendo questionada por inconstitucionalidade. É um problema que temos de enfrentar. Temos técnicos avaliando essa possibilidade. se não for possível, a gente vai buscar o Congresso Nacional para ajudar a construir esse caminho. Precisamos antever o futuro. Até porque, daqui a alguns anos, vai faltar espaço para construção de aterros.
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Paco Britto ressalta importância das parcerias durante evento no Tororó
O vice-governador Paco Britto participou na manhã deste sábado (6) de um café da manhã de lançamento das obras de implantação do Parque Ecológico Tororó. Estavam presentes o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) , Edson Duarte, o secretário do Meio Ambiente Sarney Filho, a representante da Associação dos Empreendedores do Tororó, Maria José Feitosa, a deputada distrital Jaqueline Silva, o secretário-executivo de Cidades, Gustavo Aires, administradores regionais de São Sebastião, Jardim Botânico e Santa Maria, além de cerca de 200 convidados, entre autoridades, lideranças comunitárias, empresários e investidores. Durante a solenidade, Paco Britto recebeu dos representantes do Ibram e da Associação dos Empreendedores do Tororó documentos contendo reivindicações feitas pela sociedade local, solicitando recursos do Governo do Distrito Federal (GDF) para atender às demandas da região, como a duplicação da rodovia DF-140 e o asfaltamento de vias públicas. O vice-governador ressaltou a importância das parcerias e destacou que o governo “está presente” “e de portas abertas” para a comunidade. “O Ibram é de toda população do Distrito Federal. Ele vem para destravar tudo o que estava travado nesses últimos 12 anos”, frisou. De acordo com Edson Duarte, as obras terão início na próxima semana. “O plano de manejo está em execução”, garantiu. Mananciais Paco Britto falou ainda sobre a importância da preservação dos mananciais. “Nós temos obrigação com o bem mais precioso do planeta: a água”, disse, referindo-se aos cuidados do governo com a preservação ambiental. Atualmente, existem 18 parques no DF e o governo deverá implantar mais 17 neste ano. Para o do Tororó, serão disponibilizadas câmeras de vigilância, dentre outros benefícios. O secretário Sarney Filho ressaltou que Brasília tem uma relação estreita com a natureza. “Não se faz desenvolvimento sustentável se não houver a participação da sociedade”, ponderou. A implantação do parque contará com recursos de compensação ambiental da ordem de R$ 2 milhões que serão investidos em iluminação, guaritas, sanitários e sinalização que garantirão a implementação do parque. História O Parque Ecológico do Tororó foi criado em 2003 pelo então governador Joaquim Roriz, e há muitos anos é aguardado pela população da região de mais de 15 mil habitantes. Por ser um santuário ecológico, tem recebido atenção especial do GDF.
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GDF faz parceria para preservar córregos que abastecem os lagos
A região da Serrinha do Paranoá é totalmente preservada. A área ainda é rural, a água dos córregos é limpa e não há sinais de assoreamento nem erosão. Fotos: Lúcio Bernardo Junior / Agência Brasília Produtores rurais que vivem nas regiões da Serrinha do Paranoá, no Lago Norte, na ARIE1 da Granja do Ipê, na área do Riacho Fundo, e no Alto Descoberto, em Brazlândia, serão apresentados a uma nova forma de produção que garante a proteção dos córregos que abastecem os dois grandes lagos do Distrito Federal: o lago Paranoá e o reservatório do Descoberto. A ideia é implementar um conjunto de boas práticas e treinar os agricultores para usar o Sistema Agroflorestal (SAF) um método de produção que permite plantar sem a necessidade de desmatar a vegetação nativa. A iniciativa faz parte de um projeto do Global Environmental Facility (GEF) para Cidades Sustentáveis, um fundo gerido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenado localmente pela Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema). O GEF Cidades Sustentáveis, como é chamado, é a prioridade do governador Ibaneis Rocha para a área ambiental nos próximos quatro anos. A agrofloresta é um sistema de plantio de alimentos sustentável e capaz de promover a recuperação de uma floresta. São formas de usar e manejar a terra que combinam, de forma simultânea ou sequencial, o plantio de árvores com cultivos agrícolas e até a criação de animais. Como piloto, a Sema pretende treinar, com uso de máquinas, 40 produtores rurais das duas regiões e, assim, garantir a qualidade e a quantidade dos córregos que deságuam no lago Paranoá e no Descoberto. “Esses córregos mantêm nossos lagos de abastecimento público cheios”, explica a subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Alessandra Péres. [Olho texto=”“A agrofloresta é muito mais amigável do ponto de vista da proteção do solo, de proteção da vegetação e particularmente na manutenção da infiltração de água e dos afluentes desses dois grandes mananciais de abastecimento do DF ” assinatura=”Alessandra Péres, subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema” esquerda_direita_centro=”direita”] Captação De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb), cerca de 60% da população do DF é atendida pelo sistema do Descoberto e 7%, pelo sistema de captação do lago Paranoá. Mas já existem estudos em curso da companhia para aumentar a captação de água do Paranoá. O trabalho vai começar pela região da Serrinha do Paranoá, que reúne dez núcleos rurais em uma área que vai da ponte do Bragueto até o Paranoá. Neste sábado (16), a Sema promoverá, na Administração do Lago Norte, uma oficina de sensibilização para os agricultores que vivem no local. O evento deverá reunir cerca de 100 produtores. Caso sejam selecionados para participar do programa, eles terão direito ao diagnóstico da propriedade, com capacitação e implantação das áreas de agroflorestais. O objetivo do GEF Cidades Sustentáveis na Serrinha do Paranoá é garantir a preservação dos córregos Urubu, Gerivá, Palha, Taquari, Tamanduá e Capoeira do Bálsamo, que deságuam no Paranoá. A região fazia parte do cinturão verde do DF – concebido por Lúcio Costa para abastecer a capital com produção local –, mas sofre com a pressão urbana. Há anos a Administração do Lago Norte, outros órgãos do GDF e lideranças comunitárias tentam evitar o parcelamento do solo e o adensamento populacional. Esse esforço vem se mostrando bem-sucedido. A região é totalmente preservada. A área ainda é rural, a água dos córregos é limpa e não há sinais de assoreamento nem erosão. “Se a gente não tivesse preservado essa área, estaria tudo ocupado”, explica Nilton Lavoyer, 78 anos, dono de uma chácara de quatro hectares no Núcleo Rural do Urubu. Em sua propriedade, a Área de Proteção Permanente (APP) em volta do córrego é cercada e tem vegetação nativa. Ele cria abelhas e produz limão, goiaba, jabuticabas e manga, tudo para consumo próprio. “Tenho essa terra desde 1985, mas mantenho isso aqui para preservar e ter sossego”, conta. Nilton Lavoyer, dono de uma chácara no Núcleo Rural do Urubu: “Se a gente não tivesse preservado essa área, estaria tudo ocupado” O engenheiro agrônomo Vitor Ramos Simões, 34 anos, é candidato a receber as ações do projeto na propriedade da família, de 27 hectares, e já separou uma área dentro da chácara onde pretende testar a agroindústria. “Essa região é a mais importante para a recarga do lago Paranoá. Tenho orgulho em falar que minha chácara é totalmente preservada. Já vi lobo-guará, veado- campeiro e tatu por aqui”, afirma. Cidades sustentáveis Brasília e Recife foram escolhidas para piloto do projeto GEF Cidades, que pretende desenvolver soluções tecnológicas, de produção e compartilhamento de conhecimento para transformar as duas capitais nas duas primeiras cidades sustentáveis do Brasil. O programa prevê estudos estratégicos para subsidiar melhor as ações da gestão pública e iniciativas piloto – a experimentação de novas ideias que podem ser ampliadas no futuro. No DF, esse projeto também prevê estudos sobre a recuperação da área do Lixão da Estrutural, a elaboração de pesquisas que analisem os impactos das mudanças climáticas no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), a elaboração de planos de adaptação e mitigação dos impactos, além da implantação do Fórum de Mudanças Climáticas do DF. Usinas solares em prédios públicos também serão testadas, havendo a previsão de recuperar 60 hectares de APPs de nascentes (50 metros em torno da nascente).
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