Aproximadamente mil pessoas participaram de visitas técnicas ao longo da obra do Drenar DF
As obras do Drenar DF, maior programa de captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), foram acompanhadas de perto por estudantes das principais faculdades e universidades de engenharia e arquitetura da capital federal, integrantes da sociedade civil e servidores de diferentes órgãos públicos. Entre março de 2023 e novembro de 2024, foram registradas 43 visitas técnicas com a participação de aproximadamente mil pessoas. Visitas envolveram estudantes de engenharia e de arquitetura, além de servidores públicos e representantes da sociedade civil | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “As visitas eram a oportunidade que nós tínhamos para entrar nas galerias e mostrar o método construtivo do Drenar” Hamilton Lourenço Filho, diretor técnico da Terracap Mais do que garantir a transparência do serviço, a iniciativa teve como objetivo compartilhar o método inovador de construção: o tunnel liner, por meio do qual o trabalho foi executado dentro de galerias subterrâneas a partir de poços de visitas (PVs) na superfície. No total, foram criados 108 PVs, com profundidade média de 11,32 metros. Alguns chegaram a 21,3 metros de altura – o equivalente a um prédio de seis andares. A partir das estruturas, foi montada a tubulação, sem causar transtornos à população. “As visitas eram a oportunidade que nós tínhamos para entrar nas galerias e mostrar o método construtivo do Drenar”, afirma Hamilton Lourenço Filho, diretor técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). “Foi uma forma de divulgação forte e extensa do nosso trabalho para diferentes matizes da sociedade. Recebemos desde associações a órgãos públicos, e quase metade das visitas foram feitas por alunos, o que foi especialmente interessante para que eles tivessem acesso a essa técnica, que é uma novidade.” As visitas ocorriam de forma periódica em duas etapas. A primeira foi na sede da Terracap, com uma apresentação do projeto. Depois, em poços de visitação ou na bacia do Drenar, os visitantes podiam verificar os detalhes da estrutura composta por 7,7 km de túneis, que vão ampliar a rede de escoamento da água da Asa Norte. Infraestrutura Organizados em grupos, visitantes puderam conhecer o passo a passo da grande obra que é o Drenar DF 7,7 km Extensão das galerias subterrâneas que vão direcionar o volume de águas captado Projetado para acabar com os alagamentos e enxurradas provocados pelas fortes chuvas nas primeiras quadras da Asa Norte, o Drenar DF duplica a capacidade de captação de águas pluviais na região, sem deixar de lado o sistema que já funciona. O investimento é de R$ 180 milhões, recursos originários do orçamento da Terracap, responsável pela coordenação da empreitada. São 7,7 km de galerias subterrâneas que vão direcionar o volume pluvial captado por 291 novas bocas de lobo, construídas em pontos estratégicos, para a bacia de detenção. O reservatório, localizado no Setor de Embaixadas Norte, é a ponta final do sistema e vai garantir que as águas cheguem ao Lago Paranoá em menor velocidade e com maior qualidade, já que resíduos, como lixo e animais mortos, serão retidos no tanque. Devido à grandiosidade da empreitada, os serviços foram divididos em cinco lotes. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB Mané Garrincha e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chega à L4 Norte, atendendo ainda o sistema de drenagem até a altura das quadras 4 e 5.
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Drenar DF: Mais de 100 poços de visita permitiram escavação das galerias
Todos os 107 poços de visita (PVs) do Drenar DF – maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF) – estão prontos, com escavação e montagem concluída. As estruturas verticais possibilitaram a escavação das galerias, por onde passará a água captada pelo sistema de drenagem, reduzindo o incômodo para a população. Com investimento na ordem de R$ 180 milhões, o Drenar DF foi dividido em cinco lotes e é executado pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). O projeto duplicará a capacidade de escoamento da região sem modificar a rede existente, dando fim a enchentes recorrentes em todo o período de chuvas. Os 107 poços de visita do Drenar DF já estão prontos, com escavação e montagem concluída; as estruturas são pontos de partida para a escavação das galerias | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A metodologia empregada no programa é conhecida como tunnel liner e garante maior agilidade aos serviços, sem abertura de grandes valas no meio da cidade. Após a abertura dos poços de visita, é feita a escavação das galerias. A cada 46 cm de solo escavado com pás e picaretas, foram instaladas chapas de aço curvadas para sustentar o túnel aberto. Por serem pontos de partida para a escavação das galerias, as entradas também são chamadas de poços de ataque, conforme explica o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. “São por esses pontos que o pessoal desce e sobe para o trabalho, com equipamentos e com o material que é escavado. Quando concluirmos a obra, esses poços de ataque serão equipados com escadas, tampas e tudo mais, para que haja a manutenção do sistema”, salienta. Ao final da obra, os poços de visita serão equipados com escadas, tampas, para que possam ser usados na realização de inspeções e manutenções| Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As entradas de acesso à rede têm profundidade média de 11,32 metros, e algumas chegam a 21,3 metros de altura – o equivalente a um prédio de seis andares. Após a conclusão da obra, as estruturas servirão para inspeção, manutenção e limpeza das galerias, conforme manual estabelecido pela Terracap. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e vai até o Lago Paranoá, passando pelas quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando as W3 e W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da Via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte. Ao final do percurso, uma bacia de detenção será construída para reduzir a velocidade e melhorar a qualidade das águas pluviais, antes que o volume desague no Paranoá. A lagoa fará parte do Parque Internacional da Paz, um espaço que mistura lazer e natureza no Setor de Embaixadas Norte. O projeto conta com ciclovia, praça e paisagismo – serão plantadas mais de 200 árvores e arbustos de espécies típicas do Cerrado.
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Órgão de fiscalização faz acompanhamento das obras do Drenar DF
“Nós temos a convicção de que o cronograma físico-financeiro está sendo cumprido e que, com certeza, nós vamos ter essas obras praticamente concluídas no segundo semestre do ano que vem. Isso vai trazer grande segurança na Asa Norte, onde os alagamentos são recorrentes.” A afirmação é do procurador distrital dos Direitos do Cidadão, Eduardo Sabo, durante a visita de representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) à bacia de detenção do Drenar DF – maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF). Ainda segundo Sabo, o Ministério Público, por meio da Procuradoria do Cidadão, tem acompanhado de perto o Drenar DF. “É um desafio para a cidade, para todo o corpo técnico da Terracap e também para as cinco empresas para fazerem com que essas obras sejam executadas no prazo correto. É uma obra que exige um cuidado muito especial, porque é toda subterrânea”, esclareceu. Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) visitaram as obras do Drenar DF nesta quinta-feira (21) | Fotos: Divulgação/Terracap O procurador distrital fez essa afirmação, pois apenas os poços de visita (PVs) estão ao alcance dos olhos da população. A escavação e estruturação da nova rede subterrânea – entre 6 e 22 m de profundidade –, é realizada de forma manual, com pás e picaretas. Desta forma, os transtornos são mínimos, sem desvios no trânsito e abertura de valas, por exemplo. A obra foi dividida em cinco contratos, que iniciaram as escavações em datas diferentes. Juntos, empregam cerca de 340 pessoas e cerca de 170 empregos indiretos. Túneis escavados Mais de 4 km de túneis foram escavados até o momento O Drenar DF atingiu, na semana passada, a marca de 4 km de túneis escavados, de um total de quase 7,6 km previstos. Além disso, já são 1,5 km de passagens subterrâneas concretadas – o interior da tubulação é revestido com uma camada de concreto que varia de 5 a 7,5 cm de espessura, o que protege o aço do efeito corrosivo da água. O projeto utiliza o método tunnel liner, em que o acesso às galerias é feito por essas aberturas. A cada 46 cm de solo escavado, chapas de aço corrugado — produzida em alumínio, que possui algumas saliências propositais em toda a sua superfície com o principal intuito de aumentar a sua aderência — são montadas para sustentar o túnel aberto. As placas, com espessuras que variam de 2,2 mm a 6,5 mm, são parafusadas umas às outras conforme a escavação avança. “Hoje, eu diria que é a maior obra em sistema não destrutivo do Brasil, utilizando o método tunnel liner. É uma grande obra de macrodrenagem. Por isso, é importante estar por perto, em termos de fiscalização, e acompanhar todo esse processo executivo”, explicou o consultor técnico de Infraestrutura da Terracap e projetista do Drenar DF, Franks Fonseca . Bacia de detenção Para receber as águas das chuvas captadas no início da Asa Norte, ao fim do percurso está sendo construído um reservatório de qualificação de água pluvial no Setor de Embaixadas Norte, local visitado pelo grupo do MP. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Implantado em uma área de 36 mil m², dentro do Parque Urbano Internacional da Paz, o reservatório terá dupla função. A bacia de detenção, munida de dissipadores na sua entrada e vertedores na saída, vai reduzir a pressão da água que chega ao Paranoá. Além disso, a sujeira trazida pela chuva vai decantar no fundo da lagoa, resultando na melhoria da qualidade da água lançada no Lago Paranoá. A lagoa vai comportar até 96 mil m³ de água. Por estar dentro de um parque urbano, o acesso à bacia ficará protegido. O reservatório será totalmente cercado por alambrados de aço galvanizado com 1,10 m de altura. Além da bacia de detenção, o Parque Internacional da Paz contará com ciclovia e diversificado projeto paisagístico. Serão mais de 200 árvores e arbustos plantados em uma área livre de 5 mil m², entre espécies para sombreamento, como magnólias do brejo, aroeiras vermelhas e copaíbas; e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira. ? O projeto Com investimentos na ordem de R$ 180 milhões oriundos da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), o Drenar DF pretende resolver os problemas de alagamentos e enxurradas no início da Asa Norte. Para tanto, está sendo construída uma ampla rede de drenagem pluvial – complementar ao sistema já existente –, que começa nas imediações do Estádio Nacional e descerá à via L4 Norte e depois ao Lago Paranoá. O presidente da Terracap, Izidio Santos, lembra que o sistema de drenagem nessa região foi concebido à época da construção da cidade, com os métodos construtivos disponíveis. “Hoje temos outra realidade e pretendemos sanar os problemas existentes com essa importante obra”, ressalta. A nova tubulação, em construção, passa paralela às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte. *Com informações da Terracap
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Túneis escavados do Drenar DF começam a ser concretados
Uma nova etapa das obras do Drenar DF está em execução. Após alcançar 3,8 km de túneis horizontais escavados, o programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF) entrou na etapa de concretagem das galerias. O material já foi aplicado em 1,1 km de túneis horizontais. Dos 770 metros de túneis verticais prontos, 28 metros já estão concretados. Trata-se de uma fase mais ágil das obras, quando é possível executar 30 metros por dia, e necessária para que os túneis recebam as águas das chuvas. “Para fazer a concretagem do túnel é colocada uma tela em volta da chapa metálica e aplicado o concreto pela máquina projetora, que joga o material. Em seguida é feito o processo de alisamento”, explica o diretor técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho. Dos 3,8 km de túneis horizontais, 1,1 km já foi concretado. Dos 770 metros de túneis verticais prontos, 28 metros tiveram material aplicado | Foto: Divulgação/Terracap A obra completa terá quase 8 km escavados horizontalmente e verticalmente na técnica tunnel liner, que permite realizar a construção de galerias e passagens subterrâneas sem que seja necessário interferir na superfície, o que evita transtornos no cotidiano dos moradores das regiões por onde as obras são realizadas. [Olho texto=”“O Drenar DF é um programa do GDF que envolve três áreas do Plano Piloto e uma de Taguatinga. Estamos na primeira fase na Asa Norte, onde anualmente temos alagamentos. A rede existe, mas está sobrecarregada. Com o programa, estamos resolvendo tanto o problema de alagamento quanto o da qualidade de água que é levada para o Lago Paranoá”” assinatura=”Hamilton Lourenço Filho, diretor técnico da Terracap” esquerda_direita_centro=”direita”] Com investimento de R$ 174 milhões, o Drenar DF saiu do papel em janeiro deste ano, depois de duas décadas de espera, para sanar antigos problemas de inundação em áreas críticas da Asa Norte. A primeira etapa abrange as quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402 da Asa Norte e cruza o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte. O projeto foi dividido em cinco lotes e é executado por quatro empresas diferentes contratadas pela Terracap e coordenadas pela Concremat. São 30 frentes de trabalho e cerca de 300 operários envolvidos. “O Drenar DF é um programa do GDF que envolve três áreas do Plano Piloto e uma de Taguatinga. Estamos na primeira fase na Asa Norte, onde anualmente temos alagamentos. A rede existe, mas está sobrecarregada. Com o programa, estamos resolvendo tanto o problema de alagamento quanto da qualidade de água que é levada para o Lago Paranoá”, revela o diretor técnico. Lagoa de detenção [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Parte final das galerias de escoamento e captação de águas pluviais, a bacia de detenção tem a função de reduzir a pressão do volume de água que desemboca no Lago Paranoá. Ela permitirá que o lixo arrastado nas enxurradas seja filtrado e que a água chegue até o destino final em menor velocidade, evitando o assoreamento do lago. Para a construção da bacia já foram escavadas mais de 233 mil m³ de solo. O projeto prevê a retirada de 245,8 mil m³ do local. Com a escavação praticamente concluída, os serviços se expandiram para o plantio de mudas de árvores, com o apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Em breve serão iniciados o plantio de gramas e a instalação dos dissipadores de energia, que são dispositivos de concreto que retiram a força das águas da chuva captadas. A bacia está localizada dentro do futuro Parque Urbano Internacional da Paz, que também será construído pela Terracap. O espaço terá uma praça com paisagismo, ciclovia, plantio de árvores e calçamento.
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Drenar DF alcança 3,6 km de túneis escavados
O mais ambicioso projeto de drenagem de Brasília atingiu um marco importante nesta semana. Por debaixo da terra, os túneis do Drenar DF já alcançaram 3,6 km de um total previsto de 7,68 km. O trabalho subterrâneo, no método tunnel liner, evita transtornos para os moradores das regiões onde as obras são executadas. As escavações passariam quase despercebidas pela população, não fossem os poços de visita (PVs) estruturados pelo caminho. GDF investiu R$ 174 milhões na nova rede de escoamento das quadras iniciais da Asa Norte | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Na superfície, ao alcance dos olhares mais curiosos, a escavação da bacia de contenção que atenderá o programa, localizada na L2 Norte, está perto de ser concluída – mais de 233 mil m³ de solo foram removidos, faltando menos de 13 mil m³ para o fim. [Olho texto=”“Estamos fazendo outras importantes obras de drenagem no Distrito Federal, como no Setor Policial Sul e em Taguatinga, na região da Avenida Hélio Prates” ” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Drenar DF saiu do papel em janeiro deste ano, depois de duas décadas de espera, para sanar antigos problemas de inundação em áreas críticas da Asa Norte. O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 174 milhões na construção da nova rede de escoamento nas quadras iniciais do bairro, com tubulações saindo das proximidades do Estádio Nacional Mané Garrincha e descendo pela via L4 Norte, até chegar ao Lago Paranoá. Visita Na manhã desta sexta-feira, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, conferiu de perto o andamento das obras do Drenar DF. “A Asa Norte já sofreu com inúmeros alagamentos e garagens inundadas”, lembrou. “A gente espera acabar com esse trauma grande a partir do próximo ano. E estamos fazendo outras importantes obras de drenagem no Distrito Federal, como no Setor Policial Sul e em Taguatinga, na região da Avenida Hélio Prates”. O governador ressaltou que, desde o início das obras, nenhum acidente de trabalho foi registrado nos canteiros do Drenar DF. Isso porque o método utilizado na construção dos túneis é bastante seguro. “É um processo feito de forma muito manual”, comentou Ibaneis Rocha. “As pessoas cavam aos poucos e, a cada 46 cm, colocam placas de aço para fazer a contenção da terra”. [Olho texto=”“A bacia de contribuição tem uma grande importância ambiental, porque garante que a água captada pelo Drenar DF deságue no Lago Paranoá com mais qualidade e menos velocidade” ” assinatura=”Izidio Santos, presidente da Terracap” esquerda_direita_centro=”direita”] A tecnologia usada no Drenar DF, chamada de tunnel liner, é um método não destrutivo que além de garantir a segurança dos operários, não causa transtornos à população. A escavação das galerias é feita pelo subterrâneo, a partir de poços de visita abertos na superfície, com profundidades que variam de 6 m a 22 m. A rede terá 104 dessas aberturas que permitem o acesso aos túneis. Deste total, 55 estão escavadas. Tombamento Presidente da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), responsável pelo Drenar DF, Izidio Santos apontou que o tunnel liner permite que as obras da rede de escoamento respeitem o tombamento do Plano Piloto. A preocupação em não causar danos paisagísticos à cidade também está refletida na construção da bacia de contenção do programa. “Ela vai fazer parte do Parque Internacional da Paz, um espaço que vai oferecer ciclovia, calçadas e um projeto de paisagismo muito bacana, que passou pela aprovação do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]”, contou Izidio Santos. “A bacia de contribuição tem ainda uma grande importância ambiental, porque garante que a água captada pelo Drenar DF deságue no Lago Paranoá com mais qualidade e menos velocidade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com a escavação da lagoa praticamente concluída, outras frentes de trabalho serão abertas. Plantio de grama, instalação de alambrados e construção de dissipadores de concreto para controlar a entrada e saída de água na bacia estão entre elas. As paredes laterais da bacia ainda serão reforçadas para evitar o processo de erosão provocado pelas chuvas. Drenagem dupla Mesmo com a construção das novas galerias do Drenar DF, o antigo sistema de escoamento que atende a Asa Norte será mantido em funcionamento. O objetivo, de acordo com o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço, é potencializar a capacidade de drenagem da região. “As águas captadas pela rede já existente serão descarregadas na nova em cinco pontos, um sangramento que vai aliviar o volume que corre pelas tubulações mais velhas”, explicou. “E o escoamento para as galerias do Drenar DF será feito por 274 novas bocas de lobo que serão construídas no trecho que vai do Estádio Mané Garrincha ao Setor de Embaixadas Norte.”
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Escavação do túnel do Drenar DF chega a 900 m
Projeto de escoamento mais ambicioso do Distrito Federal, o Drenar DF promete solucionar definitivamente os alagamentos e enchentes no Plano Piloto. Iniciadas em 10 de janeiro, as obras seguem em ritmo ágil. Já foram escavados quase 900 m de túnel horizontal, por onde o volume pluvial passará até chegar à bacia de retenção, que será construída próximo ao Lago Paranoá. Diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho (E), explica que “a rede existente está sendo duplicada, logo, teremos o dobro da capacidade de vazão da água pluvial, sem as famosas cachoeiras do eixinho e sem os alagamentos” | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com investimento de R$ 174 milhões, a primeira etapa do projeto foi dividida em cinco lotes e prevê a criação de 7,68 km de tubulação a partir das redondezas da Arena BRB Mané Garrincha. A rede seguirá em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte. “O projeto identificou os pontos que precisavam ser reforçados. A rede existente está sendo duplicada, logo, teremos o dobro da capacidade de vazão da água pluvial, sem as famosas cachoeiras do eixinho e sem os alagamentos”, destaca o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho. A abertura das galerias usa a tecnologia tunnel liner para concentrar os serviços no subterrâneo. Ao alcance dos olhos da comunidade, estão apenas os poços de visita (PVs), que podem chegar a uma profundidade de 22 m. A escavação dos túneis é feita a partir deles, com a ajuda de chapas de aço montadas para sustentar o túnel aberto. Já foram escavados cerca de 190 m de túnel vertical, referentes aos PVs, em 25 pontos diferentes. A engenheira civil Jaqueline Resque, contratada para supervisionar os lotes do Drenar DF, salienta que o método tunnel liner garante mais agilidade com incômodo mínimo para a população. “É uma obra muito mais sustentável comparada a uma obra comum de drenagem pluvial”, explica. Engenheira civil contratada para supervisionar os lotes do Drenar DF, Jaqueline Resque ressalta que o método tunnel liner garante mais agilidade com incômodo mínimo para a população: “É uma obra muito mais sustentável comparada a uma obra comum de drenagem pluvial” “Os poços de visita foram concentrados, principalmente, nos canteiros para não interferir no trânsito e os túneis são executados sob as vias. Assim, o trânsito continua normalmente e ninguém nem vê a obra sendo executada”, completa Resque. Feedback Esta sexta-feira (31) foi dia de visita às obras. Moradores da região puderam conferir de perto a construção do sistema a convite da Terracap. O grupo esteve no PV localizado próximo à Avenida W3 Norte. O prefeito da Quadra 302 Norte, David Mata (E), o aposentado João Lopes (C), e o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho O prefeito da Quadra 302 Norte, David Mata, 64 anos, revela que o problema com o escoamento pluvial era uma reclamação constante entre a comunidade. “Há mais de 20 anos sofremos com os problemas das enchentes e alagamentos. São muitos os prejuízos financeiros”, desabafou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diante do trabalho dos operários e maquinários, ele celebra que, em breve, o período chuvoso não será sinônimo de preocupação. “Finalmente estava vendo algo físico e que vai dar certo”, disse. É o que pensa também o aposentado João Lopes, 79, que é morador da Asa Norte desde 1978. “Quem está conduzindo o projeto está de parabéns”, elogiou.
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Avançam obras de drenagem na Estrada Setor Policial Militar
O tunnel liner permite que os trabalhos de escavação para a montagem da estrutura subterrânea sejam feitos sem ter que interromper o trânsito de veículos e pedestres na superfície | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília As obras de reformulação do sistema viário na Estrada Setor Policial Militar (ESPM) estão em pleno andamento. Atualmente, está sendo feito o sistema de drenagem do trecho, que terá extensão de 8.569 metros lineares e, até junho deste ano, atingiu 25% de execução. A etapa reúne a escavação dos túneis de concreto, galerias, tunnel liner (rede de drenagem em método não destrutivo) e bacia de detenção, com investimentos de R$ 47,9 milhões. De acordo com a Secretaria de Obras e Infraestrutura, o escoamento começa na Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), na Quadra 3 do Setor Policial, e termina na Vila Brasília. “A parte de drenagem precisa ser feita primeiro, para depois fazermos o pavimento em concreto rígido e de asfalto”, explica o engenheiro Vilmar Azevedo, responsável pela fiscalização da obra. [Olho texto=”“Nós montamos as galerias como se fossem peças de lego. Lançamos uma por uma no local certo com um guindaste e, depois, reaterramos”” assinatura=”Gustavo Rabelo, gerente de contrato do consórcio G5″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] O gerente do contrato do consórcio G5, que executa a segunda etapa da obra da ESPM, Gustavo Rabelo, explica que o escoamento começa pelas bocas de lobo e bueiros, que captam a água das chuvas. Em seguida, o contingente líquido passa por tubulações de concreto, galerias e tunnel liners, até chegar na bacia de detenção. “À medida que se tem quantidade maior de água para colher, aumenta-se o diâmetro dos tubos de concreto. Mas, chega um ponto que não dá mais pra fazer isso, e aí entram as outras estruturas de drenagem. Nesse caso, as galerias e o tunnel liner, ambos com maior capacidade de escoamento”, enumera Rabelo. Ponto a ponto O tunnel liner é uma estrutura usada em locais em que não pode haver destruição da via, ou seja, enquanto o trabalho subterrâneo acontece, o movimento de veículos e pedestres segue intacto. A técnica atravessa o Terminal da Asa Sul, Eixão Sul e Avenida das Nações. O gerente Gustavo Rabelo, do consórcio G5, detalha as etapas da obra e diz que os trabalhos vão impedir enchentes e alagamentos no período mais crítico de chuvas Para a execução do trabalho, é aberto um ponto de apoio no terreno, chamado tecnicamente de poço de visita, em uma área em que pode haver destruição. Os operários descem pelo poço e seguem escavando manualmente, com varetas e pás, à medida em que também instalam anéis metálicos. “Não tem como entrar nenhum equipamento pelo poço, então é um avanço que pode parecer lento, mas não é. Ao longo de uma semana, a gente escava em torno de 10 metros de comprimento. Em dois meses, temos um tunnel liner de quase 70 metros”, afirma. Depois de montada a estrutura metálica, é aplicado um revestimento de concreto em toda a superfície. Também estão sendo construídas galerias, estruturas pré-moldadas com cinco dimensões distintas, a depender da localização. “Quanto mais próxima à bacia de detenção, maior o diâmetro da galeria”, explica Rabelo. A maior peça tem dimensão de 3,40 m X 3,40 m, com um metro de comprimento e pesa 7,5 toneladas. “Nós montamos as galerias como se fossem peças de lego. Lançamos uma por uma no local certo com um guindaste e, depois, reaterramos”, indica o gerente do contrato, informando ainda que as galerias chegam ao canteiro de quatro em quatro peças, todos os dias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois de passar por todo o sistema, a água pluvial tem um único destino: a bacia de detenção. A estrutura tem 12 metros de profundidade e 357 mil metros cúbicos. “A função dela é a retenção da água, mas, diferentemente de lagoas, por exemplo, ela não permanece ali. Na verdade, passa por dissipadores de energia e segue para o Lago Paranoá”, completa Rabelo. A bacia terá acesso restrito e será toda protegida por alambrados, para evitar acidentes. “É um trabalho todo ramificado que vai impedir enchentes e alagamentos no período mais crítico de chuvas”, finaliza o gerente.
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Obras subterrâneas não param em Vicente Pires durante as chuvas
Tunnel liner em construção para captação de águas das chuvas em Vicente Pires. Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Atento às demandas da população de Vicente Pires e à necessidade urgente de melhorias na antiga colônia agrícola de Brasília, o Governo do Distrito Federal dá prosseguimento às obras de drenagem na cidade, mesmo durante o período de chuvas. Escavações subterrâneas, construção de galerias pluviais e até de lagoas para captação das águas são intervenções que estão sendo executadas neste período. As fortes chuvas que têm caído em Brasília nos últimos meses impedem a aceleração das obras de pavimentação, mas a ordem é não parar. Diante disso, 182 quilômetros de galerias subterrâneas começaram a ser construídos na cidade, numa intervenção inédita na infraestrutura de Vicente Pires. “São obras que, aos olhos do morador, não estão sendo vistas e parece que nada está sendo feito durante o período chuvoso, mas os homens estão trabalhando diariamente debaixo da terra nessa etapa, que é fundamental para garantir a qualidade do serviço que será feito em cima, o de pavimentação. Sem rede de drenagem não há asfalto que resista”, explica o secretário de Obras, Izídio Santos. [Olho texto='”Chegou a hora de finalmente avançarmos e dar qualidade de vida aos moradores e comerciantes de Vicente Pires”‘ assinatura=”Ibaneis Rocha, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A cidade foi dividida em 11 lotes, com projetos aprovados e licitados por oito empresas do Distrito Federal. Neles estão previstas obras de drenagem e pavimentação de ruas, além da construção de lagoas responsáveis por captar as águas de chuva da cidade e depois direcioná-las aos córregos da região. Ao longo das últimas administrações, porém, pouco se avançou. [Numeralha titulo_grande=”182 km” texto=”de galerias subterrâneas em construção” esquerda_direita_centro=”direita”] Serão investidos R$ 460 milhões em obras que atenderão 2,2 mil hectares de área total e beneficiarão 75 mil moradores. A pavimentação de ruas chegará a 253,4 quilômetros. Também serão construídos 468 quilômetros de meios-fios. A previsão de entrega das obras – com geração de 450 empregos diretos e 1,2 mil indiretos – é em 2020. Leia também: Apesar de transtornos, moradores e comerciantes de Vicente Pires apostam nas obras Tunnel liner A estrutura de construção de redes de escoamento de água sem que as ruas precisem ser interditadas é chamada de tunnel liner. Nele, apenas um ponto de apoio é aberto no terreno e por ele começa a escavação. A profundidade varia de acordo com as condições do solo de cada lote. A equipe de reportagem da Agência Brasília visitou dois túneis na última semana. [Numeralha titulo_grande=”253,4 km” texto=”de ruas a serem pavimentadas” esquerda_direita_centro=”direita”] Sob a rua da Feira, a sete metros de profundidade, placas de aço já começaram a dar forma aos 120 metros de galeria pluvial que passará por lá. De segunda à sexta-feira – e em alguns finais de semana –, homens avançam 1 metro diariamente do túnel de aproximadamente 2,8 metros de diâmetro. A construção da rede de drenagem é o primeiro passo de preparação dos canais de captação de água. Obras como a preparação do solo para, posteriormente, receber o asfalto da pavimentação e a construção dos bueiros só podem ser feitas no período de seca, para não serem desmanchadas por uma chuva eventual. Segundo a engenheira da Secretaria de Obras, Elizabete Borges e Borges, existe uma tática de engenharia pensada e executada faça chuva ou faça sol e, por isso, os moradores e comerciantes devem ter paciência. “Até mesmo quando chove nós estamos trabalhando, seja nos tunnel liners ou em laboratório de análise da terra. É importante aguardarmos a mudança climática para avançar sem perder o trabalho que será feito.” [Numeralha titulo_grande=”84″ texto=”dissipadores” esquerda_direita_centro=”direita”] Dissipador A engrenagem de recepção, escoamento e recepção da água que cai sobre Vicente Pires é simples, apesar da complexa atuação dos técnicos do GDF para reordenar a região. Isso porque, como foi loteada e ocupada sem infraestrutura, moradores se juntaram em condomínios e, cada um ao seu modo, construíram canais de recepção individuais e sem interligação uns com os outros. O que o GDF faz agora é criar uma rede de drenagem. Com a nova rede, as águas serão escoadas pelas bocas de lobo, nas laterais das vias. Ali serão direcionadas ao canal central, seja em tunnel liners ou em anilhas instaladas estruturantes com a perfuração do terreno. Dali, toda a água captada das ruas é direcionada para lagoas construídas na região e, então, deságua nos córregos. Ao todo são 22 lagoas. Como o terreno de Vicente Pintes tem um declive de 120 metros desde Taguatinga até o Jóquei, a força da água em dias de chuva é muito forte. Para reduzir essa velocidade, e impedir o assoreamento dos córregos para onde a água da chuva é direcionada, foram construídos dissipadores, espécies de grandes placas de pedras em caixas de tela de arame por onde a água entra e mantém o fluxo de escoamento, porém já com menor força. Serão 84 dissipadores em diversos pontos de Vicente Pires.
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