GDF amplia rede de acolhimento a vítimas em situação de violência e registra já mais de 25 mil atendimentos em 2025
“Eu cheguei aqui de uma forma bem vulnerável, debilitada, sem apoio da família e sem saber para onde correr. Hoje, posso dizer que encontrei uma nova vida, uma rede de apoio que me deu forças para recomeçar.” O relato é de Joana*, mãe solo de cinco filhos, que durante cinco anos viveu um relacionamento abusivo e foi vítima de violência, sendo mantida em cárcere privado por mais de dois anos. Joana chegou ao Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) há seis meses. Desde então, participa do grupo psicossocial Virando a Página, que ocorre de forma remota às quartas-feiras e reúne cerca de 30 participantes — os encontros são conduzidos por um psicólogo. Além disso, Joana passou a frequentar toda quinta-feira à tarde os cursos de artesanato do Ceam, onde tem aprendido fuxico, tapeçaria, crochê e bordado. Hoje, além do acompanhamento psicológico e social, ela recebe o Bolsa Família e o auxílio aluguel social, benefício temporário de R$ 600 mensais destinado a mulheres em situação de violência doméstica que precisam deixar suas casas para viver com segurança. Joana* encontrou ajuda no Centro Especializado de Atendimento à Mulher para sair do ciclo de violência que vivia em seu relacionamento | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Rede em expansão Histórias de superação como a de Joana refletem o fortalecimento da rede de atendimento no Distrito Federal. Em apenas dois anos, a Secretaria da Mulher ampliou de 14 para 31 o número de unidades de acolhimento espalhadas por todas as regiões administrativas. As unidades oferecem escuta qualificada, orientação jurídica, apoio psicossocial e encaminhamentos para a rede de proteção. A Casa da Mulher Brasileira e a Casa Abrigo permanecem como referências de assistência, enquanto os novos centros, núcleos especializados e unidades móveis reforçam a capilaridade dos serviços. "A missão da Secretaria da Mulher é a prevenção, a informação. Quando acontece a violência, a gente tem que enfrentar; mas a gente quer que ela não aconteça e é por isso que a gente tem feito essa política de levar campanha, de levar informação e de, cada vez mais, ampliar os nossos espaços públicos. Nós saímos de 14 unidades para 31 unidades, este ano inauguramos quatro Centros de Referência da Mulher Brasileira para ampliar essa rede. Porque nós, mulheres, temos uma tripla jornada e se a mulher não vai buscar seu apoio, buscar sua informação, a informação tem que ir até ela”, destaca a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 24.983 atendimentos psicossociais em todas as unidades, com 11.226 mulheres acolhidas, conforme dados do Observatório de Violência contra a Mulher e Feminicídio. A ampliação da rede foi possível graças ao aumento do orçamento da Secretaria da Mulher, que cresceu 743% entre 2020 e 2024. Em 2020, pouco mais de R$ 10,3 milhões foram aplicados. No ano passado, o valor empenhado chegou a $86,9 milhões. “Quem cuida de uma mulher, cuida de uma família, cuida de uma geração. Se a mulher está bem, com certeza nós vamos ter um mundo melhor. Então, é um investimento. Este é um governo amigo da mulher”, acrescenta a secretária. “Com o investimento contínuo e a expansão de nossa rede de acolhimento, mostramos o compromisso de nossa gestão em proteger e garantir o desenvolvimento integral de cada mulher. Nosso objetivo é que todas tenham acesso rápido e humanizado a serviços públicos e oportunidades para alcançar sua autonomia financeira. São políticas públicas que transformam vidas, tornando o DF um lugar cada vez melhor para as mulheres”, emenda a vice-governadora Celina Leão. Em apenas dois anos, a Secretaria da Mulher ampliou de 14 para 31 o número de unidades de acolhimento espalhadas por todas as regiões administrativas Responsabilização dos agressores A rede também atua na reeducação de homens autores de violência. Por meio de encontros com grupos reflexivos, o atendimento busca romper padrões de comportamento e prevenir reincidência. João* foi um dos assistidos. “No início, cheguei acanhado, fechado; mas fui acolhido e percebi que muito do que eu achava que estava certo era errado. Mudei meu jeito de pensar e agir. Hoje, sou uma pessoa diferente, aprendi a conversar antes de reagir, a ter paciência. Hoje, consegui reconstruir o diálogo com minha família”, relata. Segundo ele, o espaço funciona como uma oportunidade de reflexão. “Quando uma mulher é agredida, o silêncio protege o agressor, mas o agressor também precisa se proteger dele mesmo, porque cada violência só o aprisiona mais. Esse programa me deu coragem para mudar”, desabafa. A rede de acolhimento também atua na reeducação de homens autores de violência. "Hoje, sou uma pessoa diferente, aprendi a conversar antes de reagir, a ter paciência. Hoje, consegui reconstruir o diálogo com minha família", relata João*, um dos assistidos Denúncia Se você está passando por uma situação de violência, denuncie por meio do 197 (Polícia Civil); 190 (Polícia Militar); 156, opção 6 (Central 156 do GDF); 180 (Central de Atendimento à Mulher) e Maria da Penha Online. Confira, abaixo, os espaços especializados em atendimento psicológico a mulher disponíveis no DF: ⇒ Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher, da PCDF ⇒ Programa Direito Delas, da Secretaria de Justiça e Cidadania ⇒ Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia ⇒ Centro de Referência da Mulher Brasileira ⇒ Centro Especializado de Atendimento à Mulher ⇒ Espaços Acolher, vinculados à Secretaria da Mulher. *Todos os personagens usaram nome fictício por questões de segurança
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Mães e filhos têm tarde especial no parque inspirado na Disney
Na tarde de quinta-feira (16), a Secretaria da Mulher (SMDF) proporcionou diversão às mães que fazem parte da rede de apoio do Governo do Distrito Federal (GDF). São mulheres atendidas por programas como Empreende Mais Mulher e Mães Mais que Especiais, além de espaços como o Acolher e unidades do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) e Casa da Mulher Brasileira (CMB). Mulheres atendidas por programas do GDF viveram uma quinta-feira divertida com atrações em que todo o público se sentiu aproveitando o melhor da infância | Fotos: Vinicius de Melo/SMDF A festa foi no Parque de Diversões Happy Land, onde as mães, acompanhadas por seus filhos, somaram 1.200 pessoas que se divertiram com as atrações, brinquedos, espetáculos teatrais, shows e personagens temáticos do mundo Disney. Montado na Arena BRB Mané Garrincha, o espetáculo teve shows de fogos, iluminação e projeções em 3D, figurinos impecáveis, musicais e cenários criativos. Durante o evento, além das diversas atividades recreativas, houve também a entrega de lanches para todos os participantes, garantindo um momento de lazer e integração para as famílias presentes. Quinta-feira animada Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a comemoração da data foi mais do que especial este ano. “Acompanhar cada mãe com seus filhos numa tarde de diversão e promover experiências como esta é uma forma importante de democratizar o acesso aos eventos”, afirmou. “Essas iniciativas fortalecem os laços comunitários e oferecem oportunidades iguais para todos, independentemente de suas condições socioeconômicas”. Rafaela Silva com o pequeno Wendrey Caleb: “É uma experiência única, e tanto eu quanto o meu filho teremos uma recordação feliz para relembrar” Muitas mães reviveram a sua infância durante o passeio. “Foi uma quinta-feira muito especial”, disse Rafaela Silva, moradora de Samambaia e mãe de Wendrey Caleb, de 1 ano e 8 meses. “É uma experiência única, e tanto eu quanto o meu filho teremos uma recordação feliz para relembrar. Não teria como viver isso sem esse convite especial”. No desembarque dos ônibus da SMDF, que fizeram o transporte dos convidados vindos de vários pontos do DF, as crianças foram recepcionadas pelos personagens de histórias da Disney, como Mickey e Minnie, Pato Donald, Rei Leão e Homem-Aranha. Com os olhos brilhando, Izaias Kelvin, 19, se emocionou ao ver de perto a trupe: “Estou muito feliz em participar deste projeto”, contou. “Amo muito a minha mãe e estou me divertindo”. Universo Disney A Happy Land ficará em Brasília até 15 de junho, funcionando sempre de quinta a domingo, das 16h às 22h, e a cada final de semana terá uma programação diferente. No local, personagens dos desenhos animados ganham vida, em um ambiente lúdico com castelo encantado, espetáculos teatrais, shows pirotécnicos, projeções em 3D, musicais e robôs, além de vários brinquedos, pista de patinação no gelo e oficinas de desenho. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Campanha aponta sinais de alerta que antecedem o feminicídio
A cada 24 horas, três mulheres são vítimas de feminicídio no Brasil. O dado alarmante consta da plataforma Violência Contra as Mulheres em Dados, do Instituto Patrícia Galvão, e traz uma triste realidade que tem se espalhado pelo Brasil. Antes de o crime ser executado, no entanto, há sinais que não devem ser ignorados. São justamente esses indícios que reforçam uma atenção necessária para o trabalho preventivo. Onze secretarias, órgãos do Judiciário e entidades da sociedade civil se uniram para propor uma série de políticas públicas e leis para garantir o direito das mulheres | Foto: Arquivo/Agência Brasil Ao buscar ampliar a proteção às mulheres, o GDF lançou há um ano uma força-tarefa de combate ao feminicídio. Onze secretarias, órgãos do Judiciário e entidades da sociedade civil se uniram para propor uma série de políticas públicas e leis para garantir o direito das mulheres. Pensando nessa garantia dos direitos a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) publicou um alerta nas redes sociais sobre esses sinais, para que não apenas as mulheres vítimas de violência doméstica estejam atentas, mas também pessoas próximas a elas, levantando o trabalho preventivo como uma das frentes contra o assassinato de mulheres no país. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Secretaria da Mulher DF (@secmulherdf) A perigosa lua de mel A PhD em psicologia da Saúde e neurocientista Zaika Capita destacou a importância de dar atenção aos sinais que antecedem o feminicídio e aparecem em detalhes dentro do ciclo familiar, como críticas maldosas, acusações, xingamentos e até um desprezo velado. “O abuso não é só em formato físico, mas psicológico também. Um controle dos passos da vítima acontece para que o agressor tenha um domínio sobre ela”, explica a especialista. Segundo Capita, a identificação de um possível agressor é possível a partir do momento que ele começa a causar uma opressão psicológica na vítima. “Ele manipula para que a mulher pense que está sempre enganada e ele sempre certo”, pontua Zaika. [Olho texto=”Ao buscar ampliar a proteção às mulheres, o GDF lançou há um ano uma força-tarefa de combate ao feminicídio com a participação de 11 secretarias, órgãos do judiciário e entidades da sociedade civil” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ela frisa que quando ocorre uma violência vem a fase da lua de mel – que é um período de calmaria em que o agressor implora perdão, promete que foi um caso isolado, que irá mudar e que aquilo nunca vai se repetir. Porém, em grande parte dos casos, o feminicídio ocorre na sequência. “A violência psicológica é uma bandeira vermelha para a mulher e as pessoas próximas a ela e o nível de suportar esse tipo de situação tem que ser mínimo, sempre acompanhado de autoquestionamento. A mulher tem que ter a certeza que merece ser feliz, merece amor, fidelidade, honra”, observa. Quebra do ciclo de violência Zaika também está à frente do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da 112 Sul e comenta as políticas públicas que podem ser uma grande ferramenta de saída para as mulheres que se encontram em situações de violência. “Às vezes, a mulher suporta essas situações com medo de ficar sozinha ou sem teto. Mas as políticas públicas do GDF estão preparadas para receber essa mulher e seus filhos, com abrigo, amparo psicológico e reestruturação no mercado de trabalho”, reforça. Ao longo do primeiro ano da força-tarefa, a Secretaria da Mulher contabilizou 29 mil atendimentos realizados | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília A chefe do núcleo da Ceam lembra que o primeiro passo que a mulher pode dar para quebrar o ciclo de violência é comunicar a alguém próximo que está sendo ameaçada. A denúncia, por sua vez, segue sendo o instrumento mais eficaz no combate à violência contra a mulher ao desempenhar papel crucial na identificação, prevenção e punição dos agressores. O DF conta com diversos mecanismos de denúncia de casos de violência doméstica. Ao longo do primeiro ano da força-tarefa, a Secretaria da Mulher contabilizou 29 mil atendimentos realizados. Na ocasião, 19 mil vítimas receberam amparo em um dos 14 equipamentos públicos que integram a rede de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Toda a sociedade deve estar atenta às possíveis formas de agressões a mulheres. A denúncia salva e devemos proteger todas. Mulher, não dê a segunda chance, procure ajuda, saia desse ciclo de violência. E nos ajude a divulgar, porque a informação empodera a mulher”, ressalta Giselle Ferreira, à frente da Secretaria da Mulher. Canais de atendimento O telefone 180 é o canal geral da Central de Atendimento à Mulher, também utilizado para denúncia por terceiros. Atos de violência em andamento e urgentes são casos para a Polícia Militar do DF (PMDF), que deve ser acionada pelo 190. Denúncias também podem ser feitas presencialmente em uma das duas unidades da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), localizadas no centro de Ceilândia e na Asa Sul. Elas funcionam 24h por dia e as delegacias circunscricionais também contam com seções de atendimento à mulher. Para denúncias anônimas, o canal da Polícia Civil (PCDF) pode ser ativado pelo 197 (opção 0). A corporação também disponibiliza o registro de ocorrência por meio da Maria da Penha Online. Na plataforma, a comunicante pode enviar provas com fotos, vídeos e requerer acolhimento. Além disso, as comunicações podem ser feitas por meio do e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br ou pelo WhatsApp (61) 98626-1197. Já o aplicativo Proteja-se, permite fazer a denúncia por meio de uma única mensagem, com atendimento por meio de um chat ou em Libras. É possível incluir fotos e vídeos à solicitação. Um atendente receberá o material e o encaminhará aos órgãos do Sistema Nacional Integrado de Direitos Humanos e à rede de equipamentos de acolhimento do GDF. Para atendimentos jurídicos e conhecimento de direitos, como guarda de filhos e outras questões, é disponibilizado o número 129, da Defensoria Pública, ramal 2. Além desses canais também há o site da Secretaria da Mulher e a rede social da pasta. Os centros especializados de atendimento à mulher (Ceams) também atendem às mulheres, sendo oito espalhados pelo DF, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Dos Ceams, as mulheres podem ser encaminhadas para abrigos e projetos de recolocação nos mercados de trabalho, além de terem acesso a grupos de apoio. “Outras mulheres que passaram e superaram essa situação podem mostrar como foi possível virar essa chave. Porque nenhuma violência é justificada”, acrescenta Zaika. Outra opção é procurar a Casa da Mulher Brasileira, que funciona 24 horas e tem como foco a autonomia econômica e a capacitação da mulher.
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Reforma do Centro de Atendimento à Mulher em Planaltina é entregue
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) entregou, nesta terça-feira (29), a reforma do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) de Planaltina, localizado no Jardim Roriz. A renovação teve o objetivo de proporcionar um ambiente mais seguro, acolhedor e funcional para as mulheres que buscam ajuda e orientação. Calçadas acessíveis, espaços de estacionamento e reconstrução dos muros foram alguns dos serviços realizados na reforma do Ceam de Planaltina | Foto: Vinicius de Melo/ Secretaria da Mulher O investimento da reforma foi de R$ 218 mil, com recursos próprios da Secretaria. Uma das principais melhorias foi a reconstrução dos muros e gradil, visando aumentar a segurança e a privacidade das mulheres que procuram assistência no Ceam. Além disso, foi executada pavimentação com calçadas acessíveis e espaços de estacionamento, para maior comodidade das usuárias. Com a melhoria da estrutura, o Ceam conta com seis salas destinadas a atendimentos multidisciplinares, permitindo que as mulheres recebam suporte abrangente em um único local. Os banheiros também foram reformados para garantir um ambiente higiênico e confortável para as usuárias. Outra mudança foi a implementação de novas placas de sinalização. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destacou o papel essencial que o Ceam desempenha no suporte a mulheres em situações vulneráveis. “Com essas melhorias significativas, a comunidade agora tem acesso a um ambiente renovado e abrangente, projetado para atender às diversas necessidades das mulheres que buscam ajuda e apoio. O compromisso do nosso governo é propiciar à população equipamentos públicos de qualidade”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O paisagismo e a arborização também foram aprimorados, oferecendo um ambiente mais agradável e acolhedor para as mulheres e suas famílias. O parquinho foi renovado, proporcionando um espaço seguro e divertido para as crianças. Edileide dos Santos, moradora do Vale do Amanhecer em Planaltina, elogiou a obra e ressaltou a importância do equipamento para a região administrativa. “O ambiente ficou muito bom. Nós, mulheres, precisamos muito de um lugar como esse, que conta com a infraestrutura e apoio que precisamos”, afirmou. Os centros especializados oferecem acolhimento e acompanhamento interdisciplinar (social, psicológico, pedagógico e de orientação jurídica) às mulheres em situações de violência de gênero. Confira onde encontrar os equipamentos: ? Ceam 102 Sul: Estação do Metrô 102 Sul ? Ceam Planaltina: Jardim Roriz, Área Especial, Entrequadras 1 e 2, Centro ? Ceam Ceilândia: CNM1 Bloco I Lote 02 – Ceilândia Centro ? Ceam 4: Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). *Com informações da Secretaria da Mulher
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DF oferece serviços de acolhimento para vítimas de violência de gênero
[Olho texto=”A Lei Maria da Penha é considerada um marco no combate à violação dos direitos da mulher. Além de criminalizar a violência familiar e doméstica, a legislação tipifica as situações de agressão para uma melhor aplicação das penas e garante o encaminhamento da vítima e seus dependentes a serviços de proteção e assistência social” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília, 7 de agosto de 2022 – O principal instrumento de proteção às mulheres no Brasil completa 16 anos neste domingo (7). A Lei Maria da Penha garante os direitos de todas as vítimas de agressão doméstica e familiar, física ou psicológica, que se identificam com o sexo feminino. É reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência de gênero. No Distrito Federal, um dos principais instrumentos de acolhimento à mulher em situação de violência é a Casa Abrigo. Em local sigiloso, o espaço oferece lugar para dormir, alimentação e atendimento psicossocial. A casa consegue receber até 40 usuários, entre vítimas e dependentes. De 2019 a maio de 2022, foram abrigadas 805 pessoas. Se o acolhimento à mulher em situação de vulnerabilidade é importante, a promoção da autonomia é fundamental. Na Casa da Mulher Brasileira, aberta em Ceilândia em 20 de abril de 2021, as vítimas são capacitadas profissionalmente para que possam sair do ciclo de violência com independência financeira. O espaço atendeu 3.717 mulheres em um ano de atividade. Mulheres vítimas de violência podem contar com uma rede de apoio no Distrito Federal, como a Casa da Mulher Brasileira e a Casa Abrigo | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Outros dois equipamentos do Governo do Distrito Federal (GDF) investem na capacitação como forma de enfrentamento aos crimes de gênero. O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) oferece acolhimento e acompanhamento interdisciplinar – social, psicológico, pedagógico e jurídico – às vítimas de agressão maiores de 18 anos. [Olho texto=”“As políticas de enfrentamento à violência doméstica e familiar estabelecidas no DF são importantíssimas porque atendem a vítima, de forma personalizada, em seu estado de maior vulnerabilidade”” assinatura=”Vandercy Camargos, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Mais do que interromper a situação de violação dos direitos, o trabalho do Ceam tem como focos o fortalecimento da autoestima e a conquista de autonomia. Os quatro centros do DF atenderam 4.613 mulheres, de 2019 a abril de 2022. No Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), a proposta é atender todos os envolvidos na agressão, com o desenvolvimento de capacidades pessoais em busca por autonomia social e econômica. Além disso, os agressores passam por trabalho de responsabilização, reeducação e conscientização. De 2019 a abril deste ano, foram realizados 17.630 atendimentos nos nove núcleos do Nafavd do DF. “As políticas de enfrentamento à violência doméstica e familiar estabelecidas no DF são importantíssimas porque atendem a vítima, de forma personalizada, em seu estado de maior vulnerabilidade”, afirma a secretária da Mulher, Vandercy Camargos. “São diversos equipamentos que acolhem e encaminham cada uma das mulheres de acordo com sua necessidade pessoal.” Redução de casos A tecnologia é uma grande aliada no combate à violência de gênero. No DF, vítima e agressor podem ser acompanhados de forma dinâmica 24 horas por dia, se o sistema judiciário julgar necessário. É o Dispositivo de Monitoramento Pessoal Portátil (DMPP), projeto que faz parte do Programa Mulher Mais Segura. Enquanto o autor da agressão usa tornozeleira eletrônica, a mulher recebe um equipamento que pode ser acionado caso se sinta em perigo. “Também ampliamos os canais de denúncia com o Maria da Penha Online, que possibilita a solicitação virtual de medidas protetivas”, comenta o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. [Olho texto=”“Seguimos trabalhando com conscientização e tecnologia para que nenhum crime deste tipo aconteça”” assinatura=”Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”] A ferramenta permite, ainda, o preenchimento de um questionário de avaliação de risco, a abertura de representação contra o agressor e o pedido de acolhimento na Casa Abrigo. “Seguimos trabalhando com conscientização e tecnologia para que nenhum crime desse tipo aconteça”, destaca o secretário. De acordo com Júlio Danilo, os programas de combate aos crimes de gênero têm refletido diretamente na quantidade de agressão apontadas no DF. “O número de feminicídios registrados de janeiro a julho de 2022 é o menor desde 2019”, observa Júlio. “Em relação a 2021, a redução ultrapassa os 40%”. Marco legal O nome da lei é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes. Em 1983, ela ficou paraplégica depois de ter sido atingida por um tiro disparado pelo então marido, Marco Antônio Heredia Viveiros. Como se não bastasse, foi mantida em cárcere privado, sofreu outras agressões e passou por uma nova tentativa de assassinato até conseguir deixar sua casa com as três filhas. A punição ao agressor veio depois de 19 anos. A Lei Maria da Penha é considerada um marco no combate à violação dos direitos da mulher. Além de criminalizar a violência familiar e doméstica, a legislação tipifica as situações de agressão para uma melhor aplicação das penas e garante o encaminhamento da vítima e seus dependentes a serviços de proteção e assistência social.
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Parceria oferece oportunidade de emprego a mulheres vítimas de violência
Mulheres atendidas pelos equipamentos de acolhimento e atendimento psicossocial da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) terão a oportunidade de ser contratadas para ocuparem uma vaga na prestação de serviços terceirizados no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O acordo foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal desta sexta-feira (20). Mulheres atendidas em equipamentos da Secretaria da Mulher, como a Casa da Mulher Brasileira, poderão ser indicadas para postos de trabalho no CNMP | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com o objetivo de promover a independência financeira e a autonomia econômica de mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica e familiar, a SMDF assinou um acordo de cooperação técnica com o CNMP, assegurando a inclusão delas como uma das prioridades na lista nas contratações do órgão. Segundo o documento, que vale por dois anos, no mínimo 2% das vagas ofertadas nos processos seletivos para postos de trabalho de serviços continuados e terceirizados do CNMP deverão ser reservadas para as trabalhadoras indicadas pela Secretaria da Mulher, uma vez que essas mulheres são acolhidas pela equipe da SMDF e terão identificadas as suas potencialidades e atual situação financeira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Importante lembrar, no entanto, que o encaminhamento feito pela Secretaria não anula a necessidade de avaliação das habilidades das indicadas por parte do contratante. As candidatas passarão por um processo seletivo, realizado pelas empresas prestadoras de serviços. A ideia é que, com o emprego, as vítimas de violência possam conquistar sua autonomia econômica e, assim, ter mais oportunidades de recomeçar a vida. Quem poderá se candidatar? A equipe da Secretaria da Mulher será responsável por elaborar uma relação de possíveis candidatas de acordo com as qualificações profissionais exigidas para o exercício da atividade ofertada. As indicadas deverão estar incluídas nos cadastros de mulheres atendidas em um dos equipamentos de apoio a vítimas de violência doméstica e familiar da pasta, como o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), a Casa da Mulher Brasileira e a Casa Abrigo. *Com informações da Secretaria da Mulher
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Jornada Zero Violência contra Mulheres e Meninas chega a Planaltina
A população de Planaltina vai receber, a partir desta segunda-feira (6) e durante uma semana, visitas da equipe da Secretaria da Mulher (SMDF). O objetivo é promover palestra e bate-papos com os moradores da cidade sobre o combate à violência de gênero. Também será realizada uma caminhada pela região para reforçar a importância do tema e mostrar os caminhos disponíveis de proteção e acolhimento das vítimas. Na programação, estão previstos, entre outras ações, palestra sobre violência de gênero para os homens e um bate-papo com as diretoras das escolas da cidade sobre como abordar o assunto com os estudantes. Também serão feitas visitas aos equipamentos da rede de enfrentamento e uma caminhada para a distribuição de cartazes e fôlderes informativos nos estabelecimentos comerciais. [Olho texto=”Lideranças locais serão convidadas a conhecer e a replicar dados sobre ações e políticas do Governo do Distrito Federal (GDF), voltadas ao acolhimento e à proteção das mulheres, de seus familiares e até mesmo de seus agressores” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com a proposta de mobilizar a população do Distrito Federal para divulgar e fortalecer a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres, a iniciativa quer reforçar os canais de denúncias disponíveis, além de apresentar à comunidade os equipamentos de acompanhamento psicossocial, apoio e acolhimento das vítimas. Com esse objetivo, a equipe do Jornada Zero vai orientar a população sobre como denunciar casos de violência contra a mulher e indicar os locais onde as vítimas podem procurar ajuda, como o Núcleo de Atendimento à Família e Autores de Violência Doméstica (Nafavd); o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam); o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas). Também serão apresentados os serviços oferecidos pelo Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav), pela Prevenção Orientada à Violência Doméstica e Familiar (Provid), bem como pelos conselhos tutelares e pelas delegacias. Uma luta de todos Lideranças locais serão convidadas a conhecer e a replicar dados sobre ações e políticas do Governo do Distrito Federal (GDF), voltadas ao acolhimento e à proteção das mulheres, de seus familiares e até mesmo de seus agressores. Outra meta do Jornada Zero é capacitar servidores e fortalecer a atuação das administrações regionais para que sejam “pontos focais” no atendimento às mulheres que sofrem qualquer tipo de agressão. Nesses locais, elas deverão ser acolhidas, orientadas e encaminhadas aos atendimentos especializados para cada caso. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O programa visitará todas as regiões administrativas do DF e Entorno. Planaltina é a terceira região a receber o Jornada Zero. Em julho de 2021, foi a vez de Samambaia conhecer o programa. Em 2019, a Secretaria da Mulher, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), lançou o projeto-piloto do programa no Paranoá, cidade escolhida por apresentar um dos maiores índices de feminicídio e de violência de gênero da capital, à época, segundo dados da SSP. Programação do lançamento da ação em Planaltina – Apresentação do programa Jornada Zero Data: 6 de dezembro Hora: 19h Local: Complexo Cultural de Planaltina: Av. Uberdan Cardoso, Setor Administrativo, Via WL 2, Lote 2 – Visita aos equipamentos da rede Data: 7 de dezembro Hora: 9h Local: Concentração na Administração Regional de Planaltina – Av. Uberdan Cardoso, Setor Administrativo – Palestra com os homens Data: 8 de dezembro Hora: 9h Local: Administração Regional de Planaltina – Av. Uberdan Cardoso, Setor Administrativo – Bate-papo com diretoras das escolas Data: 9 de dezembro Hora: 10h Local: Cras Central de Planaltina – Área Especial H, Lote 6, Setor Educacional, Planaltina DF – Caminhada pela cidade Data: 10 de dezembro Hora: 15h Local: Concentração na Praça da Igreja *Com informações da Secretaria da Mulher do DF
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Programas assistenciais abrem caminho para um futuro melhor
Denunciar é preciso: violência é crime passível de punição | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Maria (nome fictício), 33 anos, só descobriu que sofria violência psicológica depois de denunciar o ex-marido na Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam). Logo após registrar a ocorrência, a professora foi encaminhada ao Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam). Durante os meses de atendimento, ela entendeu que não era responsável pelo fim do casamento de oito anos, como o ex-companheiro a havia induzido a acreditar. “Quando constataram que, pelos meus relatos, quem tinha problemas era ele e não eu, não acreditei” conta. “Sozinha, eu não conseguia perceber que durante todos esses anos vivi um relacionamento abusivo. Ele dizia que eu era louca, colocava a culpa de tudo em mim e ainda me ameaçou de morte, além de tentar tirar a guarda do nosso filho dizendo que eu era negligente. As pessoas de fora percebem, mas a gente que está vivendo aquela violência, não.” Graças ao atendimento oferecido pelo GDF, Maria garante que vem se sentindo acolhida e amparada. “Todos acreditaram em mim, validaram os meus sentimentos. Há muitas mulheres que, assim como eu, não sabem que estão sofrendo algum tipo de violência, mesmo com marcas físicas. Apesar de ser a vítima, a gente se culpa. Por isso é fundamental termos esse apoio”, comenta. [Olho texto=”“Há muitas mulheres que, assim como eu, não sabem que estão sofrendo algum tipo de violência, mesmo com marcas físicas”” assinatura=”Maria” esquerda_direita_centro=”centro”] Atualmente, ela e os dois filhos – um deles fruto de outro relacionamento – recebem tratamento psicológico no Pró-Vítima, programa de atendimento de psicologia e de assistência social voltado a vítimas de violência doméstica, intrafamiliar, psicológica, física, sexual e institucional e a seus familiares. Apesar de sofrer violência física, sexual, moral, psicológica e patrimonial, Joana (nome fictício), 46 anos, também só percebeu os abusos quando as agressões ameaçaram atingir suas filhas. “Quando caiu a ficha, eu fiquei com medo e cogitei retirar a queixa na Deam”, relembra. “Depois que me encaminharam para o Nafavds [Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica], comecei a me encontrar. Empoderei-me com o suporte legal e o apoio psicológico. Eu percebi que não estava só e tinha com quem contar”. Joana relata que mudou sua forma de agir após conhecer esses programas. “Não vou deixar que minhas filhas passem pelo o que eu passei, pelo que eu vi minha mãe passar”, garante. “Agradeço todos os dias por ter tido a oportunidade de ter esse suporte. Fui bem-acolhida desde o primeiro momento. O olhar carinhoso de todos os profissionais é algo que não consigo descrever”. [Olho texto=”“Não vou deixar que minhas filhas passem pelo o que eu passei, pelo que eu vi minha mãe passar”” assinatura=”Joana” esquerda_direita_centro=”centro”] Apoio exclusivo Maria e Joana têm histórias de vida bem parecidas, que se juntam às de mais de 20 mil mulheres assistidas pelos programas do GDF que, entre 2019 e 2020, têm acolhido vítimas de violência. Na capital federal, o público feminino conta com uma instituição exclusiva – a Secretaria da Mulher –, responsável por articular, junto a outros órgãos, políticas públicas destinadas a essa faixa. A pasta recebe mulheres em medida protetiva sob grave risco de vida na Casa Abrigo. Elas são encaminhadas pela Deam, por outras delegacias ou por meio de ordem judicial. O endereço é mantido em sigilo, por motivos de segurança. Também há as unidades do Ceam. Localizados na Estação de Metrô 102 Sul, em Ceilândia e Planaltina, esses órgãos oferecem acolhimento e atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher. Além da Casa Abrigo e das unidades do Ceam, existem os núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds). O objetivo é provocar reflexões sobre as questões de gênero, comunicação e expressão de sentimentos e sobre a Lei Maria da Penha, entre outros temas. Para ter acesso ao serviço, basta comparecer à unidade mais próxima com RG, CPF e o número do processo judicial. Atualmente, são nove núcleos: Plano Piloto, Brazlândia, Gama, Paranoá, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e Taguatinga. A secretária da Mulher, Ericka Filippelli, reforça que a pasta também oferece programas que buscam a independência financeira da população feminina. “[É o caso do] Rede Sou Mais Mulher e do Empreende Mais Mulher”, explica. “Ambos têm o objetivo de fazer com que elas tenham autonomia e independência econômica. A maioria delas não consegue sair de um relacionamento, porque depende financeiramente deles [os maridos ou companheiros]”. [Olho texto=”“A maioria delas não consegue sair de um relacionamento, porque depende financeiramente dos maridos ou companheiros”” assinatura=”Ericka Filippelli, secretária da Mulher” esquerda_direita_centro=”centro”] Em janeiro, o governo local regulamentou o programa Código Sinal Vermelho. As mulheres poderão registrar na palma da mão que estão sofrendo violência doméstica e procurar estabelecimentos comerciais que estarão aptos a chamar a polícia para atendê-las. Os funcionários desses locais serão orientados a acolhê-las de forma sigilosa. A vítima deverá ser levada para um local seguro e discreto até que possa receber atendimento especializado. Pró-Vítima e Provid Na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), as mulheres também podem ter atendimento psicológico e assistência. Lá, serão acolhidas e orientadas sobre os direitos delas socioassistenciais, além de participarem de sessões de terapia de apoio individual. “Com o Pró-Vítima, conseguimos oferecer às vítimas o apoio necessário para que possam superar esse momento tão difícil em suas vidas”, resume a titular da Sejus, Marcela Passamani. “A nossa equipe de profissionais está preparada para acolher, orientar e ajudá-las a restabelecer seu equilíbrio mental e emocional”. [Olho texto=”“A nossa equipe de profissionais está preparada para acolher, orientar e ajudá-las a restabelecer seu equilíbrio mental e emocional”” assinatura=”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”centro”] Já a Polícia Militar do DF atua no programa Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), que tem o objetivo de prevenir, inibir e interromper o ciclo de violência doméstica e familiar por meio do policiamento ostensivo e de visitas comunitárias. “Articulamos com outros órgãos que compõem a rede de enfrentamento para combater as agressões ou para que ela [a mulher] saia daquela situação”, explica a responsável pelo programa, a capitão Adriana Vilela. [Olho texto=”“Articulamos com outros órgãos que compõem a rede de enfrentamento para combater as agressões ou para que a mulher saia daquela situação”” assinatura=”Adriana Vilela, coordenadora do Provid” esquerda_direita_centro=”centro”] A maior parte dos atendimentos é feita por encaminhamentos do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e pelas varas de Violência, mas as demandas também chegam por meio do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), conselhos tutelares, delegacias especializadas, unidades do Nafavd e defensoria pública. O policiamento também atende demais pessoas em contexto de violência, como crianças, adolescentes e idosos. A vítima pode solicitar atendimento pelo número 190 ou na delegacia de polícia mais próxima. Mulheres em situação de rua Além de atender mulheres vítimas de violência, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) também tem equipamentos de prevenção para aquelas em situação de rua. As unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) são a porta de entrada para o cidadão acessar a proteção social básica, assim como outras políticas públicas. Ao todo, são 27 unidades distribuídas em várias regiões administrativas da capital. O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) é outro espaço público de assistência social destinado a pessoas que estão vivendo situações de violência ou violação de direitos. Lá, a vítima será recepcionada e acolhida, fortalecendo vínculos familiares e comunitários. Ela receberá informações sobre seus direitos e terá acesso a outros serviços, benefícios e programas. “O serviço de equipes que estão na rua aborda as pessoas para identificar e verificar as necessidades imediatas, se têm documentação”, explica a subsecretária de Assistência Social da Sedes, Kariny Veiga. “Será feita a orientação, o trabalho de escuta e sugestões de alternativas para que ela saia da condição de violência”. Deam Além da Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (Deam) da Asa Sul, as mulheres ganharam outra unidade em Ceilândia – cidade mais populosa da capital. A delegada-chefe Carolina Litran lembra que as delegacias funcionam 24 horas por dia. “No momento do registro, são tomadas as medidas necessárias para proteger a vítima, como a medida protetiva, o encaminhamento para os programas oferecidos pelo governo local”, informa. A gestora reforça a importância da denúncia para romper o ciclo de violência doméstica: “É uma responsabilidade da sociedade também. Não precisa ser a vítima para denunciar. Se conhecem pessoas nessa situação, também devem fazer sua parte. Estamos sempre disponíveis, inclusive para tirar dúvidas”. Neste mês, o Distrito Federal passou a contar com um canal inovador para denúncias de violência doméstica – Maria da Penha On-Line. A nova modalidade é oferecida pela Delegacia Eletrônica da Polícia Civil. De forma pioneira, a ferramenta possibilitará a solicitação virtual de medidas protetivas, preenchimento do Questionário de Avaliação de Risco, representação contra o autor da violência, solicitação de acolhimento da vítima em Casa Abrigo, autorização para intimação durante o processo (via telefone, e-mail, WhatsApp ou outro meio tecnológico sério e idôneo) e, ainda, a possibilidade de anexar arquivos, como vídeos, documentos e imagens. Arte: Núcleo Digital/Agência Brasília
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Banco de Acessórios: abrace esta campanha
Arte: EAI Até o dia 30 deste mês, o Escritório de Assuntos Internacionais (EAI), a Secretaria da Mulher e a Secretaria Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali) – vinculada à Secretaria de Economia – promovem a campanha Banco de Acessórios, criada para arrecadar toucas, chapéus, lenços e outros adereços que serão entregues ao Hospital de Base de Brasília e repassados a pacientes oncológicos. A iniciativa, que integra o contexto do Outubro Rosa, começou na quarta-feira (21), data conhecida internacionalmente como Pink Ribbon Day (Dia do Laço Rosa). Voltada a desenvolver ações focadas em saúde, qualidade de vida e redução das desigualdades sociais, a campanha também integra os propósitos dos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 da ONU). Incentivo à autoestima “Os meses de outubro e novembro são uma época em que voltamos nossa atenção para o câncer, e trazem uma oportunidade de nos sensibilizarmos e ajudar da forma que podemos”, explica a chefe do EAI, Renata Zuquim. Ao estimular as doações, a campanha destaca a autoestima como fator importante para a qualidade de vida dos pacientes e o fortalecimento da luta contra a doença. “Esta é mais uma ação integrada do GDF, uma manifestação de carinho e de atenção às mulheres durante o Outubro Rosa”, pontua a secretária da Mulher, Ericka Filippeli. “Sabemos que o câncer pode fragilizar muito a autoestima e o bem-estar emocional das pacientes; assim, um pequeno gesto, como a doação de um acessório, é uma forma de acolhimento e de reforço à vaidade delas nesse momento delicado.” Você tem um chapéu que está sem uso em casa? Um lenço, gorro ou outros acessórios? Doe! Os pontos de coleta são as caixas cor-de-rosa instaladas no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da Estação 102 Sul do Metrô e no Anexo do Palácio do Buriti. * Com informações do EAI
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