Reeducandos utilizam a arte como instrumento de ressocialização
Um quadro produzido por reeducandos do Sistema Penitenciário do DF foi doado, na terça-feira (22), ao Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça. A confecção do quadro foi realizada pelos reeducandos Jackson e Fabiano em uma das oficinas de trabalho que são oferecidas pela Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II). Atualmente, nesta unidade penal existem cinco oficinas que auxiliam os reeducandos a desenvolverem habilidades em arte, marcenaria, mecânica, serralheria, entre outros. A confecção do quadro foi realizada pelos reeducandos Jackson e Fabiano em uma das oficinas de trabalho que são oferecidas pela Penitenciária II do Distrito Federal (PDF II) | Foto: Divulgação/Seape-DF “As oficinas de capacitação proporcionam aprendizado técnico e são essenciais para promover a ressocialização. Iniciativas como essa criam perspectivas mais positivas para que ao fim da pena os reeducandos tenham mais oportunidades e alcancem a efetiva reintegração social”, destaca Alex Fernandes Rocha, chefe de gabinete da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF). O material utilizado foi doado pela juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF), Leila Cury. “Eu comprei o material do meu próprio bolso e doei para eles confeccionarem os quadros. Quando ficaram prontos, o diretor da PDF II juntamente com o diretor adjunto foram me entregar. E eu achei bonito, simbólico e significativo”, afirma a juíza. O quadro teve como inspiração o Pena Justa e, como o DMF tem papel fundamental na implementação do plano, a pintura foi entregue ao juiz Coordenador Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, do DMF. “O Pena Justa é fazer a Constituição Federal, que é um documento da nossa cidadania e de importância para todo brasileiro, válido e eficaz. Tem muitas disposições ali que estão diretamente relacionadas com o cumprimento de uma pena. A exemplo: tem que ser uma pena que preserve a dignidade das pessoas, que crie oportunidades, que se faça com respeito à integridade de todos que estão ali”, afirma o juiz do DMF. “A melhoria não é só para a gente que participa do projeto, mas também para todos do presídio. Além de melhoria das instalações físicas, ele ajuda na ressocialização mental. Faz com que o preso pense em um futuro muito além do que ele viveu no passado. Sei que posso transformar minha mente e minha vida através da arte”, conta o reeducando Fabiano. Jackson já trabalhava com arte antes de ser preso e sonha em ter o próprio ateliê. “Esse projeto me deu uma mudança de perspectiva, ele veio pra dar uma nova visão pro preso e para a sociedade de um modo geral. Para que o preso possa ter uma oportunidade de se regenerar, possa trabalhar, fazer cursos e sair daqui uma pessoa transformada”, afirma o reeducando. *Com informações da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF)
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Inscrições para o Circula Cultura no Varjão encerram-se nesta quarta (9)
O Circula Cultura – Varjão está finalizando as inscrições para artistas locais se apresentarem na cidade. Programado para os dias 25, 26 e 27 deste mês, o evento vai comemorar o aniversário da cidade. O projeto, elaborado pelo Instituto Acolher em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), está percorrendo 18 regiões administrativas sempre celebrando a cultura local durante as festas de aniversário de cada cidade. Serão três dias de festividades com atrações culturais para comemorar o aniversário do Varjão | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Agora, é a vez de o Varjão receber a programação que reúne arte, cultura e entretenimento gratuito para toda a comunidade. As inscrições são gratuitas e estarão abertas até quarta-feira (9), para os segmentos de artesanato local, apresentações culturais, apresentações musicais e artistas infantis. O Circula Cultura abre espaço para artistas locais se apresentarem em um evento de grande porte, com estrutura profissional de alta qualidade. O palco contará com sistema de som e iluminação modernos e painéis de LED de alta resolução, proporcionando visibilidade e valorização dos talentos da região. Além de mostrar seu trabalho para o público, os participantes poderão criar portfólio, se destacar no meio artístico e ampliar suas conexões profissionais. O projeto valoriza os talentos locais e promove o acesso à cultura como ferramenta de transformação social, fortalecendo a identidade comunitária de cada região. É a chance para artistas que querem mostrar seu talento em um evento que já se consolidou como importante para a cena cultural do DF. Para se inscrever, basta acessar o formulário disponível na bio do Instagram oficial do evento. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Com apoio do GDF, projeto Ciranda Cultural oferece oficinas gratuitas sobre arte e cultura
Oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para comunidades periféricas, LGBTQIA+ e estudantes da rede pública de ensino. Este é o objetivo do projeto Ciranda Cultural, promovido pela Casa de Cultura Telar em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). As atividades gratuitas começaram em 2024 e seguem em andamento até o final deste ano. O projeto Ciranda Cultural oferece oficinas de corte e costura, artesanato, maquiagem profissional e dança, entre outras, em nove regiões administrativas do DF | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Com fomento de R$ 1,5 milhão, o projeto atende nove regiões administrativas – Sobradinho, Sobradinho II, Ceilândia, Planaltina, Taguatinga, Águas Claras, São Sebastião, Núcleo Bandeirante e Água Quente. São abordados temas como dança, gastronomia, moda afro-brasileira, costura criativa, arte popular, artesanato, fotografia, literatura de cordel, capoeira e muito mais. A expectativa é que sejam alcançadas 13 mil pessoas. “O Ciranda Cultural é uma plataforma que agrega ações multilinguagens que já atuam com grupos de vulnerabilidade social, para fortalecer essas ações e transformar mais pessoas por meio da cultura, da arte e da educação”, explica a coordenadora do Ciranda Cultural, Meire Rick. “Nós acreditamos no poder transformador da arte para fortalecer laços, incentivar talentos e abrir novos caminhos para aqueles que mais necessitam.” Costura e artesanato “Estou conhecendo a parte de costura avançada, que pode me ajudar a complementar a renda”, afirma Eliane Sales Em Planaltina, cerca de 20 mulheres aprendem sobre costura criativa, que mostra como mesclar o crochê com diversos tipos de tecido e, assim, obter peças versáteis e únicas. Os encontros, que ocorrem no Centro Espírita Estância, começaram em 18 de março e seguem até setembro. “Há muitos anos temos cursos de costura e produzimos roupinhas para crianças, que são doadas para as mãezinhas da comunidade. Com esse projeto nós trazemos mais mulheres para aprender um ofício que já ajudou muitas pessoas”, comentou a coordenadora do espaço, Justina Rodrigues da Luz. As oficinas não têm número limite de vagas e a inscrição pode ser feita pelo Instagram do projeto Os ensinamentos são repassados por duas professoras às terças e quintas-feiras, das 14h às 18h. As participantes vão ser capacitadas para confeccionar desde vestidos e bodies infantis até bolsas e amigurumis, pequenos brinquedos feitos em crochê. “A proposta é que as peças sejam doadas para mães em situação de vulnerabilidade, e estamos preparando coisinhas especiais, personalizadas”, conta a professora Sonia Vogth. A oficina está sendo bem-aproveitada pelas vendedoras Eliane Sales, 39 anos, e Thais Rodrigues, 36. “Já participei de outros cursos aqui no Centro Espírita. Dessa vez, estou conhecendo a parte de costura avançada, que pode me ajudar a complementar a renda”, conta Eliane. Thaís completa: “É bom para para ocupar a mente e interagir com outras pessoas, sem ficar o dia inteiro em casa, e estou aprendendo muito. Penso em vender tapetes e amigurumis no futuro.” Thaís Rodrigues diz que o curso proporciona interação com outras pessoas e o aprendizado de novos conhecimentos Participe As oficinas do projeto Ciranda Cultura não têm número limite de vagas. Para participar, basta entrar em contato pelo Instagram do projeto e efetivar a inscrição. Veja outras atividades que estão em andamento: → Oficina de confecção de bolsas com jeans e algodão cru em Planaltina, às terças e quintas-feiras, das 14h às 18h. Os encontros vão até 16 de setembro. → Oficina de corte e costura de peças afro no Vale do Amanhecer, em Planaltina, aos sábados e domingos, das 9h às 12h. Os encontros vão até 7 de junho. → Oficina de VJ em Águas Claras de segunda à sexta-feira, das 19h às 22h. Os encontros serão entre os dias 8 de abril e 9 de maio. → Oficina círculo de cultura com bate-papo e apresentação de filmes em Ceilândia e Sol Nascente às terças e quartas-feiras, das 19h30 às 22h. Os encontros vão até 8 de outubro. → Oficina de costura criativa em Água Quente às segundas, quartas e sextas, das 8h às 10h. Os encontros vão de 23 de abril até 4 de agosto. → Oficina de maquiagem profissional em Água Quente aos sábados, das 8h às 10h. Os encontros vão de 26 de abril a 2 de agosto. → Oficina de artesanato, bordado e crochê em Água Quente às terças e quintas-feiras, das 8h às 10h. Os encontros vão de 22 de abril a 7 de agosto. → Oficina de dança em Água Quente às terças e quintas-feiras, de 10h às 11h e de 11h às 12h. Os encontros vão de 22 de abril a 7 de agosto.
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Museu Nacional da República recebe exposição que exalta as lutas e conquistas das mulheres
A exposição Mulheres Artistas: Acervo em Expansão será inaugurada nesta quinta-feira (3), às 19h, no Museu Nacional da República. A mostra, em alusão às celebrações da luta e das conquistas das mulheres, vai até o dia 25 de maio. Composta por obras de mulheres artistas brasileiras ou baseadas no país que integram o acervo do Museu Nacional da República, do Museu de Arte de Brasília (MAB) e do Memorial dos Povos Indígenas, a exposição apresenta, ainda, a produção de três artistas convidadas: Nita Monteiro (RJ), Ros4 Luz (DF) e Verena Smit (SP), que passarão a integrar o acervo do Museu. Serão apresentadas obras produzidas da década de 1950 até a atualidade de 34 artistas | Foto: Divulgação/Secec-DF De acordo com a curadora Fran Favero, a mostra resulta de uma análise do acervo do museu, em que somente 20% dos artistas de sua coleção são mulheres. As novas aquisições ao acervo buscam garantir mais igualdade, representatividade e diversidade de linguagens para a coleção. Para Fran Favero, nesta mostra o protagonismo feminino em “imaginar a si e ao mundo é entendido como gesto de resistência e de potencial questionamento dos cânones historicamente construídos, calcados em valores patriarcais e coloniais”. Serão apresentadas obras produzidas da década de 1950 até a atualidade de 34 artistas, englobando múltiplas linguagens, como pintura, gravura, fotografia, escultura, instalação, arte têxtil, vídeo, entre outras propostas em multimeios. O percurso expositivo conta com obras de artistas centrais para a construção da arte brasileira, como Anita Malfatti e Tomie Ohtake Inclui artistas baseados no Distrito Federal, como Betty Bettiol e Marianne Peretti, figuras fundamentais para a arte brasiliense, e artistas em atuação mais recente. A curadora destaca a produção de mulheres trans, com obras de Élle de Bernardini e Ros4 Luz, além de trazer o ponto de vista de mulheres indígenas com Carmézia Emiliano, do povo Macuxi, e Conceição dos Bugres. Mulheres Artistas: Acervo em Expansão De terça a domingo Das 9h às 18h30 Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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CEF Caseb une teatro e dança como incentivo à aprendizagem
No Centro de Ensino Fundamental (CEF) Caseb, na Asa Sul, o projeto Artes para Todos (PAT) une arte e movimento por meio da educação somática, abordagem que enfatiza a consciência do corpo e do movimento. Destinada a alunos do oitavo ano do ensino integral, a iniciativa oferece atividades semanais de alongamento, meditação e percepção corporal. A preparação culmina em uma apresentação especial na Semana de Combate à Violência contra a Mulher, no dia 28 deste mês, e outra na Semana da Dança, em maio. Júlia Sena (E), com a colega Naylla Sacramento, durante preparação para a Semana de Combate à Violência contra a Mulher: “Quando discutimos esses temas, conseguimos enxergar coisas que talvez passassem despercebidas em nossas vidas ou até dentro de casa” | Foto: Jotta Casttro/SEEDF A metodologia valoriza a escuta do próprio corpo, promovendo um aprendizado sensível e integrado, em que os alunos se preparam para a atuação em formato de teatro e dança. O processo envolve etapas como percepção, sensação e ação, permitindo que eles explorem suas potencialidades antes de entrarem em cena. “Trabalhamos com a abordagem somática na educação em dança, o que auxilia os alunos no processo de aprendizagem” Cristiane Castro, idealizadora do projeto Os ensaios são conduzidos pela professora Cristiane Castro, idealizadora do projeto. Os alunos aprendem técnicas de alongamento, meditação e regulação do tônus muscular para se movimentar de forma mais natural e expressiva. Além de aprimorar a técnica de dança, a abordagem contribui para o bem-estar físico e emocional dos participantes. “Trabalhamos com a abordagem somática na educação em dança, o que auxilia os alunos no processo de aprendizagem”, explica a professora. “Como o conhecimento e o movimento passam pela experiência corporal, eles desenvolvem maior consciência sobre os seus processos cognitivos. Isso contribui não apenas para as aulas de teatro e dança, mas também para disciplinas da base curricular comum, como Português, Matemática, História e Inglês.” Apresentações artísticas Com treino e dedicação, os estudantes preparam-se para as performances que vão apresentar na escola durante a Semana de Combate à Violência contra a Mulher, no dia 28, e a Semana de Dança, de 5 a 9 de maio. Eles desenvolveram uma coreografia especial para uma poesia temática sobre o tema e um ensaio sobre a música Triste, Louco ou Má, da banda Francisco El Hombre. A estudante Júlia Damasceno Sena, 13, reforça a importância do tema no ambiente escolar: “É fundamental falar sobre as várias formas de violência contra a mulher em sala de aula, pois, às vezes, algumas meninas não percebem que certos comportamentos em relacionamentos podem ser abusivos. Quando discutimos esses temas, conseguimos enxergar coisas que talvez passassem despercebidas em nossas vidas ou até dentro de casa”. Já Naylla Maria Sacramento, 12, explica como o projeto tem impactado no seu aprendizado: “Nas aulas, integramos técnicas como pilates solo, ioga e meditação, o que me ajuda a manter o foco e a atenção. Isso também melhora meu desempenho em algumas disciplinas”. Arte que ensina Durante todo o ano há atividades voltadas para diversas temáticas, entre as quais se destaca a arte. No sétimo ano, os alunos estudam danças populares de matrizes africanas e indígenas, especialmente no Mês da Consciência Negra, período em que a escola promove uma semana inteira de atividades sobre o tema. Cristiane Castro compartilha os resultados e defende que todo aprendizado passa pelo corpo. “Quando os alunos percebem que não são apenas um corpo, mas que sua corporeidade está envolvida no processo de aprendizado, eles se desenvolvem melhor”, afirma. “Além disso, incentivamos a pesquisa na prática, permitindo que os alunos construam coreografias a partir de suas próprias vivências, e não apenas reproduzam movimentos virais das redes sociais, como os do TikTok.” *Com informações da Secretaria de Educação
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Funcionário do setor de lanternagem e pintura do DER transforma resíduos em esculturas
Entre marteladas, faíscas de solda e o vai e vem de caminhões e carros em processo de restauração, Vanderson Ferreira da Silva trabalha no setor de lanternagem e pintura do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). Ele é um lanterneiro que, entre um conserto e outro, transforma sua oficina em um verdadeiro ateliê, dando nova vida a resíduos e peças de carros velhos, especialmente na forma de esculturas de metal e aço. Vanderson Ferreira da Silva trabalha no setor de lanternagem e pintura do DER-DF e cria esculturas a partir de resíduos e peças de carros velhos | Fotos: Divulgação/DER-DF Natural de Planaltina de Goiás, Vanderson trabalha há cinco anos no Parque Rodoviário em Sobradinho, realizando consertos na frota do departamento. Desde criança, sempre foi fascinado por desmontar e montar objetos, buscando entender seu funcionamento. A habilidade de transformar e dar novos significados às coisas foi algo que o acompanhou por toda a vida, levando-o ao universo artístico. “Sempre estive envolvido com arte. Quando cheguei ao DER e vi esse material, pensei imediatamente em fazer algo com ele”, diz Vanderson, apontando para um tanque de combustível de moto que planeja transformar em uma águia. O trabalho de Vanderson é motivo de orgulho dos colegas. “Ele tem uma capacidade única de transformar o que seria lixo”, diz o supervisor José Barbosa de Souza Essas peças, muitas vezes tratadas como sucata, ganham novas formas e significados nas mãos do artista. Uma corrente de moto se transforma em parte de uma guitarra, um filtro de ar de carro vira a colmeia de uma abelha, e assim, a imaginação de Vanderson se reinventa. “Eu olho uma peça e logo vejo um formato nela. Depois, vou encaixando, soldando, cortando e dando vida. É uma forma de reaproveitar materiais que muitos acham que não têm mais uso. Aqui é uma verdadeira mina de ouro”, explica. O supervisor de Vanderson, José Barbosa de Souza, com 40 anos de serviço no DER, reconhece o impacto do trabalho dele não só no departamento, mas também entre os colegas de setor. “Ele tem uma capacidade única de transformar o que seria lixo. Além de trabalhar direitinho nos consertos dos carros, ele tem total liberdade para criar suas obras nas horas vagas. Os colegas, sempre que veem uma peça, já pensam nele”, destaca Barbosa. Durante a entrevista, os colegas de Vanderson apontam com orgulho as obras espalhadas pela oficina. “Mostra aquela que está na sala”, diz um deles. “Essa ele fez com fibra de vidro”, acrescenta outro, evidenciando o carinho e respeito pelo trabalho do artista. Vanderson pretende expor suas peças no próximo evento do DER, com o objetivo de mostrar que a arte pode surgir de lugares improváveis. *Com informações do DER-DF
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Projeto Música na Escola transforma vidas há 25 anos no CEF 11 do Gama
O que começou como uma simples fanfarra há 25 anos, hoje é reconhecido como um projeto educacional abrangente que impacta positivamente a vida de centenas de estudantes no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 do Gama. O projeto de Educação em Tempo Integral (ETI) Música na Escola oferece aulas de musicalização, coral, teatro, dança e formação instrumental, consolidando-se como patrimônio da comunidade escolar. O diferencial do projeto está na abordagem interdisciplinar, como explica o professor de música Thiago Francis Silvério. “O importante para nós não é educar um aluno para a vida profissional de músico. Mas ele consegue pegar o conhecimento musical e interagir com as outras matérias”, indica. O professor de música Thiago Francis Silvério explica que diversas disciplinas são abordadas no projeto de musicalização | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Thiago esclarece que, por meio da musicalização, são abordadas outras disciplinas como história, geografia e português. “A gente canta, fala da história do compositor ligado à história da humanidade, consegue abordar a matemática junto com a música. O aluno acaba se envolvendo de uma maneira 100% com a escola”. Para a diretora do CEF 11 do Gama, Leila Rodrigues dos Santos, por meio do projeto, o aluno se reconhece, aprende a perceber suas habilidades e reconhecer o tamanho do seu potencial. “E isso não só na atividade em si, mas na vida”, destaca Leila. Alguns alunos continuaram a estudar na Escola de Música de Brasília; outros seguiram na vida acadêmica. A iniciativa ganhou ainda mais força com parcerias importantes. “A Orquestra Filarmônica de Brasília trouxe professor de balé, teatro e instrumentos específicos para ajudar na criação da banda e da orquestra”, comenta Thiago. Atualmente, o projeto conta quatro professores e adquiriu, ao longo dos anos, cerca de 80 instrumentos. O maestro Max de Barcelos Nunes, que trabalha diretamente com os estudantes, destaca a evolução dos alunos Educação em Tempo Integral O projeto, que é parte integral do currículo escolar, demonstra como a educação musical pode ser uma ferramenta poderosa de desenvolvimento humano. O Música da Escola foi um dos 25 projetos selecionados para compor a 1ª Mostra de Educação em Tempo Integral. As iniciativas que foram selecionadas por meio de edital de chamamento serão divulgadas semanalmente no site e no Instagram da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). O objetivo é valorizar e incentivar a propagação dos melhores projetos das unidades escolares que ofertam a Educação em Tempo Integral (ETI). Resultados Os resultados do projeto são evidentes no dia a dia escolar. O maestro Max de Barcelos Nunes, que trabalha diretamente com os estudantes na banda, observa uma evolução constante. “A cada música que nós passamos, que nós trabalhamos com as crianças, aumenta a concentração, o pertencimento de grupo e o comportamento melhora.” A transformação é sentida pelos próprios estudantes. Pedro Henrique Fernandes Moreira, de 14 anos, que integra a banda há dois anos, resume: “O mais legal é o quanto eu estou aprendendo aqui, não só como músico, mas como pessoa”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Rede de Atenção Psicossocial participa do maior evento de arte e saúde mental do DF
A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) é protagonista do Encontro da Arte (EDA), o maior evento de arte e saúde mental do Distrito Federal. O trabalho artístico desenvolvido por usuários das unidades ambulatoriais especializadas da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) foram expostos em estandes e apresentados em palco entre quinta-feira (19) e sábado (21), no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília. A proposta, que chega à 11ª edição, tem o objetivo de promover o protagonismo e a reinserção social das pessoas com sofrimento psíquico. A iniciativa tem o objetivo de promover o protagonismo e a reinserção social das pessoas com sofrimento psíquico | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Jean Marques ingressou na profissão de repórter fotográfico e cinematográfico em 1996. Em 2017 foi acolhido no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II do Riacho Fundo para tratamento de transtorno do espectro autista (TEA) e esquizofrenia. O incentivo dos profissionais da unidade fez com que ele retomasse a fotografia de um modo especial: como ferramenta terapêutica. “Em cada imagem eu conto uma das minhas histórias de superação”, expõe o artista. O trabalho Terapia Fotográfica, apresentado pela primeira vez no Encontro da Arte em 2018, esteve novamente entre as atrações deste ano. A obra encontrou ambiente favorável para florescer dentro da Oficina de Mosaico, realizada há 18 anos na Granja do Riacho Fundo. Para a coordenadora do grupo de artesanato, Cássia Maria, a exibição para um grande público é uma oportunidade para o cuidado em saúde mental. “Eu sinto como se eles estivessem criando asas e alçando novos voos aqui”, afirma a técnica em enfermagem. Protagonismo Desenvolvido por cerca de 60 voluntários, o EDA é uma iniciativa gratuita e sem fins lucrativos. Para esta 11ª edição, a expectativa é reunir mais de duas mil pessoas. A programação conta com exposição e comercialização de artesanato, espetáculos, concurso de poesia (com a publicação dos cinco primeiros colocados) e exibição de trabalhos científicos que abordam o emprego da arte como ferramenta para o cuidado em saúde mental. A produção artística é uma estratégia característica nas 18 unidades do Caps distribuídas pelas regiões de saúde do DF. As unidades funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido no serviço. Clique aqui para localizar o Caps mais próximo. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Exposição do polo de Altas Habilidades de Ceilândia celebra conquistas dos alunos em 2024
O Teatro Newton Rossi do Sesc Ceilândia foi palco, na última semana, da culminância do ano letivo de um dos mais tradicionais polos de Altas Habilidades de Brasília, sediado na Escola Classe (EC) 64 de Ceilândia. O evento, que é aberto para visitação do público até esta quarta-feira (4), reúne trabalhos de artes visuais e projetos científicos de estudantes da educação infantil ao ensino médio atendidos no polo. Na inauguração da mostra, a experiência multissensorial foi enriquecida por apresentações musicais e premiações de olimpíadas científicas. O evento reuniu cerca de 150 obras entre artes visuais e projetos científicos produzidos pelos estudantes | Fotos: Victor Bandeira/SEEDF “A exposição representa tudo que foi desenvolvido durante o ano com esses estudantes dentro da área de interesse de cada um, seja nas áreas de exatas, biologia, ciências, história, matemática ou artes”, explica Saron Gomes Batista, professora itinerante do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da EC 64. Ela destaca que o polo atende atualmente entre 150 e 170 estudantes, sendo que cerca de 30% deles estão em período de observação. “Ceilândia é uma das primeiras regionais a oferecer esse atendimento, que já tem bastante experiência”, ressalta. Psicóloga da EC 64, Rachel Marinho, destacou a importância de desenvolver os talentos desses alunos Na vertente científica, a mostra contou com projetos de robótica, experimentos de química e física, apresentações sobre biologia e jogos interativos desenvolvidos pelos próprios estudantes. Já na parte artística, três projetos se destacaram pela originalidade: a série Canto dos Pássaros, que estabeleceu conexões poéticas entre as aves do ambiente escolar e expressões artísticas; o projeto Vida de Bicho, que explora representações simbólicas de animais para abordar conceitos como força e transformação; e uma série dedicada ao universo dos mangás e animes. A psicóloga da EC 64, Rachel Marinho, explica que os estudantes desenvolvem projetos anuais a partir de suas áreas específicas de interesse. “Durante o atendimento, eles são estimulados e motivados para que, até o final do ano, produzam algo concreto. Esse produto representa para o aluno a materialização de suas pesquisas, para a família comprova os frutos do atendimento, e para o professor evidencia a efetividade do trabalho desenvolvido”, destaca. Ela ressalta, ainda, que o desenvolvimento dessas competências específicas beneficiará toda a comunidade no futuro, pois os estudantes poderão contribuir em suas respectivas áreas de conhecimento. Parceria com os pais A Sala de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação da EC 64 de Ceilândia inovou em 2024 ao oferecer, pela primeira vez, um minicurso de formação para pais. A iniciativa fortaleceu a parceria escola-família, permitindo a troca de experiências e orientações sobre desafios emocionais e educacionais. Laiana Aguiar destacou a qualidade do serviço prestado na Sala de Recursos e a importância no desenvolvimento socioemocional de seu filho Miguel Laiana Aguiar dos Santos Miranda, mãe de Miguel, 10 anos, compartilhou a experiência do filho. “Miguel foi identificado com altas habilidades no terceiro ano, passando por 12 atendimentos com psicóloga e pedagoga até receber o laudo. O processo foi transformador para ele, especialmente no desenvolvimento de competências socioemocionais através de jogos. Ele superou dificuldades significativas, como lidar com frustrações e perfeccionismo, evoluindo notavelmente na socialização graças ao trabalho desenvolvido na Sala de Recurso”. *Com informações da SEEDF
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Merendeira transforma comida em arte em escola da Asa Norte
No Jardim de Infância (JI) da 102 Norte, a cozinha vai além de um espaço de preparo de alimentos e se transforma em um verdadeiro ateliê onde magia e imaginação se encontram. Sobre o comando da merendeira Vanderleia Neves, carinhosamente chamada de Vanda, as refeições ganham vida em formas criativas, coloridas e saborosas, encantando os pequenos e transformando o momento da alimentação em uma experiência única de alegria e aprendizado. A merendeira Vanderleia Neves conta que é sempre uma alegria poder alimentar as crianças: “Descobri esse meu talento dentro da escola, na cozinha. Comecei a praticar cada vez mais porque percebi que isso incentiva as crianças a se alimentarem melhor” | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Nesta quinta-feira (28), Vanda surpreendeu ao servir uma refeição especial: abóbora recheada com frango, apresentada como uma escultura decorativa na mesa do lanche. As crianças, imediatamente fascinadas pelas criações, não apenas saborearam a comida, mas também se divertiram enquanto aprendiam a apreciar alimentos que antes poderiam passar despercebidos. No JI 302 norte a hora da merenda é sempre um momento de alegria e entusiasmo Para a comunidade escolar, Vanda é muito mais que uma cozinheira; é uma artista e uma inspiração. “Descobri esse meu talento dentro da escola, na cozinha. Comecei a praticar cada vez mais porque percebi que isso incentiva as crianças a se alimentarem melhor. Eles ficam muito felizes quando veem as artes, e essa é a forma que encontrei de expressar meu amor e carinho por eles”, compartilha a merendeira com entusiasmo. A subsecretária de Alimentação Escolar, Fernanda Mateus Costa Melo destaca o comprometimento e o talento de Vanda: “Acompanhei o trabalho da Vanda nos últimos dois anos e é impressionante ver como ela aprimora suas habilidades continuamente. Ela busca novos cursos, se qualifica e cuida com muito carinho de cada prato que prepara. Em uma escola com poucos alunos, ela dedica atenção especial a cada detalhe, mostrando o quanto se preocupa com o bem-estar e o desenvolvimento das crianças.” A dedicação de Vanda tem impacto direto no estímulo à alimentação saudável, um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento infantil. Heloyana Travassos, nutricionista da Unidade de Alimentação e Nutrição Escolar (Uniag) do Plano Piloto, reforça a relevância desse trabalho. “Planejamos os cardápios das escolas com muito carinho. Essa fase, dos 3 aos 6 anos, é crucial para formar hábitos alimentares que acompanharão as crianças ao longo da vida. O trabalho da Vanda vai além do incentivo: ele une saúde e imaginação, tornando os alimentos mais atrativos e promovendo a educação alimentar de forma lúdica e eficaz”, explica a nutricionista. De figuras de animais até desenhos em melancias, Vanda apresenta um amplo repertório artístico ao oferecer a alimentação às crianças O exemplo de Vanda mostra como pequenos gestos podem transformar realidades e reforça a importância da alimentação escolar como ferramenta não apenas de nutrição, mas também de afeto e criatividade. No Jardim de Infância 102 Norte, comer bem é mais do que uma lição: é uma experiência inesquecível. *Com informações da SEEDF
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Estudantes da rede pública exploram Brasília com instalação lúdica sobre arquitetura modernista
Crianças e adolescentes da rede pública de ensino do Distrito Federal (DF) tiveram a oportunidade de ver a capital federal por um ângulo diferente nesta terça-feira (12). Por meio da obra De Ver Cidade – Brasília Numa Caixa de Brincar, 20 estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 301 do Recanto das Emas participaram da iniciativa, que une arquitetura, urbanismo e educação patrimonial com blocos móveis inspirados em elementos icônicos da cidade e nas curvas de Oscar Niemeyer. A instalação lúdica e interativa estimula a imaginação, a reflexão sobre a cidade e promove a educação patrimonial entre os jovens. A iniciativa conta com investimento de R$ 100 mil do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF) e poderá ser visitada até 1º de dezembro na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). A entrada é gratuita. A instalação ‘De Ver Cidade – Brasília Numa Caixa de Brincar’ junta artes plásticas e educação patrimonial | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Faz parte da nossa missão receber esse tipo de obra. Estamos em Brasília, uma capital moderna, e termos essa iniciativa é uma forma de mostrar para os pequenos e adultos também sobre educação patrimonial e as belezas da nossa cidade sob todos os ângulos”, ressalta a diretora da BNB, Marmenha Rosário. Os estudantes do CEF 301 do Recanto das Emas participaram da visita guiada para descobrir Brasília de um jeito diferente. A vista da cidade por dentro de uma caixa chamou a atenção do aluno Juan Snider Estevão Vieira, de 11 anos. “É a segunda vez que venho à Biblioteca Nacional e está sendo muito legal porque tem várias coisas novas. A caixa de que eu mais gostei é a que tem um olho mágico que dava para ver algumas fotos. Eu não conhecia nada disso”, compartilhou Juan. Juan Snider Estevão Vieira gostou da caixa na qual viu algumas fotos por meio de um olho mágico De acordo com a idealizadora da obra, Luênia Guedes, o objetivo era fazer uma exposição atrativa para as crianças sob o ponto de vista da arquitetura de Brasília: “As escalas do plano urbanístico da cidade foram o que inspiraram a pensar no projeto. Para a criançada, muitas coisas viram brincadeira, como falar no interfone e olhar pelo olho mágico. A ideia era mostrar o potencial da cidade para a brincadeira e ao mesmo tempo repassar alguns conceitos de educação patrimonial”. Para a professora dos alunos dos 3º e 4º anos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 301 do Recanto das Emas, Kelly Cristina Silva dos Reis, a visita à exposição facilita a absorção do conteúdo repassado dentro de sala de aula: “Ajuda muito porque estamos ensinando os itinerários de Brasília, trazendo sempre aspectos geográficos e culturais. Então, eles conseguem ver na prática como é a cidade onde moram, os pontos turísticos e os monumentos”. Luênia Guedes: “A ideia era mostrar o potencial da cidade para a brincadeira e ao mesmo tempo repassar alguns conceitos de educação patrimonial” As escolas que desejam participar do circuito podem agendar a visita entre segunda e sexta-feira, às 9h e às 14h30, com capacidade para até 40 estudantes por horário. As instituições de ensino devem entrar em contato pelos perfis no Instagram do Entrevazios e do Todo Público. Também estão abertos para grupos de idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social. A expectativa é receber cerca de 1,6 mil estudantes de escolas ou instituições agendadas durante toda a programação, além da visitação espontânea da Biblioteca Nacional de Brasília. Além das visitas escolares, o projeto oferece ações acessíveis, como audiodescrição e interpretação em Libras, e inclui transporte gratuito para instituições públicas, conforme disponibilidade.
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Estudantes apresentam projetos de sustentabilidade em mostra sobre Educação em Tempo Integral
Projetos que unem arte, cultura, ciência e sustentabilidade foram apresentados na I Mostra de Educação em Tempo Integral, promovida pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF), nesta quarta-feira (7). Estudantes de unidades que oferecem o modelo de ensino demonstraram as iniciativas desenvolvidas ao longo do ano letivo e receberam certificados e troféus em celebração à dedicação. O evento compôs a programação do II Encontro de Educação em Tempo Integral, realizado na mesma data. Estudantes de unidades que oferecem o modelo de ensino demonstraram as iniciativas desenvolvidas ao longo do ano letivo e receberam certificados e troféus em celebração à dedicação | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília As apresentações da mostra foram divididas em quatro categorias – apresentação artística, demonstração prática, banner e curta-metragem. Participaram o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 do Gama, a Escola Classe (EC) Kanegae, o CEF Buriti Vermelho, do CEF 3 de Planaltina, o Centro de Ensino Médio (CEM) 2 do Gama, o CEM 3 de Taguatinga, o Centro Educacional Agrourbano Ipê e o CEM 1 do Guará. Para a gerente de Educação em Tempo Integral da SEE-DF, Carine Noleto, a exposição das atividades evidencia a criatividade e curiosidade dos alunos, impulsionados pelo trabalho dos professores e gestores educacionais Segundo a gerente de Educação em Tempo Integral da SEE-DF, Carine Noleto, a exposição das atividades evidencia a criatividade e curiosidade dos alunos, impulsionados pelo trabalho dos professores e gestores educacionais. “É o momento de ver a educação integral a partir do ponto de vista dos estudantes”, disse. “Durante o encontro, tivemos formações e reuniões, para pensar a educação integral. Trabalhamos para ampliar a estrutura física, a qualidade de ensino e a permanência dos alunos nos estudos”. No II Encontro de Educação em Tempo Integral, profissionais da área de ensino puderam trocar experiências e compartilhar boas práticas. O evento é organizado pela Diretoria de Educação Infantil e Fundamental em Tempo Integral, da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subi). “É um evento extremamente inspirador em que vários projetos foram premiados pelo talento dos estudantes das escolas de educação em tempo integral”, destacou a titular da subsecretaria, Vera Barros Lúcia. O especialista pedagógico do Ensino Médio em Tempo Integral da SEEDF, Alex Vasconcellos, ressaltou que, nesta fase escolar, os alunos têm a oportunidade de pensar o futuro durante o contraturno O Distrito Federal conta com mais de 180 unidades escolares que oferecem a Educação em Tempo Integral, nas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os discentes permanecem na escola no contraturno ao ensino regular e têm a oportunidade de aprender novas habilidades, criar projetos e aperfeiçoar conhecimentos. O especialista pedagógico do Ensino Médio em Tempo Integral da SEEDF, Alex Vasconcellos, ressaltou que, nesta fase escolar, os alunos têm a oportunidade de pensar o futuro durante o contraturno. “Temos projetos de iniciação científica, empreendedorismo e de projeto de vida. Nesta fase, o desafio são questões socioeconômicas que fazem com que os estudantes não consigam ficar em tempo integral na escola, por isso diversificamos o currículo para que alcance o interesse deles, entendendo que esse tempo de dedicação vai reverberar no futuro”. Iniciativas Sustentabilidade foi o tema principal do projeto elaborado pela EC Santa Helena, localizada na área rural de Sobradinho. Meninos e meninas de 7 a 12 anos participaram da produção do curta-metragem Juntos Semeando o Agora, em parceria com o Centro de Estudos Ambientais Condomínio RK. O filme mostrou o dia a dia da criançada em atividades de estímulo à consciência ambiental e preservação da natureza. “Fizemos vários trabalhos com o Condomínio RK, além de passeios a parques e museus, palestras e bate-papos sobre diversos temas, que pegamos na carta da terra para as crianças, como paz, consciência ambiental, respeito aos seres vivos, animais e plantas, respeito à diversidade e religiões”, revela a coordenadora da Educação Integral da EC Santa Helena, Leidiane Freitas. Os detalhes das atividades da unidade de ensino foram compartilhados durante a mostra. A estudante Júlia dos Santos, 11 anos, contou que vai levar o aprendizado para a vida inteira, ciente da importância de zelar pelo meio em que vive. “O projeto fala que a gente tem que cuidar da natureza porque ela pode acabar. Temos que cuidar das pessoas que convivem com a gente e das que não convivem também, dos animais, da natureza, de todo mundo, mesmo a gente não conhecendo”, enumerou. Já os alunos do CED 8 do Gama apresentaram o projeto de extração de óleo de citronela, que surgiu a partir de uma atividade educativa sobre formas de combater a dengue. As turmas criaram um difusor com repelente natural acessível e de baixo custo. “Fizemos um grupo de estudo para desenvolver a ideia e chegamos à conclusão de que a citronela é um ótimo repelente”, salientou a estudante Mariana Alves Silva, 17 anos. “É muito bom estudar de modo integral, pois a gente adquire cada vez mais conhecimentos, além de termos ajuda nos estudos para o vestibular”. O coordenador pedagógico do CED 8 do Gama, Daniel Rodrigues de Oliveira, observou que a pesquisa trabalha conceitos da física, química e biologia de forma prática. “Na escola tem de tempo integral, é muito importante termos atividades assim, em que eles possam identificar e tentar resolver problemas”, observou. “A divulgação dos trabalhos é muito legal porque os alunos se sentem proativos, protagonistas da aprendizagem, podendo divulgar para um público mais amplo o que fazem na escola.”
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Estudantes do Recanto das Emas encenam peça sobre racismo e inclusão social
O grupo Formigueiro de Teatro, composto por alunos e ex-alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 804, do Recanto das Emas, apresentou na manhã desta quarta-feira (6) a peça Sabe por que tu não deu bola? no Teatro da Caesb, em Águas Claras. A montagem foi exibida para 400 alunos do Recanto, com lotação máxima. A peça explora o impacto do racismo e outras formas de preconceito, retratando a discriminação enfrentada por pessoas negras, mulheres e integrantes da comunidade LGBTQIAP+. O grupo teatral Formigueiro de Teatro, composto por alunos e ex-alunos do Centro de Ensino Médio 804, do Recanto das Emas, apresentou na manhã desta quarta (6) a peça ‘Sabe por que tu não deu bola?’ | Fotos: Jotta/SEEDF Coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres destacou a relevância do evento para os alunos e o impacto positivo da arte na conscientização social. Ela explicou que a participação dos estudantes no projeto foi cuidadosamente preparada ao longo do ano, com um trabalho contínuo realizado pelos professores para incentivar o desenvolvimento do tema da inclusão. “Hoje, para a gente, é uma alegria estar aqui no Teatro da Caesb, trazendo os nossos estudantes para essa apresentação”, comentou. A coordenadora também ressaltou a importância de abordar a temática racial nas escolas, especialmente em um contexto social ainda marcado por discriminações. Segundo ela, a Regional de Ensino tem promovido uma série de atividades de formação em educação antirracista, incluindo um fórum, realizado em junho, e um seminário com gestores e autoridades sobre questões raciais, em outubro. “É na educação que a gente consegue fazer esse trabalho de conscientização”, afirmou Mariana, explicando que a apresentação teatral dos alunos marca o encerramento de um ano de ações dedicadas à educação antirracista. Além do conteúdo dramatúrgico, a peça incorpora músicas de artistas negros brasileiros, valorizando a cultura afro-brasileira e proporcionando um espaço de visibilidade e reconhecimento Festival A peça ganhou destaque ao participar do 8º Festival Estudantil de Teatro Amador (Festa), em 2023, onde recebeu nove indicações e venceu nas categorias Melhor Espetáculo, pelo júri popular, e Destaque Festa, pela performance musical. O festival, realizado no Teatro dos Bancários, contou com a presença de várias escolas públicas do Distrito Federal, que se uniram para incentivar a arte e a expressão cultural entre os jovens. Sabe por que tu não deu bola? chamou a atenção pela qualidade artística e relevância social. O professor de Artes do CEM 804, Tiago Borges Leal, explicou que o projeto teatral Formigueiro, embora nascido em 2018 fora do ambiente escolar, tomou nova forma ao ser incorporado ao CEM 804 em 2022. Ao iniciar como professor temporário na Secretaria de Educação (SEEDF), ele trouxe o grupo para a escola pública, onde o projeto foi ganhando força e estrutura com a participação ativa dos estudantes. “Eu trouxe o Formigueiro para a escola pública, e a gente vê que o projeto está tomando outra proporção”, afirmou Tiago, ressaltando o impacto crescente dessa iniciativa no ambiente escolar. Segundo Tiago, o espetáculo Sabe por que tu não deu bola? aborda problemas sociais e experiências de discriminação que muitos estudantes enfrentam, tanto dentro da escola quanto na comunidade. O nome da peça reflete a resposta habitual de muitas famílias às agressões raciais, sugerindo que a solução é ignorá-las. “A gente bate sempre nessa tecla: não é só não dar bola. A gente precisa discutir tanto em sala de aula quanto na comunidade”, reforçou o professor, destacando a importância de criar um espaço de conscientização e reflexão sobre essas questões com os alunos. O estudante Carlos Neri destacou o papel do teatro no combate ao racismo: “O dever da arte é ser uma ferramenta de evolução social” Diversidade A peça também se destaca pela valorização dos talentos individuais dos estudantes, seja na atuação, na produção, na sonoplastia ou na cenografia. “A gente trabalha com essa questão da música porque é onde a gente consegue muitos estudantes da escola. É muito gratificante ver o envolvimento deles”, comentou Tiago. Ele destacou a dedicação de cada aluno em diferentes funções, como iluminação e figurino, e o entusiasmo que os jovens têm mostrado no desenvolvimento de habilidades artísticas e de produção, fortalecendo o projeto em diversas frentes. Além do conteúdo dramatúrgico, a peça incorpora músicas de artistas negros brasileiros, valorizando a cultura afro-brasileira e proporcionando um espaço de visibilidade e reconhecimento para esses artistas. Essa abordagem musical também contribuiu para as indicações recebidas no festival, reforçando o compromisso do grupo com a expressão cultural e a luta contra o racismo e a desigualdade social. O estudante Carlos Neri, de 18 anos, destacou o papel do teatro como uma ferramenta de transformação social e combate ao racismo. Para ele, Sabe por que tu não deu bola? desperta a consciência do público sobre as injustiças sociais e os direitos de igualdade garantidos pela Constituição. “O dever da arte é ser uma ferramenta de evolução social”, afirmou Carlos, mencionando a importância de dar voz às questões de preconceito racial e ressaltando que todos devem lutar ativamente contra as injúrias e injustiças. Carlos também compartilhou como a experiência no teatro mudou sua própria vida, ajudando-o a desenvolver habilidades de comunicação e autoconfiança. No início, ele se sentia nervoso e inseguro ao entrar em cena, mas com o incentivo do professor Tiago Leal e o curso de teatro, passou a se sentir mais à vontade no palco e a interagir com o público de forma mais natural. “Minha dicção melhorou bastante. Antes, era difícil para as pessoas me entenderem, mas hoje posso me expressar de forma clara”, explicou o jovem ator. A produção Sabe por que tu não deu bola? tem sido considerada um exemplo inspirador de como o teatro escolar pode se tornar um meio de transformação social, dando voz a jovens que enfrentam ou testemunham situações de preconceito. Iniciativas como essa demonstram o papel fundamental das escolas públicas na promoção de uma educação inclusiva e reflexiva, capaz de formar cidadãos críticos e engajados. *Com informações da Secretaria de Educação
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Reeducandos podem se inscrever em concurso de redação, poesia e desenho
A Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), em parceria técnica com o Centro Educacional 01 de Brasília (CED 01), promove o Concurso Cultural de Redação, Poesia e Desenho. O concurso foi criado especialmente para reeducandos vinculados ao trabalho externo pela Funap-DF e faz parte das comemorações pelos 38 anos da fundação. O concurso foi criado especialmente para reeducandos vinculados ao trabalho externo pela Funap-DF e faz parte das comemorações pelos 38 anos da fundação | Foto: Divulgação/Funap-DF Além de premiar os três melhores colocados em cada categoria com prêmios em dinheiro e certificados, é uma oportunidade para revelar talentos e promover o reconhecimento de habilidades artísticas. Para a secretária da Sejus-DF, Marcela Passamani, iniciativas como essa são essenciais para transformar vidas. “A oportunidade de os reeducandos se expressarem por meio da arte mostra que, com apoio e incentivo, é possível ressignificar trajetórias e contribuir para a reintegração social”, afirma. “Este concurso permite que os reeducandos demonstrem seus talentos. A arte, aliada ao trabalho, constrói um futuro mais digno para todos”, diz a diretora executiva da Funap-DF, Deuselita Martins. Concurso Cultural da Funap-DF → Tema: “A importância do trabalho no processo de ressocialização do sentenciado” → Prêmios: até R$ 2 mil para os vencedores; certificados de participação e reconhecimento → Inscrições: até 30 de outubro, neste link → Confira aqui o edital completo → Contato para mais informações e entrega dos trabalhos: Funap-DF – SIA Trecho 2, Lotes 1835/1845, 1º andar. *Com informações da Funap-DF
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Plenarinha da Regional do Recanto das Emas celebra protagonismo infantil das escolas da região
Com o tema Identidade e diversidade na educação infantil: eu sou assim e você, como é?”, a 12ª Plenarinha da Secretaria de Educação (SEEDF) contemplou, nesta quarta-feira (21), a Coordenação Regional de Ensino do Recanto das Emas. O projeto tem três etapas: local, nas escolas que desenvolvem as atividades com os estudantes; regional, organizada individualmente pelas 14 regionais de ensino do DF, e distrital, que reúne escolas de diversas regiões. Crianças participaram de oficinas e atividades que tiveram como foco a valorização da realidade local | Foto: Jotta Casttro/SEEDF “Esse momento para as crianças é fantástico, elas vão vivenciar tudo que foi trabalhado nas escolas”, comentou a coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres. “Estamos apresentando o Recanto das Emas, para que as crianças conheçam e valorizem sua cidade.” “A Plenarinha é um evento muito importante da Secretaria de Educação, que vem dar à educação infantil o protagonismo que ela merece” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação O encontro foi realizado no Núcleo Rural Vargem da Bênção, com a participação de cerca de 700 crianças de até 5 anos de idade de 15 escolas públicas e conveniadas da educação infantil da regional de ensino. A programação do projeto contou com diversas oficinas e contação de histórias voltadas para os pequenos. “A Plenarinha é um evento muito importante da Secretaria de Educação, que vem dar à educação infantil o protagonismo que ela merece”, ressaltou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que também participou da abertura do evento e interagiu com os participantes durante as oficinas. Parcerias Educação, saúde, esporte, lazer, meio ambiente, segurança, arte e cultura foram os temas desenvolvidos durante a Plenarinha. Participaram das oficinas representantes da Secretaria de Saúde (SES-DF), do Zoológico, da Polícia Militar (PMDF) e da Caesb. A cada ano, as ações promovem o envolvimento das crianças com o mundo, de modo que elas possam conhecer, ouvir, sentir, contar, imaginar e criar suas próprias histórias por meio de brincadeiras e vivências, trazendo uma temática nova a cada edição. Além de permitir que os estudantes tenham um dia dedicado à diversão, o evento expõe o trabalho feito pelas crianças em torno do tema. “Este ano, a gente está ressignificando a Plenarinha, para as crianças terem essa participação, esse protagonismo, dizerem o que querem, o que pensam daqui do Recanto”, avaliou a coordenadora da Regional de Ensino do Recanto das Emas, Mariana Ayres. Beatriz Oliveira Costa, servidora da Coordenação Regional de Ensino local, anunciou para 11 de setembro mais um evento da série: “Vamos fazer uma plenária, e as crianças vão entregar cartas e desenhos sobre o que elas querem para o Recanto das Emas”. Prevenção ao abuso Uma novidade dessa edição regional ficou por conta das oficinas do projeto Pró-Vida, Eu me Protejo – Prevenção em Ação, de prevenção ao abuso sexual de crianças e adolescentes, que busca implantar uma cultura de proteção nas escolas, em especial na primeira infância. As atividades apresentaram material educativo para todas as turmas por meio de linguagem simples e lúdica, para estimular nas crianças a consciência de seu próprio corpo. “Temos como objetivo fazer formação dos profissionais que atuam na primeira infância aqui na cidade do Recanto das Emas”, disse a presidente do projeto Pró-Vida, Celiomar Dias de Oliveira. “A intenção é levar o conhecimento e fazer com que essas escolas possam desenvolver boas práticas.” O Pró-Vida tem ainda um concurso de melhores práticas, entre as escolas participantes, com prêmio de R$ 10 mil para a unidade vencedora desenvolver seu projeto. *Com informações da Secretaria de Educação
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Festival de arte e cultura celebra 50 anos de história do Espaço Cultural Renato Russo
O Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) completa 50 anos de história como um dos mais importantes polos culturais da capital federal. Para celebrar a data, o Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) realizarão um grande festival de 9 a 18 de agosto, totalmente gratuito, reunindo a diversidade e a memória artística de Brasília. Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, reúne teatros, galerias de arte, salas de ensaio, oficinas e áreas de convivência | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O espaço foi inaugurado em 1974 como Teatro Galpão – o nome não foi à toa, pois ali funcionava anteriormente um depósito. No final dos anos 1980, chamado de Espaço Cultural 508 Sul, rapidamente se tornou um centro vibrante para as artes cênicas, música, dança e artes visuais, quadrinhos e audiovisual, e um catalisador da cultura no Distrito Federal. As atividades culturais e formativas realizadas no espaço fizeram a cabeça da juventude de Brasília ao longo das décadas de 1970, 1980 e 1990. Passaram por lá muitos artistas e fazedores de cultura, cujos nomes são representativos da arte genuinamente candanga: Hugo Rodas, Alexandre Ribondi, Guilherme Reis, James Fensterseifer, Cássia Eller e Renato Russo, voz do Legião Urbana que desde 1999 dá nome ao espaço. Nestes 50 anos, o espaço passou por diversas reformas e modernizações, transformando-se em um centro cultural multifacetado, com teatros, galerias de arte, salas de ensaio, oficinas e áreas de convivência. Para a celebração do meio século de história, será promovido o encontro de grupos consagrados e novos talentos dos segmentos de teatro, música, cinema, dança, circo, artes visuais e transversalidades da cena cultural de nossa cidade. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, o espaço exerce um papel essencial na promoção da cultura local. “O Espaço Cultural Renato Russo é uma verdadeira fábrica de cultura. São milhares de pessoas produzindo, aprendendo e apreciando arte todos os dias. Temos muito orgulho desse espaço tão importante para a capital”, finaliza. “A celebração de meio século exalta a importância do Espaço Cultural Renato Russo com uma programação diversificada e inclusiva, e afirma o espaço de vanguarda da inovação artística, contribuindo para a formação de público e o fortalecimento da identidade cultural de Brasília”, conta Lorena Oliveira, presidente do Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Solidariedade. Serviço 50 Anos do Espaço Cultural Renato Russo → Data: 9 a 18 de agosto → Localização: 508 Sul, Bloco A → Entrada gratuita mediante retirada de ingressos solidários pelo Sympla, sempre na véspera do espetáculo, mais doação de 1 kg de alimento não perecível. Programação 9/8 – Sexta-feira → 14h: Inauguração da Musiteca e feira alternativa de vinis e quadrinhos → 15h30: Duo Sertânico (DF) → 16h: Signo 13 (DF) → 17h: Cálida Essência (DF) → 18h: Palestra com Marcos Pinheiro → 19h: Abertura oficial da celebração de 50 anos do Espaço Cultural Renato Russo → 20h: Concerto da Orquestra Filarmônica → 21h: Peça Inabitável, da Cia Pele, no Teatro Galpão Hugo Rodas 10/8 – Sábado → 11h: Inauguração da Fanzinoteca na Gibiteca → 11h: Oficina de zines com Duda Carneiro (DF) → 14h30: Palestra com Thina Curtis (SP) → 15h: Palestra com Lucas Gehre (DF)* (convidado a confirmar); show de Zé Regino, na Sala Multiúso → 15h: O Concerto – Palhaçaria para bebês → 15h30: Palestra com Ciberpajé (GO) → 16h: Palestra com Gazy Andraus (SP); Cantação de Histórias, na Sala Marco Antônio Guimarães → 16h30: Roda de conversa com convidados (Duda Carneiro, Thina Curtis, Lucas Gehre, Ciberpajé e Gazy Andraus) → 17h: O Circo dos Irmãos Saúde, na Praça Central → 18h: Abertura da Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 19h15: Performance Casa de Laffond → 19h30: Performance de Dança – Extensão Frevar → 20h: Peça Inabitável, da Cia Pele, no Teatro Galpão Hugo Rodas 11/8 – Domingo → 15h: O Concerto – Palhaçaria para bebês; apresentação de Zé Regino na Sala Multiúso → 16h: Cantação de Histórias, na Sala Marco Antônio Guimarães → 17h: Apresentação do grupo Pé de Cerrado, na Praça Central → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 19h: Performance de Dança – Ramona → 20h: Espetáculo Pedaços de Maria, na Sala Marco Antônio Guimarães 12/8 – Segunda-feira → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães; Performance de Dança Caminhada → 18h40: Performance de Dança Caminhada, na Praça Central → 20h: Espetáculo Memória Matriz – Cia Lumiato, no Teatro Galpão Hugo Rodas → 21h: Caravana dos Delirantes – Iesb, na Sala Multiúso 13/8 – Terça-feira → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 18h40: Performance de dança Corpus, na Praça Central → 19h: Agrupação Teatral Amacaca (ATA) encena Os Saltimbancos, na Sala Multiúso → 20h: Apresentação de Memória Matriz, no Teatro Galpão Hugo Rodas. 14/8 – Quarta-feira → 18h: Mostra de Cinema Olhares sobre Brasília, na Sala Marco Antônio Guimarães → 18h40: Performance de Dança Entre Mundos, na Praça Central → 19h: Os Saltimbancos – Agrupação Teatral Amacaca (ATA), na Sala Multiúso → 20h: Apresentação de Felipe Costta, na Praça Central 15/8 – Quinta-feira → 18h40: Performance de Dança Ekesa Sanko, na Praça Central → 19h: As Sirigaitas – Contam e Encantam, na Sala Marco Antônio Guimarães → 20h: Udi Grudi em ConSerto, no Teatro Galpão Hugo Rodas 16/8 – Sexta-feira → Programação especial dos 30 anos da Gibiteca TT Catalão · 15h: Exibição do filme Palavras na parede · 15h30: Palestra sobre estrutura dos quadrinhos, com Matheus Calci (DF) · 16h: Palestra Leitura e quadrinhos com Lima – IESB (DF), Romério – Espaço Pop UnB (DF), Rafael – CRB (DF), Matheus Calci (DF), Renata Rinaldi (DF) · 17h: Roda de conversa sobre quadrinhos brasilienses com professores – Luciano Mendes – UnB (DF), Ciro Marcondes – UCB (DF), Lima – IESB (DF) · 18h: Encerramento – exibição do documentário “Reino Kingdom”. · 19h: Abertura da Exposição histórico-fotográfica Gibiteca TT Catalão: Galeria Corredor ou Galpão das Artes de 16/8 a 15/9 → 18h40: Performance Dança – SEMUTSOC: Uma Jornada de Despertar e Renovação → 19h: Udi Grudi em ConSerto, no Teatro Galpão Hugo Rodas → 20h: As Sirigaitas – Contam e Encantam, na Sala Marco Antônio Guimarães 17/8 – Sábado → 9h às 18h: Feira Tesourinha → 16h: Orquestra Marafreboi → 17h: Célia Porto canta Renato Russo → 18h: Orquestra Alada → 20h30: Phelipe Seabra e Distintos Filhos 18/8 – Domingo → 9h às 18h: Feira Tesourinha → 18h: Baile 50 Anos com Ricardo Lira e Célia Rabelo *Com informações da Secec
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Espetáculo teatral de escola pública do Gama conscientiza comunidade escolar sobre racismo
Estudantes do Centro Educacional (CED) 08 do Gama apresentaram, nesta quinta-feira (1º), o espetáculo teatral Corpo Fechado, que apresentou a temática do racismo com diferentes abordagens. A peça, que possui diversas referências a obras presentes no Programa de Avaliação Seriada (PAS), da Universidade de Brasília (UnB), emocionou todo o público presente, inclusive a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá. A peça teatral foi encenada por alunos do ensino médio do colégio e abordou assuntos relacionados à recuperação da autoestima da mulher negra, violência policial contra a população negra, além de resgatar memórias de pessoas assassinadas e incentivar o letramento racial sobre o tema. A peça teatral foi encenada por alunos do ensino médio e incentiva o letramento racial sobre o tema | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF O espetáculo emocionou o público ao trabalhar a proposta de se colocar no lugar de pessoas marginalizadas, ou seja, que estão à margem da sociedade. A peça foi destaque no festival cultural da escola e chamou atenção da secretária de Educação, que prestigiou o evento. “A peça é extremamente forte, real e verdadeira. O racismo estrutural é deplorável porque como o nome já diz, ele está na estrutura do Estado e temos que combatê-lo”, disse a secretária, que parabenizou os atores e professores que contribuíram para que o espetáculo fosse apresentado. Para ela, “essa é uma peça que deve ser replicada em toda a rede pública de ensino”. O vice-diretor do CED 08, Guilherme Pereira, mencionou que a peça possui diversas referências a obras presentes no PAS. Ele também ressalta a importância da formação integral do cidadão. “Acredito que a escola tem um papel não só de ensinar conhecimento, mas também de formar cidadãos, brasileiros integrais, que têm uma concepção humana de respeito às diferenças e à cultura”. A coordenadora da Regional de Ensino do Gama, Cássia Maria Marques, assistiu a peça ao lado da secretária Hélvia Paranaguá A montagem e os ensaios para a peça duraram cerca de dois meses e foi orientada pelo professor Valdeci Moreira. “O estudo dos povos africanos e da história africana têm que ser trabalhado na escola sempre. Não somente no mês da consciência negra, pois minha consciência não é só um dia. Então, nós enquanto educadores precisamos fazer um letramento racial”, concluiu o professor. Protagonistas Geovana Yasmim de Souza de apenas 15 anos é uma das alunas que encenou a peça. Para ela, foi libertador poder falar sobre a temática do racismo abertamente. “Um dos lugares que mais acontece o racismo, bullying é nas escolas. Então esse tema tem que ser muito bem trabalhado, porque muitos alunos sofrem dentro de sala de aula, como eu, e não falavam. Só que agora a porta pode ser aberta para gente falar, ter voz, e isso é muito bom”. Corpo Fechado é um espetáculo que trabalha o multiculturalismo e a coletividade, além de destacar a importância da ancestralidade para a população negra. Como diz a escritora e professora americana Toni Morrison, cuja frase foi citada na peça: “Quando não souber onde ir, olhe para trás e saberá de onde vem”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SES-DF)
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Nova programação do Cine Brasília e festas juninas agitam o fim de semana do DF
Durante este fim de semana, diversas atividades promovidas pelas secretarias de Turismo (Setur) e de Cultura e Economia Criativa (Secec) vão garantir uma agenda movimentada para os brasilienses. Com opções que vão desde cinema de rua até exposições, oficinas e eventos literários, o público terá muitas escolhas para aproveitar os dias de descanso. Confira a programação cultural separada pela Agência Brasília para sexta-feira (21), sábado (22) e domingo (23). Festas juninas Tem início nesta sexta-feira o Circuito de Festejos Juninos do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Na primeira etapa, que termina no domingo, a programação será nas regiões administrativas de Ceilândia, Cruzeiro e Recanto das Emas. Veja abaixo. Sexta → Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Liga Independente de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Linq-DFE), na Praça do Trabalhador → Cruzeiro: Candangão Junino – Federação de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e Entorno (Fequaju), no estacionamento do ginásio → Recanto das Emas: Gonzagão – União Junina, no Quadradão, próximo ao Campo Sintético do Skate Parque Sábado → Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Linq-DFE, na Praça do Trabalhador → Cruzeiro: Candangão Junino – Fequaju, no estacionamento do ginásio → Recanto das Emas: Gonzagão – União Junina, no Quadradão, próximo ao Campo Sintético do Skate Parque Domingo → Ceilândia: Circuito de Quadrilhas Juninas – Linq-DFE, na Praça do Trabalhador → Cruzeiro: Candangão Junino – Fequaju, no estacionamento do ginásio → Recanto das Emas: Gonzagão – União Junina, no Quadradão, próximo ao Campo Sintético do Skate Parque. Além do circuito de festejos, no domingo também será realizado o São João do Boi de Seu Teodoro, tradicional festa do Distrito Federal. A festa, que chega à sua 61ª edição, será realizada no Boi de Seu Teodoro, em Sobradinho, a partir das 17h de domingo. São João do Boi de Seu Teodoro | Fotos: Divulgação Cinema Para os amantes de cinema de rua, o Cine Brasília retomou as atividades nesta semana com uma programação que promete entreter os espectadores com uma seleção de filmes clássicos e contemporâneos. O longa-metragem Meu sangue ferve por você, do diretor Paulo Machline, que narra a vida do icônico cantor Sidney Magal, interpretado pelo ator Filipe Bragança, segue em cartaz na programação regular do espaço. Em A filha do palhaço, de Pedro Diogenes, os espectadores poderão acompanhar uma adolescente de 14 anos, Joana, que se reaproxima do pai humorista, Renato, que se apresenta por meio do personagem Silvanelly. O longa-metragem oscila entre o drama e o humor. No longa O estranho, das diretoras Flora Dias e Juruna Mallon, o aeroporto de Guarulhos (SP) é palco de uma trama que se desenvolve a partir do resgate ao passado e a perspectiva do futuro de uma família. Também em cartaz, o filme A hora da estrela, da diretora Suzana Amaral, é considerado um dos maiores clássicos do cinema brasileiro e foi produzido em 1985, além de contar com a participação de um dos maiores ícones do segmento nacional, a atriz Fernanda Montenegro. O Cine Brasília ainda recebe a estreia do longa Toda noite estarei lá, das diretoras Tati Franklin e Suellen Vasconcelos, que conta a história de uma fé inabalável sobre as provações de uma mulher transexual muito religiosa que foi proibida de entrar em uma igreja. Após a exibição, haverá um debate com Tati Franklin e a protagonista do filme, Mel Rosário. Para os pequenos, o filme selecionado pela curadoria do Cine Brasília foi a animação Kung Fu Panda 4, do diretor Mike Mitchell. Os ingressos para as sessões regulares do Cine Brasília custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); na sessão infantil, R$ 5. As entradas podem ser adquiridas na bilheteria do cinema, entre as 9h e 21h, ou neste site. Bienal de SP no Museu Nacional Em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo e a Secec, o Museu Nacional da República continua com a mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo. O público terá a oportunidade de ver obras de 13 artistas em uma seleção feita especialmente para o museu. O espaço funciona das 9h às 18h30 e tem entrada gratuita. Feira de Troca de Livro No sábado, o Planetário realizará a sexta edição da Feira de Troca de Livro, das 10h às 17h. Os interessados devem levar livros em bom estado de conservação. Não serão aceitos livros técnicos, didáticos, apostilas para concursos ou de cunho político-partidário. O Clube de Astronomia de Brasília disponibilizará telescópios para que o público possa observar o Sol e outros corpos celestes. Espaço Cultural Renato Russo A exposição Silenciado pelo destino segue em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. O espaço ficará aberto ao público durante o fim de semana, das 10h às 20h. A mostra é de Rafael Santos, conhecido como Odrus, grafiteiro, surdo, que utiliza a arte urbana para deixar a sua marca para outras pessoas surdas. A exposição com 20 obras explora a jornada pessoal e artística do grafiteiro, destacando as barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência e a maneira como a sociedade muitas vezes silencia essas vozes únicas. Grafiteiro Rafael Santos, conhecido como Odrus O Espaço Cultural Renato Russo também recebe, a partir desta sexta (21), o projeto Corpos de LuS. Considerada um depoimento poético de Luciana Luthi, a performance é uma fusão de arte sonora, eletrônica e eletroacústica, circo e visuais. O espetáculo ocorrerá às 20h, na sexta e no sábado, e às 18h, no domingo. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a programação conta ainda com o workshop Dramaturgias do Circo: uma reflexão entre produções contemporâneas do Brasil e Áustria, desenvolvido por Will Lopes. O curso será promovido no sábado, a partir das 14h. Projeto Corpos de LuS Sesi Lab O fim de semana também será de novidade no Sesi Lab, espaço interativo de arte, ciência e tecnologia que recuperou uma importante área no coração de Brasília por meio do programa Adote uma Praça, do Governo do Distrito Federal. Uma nova exposição autoral do museu evidenciará a potência da bioeconomia para o desenvolvimento das diferentes faces da Amazônia, a partir da conservação de biodiversidade e mitigação dos impactos da mudança climática. A exposição BioOCAnomia Amazônica traz reflexões sobre uma nova forma de desenvolvimento econômico e social que envolve ciência, tecnologia, cultura e valoriza saberes intergeracionais e ancestrais. Os ingressos para o museu estarão gratuitos até domingo.
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Desenhos e frases de alunos da rede pública vão decorar muro da CRE de Planaltina
Na próxima quinta-feira (6), o muro que cerca a Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Planaltina ganhará uma nova cara. Estampado com desenhos e frases de estudantes das escolas públicas da região, selecionados a partir do concurso Frase e Desenho, o muro promete não apenas embelezar o ambiente escolar, mas também inspirar a comunidade com as reflexões sobre o tema proposto na competição: “O que é a felicidade?”. Com o intuito de promover a expressão artística e literária entre os estudantes, o concurso Desenho e Frase deste ano desafiou os participantes a refletirem sobre o conceito de felicidade. A partir das artes elaboradas, foram selecionados 10 ganhadores na categoria de desenho e quatro na categoria de frase, cujas obras serão exibidas no muro da CRE. As pinturas serão feitas pelo artista da cidade, Lázaro Augusto Ferreira, conhecido como Gugu. Inauguração do muro com as artes dos estudantes será no dia 6 de junho, em Planaltina | Foto: Mary Leal/SEEDF “Esse concurso tem grande importância porque a gente queria promover o sentimento de pertencimento nessas escolas, com nossos estudantes, que muitas vezes não conhecem esse órgão (CRE), mas fazem parte daqui. Então, imagina eles passarem por aqui quando eles estiverem maiores e ver o desenho estampado nesse muro? É muito orgulho”, comenta Raíssa Monteiro, coordenadora regional de ensino de Planaltina. Aguardada com grande expectativa pela comunidade escolar, a cerimônia será uma celebração da criatividade e do talento dos estudantes da região O diretor do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Nossa Senhora de Fátima, Nilvan Pereira, unidade que teve duas estudantes vencedoras, elogia a iniciativa que destaca bons sentimentos. “A gente está vivendo um tempo em que o mundo recebe muitas mensagens ruins e negativas. Quando a gente tem a oportunidade de participar de um evento desse, em que as crianças são levadas a falar sobre felicidade, também nos traz muita alegria e muita vontade de continuar fazendo a escola ser um lugar bom”, comenta Nilvan. Aguardada com grande expectativa pela comunidade escolar, a cerimônia será uma celebração da criatividade e do talento dos estudantes da região. A estudante do CEF Nossa Senhora de Fátima e vencedora do concurso Catarina Teixeira, 10 anos, está ansiosa. “Eu fiquei em choque quando soube que ganhei. Eu não fazia a menor ideia. Estou muito orgulhosa e toda minha família vem para o evento, acho que vai ser muito bom”, comemora. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Viva Brasília 64 anos: As várias faces da estética brasiliense
Prestes a completar 64 anos de vida, Brasília é a capital responsável por abrigar todos: desde candangos que edificaram prédios, passando pelos descendentes e aqueles que vêm somente para visitar e conhecer a construção da identidade cultural do Quadradinho. No especial Viva Brasília 64 anos, a Agência Brasília convida você a lembrar, conhecer e viver o jeitinho brasiliense, contemplado pela arquitetura, culinária, arte, esporte e outras áreas. Forjada na diversidade, a capital tem gerações que nasceram aprendendo a fazer o balão, descer a tesourinha e pegar o zebrinha – coisas que fazem sentido para os brasilienses e compõem o estilo de vida da cidade, mas podem causar estranhamento a quem vem de fora. Arte: Agência Brasília Para a antropóloga e professora do departamento de sociologia da Universidade de Brasília (UnB) Haydèe Caruso, Brasília pode ser pensada de forma muito diversa e com múltiplas identidades devido à própria concepção da cidade, que representa a junção de todas as partes e lugares do Brasil. “A gente não estabelece padrões culturais por decretos ou protocolos, nós vamos vivendo e construindo a identidade cultural. É difícil dizer que há uma única identidade, até pelo distanciamento entre o Plano Piloto e as outras regiões administrativas, onde há vários movimentos que são berço do rap, do rock e do samba brasiliense. É um caldeirão que reúne o diverso que é o Brasil. A pluralidade pode ser nossa identidade”, explica a especialista. Arte, cultura, arquitetura, moda e gastronomia ajudam a compor a identidade única de Brasília, cidade que reúne aspectos culturais de todas as partes do país | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A antropóloga ressalta, ainda, que a identidade cultural é um processo contínuo de construção, em que a própria linguagem e expressões coloquiais locais podem ser citadas como exemplo. Sotaque brasiliense Para o brasiliense é comum pegar um baú ou camelo e ir ao Eixão do Lazer ou até mesmo morgar embaixo de um ipê e admirar o céu Para o brasiliense, é comum pegar um baú ou camelo e ir ao Eixão do Lazer ou até mesmo morgar embaixo de um ipê e admirar o céu de Brasília – aquele conhecido como o mar da cidade. Depois, quem sabe, ir à Igrejinha e mais tarde ao Cine Drive-In ou ao Conic para um frevo. Se você não é de Brasília, o parágrafo acima pode ser um pouco confuso de entender. Mas não se preocupe, nós o ajudamos a entender o dialeto da cidade que é só o ouro para você não pagar vexa, tá ligado, véi? Essas são apenas algumas expressões típicas que fazem parte do sotaque brasiliense, tão claro para alguns e questionado por outros. O assunto foi tema do documentário Sotaque Capital, produzido pela jornalista Marcela Franco em 2013. No curta, a resposta é que sim, existe um sotaque com características próprias no DF, fruto de uma mistura de diversas regiões do país. “Vinham pessoas de todos os estados para cá. Daí nasceu esse sotaque; dizem que é falado de forma cantada e que comemos algumas letras das palavras”, acentua a jornalista. Outro termo peculiar é “babilônia”, usada para se referir às únicas quadras comerciais do Plano Piloto com ligação subterrânea. Considerada uma quebra de padrão entre as quadras modelos do Plano Piloto, a 205/206 Norte era conhecida como “a quadra estranha do Plano Piloto”, malvista por muitos e amada por alguns, e tema do documentário Babilônia Norte, dirigido por Renan Montenegro, 34. O cineasta estava entre os que passavam pela quadra e a viam de forma diferente. Lançado em 2013, o curta explora os ângulos e espaços arquitetônicos do espaço, fazendo parte de um movimento de identificação cultural em Brasília que surgiu no mesmo ano. “O que mais potencializou esse movimento foi ser um trabalho feito por brasilienses, convidando mais artistas brasilienses para um público brasiliense. É um discurso bem bairrista: feito aqui, por nós, sobre nós e para nós. É pertencer à cidade e dar ressignificado para as coisas”, conta Renan. O diretor aponta que o ano de 2013 foi uma virada para a identidade brasiliense e fez diferença na quadra para o que ela é hoje. A mesma lógica, que parte de ocupar os espaços públicos, é aplicada ao Carnaval de Brasília, que já tem um circuito a contemplar os brasilienses que não precisam mais viajar só para se divertir em bloquinhos. “Para uma cidade nova, dez anos fazem muita diferença. Há um desenvolvimento dos artistas locais e do público. Brasília sempre foi muito fria pela construção arquitetônica e urbanística e pelos endereços cheios de números. Então, até esse movimento de apelidar os lugares, por exemplo, ajuda no processo de chamar a cidade de nossa”, destaca o cineasta. Moda e gastronomia O chef André Castro defende a gastronomia com ingredientes locais: “Precisamos começar a olhar para o quintal da gente” Essa construção de identidade entra em outros campos. Os alimentos típicos do Cerrado são usados na elaboração de menus executivos, festivais gastronômicos e cardápios especiais. Entre os restaurantes que ressaltam essa culinária local está o Authoral, localizado na Asa Sul e comandado pelo chef de cozinha André Castro. Durante o período em que esteve na Europa, André assimilou o importante aprendizado de enaltecer o local. “Valorizar o ingrediente que está próximo a você, seja porque ele faz parte da cultura, seja porque chega até você mais fresco: isso é valorizar, também, toda a cadeia produtiva que está próxima”, pontua. Atualmente, há dois pratos incluídos no cardápio nessa linha. O primeiro leva óleo de babaçu tostado no lugar do óleo de gergelim. É um filé de pescada-amarela com crosta de castanhas brasileiras, musseline de batata-doce roxa, creme de moqueca e vinagrete de milho tostado. No outro preparo, é usada uma técnica espanhola para fazer uma croqueta com massa de galinha caipira com emulsão de pequi. “Infelizmente, o brasiliense ainda conhece pouco do Cerrado. As pessoas nascem e crescem no Cerrado, mas não conseguem falar cinco ingredientes encontrados aqui. Precisamos começar a olhar para o quintal da gente”, comenta o chef. Na loja Verdurão, Wesley Santos trabalha com duas ‘estações do ano’: seca e chuva Não só a culinária é influenciada por características locais do DF, mas também a moda. Enquanto muitos países apresentam estações do ano bem-definidas, a marca de roupas Verdurão, criada em 2003, entende que isso não existe na realidade brasiliense. “Temos duas estações: seca e chuva. E é assim que operamos, com roupas para época de seca e época de chuva. Eu até brinco que a Verdurão começou a falar da identidade cultural de Brasília em uma época em que a gente nem sabia que tinha uma identidade. A marca ajudou a mapear e explicitar essa identidade aos brasilienses”, afirma o diretor criativo da Verdurão, Wesley Santos. Além de ser uma rede de apoio à economia local e às várias famílias que vivem da produção do vestuário, a Verdurão produz roupas sem nada de origem animal. Algumas são feitas com tecidos biossustentáveis, como fibra de bananeira e de cânhamo. “Eu já rodei o mundo inteiro e nunca vi nada minimamente parecido com Brasília. É uma cidade cenário diferente de tudo” Wesley Santos, diretor criativo Uma das missões da empresa é, segundo Santos, “promover Brasília até para gringo conhecer” e “mostrar para o resto do país o quanto Brasília é massa”. Para o diretor criativo, não é tarefa difícil trabalhar com estampas que retratam o cotidiano da capital federal, usando e abusando dos símbolos brasilienses – placas, fauna, flora, gírias, costumes e cartões-postais. “Estamos em uma cidade fora do normal, incrível. Temos um estilo de vida que não se encontra em nenhuma cidade do país. Eu já rodei o mundo inteiro e nunca vi nada minimamente parecido com Brasília. É uma cidade-cenário diferente de tudo”, afirma. Brasília é poesia Com oito livros repletos de poesias que falam sobre Brasília, o poeta Nicolas Behr compartilha dessa paixão pela cidade onde mora há 50 anos. O autor frisa que tudo está relacionado ao choque inicial que teve com Brasília, quando chegou aos 14 anos, vindo de Cuiabá (MT), e deu de cara com uma cidade estranha, nova e árida. O poeta Nicolas Behr foi buscar inspiração nas curvas de Brasília para sua arte | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Essa aridez me causou um estranhamento, uma dificuldade de aceitar essa cidade e uma tentativa constante de dialogar com ela. Foi daí que nasceu a minha poesia, da tentativa de decifrar Brasília antes que ela me devorasse. É um conflito bom, que vai diminuindo à medida que você vai se incorporando à cidade”, observa. Behr também comenta que a parte mais visível da estética brasiliense é a contribuição para a arquitetura, sendo impossível falar de Brasília sem passar pelas obras de Oscar Niemeyer. “Antes de Brasília, a arquitetura moderna era feia, pesada, sem leveza, sem graça, sem a criatividade que Oscar Niemeyer nos trouxe. Ele tirou os ângulos retos e trouxe as curvas, deu beleza ao que antes era uma coisa pesada”. Para o poeta, Brasília representa a maior realização do povo brasileiro. “A grande história de Brasília é o que ela simboliza como uma ideia: a transposição para o papel e para o chão de uma tentativa de organizar o caos. Brasília é a cidade mais racional do mundo. É uma cidade instigante, que ganhou em vida e perdeu em mistério”, declara. Ele finaliza reforçando que Brasília, por si só, rende muita poesia: “Aqui não existe limite para a criação intelectual. Brasília é uma cidade muito nova e, por ser nova, não tem uma tradição literária. Isso é bom para o artista, porque a tradição é um peso. Em Brasília, o horizonte está na sua frente”.
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Fim de semana com festivais de música, feira, teatro e exposições
Lazer e diversão serão palavras-chave no fim de semana brasiliense. A programação cultural começa nesta sexta-feira (12), com o Festival BrasilArte, no gramado do Eixo Cultural Ibero-americano. Haverá apresentações musicais, espetáculos de teatro circense, dança, maracatu e forró. A festa continua no sábado (13) com mais shows e oficinas de circo para crianças. Gratuito, o evento contará com intérpretes de Libras e área reservada para pessoas com deficiência física. No Centro Tradicional de Invenção Cultural, na Asa Sul, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro marcam presença na Festa da Abrição | Foto: Divulgação De acordo com Ester Braga, diretora da Abèbè Produções e uma das idealizadoras do projeto, a terceira edição do festival visa reunir a cultura das cinco regiões do país em homenagem à capital federal, que completa 64 anos neste mês. “Brasília é um agregador das expressões culturais do país, e a cultura brasileira é isso – diversidade e pluralidade”, afirma. “A nossa pauta é a preservação dessa cultura popular, que está presente desde a criação da capital federal”. Veja, abaixo, a programação. Sexta-feira (12) → 17h – Teatro (Delírio Circense) → 19h – Momento Black Charme → 20h – Orquestra Alada Trovão da Mata (Seu Estrelo) → 20h30 – Forró de Vitrola com Cacai Nunes → 21h30 – Samba Urgente → 23h – Bloco Eduardo e Mônica Sábado (13) → 16h – Teatro (Delírio Circense) → 17h – Tambores do Amanhecer (maracatu) → 18h – Jah Live → 19h – Sensação Paraense (carimbó) → 20h – Coração Gaúcho → 21h – Forró de Vitrola → 22h – Ara Ketu A seguir, veja outras atrações deste final de semana, promovidas com apoio e incentivo das secretarias de Turismo (Setur-DF) e de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Feira da Goiaba Geleia, xaropes e muitos outros derivados da goiaba, além da própria fruta in natura, podem ser apreciados pela população na 9ª edição da Feira da Goiaba, na Associação Rural e Cultural de Alexandre de Gusmão (Arcag), em Brazlândia. O segundo fim de semana de evento terá shows com Di Paulo & Paullino, Leo Magalhães e Os Barões da Pisadinha, a partir das 18h. Os portões abrem às 9h30, e as apresentações começam às 18h. Estarão presentes 37 agricultores que trabalham e comercializam a goiaba e derivados, como polpas, sucos, doces e compotas. Na última safra anual, nos 300 hectares de plantações de goiaba, o DF teve uma colheita de cerca de 700 mil toneladas da fruta. Também haverá 30 estandes comercializando plantas ornamentais, como orquídeas, bromélias, cactos e suculentas, além de hortaliças e frutíferas cultivadas na região. Música no parque O Taguaparque recebe o ExpoTagua neste final de semana, uma feira que une música, dança, artesanato e gastronomia. Para participar, é necessário doar 2 kg de alimento não perecível. Nesta sexta, os portões abrem às 19h, com apresentações dos grupos Boka de Sergipe e Forró du Cerrado. No sábado, os portões abrem às 12h. Às 20h, sobem ao palco Iago Mura, Arthur e Matheus e Mariana Tolledal. No domingo, a diversão será comandada por Fábio Felipe, Banda Trooop! e Doze por Oito, a partir das 12h. Festejo tradicional Siba e a Fuloresta são atrações no sábado, em espetáculo que pede como ingresso a doação de 1 kg de alimento não perecível | Foto: Divulgação/ José de Holanda Recentemente reconhecido como patrimônio cultural imaterial do DF, o grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreira promove a Festa de Abrição neste sábado, às 19h, no Centro Tradicional de Invenção Cultural, na 813 Sul. A celebração é uma homenagem a Sereia Laiá, uma das figuras sagradas do Mito do Calango Voador, história que fundamenta a manifestação cultural de Seu Estrelo. Haverá apresentações da Orquestra Alada Trovão da Mata, do coletivo As Sambadeiras de Roda e do grupo Siba e a Fuloresta, além da tradicional sambada do Grupo Seu Estrelo. Para participar, basta levar 1 kg de alimento não perecível (exceto sal). Teatro, exposições e comédia A mostra ‘Corpo Expandido’, na Galeria Rubem Valentim, apresenta trabalhos de 15 artistas | Foto: Divulgação Localizado na 508 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo (ERCC) é um reduto da arte brasiliense. Neste final de semana, o espetáculo Espelho Confessionário volta a preencher os palcos da sala Marco Antônio Guimarães. No sábado, a sessão será às 20h e, no domingo, às 19h. A obra mostra o destino de uma freira e uma prostituta, diante de um espelho comum de dois lados. O ingresso deve ser adquirido pelo Sympla e custa R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada). A classificação indicativa é livre. No sábado, o grupo Cia de Comédia 100 Punch sobe aos palcos do Teatro de Bolso com um show de stand-up comedy. O ingresso custa R$ 20 e deve ser adquirido pelo Sympla. Já no domingo, o mesmo palco será ocupado pelo projeto Verso CineClube, com a exibição do longa Neste mundo, do diretor Michael Winterbottom, sobre a trajetória de jovens refugiados na Inglaterra. Esse é um dos quatro filmes que serão compartilhados com o público até o dia 28 deste mês, sempre aos domingos, às 16h. Além disso, segue em cartaz a exposição Modos de Mergulho: Livre, Autônomo e Profundo, da artista Marina Saback, na Galeria Parangolé. As obras combinam uma diversidade de técnicas como óleo sobre tela e aquarelas, além de projetos em tecido, miçangas e acrílico. A mostra fica em cartaz até 19 de abril, aberta para visitação de terça a domingo, das 10h às 22h. Também é possível conhecer as obras de 15 artistas na exposição Corpo Expandido, em cartaz até 27 de maio na Galeria Rubem Valentim. As peças exploram os conceitos de corpo, espaço e tempo, convidando o público a refletir sobre a complexidade da corporeidade e suas manifestações. Pílulas de cultura Neste sábado, o Complexo Cultural de Samambaia recebe o espetáculo Severino e Silva, com duas sessões – às 16h e às 19h. A peça traz elementos da poesia de João Cabral de Melo Neto e a arte de Portinari, mergulhando nas raízes e na essência do povo nordestino. A entrada é gratuita. Na Biblioteca Pública de Ceilândia, haverá contação de histórias para crianças, no sábado, a partir das 9h30. Mais tarde, o público pode aproveitar o Baile da Caixa d’Água, das 21h às 3h. A festa ocorre na Praça do Cidadão, em frente ao Jovem de Expressão, e traz artistas locais, como Hate RCT, Gabiru, Lamak, DJ Negritah e DJ LaBonita. No Plano Piloto, o Museu de Arte de Brasília (MAB) também oferece atividades para os brasilienses. No sábado, haverá oficina para crianças às 10h30, visita mediada às 15h e oficina de sumotori, para crianças de até 4 anos, às 16h30. No domingo, os pequenos podem participar de encontros sobre arte abstrata e pintura em nanquim às 10h30 e às 16h30. Às 15h, ocorre uma visita mediada sobre arquitetura patrimonial. Toda a programação é gratuita, não sendo necessário fazer inscrição prévia.
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Museu de Arte de Brasília abre programação especial de aniversário
Obras clássicas, modernas e contemporâneas integram o rico acervo do Museu de Artes de Brasília (MAB). Inaugurado em 1961, o espaço cultural foi inicialmente idealizado para ser um local multiúso – serviu de anexo para o Brasília Palace Hotel, para o clube das Forças Armadas e para um casarão de samba. Só em 1985 tornou-se uma galeria, abrigando um acervo com milhares de peças que foi aberto ao público, pela primeira vez, em 7 de março de 1985. O MAB fechou para reformas em 2007. Após restaurações profundas, o museu reabriu suas portas em 2021 como um dos espaços mais novos geridos pelo Governo do Distrito Federal (GDF), garantindo acessibilidade com elevadores, rampas e pisos táteis. O MAB passou 14 anos fechado antes reabrir suas portas, em 2021, como um dos espaços mais novos geridos pelo GDF | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília De acordo com o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Felipe Ramón, a importância do museu reside em dois pilares: riqueza de acervo e capacidade de educação. “Além de ser um local gostoso de passear, bonito e perto do lago, o MAB provoca uma reflexão. É um espaço de identidade, pedagógico, que também oferece entretenimento e lazer”, observa. O assessor jurídico Lucas Marques, 26, é frequentador assíduo do museu. Ele destaca a frequência de eventos gratuitos, além do acervo variado e das exposições com boa rotação: “Conhecer o MAB foi uma ótima adição. Brasília é uma cidade jovem, e todo centro cultural que é mantido de forma ativa ajuda a preservar e apresentar a cultura brasiliense”. O museu mostra a história da arte desde o século 17 até os dias atuais, atraindo exposições renomadas para Brasília | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília Estímulo nas artes O MAB mostra a história da arte desde o século 17 até os dias atuais. De acordo com o gerente do equipamento público, Marcelo Gonczarowska, há ações que só o prestígio de um museu é capaz de promover, como atrair exposições renomadas para Brasília e fazer uma conexão com o passado do país. “É um espaço que permite o contato entre artistas. Ao expor no MAB, o artista é legitimado pelo sistema da arte, encontrando mais mecanismos para sobreviver do trabalho dele”, acentua. É o que confirma o artista Sanagê, que trabalha principalmente com esculturas, tendo 15 obras públicas em Brasília. Há dois anos, ele encontrou uma oportunidade de expor no MAB, espaço que considera fundamental para que o cenário da arte se potencialize no DF. “É um museu grandioso na carreira de qualquer artista. Todos se sentem honrados em poder expor em um local tão importante na história da cidade”, declara. O museu vem batendo recordes de frequência, com um aumento de 50% nas visitações desde 2021 | Foto: Arquivo/ Agência Brasília Uma média de 3 mil visitantes passam no MAB por mês. Na primeira edição do evento Noite dos Museus, que ocorreu em 2023, mais de 3 mil pessoas passaram pelo espaço durante uma única madrugada, que trouxe visitações em horários alternativos e atrações musicais por 24h. O gerente do museu acrescenta que a instituição tem tentado alcançar toda a população de Brasília, além da classe artística que já é familiarizada com o espaço. Segundo Marcelo, o museu vem batendo recordes de frequência desde que ele reabriu, com um aumento de 50% nas visitações desde 2021. O gestor frisa, ainda, que o espaço também aproxima as embaixadas, promovendo um grande intercâmbio cultural na cidade. Programação As comemorações pelo aniversário de 39 anos do MAB estão marcadas para sábado (9) e domingo (10). As ações são todas gratuitas e não exigem inscrição prévia – no entanto, é recomendado chegar com 30 minutos de antecedência para garantir vaga. Confira a programação completa abaixo. Sábado (9) 8h30 – Saída do MAB para fotografia em campo do Grupo de Caminhadas Brasília 10h – Retorno da caminhada do Grupo de Caminhadas Brasília (GCB) 10h – Oferecimento de algodão doce e pipoca gratuitos 10h – Apresentação de aikido 10h15 – Cerimônia de entrega de duas obras doadas pelo Brasília Photo Show 10h30 – Oficina de quebra-cabeça para bebês de 18 meses a 3 anos (dez vagas disponíveis) e jogos com o Zebra 5 11h – Show do mágico Steiner 11h30 – Mesa-redonda: Mulheres nas Trilhas 14h – Oficina artística de hanetsuki para público a partir de 7 anos (dez vagas disponíveis) 15h – Visita mediada: Descubra os caminhos da cultura japonesa na exposição Dô 16h30 – Oficina de colagem fotográfica para público a partir de 12 anos (12 vagas disponíveis) 17h – Apresentação do Quarteto Buritis tocando música de câmara Domingo (10) 14h – Oficina de brincadeiras japonesas para crianças a partir de 4 anos (10 vagas disponíveis) 15h – Visita mediada 16h – Sarau com poetas das trilhas 16h30 – Oficina de antotipia para público a partir de 8 anos (10 vagas disponíveis) 17h – Caminhada Poesia entre Lentes. O Museu de Arte de Brasília fica localizado no Setor Hoteleiro e Turismo Norte (SHTN), Trecho 1, projeto Orla Polo 03, Lote 05. Há uma linha de ônibus que serve o museu: nº 104, saindo da Rodoviária.
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Pintura na estação 106 Sul celebra o Uruguai
A estação 106 Sul do Metrô-DF ficou mais colorida com um desenho em uma das paredes do local, feito a pincel pelo pintor uruguaio Damian Ibarguren Gauthier, 53 anos. A pintura retrata cenas cotidianas vivenciadas pelo artista em seu país natal, como uma praia com farol, paisagem de campo e idosos na frente de casa. A pintura na estação 106 Sul é a única obra de arte, em todas as 27 estações, que está instalada em uma plataforma | Fotos: Divulgação/Metrô-DF O trabalho foi feito a convite da Embaixada do Uruguai em parceria com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), por meio da Gerência de Projetos Especiais. A obra foi apresentada à população do Distrito Federal oficialmente nesta sexta-feira (24), em uma cerimônia com a presença do embaixador do Uruguai, Guillermo Eduardo Valles Galmes, o secretário de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal (GDF), Paco Britto, o diretor presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral e os diretores de Administração (DAD) e de Operação e Manutenção (DOM), Leyvan Leite Cândido e Márcio Guimarães de Aquino, respectivamente. Para o secretário Paco Britto, “a embaixada permite aos brasilienses uma verdadeira viagem quando nos transportam para suas culturas. E é exatamente isso que a Embaixada do Uruguai fez hoje com a inauguração desse painel na estação 106 Sul, enriquecendo nossa cidade”. “Brasília, que é um museu a céu aberto, está sempre aberta para receber artistas do mundo inteiro e estamos muito honrados com esse presente”, completou. “A ideia foi mostrar coisas que identifico como momentos felizes e lugares queridos”, disse o pintor Damian Gauthier O embaixador do Uruguai, Guillermo Eduardo Valles Galmes, destacou a importância de os povos fazerem conexões, que ressaltem o valor da cultura, de suas histórias, entre os seres humanos. “A arte é uma forma de civilização, de integrar os povos. Essa é a ideia dessa obra apresentada aqui no Metrô-DF”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Esse é um presente especial para o Distrito Federal que o povo do Uruguai nos dá. É a única obra de arte, em todas as 27 estações, que está instalada em uma plataforma. Esse presente vai trazer mensagens de paz, fé e esperança para todos os nossos usuários que vão poder vê-la diariamente ao passar pela estação”, acredita o diretor-presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral. Mural Damian Gauthier levou sete horas diárias durante uma semana para concluir o desenho. O pintor, natural de Montevidéu, costuma desenhar murais com personagens e histórias. “Meu objetivo com o desenho foi passar a felicidade das crianças que são levadas pelos pais e vão saudando os vizinhos”, informa. “A ideia foi mostrar coisas que identifico como momentos felizes e lugares queridos. O farol, por exemplo, foi desenhado para trazer a Brasília um pouco do oceano uruguaio e compartilhar com as pessoas que vão passar todos os dias pela estação”, afirma o pintor. *Com informações do Metrô-DF
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FearteGama comemora aniversário de 63 anos da região administrativa
Quem ama artesanato de qualidade e raro no Distrito Federal (DF) tem um encontro marcado neste feriado. Com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o recém-reformado Estádio Bezerrão, no Gama, receberá, entre 12 e 14 de outubro, a terceira edição da Feira de Artesanato e Cultura do Gama (FearteGama). O evento faz parte das comemorações dos 63 anos da cidade e vai turbinar a economia local e movimentar a região com muita arte, música e comida boa. A entrada é gratuita. [Olho texto=”“Diariamente nos comprometemos em promover e apoiar esse direito fundamental de todos, que é o acesso às artes, ao entretenimento, à cultura como um todo, sem esquecer da força econômica que toda essa organização promove para o DF”” assinatura=”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A organização do evento estima receber aproximadamente mil pessoas por dia. Nesta edição, a FearteGama ocorre no estacionamento do estádio. Os portões abrem às 13h e, a partir deste horário, os visitantes poderão desfrutar de muitas opções de lazer e cultura. Além de conhecer o artesanato de rara qualidade, flores e plantas ornamentais produzidos na cidade, será possível saborear a culinária da região e curtir diferentes apresentações das bandas contratadas. “A feira faz parte das comemorações de aniversário da cidade e promete animar toda a região com música, arte e comida boa. A partir das 17h de todos os dias, teremos artistas locais e shows. Esse evento tem classificação livre, então toda a família está convidada para participar da FearteGama”, convidou o apresentador oficial do evento, Cacá Silva. De acordo com a Secretaria de Turismo, o DF possui 12,6 mil artesãos. Cerca de 30 mil pessoas sobrevivem das atividades deste segmento. O artesanato é um mercado com uma injeção anual de R$ 184 milhões na economia local | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília “Eventos como esse são de fundamental importância na união do Executivo e o Legislativo na promoção da descentralização da cultura e pluralidade de movimentos culturais que enriquecem as nossas regiões administrativas. Enquanto Secretaria de Cultura, diariamente nos comprometemos em promover e apoiar esse direito fundamental de todos, que é o acesso às artes, ao entretenimento, à cultura como um todo, sem esquecer da força econômica que toda essa organização promove para o DF”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes. “A Feira de Artesanato e Cultura deixará o aniversário do Gama ainda mais especial. Iniciativas como essa ajudam a promover o artesanato local, estimulam a movimentação de pessoas de outras regiões administrativas no evento, aquecem a economia e geram emprego e renda. Esta será mais uma oportunidade para os artesãos exporem e venderem seus produtos”, afirmou o secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Economia aquecida Segundo um levantamento da Secretaria de Turismo, o DF tem 12,6 mil artesãos. Cerca de 30 mil pessoas sobrevivem das atividades deste segmento. O artesanato é um mercado com uma injeção anual de R$ 184 milhões na economia local. Com a chegada da terceira edição da FearteGama, o objetivo é que esses números sejam ainda maiores ao impulsionar a atividade durante os três dias de evento.
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Museu do Catetinho recebe evento especial de Dia dos Pais
Neste sábado (5), o Museu do Catetinho vai ser palco de uma edição inédita do PicniK, tradicional encontro candango. O especial de Dia dos Pais, que também vai homenagear o fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek, conta com fomento de aproximadamente R$ 120 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O evento ocorre das 13h às 22h, sendo que o acervo do museu ficará aberto à visitação até 20h. A entrada é gratuita até as 16h — após este horário, é necessária a colaboração com 1 kg de alimento não perecível. [Olho texto=”“Temos uma cobrança do público pela descentralização. Então, a gente tem buscado lugares especiais da cidade para levar o evento. O objetivo é fazer em espaços que colaboraram com a história da cidade, mas que não necessariamente fazem parte da rotina das pessoas”” assinatura=”Miguel Galvão, coordenador geral do evento” esquerda_direita_centro=”direita”] A edição especial de Dia dos Pais vai reunir moda, arte, design, gastronomia, atividades gratuitas e DJs com programação para todas as idades. O objetivo é aproximar pais e filhos com atividades lúdicas e educativas sobre a história do DF. De acordo com o idealizador e coordenador geral do evento, Miguel Galvão, o objetivo é levar o PicniK às regiões administrativas fora da área central. “Temos uma cobrança do público pela descentralização. Então, a gente tem buscado lugares especiais da cidade para levar o evento. O objetivo é fazer em espaços que colaboraram com a história da cidade, mas que não necessariamente fazem parte da rotina das pessoas”, afirmou. O PicniK especial de Dia dos Pais, neste sábado, vai reunir moda, arte, design, gastronomia, atividades gratuitas e DJs com programação para todas as idades. O evento ocorre das 13h às 22h | Foto: Luara Baggi/ Divulgação PicniK “É um evento histórico na cidade, uma das experiências mais interessantes que pode ter aqui. Para o Catetinho, representa encontrar uma parte da história da cidade, utilizar não apenas a estrutura, que é um prédio histórico e tombado, mas os arredores também, que é muito bonito”, defendeu o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ramón Rodríguez. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para conferir a programação completa, acesse o site do evento. Transporte Para quem for por meios próprios, o espaço conta com estacionamento amplo e gratuito. A organização do evento também vai disponibilizar uma van gratuita, partindo da Rodoviária do Plano Piloto, o que permite amplo e fácil acesso ao evento.
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Nas galerias e a céu aberto, conheça a arte de Athos Bulcão em Brasília
São mais de 200 obras inventariadas no Distrito Federal. Presente em todos os cantos, o pintor, escultor e desenhista Athos Bulcão deu cor e movimento à capital do Brasil. Mesmo quem não o conhece já viu alguma de suas obras por aí: são os painéis de azulejos do Aeroporto Internacional de Brasília, do Parque da Cidade, da Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima e de muitos outros pontos. Um dos painéis do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck: marca registrada | Foto: Edgard Cesar/Fundação Athos Bulcão Falecido em julho de 2008, o artista completaria 105 anos neste domingo (2). Ele veio para Brasília em 1958, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer; tão logo chegou, criou os azulejos da Igreja de Nossa Senhora de Fátima (conhecida como Igrejinha da 308 Sul) e do Brasília Palace Hotel. Em 1962, após a inauguração da capital federal, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília (UnB). Painel em metal esmaltado no Plenário Ulysses Guimarães, no Congresso Nacional | Foto: Edgard Cesar/Fundação Athos Bulcão “A função principal de Athos em Brasília foi trazer cor para a arquitetura monocromática, e podemos ver que ele cumpriu a missão muito bem”, pontua o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón Rodríguez. “A autoria dele já se dissolveu, é quase como se essas formas tivessem sido criadas por Brasília. Estão tão entranhadas no nosso imaginário que se confundem com a própria estética da cidade.” C?artões de visita Para quem chega a Brasília de avião, o primeiro contato com a obra de Athos Bulcão se dá já no aeroporto. No local, existem três painéis feitos pelo artista. Um é composto por azulejos estampados em amarelo e laranja e está localizado na Sala de Espera Nacional. O outro, também em azulejos, está na Sala de Espera Internacional e é todo feito em azul e verde. O terceiro painel, em metal, encontra-se na parede posterior do terraço do Aeroshopping. Imagem icônica do artista à frente de uma de suas mais famosas obras: o painel de azulejos da Igrejinha da 308 Sul | Foto: Mila Petrillo/Fundação Athos Bulcão ?Outras grandes obras estão na Esplanada dos Ministérios. Brasilienses e turistas podem ver de perto trabalhos de Athos na Catedral Metropolitana de Brasília, no Palácio da Alvorada, no Congresso Nacional e nos ministérios, como o das Relações Exteriores. A Câmara dos Deputados também reúne peças do artista que, graças às transmissões em plenário, ocupam as televisões brasileiras corriqueiramente. ?Cenário de muitos cliques e ensaios fotográficos, a parte externa do Teatro Nacional Claudio Santoro também é assinada por Athos. A área revestida por um painel formado de blocos de concreto nas fachadas laterais finaliza o monumento desenhado por Oscar Niemeyer. Há ainda outras obras dentro e na cobertura do teatro, produzidas em diferentes materiais, mas não disponíveis para observação. [Olho texto=”“Ele não ficava esperando a inspiração bater à porta, ia lá e criava e os trabalhos, sempre no sentido de contribuir com essas esculturas gigantes que temos em Brasília – não para roubar o protagonismo, mas para participar da construção da capital” ” assinatura=”Felipe Ramón Rodríguez, subsecretário do Patrimônio Cultural” esquerda_direita_centro=”direita”] ?No Parque da Cidade Sarah Kubitschek, há mais arte para encantar os olhos de quem vê. As paradas de descanso – formadas por banheiro, bebedouros e bancos – são iluminadas por uma composição abstrata. Os desenhos pretos no fundo branco, dispostos em sentidos variados, contrastam com o verde do equipamento público idealizado pelo paisagista Roberto Burle Marx, que era amigo de Athos Bulcão. ?Há ainda traços do artista no Cine Brasília, na UnB, na Escola Francesa de Brasília, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Torre de TV, no Hospital Sarah Kubitschek e em muitos outros locais. Segundo inventário do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), existem 261 peças de Athos na capital federal. Interior do Cine Brasília também tem a marca registrada de Athos Bulcão | Foto: Divulgação/Fundação Athos Bulcão ?Legado Para que as peças sejam mantidas em perfeitas condições de preservação, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secec, promove ações de fiscalização e, caso necessário, restauração. Os procedimentos são executados por equipe especializada da Subsecretaria de Patrimônio Cultural (Supac). O acompanhamento é feito para evitar danos e a remoção dos painéis. ?A obra de Athos Bulcão está protegida por tombamento desde 2009 e não se limita aos famosos painéis. Existem também relevos, vitrais, pisos, divisórias, muros, pinturas, castiçais e até uma pia batismal. Painel no tradicional Brasília Palace Hotel, uma das primeiras criações de Athos ao chegar à capital federal | Foto: Divulgação/Fundação Athos Bulcão “Ele não ficava esperando a inspiração bater à porta, ia lá e criava e os trabalhos, sempre no sentido de contribuir com essas esculturas gigantes que temos em Brasília – não para roubar o protagonismo, mas para participar da construção da capital”, relata o subsecretário de Patrimônio Cultural. “E hoje uma coisa é indissociável da outra, não conseguimos pensar em Brasília esteticamente sem pensar nos traços de Athos.” Identidade brasiliense A secretária-executiva da Fundação Athos Bulcão, Valéria Cabral, reforça: “É uma presença muito marcante na nossa vida, está no nosso caminho diário. Tem Athos Bulcão espalhado pela cidade, faz parte da nossa identidade”. Ela lembra que Athos foi “o responsável por trazer cor e movimento às obras criadas por Oscar Niemeyer e por outros arquitetos, para órgãos públicos, escolas e até hospitais”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] ?Há mais de 30 anos preservando o legado do artista, a Fundação Athos Bulcão promove ações de difusão do conhecimento sobre as peças, com exposições na AB Galeria e visitas guiadas com estudantes de escolas públicas. “O professor Athos é matéria obrigatória no quarto e quinto ano do ensino fundamental na grade de educação pública do DF, e nós estamos sempre disponíveis para receber escolas, administradores e o público em geral para mostrar quem foi esse grande artista”, convida Valéria Cabral. ?A fundação funciona de segunda-feira a sábado – em dias úteis, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 14h. Localizado na 510 Sul, o espaço físico oferece também uma loja com produtos da marca do artista. Arte: Agência Brasília
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Dia Mundial da África tem programação inédita de arte e cultura
O Museu de Arte de Brasília (MAB) abre as portas para comemorar o Dia Mundial da África, celebrado nesta quinta-feira (25), com uma programação inédita e variada. Os brasilienses poderão prestigiar arte, moda, gastronomia, música e curiosidades da cultura dos países africanos durante uma exposição e em um desfile realizado no sábado (27). Os eventos contam com o apoio das secretarias de Cultura e Economia Criativa (Secec) e de Relações Internacionais (Serinter). Celebrado neste 25 de maio, o Dia Mundial da África será festejado na capital da República com uma programação especial no Museu de Arte de Brasília até o dia 26 de junho | Fotos: Divulgação/MAB-Secec A partir desta quinta, a exposição A África e o Legado Afro-Brasileiro, com mais de 100 itens, fica exposta para visitação pública na galeria do primeiro pavimento do museu. A mostra, organizada juntamente com 16 embaixadas africanas, reúne esculturas, artefatos históricos, indumentárias, pinturas e fotos. “Será um mês de exposições, até o dia 26 de junho, com objetos, arte e artesanatos da cultura africana. Ao todo, são 105 itens, entre o acervo do MAB que se soma às obras das embaixadas”, diz Marcelo Gonczarowska, gerente do museu. A exposição “A África e o Legado Afro-Brasileiro”, organizada por 16 embaixadas africanas, reúne esculturas, artefatos históricos, indumentárias, pinturas e fotos Desfile, música e gastronomia No sábado (27), das 16h às 22h, um grande desfile de moda com roupas tradicionais de 32 países africanos acontece no pilotis do museu que, excepcionalmente neste dia, ficará aberto para visitação durante todo o evento. O encontro contará com a participação da DJ e produtora musical brasiliense Odara Kadiegi, filha de mãe angolana. A praça de alimentação, com degustação gratuita, terá comidas típicas africanas e brasileiras, com pratos senegaleses, quenianos e o tradicional acarajé baiano. “Vamos celebrar a cultura africana e sua influência no Brasil, reunindo representantes de 32 países, do setor produtivo do DF, do Governo do Distrito Federal (GDF) e o público da cidade, que terá contato direto com diferentes expressões artísticas presentes na nossa identidade brasileira”, diz o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, um dos organizadores do evento. Também fazem parte da organização o Sesc e o Senac, e o Grupo de Embaixadas Africanas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A embaixadora de Gana, Abena Busia, explica que o evento promoverá conexões. “Há tantas comidas consideradas típicas do Brasil, mas que têm suas raízes na África. Há também o legado da música, até o senso das cores e formas. Portanto, qualquer evento nesse sentido, que dá visibilidade e promove comunicação, é de vital importância para todos”, diz Busia. Comércio Internacional Na sexta-feira (26), haverá um encontro na Faculdade de Tecnologia e Inovação do Senac, entre empresários do DF, representantes do GDF e das embaixadas. Onze empresas de diferentes ramos foram selecionadas para apresentarem seus produtos e serviços com potencial de exportação. Entre os segmentos estão vestuário, mobiliário, turismo, eventos, tecnologia da informação, jogos e games. Para o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, o evento estreita os laços entre o Distrito Federal e os países do continente africano. “É uma porta de entrada de uma nova frente para o comércio entre a capital e esses países. Além da rodada de negócios que será promovida pela Fecomércio-DF, o intercâmbio cultural que essa festa proporcionará é extremamente relevante”, ressalta. Serviço Comemorações do Dia Mundial da África – Encontro entre GDF, embaixadas e empresários Reunião para apresentação de produtos e serviços com potencial de exportação Data: 26 de maio (sexta) Local: Faculdade de Tecnologia e Inovação do Senac-DF – Desfile Arte, Moda, Música e Gastronomia Data: 27 de maio (sábado) Horário: 16h às 22h (Desfile de Moda às 17h) Local: Museu de Arte de Brasília (MAB) – Exposição A África e o Legado Afro-Brasileiro Data: até o dia 26/6 Horário: 10h às 19h Local: Galeria de exposições do 1º pavimento do MAB
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Pessoas em vulnerabilidade têm oportunidade de aprender uma profissão
Desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) por meio do Instituto No Setor, o projeto Setor de Capacitação Social traz boas oportunidades a quem se encontra em busca de renda para viver. Aprendizagem abrange atendimento ao cliente, montagem de eventos, cenografia e conservação de espaços | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Voltada a pessoas em situação de vulnerabilidade, a iniciativa oferece cursos gratuitos de cenografia, sonorização, montagem de eventos, limpeza e conservação de espaços e atendimento ao cliente, entre outras modalidades. As aulas são ministradas no Setor Comercial Sul (SCS) e no Venâncio Shopping, na Asa Sul. Rômulo Lins, aluno do curso de cenografia: “Depois da capacitação, a gente pode ver a possibilidade de preparar a decoração de uma festa” O termo de fomento assinado com o GDF é de R$ 300 mil. Até março, dez cursos presenciais vão potencializar essas pessoas para atuar na cena cultural da cidade. Logo ali, chega o Carnaval, e gente como o aposentado e ex-estudante de teatro Rômulo Lins, 55, tem se esforçado nas aulas de cenografia para trabalhar contribuindo com a folia. “Adoro mexer com cenários, sou apaixonado por Carnaval, e aqui temos aprendido a decorar, a criar”, conta Rômulo. “Depois da capacitação, a gente pode ver a possibilidade de buscar algum trabalho, de preparar a decoração de uma festa. Vamos ver.” Banco de dados [Olho texto=”“A inserção no mercado de trabalho pode mudar a história de vida desses cidadãos. Aí está a relevância do projeto” ” assinatura=”Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda” esquerda_direita_centro=”direita”] Já o ambulante Marcos Marques, 40, trabalha há dez anos com a venda de bebidas em shows e festas. Fez mais de um curso, tendo como foco as lições de atendimento ao cliente. “Esse nosso trabalho é muito marginalizado, então precisamos nos organizar”, pontua o rapaz, morador do Paranoá. “Meu nome e de outros vendedores foram inseridos num banco de dados, e há a possibilidade de nos chamarem para trabalhar em um evento fechado, por exemplo.” O titular da Sedet, Thales Mendes, acompanha o entusiasmo dos inscritos. “Além de ser uma referência para sair da informalidade, essas capacitações são ações diretas de sobrevivência”, aponta. “A inserção no mercado de trabalho pode mudar a história de vida desses cidadãos. Aí está a relevância do projeto”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A próxima missão dos cidadãos que já frequentam as aulas é a montagem e os serviços de uma festa a ser realizada no SCS no próximo dia 10, anuncia a coordenadora pedagógica dos cursos do No Setor, Tamara Gonçalves. “São alunos que há muito tempo estão desempregados, que têm renda inferior a um salário mínimo ou que viveram nas ruas”, situa. “Nossa meta é fazer deles agentes culturais completos”.
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Confira a programação cultural deste fim de semana no DF
Para quem busca diversão neste fim de semana, a agenda cultural está bem variada, com direito ao show Cazuza in Concert – uma homenagem ao poeta do rock –, um bate-papo sobre obras indígenas no Museu Nacional da República (MuN) e os últimos dias para conferir a exposição Identidades Ameaçadas, de autoria da jornalista Franca Vilarinho, no Complexo Cultural de Planaltina. Na programação do festival ‘Brasil Futuro – as formas da democracia’, artistas indígenas participarão, neste sábado (28), de bate-papo sobre suas telas, fotos e, também, as de outros expositores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília No MuN, dentro da programação do festival Brasil Futuro – as formas da democracia, este sábado (28) será dia de um bate-papo sobre a Arte indígena nordestina e acervos. Os artistas indígenas e nordestinos Aislan Pankararu e Yacunã Tuxá conversarão com os visitantes sobre suas telas, fotos e, também, as de outros expositores. Um deles é originário da aldeia Pankararu, no sertão pernambucano. Já o outro faz parte do povo tuxá, que vive próximo à cidade baiana de Ibotirama. “É preciso entender que a cultura indígena não está restrita ao Amazonas ou ao Pará, por exemplo. Temos muitos indígenas pelo Nordeste também”, diz o coordenador de produção do festival, Rafa Reche. “E os artistas vão falar um pouco da arte indígena contemporânea, fazer um resgate histórico do Brasil. Será bem interessante e ficamos felizes, pois conseguimos reunir tanto o Aislan quanto o Yacunã no mesmo dia aqui no museu”, complementa. A entrada é franca. Na Concha Acústica, o show ‘Cazuza in Concert’, neste sábado, terá banda cover acompanhada pela Orquestra Sinfônica do Conservatório de Música e Artes de Brasília | Foto: Divulgação O tradicional show Cazuza in Concert terá como endereço a Concha Acústica, também neste sábado (28). Pela primeira vez, a banda cover que toca as músicas do ex-vocalista do Barão Vermelho será acompanhada pela Orquestra Sinfônica do Conservatório de Música e Artes de Brasília. A apresentação é gratuita. O filme ‘Valentina’, de Cássio Pereira dos Santos, será exibido até 1º de fevereiro no Cine Brasília em memória do diretor, falecido em 2022 | Foto: Leonardo Feliciano/Divulgação Para quem prefere um bom filme, o Cine Brasília traz na programação o filme Valentina, em memória do cineasta Cássio Pereira dos Santos. Falecido em 2022, ele se formou em cursos pela Universidade de Brasília, no Centro Cultural Renato Russo e em outras escolas da sétima arte no DF. Valentina traz a vivência de uma adolescente trans que, após sofrer inúmeras violências de gênero em sua cidade e escola, se muda com a mãe para um município do interior. Uma instigante história. Serviço: Bate-papo sobre a Arte indígena nordestina e acervos – Festival Brasil Futuro Local: Museu Nacional da República (MuN) Sábado (28), às 15h Entrada Franca Show Cazuza in Concert Local: Concha Acústica de Brasília Sábado (28), às 20h Entrada gratuita. *Os ingressos devem ser retirados no app Sympla Exposição Identidades Ameaçadas Local: Complexo Cultural de Planaltina Até domingo (30) . Visitação das 9h às 12h e das 14h às 17h Entrada Franca Cine Brasília Filme: Valentina, de Cássio Pereira dos Santos De 27 janeiro a 1º fevereiro – sempre às 14h Classificação indicativa: 18 anos Confira a programação completa. Ingressos na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com.
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Arte negra e periférica em exposição com apoio do FAC
As pinturas e desenhos do artista visual Ricardo Caldeira estão expostas na Galeria Mundo Vivo, na 413 Norte. A mostra Caldeira é aberta à visitação de terça-feira a sábado, das 17h às 00h45, e integra o projeto Galeria de Portas Abertas, que propõe a divulgação da produção cultural de regiões administrativas do Distrito Federal. O encerramento da exposição será no sábado (28), às 19h. O artista Ricardo Caldeira é o terceiro a expor na Galeria de Portas Abertas, projeto realizado com recursos do FAC | Foto: Conde Paladino Nascido e criado em São Sebastião, Caldeira valoriza a arte negra e periférica, com base em vivências enquanto homem negro e LGBTQIA+, e aborda a interação entre desenho, dança e consciência corporal. A mostra reúne produções de 2021 e 2022. [Olho texto=”Durante o período de exposição, cada artista promove visitas guiadas ou oficinas com estudantes de escolas públicas e pessoas atendidas por instituições sociais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “São trabalhos que dialogam muito com as minhas origens e expressões negras, sexualmente diversas, que não remete propriamente a uma expressão tradicional do que é masculino ou feminino. Falo muito de mim, enquanto parte de um conjunto, e retrato o corpo humano a partir de tudo isto”, conta ele. O artista ganhou o Prêmio Cultura LBGTQIA+, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), em 2021, com o ateliê aberto Desenhandanças – um espaço em que ele compartilha princípios do processo criativo como uma preparação corporal para o fazer artístico. Também lançou o livro Vendaval, um catálogo da produção artística, com desenhos, pinturas e ensaios sobre consciência corporal. Obras em exposição de Ricardo Caldeira, que conquistou o Prêmio Cultura LBGTQIA+, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), em 2021 | Foto: Henrique Silva A Galeria de Portas Abertas é um projeto de manutenção do espaço cultural Galeria Mundo Vivo, realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF, da Secec-DF. Foram selecionados cinco artistas de diversas regiões administrativas para compor a temporada 2022/23. Cada exposição tem duração de dois meses. Caldeira é o terceiro artista a participar da iniciativa. A gravurista Íris Ferreira, do Guará II, estreou o ciclo de exposições em junho de 2022. Em setembro do mesmo ano, foi a vez do escultor Delor Martins dos Santos Neto, da Granja do Torto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A partir de 1º de fevereiro, começa a mostra dos trabalhos do grafiteiro Ramón Phanton, com uma cerimônia de abertura, às 19h. Na data, o artista, que é de Luziânia (GO), vai grafitar a fachada da galeria. O diretor e curador da Galeria Mundo Vivo, Lucas Neder, conta que, além da experiência em vislumbrar as obras, os visitantes podem desfrutar do espaço da galeria. De terça-feira a sábado, bandas e músicos locais se apresentam no espaço externo, embalando o momento cultural. Durante o período de exposição, cada artista promove visitas guiadas ou oficinas com estudantes de escolas públicas e pessoas atendidas por instituições sociais. “É muito enriquecedor para o público. Recebemos escolas de várias regiões administrativas, inclusive da cidade na qual o artista mora ou nasceu, mostrando para os alunos que é possível trabalhar com arte”, comenta Nader. Serviço Galeria de Portas Abertas – Ricardo Caldeira – Quando: Até 28 de janeiro. De terça-feira a sábado, das 17h às 00h45 – Onde: Galeria Mundo Vivo (CLN 413 BL D – próximo ao Parque Olhos D’Água) – Entrada franca
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DF Cultural leva atrações a Ceilândia e Cruzeiro a partir desta sexta (25)
A cultura do Distrito Federal, em suas diversas representações e manifestações artísticas, vai ser o foco da programação do DF Cultural, projeto realizado por meio de termo de colaboração entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a organização da sociedade civil (OSC) Grêmio Recreativo Carnavalesco Cacique do Cruzeiro. As atividades começam neste fim de semana – de sexta (25) a domingo (27) –, com atrações em Ceilândia e no Cruzeiro. O samba, que veio para Brasília com os primeiros servidores públicos, é uma das manifestações que serão celebradas no projeto | Foto: Hugo Lira/Secec Escolhida por meio de chamamento público, a proposta da instituição vem reconhecer e valorizar a contribuição das diversas culturas para o fortalecimento da identidade do DF como um todo. Para representar toda essa riqueza, o projeto escolheu celebrar especialmente o samba, o forró e a arte urbana. “O projeto tem a sensibilidade de trabalhar com essas três manifestações que mobilizam a cidade e movimentam gerações”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes. [Olho texto=”“Estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade” ” assinatura=”Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] “Foram valorizadas identidades de algumas manifestações que formaram a cidade e são bem importantes, como o samba, que veio com os primeiros servidores públicos, e o forró, marca da cultura nordestina que se estabeleceu em Ceilândia. E, por fim, a cultura urbana, que é essa manifestação tão fundamental e que tomou a cidade. Então, estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade”, afirma a subsecretária. Programação Em Ceilândia, o local escolhido para receber o DF Cultural foi a Casa do Cantador, equipamento gerido pela Secec e que comemora, neste mês, 36 anos. Considerada o Palácio da Poesia, por ser o principal ponto de encontro da literatura de cordel e do repente no DF, a Casa do Cantador nasceu da necessidade de os artistas locais terem um espaço próprio para manifestar suas formas de expressão e seu trabalho, que trazem nas raízes os traços da cultura nordestina. A programação prevista para o local inclui shows de forró e apresentações de repente, além de um debate com mestres do forró e participação de cerca de 100 alunos do ensino médio de escolas de Ceilândia. A ideia é que, no encontro, eles possam aprender mais sobre a manifestação, que é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil, e sua importância na preservação da cultura nordestina no DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os jovens estudantes também fazem parte da programação preparada para o Cruzeiro. Mais de 50 alunos do Centro de Ensino 01 estão, ao longo de toda a semana, passando por uma oficina de percussão, que destaca as raízes e as práticas do samba no Distrito Federal. A proposta celebra a teoria e a prática do ritmo, que envolve música, dança e toda uma tradição cultural que aterrissou no Cruzeiro desde os anos 1960, ainda nos tempos da criação de Brasília. As rodas de samba dos primeiros servidores públicos candangos se espalharam pela cidade, muitas viraram escolas de samba e um de seus principais polos segue sendo a região administrativa. No sábado (26), o projeto ganha ares de festa, e a Feira Permanente do Cruzeiro recebe cinco atrações musicais. Acompanhe a programação completa e os próximos passos do DF Cultural pelas redes sociais do projeto DF Cultural. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Festival retoma o formato presencial em noite de emoção e reencontros
Político, lírico e esperançoso. Assim foi o discurso do secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, na primeira noite da 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), na noite de terça-feira (14), no Cine Brasília. A abertura da mostra foi uma noite de reencontros, retorno e celebração do novo. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e o cineasta Jorge Bodanzky, um dos homenageados desta edição | Fotos: Hugo Lira/Ascom Secec-DF Exaltando o “público maravilhoso” do festival, o legado do professor e crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes (idealizador do FBCB) , o gestor alertou sobre a necessidade de acabar com a fome e a miséria no país, as insanidades irascíveis das redes sociais e impunidades contra as minorias, convocando todos à construção de um novo Brasil. Um Brasil democrático que diz não às atrocidades e injustiças. Ainda no palco, Bartô teceu loas ao grande homenageado da noite, o cineasta e diretor de fotografia Jorge Bodanzky, que em dezembro completará 80 anos. Emocionado, o diretor de pérolas do cinema brasileiro, como Iracema, uma Transa Amazônica (1975), lembrou os tempos de estudante da segunda turma de cinema da Universidade de Brasília (UnB), quando foi aluno de Paulo Emílio e Luís Humberto. [Olho texto=”“Comemorando meus 80 anos, estou mais uma vez nesta cidade de que gosto tanto e que foi e continua sendo protagonista dos momentos decisivos da minha vida”” assinatura=” Jorge Bodanzky, cineasta homenageado” esquerda_direita_centro=”direita”] Bodanzky agradeceu pela exibição de quatros filmes de sua carreira no festival – Amazônia, A Nova Minamata? (2022), Distopia Utopia (2020), Brasília em Super 8 (2020) e Compasso de Espera (1969), de Antunes Filho, no qual ele assina a fotografia – e finalizou com declaração de amor à capital: “Comemorando meus 80 anos, estou mais uma vez nesta cidade de que gosto tanto e que foi e continua sendo protagonista dos momentos decisivos da minha vida”. Coube à diretora artística do FBCB, Sara Rocha prestar tributo a outro nome importante do cinema brasileiro: o pesquisador e conservador-chefe da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Hernani Heffner. “É uma honra receber esta homenagem aqui neste Festival porque, embora eu não tenha conhecido Paulo Emílio Salles Gomes, ele mudou a minha vida”, disse o restaurador, com 40 anos de estrada, lembrando do pai do FBCB. Outro homenageado foi Manoel Messias Filho, técnico de cinema com carreira consolidada no Distrito Federal, que teve seu talento e profissionalismo lembrados pela Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo. No palco, a equipe de ‘Mato Seco em Chamas’: ambientado no Sol Nascente, filme de Joana Prudente e Adirley Queiróz abriu a mostra competitiva de longas Mostra competitiva Filmes inclusivos, marcados por um olhar especial, sensível e original para aqueles que vivem à margem da sociedade marcaram a noite de abertura da mostra competitiva do 55º FBCB. Coprodução mineira e potiguar, o drama Big Bang, de Carlos Segundo, trouxe como protagonista Chico, anão que ganha a vida consertando fogões e fornos e vê o destino lhe dar uma nova chance ao escapar ileso de um inusitado acidente de carro. “Big Bang é um marco na minha vida, primeiro protagonista que faço em 15 anos de carreira e um dos poucos personagens com dramaticidade, longe dos estereótipos cômicos que são acostumados a enxergar os corpos com nanismo”, destacou o ator Giovanni Venturini. “Queria agradecer o (diretor) Carlos Segundo pela empatia, o filme é sobre os corpos que são invisibilizados na sociedade, então espero que Big Bang explode a cabeça de vocês para trazer mais protagonistas com deficiência para as telas de cinema”, desabafou Venturini. O ator Giovanni Venturini protagoniza o curta-metragem em competição ‘Big Bang’, coprodução mineiro-potiguar: “Um marco na minha vida” Drama afetivo sobre a reconstrução no seio familiar, o segundo curta da noite, o carioca Ave Maria recorre ao poderoso elenco feminino para contar uma história marcada por traumas, perdas e memórias dolorosas. A diretora Pê Moreira dedicou a sessão do filme à avó, recém-falecida. “O filme é muito, principalmente, sobre a textura da relação de nossos ancestrais dentro de nós”, explicou. Um dos filmes brasilienses mais esperados dos últimos tempos, o drama futurista Mato Seco em Chamas mistura o clássico Mad Max, protagonizado por Mel Gibson, com referências distópicas do cinema e da literatura para falar sobre um grupo de “minas das quebradas” que descobrem petróleo em pleno Sol Nascente, periferia de Ceilândia. Com bela direção de arte e fotografia, o filme da dupla Joana Pimenta e Adirley Queirós mais uma vez ressignifica o entorno do DF com um olhar autoral norteado por questões sociais. Público emocionado O retorno presencial do público à mostra cinematográfica mais importante do país emocionou muita gente. Bonito de ver as 606 poltronas do Cine Brasília tomadas por amantes da sétima arte e as luzes dos holofotes bailando, novamente, pelo teto do Cine Brasília e pelos rostos da plateia, em meio ao burburinho de vozes e som ambiente. O retorno presencial do público ao Festival de Brasília do Cinema Brasileiro emocionou muitas das pessoas que lotaram as 606 poltronas do Cine Brasília Entre os habitués de longa data, estavam a pesquisadora Berê Bahia, entusiasta do evento e das produções realizadas na cidade. “Temos que tomar ainda as devidas precauções, por conta da covid, mas como estou feliz de ter voltado presencialmente”, confidenciou. “Aqui é o meu templo, o cinema é a minha religião e a tela do Cine Brasília o meu altar, com os técnicos e os artistas como santos”, se declara. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diretora de Meu Nome É Gal, cinebiografia sobre uma das vozes mais marcantes do país – a cantora Gal Costa, recentemente falecida –, que deve estrear em 2023, Dandara Ferreira, filha do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, fala do reencontro com a mítica sala e marcante festival. “Gosto muito deste lugar, é um dos meus festivais preferidos, pela importância política, pela importância para o cinema brasileiro e estou muito feliz por estar de volta”, destaca. Jovem diretor e produtor engajado com a cena cinematográfica de Brasília, João Paulo Procópio, atualmente morando em São Paulo, acredita que esta edição de número 55 do festival é um divisor de águas para a cultura brasileira. “Acho que esta retomada do público do Cine Brasília marca um reencontro da cultura bem importante”, observa. “A característica do Festival de Brasília é dialogar sobre as políticas culturais, um momento efervescente, com muita coisa acontecendo”, avalia.
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Veja a programação cultural da cidade para o fim de semana prolongado
Um dos lugares mais místicos e míticos da cidade, o Vale do Amanhecer é homenageado com a exposição fotográfica Luz, Cor e Fé – 50 Anos do Vale do Amanhecer, que será inaugurada neste domingo (13), às 20h, no Complexo Cultural de Planaltina. A exposição ‘Luz, Cor e Fé – 50 Anos do Vale do Amanhecer’ reúne imagens do fotógrafo Lúcio Távora | Foto: Lúcio Távora/ Divulgação A exposição é composta por registros capturados pelo olhar do fotógrafo Lúcio Távora e é uma homenagem a toda a comunidade espírita que vivencia há mais de meio século a doutrina trazida pela médium Tia Neiva, por meio da espiritualidade. No Museu de Arte de Brasília (MAB), o destaque são as aulas gratuitas de introdução ao desenho com o educador Caio Sato. No encontro – que ocorre neste sábado (12), das 9h às 13h – o participante terá chance de aprender os fundamentos da construção e desenho do rosto humano e seus elementos, entre outras coisas. As vagas são limitadas. Também neste sábado, o Projeto Katendê leva ao Espaço Cultural Renato Russo o encontro Raízes Ancestrais. Criado em 2021, no Instituto Educacional e Cultural Lua Branca (Inclua), em Sobradinho dos Melos, Paranoá, o projeto tem foco no trabalho de artesãos e manualistas. O Espaço Cultural Renato Russo sedia aula gratuita de introdução ao desenho | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília O objetivo do evento é realizar feiras itinerantes e formação sobre empreendedorismo para jovens e adultos de periferias do Distrito Federal. Os organizadores prometem um dia repleto de atividades, com feira, música e mesas-redondas no espaço cultural da 508 Sul. Serviço: Exposição Luz, Cor e Fé – 50 Anos do Vale do Amanhecer Local: Complexo Cultural de Planaltina (Avenida Uberdan Cardoso, Setor Administrativo, Lote 02, Planaltina-DF) Abertura neste domingo (13), às 20h Aula Gratuita de Introdução ao Desenho Local: Museu de Arte de Brasília (SHTN, Trecho 01, Projeto Orla) Data: Sábado (12), das 9h às 13h Para mais informações e inscrições: (61) 9 9246-3245 ou (61) 3306 -1375 Projeto Katendê Local: Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) Data: sábado (12), das 11h às 16h
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Projeto leva cultura e cidadania ao Itapoã
Neste sábado (12), será realizada a festa de encerramento do projeto Arte Brasil: Cultura e Cidadania no Itapoã. Além de música e diversão para a comunidade, o encerramento do evento contará com exposição do artesanato e apresentações artísticas dos conteúdos desenvolvidos durante os cinco meses de duração do projeto. Durante os cinco meses, cerca de 100 alunos participaram das aulas, dadas por três professores e dois monitores | Fotos: Randal Andrade/ Divulgação A confraternização, que começará com acolhimento dos participantes, será concluída com um grande show de música brasileira. O evento está previsto para acontecer das 9h às 12h, na Quadra 378 do Itapoã II. O Arte e Cultura contou com R$ 79 mil de recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O Arte Brasil: Cultura e Cidadania no Itapoã levou à comunidade da região administrativa aulas de percussão, dança afrocontemporânea e artesanato. Durante os cinco meses de duração do projeto, cerca de 100 alunos participaram das aulas, que foram dadas por três professores e dois monitores. De acordo com a produtora do projeto, Ana Paula Caio, foi surpreendente a adesão do público feminino na faixa dos 70 anos à dança afrocontemporânea. “A dança afro foi muito abraçada pelas mulheres de mais idade. Isso se deve muito também ao fato de o professor que deu as aulas ter trabalhado de acordo com a capacidade de cada um”, explicou Ana Paula. “Acho que atingimos nosso objetivo que era dar uma atividade de lazer às pessoas do Itapoã”, comemorou a produtora. A produtora do projeto considerou surpreendente a adesão do público feminino na faixa dos 70 anos à dança afrocontemporânea O agente cultural e percussionista Celinho Dú Batuk, que também faz parte do Arte Brasil, destacou a importância social da realização do projeto no Itapoã. “A música é transformadora. Alguns adolescentes que no início do curso nem falavam agora já se comunicam, se interessam pelas coisas”, frisou Celinho. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o músico, por meio da arte os adolescentes de uma comunidade carente começam a enxergar oportunidades que antes não viam. “Durante todo o projeto, incentivamos os jovens a estudar, a ingressar na universidade. Alguns deles encaminhamos para a entidade beneficente Casa de Ismael, que os indica para estágios no Banco do Brasil e na Caixa Econômica”, destacou. Quem também comemora o resultado positivo do projeto Arte Brasil é uma das monitoras, Juliana Fernandes. Ela integrou o projeto na vaga destinada ao monitor Pessoa Com Deficiência (PCD). “Foi muito emocionante e gratificante passar esses cinco meses sendo monitora PCD, pois tive a oportunidade de conviver com jovens, adultos e idosos e pude realizar o sonho de participar de um projeto com jovens, adultos e crianças no Itapoã”, disse.
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Festival Dulcina de Teatro apresenta 16 espetáculos em seis palcos do DF
Foram quatro anos de intervalo. Agora, o Festival Dulcina de Teatro volta com sua segunda edição para movimentar a cena teatral da capital federal trazendo 16 espetáculos, desta quinta-feira (3) ao dia 13. A abertura, nesta quinta, será às 19h, na praça central do Espaço Cultural Renato Russo, da 508 Sul. Um dos destaques é a presença da atriz e diretora Denise Stoklos. [Olho texto=”“Procuramos valorizar o retorno ao corpo, ao presencial, onde a proximidade entre artistas e público traga de volta a experiência mágica que só o teatro faz acontecer”” assinatura=”André Amaro, diretor teatral e curador do Festival Dulcina de Teatro” esquerda_direita_centro=”direita”] “É uma alegria e uma honra participar desta que é a expressão da arte livre e diversa!”, comemora a veterana dos palcos. A artista apresentará a peça Abjeto Sujeito, montagem que traz uma visão sobre a escritora Clarice Lispector. Stoklos também fará um bate-papo sobre o processo criativo do espetáculo. Curadores do evento, o diretor teatral André Amaro e a atriz e roteirista Eliana César falam sobre a importância do retorno do Festival Dulcina de Teatro. “Procuramos valorizar o retorno ao corpo, ao presencial, onde a proximidade entre artistas e público traga de volta a experiência mágica que só o teatro faz acontecer”, afirma Amaro. “Teatro é vida pulsando, é transfusão de emoção do palco à plateia e vice-versa; os conceitos podem mudar, mas no teatro revelamos o que existe de essencial no ser humano” acrescenta Eliana. Grande nome das artes cênicas brasileiras, a atriz e diretora Denise Stoklos participa do festival com o espetáculo ‘Abjeto Sujeito’, além de apresentar bate-papo sobre a obra | Fotos: Divulgação Ao todo, foram selecionadas 13 peças dos estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Goiás e DF. Os espetáculos serão encenados em locais como Teatro Sesc Newton Rossi (Ceilândia), Praça Zumbi dos Palmares (em frente ao Conic), Teatro Sesc Paulo Autran (Taguatinga), Espaço Semente (Gama) e ainda dois ambientes do Espaço Cultural Renato Russo – a Sala Marco Antônio Guimarães e o Teatro Galpão Hugo Rodas. ‘Volver a Letícia’, do DF, é um dos trabalhos que foram convidados pelo festival Além dos espetáculos, o público poderá conferir a exposição Acervo Dulcina: Parte I, no mezanino da praça central do Espaço Cultural Renato Russo. Até então guardados em baús centenários, itens inéditos que pertenceram a Dulcina de Moraes (1908 – 1996) poderão ser vistos de perto, desvendando um pouco desse ícone dos palcos que criou a Fundação Brasileira de Teatro (FBT), atualmente Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. “O festival será um momento de comemorar, por meio de produções de diferentes partes do país, o legado revolucionário de Dulcina e sua contribuição para o desenvolvimento da profissionalização artística no Brasil”, afirma o diretor geral do Festival, Cleber Lopes. Mais de 200 trabalhos foram inscritos para participar do embrionário festival teatral. A abertura será com a peça cearense Ramadança. Em cena, o autor explora contrastes que o imaginário popular do Nordeste do Brasil processou ao conceber danças dramáticas e autos. Serviço Festival Dulcina de Teatro ?Desta quinta (3) ao dia 13 ?Espaço Cultural Renato Russo: ingressos na bilheteriadigital.com, a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) ?Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga; Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia e Espaço Semente – Gama: entrada franca. Exposição Acervo Dulcina – Parte I ? Nesta quinta, das 19h às 21h; entre os dias 4 e 13, das 10h, às 21h, no mezanino da praça central do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. Programação ?Quinta (3) 19h – Ramadança – Ricardo Guilherme (CE) Espaço Cultural Renato Russo – praça central Classificação indicativa: 14 anos. 20h – Outra História de Amor – Humberto Pedrancini/Ruth Guimarães/Zé Regino (DF) Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães Classificação indicativa: 14 anos. ?Sexta (4) 20h – Major Oliveira – Cia. Casamento Aberto (BA) Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães Classificação indicativa: 16 anos. 20h – Outra História de Amor – Humberto Pedrancini/Ruth Guimarães/Zé Regino (DF) Espaço Semente – Gama Classificação indicativa: 14 anos. 21h – Caio do Céu – Companhia de Solos; Bem Acompanhados (RS) Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas Classificação indicativa: 14 anos. ?Sábado (5) 19h – Bate-papo com Denise Stoklos (SP)* Tema: Teatro Essencial e o processo criativo do espetáculo Abjeto Sujeito Espaço Cultural Renato Russo – Sala Marco Antônio Guimarães *Entrada franca (retirada de ingressos a partir das 17h na bilheteria do espaço) 21h – Que Mundo Deixaremos Para Keith? – Íntima Companhia de Teatro (RJ) Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas Classificação indicativa: livre. ?Domingo (6) 20h – Abjeto Sujeito – Denise Stoklos (SP) Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas Classificação indicativa: 12 anos. Dia 7/11/22 – segunda-feira 20h – À Beira do Sol – Cia Os Buriti (DF)* Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia Classificação indicativa: livre. *O espetáculo conta com atividade formativa: mediação (antes das apresentações) e bate-papo (após as apresentações). ?Dia 8 14h e 16h – Nó na Garganta – Estupenda Trupe (DF)* Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia Classificação indicativa: 12 anos. * O espetáculo conta com atividade formativa: mediação (antes das apresentações) e bate-papo (após as apresentações) ?Dia 9 12h30 e 17h – Caravana dos Delirantes – Teatro Iesb (DF) Praça Zumbi dos Palmares Classificação indicativa: 12 anos. 20h – Depois do Silêncio – Cia. Os Buriti (DF) Teatro Sesc Paula Autran – Taguatinga Classificação indicativa: 12 anos. ?Dia 10 20h – Volver a Letícia – Túlio Guimarães/Alexandre Ribondi (DF) Teatro Sesc Paula Autran – Taguatinga Classificação indicativa: livre. ?Dia 11 19h – Encerramento do Amor – Cia. S.A.I. Setor de Áreas Isoladas (DF) Classificação indicativa: 14 anos. 20h – A Mulher Monstro – S. E. M. Cia de Teatro (RN) Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas Classificação indicativa: 14 anos. ?Dia 12 9h às 12h – Atividade formativa: workshop Luiz Gama: Uma Voz Pela Liberdade – prof. Ricardo Torres / Déo Garcez / Soraia Arnoni (RJ) Espaço Semente – Gama Inscrições em festivaldulcina.com.br Vagas limitadas 19h – Sertãohamlet – Sertão Teatro Infinito Cia (GO) Classificação indicativa: 16 anos 20h – Palácio do Fim – Cia Incomode-Te e Primeira Fila Produções (RS) Classificação indicativa: 14 anos. ?Dia 13 20h – Luiz Gama: Uma Voz Pela Liberdade – prof. Ricardo Torres / Déo Garcez / Soraia Arnoni (RJ) Espaço Cultural Renato Russo – Teatro Galpão Hugo Rodas Classificação indicativa: 12 anos.
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Ação itinerante festeja 33 anos de Samambaia com programação cultural
Uma reunião festiva em torno de poesia, música, dança, contação de histórias e teatro para celebrar os 33 anos da região administrativa de Samambaia. É o que promete o projeto itinerante Sarau Complexo, que ocorre nesta sexta-feira (28), a partir das 18h, na Quadra 629, Conjunto 4, de Samambaia Norte, próximo ao Instituto Embalando Sonhos, com entrada franca. A contadora de histórias Márcia Bittencourt vai divertir a garotada no evento com o conto popular africano ‘A Galinha que Subiu ao Céu’ | Fotos: Divulgação Promovido pela comunidade cultural da cidade em parceria com a própria população, o encontro nasceu em 2009 como reivindicação por um espaço cultural e a necessidade de apresentar a arte e os artistas locais. O projeto, que está na sexta edição, conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Nas últimas edições, o encontro chegou a receber entre 400 e 1.000 pessoas. [Olho texto=” “A ideia é levar para as quadras da cidade um evento para fazer a comunidade conhecer seus artistas e sua arte”” assinatura=”Marília Abreu, idealizadora do Sarau Complexo” esquerda_direita_centro=”direita”] “Na época, Samambaia era uma cidade com 200 mil habitantes e não havia nenhum lugar para a cultura”, conta a coordenadora do Sarau Complexo, Marília Abreu. “O objetivo era tornar visível à população a necessidade da construção de um espaço cultural para Samambaia e também fazer com que o povo conhecesse os seus artistas e soubesse de sua arte”, lembra. Deu certo. Inaugurado em dezembro de 2018, o Complexo Cultural de Samambaia é um dos mais potentes e importantes centros de entretenimento da região administrativa. O que não impediu que o projeto Sarau Complexo continuasse mobilizando a população em torno da arte. “A ideia é levar para as quadras da cidade um evento para fazer a comunidade conhecer seus artistas e sua arte”, diz Marília. O Palhaço Psiu foi destaque em edições passadas do projeto e volta como atração do Sarau Complexo desta sexta (28) Em cada uma dessas apresentações, que ocorrem sempre na última sexta-feira de cada mês, é montada uma estrutura com palco, iluminação, som, camarim e cadeiras para o público. Na programação desta sexta (28), tem show de risadas com o palhaço Psiu, apresentação de dança com o grupo Beckus e de músicas com as bandas Atitude Feminina e Fuzuê Candango, além do trio Cello e solos com os artistas Máximo Mansur e Júlia Nara. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na parte de declamação de poesia, vão se apresentar os artistas Velho Mitchell e Fausto Carcará, Gelly Fritta, Lili Andrade e Nabrisa. Já a garotada terá a oportunidade de conferir uma narrativa emocionante por meio do conto popular africano A Galinha que Subiu ao Céu, por meio da contadora de histórias Márcia Bittencourt. “Estou bastante animada porque será uma troca rica com o público”, observa Marília Abreu. “Minha expectativa é muito boa, esse projeto Sarau Complexo é muito interessante porque descentraliza a arte, levando a cultura para todos os cantos da cidade. Muitas pessoas têm dificuldades de ir para um outro espaço mais centralizado e, com essa iniciativa, elas podem contar com um espetáculo perto de casa”, diz. Serviço Sarau Complexo – Edição especial 33 anos de Samambaia ? Local: QR 629, conj 4 – Samambaia Norte (próximo ao Instituto Embalando Sonhos) ? Data: Sexta (28) ? Horário: a partir das 18h ? Entrada gratuita ? Programação: Para crianças – Palhaço Psiu, Contação de histórias com Márcia Bittencourt Dança – Beckus Cia de Dança Música – Banda e Solo Musical, Atitude Feminina, Fuzuê Candango, Máximo Mansur, Cello Voz e Violão, Julia Nara Poesia – Velho Mitchell e Fausto Carcará (voz, versos e violão), Gelly Fritta, Lili Andrade, Nabrisa
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Painéis de grafite em pontos das asas Sul e Norte, Samambaia e Planaltina
Apreciadores de grafite podem aproveitar os momentos de folga para conhecer painéis espalhados por diversos pontos do Distrito Federal. As obras estão nas asas Sul e Norte – marcando presença na Galeria dos Estados e no lugar conhecido como Beco do Rato, no Setor Comercial Sul – e nos complexos culturais de Samambaia e Planaltina. Na W3 Norte, foram grafitados neste ano 28 pontos de ônibus, sendo que cada um ficou a cargo de um artista | Foto: Hugo Lira/Secec A pintura das paradas de ônibus da W3 Sul ocorreu entre os meses de novembro e dezembro do ano passado. Durante dois finais de semana, 27 grafiteiros escolheram os temas e espalharam arte por 27 pontos ao longo da avenida mais antiga e famosa de Brasília. Na W3 Norte, foram grafitados neste ano 28 pontos de ônibus, sendo que cada um ficou a cargo de um artista. Os temas usados, de livre escolha por parte dos grafiteiros, tratam desde a retratação de animais e plantas típicas do cerrado até pinturas abstratas. O viaduto sobre a Galeria dos Estados transformou-se em uma tela de 230 m², onde foi pintado o arco-íris, símbolo da bandeira LGBT. São cerca de 120 faixas de um colorido intenso, dando a mensagem de respeito à diversidade. O local também pode ser um excelente cenário para se fazer uma bela imagem da capital. Já no Beco do Rato, que fica no Setor Comercial Sul, o tema era livre, e o coletivo de grafiteiros teve um final de semana para transformar as paredes do espaço. Complexos culturais Em Samambaia, a arte transformou um muro de 150 m² no complexo cultural da cidade. A ideia dos artistas é que o painel aproxime o complexo da região administrativa. O projeto, executado por cinco grafiteiros, homenageia a cultura e a diversidade existentes na cidade, destacando os trabalhos de Samambaia nas áreas de cinema, artes visuais e música. A obra também vai homenagear as crianças, em uma referência ao futuro e às próximas gerações. Por último, como não poderia faltar, faz parte do painel uma bela samambaia, planta de que deu nome à cidade. No Complexo Cultural de Planaltina, o grafite foi feito por 15 artistas. O tema escolhido foi “Planaltina: Patrimônio, Cultura e Identidade de uma Cidade Centenária”. Cada grafiteiro ficou responsável pela pintura de 18,4 m², com painéis de 8 metros de altura x 2,3 de largura. A ação teve por objetivo homenagear os 161 anos da região administrativa mais antiga do DF.
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Obras de alunos da rede pública são expostas no Museu Nacional da República
Durante o mês de outubro, uma mostra de 70 trabalhos de estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, produzidos ao longo do ano letivo de 2022, poderá ser vista em um dos auditórios do Museu Nacional da República. Eles são resultado da 10ª edição do projeto Plenarinha, desenvolvido pela Subsecretaria de Educação Básica (Subeb) da Secretaria de Educação. A exposição, aberta na última quarta-feira (6), fica em cartaz até 30 de outubro com visitação gratuita. Em 2022, a temática do projeto – Criança arteira: faço arte, faço parte – teve como objetivo favorecer a percepção, a sensibilidade e a expressividade das crianças por meio das diferentes linguagens artísticas. A exposição do projeto Plenarinha ocupa um dos auditórios do Museu da República até o fim deste mês | Foto: Ascom/SEEDF O projeto Plenarinha começou em 2013 e tem o propósito de fortalecer o protagonismo da primeira infância no desenvolvimento humano. “O investimento na educação infantil traz resultados que nenhuma política consegue trazer. A nossa secretária não mede esforços para que consigamos fortalecer as instituições públicas do Distrito Federal numa oferta de educação de excelência para os nossos bebês”, destacou a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação, Solange Foizer. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Este ano, a Plenarinha começou no mês de abril e teve ações em todas as 14 coordenações regionais de ensino (CREs). Os trabalhos expostos foram escolhidos a partir das obras desenvolvidas nas Plenarinhas locais e regionais, nas quais participaram 68 mil crianças da educação infantil e do 1º ano de ensino fundamental atendidas pelas instituições públicas e parceiras no DF. A chefe da assessoria especial da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e secretária executiva do Programa Criança Feliz Brasiliense, Ana Caroline de Oliveira Souza, ressaltou a importância do projeto. “A Plenarinha alcança o desenvolvimento infantil por meio do protagonismo da criança e nós sabemos que a criança em um ambiente saudável, acaba sendo estimulada e tem muito mais possibilidades de desenvolvimento”, explicou a gestora. Além da exibição das obras dos estudantes, a abertura da exposição contou com a apresentação artística das crianças do Centro Comunitário de Ceilândia, que dançaram Carimbó. *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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Festival de Cinema de Taguatinga terá sessão para pessoas com autismo
Brasília, 6 de setembro de 2022 – Luz, câmera, ação! Começa nesta quinta-feira (7), a 16ª edição do Festival Taguatinga de Cinema, no Sesc Taguatinga. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), o evento apresenta curtas-metragens nacionais, shows, palestras, debates e oficinas. A programação encerra no domingo (10). ‘Todos os Inscritos de Ness’, da paranaense Bruna Steudel, é um dos filmes que compõem a Mostra Azul | Fotos: Divulgação Em cartaz, destaque para a Mostra Azul, uma sessão dedicada a portadores de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Serão cinco filmes brasileiros, transmitidos no sábado (9), a partir das 15h, em sala com condições de luz e som adequadas ao público. “Os filmes são de imaginários lúdicos, que trazem como tema a acessibilidade, para que as crianças se sintam representadas”, afirma a produtora e organizadora do festival, Janaína André. As obras foram desenvolvidas no período de confinamento, devido a pandemia do novo coronavírus, e têm até 20 minutos de duração. Além de sons mais baixos e luzes mais claras, em comparação a outras sessões, a Mostra Azul terá a presença de monitores qualificados para prestar suporte às famílias. A especialista em análise do comportamento aplicada ao autismo Isabella de Azevedo Levino fará parte desse time. Atuante na área desde 2016, ela afirma que a sessão adaptada entende as particularidades dos espectadores e promove equidade de acesso a espaços culturais. “Por ser um transtorno global, o autismo afeta vários aspectos no comportamento da pessoa, como a sensibilidade à luz e ao som. Na sala adaptada, o público não se incomoda com possíveis conversas paralelas ou que uma pessoa fique andando durante o filme, por exemplo. É um espaço livre”, explica Alevino. A Mostra Infantil traz cinco filmes, entre eles ‘Ewe di Osanyin – Segredo das Folhas’, de Pâmela Peregrino (BA) Além da Mostra Azul, haverá uma oficina de elaboração de projeto para pessoas com deficiência, com interpretação em Libras. “Vemos cada vez mais a possibilidade de não só oferecermos acessibilidade, mas que as pessoas com deficiência consigam desenvolver os próprios projetos, conforme as suas necessidades e vontades”, afirma Janaína André. O Festival de Cinema de Taguatinga foi criado em 1998, com o objetivo de valorizar a produção nacional e investir em projetos socialmente engajados. Nos últimos dois anos, o evento ocorreu de forma virtual, em decorrência da covid-19. Neste ano, volta a ser promovido no formato híbrido, com sessões presenciais e online. Mais de 3 mil filmes, incluindo os cadastrados nesta edição, estão disponíveis no site do festival. Outras atrações A programação também inclui a Mostra Competitiva, Mostra Paralela, Mostra Cine Expressão e Mostra Infantil, sempre no Sesc Taguatinga. São curtas-metragens de todas as regiões do Brasil, nos gêneros animação, documentário, experimental, ficção e infantil. A produção gaúcha ‘Batente’ passa na Mostra Paralela Na Mostra Competitiva, participam 24 títulos, selecionados virtualmente pelo público e que concorrem à premiação nas categorias Júri Oficial e Júri Popular. As produções serão transmitidas em quatro sessões, uma em cada dia do festival, a partir das 20h. Com 12 curtas-metragens escolhidos pela curadoria oficial, a Mostra Paralela é dedicada aos estudantes do Ensino Médio, com sessões-escola, abertas ao público geral. As transmissões acontecem na quinta e sexta-feira, às 15h, seguidas de rodas de conversas. Para a criançada, a Mostra Infantil apresenta cinco filmes infantis, na quinta e na sexta-feira, às 10h. A sessão é dedicada a crianças do Ensino Infantil, com sessões-escola também abertas para o público em geral. Já a Mostra Cine Expressão exibirá seis obras produzidas pelo Projeto Jovem de Expressão e pela Rede Urbana de Ações Socioculturais (R.U.A.S). Os filmes foram desenvolvidos em oficinas realizadas em Ceilândia, como forma de inserir os jovens da cidade no mercado audiovisual. A sessão ocorre no sábado, às 17h. Além de assistir aos filmes, o público pode participar de quatro oficinas gratuitas sobre produção audiovisual e políticas públicas para cultura no Hotel Go Inn – Taguatinga Centro. Confira a programação completa no site. Serviço 16ª Festival Taguatinga de Cinema Quando: 7 a 10 de setembro Onde: Sesc Taguatinga – CNB 12 – Área Especial 2/3 Entrada gratuita, mediante a doação de 1 kg de alimento
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Abertas oficinas de teatro gratuitas no Espaço Cultural Renato Russo
Brasília, 25 de agosto de 2022 – O Espaço Cultural Renato Russo, equipamento cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), está com inscrições abertas até 6 de setembro para duas novas oficinas de teatro: O Corpo Rítmico, destinada ao público infanto-juvenil, e Fundamentos Técnicos de Hugo Rodas, para o público adulto. São várias turmas e horários disponíveis para aulas gratuitas e as vagas são limitadas. A oficina de teatro O Corpo Rítmico é coordenada pela atriz, musicista e arte-educadora Dani Neri. São 20 vagas por turma, destinadas a alunos de 7 a 14 anos, com aulas nos períodos matutino e vespertino. As aulas visam incentivar a consciência corporal; coordenação motora, reflexo, orientação espacial e temporal; sensibilidade, atenção e percepção; ritmo e musicalidade; memória e pensamento lógico; socialização, capacidade de adaptação, integração e cooperação, além de outras habilidades individuais e coletivas. O Núcleo de Formação d’Amacaca oferece aos adultos oficina estruturada nos fundamentos da técnica muscular do diretor Hugo Rodas | Foto: Divulgação “A partir de laboratórios cênicos, jogos e brincadeiras da cultura popular, exercícios de voz e de desenvolvimento rítmico, a oficina vai ampliar a capacidade criativa e expressiva dos alunos com relação ao uso da linguagem musical, cênica e corporal”, explica Dani Neri. Para adultos a partir de 18 anos, o Núcleo de Formação d’Amacaca oferece uma oficina teatral estruturada nos fundamentos da técnica muscular desenvolvida pelo mestre e diretor Hugo Rodas, falecido recentemente. Hugo Rodas, diretor teatral uruguaio radicado em Brasília, é uma referência na arte cênica do país e uma importante personalidade do teatro no Distrito Federal. Após trabalhar com o diretor por 12 anos, a Agrupação Teatral Amacaca (ATA) propõe, para a comunidade de Brasília, um percurso pedagógico pelos princípios técnicos que fundamentam a linguagem teatral da companhia. O curso propõe o domínio dos princípios como tempo, espaço, planos, frentes, características formais, tônicas musculares, permeabilidade, criatividade e disponibilidade, bases da técnica de Hugo Rodas, capacitando o aluno ao desenvolvimento de sua expressão e das suas potencialidades criativas. Os cursos ofertados pelo Espaço Cultural Renato Russo são realizados pelo Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade e a Secec, por meio do Programa Pedagógico-Formativo previsto no Termo de Colaboração nº 02/2022. Dúvidas e questionamentos podem ser enviados para o e-mail cursos508@institutojanelas.com.br. Mais informações e inscrições pelo site do Espaço Cultural Renato Russo. Serviço Oficinas de teatro do Espaço Cultural Renato Russo Inscrições até 6 de setembro Oficina O Corpo Rítmico, com Dani Neri Turma 1 – Matutino (para crianças e jovens de 10 a 13 anos) Todas as quintas, das 9h30 às 11h30 Turma 2 – Vespertino (para crianças de 7 a 10 anos) Todas as quartas, das 14h às 16h Turma 3 – Vespertino (para crianças e jovens de 11 a 14 anos) Todas as quartas, das 16h às 18h Oficina Fundamentos Técnicos de Hugo Rodas, com Núcleo de Formação D’Amacaca 30 vagas disponíveis Todas as terças, de 13/9 a 13/12, das 19h às 21h30 *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Museu da República traz arte urbana e experimentação em novas exposições
Brasília, 18 de agosto de 2022 – O Museu Nacional da República (MUN) recebe duas novas exposições a partir desta sexta-feira (19), que abarcam a arte mural e a experimentação com linguagem a partir de técnicas seminais do registro fotográfico, envolvendo também pintura, instalações e objetos. Ambas poderão ser visitadas pelo público, gratuitamente, até 2 de outubro. NALUTA/NALATA traz o trabalho de 16 artistas (15 brasileiros e um americano) que exploram o espírito das ruas. Com curadoria de Simon Watson, associado à Luan Cardoso, a coletiva será montada no piso expositivo principal e pretende mostrar as diversas formas de que uma nova geração de artistas se utiliza para criar em espaços públicos e ateliês. Obra de Fefé Talavera que compõe a coletiva NALATA/NALUTA | Foto: Reprodução A outra exposição é Estratégias para o naufrágio: rumo azul e outras manobras, do artista visual André Santangelo, com curadoria de Renata Azambuja. Instalada na Galeria Mezanino, a exposição apresenta ao público um recorte da produção do carioca radicado em Brasília, realizada entre 2007 e 2022, propondo ao público paisagens com uma gama de sensações de natureza exterior e interior e experimentações na linguagem visual com retorno à cianotipia. Na luta NALUTA/NALATA é uma exposição coletiva que celebra a dinâmica da cultura de rua do Brasil a partir do grafite, da música urbana e da dança, composta por trabalhos de Alberto Pereira, Bella, Bruno Pastore, Cacá Fonseca, Cláudio “Ise” Duarte, Diego Aliados, Djan “Cripta” Ivson com Círculo Forte Brasil, Marcus “Enivo” Vinícius Teixeira Ramos da Silva, Fefé Talavera, Felipe Risada/Os Mais Chave, Mag Magrela, Mundano, Martha Cooper, Alex “Onesto” Hornest com Andy Hope e Cusco Rebel, e Walter “Tinho” Tada Nomura. Os eixos da curadoria levam em conta o fato de o Brasil ter uma cultura urbana rica e vibrante, com seus murais de rua, performances, grafite e engajamento de comunidades; a diversidade da população, com seus lastros culturais; a interseção entre sustentabilidade e criatividade, com a recuperação e reaproveitamento de refugos tão diversos quanto bicicletas quebradas, pneus e materiais de construção, que se tornam arte; a proposta de um diálogo entre culturas dos povos originários, corpos tatuados e paredes de pedra pintadas e, não menos importante, a comunidade de artistas de rua com sua generosa troca de experiências. Curador independente e consultor de arte, Simon Watson possui 35 anos de experiência, tendo realizado centenas de exposições para diversas galerias e museus. Ele vem, nos últimos anos, trabalhando com artistas com menor visibilidade pública. Assinando o trabalho junto a Watson está Luan Cardoso, um dos principais produtores profissionais de murais de rua e arte pública e também curador de festivais de arte de rua e projetos ao ar livre, como o NaLata – Festival Internacional de Arte. André Santangelo faz pesquisa de linguagem em mais de 20 anos de carreira, que utiliza fotografia, pintura, instalações, desenhos e objetos | Foto: Julia Lucena/Divulgação Naufrágio Já a exposição de André Santangelo, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), traz uma pesquisa de linguagem em mais de 20 anos de carreira, que utiliza fotografia, pintura, instalações, desenhos e objetos. O artista funde duas imagens para criar mundos originais. A predominância do tom de azul decorre de um retorno de André à cianotipia, um processo de impressão fotográfica do final do século 19. Ele explica que digitaliza detalhes de pinturas (sua formação original) com tinta a óleo e aquarela, as amplia e funde com imagens do céu da capital federal, formando quadros de 1,40 metros. O artista também pesquisa a vertigem da produção digital presente no Google e no Instagram e acredita que seu trabalho passa pela proposta de diálogos entre o analógico do papel fotográfico, com seus grãos e sua química, e os registros digitais e seus pixels (menores pontos de um arquivo digital). “A experimentação faz parte de uma arte de vanguarda. Algo semelhante ao que também acontece na ciência ou na filosofia”, arremata. A mostra tem a curadoria de Renata Azambuja, que explica que o artista vem de um percurso criador que abarca extenso processo de experimentação e pesquisa com diferentes meios, linguagens e técnicas. “Em um determinado momento de sua trajetória, em meados da década de 2000, Santangelo chegou a um lugar de suas experimentações que agradaram o seu percurso poético, consistindo em mesclar realidades (imagens) no mesmo plano fotográfico, gerando uma segunda imagem”, explica. Serviço: NALUTA/NALATA Museu Nacional da República – Galeria Principal Mostra coletiva com curadoria de Simon Watson e Luan Cardoso Estratégias para o naufrágio: Rumo azul e outras manobras Museu Nacional da República – Galeria Mezanino De André Santangelo, com curadoria de Renata Azambuja Abertura das duas mostras: 19 de agosto Visitação até 2 de outubro Terça-feira a domingo, das 9h às 18h30 Entrada gratuita Livre para todos os públicos *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Artista de Ceilândia democratiza o riso
Brasília, 18 de agosto de 2022 – Um dos grandes nomes da literatura mundial, o escritor russo Leon Tolstoi (1828-1910) tinha uma máxima exemplar sobre ser global sem sair de casa. “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”, disse certa vez o autor de clássicos como Anna Karenina (1877) e Guerra e Paz (1869). Foi o que fez o artista de Ceilândia Thiago Enoque, depois de passar 12 anos longe do Distrito Federal por locais como Bahia, Argentina e Rio de Janeiro. De volta ao DF em 2017, desde agosto que ele circula por quatro regiões – Gama, Ceilândia, Samambaia e Vila Telebrasília – com os espetáculos solo Bem-Te Vi-Sabiá e O Banquete, ambos dentro do projeto Palhaço Sabiá Voando no DF. As duas produções têm classificação livre e entrada gratuita. O artista de Ceilândia Thiago Enoque apresenta dois espetáculos em quatro cidades do DF | Fotos: Hyago de Brito “Esse tempo todo estive trabalhando com circo, palhaçaria, arte e cultura, de um modo geral, então nasceu esse desejo de acessar a minha comunidade, de gerar projeto no local de onde vim”, conta o artista. “A ideia dessas apresentações é circular com o meu palhaço e ser conhecido, me tornar palhaço da minha cidade. Nada mais prazeroso você construir seu público no local de onde você é, na sua terra natal”, diz. Realizados com recurso do FAC Brasília Multicultural 2021, na categoria Cultura em Todo Tipo, as duas montagens foram projetos feitos para toda família e misturam poesia e mímica. Criado com o objetivo de promover a descentralização da execução das ações e a democratização do acesso aos recursos, o fomento já destinou este ano R$ 63,3 milhões. “São espetáculos meio poéticos, sem fala, mas que têm ruídos, sons e explora muito o humor físico, corporal”, antecipa o artista, que destaca a importância de fomentos culturais para incentivar a cultura local como o Fundo de Apoio à Cultura (FAC). “Com certeza, sem o FAC seria difícil de viabilizar esse projeto, porque são meses de pesquisa, além de locações dos espaços para exibição de espetáculos gratuitos”, agradece. O FAC em números Thiago Enoque diz: “A ideia dessas apresentações é circular com o meu palhaço e ser conhecido; me tornar palhaço da minha cidade” De 2019 a 2022 o GDF destinou para atividades culturais mais de R$ 274 milhões, com um crescimento de 59% com relação à gestão passada. Por meio de editais do Fundo de Apoio à Cultura, foram realizados mais de mil projetos, gerando mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. Recursos que garantiram neste ano uma movimentação impactante na cadeia da economia criativa. Em 2021, um aporte de R$ 155 milhões. Esse é o maior investimento de toda a história do FAC e coloca o Distrito Federal na ponta entre as unidades da federação que mais investiram em cultura no ano passado. “Esse é o instrumento mais denso de fomento à cultura do Brasil. O FAC veio abrindo espaço, pegando na mão de quem nunca entrou na roda em diversas linguagens artísticas e culturais”, destaca o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues. “O impacto na economia é mais que positivo”, endossa. Confira a programação completa do projeto Palhaço Sabiá Voando no DF:
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Passageiros do metrô podem apreciar o projeto Arte nos Trilhos
Um mosaico de 12 m², que remete à epopeia da construção de Brasília, agora recebe a população que diariamente circula pela Estação Central (Rodoviária) do Metrô-DF. Localizado logo na entrada, à direita dos bloqueios, o painel é uma das obras da artista plástica Cida Carvalho, que agora estão eternizadas no metrô de Brasília. Inauguração ocorreu nessa quarta-feira (15), na Estação Central | Foto: Maria Luiza Munhoz/Metrô-DF Além dele, outras duas foram instaladas: o maior painel de mosaico, com 18 m², traz a temática da paisagem urbana do metrô e do Cine Brasília e está na Estação 106 Sul. Outro, com 8 m², tem como tema a fauna e a flora do cerrado, e foi realizado em regime de oficina de capacitação como contrapartida social para o Coletivo de Mulheres com deficiência do DF. [Olho texto=”“A importância de ocupar espaço público com arte é justamente proporcionar qualidade de vida às grandes cidades. A interação do público com as artes urbanas é que potencializa as mudanças e transforma as estratégias para a prática de políticas cada vez melhores”” assinatura=”Cida Carvalho, artista plástica” esquerda_direita_centro=”direita”] As obras de Cida Carvalho foram doadas ao Metrô-DF e ficarão em exposição permanente nas estações. São parte do projeto Arte nos Trilhos, idealizado pela mosaicista Cida Carvalho, em parceria com a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), por meio da Gerência de Projetos Especiais. A intenção é homenagear Brasília em seus 62 anos. “Escolhemos o metrô porque é um local de passagem de muitas pessoas. A importância de ocupar espaço público com arte é justamente proporcionar qualidade de vida às grandes cidades. A interação do público com as artes urbanas é que potencializa as mudanças e transforma as estratégias para a prática de políticas cada vez melhores”, disse Cida, em discurso emocionado na abertura da exposição, em cerimônia realizada nessa quarta-feira (15), na Estação Central. Com a presença de autoridades, artistas e das mulheres com deficiência que participaram de oficina, o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, lembrou que as obras impactarão 500 mil pessoas por mês, público estimado que passa pelas três estações. Presente para Brasília “Essas obras eternizam o trabalho da Cida, de todas as mulheres e equipes que participaram do projeto, que agora está perpetuado na cidade de Brasília. Cida Carvalho representa nossa cultura de maneira primorosa e seu vigor, sua energia, sua alegria estão presentes nas obras. São realmente um grande presente para Brasília”, afirmou Handerson. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O presidente do Metrô-DF destacou ainda a disposição da companhia de transformar as estações em galerias de arte, a partir da iniciativa de abrigar projetos artísticos e culturais, como a recente obra alusiva ao centenário de José Saramago, exposta na Estação Galeria. “O Metrô-DF está de braços abertos. Nossa intenção é que mais artistas compartilhem suas obras com o povo nas estações”, disse. O chefe de gabinete da vice-governadoria, Paulo César Chaves, agradeceu, em nome do governador Ibaneis Rocha e do vice-governador Paco Britto, à artista Cida Carvalho pelo presente à cidade e ressaltou a importância do Metrô-DF, por meio dos projetos culturais e artísticos, para “trazer mais humanidade e cidadania ao dia a dia dos usuários do sistema”. A servidora pública aposentada Cícera da Silva, 58 anos, moradora de Ceilândia, participou da oficina para mulheres com deficiência, que resultou no painel instalado na 112 Sul, com o tema de fauna e flora do cerrado. “Nunca tinha participado de nada desse tipo, com artes manuais. Foi uma experiência incrível, a coisa mais linda. A convivência com as outras mulheres e com a artista, além do trabalho na oficina mesmo, foi muito enriquecedor e me deu vontade de fazer outras coisas”, contou. Visitas guiadas e bate-papos A artista plástica Cida Carvalho trabalha com mosaicos há 27 anos. É autora dos mosaicos da rede de restaurantes Dona Lenha, onde pisos, paredes e bancos exibem cenários inspirados nas obras do festejado arquiteto catalão Antoni Gaudí. É também presidente da Associação Candanga de Artistas Visuais do DF (ACAV), acadêmica e diretora de Relações Internacionais da Academia Internacional de Cultura do DF e membro do Conselho da Mulher Empresária do DF, além de ser uma artista plástica profissional reconhecida pela secretaria de Cultura do DF. Seu currículo exibe diversas exposições nacionais e internacionais, como obras na Europa, Oriente Médio, Estados Unidos, Argentina, e, claro, em Brasília, em igrejas, embaixadas e parques. É autora do catálogo de arte Cida Carvalho. Mosaico. Luz. Formas. Poesia, lançado em 2017, em Brasília. O projeto Arte nos Trilhos é aportado pela lei de incentivo à cultura, em parceria com o Metrô-DF e conta com patrocínio das empresas Brasal e Campeão da Construção, além de apoio da Marmoraria Mourão e do Correio Braziliense. Além da execução e doação das obras, o projeto conta com uma segunda fase. Durante 30 dias, haverá visitas guiadas. No próximo dia 21 estão previstos bate-papos. Serviço: Exposição Arte nos Trilhos Até 17 de julho, de terça a domingo, das 14h às 20h, haverá programação com grupos e bate-papos. Os painéis ficarão instalados permanentemente na estação) Locais: Estação Central (rodoviária do Plano Piloto); Estação 106 Sul; Estação 112 Sul Programação completa: www.cidacarvalhomosaicos.com.br/artenostrilhos *Com informações do Metrô-DF
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Recanto das Emas recebe oficina de grafite neste sábado (21)
[Olho texto=”“O evento tem o objetivo de fomentar a arte do grafite e os artistas do Distrito Federal, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade descobrir e aprender mais sobre esse tema”” assinatura=”Jaime Santana, secretário de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] A Estação da Cidadania do Recanto das Emas, espaço coordenado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), será palco do projeto Graff Art – Circuito de Arte de Rua. A ação, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), é gratuita e será realizada neste sábado (21), das 14h às 18h, na Quadra 113, área especial 1. São três oficinas disponíveis. Para se inscrever, basta preencher o cadastro. “O evento tem o objetivo de fomentar a arte do grafite e os artistas do Distrito Federal, além de ser uma excelente oportunidade para a comunidade descobrir e aprender mais sobre esse tema”, explica o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A iniciativa é direcionada a estudantes da rede pública de ensino e à comunidade artística local. As oficinas serão realizadas em turmas de no máximo 30 alunos e vão contar com intérpretes de libras aos que necessitarem de tradução, garantindo a acessibilidade. As oficinas serão ministradas por grafiteiros locais: Odrus, portador de deficiência auditiva e dominante da linguagem de libras; Key Amorim, portadora da síndrome de Guillain-Barré; e Soneka, que possui 20 anos de atuação artística e já viajou o mundo levando sua arte a outros países. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Rota 156, rua tradicional de lazer no Guará, tem edição especial no domingo
A tradicional rua do lazer do Guará, o Rota 156, está de volta para uma edição especial neste domingo (15). O encontro organizado pelo Coletivo 156, que já ocorreu em sete momentos desde 2015, será realizado num trecho da Avenida Central do Guará II, entre a 4ª Delegacia de Polícia e o Edifício Consei. [Olho texto=”“Esta é uma edição especial, pois é a primeira vez em que o Coletivo 156, realizador do evento, tem subsídios do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Os outros foram realizados com recursos próprios”” assinatura=”Jussara de Almeida Menezes, coordenadora geral do Rota 156″ esquerda_direita_centro=”direita”] Além de promover a integração entre vizinhos e reencontro entre amigos, a ação, uma espécie de parque urbano temporário, visa também incentivar a despoluição urbana com interrupção do tráfego de veículos por um dia. “Esta é uma edição especial, pois é a primeira vez em que o Coletivo 156, realizador do evento, tem subsídios do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Os outros foram realizados com recursos próprios”, explica Jussara de Almeida Menezes, coordenadora geral do evento. “A ideia é concorremos a mais editais e também nos apresentarmos em outras formas possíveis de financiamentos de arte, cultura e lazer para próximas edições”, planeja Jussara. Além de promover integração entre vizinhos e reencontro entre amigos, o Rota 156 é palco para manifestações culturais | Fotos: Zeca Ribeiro/Divulgação O evento é aberto ao público em geral e se estenderá por todo o dia. Então, para participar, basta chegar. A exemplo de outros encontros, o Rota 156 contará com apoio da administração do Guará e do Sesc-DF. Bandas da cidade e atrativos infantis, como pula-pula, farão parte da festa de lazer na importante via do Guará. [Olho texto=”“O Guará é uma cidade em que as pessoas amam usufruir dos espaços públicos e o GDF tem se empenhado na manutenção desses locais para que a população possa viver a cidade com segurança e tranquilidade”” assinatura=”Luciane Quintana, administradora do Guará” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O Rota 156 se adequa bem ao jargão em que se coloca que o menos é mais”, salienta a coordenadora geral do Rota 156. Jussara observa que “menos carros, mais ar puro, mais integração comunitária, mais lazer, mais arte, mais cultura para a comunidade.” A iniciativa faz parte das celebrações do aniversário da cidade, comemorado no último dia 5 de maio. Para a administradora, Luciane Quintana, o Rota 156 é uma festividade alegre, que tem a cara dos guaraenses. “É o momento onde reunimos as famílias de todas as idades da cidade para celebrar um dia inteiro de atividades ao longo da Rua do Lazer”, comenta a gestora. Luciane ressalta ainda que “o Guará é uma cidade em que as pessoas amam usufruir dos espaços públicos e o GDF tem se empenhado na manutenção desses locais para que a população possa viver a cidade com segurança e tranquilidade.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Moradora do Guará, entre idas e vindas, desde 1987, a assessora comercial Márjory Santos Barroso, 34 anos, destaca a importância desse encontro que acaba se tornando uma opção de lazer para todas as idades e gerações. “É uma iniciativa muito bacana, pois proporciona aos moradores um momento de diversão em família e interagindo com outros moradores da região”, elogia. E acrescenta: “Remete às boas lembranças de minha infância no lazer que acontecia no mesmo local. Eu me divertia muito e hoje não é diferente, minha filha também ama esse momento. A população do Guará merece ter essa descontração com paz e tranquilidade”.
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Parque do Sudoeste tem música e teatro gratuitos no fim de semana
O Parque Bosque do Sudoeste vai receber, de sexta-feira (13) a domingo (15), programação musical e teatral pelo projeto Cultura nas Cidades, iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O evento integra as comemorações pelos 19 anos da Região Administrativa do Sudoeste/Octogonal, completados no último dia 6. A Trupe Raiz do Circo anima a programação neste sábado de manhã, com oficina de perna de pau e apresentação de espetáculo | Foto: Reprodução Facebook Além de shows, peças teatrais e oficina de circo, a festividade incluirá estandes de alimentação. Para o gerente de cultura da Administração Regional do Sudoeste/Octogonal, Henrique Behr, o Cultura nas Cidades tem grande importância na valorização dos artistas locais. “Será um grande palco para que esses artistas de todos os nichos possam realizar suas apresentações para a comunidade. Esse tipo de iniciativa reforça a cultura local e a valorização dos artistas, e também agrega ao desenvolvimento da região”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Confira a programação: Sexta-feira (13) 19h – Duo Sol e Lua (reggae) 20h – Banda 2-Dub (reggae eletrônico) Sábado (14) 9h às 12h – Oficina de perna de pau e espetáculo com a Trupe Raiz do Circo 18h – Marcius Cabral (blues) 19h – Banda Geriatric Blues Band (blues e rock’n’roll) 20h – Banda Clonning Stones (rock’n’roll) Domingo (15) 17h – Roda do Sudoca (chorinho) 18h – Espetáculo A Exceção e a Regra, com Cia. da Ilusão e atores do NPMT (Núcleo de Pesquisa e Montagem Teatral) 19h – Thal Matos (música regional) 20h – Grupo Pellinsky (cultura popular) 21h30 – Encerramento *Com informações da Administração Regional do Sudoeste/Octogonal
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Com Fundo de Apoio à Cultura do GDF, festival leva teatro para a Bahia
A cena teatral do Distrito Federal aterrissa em Salvador. A partir desta quarta-feira (11) até 29 de maio, a capital baiana recebe o Festival do Teatro Brasileiro (FTB), que há 20 anos promove encontros entre público e artistas de diferentes estados. Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) no valor de quase R$ 400 mil, a 21ª edição desloca oito espetáculos brasilienses para os palcos dos tradicionais teatros Vila Velha e Gregório de Matos, além de espaços culturais como Boca de Brasa Cajazeiras, Subúrbio 360 e Centro de Esportes Unificados (CEU) de Valeria. A estimativa de público é de 4 mil espectadores. “Um dos eixos de trabalho dessa gestão é a descentralização cultural. É importante que os projetos aprovados pelo FAC espelhem essa política pública”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. ‘Depois do Silêncio’ é uma das oito peças que serão apresentadas na capital baiana| Fotos: Diego Bresani/Divulgação Nesta edição, o fomento recebido do Fundo de Apoio à Cultura gera 97 empregos diretos, envolvendo 47 profissionais em deslocamento para Salvador, entre técnicos, produtores e atores. “O FAC é nosso principal parceiro, que permite essa continuidade e circulação da cena do DF”, explica Sergio Bacelar, criador do festival. Subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), João Moro destaca a natureza de circulação do FTB: “Esses projetos têm a relevância de fazer a arte e a cultura no DF circularem para outros lugares e ambientes. Atende a nossa política de, cada vez mais, fortalecer, promover e fomentar a nossa cultura”. O subsecretário estará em Salvador, ao fim do festival, para trocar experiências com os gestores da cidade. [Olho texto=”“O FAC é nosso principal parceiro, que permite essa continuidade e circulação da cena do DF”” assinatura=”Sergio Bacelar, criador do festival” esquerda_direita_centro=”direita”] Trocas e encontros Entre os coletivos que embarcam para a capital baiana, está a Cia Lumiato, que se apresenta com dois espetáculos – 2 Mundos e Iara, O Encanto das Águas – e promove a oficina Teatro de Sombras. Experientes em algumas edições do FTB, o grupo esteve no intercâmbio da Cena Gaúcha no Distrito Federal, onde conheceu Alexandre Fávero, que hoje dirige as duas peças enviadas à Bahia. “Fizemos uma oficina com ele, surgindo assim o convite para dirigir o nosso primeiro espetáculo”, conta Thiago Bresani, sombrista e fundador da companhia. Bresani frisa a importância da retomada da itinerância e dos encontros presenciais: “Participamos do FTB a partir de várias perspectivas. É sempre uma satisfação ter esse espaço de troca, principalmente depois de tanto tempo longe [devido à pandemia da covid-19]. A gente sente a importância do encontro teatral, a importância que o teatro tem em ser um acontecimento ao vivo”, destaca. Espetáculo ‘2 Mundos’, da Cia Lumiato Produzido pela Alecrim e com correalização da Fundação Gregório de Mattos, instituição vinculada à Prefeitura de Salvador, o Festival do Teatro Brasileiro, segundo o criador do festival, se destaca no cenário do país como iniciativa singular de aproximação e celebração nacional. “O FTB é um pequeno sistema de cultura que, felizmente, conseguiu se manter em pé. Não existe outra iniciativa como essa, continuada, no país, não só no que diz respeito aos encontros, mas ao levar as artes vivas de um estado para outro”, destaca Sergio Bacelar. “É um jeito de a gente criar um novo formato de circulação, de aproximar as culturas e aproximar o Brasil de si.” [Numeralha titulo_grande=”97″ texto=”É o número de empregoS diretos gerados nesta 21ª edição com o fomento recebido do FAC, envolvendo 47 profissionais em deslocamento para Salvador, entre técnicos, produtores e atores ” esquerda_direita_centro=”direita”] A parceria entre o Distrito Federal e a Bahia é de longa data e remonta ao início do Festival do Teatro Brasileiro, já que foi o teatro baiano que visitou Brasília ainda na primeira edição do evento, em 1999. De lá para cá, esse intercâmbio se realizou algumas outras vezes, mas a circulação do festival também se estendeu por todos os cantos do país, com encontros que percorreram do Acre ao Rio Grande do Sul. Ao todo, foram 615 apresentações de espetáculos, além da promoção de residências artísticas, oficinas de dramaturgia, qualificação de plateia, ações educativas para alunos da rede pública, encontros entre artistas, intercâmbio entre universidades e rodadas de negócio. Mais de 45 mil crianças e jovens da rede pública de ensino também passaram por programas de formação. Acesse a programação do 21ª Festival do Teatro Brasileiro no Instagram do FTB. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Duas novas exposições gratuitas no Museu Nacional da República
No mezanino, uma exposição de pinturas, desenhos, esculturas e objetos que se misturam, contaminam-se e propõem uma percepção profana da arte. Na galeria principal, uma mostra de fotos inéditas de expedição ao Alto Xingu, em 1957, de interesse histórico e etnográfico. Essas são as atrações que o Museu Nacional da República (MUN) exibe a partir desta sexta-feira (18) e seguem até 22 de maio. A mostra Envenenada: profanações e poliformismo, de Raquel Nava, reúne pinturas, desenhos, esculturas e objetos que se misturam | Foto: Divulgação/Secec Envenenada: profanações e poliformismo tonais é a primeira mostra, no Museu Nacional, da jovem artista Raquel Nava, formada em artes visuais e mestre em poéticas contemporâneas na Universidade de Brasília (UnB). Já Xingu 57: viagem ao Brasil Central reúne registros fotográficos feitos pelo entomólogo mineiro Domiciano Dias. [Olho texto=”“Meu trabalho tem essa característica de juntar materiais diferentes e desconstruir a hierarquia entre eles. Não há distinção entre materiais artísticos e os que são mais cotidianos. Todos são tratados da mesma forma, têm o mesmo valor simbólico, cultural”” assinatura=” – Raquel Nava, artista” esquerda_direita_centro=”direita”] “O Museu Nacional da República está comprometido com a diversidade na cultura visual. Por isso, expomos esse acervo inédito de Domiciano Dias com grande entusiasmo. Raquel Nava, por sua vez, traz uma produção contemporânea e provocadora, que vai surpreender o público”, comenta a diretora do MUN, Sara Seilert. Um dos desafios de Raquel Nava na montagem de sua exposição é o de tentar criar “um ambiente poluído, fora do senso comum de limpeza que temos de uma galeria de arte, mostrar a contaminação entre as obras, evocar a ideia de ateliê”. “Meu trabalho tem essa característica de juntar materiais diferentes e desconstruir a hierarquia entre eles. Não há distinção entre materiais artísticos e os que são mais cotidianos. Todos são tratados da mesma forma, têm o mesmo valor simbólico, cultural. Não tem isso de alta e baixa arte”, reforça Raquel. Sobre o polimorfismo, a artista esclarece que o termo alude às várias formas que surgem e às muitas técnicas e mídias com que ela trabalha. Pinturas em tela, em diversas técnicas, e fotografias em diferentes suportes, que remetem às fine arts, misturam-se a objetos muito frágeis, precários, que sofrem a ação do tempo. Dado animal A curadora da exposição de Raquel, Fabrícia Jordão, conta que a artista não apenas convoca a pensar outras formas de interdependência entre materiais, mas também propõe que na “arte tudo é bastardo e impuro”. “Na maioria das situações, o ‘dado animal’ – ossos, penas, peles, patas, cascos, crânios, enfim, os restos de bicho – aparece dessemantizado”, explica Jordão, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre e doutora em Artes pela Eca (USP). “Identificamos ossos, não ossos de cachorro; identificamos peles, não peles de coelho; identificamos crânios, não crânios de vaca. Dissociados de suas identidades e contextos originais, fragmentados em sua unidade formal, os restos de animais assumem um novo uso”, ensina. Duas séries de Raquel produzidas em 2018 tiveram apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), em 2017, com uma proposta de pesquisa e residência artística no Museu de Anatomia Veterinária da Universidade de Brasília (UnB). O projeto Taxidermia contemporânea: transformações e apropriações recebeu R$ 40 mil, teve pesquisa de três meses e gerou seis postos de trabalho. As obras são Paleta, que recebeu o prêmio de Arte Contemporânea Transborda Brasília, em 2018, e Azul por tu/ Blue for you. Ambas estarão na exposição. Memórias do Xingu A exposição Xingu 57: viagem ao Brasil Central reúne imagens feitas pelo biólogo Domiciano Dias, 93 anos, que acompanhou expedição do sertanista Orlando Villas-Bôas (1914-2002) ao Alto Xingu em 1957, no Mato Grosso. Eles seguiram os cursos dos rios Xingu e Liberdade, atingindo a região onde hoje é o Parque Indígena. Xingu 57: viagem ao Brasil Central reúne registros fotográficos feitos pelo entomólogo mineiro Domiciano Dias em 1957 | Foto: Arquivo pessoal A coleção é composta por mais de 100 imagens em preto e branco e algumas em cores, fruto de negativos descobertos pelo neto de Domiciano, Oto Reifschneider. Bacharel em história, mestre em sociologia e doutor em ciência da informação pela UnB, ele percebeu o achado como documentos de valor histórico e etnográfico. É também dono de uma galeria de arte e faz curadorias há mais de dez anos. Os negativos foram primeiramente digitalizados, e depois os arquivos digitais foram restaurados. Oto explica parte do processo: “Existem vários caminhos para se fazer isso, cada qual com suas vantagens e desvantagens. Optamos por fotografar os negativos e trabalhar as imagens obtidas. Para isso, utilizamos lentes excelentes, que chegavam ao detalhe do grão do filme”. O trabalho de restauração dos negativos – pesquisa, digitalização e divulgação – contou com recursos do FAC, na linha Patrimônio histórico e artístico material e imaterial, no valor de R$ 119,2 mil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] As fotos registram os bastidores de um período em que os irmãos Orlando e Cláudio Villas-Bôas (1916-1998) angariavam apoio para criação do Parque Indígena. Isso acabou ocorrendo em 1961, com delimitação de área de 26.420 km², uma das mais importantes do mundo. O projeto é de Darcy Ribeiro, quando o antropólogo era funcionário do Serviço de Proteção aos Índios, órgão precursor da Fundação Nacional do Índio (Funai). Em relato de Domiciano, documentado pelo neto, o biólogo fala da empreitada: “Havia apenas o silêncio, os rastros dos animais nos barrancos de areia, os índios. Era ainda um território selvagem, você se perdia. Foram semanas de caça, de travessias por nuvens infernais de borrachudos, semanas na selva”. Domiciano fez os registros fotográficos amadores alternando duas das câmeras mais modernas na época, as alemãs Exakta e Leica. “A Exakta foi bastante utilizada por pesquisadores e cientistas. Para quem não conhece o que foi a fotografia no século 20, eu diria que a Leica é o equivalente ao que é hoje a marca Apple. ” Na exposição, as pessoas poderão ver imagens dos deslocamentos da equipe de sertanistas na selva e de indígenas das etnias Xavante, Mehinako, Kuikuro, Aweti, Txucarramãe, Juruna e Yawalapiti. Serviço Museu Nacional da República / Exposições * Envenenada: profanações e polimorfismo tonais (mezanino) * Xingu 57: viagem ao Brasil Central (galeria principal) – Visitação: de terça a domingo, das 9h às 18h30. Até 22 de maio. Entrada gratuita. Classificação indicativa livre.
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Começa nesta terça-feira (7) o Festival de Cinema de Brasília
Resistente e marcante, a maior e mais longeva festa do cinema nacional está pronta para entrar em cena. Desta terça (7) até 14 de dezembro, será realizado, em formato virtual, a 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Neste ano, a programação do evento será norteada por ficções vindas de 11 estados brasileiros. Os longas-metragens da Mostra Competitiva serão exibidos no Canal Brasil, às 23h30. Já os curtas e toda a programação da Mostra Brasília estarão disponíveis gratuitamente na plataforma InnSaei.TV. Os filmes selecionados vão receber R$ 400 mil em prêmios. Acesse Programação – 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Veja a linha do tempo do festival A edição 54 – 2021 “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui, nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro”, comenta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, aponta o gestor. Diretora-executiva do FBCB, Érica Lewis aposta na ampliação das plataformas de acesso ao público para acessar aos filmes num tempo de 24 horas para a Mostra Competitiva, 248 horas para a Mostra Brasília. “Esse foi um aprendizado que veio com a edição de 2020. As pessoas terão mais tempo para assistir e debater as produções selecionadas”. Em 2020, vencendo o fantasma da pandemia, o Festival de Brasília contou com 620 mil espectadores no Canal Brasil e outros 10 mil circulando nos debates realizados no Canal do YouTube da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Neste ano, mais uma vez o Festival de Brasília enfrentou, com firmeza e perspicácia, as agruras impostas pela crise sanitária, formatando e trazendo para os entusiastas da sétima arte um encontro à altura de sua importância e grandeza sociocultural. Assim, sob curadoria do cineasta Sílvio Tendler, e da professora da UnB Tânia Montoro, realizadores, público e intelectuais vão debater, dialogar e refletir, por meio de encontros virtuais, os rumos do audiovisual a partir do tema “O cinema do futuro e o futuro do cinema”. Mantendo acesa a chama do estilo anárquico, rebelde e contestador que sempre marcaram o FBCB, surgido à sombra da ditadura, em novembro de 1965, o documentário “Já que Ninguém me Tira Para Dançar”, da cineasta Ana Maria Magalhães, foi o escolhido para abrir o evento. Uma homenagem à atriz Leila Diniz (1945 – 1972), o filme reconta a trajetória de um dos maiores símbolos da liberdade de expressão dos anos 1960, a partir de depoimentos de amigos e entrevistas restauradas da própria musa da contracultura nacional. Leila livre, leve e solta “Abrir o Festival de Brasília com a Leila, na véspera dos 50 anos de sua morte, é uma honra para o evento”, garante o cineasta Silvio Tendler, um dos curadores da mostra, que a conheceu em 1968. “Leila é um personagem iconoclasta dos anos 60, uma pessoa totalmente transgressora e revolucionária, que falava muito palavrão e usava roupas ousadas, mas era um doce, uma pessoa muito agradável, uma flor de pessoa e o filme vai mostrar isso”, antecipa Tendler. Obra que denuncia os impactos do coronavírus na vida dos povos Xavante, o documentário “Abdzé Wede’Õ – Vírus não tem cura?”, do xamã Divino Xavante, encerra o festival no dia 14, quarta-feira. “É um festival que se comunica com todos os públicos, é amplo, plural e abarcativo, um festival que veio para sacolejar a caretice dos tempos sombrios que vivemos”, provoca Tendler, duas vezes premiados no evento. “Brasília é essa cidade cosmopolita que abriga embaixadas, tantos pedacinhos de países e também regiões do DF, trabalhamos o regional, o nacional e o internacional. É um festival universal, um evento do tamanho de sua importância”, comenta a professora da UnB e também curadora, Tânia Montoro. “Ela e Eu” A seleção de longas da Mostra Competitiva traz quatro ficções e dois documentários da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. “Alice dos Anjos” (BA), de Daniel Leite Almeida, leva as fantasias de “Alice no País das Maravilhas” à paisagem do sertão baiano; “Lavra” (MG), de Lucas Bambozzi, expõe as feridas da devastação ambiental percorrendo os caminhos da lama tóxica e criminosa que devasta cidades inteiras; “Acaso” (DF), de Luis Jungmann Girafa, traz o estilo on the road à famosa via W3 de Brasília, celebrando a casualidade das grandes cidades. Mostras paralelas Braxília O legado do cinema de Brasília e clássicos que marcaram a cinematografia nacional são destaques de exibições paralelas dentro do prisma memória e homenagem. Na mostra “Sessentinha”, por exemplo, nove clássicos do DF voltam à baila, evidenciando os sucessos locais do audiovisual em projetos como “Louco por Cinema”, de André Luiz Oliveira; “Braxília”, de Dannyella Proença, resgate sobre a trajetória e obra do poeta, Nicolas Behr; e “Sequestramos Augusto César”, de Gui Campos, protagonizado por Lauro Montana, artista que morreu neste ano e será um dos homenageados do FBCB. A cereja do bolo na programação é a cópia restaurada de “O País de São Saruê”, filme do mestre Vladimir Carvalho, extirpado da programação de 1971 do festival pela ditadura. “É um filme emblemático na censura no Brasil, proibido de passar nesse mesmo festival há 50 anos”, destaca a curadora Tânia Montoro. “Homenagear esse filme, nesse momento em que temos que lutar pela democracia e para o fomento e preservação do audiovisual regional e nacional, é um ganho muito grande”, comenta a professora da UnB. Quatro filmes que investigam a cultura brasileira por meio de personalidades, criações artísticas e a formação da identidade nacional fazem parte da mostra “Memória e Linguagens”. É o caso de “Samba Riachão”. Um dos vencedores da 34ª edição do Festival de Brasília, o documentário de Jorge Alfredo debruça sobre a vida e obra do baiano, Clementino Rodrigues, o Riachão do título, um dos mais conhecidos e respeitados sambistas do país, falecido em março de 2020. Já o luso-brasileiro “Os Ossos da Saudade”, de Marcos Pimentel, é um relicário narrativo sobre perdas e ausências. Com direção de Marcel Seixas, “Rolê – Histórias dos Rolezinhos,” discute o drama do racismo no Brasil. Realizado pela dupla Marcel Gonnet e Daniel Fróes, “Procura-se Meteorango Kid: vivo ou morto”, perfaz os caminhos e percalços enfrentados pelo cineasta baiano André Luiz Oliveira, na realização do clássico do cinema marginal, “Meteorango Kid”, um marco da arte de resistência no Brasil. “São produções que tem a ver com memória e biografia e que dialogam com questões importantes da realidade brasileira”, observa Tendler. Celebrações Léa Garcia: vida de cinema Homenagens não vão faltar na 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Além dos atores Paulo José, Paulo Gustavo, Tarcísio Meira e Flávio Migliaccio, lembrado com a exibição do filme de 1971, em cópia restaurada de “Aventuras com Tio Maneco”, serão lembradas também a diretora Tânia Quaresma e a escritora Lucília Garcez, mortas neste ano. Um dos rostos negros mais conhecidos do cinema nacional e da televisão brasileira, a veterana Léa Garcia, 88 anos, vai ganhar o Candango Especial pelo Conjunto da Obra. Entre os seus trabalhos mais conhecidos nas telonas estão “Orfeu Negro” (1959), “Ganga Zumba” (1963) e Quilombo (1984), dirigidos por Cacá Diegues. Nas telinhas, seu talento pode ser conferido em sucessos como “Escrava Isaura” (1976), “Dona Beija” (1986) e, mais recentemente, nas séries “Sob Pressão” (2018) e “Carcereiros” (2019). “São homenagens merecidas e necessárias”, assegura Silvio Tendler. “Como feminista que sou, sinto-me bem representada nessa edição do festival”, destaca Tânia Montoro. O cinema do futuro e o futuro do cinema Amos Gitaï Como acontece todos os anos, fórum de debates, seminários e painéis sobre diversos temas que convergem para o papel do cinema no Brasil e no mundo também farão parte da programação dessa edição do FBCB, que acontecerão na plataforma Zoom. Estrelas internacionais do naipe do grego Costa-Gravas (“Z”), e do israelense Amos Gitaï (Kippur), estão entre as atrações. Os dois gigantes das telonas irão compor o programa de aulas magnas junto com os brasileiros Ruy Guerra (“Os Fuzis”) e Helena Solberg (“Vida de Menina”), nomes seminais do audiovisual nacional, diretamente ligados ao movimento Cinema Novo. Narrativas femininas, periféricas, indígenas e quilombolas, além de questões como o futuro dos cineclubes e a mistura de linguagens no audiovisual, entre outros temas, serão debatidos por cineastas e intelectuais como Fernando Gabeira, Daniela Thomas, Pedro Butcher, Maya Da-Rin, Cibele Amaral. “Nesses dois anos, muita coisa aconteceu com o cinema presencial, por conta dos protocolos de segurança. Ficou mais difícil de rodar, mesmo assim, muita gente filmou. Produções comedidas, mais modestas que compõem o perfil de um fenômeno internacional. Vamos discutir sobre isso”, antecipa Silvio Tendler. “A curadoria trabalhou com a memória, para analisar o presente e projetar o futuro. Essa é a identidade dessa edição do festival”, destaca Tânia Montoro. Como acessar a InnSaei.tv: 1. Entre no site: https://innsaei.tv/ 2. Clique em ‘Acessar a plataforma’. 3. Na nova janela, no canto superior direito, clique em ‘Acessar’. 4. Na janela de login, vá até o final e clique em ‘Não tem login? Cadastre-se’. 5. Preencha seu nome, email e escolha uma senha e clique em ‘Cadastrar’. 6. Pronto. A partir do dia 7, terça, às 19h, logue-se, clique no banner do #54FBCB e escolha o que vai ver primeiro.
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Museu da República exibe três mostras simultaneamente
O Museu Nacional da República (MUN) abriu nesta sexta-feira (3) uma exposição que usa a convivência de artistas sob o mesmo teto como fonte de inspiração. Hospitalidade reúne, simultaneamente, na Galeria Térreo do equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), mostras individuais de Cecília Lima, Raíssa Studart e Cléber Cardoso Xavier criadas ao longo de duas semanas em junho de 2019. Vista do Monte Olhos d´Água, obra que compõe a mostra individual de Cléber Cardoso | Fotos: Divulgação/Secec Imersos no povoado de Olhos D’Água, no município de Alexânia (GO), os artistas nutriram-se da hospitalidade da também artista Suyan de Mattos, que tem lá sua casa-ateliê, dublê de refúgio para finais de semana. “As minhas casas [mantém outra em Brasília] são os meus ateliês. Eu chamo essa casa de ‘Lugar de Suyan’”. Ela explica a vivência estética: “Uma vez ao ano eu convido artistas para morarem lá. Eles ficam duas semanas, produzindo um projeto que me apresentam com antecedência. Eles ficam, eu saio”. Para a diretora do MUN, Sara Seilert, “curadorias como essas são propostas que trazem provocações contemporâneas para o espaço institucional do museu”. Foram curadorias separadas. Yana Tamayo, sobre a criação de Cecília Lima, diz que seus trabalhos “nos convidam a atentar para o mínimo, lento e frágil arranjo entre as coisas. Deslocamentos a pé, de ônibus ou carro pela cidade, além da observação cotidiana da arquitetura, suas construções e abandonos, fazem parte do processo de pesquisa desta artista que recolhe pequenos indícios materiais, testemunhas dos fluxos implicados nas transformações do espaço urbano”. Raissa Studart usa café e linha sobre tecido na obra a que deu o nome 24 de Maio Cintia Falkenbach assina os textos curatoriais de dois outros trabalhos. Sobre Raíssa Studart, explica que “a artista construiu paisagens aquareladas de café num espaço branco e macio de algodão. Textura, cheiro e cor sugerem delicadeza e aromas suaves”. Acrescenta que “o café no Brasil é folclore e história ao mesmo tempo e, no interior dos estados brasileiros, o hábito da conversa regada a ‘cafezinho’ é um costume nacional”. Em relação ao trabalho de Cléber Xavier Cardoso, Falkenbach destaca a peça de malha tricotada pelo autor. Afirma que a obra “conta a história de um percurso tramado [literalmente] durante 17 dias pelo povoado… uma pequena comunidade rural com poucos confortos modernos”. O tricô nesse tecido – sugere a curadora – representaria as pegadas dessas caminhadas diárias, as conversas entremeadas, os encontros previstos e o acaso. “Todos aqueles contatos que se deram durante esses 17 dias por meio dessa trama, que se mostrou um meio inusitado de comunicação e troca de informações, ficaram ali registrados”, assevera. Tezontle, Dedicado a Tierras Libres, instalação de Cecília Lima feita com açúcar, cerâmica e madeira Suyan explica que o final da residência marca, num sábado, o momento mágico em que as pessoas do povoado se encontram com as obras que ajudaram a inspirar. Os artistas têm liberdade de trabalhar com experimentações em qualquer linguagem artística – pintura, instalação, performance, fotografia, texto. Hospitalidade, explica Suyan, que atua também como curadora e coordena a residência e seus desdobramentos, passa por três fases. A primeira é a residência em si, a segunda deságua numa exposição coletiva dos artistas em algum lugar de Brasília, de Goiânia ou do próprio povoado Olhos D’Água, e a terceira e última fase é a exposição individual simultânea, que nesta edição é no Museu Nacional da República. “São três exposições individuais simultâneas, já que os artistas trabalharam juntos”, justifica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serviço Exposição Hospitalidade Individuais simultâneas dos artistas Cecília Lima (curadoria de Yana Tamayo) Raíssa Studart e Cléber Cardoso Xavier (Cintia Falkenbach) Curadoria geral e coordenação: Suyan de Mattos Galeria Térreo do Museu Nacional da República 3 de dezembro a 6 de fevereiro de 2022 Sextas, sábados e domingos, das 9h às 17h Telefones para mais informações: 3325-5220/6410 E-mail: museu@cultura.df.gov.br Entrada gratuita, mediante apresentação de carteira de vacinação *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Ficção é destaque do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Setenta por cento dos filmes selecionados para a 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro são ficções vindas de 11 estados brasileiros das cinco regiões. A safra de maioria inédita vai dialogar com o tema “O cinema do futuro e o futuro do cinema”, proposto pela curadoria formada pelo cineasta Sílvio Tendler e pela professora da UnB Tânia Montoro. Nasce com a proposta de refletir sobre a produção nacional depois de quase dois anos de pandemia. “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui, nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro. Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, aponta o secretário Bartolomeu Rodrigues. A curadoria acredita que a edição de 2021 tem potência ampliada de debates. Silvio Tendler comemora o número de ficções, mostrando um novo fôlego para o cinema nacional. “No ano passado, os documentários colocaram a edição em pé e foi uma vitória (620 mil espectadores). Neste ano, temos essa reflexão ampliada. Vamos discutir temas como cinema em tempos remotos, linguagem híbrida e relação com plataformas”, conta Silvio Tendler. “Não tem coisa mais futurista do que revisitar a memória e essa edição fará esses passeios. Teremos uma homenagem a Tânia Quaresma, que foi uma cineasta de discussões planetárias, e a celebração à trajetória de Lauro Montana, nosso ator brasiliense detentor do Kikito”, completa Tânia Montoro. Realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) em parceria com a Associação Amigos do Futuro, a 54ª edição do mais longevo festival de cinema do Brasil será realizada, em formato virtual, entre os dias 7 e 14 de dezembro. Os longas da Mostra Competitiva Nacional serão exibidos às 23h30 no Canal Brasil. A Mostra Competitiva de Curtas e toda a programação da Mostra Brasília estarão na plataforma InnSaei.TV. “Nossa preocupação nessa edição foi ampliar o acesso do público a toda a programação de forma democrática. Assim, cada espectador vai ter 24 horas para assistir às produções”, destaca a diretora executiva e subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis. Como assistir O público assiste a todos os filmes do FBCB gratuitamente na plataforma InnSaei.TV e também confere os longas da Mostra Competitiva Nacional no Canal Brasil, às 23h30. Logo na sequência, à 1h30, o mesmo longa estreia na plataforma InnSaei.TV, ficando disponível até as 23h29 do mesmo dia. Os curtas da Mostra Competitiva, bem como os filmes da Mostra Brasília e mostras paralelas estarão disponíveis exclusivamente pela plataforma InnSaei.TV (horários a consultar no site do festival). Vale ressaltar que as votações do Júri Popular estarão disponíveis exclusivamente na plataforma InnSaei.TV. O campo de votação aparece como pop-up logo após a exibição do filme na íntegra. Visite a programação no site do festival para ter acesso a exibição de todos os filmes. Homenagens Léa Garcia: vida de cinema Nesta edição, o Festival de Brasília oferece um Candango especial pelo reconhecimento da obra de Léa Garcia, atriz carioca fundamental para o teatro e cinema brasileiros, em seus 88 anos de idade e 70 de carreira. O FBCB também homenageia a memória da professora Lucília Marquez e dos atores Lauro Montana, Luís Gustavo, Tarcísio Meira, Paulo José e Paulo Gustavo. A seleção Entre os 985 filmes inscritos, foram selecionados seis longas e 12 curtas para pleitear os cobiçados Candangos na Mostra Competitiva Nacional, além de quatro curtas e oito longas para concorrerem na Mostra Brasília. A comissão de seleção dos longas nacionais foi composta por Lino Meireles, Luiz Carlos Merten, Sandra Kogut, Nicole Puzzi e Pedro Caribé. Já os curtas nacionais foram selecionados por Adriana Vasconcelos, André Luís da Cunha, Flávia Barbalho, Paula Sacchetta e Paulinho Sacramento. A Mostra Brasília contou com Flavia Guerra, Maíra Carvalho e Marcelo Emanuel dos Santos na comissão de seleção. Saudade do Futuro Os filmes A seleção de longas da Mostra Competitiva traz quatro ficções e dois documentários da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Alice dos Anjos (BA), de Daniel Leite Almeida, leva as fantasias de Alice no País das Maravilhas à paisagem do sertão baiano; Lavra (MG), de Lucas Bambozzi, expõe as feridas da devastação ambiental percorrendo os caminhos da lama tóxica e criminosa que devasta cidades inteiras; Acaso (DF), de Luis Jungmann Girafa, traz o estilo on the road à famosa via W3 de Brasília, celebrando a casualidade das grandes cidades. “Foram 151 filmes inscritos para escolhermos seis. Testemunhamos todos esses sonhos do fazer e viver cinema nessa amostragem”, comentou Lino Meireles, da Comissão de Seleção de longas da Mostra Nacional. Ela e Eu (SP), de Gustavo Rosa de Moura, fala sobre a adaptabilidade do ser humano a eventos inesperados, tendo Andrea Beltrão como protagonista; De Onde Viemos, Para Onde Vamos (GO), de Rochane Torres, registra tradição e modernidade no dia-a-dia do povo indígena Iny; e Saudade do Futuro (RJ), de Anna Azevedo, é uma ode à saudade – palavra tão característica da língua portuguesa – filmada entre Brasil, Cabo Verde e Portugal. Entre os curtas nacionais, figuram cinco obras de São Paulo, dois do Distrito Federal, sendo as demais produções da Paraíba, Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco, sendo nove ficções e três documentários. Ocupagem (SP), de Joel Pizzini, retrata o encontro do escritor Julián Funks com as líderes do movimento sem-teto Carmem Silva e Preta Ferreira; Terra Nova (AM) é uma ficção sobre uma atriz de teatro solicitando seu auxílio emergencial; Filhos da Periferia (DF), de Arthur Gonzaga, debate juventude e violência em contextos periféricos. Chão de Fábrica (SP), de Nika Kopko, é uma produção 100% feminina que retrata o cotidiano de quatro operárias em seu convívio no banheiro feminino; Deus me Livre (PR), de Carlos Henrique de Oliveira e Luis Ansorena, retrata a dura vida de coveiros no cemitério Vila Formosa – que mais enterrou vítimas de covid-19 no Brasil; Adão, Eva e o Fruto Proibido (PB), de R.B. Lima marca o reencontro de uma mulher trans e seu filho adolescente, separados no nascimento. Como Respirar Fora d’Água (SP), de Júlia Fávero e Victoria Negreiros, reflete sobre conflitos no convívio de uma jovem negra e lésbica com a polícia militar, dentro e fora de casa; Cantareira (SP), de Rodrigo Ribeyro, expõe os paradoxos da metrópole e natureza; Sayonara (SP), de Chris Tex, trata de traumas violentos e vingança; Era uma Vez… Uma Princesa (DF), de Lisiane Cohen, sai em busca de sentidos diante da ausência de vida numa relação familiar; e Da Boca da Noite à Barra do Dia (PE), de Tiago Delácio, documenta a tradição do cavalo marinho na Zona da Mata Pernambucana. “Nossa missão cinematográfica foi avaliar 743 curtas e escolher 12. Encontramos trabalhos fortes sobre desigualdade e dessa experiência da covid-19”, revela Flávia Guerra, da Comissão de Seleção. Mestre de Cena Os títulos da Mostra Brasília revelam uma produção local incessante, com jovens e veteranos realizadores concorrendo. Na abertura da Mostra – e em homenagem a Tânia Quaresma, cineasta que nos deixou em julho deste ano – o público assiste a Caçadores de História (2016), documentário que retrata a realidade das catadoras e catadores de materiais recicláveis do Brasil. Entre os longas selecionados para a mostra local, estão: o documentário Mestre de Cena, de João Inácio; e as ficções: Acaso, de Luis Jungmann Girafa (selecionado também para a mostra nacional); Noctiluzes, de Jimi Figueiredo e Sérgio Sartório; e Advento de Maria, de Vinícius Machado. Entre os curtas que competem na Mostra Brasília estão quatro ficções e quatro documentários, sendo eles: Tempo de Derruba, de Gabriela Daldegan; Tinhosa, de Rafael Cardim Bernardes; Filhos da Periferia, de Arthur Gonzaga (selecionado também para a mostra nacional); Cavalo Marinho, de Gustavo Serrate; Benevolentes, de Thiago Nunes; Ele Tem Saudade, de João Campos; A Casa do Caminho, de Renan Montenegro; e Vírus, de Larissa Mauro e Joy Ballard. “Foram 74 curtas e 17 longas. Buscamos escolher filmes que dialogassem com as premissas do Festival de Cinema como representatividade, justiça social, novas linguagens”, frisa Marcelo Santos. * Com informações da Secec
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Brasília completa quatro anos como Cidade Criativa do Design
Neste sábado (31) completam-se quatro anos desde que Brasília recebeu da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) o título de Cidade Criativa do Design, passando a integrar a Rede de Cidades Criativas, composta por 116 cidades de 54 países. [Olho texto=”“Estamos dando a Brasília um novo significado por um novo olhar sobre o turismo, que propicia a atração de divisas para a nossa capital”” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Criada em 2004, essa rede reúne cidades que atuam em cooperação para aprimorar as estratégias de desenvolvimento por meio de sete pilares da indústria criativa e cultural: design e artesanato, artes folclóricas, gastronomia, cinema, literatura, artes midiáticas e música. De acordo com secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, quando se fala em Brasília criativa fala-se de uma cidade jovem que nunca envelhece, “que tem uma capacidade de sempre despertar curiosidade, que atrai as mentes mais destemidas e é polo de criatividade no mundo.” Mapa disponível no site da Setur-DF conecta o estilo de vida brasiliense aos lugares onde o design se destaca na cidade, como cafés, galerias, lojas, restaurantes, bares e cervejarias | Foto: Reprodução O título, ela acredita, reflete a economia criativa de quase 4% do PIB e do mercado de trabalho do DF antes da pandemia. “Precisamos estar sempre debatendo o setor e colocar essa vocação na vitrine da nossa cidade. Estamos dando a Brasília um novo significado por um novo olhar sobre o turismo, que propicia a atração de divisas para a nossa capital”, diz a secretária. [Numeralha titulo_grande=”58″ texto=”lugares de design são listados no Mapa Brasília Cidade Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Mapa e rotas Para apresentar ao visitante um roteiro de como compreender a classificação de criatividade e design da capital federal, a Secretaria de Turismo (Setur-DF) mantém em seu site na internet o Mapa Brasília Cidade Criativa do Design. O mapa conecta o estilo de vida brasiliense aos lugares onde o design se destaca na cidade, como cafés, galerias, lojas, restaurantes, bares e cervejarias. De norte a sul, passando pelo icônico centro da capital, 58 lugares de design em Brasília foram selecionados. A publicação é uma parceria entre a Setur-DF e o Sebrae-DF. Na parte Sul os bairros tradicionais – Asa Sul e o Lago Sul. No Centro, obras-primas da arquitetura modernista, de monumentos clássicos aos hotéis design e lugares próximos. Já a parte Norte abriga a Asa Norte, o bairro jovem e boêmio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Galerias, cafés e a Universidade de Brasília (UnB) são alguns dos locais indicados no mapa. Para a seleção, foram usados critérios curatoriais como espaço onde o design é presente; ambiente atraente, inovador, original; representatividade, funcionamento regular, presença digital e avaliação nas mídias sociais. Além desse roteiro, a Setur-DF criou a Coleção Rotas Brasília, que proporciona ao visitante, com apenas um clique no celular, acessar os principais roteiros reveladores de uma cidade jovem, pulsante, diferente de tudo que já se viu. Na coleção, o visitante pode escolher por onde começar seu tour por Brasília: Cerrado, Náutica, Arquitetônica, Cultural, Cívica, Fora dos Eixos, Diversão (infantil) e Rock. *Com informações da Secretaria de Turismo do DF
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Galeria dos Estados terá feira de arte e gastronomia
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) promove, a partir deste domingo (17), a feira de arte e gastronomia na Galeria dos Estados. Com recursos provenientes de termo de fomento realizado com o Instituto Cultural e Social No Setor, no valor de R$ 160 mil, a atração gratuita vai até 5 de dezembro. [Olho texto=”“A Galeria dos Estados foi reformada recentemente e é um espaço público bom, bonito, moderno, que gostaríamos de usar para dar um propósito”” assinatura=”Érica Cidade, assessora de comunicação do Instituto Cultural e Social No Setor” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A estimativa é que a Feira no Setor gere 250 empregos diretos e indiretos. O instituto também estima circulação mínima de 2 mil pessoas por dia. Ao longo dos oito domingos, a Organização da Sociedade Civil (OSC) espera, ao todo, até 16 mil pessoas. Artesanato, comida, orgânicos, compotas, moda, autocuidado, biocosméticos, arte, economia criativa e muita cultura popular serão oferecidos ao público. Ao todo, foram selecionados cerca de 40 pequenos produtores e empreendedores das diversas regiões do Distrito Federal. “A gente já trabalha com ocupação de espaços públicos do centro de Brasília, especificamente no Setor Comercial Sul (SCS). A Galeria dos Estados foi reformada recentemente e é um espaço público bom, bonito, moderno, que gostaríamos de usar para dar um propósito”, conta Érica Cidade, assessora de comunicação do No Setor. Em julho deste ano, a Galeria dos Estados ganhou intervenção de grafiteiros e se tornou uma galeria a céu aberto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília O No Setor é conhecido em Brasília pelo trabalho de ocupação cultural e integração social de pessoas em situação de rua. Érica conta que o intuito da OSC é tentar tirar o estigma da localidade, além de tentar trazer uma feira permanente que, com o tempo, possa passar a ser algo tradicional da cidade. Seguindo os critérios de acessibilidade previstos nos editais da Secec, o No Setor vai disponibilizar profissionais treinados para auxiliar deficientes visuais a participarem de experiências táteis com os produtos da feira. O evento também contará com a ação SCS Tour, uma visita guiada que inclui a história do Setor Comercial Sul e de Brasília. Organizado pela OSC há algum tempo, o projeto funciona sob a perspectiva de mistura dos preceitos do turismo e da cultura patrimonial e imaterial da cidade. O passeio, todo a pé, começa na Quadra 1 e leva cerca de duas horas. [Numeralha titulo_grande=” 2 mil” texto=” pessoas são esperadas na feira a cada domingo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sobre a programação no domingo, Rafael Reis, coordenador do Escritório de Projetos do No Setor, informa: “Além de disponibilizar os profissionais de Libras, estamos articulando atividades formativas para ocupar essas edições da feira com temáticas como sustentabilidade, igualdade de gênero e combate ao racismo”, relata. Galeria dos Estados Após ser atingida pelo desabamento, em 2019, de uma das vias do Eixo Monumental Sul, a Galeria dos Estados foi reconstruída e entregue à população do DF em setembro de 2020. Em julho de 2021, a Secec realizou o 4º Encontro de Grafite, com o intuito de fortalecer a conexão e a divulgação dos produtores de arte urbana da cidade. Por ser uma galeria a céu aberto, o local foi escolhido para receber o público de maneira segura, devido à pandemia. O evento contará com equipe de fiscalização para garantir que haja espaçamento mínimo de 1,5 m entre os feirantes, disponibilizar álcool gel e assegurar o uso de máscara. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço – Feira no Setor – Na Galeria dos Estados (entre o Setor Comercial Sul e o Setor Bancário Sul) – Todo domingo, a partir de 17 de outubro, das 9h às 17h – Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Exposição leva arte e literatura às 27 estações de metrô
A partir desta segunda-feira (27), estações de metrô de Brasília recebem a exposição Europe Readr. O nome faz alusão à plataforma homônima de literatura promovida pela Eslovênia para marcar o início de sua presidência no Conselho da União Europeia, em julho deste ano. A abertura foi realizada no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). [Olho texto=”“Disseminar a cultura internacional nesses locais agrega ainda mais valor à cidade de Brasília como capital do nosso país, que por si só já tem essa característica global”” assinatura=”Renata Zuquim, chefe do EAI” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Apoiada pelo Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI), em parceria com o Metrô-DF, a iniciativa visa estabelecer e facilitar o diálogo interdisciplinar entre jovens autores europeus e seus pensamentos sobre vivências futuras na cidade de Brasília. Simbolizando os 27 países que compõem a União Europeia, cada uma das 27 estações de metrô da capital receberá um painel — com exceção da estação Galeria, que receberá dois — contendo a capa de um livro de um país participante, uma citação em português, um QR Code de acesso à plataforma digital Europe Readr e uma tela artística. As telas foram produzidas por alunos de design e arquitetura do UDF, inspiradas pelas obras europeias. No âmbito da literatura, arquitetura, urbanismo e sustentabilidade, a ideia é estabelecer espaços para o compartilhamento de ideias. Os painéis foram produzidos com base nos conceitos de literatura, arquitetura, urbanismo e sustentabilidade | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Escolha estratégica Para a chefe do EAI, Renata Zuquim, a escolha do metrô para a exposição é estratégica. “As estações metroviárias são importantes pontos de ligação e trânsito de pessoas, frequentadas diariamente por milhares de cidadãos. Por isso, disseminar a cultura internacional nesses locais agrega ainda mais valor à cidade de Brasília como capital do nosso país, que por si só já tem essa característica global”, afirma. O embaixador da Eslovênia, Gorazd Ren?elj , enfatiza que o projeto engloba diferentes tipos de literatura da Europa, para adultos e crianças. “A ideia é mostrar o que autores europeus pensam sobre o futuro, compartilhando esse conteúdo com leitores globalmente. Procuramos capitais do mundo para participar desse projeto e promover diálogos com o pensamento europeu, como é o caso de Brasília”, comenta o embaixador. [Numeralha titulo_grande=”27″ texto=”países que compõem a União Europeia estão representados nas 27 estações do Metrô-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] A reitora da UDF, professora Beatriz Eckert-Hoff, agradeceu aos envolvidos por permitirem que o trabalho dos alunos do centro universitário embelezem a cidade. “O UDF fica aberto a todas as autoridades internacionais para outros projetos que fortaleçam a internacionalização de Brasília”, diz. Uma das alunas que produziram as telas artísticas e que é embaixadora do curso de arquitetura do UDF, Giovana Monteiro, relatou: “Foi muito enriquecedor participar do projeto e conhecer mais sobre a cultura e a literatura europeias. É a primeira vez que tenho exposto algo que fiz, ainda mais em um local de tanta visibilidade como o metrô. Os trabalhos estão incríveis, e estamos ansiosos para vê-los nas estações”. A divulgação da exposição Europe Readr fica a cargo da embaixada da Eslovênia e parceiros locais, como bibliotecas e livrarias. Os painéis estarão disponíveis para visitação até o final de dezembro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Confira abaixo a lista de estações que já receberam as instalações: 1. Estação Central / Mapa cego, Croácia / Praça dos 3 Poderes 2. Estação Galeria / Uma árvore sem nome, Eslovênia / Parque da Cidade 3. Estação 102 Sul / Aberrant, República Tcheca / Ponte JK 4. Estação 106 Sul / Trocoscópio, Portugal / Minhocão da UnB 5. Estação 108 Sul / Cada árvore é um poeta, Itália / Quadra Modelo 308 Sul 6. Estação 110 Sul / A cidade, Espanha / Igrejinha 7. Estação 112 Sul / Salmos, Polônia / Catedral 8. Estação 114 Sul / Uma jornada noturna, França / Praça do Cruzeiro 9. Estação Asa Sul / Unfollow, Alemanha / Reitoria da UnB 10. Estação Shopping / Minha rua, Bélgica / Beijódromo * As 17 restantes ainda estão sendo instaladas, operação sujeita a alterações. *Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais do GDF
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DF atinge 100% do valor pago da Lei Aldir Blanc
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) atingiu o percentual de 100% do valor pago da Lei Aldir Blanc (incisos 1 a 3). A pasta concluiu o pagamento dos R$ 33.067.000,00 empenhados para 2.820 dos 2.824 contemplados no Distrito Federal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Restaram apenas quatro beneficiários do Inciso II (escolas de samba), em razão de pendências fiscais na receita do GDF. A Secec parte agora para o próximo passo, que é o pagamento do saldo remanescente dos recursos da LAB destinados ao DF. Nesse sentido, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, anunciou o lançamento de edital para realocação do valor de R$ 3.867.373,68 ainda esta semana. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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Museu de Arte de Brasília exibe arte urbana do Irã
O Museu de Arte de Brasília (MAB) exibe, a partir desta sexta-feira (17), a mostra de fotos “Arte Urbana no Irã”. São 28 registros que a fotógrafa paulistana Maristela Acquaviva produziu em espaços públicos da capital Teerã em 2018, numa estada de dez dias a convite da Embaixada do Brasil naquele país, em cooperação com o governo local. A exposição foi montada no primeiro pavimento e pode ser visitada diariamente, exceto às terças, até as 21h. “As fotos investigam a prática centenária de arte pública no Irã, desde os mosaicos de azulejos do século 18, passando pelos monumentos e painéis erigidos pela monarquia e pela república islâmica no século 20, chegando a manifestações contemporâneas de ‘street art’, com seus grafites e intervenções nos muros da cidade. Revelam uma face do Irã completamente desconhecida do Ocidente”, explica o gerente do espaço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Marcelo Gonczarowska, que divide a curadoria da exposição com o colega do MAB Fred Hudson. A exposição, que também registra belas esculturas, usa parte do material fotográfico de um livro, “Street Art”, numa edição particular que não será comercializada. Um fotógrafo iraniano, Maziar Kabiri, registrou, em contraponto, imagens da arte de rua na cidade de São Paulo, onde o grafite também se destaca em meio a outras formas de arte em espaços públicos. “Duas grandes cidades, distantes geograficamente, porém unidas pela popularização da cultura que contribui para torná-las mais atraentes”, diz o texto de apresentação. Parceria Esta já é a segunda iniciativa de cooperação cultural entre Irã e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF durante a gestão. Em 2019, o grupo musical iraniano Navaye Mehr Band esteve no Centro Cultural Três Poderes e no Complexo Cultural Samambaia, que recebeu estudantes de escolas públicas do DF para curtir a apresentação. Início: 17/09/2021 (sexta-feira) Local: Galeria do primeiro pavimento do Museu de Arte de Brasília (MAB) Endereço: SHTN, trecho 01, projeto Orla polo 03, Lote 05, CEP: 70800-200 Brasília – DF Funcionamento: todos os dias, menos terças-feiras, de 9h a 21h Entrada gratuita Classificação livre Não é necessário agendar a visita Telefone: 3306-1375 Instagram: @museudeartedebrasilia *Com informações da Secec
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Museu Nacional abre mostra panorâmica de Fayga Ostrower
Mezanino do Museu Nacional da República, onde pode ser vista até 5 de dezembro a mostra panorâmica da obra de Fayga Ostrower | Foto: Secec-DF O Museu Nacional da República (MUN) apresenta a partir desta sexta-feira (10), no mezanino, Fayga Ostrower – Centenário, exposição panorâmica do trabalho da artista plástica brasileira nascida na Polônia Fayga Ostrower (1920-2001). Ao mesmo tempo, outra mostra com vasto acervo de Míriam Inez da Silva ocupa a Galeria Principal. De Fayga Ostrower estão sendo exibidos 45 trabalhos doados pelos filhos da artista, Ana Leonor (Noni) e Carl Robert, ao espaço administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), acrescidos de peças da multiartista – pintora, desenhista, ilustradora – que fazem parte do acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB). “Temos a honra de apresentar essas peças aqui reunidas, que traçam a trajetória da produção artística de uma das pioneiras e principais expoentes da gravura abstrata no Brasil”, apresenta no texto curatorial a diretora do MUN, Sara Seilert. [Olho texto=”Dificuldades fazem parte da história de Fayga, cuja família judia teve de cruzar a pé, durante a noite, a fronteira entre Alemanha e Bélgica, fugindo dos nazistas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sara explica que Fayga libertou a gravura da função ilustrativa, dando-lhe autonomia como obra de arte autônoma, ao migrar para o abstracionismo, depois de passagem pelo figurativo no movimento estético do expressionismo, com o qual ilustrou, por exemplo, a edição de 1944 da obra O Cortiço, de Aluísio Azevedo. A curadora destaca que a artista, teórica da arte e professora, cujas obras estão espalhadas em duas dezenas de instituições no Brasil e mais que o dobro disso no exterior, sempre experimentou muito com metal nas técnicas de água forte, água tinta e ponta seca, por exemplo, além dos trabalhos em madeira (xilografia). No documentário Paixão pela Arte (2012), sobre Fayga, com roteiro, produção e direção da filha Noni, fica registrado que a artista fazia de erros na produção de gravuras acertos na construção de sua arte. Fayga é citada como tendo sofrido com críticas à sua arte quando deixou as ilustrações para mergulhar no abstrato. No vídeo, fica claro que ela não se intimidou com isso, e decidiu seguir adiante. Fayga Ostrower em imagem do documentário ‘Paixão pela Arte’ (2012), realizado pela filha dela, Noni | Foto: Reprodução Trajetória vitoriosa Dificuldades fazem parte da história de Fayga, cuja família judia teve de cruzar a pé, durante a noite, a fronteira entre Alemanha e Bélgica, fugindo dos nazistas, antes de conseguir embarcar para o Rio, aonde chegou em 1934, indo se instalar em Nilópolis, nos subúrbios da capital. Conhecedora de cinco idiomas, Fayga conseguiu emprego como secretária e conciliou o trabalho com cursos de desenho e arte, que a levaram ao sucesso no mercado de editoração e nas artes plásticas. A paixão pelo desenho já havia se manifestado na longa travessia de navio vindo da Europa, quando aproveitou para desenhar passageiros e até o capitão da embarcação, trabalho pelo qual recebia em troca chocolates, divididos com os três irmãos. [Olho texto=”“A mostra busca oferecer inspiração na forma insubmissa, irônica, mágica e deliciosa de ver o mundo revelada pelo encantador e fundamental trabalho de Miriam Inez da Silva”” assinatura=”Bernardo Mosqueira, curador” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mais tarde, no Rio de Janeiro, a artista subiu a favela para desenhar crianças (convencidas a posar em troca de balas) e lavadeiras que achavam curioso a moça de olhos claros a fazer esquetes. O texto curatorial anota que Fayga escreveu vários livros sobre arte e criação artística, citando Criatividade e Processos de Criação (1978), Universos da Arte (1983), Acasos e Criação Artística (1990) e A Sensibilidade do Intelecto (1998, Prêmio Jabuti). Fayga Ostrower foi laureada ainda com o Grande Prêmio Nacional de Gravura, na Bienal de São Paulo (1957) e com o Grande Prêmio Internacional de Gravura, na Bienal de Veneza (1958). Lecionou a disciplina Composição e Análise Crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e, na década de 1960, trabalhou como docente em instituições nos EUA e Grã-Bretanha. Durante esses anos, também desenvolveu cursos para operários e centros comunitários a fim de divulgar noções de arte. Obras que integram a mostra dedicada à artista goiana Míriam Inez da Silva, em cartaz na Galeria Principal do museu | Fotos: Reprodução Foi casada com Heinz Ostrower, historiador cuja biblioteca foi doada para o Arquivo Edgard Leuenroth, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. O mundo de Míriam Inez da Silva A exposição sobre a arte de Míriam Inez da Silva (1939-1996) traz ao MUN a vasta produção da artista goiana, nascida em Trindade, que migrou para o Rio de Janeiro, onde teve orientação artística de Ivan Serpa. A mostra traz a tensão entre o desenvolvimento da região goiana, com a construção das cidades de Goiânia e Brasília, e as influências da metrópole fluminense. “Reunindo mais de 300 obras e extensa documentação – esta é a maior retrospectiva já desenvolvida a partir da obra da artista – a mostra busca oferecer inspiração na forma insubmissa, irônica, mágica e deliciosa de ver o mundo revelado pelo encantador e fundamental trabalho de Miriam Inez da Silva”, escreve o curador Bernardo Mosqueira, que pesquisa a artista desde 2015. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A escolha em dialogar com formas de arte entendidas como “tradicionais” – como a xilogravura, o cordel e a arte votiva – foi também uma maneira de inserir nelas suas críticas à hipocrisia e à normatividade que regulavam a sociedade em que vivia. Serviço Fayga Ostrower – Centenário (Mezanino) Míriam Inez da Silva (Galeria Principal) De 10 de setembro a 5 de dezembro Horário de visitação: sextas, sábados e domingos das 10h às 16h – horário reduzido em atendimento ao protocolo de segurança para enfrentamento da pandemia (o horário de visitação poderá sofrer alteração) Telefone: (61) 3325-5220 Entrada gratuita *Com informações da Secec-DF
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Nova iluminação reforça a segurança em São Sebastião
Um quarteirão de arte e cultura em São Sebastião agora está iluminado por luzes de LED. Na manhã deste sábado (4), o governador em exercício, Paco Britto, inaugurou a nova iluminação de oito ruas do Setor Tradicional da cidade que receberam 31 novas lâmpadas do material, mais eficiente e econômico. Acompanhado do secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, e do diretor-técnico da CEB Ipes, Fabiano Cardoso, Paco visitou a rua 30-A onde está o Instituto Metamorfose e suas belas pinturas que adornam a fachada das casas. “Estivemos aqui e assumimos o compromisso de melhorar a iluminação do local. Não só da Rua das Artes, como das paralelas e transversais”, destacou. O governador em exercício lembrou que, além de melhorar a segurança, a nova iluminação é um recurso para convidar a população a ir até a rua colorida e alegre. “Estamos trazendo também educação e cultura. Com mais luz, creio que as pessoas possam vir até aqui e apreciar essas obras de arte”, complementou. Segundo o secretário de Cultura, o pleito feito à CEB foi atendido rapidamente e as ruas ganharam mais vida. “Estamos vivendo momentos difíceis no país com essa pandemia. E a arte é uma forma de enfrentá-los. Uma quadra cheia de arte como essa precisa ser cuidada e aprimorada. E a Secretaria de Cultura vai colaborar com isso”, ressaltou. Já o presidente da companhia, Edison Garcia, observou que a luz é um instrumento de cidadania. “Os projetos de eficientização da iluminação trazem resultados muito satisfatórios na redução do índice de criminalidade e no bem-estar da população, que se sente mais segura para sair e entrar em casa”, reforçou. Insegurança e inclusão social Francisco Costa, conhecido como ‘Chico Metamorfose’, é o coordenador do instituto de mesmo nome que atua em São Sebastião oferecendo inclusão social por meio da pintura. Além dos moradores, Chico foi um dos que pleiteou a melhoria da iluminação ali, onde também reside. Segundo ele, a insegurança se tornava uma constante na região. “Estávamos convivendo com roubos de celulares, assaltos, além do lixo que estava sendo despejado no meio da rua .Com a iluminação nova, vai melhorar muito”, acredita. “Foi muito legal ver ontem à noite o pessoal elogiando a claridade. Muitos disseram que parecia noite de Natal”, riu. Luz que protege A troca das luminárias antigas pelas de LED faz parte do programa “Luz que Protege”, da CEB. O projeto prioriza a eficientização da luz em locais com equipamentos públicos como hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs), escolas, delegacias e áreas de grande circulação de pessoas. Um total de 1,5 km de vias foi reforçado com as lâmpadas de LED. O investimento feito pela companhia foi de R$ 16,9 mil, recursos provenientes da Contribuição de Iluminação Pública (CIP).
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São Sebastião é invadida pela arte e ganha uma galeria
A cidade de São Sebastião ganhou cor e vida com a arte estampada nas faixadas e muros da rua 30-A, no Setor Tradicional da cidade. Intitulada Rua das Artes Metamorfose, a via foi inaugurada na manhã deste sábado (14), com a presença do vice-governador Paco Britto, do secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, e demais autoridades locais. São 18 painéis assinados por sete artistas que fazem parte do Instituto Metamorfose – Cidadão com Profissão, cuja sede foi instalada há 25 anos no local. O instituto abriga o projeto de mesmo nome, que visa formar cidadãos por meio da arte e descobrir futuros talentos, promovendo a inclusão social de crianças, jovens e adultos. No ateliê, as técnicas de pintura e desenho são ensinadas gratuitamente, com o intuito de resgatar os jovens das ruas. Por ali já passaram mais de cinco mil artistas desde a inauguração da sede. Segundo o diretor presidente do instituto, o artista plástico Francisco Bastos da Costa, mais conhecido como Chico Metamorfose, o intuito da ação desta manhã de sábado foi o desejo de ver sua rua tornar-se uma galeria de arte. “O feito que conseguimos, poucas ruas conseguem. Somos uma família. E graças ao Governo do Distrito Federal, conseguimos tirar os lixos das calçadas e acabamos com as brigas e discussões dos vizinhos por conta das jogatinas. Tínhamos vergonha [da situação como estava], mas a cultura pode (mudar isso) e faz. Agregamos valores”, frisou. “Agora é pouca parede para muitos jovens”, brincou. No ateliê, as técnicas de pintura e desenho são ensinadas gratuitamente, com o intuito de resgatar os jovens das ruas. Por ali já passaram mais de cinco mil artistas desde a inauguração da sede Foto: Vinícius Melo / Agência Brasília Dirigindo-se ao vice-governador, sugeriu um título para São Sebastião, como a cidade-arte no DF. “Porque é notório que aqui não se vê pichações. É a cidade menos pichada do DF”, garantiu, após acompanhar Paco Britto em uma visita ao instituto e mostrar as pinturas expostas na Rua das Artes. Paco Britto concordou com o artista Chico, afirmando que a cidade é uma galeria a céu aberto. “O que falar do Chico? Tudo que eu falar é muito pouco [pelo ensinamento da arte]. Me emociono por estar aqui. Nunca um governo olhou tanto e trabalhou tanto pela cultura como o governador Ibaneis Rocha”, lembrou Paco, referindo-se, por exemplo, à reabertura de patrimônios culturais de Brasília pela gestão atual, como o Museu de Arte Moderna (MAB), que ficou fechado por 14 anos, e a Concha Acústica, cuja reabertura está prevista para o próximo dia 19. Também citou a reforma do Teatro Nacional – atualmente, o governo trabalha no andamento dos trâmites legais -, entre outros. Saudoso da época de sua juventude, o secretário Bartolomeu fez um breve relato de sua história como artista no sertão de Pernambuco, quando se aventurava com desenhos feitos com carvão nas ruas de Serra Talhada. “Talvez fosse até um grande artista, mas acabei me formando jornalista. Vale a pena sonhar. A criança que sujava as ruas com carvão, hoje é o secretário da capital federal, que é Patrimônio Cultural da Humanidade”, observou. “Senti uma sinergia com (Alan) Valim [administrador regional de São Sebastião] e aí descobri que ele também é artista. A secretaria está de portas abertas. E o que a gente puder fazer, vamos tentar, porque temos que agir”, completou. Alan Valim, por sua vez, ressaltou que a Administração Regional da cidade é uma extensão da Secretaria da Cultura e ratificou que está de portas abertas para o setor, visando melhorias locais. “Nossa cidade tem potencial para ser uma das melhores para se viver”, valorizou. Cereja do bolo Mas Chico Metamorfose quer mais. Para ele, falta a “cereja do bolo”. Na ocasião, pediu ao Paco Britto para que fossem instaladas lâmpadas de LED no local. A ideia é valorizar ainda mais os painéis. Alan Valim assegurou que as lâmpadas de LED “estão no radar” da administração. “Nós, do governo do maestro Ibaneis, temos agilidade”, completou, Paco Britto, após fazer uma ligação telefônica para a Companhia Energética de Brasília (CEB) para resolver a questão das lâmpadas. E assegurou: “estarei na inauguração da iluminação”. Certificados Ao final do evento foram entregues certificados aos sete artistas participantes da obra da Rua das Artes. Entre eles, a adolescente Mariana Tavares Borges, 17 anos, há sete anos atuante no instituto. “Esta foi minha primeira exposição. Estou muito feliz. É um sonho realizado”, disse a estudante da segunda série do Ensino Médio. A especialidade da artista é o método quadriculado, técnica utilizada para fazer esboço. No local, havia uma dezena de quadros da Mariana com esboços de famosos, como o Rei Pelé, o cantor Raul Seixas, a princesa Diane, entre vários outros. Já o também estudante de 17 anos, Cauam Couto de Oliveira, há apenas três meses no instituto, garante que a pintura para ele, no futuro, será um hobby. “Quero ser fotógrafo”, adiantou, mas sem esconder a emoção de segurar o certificado e confessar que, dentro dele, tinham muitos sentimentos misturados. “Estava ansioso para terminar logo”, disse, referindo-se à Rua das Artes. Além deles, outros artistas foram homenageados com quadros pintados pelo próprio Chico Metamorfose. Também participaram da inauguração o comandante do 21° Batalhão da Polícia Militar (PMDF), tenente-coronel Maciel, e equipe; o gerente de cultura da cidade, Josivaldo; músicos; comerciantes, entre outros. Projeto [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto Metamorfose nasceu quando Francisco Bastos da Costa retornou a São Sebastião, após seis meses em uma clínica de dependentes químicos, “Força para Vencer”, em Ceilândia, onde se tratou contra o alcoolismo. A palavra Metamorfose surgiu em homenagem à história de vida desse artista plástico baiano, e simboliza toda a transformação, o renascimento do Chico como cidadão, que é autodidata, idealizador e mantenedor do projeto. Além das aulas de pintura gratuitas, o projeto oferece jogos pedagógicos, biblioteca para leituras, projeto “Mala do Livro”, da Secretaria de Cultura, apresentação de música e capoeira. A Rua Metamorfose foi criada com o intuito de proporcionar à população um contato mais próximo com a arte e a cultura.
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Um novo ‘Lugar ao Sol’ para contemplar em Samambaia
Da porta de seu restaurante, em Samambaia, José Nilton da Silva, 60 anos, vê o monumento – recém-reformado pela administração regional – chamado Lugar ao Sol. Localizado no balão da Avenida Central, a obra de arte é composta por três casas em cores primárias: amarelo, azul e vermelho. A estrutura de aço de carbono é uma homenagem aos moradores da cidade – criada com o objetivo de dar moradia digna às pessoas. O artista plástico Elton Skartazini criou a escultura Lugar ao Sol e mais sete obras que homenageiam a cidade e seus moradores, todas serão restauradas, agora com materiais mais resistentes | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília “Essa iniciativa foi muito importante para todos nós. A obra, assim como as outras, estava muito deteriorada”, lembra José Nilton. “As pessoas passavam e não reparavam mais a obra de arte. Agora, chama atenção. Os clientes que frequentam o restaurante gostam de observar e elogiam a reforma”, comenta o empresário. [Olho texto=”“Queremos que essa iniciativa incentive a construção de mais monumentos, tornando a cultura cada vez mais acessível a todas as pessoas”” assinatura=”Elton Skartazini, artista plástico” esquerda_direita_centro=”direita”] Além desta, mais sete obras de arte fazem parte do projeto Monumentos para Samambaia, criado em 2005 pelo professor Clayton Braga e o artista plástico Elton Skartazini. Elas passam por reforma após 16 anos. Além de homenagear a cidade e seus moradores, as estruturas contam a história da região, estimulam o conhecimento e a imaginação e a transparência do poder público. “Estou muito feliz. É uma valorização do nosso trabalho e da história da região e das pessoas que moram aqui”, comemora Elton Skartazini. “Queremos que essa iniciativa incentive a construção de mais monumentos, tornando a cultura cada vez mais acessível a todas as pessoas”, reforça o artista plástico. Segundo o administrador regional de Samambaia, Gustavo Aires, há intenção de construir mais monumentos pela cidade. “Estamos estudando a possibilidade de realizar um concurso público junto ao conselho de cultura da região e às secretarias de Cultura e Turismo. Como Samambaia é repleta de balões, a ideia é construir essas obras nesses locais para dar vida a esses lugares”, adianta. A obra Lugar do Saber, localizada no balão da primeira Avenida Norte e Central, também já reformada: estímulo sobre a importância do conhecimento Outras obras Outra estrutura que já foi reformada é a chamada Lugar do Saber, localizada no balão da primeira Avenida Norte e Central. Segundo Elton Skartazini, é uma forma de estimular as pessoas sobre a importância do conhecimento. “Agora estamos reformando com materiais que vão durar anos. O deste aqui, por exemplo, é de aço de carbono”, explica o artista plástico. “A nossa cidade tem uma história de busca das pessoas por moradia, por uma vida nova, pelo progresso. As pessoas precisam dar valor a essas memórias, desde a família, a sua cidade, seu país”, ressalta Clayton Braga, um dos idealizadores do projeto. “Estamos contribuindo com essa formação de valores culturais que é fundamental para a humanidade”, destaca o mestre em educação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Conheça os monumentos de Samambaia: – Lugar ao Sol, 2005: no balão da segunda Avenida Norte e Central, é uma homenagem à população recém-chegada na cidade; – Luz do Saber, 2007: no balão da primeira Avenida Norte e Central, representa a importância do conhecimento; – Transparência, 2009: no balão da segunda Avenida Sul e Central, faz referência ao fórum de Samambaia; – Encontro, 2010: no balão da primeira Avenida Sul e Central, tem esse nome por estar no centro urbano da cidade; – Figuras do Agreste, 2021: na Avenida Leste, próximo ao viaduto do Recanto das Emas, é uma parceria com o artista plástico Ramon Rocha. O monumento faz referência às pessoas que vieram do Nordeste; – Três Meninas, 2005: no balão da Avenida Leste e Norte, em frente ao Hospital Regional de Samambaia, do artista Lia Samara, faz referência a outra obra do projeto, Casinhas de Bonecas; – Asas da Imaginação, 2006: na entrada da expansão da região, a estrutura também foi feita pelo artista Lia Samara e é uma forma de as pessoas refletirem por meio da imaginação e – Casinhas de Boneca, 1960: localizado no Parque Três Meninas, é uma homenagem que o pioneiro Inezil Penna Marinho fez às suas filhas ao dar o nome de Três Meninas ao local. É o único monumento que não foi feito pelos artistas.
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