Nomeado patrono da escola pública no Brasil, Anísio Teixeira deixou legado no DF
Defensor de uma educação democratizada, Anísio Teixeira, até hoje, é referência na área. Sua atuação foi reconhecida no último Dia do Professor, quando uma lei consagrou o pensador baiano — que morreu em 1971 — como patrono da escola pública no Brasil. Em Brasília, um de seus legados são as Escolas Parque. Anísio vislumbrava um ensino integral que fosse além das disciplinas tradicionais, como Português e Matemática. Por isso, foi convidado a trazer esse modelo de escola à nova capital. À época da construção, o educador dirigia o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) — instituição que, mais tarde, viria a receber seu nome — e já havia implementado uma unidade em Salvador (BA) — até hoje, a única fora do Distrito Federal. Em Brasília, um dos legados de Anísio Teixeira são as Escolas Parque | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A ideia era que os estudantes tivessem as aulas convencionais nas Escolas Classe e, no contraturno, fossem às Escolas Parque para ter aulas de artes visuais, música, teatro e educação física. A pioneira foi a Escola Parque da 307/308 Sul, tombada como patrimônio cultural do DF em 2004, que, atualmente, recebe alunos de quatro colégios, do 1º ao 5º ano. “É um projeto fantástico do ponto de vista do crescimento intelectual do indivíduo, tendo a Escola Classe e, aqui na Escola Parque, acesso a essas aulas que são diferenciadas gratuitamente”, destaca o diretor da unidade, Alexandre Baena, que ainda ressalta o resultado pedagógico aos alunos: “Eles têm um crescimento muito bom. A gente encontra famílias, depois de terem saído da Escola Parque, que falam sobre a diferença de a criança ter passado por aqui”. E o “parque” da escola não se restringe à ideia de as disciplinas serem mais lúdicas. O espaço físico também foi pensado para envolver os estudantes. “Esse espaço é incrível, com jardim, piscina, quadras ao ar livre, teatro, as salas grandes, espaçosas… A gente tem uma arquitetura fantástica. Tudo isso é inspirador. Quando a gente faz o planejamento das aulas, a gente incentiva os professores a manterem esse conceito de Escola Parque, de ensinar de forma lúdica, brincando, de as crianças terem espaço para desenvolver a criatividade delas”, pontua a supervisora pedagógica e professora de música, Mariana Mesquita. “É um lugar encantador”, completa. “É um projeto fantástico do ponto de vista do crescimento intelectual do indivíduo, tendo a Escola Classe e, aqui na Escola Parque, tendo acesso a essas aulas que são diferenciadas gratuitamente”, destaca o diretor da Escola Parque da 307/308 Sul, Alexandre Baena Educação integral O DF conta hoje com oito Escolas Parque, sendo três na Asa Sul, duas na Asa Norte, uma no Núcleo Bandeirante, uma em Brazlândia e uma na Ceilândia — que, inclusive, leva o nome de Anísio Teixeira. Todas são geridas pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Educação (SEEDF). As do Plano Piloto funcionam recebendo alunos no contraturno todos os dias, enquanto, nas demais, estudantes de diferentes escolas vão uma vez por semana no horário regular. Mas o ensino integral não é restrito às escolas pensadas por Anísio Teixeira. Ao todo, o DF tem 172 unidades com educação integral, que atendem 30.314 estudantes. “A educação em tempo integral tem várias importâncias. Além de ampliar o tempo na escola, ela amplia os espaços de atendimento, na perspectiva da vulnerabilidade. Quando tira a possibilidade da criança e do jovem ter contato com um mundo que não é da escola — como o da violência e o das drogas —, o ganho social é muito grande. Tem também o ganho na segurança alimentar, já que os estudantes contam com cinco refeições garantidas, e os aspectos pedagógicos: se formos observar os índices, as escolas de tempo integral têm as melhores notas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”, reforça a diretora de Educação em Tempo Integral da SEEDF, Érica Soares Martins. Mariana Mesquita, supervisora pedagógica e professora de música: “Esse espaço é incrível, com jardim, piscina, quadras ao ar livre, teatro, as salas grandes, espaçosas… A gente tem uma arquitetura fantástica. Tudo isso é inspirador” Anísio Teixeira Nascido em Caetité, na Bahia, em 1900, Anísio Teixeira formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua trajetória na educação começou em 1931, quando assumiu a Diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal, que, à época, era o Rio de Janeiro. A criação da Escola Parque em Salvador veio em 1950, quando era secretário de Educação da Bahia. Na nova capital federal, além das Escolas Parque, ele ajudou a criar a Universidade de Brasília (UnB), da qual foi reitor entre 1962 e 1963 e que hoje tem um pavilhão batizado em sua homenagem. “Ele foi um dos autores do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia que a educação fosse pública, gratuita e de qualidade e que os cidadãos participassem de uma formação que possibilitasse não só o conhecimento formal, mas tivessem acesso a outras áreas”, conta Klever Corrente Silva, doutor em Educação pela UnB, professor da Universidade do Distrito Federal (UnDF) e da rede pública de ensino do DF. “É muito relevante essa perspectiva, essa formação humana. Não apenas as questões intelectuais, mas formar o indivíduo em toda a sua integralidade. E não só crianças, mas adultos também”, arremata o docente.
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Obras dos hospitais de campanha seguem no fim de semana
Demarcação das estruturas do Hospital de Campanha do Plano, dentro do Autódromo Internacional Nelso Piquet | Fotos: Adriano Teixeira/Novacap As obras de construção dos três hospitais de campanha – que vão reforçar o combate à covid-19 – não param. Neste sábado (27) e domingo (28), 39 operários estão, literalmente, com a mão na massa. As empresas contratadas têm até 20 dias para entregar as unidades montadas localizadas no Plano Piloto, Gama e Ceilândia. No empreendimento do Autódromo Internacional Nelson Piquet foi feita a demarcação do local, confecção dos calços do piso e a colocação dos alambrados. Já no centro olímpico do Gama, a área foi limpa e está sendo preparada para os serviços. Na Escola Parque Anísio Teixeira, em Ceilândia, os trabalhadores deram início à montagem da tenda de 1.500 metros. Cada um dos hospitais vai dispor de 100 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), totalizando 300 leitos a mais para acolher e tratar as vítimas da doença. Atualmente, o DF tem 597 leitos para o tratamento do coronavírus, segundo dados da Secretaria de Saúde (SES) atualizados às 12h10 deste sábado (27). Em Ceilândia, operários começaram a montagem da tenda de 1.500 metros na Escola Parque Anísio Teixeira Estruturas Os três hospitais de campanha serão administrados pela SES. As unidades vão contar com leitos de suporte ventilatório pulmonar e também outros equipamentos hospitalares, além de profissionais de saúde necessários para o seu pleno funcionamento. A contratação prevê custos com locação, montagem, manutenção e desmontagem das estruturas, bem como a execução das instalações prediais dos hospitais. Tanto a unidade do Plano Piloto, que será erguida no Autódromo Internacional Nelson Piquet, quanto a de Ceilândia, a ser montada na Escola Parque Anísio Teixeira, estão a cargo da empresa DMDL Montagens de Stands Ltda, que apresentou valor de R$ 6.597.500 por cada um dos lotes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Já a unidade do Gama vai ocupar o centro olímpico e será construída pela Paleta Engenharia e Construções Ltda, que propôs o custo de R$ 6.875.000 no pregão eletrônico promovido pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
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Matrículas abertas na Escola Parque de Ceilândia
Escola oferece dança, violão, basquete e mais 16 oficinas para estudantes da rede pública | Foto: Divulgação A Escola Parque Anísio Teixeira de Ceilândia está com matrículas abertas para estudantes da rede pública de ensino. A matrícula deve ser feita presencialmente na secretaria da unidade escolar, entre 3 e 5 de fevereiro, das 8h às 16h. São oferecidas 800 vagas para atividades no contraturno das aulas regulares. As matrículas são realizadas enquanto houver vagas em aberto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os estudantes interessados devem estar matriculados a partir do 6º ano do Ensino Fundamental da rede pública do DF. Entre as atividades oferecidas estão aulas de dança, de violão, de basquete e de mais 16 oficinas, das quais o aluno poderá escolher até três. Serão até três aulas por dia, duas vezes por semana. Verifique abaixo as oficinas e os documentos comprobatórios para matrícula: DOCUMENTOS PARA EFETIVAR MATRÍCULA • Declaração escolar 2020 • 2 fotos 3×4 • Cópias e originais do CPF e certidão de nascimento ou RG do estudante • Cópias e originais do CPF e certidão de nascimento ou RG do responsável pelo estudante OFICINAS • Artes plásticas • Teatro • Dança • Tecnologia • Canto • Teclado • Violão • Violino • Guitarra • Xadrez • Tênis de mesa • Tênis de quadra • Basquete • Vôlei • Futsal • Ginástica rítmica • Fitness • Jiu-jitsu • Vôlei de areia • Futebol de areia * Com informações da Secretaria de Educação
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Pdaf garante reforma na Escola Parque de Ceilândia
Obras foram viabilizadas pelos R$ 523,3 mil provenientes do Pdaf 2019 | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília O mau cheiro provocado por problemas na tubulação de esgoto na cozinha da Escola Parque Anísio Teixeira, em Ceilândia, não fará parte do novo ano letivo dos mais de 1,8 mil alunos da unidade. A reforma na estrutura e nos pisos da cantina e do refeitório é uma das providências viabilizados pelos R$ 523.319,00 provenientes do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf). Em 2019, mais de R$ 70 milhões foram repassados ao DF com esta rubrica. Trata-se da única escola parque fora do Plano Piloto. A preparação para receber em melhores condições os estudantes começou em 2 de janeiro, quando as carteiras deram lugar a tinta e cimento exatamente um mês antes do início das aulas. Ali, a pintura é renovada, pisos são reparados, quadras externas são reformadas. “São obras necessárias e possíveis pela verba que chegou no fim do ano”, afirma a diretora da escola, Neide Rodrigues. [Olho texto=”“A gente quer que o aluno chegue e encontre nem que seja uma pintura nova na parede. É uma forma de passar carinho”” assinatura=”Neide Rodrigues, diretora da Escola Parque” esquerda_direita_centro=”direita”] Os pisos da cozinha, da cantina e do refeitório são reconstruídos depois de troca de toda tubulação de esgoto, que, pelo tempo de uso, estava entupido. “No meio do ano passado tivemos um problema seríssimo com o esgoto, que estava voltando pelos encanamentos antigos. Passamos uma semana com mau cheiro horrível dentro da cozinha”, lembra a diretora. Ela conta que o dinheiro da primeira parcela do Pdaf de 2019 viabilizou a reforma de parte do auditório e a pintura do ginásio, além da troca de redes de quadras esportivas e de vasos sanitários. Aos poucos, diz Neide, reparos e ajustes são feitos na unidade com estrutura boa, mas antiga. A expectativa é sempre iniciar um período letivo com mudanças. Neide Rodrigues: “Trabalhamos na questão do cidadão, não atribuindo as responsabilidades só ao Estado” | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília “A gente quer que o aluno chegue e encontre nem que seja uma pintura nova na parede. Para ele se sentir acolhido, perceber que se preocupou com ele durante as férias. É uma forma de passar carinho”, defende Neide Rodrigues. “Trabalhamos na questão do cidadão, não atribuindo as responsabilidades só ao Estado, mas para preservar de forma que seja possível ampliar as possibilidades”, emenda. Fora do Plano No coração da cidade mais populosa do Distrito Federal, a Escola Parque Anísio Teixeira é a única do modelo fora do Plano Piloto. Ali, cerca de 1,8 mil crianças e adolescentes, de 10 a 18 anos, passam o contraturno escolar participando de até três atividades de uma cartela com mais de 20 modalidades oferecidas, entre esportes, música, teatro e artes. Aluna do 1º ano do Ensino Médio, Bianca Torres pratica dança, boxe e guitarra. “É um lugar em que você se acha. Faz muitos amigos, os professores são inspiradores. É um privilégio e ao mesmo tempo uma conquista porque ter um espaço desse na Ceilândia, de graça. é maravilhoso”, opina a adolescente de 15 anos. “A estrutura estava deteriorada, mas está mudando. O lugar é todo bem antigo e, agora, passa por certa modernização”, acrescenta. Bianca Torres: “A estrutura estava deteriorada, mas está mudando” | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília No do 3º ano do Ensino Médio, Sabrina Lima Silva, 16, faz dança, fitness e vôlei. Esta última atividade, garante, tornou-se “um grande amor” e, exatamente por isso, espera seguir a vida como atleta. Na unidade desde 2016, ela diz que realmente era necessária a manutenção nas quadras externas, que agora passam por manutenção. Inscrições abertas As inscrições para a Escola Parque Anísio Teixeira estão abertas até o dia 1º de fevereiro, com 800 vagas. Para participar das oficinas oferecidas pela Escola Parque Anísio Teixeira, é preciso cursar do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio em escolas públicas de Ceilândia ou de Taguatinga. As aulas são realizadas nos contraturnos escolares, das 7h30 às 11h30 ou das 13h30 às 17h30. Os estudantes contam também com alimentação e transporte, além de terem vestiários a disposição e almoço servido diariamente para quem finaliza ou inicia as atividades. A matrícula deve ser feita, presencialmente, das 8h às 16h. Para a inscrição é necessário apresentar: declaração escolar original, RG e CPF do responsável e do estudante e duas fotos 3X4 do aluno. O endereço da escola é QNM 27, módulo B, área especial, Ceilândia Sul. A Anísio Teixeira é a única escola parque fora do Plano Piloto | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília PDAF O Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária disponibiliza recursos financeiros em caráter complementar e suplementar diretamente às unidades escolares e coordenações regionais de ensino da rede pública de ensino do Distrito Federal. O intuito é promover a autonomia das escolas, contribuindo com a melhoria da qualidade de ensino e o fortalecimento da gestão democrática. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo a Secretaria de Educação, em 2019, o valor total do Pdaf liberado para as Unidades Executoras no primeiro semestre foi de R$ 48,4 milhões (R$ 48.485.410). Para o segundo semestre, o repasse foi de R$ 25 milhões. No primeiro semestre de 2019 também foram destinados R$ 550 mil do Pdaf para a realização dos Jogos Escolares do DF.
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Participantes do Encceja já podem obter o certificado
Os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja) 2019 que passaram em uma ou mais provas e cumpriram os critérios mínimos exigidos já podem procurar uma das unidades certificadoras no Distrito Federal. A emissão do documento também pode ser feita para aqueles que prestaram o exame em outras unidades da Federação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As certificadoras são as responsáveis pela emissão de histórico escolar para comprovação de conclusão do Ensino Fundamental, do Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou da Declaração Parcial de Proficiência. As notas e os dados cadastrais dos participantes foram disponibilizados para a Secretaria de Educação do Distrito Federal pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão realizador do exame. Os interessados em obter a conclusão do Ensino Fundamental devem ter completado, no mínimo, 15 anos na data de realização do exame. Já para o Ensino Médio são exigidos 18 anos na data de realização do exame. Ambos precisam ter atingido, no mínimo, cem pontos em cada uma das áreas de conhecimento do exame e cinco pontos na redação. Os participantes interessados em obter a Declaração Parcial de Proficiência deverão obedecer aos mesmos critérios de idade mínima e ter atingido o mínimo de cem pontos na área de conhecimento avaliada. Além disto, no caso de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes e Educação Física, no Ensino Fundamental, e de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, no Ensino Médio, os participantes deverão obter também pontuação igual ou superior a cinco pontos na prova de redação para fazer jus à certificação. Para a emissão do histórico escolar comprobatório de conclusão do Ensino Fundamental, do Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou da Declaração Parcial de Proficiência poderão ser utilizados os resultados de desempenho obtidos nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o ano de 2016 ou obtidos no Encceja de edições anteriores, desde que atendam às pontuações mínimas previstas nos editais dos referidos exames. Acesse a página do Encceja Confira a pontuação Veja a lista de unidades certificadoras no Distrito Federal * Com informações da Secretaria de Educação
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