Gama recebe pela primeira vez grupo Bom Gosto, no domingo (5), em festival de pagode inédito
O coração do Gama vai se transformar no ponto de encontro dos amantes do pagode e do samba com a realização do Festival Pagode de Rua, que ocorre nos dias 4 e 5 de outubro, no Estacionamento do Estádio Bezerrão. O evento promete ser uma grande celebração da música. Pela primeira vez na cidade, o público poderá assistir de perto a um encontro de gerações. Entre as atrações previstas estão vários grupos e bandas de pagode regionais e, no domingo, o grupo carioca Bom Gosto, que arrasta multidões por todo o Brasil sobe ao palco para fazer história no Distrito Federal. Além deles, artistas locais, como escolas de samba e blocos de carnaval, também prometem enriquecer o evento. No sábado, a programação tem início às 18h, e contará com shows dos grupos locais Nossa Cor e Personalidade. Ainda no sábado, haverá shows de Nego Rainer, e contará com a animação dos Djs Ana Ximenes e Júnior Muniz. Já no domingo, o pagode começa às 16h, com a banda regional Papel Marchê, os grupos Forte Atração e Nosso Rolê e Tiago Kallazans. A noite será encerrada com ninguém menos que Bom Gosto, trazendo todos os sucessos de 20 anos de história do grupo. Além do grupo Bom Gosto, artistas locais, como escolas de samba e blocos de carnaval, também prometem enriquecer o evento | Foto: Divulgação Além do line-up previsto, a organização do evento promete várias surpresas. Mais do que um evento musical, a primeira edição do Festival Pagode de Rua tem como objetivo levar grandes atrações para fora do eixo tradicional, oferecendo ao público uma experiência de qualidade. A programação inclui ainda praça de alimentação com diversas opções gastronômicas, estrutura completa de conforto e segurança, além de ações voltadas para sustentabilidade e acessibilidade. “O Festival Pagode de Rua no Gama é um exemplo claro da nossa missão de descentralizar a cultura, levar grandes atrações para todas as regiões do Distrito Federal e valorizar a riqueza dos nossos artistas locais. Receber o grupo Bom Gosto pela primeira vez na cidade, junto de talentos da cena regional, é um marco que fortalece a identidade cultural do Gama e promove acesso democrático à arte e à música que embalam gerações”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Com expectativa de se consolidar como um dos maiores festivais do gênero no Centro-Oeste, o Pagode de Rua chega para marcar o calendário cultural da cidade e oferecer momentos inesquecíveis para todos os apaixonados pelo ritmo que embala gerações. Serviço: Evento: Festival Pagode de Rua Local: Estacionamento do Estádio Bezerrão Datas: 4 e 5 de outubro Horário: No sábado os portões serão abertos às 18h, no domingo, às 16h. O acesso é gratuito mediante retirada de ingressos pelo Sympla. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)
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Dia Mundial da Diversidade Cultural vai agitar a Praça dos Três Poderes
Nesa quarta-feira (21), a Praça dos Três Poderes será palco para a celebração do Dia Mundial da Diversidade Cultural, numa iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) em parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Instituto Integra Mais Um. Gratuito e aberto ao público, o evento reunirá grandes nomes da música brasileira, entre outras atrações que simbolizam a pluralidade de estilos e tradições. Maria Gadú e Frejat estão entre as atrações confirmadas para o palco da Praça dos Três Poderes | Imagem: Divulgação/Secec-DF De acordo com os organizadores, a programação foi pensada para celebrar a data promovendo diálogo intercultural e defesa da democracia como fator de fortalecimento e reconhecimento da diversidade, por meio de distintas manifestações artísticas, tradições e saberes que compõem o patrimônio cultural da humanidade. A ação, que tem parceria de mídia com o Portal Metrópoles, é totalmente gratuita. O valor do edital de chamamento foi de R$ 3,5 milhões. "Nosso objetivo é democratizar a arte e a cultura, incentivar o intercâmbio cultural e a formação de públicos, além de impulsionar a cadeia produtiva da cultura em diversos níveis”, afirma o titular da Secec-DF, Claudio Abrantes. “A programação inclui um conjunto de atividades formativas que reforçam a diversidade cultural, o desenvolvimento e a economia criativa.” O secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, reforça: “Celebrar a diversidade cultural é reafirmar o compromisso com os direitos humanos, com a inclusão e com o respeito às múltiplas identidades que compõem nossa sociedade. Essa iniciativa vai além do entretenimento: ela representa um espaço de reconhecimento, diálogo e construção coletiva. E a parceria do GDF com o STF nessa celebração do Dia Mundial da Diversidade Cultural é um sinal claro de que a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva passa também pela valorização da cultura”. As atividades previstas na programação incluem oficinas, rodas de bate-papo e ações de mediação artística em paralelo aos shows, oferecendo espaço para debates sobre diversidade cultural e economia criativa. “Ao reunir diferentes expressões artísticas e promover o diálogo intercultural, reforçamos, juntos, os pilares da democracia e da cidadania”, pontua Gustavo Rocha. Para garantir conforto e segurança ao público, o acesso será regulado por meio de ingressos obtidos pela plataforma Sympla (limitados a um por CPF). A revista de entrada será realizada pela Polícia Militar do DF e por uma equipe de segurança privada. Haverá praça de alimentação interna e pontos de venda autorizados nas imediações, além de área reservada para pessoas com deficiência (PcDs). Confira abaixo a programação. Salão de Exposição Cultural → 9h - Abertura dos espaços de exposição de artesanato, gastronomia e demais estruturas → 10h30 - Palestra de Lucas Grooveonline com o tema “Diversidade cultural na internet” → 14h - Palestra de Eclen Souza, com o tema “Importância da diversidade cultural para a economia criativa” → 15h30 - Bate-papo com Anderson Quack, Humberto Lúcio e convidados. Tema: “Diversidade cultural e a defesa da democracia, povos tradicionais e o Cerrado” → 16h30 - Palestra de Preto Zezé, com o tema “Cultura e a Economia Criativa” Salão da Diversidade → 12h - Samba News → 13h - Catira e moda de viola / Clube do Violeiro Caipira → 14h - Boi de Seu Teodoro → 15h - Banda Lúpulo → 16h - Banda Quatro Estações Palco → 18h - Maria Gadú → 19h10 - Ana Castela → 20h50 - Diogo Nogueira → 22h30 - Bell Marques → 00h20 - Frejat Outras atividades → Das 9h às 20h, exposição de artesanato produzido no DF → Das 11h à meia-noite, gastronomia → 14h - Graffiti, com artistas da cidade / Batalha de rimas, com os MCs Dudu Mano, Alves e Augusto Metralha Serviço * Ingressos devem ser retirados, gratuitamente, na plataforma Sympla (um por CPF).
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Com recursos do FAC, festival Divas do Samba anima Clube do Choro neste sábado (7)
Música popular cantada por mulheres de todo o Brasil. O festival Divas do Samba começou na sexta-feira (6) e segue animando o público neste sábado (7), a partir das 19h, no Clube do Choro de Brasília. A iniciativa, que completa dez anos de história neste ano e está na quarta edição, conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). A entrada é gratuita mediante 1 kg de alimento não perecível. Programação deste sábado (7) do Festival Divas do Samba, no Clube do Choro, terá apresentações de Karynna Spinelli, Fernanda Jacob e Gija Barbieri | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Foram selecionados nomes locais e nacionais, que são referência no gênero musical. O primeiro dia de festa recebeu Clécia Queiroz, Karla Sangaleti e Mirian Marques. Já neste sábado será a vez de Karynna Spinelli, Fernanda Jacob e Gija Barbieri ocuparem o tablado. Antes das apresentações deste sábado, haverá um bate-papo sobre as culturas tradicionais e o protagonismo feminino no samba, a partir das 10h, na Praça dos Orixás, seguido por uma oficina de Samba de Roda, conduzida pelo Coletivo das Yás do DF e Entorno e pelo grupo Sambadeiras de Bimba. O samba de roda foi o principal ritmo apresentado pela cantora Clécia Queiroz, que estreou no Clube do Choro. “É um espaço muito conhecido no país inteiro e é uma alegria e uma honra estar aqui, especificamente em um festival de mulheres. É uma alegria trazer o samba da Bahia para cá”, disse. “As mulheres sempre estiveram muito presentes no samba, embora tenham sido invisibilizadas por muito tempo. São elas que organizam as festas de samba lá na Bahia e ter um evento de mulheres à frente de tudo é de uma importância enorme.” A cantora Karla Sangaleti destaca a importância do FAC-DF: “É fundamental. Sem ele, não daria para trabalhar, já que as coisas são muito dispendiosas” Para a cantora Karla Sangaleti, a oportunidade demonstrou a força brasiliense em cultuar o samba. “Temos que nos fortalecer e mostrar para Brasília e para o Brasil que as mulheres fazem música, e fazem bem, tocam muito bem”, frisou ela, que já participou de outras iniciativas financiadas pelo FAC. “É fundamental. Sem ele, não daria para trabalhar, já que as coisas são muito dispendiosas.” Incentivo A equipe do Divas do Samba é majoritariamente feminina, com mulheres presentes desde a coordenação do evento à parte técnica e de direção de palco. A primeira edição do festival foi em dezembro de 2014, na Torre de TV. Em 2019, ocorreu no Museu Nacional e, em 2022, estreou no Clube do Choro. “O projeto sempre foi patrocinado pelo FAC e isso é extremamente importante para que a gente realize outras edições. Então, quando temos o FAC e o Clube do Choro, que é um espaço muito especial e considerado patrimônio do nosso país, estamos vendo Brasília abraçando o projeto como incentivo à cultura, ao samba, aos artistas locais e nacionais”, salientou uma das coordenadoras do festival, Ana Gabriela Gonçalves. O FAC alcançou o maior valor destinado à produção cultural neste ano, com destinação de R$ 82 milhões para editais, considerando os certames anuais, sem saldos remanescentes. “Apoiar projetos que celebrem a nossa diversidade destacando a presença feminina em manifestações culturais tão representativas é extremamente importante e um dos pilares do FAC, programa essencial de fomento à cultura e à inclusão no DF. Cultura e entretenimento caminhando juntos, gerando emprego, renda e mostrando que lugar de mulher é onde ela quiser”, enfatizou a vice-governadora, Celina Leão.
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Estudantes transformam cultura de paz em samba-enredo
A música como um instrumento de paz e união entre as pessoas. É o que propõe o projeto Samba na Escola: Celebrando em Clima de Paz, da Escola Parque (EP) 210/211 Norte. Com diferentes alas, assim como em um tradicional desfile de escola de samba, cerca de 250 estudantes desfilaram, nesta sexta-feira (26), pela unidade escolar para reforçar valores como o respeito e a empatia. Desfile de samba destacou temas da cultura de paz como respeito e empatia | Fotos: Jotta Casttro/ SEEDF O evento faz parte das ações desenvolvidas pela Secretaria de Educação do Distrito Federal para reforçar a paz nas escolas. O projeto Samba na Escola reuniu, além dos estudantes, pais, responsáveis, educadores e gestores da EP 210/211. Cada ala do desfile trazia um tema e uma coreografia. As meninas da ginástica artística abriam a comissão de frente. Em um só tom, as crianças cantavam: “A semente da paz vou plantar e colher. E na Escola Parque, vou aprender a conviver.” Antes da apresentação, a escola desenvolveu o tema de forma transversal nas aulas de diferentes disciplinas como artes, educação física, dança e teatro. O foco são os aspectos relevantes de uma cultura de paz nas escolas, como o respeito, a empatia, valores para uma boa convivência em comunidade. No desfile, diferentes apresentações foram feitas pelos estudantes A aluna da unidade escolar Ana Souza, 10 anos, conta o que aprendeu com o projeto. “A gente aprendeu que não pode desrespeitar o professor, o amigo da turma, os outros trabalhadores da escola, que temos que ter respeito por todos, saber ouvir e esperar a vez de falar. Também aprendemos mais sobre o ritmo musical, que no caso desse projeto foi o samba”, destacou a estudante. Em meio às ações promovidas nas escolas da rede pública de ensino do DF, a música emerge como uma poderosa ferramenta para promover um cultura de paz e a união entre os membros da comunidade escolar. Além de ser uma forma de expressão cultural e artística, o ensino da música desempenha um papel crucial no desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes. O vice-diretor da unidade, Leandro Francisco dos Santos, destaca o poder da música como um agente de integração social, diminuindo as fronteiras entre os alunos. “Ao participar de atividades musicais em conjunto, os estudantes desenvolvem habilidades de trabalho em equipe, empatia e respeito mútuo”. Alas do desfile de samba representavam temas trabalhados em sala de aula Ele explica que o projeto nasceu também para juntar as áreas de conhecimento trabalhadas na escola: “Cada ala dessa escola de samba foi um tema trabalhado em sala. Dessa forma, temos a parte do Cerrado, por exemplo relacionada ao clima e ao meio ambiente, e outras que falam da paz”. Ações A Secretaria de Educação do DF, por meio da Assessoria Especial de Cultura da Paz (AECP), está empenhada em desenvolver ações concretas e eficazes para prevenir e combater o bullying nas escolas. Dentre as ações, constam projetos de sensibilização, formação de professores, criação de protocolos de atuação, dentre outros. A SEEDF reconhece a importância de promover um ambiente escolar seguro e acolhedor, com iniciativas que priorizem o trabalho em rede, de modo a criar uma cultura de respeito, empatia, solidariedade e paz nas comunidades escolares. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Festas da virada marcam a agenda cultural do último fim de semana do ano
O último fim de semana de 2023 será dedicado às festividades em celebração a chegada do novo ano. Música sertaneja, samba, forró e pop rock darão o tom da festa promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O Réveillon Cidade Luz ocorre no sábado (30), apenas na Prainha do Lago Paranoá, e no domingo (31), nas demais localidades, com entrada gratuita e livre para todos os públicos. Um Sonho de Natal, projeto do governo durante as festividades de fim de ano, entra nos últimos dias e a decoração natalina montada na Esplanada dos Ministérios e nas praças do Buriti e do Cruzeiro podem ser visitadas no fim de semana e feriado | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A programação começa pela Praça dos Orixás, na Prainha do Lago Paranoá, com shows a partir das 17h no sábado. No primeiro dia tem apresentação dos artistas locais 7 na Roda, Kiki Oliveira, Dhi Ribeiro e Renata Jambeiro. No domingo, a festa continua com o samba da Aruc, o batuque do bloco Ase Dudu, além do show do grupo Bom Partido acompanhado da cantora Clara Nogueira. O Réveillon na Esplanada dos Ministérios será comandado por Heverton & Heverson, Naiara Azevedo, Roupa Nova e Israel & Rodolffo. Além das apresentações musicais, o evento contará com 17 minutos de queimas de fogos para recepcionar 2024 | Foto: Arquivo/Secec Tradicional, o Réveillon na Esplanada dos Ministérios será comandado por Heverton e Heverson, Naiara Azevedo, Roupa Nova e Israel e Rodolffo. Além das apresentações musicais, o evento conta com 17 minutos de queimas de fogos para recepcionar 2024. Dessa vez, a festa se estende para outras regiões administrativas. Na Praça da Bíblia, em Ceilândia, a sertaneja Luiza Martins será a responsável pelo show da virada. Em Planaltina, no Setor Recreativo, a chegada do novo ano será feita pela cantora Naiara Azevedo. O projeto Radar Oscar 2024 segue em cartaz no Cine Brasília, Entrequadra 106/107 Sul e, nesta sexta-feira (29), exibe o longa-metragem ‘O Maestro’. Dirigido e protagonizado por Bradley Cooper, o filme retrata a história do primeiro maestro nato dos Estados Unidos, Leonard Bernstein | Foto: Netflix/Divulgação “O Réveillon Cidade Luz 2024 veio também para democratizar o acesso à cultura. Ampliar o alcance desses eventos para Planaltina, Ceilândia e outras áreas demonstra nosso compromisso em promover a inclusão e valorizar a diversidade cultural em todo o DF”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Com apoio da Secretaria de Turismo (Setur-DF) será realizado o Réveillon de Brazlândia. Serão dois palcos e três dias de festas em estruturas montadas na Praça do Lago e na Praça Central do Incra 8. Na sexta-feira (29), a grande atração é a banda Di Propósito. No sábado (30) tem a dupla Pedro Paulo e Matheus. Na virada, destaque para o forrozeiro Neto LX. A entrada é franca. Ainda na magia do Natal Outro projeto do governo, o evento Um Sonho de Natal entra nos últimos dias. Esse é o fim de semana final para visitar a decoração natalina montada na Esplanada dos Ministérios e nas praças do Buriti e do Cruzeiro. A entrada é gratuita. O Cine Brasília vai exibir ‘Mussum – O filmis’ nesta sexta e sábado. A programação ainda inclui ‘Uma Carta para Papai Noel’ e ‘Egum’ + ‘Propriedade’ | Foto: Desiree do Vale/Divulgação No sábado (30), além das estruturas decorativas há programação musical e teatral. Na Esplanada dos Ministérios tem discotecagem da DJ Mariana Camelo às 17h; apresentação do espetáculo Iara – O Encanto das Águas, da Cia Lumiato, às 18h; o show Natal Encantado com o grupo vocal Soncietá e o grupo Posers, às 19h; e encenação da peça O Cano, do Circo Teatro UdiGrudi, às 20h. Já na Roda Mágica, na Praça do Cruzeiro, das 17h às 21h tem música comandada pela DJ Maya Muchacha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diversão no cinema O projeto Radar Oscar 2024 segue em cartaz no Cine Brasília, Entrequadra 106/107 Sul. Na sexta-feira (29) será exibido o longa-metragem O Maestro. Dirigido e protagonizado por Bradley Cooper, o filme retrata a história do primeiro maestro nato dos Estados Unidos, Leonard Bernstein. No sábado (30) tem sessão do filme Mal Viver, de João Canijo. A produção acompanha um grupo de mulheres de diferentes gerações da mesma família que gere um hotel na costa norte portuguesa. Nesta sexta e no sábado, o Cine Brasília ainda tem sessões dos filmes ‘Uma Carta para Papai Noel’ (10h), ‘Mussum – O filmis’ (14h) e ‘Egum’ + ‘Propriedade’ (17h). No domingo, o espaço ficará fechado para o recesso de fim de ano.
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Circuito de Culturas Populares celebra samba e yabás na Praça dos Orixás
Em sua sexta edição, o Circuito de Culturas Populares promove, neste fim de semana, mais duas programações artísticas. No sábado (2) ocorre o Canteiro do Samba e no domingo (3) a Festa das Yabás, ambos na Praça dos Orixás com entrada gratuita. A realização conta com fomento do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio de recursos de aproximadamente R$ 500 mil da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). No sábado (2) ocorre o Canteiro do Samba e no domingo (3) a Festa das Yabás, ambos na Praça dos Orixás, com entrada gratuita | Foto: Webert da Cruz/Divulgação “O circuito é uma rede de fazedores de cultura popular e afro-brasileira do Distrito Federal. Esse projeto nasceu de forma bem espontânea a partir da demanda dos grupos tradicionais como forma de trazer o público para dentro dos festejos tradicionais. A ideia é que esses festejos não morram e levem o acesso à população à identidade brasileira”, explica a presidente do Instituto Rosa dos Ventos, Stéffanie Oliveira. Para a presidente do Instituto Rosa dos Ventos, o apoio do GDF é um investimento de retorno ao povo brasileiro. “Quando você traz uma cultura que seu povo se identifica, você está cuidando de tudo: da cabeça, do corpo e da alma das pessoas”, avalia. Dia do samba Na data em que se celebra o Dia do Samba, sábado (2), uma programação especial desembarca na Praça dos Orixás, um dos cartões-postais da cidade, a partir das 20h. O local será o palco do Canteiro do Samba. Em sua 24ª edição, serão mais de sete horas de evento com nomes e grupos que são referências no cenário cultural e musical candango, além de feira de artesanato e praça de alimentação. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados no site do Sympla. Na data em que se celebra o Dia do Samba, sábado (2), uma programação especial desembarca na Praça dos Orixás, um dos cartões-postais da cidade, a partir das 20h | Foto: Nina Quintana/Divulgação A celebração contará com o Baú do Samba, um ônibus que vai transportar quem quiser participar da celebração, saindo da rodoviária às 19h30, às 20h30 e às 21h. Durante o trajeto de ida, um grupo tocará para aquecer o público apresentando o ritmo que democratiza a cultura musical no centro da capital. O transporte voltará à rodoviária de madrugada, batendo com os horários do corujão. O produtor do Canteiro do Samba, Érico Grassi, ressaltou a importância de celebrar um dos ícones da afro-brasilidade no principal território afro-candango público. “É o samba mais charmoso do coração de Brasília. A gente acha que o samba não é só um estilo de música, é um movimento afro-brasileiro. Brasília hoje é um dos principais pontos de samba do Brasil, nós temos artistas sensacionais. Virou uma capital do samba e pagode, com muita gente vindo de outros lugares”, declara Grassi. Celebração às mulheres No dia seguinte, a Praça dos Orixás será tomada por uma homenagem às mulheres. Em alusão aos dias de Iansã, senhora dos raios e trovões, e Oxum, rainha da água doce, celebrados em 4 e 8 de dezembro, ocorre a Festa das Yabás, a partir das 15h. A programação começa com homenagem às mulheres de terreiro do DF, seguida do lançamento da Escola Itinerante de Saberes Tradicionais | Foto: Tatiana Reis/Divulgação “Será uma homenagem às orixás com uma programação densa, com direito a bênção com banho de cheiro pelas nossas ialorixás, das 16h às 18h, e participação de nomes importantes, como Alessandra Leão, que vem de Pernambuco com o canto dos cocos e do maracatu, e Fabiana Cozza, de São Paulo, com o samba”, define Stéffanie, que também coordena a Festa das Yabás. A programação começa com homenagem às mulheres de terreiro do DF, seguida do lançamento da Escola Itinerante de Saberes Tradicionais e de uma roda de conversa. A partir das 18h tem roda de axé com o Coletivo das Yás e shows do Bloco Afro Rum Black (GO) com participação de Teresa Lopes; encontro de Batuqueiras com Raissa Rmano do Baque Mulher, Fernanda Vitória do Maracatu do Boiadeiro Boi Brilhante e Lirys Catharina do Zenga Baque Angola. A parte final da programação será com apresentações de Dessa Ferreira com Alessandra Leão e Filhos de Dona Maria com Fabiana Cozza. Continuidade A programação do Circuito de Culturas Populares se estende para o próximo ano com o Festival de Arte Para Crianças, que está em sua segunda edição. Após apresentações nos últimos dias 25 e 26, o projeto volta de 1º a 3 de fevereiro com os shows de Célia Porto, Rênio Quintas e Eduardo Bento com temática infantil e Grupo Badalu (SP) com música para bebês. Completam a programação os espetáculos Baby Jam e de cantigas de roda. Programação Canteiro do Samba Sábado (2) 20h – DJ Leo Cabral 21h – Samba Pinçado 22h – DJ La Reina 23h – Sambadelas 0h30 – DJ La Reina 1h – 7 na Roda + Kris Maciel 2h – DJ Leo Cabral 2h30 – 7 na Roda + Toninho Geraes 3h30 – DJ Leo Cabral Festa das Yabás Domingo (3) 16h – Homenagem às Yás do DF 16h30 – Lançamento da Escola Itinerante de Saberes Tradicionais 17h – Diálogos 18h – Roda de Axé com o Coletivo das Yás 19h – Bloco Afro Rum Black (GO) com participação de Teresa Lopes 20h – Encontro de Batuqueiras com Raissa Rmano do Baque Mulher, Fernanda Vitória do Maracatu do Boiadeiro Boi Brilhante e Lirys Catharina do Zenga Baque Angola 21h – Dessa Ferreira com Alessandra Leão 22h – Filhos de Dona Maria com Fabiana Cozza.
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Governo entrega a chave da cidade ao Rei Momo nesta quinta (22)
Nesta quinta-feira (22), a partir das 19h, Brasília abre oficialmente ao público a Passarela do Samba 2023. Autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF), o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, Sol Montes, e o presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Brasília (Uniesb-DF), Dilson Marimba, entregam as chaves da cidade ao Rei Momo, Alexandre Rodrigues. “Depois de todos esses anos, é com muita alegria que anunciamos que a comunidade carnavalesca do Distrito Federal tem um solo sagrado para chamar de seu; a Passarela do Samba está pronta!”, anuncia Bartolomeu Rodrigues. A cerimônia de abertura dos portões começa às 18h30. Do evento, participam os presidentes das 13 escolas que animam o desfile a partir desta sexta-feira (23), da corte de Momo e de autoridades religiosas que vão abençoar a passarela do samba. Depois do “batismo”, o cortejo segue até a área reservada para o recuo da bateria, onde haverá uma prece ecumênica e homenagem a Marcelo Sena – sambista do Distrito Federal que faleceu em janeiro e que dá nome à avenida do samba. Em seguida, ialorixás farão a lavagem da passarela, jogando água para purificar e transmitir boas energias ao local. Serviço ? Data: quinta (22) 18h30 – Abertura dos portões 19h – Entrega das chaves da cidade ? Local: Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte). *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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DF se prepara para receber desfiles das escolas de samba
A passarela montada no Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) está em estágio final de montagem para receber o desfile das escolas de samba do Distrito Federal, que ocorre neste fim de semana, dos dias 23 a 25 de junho. Obras de pavimentação asfáltica (fresagem e recapeamento) para o desfile das escolas de samba incluem uma área de 8,8 mil metros quadrados e um investimento de R$ 950 mil | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília As obras de pavimentação asfáltica (fresagem e recapeamento) incluem uma área de 8,8 mil metros quadrados e um investimento de R$ 950 mil. Ao todo, o Governo do Distrito Federal (GDF) destinou R$ 7 milhões para 13 escolas de samba, totalizando 13 cidades diferentes contempladas com o recurso público. De acordo com Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, a logística envolve diretamente mais de 4 mil pessoas, entre desfilantes e pessoas contratadas. O público estimado durante os três dias de desfile é de 40 mil pessoas. “É o maior espetáculo da cidade, que estava enterrado há quase uma década. Estamos em um processo muito interessante de resgate da maior manifestação de cultura popular dessa cidade, que é o desfile das escolas de samba”, ressaltou. Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural, afirma que o público estimado durante os três dias de desfile é de 40 mil pessoas:“Estamos em um processo muito interessante de resgate da maior manifestação de cultura popular dessa cidade, que é o desfile das escolas de samba” O Distrito Federal está há nove anos sem desfile das escolas de samba. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, ressalta a representatividade do setor para a economia e a cultura de Brasília, por envolver uma cadeia grande de produtores. “Aqui você não vê apenas o samba sendo exibido. Estão presentes a gastronomia, o vestuário, o design, uma série de atividades. Está aí a razão de todo esse investimento. São escolas que têm história. Esse é um grande palco para uma grande volta”, observou. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, convida o público para ver os artistas do carnaval e do samba: “Esse é um grande palco para uma grande volta” O secretário concluiu fazendo um convite ao público da capital: “Venham ver os artistas do carnaval e do samba, aplaudir essa moçada que tem um potencial enorme para apresentar muita coisa e nos dar muita alegria”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=””] Programação e trânsito A partir das 23h desta segunda-feira (19), motoristas que passarem pela Via S1 deverão estar atentos às interdições no trânsito. As mudanças seguem até o fim de semana e antecedem o desfile das escolas de samba, entre sexta (23) e domingo (25), na passarela que está sendo montada no Eixo Cultural Ibero-Americano. A programação inclui shows na parte da tarde, de artistas como Dudu Nobre e outros, que acontecerão ao lado da passarela Marcelo Senna. Os desfiles serão realizados no período noturno. Confira as atrações e os horários abaixo: Programação 23/6 – Sexta-feira 15h40 – 16h40: Força das Pretas (DF) 17h10 – 18h10: Dudu Nobre e Banda (RJ) 18h40 – 19h40: Vou pro Sereno (RJ) 19h45 – 20h45: Coruja Serrana de Sobradinho II 20h55 – 21h55: Gruvipi Unidos de Vicente Pires 22h05 – 23h05: Unidos da Vila Paranoá 23h15 – 0h15: Unidos do Varjão 0h25 – 1h30: Unidos da Vila Planalto/Lago Sul 1h40 – 2h45: Águia Imperial de Ceilândia 2h55 – 4h: Unidos do Cruzeiro – Aruc 24/6 – Sábado 14h10 – 15h10: Banda Matuskela 15h40 – 16h40: Batucada dos Raparigueiros 17h10 – 18h10: Grupo dos Criollos 18h40 – 19h40: Grupo Cacique de Ramos (RJ) 19h45 – 20h45: Acadêmicos do Riacho Fundo II 20h55 – 21h55: Capela Imperial de Taguatinga 22h05 – 23h05: Acadêmicos de Santa Maria 23h15 – 0h20: Mocidade do Gama 0h30 – 1h55: Bola Preta de Sobradinho 2h05 – 3h10: Acadêmicos da Asa Norte 25/6 – Domingo 12h – 12h45: Alexandre do Samba 13h – 13h45: Kris Maciel 14h: Apuração do Grupo de Acesso 15h: Apuração do Grupo Especial 18h – 18h45: Roda de Samba Sagaz 19h – 19h45: Milsinho 20h – 21h: Délcio Luiz e Banda (RJ)
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Evento reúne sambistas na Candangolândia neste sábado
Uma edição especial do projeto Canteiro do Samba será promovida neste sábado (29), na Candangolândia. O evento, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), está previsto para começar às 16h, na Praça dos Estados, com o objetivo de descentralizar o acesso ao samba para as regiões administrativas. Esta edição, chamada de Pioneiros do Samba, promete reunir grandes nomes do samba brasiliense, como grupo Amor Maior, Dhi Ribeiro e 7 na Roda. Além disso, durante o evento, haverá uma homenagem a Marcelo Sena, vocalista da banda Coisa Nossa, que faleceu em janeiro deste ano. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o idealizador do projeto, Erico Grassi, os integrantes da banda irão se reunir e, com recortes de uma gravação feita enquanto Marcelo ainda era vivo, vão se apresentar. “A banda Coisa Nossa faz o show e a gente coloca um momento do Marcelo Sena cantando nos telões, com imagens de uma gravação feita durante uma live”, explicou. Três telões vão disponibilizar as imagens da gravação. “Eu não queria estar fazendo essa homenagem. Queria que ele estivesse aqui com a gente”, disse, emocionado. O evento é gratuito e para todas as idades. Os interessados devem retirar a cortesia no site do evento.
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De capital do rock a capital do samba: conheça a nova cena musical do DF
Mesmo quem não mora no Distrito Federal conhece a cidade como a capital do rock pela projeção nacional de grupos brasilienses, como a Turma da Colina, os Paralamas do Sucesso, o Capital Inicial, os Raimundos e a Legião Urbana, que marcaram a música nacional. Com o passar dos anos, a essência musical de Brasília foi se transformando e o samba e o choro mostraram sua força, com o crescimento de rodas dos estilos espalhadas pelos quatro cantos do quadradinho. Dudu 7 Cordas, Victor Angeleas e Márcio Marinho, do Samba Urgente; Henrique Neto, diretor da Escola de Choro Raphael Rabello; Greice Lira e Juliane Costa, do Samba Flores: nomes de destaque na cena cultural do DF | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Mas o samba sempre esteve presente em Brasília. A subsecretária de Difusão de Diversidade Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Sol Montes, conta que, desde a construção de Brasília, as primeiras manifestações culturais foram desse gênero musical. “Há registros históricos de que o aniversário de JK (Juscelino Kubitschek) foi uma roda de samba. Muita gente veio do Rio de Janeiro para cá nessa época e o samba se espalhou pela cidade”, explica. A subsecretária revela que, hoje, mais da metade das regiões administrativas tem rodas de samba que surgiram de maneira espontânea, a partir de um banquinho, improvisação e público reunido. De acordo com Sol, essa característica da democratização é o que difere o samba do rock. “O samba é popular. Ele surge em qualquer lugar. É acessível. O rock, além de precisar de uma estrutura maior para acontecer, veio mais das universidades, que, à época, nem todos tinham acesso”, acrescenta. Escolas de samba receberam apoio do GDF para retomar o desfile, que não é realizado desde 2015 | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A efervescência do movimento é tão grande que a Secec está elaborando um mapeamento de todos os sambas de rua de Brasília. Além disso, a pasta investe em políticas públicas de incentivo aos eventos, com fomentos como o Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Neste ano, o governo destinou R$ 7 milhões para a organização do desfile de escolas de samba do DF, que não ocorre desde 2015. Diferentes influências Um dos grandes nomes do samba da cidade, a cantora Dhi Ribeiro diz que o brasiliense faz um samba diferente influenciado pelo estilo vindo com os pioneiros. “Quando Brasília foi criada, o samba veio junto. Temos bandas incríveis e escolas de samba com a idade da cidade. Sempre houve um movimento para manter esse ritmo, para que a memória do samba não se perdesse. Nosso sotaque é diferente, nosso jeito de tocar, porque temos sempre pessoas surgindo”, avalia. “O samba agoniza, mas não morre. Ele cresce todo dia”, complementa, parafraseando Nelson Sargento. A capital abriga desde o samba raiz até ao samba mais moderno. A ascensão recente do estilo aconteceu graças ao sucesso de grupos como Menos é Mais e Samba Urgente, que abriram caminho para que o ritmo se espalhasse na cidade. Arte: Agência Brasília Márcio Marinho, Victor Angeleas e Augusto Berto são integrantes do Samba Urgente. Os músicos contam que se conheceram no Clube do Choro ainda adolescentes e sempre se reuniam para tocar. De acordo com o trio, a banda começou despretensiosamente. “Do nada um ligava para o outro e dizia: ‘ó, a gente tá precisando de um samba urgente. Bora se encontrar?’ Foi assim que surgiu o nome”, comenta Márcio, que também é um dos fundadores do Chorinho no Eixo, um projeto que leva o choro para o Eixão Norte aos domingos. Para Augusto Berto, que teve contato com essa linguagem musical desde pequeno, quando ia ao Choro da Peixaria – que ocorria no final da Asa Norte -, Brasília se diferencia pela diversidade presente nos eventos de samba. “Hoje em dia, temos rodas de todos os tipos. Esse contato e essa cena são essenciais, quase um movimento. Todo mundo que toca choro olha para Brasília e vê a cidade respirando isso”, afirma. “Para a gente chegar nesse ponto tão forte é porque teve esse amadurecimento dos músicos. Para qualquer área, sem educação, você não tem nada”, completa. Formação musical “Quando eu comecei a tocar, mais ou menos nos anos 2000, era bem raro você ver jovens tocando choro. Era uma música considerada de pessoas mais velhas, tinha até um certo preconceito”, conta Henrique Neto, diretor da Escola de Choro Raphael Rabello Henrique Neto, diretor da Escola de Choro Raphael Rabello, explica que o trabalho de formação dos músicos de choro sempre foi dado em ambientes pequenos e particulares. Segundo ele, a escola começou a sistematizar o ensino e pensar em formas de aumentar o acesso das pessoas ao gênero. “Eu acho que esse trabalho da escola e do Clube [do Choro] tem uma importância central. Quando eu comecei a tocar, mais ou menos nos anos 2000, era bem raro você ver jovens tocando choro. Era uma música considerada de pessoas mais velhas, tinha até um certo preconceito. E a partir do momento que o trabalho foi se consolidando, mais pessoas foram conhecendo. Aqui a gente é aberto, assim como o espírito da nossa cidade”, observa. Juliane e Gleice são integrantes do Samba Flores, banda formada somente por mulheres A Escola de Música, fundada em 1974, também tem grande influência nesse novo cenário brasiliense. Davson de Souza, diretor da escola desde 2020, explica que o motivo da transição do rock para o samba vai além da facilidade do movimento popular – já comentada pela subsecretária Sol Montes -, mas também pelo estilo das melodias. “Brasília foi considerada a capital do rock na década de 1980, que teve seu estouro por questões políticas, já que o rock é, em sua natureza, questionador. Naquela época, as pessoas tendiam para um movimento só, contra algo em comum. Hoje o cenário político é mais dividido. O samba é um comentarista mais pertinente do cotidiano social, com uma pegada mais leve, humorística e irônica. Coisas que as pessoas fazem todo dia, independentemente da inclinação política e religiosa de cada um”, ressalta o diretor. O espaço para os músicos tem se aberto em toda a cidade. Luiz Eduardo de Souza, mais conhecido como Dudu 7 Cordas, comenta que, quando chegou a Brasília, o choro era muito mais forte que a cena do samba, mas que hoje sente que está no mesmo patamar, o que considera uma ascensão boa. “Realmente a gente está num sentido de subida, acho que vai chegar muito mais longe”, observa o músico. Presença feminina [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além do aumento das rodas de samba e de choro, também já é possível perceber novas tendências no cenário cultural brasiliense. Entre elas, a presença feminina nas rodas. “As mulheres têm tomado conta do samba. Se organizando em grupos e aparecendo muito mais nas rodas”, define a subsecretária Sol Montes. Formada só por mulheres, Samba Flores é uma das bandas que têm ganhado força na cidade. Greice Lira, uma das integrantes, diz que o principal objetivo do grupo é ter um palco totalmente feminino. “Por nunca ter visto sucesso das mulheres nesse mundo musical, que sempre foi tão popular, nós insistimos em continuar. Diante do que temos vivido nos últimos anos, nossa parte feminina ganhou, por luta, um espaço maior”, comenta. Juliane Costa, outra integrante do Samba Flores, concorda. “É sempre mostrando uma qualidade e que a nossa capacidade é igual. Antigamente, a mulher não participava de tantos ofícios, era muito difícil, acho que em todas as áreas. E no campo musical era bem escasso: ou era cantora ou não era nada. Hoje em dia a gente tem mulheres de todos os estilos ali”, conclui.
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DF Cultural leva atrações a Ceilândia e Cruzeiro a partir desta sexta (25)
A cultura do Distrito Federal, em suas diversas representações e manifestações artísticas, vai ser o foco da programação do DF Cultural, projeto realizado por meio de termo de colaboração entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a organização da sociedade civil (OSC) Grêmio Recreativo Carnavalesco Cacique do Cruzeiro. As atividades começam neste fim de semana – de sexta (25) a domingo (27) –, com atrações em Ceilândia e no Cruzeiro. O samba, que veio para Brasília com os primeiros servidores públicos, é uma das manifestações que serão celebradas no projeto | Foto: Hugo Lira/Secec Escolhida por meio de chamamento público, a proposta da instituição vem reconhecer e valorizar a contribuição das diversas culturas para o fortalecimento da identidade do DF como um todo. Para representar toda essa riqueza, o projeto escolheu celebrar especialmente o samba, o forró e a arte urbana. “O projeto tem a sensibilidade de trabalhar com essas três manifestações que mobilizam a cidade e movimentam gerações”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes. [Olho texto=”“Estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade” ” assinatura=”Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] “Foram valorizadas identidades de algumas manifestações que formaram a cidade e são bem importantes, como o samba, que veio com os primeiros servidores públicos, e o forró, marca da cultura nordestina que se estabeleceu em Ceilândia. E, por fim, a cultura urbana, que é essa manifestação tão fundamental e que tomou a cidade. Então, estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade”, afirma a subsecretária. Programação Em Ceilândia, o local escolhido para receber o DF Cultural foi a Casa do Cantador, equipamento gerido pela Secec e que comemora, neste mês, 36 anos. Considerada o Palácio da Poesia, por ser o principal ponto de encontro da literatura de cordel e do repente no DF, a Casa do Cantador nasceu da necessidade de os artistas locais terem um espaço próprio para manifestar suas formas de expressão e seu trabalho, que trazem nas raízes os traços da cultura nordestina. A programação prevista para o local inclui shows de forró e apresentações de repente, além de um debate com mestres do forró e participação de cerca de 100 alunos do ensino médio de escolas de Ceilândia. A ideia é que, no encontro, eles possam aprender mais sobre a manifestação, que é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil, e sua importância na preservação da cultura nordestina no DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os jovens estudantes também fazem parte da programação preparada para o Cruzeiro. Mais de 50 alunos do Centro de Ensino 01 estão, ao longo de toda a semana, passando por uma oficina de percussão, que destaca as raízes e as práticas do samba no Distrito Federal. A proposta celebra a teoria e a prática do ritmo, que envolve música, dança e toda uma tradição cultural que aterrissou no Cruzeiro desde os anos 1960, ainda nos tempos da criação de Brasília. As rodas de samba dos primeiros servidores públicos candangos se espalharam pela cidade, muitas viraram escolas de samba e um de seus principais polos segue sendo a região administrativa. No sábado (26), o projeto ganha ares de festa, e a Feira Permanente do Cruzeiro recebe cinco atrações musicais. Acompanhe a programação completa e os próximos passos do DF Cultural pelas redes sociais do projeto DF Cultural. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Moa, um fã do samba e da qualidade de vida local
[Numeralha titulo_grande=”50″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”] Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade. Moa ajudou a fundar o bloco de Carnaval Pacotão e se aproximou da escola de samba Aruc, da qual acabei presidente por cinco mandatos. Foto: Arquivo pessoal Sou paulistano, nascido e criado no Brás, e nunca imaginei morar em outra cidade. Em 1977, quando tinha 24 anos, minha vida mudou radicalmente, com o convite para vir trabalhar em Brasília, transferido pela Folha de São Paulo. O salário era muito melhor e tinha um único compromisso: deveria ficar, no mínimo, seis meses. Quando desembarquei em Brasília, numa tarde de abril de 1977, jamais poderia imaginar que esta seria a minha segunda cidade natal. Pois foi o que aconteceu. O que era para durar seis meses, já dura 43 anos. Aqui casei (quatro vezes), tive cinco filhos e três netos. E hoje digo com orgulho que sou brasiliense de coração. Quando aqui cheguei, Brasília era uma jovem cidade de apenas 17 anos de vida. E foi exatamente isso que me encantou. Aqui, a gente tinha a sensação que estávamos ajudando a escrever a história da cidade. O começo da abertura política, no governo Geisel, criava um clima de efervescência e entusiasmo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Participei diretamente da retomada do Sindicato dos Jornalistas, com a eleição de Carlos Castelo Branco, e do Clube da Imprensa, do qual fui presidente, ajudando a construir não só um movimento de resistência à ditadura, mas um forte e pujante movimento cultural, que tinha o Clube da Imprensa como um dos seus polos irradiadores. Ajudei a fundar o Pacotão, e por meio dele, me aproximei da Aruc, da qual acabei sendo presidente por cinco mandatos, não consecutivos, aonde estou até hoje. [Olho texto=”Da minha Paulicéia Desvairada, onde nasci e morei 24 anos, guardo hoje apenas o amor pelo Corinthians e pelo Vai-Vai. Minha vida, meus amores e minhas paixões hoje estão todas aqui, há 43 anos.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Participei do movimento sindical, fui secretário de Estado em dois governos. Acompanhei, como assessor parlamentar, a Assembleia Nacional Constituinte, e me orgulho de ter ajudado a escrever a nossa Constituição Cidadã. Trabalhei em vários órgãos de imprensa, locais e nacionais, em assessorias, públicas e privadas, e no Congresso Nacional. Apaixonado pela arquitetura, pelo verde e pela qualidade de vida que Brasília ainda nos proporciona, hoje, quando aquela adolescente de 1977 vira uma sessentona charmosa e atrevida, tenho orgulho de dizer, sem falsa modéstia, que nesses 43 anos que aqui vivo, ajudei a escrever um pedaço da história dessa cidade. Do que muito me orgulho. Da minha Paulicéia Desvairada, onde nasci e morei 24 anos, guardo hoje apenas o amor pelo Corinthians e pelo Vai-Vai. Minha vida, meus amores e minhas paixões hoje estão todas aqui, há 43 anos. Moacyr de Oliveira Filho, o Moa, jornalista, presidente da Aruc, mora em Brasília há 43 anos
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