Programa Reflorestar distribuiu mais de 46 mil mudas em 2024
O Programa Reflorestar, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) em parceria com a Emater-DF, apresentou números expressivos em 2024: foram 46.725 mudas de plantas nativas do Cerrado doadas a 185 produtores rurais. Desde 2009, o Reflorestar já doou mais de 689 mil mudas, restaurando cerca de 620 hectares. Para o futuro, o programa planeja incluir espécies como baru e pequi, valorizando a biodiversidade e gerando oportunidades socioeconômicas para os produtores. O programa Reflorestar, destaca a Emater-DF, é essencial para os produtores familiares que precisam recuperar áreas degradadas, como áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília As mudas doadas são cultivadas na Granja Modelo do Ipê, em substrato sustentável, com origem a partir de sementes coletadas em campanhas realizadas no DF e em municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF), como Nova Roma (GO) e Januária (MG). Após a doação, os mutirões de plantio – organizados em parceria com os beneficiários – garantem que as mudas sejam plantadas e mantidas por pelo menos 24 meses. “A recuperação dessas áreas é um processo caro. Por isso, o apoio do governo por meio da Seagri e da Emater-DF, com a doação de mudas nativas do Cerrado e a orientação técnica, é fundamental” Marcos Lara, gerente de Meio Ambiente da Emater-DF Peça-chave na operação do programa, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) auxilia na elaboração de projetos, mobilização de produtores e visitas técnicas. Os pequenos agricultores familiares têm prioridade, especialmente aqueles que cuidam de nascentes e corpos hídricos de interesse comunitário. O gerente de Meio Ambiente da Emater-DF, Marcos Lara, destacou que o programa Reflorestar é essencial para os produtores familiares que precisam recuperar áreas degradadas, como áreas de Preservação Permanente (APP) ou reservas legais, conforme exige a legislação ambiental – em especial a lei nº 4.734/2011, que estabelece diretrizes para a criação do programa de reabilitação da área rural. “A recuperação dessas áreas é um processo caro, com custos que podem variar entre R$ 20 mil e R$ 28 mil por hectare, já que cada muda nativa custa entre R$ 12 e R$ 15, sendo necessárias, no mínimo, mil mudas por hectare. Por isso, o apoio do governo por meio da Seagri e da Emater-DF, com a doação de mudas nativas do Cerrado e a orientação técnica, é fundamental. Ajuda o produtor a evitar multas e processos judiciais, além de contribuir para a preservação ambiental e o equilíbrio ecológico”, observou. Retorno à sociedade “Temos uma responsabilidade gigantesca com a região por causa do Lago do Descoberto, então falo que hoje sou produtor de água”, diz o produtor rural Gilver Ferreira Entre os beneficiados pelo programa Reflorestar está o produtor rural de Brazlândia Gilver Ferreira, 51, que recebeu cerca de 500 mudas de 13 espécies diferentes entre janeiro e novembro deste ano. A propriedade de 16 hectares administrada por ele, no Incra 6, está há 50 anos na família e por muito tempo foi uma grande área apenas de pasto. Hoje, com uma mudança visível proporcionada pelo reflorestamento, o principal objetivo do local é o fornecimento de água. “Eu recupero as áreas degradadas e antigas passagens utilizando as mudas, com o apoio da Granja Ipê. Busco parcerias porque é necessário manter limpo e controlar as plantas invasoras, fração por fração, visto que a gente não consegue abraçar tudo. E temos uma responsabilidade gigantesca com a região por causa do Lago do Descoberto, então falo que hoje sou produtor de água”, afirmou. “A gente não está levando só uma muda, mas salvando um rio, uma nascente e fazendo as pessoas acreditarem em um mundo melhor” Antônio Barreto, subsecretário de políticas econômicas agropecuárias da Seagri-DF Segundo Gilver, o apoio do governo entra na seleção das espécies para determinada área, que podem ser úmidas, cerrado alto, margens de lagos. Com a diversidade, é fundamental que a escolha da espécie seja apropriada para cada característica de terreno. Para o produtor, o principal ganho para a sociedade é em função da água. “O retorno vai ser na torneira do pessoal lá na cidade. Uma propriedade como essa, por exemplo, eu poderia transformar em condomínio. Então a gente tenta mostrar como esse trabalho é capaz de preservar um foco de educação ambiental e fornecer recursos para várias gerações. A grande proposta é se tornar uma propriedade modelo”. Mais que uma semente O Reflorestar também tem como parceiros institucionais o Brasília Ambiental, a Universidade de Brasília (UnB) e a Embrapa Cerrados, que auxiliam na coleta de sementes, desenvolvimento de tecnologias e capacitação técnica para recuperação de áreas degradadas. O subsecretário de políticas econômicas agropecuárias da Seagri-DF, Antônio Barreto, destacou que o DF está localizado em uma região alta do Brasil, chamada formadora de bacias, onde quatro delas nascem no quadradinho. Ele afirma que isso traz a necessidade de que o produtor rural e os municípios produzam com sustentabilidade e cresçam com consciência ecológica. O gestor também frisou que o programa beneficia tanto o meio ambiente quanto o produtor, proporcionando uma formação de riqueza, sustentabilidade ambiental e manutenção do conceito que o agricultor tem sobre o trabalho – além de levar qualidade de vida para que o produtor permaneça no campo e consiga uma renda que o faça viver dignamente com a família. “Fortalecemos, neste GDF, produzir as mudas do Cerrado que têm valor econômico para gerar renda e também promover essa conexão com a natureza e o Brasil com os mutirões de reflorestamento. A gente não está levando só uma muda, mas salvando um rio, uma nascente e fazendo as pessoas acreditarem em um mundo melhor. É um mundo de coisas em um saquinho de sementes”, acentuou.
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Servidores são capacitados sobre espécies nativas do Cerrado para restauração ecológica
O Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Rede de Sementes do Cerrado (RSC), promoveu, esta semana, capacitação para agentes, técnicos e analistas ambientais sobre identificação, coleta e beneficiamento de espécies nativas do Cerrado para restauração ecológica. A formação faz parte do ciclo de capacitação interna do projeto Reconexão Cerrado, cujo planejamento prevê a realização de quatro cursos este ano. “A abertura do projeto de capacitação foi a oficina gratuita sobre uso tradicional de plantas medicinais, realizada no mês de agosto, e aberta à comunidade”, diz o membro da comissão do Reconexão e analista em políticas públicas do Instituto, Webert Oliveira Ferreira. A ideia da formação é capacitar agentes, técnicos e analistas ambientais para incentivar a proteção e a regeneração das áreas degradadas das UCs e parques | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressalta que as capacitações são fundamentais para a formação de servidores, que lidam no dia a dia dentro das unidades de conservação (UCs), e para a comunidade, que tem interesse em obter e compartilhar conhecimentos sobre essa riqueza, para entender a importância da manutenção desses espaços e valorizar a biodiversidade. “Temos muitas áreas degradadas nas nossas unidades de conservação e é necessária a implementação dos programas de manejo para sua recuperação, com ações assertivas” Marcela Versiani, superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental A atual formação começou no dia 23 e foi concluída nesta quinta-feira (26). No primeiro dia, o curso foi online e a transmissão do conteúdo ficou por conta dos professores da Embrapa. Em dois dias aconteceram saídas de campo, no Monumento Natural Dom Bosco. No último dia, o curso foi realizado no laboratório de Termobiologia da Universidade de Brasília (UnB), onde é feito todo o tratamento de sementes. “Fomos estudar essa parte mais técnica do armazenamento e beneficiamento de sementes”, explica Webert Ferreira. Segundo ele, a ideia dessa formação é capacitar os servidores para incentivar a proteção e a regeneração das áreas degradadas das UCs e parques. “Um dos focos do curso foi identificar as plantas e sementes do Cerrado. Nessa identificação temos também o propósito de começar a construir as trilhas ecológicas nas UCs. Esse aprendizado da identificação é para fazermos o mapeamento das árvores ao longo das trilhas, colocar as placas de identificação para quando o usuário da UC chegar lá, já ter uma trilha montada, as plantas mapeadas e identificadas”, detalha Ferreira. Sobre a identificação de sementes, a ideia é que os participantes da formação integrem um grupo de trabalho para fazer um estudo mais aprofundado a médio e longo prazos de regeneração de área degradada por meio da semeadura direta. Para a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água, Marcela Versiani, por meio dessa capacitação com a Rede de Sementes do Cerrado, os servidores puderam adquirir muito conhecimento sobre as técnicas de recuperação do Cerrado, o que incentiva a produtividade e abre discussões com a academia e outros setores para ajudar a regeneração do Cerrado. “Temos muitas áreas degradadas nas nossas unidades de conservação e é necessária a implementação dos programas de manejo para sua recuperação, com ações assertivas”, afirma. O Reconexão Cerrado conta com uma comissão coordenadora, que realiza ações e práticas para promover a conexão entre saúde e meio ambiente, por meio das UCs, geridas pelo Brasília Ambiental. A iniciativa tem ainda a finalidade de incentivar e promover a regeneração do Cerrado, por meio de outras ações também realizadas pela comissão, como a de melhorias estruturais nas unidades e a valorização das atividades voluntárias nestes espaços, potencializando o uso, o pertencimento e o empoderamento da população junto com o incentivo à realização de práticas integrativas de saúde. Em outubro ocorrerá uma nova edição do curso de plantas medicinais. A capacitação será divulgada no site do Brasília Ambiental e contará com vagas para comunidade. *Com informações do Brasília Ambiental
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GDF elimina lixão em Taguatinga e orienta população sobre uso correto do espaço
Moradores de Taguatinga Sul deixarão de sofrer com o acúmulo de entulho na QSD 32, ao lado da via do Metrô-DF. O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), recuperou o espaço que era utilizado irregularmente como lixão. A eliminação da área de descarte irregular era um pedido antigo da população. Por se tratar de um espaço com estrutura de rede elétrica de alta tensão, o espaço foi isolado com arame e estacas de concreto. Para evitar que o descarte irregular de resíduos volte a ser praticado na QSD 32, a área foi isolada com arame e estacas de concreto | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília Antes da ação do GDF, cerca de 60 toneladas de entulho eram recolhidas do local semanalmente. Com a recuperação do espaço, esse número caiu para 20 toneladas semanais. Para reduzir a zero a coleta de lixo descartado indevidamente na região, o SLU tem feito o trabalho de conscientização da população, explicando sobre os dias e horários corretos das coletas de lixo orgânico e reciclável. “Nós temos três equipes que conscientizam a população para que não se faça o descarte irregular, que traz inúmeras situações desfavoráveis para a população, como vetores de doenças, para além da questão visual e do cheiro”, diz Everaldo Araújo, subdiretor de Gestão de Resíduos do Serviço de Limpeza Urbano. Nas abordagens aos moradores, os servidores do SLU informam sobre o local adequado para o descarte correto de entulho. Quem precisar descartar restos de obras, móveis velhos e podas de árvores, entre outros materiais, deve procurar um dos 23 papa-entulhos, também chamados de pontos de entrega voluntários (PEVs), disponíveis no Distrito Federal. Em Taguatinga, o ponto mais próximo fica na QNG 47 Área Especial nº 9. Quem mora na região elogiou o serviço feito pelo GDF, definindo o trabalho de limpeza e recuperação do espaço como essencial para um bom convívio comunitário. Morador de Taguatinga Sul há 47 anos, o professor e enfermeiro Clebecy Gomes, relatou que o descarte incorreto havia se tornado algo corriqueiro, e que a recuperação do espaço veio em boa hora. “Antigamente era muito lixo. Agora, com esse trabalho feito pelo SLU, melhorou bastante. Sem eles estaria bem pior. É muito importante esse serviço porque é benéfico para a população”, ressalta. A aposentada Cleusa Martins, 70 anos, chegou a alterar a rota de passeio que fazia diariamente com o cachorro só para evitar passar pelo lixão. Com a recuperação, ela espera, em breve, retomar o caminho. Ela lembra que o local ficava cheio de insetos e ratos. Morador de Taguatinga Sul há 47 anos, Clebecy Gomes elogiou o trabalho do SLU: “É muito importante esse serviço porque é benéfico para a população” “Estava insuportável. A situação melhorou bastante. E o SLU faz justamente esse trabalho de conscientização. Espero que os moradores façam o descarte adequado a partir de agora”, diz. Legislação e multa Desde o início do ano, mais de 120 pontos de descarte de lixo irregular foram alvo do Serviço de Limpeza Urbana. O descarte irregular de resíduos, incluindo os restos de obras, é uma prática ilegal e prejudicial que afeta não apenas o meio ambiente, mas também a saúde pública e a economia da cidade. A aposentada Cleusa Martins conta que, antes de ser recuperado, o lixão irregular era cheio de insetos e ratos: “Espero que os moradores façam o descarte adequado a partir de agora” No Distrito Federal, a legislação é clara: o descarte de resíduos deve ser feito da maneira correta e em locais apropriados, sob pena de uma multa inicial de R$ 2.799,65 aos infratores, podendo ser multiplicada por 10 vezes em caso de reincidência. Além dos danos ambientais, o descarte irregular de resíduos sólidos urbanos tem um custo econômico substancial. Segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos, o tratamento de doenças provocadas pela exposição ao lixo descartado inadequadamente custou aos cofres públicos do Brasil cerca de US$ 370 milhões em 2015, o equivalente a mais de R$ 2 bilhões na cotação atual.
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Recuperação de áreas com erosões recebe investimento de R$ 2 milhões
O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (4) apresenta a publicação do contrato do lote 1 para fornecimento de serviços e materiais de engenharia destinados à recuperação de áreas degradadas. Um total de seis lotes vai fornecer gabiões, que são estruturas para contenção, estabilização de taludes e controle de erosão. Empresas vão atuar na recuperação de áreas degradadas, fornecendo estruturas para a contenção de erosão | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O investimento nesse lote foi de R$ 2.295.080,61, valor inferior à previsão inicial de R$ 3,1 milhões. O prazo de vigência do contrato é de 12 meses contado a partir da data da assinatura do contrato. O prazo de execução do serviço é de nove meses, contado a partir do recebimento da ordem de serviço. “Além disso, essas instituições vão ficar responsáveis pela execução e compactação de aterro com solo predominantemente argiloso”, diz o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Fernando Leite. As regiões contempladas nessa leva são Fercal, Sobradinho I e II, Planaltina, Itapoã, Paranoá, Brasília, Varjão, Lago Norte, Lago Sul, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, SIA, SCIA/Estrutural, Candangolândia, e Núcleo Bandeirante. Entenda a função [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O gabião é uma espécie de gaiola metálica, geralmente produzida com telas de arame recozido ou aço galvanizado. O resultado é uma estrutura flexível vazada que pode apresentar diferentes tamanhos e formatos. A ideia é que essa estrutura seja produzida diretamente no local da obra, com isso, um dos pontos positivos da técnica é a redução de custo, pois não depende de transporte. As principais utilidades do gabião incluem contenção, estabilização de taludes e controle de erosão em obras civis, geotécnicas e hidráulicas. Também pode ter fins estéticos, principalmente em espaços que demandam um visual rústico. *Com informações da Novacap
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Oficina apresenta ações de sustentabilidade na Bacia do Paranoá
A Secretaria do Meio Ambiente e de Proteção Animal do Distrito Federal (Sema), com o apoio do Projeto CITinova de planejamento integrado e tecnologias para cidades sustentáveis, promoveu a oficina Ações de Sustentabilidade da Bacia do Paranoá, uma das principais fontes de abastecimento hídrico do DF. O encontro, nesta quarta-feira (1º), foi no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília e teve como objetivo fazer um balanço das ações de sustentabilidade na bacia, convidando os 45 participantes, seja de instituições governamentais como da sociedade civil, a partilharem as suas experiências e os resultados das ações ambientais. A Bacia do Paranoá é uma das principais fontes de abastecimento hídrico do DF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O novo secretário do Meio Ambiente e de Proteção Animal do DF, Gutemberg Gomes, esteve presente no evento e destacou o desafio da pasta para o Distrito Federal. “Espero que, juntos, possamos elaborar ações e tomarmos decisões políticas importantes. Tenho certeza de que o governo vai encarar com muita seriedade o tema ambiental”, ressaltou. As boas práticas em segurança hídrica desenvolvidas nos últimos anos no DF foram apresentadas pelos representantes da Sema e do Projeto CITinova e, em seguida, o público foi convidado a partilhar os resultados de suas ações, momento que contou com alta adesão dos presentes. Secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes: “Espero que, juntos, possamos elaborar ações e tomarmos decisões políticas importantes” | Foto: Divulgação/Ascom Sema Ações A subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Márcia Coura, abriu os trabalhos com a apresentação dos projetos de recuperação de áreas degradadas na Bacia do Paranoá. São eles: as parcerias com o Instituto Rede Terra, que contou com o recurso oriundo de ações de reintegração da orla do Lago Paranoá e plantou 43 mil mudas, além de sementes; com o Instituto Espinhaço, o projeto Recupera Cerrado, financiado por recursos de compensação florestal, que plantou 14 mil mudas em 40 hectares na orla norte do lago; com o Instituto Perene, o projeto reNascer Cerrado, que recuperou 75 hectares na orla com financiamento da Cargil; e o projeto de identificação e monitoramento da população de capivaras. O subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos, Glauco Cruz, falou sobre as ações realizadas pela Sema/CITinova no Lixão da Estrutural, como o diagnóstico ambiental da área, que estudou o nível de contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume do lixo. Já o projeto de remediação propõe ações para amenizar e corrigir os danos causados. Glauco Cruz também apresentou um vídeo produzido pela Central de Cooperativas (SindCoop), responsável pela gestão do Complexo Integrado de Reciclagem da Estrutural. Este projeto é fruto de investimento do BNDES para a construção do prédio, compra de maquinários, assessoria técnica e capacitação de catadores. “Já estamos com dois anos de operação e o complexo é responsável por promover a inclusão social e produtiva de 480 catadores de recicláveis, oriundos do antigo Lixão da Estrutural”, disse. Segundo ele, essa iniciativa foi essencial para o fechamento do lixão. Nazaré Soares apresenta as ações do Projeto CITInova: inovações e tecnologias sustentáveis | Foto: Divulgação/Ascom Sema A coordenadora executiva do CITinova, Nazaré Soares, passou por um histórico do projeto, elaborado em 2016 e iniciado em 2018, e lembrou das dificuldades enfrentadas durante a pandemia de covid-19 para mobilizar os agricultores familiares. Em seguida, mostrou um mapa do DF com a localização das ações de pesquisa e inovação. “Uma propriedade que está em área das bacias que abastecem o DF não pode realizar atividades produtivas predatórias que comprometam a qualidade da água que abastece a todos nós”, destacou Nazaré Soares. O projeto realizou o Diagnóstico de Nascentes (2021), estudo útil para subsidiar a realização de novos plantios. Com a finalidade de buscar maior quantidade e melhor qualidade de água no DF, o projeto beneficiou 28 propriedades rurais e 23 hectares só na Bacia do Paranoá. A oficina Na primeira parte da dinâmica, os participantes preencheram um questionário sobre a atuação da própria instituição durante a crise hídrica de 2016/2017 e pós. Na segunda parte, foram debatidas as sugestões de próximos passos para a agenda ambiental no DF. [Olho texto=”“Declaro que quero contribuir para a sustentabilidade ao proteger e restaurar o bioma Cerrado – o berço das águas do Brasil, com as ações voltadas para transformar os ambientes urbanos em espaços mais sustentáveis para se viver”” assinatura=”Trecho do ‘Pacto pela Sustentabilidade do DF'” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Representantes da sociedade civil organizada inscreveram-se para relatar as ações empreendidas. O engenheiro florestal Fernando Lima, da Fundação Pró-Natureza (Funatura), citou o Diagnóstico Socioambiental da Bacia do São Bartolomeu e o plantio nas margens do rio. O diretor do Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), Sérgio Ribeiro, falou sobre o projeto Arco das Nascentes no Paranoá. “O arco é a forma do grande corredor entre o Parque Nacional de Brasília (Água Mineral) até a Estação Ecológica do Jardim Botânico, passando pela Serrinha do Paranoá e Lago Sul”, explicou. Nessa área, o projeto descobriu 52 nascentes que não estavam catalogadas nos órgãos do GDF. Elas foram incluídas no cadastro do programa Adote uma Nascente, do Instituto Brasília Ambiental. O Instituto Oca do Sol, localizado na Serrinha do Paranoá e parceiro do Cirat no projeto Arco das Nascentes, compartilhou a experiência do projeto Eco Trilhas, que promoveu oficinas de identificação botânica, combate a incêndios florestais com abafadores, arte educação com professores das escolas locais, bioconstrução e sinalização de trilhas, sendo uma delas adaptada a pessoas portadoras de deficiência. O promotor Roberto Carlos Batista, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), falou sobre as ações ambientais em curso e os recursos obtidos pelo MPDFT em ações judiciais. “A orla não pertence a meia dúzia de proprietários que ficam à beira do lago. A orla é pública”, afirmou o promotor. Também apresentaram suas ações a Secretaria da Agricultura do DF (Seagri) e o Instituto Brasília Ambiental. A oficina contou com o órgão da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) – implementador do Projeto CITinova; a Aliança Tropical de Pesquisa da Água (TWRA, em inglês); a Fundação Mais Cerrado; Universidade da Paz (Unipaz); Emater/DF; Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob); Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Seduh); Companhia de Abastecimento do DF (Caesb); Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan); regiões administrativas do Guará, Varjão, Itapoã, Vicente Pires e Lago Norte; e Corpo de Bombeiros. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os participantes da oficina assinaram o Pacto pela Sustentabilidade do DF, proposto pela Sema/CITinova. “Declaro que quero contribuir para a sustentabilidade ao proteger e restaurar o bioma Cerrado – o berço das águas do Brasil, com as ações voltadas para transformar os ambientes urbanos em espaços mais sustentáveis para se viver”, diz um trecho do pacto. Próximos passos Tanto a sociedade civil quanto os órgãos governamentais expressaram interesse em dar continuidade às ações que estão em andamento e destacaram que o DF já possui uma plataforma de informações ambientais importante para o direcionamento das políticas públicas e das iniciativas civis na área: o Sistema Distrital de Informações Ambientais. As pesquisas de mestrado e doutorado na Universidade de Brasília também foram citadas como importantes referências para os projetos e o fortalecimento do território. A importância da participação das organizações comunitárias no planejamento e na execução das políticas públicas e de projetos com verba internacional também foi destaque. O legado do Projeto CITinova, que implantou projetos-pilotos de recuperação de áreas degradadas, diagnósticos de nascentes, sistemas agroflorestais mecanizados e estudo sobre clima no DF, servirá de referência para próximos projetos, a fim de se dar continuidade às ações em busca da sustentabilidade no DF. CITinova O CITinova é um projeto multilateral que oferece soluções tecnológicas, metodologias e ferramentas de planejamento urbano. Ele é realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), implementação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e execução da Secretaria do Meio Ambiente do DF, em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). *Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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