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Cemi Gama

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Escolas do DF atendem mais de 30 mil alunos com necessidades específicas

O Governo do Distrito Federal (GDF) oferece uma série de iniciativas para garantir a inclusão de todos os estudantes na rede pública de ensino. São 30.370 alunos com necessidades específicas distribuídos nas 835 escolas, todas aptas para atender crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência. Somente com atendimento bilíngue na Língua Brasileira de Sinais (Libras), são 60 instituições, com previsão de inauguração de mais uma, no Plano Piloto. Uma delas é a Escola Bilíngue de Taguatinga (QNH 01/03 Área Especial 1 e 2), que atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes filhos de pais com deficiência auditiva. As aulas são todas em Libras e em português escrito, em regime integral. A Escola Bilíngue de Taguatinga atende estudantes com deficiência auditiva e ouvintes que são filhos de pais com deficiência auditiva | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília A escola recebe estudantes de todos os segmentos – da educação infantil ao ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também há estimulação precoce para crianças entre seis meses e 3 anos, com atendimentos semanais. É uma maneira de preparar os pequenos para ingressarem na escola. A autônoma Monielle Dantas, mãe do pequeno Enzo, que tem 9 anos e está no 4º ano do ensino fundamental, conta como a vida do filho e da família mudou completamente após ele ingressar na escola. Monielle também fez o curso de Libras oferecido pela instituição. A escola bilíngue recebe estudantes da educação infantil ao ensino médio e EJA | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Quando veio para a escola, ele se encontrou. O comportamento mudou completamente. Ele se desenvolveu tanto que pôde deixar a medicação. Hoje, ele interage, conversa perfeitamente, soletra. Aqui ele também viu que outras pessoas são surdas, que não é só ele. Agora, ele fala que tem amigos e diz que é feliz”, comemora. O acolhimento é sentido por todos os estudantes. A estudante Sophia Pontes, 14, do 9º ano do ensino fundamental, também se sente assim. “Quando eu era pequena, eu não era compreendida, era tudo muito difícil. Quando cheguei aqui, ficava com vergonha da língua [Libras]. Agora, é muito melhor. Minha mãe aprendeu a língua aqui na escola, e eu ensino à minha avó”, conta Sophia. A estudante Sophia Pontes conta que frequentar uma escola bilíngue mudou sua vida: “Minha mãe aprendeu a língua [Libras] aqui na escola e eu ensino à minha avó” |  Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Filhos ouvintes Os filhos ouvintes de pais com deficiência auditiva também têm lugar garantido na escola. Os codas – termo que vem da sigla em inglês para a expressão children of deaf adults, que significa “filhos de adultos surdos” – desempenham um papel muito importante. Muitas vezes, eles atuam como intérpretes entre suas famílias e as comunidades onde vivem. É o caso de Erick Luan Barbosa, de 12 anos, que está no 6º ano. Ele conta que tudo ficou mais fácil depois que ele passou a estudar na Escola Bilíngue. Erick Luan Barbosa é filho de pais surdos: “Depois que vim para cá, a gente conseguiu se comunicar” | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Eu adoro ensino em Libras. Depois que vim para cá, a gente conseguiu se comunicar, e melhorou muito a nossa vida. Eu e minha irmã vamos ao banco para os nossos pais, levamos eles ao médico, ao mercado”, disse, referindo-se à irmã Liza, de 14 anos, que também é ouvinte e frequentou a escola até o ano passado. Mesmo conteúdo “Todos os surdos são recebidos em nossa escola. Mas a educação é individualizada para atender às necessidades de cada um deles”, ressalta a diretora da instituição, Clissineide Caixeta. Quando a diretora diz que todos os deficientes auditivos são recebidos, ela fala de modo literal. A instituição conta com estudantes que, além da surdez, têm síndrome de Down, autismo ou são surdo-cegos. Todos são atendidos conforme as suas especificidades. A Escola Bilíngue de Taguatinga, inclusive, ainda tem vagas. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (61) 3318-2756 para saber como fazer a matrícula. Referência inclusiva O Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Gama, que está sempre no topo de aprovação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do vestibular da Universidade de Brasília (UnB), também é referência quando se trata de inclusão. A Sala de Recursos do Cemi é dedicada a estudantes com necessidades especiais, que desempenham atividades lúdicas baseados em raciocínio lógico e de forma individualizada | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Estudantes com necessidades específicas participam das aulas regulares, mas têm um espaço para chamar de seu na Sala de Recursos. Por lá, eles fazem atividades lúdicas com foco em raciocínio lógico e de forma individualizada. “Eles vêm no intervalo e no horário do almoço para fazer outras atividades. Algumas são desenvolvidas em pequenos grupos, mas a maioria é individualizada para atender a cada um”, explica a professora Gracinha Veras. O estudante Heitor Cauã Coelho Silva garante: “O Cemi é uma das escolas mais inclusivas” | Foto: Lucio Bernardo Jr./ Agência Brasília O local está mais que aprovado por Heitor Cauã Coelho Silva, de 17 anos, que tem hiperfoco em filosofia e história. “O Cemi é uma das escolas mais inclusivas. As outras não tinham sala de recurso. Aqui eu socializo, debato. Eu, como autista, interajo com outros autistas. Sei que eles vão me entender”, observa. Garantia de atendimento Entre as principais ações da Secretaria de Educação para melhorar a educação inclusiva no DF está o Núcleo de Acolhimento às Demandas de Educação Especial. Lá, um profissional da Diretoria de Educação Inclusiva recebe denúncias e sugestões via Ouvidoria. Esse profissional é responsável por entrar em contato com a unidade escolar para providenciar assistência necessária ao atendimento das demandas.  

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Alunos da rede pública de ensino debatem ciência e inovação

Cerca de 250 alunos de 13 escolas públicas do Distrito Federal se reuniram na manhã desta quinta-feira (6), na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), para discutir e apresentar iniciativas de ciência, tecnologia e inovação. O encontro Ciência em ação: ferramentas para transformar o mundo, voltado para as temáticas relacionadas à pesquisa científica, juntou estudantes que participam do projeto NaMoral, idealizado pelo MPDFT. Na ocasião, os alunos assistiram a uma palestra sobre o tema e apresentaram trabalhos de pesquisas realizados nas unidades escolares, como um ventilador portátil feito com bambu. O projeto, batizado de Ventilador de Bambu, foi idealizado no Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional e Técnica do Gama (CEMI Gama). Os estudantes Augusto Santos, Walison Mateus e Eduardo Freitas apresentam o Ventilador de Bambu, idealizado no CEMI Gama | Foto: Mary Leal A ideia é dos estudantes Augusto Santos e Eduardo Freitas, 17 anos, e Walison Mateus, 18 anos, que foram os responsáveis pela apresentação. “O projeto nasceu quando percebemos que todos os ventiladores são feitos de plástico e que isso traz um problema sério ao mundo. Então, decidimos criar algo que fosse sustentável, barato e que não agredisse o meio ambiente”, disse Walison Mateus. O Ventilador de Bambu foi recentemente premiado na 1ª Feira Científica do Instituto Mocam, em Rondônia. Após a premiação, os alunos foram convidados a expor o projeto em uma feira internacional em Londres, no Reino Unido. Ciência em ação A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, esteve presente na solenidade ao lado da procuradora-geral de Justiça, Fabiana Costa, e destacou a importância de iniciativas como o projeto NaMoral. “Queremos que o aluno da rede pública compreenda que não cabem mais nessa sociedade problemas relacionados ao desvio de conduta ou de recursos públicos. Essa seriedade e esses valores são os que pretendemos resgatar, não só com os alunos, mas também com os professores, os formadores desses estudantes”, afirmou. O Ciência em ação é uma idealização do MPDFT em parceria com a Secretaria de Educação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial DF (Senac) e o Instituto Mocam – Movimento Científico da Amazônia. Projeto NaMoral Iniciativa do MPDFT, o projeto NaMoral visa combater a corrupção do dia a dia e educar as novas gerações sobre o verdadeiro sentido e valor da integridade e das virtudes. A ação desafia os estudantes, a partir de ferramentas inovadoras, a construírem um ecossistema de integridade no ambiente escolar. O projeto ganhou o segundo lugar no Prêmio CNMP, edição 2020, na categoria Redução da corrupção e foi selecionado para participar da 17ª edição do Prêmio Innovare. *Com informações da Secretaria de Educação

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Primeira escola pública no DF recebe sistema de energia solar

O Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (Cemi), localizado no Gama, é a primeira escola pública no Distrito Federal a receber um sistema de energia solar. Na escola, foram instalados 80 painéis fotovoltaicos por meio do Programa de Incentivo às Energias Renováveis da Emater-DF. Com isso, a Secretaria de Educação e o Governo do Distrito Federal reduzirão em 95% os gastos com energia elétrica na escola – uma economia calculada em R$ 48 mil por ano. Instalados em março no Cemi Gama, os painéis começaram a funcionar no fim de junho | Fotos: Divulgação/Emater-DF Os painéis e os dois inversores instalados, ao custo de R$ 150 mil, têm capacidade para geração de 4.800 KWH/mês. “O tempo de retorno médio do sistema fotovoltaico é de 40 meses. O período, a partir de 40 meses até os 25 anos de instalação, é considerado de lucratividade. A escola vai gerar R$ 4 mil por mês de economia para as contas públicas. Isso é gestão governamental, dinheiro bem investido”, destaca o assessor técnico da Emater-DF Tupac Petrillo, especialista em Gestão Ambiental. Nesta segunda-feira (4), a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, acompanhada de técnicos da empresa, e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, visitaram a escola e conferiram o funcionamento do sistema, que foi viabilizado com emenda parlamentar. O diretor do Cemi, Lafaiete Formiga, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, e a coordenadora da Regional de Ensino do Gama, Cássia Marques “A importância desse projeto vai além da economia, tem o lado da consciência de preservação do nosso meio ambiente, de mudança de pensamento, de paradigmas. A hora que esse investimento for pago, será só economia gerada e esse recurso, que hoje é entregue para pagamento de conta de luz, poderá ser investido em projetos pedagógicos ou outros projetos que a escola queira e necessite”, destacou a secretária de Educação. Para a presidente da Emater, a sustentabilidade trabalhada pela empresa ultrapassa as barreiras do campo. “A instalação desse sistema em escolas públicas é importante como inovação tecnológica e apresenta um ambiente demonstrativo, educativo e de treinamento, além de transmitir o conceito de gestão ambiental e eficiência energética no setor público. Questões que devem ser difundidas no campo e na cidade.” Neste ano, a Emater-DF também concluiu a instalação de placas de energia solar em 12 escritórios da empresa. Escola-modelo O Cemi é uma escola de ensino médio integral modelo da Secretaria de Educação do DF. Ao todo, 12 salas dividem 440 alunos matriculados no regime integral. No noturno, 280 alunos participam do Programa Novos Caminhos, com cursos profissionalizantes como recursos humanos, informática, cuidados ao idoso, entre outros. A escola fornece lanche e almoço aos estudantes e tem todas as salas de aula equipadas com ar-condicionado. O Cemi Gama possui 440 alunos matriculados no regime integral | Foto: Tony Oliveira /Agência Brasília “Além de tornar a escola autossustentável em energia, o sistema fotovoltaico fortalece o nosso trabalho de iniciação científica focado em sustentabilidade, por meio de energias renováveis e biodiesel. Já com o projeto de captação de água das chuvas, a gente pretende já iniciar nossa horta. Tudo isso vai agregar muito para a educação dos alunos na escola”, avaliou o diretor do Cemi, Lafaiete Formiga. Reaproveitamento de água da chuva Na escola, também foi implantado, por meio da Emater-DF, um sistema de captação de água das chuvas. O sistema vai permitir o armazenamento de água para irrigação da horta (que está em fase de implantação) e uso conforme a necessidade da escola, como para limpeza do pátio. A instalação do projeto na escola custou R$ 25 mil, recursos também de emenda parlamentar. O kit de aproveitamento de água da chuva passou a ser adotado em 2020, quando 37 escolas públicas e uma horta comunitária do Guará receberam o projeto. Neste ano, a expectativa é implantar mais 60 sistemas em escolas da capital. Com isso, o número de escolas atendidas com este tipo de equipamento subirá para 97 em todo o DF. Atualmente, a Emater-DF atende escolas que possuem hortas com assistência técnica, fornecimento de sementes, adubos e ferramentas. Em todas elas, a produção é orgânica. “A gente só comemora e agradece muito à Emater por essa parceria, que trabalha também nas nossas escolas urbanas com essa questão da consciência ambiental e sustentável, com a implantação das hortas e de energia renovável. A gente quer avançar nos projetos e nessa parceria e implantar em outras escolas do Distrito Federal”, destacou Hélvia Paranaguá. *Com informações da Emater e da Secretaria de Educação

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Estudantes na final de mostra internacional de ciências

Projeto Metodologias de Ensino com o Uso de TIC’s no Ensino Médio é um dos finalistas | Foto: Divulgação Três projetos de estudantes do Centro de Ensino Médio Integrado do Gama (Cemi) são finalistas na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), neste ano realizada em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. A edição de 2020 está em curso virtualmente, de 9 a 10 de dezembro, com votações pelo site da Mostratec, uma das principais feiras do gênero do país. Dois projetos dos alunos do Cemi disputam a votação popular na categoria Educação e Humanidades. Um é o Metodologias de Ensino com o Uso de TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) no Ensino Médio. O outro tem o tema Metodologias de Leitura em Sala de Aula: Caminhos para o Hábito da Leitura. [Olho texto=”“É muito gratificante ver o fruto da iniciação científica aqui no Cemi, que é um projeto que a gente já desenvolve há vários anos, com três trabalhos selecionados para a Mostratec, uma das feiras mais importantes do país”” assinatura=”Carlos Lafaiete, diretor do Cemi Gama” esquerda_direita_centro=”centro”] O Metodologias de Ensino com o Uso de TIC’s no Ensino Médio foi elaborado pelos estudantes Pedro Bulhões, Pedro Zago e Igor Rocha. O projeto mostra que óculos de realidade virtual ou de realidade virtual aumentada podem ser utilizados como técnica eficaz de memorização e aprendizado. “A pirâmide do conhecimento feita a partir do experimento de William Glasser mostra que a maior parte do conhecimento é abstraído a partir do assistir, do ver e do fazer. Assim, o tema que o aluno teve em sala de aula é colocado em prática”, conta Pedro Zago. Inovação em sistemas de monitoramento de cisternas é uma das ideias campeãs de alunos do Cemi Gama | Foto: Divulgação No experimento, um óculos de realidade virtual foi acoplado a um celular com o vídeo sobre o mesmo tema que os alunos aprenderam em aula. Depois, uma pesquisa foi feita com estudantes e constatou que o entendimento sobre o assunto da aula foi maior com a utilização dessa tecnologia como ferramenta de aprendizagem. O projeto do trio deseja incentivar o uso das TICs para melhorar e maximizar o processo de aprendizagem. “É muito gratificante ver o fruto da iniciação científica aqui no Cemi, que é um projeto que a gente já desenvolve há vários anos, com três trabalhos selecionados para a Mostratec, uma das feiras mais importantes do país”, destaca o diretor do Cemi Gama, Carlos Lafaiete. Incentivo à leitura para crianças As autoras do Metodologias de Leitura em Sala de Aula desenvolveram uma pesquisa sobre pedagogias que colaborem com o incentivo à leitura de forma dinâmica para crianças em fase de alfabetização. As estudantes Larissa de Fátima, Luiza Vergine e Samara Elonim D’Ávila de Carvalho fizeram uma pesquisa com professoras de uma escola da rede pública e constaram técnicas mais eficientes para despertar o interesse pela leitura. Larissa de Fátima: “Percebemos, a partir das pesquisas realizadas, que existem várias formas de tornar a leitura uma atividade mais interessante” | Foto: Divulgação “Percebemos, a partir das pesquisas realizadas, que existem várias formas de tornar a leitura uma atividade mais interessante, tais como leitura em grupo, utilização de fantoche e interpretação de textos, entre outras”, conta a estudante Larissa de Fátima. A pesquisa concluiu que é benéfico despertar o interesse pela leitura logo no início do processo de alfabetização, já que é um hábito importante de estímulo para a imaginação e uma chave para a criatividade. Monitoramento de água em cisternas Um terceiro projeto do Cemi participa da votação na categoria Engenharia Eletrônica da Mostratec, intitulado DisCis: Uma Solução Moderna para o Antigo Problema de Monitoramento do Nível de Água em Cisternas. Em algumas regiões da cidade do Gama, o uso de cisternas é comum devido à indisponibilidade do serviço de distribuição de água potável. Isso exige constante controle da quantidade de água disponível por meio de técnicas rudimentares que podem ser inseguras, imprecisas e, ainda, contaminar a água. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Pensando em uma solução criativa para o problema, os alunos Luigi Gallo, Kauã Vieira e Wander de Castro desenvolveram um dispositivo para monitoramento de água em cisternas. Ele utiliza um aparato microcontrolador associado a um sensor ultrassônico e um módulo bluetooth, para comunicação com um celular ou tablet, que indica o nível de água. Esse sistema pode ser utilizado com facilidade pelos usuários das cisternas. Importância da Mostratec Em sua 19ª edição, a Mostratec tem o objetivo de promover a iniciação científica entre os jovens, por meio do estímulo à pesquisa, e desenvolver produtos e soluções que são apresentadas para empresas e setores acadêmicos. Os projetos dos estudantes do DF concorrem com os de alunos de instituições públicas e privadas de todas as regiões do Brasil e de mais 20 países, como Turquia, México, Cazaquistão e Índia. * Com informações da Secretaria de Educação

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Secretaria de Educação abre ano letivo no Cemi Gama

“Temos a obrigação de entregar um ensino com melhor qualidade”, disse o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, no Cemi Gama | Foto: Mary Leal / Secretaria de Educação O ano letivo de 2020 está oficialmente aberto na rede pública de ensino. Nesta segunda-feira (10), os cerca de 460 mil estudantes voltaram às salas de aula nas 678 escolas públicas do Distrito Federal. Para marcar a data, o secretário de Educação, João Pedro Ferraz, esteve no Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Gama. “Temos a obrigação de entregar um ensino com melhor qualidade. Vocês devem se orgulhar e cuidar de tudo isso, porque hoje a escola é de vocês e amanhã será dos seus irmãos mais novos e, posteriormente, de seus filhos”, disse o secretário aos 475 estudantes da unidade, destacando a qualidade da estrutura ofertada. Reconhecido como uma das melhores escolas de ensino médio da rede pública, o Cemi Gama terá o desafio de ser uma das doze unidades que servirão de piloto na implementação do Novo Ensino Médio no Distrito Federal. Em sua fala, Ferraz ressaltou os benefícios que o modelo trará aos estudantes ao oferecer um itinerário trabalhado com eixos estruturantes, voltados para a investigação científica, processos criativos e empreendedorismo, bem como a mediação e intervenção cultural. “Estou muito animado com o passo que damos com a implementação do Novo Ensino Médio, onde vocês poderão escolher o que fazer. Todo esse caminho alternativo dará opções para cada um dos alunos”, continuou. Na recepção aos estudantes, Ferraz esteve acompanhado do subsecretário de Educação Básica, Helber Vieira, do diretor do Cemi, Lafaiete Formiga, e da coordenadora regional de ensino do Gama, Cássia Maria Marques Experiência na integração do ensino No Cemi Gama, o desafio de implementar o Novo Ensino Médio será conduzido com base na experiência de integração já praticada na escola nos últimos anos. Antes mesmo de receber o modelo, a unidade escolar já fazia parte do programa Ensino Médio em Tempo Integral (Emti), proporcionando aos seus 475 estudantes cursos integrados de técnico em informática. Professora de Língua Portuguesa no Cemi Gama há 20 anos, Jacqueline de Araújo Costa aposta que o sucesso da escola em já seguir os conceitos que serão implementados pelo Novo Ensino Médio será um trunfo no processo. “Já aplicamos muito de tudo o que será exigido daqui para a frente. Realmente, temos muito a ver, porque já fazemos o Novo Ensino Médio aqui há bastante tempo”, pontuou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”centro”] Para a docente, o método de ensino traz resultados positivos, fazendo com que o estudante trilhe um caminho profissional dentro de suas expectativas. “O aluno sai do Cemi Gama e vai para um concurso, abre uma empresa, vai para a faculdade, porque aqui a gente trabalha isso e faz dele um ser completo, que já sai preparado para enfrentar esse mundo lá fora”, explicou. A observação de Jacqueline é reforçada por Lafaiete Formiga. Diretor do Cemi há nove anos, ele destaca que a direção da unidade escolar está empenhada na implementação do projeto. “Para coisas novas e boas, eu faço mundos e fundos para acontecer. Aqui o aluno já é protagonista do estudo dele e o Novo Ensino Médio vem para agregar”, explicou. Estudantes planejam currículos Do ponto de vista dos estudantes, o Novo Ensino Médio é motivo de animação e expectativa. Iniciando o primeiro ano, Arthur Cauã, de 15 anos, decidiu que vai apostar nas tecnologias para moldar seu currículo. “Aqui no Cemi Gama tem projetos como a TI e isso vai facilitar a abrir novas áreas. Acredito que o novo modelo fará os alunos focarem na sua área de trabalho, ajudando a entrar em uma profissão que eu goste mais”, considera o jovem. Também recém-chegada ao Cemi Gama, Ana Louise do Nascimento, 14 anos, veio de uma unidade particular para cursar o primeiro ano na rede pública de ensino e já faz planos para compor a grade curricular. “Eu espero focar mais em Matemática, que será minha futura área de trabalho. Vai ser uma coisa que eu quero e não que os outros me influenciam”, comemorou. Novo Ensino Médio O Novo Ensino Médio busca propiciar ao estudante uma educação que faça sentido e que seja aplicável para sua vida, a comunidade e o país, em vez de um mero degrau burocrático a ser galgado por aqueles que pretendem chegar à universidade. A intenção é que todas as escolas de ensino médio da rede pública do DF já trabalhem com o modelo a partir do ano letivo de 2022. Além do Cemi Gama, as demais escolas selecionadas para encampar o piloto do Novo Ensino Médio são o CEM 12 (Ceilândia), CED 03 (Guará), CEM 03 (Gama), CEM 804 (Recanto das Emas), CED 123 (Samambaia), CEM 304 (Samambaia), CEM 404 (Santa Maria), CED São Francisco (São Sebastião), CEM 01 (Sobradinho), CED 04 (Sobradinho) e o CEM 03 (Taguatinga). A primeira grande mudança nas doze unidades de ensino é que o regime de oferta passa a ser semestral. Os três anos do ensino médio serão divididos em seis semestres letivos. A carga horária das aulas será unificada e funcionará por meio de créditos. Além disso, a matrícula será feita por unidade curricular. Carga horária A carga horária total do Novo Ensino Médio será de 3 mil horas por ano, dividida em dois blocos indissociáveis: a Formação Geral Básica (FGB), definida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com 1.800 horas, e os Itinerários Formativos (IF), com 1.200 horas. O DF já adotava as 3 mil horas e, neste aspecto, não houve alteração. A FGB engloba as quatro áreas do conhecimento e será comum para todos os estudantes. As aulas serão ministradas por unidades curriculares, com ênfase para a interdisciplinaridade e em sintonia com os itinerários formativos. Para estes, compostos pelas quatro áreas de conhecimento e o ensino técnico-profissional, os professores passarão por capacitação com formação continuada. *Com informações da Secretaria de Educação

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Começa no DF o Novo Ensino Médio

O Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi) do Gama, uma das melhores escolas da rede pública do DF, começa o ano letivo pronto para o desafio de implementar o Novo Ensino Médio. A aula inaugural será dada, nesta segunda-feira (10/2), às 10h30, pelo secretário de Educação, João Pedro Ferraz, aos 475 estudantes da escola, que também faz parte do programa Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI) e proporciona o curso integrado de técnico em informática. Entusiasta do Novo Ensino Médio, Ferraz falará sobre as mudanças e o impacto positivo que a proposta inovadora pode trazer ao futuro de cada um. Ele também conhecerá o corpo docente, a equipe gestora, as instalações da escola e os principais projetos desenvolvidos. A unidade é uma das 12 escolas-piloto do DF que dão início neste semestre ao Novo Ensino Médio, que busca propiciar ao estudante uma educação que faça sentido e que seja aplicável para sua vida, a comunidade e o país, em vez de um mero degrau burocrático a ser galgado por aqueles que pretendem chegar à universidade. Inaugurado em 2006, o Cemi Gama conta com sala de artes, biblioteca com mais de três mil títulos, pátio coberto e quadra poliesportiva, entre outros. Um destaque são os três laboratórios de informática, com 40 equipamentos cada.  Para este ano, os alunos terão novos computadores, com dois monitores, além de instrumentos musicais, adquiridos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), como parte do programa EMTI. Ainda em 2020, a direção pretende revitalizar o laboratório de ciências. Em breve, será fechada uma parceria com o Instituto Goethe, por meio do projeto Escolas Bilíngues, da SEEDF, para o ensino de alemão. O Cemi Gama também coleciona histórias de sucesso individuais e coletivas. Em 2017, alcançou 4,7 na média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O balanço ainda não foi fechado, mas, até o momento, 23 dos 93 alunos do 3º ano foram aprovados na Universidade de Brasília (UnB), pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS) e pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No ano passado, metade dos formandos entrou para universidades públicas. O projeto Reaproveitamento de Energia Mecânica nas Indústrias pelo uso de Dínamos, desenvolvido pelos alunos Maria Eduarda Guedes, Lucas Cabral e Nathália Nascimento, junto com os orientadores Edileusa Costa e José Milton, recebeu medalha de platina, em março de 2019, na cidade de Guadalajara no México, durante o Concurso Latino-americano de Projetos de Ciência e Tecnologia. Mais de 2 mil projetos de nove países foram inscritos e apenas 289 participaram como finalistas. O trabalho levou o grupo a ser convidado para a 12ª Muestra Científica Latinoamericana (MCL), em Trujillo, no Peru, e também recebeu prêmios no Distrito Federal e em Pernambuco. Em 2018, por exemplo, os alunos Samuel Sales, Marcus Túlio Teixeira, Lucas Gonçalves e professor José Mílton, ganharam medalha de ouro no Encuentro Internacional Colombista de Ciência, Inovacion y Enpreendimiento, realizado na Colômbia. O projeto vencedor foi o Fazenda Sustentável, desenvolvido na oficina permanente de iniciação científica e que mostrou como economizar água, por meio da captação de água das chuvas, para irrigar plantações. No ano passado, a escola foi campeã da 5ª edição do Festival de Curtas das Escolas Públicas do Distrito Federal, com a produção Eu queria ser branco… queria!, dirigida por Adrielle Gomes Dantas, do 3º ano, que desenvolveu o trabalho com outros seis estudantes. O segredo da escola é uma educação pautada no trabalho coletivo, na autonomia e no protagonismo juvenil; na formação técnica para o mundo do trabalho, alinhada com os avanços tecnológicos; e no aprendizado que alia teoria e prática, o que mantém a atenção e gera entusiasmo entre os estudantes. Unidades curriculares No Cemi Gama, os estudantes terão disponíveis 12 unidades curriculares eletivas. Destas, deverão escolher sete, sendo que quatro serão obrigatórias: projeto de vida, oficinas de português e de matemática (esta última com um ou dois créditos). Entre as três opcionais, os estudantes deverão escolher duas. Uma delas é a de iniciação científica, que terá um leque de cinco alternativas, conforme as áreas de conhecimento (linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza) e o ensino técnico-profissional. O chamado projeto de vida é constituído de dois créditos dentro dos cinco itinerários formativos, do primeiro ao sexto semestre. Pode ser ministrado por professores de todas as áreas, após formação continuada. A ideia é orientar os estudantes na escolha das eletivas e também das trilhas de aprendizagem (que começarão em 2021, no terceiro semestre do Ensino Médio), no avanço ou na recuperação de conhecimentos e, ainda, nas escolhas pós Ensino Médio, tanto profissionais como acadêmicas. Oferta semestral As demais escolas selecionadas para encampar o piloto do Novo Ensino Médio são: CEM 12 de Ceilândia; CED 03 do Guará; CEM 03 do Gama; CEM 804 do Recanto das Emas; CED 123 de Samambaia; CEM 304 de Samambaia; CEM 404 de Santa Maria; CED São Francisco de São Sebastião; CEM 01 de Sobradinho; CED 04 de Sobradinho; CEM 03 de Taguatinga. A primeira mudança é que o regime de oferta passa a ser semestral. Os três anos serão divididos em seis semestres letivos. A carga horária das aulas será unificada e funcionará por meio de créditos. Além disto, a matrícula será feita por unidade curricular. A carga horária total do Novo Ensino Médio será de 3.000 horas por ano, dividida em dois blocos indissociáveis: a Formação Geral Básica (FGB), definida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com 1.800 horas, e os Itinerários Formativos (IF), com 1.200 horas. O DF já adotava as 3.000 horas e, neste aspecto, não houve alteração. A FGB engloba as quatro áreas do conhecimento e será comum para todos os estudantes. As aulas serão ministradas por unidades curriculares, com ênfase para a interdisciplinaridade e em sintonia com os itinerários formativos. Para estes, compostos pelas quatro áreas de conhecimento e o ensino técnico-profissional, os professores passarão por capacitação com formação continuada. Os estudantes terão formas de oferta diferenciadas, por meio de projeto de vida, eletivas orientadas e trilhas de aprendizagem. Os itinerários serão trabalhados com eixos estruturantes, voltados para investigação científica, processos criativos, empreendedorismo, bem como a mediação e intervenção cultural. Marcos legais O Novo Ensino Médio está previsto na Lei Federal 13.415/2017. Outros normativos relacionados à mudança são as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A SEEDF deu início aos debates em 2016. Ao longo de 2018, foram promovidos fóruns de discussão nas 14 Regionais de Ensino com a participação de professores e estudantes. Esses encontros ajudaram a construir uma proposta de novo currículo, colocada em consulta pública, o que originou a segunda versão do documento, para implementação neste primeiro semestre. As contribuições foram encaminhadas a um grupo de leitores críticos, em dezembro, que tem até 31 de março de 2020 para entregar a terceira versão do currículo. A previsão é submeter o texto para nova consulta pública em maio deste ano. Acesse a página do Novo Ensino Médio * Com informações da Secretaria de Educação

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