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Bolsas confeccionadas por reeducandas ajudam mulheres em vulnerabilidade na campanha Fazer o Bem Tá na Moda

Foi lançada a segunda edição da campanha Fazer o Bem Tá na Moda, uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) que une moda, solidariedade e transformação social. Durante o lançamento, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (18), mais de 100 pessoas se reuniram no Restaurante Piselli, para acompanhar a entrega das primeiras 50 bolsas da campanha, que até o fim do ano beneficiará 200 mulheres em situação de vulnerabilidade. Esta primeira leva será destinada às mulheres atendidas pelo Instituto Inclusão de Desenvolvimento e Promoção Social. Mais do que uma simples ação de arrecadação, a campanha aposta na economia circular, na ressocialização de mulheres privadas de liberdade e no incentivo ao empreendedorismo feminino como ferramentas de mudança. Cada bolsa distribuída carrega não apenas roupas, calçados e acessórios em excelente estado, mas também histórias de superação e recomeço, transformando o desapego em oportunidade. Durante o lançamento, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (18), mais de 100 pessoas se reuniram para acompanhar a entrega das primeiras 50 bolsas da campanha | Fotos: Divulgação/Sejus-DF Ressocialização como ponto de partida Um dos diferenciais da campanha é o processo de confecção das bolsas, realizado por reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), vinculada à Sejus-DF. Para essas mulheres, o trabalho com a costura vai além de adquirir uma nova habilidade; trata-se de um importante passo rumo à reintegração à sociedade. A cada três dias trabalhados, um dia é descontado da pena, e todas recebem um pagamento equivalente a três quartos do salário mínimo. A empresária Leila Bessa, que doou os tecidos para a confecção, compartilhou sua emoção e motivação. “Fiquei felicíssima com o convite da Secretaria. Sempre achei essencial ocupar a mente e oferecer oportunidades reais para essas mulheres. Doar tecidos que promovem a capacitação e ressocialização é uma honra. Além disso, doar itens em bom estado, capazes de transformar vidas, é um ato de amor. Tudo que se faz de bem retorna.” Desapego com propósito A iniciativa mobiliza 200 mulheres com independência financeira, que recebem uma bolsa personalizada para preenchê-la com roupas, sapatos e acessórios de uso pessoal, que elas já não utilizam mais. No evento, as 50 bolsas distribuídas deverão ser devolvidas preenchidas em até 15 dias. Os itens arrecadados serão destinados diretamente às mulheres atendidas pelo Instituto Inclusão, representando uma chance concreta de geração de renda e empreendedorismo. A jornalista e influenciadora Anna Paola Frade Pimenta da Veiga destacou o sentido do desapego com propósito A jornalista e influenciadora Anna Paola Frade Pimenta da Veiga, madrinha colaboradora da campanha, destacou a força transformadora da iniciativa. “Essa integração com as mulheres privadas de liberdade traz uma luz no fim do túnel, dando oportunidade de se reinventarem. O que elas precisam é que alguém estenda a mão. Do outro lado, são 200 mulheres que terão a chance de vender esses itens, fazer a diferença no fim do mês e transformar suas realidades. Eu, por exemplo, não vejo a hora de chegar em casa e encher a minha bolsa com o que tenho de melhor, itens que não uso mais e que podem impactar positivamente a vida de outra mulher. Esse é o verdadeiro sentido do desapego com propósito.” Impacto coletivo e transformador [LEIA_TAMBEM]Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, idealizadora da campanha, o sucesso da primeira edição — que também beneficiou 200 mulheres — reafirma o poder da mobilização social com propósito. “Essa campanha representa transformação em diversas frentes: gera oportunidades para mulheres em vulnerabilidade, ressignifica o trabalho das reeducandas e mobiliza a sociedade pelo bem. Na primeira edição vimos vidas sendo transformadas; nesta nova etapa, o impacto será igualmente significativo. As mulheres que estão doando compreendem que o desapego com propósito é uma poderosa ferramenta de mudança.” Bazar solidário e autonomia As 50 primeiras bolsas recheadas com doações serão encaminhadas ao Instituto Inclusão de Desenvolvimento e Promoção Social, organização que acolhe pessoas em situação de rua encaminhadas pela Central de Vagas do GDF e oferece atendimento psicossocial, psicopedagógico e oficinas de capacitação. A pedagoga Taisa Oliveira, representante do instituto, ressaltou como a doação gera autonomia. “As bolsas serão destinadas a um bazar, e toda a verba arrecadada retornará para o acolhimento das mulheres atendidas pela instituição. São pessoas que estão recomeçando, e esse apoio faz toda a diferença.” Já os resultados da primeira edição comprovam o impacto da ação. “Recebemos as bolsas lacradas, com peças em excelente estado. Promovemos um bazar e o resultado foi incrível. As mulheres puderam vender os produtos, dando início a seus empreendimentos. Além de gerar renda, o processo elevou a autoestima e a esperança de muitas”, afirmou Kátia Ferreira, diretora do Instituto Proesa. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)

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Trabalho nos viveiros da Novacap transforma vida de reeducandas

“Antigamente eu nem me importava muito com plantas. Hoje em dia eu já começo o dia doida para ir ao viveiro. Mexer com a terra se transforma em uma paz para a gente”, declara a reeducanda L.D.. Ela é uma entre as várias histórias de transformação que fazem parte dos viveiros da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) situados no Distrito Federal, de onde saem diversas mudas que compõem a paisagem verde que faz da capital brasiliense uma cidade-parque. Os viveiros da Novacap são responsáveis pela produção de mudas de flores, herbáceas, arbustos e palmeiras que saem para os canteiros públicos do DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília São 28 hectares no Viveiro I, localizado no Park Way e responsável pela produção de mudas de flores, herbáceas, arbustos e palmeiras que saem para os canteiros públicos do DF. Por meio do Convênio com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), firmado desde 2017, os trabalhos são realizados por cerca de 120 reeducandas. As tarefas vão desde as mais pesadas, como limpeza de carregamento de terra e enchimento de embalagens grandes, até serviços mais delicados, caso da repicagem de mudas de flores de uma bandeja para outra. Diariamente renovando vasos, fazendo arranjos e regando as plantas abrigadas pelo viveiro, L.D. complementa a fala: “São dias maravilhosos. Aqui é uma paz, me sinto muito bem. É gratificante a sensação de ver o crescimento dessas plantas. Não é um trabalho simples, tem toda uma técnica e um cuidado detalhado, são coisas que aprendi e, mesmo não tendo faculdade ou ensino médio, mudou muito a minha vida, meu trabalho, meu modo de pensar e até o meu estilo de conversar, porque vi o lado bom da vida e da natureza”. Janaina Gonzales fala dos impactos que a oportunidade de trabalhar nos viveiros da Novacap proporciona a reeducandas A chefe dos Viveiros da Novacap, Janaína Gonzales, ressalta que o projeto não exige nenhum nível de escolaridade, experiência profissional, condição física ou qualquer pré-requisito, comportando todos igualmente. “A maioria chega sem conhecimento nenhum, às vezes sem nenhuma experiência com plantas, e acabam aprendendo. A gente consegue ensinar tudo para elas aqui. Além da mudança na vida delas, há toda uma cadeia de pessoas atuando em prol da sociedade, levando essas mudas para melhorar a qualidade de vida dos habitantes do DF”, observa. Trabalho gratificante A cada três dias trabalhados, há o ganho de um dia de remição, que é a redução da pena Os trabalhadores recebem Bolsa Ressocialização e também auxílios transporte e alimentação. Além disso, a cada três dias trabalhados, há o ganho de um dia de remição, que é a redução da pena. Com a mão na terra todos os dias na replicagem de mudinhas, a reeducanda F.M.L. reforça o quanto o trabalho e o contato direto com a natureza fizeram a diferença na trajetória dela: “Amo o meu trabalho porque através dele tenho uma vida melhor do que a de antes. É terapêutico o contato com a natureza, vale a pena. Estou pagando minhas contas direitinho e sempre sobra um pouco. É um trabalho suado e muito mais gratificante. No crime eu não tinha nada, só má-fama. E isso tudo mudou”. Os viveiros da Novacap são ligados ao Departamento de Parques e Jardins, de onde saem todas as mudas que plantadas na cidade. No Viveiro I, as equipes enchem saquinhos com substratos para as mudas e esses saquinhos são reutilizados depois, em torno de sete vezes cada um. José Edson da Silva celebra: “É possível escutar os passarinhos e respirar um ar mais puro“ Trabalhando na reciclagem, José Edson Vieira da Silva, 54 anos, é deficiente visual e funcionário do Viveiro I há muitos anos. Ele destaca que o ambiente arborizado, onde é possível escutar os passarinhos e respirar um ar mais puro, é a parte mais recompensadora da rotina. “Eu gosto desse trabalho, é gratificante a sensação de estar mexendo com a terra o dia inteiro, em contato com a natureza. A gente se sente útil quando está fazendo esse serviço, tanto a empresa ganha, como a gente também, é prazeroso estar aqui”. Investimento no verde Os jardins e canteiros floridos de Brasília são resultado de um trabalho contínuo e minucioso realizado pela Novacap, que mantém dois viveiros dedicados à produção de mudas e plantas ornamentais. Criado em 1960, o Viveiro I produz arbustos, palmáceas, herbáceas, flores e folhagens, com uma média de 100 mil mudas por semana, utilizadas no paisagismo da cidade. Já o Viveiro II, inaugurado em 1971, tem capacidade para produzir até 300 mil mudas de árvores por ano, incluindo espécies nativas do Cerrado, como ipês, quaresmeiras, sucupiras e copaíbas. Em 2023, o Viveiro I passou por uma reforma estrutural, recebendo um investimento de R$ 3,4 milhões do GDF. A obra incluiu a pavimentação de acessos, construção de calçadas e reestruturação dos espaços de cultivo. O resultado é um espaço mais moderno e eficiente para a produção das plantas que embelezam a capital. Apenas em 2024, mais de 2,4 milhões de plantas e mudas foram cultivadas por eles. O Distrito Federal conta hoje com 583 canteiros ornamentais espalhados por regiões como Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul, Taguatinga e Águas Claras. Somente no Plano Piloto, são mais de 1,5 milhão de plantas, todas sob os cuidados da Novacap. Além de compor a identidade visual da cidade, a arborização melhora a qualidade do ar, proporciona sombra, reduz ruídos urbanos e contribui para o conforto ambiental. No total, o DF abriga mais de 5,5 milhões de árvores, que seguem um calendário de floração ao longo do ano.

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Projeto Borboleta ajuda a reconstruir a autoestima de reeducandas

“É a oportunidade de se vestir, de tirar aquela roupa branca e se sentir diferente e importante na vida; é o primeiro passo para a liberdade”, descreve a reeducanda Samantha*, 50, uma das beneficiadas pelo projeto Borboleta, da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF). Vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), a iniciativa disponibiliza roupas e acessórios para elevar a autoestima dos sentenciados em sua nova fase de vida. Desde 2017, essa ação já beneficiou 5 mil pessoas. Samantha, que trabalha como manicure em regime semiaberto, é uma das beneficiárias do projeto:  “Ter acesso a roupas novas de graça e poder trabalhar com dignidade é uma força muito grande – é um gasto a menos, uma preocupação a menos” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A doação dessas roupas vai muito além do vestuário. Elas representam um novo começo para os reeducandos que estão retomando suas vidas no mercado de trabalho e na sociedade” Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap-DF “Assim que eu saí da prisão, a situação financeira estava muito difícil, então ter acesso a roupas novas de graça e poder trabalhar com dignidade é uma força muito grande – é um gasto a menos, uma preocupação a menos”, relembra Samantha. Com o apoio da Funap, desde que entrou em regime semiaberto, ela atua há nove meses como manicure e, quando possível, no projeto Borboleta, ajudando outros reeducandos na nova vida. As roupas do borboletário, local onde ficam armazenadas, são adquiridas por meio de doações. Cada pessoa (homem e mulher) tem direito a cinco itens, que podem ser escolhidos em araras dispostas na sede da Funap. “O projeto Borboleta resgata autoestima, dignidade e fortalece a reintegração social e profissional dessas pessoas, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania “A doação dessas roupas vai muito além do vestuário; elas representam um novo começo para os reeducandos que estão retomando suas vidas no mercado de trabalho e na sociedade”, ressalta a diretora-executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. “Muitos chegam sem condições de se apresentar adequadamente para uma entrevista ou para o primeiro dia de emprego, e o projeto Borboleta lhes dá esse suporte essencial, ajudando a resgatar a dignidade e a autoestima nesse momento de recomeço”, complementa a gestora. Andreia escolhe peças no borboletário: “O guarda-roupa comunitário facilita a vida do preso que está se reintegrado na sociedade, porque a gente chega aqui e consegue um sapato, uma roupa de qualidade para se apresentar no trabalho” A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, também vê na iniciativa um caminho para ressocialização. “O projeto Borboleta resgata autoestima, dignidade e fortalece a reintegração social e profissional dessas pessoas, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva”, pontua. Autoestima e recomeço O simples ato de trocar de roupa no borboletário assim que chegou à Funap -DF transformou a vida de Andreia*, 57. Depois de dez anos na prisão, a costureira saiu sem nada. “O guarda-roupa comunitário facilita a vida do preso que está se reintegrado na sociedade, porque a gente chega aqui e consegue um sapato, uma roupa de qualidade para se apresentar no trabalho e até nos outros dias,  porque a gente demora 30 dias para receber o primeiro salário”, relata. Além do impacto financeiro, ela reforça a importância do projeto para a confiança das reeducandas: “Já pensou todo mundo chegando de branco ao trabalho? Seria constrangedor, né? Aqui, a gente entra presa, mas sai como qualquer outra pessoa da sociedade. Isso é muito bom para a nossa autoestima”. Como ajudar O projeto Borboleta recebe doações de qualquer item de vestuário, cosmético ou acessório, beneficiando tanto homens quanto mulheres. As peças mais procuradas são roupas de frio, calças jeans (de todos os tamanhos) e camisas, de preferência coloridas. As doações podem ser entregues de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na sede da Funap-DF: Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Trecho 2, lotes 1835/1845, 1º andar. Mais informações pelos telefones (61) 3686-5031 e 3686-5030. *Para preservar a identidade das entrevistadas, foram usados nomes fictícios.

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Trabalho em viveiros ajuda a transformar a vida de mulheres em processo de ressocialização

A sociedade tem buscado alternativas eficazes para reintegrar pessoas privadas de liberdade ao convívio social. Entre as estratégias mais promissoras, o trabalho se destaca como uma ferramenta essencial para a construção de novos caminhos. Um exemplo inspirador dessa transformação está nos viveiros de plantas da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), onde mulheres em processo de ressocialização encontram a oportunidade de reconstruir suas vidas. Ali, elas aprendem a cuidar não apenas da terra, mas também de si próprias, semeando esperança de um futuro próspero. Maria Silva (nome fictício), de 32 anos, chegou ao sistema prisional há três anos e encontrou nos viveiros a chave para um recomeço. Ela compartilha, emocionada, como o trabalho tem transformado sua vida: “Aqui aprendi a cuidar das plantas e, mais importante, aprendi a cuidar de mim mesma. Quando cheguei, não sabia como seria possível seguir em frente. Hoje, vejo meu futuro de uma forma diferente. O trabalho me trouxe uma nova perspectiva”. Atualmente, os viveiros produzem cerca de 3.564 mudas por semana, resultando em milhares de mudas mensais destinadas a projetos de arborização | Foto: Carlos Vilaça/Novacap A parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) começou em 2017, quando 12 participantes passaram a atuar na Novacap. Atualmente, quase 80 reeducandas prestam serviço nos dois viveiros da companhia. “Pretendemos aumentar nos próximos meses. Já há tratativas em torno disso”, comenta a chefe da Divisão de Agronomia da Novacap, Janaina González. “A Funap acredita no poder transformador do trabalho. Cada muda cultivada representa um passo em direção a uma nova história de vida” Deuselita Martins, diretora-executiva da Funap Essas mulheres se dedicam ao cultivo e à produção de mudas de espécies nativas e ornamentais. Mais do que aprender sobre jardinagem, elas adquirem habilidades essenciais para sua reintegração à sociedade após o cumprimento das penas. Maria, assim como as demais colegas, trabalha de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com uma hora de intervalo. Ela participa de todas as etapas do processo, desde a semeadura, o enchimento de sacos com terra adubada até a montagem das “bandejas” com mudas prontas para transporte. Além do aprendizado técnico, o trabalho em equipe a impactou profundamente. “Nos ajudamos mutuamente; no final, não estamos apenas cultivando plantas, estamos cultivando nossa própria transformação”, afirma. Foco na mulher Apenas mulheres trabalham nos viveiros. Essa escolha, além de estratégica, é humanitária. Projetos de ressocialização voltados ao público feminino são raros, o que torna essa iniciativa uma oportunidade singular de recuperação, autodescoberta e reconstrução da dignidade. Atividades como o cultivo de mudas exigem paciência, dedicação e atenção aos detalhes – qualidades que muitas mulheres têm naturalmente. “Anualmente, os dois viveiros da Novacap desenvolvem mais de 80 espécies de flores, 300 espécies de arbustos e mais de 200 tipos de árvores”, afirma o presidente da Novacap, Fernando Leite. “Plantamos milhares de mudas de árvores por ano, e este ano planejamos uma grande ação para deixar a cidade ainda mais verde e florida.” Atualmente, os viveiros produzem cerca de 3.564 mudas por dia, resultando em milhares de mudas mensais destinadas a projetos de arborização. Impacto no processo de ressocialização O trabalho nos viveiros vai além da capacitação técnica. Ele oferece uma chance de independência, fortalecimento da autoestima e renovação de perspectivas. Para mulheres muitas vezes esquecidas pela sociedade, cultivar plantas simboliza a possibilidade de florescer novamente. “Esse trabalho não apenas melhora a qualidade de vida das reeducandas, como impacta a sociedade. Aqui eu tenho uma reeducanda que está há mais de sete anos comigo. Tenho muito orgulho de ver as árvores que plantamos e de contribuir para uma cidade mais bonita”, enfatiza a responsável pelos viveiros, Janaina González. Para Maria, o trabalho na Novacap deu uma nova perspectiva. “Aqui, aprendi a ser mais responsável e a entender que tenho um papel a desempenhar na sociedade. Eu não sou só mais uma pessoa no sistema, eu sou capaz de mudar, e isso faz toda a diferença para quem, como eu, sentiu que não havia mais esperança”, conta. “Aqui me chamam pelo nome e me sinto alguém”. Além disso, destaca que, com o valor da bolsa-auxílio, consegue se manter e ajudar em casa na criação dos filhos. “A Funap acredita no poder transformador do trabalho. Quando oferecemos às reeducandas oportunidades como essa nos viveiros da Novacap, não estamos apenas contribuindo para o embelezamento da cidade, mas também plantando as sementes da ressocialização e da esperança. Cada muda cultivada representa um passo em direção a uma nova história de vida, tanto para elas quanto para a sociedade como um todo”, enfatiza a diretora-executiva da Funap, Deuselita Martins. *Com informações da Novacap

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Custodiadas celebram formatura em curso de maquiagem

Em uma cerimônia marcada por emoção e conquistas, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) celebrou a formatura de 11 custodiadas da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF). As reeducandas concluíram o Curso de Qualificação Profissional em Maquiagem de 160 horas, oferecido pelo Programa Mulheres Mil, que tem como objetivo capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade social, promovendo sua formação profissional e tecnológica. A expectativa é que mais capacitações profissionais como esta sejam oferecidas neste segundo semestre de 2024, graças à colaboração entre os diversos setores públicos envolvidos | Foto: Divulgação/Seape-DF A cerimônia, realizada na manhã desta terça-feira (9), contou com a presença de autoridades e representantes de diversas instituições, que destacaram a importância do evento como um passo significativo no processo de ressocialização das custodiadas. O Mulheres Mil do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) e a Seape-DF, têm como meta proporcionar novas oportunidades de inserção no mercado de trabalho para essas mulheres, contribuindo para sua autonomia e reintegração social. Impacto e Futuras Iniciativas A formatura das custodiadas evidencia o sucesso do programa e reafirma a importância de iniciativas como essa para a transformação social de mulheres no sistema prisional local. A expectativa é que mais capacitações profissionais como esta sejam oferecidas neste segundo semestre de 2024, graças à colaboração entre os diversos setores públicos envolvidos. Assim, a Seape-DF reafirma o seu compromisso institucional em proporcionar novas oportunidades e perspectivas às mulheres privadas de liberdade, fortalecendo o processo de reintegração social, autonomia e empoderamento feminino. *Com informações da Seape-DF

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Reeducandas participam de mais uma etapa da campanha Enquanto o Frio Não Vem

Reeducandas da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) receberam, nesta quarta (8), as doações de lãs da campanha ‘Enquanto o Frio Não Vem’. A iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania tem disponibilizado pontos de coleta de linhas, bem como agasalhos e cobertores, para amenizar o frio da população vulnerável. Nesta etapa, a campanha vai contar com o talento de aproximadamente 20 mulheres trans, que têm recebido capacitação em crochê e tricô, na própria unidade penitenciária e têm criado peças para doação. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, “a doação vai ajudar quem mais precisa ao amenizar o efeito das mais baixas temperaturas do ano, que comumente ocorrem em junho e julho. Ao mesmo tempo, a capacitação das reeducandas permite que elas contribuam com a campanha e aprendam um ofício que vai poder inseri-las no mercado de trabalho, posteriormente, e favorecer a ressocialização”, afirma. Aproximadamente 180 mulheres em privação de liberdade estudam nos núcleos de ensino da penitenciária e trabalham com costura criando bolsas térmicas, colchas e decorando chinelos e outras peças | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus-DF O caminho da ressocialização Servidora da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), da Sejus, Marileide dos Santos transmite seu conhecimento às reeducandas. Além de ensinar crochê e tricô, ela também ministra aulas de costura e modelagem. “Costuro há mais de 25 anos, mas a vontade delas em aprender estimula o aprendizado. É gratificante constatar que muitas terão como obter renda com o que aprendem”, explica. Aproximadamente 180 mulheres em privação de liberdade estudam nos núcleos de ensino da penitenciária e trabalham com costura criando bolsas térmicas, colchas, decorando chinelos e outras peças. O objetivo é proporcionar condições que desenvolvam o protagonismo e permitam um futuro com mais dignidade. Para a reeducanda Patrícia dos Santos Araújo, a costura vai ampliar suas oportunidades. “Eu nunca tinha costurado, mas gostei. Já aprendi a fazer bolsinhas, colchas, fica tudo muito lindo e, no futuro, vou poder ter uma renda com o ofício que aprendi”, destaca. *Com informações da Sejus-DF

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Penitenciária Feminina do DF investe na educação e na profissionalização

A Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) tem desempenhado um papel significativo na promoção da ressocialização por meio da educação e do trabalho para suas custodiadas. Em parceria com diversas instituições, a unidade prisional capacitou mais de 430 mulheres privadas de liberdade no segundo semestre de 2023. A capacitação em pintura predial é uma parceria entre a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) e o Grupo Mulheres do Brasil | Fotos: Divulgação/Seape-DF Atualmente, 75% das custodiadas na PFDF estão matriculadas em cursos de capacitação profissional. O principal objetivo é possibilitar o aprendizado, proporcionando a renovação da esperança para essas mulheres. Os cursos de pintura imobiliária, Microempreendedor Individual (MEI), de oratória e de costura e modelagem – já estão em andamento, enquanto as capacitações em modelagem, biojoias e culinária terão novas turmas nos próximos dias. A seleção cuidadosa visa atender às demandas do mercado de trabalho e às habilidades individuais das reeducandas. Alguns desses cursos – como o de MEI, oratória, costura e modelagem – fazem parte do Projeto de Capacitação Profissional e Implantação de Oficinas Permanentes (Procap), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A capacitação em pintura predial é uma parceria entre a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) e o Grupo Mulheres do Brasil. Os cursos de biojoias e culinária são ofertados pela Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). Cursos de capacitação profissional registram aumento de participação das custodiadas na PFDF O binômio educação e formação profissional desempenha um papel fundamental na ressocialização. Conforme destacado pela gestora da unidade, Kamila Mendonça, “ao adquirirem conhecimentos e habilidades, as mulheres privadas de liberdade ganham autoconfiança e autoestima, além de um senso renovado de propósito”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os benefícios desse esforço conjunto se estendem para além das reeducandas, alcançando a sociedade como um todo. Mulheres capacitadas têm mais oportunidades de encontrar empregos estáveis, reduzindo, assim, as taxas de reincidência criminal. O compromisso contínuo do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Seape, com a educação e a formação profissional no sistema penitenciário reflete a determinação em transformar vidas. As novas parcerias estabelecidas entre a Seape, empresas e institutos reforçam a compreensão de que a ressocialização é uma prioridade fundamental da pasta. *Com informações Seape-DF

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UBS da Penitenciária Feminina do DF passará por reforma e ampliação

A Secretaria de Saúde do DF (SES) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) publicaram, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (20), portaria conjunta para o início da reforma e ampliação da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Penitenciária Feminina do DF, no Gama. Com investimento de R$ 2.450.525, a obra vai garantir atendimento de qualidade e bem-estar às reeducandas. A nova UBS da Penitenciária Feminina terá mais estrutura para a análise preventiva, diagnóstico e tratamento de diversas condições de saúde das pacientes | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O novo projeto busca atender as necessidades específicas das mulheres privadas de liberdade. A unidade terá mais consultórios médicos, salas de enfermagem, área para triagem e salas de espera, proporcionando uma estrutura apropriada à assistência multidisciplinar. “As melhorias na UBS da Penitenciária Feminina representam um avanço importante no serviço oferecido, já que vão possibilitar atendimento humanizado e inclusivo”, afirma o subsecretário de Infraestrutura em Saúde da SES, Leonídio Neto. Planejamento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O novo projeto prevê um ambiente moderno e adaptado à assistência médica, no qual será possível fazer análise preventiva, diagnóstico e tratamento de diversas condições de saúde das pacientes. “Estamos em fase de aprovação para os empregados terem acesso ao local”, adianta o diretor de Edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies. “Além disso, o croqui [desenho arquitetônico] está em processo de planejamento.” Executadas em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), as obras estão programadas para início imediato. O prazo de execução é de 180 dias corridos, e o edital pode ser acessado no site da Novacap. Saiba mais sobre a Gerência de Saúde do Sistema Prisional (Gessp) da SES. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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