Casa do Cantador, em Ceilândia, recebe o Festival Operárias das Artes
A Casa do Cantador, em Ceilândia, será palco de um encontro potente entre arte, economia solidária, resistência e protagonismo feminino neste sábado (18), a partir das 15h, com entrada gratuita. O Festival Operárias das Artes chega à 7ª edição reunindo artistas mulheres do Distrito Federal e de outras regiões do país, em um grande movimento de valorização da cultura popular feminina. Realizado pela Artecei Produções, com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), o evento integra a 2ª edição do Programa Cultura Para Todos, iniciativa que valoriza e fortalece as expressões culturais populares no Distrito Federal. Para o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, o Festival Operárias das Artes simboliza a força e a sensibilidade das mulheres que constroem, todos os dias, a cultura popular do nosso país. “A Casa do Cantador é o lugar ideal para essa celebração, que une arte, diversidade e protagonismo feminino. Apoiar iniciativas como essa é reafirmar o compromisso do Governo do Distrito Federal com uma cultura plural, viva e acessível a todos”, complementou Abrantes. A Casa do Cantador receberá o festival, que prima pela arte plural e por representar o feminismo por meio da música | Foto: Divulgação/Secec-DF “Criamos o Operárias das Artes para garantir que as mulheres artistas tenham um espaço de reconhecimento e liberdade. O festival é um ato político e poético de resistência. Cada edição reafirma o direito das mulheres de ocupar os palcos e contar suas próprias histórias”, destaca Nanci Araújo, curadora e idealizadora do projeto. A programação local é um retrato da pluralidade e da potência feminina no Distrito Federal. O festival abre com o Dois Timbres, projeto que une vozes femininas em uma fusão de samba, MPB e música regional. Em seguida, o Fuá da Paulinha traz o forró pé-de-serra com sotaque nordestino e alegria contagiante. Lene Matos apresenta um show autoral marcado pela poesia e pela força da percussão afro-brasileira, enquanto o coletivo Elas que Toquem transforma o palco em um manifesto sonoro de instrumentistas e cantoras de diversas vertentes. O rap feminino chega com Dree-K, que representa a nova geração do hip-hop candango com letras de empoderamento e denúncia. Já o Fuzuê Candango mergulha nas tradições populares, com batuques e cantos de matriz afro, e o Grupo Afirmação encerra o bloco local com um espetáculo que combina música, teatro e ancestralidade em uma celebração da identidade negra e feminina. [LEIA_TAMBEM]A atração nacional da noite começa às 22h, com a cantora Ana Cañas apresentando o show Vida Real, baseado em seu mais recente álbum autoral. O repertório mescla músicas do novo trabalho com sucessos marcantes de sua carreira e versões de artistas como Belchior, Rita Lee, Nando Reis e Renato Russo. Homenagem A sétima edição do festival presta uma homenagem à memória de Marielle Franco, mulher negra, mãe, socióloga e vereadora do Rio de Janeiro, assassinada em 2018. A homenagem reafirma o compromisso do Operárias das Artes com a memória, os direitos humanos e a defesa da vida das mulheres pretas e LGBTQIA+. Programação completa 15h — Dois Timbres 16h — Fuá da Paulinha 17h — Lene Matos 18h — Elas que Toquem 19h — Dree-K 20h — Fuzuê Candango 21h — Grupo Afirmação 22h — Ana Cañas *Com informações da Secec-DF
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Audiência pública em Ceilândia vai debater uso e ocupação do solo
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (Seduh-DF) realiza, na próxima segunda-feira (6), uma audiência pública para debater propostas de atualização da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) em Ceilândia. O encontro será às 19h, no Anfiteatro da Casa do Cantador (QNN 32, Área Especial G, Ceilândia Sul). O objetivo é ouvir a população e apresentar estudos que buscam dinamizar o uso dos espaços urbanos, incentivando o comércio, organizando setores da cidade e criando condições para a geração de emprego e renda. Uma das propostas que serã analisadas permite áreas comerciais e residenciais na ADE de Ceilândia Norte | Foto: Divulgação/Administração de Ceilândia Entre as propostas em análise, está a permissão para que lotes da Área de Desenvolvimento Econômico de Ceilândia Norte combinem atividades comerciais ou de serviços no térreo com moradias nos pavimentos superiores. Atualmente, o uso residencial é proibido nesses terrenos. Outra sugestão prevê a reclassificação de áreas exclusivamente residenciais para uso misto, permitindo pequenos comércios e serviços de bairro, como padarias, escritórios e barbearias. Essas medidas visam aproximar moradia, trabalho e serviços, reduzir deslocamentos e estimular a economia local, respeitando os parâmetros técnicos da Luos, como recuos, gabarito e níveis de incomodidade. "A audiência pública é uma oportunidade fundamental para que a população contribua com propostas que podem ajudar a organizar os espaços da nossa cidade" Dilson Resende, administrador regional de Ceilândia O administrador de Ceilândia, Dilson Resende, destacou a importância da participação da comunidade no debate. “A audiência pública é uma oportunidade fundamental para que a população contribua com propostas que podem ajudar a organizar os espaços da nossa cidade, fortalecendo o comércio local, gerando emprego e renda e impulsionando o desenvolvimento de Ceilândia”, ressaltou o administrador. As contribuições da população registradas na audiência serão analisadas pela equipe técnica da Seduh. Em seguida, a proposta final passará pela avaliação do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan) e, se aprovada, poderá ser encaminhada pelo Executivo à Câmara Legislativa (CLDF). *Com informações da Administração Regional de Ceilândia
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Cidade Diversidade transforma a Casa do Cantador em baile charme
Neste domingo (18), a partir das 14h, a Casa do Cantador, em Ceilândia, será palco da segunda edição do evento Cidade Diversidade. Os passinhos do charme, as batidas do flashback e do hip-hop prometem encantar e atrair todos os públicos. Com fomento do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o projeto tem como foco promover a inclusão e a diversidade cultural. A música da tarde de domingo será comandada pelos DJs Yanka, Cazuza e Pedro França. A dança ficará por conta das professoras Mi Guedes, Laurice e Tatiana Assem Haidar, que conduzirão os passinhos e inclusive darão aulas para os presentes. Professoras de dança conduzirão os passinhos e darão aulas para os presentes | Fotos: Rafael Castro/Divulgação Para a professora e idealizadora do projeto, Tatiana Haidar, o evento é uma forma de promover os diversos estilos de dança, em especial, o charme, levando a diversidade para a comunidade. “Os estilos são a cara da periferia. É uma proposta para que as pessoas conheçam um pouco mais a cultura do charme. A ideia, inclusive, é atrair pessoas de outros lugares, como do Entorno do DF, ampliando a diversidade de pessoas ao evento”, destaca. Outro diferencial do evento é a inclusão das pessoas com deficiência (PcDs), com espaços adaptados para receber o público, os participantes serão estimulados a fazer parte da dança. “Faço parte da dança inclusiva com os PcDs, acredito que todos são capazes de dançar. Queremos mostrar que a cultura é um espaço para todos, independente das limitações, idade ou habilidades. A diversidade é nossa maior força”, completa Haidar. Cidade Diversidade Outro diferencial do evento é a inclusão das pessoas com deficiência, com espaços adaptados para receber o público O evento de lazer integra a parte final do projeto Cidade Diversidade, que durante um ano levou a três escolas públicas de Ceilândia, Samambaia e Sol Nascente/Pôr do Sol elementos da cultura de periferia, como o hip-hop e fenômenos populares como charme e o flashback. Mais de mil alunos participaram das aulas de danças, de DJs para iniciantes, oficinas e palestras sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, cultura hip-hop, entre outros temas. De acordo com Tatiana Haidar, a execução do projeto só foi possível graças ao aporte do maior instrumento de fomento à cultura do DF. “Tivemos um aporte de aproximadamente R$ 140 mil do FAC, que foi fundamental para a realização do projeto nas escolas. Acredito que esse apoio do GDF é muito importante, em especial, para os pequenos projetos que procuram levar a cultura para dentro da comunidade”, acredita. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A edição final do projeto será no dia 25 de fevereiro, no Decksol Skate Parque do Sol Nascente, localizado na Quadra 501 do Trecho 1. Serviço: Data: domingo (18) Horário: A partir das 14h Local: Casa do Cantador – Ceilândia (QNN Quadra 32 Área Especial G) Entrada gratuita.
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Fim de semana terá festival de cinema, atrações natalinas e muita música
Este fim de semana está repleto de opções de cultura e lazer para quem pretende não ficar em casa entre esta quinta-feira (7) e o domingo (10). De atrações natalinas a festival de cinema, o que não falta é programação especial para agitar o brasiliense. Uma das principais atrações é a chegada do Papai Noel ao Riacho Fundo nesta quinta. Por lá, será inaugurada a Vila do Bom Velhinho, que poderá ser visitada entre 19h e 23h, no estacionamento do Conselho Tutelar da cidade. Ainda em clima natalino, a programação se estende para o Núcleo Bandeirante. No domingo (10) o Papai Noel vai chegar à Placa da Mercedes e ficará para receber a criançada entre 9h e 14h. Já nos dias 15, 16 e 17, a partir das 19h, haverá uma cantata de Natal e show com artistas locais e regionais na Praça do Padre Roque. O longa ‘Rodas de Gigante’ estará em cartaz no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Foto: Divulgação Também neste fim de semana começa o mais longevo festival de cinema do país, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em sua 56ª edição, o evento começa sábado (9), exibindo produções realizadas em todas as cinco regiões do Brasil, marcadas pela diversidade de vozes, de narrativas e de estéticas, desde o cinema indígena à produção urbana periférica e dos interiores do Brasil. De maneira inédita, esta edição conta com a incorporação de tecnologia 4K para todas as exibições no Cine Brasília. Entre sexta (8) e domingo (10) será realizada a 4ª edição do evento Brasília Trend Fashion Week. O evento traz o conceito de moda inclusiva e aborda temas diversos, como as modas para a melhor idade e plus size. O festival ocorrerá no Sesc do Guará, das 10h às 23h, com entrada franca mediante doação de 1 kg de alimento não perecível. O trio Caco de Cuia é uma das atrações musicais da Feira Cultural de Ceilândia e sobe ao palco do evento às 20h50 | Foto: Divulgação Para quem curte música, uma das opções é o Tropical Jazz, marcado para sábado (9) e domingo (10), na Praça das Fontes do Parque da Cidade. Trata-se de um festival pautado no encontro do estilo musical com outros gêneros brasileiros. O evento é das 16h à 0h. Os ingressos devem ser adquiridos no site do festival. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em Ceilândia, no sábado (9), acontece a 9ª edição da Feira Cultural, na Casa do Cantador. A celebração envolve artistas da cultura popular da cidade, exposições de produtores locais da economia criativa e conta com a presença do cantor e compositor Odair José como atração nacional. A programação cultural é gratuita e começa a partir das 15h com um line-up diversificado para todos os gostos e idades.
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Casa do Cantador recebe 9ª Feira Cultural de Ceilândia
Neste sábado (9), a Casa do Cantador será palco da 9ª edição da Feira Cultural de Ceilândia. Com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), o evento terá artistas da cultura popular da cidade, exposições de produtores locais da economia criativa. A principal atração será o cantor e compositor Odair José. A Feira Cultural de Ceilândia nasceu com o propósito de destacar o valor da cultura no contrafluxo, oferecendo shows de alta qualidade de forma gratuita. Com 51 anos de história, Ceilândia é referência na cultura nordestina no DF, e o evento busca unir os ceilandenses em toda a sua diversidade musical, com MPB, hip-hop, samba, forró e teatro de mamulengo. O trio Caco de Cuia é uma das atrações musicais e sobe ao palco do evento às 20h50 | Foto: Divulgação Com expositores de diversos segmentos como moda, arte, gastronomia e artesanato, a programação cultural promete entreter o público a partir das 15h com um line-up diversificado, para todos os gostos e idades. Entre os destaques estão apresentações de Rota 40, Rego Junior, Mamulengo Fuzuê, Lília Diniz, Diogo Logo, Amor Maior, Nanci Araújo, Caco de Cuia e encerrando com chave de ouro, Odair José às 21h40. À frente da ação, a produtora cultural Rosângela Dantas celebra a continuidade do projeto: “Esta iniciativa é uma celebração da diversidade cultural presente em nossa cidade e, a cada edição, buscamos superar as expectativas, proporcionando experiências únicas para todos os participantes. Acreditamos que a cultura é um pilar fundamental para o desenvolvimento de uma comunidade e a Feira Cultural é uma maneira de destacar e fortalecer a identidade plural de Ceilândia.” A cultura popular é o foco da 9ª Feira Cultural de Ceilândia Além de celebrar a riqueza da música brasileira que norteia as raízes culturais de Ceilândia, a feira também se destaca por ter um olhar cuidadoso em relação a questões significativas. O evento se preocupa com a acessibilidade, contando com intérpretes de libras, estrutura para pessoas com deficiência, além de áudio descrição ao vivo para atender a diversidade de públicos. Reconhecido por suas letras românticas, Odair José é um ícone da música popular brasileira, abordando temas profundos e cotidianos em suas canções. Com um repertório que atravessa gerações, o cantor e compositor vendeu mais de 80 milhões de discos. Entre os sucessos mais populares estão Pare de Tomar a Pílula e Vou Tirar Você deste Lugar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] 9ª Feira Cultural de Ceilândia Data: Sábado (9), a partir das 15h Local: Casa do Cantador – Ceilândia Evento gratuito Programação: ? 15h – Rota 40 ? 15h50 – Rego Junior ? 16h40 – Mamulengo Fuzuê ? 17h30 – Lília Diniz ? 18h20 – Diogo Logo ? 19h10 – Amor Maior ? 20h – Nanci Araújo ? 20h50 – Caco de Cuia ? 21h40 – Odair José *Com informações da Secec
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Programação do fim de semana na capital tem de samba a peças teatrais
Desta sexta (20) a domingo (22), o Distrito Federal será palco de uma série de eventos culturais voltados para todo tipo de público. Há atrações para toda a família nos museus e nos teatros, opções para quem gosta de curtir música e ainda alternativas para quem preferir o escurinho do cinema. Confira a seguir a programação cultural nos equipamentos públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) e as atrações com incentivo e apoio do governo. Música O Sabadão do Forró terá a participação dos trios Fortaleza, Pernambuco, Asa Norte e do Nordeste | Fotos: Divulgação A Casa do Cantador, em Ceilândia, segue para o segundo fim de semana do projeto Sabadão do Forró, realizado com recursos de emendas parlamentares executadas pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). No sábado, a partir das 20h, apresentam-se os trios brasilienses Fortaleza, Pernambuco, Asa Norte e do Nordeste. A programação segue no espaço nos dias 28 e em 4 de novembro, com entrada franca. “Esse projeto tem um significado enorme. Primeiro, porque estamos voltando a proporcionar o forró mais clássico para as pessoas que têm dificuldade de se identificar com os novos gêneros musicais”, explica o coordenador do Sabadão do Forró e presidente da Associação dos Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró-DF), Marques Célio. “Estamos fazendo com que a cultura venha a contribuir com a economia criativa, dando um complemento de renda a esses artistas que não têm grande notoriedade artística. É o Estado realmente fazendo o papel dele de valorizar o forró, que é um patrimônio cultural e imaterial brasileiro”, complementa. Também em Ceilândia, na Praça do Cidadão, ocorre no sábado, a partir das 16h, o lançamento do primeiro álbum autoral do coletivo Samba da Malandra, concebido com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF). Intitulado Cantautoras, o disco é composto por nove canções que serão apresentadas no show. A roda terá a participação especial das cantoras Lirys Catharina, Haynna e Loba Makua e da bailarina Luna Jalilah. Além disso, a programação contará com desfile de moda, feira de economia criativa, praça de alimentação e exposição. Para participar, basta doar 1 kg de alimento não perecível. Quem prefere música clássica pode conferir o concerto Piano e Fantasia, no sábado, com sessões às 9h30 e às 11h no auditório da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), na Esplanada dos Ministérios. O show será conduzido pela pianista e professora Karol Nascimento, ao lado de seus alunos. Outro equipamento público do GDF, o Complexo Cultural de Planaltina recebe no domingo, às 19h, shows dos grupos Cerradims e Fulô Malagueta como parte da programação do projeto Cerrado Cultural. O Cerradims é composto por Igu Malagueta e Gui Cerradim, e traz como proposta uma música inovadora inspirada no tropicalismo, manguebeat e raízes das culturas tradicionais do Norte e Nordeste. Já o Fulô Malagueta aposta no forró. A entrada é franca. Museu Parte do acervo do Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), que preserva a história da construção de Brasília, está disponível para apreciação no estande do equipamento público da Secec na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O evento ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães até domingo, com programação gratuita todos os dias, das 9h às 17h. O MVMC integra o espaço batizado de Rede de Ciência do DF, montado no Centro de Convenções. “Levamos parte do acervo fotográfico da construção da nova capital e da exposição Poeira, Lona e Concreto e das Oficinas do Saber Fazer, com artesanatos do bordado e crochê no lacre, além das gravuras do nossos alunos do projeto Gravura em Foco”, detalha a gerente do MVMC, Eliane Falcão. Participação do Museu Vivo da Memória Candanga na 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia | Foto: Divulgação Os vídeos da história do museu, os relatos históricos da construção da nova capital e a parte educativa completam as atrações do espaço do museu, que segue aberto para visitação de segunda a sábado, das 9h às 17h, no Setor Juscelino Kubitschek, no Núcleo Bandeirante. Com entrada gratuita, o Museu de Arte de Brasília está com cinco exposições em cartaz. Além da mostra do acervo com 150 obras dos séculos 18 ao 21, estão disponíveis para visitação A Verdade, com fotos do 8 de janeiro feitas por Gabriela Biló; O Fio que Conecta, de Isabella Despujols, com telas bordadas inspiradas na arte cinética venezuelana; Além dos Limites, de Ricardo Stumm, com peças de bronze, vidro, fotografias e gravuras sobre os 30 anos de carreira, e 195 Anos de Relações Diplomáticas Brasil – Rússia, organizada pela Embaixada da Rússia no Brasil. Funciona sexta, sábado e domingo, das 10h às 19h. Teatro Esse fim de semana será o primeiro da 24ª edição do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Na ocasião serão exibidos os espetáculos Atos de Leitura, do Teatro do Concreto, sexta-feira e no sábado, às 20h; e Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes, da Cia Dos À Deux, com sessões sábado, às 20h, e domingo, às 17h e às 20h. O Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) recebe o espetáculo Memória de Árvore, com sessões sábado, às 11h e às 16h, e domingo, às 11h. Direcionado para crianças de 4 a 6 anos, a peça aborda a conexão entre humanos e a natureza, especialmente as árvores. O ingresso custa R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30 (inteira) e pode ser adquirido pelo site Sympla. Pessoas com deficiência visual e acompanhante têm direito a ingresso gratuito para as sessões de sábado, que contam com audiodescrição. Espetáculo ‘Memória de Árvore’ estará no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) | Foto: Divulgação Já no domingo), às 16h, o espaço tem a encenação do espetáculo Violetas da Aurora, o Encontro. A peça é do Coletivo Violetas da Aurora, grupo circense de Recife (PE). Na montagem, a celebração da união de quatro palhaças Dona Pequena (Ana Nogueira), Uruba (Fabiana Pirro), Maroca (Mayra Waquim) e Sema Roza Madalena (Silvia Góes) no picadeiro. A apresentação única será no Teatro Galpão Hugo Rodas e tem classificação indicativa livre. Quem for assistir pode fazer uma colaboração espontânea no chapéu, pagando o quanto puder e quiser. Cinema Desta sexta a domingo, o Cine Brasília (106/107 Sul) exibe os filmes A Viagem do Príncipe (10h), Calamidade: A Infância de Martha Jane Cannary (14h), Nosso Sonho (16h), Meu Nome é Gal (18h20) e Deserto Estrangeiro + Elas por Elas (20h40). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A grande novidade em cartaz é o filme Elas por Elas, que entrou no Cine Brasília na última quinta-feira (19). Composta por sete contos, a antologia conta com a direção de sete diretoras e é estrelada por sete renomadas atrizes: Anne Watanabe, Cara Delevingne, Eva Longoria, Jacqueline Fernandez, Jennifer Hudson, Marcia Gay Harden e Margherita Buy. Filmada em quatro países, a produção celebra a diversidade e o talento feminino na indústria cinematográfica, tendo como objetivo transmitir uma mensagem poderosa de empoderamento e união feminina. O filme foi indicado ao Oscar 2023 na categoria Melhor Canção Original com a música-tema Applause, escrita por Diane Warren e interpretada pela cantora Sofia Carson.
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Hoje é dia de alegria! Veja programação para os pequenos do DF
O Dia das Crianças, celebrado nesta quinta-feira (12), está repleto de opções de lazer para os pequenos. Nos equipamentos geridos pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e em outros espaços, haverá oficinas e espetáculos direcionados aos pequenos, sessões de cinema especiais, atividades guiadas e muito mais. O dia é uma ótima oportunidade para sair da mesmice e produzir momentos memoráveis para as crianças. “É na infância que desenvolvemos diversas capacidades importantes para o autoconhecimento e a vida em sociedade. E hoje sabemos que a arte e a cultura são fundamentais para a formação integral do indivíduo. Portanto, mais do que apenas uma opção de lazer, o acesso à cultura é uma forma de aprendizado e de um crescimento saudável”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “Convidamos a todos para prestigiar os equipamentos culturais neste feriado”, ressalta. Cinema e oficinas Durante o mês, são duas sessões infantis diárias, às 10h e às 14h | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Cine Brasília pensou em uma programação especial para os pequenos que gostam da sétima arte. Durante todo o mês de outubro, serão exibidas 12 obras infantis, entre estreias, filmes que retornam à grade e uma série que exalta a cultura brasileira. Serão duas sessões infantis diárias, às 10h e às 14h. O ingresso inteiro custa R$ 20, e a meia entrada, R$ 10. O Centro Cultural Três Poderes e o Espaço Oscar Niemeyer oferecem visitas mediadas para a criançada e suas famílias no dia 12, às 11h e às 15h, na Praça dos Três Poderes. Os visitantes serão acompanhados por educadores e poderão conhecer também os equipamentos próximos ao local: Museu da Cidade, Espaço Lúcio Costa, Panteão da Pátria e Espaço Oscar Niemeyer. No Memorial dos Povos Indígenas, será realizado o evento Toda Criança é Indígena, das 9h às 12h. Os pequenos vão poder conhecer brincadeiras e histórias dos povos tradicionais. O espaço também estará aberto para visitação no dia 12 até as 17h. Outros equipamentos de cultura estarão de portas abertas para as famílias: o Museu de Arte de Brasília funcionará das 10h às 19h; a Concha Acústica, das 9h às 18h; e o Museu do Catetinho, das 9h às 17h. A Casa do Cantador receberá a Batalha do Cantador, às 19h, que é aberta ao público. Para todo mundo O Espaço Cultural Renato Russo preparou um dia inteiro dedicado à cultura, diversão, aprendizado e inclusão. Às 11h, ocorre o Curta Cinema com obras adaptadas para crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Depois, às 15h, a magia continua com contação de história O Jaraguá, um conto sobre um bicho esquisito que adora dançar com crianças e ensinar a cuidar da natureza. Às 17h, a criançada vai se divertir com O Grande Circo dos Irmãos Saúde, um espetáculo do Circo Teatro Artetude. Para encerrar, ocorre um show de truques e trapalhadas do Palhágico Chouchou, às 18h. Além disso, durante toda a tarde, serão realizadas oficinas de palhaçaria, bambolê, perna de pau, malabares e acrobacia de solo. A classificação é livre e a entrada é gratuita para todos os espetáculos e atividades. Confira a programação: 11h – Curta Cinema – Sessão Infantil de curtas adaptada para pessoas com TEA (Sala Marco Antônio Guimarães) Oficinas ? 14h às 16h – Palhaçaria (Sala Aquário) ? 14h às 17h – Bambolê (Praça Central) ? 14h às 17h – Perna de pau (Galpão das Artes) ? 14h30 às 17h – Malabares (Galpão das Artes) ? 14h30 às 17h – Acrobacia de solo (Galpão das Artes) Espetáculos ? 15h – Contação de história – O Jaraguá (Sala Multiuso) ? 17h – O Grande Circo dos Irmãos Saúde (Teatro Galpão Hugo Rodas) ? 18h – Palhágico Chouchou (Sala Marco Antônio Guimarães) Mundo dos astros e dos animais Programação especial no Planetário de Brasília oferta 25 vagas a serem preenchidas por ordem de chegada | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O Planetário de Brasília terá uma programação especial para o Dia das Crianças. A partir de 9h30, haverá a oficina Pintando os Planetas, dirigida aos pequenos de 6 a 8 anos. São 25 vagas preenchidas por ordem de chegada. A partir das 14h30, ocorre a oficina do carrinho foguete, com 25 vagas para a criançada de 8 a 12 anos – também preenchidas por ordem de chegada. Para participar, basta levar duas garrafas de refrigerante de dois litros iguais e montar o foguete com a orientação da equipe. As crianças também poderão participar das sessões e conhecer o acervo do Planetário, além de pintura de rosto no ônibus da Reciclotech. O Zoo vai funcionar normalmente durante o feriado, das 8h30 às 17h, com venda de ingressos até as 16h | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Na Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), a criançada poderá aprender mais sobre o mundo animal. A programação, celebrada com apoio do Sesc, terá apresentações teatrais, atividades recreativas, pintura de rosto e brinquedos infláveis, além das tradicionais atividades de educação ambiental. O Zoo vai funcionar normalmente durante o feriado, das 8h30 às 17h, com venda de ingressos até as 16h. O pagamento pode ser feito somente em dinheiro e cartão de débito. A inteira custa R$ 10, e a meia, R$ 5. No Jardim Botânico de Brasília (JBB), as crianças poderão aprender a sustentabilidade do Cerrado, a partir das 9h30. A atividade é promovida pelo Instituto Ser Criança. Diversão gratuita O PicniK realiza uma edição especial nesta quinta-feira, das 13h às 23h, no Estacionamento 12 do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, com atividades para crianças e adultos. Os atrativos incluem os tradicionais Mercadinho de Arte, Moda e Design, Feira de Vinil e Feirão de Bikes, além do espetáculo Vida Viva de um Palhaço, com o Mandioca Frita, a banda argentina Onda Vaga, e mais. A entrada é gratuita até as 16h. Após, é necessária a colaboração com 1 kg de alimento não perecível. O Sesi Lab também preparou uma programação para a garotada com espetáculos, jogos e oficinas no museu 100% interativo. As atividades serão das 10h às 19h nesta quinta-feira (12), no sábado (14) e no domingo (15). Já na sexta-feira (13) o funcionamento será das 9h às 18h. Para participar é necessário emitir ingressos, gratuitos, no site do museu ou na bilheteria física. Com o ticket, também é possível conhecer as galerias interativas e a exposição temporária Trabalhadores, de Sebastião Salgado. As atividades estão sujeitas à lotação. Quinta-feira (12) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Canções de Makuru ? 14h às 15h – Oficina Ora, bolhas! ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 16h às 17h – Jogo Caça ao Conhecimento Sexta-feira (13) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Canções de Makuru ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 15h às 17h – Oficina Ecossistemas da imagem, com Samanta Ortega ?Sábado (14) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Benedito, abençoado e bendizido ? 11h às 13h – Oficina Ecossistemas da Imagem, com Samantha Ortega ? 13h30 às 15h30 – Oficina Observando o eclipse solar ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 15h às 17h – Oficina Lanterna Mágica ? 15h às 17h – Sessão de cinema Brichos 3 – Megavírus Domingo (15) ? 11h às 12h30 – Espetáculo teatral Benedito, abençoado e bendizido ? 15h às 16h30 – Oficina circense, com o grupo Delírio Circense ? 15h às 17h – Sessão de cinema Brichos 3 – Megavírus Descanso ao ar livre [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Se a vontade da criançada for dar um mergulho, não faltam opções. O Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, oferece imersão na natureza e piscinas de água corrente, além de área para piqueniques. A entrada de visitantes é aberta das 6h às 16h, sendo que os portões podem fechar mais cedo se o local atingir a lotação máxima de 1.500 pessoas. As piscinas funcionam até as 17h. A entrada custa R$ 16 para brasileiros de 12 a 59 anos e é gratuita para crianças até 11 anos e idosos acima de 60 anos. Do público internacional é cobrado o valor de R$ 32. Outra alternativa é ir a alguma das cachoeiras do Distrito Federal. O Salto do Tororó, por exemplo, fica a 30 km de Brasília, próximo às regiões do Jardim Botânico, Santa Maria e São Sebastião. O acesso à cachoeira é feito por uma estrada de terra a partir da rodovia DF-140, sendo que o último ponto até o qual é possível ir de carro é um estacionamento, localizado em uma área privada – pode haver cobrança de taxa. Depois, há uma trilha de cerca de 2 km, com alguns pontos íngremes, mas considerada de nível iniciante. A cachoeira tem 18 metros de altura e é cercada pelo bioma Cerrado. Já para aqueles que desejam assistir ao pôr do sol, curtir a natureza e, quem sabe, fazer um piquenique, todas unidades de conservação estarão de portas abertas. Os parques abrem todos os dias. Veja os horários de funcionamento: ? Parque Ecológico do Anfiteatro Natural do Lago Sul: 6h às 18h; ? Parque Ecológico de Águas Claras: 5h às 22h; ? Parque Ecológico Areal: 6h às 18h; ? Parque Ecológico da Asa Sul: 6h às 20h; ? Parque Distrital das Copaíbas: 8h às 18h; ? Parque Ecológico Cortado: 6h às 20h; ? Monumento Natural Dom Bosco: 6h às 20h; ? Parque Ecológico Ezechias Heringer: 6h às 22h; ? Parque Recreativo do Gama: 6h às 18h; ? Parque Ecológico do Lago Norte: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Olhos D’água: portão principal das 5h30 às 20h, e portões laterais das 6h às 18h; ? Parque Ecológico do Paranoá: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Península Sul: 6h às 22h; ? Parque Ecológico do Riacho Fundo: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Saburo Onoyama: 6h às 18h; ? Parque Ecológico Sucupira: 6h às 20h; ? Parque Ecológico Três Meninas: 7h às 18h; ? Parque Ecológico Veredinha: 6h às 22h. ? *Colaborou Jak Spies
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#TBT: Casa do Cantador, a cultura nordestina no Planalto Central
Dizem que o famoso hino sertanejo Asa Branca, de Luiz Gonzaga, serviu de inspiração para criação de um dos espaços culturais mais importantes do Distrito Federal. Único monumento de Oscar Niemeyer fora do Plano Piloto, a Casa do Cantador é palco de repentistas de viola, declamadores e emboladores de coco, bem como dos amantes da literatura de cordel. Na entrada, a estátua do Cantador Anônimo, do escultor cearense Alberto Porfírio, representando a paixão do povo pela música, recebe os visitantes | Fotos: Arquivo Público do DF Conhecido como Palácio da Poesia, o espaço cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF foi inaugurado em 9 de novembro de 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, o maior reduto de nordestinos no Distrito Federal. Assim, os cantadores, repentistas e poetas da época, que ocupavam a famosa Caixa d’Água e a Feira Central de Ceilândia, ganharam um lugar para a arte. A Casa do Cantador foi inaugurada em 9 de novembro de 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, o maior reduto de nordestinos no Distrito Federal Palco de grandes manifestações, a exemplo dos festivais Nacional e Regional de Cantadores Repentistas, os encontros dos forrozeiros do DF, as feiras de arte e cultura da Ceilândia, entre outros, receberam artistas renomados como Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Xangai, Dona Lia de Itamaracá, Irmãs Galvão, Zé Mulato e Cassiano, Jackson Antunes e Zeca Baleiro, além dos mais importantes repentistas do nordeste brasileiro. “Me lembro que, nos anos 90, morava no Nordeste e chegava a passar um mês na Casa do Cantador. Na época, agendávamos as cantorias, íamos às rádios para divulgar e os nordestinos iam nos assistir. Ficávamos hospedados lá mesmo; era, além de espaço cultural, um local de apoio com nove quartos que serviam de alojamento para os repentistas e artistas da época”, relembra Manoel de Sousa Rodrigues, radialista, poeta e cordelista que, mais conhecido como Zé do Cerrado, hoje é o gerente da Casa do Cantador. Os cômodos eram utilizados por repentistas que passavam por Brasília em visitas ou temporadas de trabalho. Em vez de pagar hotéis na cidade, os músicos utilizavam os espaços da Casa. Hoje, o mesmo estabelecimento que dá espaço ao repente, ao forró e à literatura de cordel recebe também eventos de arte urbana, como o encontro de jovens que se unem para fazer batalhas de rimas Espaço de todos Logo na entrada, quem recebe os visitantes é a estátua do Cantador Anônimo, do escultor cearense Alberto Porfírio, representando a paixão do povo pela música. Uma cordelteca de João Melchíades Ferreira, dotada de acervo de 1.200 cordéis e livros, está disponível para a comunidade, assim como salas multiúso e anfiteatro. “A Casa do Cantador reforça a pluralidade cultural e é um ponto de referência de arte em Ceilândia. A cidade tem um movimento artístico forte, e a nossa missão enquanto secretaria é promover a democratização dos espaços. Hoje, a casa é um espaço que agrega todos os movimentos, vem nessa pegada de descentralização da cultura e faz com que a arte chegue às outras regiões administrativas”, destaca a secretária adjunta de Cultura e Economia Criativa, Patrícia Paraguassu. Atualmente, o mesmo estabelecimento que dá espaço ao repente, ao forró e à literatura de cordel recebe também eventos de arte urbana, de rap, como o encontro de jovens que se unem para fazer batalhas de rimas na casa. Além das apresentações musicais, a instituição oferece cursos gratuitos de música para jovens. Patrícia Assis, que hoje trabalha com o Projeto Arte Jovem, relembra a infância quando visualiza o espaço como um local mágico | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para Zé do Cerrado, a casa tem uma alma caipira e repentista, mas hoje comporta todos os segmentos. “Abrigamos o Projeto Arte Jovem, que movimenta a casa nas segundas, quartas e sextas. No primeiro dia, também se reúne o Coral para a Melhor Idade e são ministradas as aulas de ginástica. Os recursos do FAC [Fundo de Apoio à Cultura] movimentam nosso espaço, e recebemos desde orquestra, rap, ao sertanejo e pagode. Estamos abertos para todos os tipos de atividades”, completa o gerente. A moradora de Ceilândia Patrícia Assis, 48 anos, que hoje trabalha com o Projeto Arte Jovem, relembra a infância quando visualiza o espaço como um local mágico. “Quando morava em Ceilândia, eu tinha cinco anos, e meus pais trabalhavam aqui na Feira da Guariroba [que funciona ao lado], então eu via tudo acontecer. Cresci frequentando as festas juninas e os eventos de repentistas. A casa faz parte da minha infância; meu sonho era percorrer correndo essas estruturas aqui”, relata. Patrícia se refere aos arcos que compõem a fachada do espaço cultural. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo ela, em uma de suas viagens para o Nordeste, quando informou que morava em Brasília a um grupo de cantadores repentistas, logo associaram a capital federal à Casa do Cantador. “É uma referência de cultura; as pessoas lembram do espaço e, para nós ceilandenses, é um orgulho muito grande, é nossa alegria”, completa, orgulhosa. Como ter acesso Localizada na QNN 32, a Casa do Cantador tem entrada gratuita e horário de visitação de segunda a sexta-feira das 9h às 18h (nos dias de eventos noturnos, abre conforme horário da programação). Grupos escolares e turistas têm à disposição visitas guiadas. A biblioteca com um vasto acervo de literatura de cordel, possuindo também clássicos da literatura brasileira, em especial de autores nordestinos, e é aberta ao público no mesmo horário de funcionamento do espaço.
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Arraiá, Chico César e mais na programação cultural do fim de semana
O fim de semana está repleto de opções de lazer e cultura para o brasiliense se divertir. Além de exposições fotográficas e peças teatrais e cinema tradicionalmente oferecidos pelos equipamentos públicos do Distrito Federal, o destaque vai para a terceira edição do festival Canto a Canto, na Casa do Cantador, e para o Arraiá Chapéu de Palha, um dos maiores festivais de quadrilhas do quadradinho. Arte: Divulgação De sexta-feira (22) a domingo (24), o DF vai receber um dos maiores festivais de quadrilhas. O Arraiá Chapéu de Palha vai reunir o melhor dos festivais juninos na capital federal. O evento será no estacionamento do Estádio Bezerrão, no Gama, com entrada social mediante doação de 1 kg de alimento não perecível. A programação do arraiá está repleta de atrações para todos os públicos, com bandas, cantores, exposições e apresentações de quadrilhas juninas do DF e de Goiás. Para conferir o cronograma completo do evento, acesse a página oficial nas redes sociais. O festival Canto a Canto ocorre neste sábado (23), a partir das 16h. A atração principal será o paraibano Chico César. O artista é um símbolo da música brasileira mundo afora e traz a Brasília várias influências e diferentes estilos. O evento será na Casa do Cantador, em Ceilândia, com entrada gratuita. O filme ‘Oldboy’ está em cartaz no Cine Brasília, com sessões às 14h30 | Foto: Divulgação/Cine Brasília Para quem quer uma alternativa mais tranquila, o Cine Brasília é uma excelente pedida. Oldboy, aclamado filme de 2003 que abriu para o mundo a riqueza da cultura sul-coreana, dirigido por Park Chan-wook, está de volta às telas de cinemas em todo o Brasil e o Cine Brasília é uma das casas a exibir a obra em uma versão remasterizada em 4K para celebrar os 20 anos de seu lançamento. O filme fica em cartaz até 29 de setembro com sessões às 14h30. Já no Espaço Cultural Renato Russo, o brasiliense pode conferir a exposição Pele, Barro, Pedra, Grafite, Rio, que apresenta exposições individuais simultâneas de cinco artistas. As exposições destacam a importância da materialidade nas pesquisas das artistas, cada uma delas com abordagens poéticas e trajetórias distintas. A classificação é livre e a entrada, gratuita. No Espaço Cultural Renato Russo, a exposição ‘Pele, Barro, Pedra, Grafite, Rio’ tem entrada gratuita | Foto: Divulgação Em nome da diversidade, a Frente Bissexual Brasileira promove o 1º Encontro Nacional do Movimento Bissexual Brasileiro. O evento tem como objetivo ampliar as articulações organizadas das comunidades monodissidentes e em especial da bissexual. Sobre o tema, o grupo promoveu uma exposição gráfica, até 30 de setembro, das 10h às 20h no mezanino da praça central do Espaço Cultural Renato Russo. A entrada é gratuita.
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Teatro recebe R$ 20 milhões do GDF em quatro anos
Nesta terça-feira (19) é comemorado o Dia Nacional do Teatro, data que homenageia uma das manifestações artísticas mais antigas do mundo. Nos últimos quatro anos, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu mais de R$ 20 milhões em diversos espaços públicos que abrigam a arte. De acordo com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a pasta é responsável pela gestão de 13 equipamentos públicos (espaços culturais) que estão aptos para receber apresentações cênicas no DF. Entre eles estão palcos tradicionais na região central como o Cine Brasília, o Complexo Cultural Renato Russo, o Eixo Cultural Iberoamericano e locais responsáveis por descentralizar a arte, como os Complexos Culturais de Planaltina e Samambaia e a Casa do Cantador, em Ceilândia. Projetos da Secretaria de Cultura levam o teatro para locais como escolas | Foto: Arquivo/Agência Brasília O subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Felipe Ramon, afirma que “existe a previsão de ampliação da acessibilidade do público e da oferta de espetáculos teatrais dentro dos equipamentos da Secretaria de Cultura.” R$ 2 milhões via FAC Programas como o Fundo Nacional da Cultura (FAC) e a Lei de Incentivo à Cultura (LIC) são importantes instrumentos de fomento ao teatro na capital federal | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O fomento à expressão artística pelo GDF vai além dos espaços públicos e também envolve o investimento em projetos teatrais por meio de R$ 2 milhões do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do DF, que leva o teatro de forma gratuita para a população, por meio de apresentações nos equipamentos públicos, nas escolas e até mesmo nas ruas. “A política para teatro, pelo FAC, é via editais públicos. Lançamos o edital com várias categorias e os artistas viram proponentes de propostas de todas as linguagens artísticas, muitas delas de teatro. Então, existem linhas que são direcionadas para o teatro e projetos livres também na área. Tudo vai depender de como o agente cultural se inscreve. Esse ano estão disponibilizados, até o momento, R$ 2 milhões para contemplar o teatro em dois módulos diferentes do FAC”, explica Cecília Carvalho, coordenadora do fundo de apoio da Secec. O FAC é o principal instrumento de fomento às atividades artísticas e culturais da Secec, que oferece apoio financeiro para projetos selecionados por editais públicos. A principal fonte de recursos do fundo consiste em 0,3% da receita corrente líquida do GDF. [Olho texto=”“Temos vários mecanismos de fomento no DF que permitem que a cultura permaneça como atividade além do entretenimento, como economia criativa que gera emprego e renda”” assinatura=”Arthur Cavalcante, ator e produtor cultural” esquerda_direita_centro=”direita”] Produtor e ator de teatro há 25 anos, Arthur Cavalcante é um apaixonado pela arte e destaca a importância do fomento para a classe artística e para a população. “O FAC é referência para o Brasil e precisa ser louvado, é um grande fomento para a cultura do DF. Temos o edital de fluxo contínuo, que permite que a cultura do DF saia para outros lugares. Além disso, temos a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), que é muito interessante. Então, temos vários mecanismos de fomento no DF que permitem que a cultura permaneça como atividade além do entretenimento, como economia criativa que gera emprego e renda”, comemora Cavalcante. O Programa Conexão Cultura DF é voltado à promoção e difusão da arte e cultura produzida no quadradinho e também engloba o teatro. “As vagas podem abranger manutenção dos grupos, circulação externa de projetos locais para fora do DF, qualificação e formação daqueles que trabalham com o teatro e do público em geral. Também estão inclusos montagem de espetáculos, figurinos e cenografia”, diz a diretora de Implementação e Fomento de Modalidades Culturais da Secec, Suzana de Bortoli. Espaço para crescer [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Arthur Cavalcante acredita que Brasília é reconhecida nacionalmente por ser um celeiro de produção teatral e que a arte ainda tem um amplo espaço para crescer na cidade. “Temos uma cena efervescente, que cada vez mais está se consolidando com grupos e artistas. Sinto que temos a liberdade de criar e conceber formas diferentes de produção e ainda muito espaço para crescer, com um público que entende o valor da arte de Brasília”, acredita o ator e produtor. Para ampliar ainda mais as manifestações artísticas de Brasília, o GDF está reformando o Teatro Nacional Claudio Santoro (TNCS), com investimentos de R$ 60 milhões. A primeira etapa da obra consiste na construção da infraestrutura para atender às normas vigentes, com duas novas saídas de emergência e um reservatório de incêndio, e no restauro da Sala Martins Pena e da fachada marcante do teatro. Com a reforma, a capacidade da sala, inclusive, será ampliada de 407 para 497 espectadores. A reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro receberá investimento de R$ 60 milhões | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O Teatro Nacional foi projetado por Oscar Niemeyer em 1958 para ser o principal equipamento cultural da nova capital do Brasil. Foi chamado inicialmente de Teatro Nacional de Brasília, mas, a partir de 1989, mudou de nome em homenagem ao maestro e compositor que fundou a orquestra sinfônica do Teatro.
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Orquestra Sanfônica de Brasília estreia em Ceilândia
O fole vai roncar na Casa do Cantador. Neste final de semana, o espaço ceilandense será o palco de estreia da Orquestra Sanfônica de Brasília. O grupo comandado pelo Mestre Sivuquinha de Brasília fará duas apresentações, no sábado (10) e no domingo (11). O repertório do show trará composições do multi-instrumentista, além de clássicos do cancioneiro popular brasileiro e do forró. A entrada é gratuita, com classificação indicativa livre. Formação musical surgiu a partir de um chamamento público divulgado pela Secec | Foto: Divulgação/Davi Mello/Pareia Comunicação e Cultura ?A Orquestra Sanfônica é composta por 13 instrumentistas com diferentes níveis de experiência. O grupo foi formado a partir de um chamamento público que selecionou interessados em participar do Curso Livre de Sanfona, em 2022. O projeto recebeu R$ 60 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), recursos utilizados para oferecer o curso gratuitamente. Durante oito meses, homens e mulheres de idades variadas receberam aulas semanais gratuitas ministradas por Sivuquinha, com a ajuda do instrumentista Daniel Pitanga. ?“Alguns já tocavam há tempos; outros tiveram o primeiro contato com o instrumento durante o curso”, conta Daniel. “Começamos com 20 alunos e terminamos a capacitação com 11. A sanfona exige muita dedicação, e alguns não conseguiram manter uma rotina de estudo.” ?As apresentações de estreia da Orquestra Sanfônica de Brasília serão abertas pelas orquestras Roda de Viola e Rabecas do Cerrado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?Quem é Sivuquinha? ?Sanfoneiro, pianista, compositor, banjoísta… O multitalentoso Gonçalo Aquino Cardoso, conhecido como Sivuquinha de Brasília, tem mais de 50 anos de carreira artística. Nascido em uma tradicional família de músicos, o piauiense se tornou profissional aos 15 anos, quando tocava banjo e sanfona no Maranhão. ?Em Brasília desde 1974, Sivuquinha integrou o trio Estrela do Norte, junto aos seus irmãos Gregório e Joaquim. O instrumentista também já deu aulas na Escola de Música de Brasília e na Escola de Choro Raphael Rabello. ?Programação ? Sábado (10) 16h – Orquestra Roda de Viola 16h30 – Orquestra Sanfônica de Brasília ? Domingo (11) 16h – Orquestra de Rabecas do Cerrado 16h30 – Orquestra Sanfônica de Brasília Na Casa do Cantador – QNN 32, Área Especial G, Ceilândia Entrada franca Classificação livre
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Punk rock e a cultura underground no palco da Casa do Cantador
Os sons do punk rock vão invadir a Casa do Cantador, em Ceilândia, nesta segunda-feira (1º), Dia do Trabalhador. Conhecido reduto da cultura nordestina, o local recebe pelo segundo ano consecutivo a Gig Hardcore/Punk, só com bandas do DF. ‘Gig’ significa um rolê menor, mas não menos agitado. O evento começa às 16h, com a participação de cinco bandas desse gênero musical. Organizador do evento e vocalista da banda Os Maltrapilhos, Marcio Vinicius Santos lembra que faz muito bem a Ceilândia receber shows com uma “pegada” diferente. “A gente sabe que a cidade é adepta do forró, além de rap e samba. Então, pra gente é prazeroso levar o punk rock e o hardcore para o público que curte”, observa ele, morador da região há quatro décadas. Marcio conta que, já no ano passado, o encontro das bandas – vindas de lugares como Recanto das Emas e Santa Maria – foi bem alto-astral ,e este ano será reforçado com a turma do Galinha Preta. “Este ano vamos engrossar o caldo com o Galinha Preta, que é o maior representante do gênero aqui no DF”, diz. A banda Galinha Preta é uma das atrações da Gig Hardcore/Punk | Foto: Divulgação/Cadu Andrade Música de trabalho será tocada A temática da melhoria das condições de trabalho, da luta dos profissionais por mais dignidade no ofício do dia a dia também será cantada e falada no feriado do Dia do Trabalhador. “Temos 20 anos de estrada, e um dos nossos clássicos é justamente Música de Trabalho, que fala: ‘vai trabalhar, vagabundo, e lutar por um mundo melhor’”, ressalta o baixista do Galinha Preta, Bruno Tartalho. O grupo já se apresentou no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e abriu show recente para o consagrado Raimundos, de Digão & cia. A banda Maltrapilhos é outro destaque no evento na Casa do Cantador | Foto: Divulgação/Joelma Antunes Além deles, os conjuntos Terror Revolucionário, Crushed Bones e Desonra, nomes conhecidos da cultura underground local, também subirão ao palco da Casa do Cantador. Pelo segundo ano seguido, o equipamento é cedido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para as apresentações. Serviço Gig/Hardcore Punk no Dia do Trabalhador – Data e hora: segunda (1º), a partir das 16h – Local: Casa do Cantador, em Ceilândia (QNN 32, Ceilândia Sul) – Atrações: bandas Galinha Preta, Os Maltrapilhos, Terror Revolucionário, Crushed Bones e Desonra – Entrada franca.
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Confira programas culturais deste fim de semana na capital e no Entorno
Para os que não querem ficar de olho na telinha assistindo aos jogos da Copa do Mundo, há boas opções culturais neste fim de semana na capital. São programas para animar todas as faixas etárias, passando por espetáculo de balé, apresentações de chorinho e de forró ou a oportunidade de assistir filmes de temáticas indígenas. Para quem ainda não foi prestigiar, este é o último fim de semana do 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena. Iniciado no último dia 2, a mostra reuniu 45 filmes, que retratam mais de 35 povos das cinco regiões do país. A entrada é franca e está aí a chance de admirar o audiovisual dos povos originários do nosso país. As sessões são às 14h, 16h e 20h. No domingo, encerrando o festival, será exibido A Última Floresta, do premiado diretor Luiz Bolognesi. Até domingo (11), o Cine Brasília apresenta filmes do 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena | Foto: Hugo Lira Completando 14 anos no próximo dia 12, a aniversariante Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), no Eixo Monumental, terá uma programação especial para seus frequentadores. Na agenda, estão um espetáculo de balé com o grupo Bailarina Por que Não e uma apresentação de chorinho para animar a tarde. Em alusão ao Dia Nacional do Forró, comemorado no próximo dia 13, a Casa do Cantador recebe no sábado (10) e domingo (11) o Encontro dos Forrozeiros do DF e Entorno. Quarenta e oito trios de forrozeiros – representantes no Distrito Federal da cultura popular nordestina – se revezarão no palco. A expectativa é grande já que os músicos retomam o festival após dois anos de isolamento ocasionado pela pandemia da covid-19. E o pé de serra começa cedo: a partir das 10h. A entrada é gratuita. Confira as atrações do fim de semana: Encontro dos Forrozeiros do DF e Entorno Sábado (10) e domingo (11) Local: Casa do Cantador de Ceilândia Horário: 10h às 23h Entrada gratuita. Festival de Cinema e Cultura Indígena Local: Cine Brasília Sábado (10) – sessões às 14h, 16h e 20h Domingo (11) – sessões às 14h e 16h Entrada gratuita. Aniversário de 14 anos da BNB Local: Biblioteca Nacional de Brasília Domingo (11), às 11h: Apresentação do grupo de balé Bailarinas Por que Não, com o balé Um Sonho de Natal Domingo (11), a partir das 16h: Apresentação do grupo regional de choro Entre Eixos e sarau de contação de histórias com a Associação Amigos das Histórias. Peça teatral Sangue no Olho Local: Complexo Cultural de Planaltina Sessões de sexta feira (9) a domingo (11), sempre às 19h Classificação: 14 anos Entrada gratuita. Curso Introdução ao Desenho Local: Museu de Arte de Brasília (MAB) Sábado (10), das 9h às 13h Participação gratuita.
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Casa do Cantador recebe o Encontro dos Forrozeiros do DF e Entorno
Comemorado em 13 de dezembro – data do aniversário do compositor Luiz Gonzaga, que morreu em 1989 – o Dia Nacional do Forró começa a ser festejado mais cedo pela Casa do Cantador, que programou espetáculos presenciais, trios de forrozeiros raiz e muita sanfona para este fim de semana (10 e 11). A data marca o título de Patrimônio Imaterial Brasileiro conferido a esse gênero musical de tão longo alcance. A Casa do Cantador, em Ceilândia, é referência em forró e outras manifestações da rica cultura nordestina | Foto: Arquivo/Agência Brasília Gratuito, o evento é patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Estão confirmados 48 trios de forrozeiros que preservam a cultura popular nordestina no DF e Entorno, com diversão para todas as idades. “Cada trio que se apresentará nesse encontro tem uma longa estrada e batalha para perpetuar o forró raiz entre as novas gerações”, afirma o presidente da Associação dos Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró-DF), Marques Célio. “É uma alegria poder celebrar o título que o forró recebeu.” Maratona musical Esta é a 12ª edição do tradicional encontro, que tem muita história para contar. Palco da festividade, a Casa do Cantador é o lugar mais adequado para receber a nação forrozeira, tornando-se referência quando o assunto é a cultura nordestina e o orgulho das tradições. “O projeto Encontro dos Forrozeiros do DF e Entorno na Casa do Cantador foi aprovado em um edital de Ocupação de Espaços de 2019, que precisou suspender a data inicialmente prevista em razão da pandemia. Ver um evento de forró acontecer em um momento de retomada, na Região Administrativa de Ceilândia, é muito significativo, considerando a contribuição do povo nordestino para a composição da identidade cultural do DF”, afirma a subsecretária substituta de Fomento e Incentivo Cultural da Secec, Mariana Resende A maratona começa no sábado, com 18 horas de forró e um elenco de peso. Entre os destaques estão Forrozeiros do Nordeste, Sacode Brasil, Anastácio Oliveira e Trio Forró pra Nóis. Também fazem parte da festa o Trio Fortaleza, Os Cabras do Nordeste, Trio Cariri, Duda Pinheiro e Forró Maneiro. Já no domingo, o evento continua com o Baixinho do Acordeom e Trio, Trio Raimundo do Forró, Os Três do Forró e Trio Campo Alegre, entre outros. Serviço Encontro dos Forrozeiros do DF e Entorno na Cidade de Ceilândia ? Sábado (10) e domingo (11), das 10h às 23h, na Casa do Cantador de Ceilândia. Classificação indicativa livre. Entrada gratuita.
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Tardezinha do Samba retoma formato presencial
Após duas edições realizadas online devido à pandemia de covid-19, o festival Tardezinha do Samba volta ao formato presencial, com incentivo do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). A nova edição começa neste domingo (20) e vai até 4 de dezembro, na Casa do Cantador, em Ceilândia. Entre as atrações a serem apresentadas, está o show dos Filhos de Dona Maria | Fotos: Divulgação/Davi Mello “Aqui no DF temos algumas ações de samba que se limitam a roda e bares; as que são maiores não atingem os artistas da cidade como protagonistas”, avalia o coordenador do festival, Marcelo Café. “Então veio essa provocação. Queríamos promover a cultura na periferia, dar protagonismo aos artistas e grupos de samba e valorizar a cultura afro.” O evento comemora duas datas importantes no calendário: o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e o Dia do Samba (4 de dezembro). A nova edição terá shows musicais, apresentações poéticas, desfile e ações formativas. A cultura afro-brasileira e o samba são os temas que norteiam a programação. Atividades [Olho texto=”“Tivemos a preocupação de buscar atrações que tenham um papel de colaboração com a cidade e com a juventude. Queremos trazer esse lugar de empretecimento” ” assinatura=”Marcelo Café, organizador do festival” esquerda_direita_centro=”direita”] Na abertura, o festival terá um bate-papo com a cantora Cris Pereira, a ialorixá Mãe Dora de Oyá e as jornalistas Maitê Freitas e Cláudia Alexandre, ambas de São Paulo (SP), para debater o tema “Falando de sambas – de Tia Ciata aos dias atuais: as lições das mulheres para o samba”. Às 17h20, haverá desfile de moda afro com coleções de Lia Maria e Luanzi Luango. Os shows musicais começam às 19h, com apresentação dos grupos Nós Negras, Afoxé Ogum Pá, Jongo do Cerrado e Filhos de Dona, os cantores MC Estelar e Martinha do Coco e o DJ Savana. “Tivemos a preocupação de buscar atrações que tenham um papel de colaboração com a cidade e com a juventude, em que o trabalho tenha como foco o lado artístico e social, com discurso de empoderamento e valorização da cultura afro-brasileira”, define o coordenador do festival. “Queremos trazer esse lugar de empretecimento.” No dia 21, começa o ciclo formativo, com sete webinários a serem transmitidos pelo YouTube. As aulas seguem até 1º de dezembro. Entre os temas abordados nas formações, estão memória do samba, direitos autorais, mercado fonográfico e mercado de streaming. “Essa é a primeira vez que teremos a formação”, afirma Marcelo Café. “O FAC proporciona esse tipo de trabalho. Conseguir recursos é importante para promover outras formas de realizar o festival.” Em 2, 3 e 4 de dezembro, a Casa do Cantador volta a ter na programação Butiquim do Tardezinha, Cine Samba, Sambrincante, show variados e feira de arte e artesanato. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serviço – Tardezinha do Samba De domingo (20) a 4 de dezembro, na Casa do Cantador (Ceilândia). Entrada franca. Classificação indicativa livre. Ingressos neste link. Faça aqui sua inscrição para o ciclo formativo. Martinha do Coco fará o show de encerramento do primeiro dia do festival Programação ? Domingo (20) – homenagens ao Dia da Consciência Negra 15h às 17h: Bate papo com o tema “Falando de sambas – de Tia Ciata aos dias atuais: as lições das mulheres para o samba”. Com Cris Pereira, Mãe Dora de Oyá, Maitê Freitas (SP) e Cláudia Alexandre (SP). Mediação: Jackeline Silva 17h20: Desfile de moda afro. Coleções de Lia Maria e Luanzi Luango. Na sequência, shows musicais. 19h: Nós Negras 20h: Afoxé Ogum Pá 20h45: MC Estelar 21h: Jongo do Cerrado 22h: Filhos de Dona Maria 23h: Martinha do Coco Nos intervalos: DJ Savana ? Segunda-feira (21) a 1º/12 – ciclo formativo (online) ? Dia 21, das 19h30 às 21h30: Nossos passos vêm de longe: a memória do samba, com Jussara Sales ? Dia 23/, das 19h30 às 21h30: Introdução a políticas e instrumentos de captação de recursos públicos e privados, com Naiara Lira ? Dia 25, das 19h30 às 21h30: Direitos autorais no mercado da música, com Fernanda Audi (Ecad) ? Dia 29, das 16h às 18h: Planejamento artístico, com Julio Salinas ? Dia 30, das 16h às 18h: Noções de marketing digital e gestão de redes sociais para artistas e produtores, com Priscilla da Silva Rocha ? 1º/12 , das 16h às 18h: Mercado fonográfico, com Filipe Alemar ? 1º/12 , das 19h30 às 21h30: Mercado de streaming – distribuição digital e plataformas, com Priscilla da Silva Rocha ? 2, 3 e 4/12: Comemoração do Dia do Samba, com Butiquim do Tardezinha, shows variados, Cine Samba, Sambrincante e feira de arte e artesanato.
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Casa do Cantador recebe shows de rock e funk gratuitos neste sábado (6)
Brasília, 4 de agosto de 2022 – Os moradores de Ceilândia têm programação cultural garantida para este sábado (6). É que ocorre a última noite de shows do Circularte Festival, na Casa do Cantador, com apresentações da banda de rock autoral Barbarella B e da cantora de funk e rap Débora Glamurosa. A entrada é franca. O projeto ocorre desde fevereiro, com uma edição por mês e recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Diversos artistas locais já passaram pelo palco, entre eles o DJ Jamaika, o sambista Marcelo Café, a banda de rock Terno Elétrico, os grupos de forró Caco de Cuia e Fuzuê Candango, e o grupo de reggae Geração Roots. [Olho texto=”Inaugurada em 1986, a Casa do Cantador é referência em multiculturalidade e um dos mais importantes representantes da cultura nordestina na capital federal” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O vocalista e guitarrista da banda Barbarella B, Rodson Gomes, comenta a animação em embalar o público com composições autorais. “O palco da Casa do Cantador é um clássico na nossa cidade, onde artistas de todo o Brasil já passaram, desde aqueles que estão começando aos mais consagrados. Já tocamos lá algumas vezes e estamos muito empolgados com mais essa oportunidade”, celebra o músico. A cantora de funk e rap Débora Glamurosa preparou um repertório especial para a última edição do Circularte. “É meu primeiro show como artista principal, convidei a Tropa de Elite, que é um grupo de rap bem conhecido, e a cantora Beth Santos para participações ao vivo”, revela a moradora do Sol Nascente. Diversão e renda De acordo com o idealizador do Circularte, Sérgio Pereira, além de promover lazer e diversão à população, o evento gerou centenas de empregos diretos e indiretos. “Temos 20 pessoas na equipe de produção, mas muitas outras que participam vendendo arte, comida, bebidas. A ideia foi trazer entretenimento, sem discriminar estilo musical algum e gerar renda para toda a sociedade”, analisa o agente cultural. Inaugurada em 1986, a Casa do Cantador é referência em multiculturalidade e um dos mais importantes representantes da cultura nordestina na capital federal. “É uma instituição que recebe todos os nichos, desde aulas de forró, rodas de repente a eventos de videogame, porque estamos em uma região com grande miscigenação”, explica o radialista e repentista Zé do Cerrado, que atua como gerente cultural do local. “Estamos saindo de uma pandemia, em que muitas pessoas perderam emprego e se viram totalmente sem renda. A Casa do Cantador é um ponto atrativo e turístico, que fortalece nossa comunidade com esses eventos, em que as pessoas podem encontrar um ponto de virada para o próprio trabalho”, completa o administrador regional de Ceilândia, Claudio Ferreira. Serviço Circularte Festival Quando: Sábado (6/8), a partir de 20h Onde: Casa do Cantador – QNN 32, AE/ G, Ceilândia Sul – DF Entrada franca
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Orquestra sinfônica se apresenta em Ceilândia e Planaltina
Com entrada franca, as apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em maio dão continuidade aos Clássicos nas Cidades a partir desta terça-feira (3). No mês de abril, o projeto levou mais de 1,5 mil espectadores ao Complexo Cultural Samambaia, com sala lotada e cadeiras extras. O objetivo é circular a excelência da música clássica executada pelo conjunto instrumental da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para além do Plano Piloto, facilitando o acesso dos moradores aos concertos da sinfônica. A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) foi ao Complexo Cultural de Samambaia em abril, atraindo um público superior a 1.500 espectadores | Fotos: Marina Gadelha / Ascom Secec-DF A exceção é para o Concerto Espanhol, no dia 24, que volta ao Cine Brasília, às 20h, integrando a celebração do título Brasília Capital Ibero-americana das Culturas. Diversidade nas cidades O projeto Clássicos nas Cidades desta vez vai a Ceilândia (Casa do Cantador, dias 3 e 17, às 20h) e Planaltina (Complexo Cultural de Planaltina, dias 10 e 31, às 20h). “Em Samambaia, a receptividade do público superou as expectativas. As pessoas ficaram muito empolgadas com o repertório variado que abrangeu os clássicos universais, do cinema e da música brasileira. Houve um crescimento do público a cada nova apresentação”, comenta o regente Claudio Cohen. O compositor Diogo Carvalho, solista no Complexo Cultural de Planaltina, diz que o concerto será sobre músicas brasileiras e vai passear por gêneros como baião, bossa nova, samba, batucada, uma coisa meio seresta, valsa, choro… | Foto: Divulgação / Acervo Pessoal A abertura desta terça-feira (3), na Casa do Cantador, apresenta um programa diversificado que vai de Astor Piazzolla a George Gershwin, passando por Egberto Gismonti, Toquinho e Vinícius e Bach. No dia 10, a Orquestra segue para o Complexo Cultural de Planaltina (CCP), para executar Brahms, “Concerto de Aranjuez” (1939) e o “Concerto para Violão e Orquestra” (2011). Os dois últimos terão Diogo Carvalho como solista. Compositor, pesquisador, instrumentista e professor, Diogo Carvalho, nascido em São Paulo, detalha como será o “Concerto para Violão e Orquestra”. Ele conta que o concerto é sobre as músicas do Brasil. O compositor passeia por baião, tem bossa nova, samba, batucada, uma coisa meio seresta, valsa, choro… “Tem muito ritmo misturado e é um tipo de mistura típico dos concertos da música clássica, como Mozart, por exemplo. O público vai gostar muito porque vai reconhecer as partes. É um concerto para violão e orquestra, mas bem brasileiro. O violão participa muito como instrumento de ritmo”, explica. O solista destaca um dos clássicos do repertório de violão, o “Concerto de Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo. “É uma das peças mais famosas da história da música e também do violão. É linda, maravilhosa, com esse caráter espanhol bem profundo, uma peça lenta, com uma melodia incrível”. O violoncelista Francisco Orru diz que a 2ª Sinfonia de Brahms, a ser apresentada na programação, “é uma das preferidas pelas orquestras, comparável à ‘Sexta Sinfonia de Beethoven’ por seu clima pastoral (litúrgico) e seus temas marcantes” Brahms imperdível Violinista da OSTNCS desde 2017, Marcos Bastos ressalta que “a programação de maio está variada e bem acessível ao público, abrangendo desde os grandes mestres europeus até a música latina e brasileira, incluindo formações como metais e percussão, que é uma formação que não é tão comum, mas que tem um repertório muito interessante a ser explorado”. Ele chama atenção, como um dos pontos altos do mês, para a “2ª Sinfonia de Brahms” (1877), executada no dia 10, no CCP. Bastos se entusiasma com o projeto Clássicos nas Cidades: “É sempre um prazer executar música de concerto para os moradores de outras cidades, onde, talvez, por conta da distância do Cine Brasília e do Museu Nacional da República, o público não vá a concertos com frequência.” O violoncelista solista da OSTNCS, Francisco Orru, endossa a sugestão para a peça de Brahms: “É uma das preferidas pelas orquestras, comparável à ‘Sexta Sinfonia de Beethoven’ por seu clima pastoral (litúrgico) e seus temas marcantes. Os trabalhos de Brahms são extremamente bem-feitos sob o aspecto da técnica composicional e também um dos mais amados pelo público”. Noite ibero-americana No dia 24, às 20h, a Orquestra fará o “Concerto Espanhol”, no Cine Brasília, em razão de Brasília ser a Capital Ibero-americana das Culturas em 2022. A apresentação será dirigida pelo maestro convidado, Ignacio Garcia Vidal, que estará à frente da OSTNCS, com repertório que contempla importantes compositores espanhóis, como Joaquin Turina e Manuel de Falla. O título de capital Ibero-americana das Culturas é atribuído anualmente a uma das cidades que compõem a União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI). O encontro, que anualmente ocorre em Madri, escolhe as capitais que devem promover a diversidade cultural ibero-americana no ano seguinte. Programação maio Clássicos nas Cidades [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] – 3/5: Casa do Cantador Ceilândia, às 20h Maestro Claudio Cohen e Orquestra de Metais e Percussão Programa Aaron Copland – “Fanfarra para um Homem Comum” Fernando Morais – “Elegia e Villalobiana n.1” Astor Piazzolla – “Adios, Nonino” George Gershwin – “Bess, You is My Woman Now” Fernando Morais – “Itarata” Egberto Gismonti – “Sete Anéis” Toquinho e Vinícius – “Tarde em Itapoã” J.S.Bach. – “Now is our Savior Come” Anthony Holborne – “Três peças” Paul Dukas – “Fanfarra para Preceder La Peri” Augustin Lara- “Farolito” Armando Manzanero – “Somos Novios” Augustin Lara – “Granada” – 10/5: Complexo Cultural de Planaltina, às 20h Maestro Cláudio Cohen e Diogo Carvalho (solista) Programa Johannes Brahms – “Sinfonia n 2” Diogo Carvalho, compositor e solista – “Concerto para Violão e Orquestra” e “Concerto para Aranjuez”, de Joaquín Rodrigo – 17/5: Casa do Cantador Ceilândia, às 20h Maestro Cláudio Cohen e Orquestra de Cordas Programa: Edward Elgar – “Serenata” Edvard Grieg – “Suite Holberg” Alexandre Guerra – “Contos” – 31/5: Complexo Cultural de Planaltina, às 20h Maestro Claudio Cohen e OSTNCS Programa: L.v.Beethoven – “Sinfonia no.5” John Williams – “Star Wars” Suite Concerto Espanhol – 24/5: Cine Brasília, às 20h Maestro Ignacio Garcia Vidal, Mariola Membrives (soprano, solista) e Diogo Carvalho (solista violão) Programa: Joaquin Turina – “La Oración del Torero” Frederico Garcia Lorca, compilação de canções populares espanholas Manuel de Falla – “El amor Brujo” *Com informações da Secec-DF
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Casa do Cantador faz 35 anos e festeja exaltando o repente
“O repente é a cultura do cantador violeiro/ Saiu do anonimato que viveu o tempo inteiro/ Virou patrimônio agora para o povo brasileiro”. Como canta o artista paraibano Fenelon Dantas, o repente acaba de cruzar a fronteira que separa a prática popular de um povo da sua história oficial. A Casa do Cantador foi inaugurada em 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, e recentemente passou por reforma que custou mais de R$ 282 mil | Foto: Arquivo Agência Brasília Foi declarado patrimônio imaterial em 11 de novembro. Para celebrar o feito, a Casa do Cantador, em Ceilândia, promove um show neste sábado (27), às 20h. O evento é também uma comemoração aos 35 anos do espaço cultural, completados no último dia 9 de novembro. Sobem ao palco, além de Fenelon, Geraldo Amâncio (CE) e dois artistas nordestinos radicados em São Paulo – Pardal da Saudade e Azulão da Mata. A entrada é franca para 250 pessoas, por ordem de chegada e com exigência do cartão de vacinação completo, com transmissão também pelo canal da Casa do Cantador no YouTube. [Olho texto=”“A Casa do Cantador é uma joia que une mundos. Os cantos do Nordeste com os desse sertão profundo, cravado no meio do Brasil”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), a Casa do Cantador volta a funcionar depois de uma reforma executada em 45 dias, com investimento de mais de R$ 282 mil. Toda a fachada foi restaurada, com impermeabilização contra chuvas e pintura. “A Casa do Cantador é uma joia que une mundos. Os cantos do Nordeste com os desse sertão profundo, cravado no meio do Brasil”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Inaugurada em 9 de novembro de 1986, a partir da reivindicação de representantes da cultura nordestina em Ceilândia, a Casa do Cantador exibe na entrada a estátua Cantador Anônimo, do escultor cearense Alberto Porfírio. O espaço conta com a “cordelteca” João Melchiades Ferreira, dotada de acervo de 1.200 cordéis e livros, e disponibiliza para a comunidade salas multiuso e anfiteatro. Frequentador típico da Casa do Cantador e “apoiador” do repente (contribui para pagar os artistas), Rafael Pereira do Amaral é do Piauí. Pôs os pés em Brasília quando a poeira mal tinha baixado, em 1963, com 23 anos. “Cheguei sozinho e estou aqui até agora. Tenho uma família com oito filhos. Graças a Deus, todos casados”, apresenta-se. [Olho texto=”“Estamos fazendo a cantoria voltar para o lugar de onde ela veio. Se já teve muito mais aceitação no passado, andava um pouco esquecida”” assinatura=”Geraldo Amâncio, cordelista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É sobrinho de Firmino Teixeira do Amaral (1896-1926), autor da estória de cordel Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum (1916), um dos principais autores da outrora famosa Editora Guajarina, líder em sua época na região Norte. Rafael é uma pessoa que exemplifica o repente como prática que remonta ao passado distante e renova forças para seguir adiante com o registro pelo Iphan. Repente é patrimônio A inserção do repente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Livro de Registro das Formas de Expressão de Bens Imateriais eleva essa arte ao nível de outras expressões populares – como cordel, capoeira e maracatu, por exemplo – que se tornam elegíveis para políticas públicas afirmativas. “Estamos fazendo a cantoria voltar para o lugar de onde ela veio. Se já teve muito mais aceitação no passado, andava um pouco esquecida”, pontua Geraldo Amâncio, com 12 livros publicados e dezenas de cordéis e CDs. João Santana, presidente da Acrespo: “Somos um povo que tem uma diversidade muito rica de manifestações artísticas populares, e o repente é uma delas” “A recuperação do repente é visível. Existem jovens e mulheres cantando, uma coisa linda. Tenho como parceiro o poeta Guilherme Nobre, um jovem de 20 anos, uma das maiores revelações da cantoria”, testemunha Geraldo, para ilustrar os avanços de idade e de gênero numa forma de expressão que ainda tem maioria de homens. Presidente da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrespo), João Santana afirma que o registro “fortalece a nossa identidade cultural. Somos um povo que tem uma diversidade muito rica de manifestações artísticas populares, e o repente é uma delas”. Sobre as oportunidades de trabalho acenadas pelo impulso de políticas públicas, ele espera que “os mecanismos de fomento cultural olhem com mais atenção para a gente”. João, repentista e músico há mais de 20 anos, entende que o repente historicamente tem sido ofuscado por manifestações culturais de maior apelo mercadológico, o que lhe reduz a visibilidade midiática. [Olho texto=”“A gente precisa de um sindicato forte para que, no futuro, o repentista possa se aposentar na sua arte. Não sei se vou me beneficiar disso, mas se meus futuros colegas conseguirem, a luta terá valido”” assinatura=”Zé do Cerrado, gerente da Casa do Cantador” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Chico de Assis (Francisco de Assis Silva), ex-presidente da Acrespo e parceiro de João Santana, acredita que as políticas públicas vão ajudar na qualificação dos artistas do repente. “As oportunidades surgem mais para aqueles que se qualificam, que buscam cantoria com qualidade, que estudam”, acredita. O gerente da Casa do Cantador, o artista Zé do Cerrado, comemora a notícia do registro com uma rima: “O repentista é o único artista no mundo que faz uma música num segundo”. “Muito bem-vinda essa novidade para o repente. [O registro] do forró também tá chegando. A gente precisa de um sindicato forte para que, no futuro, o repentista possa se aposentar na sua arte. Não sei se vou me beneficiar disso, mas se meus futuros colegas conseguirem, a luta terá valido”, afirma. Pesquisa Foi o professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB) João Miguel Manzolillo Sautchuk que coordenou a construção do dossiê para obter no Iphan o reconhecimento documentado da arte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Em 2009, cantadores reunidos aqui em Brasília, do Nordeste, de São Paulo, de vários lugares, começaram a conversar sobre isso. Houve um encontro com o pessoal do Iphan. O pedido foi feito, em 2013, pela Acrespo”, relata. Ele explica que, na fundamentação do documento, foi importante mostrar a abrangência da arte, a antiguidade histórica, seus significados, os locais onde existe, suas principais práticas, a perspectiva de trabalho para quem vive dela. Em 2020, houve a entrega do dossiê, incluindo sugestões de políticas de salvaguarda. O dossiê, além de textos e fotos, inclui o curta Canta, Poeta (nove minutos) e o longa De Repente, Cantoria (70 minutos). Serviço Aniversário de 35 anos da Casa do Cantador Sábado, 27 de novembro, a partir das 20h Entrada por ordem de chegada, limitada a 250 lugares Endereço: QNN 32, área especial, Ceilândia Sul Contatos: (61) 98473-7709 (Whatsapp) e (61) 3378-5067 E-mail: casadocantador@cultura.df.gov.br
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Casa do Cantador ganha reforma interna e na fachada
Com investimento de R$ 282.302,87, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) concluiu a reforma da Casa do Cantador, em Ceilândia. Durante uma força-tarefa de 45 dias, o Palácio da Poesia, como é conhecida a obra de Oscar Niemeyer, teve toda a fachada restaurada. A parte externa ganhou um reforço extra com aplicação de argamassa, impermeabilização e pintura, inclusive na laje e nas áreas superiores. Espaço cultural está pronto para ser reaberto | Foto: Ailton Menezes/Secec [Olho texto=”“A Casa do Cantador é um espaço emblemático, obra de Oscar Niemeyer que, em breve, voltará a receber grandes espetáculos” ” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Devido ao tempo chuvoso e ao alto risco de infiltrações, foi feito tratamento com malha protetora para evitar qualquer tipo de dano causado pela umidade. Responsáveis pelo escoamento das águas pluviais, as grelhas e grades do espaço cultural também foram desobstruídas e limpas. Para modernizar a parte elétrica, todos os refletores foram trocados por equipamentos de LED, que garantem uma iluminação mais eficiente e consomem menos energia elétrica. Também foi efetuada a troca geral da iluminação danificada, tendo sido feitas a revisão nos quadros elétricos para novas instalações, a substituição de cabeamentos elétricos e a limpeza geral da área externa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Durante visita técnica na quinta-feira (21), o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, celebrou com sua equipe a reforma desse espaço cultural, considerado celeiro da cultura nordestina do DF. “Esse equipamento não é só importante para os nordestinos que residem no Distrito Federal, mas para toda a cultura do Brasil”, disse. “A Casa do Cantador é um espaço emblemático, obra de Oscar Niemeyer que, em breve, voltará a receber grandes espetáculos”. O gerente da Casa do Cantador, Zé do Cerrado, também comemorou: “Ceilândia possui uma população de quase 1 milhão e meio de habitantes, e o nosso Palácio da Poesia abriga múltiplas funções e todos os segmentos culturais possíveis. A nossa casa de cultura está pronta”. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Festival de Repentistas em plataforma virtual
Se você é bom de rima e improviso e não tem medo de peleja, aprume-se: começa, nesta sexta-feira (16), o Festival Regional Itinerante de Repentistas do DF e Entorno. Com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o evento será no formato virtual e colocará seis duplas de cantadores para disputarem o gosto do público e as notas de quatro jurados. Os melhores se enfrentam no domingo (18) para disputar os três primeiros lugares. [Olho texto=”“A Casa do Cantador é uma joia nordestina criada por Niemeyer e totalmente afeita a um projeto com esse desenho, onde o canto e a poesia do Sertão nordestino são abrigados com a merecida honra”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O evento conta com a ajuda da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrespo) e a parceria da Casa do Cantador, em Ceilândia, equipamento da Secec onde serão realizadas as gravações das lives, com transmissões pelo Facebook da Casa do Cantador e no YouTube da Associação de Cantadores. “A Casa do Cantador é uma joia nordestina criada por Niemeyer e totalmente afeita a um projeto com esse desenho, onde o canto e a poesia do Sertão nordestino são abrigados com a merecida honra”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. O Festival foi contemplado no edital FAC Áreas Culturais nº 17/2018, na linha “Culturas Populares”, com o valor de R$ 200 mil, e a estimativa é de que o evento gere 70 empregos diretos e indiretos. Além dos competidores, as lives terão a participação especial de repentistas consagrados, como Chico de Assis, Edmilson e Lisboa, Mocinha de Passira, Minervina Ferreira e Irmãos Silva. O júri é formado por outros violeiros: João Bosco, Lília Diniz, Rene Bomfim e Donzílio Luiz. “A importância do Fundo de Apoio à Cultura para esse tipo de projeto é fundamental justamente porque é um tipo de arte que não está na grande mídia. Vem do Sertão do Nordeste. É muito difícil organizar uma iniciativa desse porte sem fomento público”, explica o diretor do festival, João Santana. [Olho texto=”“O repente me tornou uma pessoa pública e, com o tempo, fui perdendo a timidez de conversar e me expressar frente às pessoas”” assinatura=”Minervina Pereira, violeira” esquerda_direita_centro=”direita”] Pioneira do repente A ausência de mulheres na disputa no festival se explica pelo fato de o repente ainda ser uma arte dominada pelos homens, como atesta a paraibana Minervina Pereira, há 40 anos na profissão: “Foram muitas dificuldades, nasci e cresci na zona rural (Cuité, PB), trabalhando na roça. Ouvia as cantorias, sentia aquele impulso que os poetas tocavam em mim, mas meu pai não permitia.” O talento foi mais forte. Minervina começou a tocar com um irmão, os vizinhos elogiavam e os convites e “uns trocadinhos” começaram a aparecer. Assim, a paraibana ganhou o mundo, criou seis filhos e se formou em pedagogia, exercendo o magistério por 20 anos. Pergunta se o repente fazia parte das aulas para ajudar a memorizar as lições? “Oxe, muitas vezes”, responde de pronto. No interior do Nordeste, onde gênero costuma ser destino, Minervina reinventou o papel da mulher: “O repente me tornou uma pessoa pública e, com o tempo, fui perdendo a timidez de conversar e me expressar frente às pessoas”. Sobre o machismo no meio, diz: “é uma profissão onde há predominância de homens, então, muitas vezes, fui vítima da discriminação, mas minha persistência me fortaleceu para enfrentar a situação com muita garra e coragem.” Linguagem e história [Olho texto=”“Embora cantado e com acompanhamento de viola, repente é poesia. Segue regras muito complexas, que os cantadores dominam com fantástica naturalidade”” assinatura=”João Miguel Manzolillo Sautchuk, professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Repente é poesia”, define o professor do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), João Miguel Manzolillo Sautchuk, cuja tese de doutorado estuda o gênero nordestino. “Embora cantado e com acompanhamento de viola, é poesia”, frisa. Ele explica que a arte “segue regras muito complexas, que os cantadores dominam com fantástica naturalidade”. Do ponto de vista da linguagem, João Miguel ensina que há uma métrica específica, composta de estrofes de seis versos (sextilhas) em que o segundo, o quarto e o sexto versos de sete sílabas rimam entre si. A rima é perfeccionista, “quase parnasiana”, revela. “Você não pode acochambrar, rimando, por exemplo, céu e cordel”, exemplifica, em referência a parear palavras com terminações diferentes, neste caso o “éu” de céu com o “el” de cordel. Além disso, os contendores têm de seguir a “oração”, a coerência do argumento, se possível evocando belas imagens, poéticas. “Se um abre falando sobre a pandemia, o outro não pode dizer da saudade de um amor”, exemplifica. Em suma, poesia, métrica, ritmo, rima e oração não são perdidas de vista junto com os acordes que propõem no campo da linguagem a luta que o nordestino conhece desde que nasce. João Miguel coordenou o processo de pesquisa, já finalizado, que deve transformar o repente em bem cultural imaterial registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ainda neste ano. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O docente da UnB também atesta a relação de trocas entre repente e cordel. Enfatiza, contudo, que são artes autônomas, com o cordel alinhando-se mais à narrativa da prosa, com suas tramas, desenvolvimentos de personagens e desfecho. Lembra pelejas típicas no cordel, colocando frente a frente tipos tradicionais, como o cachaceiro e o evangélico, ou a feirante e o fiscal, entre outros. Serviço Festival Regional Itinerante de Repentistas do DF e Entorno . Apresentação: Chico de Assis. . Transmissão: Facebook e YouTube, sempre às 20h Acessibilidade: apresentações com interpretação em Libras. . Programação: Etapas classificatórias . 16 de julho, às 20h Atrações especiais: Edmilson e Lisboa . 17 de julho, às 20h Atrações especiais: Mocinha de Passira e Minervina Ferreira Etapa final . 18 de julho, às 20h Atrações especiais: Irmãos Silva (repentistas) e Mamulengo Fuzuê (teatro de bonecos)
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Casa do Cantador, um símbolo das tradições nordestinas no DF
Nesta terça-feira (13), comemora-se o Dia do Cantor, data que, quando relacionada ao Distrito Federal, proporciona lembranças de diferentes localidades ao cidadão candango. Uma delas é a Casa do Cantador, localizada em Ceilândia e considerada um marco histórico e artístico das tradições nordestinas no DF. Projetada por Oscar Niemeyer, Casa do Cantador se destaca como celeiro de celebração musical e literária | Foto: Divulgação/Secec A Casa do Cantador surgiu, primeiramente, por conta da necessidade dos artistas locais em ter um espaço destinado à manifestação da arte e cultura nordestina. Em meados dos anos 1980, um grupo de poetas, cordelistas, sanfoneiros e vários apologistas do repente procurou o então governador José Aparecido para reivindicar a construção de um ambiente onde os artistas pudessem se encontrar e promover apresentações. A Casa do Cantador surgiu, primeiramente, por conta da necessidade dos artistas locais em ter um espaço destinado à manifestação da arte e cultura nordestina| Foto: Arquivo Público do DF [Olho texto=”“A Casa do Cantador é uma joia de Oscar Niemeyer, marcada pela alegria e a resistência do povo nordestino, que tem, na canção popular, uma das suas maiores expressões” ” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Com o passar dos anos, a Casa do Cantador cresceu e se consolidou como uma referência. “A Casa do Cantador é uma joia de Oscar Niemeyer cravada no território de Ceilândia, marcada pela alegria e a resistência do povo nordestino, que tem, na canção popular, uma das suas maiores expressões”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “É um templo de encontro de gerações vindas do Nordeste com gerações nascidas no DF e embaladas pela música dos trovadores populares, os repentes, as emboladas, as toadas de feira. É uma casa de todos nós brasileiros”. Na entrada, a obra Cantador Anônimo, do poeta e escultor cearense Alberto Porfírio | Foto: Divulgação/Secec A arquitetura foi inspirada, segundo frequentadores, na música Asa Branca, de Luiz Gonzaga, que compareceu à inauguração da Casa do Cantador, em novembro de 1986. Logo na entrada, representando a paixão do povo pela música, encontra-se a obra Cantador Anônimo, do poeta e escultor cearense Alberto Porfírio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atualmente, a Casa do Cantador está com as atividades suspensas por tempo indeterminado, em decorrência da pandemia de covid-19. Assim como demais estabelecimentos comerciais de movimento no DF, o local poderá ter o funcionamento retomado gradativamente, dentro das medidas de segurança, à medida que a vacinação avance no DF. *Com informações do Arquivo Público do Distrito Federal
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DF e Entorno unidos pelo repente em festival on-line
O Festival Regional Itinerante de Repentistas do DF e Entorno ganhou este ano uma versão totalmente on-line. Patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do Governo do Distrito Federal (GDF), o evento, de 16 a 18 julho, não terá a participação presencial de público, mas poderá ser acompanhado pelos admiradores do estilo musical que tem origem na região Nordeste do país. A violeira Mocinha de Passira (em foto tirada antes da pandemia) participa do evento como convidada | Foto: Jan Ribeiro Isso porque tanto as etapas classificatórias, em 16 e 17 de junho, quanto a final, no dia 18, serão transmitidas ao vivo direto da Casa do Cantador, pelo canal da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrepo) no Youtube ou pela página Repentistas do DF, no Facebook Todas as transmissões terão interpretação em Libras. [Olho texto=”O festival inclui também oficinas de poesia popular, em aulas gravadas, e livretos de cordel, disponíveis no site do projeto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Nos dois primeiros dias, ainda na etapa classificatória, 12 repentistas formarão duplas, que serão julgadas. Dessas, três disputam primeiro, segundo e terceiro lugares no último dia das apresentações. Além dos concorrentes, as apresentações ao vivo terão a participação especial de sete repentistas renomados: Chico de Assis, Edmilson e Lisboa, Mocinha de Passira, Minervina Ferreira e Irmãos Silva. O júri é formado por João Bosco, Lília Diniz, Rene Bomfim e Donzílio Luiz Estudantes de Ceilândia Este ano, o festival resolveu envolver a comunidade escolar de Ceilândia. Alunos do Centro Educacional (CED) 11, do Centro de Ensino Médio (CEM) 9, e do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Boa Esperança participaram do júri popular na fase eliminatória da competição, ainda em abril. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A iniciativa inclui também oficinas de Poesia Popular, em aulas gravadas, e livretos de Cordel, disponibilizados no site do projeto. O evento tem direção de João Santana e realização da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrespo), em parceria com a Casa do Cantador. O patrocínio é do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC). *Com informações da assessoria de imprensa do Festival Regional Itinerante de Repentistas do DF e Entorno
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Ceilândia: 50 anos de tradições e pontos turísticos
Em breve, a Casa do Cantador, único projeto de Niemeyer no DF fora do Plano Piloto, receberá um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) | Foto: Divulgação/Setur Cinco décadas de valorização da cultura popular serão comemoradas neste sábado (27), pela região administrativa mais populosa do Distrito Federal. Ceilândia é morada de gente que não esmorece e sabe cultivar suas tradições. Para homenagear a trajetória da cidade e suas possibilidades de experiências turísticas, a Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF) preparou a “Ceilândia 50 anos”, uma série de publicações e ações interativas nas redes sociais para enaltecer essa cidade multicultural. Ao longo de todo sábado, ao entrar nas redes sociais da Setur-DF, será possível conhecer os principais pontos turísticos da região e contemplar belos ângulos da Caixa D’Água, da Casa do Cantador, da Feira Central, entre tantos outros. No quadro “Agora eu CEI”, curiosidades sobre Ceilândia serão destacadas em cards e stories interativos, como o nome do arquiteto responsável pelo projeto urbanístico da região e o significado da palavra Ceilândia. Confira a programação especial nos canais da Setur-DF no Instagram, no Facebook, no Youtube e no Linkedin. Turismo em Ação Um dos polos criativos mais importantes de todo o DF, Ceilândia passou a receber um novo olhar do Governo do Distrito Federal (GDF), desde o início da atual gestão, com ações de fomento de emprego e renda. Por meio do projeto Turismo em Ação, a Setur-DF, por exemplo, levará ainda mais iniciativas de fomento para garantir ao setor turístico da região os benefícios do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) e do Sistema de Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas que atuam no setor do turismo, o Cadastur. Também será disponibilizada a versão itinerante do CAT Móvel, para emissão da Carteira Nacional do Artesão. Para aperfeiçoar a conexão do turista que visita Brasília com as regiões administrativas, a Setur-DF está em fase de implementação de um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) dentro da Casa do Cantador, um espaço dedicado ao acolhimento de visitantes, exposição de artesanato, entre outros. “Iniciativas do nosso Governo para valorizar ainda mais atrativos que encantam moradores e visitantes. Uma região que, no passado, acolheu com tanto carinho os trabalhadores responsáveis pela construção da nossa capital, que trouxeram na bagagem tradições de seus estados. E hoje traz um legado de sabores, ritmos e histórias que nos emocionam e nos inspiram”, ressalta a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça. Mais de 630 artesãos da cidades são cadastrados na Secretaria de Turismo do DF | Foto: Divulgação/Setur Rota Fora dois Eixos Ceilândia está presente na rota Fora dos Eixos, acervo de experiências turísticas organizado pela Setur-DF. Uma oportunidade para descobrir as riquezas guardadas em torno da capital, desde parques ecológicos, feiras populares, monumentos, praças, a outras agradáveis surpresas que representam as tradições e histórias dessas regiões. No tour virtual, com acesso pelo link, é possível conhecer dicas de visitação e detalhes da Casa do Cantador e da Feira Central da cidade. Principal reduto da cultura nordestina no DF, a cidade foi pensada para abrigar os trabalhadores que participaram da construção da nova capital, muitos deles vindos do Nordeste, que trouxeram na bagagem as tradições e memórias de seus estados. O administrador regional, Marcelo Piauí, ressalta a potência turística da cidade. “Ceilândia possui uma variedade de pontos turísticos conhecidos e que atraem moradores de diversos locais do DF e de fora da capital, além da nossa área rural, que possui uma riqueza de nascentes”, ressalta Marcelo Piauí. Para preservar este legado, foi construída a Casa do Cantador, um dos maiores centros culturais da região. Único projeto de Oscar Niemeyer fora do Plano Piloto, a casa é considerada o Palácio da Poesia e da Literatura de Cordel no Distrito Federal. Na casa funciona a Cordelteca João Melchiades Ferreira, batizada em homenagem ao autor de uma das versões mais populares do famoso cordel “Romance do Pavão Misterioso”. A biblioteca dedicada exclusivamente à literatura nordestina possui acervo de mais de 1500 exemplares de cordéis e livros raros. [Olho texto=”“O artesanato tem a capacidade de gerar emprego e renda a milhares de pessoas. Desde o início da nossa gestão estamos estruturando e qualificando o trabalho de profissionais que vivem exclusivamente dessa arte”” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Outro cartão-postal marcante da região, a caixa d’água foi reconhecida, em 2013, como patrimônio histórico do DF e é considerado importante ícone desde o início da formação da região, como “um símbolo da comunidade”. Com 27 metros de altura e capacidade para 500 mil litros de água, ela até hoje continua se destacando como ponto de referência. O símbolo estampa a bandeira da cidade. Rota do Artesanato Ceilândia também representa a força do artesanato produzido no DF. A cidade é reduto de 633 artesãos cadastrados na Setur-DF. Destes, 484 mulheres que descobriram no artesanato a maneira para alcançar autonomia financeira por meio de técnicas como crochê, bordados, renda, tecelagem e trançado. Histórias de superação como a da artesã Maria Ana Neta Rocha, de 57 anos. Há quase 38 anos morando no DF, boa parte dessa trajetória em Ceilândia, Maria encontrou no crochê sustento e passaporte para levar a sua arte a todos os cantos do país. “O meu artesanato é fruto da cultura brasileira, tão rica em Ceilândia. Tenho orgulho de ser representante do artesanato local, desde 1997, como artesã cadastrada”, ressalta a fundadora do grupo Agulha Mágica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] “O artesanato tem a capacidade de gerar emprego e renda a milhares de pessoas. Desde o início da nossa gestão estamos estruturando e qualificando o trabalho de profissionais que vivem exclusivamente dessa arte. Com o apoio dos administradores das RAs, avançaremos juntos para garantir cada vez mais oportunidades de comercialização a todos os novos e também aos mais experientes profissionais”, enfatiza Vanessa Mendonça. *Com informações da Setur
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Repentistas transformam Ceilândia em musa apaixonada
Cordelteca abriga manifestações artísticas da região | Foto: Ludmila Barbosa/Secretaria de Turismo Ceilândia é musa inspiradora de poetas apaixonados que se debruçam sobre suas belezas e contradições para enamorá-la. A cidade de 50 anos, comemorados neste sábado (27), surge pujante diante dos versos de Chico Repentista: “Ceilândia é delta imponente Desse Planalto Central, Ninho de grandes artistas, Um caldeirão cultural Que efervesce a cultura Do Distrito Federal. Aos seus 50 anos Faço com todo fervor Minha homenagem em versos De poeta cantador E orgulhoso de ser Da mesma seu morador”. O poema ecoa como uma declaração de pertencimento à cidade. E é da Casa do Cantador, equipamento cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), que o poeta tocador de 58 anos levanta seu canto. Natural de Alexandria (RN), Chico se mostra completamente apaixonado pela cultura praticada pelos nordestinos e difundida pela Casa do Cantador. “Considero este lugar de um acolhimento único”, diz. “Ceilândia certamente é o coração do Nordeste no Distrito Federal. Local de história, boa música, gastronomia e pessoas generosas. Viva aos seus 50 anos de pura cultura!”, diz. Chico Repentista: “Ceilândia certamente é o coração do Nordeste no Distrito Federal” | Foto: Acervo pessoal Ceilandestinos Ceilândia é mote de repentes para violeiros da cidade. Gerente da Casa do Cantador, Manoel de Sousa Rodrigues, 56 anos, cordelista e radialista conhecido como Zé do Cerrado, é um desses admiradores da cultura da região. Dele são esses versos que homenageiam a data: “Meus parabéns para Ceilândia, lugar de cabra da peste; Pelo jeito que ela fala, pela roupa que ela veste; Tinha que ter um pedaço da história do Nordeste” Casa do Cantador: marca inequívoca da cidade que tem alma nordestina | Foto: Júnior Aragão/Secec Sabiá Canuto é o nome artístico do poeta e professor Alex Canuto de Melo. Com pais e avós nordestinos, ele nasceu em Ceilândia em 13 de dezembro de 1986, mesmo ano da inauguração da Casa do Cantador e Dia Nacional do Forró, além de aniversário de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Assim ele saúda a cidade: “Meu nome é Ceilândia Do rap e repente Da rima que pulsa Da boca da gente Da feira lotada Da massa fervente. (…) Eu sou resistência No verso rimado Seja no repente No rap afiado E o teu desaforo Não tem meu gingado”. As datas coincidentes formaram parte da identidade de Canuto, criando raízes profundas com o Nordeste, moldando seu jeito próprio de pensar e de se expressar no mundo. É assim que o poeta se vê como um cidadão “ceilandestino”, neologismo criado para abarcar essa identidade de quem nasce no DF e possui a ancestralidade da gente oriunda do Nordeste. “Um ceilandestino, filho de avô sanfoneiro e de avó rezadeira, que cresceu ao som do forró, do rap e do rock brasiliense”, define-se. “Um ceilandestino que vibra com a história de resistência das origens de sua cidade. A história dos primeiros moradores pelo direito à moradia, a famosa campanha de erradicações, tudo que constitui a história dessa que é hoje a maior cidade do DF e que abriga também o maior São João do cerrado, referência para o Brasil inteiro.” Palácio da Poesia [Olho texto=”“A Casa do Cantador é onde pulsa o coração do nordestino no Distrito Federal”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Provenientes de um povo festeiro, caloroso e cheio de tradições, as cantorias realizadas nas praças e calçadas de Ceilândia chamaram a atenção do poder público para a necessidade de um espaço que abrigasse todas as manifestações artísticas existentes na região. Os cantadores, repentistas e poetas da época, que ocupavam a famosa Caixa d’Água e a Feira Central de Ceilândia, clamavam por um lugar de cultura. Em 9 de novembro de 1986, o sonho foi realizado, com a inauguração da Casa do Cantador. Conhecida como “Palácio da Poesia”, a Casa do Cantador foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com inspiração na canção Asa Branca, de Luiz Gonzaga. Presente para os imigrantes nordestinos, o monumento entra para a história por ser o único projeto de Niemeyer no DF executado fora do Plano Piloto. “A Casa do Cantador é onde pulsa o coração do nordestino no Distrito Federal”, endossa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “[É] um ponto de encontro cultural de todas essas manifestações populares, sobretudo aquelas de raízes nordestinas, embora esteja sempre aberta para acolher outras vertentes.” De casa nova, a cidade enalteceu raízes, dizeres, expressões artísticas e movimentos diversos do povo nordestino. O ponto de cultura gerenciado pela Secec se tornou símbolo histórico e cultural de Ceilândia e do Brasil, com um papel significativo na difusão, acessibilidade e capacitação cultural, promovendo a democratização da arte à sua população. A história [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das características marcantes de Ceilândia e de seus habitantes é a concentração de grande número de imigrantes do Nordeste. Tal situação é que transforma a cidade em um caldeirão cultural de expressões, cores, sabores, música, poesia e todos os tipos de manifestações que remetem ao modo simples de viver do homem esperançoso do sertão. A partir da Campanha de Erradicação das Invasões (CEI), o então governador Hélio Prates usou a sigla e o sufixo “lândia”, que significa terra, para oficializar, em 1971, a nova morada para mais de 80 mil habitantes irregulares na época. As comunidades que seguiam para a nova Ceilândia vieram das vilas Bernardo Sayão, Colombo, IAPI, Esperança, Morro do Querosene e Tenório. Após a fundação da cidade, o crescimento populacional foi motivado pelo acolhimento de mais pessoas vindas de outros estados em busca de trabalho e novas oportunidades. De acordo com levantamento realizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a população de Ceilândia hoje é de 432.927 pessoas. Nascido em Morada Nova, no Vale do Jaguaribe (CE), Marques Célio Rodrigues, 57 anos, chegou a Ceilândia em 1995 e lá construiu sua trajetória de vida e profissional por meio da cultura. Presidente da Associação dos Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró), fundada na cidade, ele demonstra satisfação em poder manter seus costumes, partilhando-os com os conterrâneos. “Sou muito grato a esta querida cidade, por ter conseguido trabalhar, educar e formar meus filhos morando em Ceilândia de forma honesta e promissora”, comemora. “Ceilândia é uma cidade hospitaleira.” *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Casa do Cantador traz Campeões do Repente
Músicos e repentistas se apresentam na Casa do Cantador, com show transmitido on-line | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Celeiro da cultura nordestina no Distrito Federal, a Casa do Cantador receberá, no sábado (21) e na primeira sexta-feira de dezembro, um time seleto de artistas do segmento para uma grande festa em homenagem às manifestações culturais da região. Elaborado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o show Campeões do Repente em Cantoria conta com os principais representantes da cena nordestina, para apresentações onde o improviso e a arte do homem do sertão são as principais atrações. As transmissões, feitas diretamente do equipamento cultural, regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), podem ser acompanhadas pelas redes sociais da Casa do Cantador e dos Campeões do Repente. Por causa da pandemia de Covid-19, as apresentações serão virtuais. Além dos shows, momentos da história da Casa do Cantador, que completa neste mês 34 anos, serão resgatados em publicação de literatura de cordel. A festa também vai contar com apresentações dos declamadores, forrozeiros e artistas que espalham a beleza da cultura regional nordestina pelo país. Arte nordestina A programação inclui grandes nomes da arte nordestina residentes no DF, como o cordelista, declamador e pioneiro de Ceilândia Mestre Donzílio Luiz; os repentistas Chico de Assis e João Santana; os poetas declamadores Lília Diniz e Cumpadi Alselmo e, ainda, o xilogravurista Valdério Costa. Para incrementar a homenagem às tradições do homem do sertão, o evento também traz do Nordeste alguns nomes nacionalmente reconhecidos no repente e na literatura de cordel: Mocinha da Passira e Minervina Ferreira, mulheres veteranas consagradas na arte do repente; Edmilson e Lisboa, dupla de repentistas que já conquistou centenas de vitórias em campeonatos do gênero e os Irmãos Silva, repentistas de destaque da nova geração. A inspiração Um dos representantes do projeto e mestre do repente no Distrito Federal, Chico de Assis considera a Casa do Cantador o “delta irradiador” da cultura da região nordestina, em especial de Ceilândia. “Esse projeto é importante para valorizar a arte da cantoria de viola e afirmar o repente, do improviso, do coco de embolada, da poesia matuta no Distrito Federal”, avalia. “Esta é uma forma de consolidação da cultura popular nordestina”. O repentista também aponta que os versos feitos pelos colegas do improviso na atualidade são, em geral, fruto de intensos estudos, elaborados com mensagens benéficas recheadas de poesia e reflexão. “Nas cantorias, ampliam-se os espaços dedicados à discussão de temas relevantes para a sociedade de forma leve, usando a linguagem do povo e conservando suas raízes nordestinas”, explica. “Essas peculiaridades do repente enfatizam sua importância na formação da identidade cultural de uma sociedade”. Repente como oportunidade Originária do sertão do Nordeste, a arte do repente está presente na região central do Brasil desde a construção de Brasília. Chegou por aqui na bagagem cultural dos candangos, que migraram à procura de oportunidades. Forte em Ceilândia, o gênero ocupa um espaço de relevância social e cultural DF. Essa tradição se mantém viva na fala, no canto, no traço e na palavra escrita dos muitos que a reverenciam. Com viola nos braços ou lápis na mão, poetas perpetuam essa arte matuta, influenciam jovens que despontam como improvisadores e conquistam novos admiradores. Natural de Cuité, na Paraíba, Dona Minervina se diz honrada em participar de um evento na capital do país. “A diversidade cultural do Brasil é muito grande e nós precisamos mostrar nosso trabalho aí no Distrito Federal, assim como o Distrito Federal precisa mostrar a cultura ao mundo inteiro”, diz. O repentista potiguar Antônio Lisboa lembra que, pela internet, as apresentações atingem outras dimensões, podendo ser vistas em qualquer lugar e hora. Outro ponto destacado pelo artista foi a oferta de trabalho aos repentistas, que nesse momento de pandemia enfrentam dificuldades, impedidos de se apresentar em shows tradicionais. “Participar de um evento de cultura nordestina na capital é afirmar que o repente está presente em Brasília desde seu nascimento e foi se multiplicando, em cantorias tradicionais, em festivais na Casa do Cantador de Brasília, que é também a casa do Cantador do Brasil, que presta um serviço à categoria muito importante”, ressalta. Talentos do Piauí Piauiense e morador de Lavras da Mangabeira, no sertão do Ceará, o repentista Jairo Silva manifesta seu sentimento em mostrar sua arte direto da Casa do Cantador para o mundo. “Brasília é mais uma janela aberta, mais um canal para divulgação do nosso trabalho”, afirma. “A gente está voltando ao trabalho mesmo sendo virtual, ficando mais próximo do povo através das redes sociais. Semear o trabalho em Brasília é a garantia de render bons frutos”. Também nascido no Piauí – em Várzea Grande –, Edmilson Ferreira, morador de Recife (PE), considera participar do Campeões do Repente relevante para qualquer repentista profissional. “Esse evento traz uma sensação diferente por conta do momento que estamos vivendo”, frisa. “Agrega outro diferencial importante, que é a transmissão ao vivo pelas plataformas digitais, ampliando ainda mais a abrangência da apresentação. Espero poder representar, e bem, todos os repentistas do Brasil e os fãs do repente que nos assistirão presencial e virtualmente.” Campeões do Repente Sábado (21), às 20h – apresentador e declamador: Cumpadi Anselmo. Shows com Chico de Assis e João Santana e com Os Irmãos Silva – Jairo e Jeferson. Sexta-feira (4/12), às 20h – apresentadora e declamadora: Lília Diniz. Shows com Chico de Assis e João Santana + Mocinha da Passira e Minervina Ferreira. As transmissões podem ser acompanhadas pelo canal dos Campeões do Repente.
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Aos 50 anos, Catedral de Brasília ganha banho de conservação
Igreja projetada por Oscar Niemeyer completou 50 anos em 2020 | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Mais de 24 mil litros d’água e o empenho de oito homens – parte deles especialista em rapel – foram empenhados na lavagem dos vitrais da Catedral Metropolitana de Brasília nesta semana (veja mais no vídeo abaixo). Um dos cartões-postais mais visitados da cidade, a igreja projetada por Oscar Niemeyer completou 50 anos em 2020 e é mais um dos monumentos que passam por um processo de limpeza das suas estruturas. A ação do GDF Presente, programa de conservação e manutenção do Governo do Distrito Federal (GDF), foi finalizada nesta quarta-feira (9). Assista ao vídeo: A última lavagem dos vitrais foi feita no segundo semestre de 2019, em uma iniciativa da própria Cúria Metropolitana de Brasília. A limpeza interna da estrutura foi necessária depois que um pássaro se alojou no interior da igreja. Consequentemente, a parte externa também acabou por ser lavada, mas a sujeira se acumulou em razão da poeira do período prolongado de seca e mais de cem dias sem chuvas. [Olho texto=”“Já lavamos as estruturas de Teatro Nacional, Museu do Índio, Casa do Cantador e Museu da República. Nos próximos dias decidiremos qual será o próximo”” assinatura=”Alexandro César, coordenador do Polo Adjacente I” esquerda_direita_centro=”centro”] Administradora regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro lembra que Brasília tem a maior área urbana tombada do mundo, com arquitetura inovadora, de forma que cuidar do conjunto urbanístico é um dos principais compromissos da atual gestão. “Essa força-tarefa para limpeza dos monumentos no Plano Piloto, por meio do GDF Presente, contribui com a preservação dos espaços e equipamentos tombados e torna a nossa cidade mais bonita para a população, além de atraente para o turismo”, destaca. Pandemia de Covid-19 não afastou os visitantes da Catedral, relata pároco | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Brasiliense e pároco da Catedral há cinco anos, Padre Firmino, de 47, conta que mesmo na pandemia de Covid-19 a igreja localizada na Esplanada dos Ministérios continua muito procurada e visitada. “E tê-la bela e limpa é uma renovação de ânimo para todos nós. Além do mais, a equipe da lavagem foi muito cuidadosa com a estrutura de vidro”, garante. Patrimônio histórico Projetados pela arquiteta francesa Marianne Peretti, os vitrais coloridos da igreja possuem extensão de 2 mil metros quadrados erguidos sobre 16 colunas de concreto – estruturas que convergem em um círculo central. Inaugurado em 31 de maio de 1970, o monumento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 19 de novembro de 1991. [Numeralha titulo_grande=”24 mil litros d’água” texto=”lavaram os vitrais da Catedral” esquerda_direita_centro=”centro”] Coordenador do Polo Adjacente I – que atende à região do Plano Piloto por meio do GDF Presente –, Alexandro César informa que mais um prédio monumental de Brasília será lavado em breve. “Já lavamos as estruturas do Teatro Nacional, do Museu do Índio, da Casa do Cantador e do Museu da República, que foi lavado e pintado. Nos próximos dias decidiremos qual será o próximo.” Paradas em Águas Claras Os caminhões-pipa do GDF Presente também chegaram a Águas Claras nesta quarta-feira (9). Mais de 20 paradas de ônibus e calçadas da cidade foram lavadas, priorizando áreas de grande circulação de moradores e visitantes como a praça da Estação Arniqueiras, do metrô. Paradas de Águas Claras são devidamente higienizadas por equipes do programa | Foto: GDF Presente Com o suporte da Administração Regional de Águas Claras foi iniciada a poda das copas das mangueiras no Parque Sul. Com baixa iluminação, a área tinha se transformado em abrigo de usuários de droga e palco de violência e assaltos. “Isso estava dificultando até a visibilidade da Polícia Militar, mas é um problema que começa a ser sanado”, afirma o administrador regional, Francisco de Assis da Silva, o Chicão. Força-tarefa em Sobradinho Já em Sobradinho e Sobradinho II, uma força-tarefa está em curso para deixar em ordem as duas regiões. Com o suporte do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), uma pá carregadeira e quatro caminhões trucados retiraram entulhos no Buritizinho e inservíveis na Vila Rabelo. Varrição manual e fresagem de meios-fios, seguidas de pintura, também foram feitas na Vila Rabelo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Entulhos também foram recolhidos na avenida Contorno, nas proximidades da ponte de madeira e no Pólo de Cinema. O Polo Norte do GDF Presente faz também o patrolamento na DF-326, que liga Sobradinho II a BR-020 pelo Pólo de Cinema. Limpeza, desobstrução e reconstrução de bocas de lobo em todo o Setor de Mansões também foram realizadas antes da chegada das chuvas. Pedidos enviados por moradores à Ouvidoria do GDF também mudam panorama de Sobradinho II | Foto: GDF Presente Já a Administração Regional de Sobradinho II promoveu a limpeza das galerias de águas pluviais que chegam até a lagoa do parque Canela de Ema, além de pintura e recuperação do ginásio de esportes, da retirada de inservíveis na cidade e de entulhos em ruas residenciais. As ações atenderam a pedidos encaminhados por moradores à Ouvidoria do GDF. “A cidade vai ficar um ‘brinco’”, aposta o coordenador do Polo Norte do GDF Presente, Ronaldo Alves.
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Festival vai reunir repentistas, emboladores de coco e forrozeiros
O Desafio do Repente, na Casa do Cantador, também abriga a preocupação com a difusão da arte regional para as novas gerações. Foto: Renato Araújo/Divulgação A Casa do Cantador, espaço coordenado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa em Ceilândia, vai reunir parte do que há de melhor na arte do Nordeste no Desafio do Repente – Festival Regional de Poetas Repentistas, Emboladores de Coco e Forrozeiros, no dia 8 de fevereiro, a partir das 19h. “Teremos uma mistura de ritmos, com repentistas na viola e emboladores de coco no pandeiro”, afirma o gerente da Casa do Cantador, Manoel de Sousa Rodrigues, o Zé do Cerrado, como é mais conhecido. “Isso tudo regado à comida típica, como buchada de bode e sarapatel para quem tiver coragem de comer esses pratos à noite. E tem gente que tem”, provoca. Ele explica que repentistas e emboladores estão em hierarquias distintas dentro da arte do improviso. Os primeiros, ele frisa, “seguem as regras”, reunidas na métrica rígida, a rima fácil e a oração ou tema. E inventam na hora. “Um dá o tema, o outro esbagaça”, resume. Os emboladores, mais rápidos, “cantam muita coisa aprendida”, revela ele. “Mas no fundo é tudo repentista”, concilia. O forró, tocado por sanfona, triângulo e zabumba, completa a mistura rítmica. A pauta do Desafio do Repente, que é de festa, também abriga a preocupação com a difusão da arte regional para as novas gerações. Zé do Cerrado diz que “hoje há uma carência de poetas repentistas em Brasília”. Conta que já chegaram a ser mais de 50, número que caiu para em torno de 15 atualmente, calcula. Ele aponta a importância da cordelteca e dos núcleos de viola e de outras práticas na Casa do Cantador para ajudar no trabalho. “Queremos que uma parcela da juventude participe e tome gosto. O ceilandense passa de pai para filho informações importantes sobre o repente”, destaca. Isso talvez explique a força do rap – também um discurso rítmico rimado – na cidade, teoriza. O repentista Chico de Assis, natural do Rio Grande do Norte, que faz dupla com João Santana, e vai participar do Desafio, entende que os rappers destoam dos repentistas por se afastarem da métrica rígida, de sete a dez sílabas, dos últimos, e pela licença poética de produzir rimas sonoras, enquanto no repente a poética é baseada na escrita. Por exemplo, enquanto um rapper rima “mulher” e “café”, um repentista combina “mulher” e “colher”, ensina. Zé do Cerrado diz que, além de artistas regionais, o Festival deve receber também repentistas de São Paulo, estado que também tem forte presença de imigrantes do Nordeste. O produtor cultural Cléverton de Jesus Silva, servidor experiente na Casa do Cantador, conta que feiras como essa costumavam receber mais gente de todo o país. Acha difícil fazer uma previsão de quanta gente o Festival deve levar a Ceilândia. “Esse público diminuiu muito, em parte porque ficou idoso, em parte porque houve pouca renovação”, arrisca-se a explicar. Comida regional O Festival traz também a rica culinária nordestina, como a de dona Niusa Ana da Conceição, natural da Paraíba, participante da Feira da Guariroba, na Ceilândia Sul. Ela vai levar comida típica para a festa, como buchada e sarapatel, mas, também, baião de dois, carne de panela, carne assada e uma diversidade de caldos – mocotó, galinha, vaca atolada… As porções saem a R$ 15; os caldos, a R$5. “Tudo baratinho, sou contra exploração”, diz em seu pregão de feirante há 48 anos no DF. Serviço: Desafio do Repente Casa do Cantador, QNN 32, Ceilândia Sul. Dia 8 de fevereiro, a partir das 19h. Entrada franca. Mais informações pelo telefone (61) 3378-5067.
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Ceilândia ganha título de Capital da Cultura Nordestina no DF
Ceilândia ganha título de Capital da Cultura Nordestina no Distrito Federal. Foto: Renato Araujo/Agência Brasília “Quem quiser comprar morango tem que ir para Brazlândia/ Quem quiser ver o museu vai ali na Candangolândia/ Mas repente e cantoria tem que buscar na Ceilândia” O recado, de improviso, quem dá, com muito bom humor e propriedade, é Zé do Cerrado. Radialista, poeta e cordelista paraibano há 20 anos radicado no Cerrado, o presidente da Casa do Cantador – espaço ícone da poesia e do cordel -, é só mais um dos milhares de nordestinos que abraçaram a cidade de Ceilândia como sua segunda casa. São quase 70% entre baianos, cearenses, maranhenses, pernambucanos e piauienses, estes últimos com a maior representatividade no quadradinho. Uma realidade tão visível pelas ruas da RA que, no último dia do ano de 2019, o governador em exercício, Paco Britto, sancionou a Lei nº 6.474 declarando a “satélite” como a Capital da Cultura Nordestina do Distrito Federal. Arte: Equipe Digital do GDF “O Nordeste se encontra em Ceilândia e se faz presente, sobretudo, pela sua cultura, rica e diversificada, indo do bumba meu boi ao frevo, do maracatu ao samba, além de outras manifestações”, destacou o secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues. “Recebo com muito carinho esse reconhecimento, que deve ser sempre incentivado”, endossou. Emancipada como Região Administrativa em outubro de 1989, a cidade, hoje com quase 433 mil habitantes, tem origens que remontam ao início dos anos 70 do século passado, mais especificamente, março de 1971. Foi quando se deu o início da transferência de aproximadamente 82 mil moradores das ocupações não regulares da Vila do IAPI, Vila Tenório, Vila Esperança, Vila Bernardo Sayão Colombo e Morro do Querosene, para os setores “M” e “N”, ao norte de Taguatinga. O projeto de relocação, chamado de Campanha de Erradicação de Invasões – CEI, daria o nome à cidade. Quem lembra bem dessa época é a feirante baiana Laurita Pereira dos Santos, 75 anos, que chegou à nova capital do país em 1964. A feirante baiana Laurita Pereira dos Santos chegou à região em 1964 | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília “Vim acompanhando meu marido que trabalhou na construção da rodoviária antiga (rodoviária do Plano Piloto)”, revela a pioneira. Ela se encaixa na principal motivação dos moradores da cidade para deixarem sua terra natal, segundo pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), de 2018, da Codeplan (veja quadro). A segunda motivação é a busca por um emprego melhor. “Tenho quase 50 anos de Ceilândia, amo essa cidade. No começo, a nossa banca ficava ao relento, no barro. Com ela, ajudei meu marido a criar nossos sete filhos”, conta dona Laurita, que faz parte de outro dado significativo. Em Ceilândia, a população feminina é maior do que a dos homens, representando 52, 5%. Arte: Equipe Digital do GDF Também faz parte deste perfil a pernambucana de Belém de São Francisco Maria do Socorro Pires. Do alto de seus 90 anos, ela tem muita história para contar sobre Ceilândia. Chegou aqui em 1957, acompanhando o marido, comerciante que veio tentar a sorte no coração do País. “Ah, com 62 anos de Brasília acho que já nem sei o que é ser nordestina”, observa, com lucidez. “Primeiro moramos no Núcleo Bandeirante, 14 anos, depois viemos para Ceilândia, que acolheu todos os nordestinos. Somos um povo unido, um ajudando o outro”, comenta. Piauiense de Delta do Parnaíba, Maria Pinto Ferreira mora em Ceilândia há 32 anos. Chegou à cidade no final dos anos 80, em busca de novas expectativas para ampliar seus horizontes, morando com parentes. Não saiu mais. “Dizem que quem bebe água de Brasília nunca mais saí daqui, né. Pois foi o que aconteceu comigo”, brinca ela, que há dez anos vende produtos de utilidades domésticas na feira de Ceilândia, um dos espaços mais tradicionais da cidade. “Aqui tem tanto nordestino que se fizer ‘xô’, a feira fica vazia. É um povo muito acolhedor, que ajudou a fazer essa cidade”, constata. Viagens sensoriais Sarapatel, caldo de mocotó, baião de dois, dobradinha, buchada de bode, moqueca. Todos esses pratos típicos do Nordeste podem ser encontrados na Barraca do Assis. Ponto cativo na Feira de Ceilândia, o espaço é um dos vários lugares da região central da cidade onde o nordestino mata a saudade de sua terra natal usando o paladar. O comando da cozinha fica por conta da maranhense Rosilene Alves de Caldas que se enquadra num número importante. Quase 37% dos ceilandenses trabalham na própria região. “Vim acompanhando minhas filhas que deixaram o Maranhão para estudar. Temos saudade, mas Ceilândia nos acolheu muito bem, acostumei com o lugar, os nordestinos que moram aqui nos fizeram sentir em casa”, admite. Arte: Equipe Digital do GDF E não é apenas por cheiros e sabores que o nordestino morador de Ceilândia pode viajar numa experiência sensorial que o conduza às origens. Por meio do ritmo e poesia da sanfona alegre de Luiz Gonzaga, dos traços marcantes da xilografia de J. Borges ou dos versos hipnotizantes do poeta popular, Patativa do Assaré, os nordestinos moradores de Ceilândia encontram uma forma genuína de união. “O nordestino é muito territorialista, gosta muito de estar junto, onde tem uma sanfona ele está encostado, onde tem uma viola ele está encostado, é justamente esses eventos ligados à cantoria, forro e cordel, que unem esse povo aqui no Cerrado”, avalia o poeta repentista Zé do Cerrado. Não é por acaso que a cidade tem, entre seus destaques marcados no calendário de Brasília, a realização do Maior São João do Cerrado. Uma nação nordestina no coração do Cerrado E foi para manter cada vez mais unida essa nação nordestina do Planalto Central que, no final de 2019, a Casa do Cantador inaugurou a Cordelteca João Melchiades Ferreira. Dedicado exclusivamente à literatura nordestina, o espaço – que homenageia o poeta paraibano considerado um dos grandes nomes da primeira geração de cordelistas nordestinos – é um dos maiores centros literários exclusivos para a narrativa que conta as histórias do homem do sertão. São cerca de 1,6 mil títulos narrando folclore, poesia, teatro, lendas e contos. “Foi um grande presente que a comunidade que gosta de cordel, tanto o nordestino, quanto o não nordestino, ganhou, neste final do ano passado da Secretaria de Cultura”, agradece Zé do Cerrado, gestor da Casa do Cantador. “O nosso plano é ampliar o acervo buscando várias parcerias pelo Brasil. Tem muita gente fazendo cordel, com muita coisa para nos mandar e acredito que, em menos de um ano, vamos ter aí uma faixa de quatro a cinco mil cordéis catalogados”, planeja. Colaboraram Ian Ferraz e Renata Moura
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Cordelteca da Casa do Cantador será inaugurada no dia 11
O artista plástico Valdério Costa começou a levar pincéis e tinta para a Casa do Cantador nesta terça-feira (3). Vai criar um painel de 4 x 2,5 metros quadrados para dizer ao mundo que Ceilândia é Nordeste e vice-versa. O painel vai representar vaqueiro ladeado por pavão misterioso, referências a romance de cordel (1923) do paraibano João Melchíades Ferreira da Silva (1869-1933), patrono do espaço. “É uma doação minha, por eu fazer parte deste do universo da literatura de cordel”, explica. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), responsável pelo equipamento, vai inaugurar no dia 11, às 10h, uma cordelteca (biblioteca de cordéis) no lugar e, com isso, dar um centro de referência para o gênero de arte no DF. Graduado em artes plásticas pela UnB, também poeta, escritor e ilustrador, Valdério inspira-se nas xilogravuras características do cordel para fazer suas pinturas. O professor de língua portuguesa e membro do coletivo Cordel Malungada, Sabiá Canuto, integrante de uma nova geração de cordelistas no DF, explica que seu grupo “vê o cordel hoje como a mesma força da tradição original que, numa linguagem poética rígida e calçada na oralidade, aborda uma infinidade de temas do cotidiano e históricos”. Canuto, que apresenta o trabalho do grupo no Instagram, acredita na capacidade do cordel de dialogar com as novas tecnologias, “pois existem diversas plataformas digitais que divulgam e disponibilizam cordéis para leitura gratuita, além de muitas delas trazerem informações históricas sobre cordelistas”, diz ele. Sobre a cordelteca na Casa do Cantador, ele entende que será “uma ótima referência” para pessoas que desejam pesquisar e conhecer mais sobre essa literatura. “Estamos entusiasmados também com o atual [2018] registro do cordel pelo Iphan como patrimônio imaterial. Fazemos parte desta história”. O subsecretário do Patrimônio Cultural (Supac), Demétrio Carneiro Oliveira, destaca na inauguração da cordelteca a reafirmação da Casa do Cantador como referência para a cultura nordestina, a volta às raízes representadas pelo cordel e, ao mesmo tempo, a renovação da arte pela presença da nova geração de cordelistas. Esforço coletivo A gerente de acervos da Supac, Aline Ferrari de Freitas, explica que a cordelteca é fruto de um esforço coletivo, contando com doações e trabalhos voluntários. O acervo de 1200 títulos cresceu com as aquisições feitas por anônimos, por cordelistas de Guarabira (PB), do Instituto Ricardo Brennand (PE) e da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (RJ). As janelas da Casa do Cantador receberam película de proteção contra luz solar e calor, e o espaço ganhou decoração temática, com tapetes, almofadas e adesivos em padrões de xilogravuras estamparão as paredes. Os cordéis, peças delicadas, serão dispostos dois a dois em pastas adaptadas. Estas vão ser acondicionadas em caixas doadas pela Mala do Livro, programa da Secec para divulgação da leitura. Por fim, o arranjo será catalogado no sistema integrado de bibliotecas do Distrito Federal e os cordéis poderão ser localizados digitalmente. * Com informações da Secretaria de Cultura (Secec)
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Casa do Cantador vai ganhar uma cordelteca
Brasília vai ganhar um centro de referência de literatura de cordel na Casa do Cantador, em Ceilândia. A biblioteca do espaço, que hoje conta com 800 títulos de cordel e 700 livros, está passando por uma reestruturação – que inclui nova delimitação no perfil temático, voltado para a poesia, artes, cantorias, músicas e folclore do Nordeste. Foi dessa região do país que migraram trabalhadores para a construção da capital federal, radicando-se depois na região administrativa. Dentro deste contexto, surgiu a ideia de se criar uma Cordelteca. A reforma do espaço prevê que as janelas irão receber proteção contra luz solar e calor, a decoração será temática, contando com tapetes e almofadas produzidos pela comunidade em oficinas. Foto: Agência Brasil/EBC Adesivos em padrões de xilogravuras estamparão as paredes, e os tradicionais varais de cordéis também estão presentes, compondo um ambiente acolhedor e convidativo para a leitura e a permanência, informa a gerente de acervos da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac), Aline Ferrari de Freitas. Cordéis e livros serão classificados e ficarão disponíveis para consulta no Sistema Interligado de Bibliotecas Públicas e Escolares do DF, pelo software Koha. A previsão de inauguração é 10 de dezembro, a tempo para o aniversário de 60 anos de Brasília em 2020. A cordelteca permitirá a realização de oficinas ligadas ao tema, além de ser um espaço de leitura e convivência social. “A Casa do Cantador vai ressurgir ainda mais vigorosa com a cordelteca, mais equipada para divulgar o importante patrimônio cultural do Nordeste”, diz o subsecretário da Supac, Cristian Brayner. O espaço receberá o nome de João Melchiades Ferreira (1869-1933). Esse paraibano, conhecido como O cantor da Borborema, foi um cantador e poeta de literatura de cordel. É considerado um dos grandes nomes da primeira geração de cordelistas nordestinos. “É uma excelente escolha”, diz Danglei de Castro Pereira, professor de literatura brasileira na UnB é também pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF), que desenvolve pesquisas relacionadas à literatura e cultura com ênfase na cultura popular. Ele destaca a capacidade do cordel de se ajustar aos meios digitais, uma vez que a transmissão oral é parte da linguagem dessa plataforma. Há, na rede, segundo ele, grupos de discussão, sítios e canais no YouTube. O estudioso afirma que o cordel há muito não é apenas um fenômeno nordestino, tendo passado por um processo de nacionalização, no qual os estados da federação, com ênfases distintas, se apropriaram da arte com recortes particulares. A literatura de cordel recebeu no ano passado o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, registro dado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O especialista da UnB destaca que, ao longo dos anos, o cordel vem ganhando modificações em seu processo de construção, com mudanças no uso da xilogravura, modos de impressão, e variações no modo de composição, mas sempre na esteira do cancioneiro popular, a partir da cultura fiel às tradições populares em aparente oposição ao erudito. Virou novela (Cordel Encantado, 2011), mas faz parte também de iniciativas sofisticadas, como a do Movimento Armorial de Ariano Suassuna, que busca criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste. O presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) – que tem sede no Rio –, Gonçalo Ferreira da Silva, festeja a intenção da Secec em criar a cordelteca no Cantador. “É uma ideia que aguarda há dez anos sua concretização e vem em boa hora”, avalia ele. Hoje existem 28 bibliotecas de cordel no país, com concentração no Nordeste. “O Ceará tem oito, mas é porque sou de lá e a demanda acaba sendo maior”, explica. Nascido em Ipu (CE), é autor de 300 cordéis e 30 livros. Foto: ABLC “O cordel tem uma inteligência que possibilita que a linguagem se adapte às inovações tecnológicas. Foi incorporado pelo rádio, a TV e agora acha seu caminho na Internet. Sua beleza melódica e potencial artístico e pedagógico o tornam imortal, universal”, diz Silva. Funcionário da Rádio MEC por 40 anos, começou a compor literatura de cordel a partir do contato com intelectuais como Sebastião Nunes Batista e Orígenes Lessa, na Casa Rui Barbosa. O “senhor Gonçalo”, como é conhecido, estuda uma doação de acervo dessas peças para a Casa do Cantador. Serviço Quem também quiser encaminhar exemplares ao espaço pode ligar no telefone (61)33256222 ou mandar para um desses endereços: Biblioteca Nacional de Brasília Setor Cultural da República, Área Cívica, Lote s/n Edifício da Biblioteca Nacional, DF, 70070-150 Casa do Cantador QNN Quadra 32 Área Especial G – Ceilândia Brasília – DF, 72220-327 Secretaria de Cultura e Economia Criativa SDCN Via N2 Anexo do Teatro Nacional – Asa Norte Brasília – DF, 70086-900 * Com informações da Secretaria de Cultura (Secec)
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