UBS 1 de São Sebastião oferece apoio para deixar de fumar
A Unidade Básica de Saúde 1 de São Sebastião implementou a segunda turma de prevenção e controle do tabagismo. Os encontros começaram na segunda (8) e seguem nos dias 10, 17 e 22 deste mês, a partir das 16h. No grupo, os participantes irão focar na cessação do uso da nicotina e na manutenção da abstinência, conforme as diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Com uma abordagem multiprofissional, a turma é acompanhada por médica, farmacêutica e fonoaudióloga. “A relevância do trabalho em grupo reside na combinação de dois fatores cruciais: o apoio social e a abordagem multiprofissional. O ambiente coletivo oferece um espaço de acolhimento e identificação, onde os participantes compartilham experiências, estratégias de enfrentamento e reforçam a motivação mútua", explica a fonoaudióloga da unidade, Marília Gabriela. Grupo antitabagismo da UBS 1 de São Sebastião segue as diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), com foco na cessação da nicotina e manutenção da abstinência | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Impactos A primeira turma do projeto atingiu um resultado positivo: a taxa de sucesso ficou em quase 79%. Na prática, 11 pessoas conseguiram parar de fumar e outras três irão continuar o acompanhamento para se livrar do vício. Os encontros ocorrem na própria UBS 1 de São Sebastião, localizada no Centro de Múltiplas Atividades. [LEIA_TAMBEM]Luta contra o cigarro Globalmente, o tabagismo é um dos maiores desafios de saúde pública, sendo a principal causa de morte evitável e um fator de risco crítico para diversas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), o PNCT preconiza a abordagem terapêutica em grupo como uma estratégia acessível e altamente eficaz para a cessação do fumo, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS). *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Conheça os sintomas e a terapia adequada para a doença pulmonar obstrutiva crônica
A doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) é uma condição que dificulta a passagem do ar pelas vias aéreas, comprometendo o bem-estar dos pacientes. Além da exposição à fumaça proveniente da poluição ambiental e de queimadas, o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, faz diferença em qualquer fase da vida” Guilherme Morais, pneumologista da Secretaria de Saúde No Dia Mundial da Dpoc, instituído como 19 de novembro, a Secretaria de Saúde (SES-DF) lembra a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de uma condição que pode afetar de forma permanente a qualidade de vida. Embora não tenha cura, a Dpoc é tratável, com medicamentos e reabilitação. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência na terapia da doença e de outras patologias pulmonares crônicas. Principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital (RTD) no assunto, o pneumologista Guilherme Otávio Morais, da Secretaria de Saúde (SES-DF), chama a atenção para os desafios na detecção da Dpoc. “Em um estudo realizado em São Paulo, apenas 18% dos pacientes tiveram o diagnóstico confirmado”, enumera. “Isso mostra que ainda há uma baixa percepção sobre os sinais da doença. Tosse persistente, pigarro frequente, chiado no peito e falta de ar mesmo em pequenos esforços são sintomas que precisam ser investigados. Muitas pessoas atribuem esses sinais ao cansaço ou ao envelhecimento e só procuram ajuda médica quando o quadro já está avançado”. Outros sintomas comuns incluem sensação de aperto ou peso no peito, respiração mais lenta ou ofegante para atividades simples, secreção persistente (catarro) e infecções respiratórias frequentes. Com o tempo, aponta o médico, a doença pode evoluir para limitações severas, exigindo o uso contínuo de oxigênio. Como buscar ajuda [LEIA_TAMBEM]Ao identificar os sintomas, o paciente deve procurar primeiro a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A confirmação do diagnóstico vem a partir da avaliação clínica, que pode incluir exames como radiografia, tomografia e, principalmente, a espirometria. Caso sejam identificados problemas, a pessoa é direcionada ao ambulatório do Hran ou a outros hospitais da rede pública com pneumologistas disponíveis. Segundo Guilherme Morais, o tabagismo é o maior fator de risco e a principal porta de entrada para doenças graves do pulmão. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, e faz diferença em qualquer fase da vida”, reforça. A SES-DF disponibiliza mais de 70 UBSs para atender quem quer deixar o cigarro. A Dpoc, de acordo com o pneumologista, impõe uma jornada longa e desafiadora aos pacientes e seus familiares, desde os primeiros sintomas até o diagnóstico preciso, passando por muitos estigmas. “O manejo adequado dessas crises é essencial para evitar hospitalizações recorrentes e perda funcional”, adverte. Veja, abaixo, outras formas de reduzir risco de Dpoc. ⇒ Evitar ambientes com fumaça ou vaporizadores eletrônicos (vapes) ⇒ Reduzir exposição à poeira e à poluição ⇒ Usar máscaras de proteção em ambientes com partículas suspensas ⇒ Manter calendário de vacinação atualizado, para evitar infecções que possam acelerar a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde
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DF tem queda no consumo de cigarro, mas lidera uso de vapes
Além de nocivo, o hábito de fumar é a principal causa de morte evitável no mundo. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado na sexta-feira (29), a Secretaria de Saúde (SES-DF) promoveu evento na Escola de Governo (Egov), para reforçar as ações de conscientização da população para os danos causados pelo tabaco. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Controle do Tabagismo, em 2023, a prevalência de pessoas que usam tabaco no Distrito Federal foi de 8,4%, totalizando 204.883 usuários. Em meio a oscilações, o número reduziu em comparação com 2019, quando o índice era de 12%, com 271.818 usuários. O boletim foi publicado em 15 de agosto pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde (GVDANTPS) da SES-DF. De acordo com o Boletim Epidemiológico de Controle do Tabagismo, em 2023, a prevalência de pessoas que usam tabaco no Distrito Federal foi de 8,4% Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF No entanto, em relação ao último boletim publicado em 2024, referente a 2023, o Distrito Federal desponta na primeira posição no percentual de adultos que usam dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), com 5,7%. O coordenador do Programa de Controle do Tabagismo no DF, Saulo Viana, analisa o cenário com preocupação. “O DF deu uma melhorada em relação à prevalência de cigarros e ficou em 14º entre as unidades da Federação. Mas, no uso de cigarro eletrônico, o DF está em primeiro lugar. Os jovens estão utilizando vape cada vez mais cedo. E a dependência da substância sintética é bem maior”, relata. Programa de Controle do Tabagismo Em 2024, o Programa de Controle do Tabagismo da SES-DF atendeu 1.728 pacientes. Já no primeiro quadrimestre de 2025, 800 pessoas procuraram o serviço gratuito buscando parar de fumar. O programa oferece atendimento médico, acompanhamento profissional e medicamentos (quando necessário). "Os cigarros eletrônicos, muitas vezes apresentados como alternativa mais segura aos cigarros ditos convencionais, não são inofensivos" Nancilene Melo, referência técnica em tabagismo da SES-DF Nancilene Melo, referência técnica em tabagismo da SES-DF, destacou que a indústria busca modificar cheiro, sabor e aparência dos vapes como estratégia para atrair mais jovens ao consumo. A especialista reforça que não existe nível seguro de exposição ao tabaco e todas as formas de uso são prejudiciais. “Os cigarros eletrônicos, muitas vezes apresentados como alternativa mais segura aos cigarros ditos convencionais, não são inofensivos. Eles contêm nicotina altamente viciante e diversos compostos químicos que podem causar inflamações, lesões pulmonares e prejuízos cardiovasculares”, alerta. Segundo Melo, o uso por adolescentes e jovens é especialmente preocupante, pois o cérebro ainda em desenvolvimento é mais suscetível aos efeitos da dependência. “Estudos mostram que muitos usuários acabam se tornando duplos consumidores, mantendo o cigarro tradicional e o eletrônico. Por trás desses dispositivos com aparência moderna, há uma indústria que se reinventa para manter as pessoas presas à nicotina e aos riscos que ela traz para a saúde”. Fiscalização e prevenção O tabagismo ainda é o principal fator de risco para o câncer de pulmão, responsável por cerca de 85% dos casos da doença. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, entre 2023 e o início de 2025, o Brasil registrou cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano, sendo cerca de 32 mil de pulmão. Fabiano dos Anjos ressaltou que o controle do tabagismo salva vidas, reduz custos para o SUS e melhora a qualidade de vida O subsecretário da Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, ressaltou que o controle do tabagismo salva vidas, reduz custos para o SUS e melhora a qualidade de vida. “A Vigilância Sanitária tem atuado de maneira forte no comércio de cigarros eletrônicos, por meio das autuações nas madrugadas, e na educação da população”, disse. A Secretaria de Saúde oferece o Programa de Controle do Tabagismo em 78 unidades de saúde. Os pacientes são avaliados por equipes multiprofissionais, podendo ser encaminhados a tratamentos de condições específicas e convidados a participarem dos grupos. Os interessados podem procurar a unidade mais próxima do seu domicílio ou trabalho, onde serão acolhidos e receberão todas as informações necessárias. Interessados também podem acessar o site. Confira a lista completa com os centros de atendimento. [LEIA_TAMBEM]Selo Durante o evento, também foi lançado o edital do selo Equipes inovadoras no controle do tabagismo. “Queremos dar visibilidade às equipes que oferecem a prevenção e valorizar os profissionais que atuam na área, a fim de inspirar outras equipes”, contou a gerente da GVDANTPS, Mélquia Lima. Os três primeiros colocados das equipes rurais e urbanas serão convidados a apresentar suas experiências exitosas no evento de premiação do selo, que em novembro, no Dia Nacional de Combate ao Câncer. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Temporada de gripe pode agravar crises de asma; veja como evitar
Falta de ar, chiado, sensação de pressão no peito, tosse e cansaço ao falar são alguns dos sintomas de uma crise de asma, doença pulmonar inflamatória e crônica que causa obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem do ar. Após passar por sucessivas doenças respiratórias, Rosemeire Pereira faz acompanhamento no Hran: “Sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A pneumologista Andréa Martha Rodrigues, referência técnica distrital (RTD) de asma na Secretaria de Saúde (SES-DF), fala sobre a importância de identificar os fatores desencadeantes das crises: “Pode ser a poeira, uma infecção viral, ácaros, pólen, pelos de animais, fumaça de cigarro, produtos químicos, poluição, exercício físico intenso ou estresse. A lista é grande”. Segundo a especialista, doenças respiratórias, como a gripe e a covid-19, são grandes responsáveis por agravar as crises, pois aumentam as chances de crianças – principalmente – e adultos desenvolverem bronquiolite e pneumonia, por exemplo. Medicações No caso de Rosemeire Pereira, 55, a covid-19 foi o gatilho para a crise mais recente. Ela recebeu o diagnóstico há três anos, após sucessivas doenças respiratórias, e hoje faz acompanhamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Estou cansada, tenho dificuldade até para fazer um esforço mínimo, sinto chiado e muita tosse – isso porque sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente”, relata ela, que utiliza direto as bombinhas broncodilatadoras. Segundo o Registro Brasileiro de Asma Grave de 2024, 60% dos pacientes não fazem controle da doença Já Maria Guiomar Moraes, 61, conhece a asma desde a infância e sabe de cor o passo a passo para controlar suas crises: “Utilizo a bombinha de uso diário e a de resgate. Acho essencial acompanhar e realizar o treinamento corretamente para evitar que a crise se agrave”. Embora Rosemeire e Maria saibam reconhecer os sinais de uma crise, um estudo do Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag) sobre asma grave no país, divulgado em 2024, aponta que 60% dos pacientes não têm a doença controlada. O histórico de hospitalizações chega a 69% entre maiores de 18 anos. Tratamento “Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões” Andréa Rodrigues, pneumologista A asma é uma doença sem cura que atinge cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Só no Brasil, 20 milhões de habitantes convivem com a doença. Apesar desse cenário, existem tratamentos eficazes que permitem o controle pleno da asma, como o uso adequado dos broncodilatadores inalatórios, a vacinação anual contra gripe e pneumonia e as medicações específicas sob orientação médica. “Além desses pontos, pessoas asmáticas precisam dar atenção especial à higiene e à alimentação, uma vez que ambas auxiliam na produção de anticorpos e impactam a imunidade”, lembra a pneumologista Andréa Rodrigues. “Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões.” Clima O tempo seco é outro fator que dificulta a vida de quem convive com a asma, pois provoca inflamações nas vias aéreas superiores associadas a ressecamento e inflamações nasais recorrentes. “Evitar a baixa umidade e a exposição em dias muito quentes, com alta poluição, é o recomendado”, pontua a médica. No Distrito Federal, o tratamento e o acompanhamento são oferecidos em todos os níveis de assistência. Desde 1999, a população conta com o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático – que, aliado à capacitação dos profissionais da saúde, permitiu o desenvolvimento de 27 centros de referência que atendem aos casos mais complexos e de difícil controle. Com equipes aptas a diagnosticar, as unidades básicas de saúde (UBSs) continuam sendo a porta de entrada aos serviços. Em caso de crises recorrentes, os profissionais encaminham os pacientes para ambulatórios especializados, onde a análise é feita com base na história clínica, no exame físico e nos testes de função pulmonar. Automedicação Segundo Andréa Rodrigues, o paciente diagnosticado com asma precisa manter a medicação em dia e utilizá-la de forma emergencial, quando necessário. Para ela, a automedicação é um desafio, pois a venda de corticoides e broncodilatadores sem prescrição médica possibilita o uso de doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado, o que pode reduzir sua eficácia ou até mesmo agravar o quadro clínico e a doença. Já o uso prolongado de corticoides de forma sistêmica, adverte a médica, pode causar gastrite, úlceras gástricas e osteoporose, enquanto os broncodilatadores podem ocasionar arritmias cardíacas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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UBS 3 de São Sebastião inicia primeiro grupo antitabagismo
Pessoas que desejam parar de fumar contam com mais um apoio no DF. A Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 3 de São Sebastião iniciou esta semana as atividades do seu primeiro grupo antitabagismo e os encontros ocorrerão todas as quintas-feiras, às 9h. Para participar, o interessado precisa apenas se inscrever gratuitamente. De início, o grupo conta com 14 pacientes que serão acompanhados por uma equipe multiprofissional de medicina, farmácia e enfermagem. Em uma conversa, os usuários trocam relatos, dificuldades e experiências com o objetivo de abandonar o vício. Na primeira sessão, os temas abordados incluíram os malefícios do cigarro para a saúde do usuário, além dos motivos que levam ao uso e porque desejam deixar o hábito. Em uma roda de conversa, os usuários trocam relatos, dificuldades e experiências com o objetivo de abandonar o vício | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A médica de família e comunidade da UBS 3, Rúbia Arakaki, destacou que a adesão ao grupo pode ocorrer em qualquer momento do tratamento para parar de fumar. “A estratégia em grupo tende a ser mais eficaz devido à troca de ideias. Damos suporte multiprofissional, fornecemos medicações para alívio da síndrome de abstinência e encaminhamos para o tratamento psicológico os pacientes que necessitam”, relata. Uma das idealizadoras da ação, a farmacêutica Fernanda França disse que a criação do grupo foi motivada pelo interesse da própria comunidade em enfrentar o tema. “Aqui no grupo, quando um usuário começa a falar, o outro se identifica. Eles vão começando a se abrir e o intuito do grupo é esse mesmo, ser um apoio. Qualquer pessoa que tenha vontade de parar de fumar pode nos procurar que será bem acolhido”, emendou. Com histórico de câncer de pulmão na família, o arquiteto Thalles de Carvalho, 30 anos, foi um dos que buscou ajuda na unidade próxima de sua residência. Ele começou a fumar há quatro anos e, atualmente, fuma uma carteira por dia. “Também chamei amigos para fazer parte porque é importante socialmente, é uma questão de saúde pública. Comecei a fumar após um episódio de depressão. Meu objetivo é parar completamente, abandonar o vício mesmo”, relata. “Qualquer pessoa que tenha vontade de parar de fumar pode nos procurar que será bem acolhido”, disse a farmacêutica Fernanda França A aposentada Maria José de Queiroz, 61 anos, começou a fumar aos 11 anos devido à rotina estressante e um quadro de depressão. “Estou há um ano sem fumar. O grupo é muito importante porque dividimos, tem um acompanhamento, a gente dá força e recebe força, embora acho que depende da gente. E não é fácil. Eu mudei muita coisa. É uma luta diária”, conta. Combate ao tabagismo no DF Em 2023, 1.673 pessoas procuraram o serviço da Secretaria de Saúde – dessas, 647 completaram o tratamento e 337 deixaram de fumar, cerca de 20,1% do total. A estratégia é considerada bem-sucedida, sobretudo porque os pacientes podem tentar várias vezes. A SES-DF possui 80 unidades cadastradas para realizar o tratamento contra o tabagismo. Confira aqui a lista de UBSs onde o serviço está disponível. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Projeto Viver 60+ promove palestra sobre os perigos do cigarro para a saúde
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realizou palestra de conscientização sobre os riscos do tabagismo, na tarde desta segunda-feira (26). A programação faz parte do projeto Viver 60+ e contou com a participação de 80 pessoas idosas. Com o tema Tabagismo: nunca é tarde para parar, a equipe da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed) ministrou palestra sobre os perigos que os cigarros comuns e eletrônicos trazem à saúde. O tema também foi abordado por meio de uma apresentação teatral. Ao final, os participantes tiveram um momento de alongamento com fisioterapeutas do Centro Universitário e Escola Técnica LS, um dos parceiros da Sejus. Marcela Passamani destaca a importância de projetos voltados à população idosa | Foto: Divulgação/Sejus Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a iniciativa é uma grande oportunidade para que as pessoas possam melhorar os hábitos e garantir mais qualidade de vida. “Nós passamos por um período muito difícil, que foi a questão da pandemia e, desde então, buscamos intensificar as ações voltadas para a pessoa com mais de 60 anos. Um dos programas de sucesso e reconhecido internacionalmente foi o Hotelaria Solidária, que hospedou centenas de idosos no Brasília Palace durante a pandemia da covid-19”, lembrou a secretária. Marcela Passamani destacou a importância do projeto Viver 60+, voltado para a população idosa do DF. “O projeto oferece atividade física, aula de dança, visita ao Parque da Cidade, cinema, zoológico e eventos, além de oportunizar momentos de interação e troca de vivências”, afirmou. Genir Cabral, 83 anos, participou da palestra e ficou atenta às informações sobre as doenças causadas pelo tabagismo. “O cigarro causa muitos danos à saúde, principalmente em relação às doenças cancerígenas. Achei muito interessante falar sobre isso por meio do Viver 60+”, disse ela. Projeto Viver 60+ O sucesso da iniciativa reforça a importância de projetos como o Viver 60+, que permitem aos idosos manter-se ativos e integrados na sociedade, além de promoverem o contato com a natureza e a conscientização sobre a preservação das espécies. Até o momento, o projeto beneficia moradores de Água Quente, Ceilândia, Estrutural, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, Sol Nascente e Taguatinga. *Com informações da Sejus-DF
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Campanha alerta para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de intestino
Conscientização e combate ao câncer de intestino ou colorretal é o tema da campanha Março Azul-Marinho, realizada em todo o país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que no triênio 2023/2025 ocorram 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil, afetando mais de 136 mil brasileiros – é o terceiro tipo mais comum da doença, só atrás dos de mama e de próstata. “É necessário uma mudança de hábitos, porque a incidência cada vez mais precoce acende uma luz. Tendo em vista que é uma doença prevenível, os fatores estão atrelados à má qualidade de vida, como o consumo de alimentos processados e bebidas com alto teor de açúcar, que é combustível para várias doenças” Dannilo Silveira, coordenador do ambulatório da Unidade de Coloproctologia do HBDF De acordo com os especialistas, estudos apontam que a incidência da doença tem aumentado entre pessoas mais jovens, consequência da alimentação e do estilo de vida. Entre os fatores de risco, estão o consumo de carnes processadas, tabagismo, bebida alcoólica em excesso, sedentarismo e histórico familiar. Membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, o coordenador do ambulatório da Unidade de Coloproctologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Dannilo Silveira, afirma que o fato da doença estar atingindo uma população mais jovem é sinal de alerta. “É necessário uma mudança de hábitos, porque a incidência cada vez mais precoce acende uma luz. Tendo em vista que é uma doença prevenível, os fatores estão atrelados à má qualidade de vida, como o consumo de alimentos processados e bebidas com alto teor de açúcar, que é combustível para várias doenças”, destaca Silveira. O médico enfatiza ainda que a campanha procura conscientizar a população e os profissionais da saúde da necessidade de um diagnóstico precoce da doença. “Tem como objetivo chamar a atenção para o campo do intestino, afinal é um câncer com grande incidência e um dos que mais mata. Os pacientes têm a cultura de ir ao ginecologista, urologista anualmente, mas não há o mesmo cuidado com as questões intestinais”, completa. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que no triênio 2023/2025 ocorram 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil, afetando mais de 136 mil brasileiros – é o terceiro tipo mais comum da doença, só atrás dos de mama e de próstata | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Diagnóstico precoce O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo, anterior ao ânus. Outros fatores de risco para desenvolvimento dessa doença envolvem obesidade, faixa etária acima dos 50 anos e histórico familiar para esse tipo de tumor maligno. Para os médicos, o diagnóstico precoce é o grande aliado no combate à doença, pois geralmente os pacientes apresentam sintomas só nos estágios mais avançados, quando o tumor já evoluiu. A coloproctologista da rede pública de saúde Joele Melo, que é referência técnica distrital na área, reforça que o rastreamento e o diagnóstico precoce da doença são essenciais e necessários para o tratamento. “Os protocolos da Secretaria de Saúde [SES] estão alinhados com os procedimentos do resto do mundo, que é fazer o rastreamento da doença na população assintomática para a detecção precoce dos sintomas, isso do ponto de vista individual e populacional. A colonoscopia é um exame para diagnósticos em nível individual, para pacientes que já passaram por outros exames anteriores”, explica a especialista. O exame de sangue oculto nas fezes pode identificar pequenos sangramentos, invisíveis a olho nu, causados por pólipos e tumores de intestino. Segundo a médica da SES, se o exame mostrar alteração, o paciente é direcionado para fazer uma colonoscopia, procedimento capaz de diagnosticar e mesmo tratar algumas lesões, evitando que elas se transformem em câncer. “As unidades básicas de saúde [UBSs]) são a porta de entrada para o diagnóstico precoce e indicações de tratamentos iniciais. Para os exames de colonoscopia existe uma fila única e distrital que é gerida pelo Complexo Regulador em tempo real e acompanhada pelo Ministério Público. Todos na fila têm o acesso garantido, e aqueles pacientes em casos mais graves são classificados como vermelhos e têm prioridade no atendimento”, destaca Joele Melo. Atualmente, os exames de colonoscopia são realizados nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Gama (HRG) e Ceilândia (HRC), no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital de Base, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF). De acordo com o portal InfoSaúde, da SES, durante o ano de 2023 foram feitos quase 7 mil exames na rede.
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Manter hábitos saudáveis ajuda a prevenir o câncer
Praticar atividades físicas regularmente, manter uma dieta balanceada sem a presença de alimentos ultraprocessados, combater a obesidade e manter um estilo de vida saudável e equilibrado. São medidas que ajudam a prevenir diversas doenças, como o câncer, e que valem como orientação para todas as idades. Legumes, verduras e grãos são recomendáveis na dieta, por possuírem mais fibras | Foto: Tony Winston/Agência Saúde O número de pessoas com menos de 50 anos acometidas pela doença cresceu 80% nas últimas três décadas, segundo estudo publicado na revista científica BMJ Oncology, que estima ainda um aumento de casos em 31% até 2030. Além de questões genéticas e fatores já conhecidos, como consumo de álcool e tabaco, os pesquisadores apontam a má alimentação como possível causa para o aumento de incidência em pessoas mais jovens. [Olho texto=”“Os hábitos de vida são cruciais para diminuir os riscos de desenvolver o câncer, principalmente o de cólon e reto” ” assinatura=”Gustavo Ribas, oncologista da Secretaria de Saúde do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Os quatro tipos de câncer que mais acometem as mulheres são o de mama, seguido por cólon e reto, colo uterino e pulmão. Já nos homens, os mais incidentes são de próstata, cólon e reto, pulmão e estômago. Chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), o oncologista Gustavo Ribas chama a atenção para o grande número de casos de câncer colorretal – o segundo tipo que mais acomete a população. “O grande motivo desse aumento refere-se a maus hábitos alimentares, principalmente a ingestão de alimentos ultraprocessados e o baixo consumo de frutas e fibras”, atenta o médico. “Os hábitos de vida são cruciais para diminuir os riscos de desenvolver o câncer, principalmente o de cólon e reto”, explica. O especialista indica uma dieta rica em fibras como frutas, verduras, legumes e grãos, além de bastante ingestão de água – o que também ajuda a controlar o diabetes e a hipertensão e a combater a obesidade. Tabagismo O tabagismo é apontado como a causa de desenvolvimento do câncer de pulmão, terceiro tipo mais incidente | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O terceiro tipo de câncer mais incidente é o de pulmão, situação que ressalta a importância de ações voltadas para o combate ao tabagismo. De acordo com Ribas, estudos recentes direcionam para um diagnóstico cada vez mais relevante em pacientes jovens. O diagnóstico tende a ser mais precoce, pois as pessoas estão sendo submetidas a exames de rastreamento antecipadamente. Para o tratamento contra o tabagismo, a SES tem 73 unidades cadastradas – pessoas interessadas podem procurar a mais próxima do domicílio ou trabalho. Há também orientações pelo Disque Saúde 136. Confira aqui a lista completa com os centros de atendimento. Diagnóstico precoce O Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontou, para o triênio de 2023 a 2025 no Distrito Federal, a incidência de cerca de 6,3 mil novos casos por ano – excetuando câncer de pele não melanoma -, distribuídos entre homens e mulheres. Segundo dados do Sistema de Informações de Câncer (Siscan), o DF registrou, em 2021, 741 diagnósticos de câncer na faixa etária de 20 a 44 anos de idade. Em 2022 foram 703 casos e, até setembro deste ano, 240. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ribas defende que o ponto essencial é a promoção de saúde e a prevenção do câncer, para um diagnóstico cada vez mais precoce e um tratamento com finalidade curativa. Exames de rastreamento permitem diagnosticar precocemente a doença no organismo. Para os tipos mais comuns, a SES adere a campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul. “Para o câncer de mama, em casos em que não há sinais e sintomas, o rastreamento é um protocolo a partir dos 50 anos de idade”, orienta o oncologista. “Já o rastreamento do câncer de colo uterino ocorre a partir de 25 anos, e o exame para rastrear câncer colorretal, que é a colonoscopia, é realizado em pacientes em torno dos 50 anos de idade.” Em 2022, a rede registrou 32.563 exames de rastreamento para diagnósticos de câncer de mama e de colo uterino. A maior parte da incidência desses casos ocorreu em mulheres de 30 a 49 anos. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Especialista orienta sobre cuidados contra o câncer do colo de útero
O câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente entre mulheres – está atrás apenas do câncer colorretal e do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2023 já foram estimados 17 mil novos casos de câncer do colo do útero, o que representa um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. Arte: Ascom IgesDF “Como toda neoplasia, este tipo de câncer é multifatorial, causado por uma série de fatores somados”, explica a cirurgiã oncológica do Hospital de Base Cintia Barboza Batista. “Existe um fator causal importante e está associado a praticamente todos os tumores do colo do útero: a infecção persistente, causada pelo Papilomavírus Humano (HPV)”, detalha a médica do IgesDF. Quando a infecção persistente está associada a imunossupressão, desnutrição, multiparidade, tabagismo e doenças ginecológicas, pode ocasionar uma sequência de lesões do colo do útero, chamadas de displasias que, se não tratadas, podem evoluir para a doença. Em relação à prevenção, existe a primária e a secundária. A prevenção primária impede a infecção persistente pelo HPV. Enquanto a prevenção secundária corresponde ao famoso exame preventivo ou papanicolau. “Que busca identificar lesões do colo do útero sugestivas de atividade do vírus HPV, alterações que sejam de risco ou precursoras de câncer do colo do útero”, esclarece a médica. Os principais sinais de alerta para a doença são sangramento vaginal persistente, dor durante a relação sexual, dor na pelve ou até sinais de insuficiência renal em tumores mais avançados. O Hospital de Base realiza atendimento de casos confirmados de câncer ou de lesões precursoras do câncer do colo do útero. “Os serviços de ginecologia oncológica e de cirurgia oncológica recebem os casos confirmados de câncer ou de displasias do colo do útero encaminhados para avaliação e tratamento cirúrgico quando indicado”, explica Cintia. “Já os serviços de oncologia clínica e radioterapia recebem e tratam os casos que necessitam de quimioterapia e radioterapia”, acrescenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diagnóstico é realizado por meio do exame físico ginecológico com coleta de fragmentos do colo do útero para biópsia e análise histopatológica. “Exames de imagem como tomografia e ressonância também são úteis para o diagnóstico, principalmente para avaliar a extensão do tumor”, ressalta a médica. “Ao contrário do que a maioria das pacientes pensa, o ultrassom transvaginal não é suficiente para dar o diagnóstico. É fundamental o exame ginecológico detalhado para avaliação do colo do útero”, destaca Cintia. Durante as ações alusivas ao Março Lilás, também é necessário ressaltar a importância da vacinação contra o HPV em crianças e adolescentes. “No caso de adultos, é importante consultar um ginecologista sobre a vacinação, manter um estilo de vida saudável e fazer os exames preventivos regularmente”, finaliza a médica. *Com informações do IgesDF
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Tabagismo é doença crônica e causa danos graves ao meio ambiente
[Olho texto=”“A pandemia interferiu em todos os sentidos da nossa vida. É extremamente importante abandonar o uso do tabaco, pois evita o desenvolvimento de outras doenças crônicas além do tabagismo. Quanto mais cedo a pessoa parar de fumar, menor o risco de adoecimento e morte precoce” – Nancilene Melo, pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O Dia Mundial da Saúde deste ano, promovido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), apresenta o tema “Nosso planeta, nossa saúde”. A data é celebrada nesta quinta-feira (7) e incentiva diversos debates. A Secretaria de Saúde alerta para a importância da prevenção ao uso do tabaco e a promoção do meio ambiente saudável. O tabagismo é uma doença crônica e está relacionado com o desenvolvimento de aproximadamente 50 outras enfermidades. Como exemplos, estão os diversos tipos de câncer: pulmão, boca, laringe, faringe, estômago, esôfago, bexiga, entre outros. Além de doenças do aparelho respiratório, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema simples, bronquite crônica e asma. A enfermidade também pode resultar em doenças cardiovasculares, como infarto cardíaco, angina, hipertensão, acidente vascular cerebral, e outras doenças como úlceras do aparelho digestivo. Também contribui para a impotência sexual, osteoporose, catarata, menopausa precoce e complicações na gravidez. O tabagismo como doença crônica está relacionado ao desenvolvimento de outras 50 enfermidades, entre elas câncer de pulmão, além de doenças do aparelho respiratório, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bronquite crônica | Foto: Geovana Albuquerque / Arquivo Agência Saúde-DF “A pandemia interferiu em todos os sentidos da nossa vida. É extremamente importante abandonar o uso do tabaco, pois evita o desenvolvimento de outras doenças crônicas além do tabagismo. Quanto mais cedo a pessoa parar de fumar, menor o risco de adoecimento e morte precoce”, alerta a pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo, Nancilene Melo. Em 2019, 12% da população do Distrito Federal era fumante, o que corresponde a 288.802 pessoas. O dado é do IBGE e da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Com a pandemia, não foi possível dar continuidade à pesquisa. [Olho texto=”A cada 300 cigarros, uma árvore é cortada para uso nas fornalhas e produção de produtos de tabaco (secagem). Alguém que fuma um maço de cigarro por dia estará derrubando uma árvore de 15 em 15 dias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Nancilene destaca que o tabaco causa danos desde o seu cultivo até o descarte de guimbas e dos dispositivos. Além de empobrecer a terra do cultivo, a substância causa danos à saúde dos trabalhadores das plantações de tabaco e consumidores dos produtos fumígenos, contribuindo para o desmatamento. Ainda culmina com a contaminação da terra e mares pelas substâncias nocivas das guimbas e baterias, no caso dos dispositivos eletrônicos. “Então, quanto menos pessoas estiverem consumindo, menos danos ocorrerão”, aponta. Segundo a RTD de Tabagismo, os dispositivos eletrônicos são apenas tecnologias modernas para consumir a nicotina. E não existe forma de consumo ou quantidade segura de nicotina para uso. “O cigarro eletrônico não possui combustão e nem o alcatrão. Mas tem, pelo menos, 80 substâncias nocivas à saúde, destacando-se metais pesados e substâncias cancerígenas. Já é comprovada a existência de uma doença pulmonar, chamada Evali, relacionada a esses dispositivos. Trata-se de uma doença grave, que acometeu jovens nos Estados Unidos, mas temos alguns casos já noticiados aqui no Brasil”, detalha. De acordo com Nancilene, esses dispositivos ainda podem conter elementos com potencial explosivo, como ocorreu com um usuário no Distrito Federal. “Além de saborizantes da indústria alimentícia, que camuflam a agressão dessas substâncias inaladas. Costumo dizer que o pulmão não come, ele respira. Logo, não foi preparado para digerir e não sabemos ainda quais serão as consequências desse uso a longo prazo”, avalia. O tabaco, além de empobrecer a terra do cultivo, causa danos à saúde dos trabalhadores das plantações e consumidores dos produtos fumígenos, contribuindo para o desmatamento Consequências ao meio ambiente Pesquisas apontam que fumantes jogam em média 10 bitucas de cigarro por dia em vias públicas. Considerando o total de fumantes do DF e 30 dias para cálculo, e estabelecendo o comprimento de 2 cm por bituca, elas corresponderiam à distância de 1.733 km, podendo ser enfileiradas, por exemplo, de Brasília à capital do Piauí, Teresina. Tratamento na rede [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na rede pública do DF, o tratamento para auxiliar quem deseja parar de fumar é oferecido em cerca de 80 centros cadastrados, distribuídos nas sete regiões de saúde. Quem tiver interesse deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência ou local de trabalho e fazer a inscrição. O tratamento segue uma abordagem cognitivo-comportamental, associado, quando necessário, a medicamentos que visam aliviar os sintomas da crise de abstinência causada pela dependência da nicotina, informa a RTD de Tabagismo. *Com informações da Secretária de Saúde do DF
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Saúde tratou mais de 700 pessoas contra o tabagismo em 2020
O tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência à nicotina e causa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de oito milhões de mortes por ano. Além de representar um risco individual, o ato de fumar é fator preocupante para pessoas não-fumantes expostas ao chamado fumo passivo. Durante o ano de 2020, foram atendidos na rede pública de saúde do Distrito Federal 757 usuários, sendo 320 homens (42,27%), e 434 mulheres (57,33%) . Pelos dados, observa-se que no DF, em 2020, as mulheres buscaram mais o tratamento do que os homens. Quando se analisa a faixa etária do público atendido pelo serviço, verifica-se que 603 (79,65%) estão entre 18 e 59 anos de idade, 153 (20,21%) são pessoas com mais de 60 anos, e apenas 1 (0,13%) tem menos de 18 anos. Os dados constam no Relatório Consolidado de Tratamento de Cessação do Tabagismo no Distrito Federal, elaborado pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, da Secretaria de Saúde do DF, e publicado em julho de 2021. [Olho texto=”“Por se tratar de mudança de comportamento, que é algo bem complexo, a desistência é uma realidade no tratamento de qualquer dependência, e com a nicotina não é diferente”” assinatura=”Márcia Vieira, gerente da Gvdantps” esquerda_direita_centro=”direita”] Adesão O relatório aponta que houve melhora nos índices de adesão ao tratamento e de pacientes abstinentes – sem fumar – ao longo de 2020, passando de 44,64% no primeiro quadrimestre para 64,39% no terceiro. Além disso, também aumentou o percentual de pacientes que utilizaram medicação para cessação do tabagismo no período, subindo de 80,58% no primeiro quadrimestre para 97,56% no terceiro. “O sucesso do tratamento do tabagismo está associado à mudança de comportamento, que é a abordagem cognitivo-comportamental realizada durante o acompanhamento dos pacientes. O medicamento é uma parte do processo, e não tem caráter decisivo para a abstinência, eles apenas auxiliam na redução da síndrome de abstinência nas primeiras semanas sem fumar”, ressalta a titular da Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde (Gvdantps), Márcia Vieira. Continuidade do tratamento Os dados apontam que o número de pacientes atendidos na primeira consulta é de 753, já o total dos que participaram da quarta sessão é 359, configurando um percentual de desistência de 52,32%. “Por se tratar de mudança de comportamento, que é algo bem complexo, a desistência é uma realidade no tratamento de qualquer dependência, e com a nicotina não é diferente. Em anos anteriores, comparando o número de pacientes no primeiro atendimento e no final das quatro sessões, a desistência fica em torno de 50%”, aponta Márcia. Ela comenta que esse cenário é esperado, tendo em vista que a motivação é flutuante e passa por diversos estágios. “Por isso, é muito importante ter uma oferta contínua do serviço de cessação do tabagismo. De acordo com a literatura, depois da terceira ou da quarta tentativa é que as pessoas conseguem parar de fumar definitivamente”, indica a gerente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um ponto positivo mostrado pelo relatório é que 247 pacientes chegaram à quarta sessão sem fumar, configurando eficácia do tratamento de 68,80%, superior aos índices de sucesso apontados na literatura, que é de 35%. Como funciona o tratamento? Na rede pública de saúde do DF, o tratamento para auxiliar quem deseja parar de fumar é oferecido em cerca de 80 centros cadastrados, distribuídos nas sete Regiões de Saúde. Quem tiver interesse, deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência ou trabalho e fazer a inscrição. Segundo a pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo, Nancilene Melo, o tratamento segue uma abordagem cognitivo-comportamental, associado, quando necessário, a medicamentos que visam aliviar os sintomas da crise de abstinência causada pela dependência da nicotina. [Olho texto=”229″ assinatura=”Atendimentos realizados em 13 unidades nos primeiros quatro meses do ano” esquerda_direita_centro=”direita”] “A abordagem é feita por equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, entre outros. O atendimento é realizado em grupos – aberto e fechado – e de forma individual. São realizados encontros semanais no primeiro mês e acompanhamento periódico até completar um ano”, informa a RTD de Tabagismo. De acordo com Nancilene, no primeiro quadrimestre de 2021 foram 229 pessoas atendidas em 13 unidades. Destas, 95 pararam de fumar. Pandemia “Com a pandemia do novo coronavírus, tivemos que nos reinventar. Os atendimentos tiveram uma redução devido à reorganização dos serviços para o combate à doença. As unidades que conseguiram manter a assistência, realizaram atividades em grupos on-line, atendimentos individuais presenciais e em pequenos grupos que ocorreram em tendas abertas, obedecendo todas as medidas de segurança que o momento exige”, esclarece a pneumologista. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Ações para evitar o consumo de tabaco nas unidades prisionais
A abordagem do fumante para a cessação de fumar segue um protocolo validado por portaria do Ministério da Saúde, que se baseou em estudos científicos internacionais | Divulgação/EBC Com o objetivo de ter um ambiente livre do fumo dentro das unidades prisionais do Distrito Federal, a Gerência de Saúde do Sistema Prisional, em parceria com a Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, tem feito diversas ações de controle do tabagismo desde 2017. [Olho texto=”Com a pandemia, foi necessário interromper as reuniões presenciais, porém a equipe técnica do tabagismo continuou alertando sobre os riscos de agravamento da doença em tabagistas e, também, sobre o risco de contaminação por compartilhamento de cigarros entre os internos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com Simone Kathia de Souza, gerente de Saúde no Sistema Prisional, o trabalho dentro das unidades foi intenso e vários desafios foram superados. Foram utilizadas as seguintes estratégias: levantamento epidemiológico e aplicação do teste de Fagerstrom, que mede o grau de dependência em relação à nicotina; e capacitações aos trabalhadores do sistema com elaboração de Procedimento Operacional Padrão em cada equipe. Além disso, outras estratégias foram adotadas, como o manejo de grupos de controle do tabagismo com protocolo adaptado ao sistema prisional; seminários intersetoriais com periodicidade anual; redução gradual de venda dos cigarros e separação de alas livre de tabaco; e atividade educativa com visitantes. Com a pandemia foi necessário interromper as reuniões presenciais, porém a equipe técnica do tabagismo continuou alertando sobre os riscos de agravamento da doença em tabagistas e, também, sobre o risco de contaminação por compartilhamento de cigarros entre os internos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direito”] “O empenho da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) e dos diretores das unidades prisionais merece ser reconhecido nesta empreitada de retirada gradual de cigarros no Sistema Prisional, iniciado na Penitenciária do Distrito Federal I (PDFI), que foi a primeira unidade prisional do DF a conquistar o ambiente livre de fumo, em janeiro de 2020”, afirma Simone Kathia de Souza. Segundo a gerente de Saúde no Sistema Prisional, é necessário comemorar a conquista do encerramento da comercialização ou entrada de quaisquer tipos de produtos fumígenos nas unidades. A abordagem do fumante para a cessação de fumar segue um protocolo validado pela Portaria nº 761 de 21/06/16 do Ministério da Saúde, que, por sua vez, baseou-se em estudos científicos internacionais. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Mais de 120 estabelecimentos de narguilé vistoriados em agosto
Ação aponta o impacto negativo do fumo e fiscaliza respeito às regras de distanciamento na pandemia | Foto: Agência Saúde Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, a Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) reforçou naquele mês a fiscalização em bares noturnos que comercializam e servem narguilé. O objetivo foi chamar a atenção para o impacto negativo que o tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde. A ação também serviu para adequar e conscientizar os estabelecimentos que comercializam produtos fumígenos, para que possam oferecer esse tipo de serviço em respeito à legislação vigente. Especialmente porque, quando utilizado de forma compartilhada, o narguilé também pode disseminar o novo coronavírus e aumentar os casos de contaminação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em agosto, 123 estabelecimentos passaram por vistoria em todo o Distrito Federal, dos quais 26 foram autuados e oito interditados, com multa que pode variar entre R$ 2 mil a R$ 20 mil. As principais irregularidades encontradas foram: permitir o uso de produtos fumígenos em ambientes fechados ou parcialmente fechados; aglomerações; e uso do narguilé em condições insalubres. “É importante a população ter ciência de que no Brasil é proibido o uso de qualquer produto fumígeno, inclusive narguilé, em recinto coletivo fechado ou parcialmente fechado. A Divisa também alerta sobre o alto risco de contágio por coronavírus no compartilhamento do uso coletivo da piteira do narguilé”, afirma a gerente de Fiscalização da Divisa, Márcia Olivé. Dos 123 estabelecimentos vistoriados em todo o DF, 26 foram autuados e oito interditados | Foto: Agência Saúde De acordo com a gestora, também foram encontrados casos de funcionários expostos ao risco de contaminação por estarem trabalhando, diariamente, em ambientes fechados e insalubres. Além disso, dois dos estabelecimentos multados eram reincidentes, pois foram interditados por três vezes consecutivas. Devido à situação, um dos responsáveis por bar noturno foi encaminhado à delegacia mais próxima por atentado à saúde pública, suscetível a pagar multa máxima de R$ 20 mil. Conforme o Decreto n° 40.939/20, a incidência do crime de infração pode fazer com que o estabelecimento infrator tenha a licença de funcionamento suspensa, enquanto perdurar o estado de calamidade pública decorrente da Covid-19. Também pode ser interditado total ou parcialmente o evento, instituição, estabelecimento ou atividade pelos órgãos de fiscalização definidos no decreto. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Brazlândia retoma grupo de tabagismo em meio digital
Procura nas redes sociais resultou na ideia de atendimento a distância mesmo antes da pandemia | Foto: Agência Saúde Com os encontros presenciais suspensos em razão da pandemia de Covid-19, a equipe do grupo de tabagismo da Unidade Básica de Saúde 2 de Brazlândia retomou os trabalhos de forma virtual. A primeira sessão foi transmitida em 30 de julho e contou com 25 participantes inscritos. O encontro on-line será feito até 20 de agosto, às quintas-feiras, sempre às 15h. Ainda sem a ideia de transmissão virtual, a iniciativa surgiu com a procura, por meio das mídias sociais, de interessados em participar do grupo. Como as atividades que dependem da participação de pessoas reunidas em um mesmo espaço estão suspensas, o modelo virtual foi pensado e posto em funcionamento com êxito. “Temos uma expectativa muito grande com o grupo virtual, por permitir ao paciente participar sem sair de casa. A maioria que participou e aderiu ao método está gostando. Eles se sentem mais motivados com o objetivo de parar de fumar. Então, não estão preocupados com o formato, mas estamos estudando uma forma melhor para todos conseguirem participar”, afirmou a enfermeira Ana Cristina Braz, coordenadora do Grupo de Tabagismo da UBS 2. Com transmissão feita pela plataforma Zoom, a iniciativa permite a continuidade das sessões que incentivam a parar de fumar, além de encontros sequenciais que permitem, após duas sessões, o encaminhamento ao médico que indicará o tratamento adequado.saúde [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na primeira sessão, 11 dos 25 participantes compareceram. Alguns se ausentaram em razão de compromissos profissionais e três deles pediram para um familiar gravar a sessão enquanto trabalhavam. O usuário de tabaco pode entrar na equipe em qualquer umas das sessões, desde que participe das quatros sessões estruturadas. A dinâmica de funcionamento é a mesma do atendimento presencial. Aberto ao público, o grupo foi criado em 2014 e funcionava uma vez por semana, com quatro sessões. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia Mundial sem Tabaco: o alerta da Sejus sobre os riscos do consumo
Com a temática “Escolha a saúde. Escolha a Vida”, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) se une às manifestações realizadas no mundo inteiro no Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, para alertar a população sobre os riscos do consumo dos produtos derivados do tabaco (tabagismo). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “No âmbito da prevenção, a Sejus desenvolveu o programa ‘Drogas: Prevenção e Ação’, que propõe a capacitação de profissionais, formação de multiplicadores da prevenção às drogas, fortalecimento das redes sociais, conscientização da população, campanhas educativas nas escolas e orientações diversas”, explicou a secretária de Justiça, Marcela Passamani. Tabagismo e Covid-19 Neste ano a campanha global é “Tabagismo e Coronavírus (Covid-19)”, com o objetivo de sensibilizar a população, principalmente os jovens, sobre o problema. A campanha mundial também propõe uma grande discussão sobre a relação entre tabagismo e Covid-19, com foco nos prejuízos ao meio ambiente e nos benefícios do abandono do tabagismo, dentre outros. Os riscos Sabe-se que o uso do tabaco pode gerar mais de 20 tipos de câncer nos mais variados órgãos do corpo, como pulmão, laringe, boca e bexiga. O tabaco também causa infertilidade, impotência, maior probabilidade de doenças cardíacas, baixo rendimento em atividades físicas e geração de filhos com problemas físicos e mentais. * Com informações da Sejus-DF
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Saúde reduz tabagismo em presídios
Duas iniciativas da Secretaria de Saúde para reduzir o uso do cigarro em unidades prisionais do DF foram homenageadas, nesta sexta-feira (29), na terceira edição do seminário Apresentação das Ações de Controle do Tabagismo no Sistema Prisional. As ações foram reconhecidas com certificados de honra ao mérito. “O DF foi pioneiro na implantação do programa contra tabagismo no país. Saímos na frente em 2016 e a cada dia lapidamos mais esse projeto para alcançar a excelência. E isso tem trazido resultados magníficos”, destacou o assessor da Coordenação de Atenção Primária (Coaps) da Secretaria de Saúde, Sérgio Gonçalves. Um dos resultados reconhecidos e homenageados no seminário foi na Penitenciária do Distrito Federal (PDF-1), na Fazenda Papuda. Lá, foi criada uma ala para não fumantes, o que contribuiu na melhoria das taxas de doenças ligadas ao fumo. A equipe de saúde da unidade também adotou medidas para reduzir, de forma gradual, o consumo de cigarros no local, o que inclui ações de conscientização com familiares dos internos, para convencê-los a pararem com o fumo. Com isso, diminuíram em 70% o consumo de cigarro na unidade. “A previsão é tornar o ambiente 100% livre de tabaco em 2020”, prevê a gerente de Saúde do Sistema de Assistência Prisional, Simone Kátia de Souza. Adesivos de nicotina Outra homenagem foi ao trabalho realizado no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A iniciativa foi da Gerência de Serviços da Atenção Primária à Saúde (Gsap) 4 do Guará, que implementou um conjunto de ações para reduzir o tabagismo. Entre elas, Práticas Integrativas de Saúde (PIS) e aplicação de adesivos de nicotina de acordo com o grau de dependência. “Fomos a primeira unidade prisional do Brasil a implantar um espaço livre do tabaco, com um ambulatório no CPP. Como resultado, temos 73 internos que pararam de fumar definitivamente”, conta Vanusa Oliveira, gerente da Gsap 4 do Guará e uma das que recebeu o certificado de honra ao mérito. Capacitações Outra ação destacada pelos gestores foi a capacitação da Secretaria de Saúde a 1.536 pessoas, entre profissionais de saúde, agentes penitenciários e trabalhadores da limpeza nas ações de prevenção ao uso do tabaco. “Foi feita uma sensibilização com eles para o tratamento contra o tabagismo, com abordagens diferenciadas, a depender dos atendidos”, explicou Simone Kátia de Souza. “O que temos tentado é fazer com que as pessoas abracem essa causa, para reduzir cada vez mais o uso do cigarro na prisão. Esses treinamentos vêm a calhar com tudo o que fazemos, na prática, nas unidades prisionais, para combater o tabagismo”, ressaltou o assessor da Coaps, Sérgio Gonçalves. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia Nacional de Combate ao Fumo 2019 foca nos riscos do narguilé
O uso do narguilé foi o enfoque escolhido para a edição deste ano do Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado em 29 de agosto. O tema da campanha 2019 é Tabaco e saúde pulmonar, com o objetivo de advertir a população sobre os riscos de doenças pulmonares resultantes do consumo de tabaco e de seus produtos derivados. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde-DF Muito consumido, principalmente, pelos mais jovens, o narguilé oferece ainda mais riscos à saúde do que o cigarro. “Os fumantes de narguilé, em uma única rodada, se expõem a um volume de fumaça equivalente ao de 100 cigarros, além de estarem consumindo um produto com um quantitativo maior de substâncias nocivas à saúde”, explica a assistente social Maria Suélita de Lima, da equipe técnica de Tabagismo da Secretaria de Saúde. Em função dos seus efeitos, o narguilé tem sido alvo de ações da Secretaria de Saúde, por meio da distribuição de material educativo específico, palestras informativas e uma ação de fiscalização anual da Vigilância Sanitária, realizada em bares e restaurantes. “Também oferecemos um programa para as escolas, por meio da capacitação de professores, para trabalhar o tema tabagismo e outros fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis, com o Programa Saber Saúde, do Instituto Nacional do Câncer”, destaca Suélita. As escolas interessadas podem fazer contato pelo e-mail escolatabagismo@gmail.com. Câncer e outros males Em geral, o uso de tabaco aumenta o risco de os fumantes desenvolverem doenças coronarianas, pulmonares obstrutivas crônicas e diversos tipos de câncer. Atualmente, as doenças crônicas são responsáveis por 72% das mortes. Destas, 63% estão relacionadas ao tabagismo. Ele, além de ser um fator de risco, é também considerado uma doença crônica. Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas A exposição prolongada à fumaça do cigarro pelos fumantes passivos também é nociva à saúde. Na corrente primária da fumaça, aquela que sai da boca do fumante, foi encontrada mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, das quais 43 são comprovadamente cancerígenas. “Na corrente secundária, aquela fumaça que exala da ponta do cigarro, encontramos três vezes mais nicotina, 69 substâncias cancerígenas e até oito vezes mais nitrosaminas”, frisa Maria Suélita. Ela destaca, ainda, o fumo de terceira mão, que é aquele cheiro forte que fica nos móveis, paredes, no carro dos fumantes. “É onde encontramos a combinação de nicotina, mais fumaça do tabaco, mais ácido nitroso, o que resulta na nitrosamina, substância comprovadamente cancerígena”, complementa. Que é difícil, é Para quem pretende parar de fumar, é possível conseguir sozinho. Porém, é mais difícil. A taxa de sucesso é de 3% a 5%. Ao decidir largar o cigarro, algumas dicas podem ser úteis nessa tarefa. [Olho texto=”Quer parar? Reflita sobre o que o motiva, marque o dia, gaste energia com atividades físicas, mude a rotina, pense nos benefícios que você irá ter ” assinatura=”Maria Suélita de Lima, da equipe técnica de Tabagismo da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo a profissional, o desejo é fundamental ao tomar a decisão de parar de fumar. “A pessoa interessada também pode buscar apoio nas unidades de tratamento de fumantes, disponíveis em todas as Regiões de Saúde”, ensina. Ao todo, 77 unidades de saúde ofertam tratamento para fumantes na rede pública do DF. “A base do tratamento é a abordagem cognitiva comportamental, por meio de atendimentos em grupos, com duração de quatro a cinco semanas sequenciais e encontros de manutenção até completar um ano. Existe também o apoio medicamentoso, quando indicado”, explica. O índice de cessação, medido na quarta sessão, é de 41,7 %. A literatura considera trabalho de excelência os que conseguem uma abstinência em torno de 35%. Ação educativa Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, a equipe Técnica do Programa de Controle do Tabagismo, em parceria com o Sesc, fará uma ação educativa na marquise do BRB, na quadra 5, do Setor Comercial Sul, nesta quinta (29), até as 15h. Estão previstas atividades como orientação sobre tabagismo, nutrição e saúde bucal, aferição da pressão arterial e teste de dependência à nicotina. Em casos de necessidade, haverá encaminhamento para as unidades de tratamento do tabagismo. Para sensibilizar O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criado em 1986, pela Lei Federal nº 7.488, a data inaugura a normatização voltada ao controle do tabagismo como problema de saúde coletiva. * Com informações da Secretaria de Saúde-DF
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Vigilância Sanitária do DF intensifica ações em bares pelo Dia de Combate ao Fumo
Lei determina que ambientes coletivos fechados devem estar 100% livres da fumaça do tabaco | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil A Vigilância Sanitária (Visa) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal está intensificando ações de fiscalizações em bares, restaurantes e tabacarias que comercializam produtos derivados do fumo, devido ao crescente uso de narguilé nesses locais. Foram realizadas 123 vistorias, de janeiro a 23 de agosto deste ano, com 38 estabelecimentos autuados e 13 interditados. Os estabelecimentos interditados serão liberados ainda nesta semana, pois se adequaram às exigências da lei. As ações dos agentes da Visa se destinam a conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro – lembrado em 29 de agosto, no Brasil, em função do Dia Nacional de Combate ao Fumo, data instituída pela Lei nº 7.488, de 1986. A irregularidade mais encontrada nesses estabelecimentos é o uso de produtos fumígenos, principalmente do narguilé, em recinto coletivo fechado ou parcialmente fechado, o que descumpre a legislação vigente. Segundo a lei, os ambientes coletivos devem estar 100% livres da fumaça do tabaco. Nessas ações, além de orientar e conscientizar os proprietários dos estabelecimentos, os que reiteradamente contrariam a legislação recebem multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. De acordo com o diretor da Visa, Manoel Neto, a legislação permite que as tabacarias disponham de área exclusiva para experimentação de produtos fumígenos, inclusive do narguilé, desde que adotem algumas medidas sanitárias. Cuidados Entre essas medidas estão: isolar o espaço das demais áreas do estabelecimento; possuir sistema de ventilação por exaustão, de forma a expulsar do ambiente a fumaça proveniente do tabaco; manter a proibição do comércio, distribuição e o fornecimento de alimentos, bebidas e produtos fumígenos no interior da área exclusiva; e manter a proibição da permanência de trabalhadores do estabelecimento no interior da área exclusiva. “A Visa-DF realiza fiscalizações durante todo o ano, mas essas ações foram intensificadas nesse período para garantir a saúde e a tranquilidade dos frequentadores e também dos trabalhadores”, explica Manoel Neto. A Gerência de Apoio à Fiscalização (Geaf), por meio dos núcleos da Vigilância Sanitária do DF, fiscaliza os serviços relacionados à saúde da população nas áreas de medicamentos, alimentos, serviços de saúde e serviços de interesse da saúde. Atualmente, a Geaf atende 47 programas distritais, desenvolvidos pelas gerências técnicas nas áreas de alta complexidade desses serviços. “É importante salientar que, no Brasil, é proibida a comercialização de cigarros eletrônicos. Caso sejam encontrados, a empresa será autuada e os produtos apreendidos”, alerta diretor da Visa. A gerente de Apoio à Fiscalização da Vigilância Sanitária, Márcia Olivé, destaca: “O objetivo dessas ações é chamar a atenção da população para o impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde”. Segundo ela, as ações também servem para adequar e conscientizar os estabelecimentos que comercializam produtos derivados do fumo, “para que possam oferecer esse tipo de serviço conforme preconiza a legislação vigente”. * Como informações da Secretaria de Saúde
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Secretaria de Saúde alerta para os riscos do câncer bucal
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado em 29 de agosto, a Secretaria de Saúde aproveita a oportunidade para, mais uma vez, acender o alerta contra os tipos de câncer causados pelo hábito de fumar. Ocorre que a maioria dos tipos de câncer está relacionada ao tabagismo, como o bucal. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para 2019 apontam 180 novos casos da doença no Distrito Federal. Desse total, 130 acometem pessoas do sexo masculino e 50 do feminino. No Brasil, os números são 14,7 mil notificações de câncer de boca, sendo 11,2 mil em homens e 3,5 mil em mulheres. O câncer bucal é um tipo de tumor maligno que afeta lábios, gengiva, bochechas, palato (céu da boca), língua (principalmente as bordas), assoalho da boca (região embaixo da língua) e orofaringe. O Serviço de Estomatologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) tem a finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar as doenças que se manifestam na cavidade oral e no complexo maxilo-mandibular. Especialista na área, o cirurgião-dentista da Secretaria Eliziário César Leitão informa que 40% das pessoas morrem no país, nos primeiros cinco anos, devido ao estágio muito avançado do tumor. Fatores de risco As principais causas do câncer bucal são o consumo de álcool e de tabaco, a exposição solar sem proteção, além do Papilomavírus humano (HPV). Dieta pobre em frutas, legumes e verduras, próteses mal adaptadas, higiene bucal precária e dentes quebrados, que traumatizam a mucosa bucal, também estão relacionados ao desenvolvimento da doença. Malefícios do narguilé: uma sessão equivale, em fumaça, a 100 cigarros – Valter Campanato/Agência Brasil A responsável técnica assistencial da Unidade de Odontologia do Hran Vânia Viterbo destaca outro grande vilão: o narguilé. “É preciso conscientizar os jovens sobre seus malefícios. O usuário de narguilé deve inalar, em uma sessão, a mesma quantidade de fumaça que um fumante de cigarros inalaria se consumisse 100 ou mais cigarros”, compara. Diagnóstico Como um dos métodos preventivos, o especialista em Estomatologia recomenda o autoexame bucal. “O paciente deve verificar em frente ao espelho e avaliar toda a estrutura da boca, como a bochecha, os dois lados da língua e também o ‘assoalho de boca’, além de todas as estruturas da cavidade oral”, explica Eliziário, que também atua como membro do Grupo de Controle do Câncer e Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF. Os principais sinais – Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo; – Manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas; – Nódulos (caroços) no pescoço; – Rouquidão persistente A incidência de câncer bucal é elevada devido à descoberta tardia dos sintomas. “Muitas pessoas ainda vinculam essa doença ao médico. Cabe informar que o diagnóstico também pode ser feito pelos odontólogos, a partir do exame clínico (visual)”, afirma Eliziário. No estágio inicial, não há presença de dor. “Por outro lado, nas fases intermediária e avançada observa-se dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço)”, acrescenta o especialista. O câncer bucal pode levar à perda óssea, o que provoca a mobilidade dos dentes, bem como afetar a língua e a mandíbula. UBS A porta de entrada para a consulta em Estomatologia é a Unidade Básica de Saúde (UBS). “É onde o paciente será encaminhado para o Centro de Especialidade Odontológica (CEO) de referência da sua região, pelo Sistema de Regulação (Sisreg)”, complementa o gerente de Serviços de Odontologia da pasta, Maurício Basso. * Com informações da Secretaria de Saúde
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