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Paciente também é protagonista na prevenção de infecções hospitalares e proliferação de superbactérias

A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea, e enfrentá-la depende não apenas dos profissionais de saúde, mas também dos pacientes, acompanhantes e da sociedade como um todo. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), uma das unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) tem adotado estratégias inovadoras para ampliar essa conscientização, com foco na educação, no comportamento e na prevenção. Publicação elaborada pelo Hospital de Base orienta as pessoas sobre a importância da prevenção à transmissão de microorganismos | Foto: Divulgação/IgesDF “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas”  Julival Ribeiro, infectologista do Hospital de Base  “O paciente tem papel fundamental no controle das infecções”, indica o infectologista Julival Ribeiro, coordenador do Nucih. “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas.”  Para aproximar esse tema do público, o Nucih desenvolveu um folheto educativo que explica, de forma simples, a importância da higiene das mãos e dos cuidados com a transmissão de microrganismos. O material é distribuído a pacientes, acompanhantes, voluntários e à equipe do projeto Humanizar, que recebe treinamento específico. “Esses voluntários têm uma atuação muito importante no acolhimento, mas é essencial que saibam como evitar, ainda que inadvertidamente, a disseminação de bactérias resistentes”, aponta o infectologista Lino Silveira. “Embora ajam com as melhores intenções, como cumprimentar ou abraçar um paciente, podem atuar como vetores dessas bactérias. O treinamento garante que as boas intenções se somem à segurança do paciente.” O impacto das infecções hospitalares As infecções em ambiente hospitalar, especialmente em pacientes com trauma grave, câncer ou outras doenças críticas, podem ter impacto direto no desfecho clínico. Mesmo um paciente que se recupera de uma hemorragia ou fratura pode evoluir para óbito em decorrência de uma infecção multirresistente adquirida durante a internação. Segundo Julival Ribeiro, o avanço da resistência bacteriana ameaça a efetividade dos tratamentos. “Estamos vendo bactérias que não respondem mais aos principais antibióticos disponíveis, e isso aumenta o tempo de internação, eleva os custos hospitalares e, sobretudo, compromete a vida dos pacientes”, alerta. Da hospitalização ao meio ambiente A atuação do Nucih ultrapassa os limites do hospital. Uma análise elaborada em parceria com a engenharia sanitária da unidade avaliou o esgoto de Brasília e identificou indícios da presença de bactérias resistentes no meio ambiente. O achado reforça a necessidade de uma visão integrada sobre o problema. “Falamos de uma questão que envolve não apenas a saúde humana, mas também a saúde animal e ambiental”, atenta o infectologista Tazio Vanni. “É o conceito de saúde única, que é entender que tudo está interligado.” Saúde única e uso racional de antibióticos [LEIA_TAMBEM]A resistência bacteriana também está ligada ao uso indiscriminado de antibióticos na agropecuária, prática que acelera a seleção de microrganismos resistentes e traz reflexos para a saúde pública. O Plano de Ação Nacional para o Controle da Resistência aos Antimicrobianos, implementado pelo governo federal e alinhado às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), busca justamente frear esse avanço. “Desde 2013, a OMS recomenda que todos os países adotem estratégias integradas para controlar a resistência antimicrobiana”, situa Tazio. “O Brasil está na segunda versão do seu plano, o que demonstra o compromisso em tratar o tema como prioridade nacional.” Inovação e futuro Além das medidas de prevenção e controle, novas abordagens vêm sendo estudadas — é o caso do uso de recursos biológicos como vírus bacteriófagos, que atacam bactérias específicas, representando uma alternativa promissora à antibioticoterapia tradicional. “Compreender a complexidade dessa interação entre diferentes formas de vida é o que chamamos de saúde planetária”, conclui Julival Ribeiro. “Precisamos aprender com a natureza para encontrar soluções sustentáveis no combate à resistência bacteriana.” *Com informações do IgesDF

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Conheça os sintomas e a terapia adequada para a doença pulmonar obstrutiva crônica 

A doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) é uma condição que dificulta a passagem do ar pelas vias aéreas, comprometendo o bem-estar dos pacientes. Além da exposição à fumaça proveniente da poluição ambiental e de queimadas, o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, faz diferença em qualquer fase da vida” Guilherme Morais, pneumologista da Secretaria de Saúde No Dia Mundial da Dpoc, instituído como 19 de novembro, a Secretaria de Saúde (SES-DF) lembra a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de uma condição que pode afetar de forma permanente a qualidade de vida. Embora não tenha cura, a Dpoc é tratável, com medicamentos e reabilitação. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência na terapia da doença e de outras patologias pulmonares crônicas. Principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital (RTD) no assunto, o pneumologista Guilherme Otávio Morais, da Secretaria de Saúde (SES-DF), chama a atenção para os desafios na detecção da Dpoc. “Em um estudo realizado em São Paulo, apenas 18% dos pacientes tiveram o diagnóstico confirmado”, enumera. “Isso mostra que ainda há uma baixa percepção sobre os sinais da doença. Tosse persistente, pigarro frequente, chiado no peito e falta de ar mesmo em pequenos esforços são sintomas que precisam ser investigados. Muitas pessoas atribuem esses sinais ao cansaço ou ao envelhecimento e só procuram ajuda médica quando o quadro já está avançado”. Outros sintomas comuns incluem sensação de aperto ou peso no peito, respiração mais lenta ou ofegante para atividades simples, secreção persistente (catarro) e infecções respiratórias frequentes. Com o tempo, aponta o médico, a doença pode evoluir para limitações severas, exigindo o uso contínuo de oxigênio. Como buscar ajuda [LEIA_TAMBEM]Ao identificar os sintomas, o paciente deve procurar primeiro a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A confirmação do diagnóstico vem a partir da avaliação clínica, que pode incluir exames como radiografia, tomografia e, principalmente, a espirometria. Caso sejam identificados problemas, a pessoa é direcionada ao ambulatório do Hran ou a outros hospitais da rede pública com pneumologistas disponíveis. Segundo Guilherme Morais, o tabagismo é o maior fator de risco e a principal porta de entrada para doenças graves do pulmão. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, e faz diferença em qualquer fase da vida”, reforça. A SES-DF disponibiliza mais de 70 UBSs para atender quem quer deixar o cigarro. A Dpoc, de acordo com o pneumologista, impõe uma jornada longa e desafiadora aos pacientes e seus familiares, desde os primeiros sintomas até o diagnóstico preciso, passando por muitos estigmas. “O manejo adequado dessas crises é essencial para evitar hospitalizações recorrentes e perda funcional”, adverte.  Veja, abaixo, outras formas de reduzir risco de Dpoc.  ⇒ Evitar ambientes com fumaça ou vaporizadores eletrônicos (vapes) ⇒ Reduzir exposição à poeira e à poluição ⇒ Usar máscaras de proteção em ambientes com partículas suspensas ⇒ Manter calendário de vacinação atualizado, para evitar infecções que possam acelerar a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Câncer bucal: Saúde alerta sobre importância do diagnóstico precoce

Pode começar com algo simples: uma ferida que não cicatriza, uma mancha discreta ou uma dor que parece inofensiva. Mas por trás desses sinais sutis pode estar uma das doenças mais comuns e perigosas da cavidade oral: o câncer bucal. Na semana nacional de prevenção desse tipo de neoplasia, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para o diagnóstico precoce.  O tabagismo é um dos fatores de risco que podem provocar câncer | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF  O alerta da pasta não vem à toa: a doença é o oitavo câncer mais frequente no país e o quinto mais comum entre os homens, podendo atingir mais de 15 mil brasileiros até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Distrito Federal, a estimativa é de cerca de 50 novos casos no mesmo período. Porém, se detectado cedo, o câncer bucal tem altas chances de cura, chegando a 90%. O atraso no diagnóstico, contudo, torna o tratamento mais invasivo. O índice de óbito ainda é considerado alto — de 43% a 45%. Sinais de alerta “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta. A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início” Eliziário Leitão, cirurgião-dentista  A identificação do câncer é feita por exame clínico e biópsia da área suspeita. O autoexame também é importante. “Observe a boca no espelho e procure alterações na língua, gengiva, bochechas e lábios; se algo parecer diferente, é fundamental procurar um dentista”, orienta o cirurgião-dentista Eliziário Leitão.  Feridas que não cicatrizam em até 21 dias, manchas brancas ou avermelhadas e alterações persistentes na mucosa bucal exigem atenção. “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta”, detalha o especialista. “A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início”.  Fatores de risco O tabagismo e o consumo abusivo de álcool continuam sendo os maiores vilões. Segundo Leitão, o perfil mais comum é o de fumantes crônicos. “Aproximadamente 93% dos pacientes diagnosticados são fumantes, e o risco aumenta em até 30 vezes quando o cigarro é combinado com bebidas destiladas, como a cachaça”, adverte.  [LEIA_TAMBEM]A exposição solar sem proteção também representa ameaça, especialmente para quem trabalha ao ar livre. Outro fator que preocupa os especialistas é o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). “Os mesmos subtipos do HPV que provocam câncer na região genital estão aparecendo na cavidade oral, transmitidos pelo sexo oral sem proteção, principalmente entre os mais jovens”, explica o cirurgião-dentista.  Tratamento  O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos. O paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência onde será avaliado. Em seguida, o usuário pode ser encaminhado para um dos 14 centros de especialidade odontológica (CEOs) do DF para diagnóstico clínico e biópsia. Se confirmada a doença, o tratamento inclui a cirurgia para retirada do tumor, normalmente seguida de radioterapia. Conscientização Criada em 2015 pela Lei nº 13.230, a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal é celebrada anualmente na primeira semana de novembro e reforça a importância de ações profiláticas. “A prevenção é o maior desafio”, lembra Eliziário Leitão. “Muitas pessoas desconhecem a possibilidade de câncer na boca, e é fundamental informar a população sobre a existência e a agressividade dessa doença tanto no físico quanto no mental”. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho

O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo.  Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF.  “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde          

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Dia Mundial da Psoríase: o desafio de cuidar da pele e das emoções

Quando as primeiras manchas começaram a surgir em sua pele, Estael Vieira, hoje com 61 anos, ainda era uma jovem de 19. Sem acesso a informações sobre o que era a psoríase, ela passou anos tentando esconder as lesões. “No começo eu sentia vergonha”, conta. “As pessoas achavam que era contagioso, e eu evitava usar roupas curtas”. Estael Vieira teve psoríase aos 19 anos, enfrentou preconceito e baixa de autoestima, mas hoje segue o tratamento sem problemas | Foto: Alberto Ruy/IgesDF  O preconceito, lembra, chegou até dentro de casa: “Meu marido tinha receio de me tocar. Precisei levá-lo a uma consulta médica para que o doutor explicasse que psoríase não pega. Hoje ele entende que é uma condição que precisa de cuidado, não de preconceito”. O Dia Mundial da Psoríase, celebrado nesta quarta-feira (29), chama atenção para a importância do diagnóstico precoce, da desmistificação da doença e do acolhimento a quem convive com ela. Segundo a National Psoriasis Foundation (EUA), assim como Estael, cerca de 125 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com essa doença inflamatória, crônica e não contagiosa, que pode ser controlada com tratamento adequado. O que é a psoríase “Muitos pacientes relatam que as lesões surgem após momentos de tensão emocional ou sobrecarga no trabalho” Danielle Aquino, dermatologista do Hospital de Base A dermatologista Danielle Aquino, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), explica que a psoríase é uma doença autoinflamatória, resultado de uma disfunção do sistema imunológico que acelera o ciclo de renovação das células da pele. O processo gera o acúmulo dessas células, formando lesões avermelhadas e descamativas. “A pessoa já possui a carga genética, ou seja, a predisposição, e algum fator ambiental pode atuar como gatilho —  por isso ela não é contagiosa”, detalha. As placas da psoríase são geralmente secas e esbranquiçadas, podendo aparecer nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, abdômen e lombar. Em alguns casos, a inflamação também atinge as unhas e articulações, provocando dor e rigidez, um quadro conhecido como artrite psoriásica. A propensão genética é o principal fator, mas situações de estresse, infecções, ferimentos na pele e o uso de certos medicamentos podem desencadear crises. “Muitos pacientes relatam que as lesões surgem após momentos de tensão emocional ou sobrecarga no trabalho”, observa Danielle Aquino. Impacto emocional  Mais do que uma condição dermatológica, a psoríase tem forte impacto psicológico. O psiquiatra Sérgio Cabral, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), lembra que os gatilhos emocionais podem não apenas agravar as crises, mas também gerar um ciclo vicioso entre o sofrimento psíquico e o avanço da doença. “A psoríase me ensinou a ter paciência e amor-próprio. Quando me aceitei, a pele também melhorou” Estael Vieira “Quando a pessoa está sob estresse ou ansiedade, há liberação de substâncias como cortisol e adrenalina, que intensificam a resposta inflamatória”, aponta. “Ao mesmo tempo, as lesões visíveis provocam queda de autoestima e isolamento social, o que aumenta o estresse e pode agravar a psoríase.” Segundo o especialista, o estigma social ainda é um grande desafio: “A sociedade historicamente associou doenças de pele à exclusão, como acontecia com a hanseníase. O preconceito reforça o sofrimento dessas pessoas. É essencial que busquem apoio psicológico e sigam o tratamento médico. Não escolhemos ter uma doença, mas podemos escolher cuidar dela com responsabilidade e esperança”. Tratamento e controle [LEIA_TAMBEM]A dermatologista Danielle Aquino explica que o tratamento é individualizado e depende da gravidade das lesões. Entre os tratamentos disponíveis estão cremes e pomadas à base de corticoides ou vitamina D3; fitoterapia, com aplicação controlada de luz ultravioleta; medicamentos orais, para casos moderados ou graves; e terapias biológicas injetáveis, indicadas quando há resistência aos outros tratamentos. A hidratação diária da pele também é fundamental. “Produtos com ureia ajudam a suavizar a descamação e a aliviar a coceira”, reforça a médica. “A psoríase não tem cura, mas é possível viver bem com acompanhamento médico e controle do estresse”. O tratamento da psoríase está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), com acompanhamento especializado e fornecimento gratuito de medicamentos conforme prescrição médica. O encaminhamento pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Com acompanhamento médico e apoio emocional, é possível ter qualidade de vida e autoestima preservadas. Para Estael Vieira, que convive com a doença há 42 anos, o segredo está na aceitação: “A psoríase me ensinou a ter paciência e amor-próprio. Quando me aceitei, a pele também melhorou”.   *Com informações do IgesDF    

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Casos de sífilis diminuem no Distrito Federal; diagnóstico precoce é fundamental para tratamento

Os casos de sífilis adquirida no Distrito Federal diminuíram 7,1%, de 2023 a 2024, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal registrou mais de 3,7 mil casos da doença — em sua forma adquirida — no ano passado, contra 3,9 mil em 2023. Em contrapartida, os registros de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) cresceram 2,7% — passando de 263 para 270, de 2023 a 2024 —, enquanto em gestantes apresentou queda de 17,1%, indo de 1.293 para 1.072, em 2024.  Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para ampliar a conscientização, foi criado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado sempre no terceiro sábado de outubro.  Rede pública oferece gratuitamente testes que apresentam resultado em tempo rápido | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O mês visa a combater o aumento de casos, especialmente a forma congênita da infecção”, lembra a enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área de sífilis da SES-DF. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde.” A gestora reforça que pessoas sexualmente ativas devem fazer a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano”, indica. “Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”.  Doença A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica e curável, exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por contato sexual desprotegido ou de forma vertical, de uma pessoa com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto, durante a gestação ou no parto. Em estágios avançados da doença, a ausência de tratamento adequado pode causar complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e até levar à morte. Sintomas A doença apresenta diferentes manifestações de acordo com o estágio. Na fase primária, surgem feridas no pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca, entre dez a 90 dias após o contágio. Normalmente, elas não doem, coçam, ardem nem têm pus. Também desaparecem sozinhas, independentemente de tratamento, criando a falsa impressão de cura. No segundo estágio, os sinais e sintomas costumam surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Nesta fase, surgem manchas no corpo, incluindo nas plantas das mãos e pés, além dos primeiros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas também podem desaparecer em algumas semanas. [LEIA_TAMBEM]O último estágio pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar sinais e sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar a óbito.  Diagnóstico e tratamento O teste rápido de sífilis está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado é visível em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de exames laboratoriais. A doença tem cura, e o tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que pode ser aplicada na própria unidade básica de saúde (UBS) de referência.  A principal forma de prevenção é o uso correto e regular de preservativo externo ou interno, uma vez que se trata de IST. Também são medidas importantes os testes, no caso de exposição à infecção, e o tratamento correto do portador e dos parceiros. Como buscar atendimento Atualmente, todas as UBSs oferecem testes rápidos e tratamento gratuito para a sífilis. A doença é curável em 100% dos casos, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para uma boa recuperação. No Distrito Federal, no período de 2020 a 2024, foram mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos da doença em gestantes e 1,4 mil da doença congênita.  *Com informações da Secretaria de Saúde

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Acolhe DF: em dois meses, programa já encaminhou 60 pessoas em situação de rua para tratamento contra dependência química

O pedreiro Diogo Santos (nome fictício), de 32 anos, vivia na Rodoviária do Plano Piloto há quase um ano, após se separar da família e cair no vício das drogas. Sua virada começou quando aceitou o encaminhamento feito por uma equipe psicossocial da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed), da Sejus-DF, para uma comunidade terapêutica conveniada. “Eu precisava só de uma oportunidade. Hoje participo de atividades de recuperação e ainda terei acesso a cursos de capacitação para retomar minha carreira”, conta. Diogo está entre as 57 pessoas em situação de rua encaminhadas voluntariamente nos últimos dois meses para tratamento em uma das seis comunidades terapêuticas parceiras do programa Acolhe DF. Reestruturado em julho pelo Decreto nº 47.423, o Acolhe DF se consolidou como programa de governo, reunindo diferentes pastas para atuar de forma integrada. Coordenado pela Sejus, o trabalho envolve equipes multiprofissionais de saúde, assistência social, cidadania, educação e trabalho. Desde a reestruturação, já foram realizadas 380 abordagens. Nas comunidades terapêuticas, os acolhidos podem permanecer em tratamento por até 12 meses, com acompanhamento contínuo. Depois dessa etapa, têm acesso a cursos de capacitação oferecidos pelo RenovaDF, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), para retomar a vida com autonomia e novas perspectivas. Nas comunidades terapêuticas, os acolhidos podem permanecer em tratamento por até 12 meses, com acompanhamento contínuo | Foto: Divulgação/Sejus-DF Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, cada acolhimento representa um novo começo. “O Acolhe DF mostra que, quando governo e sociedade caminham juntos, conseguimos transformar realidades. Esse é o início de uma nova vida para quem, por muito tempo, não acreditava mais em possibilidades”, afirma. O subsecretário de Enfrentamento às Drogas, Diego Moreno, reforça que a confiança é um dos maiores obstáculos. “O desafio é convencê-los a aceitar e mostrar que essa é uma boa opção. Muitas vezes, a primeira conversa acontece quando ainda estão sob efeito das substâncias. É preciso paciência: voltamos duas, três vezes, até que estejam lúcidos e dispostos. O acolhimento só acontece de forma voluntária”, explica. Vozes de quem recomeça A busca ativa é realizada semanalmente em diferentes regiões administrativas e já mudou também a trajetória de Márcia Soares (nome fictício), de 46 anos. “Estou há duas semanas sem colocar uma gota de álcool na boca. Antes, meu único objetivo era conseguir dinheiro para beber. Agora, penso em voltar a ter contato com minha família e em viver com novas metas e objetivos”, relata emocionada. “O Acolhe DF mostra que, quando governo e sociedade caminham juntos, conseguimos transformar realidades. Esse é o início de uma nova vida para quem, por muito tempo, não acreditava mais em possibilidades” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania As equipes do Acolhe DF atuam em parceria com administrações regionais e outros órgãos do GDF. Nesta segunda-feira (29), as abordagens ocorreram em Águas Claras e no Sudoeste. O cronograma da semana inclui ações no Itapoã, Planaltina e no Hotel Social, localizado no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), na região do SIA — primeiro equipamento permanente do DF destinado ao pernoite de pessoas em situação de rua, com 200 vagas por noite, que oferece banho quente, jantar e café da manhã, além de permitir a entrada de pessoas acompanhadas de animais de estimação. Na sexta-feira (3), as equipes do Acolhe DF também estarão presentes na edição do GDF Mais Perto do Cidadão, no Itapoã e em Planaltina, ampliando o alcance do programa. Mais informações podem ser fornecidas pelo telefone: (61) 9 8314-0639. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)

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Capacitação reforça combate à tuberculose no DF

Enfermeiros, farmacêuticos, médicos e demais servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam na assistência direta às pessoas com tuberculose participam, até esta quarta-feira (10), da Oficina para Capacitação no Manejo de Tuberculose em Adultos. O objetivo é fortalecer as ações de controle da tuberculose, fornecendo o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado à população. O panorama da tuberculose no DF foi um dos temas abordados durante a capacitação | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Promovida pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, a oficina contou com a presença de especialistas da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM) do Ministério da Saúde. “A cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais” Gisela Unis, consultora técnica da CGTM Segundo a gerente da Gevist, Beatriz Maciel, a tuberculose ainda é um desafio no DF. “Nos últimos cinco anos, registramos, aproximadamente, 1.594 novos casos”, contabiliza. “A taxa de cura está em torno de 53%, e o abandono chega a 14%”, especifica a gestora. "Estamos intensificando o monitoramento, organizando fluxos para populações mais vulneráveis, como a do sistema prisional, e construindo a linha de cuidado para a doença. Esta capacitação é um passo importante para fortalecer a rede e melhorar os indicadores.” Entre os temas da oficina estão o panorama epidemiológico da tuberculose no DF, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Consultora técnica da CGTM e uma das ministrantes da capacitação, Gisela Unis lembra que a tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do país: “O Brasil registra 90 mil casos de tuberculose por ano, e cerca de seis mil pessoas morrem em decorrência da doença. O tratamento é eficaz, e a cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais”. Doença A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (conhecida como bacilo de Koch) e transmitida por gotículas expelidas na tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa, suor noturno, cansaço, falta de apetite e perda de peso. [LEIA_TAMBEM]Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, cerca de 10,8 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose no mundo e 1,25 milhão morreram devido à doença, sendo considerada a principal causa de morte por agentes infecciosos, superando a covid-19. Além da exposição ao bacilo e das condições imunológicas, o adoecimento está ligado a fatores socioeconômicos. Pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, indígenas, imigrantes,quem vive com HIV ou Aids e profissionais de saúde são mais vulneráveis em comparação à população geral. No DF, todas as 181 unidades básicas de saúde (UBSs) oferecem diagnóstico e tratamento gratuitos. A recomendação é procurar atendimento caso a tosse ultrapasse três semanas. Encontre a sua UBS de referência aqui.  *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hemocentro recebe novos equipamentos de fisioterapia para pacientes com coagulopatias hereditárias

A Fundação Hemocentro de Brasília acaba de receber três novos equipamentos de fisioterapia para o atendimento de pacientes no Ambulatório de Coagulopatias Hereditárias. Com investimento de R$ 120 mil, a iniciativa tem como objetivo melhorar o acompanhamento, cuidando melhor do sistema musculoesquelético tanto na recuperação do tratamento agudo quanto no tratamento preventivo, fortalecendo a musculatura e ampliando a mobilidade. Aparelhos vão ajudar bastante na recuperação de quem faz fisioterapia no local | Foto: Divulgação/Hemocentro de Brasília A novidade contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida de quem convive com a doença. “Os novos equipamentos são fundamentais para promover fortalecimento muscular, condicionamento cardiorrespiratório e reabilitação articular dos nossos pacientes", resume a diretora de Ambulatórios do Hemocentro, Melina Swain. “Eles possibilitam que o Hemocentro ofereça um atendimento mais completo, com recursos modernos que atendem às necessidades específicas de quem convive com coagulopatias hereditárias”. O atendimento O serviço de fisioterapia do Hemocentro atende pacientes com coagulopatias hereditárias. O foco é a prevenção de sangramentos, reabilitação articular e melhora da função musculoesquelética. “Com os novos recursos, teremos condições de oferecer um atendimento mais completo, que alia prevenção e reabilitação, permitindo que nossos pacientes tenham mais autonomia e qualidade de vida”, ressalta o fisioterapeuta Danillo Nunes de Aguiar, do Hemocentro. “Nosso objetivo é preservar a integridade das articulações, reduzir dores, melhorar o condicionamento físico e proporcionar mais independência aos pacientes hemofílicos” Danillo de Aguiar, fisioterapeuta do Hemocentro Ele explica que cada paciente passa por uma avaliação individual, considerando sua biologia e características próprias. A partir dessa análise, juntamente com o diagnóstico fisioterapêutico e clínico, é elaborado um plano de tratamento personalizado. Atualmente, há atendimento de segunda a quarta-feira, mas a partir de dezembro o expediente será em todos os dias da semana, de segunda a sexta-feira. Em média, os atendimentos têm duração de aproximadamente 40 minutos, podendo ser estendidos sempre que houver necessidade. “Nosso objetivo é preservar a integridade das articulações, reduzir dores, melhorar o condicionamento físico e proporcionar mais independência aos pacientes hemofílicos”, complementa Danillo. “A fisioterapia, com o suporte desses novos equipamentos, amplia as possibilidades de prevenção e de reabilitação funcional”. Ambulatório de Coagulopatias Hereditárias Inaugurado em 2012, o Ambulatório de Coagulopatias Hereditárias do Hemocentro de Brasília é referência no Distrito Federal e atualmente acompanha 944 pacientes com coagulopatias hereditárias, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade oferece diagnóstico, acompanhamento periódico, fornecimento do fator de coagulação e orientações para os cuidados ao longo da vida. [LEIA_TAMBEM]O atendimento é prestado por uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, garantindo um cuidado integral e contribuindo diretamente para a qualidade de vida dos pacientes.  Veja abaixo os principais itens recebidos e suas funções.  ♦ Bicicleta ergométrica Ajuda a melhorar o condicionamento cardiorrespiratório. Além disso, estimula o fortalecimento dos membros inferiores. Por ser uma bicicleta horizontal, minimiza as forças compressivas na coluna, sendo mais apropriada para pacientes que possuem alguma alteração articular ou limitação funcional, público característico das coagulopatias hereditárias atendidas no Hemocentro. ♦ Elíptico Equipamento de condicionamento cardiorrespiratório, com a vantagem de simular caminhada ou corrida sem impacto articular. O paciente consegue movimentar tanto a cintura escapular quanto a pélvica, obtendo benefícios de treino aeróbico associado à mobilidade articular e ao fortalecimento, sem o estresse ósseo e articular típico da corrida ou da esteira. ♦ Estação multifuncional de musculação Tem como característica principal o fortalecimento muscular, simulando cerca de 30 tipos de exercícios normalmente feitos em academias. Seu uso é voltado a exercícios resistidos que auxiliam na recuperação da condição física dos pacientes, contribuindo para o processo de reabilitação. Além disso, permite treinar movimentos, preparando o paciente para executá-los futuramente de forma independente em academias. *Com informações do Hemocentro de Brasília

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Saúde alerta para a importância de hábitos saudáveis na prevenção da insuficiência cardíaca

Manter hábitos saudáveis é essencial para prevenir a insuficiência cardíaca, doença que representa uma das principais causas de internação entre adultos e idosos no Brasil e no mundo. O Dia Nacional de Alerta à Insuficiência Cardíaca, celebrado em 9 de julho, chama a atenção para esse cuidado com a saúde. Embora afete predominantemente pessoas com mais de 60 anos, a insuficiência cardíaca pode surgir mais cedo, devido a uma série de fatores que sinalizam hábitos de vida | Fotos: Divulgação/IgesDF A chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Ruiza Teixeira, explica que a condição afeta principalmente pessoas com mais de 60 anos, mas também pode surgir mais cedo em quem possui fatores de risco, como hipertensão, diabetes, doença arterial coronariana ou uso excessivo de álcool e drogas. “Maus hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e estresse crônico contribuem para o surgimento de doenças cardíacas, inclusive a insuficiência cardíaca”, alerta a médica. Há também casos com origem genética, como nas cardiomiopatias dilatada e hipertrófica. Nesses, é essencial a investigação precoce com base em histórico familiar e exames. Segundo Ruiza, a doença pode evoluir com perda progressiva da função cardíaca, arritmias, internações frequentes e, em casos avançados, morte súbita. Trata-se de uma condição crônica que requer acompanhamento contínuo e rigoroso controle dos fatores de risco. A prevenção passa por manter a pressão arterial sob controle, cuidar do colesterol, controlar o diabetes, manter o peso ideal, praticar atividades físicas regularmente e evitar o tabagismo e o consumo exagerado de álcool. Sintomas e tratamento Entre os principais sintomas estão falta de ar (especialmente ao deitar ou durante esforços leves), cansaço intenso, inchaço em pernas e tornozelos e ganho repentino de peso por retenção de líquidos, além da sensação de estômago cheio e perda de apetite. O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, alimentação equilibrada com menos sal, exercícios supervisionados e uso de medicamentos, como diuréticos e betabloqueadores. Em casos graves, pode ser necessário o uso de dispositivos, como desfibriladores, ou até mesmo um transplante cardíaco. “A insuficiência cardíaca sem tratamento pode causar danos ao coração e a outros órgãos, como rins e fígado, além de comprometer a autonomia e aumentar o risco de morte súbita”, ressalta Ruiza. Hospital de Base é referência  Wilson Alves implantou um marcapasso recentemente: “Agora quero levar uma vida leve, sem medo ou mal-estar. Pretendo voltar a trabalhar e aproveitar os momentos simples, como comer a costelinha com mandioca que minha enteada faz” Para pacientes com comprometimento importante da função cardíaca, o implante de marcapasso pode ser indicado. O dispositivo regula os batimentos e melhora a circulação sanguínea, proporcionando alívio dos sintomas. Referência na área, o Hospital de Base executa cerca de 400 procedimentos por mês na Hemodinâmica, com uma equipe formada por dez especialistas, entre cardiologistas e cirurgiões. Foi nesse cenário que o motorista de aplicativo Wilson Antônio Miranda Alves, de 70 anos, encontrou apoio. Após cirurgia para troca de válvula em 2022, devido a uma arritmia, ele começou a se sentir fraco e teve que buscar atendimento médico com frequência. No HBDF, foi diagnosticado com bradicardia e passou pelo implante do marcapasso na última sexta-feira (4). “Estava muito debilitado, com o coração batendo a menos de 40 vezes por minuto”, relatou. “Agora quero levar uma vida leve, sem medo ou mal-estar. Pretendo voltar a trabalhar e aproveitar os momentos simples, como comer a costelinha com mandioca que minha enteada faz.” [LEIA_TAMBEM]Procedimentos Segundo o cardiologista José Joaquim Vieira Junior, o procedimento é simples e a recuperação, rápida. “Foi tudo conforme o planejado, sem qualquer intercorrência”, afirma. Embora nem todos os casos exijam marcapasso, o médico ressalta que o dispositivo pode ser fundamental em determinadas situações, como em pacientes com doença de Chagas, endêmica no Distrito Federal e Entorno. Outro exemplo é Jaci Fernandes de Almeida, 63, que vive com marcapasso há 18 anos, desde a primeira cirurgia, também no HBDF. Agora, ele se prepara para receber um novo dispositivo: o cardioversor desfibrilador implantável (CDI). É um equipamento colocado sob a pele que identifica e corrige arritmias graves, como fibrilação e taquicardia ventricular. “Trata-se de uma tecnologia muito eficiente no combate a esse tipo de problema”, explica o cardiologista. Confiante, Jaci leva uma vida ativa: “Trabalho na construção civil, namoro, bebo socialmente, vou a festas... Estou me sentindo ótimo e preparado para essa nova etapa”. Diagnóstico precoce  Ruiza Teixeira reforça a importância do diagnóstico precoce, lembrando que identificar a insuficiência cardíaca nas fases iniciais permite iniciar o tratamento antes que ocorram danos permanentes ao coração. “Isso melhora a qualidade de vida, reduz hospitalizações e aumenta a sobrevida dos pacientes”, orientou. Ela reforça a necessidade de fazer check-ups periódicos, mesmo na ausência de sintomas, para detectar alterações cardíacas e fatores de risco que possam evoluir silenciosamente. Atendimento interdisciplinar Clemilton Rodrigues faz tratamento de saúde no Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) No mercado onde trabalhava como promotor de vendas, Clemilton Rodrigues, 58, sentiu algo diferente. “Fiquei mal de repente e fui pra casa. À noite, enfartei. Me levaram para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e fiquei internado por um mês. Depois disso, consegui ser encaminhado ao Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic) e estou aqui desde 2019”, relembra.  Arte: Divulgação/SES-DF Desde que iniciou o tratamento na unidade, localizada no Hospital Regional do Guará (HRGu), a vida dele mudou. “Antes, eu passava mal direto, era tontura, pressão alta. Toda semana ia ao postinho. Agora, só com a medicação, estou bem. De seis em seis meses faço acompanhamento no centro", conta o promotor de vendas. Na rede pública, os casos de alto e muito alto risco são inseridos no Sistema de Regulação para que recebam o adequado encaminhamento ao Centro. Lá, os usuários contam com uma equipe interdisciplinar composta por cardiologista, endocrinologista, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico de enfermagem. “Discutimos os casos entre os profissionais e conseguimos montar um plano de cuidado mais completo e eficaz para cada paciente”, explica a cardiologista da unidade, Luciana Praça. *Com informações do IgesDF e da SES-DF

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Glaucoma: Saúde alerta para importância do diagnóstico precoce

Nesta segunda-feira (26), Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, a Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça a importância do diagnóstico precoce da doença, que pode levar à cegueira irreversível se não for tratada adequadamente. Segunda principal causa de perda da visão no Brasil, o glaucoma atinge, principalmente, pessoas acima dos 40 anos. O tratamento está disponível de forma integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS).   A oftalmologista Adriana Lourenço indica o diagnóstico precoce e os exames de rotina como formas preventivas: “Como o glaucoma é silencioso, quando surgem os primeiros sintomas, o comprometimento do nervo óptico já é significativo” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco, mas há outros aspectos que devem ser observados, como o histórico familiar, a miopia elevada e fatores raciais. “Como o glaucoma é silencioso, quando surgem os primeiros sintomas, o comprometimento do nervo óptico já é significativo”, afirma a oftalmologista Adriana Sobral Lourenço, da SES-DF, que aponta o diagnóstico precoce como a melhor forma de preservar a saúde ocular. Entre os sinais de alerta está a perda da visão periférica, geralmente percebida tardiamente. “Inicialmente, o paciente vai perdendo o campo visual periférico; apenas nos estágios mais avançados é que ocorre a perda da visão central”, explica a especialista. Segundo a médica, a maioria dos pacientes consegue estabilizar a doença com colírios de uso contínuo. Casos mais graves podem exigir procedimentos com laser ou cirurgia. O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Tratamento  Somente em 2024, foram realizados 22,1 mil procedimentos oftalmológicos relacionados ao glaucoma na rede pública do Distrito Federal. Até fevereiro deste ano, já foram registrados 3,6 mil atendimentos. A SES-DF também assegura a oferta de medicamentos por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, com núcleos localizados no Gama, Ceilândia e na Asa Sul. Os colírios ofertados reduzem a pressão intraocular e retardam o avanço da doença. Para ter acesso ao tratamento, é necessário apresentar exames e preencher os formulários específicos exigidos pelo protocolo clínico. A atenção à saúde ocular começa na primeira infância. Nas maternidades públicas do DF, os recém-nascidos passam pelo teste do olhinho, exame rápido, indolor e essencial para detectar alterações no eixo visual. Detectada alguma anormalidade, o bebê é encaminhado a um oftalmologista para avaliação especializada. O teste também pode indicar a presença de outras doenças, como catarata congênita e retinoblastoma. As unidades da rede pública que oferecem atendimento oftalmológico especializado incluem os hospitais de Base (HBDF) e os regionais de Taguatinga (HRT) e da Asa Norte (Hran).  Campanha nacional Desde o dia 20 deste mês, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) promove a campanha 24 horas pelo Glaucoma, que segue até o fim deste mês, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. “Informação e acesso são nossas maiores armas contra o glaucoma”, reforça Adriana Lourenço. “A população deve estar atenta aos fatores de risco e buscar regularmente os serviços de saúde.” *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Hospital do DF é referência em alergologia e oferece atendimento especializado

Maio é o mês de conscientização para problemas de saúde relacionados a alergias, uma iniciativa da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Neste período, o Dia Mundial da Asma (6) e o Dia Nacional da Prevenção à Alergia (7) reforçam a importância do diagnóstico e tratamento adequado. No Distrito Federal, o Serviço de Alergia do Ambulatório do Hospital de Base (HBDF) se destaca como referência para quem enfrenta essas condições.  “Não se pode mais ignorar doenças como rinite ou asma, que afetam a qualidade de vida”, afirma o médico Thales Antunes, chefe do Serviço de Alergia do ambulatório do Hospital de Base | Foto: Alberto Ruy/IgesDF No HBDF, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), o serviço atende cerca de 300 adultos por semana, encaminhados pela regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF) ou por outras especialidades do próprio hospital. Os pacientes chegam com asma, rinite, urticária crônica espontânea, angioedema, dermatite atópica, alergia a medicamentos e erros inatos da imunidade. A espera para atendimento no ambulatório do hospital é praticamente zero, segundo o chefe do serviço, Thales Antunes, que é médico alergologista e imunologista do IgesDF. “A regulação tem funcionado bem”, afirma. “Apenas alguns pacientes aguardam em toda a rede, o que mostra uma resposta ágil do trabalho da nossa equipe. Atendemos principalmente casos de asma, rinite e dermatite atópica”. A equipe do Serviço de Alergia conta com seis médicos que atuam de segunda a sexta-feira, com consultas personalizadas, e dispõe de exames específicos para investigação clínica das doenças alérgicas. Foco na experiência Maria Anete de Sousa do Carmo, 53, faz acompanhamento para tratamento de alergia no Hospital de Base há mais de dez anos, tendo recentemente começado a imunoterapia. “A médica é maravilhosa, muito acolhedora”, relata. "As alergias, às vezes, têm a ver com o emocional da pessoa, então ela conversa comigo, explica e orienta direitinho os cuidados que a gente tem que ter em casa”, detalha. “Ela pediu para que eu fizesse o teste de costa para complementar o tratamento e obter um resultado melhor, além da medicação que eu já uso.” O teste de costa, também conhecido como patch test ou teste de alergia de contato, é realizado para identificar substâncias que causam reações alérgicas na pele. “Eles aplicaram uns adesivos nas minhas costas”, conta Maria Anete. Tratamento em várias frentes Para tratar a rinite, o protocolo inclui antialérgicos e corticosteroides tópicos nasais, além de controle ambiental. “Se o paciente tem sensibilidade a aeroalérgenos, como ácaros, e o quadro é grave, indicamos a imunoterapia, um tratamento de dessensibilização”, explica Thales Antunes. O prick test, um exame cutâneo que identifica sensibilização a aeroalérgenos, é uma das ferramentas disponíveis na unidade. Já a asma, embora não tenha cura, é uma doença controlável. Segundo o especialista, o tratamento varia conforme a gravidade. São utilizados desde corticosteroides inalatórios e broncodilatadores até medicamentos imunobiológicos nos casos mais graves.  “A asma é uma inflamação pulmonar”, explica o médico. “A hiperreatividade brônquica pode causar crises sérias, com risco de morte, por isso a doença precisa ser levada a sério”. [LEIA_TAMBEM]A dermatite atópica, também comum no ambulatório, é uma das mais desafiadoras. A doença afeta a barreira da pele e envolve fatores alérgicos, emocionais e imunológicos. O tratamento combina hidratação constante, corticosteroides tópicos nas crises e, em casos graves, medicamentos sistêmicos, como imunossupressores ou imunobiológicos. Prevenção e conscientização Entre os cuidados preventivos, o destaque é manter os ambientes arejados, sem poeira, tapetes ou cortinas, e identificar os fatores desencadeantes. “Com o prick test, identificamos os alérgenos e orientamos cada paciente sobre o que evitar”, reforça Thales. A demanda por atendimento especializado tem crescido, e o médico ressalta a importância da conscientização. “Não se pode mais ignorar doenças como rinite ou asma, que afetam a qualidade de vida”, aponta. “Temos ferramentas e medicamentos eficazes, muitos deles na rede pública; e, com acesso e adesão ao tratamento, o risco de crises graves e internações diminui significativamente”. *Com informações do IgesDF  

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Dia Mundial da Voz terá atendimentos e orientações com foco em doenças de laringe

Em alusão ao Dia Mundial da Voz, comemorado em 16 de abril, o Serviço de Fonoaudiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), promoverá uma série de atividades nos dias 22 e 23 deste mês para reforçar os cuidados com a saúde vocal. A ação integra a campanha nacional Amigos da Voz, organizada pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), que chega à sua 20ª edição com o tema “A sua voz informa”. Campanha tem como foco principal as pessoas que usam intensamente a voz no dia a dia | Foto: Alberto Ruy/IgesDF “A voz é essencial para a comunicação e qualidade de vida, e cuidar dela é prevenir doenças sérias, como o câncer de laringe” Bartira Pedrazzi, chefe do Serviço de Fonoaudiologia do HBDF Coordenado há duas décadas pelos Amigos da Voz da SBFa, o evento conta com a organização das ações na rede pública pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Também são parceiros a Escola de Música de Brasília (EMB) e universidades do DF que oferecem o curso de fonoaudiologia. A campanha tem como foco a prevenção, especialmente entre profissionais que usam intensamente a voz no dia a dia, como professores, cantores e operadores de telemarketing. “A voz é essencial para a comunicação e qualidade de vida, e cuidar dela é prevenir doenças sérias, como o câncer de laringe”, afirma Bartira Pedrazzi, chefe do Serviço de Fonoaudiologia do HBDF. Doenças da laringe Em parceria com o Serviço de Endoscopia Respiratória do HBDF, a campanha também terá uma ação voltada a pacientes com doenças da laringe que aguardam consulta na regulação da Secretaria de Saúde. Serão priorizados os casos já classificados como vermelhos, considerados de maior urgência. “Nós nos organizamos para atender esses pacientes durante a campanha, com o objetivo de reduzir ou até zerar a fila de casos graves na área de laringologia”, explica o médico Daniel Heyden Boczar, chefe do serviço. A unidade é referência na rede pública do DF e reúne 16 médicos de diversas especialidades, incluindo duas profissionais em laringologia. Programação  No dia 22 (terça-feira), das 8h às 10h, no ambulatório do Hospital de Base, serão feitas triagens e avaliações fonoaudiológicas e otorrinolaringológicas. Às 10h, o público poderá acompanhar uma apresentação musical do cantor Abel Marcks e do sanfoneiro Alexandre Machado, além da entrega de brindes. Das 10h30 às 12h, os pacientes triados e que atenderem aos critérios clínicos receberão exames e orientações. No dia 23 (quarta), o atendimento continua das 8h às 12h e das 14h às 17h, com triagens e orientações individualizadas no ambulatório da unidade. Pequenos cuidados, grandes resultados Entre os principais fatores de risco para alterações vocais estão o uso inadequado da voz, fumo, consumo excessivo de álcool, baixa hidratação e doenças sistêmicas. “A rouquidão por mais de 15 dias deve sempre ser investigada por um médico ou fonoaudiólogo”, alerta Bartira. Ela reforça ainda a importância de medidas simples no dia a dia, como evitar gritar, manter-se hidratado e respeitar os períodos de descanso vocal: “A prevenção ainda é a melhor forma de garantir a saúde da voz”.   *Com informações do IgesDF

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Temporada de gripe pode agravar crises de asma; veja como evitar

Falta de ar, chiado, sensação de pressão no peito, tosse e cansaço ao falar são alguns dos sintomas de uma crise de asma, doença pulmonar inflamatória e crônica que causa obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem do ar. Após passar por sucessivas doenças respiratórias, Rosemeire Pereira faz acompanhamento no Hran:  “Sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A pneumologista Andréa Martha Rodrigues, referência técnica distrital (RTD) de asma na Secretaria de Saúde (SES-DF), fala sobre a importância de identificar os fatores desencadeantes das crises: “Pode ser a poeira, uma infecção viral, ácaros, pólen, pelos de animais, fumaça de cigarro, produtos químicos, poluição, exercício físico intenso ou estresse. A lista é grande”. Segundo a especialista, doenças respiratórias, como a gripe e a covid-19, são grandes responsáveis por agravar as crises, pois aumentam as chances de crianças – principalmente – e adultos desenvolverem bronquiolite e pneumonia, por exemplo. Medicações No caso de Rosemeire Pereira, 55, a covid-19 foi o gatilho para a crise mais recente. Ela recebeu o diagnóstico há três anos, após sucessivas doenças respiratórias, e hoje faz acompanhamento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Estou cansada, tenho dificuldade até para fazer um esforço mínimo, sinto chiado e muita tosse – isso porque sigo o controle diário, faço fisioterapia para fortalecer os pulmões e tomo as medicações corretamente”, relata ela, que utiliza direto as bombinhas broncodilatadoras. Segundo o Registro Brasileiro de Asma Grave de 2024, 60% dos pacientes não fazem controle da doença Já Maria Guiomar Moraes, 61, conhece a asma desde a infância e sabe de cor o passo a passo para controlar suas crises: “Utilizo a bombinha de uso diário e a de resgate. Acho essencial acompanhar e realizar o treinamento corretamente para evitar que a crise se agrave”. Embora Rosemeire e Maria saibam reconhecer os sinais de uma crise, um estudo do Registro Brasileiro de Asma Grave (Rebrag) sobre asma grave no país, divulgado em 2024, aponta que 60% dos pacientes não têm a doença controlada. O histórico de hospitalizações chega a 69% entre maiores de 18 anos. Tratamento “Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões” Andréa Rodrigues, pneumologista A asma é uma doença sem cura que atinge cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Só no Brasil, 20 milhões de habitantes convivem com a doença. Apesar desse cenário, existem tratamentos eficazes que permitem o controle pleno da asma, como o uso adequado dos broncodilatadores inalatórios, a vacinação anual contra gripe e pneumonia e as medicações específicas sob orientação médica. “Além desses pontos, pessoas asmáticas precisam dar atenção especial à higiene e à alimentação, uma vez que ambas auxiliam na produção de anticorpos e impactam a imunidade”, lembra a pneumologista Andréa Rodrigues. “Priorizar os exercícios aeróbicos também ajuda no fortalecimento do abdômen e dos pulmões.” Clima O tempo seco é outro fator que dificulta a vida de quem convive com a asma, pois provoca inflamações nas vias aéreas superiores associadas a ressecamento e inflamações nasais recorrentes. “Evitar a baixa umidade e a exposição em dias muito quentes, com alta poluição, é o recomendado”, pontua a médica. No Distrito Federal, o tratamento e o acompanhamento são oferecidos em todos os níveis de assistência. Desde 1999, a população conta com o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático – que, aliado à capacitação dos profissionais da saúde, permitiu o desenvolvimento de 27 centros de referência que atendem aos casos mais complexos e de difícil controle. Com equipes aptas a diagnosticar, as unidades básicas de saúde (UBSs) continuam sendo a porta de entrada aos serviços. Em caso de crises recorrentes, os profissionais encaminham os pacientes para ambulatórios especializados, onde a análise é feita com base na história clínica, no exame físico e nos testes de função pulmonar. Automedicação Segundo Andréa Rodrigues, o paciente diagnosticado com asma precisa manter a medicação em dia e utilizá-la de forma emergencial, quando necessário. Para ela, a automedicação é um desafio, pois a venda de corticoides e broncodilatadores sem prescrição médica possibilita o uso de doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado, o que pode reduzir sua eficácia ou até mesmo agravar o quadro clínico e a doença. Já o uso prolongado de corticoides de forma sistêmica, adverte a médica,  pode causar gastrite, úlceras gástricas e osteoporose, enquanto os broncodilatadores podem ocasionar arritmias cardíacas. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Fevereiro Laranja abre campanha de conscientização sobre a leucemia

Por ser um câncer nas células sanguíneas da medula óssea, geralmente de origem desconhecida, em sua maioria nos glóbulos brancos, a leucemia ainda é muito temida por grande parte da sociedade. Segundo o chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base (HBDF), Luiz Henrique Ramos, a doença afeta crianças e adultos no mundo todo.   Campanha tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a doença e o devido tratamento | Foto: Alberto Ruy/IgesDF “As leucemias podem ser divididas em agudas e crônicas”, explica. “No caso das leucemias agudas, tema do Fevereiro Laranja, ocorre uma falha do órgão responsável pela produção das nossas células, denominado medula óssea, decorrente de um ou mais erros genéticos. Sendo assim, as vias de sinalização de produção ficam comprometidas, gerando excesso de produção de células chamadas brancas, parada de maturação e falha de produção de hemácias e plaquetas.” Sinais “O tratamento envolve quimioterapia, além do transplante de medula óssea em alguns tipos de casos” Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do HBDF De acordo com o médico, uma pessoa com leucemia aguda pode apresentar sinais e sintomas de anemia, como fraqueza extrema, palidez, tontura e taquicardia, além de sangramentos e infecções devido à imunidade baixa.  “Milhares de novos casos são diagnosticados todos os anos, e a campanha do Fevereiro Laranja tem o objetivo de aumentar o conhecimento e a informação essencial sobre a doença, detalhando os seus sintomas e sobre como funciona o tratamento”, pontua. Ele aponta o Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea do HBDF como referência da Secretaria de Saúde (SES-DF) para o tratamento deste tipo de doença, que tem vários subtipos. “O tratamento envolve quimioterapia, além do transplante de medula óssea em alguns tipos de casos”, detalha. “Muitas vezes, é necessário realizar transfusão de sangue, uso de antibióticos e medicamentos para controle de efeitos colaterais. O paciente permanece internado uma parte do tempo, além de ter retornos ambulatoriais recorrentes, com um tempo mínimo de acompanhamento de cinco anos”. Com a aprovação da ampliação dos serviços do HBDF, unidade poderá incluir transplante de medula óssea no atendimento Em outubro de 2024, o Colegiado de Saúde da SES-DF aprovou a ampliação da carteira de serviços do HBDF, que agora poderá incluir o transplante de medula óssea em sua estrutura de atendimento, inicialmente na modalidade autóloga (procedimentos que usam material do próprio corpo do paciente). “A medida representa um avanço no atendimento a pacientes com doenças hematológicas graves, como cânceres do sangue, além de outras patologias em que o transplante é indicado para controle ou cura”, reforça Luiz Henrique Ramos. Infusão O novo Centro de Infusão Verinha, inaugurado em novembro do ano passado, tem um papel fundamental nesse cuidado. Os pacientes recebem os quimioterápicos em um ambiente moderno e confortável, acompanhados por profissionais de enfermagem e médicos. O Centro de Infusão Verinha atende uma média diária de 45 pacientes da hematologia. “Apenas em dezembro de 2024, tivemos 157 pacientes de primeira consulta com diagnóstico de leucemia”, relata Larissa Dias, chefe de Serviço de Enfermagem do Ambulatório Onco-Hematológico do HBDF. “No mesmo mês, tivemos aproximadamente 50 pacientes de leucemia realizando tratamento de quimioterapia no Centro de Infusão.” O Fevereiro Laranja é um momento para levantar a discussão sobre o tema. “Apesar de ser um assunto que muitas vezes é mostrado em novelas e filmes, o estigma da leucemia precisa ser mais bem-esclarecido para a população”, sinaliza Luiz Henrique. “Cada paciente deve ser visto e tratado de forma individual, com o melhor protocolo para seu subtipo de doença”. *Com informações do IgesDF

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Dia Mundial de Combate ao Câncer destaca ações de prevenção e tratamento

Criado para destacar as ações de prevenção e tratamento, o Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado neste 4 de fevereiro, é marcado pelos investimentos da Secretaria de Saúde (SES-DF) para atender aos quase oito mil casos registrados anualmente e mitigar os fatores de risco da doença. Somente na rede pública, de janeiro a outubro de 2024, foram realizadas 1.834 cirurgias oncológicas, 55 mil consultas, 51,9 mil sessões de quimioterapia e 993 sessões de radioterapia. Setor de radioterapia do HRT se destaca pela tecnologia; unidade foi habilitada pelo Ministério da Saúde em dezembro | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Trabalhamos para oferecer aos pacientes um tratamento rápido, conforme os mais avançados protocolos disponíveis. Porém, mais que isso, nossos servidores se destacam por um atendimento humanizado, em que tratamos não apenas a doença, e sim cuidamos da pessoa”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Há treinamentos continuados para as equipes e investimentos em infraestrutura. Um dos destaques foi a reforma de toda a ala oncológica do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), incluindo o ambulatório multiprofissional, a enfermaria especializada, uma farmácia especializada em medicamentos de tratamento contra o câncer e o centro de radioterapia, habilitado em dezembro pelo Ministério da Saúde. O HRT também ampliou a produção de medicamentos para o tratamento quimioterápico. A rede pública oferece ainda tratamento no Hospital da Criança (HCB), no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital de Base (HBDF). Para o chefe da Assessoria de Prevenção e Controle do Câncer da SES-DF, Gustavo Ribas, a Atenção Primária à Saúde, formada por uma rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs), atua tanto na detecção precoce da doença quanto em ações para mitigar fatores de risco, como obesidade e tabagismo. “Várias medidas são voltadas para educação continuada das equipes de saúde da família. São ações periódicas, perenes e contínuas”, explica. O Distrito Federal também é destaque por ter sido a primeira unidade da Federação no Brasil a tornar obrigatória a notificação dos casos de câncer, regulamentada pela portaria nº 180, de 2019. A medida é relevante por conter dados concretos sobre a doença, inclusive de pacientes na rede privada, de forma a haver um planejamento integrado para resguardar o direito das pessoas e incentivar as medidas preventivas. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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HRT amplia preparo de medicamentos contra o câncer

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ampliou a entrega de medicamentos para sessões de quimioterapia: foram 9.039 procedimentos realizados entre janeiro e setembro, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O HRT é referência no tratamento oncológico para pacientes do DF e de outros estados, juntamente com os hospitais de Base, Universitário de Brasília e da Criança. Medicamentos são manipulados de forma criteriosa, de maneira a garantir o menor tempo entre o preparo e a administração aos pacientes | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Responsável técnico pela oncologia do HRT, o médico José Lucas Pereira Júnior explica que cada bolsa de medicamento para sessões de quimioterapia é personalizada, conforme as necessidades de cada paciente. A produção no próprio HRT faz a diferença em termos de agilidade no atendimento. “Como fazemos as bolsas aqui, temos a capacidade de atender mais pacientes, pois todo o atendimento fica mais rápido”, afirma. Outra vantagem é a qualidade do produto: os medicamentos podem perder eficácia conforme sofrem variações de temperatura e exposição à luminosidade. A equipe de dez farmacêuticos oncológicos do HRT atua para assegurar um tempo mínimo entre o preparo e a sessão do paciente. “Quanto mais próximo, maior a qualidade do medicamento que o paciente vai receber”, acrescenta o médico. Cuidados específicos De acordo com o farmacêutico Hugo Carvalho, a manipulação dos medicamentos quimioterápicos exige uma série de cuidados. “Esse manuseio requer toda uma técnica para garantir que o produto permaneça estéril”, aponta. “A manipulação é complexa, pois precisa garantir a segurança para o paciente. Há uma dupla checagem dos procedimentos”. O próprio local de preparo, chamado de “sala limpa”, tem regras específicas para garantir a segurança biológica. No espaço, servidores passam os insumos para a “sala limpa” por meio de janelas especiais, criadas para evitar a passagem de partículas. Na parte interna, um farmacêutico, com máscara de proteção de risco químico e dois pares de luvas sem pó, manipula os componentes conforme o prescrito pelo oncologista. Depois, a bolsa com o medicamento para quimioterapia é enviada imediatamente ao setor onde ocorre o atendimento ao paciente. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Curso aborda a importância da nutrição na prevenção e tratamento do câncer de mama

Na manhã de terça-feira (29), o Núcleo de Educação Permanente do IgesDF realizou o curso “Nutrição e câncer de mama: A influência da alimentação na prevenção e tratamento”, aberto a todos os colaboradores do instituto. A ação integra o mês de conscientização sobre o câncer de mama e destacou a relevância de hábitos alimentares saudáveis ​​como estratégia de prevenção e suporte ao tratamento da doença. Comandado pela nutricionista e residente do programa de multiprofissionais em oncologia do IgesDF, Ádria Rodrigues, o curso abordou, de maneira prática e científica, o impacto da alimentação na saúde das mulheres | Foto: Divulgação/IgesDF Comandado pela nutricionista e residente do programa de multiprofissionais em oncologia do IgesDF, Ádria Rodrigues, o curso abordou, de maneira prática e científica, o impacto da alimentação na saúde das mulheres. “Promover a conscientização sobre a relevância da alimentação saudável no contexto da prevenção e tratamento do câncer é fundamental. Utilizamos evidências científicas para apresentar estratégias ambientais vigentes no dia a dia”, explicou Ádria. A atividade teve como destaque o preparo de um suco verde, rico em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, incentivando os participantes a incorporarem alimentos que melhorem a saúde em sua rotina diária. Além disso, a iniciativa promoveu o autocuidado, estimulando a adoção de hábitos alimentares que possam contribuir para a qualidade de vida e o bem-estar. A chefe do Núcleo de Educação Permanente, Ana Paula Lustosa, ressaltou a importância da ação. “Este curso abordou de forma prática e científica a relação entre nutrição e o câncer de mama, conscientizando e capacitando nossos participantes sobre a prevenção e tratamento por meio da alimentação. Foi um momento enriquecedor, ministrado com excelência pela nutricionista Ádria Rodrigues, que este mês integra o nosso núcleo, somando conhecimento às nossas atividades educativas”. A iniciativa reforça a importância de pequenas mudanças na dieta como forma de prevenção e combate ao câncer de mama, destacando que a saúde das mulheres pode ser beneficiada por práticas alimentares simples e eficazes. *Com informações do IgesDF

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Tratamento além dos remédios é tema de jornada em saúde mental infantojuvenil

A 4ª Jornada do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental Infantojuvenil (PRMSMI) foi concluída nesta quarta-feira (16), com o tema “Dificuldades do desenvolvimento e perspectivas de cuidado desmedicalizantes”. Realizado em Brasília, o evento reuniu agentes de saúde, dentre preceptores e residentes, estudantes de graduação e membros da comunidade. Terapeuta ocupacional do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) de Taguatinga e uma das preceptoras do PRMSMI, Giovanna Brunelli enfatiza a participação da comunidade nos debates promovidos durante a quarta edição. “Durante os dois dias de evento, construímos tanto um espaço educativo quanto um lugar de compartilhamento de experiências na rede pública”, diz. Objetivo das jornadas é atualizar os debates científicos em torno da saúde mental de crianças e adolescentes | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O objetivo das jornadas é atualizar os debates científicos em torno do bem-estar psíquico de crianças e adolescentes do País, e, assim, fomentar práticas de cuidado psicossocial dos pacientes – e não apenas de um tratamento fundado em remédios e internações. Para tanto, foram montadas seis mesas de debate, de forma a discutir a “desmedicalização” nos serviços de saúde mental. Marília Carvalho é psicóloga residente do PRMSMI e uma das coordenadoras da jornada. Ela explica que o trabalho psicossocial consiste em tratar integralmente o paciente, considerando o meio em que ele vive, suas relações familiares e questões sociais que possam influenciar sua saúde mental. “Muitas vezes, um transtorno de depressão, de ansiedade, uma falta de vontade de ir à escola vêm de um contexto social, de uma repressão social. E isso reverbera no sujeito, na formação subjetiva dele”, avalia. As abordagens focadas apenas nos sintomas psíquicos do jovem – e em tratamentos feitos exclusivamente por medicamentos – raramente são eficazes, segundo a profissional. “O debate principal da 4ª jornada é a ‘medicamentalização’ de infâncias e adolescências, tentando também compreender o que podemos fazer de diferente, entender a formação do sujeito, das famílias e dos territórios e como potencializar as capacidades do paciente”, acrescenta. Ao todo, seis mesas de debate trataram da necessidade de “desmedicalização” nos serviços de saúde mental Outra participante dos debates foi a jornalista e poetisa Rebeca de Assis. Tendo frequentado um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) por quatro anos, ela faz questão de frisar o papel que os profissionais da unidade tiveram em sua vida: “A equipe virou parte da minha família. Criamos um vínculo muito importante e eu agradeço demais. Sempre me ajudou, cuidou de mim, esteve comigo nos momentos em que mais precisei”, conta. O programa O PRMSMI foi criado em 2016 pela Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), da Secretaria de Saúde (SES-DF). No projeto, estudantes de pós-graduação conciliam atividades teóricas à práticas de atendimento à população. O programa tem dentre suas premissas a defesa de um modelo de educação que torne o profissional de saúde mental comprometido com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Projeto Expresso Ambiental da Caesb recebe reconhecimento educacional

O Expresso Ambiental, projeto educativo em forma de ônibus e utilizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), criado para promover ações em defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, vai receber o 2º Prêmio Paulo Freire de Educação da Câmara Legislativa (CLDF). Além da Caesb, escolas, projetos e educadores também vão receber a premiação em sessão solene nesta quinta-feira (26), às 19h, no plenário da Câmara Legislativa. “Com o Expresso, podemos levar ao público consumidor da água da Caesb mensagens que mostram a importância de cuidar bem dos nossos recursos naturais. Cuidados que começam em casa, no dia a dia, e que continuam na convivência em sociedade e no respeito à natureza”                        Luís Antônio Reis, presidente da Caesb O Expresso Ambiental transporta uma maquete de seis metros que mostra como funciona o sistema de captação, tratamento e abastecimento de água. A maquete convida o visitante a viajar pelo ciclo do saneamento. A viagem começa por rios e lagos, onde é feita a captação da água bruta, prossegue pelas estações de tratamento, continua pelas redes de abastecimento aos imóveis residenciais e comerciais, chegando à devolução da água tratada ao meio ambiente, no caso o Lago Paranoá. A Caesb leva o Expresso Ambiental às escolas públicas e particulares, participando também de eventos ao ar livre voltados à defesa do meio ambiente. Entre 2023 e setembro de 2024, 114 mil alunos de 115 escolas foram atendidos pelo Expresso Ambiental. A iniciativa fez a Caesb merecer o Prêmio Paulo Freire da Câmara Legislativa. O Expresso Ambiental transporta uma maquete de seis metros que mostra como funciona o sistema de captação, tratamento e abastecimento de água. A maquete convida o visitante a viajar pelo ciclo do saneamento | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb “É uma honra para a Caesb ser reconhecida pelo trabalho desenvolvido pelo Expresso Ambiental”, ressaltou Luís Antônio Reis, presidente da companhia. “Com o Expresso, podemos levar ao público consumidor da água da Caesb mensagens que mostram a importância de cuidar bem dos nossos recursos naturais. Cuidados que começam em casa, no dia a dia, e que continuam na convivência em sociedade e no respeito à natureza”. Valorizando a Educação O Prêmio Paulo Freire é organizado pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara. A premiação é uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho de profissionais e instituições que buscam oferecer educação de qualidade, inclusiva e transformadora, de acordo com os conceitos do educador Paulo Freire, patrono da educação no Brasil. A premiação busca, ainda, incentivar a disseminação de boas práticas que possam servir de exemplo e inspiração para outras escolas, alunos, professores e instituições de ensino. As experiências premiadas tornam-se referência para a comunidade educacional e reforçam a importância de investir em métodos pedagógicos que promovam a inclusão, a participação e o protagonismo dos estudantes, segundo os organizadores do prêmio. Serviço Para agendar a visita e obter mais informações sobre o ônibus, acesse https://www.caesb.df.gov.br/expresso-ambiental/ *Com informações da Caesb

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Zoo atende animais feridos por atropelamento e tem equipe de apoio em áreas de queimadas

Diariamente, o Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília presta assistência não só aos animais que vivem na instituição, mas também aos resgatados e vítimas de atropelamentos, incêndios florestais ou outros crimes ambientais. Após receberem tratamento pelas equipes e serem submetidos a exames – ou cirurgias, se necessário –, os animais passam por reabilitação e reintrodução ao habitat natural, quando é possível. O Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília recebe animais resgatados e vítimas de atropelamentos, incêndios florestais ou outros crimes ambientais | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília O diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, Wallison Couto, explica que há uma parceria com outros órgãos ambientais como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Brasília Ambiental e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em que os animais podem ser direcionados ao Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre (Hfaus) ou ao Zoológico, que possui infraestrutura para atender animais de grande porte. “Nós temos uma equipe bem qualificada que trabalha junto a esses órgãos e aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Ainda não veio nenhum animal da Flona [Floresta Nacional de Brasília] até agora, mas se precisar desse apoio, a equipe já está aguardando. Temos feito algumas visitas lá para ver se tem algum animal que precisa de apoio. A equipe de nutrição levou algumas dietas para a alimentação de animais no local, estamos fazendo esse acompanhamento”, afirma. O diretor-presidente esclarece, ainda, que não é porque o animal foi tratado no Zoológico que ele vai ficar para exposição. “É feita uma avaliação com o Ibama ou a instituição que deixa o animal conosco. Então, há animais que recebemos, são tratados e continuam no Zoo, e há outros que são reintroduzidos na natureza.” Alguns animais recebidos pelo Hospital Veterinário são tratados e continuam no Zoo; outros são reintroduzidos na natureza Animais em tratamento Atualmente, há em torno de 30 animais externos, que não fazem parte do Zoológico, sendo tratados no Hospital Veterinário da instituição. Entre eles, uma fêmea de cachorro-do-mato que chegou mancando, com suspeita de atropelamento. Ela passou por exames, fez raio-X, foi avaliada e tem realizado sessões de acupuntura, cromoterapia e fisioterapia. Um filhote de onça-parda também é tratado na unidade veterinária do Zoo, encontrado após as equipes constatarem o abandono da mãe. Desidratado, o animal foi colocado no recinto, onde tem recebido alimentação e suplementação, de acordo com indicações da zootecnista. O aumento de animais atropelados em rodovias pode ser um efeito colateral dos incêndios florestais, visto que os animais tendem a abandonar os ninhos e atravessar as pistas em fuga Segundo a diretora do hospital veterinário do Zoo, Tânia Borges, a unidade conta com um centro cirúrgico, equipamentos de raio-X e parceiros que apoiam com outros tipos de exames, além de uma equipe treinada com cirurgiões e anestesistas trabalhando com os animais de forma frequente. Após a recuperação, os animais são microchipados e recebem uma identificação. Em seguida, realiza-se uma reunião com o Ibama para definir os próximos passos. “Como o nosso maior objetivo é devolvê-los à natureza, tentamos o mínimo de contato possível com esses animais, fazendo apenas o necessário. Eles, sendo examinados e estando clinicamente bem e saudáveis, passam por um programa de recuperação e reintrodução, onde seguimos as normativas do Ibama, que vai definir como e para onde vão os animais”, detalha. Tânia Borges, diretora do hospital veterinário do Zoo: “Como o nosso maior objetivo é devolvê-los à natureza, tentamos o mínimo de contato possível com esses animais” É importante frisar que o Zoológico de Brasília não recebe animais diretamente da população, apenas por meio de órgãos ambientais. Ao encontrar um animal silvestre ferido ou perdido, a população pode entrar em contato com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) pelo 190, que fará o procedimento correto de resgate junto a entidades ambientais responsáveis. Efeitos das queimadas De acordo com o biólogo do Instituto Brasília Ambiental, Thiago Silvestre, o aumento de animais atropelados em rodovias pode ser um efeito colateral dos incêndios florestais, visto que os animais incomodados tendem a abandonar os ninhos e atravessar as pistas em fuga. “Estão chegando muitos filhotes abandonados pelas mães, e a maioria dos animais que recebemos nas unidades veterinárias é vítima de atropelamentos, choques elétricos ou ferimentos por linha de cerol, tudo ligado a interferências humanas”, ressalta. O biólogo explica que é natural os animais migrarem de uma área para outra à procura de parceiros para reprodução. Contudo, as espécies estavam adaptadas a queimadas de grande porte um ano sim, um ano não, e não todos os anos, como tem ocorrido em grandes áreas de conservação. “Os animais que conseguem fugir podem ficar desnorteados e muitos acabam morrendo por problemas respiratórios ou atropelamentos. O Cerrado é resiliente, mas da forma como isso está acontecendo, esses animais de áreas nativas não estão acostumados. Quando eles saem de uma área queimada e se deparam com outra, foi uma migração à toa. Isso tudo influencia a reprodução da espécie e aumenta muito a chance de extinção. A fauna está sentindo muito essas mudanças climáticas; elas mexem com toda a teia ecológica”, frisa o especialista. Tenda de apoio Nesta quarta-feira (18), o Governo do Distrito Federal (GDF) instalou uma tenda de apoio dedicada ao resgate de animais domésticos e silvestres afetados pelos recentes incêndios florestais no Parque Nacional de Brasília. A ação foi coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) em parceria com o Instituto Brasília Ambiental, com o objetivo de proporcionar atendimento emergencial aos animais vítimas das queimadas, bem como promover a reabilitação e reintegração ao habitat natural. A iniciativa faz parte dos esforços contínuos do GDF para preservar a fauna local e minimizar os impactos das queimadas no ecossistema do Distrito Federal.

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Rede pública de saúde oferece tratamento para leishmaniose

Entre os meses de janeiro e julho deste ano, já foram testados pela Zoonoses 583 cães para leishmaniose visceral, a forma da doença mais preocupante no Distrito Federal, e 80 tiveram resultados positivos. A leishmaniose, uma doença infecciosa não contagiosa, afeta cães e gatos, e também seres humanos e animais silvestres. A doença é transmitida pela picada do mosquito-palha, cujo habitat de reprodução inclui matéria orgânica em decomposição, como troncos, folhas e frutas. Transmissão da doença acontece por meio da picada do mosquito-palha contaminado | Foto: Shutterstock “A leishmaniose visceral pode causar febre persistente, anemia, perda de peso e fraqueza em humanos. Em estágio avançado, pode provocar aumento do fígado e do baço, principalmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido. Em cães, os sintomas variam conforme a resposta imunológica do animal e incluem lesões de pele, perda de peso, crescimento anormal das unhas, sangramentos e conjuntivite”, explica a médica veterinária da Zoonoses, Marcelle Farias dos Santos de Oliveira. A veterinária explica que gatos são mais difíceis de serem picados pelo mosquito por conta de seus hábitos de ficar em locais mais altos. Outro tipo da doença é a leishmaniose tegumentar (LT), que não afeta órgãos internos e tem como principal sintoma a úlcera cutânea, que se apresenta como uma ferida na pele. Oliveira destaca a importância da prevenção: “É fundamental que as pessoas mantenham a limpeza de seus quintais, evitem trilhas e exposição em locais com presença do vetor, especialmente no final da tarde e início da noite, e façam uso de repelentes.” As principais medidas de prevenção e combate à doença incluem o controle dos vetores, limpeza de reservatórios caninos, proteção individual, diagnóstico precoce, tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde. De janeiro a julho de 2024, a Zoonoses testou 583 cães para leishmaniose visceral, e 80 tiveram resultados positivos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Tratamento Humanos com suspeita da doença, que apresentem algum sintoma ou que tenham visitado áreas de risco como matas e cachoeiras devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. A rede de saúde pública do DF oferece tratamento com medicamentos para os dois tipos de leishmaniose e o acompanhamento médico é essencial. A Zoonoses funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. No caso de animais contaminados, o indicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), é a eutanásia. “Na Zoonoses, recolhemos o sangue do animal e fazemos o teste. A partir do resultado de exame oficial positivo, oferecemos a opção de eutanásia sem nenhum tipo de custo. No caso da leishmaniose, o melhor tratamento é realmente a prevenção”, orienta Oliveira. Prevenção das Leishmanioses – Evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata; – Fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde; – Evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata; – Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença; – Usar mosquiteiros para dormir; – Usar telas protetoras em janelas e portas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Esclerose múltipla: 70% dos diagnosticados fazem tratamento na rede pública

Neste 30 de agosto, Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama atenção para o objetivo de dar visibilidade à doença, alertando para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Dados da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla (Apemigos) apontam que, no Distrito Federal, 1.200 pessoas têm diagnóstico de esclerose múltipla. Desse total, 70% fazem tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No DF, Hospital de Base e Hospital Universitário são referências na oferta de tratamento para a doença | Foto: Divulgação/Agência Saúde A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas com idade entre 20 e 50 anos e compromete o sistema nervoso central. Autoimune, caracteriza-se pela desmielinização da bainha de mielina, envoltório das células nervosas (axônios) por onde passam os impulsos elétricos que controlam as funções do organismo. Com isso, há a inversão do seu papel: ao invés de proteger o sistema de defesa do indivíduo, essas células passam a agredi-lo, produzindo inflamações. Quanto antes as pessoas souberem, terão um diagnóstico precoce, evitando sequelas graves a longo prazo” Ana Paula Morais, presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla “A bainha de mielina é um envoltório do neurônio, igual a um fio”, explica a neurologista Priscilla Mara Proveti, coordenadora do ambulatório de esclerose múltipla do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O fio elétrico possui aquela capa preta, e a mielina é como se fosse a capa preta do neurônio. Quando desencapa um fio, ele dá curto circuito. Da mesma forma, a mielina do neurônio é afetada.” Diagnóstico  Se não for devidamente diagnosticada e controlada, a esclerose múltipla gera sintomas físicos – déficit motor, de coordenação e da visão – e cognitivos, afetando a memória e a atenção. Entre os principais sintomas, estão fadiga, distúrbios visuais, rigidez, formigamento, fraqueza muscular, desequilíbrio, alterações sensoriais, dor, disfunção da bexiga ou do intestino, disfunção sexual, dificuldade para articular a fala, dificuldade para engolir, alterações emocionais e alterações cognitivas. “Este é um mês extremamente importante, quando nos unimos para falar da importância sobre a conscientização e os sintomas”, afirma a presidente da Apemigos, Ana Paula Morais. “Quanto antes as pessoas souberem, terão um diagnóstico precoce, evitando sequelas graves a longo prazo.” Diagnosticada com esclerose múltipla, a fotógrafa Vanessa Alves Ciqueira, 37, sentiu os primeiros sinais em maio de 2020, após episódios de cegueira temporária, tontura, falta de equilíbrio e vômitos. “Fiquei 15 dias sem enxergar do olho direito e com o olho esquerdo turvo”, lembra ela, que faz tratamento no HuB. “Dois anos depois, tive um episódio parecido com labirintite, não consegui levantar da cama de tanta tontura. Foi um processo de seis meses do segundo sintoma até fechar o diagnóstico definitivo. Ao mesmo tempo que a doença é grave, é tratável. Não tenho nenhuma sequela.” Arte: Divulgação/Agência Saúde Fatores como predisposição genética, infecções virais pelo vírus Epstein-Barr (herpes), níveis baixos de vitamina D, tabagismo e obesidade podem funcionar como “gatilho” para o aparecimento da esclerose múltipla. Embora ainda não exista cura para a doença, há tratamentos medicamentosos de alta eficácia que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos.  O Hospital de Base do DF (HBDF) também presta esse tipo de atendimento em seu centro de infusão e quatro ambulatórios para pacientes com condições neurológicas. Por meio da regulação médica, neurologistas das unidades regionais garantem que os pacientes recebam o cuidado especializado necessário. Principais tipos da doença ⇒ Esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) – Manifesta-se por meio de surtos ao longo da vida do paciente. Esses surtos, em sua maioria, evoluem para remissão, ou seja, melhoram, e o paciente volta ao seu estado prévio ao evento. Ao longo dos anos, principalmente sem tratamento específico e a depender das características da doença, o paciente pode ter novos surtos. ⇒ Esclerose múltipla primariamente progressiva (EMPP) – Tem uma evolução progressiva desde o início dos sintomas. Ao contrário da EMRR, que apresenta surtos recorrentes, nessa forma eles seriam menos frequentes. Na EMPP, o paciente pode apresentar um primeiro surto e, a partir de então, vivenciar uma piora progressiva por um intervalo mínimo de 12 meses, caracterizando a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Governo inicia operação de recuperação asfáltica das rodovias do DF

Com o objetivo de garantir mais fluidez, segurança, conforto e qualidade de vida aos usuários das vias do DF, o Governo do Distrito Federal (GDF) – por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do DF – iniciará uma força-tarefa ainda no mês de julho, aproveitando o período de estiagem, para recuperar importantes rodovias distritais com o uso de 300 mil m² de microrrevestimento asfáltico. 300 mil m² de microrrevestimento asfáltico serão utilizados na recuperação de importantes rodovias distritais Uma usina móvel – cuja produção diária estimada é de 9 mil m² de camada dupla de microrrevestimento asfáltico – percorre o trecho e deposita uma camada fina de asfalto, de 1,5 centímetro de espessura, composta por uma mistura de brita, cal e emulsão especial. O objetivo da utilização do microrrevestimento asfáltico é justamente recuperar o pavimento e aumentar assim sua vida útil em pelo menos cinco anos. Inicialmente, o serviço será realizado no Pistão Norte, em Taguatinga. A previsão é que daqui a 40 dias, tanto o Pistão Sul – que passa por obras de reconstrução do pavimento asfáltico – quanto o Pistão Norte sejam entregues à população do Distrito Federal totalmente reformados. Todas essas obras de recuperação asfáltica após concluídas serão seguidas dos serviços de sinalização horizontal a fim de garantir aos motoristas, ciclistas e pedestres mais visibilidade e segurança | Foto: Arquivo/DER-DF Num segundo momento, será a vez da Estrada Parque Dom Bosco (EPDB/DF-025) – que contorna o Lago Sul. Partes da rodovia já foram reformadas em outro momento, os trechos restantes passarão agora pela recuperação asfáltica. A previsão do GDF é de que, nos próximos dois meses, todo esse trabalho seja concluído na DF-025. Outra via importante que receberá o mesmo tratamento é a Estrada Parque das Nações (EPNA/DF-004), tanto na L4 Sul quanto na L4 Norte. Trechos dessa via já foram reformados ano passado e a previsão é que o restante passe pelo mesmo processo até o final deste ano. Além disso, o trecho da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA/DF-003) – entre o Catetinho e a saída para o Aeroporto de Brasília – também passará pela reforma. Antes de iniciarem esses serviços, serão realizados reparos em áreas localizadas para que o pavimento possa então receber o microrrevestimento asfáltico. O serviço também será realizado na Estrada Parque Contorno (EPCT/ DF-001) – no trecho entre a Via Estrutural (DF-095) e a BR-080, denominado “Caminho para Brazlândia”. Todas essas obras de recuperação asfáltica após concluídas serão seguidas dos serviços de sinalização horizontal a fim de garantir aos motoristas, ciclistas e pedestres mais visibilidade e segurança. Esta ação tem como objetivo assegurar que as principais vias que cortam o Distrito Federal tenham condições ideais de trafegabilidade, melhorando a mobilidade sustentável, a fluidez e a segurança viária. Todas as rodovias em questão apresentam características similares, pois têm bastante movimento, alto fluxo de veículos diário e, por isso, requerem do GDF uma força-tarefa para garantir sua qualidade. *Com informações do DER-DF

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Hran celebra dia de conscientização sobre fissura labiopalatina com festa junina para pacientes

Carinho, cuidado e acolhimento. Essas são as palavras mais usadas pelos pais e pacientes de fissura labiopalatina para destacar o trabalho multidisciplinar ofertado pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento da malformação que mais acomete a face do ser humano. “Desde o sexto mês de gestação, a equipe daqui me acompanha, me dando todo o suporte”, diz Bruna Borges, mãe de Cristiano, de 5 anos, que fez a primeira cirurgia aos sete meses e está em tratamento da fissura labiopalatina | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Quando chegamos aqui no Hran, fomos abraçados pela equipe. Nos passaram muita tranquilidade e nos acolheram com todos os nossos medos”, ressalta Natália de Oliveira, mãe do pequeno Danton, 2 anos, que nasceu com a fissura labial. O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran funciona desde 2013, atendendo pessoas vindas de várias regiões do Brasil. Funciona segunda-feira, das 13h às 18h, para consultas de avaliação, e nos demais dias, das 8h às 18h, para consultas agendadas com profissionais da equipe Ela explica que o diagnóstico de Danton foi feito ainda na gestação por meio de uma ultrassonografia morfológica e, desde então, os pais começaram a procurar informações sobre o assunto. “Antes mesmo de ele nascer, passamos por aqui e a equipe multidisciplinar nos deu orientação e acolhimento”, lembra. A história de Danton é contada pelo pai, o escritor Luiz Lukas Copaseut, no livro Meu Sorriso Singular, lançado na última segunda-feira (24), Dia de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina. “De certa forma, o livro é uma celebração da vida do Danton e das crianças que nascem com a fissura labiopalatina”, ressalta. Danton é o paciente mais novo a ser atendido pelo serviço do Hran, com a primeira consulta aos dois dias de vida. Bruna Borges, 34, mãe de Cristiano, 5, também destaca o atendimento no Hran: “Desde o sexto mês de gestação, a equipe daqui me acompanha, me dando todo o suporte”. Cristiano fez a primeira cirurgia aos sete meses e a segunda com um ano e sete meses. Em meio ao tratamento da fissura labiopalatina, a mãe aponta que ele é uma criança “sapeca, que corre e conversa muito”. “Precisamos dessa conscientização de que a doença tem tratamento e que a gente consegue devolver a criança ao convívio social antes da fase escolar” Marconi Delmiro, coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran Depois de procurar tratamento para o filho até em São Paulo, Loyane Barbosa encontrou no Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran a ajuda de que precisava. Ela é mãe de Pedro Rafael, 12, que foi submetido a cirurgia para correção da malformação em 2016, aos 4 anos. “Passamos por um grande percurso até saber do tratamento aqui no Hran. No momento em que mais precisamos de acolhimento, achamos aqui. A equipe é dez”, avalia. Atualmente, Pedro Rafael realiza o tratamento no hospital com acompanhamento odontológico e leva uma vida normal. O Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran conta com profissionais de fonoaudiologia, ortodontia, cirurgia plástica, nutrição, pediatria, serviço social, enfermagem e psicologia | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, o médico cirurgião-plástico Marconi Delmiro explica que o tratamento começa com três a seis meses de vida e vai até a adolescência ou até a fase de adulto-jovem, dependendo da complexidade do caso. “São inúmeras cirurgias, do lábio, do palato, de enxerto alveolar, cirurgia no nariz [rinoplastia], cirurgia de avanço de maxilar, entre outras. É um tratamento longo e complexo”, informa. O tratamento é longo, mas os pacientes conseguem a reabilitação, muitas vezes, sem o comprometimento da fala ou de outra sequela provocada pela malformação. “Precisamos dessa conscientização de que a doença tem tratamento e que a gente consegue devolver a criança ao convívio social antes da fase escolar”, explica o médico do Hran. Serviço de Atendimento aos Fissurados do Hran O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran funciona desde 2013, atendendo pessoas vindas de várias regiões do Brasil. Atualmente, tem cadastrados mais de dois mil pacientes, entre crianças, adolescentes e adultos. Funciona segunda-feira, das 13h às 18h, para consultas de avaliação (primeira consulta), e, nos demais dias, das 8h às 18h, para consultas agendadas com profissionais da equipe. A lei 14.404/2022 instituiu 24 de junho como o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina. A data foi criada para divulgar informações sobre a malformação congênita e contribuir para a diminuição do preconceito com as pessoas acometidas. *Com informações do IgesDF  

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Rede de saúde do DF orienta sobre o que fazer ao ser mordido por um cachorro de rua

A mordida de um cachorro pode ser uma experiência assustadora e até perigosa, principalmente se vier de um animal que vive nas ruas. A situação não é rara, sobretudo, entre pessoas que se dedicam a resgatar animais abandonados. Mordida por um cãozinho que resgatou, Giulia Pascoal, voluntária em um projeto de adoção, imediatamente procurou uma UBS para se vacinar | Foto: Arquivo pessoal Foi o que aconteceu com a estudante Giulia Pascoal, voluntária no projeto Adoção São Francisco há quatro anos. Durante o resgate de um cão, ela acabou sendo mordida pelo animal. “Encontrei o cachorro na passarela, bem encolhido”, lembra. “Fiz um carinho e ele chorou. Falaram que ele já estava ali há um tempo, com dor e sem conseguir andar”. Giulia pegou o animal no colo e desceu a passarela. Mas o cachorro sentiu dor e, por instinto, mordeu o braço da voluntária. “Foi um susto, sangrou”, relata. Ela buscou atendimento imediato na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Vicente Pires, onde recebeu uma dose da vacina antirrábica e foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) para administração do soro pós-exposição. Procedimentos essenciais Em situações nas quais a pessoa possa ter sido exposta ao vírus da raiva, é recomendado limpar bem o ferimento com água corrente e sabão. A medida é comprovadamente eficaz na redução do risco de infecção. Em seguida, deve-se procurar uma UBS. O profissional de saúde avaliará se há a necessidade de profilaxia antirrábica humana. “Quando é um animal comunitário, ainda conseguimos acompanhá-lo no espaço em que vive, para avaliação, monitoramento e controle de possíveis zoonoses, assim como administração de vacina antirrábica” Vanessa Patrício, gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses Nos casos em que não for possível acompanhar o animal de perto, o médico pode indicar o tratamento pós-exposição, que inclui duas doses da vacina antirrábica e a administração do soro. É importante seguir as recomendações do médico, que podem incluir a troca de curativos, uso de antibióticos e a verificação de sinais de infecção. “Quando é um animal comunitário, ainda conseguimos acompanhá-lo no espaço em que vive, para avaliação, monitoramento e controle de possíveis zoonoses, assim como administração de vacina antirrábica”, explica a gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses da Secretaria de Saúde do DF (SES), Vanessa Patrício. A equipe faz a avaliação in loco, mediante solicitação ou notificação. É preciso informar a localização e as características do animal envolvido e anexar o comprovante de atendimento recebido na UBS. A orientação é sempre procurar atendimento médico, ainda que a mordida pareça leve. Mordeduras, arranhaduras, lambeduras e contatos indiretos devem ser avaliadas de acordo com as características do ferimento e do animal envolvido No DF, a população conta com nove unidades que administram soro/imunoglobulina e vacina antirrábica pós-exposição: hospitais regionais da Asa Norte (Hran), de Brazlândia (HRBz), de Ceilândia (HRC), de Planaltina (HRPI), de Sobradinho (HRS), de Santa Maria (HRSM), Gama (HRG), de Taguatinga (HRT) e o Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá. Raiva A raiva é uma zoonose – doença que passa dos animais ao homem e vice-versa – transmitida por um vírus, potencialmente mortal para ambos. Acomete principalmente o sistema nervoso central, levando a óbito após rápida evolução. A transmissão ocorre quando o vírus da raiva, presente na saliva do animal infectado, penetra no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordidas, arranhões ou lambidas. Centro de Controle de Zoonoses tem cães e gatos, em boas condições de saúde, à espera de adoção | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília No DF, foram registrados apenas dois casos de raiva humana desde 1978. O número reduzido de incidências reflete o trabalho ampliado de prevenção instituído pela SES, como a vacinação anual de cães e gatos, a profilaxia de pessoas agredidas por animais suspeitos, a pesquisa de raiva em animais suspeitos e a prevenção em pessoas que exercem profissão de risco. Desde 1973, é realizada uma campanha anual contra a doença em cães e gatos, com equipes mobilizadas e postos de imunização espalhados por todo o DF. São 15 pontos fixos nas regiões de saúde, que atendem diariamente, sem agendamento prévio. Na unidade da Gerência de Vigilância Ambiental Zoonoses (Gvaz) também é disponibilizada a vacinação antirrábica para os animais em demanda espontânea.  Adote um animal Atualmente, 17 cães e 11 gatos estão no Centro de Controle de Zoonoses à espera de um lar. São animais em boas condições de saúde, prontos para ganharem uma família. “A maioria desses animais adentra a unidade por condição de abandono ou maus tratos”, ressalta Vanessa Patrício. Para adotar um dos animais, é necessário apresentar documento de identificação com foto, ter mais de 18 anos e assinar um termo de posse responsável. No ato da adoção, são passadas orientações sobre a possibilidade de castração gratuita pelo  Instituto Brasília Ambiental. As visitas ao Centro de Zoonoses podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. Confira aqui as salas fixas de vacinação para cães e gatos. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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UBS é referência em acolhimento de pacientes com dengue

A rede de 176 unidades básicas de saúde (UBSs) da Secretaria de Saúde do DF (SES) volta a ser a principal porta de entrada a pacientes com sintomas de dengue. A partir desta segunda-feira (10), respeitando um cronograma, serão desativadas as tendas de acolhimento, começando pela do Guará.  Conforme estabelecido no contrato, todas as tendas serão desativadas 60 dias a contar do início de suas atividades | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde “Em uma UBS é possível ter o mesmo tratamento oferecido nas tendas, incluindo a medicação e a hidratação, principais procedimentos a pessoas com dengue” Sandra França, coordenadora de Atenção Primária à Saúde “Foi uma estratégia acertada”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “No instante em que percebemos um aumento do número de casos, a instalação das tendas permitiu a realização de mais de 50 mil atendimentos. Com a redução de 63% nas duas últimas semanas, as UBSs voltam a ser referência nos atendimentos. Foi um trabalho de sucesso e que mostra, igualmente, a capacidade do Governo do Distrito Federal de encontrar soluções rápidas e eficientes.” Todas as tendas serão desativadas 60 dias após o início de suas atividades, conforme estabelecido previamente por contrato. A última tenda a passar pelo processo é a de Arniqueira/Areal, que tem previsão de funcionar até o dia 27 deste mês. Rede de Atenção Primária Principal porta de entrada da rede pública e responsável pela resolução de mais de 80% das demandas dos pacientes, a Atenção Primária à Saúde (APS) se destaca pela capilaridade: além das 176 UBSs instaladas em todas as regiões administrativas, 632 equipes da Estratégia Saúde da Família (eSF) prestam atendimentos em suas áreas de atuação.  Esses grupos agora voltam a ter protagonismo na assistência aos pacientes com dengue, podendo acolher e tratar os casos leves e moderados fazendo a indicação às unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais de pacientes com sintomas de agravamento. “Em uma UBS é possível ter o mesmo tratamento oferecido nas tendas, incluindo a medicação e a hidratação, principais procedimentos a pessoas com dengue”, detalha a coordenadora de APS da SES, Sandra França. Uma vantagem adicional é conseguir, na mesma unidade, ter acompanhamento também de outras enfermidades, como doenças crônicas – diabetes, hipertensão etc. As UBSs têm áreas de atuação definidas em todo o DF, e os pacientes devem procurar a sua unidade de referência. Por meio do portal InfoSaúde, é possível localizar a unidade a partir da busca pelo CEP residencial. Redução dos casos de dengue Dados da SES apontam o registro de 630 casos prováveis de dengue na Semana Epidemiológica (SE) mais recente (nº 22), entre 26 de maio e 1º de junho. No período anterior, de 19 a 25 de maio, foram 1,7 mil. A incidência da doença caiu: em fevereiro, chegou a 2.814 casos por 100 mil habitantes. Já o mês de maio fechou com 278 casos por 100 mil habitantes. Cronograma de desativação das tendas – Guará: segunda-feira (10) – Gama: dia 11 – Paranoá: dia 12 – Planaltina: dia 13 – Ceilândia: dia 15 – Taguatinga: dia 22 – Vicente Pires: dia 23 – Samambaia: dia 24 – Hospital Regional da Asa Norte (Hran): dia 25 – Varjão: dia 26 – Areal: dia 27. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Profissionais de saúde usam brinquedos terapêuticos para amenizar tratamentos complexos

No Hospital da Criança, o ato do brincar é usado em tratamentos. Nas enfermarias, pacientes, familiares e acompanhantes participam com profissionais usando recursos divertidos para ajudar a lidar com a doença de forma lúdica. Na área de tratamento de fibrose cística, uma doença congênita que pode deteriorar rapidamente o quadro clínico e acentuar as crises pulmonares e gastrointestinais, a criança precisa ser acessada rapidamente e aderir ao tratamento. “A criança necessita de uma enzima digestiva para melhor a digestão de alimentos, então usamos umas ‘cápsulas animadas’ para saber o que as enzimas fazem no trato gastrointestinal. Brincando, conseguimos chegar aos objetivos de forma terapêutica”, diz a enfermeira Kely Poliana, que atua na área. Nas mãos das enfermeiras do Hospital da Criança, o mundo mágico do brincar se transforma com massinhas de modelagem e biscuit | Foto: Divulgação/HCB Para usar o recurso de forma terapêutica, ela diz que nunca encontrou um brinquedo específico, então, ao longo dos anos, foi adaptando, refinando recursos. “Temos o pulmão de material emborrachado com que o paciente brinca. Temos a reprodução de algumas bactérias e, dessa forma, fomos construindo ao longo do tempo alguns recursos e com materiais simples”, diz a enfermeira. Nas mãos das enfermeiras do Hospital da Criança, o mundo mágico do brincar se transforma com massinhas de modelagem e biscuit. Uma pia de brinquedo é um instrumento eficiente para ensinar a família e o paciente como higienizar os utensílios usados para nebulizar. Heda de Alencar, da área de diabetes do Hospital da Criança e mestre de tecnologia e inovação em enfermagem, diz que improvisa recursos para brincar. “Nós temos uma almofadinha de aplicação de insulina para os pacientes e desenvolvemos diversas brincadeiras como colocar o paciente para responder perguntas, para que saiba o que fazer quando a glicemia está baixa. A gente educa de uma forma que aquele momento de furar o dedo do paciente para aplicar insulina não seja tão traumático. Então, temos de empregar uma forma mais lúdica e mais agradável para que o momento seja o menos dolorido ao usar o instrumento perfurante”, afirma. “Ansiedade, dor e medo diminuem substancialmente. É o antes e o depois quando há o brinquedo”, destaca Simone Prado, diretora de Práticas Assistenciais. Em maio, quando se comemora o Dia do Enfermeiro e do Técnico de Enfermagem, a equipe do Hospital da Criança participou de vários cursos para vivenciar as práticas dentro da linha de atuação de uma enfermagem de precisão e práticas avançadas. Experiências bem-sucedidas Um dos pacientes passou por um transplante hepático, cuja cicatriz fica muito aparente no abdômen. No retorno ambulatorial, o menino recebeu um boneco parecido com ele e que apresentava uma cicatriz igual. A identificação foi importante e o menino adotou o brinquedo como companheiro , auxiliando na aceitação no momento crítico da recuperação. A prática se repete em todos os casos mais graves. Uma das pacientes que sofreu alopécia, que leva a perda do cabelo, recebeu de presente uma boneca com as mesmas características e foi o diferencial para aceitar a situação que se encontrava e o tratamento. Essas experiências são o resultado do uso do brinquedo terapêutico instrucional aplicado no dia a dia do tratamento. Os profissionais, ao se dirigirem ao paciente , devem usar uma linguagem simples e clara, e com o uso dos bonecos mostram como será o tratamento e a recuperação. E os bonecos podem ser acompanhantes dos pacientes antes ou depois, dependendo da faixa etária e da necessidade do uso do brinquedo. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Sessões de fisioterapia complementam a hemodiálise no HCB

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) é referência no tratamento de crianças com doença renal crônica no Distrito Federal. Um dos tratamentos indicados nesses casos é a hemodiálise, procedimento em que o paciente precisa ficar conectado a uma máquina responsável por filtrar o sangue. Em 2024, o HCB incrementou o atendimento com sessões de fisioterapia durante a hemodiálise. Inovação contempla um pedido feito pelas crianças que estão em tratamento; resultados têm sido positivos | Foto: Divulgação/HCB Segundo a responsável técnica pela fisioterapia do HCB, Glaciele Xavier, a iniciativa é uma resposta a pedidos das próprias crianças, que precisam passar quatro horas sentadas para receber o procedimento. Inicialmente, a equipe realiza uma sessão semanal de fisioterapia com cada grupo de pacientes da hemodiálise – mas há planos de ampliação nessa frequência, com duas sessões semanais por grupo. A estudante Maria Eduarda Fernandes,15 anos, aprovou a iniciativa, executando vários alongamentos e exercícios com o uso de bolas. “A sessão foi boa, gostei”, contou. “Deu para cansar um pouco e foi bom para passar o tempo”. Guilherme Kauan Oliveira, 16 anos, também ficou satisfeito. “A fisioterapia distrai e também ajuda na parte física”, disse. Benefícios “Essa atividade é muito benéfica, melhora a capacidade funcional, [levando] bem-estar e qualidade de vida às crianças”, afirma a fisioterapeuta Glaciele Xavier. Ela acompanha os exercícios conduzidos pelos estagiários de fisioterapia que atuam no hospital, orientando quanto ao atendimento oferecido na hemodiálise e verificando a disposição de cada criança. “Esse também é um momento de descontração, para distrair as crianças e trazer um reforço ao tratamento” Raquel Caixeta, fisioterapeuta do Hospital da Criança “Todos os pacientes foram avaliados em relação à capacidade funcional e pulmonar. Também monitoramos os sinais vitais antes, durante e depois das atividades, assim como a percepção do esforço de cada uma”, explica. Como as crianças não têm completa liberdade de movimentação durante a hemodiálise (não podem, por exemplo, ficar em pé na hora do procedimento), a equipe de fisioterapia sistematizou atividades que se adaptem à rotina do procedimento. “Começamos com um aquecimento, para preparar o corpo. Passamos a exercícios aeróbicos e resistidos, para trabalhar a força muscular, e finalizamos com um relaxamento”, esclarece Graciele. Interatividade Rodrigo de Oliveira é pai de Alice, 4, e ajudou a filha ao longo da sessão. Para ele, um ponto positivo da atividade é o incentivo à interação entre as crianças: “Quando elas chegam, algumas já dormem, outras ficam mexendo no tablet ou no celular. Com a fisioterapia, elas ficam estimuladas a conversar com as outras, a olhar como a criança do lado está fazendo o exercício”. A nefrologista do HCB Raquel Caixeta também acompanha a atividade. “O paciente em tratamento de hemodiálise geralmente evolui com perda de massa muscular e comprometimento ósseo, mas faz alguns anos que já foi visto um impacto efetivo da fisioterapia, em adultos, em questões como câimbra e dor”, relata.  A médica ressalta que aliar a fisioterapia à hemodiálise é positivo: “Esse também é um momento de descontração, para distrair as crianças e trazer um reforço ao tratamento”.   *Com informações do HCB

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Câncer no sistema nervoso central tem tratamento referência no DF

Dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que cerca de 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) – que inclui o cérebro e a medula espinhal – devem surgir por ano no Brasil, mais de 6 mil incidindo em homens, conforme levantamento de 2022. De acordo com o instituto, o câncer no SNC representa de 1,4% a 1,8% de todos os tumores malignos do mundo, e 88% dos casos ocorrem no cérebro. Orientação de especialistas é que pessoas observem desde cedo os sinais mais comuns da doença | Foto: Divulgação/Agência Saúde No caso de crianças, os dados também preocupam. De acordo com pesquisa realizada na universidade de Harvard (EUA), os tumores do sistema nervoso central são o segundo câncer mais comum em crianças com menos de 15 anos de idade – caso se considere as leucemias e câncer de sangue – e a principal causa de morte nessa faixa etária. No caso de câncer sólido, é o primeiro colocado como mais frequente em crianças. Atenção aos sintomas Especialistas orientam a observar desde cedo os sintomas e sinais mais comuns da doença. “O câncer pode se manifestar com sinais de aumento da pressão intracraniana, como dor de cabeça, vômitos e sonolência”, explica o neurocirurgião Benício Oton Lima, do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Segundo o médico, fraquezas de um membro, confusão mental, déficit visual e epilepsia – uma doença marcada por convulsões – são fatores que podem estar relacionados ao tipo de câncer. “Esses sinais ou sintomas, com pouco tempo de evolução, indicam que o tumor está crescendo mais rápido”, explica. Atualmente, entende-se que o câncer de cérebro pode ser causado por diversos fatores, desde alterações genéticas até as adquiridas durante a vida, por predisposição ou exposição. Especialistas observaram que algumas causas ambientais e ocupacionais geram maior risco de tumores no SNC, como exposição à radiação, a arsênico, chumbo, mercúrio, óleo mineral e outros. Tratamento Tumores no SNC possuem tratamento complexo e multidisciplinar. Em alguns casos, pode ser necessário procedimento cirúrgico para retirada do tumor ou de fragmento para biópsia. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acolhimento, cirurgia, diagnóstico radiológico, diagnóstico histopatológico, químio e radioterapia, além de assistência social.  “O tratamento da lesão geralmente é cirúrgico e pode requisitar tratamento complementar com quimioterapia e radioterapia, se for indicado”, detalha Oton Lima. Atendimento Uma vez que sejam identificados sinais, a recomendação inicial é procurar ajuda médica, a começar pelas unidades básicas de saúde (UBSs). Por sua vez, unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais regionais podem encaminhar os pacientes aos hospitais de referência para tratamento de câncer – o Hospital de Base (HB) e o HCB. A equipe de atendimento é multidisciplinar, englobando oncologista, pediatra, neurocirurgião, anestesiologista, enfermagem, fisioterapeuta, neurofisiologista, nutricionista, odontólogo, infectologista, patologista, neurorradiologista e radioterapeuta. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hospital da Criança registra 90% de cura em crianças com tumores de Wilms

Estar de volta ao Hospital da Criança de Brasília (HCB), agora como visitante, gerou um turbilhão de sentimentos na professora Géssika Dourado, 33 anos. Depois de longos cinco anos de tratamento, a sensação é de gratidão por, enfim, poder dizer que sua filha Débora, hoje com 11 anos, está curada de um câncer no rim, conhecido como tumores de Wilms. Por ano, o HCB acolhe, em média, cerca de 40 pacientes com leucemia e 12 com tumores de Wilms. O hospital conta com 200 leitos para todas as especialidades. Destes, 56 são de UTI. Na rede pública de saúde do Distrito Federal, todos os pacientes de câncer infantil são tratados pela instituição. Géssika Dourado e a filha, Débora, curada de um câncer no rim, conhecido como tumores de Wilms | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Graças à alta expertise do corpo técnico aliada aos equipamentos de ponta, o HCB registrou uma alta na sobrevida das crianças diagnosticadas com tumores de Wilms. Dados de 2018 a 2023 apontam que 90% das crianças com tumores de Wilms acolhidas pelo Hospital da Criança não tiveram recaídas em cinco anos após o fim do tratamento da doença. A pequena Débora faz parte desta estatística. “Hoje eu posso dizer que minha filha está curada”, falou a mãe, emocionada. A jovem contraiu a doença ainda na barriga da mãe, em 2012, fato este que era, até então, desconhecido pela medicina. “No pré-natal viram que tinha algo no rim, mas somente depois de dois meses de nascida que diagnosticaram com Wilms, estágio 3, ou seja, muito agressivo para a idade dela”, relatou Géssika. A partir daí, começou a corrida contra o tempo. Idas semanais aos hospitais de Base e da Criança, internações, quimioterapia, cirurgias e uma infecção por KPC (superbactéria) no meio do caminho. O otimismo e a fé foram cruciais para que os pais de primeira viagem confiassem no tratamento realizado pela instituição, que hoje é considerada referência no país. O HCB foi criado em 2011, a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) “O Wilms é o único tumor que o tratamento se inicia antes mesmo da biópsia. O diagnóstico é feito pelo exame de imagem. A criança precisa passar por uma cirurgia, onde a peça é retirada para se examinar e, então, traçar um novo tratamento”, afirmou a médica oncologista e hematologista pediátrica, diretora técnica do HCB, Isis Magalhães. Hoje curada, Débora está há mais de cinco anos sem a necessidade de tratamento. As idas aos HCB ainda são apenas para acompanhamento, a cada dois anos. “O atendimento no hospital foi de extrema importância porque nós nem imaginávamos que um bebê já poderia nascer com câncer”, pontuou Géssika. Questionada sobre qual a sensação de estar de volta ao Hospital da Criança, Géssika disse, emocionada: “Sinto muita gratidão porque vi crianças morrendo naquela época. Eu até achei que ela fosse, porque aconteceram muitas coisas durante o tratamento”, completou. “Sempre que venho aqui no hospital é um mix de emoções. Lembro do que passei, vejo tantas mães na mesma situação e saio alegre por termos superado tudo isso”. Alimentação saudável e ingestão de muito líquido são algumas recomendações que a pequena Débora vai precisar carregar para o resto da vida, mas nada disso se compara com as dificuldades enfrentadas durante o tratamento. “Eu não me lembro de nada do que aconteceu. Mas eu tento imaginar o que a minha mãe sofreu comigo. Eu a vejo desesperada, triste e ansiosa. Como não tenho um rim, eu preciso beber bastante água e comer bem, mas sempre ganho da minha mãe uma recompensa por isso”, falou a garotinha. Referência A história da Débora é mais uma da qual o Hospital da Criança de Brasília muito se orgulha. A instituição é referência não só no tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA), forma mais agressiva e rara de câncer infantil, como também da leucemia linfoide aguda (LLA), neoplasia maligna mais comum na infância. Neste tipo de câncer, o HCB registrou uma taxa de 85,7% de sobrevida entre os pacientes. O HCB foi criado em 2011, a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe). “Temos uma equipe de oncologistas e hematologistas, além de psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas, nutricionistas, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. Cada um tem uma expertise maior em determinado tumor, por isso a importância de uma equipe multidisciplinar”, defendeu Isis Magalhães.

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Hospital Regional de Santa Maria é credenciado para ofertar cirurgia oncológica

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) obteve aprovação para ofertar mais um serviço, o de cirurgia oncológica. A aprovação do credenciamento saiu na publicação o Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (16). Com a Deliberação nº 14, o plenário do Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde (SES-DF) aprovou o credenciamento da instituição. O hospital já oferece o procedimento de remoção de tumor; posteriormente, se houver indicação, também haverá acesso a quimioterapia e radioterapia | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF O serviço ainda não possui data definida para ter início. Na quarta-feira (17), representantes da SES-DF Saúde fizeram visita técnica às instalações do HRSM para verificar se o hospital tem estrutura física habilitada para operacionalizar o novo serviço. “Foi uma visita para eles se certificarem que possuímos o espaço físico”, explicou a gerente-geral de Assistência à Saúde da SES-DF, Stephanie Fernandes. “Eles visitaram o centro cirúrgico, o ambulatório e as enfermarias de clínica cirúrgica para se certificar de que o hospital possui enfermarias suficientes para comportar esses pacientes cirúrgicos oncológicos.” O serviço ofertado será de resseção de tumor; posteriormente, se houver indicação, também haverá disponibilização para quimioterapia e radioterapia. Atualmente, o centro cirúrgico do HRSM possui seis salas, uma delas destinada a pequenas cirurgias. Há ainda 57 leitos de enfermaria na clínica cirúrgica destinados a internação pré e pós-operatória. *Com informações do IgesDF

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Hospital Regional da Asa Norte é referência no tratamento do vitiligo

Uma mancha pequena na mão direita foi o que fez o aposentado Moacy Vitorino de Andrade, 62, procurar atendimento médico. A perda da coloração da pele, com aparecimento de manchas brancas de tamanho variável, é a principal característica do vitiligo. A doença não é contagiosa e pode ocorrer em qualquer tipo de pele. Não tem cura, mas possui tratamento. Moacy Andrade faz tratamento com fototerapia, que já rendeu bons resultados: “Tenho visto melhoras de 70% e estou satisfeito” |  Foto: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF O diagnóstico de Moacy foi feito em 2015, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), identificando manchas no rosto, mãos, pé e axilas. Desde então, ele faz acompanhamento e tratamento na unidade com fototerapia. “Já rendeu resultados, principalmente na região do rosto – tenho visto melhoras de 70% e estou satisfeito com o tratamento”, conta o morador de Valparaíso de Goiás. O vitiligo é marcado pela diminuição ou ausência das células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele. Autoimune, a doença faz com que os melanócitos, células que produzem o pigmento melanina, sejam atacados pelo próprio sistema imunológico do paciente. A origem pode ser genética ou desencadeada após traumas emocionais. Entre as opções terapêuticas, está o uso de medicamentos que induzem à repigmentação das regiões afetadas. Também é possível utilizar tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos. Tratamento “Tem que ter paciência e tratar aos poucos” Odília Pereira, técnica de enfermagem O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência em dermatologia na rede pública de saúde do DF e oferece tratamento com equipamento de fototerapia. A técnica utiliza lâmpadas ultravioletas, não é invasiva e pode ser aplicada paralelamente ao uso de medicamentos. A técnica de enfermagem Odília Pereira, 37, moradora de Santa Maria, faz tratamento desde os 8 anos de idade com medicamentos tópicos para controle das manchas nas regiões das mãos, pernas, braços e axilas. Há dois anos, ela iniciou o tratamento de fototerapia no Hran. “A melhora está sendo muito positiva, e estou vendo resultados de quase 90%”, afirma. “Tem que ter paciência e tratar aos poucos”. “Existem várias opções de tratamento – cremes, medicamentos orais, laser – que visam estacionar a evolução da doença e repigmentar as áreas afetadas, o que favorece seu controle”, explica a médica Ana Carolina Igreja, referência técnica distrital (RTD) de dermatologia da Secretaria de Saúde (SES-DF). Possíveis causas A dermatologista responsável pelo setor de fototerapia do Hran, Cibele Caminha Corrêa, ressalta que fatores estressantes – como separações, perda de algum familiar ou mesmo a tensão acentuada no trabalho – podem desencadear ou interferir diretamente na evolução e no tratamento da doença. “É recomendado aos pacientes o acompanhamento psicológico para que consigam ter uma melhor evolução e controle do quadro”, indica. “É importante também a consciência de combate ao preconceito, ressaltando que não se trata de uma doença contagiosa” Cibele Carminha Corrêa, dermatologista do Hran O paciente deve evitar exposição solar e o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito e pressão sobre a pele, além de buscar controlar o estresse. Segundo a especialista, o vitiligo não compromete a saúde física, mas está associado a graves complicações sociais.  “As manchas que ficam em áreas muito expostas da pele podem interferir na qualidade de vida e no bem-estar desse paciente, assim como no relacionamento social”, aponta. “É importante também a consciência de combate ao preconceito, ressaltando que não se trata de uma doença contagiosa.” Incidência e diagnóstico Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo atinge ao menos 1 milhão de brasileiros. As manchas podem se manifestar em um ou nos dois lados do corpo, como em ambas as mãos, pés e joelhos. Pelos e cabelos também podem perder a coloração. Em geral, inicialmente as manchas surgem em extremidades, como mãos e pés, e também nariz e boca. A evolução é incerta, e períodos de intensificação ou reativação podem ocorrer durante toda a vida do paciente, com surgimento de novas manchas ou aumento das pré-existentes. O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico. O acesso ao atendimento na rede pública é feito por meio do encaminhamento pela unidade básica de saúde (UBS) para um dos ambulatórios de dermatologia. Diversas unidades hospitalares da rede também dispõem de dermatologistas, como os hospitais Materno Infantil de Brasília (Hmib), da Criança de Brasília (HCB), Universitário de Brasília (HUB), Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), Policlínica do Guará e os hospitais regionais de Taguatinga (HRT), de Brazlândia (HRBZ), de Ceilândia (HRC) e de Samambaia (Hrsam). *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Dor ao engolir? Rede pública de saúde do DF oferece tratamento

Dor ao engolir, engasgos, tosse durante ou logo após as refeições, demora para engolir, cansaço respiratório ao se alimentar, dentre outras dificuldades para deglutir sólidos, beber líquidos ou até engolir a própria saliva. Esses sintomas ganham destaque hoje, 20 de março, Dia Nacional de Atenção à Disfagia, nome para a condição clínica que pode ser transitória ou permanente. Casos negligenciados podem levar à desnutrição, desidratação e pneumonias. A disfagia pode aparecer em diversas fases da vida, mas os idosos são mais suscetíveis | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Dificuldade para engolir pode acontecer por vários motivos. Quando causar desconforto, durar muitos dias ou atrapalhar a qualidade de vida, isso deve chamar a atenção do paciente. Uma unidade básica de saúde (UBS) pode acolhê-lo e fornecer as orientações adequadas”, afirma o diretor de Estratégia Saúde da Família da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Sandro Rodrigues. O tratamento também pode ocorrer em unidades especializadas, a partir de encaminhamento. “A disfagia é atendida em todos os níveis de saúde, desde as enfermarias pediátricas até os ambulatórios de geriatria, passando pelas enfermarias hospitalares, ambulatórios de saúde funcional e ambulatório de reabilitação” Ocânia da Costa Vale, RTD em fonoaudiologia A disfagia pode aparecer em diversas fases da vida, porém, idosos são mais suscetíveis. A ocorrência é maior em pessoas que sofreram traumas na face, acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico (TCE), diverticulites, câncer de cabeça e pescoço. Também acomete quem tem desnutrição e doenças neurológicas, como Parkinson, Alzheimer, demências, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica, dentre outras condições. A SES-DF conta com uma rede de atendimento que abrange desde os casos simples até pacientes internados. “O objetivo é reabilitar o paciente para permitir uma deglutição segura”, conta a fonoaudióloga Ocânia da Costa Vale, referência técnica distrital (RTD) na área. Fonoaudiólogos são os principais envolvidos no tratamento da disfagia. Porém, a abordagem é multiprofissional, envolvendo médicos, nutricionistas, fonoaudiólogos e outros especialistas, conforme a necessidade. “A disfagia é atendida em todos os níveis de saúde, desde as enfermarias pediátricas até os ambulatórios de geriatria, passando pelas enfermarias hospitalares, ambulatórios de saúde funcional e ambulatório de reabilitação”, explica a especialista. Os núcleos de atenção domiciliar (NRADs) realizam assistência direcionada e acompanham os pacientes com a perspectiva de desospitalização, permitindo uma vida próxima da normalidade mesmo para quem necessita de cuidados regulares. *Com informações da SES-DF

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Diálise peritoneal é uma alternativa a pacientes renais crônicos

O aposentado Antônio Barbosa do Vale, 65, demonstra até certo carinho na hora de falar da máquina de diálise peritoneal. “Ela é minha companheira. Onde estou, dependo dela”, conta. Diabético, há dois anos se tornou paciente renal crônico e precisou começar a fazer diálise – procedimento que remove resíduos e água em excesso no sangue. A rotina de ir três vezes por semana ao hospital e ficar quatro horas ligado na máquina de hemodiálise foi substituída pelo tratamento alternativo. “A qualidade de vida é melhor. Não sinto dor alguma”, garante. Antônio Barbosa do Vale, 65, prefere a diálise peritoneal por proporcionar melhor qualidade de vida: “É minha companheira” | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Enquanto a hemodiálise consiste em manter o paciente sentado por horas ligado à máquina para purificar o sangue, na diálise peritoneal há uma conexão por um cateter implantado no abdômen. Uma diferença relevante é a hora do procedimento: pode ser feito em casa, à noite, enquanto dorme, sendo necessário manter o equipamento ligado na tomada e a uma pia. A Secretaria de Saúde (SES-DF) fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Com essa facilidade, o videomaker Thairone Martins, 32, consegue manter a rotina de trabalho. “Para o meu estilo de vida funciona bem, pois o tratamento não exige que eu pare de fazer algo ao longo do dia”, conta. Hoje, ele acorda pela manhã pronto para encarar o dia, enquanto na época da hemodiálise era comum ter mal-estar depois de cada sessão. “Nos dias em que fazia hemodiálise pela manhã, à tarde não ‘valia mais nada’. Às vezes, não conseguia nem andar”, lembra. Com a diálise peritoneal, ele se aventurou, inclusive, a fazer viagens de 15 dias, levando no carro a máquina e os insumos necessários. A SES-DF conta com ambulatórios de diálise peritoneal nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS), onde são atendidos pacientes de todas as regiões administrativas O acompanhamento é constante. A SES-DF conta com ambulatórios de diálise peritoneal nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS), onde são atendidos pacientes de todas as regiões administrativas. Também há clínicas conveniadas com a oferta do serviço. No momento, são 844 vagas a novos pacientes ou para aqueles que querem migrar da hemodiálise para a modalidade. O médico nefrologista do HRT Gladson Paiva Ferreira diz que a eficiência da diálise peritoneal é a mesma da hemodiálise. “A sobrevida do paciente é praticamente a mesma. Os tratamentos se equivalem.” As vantagens estão na preservação dos vasos sanguíneos e na manutenção da função renal residual por mais tempo, ainda que em pequena escala. Vale lembrar, no entanto, que o paciente precisa atender a alguns requisitos para que seja elegível à diálise peritoneal: não pode ter hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, além de precisar de um ambiente adequado para fazer o procedimento. “Há paciente idoso que não consegue fazer sozinho, então precisa do suporte da família”, complementa o nefrologista. No momento, são 844 vagas a novos pacientes ou àqueles que querem migrar da hemodiálise para a modalidade Em Sobradinho, a enfermeira Jéssica Guimarães lembra sobre a importância de ensinar os pacientes a se atentarem para uma dieta adequada, higiene e de todos os cuidados com o cateter e a máquina. “Fazemos um treinamento até que ele aprenda e possa ir para a casa seguro. É essencial que esse paciente tenha uma rede de apoio”, opina. Seguindo o passo a passo, é possível que o consiga fazer anos de diálise peritoneal, sem precisar retornar à hemodiálise. Dia Mundial dos Rins Lembrado anualmente na segunda quinta-feira de março – portanto, em 2024, no dia 14 -, o Dia Mundial dos Rins busca promover a saúde desses órgãos. No Brasil, estima-se que há entre 3 milhões e 6 milhões de adultos com doença renal crônica. “Todos devem cuidar dos rins. Porém, pessoas que têm diabetes e hipertensão devem ter uma atenção maior, pois há risco maior de evoluir para um problema renal”, afirma a nefrologista Francinara Cunha, da SES-DF. Ela recomenda beber até três litros de água por dia e ficar atento a sintomas como náuseas, vômitos e inchaços. O número de pacientes com doença renal crônica tem subido. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial é feito nas unidades básicas de saúde (UBSs). Se houver indicação, a pessoa é encaminhada aos ambulatórios especializados. Além das 844 vagas para a modalidade de diálise peritoneal, há outros 1.331 pacientes em hemodiálise, realizadas em hospitais da rede pública e em clínicas conveniadas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Ferramenta agiliza atendimento de pacientes com AVC na rede pública do DF

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF) está no processo de implementar uma nova ferramenta que promete ajudar muito no acompanhamento de pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). A ideia envolve a criação de novos formulários de coleta de dados que permitam aos profissionais médicos a inclusão de dados importantes para avaliação dos principais indicadores de qualidade assistenciais do paciente com AVC. “Dentro da medicina existem protocolos que são gerenciados para lidar com o atendimento de algumas doenças”, explica Letícia Rebello, neurologista vascular do Hospital de Base do Distrito Federal. Segundo ela, os principais protocolos são o de Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame; o de dor torácica (infarto); o de sepse, que é o quadro infeccioso mais grave; e o de trauma. A ideia envolve a criação de novos formulários de coleta de dados que permitam aos médicos a inclusão de informações importantes para avaliação dos principais indicadores de qualidade assistenciais do paciente com AVC | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF “Uma vez que o tempo é um dos grandes fatores que impactam no prognóstico do paciente com AVC, com o objetivo de melhorar a assistência a esse paciente, monitoramos os principais indicadores de qualidade relacionados ao tempo de chegada no hospital, realização de exame de imagem e início de tratamento em casos selecionados. Quanto menor o tempo que o paciente é atendido e tratado, no geral, ele tem mais chances de sair sem sequelas”, explica Letícia. A superintendência de tecnologia do IgesDF desenvolveu, em parceria com a Unidade de Neurologia do Hospital de Base, novos formulários que têm campos padronizados, onde os dados são inseridos para gerar gráficos de indicadores automáticos pelo Sistema MV e PowerBI, sendo possível também a extração de relatórios em Excel. Para o tratamento do AVC é fundamental alcançar as metas de tempo de cada etapa no atendimento ao paciente “De forma automática e informatizada, será possível avaliar de maneira muito mais rápida esses indicadores e ter um retrato detalhado dos casos de AVC dentro dos hospitais geridos pelo IgesDF”, afirma Deilton Lopes da Silva, superintendente de tecnologia do instituto. Ao juntar o conhecimento médico aos avanços tecnológicos será possível enfrentar o desafio de uma doença que, segundo dados do DataSUS do Ministério da Saúde, levou 106,9 mil pessoas a óbito no Brasil em 2022. Tempo Dentro do protocolo de atendimento ao paciente com suspeita de AVC, é necessário avaliar os tempos de assistência. “Chamamos de ‘Tempo Porta-Agulha’ o período registrado entre o momento em que o paciente dá entrada no hospital e o momento em que ele recebe a infusão do remédio trombolítico”, aponta Letícia. Para o tratamento do AVC é fundamental alcançar as metas de tempo de cada etapa no atendimento ao paciente. “O ideal de tempo gasto entre a chegada do paciente ao hospital e a realização de uma tomografia é menor que 25 minutos. Já o período entre a chegada e a administração do trombolítico deve ser menor do que 60 minutos”, explica a médica. Antes dos novos formulários, todas essas informações de tempo ficavam em campo aberto, sem uma padronização ou informatização. “Muitos dos residentes e colegas da neurologia anotavam esses tempos, que ficavam perdidos na evolução. Caso a gente precisasse realizar uma avaliação nos indicadores de qualidade, tínhamos que consultar cada prontuário para encontrar esses registros, o que gerava um trabalho muito dispendioso”, completa a especialista. Tecnologia No momento, a equipe de assistência está em treinamento quanto ao preenchimento e uso da ferramenta, com previsão de conclusão dessa etapa até a metade do mês de março. Os formulários serão implementados inicialmente tanto no Hospital de Base quanto no Hospital Regional de Santa Maria. “Esses dados vão ajudar muito a entender como está o nosso serviço e avaliar oportunidades de melhoria. Existem outros indicadores que são avaliados também, relacionados aos dados de desfecho do paciente, com informações de como ele deu entrada no hospital, como ele está saindo, para que seja possível avaliar qual o impacto do tratamento nesse paciente”, finaliza a médica. Santa Maria Nesta terça-feira (12), os colaboradores do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) participaram do treinamento de Implementação de Protocolo AVC. Foram duas turmas, uma pela manhã e outra à tarde. O objetivo é capacitar toda a equipe hospitalar com conhecimentos necessários para implementar de forma eficaz um protocolo abrangente para o tratamento do AVC | Foto: Divulgação/ IgesDF “Queremos que todos saibam como agir no caso de chegar um paciente sofrendo um AVC. Que eles consigam identificar sinais de alerta de forma precoce e entendam o fluxo do hospital para dar uma melhor assistência a este paciente”, explica a enfermeira do Núcleo de Educação, Luiza Melo. Durante o treinamento foram abordadas as diferenças entre o AVC isquêmico (quando há obstrução de vaso sanguíneo) e o AVC hemorrágico (Rompimento de vaso sanguíneo e maior risco de letalidade). Além disso, estatísticas importantes sobre a doença foram debatidas. Luiza destaca a importância de ficar atento aos sinais clínicos que os pacientes apresentam na chegada e alertar a equipe de triagem. Entre os sinais de alerta estão a queda facial do sorriso (boca torta), a debilidade dos braços (um dos braços não se sustenta no alto) e a fala anormal. Por isso, cada minuto faz a diferença na vida do paciente. O colaborador do Humanizar, Welinton Silva, trabalha no Ambulatório do HRSM e adorou o treinamento. “Acho que esse tipo de informação deve ser repassada para o maior número de pessoas possível. É de suma importância conseguir identificar um paciente que está tendo um AVC e conseguir agilizar seu atendimento para que sua vida seja salva”, avalia. *Com informações do IgesDF

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Mulheres devem se orientar sobre reposição hormonal 

Calor excessivo, insônia, irritação, falta de libido: toda mulher sabe quais são os sintomas mais comuns da menopausa, também conhecida como climatério. Com o objetivo de amenizar parte dessas reações e trazer melhor qualidade de vida às pacientes, o tratamento de reposição hormonal tem sido uma boa indicação. A medida, no entanto, não é recomendada para todas as mulheres. Especialistas recomendam exames para avaliar se o tratamento de reposição hormonal é o mais indicado | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Todos os óvulos que uma mulher produzirá ao longo da vida têm origem nos folículos dos ovários, já presentes no momento em que ela nasce. A reserva é utilizada desde a primeira menstruação e segue até a última, não sendo reposta. Quando morrem os últimos folículos, os ovários entram em falência, e as concentrações dos hormônios estrogênio e progesterona caem irreversivelmente. “Quando a mulher começa a ter uma irregularidade menstrual, alguma queixa de ondas de calor ou alterações de humor, geralmente, é nessa fase que começamos a pensar em uma reposição hormonal”, explica a ginecologista Viviane Leite Oliveira, da Policlínica 3 de Taguatinga. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica” Patrícia Marques Cardoso, ginecologista Mesmo com a ausência de sintomas visíveis, pode ocorrer um aumento do risco de diabetes, doenças cardiovasculares e cânceres específicos. A reposição hormonal vem como alternativa médica para amenizar esse quadro. “Além de melhorar a qualidade de vida em relação a esses sintomas, há estudos que mostram uma proteção cardiovascular e óssea”, aponta a médica. Contraindicações Existem, no entanto, algumas contraindicações para a reposição hormonal, que podem ser absolutas ou relativas. Mulheres com histórico de lúpus, doenças agudas hepáticas, sangramentos vaginais não esclarecidos, doenças cardiovasculares agudas e câncer de mama não devem se submeter à reposição hormonal. Os casos de endometriose e miomatose uterina (tumores benignos) são incluídos nas contraindicações relativas. “Devemos agir com cuidado redobrado em pacientes com história de câncer de endométrio, hipertensão arterial maligna, hipertrigliceridemia e doença hepática crônica”, orienta a ginecologista Patrícia Marques Cardoso. Para as mulheres que não desejam ou têm contraindicação para a reposição hormonal, a especialista recomenda alternativas, como fitoterápicos, hidratantes vaginais para melhora dos sintomas urogenitais e, a depender do caso clínico, antidepressivos. “Podemos fazer uso de fitoterápicos como extrato seco de amora e cimicifuga racemosa [planta medicinal nativa da América do Norte, utilizada principalmente no tratamento da menopausa], além de orientar a prática de atividade física regular e dieta balanceada, que melhorarão a qualidade do sono, diminuirão os fogachos [ondas de calor] e atuarão na melhora da disposição física”, detalha. Para fazer a reposição hormonal, as mulheres passam por avaliação criteriosa e exames ginecológicos de rotina, como os laboratoriais e de colpocitologia (para detectar alterações nas células do colo do útero), mamografia e ecografia transvaginal. Em seguida, são avaliadas as opções de tratamento hormonal ou não hormonal. Durante o primeiro ano, a paciente permanece em acompanhamento a cada seis meses; após esse período, uma vez por ano. Bem-estar Ao sentir os primeiros sintomas da menopausa, a jornalista aposentada Garben Hellen Ferreira, 61, já começou a pesquisar alternativas para lidar com os efeitos que atrapalhavam seu bem-estar. “Quando entrei no meu climatério, os fogachos me incomodavam muito”, conta. “Às vezes, enquanto eu dormia tranquilamente, vinha o fogacho e eu não conseguia mais dormir. Também me incomodava a questão da queda da libido, da secura vaginal, da pele ressecada”. Desde 2017, Garben faz reposição dos hormônios estradiol, progesterona e testosterona. Os efeitos do climatério começaram a se reverter, mas os cuidados continuam. “Associei o tratamento com exercícios e comecei a avaliar a minha questão alimentar, porque, mesmo você repondo, tem toda uma preocupação sobre engordar”, relata. Sem histórico de câncer na família, praticando exercícios e após pesquisar bastante, ela ressalta os benefícios da reposição. “Fiz toda a relação custo-benefício e optei por fazer [o tratamento]. Hoje, não tenho problema nenhum em aconselhar outras mulheres a procurarem a reposição hormonal, porque pouco se ensina sobre como passar por esse estágio”. Na rede pública No momento, o sistema público de saúde do Distrito Federal não conta com os medicamentos orais para reposição hormonal. No entanto, a mulher no climatério pode fazer exames e acompanhamento ginecológico na rede de atendimento da SES-DF, com orientações e sugestões de alternativas, por meio das policlínicas presentes em todas as regiões. Para isso, é preciso agendar uma consulta na unidade básica de saúde (UBS) de referência. Confira a lista completa das UBSs por meio deste link. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Profissionais de saúde terão curso de contagem de carboidratos 

A partir do dia 27, o Ambulatório de Pé Diabético da Região de Saúde Sul, na Policlínica do Gama (Polic-Gama), promove o curso Contagem de Carboidratos – Educação em Saúde em Diabetes. Inscrições serão feitas presencialmente no Hospital Regional do Gama | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília A capacitação se destina a usuários e servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 ou que já estejam em acompanhamento na unidade. As inscrições são feitas presencialmente no próprio ambulatório, no Hospital Regional do Gama, localizado na Área Especial nº 1 – Setor Central. [Olho texto=”Alunos deverão fazer a contagem de carboidratos de seus alimentos por conta própria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serão oferecidas três turmas em 2024. O curso contará com dois encontros presenciais, uma vez ao mês. O objetivo é melhorar os desfechos dos tratamentos oferecidos no ambulatório, estimulando os usuários a aprimorarem seu autocuidado e o consumo nutricional. As inscrições são gratuitas. A primeira aula vai orientar sobre os métodos de educação alimentar, tirar dúvidas e identificar limitações dos usuários em aderir à terapêutica nutricional proposta no acompanhamento. Após o encontro, os alunos terão o prazo de um mês para colocar o aprendizado em prática, realizando a contagem de carboidratos de seus alimentos por conta própria. Na segunda aula, quando deverão ser apresentados os resultados obtidos, o grupo receberá instruções sobre a manutenção do tratamento. Acesso ao serviço O atendimento da pessoa com diabetes é iniciado na unidade básica de saúde (UBSs) de referência, de acordo com o seu endereço residencial. No InfoSaúde é possível identificar a unidade, usando o Código de Endereçamento Postal (CEP) do paciente. Aqueles que possuem diabetes tipo 2 são acompanhados por um médico de família e um enfermeiro em consultas intercaladas. Quando necessário, e de acordo com a avaliação de risco, os usuários são encaminhados para avaliação de um endocrinologista nos ambulatórios especializados, com a participação de equipe multiprofissional. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já os pacientes com diabetes tipo 1 são encaminhados, prioritariamente, à endocrinologia do ambulatório de referência da região, e seguem com toda a assistência na UBS para entrega dos insumos (tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas). Diabetes mellitus O diabetes mellitus é um conjunto de alterações metabólicas que acarreta elevados níveis de glicemia no sangue, decorrentes da deficiência na produção de insulina. O quadro pode provocar complicações crônicas, como doenças cardiovasculares, oculares, renais e neurológicas. O tratamento do paciente com diabetes inclui educação e conscientização sobre a síndrome, estímulo para uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e orientações para metas de controle adequado de pressão arterial, peso, lipídios e glicemia. Curso de Contagem de Carboidratos – Educação em Saúde em Diabetes  ? Turma 1: do dia 27 deste mês a 26/3 ? Turma 2: 21/5 a 18/6 ? Turma 3: 3/9 a 5/11 ? Local: Ambulatório de Pé Diabético no Hospital Regional do Gama (HRG) – Área Especial nº 1 – Setor Central ? Horário: das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Data alerta para importância do diagnóstico precoce contra câncer infantil

O câncer é a doença que mais causa mortes de crianças no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no triênio 2023/2025, devem ser registrados cerca de 7.930 novos casos em crianças e jovens de até 19 anos a cada ano. O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, 15 de fevereiro, mostra a importância de lembrar que a doença é tratável e depende muito do diagnóstico precoce. Marcela Camatta, mãe de Cristina, que se tratou no HCB: “Qualquer complicação que surgia, ela era prontamente atendida. O cuidado e o apoio que recebemos lá foram fundamentais para salvar a vida da minha filha” | Foto: Arquivo pessoal “Os protocolos utilizados no Hospital da Criança são altamente intensivos, contando com uma equipe multidisciplinar composta por pneumologistas, infectologistas e outros profissionais de apoio”, explica a médica Isis Magalhães, oncologista e hematologista pediátrica do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB).  Segundo a especialista, não há como fazer a prevenção primária da doença. “Não temos associações com fatores específicos; nossa maior arma é o diagnóstico precoce”, afirma. O câncer infantil, lembra ela, apresenta uma biologia distinta em relação aos casos de adultos, por se manifestar rapidamente.  Tecnologia de ponta [Olho texto=”“Atualmente, dispomos de tecnologias de diagnóstico mais avançadas para oferecer o melhor cuidado às crianças” ” assinatura=”Isis Magalhães, oncologista e hematologista pediátrica do HCB” esquerda_direita_centro=”direita”] “O tipo mais comum de câncer na infância é a leucemia linfoide aguda, que tem origem nas células precursoras do sangue presentes na medula óssea”, aponta. “Seu principal sintoma é a interferência na produção sanguínea, manifestando-se através de anemia, diminuição dos glóbulos brancos de defesa e suscetibilidade a infecções recorrentes. Além disso, ocorre a diminuição das plaquetas, resultando em manchas roxas na pele, dores ósseas e articulares.” A oncologista enfatiza que é preciso buscar assistência médica ao menor sinal de suspeita. O HCB é reconhecido como referência nesse tipo de tratamento, contando com uma abordagem integrada que engloba assistência, ensino e pesquisa desde o nascimento da criança. “Atualmente, dispomos de tecnologias de diagnóstico mais avançadas para oferecer o melhor cuidado às crianças”, afirma. Enfrentamento à doença Marcela, 9, passou por tratamento oncológico no HCB em 2019. “Marcela estava sofrendo com dores abdominais, e, somente após uma consulta no Hospital da Criança, conseguimos um diagnóstico específico com um hematologista”, conta a mãe da criança, Cristina Camatta.  “Durante todo esse período, o Hospital da Criança foi nosso refúgio”, lembra. “Tínhamos fácil acesso aos médicos e o tratamento foi extraordinário. Qualquer complicação que surgia, ela era prontamente atendida. Tenho uma gratidão imensa por toda a equipe, que vai além do que consigo expressar em palavras. O cuidado e apoio que recebemos lá foram fundamentais para salvar a vida da minha filha.” [Olho texto=”“Minha filha recebeu um tratamento de padrão internacional, algo com que jamais poderíamos ter arcado na rede privada” ” assinatura=”Adriele de Assis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os sintomas do câncer infantil muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns entre as crianças. Por isso, consultas frequentes ao pediatra são fundamentais. São esses profissionais que podem identificar os primeiros sinais e encaminhar a criança para investigação diagnóstica e tratamento especializado. Caso certos sintomas persistam, é preciso investigar com profissionais qualificados o mais breve possível. Adriele de Assis enfrentou o medo e a insegurança ao ver a filha Emily, 7, diagnosticada com meduloblastoma, um tumor no sistema nervoso central. “Ela perdeu os movimentos durante o diagnóstico, o que foi um momento extremamente difícil para nós”, relata. “Ela sempre foi muito comunicativa. Um médico do Hospital de Ceilândia encaminhou o caso dela para o Hospital da Criança em 2021”. Emily passou por duas cirurgias no HCB e também enfrentou múltiplas sessões de quimioterapia e radioterapia ao longo de um ano, relembra Adriele. “Minha filha recebeu um tratamento de padrão internacional, algo com que jamais poderíamos ter arcado na rede privada. Sou imensamente grata por tudo que a equipe do HCB fez”. Histórico [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Há 12 anos em funcionamento, o HCB  complementa a rede de saúde do Distrito Federal e está entre os 40 melhores hospitais públicos do país. Atualmente, a unidade oferece vagas em 23 especialidades pediátricas para consultas, como alergia, anestesiologia, cardiologia, cirurgia pediátrica, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, genética clínica, ginecologia infanto-puberal, homeopatia, imunologia, infectologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, onco-hematologia, ortopedia, pneumologia, psiquiatria e reumatologia. O hospital realiza procedimentos de hemodiálise, diálise peritoneal, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, musicoterapia, terapia ocupacional, odontologia, farmácia, nutrição, enfermagem e serviço social. O HCB também faz exames laboratoriais e de imagem, endoscopia digestiva alta e colonoscopias, eletroencefalograma, potencial evocado, eletroneuromiografia, espirometria, tilt-test, teste de esforço, holter, mapa, curvas hormonais, pHmetria esofágica e eletrocardiograma. No rol de especialidades, destacam-se ainda a terapia renal substitutiva, na hemodiálise e na preparação de crianças para o transplante, e o transplante de medula óssea, que atua na cura de doenças como leucemias e erros da imunidade. Conheça mais sobre o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Atenção psicossocial dá vida nova aos dependentes de álcool e drogas

Questionado sobre o dia que marcou o seu renascimento, o cantor Rubens Lima, 61 anos, sabia decorado: 5 de abril de 2013. Era uma sexta-feira qualquer, mas, para ele, foi a data em que decidiu dar um basta à ingestão excessiva de bebida alcoólica. O acolhimento recebido pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Santa Maria foi crucial para que pudesse recomeçar a vida do zero em busca de conquistar tudo o que perdeu com a doença. São mais de 1.400 assistidos pelo centro de Santa Maria | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Essa data é muito marcante para mim porque foi quando eu realmente fui acolhido. É um centro que ajuda quem quer receber ajuda. A pessoa não se cura da noite para o dia, mas, aos poucos, a vida vai retomando ao normal. Em 2013, eu andava com um pessoal para quem o caminho era só o álcool”, compartilhou Rubens. Da mesma forma que ocorreu com Rubens, o Caps funciona como uma esperança que se acende na vida de quem acha que já não tem mais nada a perder. São mais de 1.400 assistidos pelo centro de Santa Maria, que também atende quem mora no Gama e no Entorno. A equipe, composta por 28 profissionais das áreas da medicina, enfermagem, assistência social, psicologia, terapia holística e educação popular, promove uma série de atividades para dependentes do álcool e das drogas. “A gente realiza atendimentos coletivos. São 19 grupos funcionando nos três turnos do dia, acompanhados pelos profissionais multidisciplinares do Caps. As reuniões terapêuticas e educativas atuam com o objetivo de diminuir cada vez mais a medicalização do paciente”, afirmou a assistente social Paula Juliana Foltran. [Olho texto=”A equipe, composta por 28 profissionais das áreas da medicina, enfermagem, assistência social, psicologia, terapia holística e educação popular, promove uma série de atividades para dependentes do álcool e das drogas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com ela, o espaço funciona como um refúgio, sem necessidade de marcações de horário. “Nós somos um centro de convivência. As pessoas podem vir todos os dias, mesmo que não haja atividade, e utilizar os nossos espaços. Temos salas com computadores, livros e locais para desenvolver arte. Somente para as consultas individuais é necessário agendar com o especialista”, explicou a assistente social. Os familiares dos pacientes também são recebidos pelas equipes. Esposas, maridos, irmãos, pais e mães são acolhidos pelos grupos destinados exclusivamente aos parentes. Esses têm o objetivo de promover a interação entre quem passa pelas mesmas situações, alinhando expectativas com o tratamento terapêutico, educativo e de reabilitação psicossocial promovido pelo Caps. Vida nova “Deus me livre de álcool. A bebida é a perdição do homem, ele perde a moral, perde a família. Eu vi que precisava de ajuda quando já estava ultrapassando todos os limites. Então, quem está numa situação difícil, não deixe se afundar no álcool, procure o tratamento que o governo oferece, porque é de muita qualidade”, pontuou Rubens. O funcionamento do Caps de Santa Maria é de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h no regime porta aberta, ou seja, qualquer paciente pode ir sem ser encaminhado por algum médico A vida nova também já começa a aparecer para o aposentado Paulo Henrique Paz do Nascimento, 56. Há uma semana sem beber, ele entende cada dia sem recaídas como algo que merece ser comemorado. “Eu percebi que estava demais. Meu café da manhã era bebida. Eu vendia todos os meus pertences para comprar cada vez mais. Agora vou ter de recomeçar e conquistar tudo o que perdi. Nesses sete dias em que não bebo, já vejo que estou me sentindo bem, me alimentando melhor. É tudo muito difícil, mas ter esse apoio do governo é ótimo. Vou pegar firme e vir todos os dias para os encontros”, disse Paulo, determinado em dar continuidade ao tratamento no Caps. Atendimento O Caps de Santa Maria atende pacientes acima de 16 anos com vício em álcool e drogas. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h no regime porta aberta, ou seja, qualquer paciente pode ir sem ser encaminhado por algum médico. Um dos diferenciais é a atenção que as equipes dão aos pacientes. Toda segunda-feira há uma reunião de boas-vindas para os pacientes e familiares. Às quintas, é a vez da reunião das famílias. Atualmente, são 18 unidades do Caps de todas as modalidades distribuídas pelas regiões de saúde do DF. Para ver qual o centro mais perto de você, confira a listagem completa no site da Secretaria de Saúde.

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