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13º Circuito de Ciências termina com a participação de 80 mil estudantes da rede pública do DF

A premiação dos projetos vencedores do 13º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal de 2024 celebrou a participação de 80 mil estudantes, de 14 regionais de ensino, que apresentaram 512 trabalhos. O percurso, que contou com etapas local, regional e distrital, contou também com 136 avaliadores voluntários. A celebração de encerramento ocorreu no auditório Neusa França, quinta-feira (5), na sede da Secretaria de Educação do DF. O circuito é uma parceria da Secretaria de Educação (SEEDF) com o Sebrae e a Fiocruz. O tema do Circuito de Ciências deste ano foi Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais. “É um momento de alegria, celebração, de alívio, porque deu tudo certo e superou as expectativas. Hoje, as três melhores equipes de dez categorias estão sendo representadas. Inclusive, é importante destacar que nosso circuito é a maior feira científica do Distrito Federal”, Raquel Vila Nova, representante da Gerência de Programas e Projetos Transversais (GPROJ). Raquel Vila Nova destaca que o Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal  é o maior do DF | Foto: André Amendoeira/SEEDF Vencedores Durante todo o Circuito de Ciências, 33 mil pessoas visitaram as exposições nas diversas regionais de ensino. O Centro Educacional (CED) 01 do Guará venceu na categoria I, do ensino médio regular, com o projeto Bioma Protect: um aplicativo para integração de informações para a prevenção e combate ao fogo. Orientados pela professora de biologia Juliana Carvalho, os estudantes Jhony Bueno, Pedro Ferreira e Júlio César Santos, todos com 18 anos, desenvolveram um aplicativo que localiza queimadas. “Esse processo foi árduo, trabalhamos muitas horas no desenvolvimento do aplicativo em si, no projeto de design, porque queremos levar esse aplicativo para frente, fazer um plano de investimento, apresentar para possíveis investidores”, afirma Pedro. “Cruzamos os metadados de uma foto com a localização exata de onde a pessoa está quando ela denuncia uma queimada, um incêndio criminoso ou até uma possível área de desmatamento”, completou. O aplicativo Bioma Protect foi premiado na categoria de ensino médio regular A professora Juliana também destacou que, “se o usuário estiver no meio da estrada viajando, por exemplo, com apenas uma foto o aplicativo consegue puxar a geolocalização da pessoa e deixar disponível para as autoridades responsáveis combaterem o incêndio”. Veja os vencedores do 13º Circuito de Ciências ⇒ Categoria A – Educação infantil 1º lugar: Creche Casa do Candango, do Plano Piloto, com o projeto Reaproveitamento de alimentos de forma sustentável e ecológica; 2º lugar: CEI 01, de Taguatinga, com o projeto Sem floresta, sem futuro: o impacto do desmatamento na qualidade de vida da população; 3º lugar: CEF Jardim 2, do Paranoá, com o projeto Pequenos guardiões da natureza vivenciando a cultura indígena. ⇒ Categoria B – Educação fundamental (anos iniciais) 1º lugar: EC 403 Norte, do Plano Piloto, com o projeto Borboletário. Criando borboletas na escola; 2º lugar: CED Irmã Maria Regina, de Brazlândia, com o projeto Com os pés no Cerrado: robótica educacional com Pictoblox; 3º lugar: EC 01, do Guará, com o projeto Interação entre fauna e flora no Cerrado. ⇒ Categoria C – Ensino fundamental (anos finais) 1º lugar: CED Dona América Guimarães, de Planaltina, com o projeto O Cerrado e a percepção dos educandos quanto ao local onde o CED DAG está inserido; 2º lugar: CED Professor Carlos Mota, de Sobradinho, com o projeto Monitoramento de larvas de mosquitos Aedes aegypti em uma região rural do DF; 3º lugar: EC 16, de Planaltina, com o projeto Didática e entretenimento na divulgação científica sobre as riquezas do bioma Cerrado e a importância de sua preservação. ⇒ Categoria G – Centro de Ensino Especial, EJA interventivo, Sala de Recursos, Sala de Apoio à Aprendizagem 1º lugar: CEF 20, de Ceilândia, com o projeto Cerrado: o berço das águas brasileiras; 2º lugar: CEE 01, do Guará, com o projeto Jardins no ar: uma jornada sustentável e inclusiva com hortas suspensas em garrafa pet; 3º lugar: CEF 16, de Taguatinga, com o projeto As emoções do Cerrado sob a perspectiva da inclusão. ⇒ Categoria H – Altas habilidades/superdotação 1º lugar: CEF 02, de Brazlândia, com o projeto Aperfeiçoando o ar-condicionado de baixo custo – Fase 2; 2º lugar: CEF 08, de Sobradinho, com o projeto Identificação de larvas de mosquito em um ambiente urbano presente no bioma Cerrado; 3º lugar: EC 64, de Ceilândia, com o projeto Birdwatching. ⇒ Categoria I – Ensino médio regular 1º lugar: CED 01, do Guará, com o projeto Biomas Protect: um aplicativo para integração de informações para a prevenção e combate ao fogo; 2º lugar: CEM Paulo Freire, do Plano Piloto, com o projeto Educando com horta de 1m²; 3º lugar: CED 01, do Itapoã, Paranoá, com o projeto Os impactos da arborização urbana no conforto térmico do Paranoá e Entorno. ⇒ Categoria J – Ensino médio em tempo integral e educação profissional e tecnológica 1º lugar: CED 08, do Gama, com o projeto Extração de óleo essencial de Citronela com o uso de materiais de baixo custo; 2º lugar: CEMI à Educação Profissional, de Taguatinga, com o projeto Desenvolvimento de jogos educativos para aprendizagem escolar e preservação dos biomas brasileiros: uma abordagem interativa sustentável para a conscientização ambiental nas escolas; 3º lugar: CEM, de Taguatinga Norte, com o projeto Super Súber: a impressão 3D como ferramenta educacional. ⇒ Comissão regional A Comissão Regional de Taguatinga empatou em primeiro lugar com a Comissão Regional do Plano Piloto. *Com informações da Secretaria de Educação

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Flores brotam em meio a cenário devastado por incêndio florestal nas proximidades da Torre Digital

O que poderia ser um simples desabrochar de mudas no terreno da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá, no mês da primavera, transformou-se num símbolo de resiliência. Semanas após a devastação da vegetação de Cerrado nas proximidades da Torre Digital, causada por um incêndio florestal de provável origem humana, pés de espécie Hippeastrum goianum, planta conhecida como Amarilis do Cerrado, brotaram, criando um contraste, onde algumas flores amarelas se misturam a árvores secas, troncos caídos e restos de fuligem. Flores da espécie ‘Hippeastrum goianum’ surpreenderam e brotaram em meio a cenário devastado por incêndios | Fotos: Matheus Ferreira/Divulgação A paisagem com ares pós-apocalípticos foi capturada pelo servidor público e fotógrafo amador Matheus Ferreira, que compartilha nas redes sociais imagens da riqueza do bioma brasiliense na página Árvores do Cerrado (@arvoresdocerrado). “Há quase um mês, essa área de Cerrado, composta por vegetação nativa, pegou fogo e tudo foi devastado. Ficou bem queimado. Algumas pessoas comentaram comigo que tinham visto algumas flores nascendo em meio à área queimada. Peguei minha máquina e fiquei procurando, até que encontrei esses dois pezinhos dessa flor”, recorda-se. O que mais impressionou Matheus foi o surgimento de plantas tão delicadas em meio a um cenário devastador, que ele descreveu como “de guerra”. “Para mim, é um símbolo de esperança e de renascimento. Apesar de tudo que as pessoas fazem para destruir a natureza, ela continua firme”, afirma. “Vejo isso como um sinal de esperança e de força do Cerrado. É um bioma de resistência que, mesmo diante de condições climáticas extremas, como falta de chuva e secura, vê florescer os ipês e tantas outras árvores nativas. Espero que fique uma mensagem para as pessoas de que nem tudo está perdido”, completa. Regeneração O fotógrato amador Matheus Ferreira vê o surgimento das flores como “um sinal de esperança e de força do Cerrado” A recuperação do Cerrado após a passagem do fogo costuma ser natural, especialmente nas áreas de vegetação nativa. No entanto, a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto Brasília Ambiental, Marcela Verciani, afirma que cada local deve ser avaliado após as queimadas, considerando suas características. Algumas vegetações se regeneram sozinhas, enquanto outras necessitam de novos plantios. Essa avaliação é feita pelo órgão que gerencia 82 unidades de conservação, incluindo a APA do Lago Paranoá, considerada uma unidade de uso sustentável. “Nós sabemos que os incêndios nesta época do ano são provocados, pois não existem faíscas naturais. A forma como acontece o fogo é prejudicial, porque eleva a temperatura e cria labaredas grandes, o que resulta numa perda considerável de Cerrado. Por isso fazemos o apelo para que as pessoas não usem o fogo nos períodos críticos de seca extrema”, afirma Verciani. 193 Canal de emergência do CBMDF para denúncias de incêndios Neste ano, o Instituto Brasília Ambiental contratou 150 brigadistas para atuar em 12 bases durante o período crítico de incêndios e seca. Segundo a superintendente, o órgão elabora um projeto de lei para ser enviado à Câmara Legislativa do DF (CLDF), estabelecendo a contratação da brigada ao longo do ano e não por temporada. “O combate é importante, mas a prevenção tem tanta ou mais importância”, comenta. Ela cita ações como a criação de aceiros, roçadas e queimadas controladas no período mais ameno. Denuncie Com o aumento dos incêndios florestais na vegetação do Cerrado, o Governo do Distrito Federal (GDF) convoca a população a denunciar os casos. Os cidadãos devem entrar em contato imediatamente com o número 193, o canal de emergência do CBMDF. Durante a ligação, é necessário passar informações como a localização exata do fato e as proporções das chamas e, se possível, relatos sobre as condições de acesso ao local e sobre a presença de suspeitos de autoria do crime. De acordo com o artigo 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental. No caso de queimadas dentro das unidades de conservação do Distrito Federal, a orientação é acionar o Instituto Brasília Ambiental, que é responsável pela administração dos espaços. Desde julho, o órgão conta com um número exclusivo de denúncias de focos de incêndio, que é atendido pela central da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (DPCIF) pelo (61) 9224-7202. O telefone também é WhatsApp. Por ele, a população pode enviar mensagens e a localização do fogo. Combate a incêndios florestais → 193 (Corpo de Bombeiros) → (61) 9224-7202 (Instituto Brasília Ambiental) Informações sobre autores de incêndios florestais → 190 (Polícia Militar) → 197 (Polícia Civil)

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Bombeiros militares do DF têm férias e afastamentos suspensos para combater incêndios

O Governo do Distrito Federal (GDF) determinou ao Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF) a suspensão de todas as concessões de férias, abonos anuais, dispensas e autorizações para participação em cursos e seminários dos profissionais. A medida, anunciada nesta segunda-feira (16), perdurará durante a Operação Verde-Vivo/2024 e foi tomada pelo governador Ibaneis Rocha diante da extrema necessidade de mobilização total da corporação para enfrentar os vários focos de incêndios florestais no Distrito Federal. O comando do CBMDF também instruiu os responsáveis pelos órgãos envolvidos a tomarem as providências necessárias para implementar a suspensão | Foto: Divulgação/CBMDF De acordo com a decisão, todos os afastamentos temporários previamente concedidos ou já em usufruto devem ser interrompidos. Os bombeiros afetados pela medida terão um prazo de 24 horas para se apresentarem nas suas respectivas organizações. O comando do CBMDF também instruiu os responsáveis pelos órgãos envolvidos a tomarem as providências necessárias para implementar a suspensão. A decisão foi tomada com base em normas do Decreto Federal nº 7.163/2010 e das leis que regulamentam a organização e o estatuto dos Bombeiros Militares, e visa garantir que todos os recursos da corporação sejam alocados para combater os incêndios em curso.

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Quatro escolas estão com aulas suspensas hoje (16)

A Secretaria de Educação informa que caso a gestão da unidade de ensino identifique riscos à saúde da comunidade escolar está autorizada a suspender temporariamente as atividades, garantindo, posteriormente, a apresentação de um calendário de reposição das aulas.  O órgão ressalta que a segurança e o bem-estar de alunos e profissionais são prioridades, e a Secretaria acompanha a situação por meio das Regionais de Ensino. Até o presente momento, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 306 Norte, o Centro de Ensino Médio da Asa Norte (Cean), o Centro de Ensino Médio (CEM) Paulo Freire, na 610 Norte e o Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte (Celan) estão com aulas suspensas no dia de hoje (16). *Com informações da Secretaria de Educação

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Queda da umidade relativa do ar requer atenção redobrada contra queimadas

A umidade relativa do ar está cada vez mais baixa no Distrito Federal e em algumas regiões, como no Paranoá, chegou a 16% na última semana de junho. O dado consta no Boletim Temperatura do Ar – Junho, publicado esta semana pelo Instituto Brasília Ambiental. Uma situação a que o brasiliense está mais do que acostumado, mas que requer alguns cuidados para mitigar seus efeitos, especialmente, as queimadas. A baixa umidade relativa do ar é uma situação a que o brasiliense está mais do que acostumado, mas que requer alguns cuidados para mitigar seus efeitos | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Segundo o levantamento do Brasília Ambiental, a temperatura média no período ficou acima de 27ºC, chegando a passar de 31ºC nas regiões de Águas Emendadas, Fercal e Zoológico. A temperatura mais baixa (7,3°C) e a mais alta (31,8°C) foram registradas nos dias 28 e 30 respectivamente. Foi quando a umidade relativa do ar alcançou níveis de atenção e alerta, ou seja, abaixo de 30% em Samambaia, Brazlândia, Paranoá, Águas Emendadas, Gama e Plano Piloto. Os índices mais baixos, no entanto, foram registrados no Paranoá (16%), Gama e Plano Piloto (17%), Brazlândia e Zoológico (18%), Águas Emendadas e Samambaia (19%). As temperaturas têm ficado acima da média desde o ano passado. Em junho deste ano, a média já foi maior que a do mesmo período de 2023 | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília De acordo com o meteorologista Carlos Rocha, analista de Planejamento Urbano e Infraestrutura do Brasília Ambiental, as temperaturas têm ficado acima da média desde o ano passado, fenômeno registrado em todo o planeta. Ele alerta que, em junho deste ano, a média já foi maior que a do mesmo período do ano passado. No DF foi de 21,4º C. O valor é 1,1º C mais quente do que o registrado entre 1991 e 2020. O que favorece a queda na umidade relativa do ar. Além disso, o período de inverno, normalmente, é marcado pela baixa umidade, provocada pela massa de ar quente que paira no Centro-Oeste nessa época do ano, com pico entre setembro e outubro. A situação aqui foi agravada porque, ao contrário do ano passado, não choveu em maio. A umidade média no mês de junho gira em torno de 65%. Este ano, já caiu para 60% devido ao maior período de estiagem. Para reduzir os perigos e danos da baixa umidade, o CBMDF alerta para os cuidados necessários nesta época do ano. A vegetação fica muito seca e se torna um combustível natural | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “A umidade relativa do ar fatalmente chegará a 20% e, possivelmente, pode ficar abaixo de 15%”, alerta Rocha, o que requer cuidado redobrado com as queimadas. “Esse bloqueio meteorológico pela massa de ar favorece muito as queimadas. Por isso, o Brasília Ambiental faz o trabalho preventivo junto a outros órgãos ambientais, como Instituto Brasileiro dos Recursos Hídricos e Renováveis (Ibama)”. Cuidados necessários Para reduzir os perigos e danos da baixa umidade, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) alerta para os cuidados necessários nesta época do ano. A aspirante a oficial da corporação, Flávia Meirelles, lembra que a vegetação fica muito seca e se torna um combustível natural. O que faz com que a maior parte das ocorrências de incêndios sejam registradas na área rural. “Temos um período correto para realizar queimadas, que devem ser feitas de forma controlada e precisam de autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Muitos fazem por conta própria e acabam perdendo controle do fogo”, afirma. De acordo com a aspirante, outro problema são as comuns fogueiras acesas nessa época do ano. Para espantar o frio e se divertir em segurança é preciso que o local esteja capinado, longe da vegetação e com um aceiro ao redor para evitar a propagação do fogo. Também é preciso lembrar de apagar a fogueira e não deixar nenhuma fagulha ao final, o que pode ser feito jogando areia ou água. “E, por último, sempre que verificar um princípio de incêndio, a orientação é ligar para o Corpo de Bombeiros o mais rápido possível. Muitas vezes, (as pessoas) pioram o fogo ao tentarem combater sozinhas”, orienta a aspirante. Para acionar a corporação, basta ligar no 193.

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Bombeiros do DF têm capacitação contínua para combater incêndios florestais

Antigo conhecido dos brasilienses, o período de seca no Distrito Federal favorece não só doenças ligadas às vias aéreas, mas, principalmente, queimadas Cerrado adentro. Com o intuito de combater e prevenir incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) promove, anualmente, a Operação Verde Vivo, colocada em prática pelo Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram). Na fase de preparação, entre as atividades dos cursos de capacitação, são abordados temas como o que fazer em situações com o uso de aeronaves; e como produzir e utilizar os equipamentos em terra, como abafadores de chamas, bombas de água, enxadas e rastelos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Em vigor desde 2003, a mobilização começa assim que o período de chuvas termina. O objetivo é otimizar o emprego de recursos humanos e materiais de acordo com o aumento progressivo de ocorrências de queimadas. Dividida em fases, a operação conta com atividades de instrução para os bombeiros, campanhas educacionais e ações preventivas, até a intensificação do combate aos focos de fogo. [Olho texto=”“Estamos em uma época do ano em que a temperatura começa a elevar, a vegetação já está desidratada, o clima vem ficando muito seco e precisamos de apenas uma fagulha, uma centelha, para dar início a um incêndio”” assinatura=”Renato Augusto, oficial de Informação Pública do CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É a maior operação do Corpo de Bombeiros durante o ano”, salienta o capitão Renato Augusto, oficial de Informação Pública do CBMDF. “Estamos em uma época do ano em que a temperatura começa a elevar, a vegetação já está desidratada, o clima vem ficando muito seco e precisamos de apenas uma fagulha, uma centelha, para dar início a um incêndio”, completa. Na fase de preparação, são promovidos cursos de capacitação com o objetivo de atualizar os conhecimentos dos profissionais e difundir novas táticas e estratégias. Os temas abordados incluem desde o que fazer em situações com o uso de aeronaves a como produzir e utilizar os equipamentos em terra, como abafadores de chamas, bombas de água, enxadas e rastelos. De acordo com o capitão Renato Augusto, a Verde Vivo é a maior operação do Corpo de Bombeiros durante o ano Apesar do reforço, a equipe sempre está preparada para atender ocorrências ambientais. Exemplo disto é que a formação inicial dos praças já inclui capacitação no serviço florestal, como ocorre com os 355 novos militares nomeados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em abril deste ano. Ainda na fase de preparação, há a aquisição de novos equipamentos, o mapeamento de áreas de risco e alinhamento de atuação com outros órgãos ambientais. Até o momento, houve a compra de 162 sopradores, com aporte de R$ 550 mil; de 524 bombas costas, por R$ 739 mil; de 170 mangueiras de 1″, por R$ 615 mil; de 317 facões com bainha, por R$ 29 mil; e de 11 viaturas modelo S10, por R$ 2 milhões. O tenente Hugo Batista reforça que “com o melhor treinamento que tiverem, menos ocorrências de acidentes teremos com os nossos bombeiros e podemos dar melhor serviço para a comunidade, com combate mais rápido, econômico e eficiente” Segundo o oficial ambiental leste, o tenente Hugo Batista, cada ferramenta auxilia o combate de formas diferentes. “O soprador é, basicamente, um motor que joga ar em alta velocidade, abafando o incêndio. As bombas costais carregam aproximadamente 20 litros e servem para diminuir as chamas para que o soprador faça o combate”, explica. “Os abafadores, como o nome diz, abafam as chamas nas vegetações rasteiras. E o pinga-fogo serve para controlar o fogo com o próprio fogo, ou seja, a gente queima uma área antes para apagar as chamas quando chegarem a esse ponto.” O tenente Hugo Batista afirma que, além de otimizar o combate, a preparação visa proteger o efetivo. “É uma atividade perigosa, os profissionais inalam muita fumaça, então, com o melhor treinamento que tiverem, menos ocorrências de acidentes teremos com os nossos bombeiros e podemos dar melhor serviço para a comunidade, com combate mais rápido, econômico e eficiente”, afirma. Vendedor de lanches ao lado do Parque Nacional, João Pedro considera que cuidado com o meio ambiente é um gesto de cidadania “O DF queima bastante. No ano passado, foram 140 mil hectares queimados, sendo que só em parques foram 10 mil hectares em uma ocorrência”, continua o tenente Hugo Batista. “Com a intensificação das queimadas, todo o efetivo é voltado à preservação ambiental. Quanto mais preparados estivermos para o combate, mais poderemos salvar a fauna e proteger a população”, afirma. Cuidado A população também pode e deve contribuir na proteção da fauna e flora. Evite utilizar o fogo para descartar lixo e não jogue pontas de cigarro pelas janelas dos veículos e nem em qualquer área verde. “Muitos incêndios começam dessa forma, é um fogo que facilmente foge de controle”, afirma o capitão Renato Augusto. Para os chacareiros e produtores rurais, vale fazer um aceiro ao redor da propriedade e próximo ao ambiente dos animais. Por outro lado, não é indicado o fogo para renovação do pasto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O empreendedor João Pedro Bandeira, 26 anos, está bem atento aos cuidados necessários para evitar incêndios florestais. Desde 2020, ele vende lanches às margens DF-001, no Lago Oeste, ao lado do Parque Nacional de Brasília. Para ele, o cuidado com o meio ambiente é um gesto de cidadania. “Estamos do lado de uma reserva muito grande. (…) Não tem necessidade de jogar lixo no chão. Se está com algum papel de balinha, procure um lixo mais próximo, guarde no bolso. Se está com um cigarro, apaga. Jogue no lixo”, diz ele. “Isso é importante para podermos manter em segurança esse espaço imenso ao nosso redor”.  

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Laboratório do GDF reproduz espécies do cerrado ameaçadas de extinção

A cada mês, o laboratório de reprodução in vitro do Jardim Botânico de Brasília (JBB) reproduz mais de mil plantas do cerrado em risco de extinção e espécies de outros biomas, como orquídeas, cactos, bromélias e palmeiras, para serem reintroduzidas futuramente na natureza.  Espaço construído no Jardim Botânico abriga, além das espécies do cerrado, mudas de outros biomas | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O espaço é o único desse tipo no Distrito Federal, e a estação ecológica contribui para a preservação. Recentemente, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avaliou 7.385 espécies do cerrado, das quais 1.199 foram consideradas em risco – 16,2% do total. Lilian Breda, superintendente técnico-científica do JBB:  “Estamos fazendo um trabalho de formiguinha, mas empenhados em preservar e conservar o cerrado” “Fazemos um trabalho de suma importância, pois pode acontecer de plantas que estamos acostumados a ver simplesmente sumirem”, afirma a superintendente técnico-científica do JBB, Lilian Breda. “Aqui temos uma variedade muito grande de plantas reproduzidas e estamos fazendo um trabalho de formiguinha, mas empenhados em preservar e conservar o cerrado.” A gestora alerta sobre alguns fatores que aumentam causas da extinção de algumas espécies: “Algumas pessoas coletam bromélias e levam para casa, retiram a planta do habitat natural dela para embelezar a casa; elas acabam morrendo e, com isso, temos várias espécies ameaçadas. As queimadas são outro fator que contribui para a extinção”. Processo de reprodução O laboratório conta com sala climatizada com cerca de 10 mil mudas em estágio inicial que acabaram de iniciar a germinação e 5 mil em frascos em fase final de crescimento ou já preparadas para serem aclimatadas em ambiente externo, além de três estufas com as plantas maiores. O espaço também tem equipamentos que promovem a recirculação de 100% do ar, mantendo o espaço estéril para o manuseio das espécies, o que evita contaminações do meio externo nas amostras manipuladas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Realizamos todo um processo de desenvolvimento e crescimento em ambiente controlado, com climatização, iluminação e temperatura controladas”, explica o gerente do laboratório, Daniel de Oliveira Mata, doutor em biologia molecular.  Ele detalha o trabalho com as plantas: “Assim que estão aptas, elas serão aclimatizadas no ambiente externo para ambientação em estufas apropriadas, com controle de irrigação e adubação. Após todo esse processo, que pode durar anos, assim que preparadas para viver em um ambiente externo, elas vão para o orquidário, ou podem ser replantadas no JBB ou na natureza. Temos a capacidade de gerar novas mudas em um processo científico que visa à conservação das espécies, melhora o meio ambiente e preserva o Cerrado”. Entre as mudas produzidas no laboratório, informa ele, destacam-se, nos exemplares do Cerrado, as espécies Cattleya walkeriana, uma orquídea em risco de extinção, e Ubelmania pectinifera (tipo de cacto). Mas também há bromélias e mais orquídeas de outros biomas.   

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Queima de lixo é uma das principais causas de incêndios florestais no DF

Brasília, 15 de setembro de 2022 – A rotina do Grupamento de Proteção Ambiental (Gpram) do Corpo de Bombeiros tem sido intensa. O esquadrão é responsável pelo combate a incêndios florestais no Distrito Federal. E, no auge da seca brasiliense, chega a atender até 80 chamados por dia. Queima ilegal de lixo e aceiro feito com fogo estão entre os principais responsáveis pelas chamas. Arte: Agência Brasília Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), 3.353 ocorrências já foram atendidas neste ano pelo Gpram. De 1º de janeiro a 28 de agosto, 9.480,95 hectares de vegetação padeceram diante das chamas. Em 2021, o total de área queimada superou os 32 mil hectares. Para dar conta da demanda, o efetivo do Gpram chegou a seu número máximo – cerca de 200 bombeiros estão espalhados pelos cinco postos avançados do grupamento. Além da central, localizada na Asa Norte, o esquadrão especializado também está presente em Brazlândia, Planaltina, Santa Maria e Sobradinho. O tenente Marcelo de Abreu diz que o trabalho de prevenção inclui visitas a produtores rurais para orientar sobre principais causas das queimadas I Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília “Vários desses militares são devolvidos ao seu quartel de origem quando termina o período crítico de seca”, explica o tenente do Serviço Operacional de Informação Pública (Soinp) do CBMDF, Marcelo Abreu. “Esse planejamento faz parte da Verde Vivo, operação anual que coordena as ações de combate a incêndios florestais”. A Verde Vivo começa seus trabalhos entre abril e maio, período dedicado à prevenção. “Visitamos produtores rurais e associações que tenham interesse em aprender mais sobre queimadas”, conta Abreu. “Falamos sobre as principais causas e ensinamos a controlar o fogo enquanto os bombeiros não chegam”. [Olho texto=”Para solicitar uma palestra do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, basta ligar no número 3901-2930. O serviço é gratuito” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os militares também distribuem abafadores durante as visitas, além de explicarem como usar o equipamento de borracha. “Qualquer incêndio pode evoluir para algo pior. Por isso, é importante controlar as chamas desde o início”, comenta o tenente. Para solicitar uma palestra do Gpram, basta ligar no número 3901-2930. O serviço é gratuito. Muito se fala sobre o potencial que um cigarro mal apagado tem de provocar queimadas. Mas, de acordo com o CBMDF, o principal vilão é o uso irresponsável do fogo. As chamas podem ser utilizadas para queimar o lixo, tratar o solo, fazer uma fogueira e até para proteger uma determinada área de um possível incêndio. Arte: Agência Brasília “Vários produtores rurais fazem o chamado aceiro negro, usando o fogo para criar faixas livres de vegetação ao redor de propriedades ou plantações”, afirma Tasso Valadão, sargento do Soinp. “Não é raro essas chamas saírem do controle, em especial no período da seca. Por isso, o aceiro mecânico, feito com a capinagem do mato, é o mais indicado”. Confira outras maneiras de evitar os incêndios florestais ? Evite colocar fogo em lixo ou restos de vegetação para limpeza de terrenos. Caso seja inevitável, queime pequenas quantidades por vez ? Vai acender uma fogueira? Não se esqueça de capinar bem o mato ao redor dela ?Não abandone a fogueira sem antes apagar o fogo com água ou terra ? Não jogue pontas de cigarro em locais com vegetação seca ? Mantenha os aceiros sempre bem roçados.

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Incêndio criminoso é identificado no Córrego Jerivá

[Olho texto=”“Mesmo com todo um trabalho de conscientização, as pessoas insistem em fazer prática de fogo”” assinatura=”David do Lago Ferreira, superintendente de fiscalização do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Equipe de auditores fiscais do Instituto Brasília Ambiental flagrou, nesta quinta-feira (23), um cidadão ateando fogo em vegetação nativa do cerrado na região do Núcleo Rural do Córrego Jerivá, no Lago Norte. Além da advertência verbal, foi aplicada multa no valor de R$ 7.500,00. Os fiscais acionaram, imediatamente, o Corpo de Bombeiros e o incêndio foi controlado. O superintendente de fiscalização do instituto, David do Lago Ferreira, lembra que, “além de destruir a vegetação nativa e matar muitos animais selvagens, um incêndio florestal como esse pode causar sérios prejuízos financeiros e, até mesmo, colocar em risco a vida de pessoas e de animais domésticos.” Ao avistar focos de incêndios, o cidadão deve informar o Corpo de Bombeiros (193) e ao Brasília Ambiental, se for próximo de uma unidade de conservação | Foto: Instituto Brasília Ambiental O auditor ainda destaca que estamos no auge da seca e o Distrito Federal registrou nesta semana os dias mais quentes de toda a história. “Mesmo com todo um trabalho de conscientização, as pessoas insistem em fazer prática de fogo”, lamenta David Ferreira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Contribuição A recomendação do órgão para a população é de que, ao avistar focos de incêndios, o cidadão informe o Corpo de Bombeiros (193). Em casos próximos a uma unidade de conservação, o Brasília Ambiental também deve ser contatado pelo telefone (61) 9224-7202, através do WhatsApp. A penalidade por destruir vegetação natural, mediante uso de fogo, está prevista no Art. 43, combinado com o inciso I do Art. 60 do Decreto Federal 6514/2008. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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Estratégia unificada para combater incêndios

Órgãos distritais e federais estão se unindo para combater incêndios tão comuns neste período de seca intensa. Para evitar as queimadas, é necessário planejamento e ações preventivas. É o que propõe o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), ferramenta usada no Distrito Federal para situações de emergência como essas. Trata-se de um manual de procedimentos que deve ser seguido pelas equipes. O Corpo de Bombeiros usa o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) dentro da operação Verde Vivo, voltada para o combate às queimadas em todo o Distrito Federal | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Usamos o SCI como um método para que todos os órgãos consigam se entender e trabalhar da melhor maneira possível”, explica o comandante do sistema de incidentes pelo Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Aníbal Jr. “Conseguimos reduzir os recursos empregados e evitar que o trabalho de um não se sobreponha ao do outro. Com certeza, traz uma efetividade maior à operação”, complementa. No feriado de 7 de Setembro, para se ter ideia, o Corpo de Bombeiros registrou 29 ocorrências de queimadas pelo cerrado. Já a Floresta Nacional de Brasília (Flona) ardeu em fogo na última semana, em um incêndio que atingiu cerca de 806 hectares, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A floresta tem uma área total de 9 mil hectares. [Olho texto=”“É uma ferramenta que organiza a atuação dos vários órgãos; assim, conseguimos diminuir o tempo-resposta ao incidente”” assinatura=”Coronel Pedro Aníbal Jr., comandante do sistema pelo CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No caso da Flona, onde trilhas de bicicletas e pequenos córregos são aproveitados pela população, os bombeiros e o Brasília Ambiental deslocaram seus homens para o combate ao fogo. O ICMBio, responsável por administrar a unidade de conservação, deu as coordenadas da atuação. E a operação acabou bem-sucedida, com o fogo totalmente debelado em 48 horas, seguindo as diretrizes propostas pelo SCI. Operação na Flona Um total de 122 brigadistas participaram da operação na floresta. “Produzimos um documento onde há os procedimentos a serem tomados por cada equipe. O objetivo é reduzir ao máximo os danos ao meio ambiente”, explica a chefe da Flona, a analista ambiental do ICMBio Larissa Diehl. De acordo com ela, outras equipes monitoram também o território do Parque Nacional de Brasília, onde o cerrado também é castigado pelo fogo nesta época do ano. O Brasília Ambiental também esteve presente no “incidente Flona” com um grupo de 20 homens atuando junto aos bombeiros e ambientalistas. “Passamos dois dias lá direto, inclusive fizemos um sobrevoo na área junto aos bombeiros militares. Esse planejamento é essencial, até porque cada instituição opera de forma diferente”, explica o diretor de Prevenção e combate a Incêndios Florestais do órgão, Pedro Paulo Cardoso. O coronel Aníbal Jr. lamenta os incêndios causados pela ação humana: “Só trazem prejuízos ao meio ambiente e também ao homem” Participação do homem A metodologia SCI – da qual a padronização e o comando unificado são os carros-chefes – foi usada primeiramente nos Estados Unidos no início dos anos 2000, segundo relata o coronel Aníbal Jr. Atualmente, já é adotada em vários estados brasileiros. “É um conjunto de normas que pode ser usado em vários incidentes, não só no incêndio florestal”, conta o militar. O protocolo prevê, por exemplo, uma cadeia de comando em que os integrantes da força-tarefa se reportem somente a um líder designado, seja um oficial, supervisor, etc. Os agentes devem também usar a mesma terminologia – o que significa termos de conhecimento comum, sem utilizar novas denominações, conforme orienta o manual. E é recomendada ainda a elaboração rápida de um Plano de Ação do Incidente (PAI), um documento curto onde devem constar estratégias e recursos que serão usados na operação – a exemplo do que foi produzido por Larissa Diehl, no caso da Flona. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É uma ferramenta que organiza a atuação dos vários órgãos; assim, conseguimos diminuir o tempo-resposta ao incidente. A eficácia é maior, todavia não posso estimar o tempo, porque incêndio florestal varia muito no decorrer do tempo”, explica o coronel Aníbal Jr. “No caso da floresta, o Brasília Ambiental e o Instituto Chico Mendes cuidaram de uma área conhecida como ‘geladeira’. Já os militares trabalharam no restante do perímetro”, acrescenta. O Corpo de Bombeiros usa o método dentro da operação Verde Vivo, voltada para o combate às queimadas por todo o DF. Fogo apagado, os órgãos fazem um trabalho de vigilância nas áreas para evitar a chamada reignição, que é a volta dos focos de incêndio. E o cuidado com a natureza segue indispensável, conforme lembram os bombeiros. Cerca de 95% dos incêndios em áreas verdes são causados pelo homem, direta ou indiretamente. “É a ponta de cigarro jogada na mata, é o incêndio intencional, a queima de lixo. Tudo isso deve ser evitado. Só traz prejuízos ao meio ambiente e também ao homem”, finaliza o coronel Aníbal Jr.

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Zoo ensina como resgatar animais em incêndios florestais

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), está promovendo o curso Treinamento em resgate, manejo e contenção de fauna silvestre nas ações de prevenção e combate a incêndios florestais para 16 brigadistas do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Iniciada no último dia 31, a capacitação termina nesta quinta-feira (2). O treinamento promovido pela FJZB visa garantir aos brigadistas a melhor maneira de cuidar de animais resgatados em incêndios | Fotos: Divulgação FJZB [Olho texto=”“Ao ensinar técnicas práticas de manejo para o resgate correto, o nosso objetivo é facilitar o tratamento e diminuir os efeitos dos incêndios na fauna silvestre”” assinatura=”Luísa Helena Rocha, superintendente de Conservação e Pesquisa da FJZB” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A FJZB conta com profissionais especializados no resgate, contenção e manejo de animais em incêndios florestais e tem capacitado outras instituições e forças de segurança do Distrito Federal. “Ao ensinar técnicas práticas de manejo para o resgate correto, o nosso objetivo é facilitar o tratamento e diminuir os efeitos dos incêndios na fauna silvestre”, aponta a superintendente de Conservação e Pesquisa da fundação, Luísa Helena Rocha. Já a médica veterinária do Zoológico de Brasília, Fernanda Mergulhão, que ministra as aulas, reforça a importância do treinamento prático para que os brigadistas possam ajudar a salvar a vida de animais resgatados. “Ambientes de incêndio tem alta concentração de monóxido de carbono, o que intoxica e asfixia o animal. Quando ele é retirado pelo brigadista e colocado em um ambiente ventilado, damos um passo extremamente importante para salvá-lo”, explica. Com carga de 20 horas, o curso promove aulas teóricas e práticas nas dependências do Zoológico de Brasília Técnica Com carga horária de 20 horas, o treinamento está divido em duas fases: aulas teóricas, que ocorrem no prédio da Administração do Zoológico de Brasília, e aulas práticas ministradas nos recintos dos animais e no hospital veterinário da fundação. Para o supervisor dos brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo/GO), José Gabriel Rosa, o curso é visto como uma iniciativa fundamental para o trabalho desses profissionais. “Com esse treinamento especial, conseguimos aprender a maneira correta de cuidar dos animais que achamos durante os combates e, com conhecimento, vamos poder ajudar mais ainda”, avalia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esse é o primeiro curso voltado exclusivamente para brigadistas de prevenção e combate a incêndios florestais do Prevfogo e ICMBio. A ação faz parte das ações planejadas pela Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo) do Ibama para mitigar os danos à fauna silvestre nas ocorrências de queimadas e grandes incêndios florestais. *Com informações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília

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População pode ajudar a combater incêndios florestais

Onde há fumaça, há fogo. O dito popular, no contexto do período de seca mais intensa no Distrito Federal, é um convite para a população ajudar no combate aos focos de incêndios florestais e queimadas irregulares. E a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que coordena o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), intensifica esse convite. Quem detectar um foco de incêndio pode entrar em contato direto com o Corpo de Bombeiros e, se tiver certeza de que o fogo ocorre em uma Unidade de Conservação, ligar também para o Brasília Ambiental | Foto: Divulgação/CBMDF O objetivo é que os cidadãos alertem o Instituto Brasília Ambiental e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) ao avistar focos de fogo. “Em 2021, a meta é diminuir o total de área queimada nas Unidades de Conservação (UCs) em relação ao ano passado, quando houve 50% de redução se comparado ao período anterior”, diz o titular da Sema, Sarney Filho. [Olho texto=”“Pedimos que as pessoas mandem mensagem no WhatsApp, com localização, foto e até um breve relato da situação. Vai ajudar a dimensionar equipe e equipamentos necessários ao combate”” assinatura=” Pedro Cardoso, diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (DPCIF) do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (DPCIF) do Brasília Ambiental, Pedro Cardoso, explica que, entre agosto e setembro, 99% dos focos correspondem a incêndios ambientais, ou seja, ocorrem de forma acidental, geralmente motivados por queima de restos de podas ou por bituca de cigarro. “Nesta época de baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, a propagação do fogo é favorecida. Em contato com material combustível do Cerrado, que é propenso a incêndios, as chamas podem se alastrar rapidamente”, ele explica. Assim, quem detectar um foco de incêndio pode entrar em contato direto com o Corpo de Bombeiros, pelo número 193. Se houver certeza de que o fogo ocorre em uma UC, o Brasília Ambiental também deve ser informado, por meio do telefone (61) 99224-7202, que funciona 24 horas. “Pedimos que, se possível, as pessoas mandem mensagem no WhatsApp, enviando a localização, foto e até um breve relato da situação. Isso vai ajudar a dimensionar a equipe e os equipamentos necessários para o combate”, afirma Pedro Cardoso. De acordo com ele, em caso de dúvidas, a pessoa pode entrar em contato com um dos dois órgãos: “Estamos em linha direta com os bombeiros. Acompanhamos todos os protocolos e o deslocamento de viaturas e juntos realizamos a triagem das informações e definimos os procedimentos adequados”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Brasília Ambiental coordena o trabalho de 150 brigadistas florestais que atuam nas UCs, que incluem os parques ecológicos e distritais, frequentados pela população como opção de lazer, e unidades de uso restrito, que servem como reserva ecológica, por exemplo. A DPCIF conta com três grandes eixos de atuação: Monitoramento de Áreas Queimadas (Promaq); Gestão de Brigada Florestal e Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais nas Unidades de Conservação geridas pelo instituto. A Brigada Florestal está distribuída em 16 locais, sendo dez bases e seis postos avançados. As bases contam com cinco ou seis profissionais por dia e estão localizadas na sede do Brasília Ambiental, Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae), Parque Distrital do Gama, parques ecológicos Águas Claras, Veredinha (Brazlândia), do Cortado (Taguatinga), do Riacho Fundo, Ezechias Heringer (Guará), do Lago Norte e do Paranoá. Já os postos avançados contam com dois profissionais, diariamente, e estão localizados nos parques ecológicos Três Meninas (Samambaia), Saburo Onoyama (Taguatinga), Olhos d`Água (Asa Norte) e Jequitibás (Sobradinho), além do Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul) e Jardim Botânico de Brasília. Serviço: Corpo de Bombeiros Militar do DF: Ligar 193 DPCIF – Instituto Brasília Ambiental: Ligar (61) 99224-7202 *Com informações da Secretaria de Meio Ambiente do DF e do Instituto Brasília Ambiental

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Ações para prevenir incêndios florestais durante a seca

A queima controlada acontece quando o fogo é provocado e monitorado por órgãos competentes e é indicada para reduzir o material combustível presente na superfície | Foto: Divulgação/Sema O Distrito Federal está sob emergência ambiental desde o início de março. A medida dá respaldo jurídico às ações previstas no Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PPCIF), executado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Até que o período de seca se intensifique, o que acontece a partir de julho, as iniciativas estão voltadas à prevenção. A queima controlada, que é um dos instrumentos de prevenção, junto com a abertura de aceiros, acontece quando o fogo é provocado e monitorado por órgãos competentes e é indicada para reduzir o material combustível presente na superfície. O fogo entra em combustão e queima superficialmente, sendo em seguida apagado. Realizada ainda no final do período chuvoso, a queima  consome o que está na superfície sem prejudicar a raiz das plantas, funcionando como uma barreira no período de seca. O Distrito Federal está sob emergência ambiental desde o início de março | Foto: Aarquivo/Agência Brasília Mesmo reconhecendo que ainda há alguma resistência, o coordenador do PPCIF,  secretário Sarney Filho, defende  que a técnica foi profundamente estudada e é adotada com sucesso também em outros países. “Nos anos mais recentes não tivemos mais grandes incêndios, como os que ocorreram no Jardim Botânico e no Parque Nacional de Brasília” , afirmou. A coordenadora do PPCIF na Sema, Carolina Schubart, explica que este tipo de ação, É indicada em algumas áreas do DF com maior risco de grandes incêndios. “Com a pandemia, temos nos preocupado muito em como gerir melhor o direcionamento da fumaça para que a população não se sinta prejudicada, principalmente aquela que vive próxima das Unidades de Conservação. Por outro lado, lembramos que a fumaça do incêndio florestal é pior para as pessoas do que a da queima prescrita”, afirma. Manejo integrado O diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Brasília Ambiental Pedro Cardoso, acredita que no período crítico, muitas vezes os recursos da gestão focada no combate são insuficientes para debelar um incêndio florestal. “O modelo de gestão pautado no manejo integrado do fogo é recente no país. Mas não temos como negar que entre a comunidade cientifica o entendimento é bastante confiável e, aqui no DF, a gente tem avançado bastante no assunto”, diz. [Olho texto=”“A queima não é consenso para a sociedade. Mas é um consenso mundial e entre a comunidade cientifica de que, em savanas tropicais, como ocorre no bioma Cerrado, é preciso fazer o manejo do fogo”” assinatura=”Diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Brasília Ambiental, Pedro Cardoso” esquerda_direita_centro=”direita”] O analista ambiental do Ibama Rodrigo Falleiro reconhece que a queima prescrita gera dúvidas na população, que questiona se a estratégia causa danos ao solo, fauna e flora. “Ou a gente faz isso no momento certo, incorporando o fogo ao ecossistema ou haverá perda de biodiversidade e incêndios lá na frente”, afirma. Para ele, uma boa estratégia de comunicação que dê respostas à sociedade e que informe o cronograma das ações com antecedência é essencial para que a queima prescrita seja utilizada sem causar transtornos. “A queima não é consenso para a sociedade. Mas é um consenso mundial e entre a comunidade cientifica de que, em savanas tropicais, como ocorre no bioma Cerrado, é preciso fazer o manejo do fogo”. Segurança técnica De acordo com Falleiro, é muito importante que os tomadores de decisão tenham certeza de que a queima está ocorrendo em condições adequadas com relação à gestão da fumaça, principalmente se a queima é em áreas urbanas ou periurbanas. “O responsável tem que poder justificar, ou seja, ter segurança técnica, de por que a queima foi feita naquele momento, baseando-se em medições das condições climáticas e atmosféricas”. Manter a população bem informada evita, por exemplo, que o Corpo de Bombeiros seja notificado sobre um foco de incêndio e desloque efetivo para um local em que a queima, trata-se na verdade, de uma ação controlada. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Hudson Felix, gerente de Fogo da Floresta Nacional de Brasília, afirma que a queima prescrita deve ser precedida por um bom planejamento. “É preciso ter amparo legal e comunicar bem as ações para trabalhar melhor junto à sociedade, o que reforça a importância do manejo do fogo junto à população”. Para Diego Miranda, gerente de Preservação do Jardim Botânico de Brasília, o trabalho de interagências e da participação das instituições nas queimas prescritas é fundamental para o êxito da estratégia. * Com informações da Secretaria do Meio Ambiente

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Estação Águas Emendadas recebe queimada preventiva

Como forma de prevenção nesta época do ano contra riscos de incêndios florestais, uma equipe composta pelo Brasília Ambiental, Jardim Botânico, Corpo de Bombeiros, ICMBio e Prevfogo realizaram, na tarde desta quarta-feira (10), ação de queima prescrita dentro da área da Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae). O local também já recebeu a prática de aceiro mecânico. A medida de segurança teve a coordenação da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), por meio do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCF). Esta é mais uma ação do Governo do Distrito Federal, que tem como objetivo mitigar os incêndios florestais no Cerrado – somadas entre outras – com a abertura de edital para contratação temporária de 148 brigadistas florestais combatentes e a criação da Diretoria de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (DIPCIF) do Instituto Brasília Ambiental. Queimada preventiva na Estação Ecológica Águas Emendadas. Foto: Divulgação A queima prescrita e a produção de faixas de aceiros estão previstas no PPCIF, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, feitas em áreas e períodos específicos. Tem como objetivo consumir o material combustível acumulado, preservando a diversidade biológica. “É mais uma ação de prevenção que o Governo vem realizando em conjunto com diversos órgãos que compõem o Plano de Prevenção, tendo o apoio a Sema”, afirmou a coordenadora do PPCIF, Carolina Schubart. Segundo explicou o diretor da DIPCIF, o biólogo Pedro Paulo Cardoso, tanto a queimada prescrita e o aceiro são formas de prevenir os incêndios florestais. “Mas requer muito cuidado e tem que ser feito por pessoas treinadas, capacitadas para o manuseio e controle do fogo”, completou. Parceria O Grupo Executivo do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF é composto por: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Aeronáutica, Marinha, Corpo de Bombeiros (CBMDF), Secretaria de Saúde, Jardim Botânico de Brasília (JBB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Brasília Ambiental. A Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, chamada de Lei de Crimes Ambientais, estabelece multa de R$ 1 mil por hectare ou porção de área irregularmente queimada. Se o fogo atingir unidades de conservação, a multa é aumentada em 50%. Estação Ecológica Santuário das águas – A Estação Ecológica Águas Emendadas é uma das mais importantes reservas naturais do Distrito Federal, onde ocorre o fenômeno único da união de duas grandes bacias da América Latina: a Tocantins/Araguaia e a Platina, em uma Vereda de 6 km de extensão. Essa característica faz dela um dos acidentes geográficos de maior expressão existentes no território nacional: as águas que ali brotam correm em duas direções opostas. A Esecae engloba também a Lagoa Bonita, nascente do Ribeirão Mestre D’Armas e local de relevante beleza e importância ambiental. Sua área de Cerrado, praticamente intacta, abriga fauna ameaçada de extinção, como a anta, a suçuarana, o tamanduá, o lobo-guará, entre outros, sendo de grande importância para a realização de pesquisas científicas. Por se tratar de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, as visitações são restritas e apenas ocorrem de forma guiada.   * Com informações Brasília Ambiental

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Jardim Botânico elabora plano de trabalho para evitar incêndios

Nesta época do ano, em que a vegetação seca, a baixa umidade do ar e a falta de chuvas contribuem para o aumento dos incêndios florestais, o Jardim Botânico de Brasília elaborou um plano de trabalho para evitar o registro de novos focos. As ações vão desde a manutenção de equipamentos utilizados no combate as chamas, passando pela execução de aceiros negros (com fogo controlado) e mecânicos (com tratores e roçadeiras) em áreas estratégicas, até o treinamento da equipe com adequações devido a pandemia do coronavírus. As primeiras medidas preventivas começaram já no início deste ano junto aos membros do grupo responsável pelo Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal para manter a marca histórica de 2019, quando não houve nenhum registro nos cinco mil hectares do JBB e da Estação Ecológica do Jardim Botânico. Os trabalhos de prevenção contra queimadas começaram no JBB de Brasília. Fotos: divulgação JBB O gerente de Preservação do Jardim Botânico, Pedro Cardoso, explica que no ano passado as estratégias foram fundamentais para impedir o avanço dos 14 focos registrados ao redor da unidade de conservação. “Com essas ações, os brigadistas conseguiram combater as chamas de forma rápida e evitaram que elas se alastrassem dentro da nossa área”, reforçou. Como parte do plano de 2020, foram executadas a roçagem em pontos de maior risco e incidência e as manutenções tanto da caixa d’água de 45.000 l, instalada em 2019 em um ponto estratégico da Estação Ecológica do Jardim Botânico para reabastecimento das viaturas de combate, quanto dos demais equipamentos utilizados pelos brigadistas. “Essas ações são permanentes, pois dependemos do bom funcionamento dos equipamentos para o combate efetivo. Como nossa área é muito grande, o trabalho de roçagem é realizado por etapas. E contamos com a parceria de órgãos como a administração regional do Lago Sul e fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília”, completou Pedro Cardoso. Rondas Além disso, as rondas periódicas dentro do Jardim Botânico e na área da Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado serão intensificadas e a instrução aos vigilantes, principalmente do Centro de Excelência do Cerrado, para identificação de fumaças e pontos de calor, e treinamento de todos os servidores do JBB serão fundamentais para o combate efetivo dos focos de incêndios. “Precisamos nos adequar à nova realizada imposta pela pandemia e a partir de agora será obrigatório o uso de máscaras ou balaclavas em qualquer ação”, adiantou o gerente de Preservação. Queima controlada A próxima ação prevista é a execução do aceiro negro em torno da DF 001, que faz divisa com a Estação Ecológica do Jardim Botânico, na segunda quinzena de julho de 2020. “Esse trabalho diminui o material combustível nas bordas da Estação Ecológica, impedindo que as chamas se alastrem rapidamente  facilitando o primeiro combate ao incêndio”, complementou Pedro Cardoso. O trabalho de conscientização sobre os perigos da queima de lixo e poda, que são as principais causas de incêndio florestal, também será intensificado. Devido a pandemia, as blizte educativas e o trabalho de porta em porta feito com a comunidade vizinha ao JBB foram suspensos. No entanto, a comunicação por meios digitais será intensificada. “Sempre contamos com a parceria dos moradores que vivem nos arredores do jardim, o que aumenta a nossa área de vigilância. E temos conseguido bons resultados, pois os alertas dos focos de fumaça nos permitem uma ação mais rápida e eficaz”, argumentou o gerente de Preservação. * Com informações JBB

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Governo treina brigadistas para a temporada de secas e queimadas

GDF organiza curso de brigadistas para atuação durante o período de seca. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Fogo não é brincadeira. É sabendo disso que o Governo do Distrito Federal juntamente com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) oferecem o primeiro curso de brigadista florestal nesta semana, de forma totalmente gratuita. Ao todo, serão capacitados 95 voluntários brigadistas para atuar no período de seca, entre julho e novembro deste ano. O objetivo é que a capital esteja amparada para evitar e combater qualquer tragédia florestal. “No ano passado, lançamos o edital de contratação e tivemos muita dificuldade em encontrar profissionais capacitados. Passamos essa demanda ao governador Ibaneis Rocha e ao secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, e eles se mostraram preocupados com a questão. Por isso, resolvemos agir e prevenir de forma antecipada”, conta a coordenadora do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio no Distrito Federal, Carolina Schubart. O curso é aplicado pelos profissionais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) que é a área especializada do Ibama, responsável pela prevenção e combate aos incêndios florestais, incluindo atividades relacionadas a campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas. Com a alta procura, foi necessário que uma outra turma fosse formada. Por isso, o curso da primeira turma inicia nesta segunda-feira (22). A segunda turma  a partir do dia 13 maio. Disciplinas A dinâmica tem a duração de 40 horas fracionadas em cinco dias. As disciplinas aplicadas são Organização da Brigada e Segurança, Manejo Integrado do Fogo, Equipamentos e Ferramentas, Comportamento do Fogo, Combate aos Incêndios Florestais e Técnicas de Queima Controlada e Desmobilização. Além disso, serão feitas aulas práticas. A ideia é capacitar o máximo possível de brigadistas para quando o edital de contratação do Ibram sair, os inscritos estejam preparados. “Eu sentia necessidade de fazer um curso de brigada. Comecei como voluntária no incêndio da Chapada dos Veadeiros. Ali, eu realmente me apaixonei e comecei a acompanhar tudo. Recebi a informação que teria o curso e avisei para alguns colegas que também são interessados nessa área. Inclusive, quando o edital sair quero participar e tornar essa a minha profissão. O curso vai agregar muito”, conta a aluna Cristiane Priscila Ferreira, 26 anos. Blitz educativa Além disso, a Sema vai realizar uma blitz educativa, nesta sexta feira (26) de prevenção aos incêndios florestais no DF. A ação ocorrerá de 8h às 12h, na comunidade de Brazlândia, e vai contar com a  parceria do Ibram, JBB, IBGE, ICMBio, Ibama, PRF, Secretaria de Saúde, Marinha, Corpo de Bombeiros, Aeronáutica e Administração Regional de Brazlândia.

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SARNEY FILHO – “O interesse da sociedade deve se sobrepor aos direitos individuais.”

Entrevista com o secretário de Meio Ambiente, José Sarney Filho. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Sarney Filho, o novo secretário de Meio Ambiente, tem se dedicado ao longo da vida às questões ambientais. Foi ministro do Meio Ambiente por mais de uma vez, autor da Lei Complementar nº140 de 2012, que regulou a participação dos estados na questão ambiental e, agora, assume o desafio de cuidar e preservar o cerrado, que abriga a capital da República. Em entrevista à Agência Brasília, ele diz que está focado no combate às invasões de áreas de preservação ambiental e conta com a participação social para isto. “Criamos, no início do ano, a Escola Superior do Cerrado, no Jardim Botânico, com o objetivo de formar profissionais especialistas em preservação ambiental e promover a conservação das espécies nativas”, detalha. Sarney Filho ainda destaca o empenho do governo em revitalizar os parques urbanos com o SOS Parques. Fala sobre projetos em parceria com os produtores rurais para preservar as bacias do Paranoá e Descoberto e destaca a necessidade de desburocratização da administração pública para assegurar mais investimento para o DF. “Temos processos com mais de quatro anos tramitando e o empreendedor não sabe como está, perde os financiamentos e tem muito prejuízo. Às vezes, tá certo, não dá para atender a demanda. Mas, muitas vezes, ela só não é atendida porque a burocracia é muito grande. Precisamos acabar com isto”. Por que o governo resolveu priorizar os parques urbanos logo nos primeiros meses do ano? Os brasilienses têm nos parques o seu destino de lazer. Hoje, esse uso está cada vez mais comum para cuidar da saúde. A população faz caminhadas, corridas e nossa primeira preocupação é dar conforto a essas pessoas. Ou seja, melhorar as condições dos parques. Todos estavam em diferentes estágios de abandono. Decidimos criar o SOS Parques e começamos as ações de revitalização pelos parques das regiões administrativas com maior registro de frequência. Começamos pelo Saburo Onoyama, que já foi entregue. Lá, fizemos uma série de ações começando pela poda de árvores, recuperação de ciclovias, banheiros, bebedouros, quadras esportivas e iluminação. Depois, fomos para o Parque de Águas Claras, onde os serviços estão sendo concluídos. O Parque do Cortado (Taguatinga) e o Parque do Guará serão entregues ao longo deste mês. A gente vê que a população está satisfeita e a nossa ideia é levar, até o fim do ano, o programa para todos os 18 parques implantados. [Olho texto=”Decidimos criar o SOS Parques e começamos as ações de revitalização pelos parques com maior registro de frequência. Começamos pelo Saburo Onoyama, que já foi entregue. Lá, fizemos uma série de ações começando pela poda de árvores, recuperação de ciclovias, banheiros, bebedouros, quadras esportivas e iluminação. ” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quantos parques urbanos existem no DF? É importante frisar que, neste ano, vamos tirar do papel mais 17 parques. Isto significa cercar, elaborar o plano de manejo e o de uso, iluminação, melhorias para a população. Não vamos entregar só um terreno cercado, não. Vamos entregar um parque urbano para ser utilizado pela população. Mas é claro que, se houver áreas de preservação de nascentes e ecossistemas raros do cerrado, vamos manter. Todos esses 17 novos pontos são parques já criados por lei, mas que ainda não foram implementados. No DF, hoje, temos 75 parques criados. Desses, apenas 18 estão implementados. Ao final deste ano, vamos chegar à marca de 35 entregues à população. Como o governo está trabalhando para impedir e prevenir as ocupações irregulares nas áreas de parques? Estamos alinhados com a política do governo. O que tiver de invasão nova será imediatamente combatida com vigor. Agora, há muitos casos de parques, inclusive alguns instalados, com invasões históricas, chácaras, com mais de 40 anos de residência. Nesses casos, teremos de ter uma participação do Ministério Público e da sociedade para debatermos como proceder. Acho que aqueles já consolidados e que não atingem áreas de nascentes, nem de grande interesse ambiental, terão de ser discutidos na Justiça porque são passíveis de um realinhamento. Mas há outros casos que, infelizmente, não têm a menor condição e terão de ser desocupados. O governo já estabeleceu, dentre as estratégias de combate à grilagem, a priorização das áreas de alto interesse ambiental. Ou seja, os parques estão dentro dessas áreas e são prioridade no combate às invasões. [Olho texto=”O governo já estabeleceu, dentre as estratégias de combate à grilagem, a priorização das áreas de alto interesse ambiental. Os parques estão dentro dessas áreas e são prioridade no combate às invasões.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A legislação ambiental é eficiente no sentido de combater essas invasões e na preservação ambiental? Temos uma legislação muito boa, tanto a nacional como a distrital. É uma legislação que dá instrumentos para que a gente possa ter uma política de desenvolvimento sustentável. O que estamos fazendo é utilizar a tecnologia para simplificar procedimentos, no que diz respeito a licenciamentos e, também, para a emissão de multas. Com isto, vamos diminuir os prazos para licenciamento, para que possamos aprovar ou negar as licenças. Porque hoje temos processos com mais de quatro anos tramitando e o empreendedor não sabe como está, perde os financiamentos e tem muito prejuízo. Às vezes, tá certo, não dá para atender a demanda. Mas muitas vezes, ela só não é atendida porque a burocracia é muito grande. Precisamos acabar com isto. E, então, o foco é desburocratização? Sim, claro. Por exemplo, na área rural, não tem sentido mais a gente ir em loco fazer averiguação se tem danos à reserva legal, se está respeitando ou não a área de preservação permanente. Hoje, isso tudo é georeferenciado. Então, basta que o produtor tenha feito o cadastro ambiental, que informa tudo isto. Se tiver tudo bem, por adesão e compromisso, o produtor já sai com todas as autorizações para plantio sem precisar de muita burocracia. Por isto, vamos seguir nessa linha de desburocratizar sem flexibilizar. Não vamos abrir mão do princípio de que o interesse da sociedade e os direitos difusos se sobreponham aos direitos individuais. Como o governo trabalha para conscientizar os produtores rurais da necessidade de promover ações voltadas à preservação ambiental? Por exemplo, o produtor rural aqui no cerrado central pode desmatar até 80% da propriedade para plantio. Se nesse espaço tiver nascentes, ele é obrigado por lei a proteger essas nascentes. Isto não deixa de ser um ônus para o produtor, principalmente o pequeno proprietário, porque os maiores têm como financiar isto com mais facilidade. Desde que chegamos aqui estamos intensificando o programa de pagamento por serviços ambientais: o Projeto Produtor de Água. Assinamos um acordo que envolve a Agência Nacional das Águas (ANA), Caesb, Saneago e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Goiás para financiar a iniciativa, que já tem um piloto na bacia do Ribeirão Pipiripau. Na prática, ele viabiliza o pagamento de um valor ao ano, algo em torno de R$ 200,00 por hectare, para aquele produtor que preserva e não desmata área de nascentes, que estão em sua propriedade. O GDF tem estimulado novas práticas agrícolas, que impactam menos no meio ambiente? Outro projeto que estamos tocando aqui é a implantação de sistemas agroflorestais mecanizados, tratores e podadores adaptados. A Agrofloresta é algo relativamente novo que usa a dinâmica da floresta para fazer o plantio de espécie nativas com culturas agrícolas. O interessante é que essa prática mantém e recupera grandes áreas degradadas, preservando nascentes e o Cerrado. Nossa meta é implantar num primeiro momento, em projeto-piloto, pelo menos 20 hectares de sistemas agroflorestais mecanizados em propriedades nas bacias do Paranoá e Descoberto. E a população urbana? Existem ações específicas de estímulo à participação social no controle e preservação ambiental? Sim. Temos pensado nisso, queremos implantar nos parques os sistemas de fiscalização por câmeras para que a população possa ajudar nesse controle. O Ibram já tem os recursos provenientes de compensação ambiental para isto. Também criamos no início do ano, a Escola Superior do Cerrado, no Jardim Botânico, com o objetivo de formar profissionais especialistas em preservação ambiental e promover a conservação das espécies nativas. Neste início de ano, o governador Ibaneis sancionou a Lei nº 6.269, que trata do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). Qual a importância dessa legislação para o DF? O ZEE é um instrumento estratégico para o planejamento do desenvolvimento de qualquer cidade. Ele aponta claramente quais áreas podem servir para indústria, áreas que são exclusivas para preservação, apontam os locais onde podem construir habitações, onde não pode. É uma lei que regula todos esses aspectos. Ela é importantíssima porque facilita o dia a dia. Se pegar a Lei de Uso do Solo (LUOS) e o Zoneamento (ZEE) e fizer uma junção das duas, o empresário já sabe onde pode e vai conseguir a liberação para o seu negócio. Onde ele terá problemas, onde não. Ou seja, é um instrumento de planejamento. E facilita para o governo, na questão da liberação dos licenciamentos. Qual a intenção do governo em relação ao Hospital Veterinário? Está prevista a ampliação dos serviços? O governador Ibaneis determinou a criação de mais uma unidade. Estamos tentando viabilizar, tecnicamente, com a maior brevidade possível. Em épocas de crise financeira, o governo tem de ser criativo. Por isto, já procurei o reitor do Uniceub, que possui um curso de veterinária. Disse que temos o espaço, ao lado do atual Hospital Veterinário, e ficamos de dar continuidade nessa parceria. Outra faculdade já demonstrou interesse. Acredito que vamos conseguir, em breve, anunciar à população a ampliação dos serviços. Estamos enfrentando fortes chuvas, mas quem é de Brasília não esquece que a temporada de seca castiga muito, principalmente em função das queimadas. Como a Sema se prepara para enfrentar essa situação? Já fizemos três reuniões com Corpo de Bombeiros e Prevfogo (programa de prevenção do Ibama) para tomarmos as precauções necessárias. Na próxima semana, começamos a capacitação dos brigadistas. Quero assegurar que a gente mantenha o mesmo número de brigadistas do ano passado, mas vamos lutar por mais equipes porque esse ano choveu bastante. As árvores, o mato, tudo cresceu mais, temos mais folhas… todo esse material vai secar e virar combustível para as queimadas. Precisamos focar na prevenção e em campanhas publicitárias para envolver a população. No mês passado, iniciamos as blitzes educativas, no Park Way, alertando a população sobre os perigos de queimar lixo, descarte de materiais inflamáveis. O próximo local é Brazlândia. Nosso cronograma é passar por, pelo menos, oito comunidades próximas a regiões onde são mais comuns os incêndios florestais como a Flona, Parque Nacional, Jardim Botânico, Boca da Mata. Outra medida que vamos tomar é fazer o acero em todos os nossos parques, que têm limites com rodovias e estradas de grande circulação. [Olho texto=”Na próxima semana, começamos a capacitação dos brigadistas. As árvores, o mato, tudo cresceu mais, temos mais folhas… todo esse material vai secar e virar combustível para as queimadas. Precisamos focar na prevenção e em campanhas publicitárias para envolver a população.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Brasília produz quase cinco toneladas de lixo por dia. O novo aterro de Samambaia está preparado para tratar esse volume todo? Para o Aterro Sanitário de Samambaia, temos recursos internacionais para fazer uma avaliação e a remediação. Ou seja, avaliação que é o diagnóstico da situação atual. O que temos hoje, o potencial de metano, o que é lixo descartável, o que reciclável e o que não é. E, também, a remediação que é o apontamento de caminhos para reparar. Estruturalmente, sabemos que o novo aterro tem problemas, porque já nasceu velho e a vida útil dele está em torno de mais oito anos. O que é muito pouco. Por isto, estamos pensando em abrir uma discussão ampla com a população, empresários e a academia sobre novas possibilidades. Uma coisa que a gente verifica e que tem de ser feita, com urgência, é a reformulação da lei nacional dos resíduos sólidos. Por quê? Porque ela tem um foco ainda grande em aterros sanitários. Hoje em dia, a incineração de lixo não é mais um problema, há filtros eficientes. Alguns países na Europa já zeraram os aterros sanitários e optaram por incinerar o lixo, gerando energia dessa incineração. Outra vantagem? É uma operação menos poluente e mais barata. Para Brasília, talvez fosse melhor a gente aproveitar os catadores para fazer a seletividade do lixo e aquilo que for menos poluente, a gente incinera. Mas estamos estudando. Não dá para ficar do jeito que está. Para você ter uma ideia, o nosso aterro custou cerca de R$ 30 milhões e a manutenção custa, ao ano, entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões! Existe a possibilidade de adotar esse novo modelo de incineração do lixo aprovando uma regulamentação em âmbito distrital? Estamos fazendo estudos sobre isto. No Brasil, só São Paulo possui uma legislação específica. Mesmo assim está sendo questionada por inconstitucionalidade. É um problema que temos de enfrentar. Temos técnicos avaliando essa possibilidade. se não for possível, a gente vai buscar o Congresso Nacional para ajudar a construir esse caminho. Precisamos antever o futuro. Até porque, daqui a alguns anos, vai faltar espaço para construção de aterros.

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