TCB se reinventa e assume papel estratégico ao investir na mobilidade, saúde e educação
A Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) tem passado por uma verdadeira transformação nos últimos anos. De uma estrutura reduzida à beira da extinção, a TCB, sob gestão deste Governo do Distrito Federal (GDF), passou a liderar iniciativas estratégicas de mobilidade urbana, integrando tecnologia, inclusão social e novos modelos de gestão em áreas como educação e saúde. Em 2019, a TCB enfrentava um cenário crítico, operando com estrutura mínima, sem orçamento adequado, com poucos funcionários e ameaçada por uma lei que previa sua extinção. A empresa, historicamente ligada ao transporte público do DF, foi resgatada pelo governador Ibaneis Rocha. O chefe do Executivo promoveu uma reestruturação que incluiu novos cargos e recursos, possibilitando à empresa assumir novos papéis. O programa Transporte Escolar atende cerca de 70 mil alunos por dia | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Atualmente, a empresa gere programas como o Transporte Escolar — que atende cerca de 70 mil alunos por dia — e o DF Acessível — com transporte porta a porta para pessoas com deficiência severa —, e trabalha para lançar o TCB Hemodiálise. Além disso, a TCB assumiu a gestão do monitoramento do sistema de transporte do DF, com previsão de lançar um aplicativo para informar horários de ônibus em tempo real. Em pouco tempo, a TCB receberá 167 ônibus escolares, os chamados “amarelinhos”, com a inclusão de mais 13 novos, da Secretaria de Educação, e outros 52 veículos devem ser incorporados em breve. No programa DF Acessível, 35 vans já estão em operação, atendendo cerca de três mil pessoas por mês. Em breve, mais 19 vans serão incorporadas à frota destinada ao transporte de pacientes com doença renal crônica que necessitam de hemodiálise. Além disso, há uma licitação em andamento para a aquisição de mais 50 vans para atendimento dos programas da TCB, como o Super Escolar em parceria com a SEE-DF. “A empresa estava abandonada e pouco a pouco fomos implementando medidas para que ela se tornasse útil para a população” Governador Ibaneis Rocha “Esse trabalho de resgate da TCB, que completará 64 anos em 2025, mostra que quando se tem vontade e se trabalha é possível fazer as coisas darem certo no Distrito Federal. A empresa estava abandonada e pouco a pouco fomos implementando medidas para que ela se tornasse útil para a população, como tem sido com o DF Acessível, com o transporte das nossas crianças da rede pública de ensino, e com a implantação de tecnologia no sistema de transporte. Essas e outras ações têm transformado a TCB, e assim vamos continuar, dando relevância ao trabalho desta empresa”, destacou o governador Ibaneis Rocha. Thiago Nascimento: “A filosofia da nova TCB é a de uma empresa que apresenta soluções de mobilidade para o governo” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A filosofia da nova TCB é a de uma empresa que apresenta soluções de mobilidade para o governo. Ela viveu tempos de falta de orçamento, de pessoal, de não enxergar essa empresa pública, porque ela tinha o potencial de entregar para a sociedade do DF aquilo que ela foi construída em mais de 60 anos de história. A TCB sempre foi uma empresa que olhava para o transporte de uma maneira diferente. Ela não só transportava, mas fazia testes, pesquisas, e agora resgatou isso”, afirmou o diretor técnico da TCB, Thiago Nascimento. DF Acessível Um dos principais ativos da TCB é o programa DF Acessível, que tem garantido mais segurança, conforto e economia para cerca de 2 mil pessoas com mobilidade reduzida severa. Criada em 2021, a iniciativa oferece transporte gratuito porta a porta para pacientes cadastrados no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e seus acompanhantes, com destino a consultas, terapias e demais serviços de saúde — públicos ou particulares. 35 Número de vans que circulam no projeto DF Acessível Atualmente, o serviço conta com 35 vans, que circulam por todas as regiões administrativas e transportam de dois a quatro passageiros por viagem. Para utilizar o serviço, é necessário que a pessoa com deficiência esteja devidamente cadastrada e aprovada no CadPcD. O agendamento das viagens deve ser feito pelo site Agenda DF. Outras informações estão disponíveis nos portais da TCB e da Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD). Novidades A partir deste ano, o DF Acessível passa a incluir também o atendimento a pacientes com doença renal crônica (DRC) que necessitam de terapia renal substitutiva (TRS). Essa nova modalidade, chamada DF Acessível – TCB Hemodiálise, será operada pela TCB em parceria com a Secretaria de Saúde, garantindo o deslocamento dos usuários para sessões de hemodiálise no Complexo Regulador em Saúde ou em unidades conveniadas. A elaboração do programa está em fase final e o lançamento deve ser feito nos próximos meses. “Já adquirimos 19 novas vans para esse programa, que vai funcionar de segunda a sábado, em três turnos. É um transporte especial, porque os pacientes precisam fazer o tratamento três vezes por semana. A secretaria financiou a compra dos veículos e também vai bancar a operação, enquanto a TCB faz a gestão do serviço”, explica Thiago Nascimento. A TCB tem estreitado parcerias com secretarias como as de Educação e a de Saúde | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Outro programa que está sendo estruturado é o Superescolar, voltado para crianças com deficiência física. “Já desenhamos o projeto e informamos a Secretaria de Educação sobre os custos. A proposta é oferecer um transporte mais qualificado e adaptado para esse público”, anuncia. Além desses, a TCB tem ampliado as parcerias com outras secretarias. Atualmente ela trabalha num termo de cooperação com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) para transporte em eventos, e também com as secretarias de Esporte e Lazer (SEL-DF) e de Educação (SEEDF) para apoiar os Jogos Mundiais da Juventude, por exemplo. Transporte escolar No transporte escolar, a TCB conta atualmente com uma frota que ultrapassa mil ônibus. Recentemente, a empresa recebeu 167 veículos da Secretaria de Educação, conhecidos como “amarelinhos”, com a previsão de chegar a mais 13 unidades. A expectativa é ultrapassar os 1.200 ônibus em operação para o transporte de cerca de 70 mil alunos por dia. Segundo a empresa, mais de 50% dos veículos foram adquiridos nos últimos três anos, o que torna o DF o estado com a frota escolar mais nova do Brasil. “Hoje somos uma empresa de soluções em mobilidade para o Governo do Distrito Federal, e isso inclui esses novos programas”, detalha Nascimento. Monitoramento A TCB foi designada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) para coordenar, por 12 meses prorrogáveis, o Centro de Controle Operacional (CCO) do transporte público do DF, conforme publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O CCO é uma ferramenta tecnológica que permite o monitoramento em tempo real da operação dos ônibus, fornecendo dados estratégicos para melhorar a fiscalização e a tomada de decisões pela Semob-DF. Segundo o diretor técnico da TCB, a empresa passou por um processo de reinvenção nos últimos anos, após um período que ameaçava sua existência. “Isso ocorreu por causa de uma lei antiga, de 2001, que previa a extinção da empresa. Até então, a TCB ainda operava o transporte público coletivo com cinco linhas regulares e uma linha noturna, o Corujão. Mas a empresa estava esquecida, com poucas funções e pouca estrutura”, lembra Nascimento. Ele explica que essa situação começou a mudar com o início do governo Ibaneis Rocha. “Foi a primeira vez, em muitos anos, que um governador voltou a olhar para a TCB, e não foi apenas um olhar simbólico. Houve uma decisão concreta de reaproveitar o potencial da empresa. A primeira medida foi a delegação escolar e, a partir daí, a empresa passou a desenhar novos programas”, afirma. Um dos mais emblemáticos, segundo o diretor, é o DF Acessível, voltado para transporte de pessoas com deficiência física severa. “É um serviço porta a porta, em que buscamos o passageiro em casa e levamos até a unidade onde ele realiza seu tratamento. Hoje operamos esse programa com 35 vans e atendemos cerca de 3 mil pessoas por mês. A expectativa é dobrar essa frota nos próximos dois anos, com a aquisição de mais 30 veículos”.
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GDF investe em oportunidades de emprego para pessoas com deficiência
Cuidar da população é assistir e prestar serviços em todas as áreas. Mais do que isso, um governo deve promover oportunidades independentemente do público. No Distrito Federal, as pessoas com deficiência (PcDs) têm apoio do Governo do Distrito Federal em áreas essenciais, da mobilidade ao emprego e também no esporte. A Agência Brasília apresenta, a seguir, alguns relatos que fazem parte da série de reportagens Esta é a Nossa História, com o objetivo de levar o cidadão a conhecer como os projetos do governo mudaram a realidade das pessoas nestes últimos seis anos. O programa DF Acessível ajuda Deise Maria da Silva a levar o filho Enzo a compromissos semanais: “Os motoristas são muito educados. As vans chegam sempre com uma hora de antecedência e, quando há algum imprevisto, sempre nos avisam” | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília No campo da mobilidade, o programa DF Acessível representa segurança, conforto e economia para cerca de 2 mil pessoas com mobilidade reduzida severa. Lançada em 2021, a iniciativa fornece transporte gratuito na modalidade “porta a porta” para pacientes inscritos no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e acompanhantes a consultas, terapias e outros serviços de saúde, sejam públicos ou particulares. R$ 18 milhões Investimento em três anos para a ampliação do programa DF Acessível Uma dessas duas mil pessoas é a estudante Deise Maria da Silva, 30 anos. Moradora de Planaltina, ela utiliza o programa há cerca de um ano para levar o filho Enzo Emanuel, 8, a compromissos semanais. O menino está em estado vegetativo persistente e requer cuidados especializados. “Ele é tractomizado e precisa do meu apoio constante”, pontua a mãe. Antes, os deslocamentos até as consultas eram feitos por conta própria e comprometiam o orçamento da dona de casa. Semanalmente, o gasto com combustível chegava a R$ 350 e prejudicava o pagamento de outras contas da família. Agora, basta selecionar a data e o horário da consulta previamente e pronto: transporte garantido. “Esse benefício é muito importante, principalmente para as mães. O custo para levar meu filho para todos os lugares era muito alto”, conta Deise. Sobre o atendimento, ela tem apenas elogios: “Os motoristas são muito educados. As vans chegam sempre com uma 1h de antecedência e, quando há algum imprevisto, sempre nos avisam.” O DF Acessível passa por todas as regiões administrativas e, atualmente, conta com 35 vans, que levam de dois a quatro pacientes por vez. “Moro no Núcleo Rural Pipiripau II, em Planaltina, e, sempre que faço o agendamento, eles vão até lá para me buscar. A estrada de chão não é obstáculo”, conta a dona de casa Ana Lídia Gonçalves, 40, mãe do pequeno Levi, 10, que é autista, e de Gael, 5, cadeirante. A distância da residência da família até o Plano Piloto é de cerca de 40 km. Em média, ela usa o programa seis vezes por mês para consultas do Gael com fisioterapeuta, neuropediatra e neurocirurgião, entre outras especialidades. “Não preciso mais vir dirigindo e acabo economizando uns R$ 400, com certeza”, conta Ana Lídia. “Esse serviço facilitou muito a minha vida. Eles nos pegam no horário certinho, normalmente não tem atraso, e nos levam em segurança”. Ampliação A dona de casa Ana Lídia Gonçalves usa o DF Acessível seis vezes por mês para consultas médicas de Gael: “Não preciso mais vir dirigindo e acabo economizando uns R$ 400, com certeza” Neste ano, o serviço atenderá também a população com doença renal crônica (DRC) que necessita de terapia renal substitutiva (TRS), levando os pacientes para a realização de hemodiálise no Complexo Regulador em Saúde ou em redes conveniadas. O DF Acessível – TCB Hemodiálise será operado pela TCB em colaboração com a Secretaria de Saúde. Em três anos, a ampliação do programa receberá um investimento de R$ 18 milhões. A expectativa é que mais de 350 pessoas sejam atendidas já neste ano. “É um serviço gratuito importantíssimo para garantir a cidadania dessas pessoas com deficiência. Nosso objetivo é expandir a quantidade de vans disponíveis para que mais pessoas tenham acesso a serviços essenciais para a saúde e qualidade de vida delas”, declara o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos. Para solicitar uma viagem, a pessoa com deficiência deve estar com o cadastro aprovado no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e, então, realizar o agendamento por meio do site Agenda DF. Mais informações estão disponíveis no site da TCB e da Secretaria da Pessoa com Deficiência. Emprego e dignidade Diagnosticada desde os 14 anos com visão monocular, Danielce Soares é uma das 130 pessoas beneficiadas pela cooperação entre a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) e empresas do DF O GDF também se faz presente no campo do emprego. Para a assistente administrativa Danielce Maria Soares Alves, 40, a palavra oportunidade traduz a mudança de trajetória de vida ao adentrar no mercado de trabalho por meio do programa Cadastro de Empregabilidade. “Passei muitos anos me especializando na minha área para me destacar; e, se não fosse a chance de mostrar meu trabalho, se não acreditassem em mim, eu não teria conseguido”, admite. Danielce é uma das 130 pessoas beneficiadas pela cooperação entre a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) e empresas do DF. De acordo com dados do setor de empregabilidade da SEPD, de fevereiro de 2024 até janeiro deste ano são 59 parceiras com vagas disponíveis. A parceria com as empresas foi firmada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério Público do Trabalho, que exige que as empresas que não cumprem a Lei de Cotas reservem um percentual de vagas para o segmento de PcDs. “Possibilitamos que as pessoas com deficiência conquistem espaços, estejam em lugares de decisão e ocupem profissões necessárias dentro da sociedade. É uma forma de viabilizar que as qualificações das pessoas com deficiência sejam utilizadas e promover representatividade dentro dessas grandes empresas” Flávio Pereira dos Santos, secretário da Pessoa com Deficiência Diagnosticada desde os 14 anos com visão monocular, Danielce Maria Soares Alves, 40, enfrentou dificuldades até conseguir a vaga que almejava. “Por ser PcD, os gestores e as pessoas acabam olhando para a gente como seres incapazes; mas, na verdade, o que a gente quer é mostrar nossa capacidade, que somos fortes e que estamos ali para contribuir com o crescimento do país e também da capital”, destaca a assistente administrativa. Nesse processo, Danielce enfrentou diversos questionamentos, entre eles a possibilidade de não se identificar como pessoa com deficiência ou de duvidar se apareceriam oportunidades para ela. “Durante o período em que eu trabalhei como não PCD, busquei me qualificar para não ser vista apenas como cota e sim, ter visibilidade como a profissional que merecia uma oportunidade igual a todos no mercado de trabalho”, diz, orgulhosa. Assim como Danielce, Matheus Marques Luiz, 28, também encontrou uma oportunidade no programa. “Fui diagnosticado com autismo aos 21 anos e sempre enfrentei dificuldades para interagir com as pessoas. Então, quando consegui a vaga de ajudante de eletricista e pude ficar em uma área mais reclusa, fiquei muito satisfeito”, conta. Outro benefício da vaga foi o respeito dentro do local de trabalho. “Nas outras vagas que trabalhei acabei ficando pouco tempo, porque as empresas me demitiram sem dar um motivo. Agora estou realmente satisfeito, porque encontrei uma área que me adaptei e que as pessoas me respeitam”, comemora Matheus. A fim de reduzir as barreiras de acesso a postos de trabalho, o cadastro de empregabilidade tem como objetivo assegurar o processo de inclusão do cidadão PcD no mercado de trabalho, atendendo ao Estatuto da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal, estabelecido pela lei nº 6.637, de 20 de julho de 2020. “Possibilitamos que as pessoas com deficiência conquistem espaços, estejam em lugares de decisão e ocupem profissões necessárias dentro da sociedade. É uma forma de viabilizar que as qualificações das pessoas com deficiência sejam utilizadas e promover representatividade dentro dessas grandes empresas”, destaca Flávio Pereira dos Santos. Para se candidatar às vagas oferecidas pela SEPD, é necessário que o interessado esteja inscrito no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPCD), que gera documentos comprobatórios, como a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) e o Cartão de Identificação da Pessoa com Deficiência. Após cadastro e aprovação, o candidato deve preencher o formulário de Empregabilidade, no site da SEPD, e anexar o currículo. Inclusão através do esporte Centros olímpicos e paralímpicos do DF oferecem atividades inclusivas, como o goalball, esporte em que os jogadores utilizam as percepções táteis e auditivas para arremessar e defender uma bola com guizo em direção ao gol Incentivar a prática de esportes e mostrar que portar alguma deficiência não é impeditivo para se divertir e socializar. Também neste campo, o GDF oferece atividades inclusivas nos 12 centros olímpicos e paralímpicos localizados (COPs) em diversas regiões administrativas, além de seis polos de centros de iniciação desportiva paralímpicos (CIDPs) da rede pública de ensino. Entre as modalidades oferecidas nos COPs, o goalball foi a que chamou a atenção de Cauã Rodrigues de Jesus, 18, diagnosticado desde os 4 anos com retinose pigmentar, doença que compromete a visão ao longo do tempo. Referência em Brasília, o esporte é praticado por pessoas com deficiência visual, que utilizam as percepções táteis e auditivas para arremessar e defender uma bola com guizo em direção ao gol. Durante a partida os paratletas ficam com os olhos vendados. “Dentro do goalball eu aprendi que, mesmo deficiente visual, tenho a capacidade de fazer o que quiser”, afirma Cauã Rodrigues de Jesus “Depois que comecei a frequentar as aulas, minha vida melhorou muito: em questão de locomoção, de segurança e de autonomia”, relata Cauã, que pratica o esporte no COP de São Sebastião. A partir do esporte, o atleta passou a ter curiosidade e segurança para conhecer novas modalidades: “O goalball me deu coragem de começar a andar de skate, de bicicleta e a correr, por exemplo. Foi fundamental para me acostumar com a deficiência e a ganhar confiança. Dentro do goalball eu aprendi que, mesmo deficiente visual, tenho a capacidade de fazer o que quiser”, conta o jovem, que tem como objetivo participar da seleção brasileira. Jefferson Gonçalves fala da transformação em sua vida desde que começou a praticar goalball, há dez anos: “Mudou em mim a questão da maturidade, a de querer ser um humano melhor e a pensar mais no próximo, já que jogamos em coletivo” Companheira de jornada do atleta, a mãe Carlione Rodrigues, 38, percebeu uma grande mudança no filho, desde que ele entrou para o esporte. “Antes ele passava o dia inteiro trancado em casa, sem fazer nada, com depressão mesmo. Mas depois do goalball, ele se tornou um jovem alegre, com mais autonomia e hoje faz tudo sozinho. Sou muito grata aos professores e ao projeto”, comemora a manicure. Há quase dez anos no esporte, a vida de Jefferson Gonçalves, 26, também foi transformada a partir do goalball. “Mudou em mim a questão da maturidade, a de querer ser um humano melhor e a pensar mais no próximo, já que jogamos em coletivo”, reflete o atleta. Nascido em Santa Cruz Cabrália, município localizado no sul da Bahia, a família de Jefferson veio para Brasília em busca de um tratamento para o filho. Apesar de não conseguir recuperar a visão, o jovem se deparou com mais oportunidades na capital. “Quando eu vim para cá, percebi que havia muita acessibilidade na escola, além da chance de me destacar no esporte. Pelo goalball, consegui comprar minha casa própria e construir minha própria família”, relata, orgulhoso.
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Programa é regulamentado para garantir transporte a pacientes com doença renal crônica
A partir de 2025, pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) no Distrito Federal que realizam Terapia Renal Substitutiva (TRS) contarão com o novo serviço DF Acessível – TCB Hemodiálise. O programa faz parte do Sistema de Transporte Público Complementar do DF e amplia o acesso ao tratamento, oferecendo transporte seguro e adaptado para pacientes com mobilidade reduzida. A iniciativa foi regulamentada nesta terça-feira (17), pela Resolução nº 08, de 28 de novembro de 2024, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) pelo Conselho de Administração da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), conforme previsto no Decreto nº 46.024, de 12 de julho de 2024. Com a ampliação para a demanda de hemodiálise, o programa DF Acessível contará com cerca de 56 veículos adaptados | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Operado em parceria entre a TCB e a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), o serviço será destinado a pacientes eletivos do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme agendamento feito pelo Complexo Regulador em Saúde. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial ocorre nas UBSs. Os pacientes, após avaliação, são encaminhados aos ambulatórios especializados para tratamentos como hemodiálise hospitalar ou ambulatorial Atualmente, o programa DF Acessível já atende aproximadamente 2 mil pacientes e acompanhantes com deficiência ou mobilidade reduzida severa. Com a ampliação para a demanda de hemodiálise, a iniciativa contará com cerca de 56 veículos adaptados e terá um investimento de R$ 18 milhões ao longo dos próximos três anos. A expectativa é atender, inicialmente, 350 pacientes a partir do próximo ano. De acordo com a subsecretária de Administração Geral da SES, Gláucia Silveira, a ampliação do DF Acessível representa um importante avanço na mobilidade e assistência para a população que depende de tratamento contínuo. “É uma ampliação de acesso à assistência e mobilidade. A parceria entre o GDF e a TCB é uma grande linha de cuidado a quem depende desse serviço de forma contínua para fazer procedimentos de saúde. É o governo enxergando a real necessidade da população”, afirma Gláucia. “O programa DF Acessível – TCB Hemodiálise é um marco importante para a mobilidade inclusiva no Distrito Federal e reafirma o compromisso da TCB com a prestação de um serviço público de qualidade, humano e eficiente”, afirma o diretor-presidente da TCB, Chancerley de Melo Santana. “A ampliação deste atendimento para pacientes que dependem da hemodiálise é resultado do esforço conjunto entre a TCB e a Secretaria de Saúde, visando garantir dignidade e qualidade de vida àqueles que mais necessitam. Sabemos que o deslocamento frequente para o tratamento é um desafio, e nosso objetivo é oferecer um transporte seguro, adaptado e acessível, permitindo que os pacientes cheguem às unidades de saúde com conforto e pontualidade”, acrescenta. A hemodiálise é um procedimento essencial para pacientes com doença renal crônica. Por meio de uma máquina, o tratamento realiza a remoção de impurezas e excesso de líquidos no sangue, funcionando como um “rim artificial”. Cada sessão pode durar horas, o que exige deslocamentos frequentes dos pacientes até unidades de saúde. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial ocorre nas unidades básicas de saúde (UBSs). Os pacientes, após avaliação, são encaminhados aos ambulatórios especializados para tratamentos como hemodiálise hospitalar ou ambulatorial. Além da hemodiálise, há também a diálise peritoneal, um procedimento que pode ser realizado em casa, com equipamentos fornecidos pela Secretaria de Saúde. *Com informações da TCB
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DF Acessível vai garantir transporte gratuito a mais de 350 pessoas que fazem hemodiálise
A partir do ano que vem, a população do Distrito Federal com doença renal crônica (DRC) que necessita de terapia renal substitutiva (TRS) poderá contar com a ampliação do programa DF Acessível para realizar hemodiálise. A iniciativa se soma à oferta de transporte público de pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida severa. Hoje, a modalidade atende a cerca de 1.700 pacientes e acompanhantes. O novo sistema será operado em parceria entre a Sociedade Transportes Coletivos Brasília (TCB) e a Secretaria de Saúde (SES-DF), dentro do Complexo Regulador em Saúde ou em rede conveniada. A expectativa é que o serviço atenda mais de 350 pessoas já em 2025 | Foto: Matheus H. Souza/ Agência Brasília O DF Acessível – TCB Hemodiálise está em fase final de estruturação e contará com 56 veículos adaptados. Em três anos, a ampliação do programa receberá um investimento de R$ 18 milhões. A expectativa é que o serviço atenda mais de 350 pessoas já em 2025. De acordo com a subsecretária de Administração Geral da SES, Gláucia Silveira, a ampliação do programa garante maior mobilidade e assistência à população necessitada. “É uma ampliação de acesso à assistência e mobilidade. A parceria entre o GDF e a TCB é uma grande linha de cuidado a quem depende desse serviço de forma contínua para fazer procedimentos de saúde. É o governo enxergando a real necessidade da população”, destaca. Segundo a chefe de gabinete da TCB, Maria Cecília Martins Lafetá, a definição do itinerário será feita com base na lista de pacientes informada pela SES, garantindo que o serviço atenda efetivamente às necessidades da população. “Este GDF enxergou formas de ajudar os moradores da capital para entregar mais serviços e mobilidade para quem está à margem da sociedade” Maria Cecília Lafetá, chefe de gabinete “Atender a população nos serviços mais sensíveis é vital para a TCB e para a população do DF. Este GDF enxergou formas de ajudar os moradores da capital para entregar mais serviços e mobilidade para quem está à margem da sociedade”, afirma Maria Cecília. Hemodiálise na rede pública Atualmente, a rede pública de saúde realiza hemodiálises hospitalar e ambulatorial, sendo a primeira destinada aos pacientes internados e agudos; e a segunda, aos crônicos, que retornam às próprias casas. A hemodiálise auxilia na remoção de impurezas do sangue e de excesso de líquido do paciente por meio de uma máquina. No procedimento, o indivíduo fica por horas ligado ao equipamento. A terapia é fundamental para pessoas com doença renal crônica e vítimas de enfermidades que comprometam a função renal. Já a diálise peritoneal consiste na conexão por um cateter implantado no abdômen do paciente. Diferentemente da hemodiálise, o procedimento pode ser realizado em casa, à noite, enquanto a pessoa dorme, bastando o equipamento estar ligado a uma tomada e a uma pia. A SES fornece o aparelho a cada paciente, além de bolsas com o líquido usado para a filtragem do sangue, assim como outros materiais necessários. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial é feito nas unidades básicas de saúde (UBSs). Se houver indicação, a pessoa é encaminhada aos ambulatórios especializados.
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UBS do Areal promove debate sobre mobilidade para Pessoa com Deficiência
Visando apresentar esclarecimentos sobre o Programa DF Acessível, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Areal sediou reunião sobre as políticas de mobilidade pública para Pessoa com Deficiência (PcD) no Distrito Federal. O encontro realizado na última semana foi direcionado a profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) que têm contato direto com pacientes e beneficiários com deficiência. O secretário da Pessoa com Deficiência do DF, Flávio Pereira, apresentou detalhes do Programa DF Acessível | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A iniciativa contou com a presença do secretário da Pessoa com Deficiência do DF, Flávio dos Santos, que apresentou detalhes do DF Acessível, programa que garante transporte gratuito a pessoas com deficiências severas. O encontro teve participação de gerentes e componentes das equipes multidisciplinares das UBSs 1 e 2 do Areal e também de membros da comunidade. O secretário Flávio Pereira destacou a parceria com a Secretaria de Saúde para a viabilidade do projeto. ”Temos uma colaboração preciosa da secretária Lucilene Florêncio, que é sempre muito aberta e compreensiva com nossas pautas. Além disso, são os médicos da SES que analisam os laudos que os pacientes precisam para possuir o Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPCD)”. A enfermeira da UBS 2 do Areal, Pollyana Lima, explica que o objetivo é acolher e informar de forma mais eficiente os pacientes sobre os programas disponíveis à população. “No momento do atendimento, os profissionais da UBS têm a função de orientar e encaminhar, com responsabilidade e cuidado, o paciente com deficiência para esses serviços”, disse. A unidade acompanha 27 pacientes cadastrados com algum tipo de necessidade especial. “Ainda temos um grande quantitativo de pacientes que estamos rastreando e identificando possíveis deficiências para melhor auxiliá-los“, completou. DF Acessível O Programa DF Acessível realiza o transporte de pessoas com mobilidade reduzida severa até serviços de atendimento à saúde, como consultas e tratamentos médicos. O serviço opera com transporte adaptado em formato “porta a porta”. A van leva o usuário até o seu destino, fazendo também a viagem de volta. O programa é gratuito e destinado exclusivamente para cidadãos inscritos no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPCD). Os agendamentos podem ser feitos por meio do site Agenda DF. *Com informações da SES-DF
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Transporte de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida ganha mais 10 vans especiais
O Governo do Distrito Federal (GDF) colocou à disposição do programa DF Acessível mais 10 vans para o transporte de pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida severa. A entrega ocorreu na festa de comemoração do aniversário de 63 anos da Sociedade Transportes Coletivos Brasília (TCB), nesta segunda-feira (3), na sede da empresa. Com os novos veículos, o serviço vai passar a atender a mais de duas mil pessoas por mês. Hoje, o DF Acessível transporta porta-a-porta cerca de 1.700 pacientes e acompanhantes. A entrega dos novos veículos especiais ocorreu na festa de comemoração do aniversário de 63 anos da TCB, nesta segunda-feira (3), na sede da empresa | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O programa DF Acessível transporta a pessoa com deficiência e com mobilidade reduzida severa para consultas e terapias na ida e na volta para casa. As vans entregues têm a capacidade para transportar dois cadeirantes e mais três acompanhantes de cada paciente em cadeira de rodas. Os veículos são todos monitorados pela TCB em sistema de geoprocessamento para garantir a segurança e a pontualidade. O serviço é agendado quinzenalmente por meio do site https://agenda.df.gov.br/posto.html?servico=43819967. As vans entregues têm a capacidade para transportar dois cadeirantes e mais três acompanhantes de cada paciente em cadeira de rodas. Os veículos são todos monitorados pela TCB em sistema de geoprocessamento para garantir a segurança e a pontualidade A política pública, que tem a parceria da Secretaria da Pessoa com Deficiência, atende todas as regiões administrativas. “O agendamento é online, quem faz o agendamento vai ter a certeza que no dia e na hora marcados uma van estará na casa dela, vai transportar o paciente até o tratamento médico e depois vai deixar em sua casa com todo o conforto, assistência e segurança. Já estamos com processo avançado para comprar 15 novas vans até o final do ano. Essa é uma determinação do governador Ibaneis”, detalhou Thiago Nascimento, diretor Técnico da TCB. “A história da TCB se confunde com a história de Brasília, presta um serviço que é percebido como importante para a população e hoje busca atender os moradores do Distrito Federal no transporte escolar e no DF Acessível. A TCB é uma empresa pública que tem que atender com especialidade. A TCB tem uma história sólida, consolidada e de serviços prestados e resolvendo os problemas de mobilidade”, parabeniza, Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade. Para o secretário, o programa DF Acessível atende uma população que necessita muito do serviço. “A tendência do serviço é que ele seja ampliado. A secretaria de Saúde estuda a possibilidade de atendimento de pacientes que precisam fazer hemodiálise. Por mais que todos os ônibus do transporte público ofertem acessibilidade, mas existem determinadas condições de saúde que precisam de um transporte especializado”, finalizou.
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DF Acessível garante transporte gratuito a pessoas com deficiências severas
As pessoas com deficiências severas contam com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para se locomoverem em dias de consultas médicas. Por meio do programa DF Acessível, os deficientes com maior nível de comprometimento — que representam uma parcela de 5,2% das pessoas com deficiência inscritas no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) — conseguem transporte na modalidade “porta a porta” com veículos totalmente adaptados para o translado seguro. Atualmente, o DF Acessível dispõe de 25 vans da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB). Os veículos têm rotas e horários preestabelecidos para atender a demanda dos deficientes que precisam do transporte. O serviço é exclusivo para pessoas com deficiências severas que impliquem dificuldade de locomoção, em rotas entre a casa do usuário e as unidades de saúde para consultas médicas. Programa DF Acessível disponibiliza 25 vans para atender pessoas com deficiências severas em dias de consultas médicas | Foto: Renato Alves/Agência Brasília [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em setembro, o governador Ibaneis Rocha aumentou a frota que atende o programa e entregou mais 11 vans. Ao todo, os veículos realizam uma média de 100 atendimentos por semana. Para solicitar uma viagem, o deficiente deve estar com o cadastro aprovado no CadPcD e, então, realizar o agendamento por meio do site Agenda DF. “Dispor de uma van totalmente acessível que busca na porta de casa e deixa direto no hospital é um serviço gratuito importantíssimo para garantir a cidadania dessas pessoas com deficiência. Esse é um projeto que tende a crescer ainda mais”, afirma o subsecretário de Políticas Públicas e Gestão da Secretaria de Pessoa com Deficiência (SEPD), Cesar Pessoa de Melo.
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