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reconstrução mamária

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Serviço de cirurgia plástica do Hran soma quase mil atendimentos mensais

Funcionando há quase 40 anos, o serviço de cirurgia plástica no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) acumula histórias de superação. São pacientes que tiveram a vida reconstruída após procedimentos reparadores. Atualmente, a equipe presta quase mil atendimentos por mês, abrangendo casos de diferentes complexidades. Maria das Graças Gomes fez reconstrução mamária no Hran: . “A equipe trouxe minha autoestima de volta” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF  “Quando fazemos uma plástica, estamos trabalhando na qualidade de vida das pessoas, devolvendo a autoestima e até a vontade de viver. É muito mais que estética” Antônio José Pacheco, cirurgião plástico do Hran Maria do Socorro, 59 anos, é uma dessas pacientes. Ela foi atendida há nove anos, após um acidente de carro que causou múltiplos traumas pelo corpo. Desde então, segue acompanhada pelo setor de cirurgia plástica do Hran. “Sinto muita gratidão a toda a equipe responsável pelo tratamento; todos ajudam com amor e carinho”, comenta. O cirurgião plástico Antônio José Pacheco, do Hran, lembra que o impacto dos procedimentos vai além da saúde física: “Quando fazemos uma plástica, estamos trabalhando na qualidade de vida das pessoas, devolvendo a autoestima e até a vontade de viver. É muito mais que estética. As pessoas sofrem com a aparência e com a rejeição da sociedade”. É o caso da Maria das Graças Gomes, 76, que passou por uma reconstrução mamária depois de enfrentar um câncer agressivo. “A equipe trouxe minha autoestima de volta”, relatou. “Fiquei mutilada por dois anos. Eu não me olhava no espelho, não me arrumava. Hoje, coloco biquíni, vou à praia e curto”. Como ser atendido [LEIA_TAMBEM]As cirurgias plásticas realizadas no Hran incluem os procedimentos em membros, como pernas e braços, contemplando também pacientes queimados, fissurados, sequelas de acidentes, além de casos de câncer de pele. Com frequência, a equipe ainda recebe casos de mordidas de animais, principalmente de cachorros. Por se tratar de um serviço especializado, o encaminhamento para a cirurgia plástica é feito por meio do Complexo Regulador. O acesso começa nas unidades básicas de saúde (UBSs), que direcionam o paciente à consulta com a equipe de cirurgia plástica. Após a avaliação da equipe especializada, dependendo da necessidade, é feita a inserção na lista de espera. *Com informações da Secretaria de Saúde     

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Outubro Rosa: Força-tarefa de reconstrução mamária leva autoestima para mais de 60 mulheres

“Mudou muito a minha autoestima. Posso ficar despreocupada em usar uma roupa sem sutiã, sem medo de como meus seios vão ficar”. O relato é da costureira Marli Alves Pereira, 48 anos, uma das mulheres atendidas na 9ª força-tarefa de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Organizado anualmente, o movimento é fruto de uma parceria do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A 9ª força-tarefa de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga contemplou 50 mulheres com reconstrução mamária e outras 17 com micropigmentação de aréolas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Neste ano, 50 mulheres foram atendidas com reconstrução mamária – das quais 40 passaram pelo procedimento no HRT, entre os dias 14 e 19 deste mês, e outras dez fizeram a cirurgia no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), do dia 21 ao 25. Além disso, 17 mulheres tiveram acesso gratuito à micropigmentação de aréolas no HRT. As intervenções mobilizaram mais de 70 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de tatuadores, que participaram da ação de forma voluntária. “A reconstrução mamária é parte importante do tratamento das mulheres que precisaram ser mastectomizadas“, enfatiza a vice-governadora, Celina Leão. “Vai além da saúde física, impacta positivamente na autoestima e na autoconfiança dessas mulheres, sendo parte integral do tratamento contra o câncer de mama. Quem enfrenta a doença e seus tratamentos deve contar com empatia e acolhimento em todos os aspectos, especialmente, do poder público, que deve dar todas as condições para a cura e para que as mulheres retomem plenamente suas vidas.” As mulheres atendidas foram selecionadas com base na lista de prioridade da rede pública de saúde e, antes da realização do procedimento de reconstrução, passaram por uma série de exames. “A gente considera que a força-tarefa foi um sucesso, todas as pacientes operadas estão bem e realmente alcançamos o objetivo de resgatar a autoestima delas”, ressalta a supervisora do Centro Cirúrgico do HRT, Mônica Dias, que participa da força-tarefa desde a criação. “O Outubro Rosa é um momento de conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama. E é muito bonito ver o tanto de pessoas que querem ajudar. Reunimos mais de 70 profissionais que vieram felizes, vestindo a camisa mesmo para abraçar essas mulheres e entregar o que realmente elas merecem”, completa a médica. Em comemoração ao mês, o HRT ganhou decorações temáticas, com cartazes que lembram a beleza de cada mulher e frases que incitam a esperança e a solidariedade. “A gente considera que a força-tarefa foi um sucesso, todas as pacientes operadas estão bem e realmente alcançamos o objetivo de resgatar a autoestima delas”, comemora a supervisora do Centro Cirúrgico do HRT, Mônica Dias O autoexame salva Marli descobriu o câncer de mama por meio do autoexame em março de 2020, mas, devido à pandemia de covid-19, só procurou assistência médica três meses depois. “A minha irmã já tinha tido câncer de mama e eu sabia que um nódulo duro era algo suspeito, mas à época não quis ir em frente, até que caiu a ficha: ou eu pegava covid-19 ou poderia morrer por causa da doença”, revela. A primeira cirurgia de Marli foi no HRT, em 2021, com a retirada da mama esquerda e a colocação de uma prótese. Inicialmente, ela não fazia questão de modificar a mama direita, mas depois percebeu a melhora que surtiria na própria autoestima. “Naquela época nem imaginei que poderia ficar assimétrica, só queria me livrar da doença. Mas, ainda assim, os médicos colocaram meu nome na lista e me disseram para pensar se queria arrumar ou não. No dia 18 deste mês, fiz o procedimento e fui muito bem atendida”, comenta. Das 50 mulheres atendidas com reconstrução mamária, 40 passaram pelo procedimento no HRT, entre os dias 14 e 19 deste mês; as outras dez fizeram a cirurgia no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) “Agora, posso ficar despreocupada porque sei que as duas mamas estarão na mesma altura e, depois que o inchaço passar, acho que estarão do mesmo tamanho. Parece bobo, mas me sinto muito feliz”, conta Marli, que alerta sobre a importância de estar atenta ao próprio corpo. “O autoexame é muito importante. Se massageie, veja se tem algo estranho e, se tiver, procure um médico, peça o exame e se cuide. Quanto mais cedo descobrir, melhor”. A aposentada Mariene Senhorinha da Silva, 56 anos, também foi atendida pela força-tarefa do HRT. Ela descobriu o câncer de mama em 2017 e, devido à gravidade, logo foi encaminhada para mastectomia e esvaziamento dos linfonodos da axila. No último dia 18, a moradora de Samambaia fez o procedimento de reconstrução para a assimetria das mamas. “Não tive sintomas nenhum. Um dia estava arrumando a casa, escorreguei e bati o seio no botijão de gás. Comecei a sentir muita dor e fui ao médico, que viu o tumor e me pediu os exames”, lembra. Agora, Mariene afirma que está com a autoestima renovada, assim como as outras pacientes atendidas. “Conversei com muitas mulheres durante o pré-operatório e todas estavam felizes com a reconstrução. A cirurgia foi muito tranquila, me trataram muito bem e a doutora que me atendeu foi muito simpática”, conta ela, que seguirá em acompanhamento oncológico no Hospital de Base para remissão da doença. A aposentada Mariene Senhorinha da Silva foi uma das atendidas pela força-tarefa: “A cirurgia foi muito tranquila, me trataram muito bem e a doutora que me atendeu foi muito simpática” Quem também passou pela força-tarefa foi a comerciante Cristiane Ferreira, 48 anos. Ela fez os procedimentos de reconstrução mamária e pigmentação, e classifica a vida dela como antes e depois do Outubro Rosa. “Depois do meu tratamento, 100% gratuito no SUS, participar do mutirão de reconstrução de mamas deste Governo do Distrito Federal é um divisor de águas. Todas as colegas que precisaram fazer mastectomia, reconstrução imediata ou tardia, conseguiram fazer no Outubro Rosa. O sentimento é de renovação. Eu não reconstruí as mamas, eu reconstruí a minha vida”, celebra. Diagnóstico precoce Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam que mais de 73 mil casos novos de câncer de mama serão registrados no Brasil neste ano, sendo considerada a neoplasia que mais acomete mulheres no país. Os principais indícios da doença, conforme o Ministério da Saúde, são “retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço; inversão do mamilo; inchaço da mama e dor local”. As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada para acompanhamento e tratamento da doença. A paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização de mamografia na rede, por meio do sistema de regulação. Depois, com o resultado do exame em mãos, ela deve retornar à UBS para ser atendida pela equipe de saúde. Caso haja alguma alteração, a paciente é direcionada para atendimento com mastologista, que pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia mamária ou a biópsia. Em 2023, o governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei nº 7.237/2023, que estabelece uma lista de prioridades para a realização de mamografias na rede pública. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade. A celeridade vale também para quem necessita de avaliações periódicas, faz tratamento contra o câncer ou precisa de urgência conforme determinação médica.

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Força-tarefa de reconstrução mamária resgata autoestima de mulheres mastectomizadas

Resgatar a autoestima de mulheres mastectomizadas devido ao câncer de mama é a missão da força-tarefa de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Realizado anualmente, o movimento é fruto de uma parceria do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Neste ano, serão atendidas 50 mulheres com reconstrução mamária e 15 passarão por outros procedimentos, como a micropigmentação para a restituição de aréolas dos seios. Durante a abertura oficial da 9ª edição da força-tarefa, nesta terça-feira (15), a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou a importância de oferecer mais dignidade às cidadãs | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília As cirurgias no HRT iniciaram nesta segunda-feira (14) e seguem até sábado (19). No final deste mês (21 a 25), mais dez mulheres também irão passar pela reconstrução mamária no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). As intervenções, realizadas diuturnamente, mobilizam mais de 70 médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de quatro tatuadores, que se comprometeram em participar da ação de forma voluntária. “Esse mutirão é muito importante para as mulheres que precisaram passar por procedimentos mais invasivos, como a mastectomia. A promoção do bem-estar integral também é parte crucial do tratamento contra a doença e a superação do câncer de mama não é apenas uma questão física, mas envolve também a reconstrução da autoestima e da autoconfiança. A gente observa que esse cuidado, também promovido pelo Outubro Rosa – de empatia e acolhimento – é essencial para quebrar o isolamento que muitas pacientes sentem ao longo da jornada”, afirma a vice-governadora Celina Leão. A técnica de enfermagem Olivia Inacio Bernardo se dedica à campanha há mais de dez anos Durante a abertura oficial da 9ª edição da força-tarefa, nesta terça-feira (15), a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou a importância de oferecer mais dignidade às cidadãs que tiveram a mama removida total ou parcialmente. Destacou ainda o empenho desta gestão do GDF em promover a prevenção, o diagnóstico precoce, com a realização de 2 mil mamografias mensalmente, e o tratamento da doença. “Hoje é um dia de alegria e comemoração por essas 50 mulheres contempladas com a cirurgia neste ano e também por aquelas que foram contempladas desde a primeira edição do Outubro Rosa, aqui no Hospital de Taguatinga”, pontuou Florêncio.“Nós temos uma rede de cuidados fortalecida, em que é possível um diagnóstico precoce, um tratamento adequado e uma vida longa e de celebração.” O diretor do HRT, José Henrique Barbosa de Alencar, destacou a importância do trabalho conjunto de diversos especialistas O diretor do HRT, José Henrique Barbosa de Alencar, salientou que o movimento, realizado desde 2016, tornou-se uma tradição e é possibilitado graças à união de diversos especialistas. “Vários colegas da cirurgia plástica, enfermeiros, da cirurgia geral, estão ajudando, doando um pouco do seu tempo para trazer dignidade a essas pacientes. Por conta do câncer, essas mulheres foram submetidas a cirurgia de mastectomia. Agora estamos devolvendo autoestima para elas, reconstruindo as mamas”, comentou. A supervisora do Centro Cirúrgico do HRT, Mônica Dias, explica que as mulheres atendidas pela força-tarefa são selecionadas com base na lista de prioridade da rede pública de saúde e, antes da realização do procedimento de reconstrução, passam por uma série de exames. “Neste ano o nosso objetivo é operar 50 mulheres para que elas saiam bem e felizes. E a equipe também fica feliz por ter conseguido fazer mais um mutirão”, conta. “Às vezes as pessoas não entendem que a mama é uma coisa muito importante para a mulher. Ela chega no pré-operatório cabisbaixa, triste, e sai com outro olhar, com alegria.” Outubro Rosa Os corredores do HRT ganharam uma decoração especial em celebração ao Outubro Rosa, com cartazes que lembram a beleza de cada mulher e frases que incitam a esperança e a solidariedade. Os artigos são pensados com carinho por servidores da unidade, com destaque para as técnicas de enfermagem Maria Ivaneide da Silva, Carla Nascimento e Olivia Inacio Bernardo, que se dedicam à campanha há mais de dez anos. “Sempre arrumamos uma estratégia de decoração para que as pacientes se sintam acolhidas no centro cirúrgico. Neste ano colocamos as asas da esperança, para que tenham fé em uma vida melhor depois da luta”, afirma Carla. Além da decoração das paredes, o trio produziu toucas de cetim e cerca de 200 canetas para entregar aos voluntários, pacientes e acompanhantes. Maria revela que a produção é feita nos intervalos do expediente, mas, principalmente, quando estão em casa. “É uma forma de você se doar para o outro que está precisando. A minha irmã também teve câncer e a cada ano que passa eu abraço mais a causa. Estou perto de me aposentar, mas quero continuar fazendo todo esse processo”, comenta. Presente no movimento desde 2016, Olivia foi diagnosticada com câncer de mama bilateral há quatro anos e precisou ser submetida à mastectomia. Pouco depois, passou pela reconstrução. “Como tudo aconteceu logo antes da Covid, tive que fazer a cirurgia às pressas. Graças a Deus consegui fazer tudo e estou aqui curada e com mais força para continuar esse trabalho. Ano que vem eu também me aposento, mas nós já estamos planejando o Outubro Rosa de 2025”, diz. “O câncer não é uma sentença de morte, é uma sentença de vida.” ‌Diagnóstico precoce As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada para acompanhamento e tratamento. A paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização da mamografia na rede, por meio do sistema de regulação Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam que mais de 73 mil casos novos de câncer de mama serão registrados no Brasil neste ano, sendo considerada a neoplasia que mais acomete mulheres no país. Os principais indícios da doença, conforme o Ministério da Saúde, são “retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço; inversão do mamilo; inchaço da mama e dor local”. As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada para acompanhamento e tratamento. A paciente passa por avaliação e, havendo a indicação, é encaminhada para a realização da mamografia na rede, por meio do sistema de regulação. Depois, com o resultado do exame em mãos, ela deve retornar à UBS para ser atendida pela equipe de saúde. Caso haja alguma alteração, a paciente é direcionada para atendimento com mastologista, que pode solicitar outros exames, como a ultrassonografia mamária ou a biópsia. Em 2023, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei nº 7.237/2023, que estabelece uma lista de prioridades para a realização de mamografias na rede pública. A legislação determina que mulheres a partir de 40 anos que possuem histórico familiar de câncer de mama ou nódulos devem ser atendidas com prioridade. A celeridade vale também para quem necessita de avaliações periódicas, faz tratamento contra o câncer ou precisa de urgência conforme determinação médica.

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Mutirão de reconstrução mamária recupera autoestima de mulheres com câncer

“Só de poder colocar um sutiã e saber que tem um volume aqui do lado direito, isso é a realização de um sonho”, diz, entre lágrimas, a professora Ana Maria Silva, 47 anos, deitada no leito enquanto aguarda ser chamada para a tão esperada cirurgia plástica. Ela e outras 49 mulheres são as grandes protagonistas neste Outubro Rosa. Vencedoras da luta contra o câncer de mama, elas agora vão receber a reconstrução mamária com o apoio de uma equipe multidisciplinar que compõe o quadro do Governo do Distrito Federal (GDF) em parceria com voluntários de diversos estados do país. Envolvida nas decorações e nos mutirões sobre o Outubro Rosa, a técnica de enfermagem Olívia Bernardo venceu a batalha contra o câncer de mama | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília O oitavo mutirão de reconstrução de mamas começou na última segunda-feira (16) e vai até o próximo sábado (21), no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Serão beneficiadas 50 mulheres mastectomizadas — que precisaram retirar total ou parcialmente as mamas para tratar o câncer —, que terão de volta a esperança e a autoestima graças à parceria do GDF com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que concedeu as próteses mamárias para o implante. São em média 70 profissionais dedicados à causa e envolvidos na maior campanha em alusão ao câncer de mama do Distrito Federal. A equipe multidisciplinar conta com especialistas para além da medicina, como psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e até tatuadores especializados em reconstrução da aréola mamária. “São voluntários de todos os tipos da área médica e não médica. Há voluntários de limpeza e padioleiro, por exemplo. Teremos gente de todo o país no HRT nesta semana. É uma união em prol da recuperação de todas essas pacientes”, afirma o diretor do HRT, Felipe Motinha. “O tatuador atua tanto na questão do mamilo, com uma tatuagem em 3D, quanto na tatuagem em eventuais cicatrizes, para deixar mais suave”, explica. Voltar a viver “Quando me ligaram para falar que minha vez chegou, eu sonhava com esse momento, porque não tenho condições de pagar. É muito caro no hospital particular”, afirma Ana Maria Silva, que recebeu o diagnóstico em 2021 Se antes as pacientes davam entrada no hospital de forma retraída e cabisbaixa, o semblante é totalmente diferente depois de receberem alta da cirurgia de reconstrução mamária. É a partir daí que a ficha cai, e essas mulheres, vencedoras da luta contra o câncer, podem, finalmente, voltar a ter uma vida com mais autoconfiança e autoestima. “Quando recebi o diagnóstico, em 2021, foi um choque. Assustador. Quando a gente finalmente termina todo o tratamento, vem aquele questionamento: ‘e agora? Falta uma parte de mim’, e surgem também as dúvidas e inseguranças”, compartilhou a autônoma e recém-operada Rayane Tayara, 35. “A expectativa agora é poder usar um biquíni de novo, de simplesmente voltar a viver, procurar um emprego e me estabilizar.” [Olho texto=”“Se a gente pega pacientes no pré-operatório, nós vemos que elas são recolhidas, às vezes tristes, com casos de abandono do marido ou namorado. Essa mulher que chegou acuada sai linda, poderosa e sorridente. Toda mulher merece ter a sua autoestima”” assinatura=”Monica Reis, supervisora do centro cirúrgico do HRT” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A professora Ana Maria Silva recebeu o diagnóstico em 2021, fazendo o autotoque nas mamas. Além das químio e radioterapias, ela precisou retirar por completo o seio direito, em junho do ano passado. “Não é legal. A gente não vê um pedaço da gente que tínhamos o costume de ver todos os dias. É muito triste saber que as pessoas ao seu redor estão notando essa deformidade”, reflete. “Quando me ligaram para falar que minha vez chegou, eu sonhava com esse momento, porque não tenho condições de pagar. É muito caro no hospital particular. Isso é algo que eu queria muito. Quero poder colocar o meu sutiã e sentir o volume no lado direito. Eu não tinha coragem nem de ir ao clube”, conta Ana Maria, emocionada. A supervisora do centro cirúrgico do HRT, Monica Reis, ressalta a importância dos procedimentos para o lado emocional, inclusive de quem participa das ações: “É muito bonito ver toda essa atuação. Se a gente pega pacientes no pré-operatório, nós vemos que elas são recolhidas, às vezes tristes, com casos de abandono do marido ou namorado. Essa mulher que chegou acuada sai linda, poderosa e sorridente. Só de ver essa mudança de comportamento já vale a pena todo o cansaço. Toda mulher merece ter a sua autoestima”. Decoração acolhedora Graças à atuação de voluntárias do HRT, os corredores e o centro cirúrgico ganharam uma cor especial no mês de outubro: o rosa. A decoração com flores, mensagens de motivação e ilustrações em alusão ao câncer de mama tomaram conta da decoração do hospital. E não para por aí. As roupas cirúrgicas das pacientes e o enxoval dos leitos também foram trocados por outros da cor rosa. As cirurgias de reconstrução mamária ocorrem o ano inteiro para atender as mulheres assistidas pela rede pública de saúde “O mutirão começou em 2016 bem simplório; colocamos florzinhas nas portas e tivemos 22 cirurgias. Ficamos megafelizes com esse resultado. O segundo melhorou bastante, e o terceiro foi o estouro. Corremos atrás de parcerias, e, desde o terceiro mutirão pra cá, [o trabalho] só vem crescendo cada vez mais”, lembra a técnica de enfermagem Olívia Bernardo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Olívia, inclusive, é uma das mulheres que venceram a batalha contra o câncer de mama. Envolvida nas decorações e nos mutirões desde o início, a servidora precisou interromper a atuação na causa para tratar da própria saúde, em 2020, quando foi diagnosticada com a doença. “Eu descobri que tinha câncer no aniversário da médica responsável por esse mutirão, e foi quando começamos o tratamento. Eu precisei fazer a retirada das duas mamas e, no mesmo procedimento, consegui já a prótese também. Jamais imaginei que eu pudesse estar do outro lado, sendo paciente. Esse ano fiz meus exames de rotina e posso dizer que estou curada dessa doença e aqui estou em mais um Outubro Rosa para comemorar a minha saúde e a dessas mulheres que estão aqui para recuperarem a sua autoestima”, compartilha ela. As cirurgias de reconstrução mamária ocorrem o ano inteiro para atender as mulheres assistidas pela rede pública de saúde. “Temos cirurgias durante o ano todo. O objetivo do Outubro Rosa é diminuir a fila e atender número maior de mulheres. Normalmente, por mês, são em torno de dez pacientes. No mês de outubro, com o mutirão, nós fazemos 50 cirurgias em uma semana só”, detalhou Monica Reis.

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Reconstrução mamária recupera autoestima de mulheres com câncer

A professora Fernanda Augusto Ferreira, 45 anos, será uma das mulheres atendidas no mutirão de reconstrução de mama no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) deste ano. Moradora de Samambaia, ela descobriu a doença em outubro de 2021 após perceber a retração da mama esquerda. Pouco depois, começou o tratamento na rede pública de saúde e passou pela cirurgia de remoção. Agora, será atendida com a reconstrução, que visa a simetrização das duas mamas. O mutirão de reconstrução de mamas faz parte da campanha Outubro Rosa, promovido anualmente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Não é fácil lidar com a mutilação. Por mais que eu tenha recebido a prótese no mesmo momento (da cirurgia), toda vez que me olho no espelho, vem um turbilhão de lembranças. Acredito que, quanto mais natural ficar, com certeza, afastará a ideia da mutilação, de você perder uma parte do seu corpo”, compartilha Fernanda, que reconhece a importância do autoexame e da busca por tratamento precoce. “A gente tem que conhecer o nosso corpo, olhar no espelho mesmo, comparar uma mama com a outra, prestar atenção nas alterações. Isso foi decisivo no meu caso. Se eu não tivesse percebido, se tivesse deixado passar, talvez a doença tivesse avançado e o desfecho poderia ter sido outro”, relata. ?O mutirão de reconstrução de mamas faz parte da campanha Outubro Rosa, promovido anualmente pelo Governo do Distrito Federal (GDF), e tem o objetivo de contribuir para o resgate da autoestima e da autoconfiança das pacientes. Neste ano, serão atendidas com o procedimento 30 mulheres no HRT, entre 16 e 21 de outubro, e mais 10 no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), entre 23 e 28 do mesmo mês. Outras unidades de saúde devem anunciar a realização de cirurgias em breve. Fernanda Augusto: “Não é fácil lidar com a mutilação. Por mais que eu tenha recebido a prótese no mesmo momento (da cirurgia), toda vez que me olho no espelho, vem um turbilhão de lembranças. Acredito que, quanto mais natural ficar, com certeza, afastará a ideia da mutilação, de você perder uma parte do seu corpo” A cirurgiã plástica Izabelle Montanha, Referência Técnica Distrital (RFT) de Cirurgia Plástica, afirma que o mutirão surgiu para devolver às pacientes uma parte tomada pela doença. “Para a mulher, a mama é muito importante, é o que dá identidade feminina para a paciente. E o tratamento não tira só a mama: a quimioterapia faz o cabelo cair, enfraquece as unhas, deixa a pele seca. Então, quando a gente faz a reconstrução e consegue devolver pelo menos uma parte, para que ela coloque uma roupa e se sinta bem, é muito gratificante”, afirma ela, que participa do mutirão desde 2016, quando foi realizada a primeira edição. ?A vendedora Cristiane Rosa, 44 anos, será uma das beneficiadas com o mutirão e recebeu a boa notícia nesta terça-feira (3). Moradora de Samambaia, ela passará pela mastectomia e pela reconstrução mamária. “Costumo dizer que o processo do câncer de mama mexe em duas áreas primordiais para a mulher – o cabelo e as mamas. Quando eu estava sem cabelo, não me olhava no espelho, avalie sem a mama. Agora, tenho a segurança de que vou fazer a cirurgia e sair de lá melhor do que entrei”, celebra. “A minha vida, agora, se resume a antes e depois do Outubro Rosa”, completa. Hospital Regional de Taguatinga (HRT) promoverá mutirão de reconstrução de mama ao longo deste ano Assim como Fernanda, Cristiane também descobriu a doença devido à retração de uma das mamas. “A minha mama era de um jeito e, de repente, ficou de outro. Isso me deu o alerta de que alguma coisa estava errada, mas, na correria do dia a dia, demorei a procurar atendimento”, conta. Cerca de oito meses após a suspeita, ela começou a fazer exames e recebeu o diagnóstico positivo. A vendedora ressalta a importância de se autoexaminar e de confiar no processo. “Tenham fé, a batalha é difícil mas não é impossível, quando temos fé e perseverança conseguimos”, aconselha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Diagnóstico precoce Detectar o câncer de mama nas fases iniciais aumenta as chances de tratamento e cura. Por isso, é importante que a mulher esteja atenta aos sinais, faça o autoexame e busque os exames de rastreamento. Os principais indícios da doença, conforme o Ministério da Saúde, são “retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja; saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã; vermelhidão da pele da mama; pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço; inversão do mamilo; inchaço da mama e dor local”.

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Reconstrução mamária ajuda na autoestima feminina

Valdenira (à esquerda) utiliza prótese artesanal elaborada por voluntárias do Rede Feminina de Combate ao Câncer | Fotos: Thaís Umbelino/Iges-DF A descoberta de um câncer de mama pode ser uma notícia devastadora para uma mulher e comprometer sua autoestima. Procedimentos como a reconstrução mamária, oferecida pelo Hospital de Base (HB), são importantes para ajudar no psicológico das pacientes. E o médico mastologista, cujo dia é comemorado nesta sexta-feira (5), tem papel fundamental nesse processo. “Muitas pacientes se sentem mais encorajadas em fazer o tratamento do câncer a partir do momento em que elas sabem da possibilidade de uma imediata oncoplastia, a chamada reconstrução mamária”, explica a mastologista do HB Angélica Rezende Esterl. Na unidade de saúde, ela é uma das responsáveis pelo procedimento, garantido pela legislação brasileira. A médica Angélica Esterl: pacientes se sentem mais seguras quando sabem da possibilidade da reconstrução mamária A Lei nº 12.802/2013 determina que a paciente tem direito à cirurgia plástica reparadora da mama, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), imediatamente após a retirada do tumor. “Se não houver condições clínicas e a oncoplastia não puder ser feita na hora, deve ocorrer tão logo a mulher apresente os requisitos necessários”, destaca Angélica. A prerrogativa garantiu o sucesso completo do tratamento de Raissa Rocha Rossi, 33 anos, no HB. Após identificar uma protuberância na mama direita no fim do ano passado, a auxiliar administrativa confirmou um câncer maligno. “Tive bastante suporte da equipe, que era atenciosa e calorosa”, conta. “Todos os profissionais de saúde me passaram confiança”. Devido ao diagnóstico de tumor bastante agressivo, Raissa precisou retirar as duas mamas e, no mesmo dia da cirurgia, saiu com as próteses. “Isso foi muito importante para mim, porque, sem a reconstrução, teria mais dificuldades para passar por esse processo”, afirma. [Olho texto=”“Isso foi muito importante para mim, porque, sem a reconstrução, teria mais dificuldades para passar por esse processo”” assinatura=”Raissa Rossi, paciente” esquerda_direita_centro=”centro”] Reconstrução mamária A retirada da mama e a posterior reconstituição são indicadas pelos mastologistas após a biópsia e a localização de lesão impalpável. “Às vezes, a reconstrução é imediata; outras, tardia”, alerta a cirurgiã plástica Márcia Moreira, que atua nos procedimentos de reconstrução mamária realizados no HB. “Isso está relacionado ao tipo de tratamento adjuvante dessas pacientes, como quimioterapia e radioterapia”. A reconstituição simples consiste em colocar um implante de silicone, geralmente sob o músculo, simulando a forma natural da mama. Outra opção é implantar um expansor – invólucro de silicone vazio com uma válvula acoplada. “Esse material, gradualmente preenchido com soro fisiológico, é utilizado para distender pele e músculo e dar espaço suficiente para colocar um implante de silicone com volume adequado para cada caso”, resume Márcia. Em casos mais complexos, a oncoplastia é feita pelo preenchimento da mama com tecidos da região abdominal ou da região dorsal (costas) do próprio paciente. Algumas mulheres também precisam reconstruir o complexo areolopapilar ou o mamilo. Nesses casos, pode-se usar a técnica da tatuagem ou fazer enxertos de pele e mucosas da paciente. “O médico discute com a mulher qual será a melhor opção”, esclarece Márcia Moreira. Prótese artesanal Colocar uma prótese de silicone não é um processo fácil e exige paciência em alguns casos. O cirurgião pode sugerir que a reconstrução seja postergada por inúmeras razões, como obesidade, anorexia ou problemas circulatórios. Também há situações em que o organismo rejeita o corpo estranho. Foi o que aconteceu com Valdenira Maria de Souza, surpreendida com um câncer de mama aos 41 anos, em 2011. “Fiz exame de mamografia para incentivar minha mãe a fazer também”, lembra. “Mas, dois dias depois, veio o telefonema do posto de saúde: ‘Dona Valdenira, a senhora volta aqui, que deu um problema na sua mama esquerda”. Uma ecografia confirmou um tumor maligno, próximo às costelas. Todo o tratamento foi feito no HB, com mais de 15 sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia. Em 2013, após dez sessões de quimioterapia, Valdenira pôde ser submetida ao procedimento de retirada e reconstrução da mama comprometida. O que ela não esperava é que o câncer voltaria três anos depois. A prótese foi retirada, e os médicos tentaram uma reconstituição com o uso da pele das costas. O corpo, no entanto, rejeitou o enxerto. “Então, eu resolvi não fazer mais o procedimento”, conta Valdenira. A doméstica buscou alternativas para suprir a ausência de volume da mama. Por indicação de amigas, conheceu a prótese artesanal confeccionada pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, grupo de voluntários do Hospital de Base. O material — fabricado com meia-calça, alpiste, espuma e tecido — ajudou muito na reconstrução da autoestima de Valdenira. “A prótese de alpiste me deixa melhor, porque, como eu só tenho a mama direita, se eu vestir uma roupa, fica desigual”, relata. A iniciativa da Rede Feminina atende, em média, 50 pacientes oncológicas por mês. “Enquanto a pessoa aguarda para fazer a reconstrução, ou caso não tenha condições clínicas para receber a prótese, ela pode optar por essa alternativa”, explica a voluntária Débora Paulino. Um encaminhamento médico é necessário para a primeira retirada. Depois, um cadastro permite a troca da prótese de alpiste a cada seis meses. “A gente faz o possível para trabalhar a questão da autoestima das mulheres e trazer um conforto para esse momento difícil”, afirma Débora. Por ser um trabalho sem fins lucrativos, os voluntários pedem à população ajuda financeira ou doação dos materiais necessários para a confecção da prótese artesanal. [Olho texto=”“A gente faz o possível para trabalhar a questão da autoestima das mulheres e trazer um conforto para esse momento difícil”” assinatura=”Débora Paulino, voluntária da Rede Feminina” esquerda_direita_centro=”centro”] Como colaborar A entrega dos materiais pode ser feita na sede da Rede Feminina, na Ala de Voluntários do HB, ou no ambulatório, que fica no Corredor 5. Doações em dinheiro podem ser feitas por transferência bancária para a agência nº 4595-0, conta corrente nº 11.310-7 (Banco do Brasil). Mais informações pelos telefones (61) 3364-5467 ou pelo (61) 98580-4019. O que faz um mastologista A mastologia é a especialidade médica que estuda, diagnostica e trata as doenças das mamas. O câncer de mama é uma das doenças mais comuns tratadas por esses profissionais. Por isso, o mastologista tem muito conhecimento sobre oncologia. Mas existem outras condições que podem afetar as mamas, como mastite, nódulos, assimetrias e ginecomastias (crescimento de mamas de tamanho fora do normal em homens). Também essas situações são tratadas por especialistas da mastologia. * Com informações do Iges-DF

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Mutirão de Reconstrução Mamária no HRT

  Serão feitas, durante o mutirão, cirurgias de reconstrução da mama, mastectomia com reconstrução e tatuagem de aréolas | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília   O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) iniciou, nesta segunda-feira (26), o Mutirão de Reconstrução Mamária que vai beneficiar 40 pacientes, já selecionadas. Serão feitas, durante o mutirão, cirurgias de reconstrução da mama, mastectomia com reconstrução e tatuagem de aréolas. Os procedimentos ocorrerão até o dia 30 de outubro e integram a campanha Outubro Rosa da Secretaria de Saúde. “Essa ação ocorre para devolver a autoestima dessas mulheres e diminuir o sentimento de mutilação que elas apresentam após os procedimentos necessários para tratamento do câncer”, destaca o diretor do HRT, Renato Siqueira. Para ele, o mutirão “é um trabalho árduo de toda a equipe do hospital em prol dessas pacientes”. Parceria O trabalho é fruto de uma parceria da Secretaria de Saúde com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – que contribuiu com próteses e materiais para a decoração do hospital -, profissionais da saúde de outras unidades e estados que se voluntariaram para compor as equipes. São médicos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e técnicos, entre outros. Ansiosa, a paciente Priscilla Costa aguardava o momento de entrar no Centro Cirúrgico. A cirurgia dela é uma mastectomia com reconstrução mamária. “Faltam palavras para descrever esse momento. Estou na luta contra o câncer e na expectativa para vencer a doença”, afirmou emocionada. Abertura A abertura do Mutirão de Reconstrução Mamária do HRT ocorreu na manhã desta segunda-feira (26). O diretor do HRT, Renato Siqueira, conduziu a cerimônia e inaugurou uma placa em homenagem a enfermeira Edna Flor, que faleceu em junho, e que será fixada no andar da Oncologia que receberá o nome da servidora. A secretária da Mulher, Éricka Fillipelli, participou da abertura e ressaltou a importância de realizar uma ação “grandiosa” e “ousada” como o mutirão do HRT. A secretária da Mulher, Éricka Fillipelli, ressaltou a importância de uma ação “grandiosa” e “ousada” como o mutirão do HRT | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília “Em um tempo de pandemia, em que as pessoas estão perdendo a esperança, muitas vezes sem qualquer perspectiva para o futuro, vocês estão trazendo vida nova, perspectiva e esperança para a vida dessas mulheres e para tantas outras que precisam de ações como essa para voltar a acreditar”, declara Ericka Fillipelli. Silvio Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica destacou o trabalho que será desenvolvido. “Parabenizo a todos os envolvidos na realização do mutirão de reconstrução mamária. Mesmo em tempos difíceis e mudanças de regras, desejamos que esse evento seja um sucesso”, afirmou. Também participaram do evento o deputado distrital Jorge Viana e o chefe de gabinete da vice-governadoria, Paulo César Chaves. As ações do Outubro Rosa no HRT começaram em 2015 com o objetivo de melhorar a autoestima e encerrar o ciclo das mulheres que venceram o câncer. A reconstrução mamária é uma cirurgia eletiva regulada e disponível na rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde

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De servidora a paciente: história de uma voluntária do Outubro Rosa no HRT

A técnica de enfermagem Olívia Maria Passos, do HRT, descobriu um câncer de mama enquanto preparava uma surpresa para uma médica querida pela equipe: “Agora sou funcionária e estou paciente” | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF “No início do ano, a gente precisava fazer uma surpresa para a doutora Josiane. Eu a retirei da sala com a desculpa de que era para ela ver o que tinha no meu peito. Ela me levou para fazer a mamografia, a ecografia, marcou uma punção. Apareceu lesão nas duas mamas”. Esse relato é da técnica de enfermagem Olívia Maria Passos e a médica a que ela se refere é a mastologista Josiane Fernandes. Foi  Josiane quem idealizou o mutirão de reconstrução mamária há cinco anos, no Hospital Regional de Taguatinga. E Olívia, desde aquela época, trabalhou ativamente em cada edição. Neste ano, Olívia será uma das mulheres que serão atendidas na ação enquanto trabalha, à distância, por ainda estar em tratamento contra o câncer de mama. A técnica havia percebido um caroço em uma das mamas ainda durante as atividades do Outubro Rosa, em 2019. Embora tivesse consciência do risco, Olívia preferiu ignorar aquele nódulo e focar no trabalho que realizava preparando o ambiente com toda a decoração do centro cirúrgico para receber as pacientes e voluntários. Mas apenas no início de 2020, quando a sua filha percebeu a alteração no seio, que a servidora sentiu que realmente precisava investigar. E somente quando ela utilizou como desculpa o pedido para que a médica a examinasse, para poder preparar uma homenagem a uma das profissionais mais queridas da unidade, que ela precisou enfrentar a notícia da doença e encarar o tratamento. Olívia não quis passar por isso sozinha e fez questão de dividir o momento com as colegas, recebendo o apoio de todas. “Em março fiz o esvaziamento da mama com a reconstrução. Foi muito tranquila a recuperação. Não senti incômodos. No final de maio iniciei a quimioterapia e ainda estou fazendo o tratamento. Aí o cabelo caiu, mas quando começou a cair eu passei a máquina zero e não tenho problema em usar assessórios”, conta Olívia. E ela acrescenta: “Eu sou funcionária, e hoje estou paciente”. A servidora ainda está passando pelas sessões de quimioterapia, depois fará radioterapia e hormonioterapia. Neste Outubro Rosa, a paciente fará pigmentação do mamilo, pois depois da retirada e reconstrução imediata das mamas, na recuperação, algumas pequenas áreas necrosaram e ficaram mais brancas que o tom da sua pele. Todo o tratamento está sendo realizado na rede pública. Desde 2015, funcionários e voluntários se mobilizam para as ações do Outubro Rosa no HRT, incluindo a decoração das áreas do hospital | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Voluntariado As ações do Outubro Rosa no HRT tiveram início em 2015 com o propósito de melhorar a autoestima e encerrar o ciclo das mulheres que venceram o câncer. Embora disponível na rede pública, a reconstrução mamária é uma cirurgia eletiva, podendo levar algum tempo para ser autorizada. A cada ano, o número de pacientes atendidas tem aumentado, assim como o número de voluntários. Na primeira edição foram 20 pacientes assistidas; em 2019, já foram realizados 73 procedimentos. Neste ano estão previstas 40 cirurgias, devido à pandemia. Além da parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que contribui com materiais para a decoração dos ambientes do hospital e próteses mamárias, profissionais da saúde de outras unidades e estados se voluntariam para compor as equipes. São médicos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos e outros mais. [Olho texto=”Esses servidores fazem diferença onde estão” assinatura=”Wendel Moreira, superintendente da região de saúde Sudoeste” esquerda_direita_centro=”centro”] Além disso, a comunidade também tem se sensibilizado durante os anos e garantido lanches para os trabalhadores, cafés e almoços. Entre os próprios servidores, há quem disponibilize seu tempo quando o plantão acaba, costurando as toucas dos profissionais, os lençóis e aventais das pacientes, tudo rosa. Com o tempo, as próprias pacientes que foram beneficiadas pelo mutirão, passaram a contribuir com os lanches. O superintendente da região de saúde Sudoeste, Wendel Moreira, exalta a atitude dos profissionais de saúde que somam forças para cuidar da saúde das pacientes. “Neste momento de pandemia e de todas as outras patologias que incidem sobre a população, eles se voluntariam preocupados com o seu próximo no momento de conversão de esforços. Eu vejo isso como uma virtude do profissional de saúde. Esses servidores fazem diferença onde estão”, destaca o gestor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] São trabalhadores que atuam antes, durante e depois da ação para que tudo aconteça, cuidando de detalhes para fazer diferença na vida das pacientes. “Desde 2017 eu sempre faço uma lembrancinha, que é uma caneta decorada, para distribuir. É em torno de 150 canetas, para a ginecologia, maternidade e oncologia. De abril para maio eu já começo a planejar e fazer as coisas”, relata Olívia, que neste ano está fazendo as contribuições de casa. Ela planejou a ornamentação de casa, recortou os materiais e teve o auxílio das colegas para colocar tudo no lugar. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Mutirão de Reconstrução Mamária fará 40 cirurgias no HRT

O HRT vai redobrar os cuidados com o uso de Equipamentos de Proteção Individual, além de oferecer às pacientes o exame RT-PCR, que detecta a contaminação por coronavírus | Foto: Divulgação O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) vai fazer entre os dias 26 e 30 de outubro cerca de 40 cirurgias de reconstrução mamária, mastectomia com retirada total e reconstrução imediata dos seios e tatuagem de aréolas das mamas. Feito anualmente durante a campanha Outubro Rosa, o mutirão chega à quinta edição contando com equipes de profissionais de saúde voluntários que atuarão no Centro Cirúrgico, na enfermaria e no Centro de Material e Esterilização para atender as pacientes. Por causa da pandemia, o número de cirurgias teve que ser reduzido. No ano passado, foram feitos 72 procedimentos. Mas neste ano o mutirão oferecerá um novo serviço justamente para dar maior tranquilidade e segurança às pacientes: o exame RT-PCR, que detecta a contaminação por coronavírus. O hospital também vai redobrar os cuidados com o uso de Equipamentos de Proteção Individual, além de reforçar os serviços de limpeza, higienização e desinfecção em todas as áreas da unidade. “Queremos atender essas mulheres com total segurança, encerrando aqui, no HRT, um ciclo contra o câncer”, ressaltou Mônica Dias, supervisora do Centro Cirúrgico e uma das organizadoras do mutirão. Homenagem Neste ano, a organização do Outubro Rosa no HRT vai prestar homenagem póstuma à servidora Edna Flor, que durante anos cuidou da enfermaria de ginecologia. A homenagem acontecerá no primeiro dia do mutirão (26), quando a enfermaria será batizada com o nome da Edna Flor. A servidora faleceu em 11 de julho deste ano em um acidente de trânsito. Ela trabalhou na Secretaria de Saúde durante 25 anos. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Força-tarefa realiza 73 cirurgias em uma semana

O quarto ano da força-tarefa de reconstrução mamária do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) foi concluído com saldo positivo. Foram realizadas 73 cirurgias, sendo seis mastectomias com retirada total da mama e reconstrução imediata (plástica mamária reconstrutiva) – além de simetrizações, colocação de próteses, reconstrução de aréola e mamilos. Desse total, 13 mulheres tiveram as aréolas tatuadas. Os procedimentos foram realizados entre os dias 21 e 25 de outubro e tiveram a colaboração de dezenas de voluntários. Na avaliação da supervisora do Centro Cirúrgico e uma das organizadoras da iniciativa, Mônica Dias, a ação foi muita positiva.  “Atendemos 68 mulheres, que saíram daqui felizes e resgataram sua autoestima depois de todo o sofrimento causado por um câncer de mama. Todos os dias, nós tínhamos cinco salas de cirurgia funcionando e os voluntários fizeram toda a diferença. Sem eles não teríamos realizado esta ação”, comemora Mônica. Foram atendidas pacientes como Geanelise Stoffel Pereira, 47 anos, que concluiu o tratamento contra o câncer em maio de 2017, quando fez a retirada total da mama. Em 2018, ela fez a primeira parte da reconstrução, durante o Outubro Rosa, com a colocação da prótese. Geanelise: processo doloroso recompensa – Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação Este ano, Geanelise voltou ao HRT para fazer os detalhes. “Eu fiz a aureola e uma lipo para o enxerto, a simetrização da mama (com a gordura do próprio corpo). Mas o que dói mais são as pálpebras, que tiveram parte da pele retirada para fazer a aréola. Está inchada e incomodando”, relata a paciente. Todo esse processo doloroso tem uma recompensa, confessa Geanelise: “É um alívio, porque a gente luta muito contra isso. Mas eu já estou me sentindo maravilhosa. Minha fisioterapeuta, Flávia, fala: você é maravilhosa”, sorri a paciente, enquanto recebe as orientações da fisioterapeuta Flávia Ladeira Ventura Caixeta, uma das voluntárias do pós-operatório da ação. Flávia a atende há sete meses no Ambulatório. “Ela me ajudou a recuperar os movimentos do braço, porque fica tudo travado”, lembra Geanelise. Desta vez, além dos exercícios para os braços, recebeu orientações para exercitar a face por causa da retirada de pele das pálpebras. Reconhecimento Maria Luci: filha com inveja – Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação O processo de reconstrução mamária de Maria Luci da Silva Ferreira, 67 anos, foi mais rápido. Ela realizou esta etapa logo a retirada da mama, com a colocação da prótese, tudo na mesma cirurgia.  A paciente, sorridente e bem humorada, já comemorava a colocação das próteses um dia após a cirurgia. “Retirei dois nódulos de uma mama, mas coloquei silicone nas duas. Quem está com inveja é minha filha”, brinca.   Voluntários  Foto: Secretaria de Saúde/Divulgação Para que fosse possível realizar um número tão grande de cirurgias, as equipes do HRT contaram com a colaboração de um número expressivo de voluntários. Ao todo, foram 38 cirurgiões, 24 anestesistas, dez enfermeiros, 30 técnicos e três tatuadores, que doaram seu tempo somente no Centro Cirúrgico. Outros 27 profissionais atuaram no Centro de Esterilização de Materiais e nas enfermarias. Esses voluntários são os próprios servidores da unidade, que foram trabalhar fora de seu horário normal de expediente, servidores aposentados, profissionais de outras unidades de saúde do Distrito Federal e de estados vizinhos. Este foi o quarto ano de realização da força-tarefa. As equipes atendem às pacientes que estão na fila de espera pela cirurgia de reconstrução após o câncer de mama.

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