Piscicultores do DF e Entorno se reúnem para debater redução de custos e estratégias de mercado
A Emater-DF promoveu, na quinta-feira (27), o 19º Encontro de Piscicultores do Distrito Federal e Entorno. A atividade, que reuniu aproximadamente 45 produtores e empreendedores, ocorreu na propriedade Terra Maré Pescados, localizada no núcleo rural Ponte Alta, no Gama, onde o produtor Eber Maia desenvolve a atividade de piscicultura. Na abertura do encontro, a diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, ressaltou os avanços alcançados na tecnificação e na qualificação da produção de pescado no DF. “O desafio é vender o peixe, ou seja, fechar a cadeia produtiva de forma que o piscicultor consiga acesso ao mercado e ter rentabilidade”, destacou. Para alcançar esse objetivo, Loiselene reafirmou a importância da organização rural. “É fundamental que os produtores estejam juntos em cooperativas ou associações. Na Emater-DF, temos um grupo de trabalho engajado e pronto para ajudar os piscicultores no que for preciso para fortalecer essa cadeia”, observou a diretora. O responsável pelo Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, reforçou a ideia de organização. “Com grupos trabalhando juntos, os produtores de pescado conseguem reduzir custos em compras de ração”, exemplificou. A atividade reuniu aproximadamente 45 produtores e empreendedores | Foto: Divulgação/Emater-DF O secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, também bateu na tecla da organização. “Sozinho, o produtor não vai a lugar nenhum. Além de estar em cooperativas ou associações, é importante participar da Câmara Setorial da Aquicultura, por exemplo, que é o fórum onde o governo escuta as demandas do setor”, apontou. Durante o encontro, o empreendedor da Terra Maré Pescados, Eber Maia, fez um resumo do trabalho realizado na propriedade. “Temos 42 tanques lonados com geomembrana (uma lona mais resistente), onde são criados os peixes. O controle da água, da ração e da saúde dos animais é feito de forma muito rígida, com o objetivo de manter a qualidade do produto”, afirmou. O cuidado é tanto que os alevinos são vacinados um por um. “Com uma equipe de quatro pessoas, conseguimos imunizar entre 15 mil e 20 mil peixes por dia”, atestou Eber Maia. Em seguida, Adalmyr Borges falou sobre o mercado do pescado em Brasília e o pesquisador Luiz Freitas, da Embrapa Cerrados, discorreu sobre Boas Práticas de Manejo para reduzir os custos de produção. De acordo com dados de 2024 da Emater-DF, o Distrito Federal possui 651 piscicultores, numa área de 62 hectares de lâmina de água. A produção total foi de 2,2 mil toneladas. *Com informações da Emater-DF
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Força feminina no campo marca o 9º Encontro Distrital de Mulheres Rurais
Mais de 500 mulheres de diversas comunidades rurais do Distrito Federal participaram, nesta quarta-feira (19), do 9º Encontro Distrital de Mulheres Rurais, promovido pela Emater-DF no auditório da Novacap. O evento reuniu agricultoras, trabalhadoras e lideranças femininas e ofereceu serviços como corte de cabelo, maquiagem, exame de vista, além de orientações sobre nutrição, plantas aromáticas e crédito rural. Pela manhã, as participantes entregaram à vice-governadora Celina Leão uma carta com propostas e demandas voltadas às mulheres e suas comunidades. A vice-governadora destacou o papel das mulheres rurais na construção de comunidades mais fortes e reforçou que políticas públicas eficazes começam pela educação e pelo cuidado com as famílias, áreas em que o governo tem ampliado investimentos, e que ouvir quem vive e produz no campo é essencial para garantir dignidade e inclusão. “É pensando nas famílias, especialmente nas mulheres, que estamos ampliando políticas públicas essenciais. Para mim, como mulher e mãe, esse compromisso tem um significado especial. Ver vocês aqui, unidas e fortalecidas, mostra a força das mulheres rurais do DF. Nosso trabalho é garantir que vocês tenham mais oportunidades, segurança e condições dignas para viver e produzir”, afirmou a vice-governadora. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destacou que o encontro é resultado de um trabalho de muita mobilização, formações e atividades em 20 comunidades rurais. Ele ressaltou o papel das extensionistas e economistas domésticas da empresa, que atuam diretamente com as mulheres do campo, promovendo autonomia, protagonismo e desenvolvimento produtivo. Pela manhã, as participantes entregaram à vice-governadora Celina Leão uma carta com propostas e demandas voltadas às mulheres e suas comunidades | Fotos: Divulgação/Emater-DF “Todo esse movimento segue alinhado ao planejamento estratégico do GDF, às metas de combate à fome, geração de renda e qualidade de vida no campo. A Emater-DF não arreda o pé: estamos aqui para apoiar, fortalecer e acreditar no protagonismo das mulheres rurais”, afirmou o presidente. Para o secretário de Agricultura Rafael Bueno, o encontro demonstra a força da mulher rural e a união. Ele destacou que foi por meio de demandas apresentadas pelas mulheres durante esses eventos que surgiram as primeiras creches rurais, asfaltamento em algumas regiões e a implantação de unidades de saúde. “Este encontro é o espaço onde elas apresentam suas demandas reais, e isso gera resultados concretos. São necessidades que nos direcionam a oferecer dignidade e qualidade de vida às mulheres rurais. Parabenizo a Emater-DF pelo trabalho belíssimo”, enfatizou o secretário. A secretária da Mulher Giselle Ferreira reforçou a importância da presença ativa das políticas públicas nos territórios rurais. “As nossas políticas públicas precisam chegar até onde as mulheres estão. Estar perto, ouvir e agir é o que transforma a realidade de quem vive e produz no campo. Este encontro mostra que a pauta das mulheres é de todo o GDF, que tem atuado de forma conjunta para garantir segurança, qualidade de vida e assistência às mulheres do Cerrado”, afirmou. O evento contou ainda com a presença do presidente da Novacap, Fernando Leite; da deputada federal Bia Kicis; e do deputado distrital Tiago Manzoni, entre outros parceiros institucionais. Durante todo o dia as mulheres participaram de diversas atividades, mas a mais animada e esperada por elas foi a gincana Gincana e criatividade Durante todo o dia, as mulheres participaram de diversas atividades, mas a mais animada e esperada por elas foi a gincana. Divididas em grupos, as mulheres participaram de quatro atividades: concurso de receitas, apresentação musical, grito de torcida e exposição de artefatos produzidos pelas equipes. Os grupos foram organizados por escritório local da Emater-DF e, ao longo dos pré-encontros, receberam incentivo para criar as peças e preparações que concorreram na disputa. De acordo com a produtora Eliana Fontenele, de São Sebastião, as atividades e a convivência fortaleceram as trocas entre diferentes regiões do DF. “É muito bom conhecer cada mulher de cada região diferente. É muito importante para a gente aprender e se manter unida”, destacou. Durante o evento, ela ganhou uma atividade da gincana e conquistou pontos para a sua equipe, o que, para ela, reforçou o espírito de diversão e cooperação entre as mulheres. Laís Cristina Silva de Melo, do Núcleo Rural Rajadinha (Paranoá), disse que a experiência vai além da competição da gincana. “A gente não ganha em premiação, ganha em convivência”, resumiu. Já a produtora Noilde de Jesus, de Brazlândia, que participa desde a primeira edição, lembrou como esses encontros transformaram sua trajetória. “Acho que participo desde o primeiro encontro e cheguei sem nenhum conhecimento. Ao longo dos anos aprendi a me valorizar e a passar o que eu sei para outras mulheres. Hoje eu lidero mulheres." A economista doméstica da Emater-DF Selma Tavares, responsável pela organização do encontro na empresa, destacou o alto nível das produções culinárias apresentadas na gincana. “Frutos típicos do Cerrado, como pequi, baru e cagaita, foram incorporados a bolos, brigadeiros, licores e outros pratos tradicionais. Isso mostra o potencial das mulheres do campo na gestão do negócio rural e na elevação da renda das famílias”, observou. Na gincana, Brazlândia, Planaltina, Taquara, Paranoá e Ceilândia foram as regiões ganhadoras das primeiras colocações. *Com informações da Emater-DF
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Curso de capacitação em cafeicultura atende extensionistas e produtores
A partir desta terça (11) até quinta-feira (13), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Embrapa Café realizam o Curso de Capacitação em Cafeicultura, voltado a extensionistas rurais e produtores. A iniciativa integra o convênio firmado entre as duas entidades, com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento da cafeicultura no DF, disseminando tecnologias e boas práticas geradas pelo Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O curso ocorre na Casa do Cerrado e na sede da Emater-DF, no Parque Estação Biológica, e foi estruturado para atender às principais demandas identificadas em diagnóstico socioeconômico realizado com produtores locais. Entre os desafios apontados estão a escassez de mão de obra, o controle de pragas e doenças, o manejo da irrigação e a gestão das propriedades. De acordo com o diagnóstico da Embrapa, atualmente o Distrito Federal conta com cerca de 134 propriedades especializadas na produção de café arábica, totalizando 438 hectares cultivados. A produtividade média — 50 sacas por hectare — supera a média nacional, estimada em 30 sacas. O Curso de Capacitação em Cafeicultura busca atender às principais demandas identificadas em diagnóstico socioeconômico realizado com produtores locais | Foto: Divulgação/Emater-DF Formação técnica e troca de experiências A programação será dividida em três módulos temáticos, ministrados por especialistas da Embrapa Café, Epamig, IDR-Paraná e Senar-DF. O primeiro módulo aborda a implantação de lavouras cafeeiras, com temas como escolha de cultivares, preparo do solo, nutrição, tratos culturais, irrigação e controle de pragas e doenças — com destaque para o bicho-mineiro, a broca e a ferrugem. "Essa capacitação é essencial para impulsionar a retomada da cadeia produtiva local. O Distrito Federal tem todas as condições de produzir cafés diferenciados e de alta qualidade, voltados a cafeterias e consumidores que valorizam origem e sabor" Rafael Bueno, secretário de Agricultura O segundo módulo trata da colheita e do pós-colheita, abordando desde a colheita manual e mecanizada até o processamento do café (via natural e via úmida), secagem, beneficiamento, armazenamento e torrefação. Já o terceiro módulo foca na administração da propriedade cafeeira, com ênfase no planejamento da produção, gestão de custos, comercialização e estudo de caso sobre práticas de gestão em pequenas propriedades. Segundo o plano de trabalho do convênio, esta capacitação faz parte de um ciclo de cinco etapas: diagnóstico da cadeia produtiva, capacitação técnica, qualificação em beneficiamento e torrefação, implantação de unidades demonstrativas e realização de dias de campo. As próximas fases, previstas para 2026, devem incluir o treinamento de produtores em parceria com a Embrapa Cerrados, com atividades práticas nas principais regiões cafeeiras do DF. Para o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o Distrito Federal tem grande potencial para desenvolver cafés de qualidade, voltados ao segmento de cafés especiais, um nicho de mercado que vem crescendo e valorizando o trabalho de produtores familiares. “A transferência de conhecimento é fundamental para consolidar uma cadeia produtiva sustentável, competitiva e alinhada às exigências do mercado. Com apoio técnico e gestão eficiente, podemos posicionar o DF como referência em cafés de excelência”, destacou. O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, também ressaltou a importância da formação contínua dos extensionistas. “Essa capacitação é essencial para impulsionar a retomada da cadeia produtiva local. O Distrito Federal tem todas as condições de produzir cafés diferenciados e de alta qualidade, voltados a cafeterias e consumidores que valorizam origem e sabor. Esse é um passo estratégico para fortalecer a economia rural e agregar valor ao que é produzido em nossas propriedades”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Para o chefe-geral da Embrapa Café, Antônio Fernando Guerra, o convênio entre as instituições representa um avanço concreto para o fortalecimento da cafeicultura no DF. “O diagnóstico da cafeicultura local mostra que há grande potencial, mesmo em pequenas propriedades de até dois hectares, para produzir café de qualidade e incrementar a renda das famílias. Esse projeto consolida a parceria entre pesquisa e extensão, levando ao campo o conhecimento necessário para transformar oportunidades em resultados reais”, enfatizou. A abertura do curso contou com a participação de representantes da senadora Damares Alves, que disponibilizou emenda parlamentar para a realização da atividade. Curso de Capacitação em Cafeicultura · Local: Sede da Emater-DF — Parque Estação Biológica, Asa Norte / Casa do Cerrado · Data: De 11 a 13 de novembro · Horário: Das 8h30 às 17h *Com informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF)
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Confederação de agricultores familiares recebe certificado que permite representação comercial de cooperativas
A Emater-DF entregou, nessa quarta-feira (29), o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) para a União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes Brasil). A entidade congrega mais de 1,5 mil cooperativas e associações de agricultores familiares de todo o país. Com o documento, a instituição se credencia a representar comercialmente as organizações agrícolas tanto no Brasil quanto no exterior. A Unicafes Brasil recebeu, nessa quarta (29), o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar, concedido pela Emater-DF | Foto: Rinaldo Costa/Emater-DF A presidente da Unicafes, Fátima Torres, comemorou a entrega da CAF. “Nosso desafio é inserir produtos de agricultores familiares do interior nos mercados das grandes cidades. Com o documento, podemos facilitar o acesso das organizações a políticas públicas, como as compras institucionais”, afirmou. Fátima Torres acrescenta que o primeiro efeito prático da CAF será a participação da Unicafes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (COP-30), em Belém (PA). “Levaremos dez toneladas de produtos da agricultura familiar para serem comercializados nos estandes da conferência, além de participarmos de eventos onde vamos apresentar produtos de todos os biomas brasileiros”, informou. [LEIA_TAMBEM]O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destacou o trabalho conjunto entre as duas instituições. “Essa parceria reforça a importância da extensão rural pública, que não mede esforços para incluir o agricultor familiar no mercado e garantir alimento de qualidade na mesa dos brasileiros”, observou. O que é o CAF O Cadastro Nacional da Agricultura Familiar identifica os produtores familiares. Instituído pela Lei nº 11.326/2006, o documento garante o acesso dos agricultores e demais beneficiários às políticas públicas de apoio e incentivo à produção agrícola familiar, como linhas de crédito e programas de comercialização, por exemplo. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais participam de capacitação em marketing digital e e-commerce
Começou nesta quarta-feira (15) a Capacitação em E-commerce e Marketing Digital para Empreendedores Rurais, promovida pela Emater-DF. O curso, realizado no Centro de Capacitação Tecnológica e Desenvolvimento Rural da Ceasa-DF (CCC), tem como objetivo preparar produtores e empreendedores rurais para divulgar melhor seus produtos e ampliar canais de comercialização por meio das plataformas digitais. As atividades seguem até sexta-feira (17). Produtores e empreendedores rurais iniciaram nesta quarta (15) uma capacitação em e-commerce e marketing digital, oferecida pela Emater-DF | Foto: Divulgação/Emater-DF O extensionista rural Carlos Goulart, responsável pelo programa Empreender e Inovar da Emater-DF, destacou a importância de o produtor rural passar a se enxergar como empreendedor. “Precisamos pensar não somente como produtores, como quem produz, mas principalmente como empreendedores. Ao invés de oferecer uma cartela grande de produtos, focar em um produto até que ele venha a se estabelecer e se tornar a sua marca de valor", ressaltou. "Aprender sobre divulgação nas redes sociais está sendo ótimo e vai me ajudar a fazer o meu produto se tornar conhecido" Maria Luiza da Costa Cotrim, empreendedora rural As aulas estão sendo ministradas pelo professor Alan Costa, estrategista em marketing digital e diretor da Produzindo Digital, agência especializada em vendas pela internet. Ao longo dos três dias, os participantes aprendem sobre posicionamento de marca, uso de redes sociais, vendas on-line e ferramentas práticas para fortalecer a presença digital dos empreendimentos rurais. Entre os participantes, o produtor Bruno Ferreira Uchôa, criador de abelhas, viu na capacitação uma oportunidade de aprimorar o negócio. “Já comercializo meus produtos online, mas ainda de forma rudimentar. Aqui, nessas primeiras horas de curso, já tive alguns insights de coisas que posso implementar no meu negócio. Está sendo muito bom para abrir a nossa mente e mostrar que ainda temos muito a agregar para alcançar as pessoas com nosso produto”, contou. [LEIA_TAMBEM]A jovem Maria Luiza da Costa Cotrim, do Assentamento 15 de Agosto, está iniciando seu primeiro projeto produtivo de criação de aves com o apoio da Emater-DF, pelo programa Apoio Jovem. Para ela, o aprendizado sobre marketing digital chega em boa hora. “Aprender sobre divulgação nas redes sociais está sendo ótimo e vai me ajudar a fazer o meu produto se tornar conhecido”, afirmou. Também participante da capacitação, o piscicultor Fausto Santiago, do Incra 6 em Brazlândia, destacou a importância da comercialização para o sucesso da produção rural. “A comercialização é uma parte importantíssima. A gente faz toda a produção para comercializar”, enfatizou. O curso integra o conteúdo curricular dos programas Empreender e Inovar, e Filhos deste Solo, mas também disponibilizou vaga para produtores rurais interessados no tema. Para participar de novas edições, é necessário procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo. *Com informações da Emater-DF
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Crédito rural do GDF e cooperativismo fortalecem produção de morango em Planaltina
O casal de produtores rurais Leonice e Arnaldo Mendes, de 42 anos, da comunidade Lagoinha, em Planaltina, precisou recomeçar a vida há cerca de cinco anos. Após o fechamento da gráfica que mantinham na cidade, em consequência da pandemia da covid-19, buscaram apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Sem experiência no campo, foram apresentados à cooperativa de produtores familiares da região e tiveram acesso ao microcrédito do programa Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Hoje, são responsáveis pelo maior cultivo de morango da comunidade. Leonice e Arnaldo Mendes contaram com o apoio do GDF para, sem experiência prévia no campo, iniciarem jornada como produtores rurais | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A produção começou na chácara localizada no Núcleo Rural Rio Preto, com abóbora, mas logo no primeiro ciclo enfrentaram dificuldades: a lavoura foi destruída por lagartas e toda a safra se perdeu. Com o apoio da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF (Coopermista) e acesso a insumos, recomeçaram e, pouco depois, obtiveram o primeiro crédito do Prospera, de cerca de R$ 19 mil. O recurso permitiu o plantio de beterraba e cenoura e a ampliação da área produtiva. O cultivo do morango veio mais recentemente, como uma aposta ousada. “Começamos com 10 mil mudas, mesmo com o desafio de sermos os primeiros produtores da região. Hoje, fornecemos tanto para a cooperativa quanto para supermercados, e já competimos com grandes produtores. O morango é uma oportunidade porque garante colheita o ano inteiro e abre portas para novos mercados”, conta Leonice. A chegada do canal da Lagoinha, em novembro de 2024, também fez diferença para os produtores, que antes só podiam plantar culturas menos dependentes de irrigação, como batata-doce, abóbora e beterraba. Agora conseguem diversificar. Segundo eles, o próximo passo é investir na cobertura da plantação de morango e, futuramente, no cultivo suspenso, que melhora tanto a produtividade quanto as condições de trabalho. Leonice ressalta que a Emater foi essencial em todo esse processo, não só no apoio técnico, mas também no incentivo e na capacitação. “Participei de viagens e intercâmbios que ampliaram minha visão, conheci produtoras de outras regiões e percebi que era possível crescer”, afirma. “Além disso, a Emater trouxe cursos de gestão e orientação financeira, algo essencial, porque não basta produzir: é preciso saber calcular custos, entender se há lucro e planejar”. “Histórias como essa mostram a força do Prospera. Ao apoiar a agricultura familiar, conseguimos não apenas fortalecer a produção local, mas também garantir mais emprego, dignidade e desenvolvimento. O programa foi criado justamente para isso, para dar oportunidade a quem deseja empreender, gerar renda e transformar realidades”, destacou o secretário da Sedet-DF, Thales Mendes. A produção de morango do casal vem crescendo e gerando empregos para a comunidade. A trabalhadora rural Ana Clarice Vieira, 25 anos, conta que encontrou na atividade uma nova fonte de renda. “Eu estava sem trabalhar, mas agora venho três a quatro vezes por semana para ajudar na produção de morango. Isso trouxe oportunidade para muita gente daqui, especialmente porque não temos transporte público e o trabalho fica perto de casa. Além disso, é uma ocupação que envolve principalmente as mulheres, que cuidam da seleção, pesagem e embalagem dos frutos, enquanto os homens se dedicam mais à colheita”, relata. Após 20 anos de parceria matrimonial, o casal conta com cinco trabalhadores rurais no negócio da família. Eles se reconhecem como pequenos produtores da agricultura familiar, mas planejam crescer de forma estruturada, sempre baseados no cooperativismo. O casal começou produzindo 10 mil mudas de morango; atualmente, fornecem tanto para a cooperativa quanto para supermercados Assistência Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater-DF, Eduardo Damásio, quando um produtor solicita atendimento, a equipe realiza visita técnica para avaliar a propriedade de forma global. A análise considera não apenas a parte produtiva, mas também os arredores, as vias de acesso, o potencial da área e a disponibilidade ou possibilidade de água. “Muitas vezes o produtor deseja plantar algo que não é recomendado para a região; parte do nosso trabalho é orientar sobre a cultura mais adequada ao ambiente”, explica. “Aqui no Rio Preto, as cooperativas são canais fundamentais de comercialização porque trabalham com plantio programado. O produtor sabe antecipadamente quanto plantar e qual será o preço de venda, deixando de ficar refém da oscilação do mercado de hortifrúti, que pode variar drasticamente. A Emater, portanto, não só orienta no campo, mas também presta assessoria gerencial: mostramos linhas de crédito e orientamos sobre gestão financeira e comercialização”, ressalta Eduardo. [LEIA_TAMBEM]Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, com foco em investimento e custeio, de responsabilidade da Sedet-DF; e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), que financia projetos ligados à atividade rural, como investimento e custeio agropecuário, infraestrutura, agroindustrialização e turismo rural. “O Prospera é bastante usado por produtores familiares e funciona de forma escalonada: começa com cerca de R$ 19 mil; após a quitação, o agricultor pode acessar um segundo crédito de aproximadamente R$ 28 mil e, em seguida, um terceiro de cerca de R$ 38 mil”, explica o extensionista. Segundo ele, os recursos podem ser aplicados tanto no custeio da produção, como na compra de insumos, quanto em investimentos, como a instalação de túneis e estufas para o cultivo de morango no período de chuvas. Na prática, o Prospera permite ao produtor planejar e escalonar a produção mesmo sem dispor do capital imediatamente. Em conjunto com o FDR, forma uma combinação que tem ajudado muitos empreendimentos rurais a crescerem de maneira planejada e sustentável. Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), que financia projetos ligados à atividade rural Como adquirir linhas de crédito A solicitação do microcrédito do Prospera começa nas agências do trabalhador. Atualmente, são 14 unidades fixas e outras duas itinerantes em fase de implantação. Nessas agências, o interessado passa por uma simulação inicial com um agente de crédito. A partir desse contato, inicia-se um diálogo para entender a finalidade do recurso, que pode ser utilizado na compra de equipamentos, contratação de funcionários ou melhorias no produto ou serviço oferecido. Já para acessar o FDR, é necessário apresentar um projeto elaborado pela Emater. São exigidos documentos pessoais e da propriedade, certidões negativas de débito — inclusive junto à Serasa —, garantias e Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros requisitos.
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Produtores de agroindústria e turismo rural recebem chamamento para participar de catálogo
A Emater-DF publicou, nesta sexta-feira (19), um chamamento público voltado para empreendedores rurais atendidos pela empresa e que produzem alimentos processados em agroindústria ou que possuam atividades turísticas em sua propriedade. O objetivo é participar do catálogo Conexões e Experiências: Turismo, Histórias e Produtos do Campo que Encantam. O projeto será disponibilizado em formato digital e físico. A ideia é criar uma estratégia de divulgação, valorização e integração entre produtores e consumidores, promovendo a venda direta e o turismo rural, fortalecendo a agricultura familiar do Distrito Federal. As inscrições começam na segunda-feira (22) e seguem até 9 de outubro. Os interessados devem ter cadastro ativo na Emater-DF, ser acompanhados pela empresa e possuir declaração do produtor. Além disso, as propriedades devem ter o registro para comercialização emitido pela Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) da Secretaria de Agricultura. Os candidatos devem se inscrever pelo email projetoconexoes@emater.df.gov.br. O edital de chamamento pode ser acessado na íntegra em https://www.emater.df.gov.br/chamamentos-publicos. *Com informações da Emater-DF
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29ª edição da Festa do Morango reúne mais de 500 mil pessoas e movimenta R$ 55 milhões
Nas redes sociais, o morango pode até ser uma moda. Mas no Distrito Federal ele é tradição. Prova disso é o sucesso da Festa do Morango, em Brazlândia, cuja 29ª edição terminou neste fim de semana, atraindo um total de 500 mil pessoas e movimentando R$ 55 milhões — valor 10% maior que o registrado no ano passado. A 29ª edição da Festa do Morango atraiu cerca de 500 mil pessoas para Brazlândia | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O encontro é promovido pela Associação Cultural Rural Alexandre Gusmão (Arcag) e pelo Instituto Alvorada Brasil, com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio de órgãos como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Administração Regional de Brazlândia, e secretarias de Turismo e de Cultura e Economia Criativa. "A Festa do Morango já é tradição no calendário do Distrito Federal, esperada pela população, atraindo milhares de visitantes todos os anos. Mais do que uma celebração cultural e gastronômica, o evento fortalece o turismo, movimenta a economia local e valoriza os produtores rurais da região. E neste ano, tivemos mais uma oportunidade de mostrar a riqueza do nosso território e de consolidar o DF como destino turístico diverso e acolhedor", destacou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. [LEIA_TAMBEM]O evento começou no último dia 5 e contou com shows de grandes nomes da música nacional, a exemplo de Murilo Huff, Léo Magalhães e Calcinha Preta. Mas a grande celebridade é mesmo o morango. O público presente pôde conferir estandes de cerca de 450 expositores — entre produtores da infrutescência e setores de artesanato e decoração, entre outros —, além de participar do Colha & Pague — que proporciona a oportunidade de pegar a hortaliça direto do pé — e de acompanhar o Concurso de Receitas, vencido, neste ano, por uma torta fria de frango com geleia de morango e cream cheese. "É uma alegria acompanhar o crescimento da Festa do Morango e o desenvolvimento dos nossos produtores ao longo dos anos. É perceptível o avanço na agroindustrialização: os produtos derivados do morango estão cada vez melhores, mais qualificados e com embalagens mais profissionais, refletindo o trabalho da Emater-DF e o empenho dos nossos produtores. Cada edição reafirma a força da agricultura familiar do DF e o potencial da nossa agropecuária. Espaços como a MorangoLândia e a Florabraz se consolidaram como importantes pontos de comercialização e vitrine dos produtos locais, valorizando o trabalho dos agricultores e mostrando a qualidade do que é produzido aqui. Mais uma vez saímos desta edição com a sensação de dever cumprido”, celebrou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Uma das atrações da festa, o Colha & Pague proporciona a oportunidade de pegar a hortaliça direto do pé | Foto: Divulgação/Emater-DF Segundo a empresa pública, o DF tem, hoje, 358 produtores de morango em mais de 177 hectares de cultivo. No ano passado, foram produzidas 6.615 toneladas da hortaliça, com um valor bruto de produção de R$ 211,8 milhões. "O Distrito Federal vem se destacando no cenário nacional como o terceiro maior produtor de morangos do Brasil. Isso é fruto do trabalho árduo de nossos agricultores, especialmente em regiões como Brazlândia e Planaltina, onde o morango é uma importante fonte de renda para muitas famílias. A Festa do Morango celebra mais do que a fruta: ela valoriza o trabalho no campo, a dedicação das famílias e a importância da agricultura para o desenvolvimento do DF", arrematou o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno.
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Mel da agricultura familiar será incluído na merenda escolar do Distrito Federal
O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou nessa quinta-feira (11) o edital de Chamada Pública nº 02/2025, que prevê a aquisição de mel da agricultura familiar para ser destinado à merenda escolar da rede pública de ensino. A iniciativa, inédita no DF, vai garantir a compra de 13,2 toneladas do produto, beneficiando agricultores familiares e levando alimento saudável a cerca de 438 mil estudantes. O edital, de caráter experimental, integra as ações do Grupo de Acompanhamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar do DF (Pnae-DF), formado pela Emater-DF, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Infraestrutura (Seagri-DF) e Secretaria de Educação (SEEDF). O grupo é responsável por realizar estudos de viabilidade e logística antes da publicação de cada chamada pública, avaliando produção, entrega e aceitação dos alimentos. O investimento inicial é de R$ 463.991,90. Iniciativa inédita no DF prevê a aquisição de mel da agricultura familiar para ser destinado à merenda escolar da rede pública | Fotos: Divulgação/Emater De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a iniciativa representa um marco para a agricultura familiar. “Estamos inserindo na merenda escolar um produto de altíssimo valor nutricional e cultural. O mel tem identidade regional e fortalece cadeias produtivas que vêm se estruturando no Distrito Federal. Esse edital mostra que a agricultura familiar está pronta para atender demandas de escala, gerar renda e diversificar sua produção, sempre em sintonia com o mercado e as políticas públicas”, destacou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ressaltou o papel estratégico da medida: “Hoje, nossas crianças recebem uma merenda mais saudável e diversificada. A inclusão do mel no cardápio é mais um passo para garantir segurança alimentar e nutricional, além de incentivar que os agricultores locais ampliem sua produção. Se tivéssemos mais toneladas disponíveis, compraríamos todas. É um sinal de que precisamos estimular ainda mais esse setor”. "Essa chamada pública chega em boa hora, porque os agricultores precisam de oportunidades e essa é uma forma de complementar a renda das famílias" Eliseu Sérgio, presidente da Cooapis Segundo Hélvia, há um esforço coletivo para que a merenda escolar seja cada vez mais saudável e natural. Atualmente, são priorizados alimentos in natura ou minimamente processados. “Grande parte da alimentação vem da agricultura familiar, como frutas, hortaliças, queijos e agora o mel, o que garante qualidade nutricional e ainda fortalece os produtores locais”, completou. O cronograma do edital estabelece que os grupos formais interessados em fornecer o produto devem encaminhar a documentação até o dia 30 deste mês, exclusivamente por e-mail, para a Comissão de Chamada Pública (comissao.suape@se.df.gov.br), com cópia para diae.suape@se.df.gov.br. A ação também reflete a recente ampliação da meta do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que aumentou de 30% para 45% o mínimo de recursos destinados à compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. Durante o lançamento do edital, estiveram presentes representantes da Cooperativa de Negócios Agropecuários do DF e Entorno (Coopemel), da Cooperativa de Apicultores do DF e Ride (Cooapis), da Cooperativa de Produtores Agrícolas de Brasília (Cooperar) e do Sindicato dos Apicultores do Distrito Federal (Sindiapis). “Essa chamada pública chega em boa hora, porque os agricultores precisam de oportunidades, e essa é uma forma de complementar a renda das famílias. Hoje a Cooapis reúne 25 famílias, mas até o fim do ano já estaremos com cerca de 50 cooperados. Com o entreposto em funcionamento, vamos ampliar nossa capacidade e esperamos processar, já a partir de 2026, em torno de 20 toneladas de mel por ano. É uma oportunidade que fortalece não só os apicultores do DF, mas também da Ride”, destacou o presidente da Cooapis, Eliseu Sérgio. Hélvia Paranaguá, secretária de Educação: "A inclusão do mel no cardápio é mais um passo para garantir segurança alimentar e nutricional, além de incentivar que os agricultores locais ampliem sua produção" Evolução das compras públicas O edital de aquisição de mel soma-se a outros investimentos do GDF. Somente em 2025, a Secretaria de Educação já adquiriu R$ 26 milhões em frutas, hortaliças e produtos convencionais, além de R$ 6,5 milhões em alimentos orgânicos para a merenda escolar. Também está em andamento um processo paralelo para compra de derivados de leite e queijo, que soma mais de R$ 25 milhões. No total, já são mais de R$ 50 milhões aplicados diretamente em compras da agricultura familiar neste ano. O chefe do Núcleo de Produção Sustentável da pasta, João Ricardo Soares, destacou a importância da cooperação. “Esse edital é fruto de um esforço coletivo de várias instituições. É um passo importante para transformar a demanda em oportunidade concreta para os agricultores familiares, qualificando a produção e dando mais qualidade à alimentação escolar”, avaliou. [LEIA_TAMBEM]Já o gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho, reforçou que a chamada pública também é um estímulo à reorganização da cadeia produtiva. “Por muito tempo tivemos produtores dispersos, com baixa escala. Agora, com o apoio do governo e a demanda da educação, temos um desafio positivo: ampliar a oferta de mel no DF. Essa provocação é necessária para que o setor cresça de forma estruturada e sustentável”, afirmou. Edital de Chamada Pública nº 02/2025 — Aquisição de mel da agricultura familiar para alimentação escolar → Prazo para envio da documentação: até 30 de setembro → Envio exclusivo por e-mail: comissao.suape@se.df.gov.br (cópia para diae.suape@se.df.gov.br) *Com informações da Emater-DF
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Semana do Pimentão: apoio técnico da análise de solo até o manejo de pragas garante crescimento na produção do DF
Há 42 anos, a produtora rural Risoneide Ribeiro planta pimentão na mesma chácara, no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. Atualmente, a propriedade conta com cerca de 1.500 pés de pimentão distribuídos em 17 hectares. O trabalho no campo tem ritmo intenso: Risoneide, o marido e três funcionários colhem os pimentões duas vezes por semana durante seis meses. Cada colheita rende aproximadamente 300 caixas de pimentão e essa produção é comercializada em três supermercados e na feira de Planaltina. “O pimentão nunca nos deixou na mão. Ele é produtivo, tem comércio garantido e dá o sustento da minha família. Mesmo com altos e baixos de preço, a gente sempre consegue vender”, conta a produtora rural. É essa história de resistência no campo que está sendo celebrada na Semana do Pimentão da Taquara, que segue até domingo (14), reunindo produtores, técnicos e comunidade em torno de debates, capacitações e valorização da cultura. Para o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o evento é a celebração da força do cooperativismo e do protagonismo da agricultura familiar. “A Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina-DF se consolidou como uma referência nacional e internacional em cooperativismo rural, um modelo que atrai delegações de diversos países interessados em conhecer a experiência da comunidade.” Cada colheita rende aproximadamente 300 caixas de pimentão e essa produção é comercializada em três supermercados e na feira de Planaltina | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Apoio técnico No ano passado, a produção de pimentão no Distrito Federal atingiu 13 mil toneladas em 172 hectares, movimentando cerca de R$ 67 milhões e envolvendo 543 produtores. Resultado que reflete o acompanhamento técnico e o apoio constante da Emater-DF. “A gente trabalha junto aos produtores desde o início da análise de solo para que o produtor coloque no solo o adubo necessário. Durante o ciclo, a gente também vai acompanhando os produtores com relação a pressões de pragas ou outros problemas”, garante a gerente da Emater-DF na Taquara, Muriel Guedes. Segundo a gerente da Emater-DF, o pimentão é um produto de alto valor agregado, o que garante boa remuneração aos agricultores. “A Taquara já foi o maior polo do Brasil a produzir pimentão. A gente foi aumentando a produtividade no decorrer dos últimos 25 anos. Hoje, não somos mais o maior polo do Brasil, mas ainda temos muita produção e muitas tecnologias aplicadas”, garante. Tradição renovada [LEIA_TAMBEM]O presidente da Emater-DF lembra que a região já foi marcada quase exclusivamente pela produção de pimentão e que, hoje, mostra sua capacidade de diversificação, com produtores que acompanham as demandas do mercado e ampliam suas entregas para programas de compras governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “A Taquara é um exemplo de resiliência, inovação e união dos produtores, que têm assistência técnica e também apoio dos órgãos públicos de agricultura do DF. Esse movimento fortalece a renda das famílias, valoriza o trabalho coletivo e garante alimentos de qualidade para a população”, afirma. Um exemplo desse movimento é Clébia Rodrigues. Natural do Ceará, ela chegou à Taquara e se dedicou ao pimentão por 15 anos, cultivando até 12 estufas. Com o tempo, decidiu diversificar sua produção por causa da mão de obra, mas garante que o pimentão ainda faz parte do cotidiano da família: “O pimentão saiu da produção, mas não saiu de dentro de casa. Meus dois irmãos ainda plantam e eu sempre compro na feira de Planaltina. Uso em tudo: no feijão, no frango, na salada”, afirma.
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Produtoras de Brazlândia participam de curso de processamento do morango
Produtoras de Brazlândia participaram, nesta quinta-feira (28), do curso de Processamento do Morango, realizado no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional da Emater-DF (Cefor), no edifício-sede da empresa. Ministrado por professores do curso de gastronomia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), o curso foi voltado para produtores que vão expor na Morangolândia ou participar do Concurso de Receitas com Morango, atividades tradicionais da Festa do Morango. Promovido por meio de parceria entre a Emater-DF e a UDF, o curso teve o objetivo de agregar valor ao fruto, símbolo da região, e preparar as produtoras para a 29ª edição da festa, que começa no próximo dia 5 de setembro. Durante a programação, as participantes aprenderam receitas que poderão ser apresentadas ao público da festa. A proposta foi trazer duas opções: o tradicional Morango do Amor, doce que está em alta, e uma receita autoral, que a professora Patrícia Miranda deu o nome de Doce Desejo — um bolo amanteigado com pedaços de morango desidratado, com um molho à base do fruto (chamado de coulis de morango) e cobertura de cream cheese e morangos in natura. O curso foi voltado para produtores que vão expor na Morangolândia ou participar do Concurso de Receitas com Morango, atividades tradicionais da Festa do Morango | Foto: Divulgação/Emater-DF Para a professora Patrícia Miranda, da UDF, a receita apresentada explora diferentes texturas e tem uma apresentação sofisticada, apesar de um preparo simples. "Mas fica sofisticado no empratamento, na decoração. Então, são elementos simples de serem produzidos, mas que quando elas finalizarem o preparo, vai agradar aos olhos primeiro, e depois surpreender no sabor", destacou a professora. Já a receita do Morango do Amor trouxe o brigadeiro tradicional, com chocolate. A finalização fica diferenciada, mas com a dupla infalível morango e chocolate. A produtora rural Valdenice Sena da Silva, que vai participar do concurso de receitas com morango, disse que a capacitação foi essencial para ajudá-la na composição de sua próxima receita. "Abriu muito a minha mente, os dois tipos de creme, o uso do morango desidratado e amei o coulis, então foi o ápice do que eu estava esperando para entregar minha receita para o concurso", comemora a produtora. A parceria entre Emater-DF e UDF também contempla outras cadeias produtivas, como a da goiaba. “A ideia é sempre oferecer técnicas que valorizem a produção das receitas e também que tragam novas oportunidades de renda para as famílias rurais”, ressaltou a nutricionista da Emater-DF Danielle Amaral, que acompanhou o curso. A Festa do Morango 2025 será realizada nos dias 5, 6 e 7 e 12, 13 e 14 de setembro, na sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), no Núcleo Rural Alexandre de Gusmão (Incra 6), em Brazlândia. O Concurso de Receitas com Morango da Emater-DF será realizado no dia 6 de setembro (sábado), das 10h às 12, na Morangolândia. A entrada é gratuita. *Com informações da Emater-DF
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Com criatividade, produtores de Brazlândia se preparam para a 29ª Festa do Morango
A contagem regressiva para a 29ª Festa do Morango de Brasília, em Brazlândia, já começou, assim como os preparativos por parte dos produtores rurais. Uma das principais vitrines da produção agrícola do Distrito Federal, a festa reunirá 42 estandes no Espaço Morangolândia para exposição de frutos in natura e quitutes especiais, desde tortas, geleias, bebidas alcóolicas, bombons e até o famoso morango do amor, que se popularizou na internet neste ano. A Festa do Morango de Brasília é realizada em Brazlândia, cidade responsável por mais de 90% da produção do fruto no Distrito Federal | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Antes da programação oficial, foi feito o Encontro Técnico dos Produtores de Morango, promovido pela Emater-DF em parceria com a Embrapa. A atividade ocorreu na sexta-feira (29), no escritório da empresa pública em Brazlândia, com apresentação de inovações tecnológicas, práticas de manejo e escolha de variedades mais adequadas para os sistemas de produção do DF. A Agência Brasília foi até o Núcleo Rural Chapadinha para conhecer o cardápio das produtoras rurais Osmarina Oliveira Silva, 51 anos, e Vanda Maria Malheiros, 60. As duas iniciaram o cultivo da cultura há mais de três décadas com o objetivo de aumentar a renda familiar e, desde o início, recebem apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Os frutos são utilizados na criação dos derivados, carros-chefes das agricultoras. O técnico extensionista Claudinei Machado explica que as adaptações agregam valor ao morango e impulsionam os resultados do campo brasiliense. “A Emater-DF incentiva que, cada vez mais, os produtores ganhem espaço no mercado por meio do processamento, porque agrega valor ao produto. Enquanto hoje, por exemplo, você vende uma caixa de morango com quatro bandejas por R$ 12, também consegue vender uma unidade de morango do amor por R$ 15”, observa. Brazlândia é responsável por mais de 90% da produção de morangos. Neste ano, a expectativa é de uma safra igual ou maior que a de 2024, quando a produção no DF chegou a 6.616 toneladas. Desse total, 5.174,62 toneladas foram produzidas na região administrativa. “Da pandemia para cá, mantivemos a faixa de plantio em torno de 180 hectares, com 400 famílias plantando morango, gerando uma produtividade de 6,6 mil toneladas no DF. É muito morango no mercado, uma produtividade significativa, e isso tem alavancado não só a economia, mas também o turismo rural”, ressalta Claudinei. “A festa é o local onde os produtores podem ganhar dinheiro e fazer uma reserva para os ciclos dos próximos anos.” Confeitaria Polpa, mousse, torta, bombom, coxinha, geladinho, bolo de pote, suco, geleia: Osmarina aposta em variedade e qualidade quando se trata da Festa do Morango. Confeiteira de mão cheia, ela pausa a produção de bolos por encomenda para se dedicar integralmente ao evento. Nos dias de festa, as vendas são feitas pelo marido, a filha e três funcionárias, enquanto Osmarina segue com a mão na massa, em casa. “Faço os produtos com morango desde o início e a procura sempre foi positiva. O morango é campeão mesmo, todo mundo gosta e vai bem com tudo”, comenta a produtora. “Quando está chegando perto da festa, a gente faz uma reunião em família para ver o que vamos fazer. Esperamos o ano todo por isso, porque [o retorno] é muito bom. O nosso lucro dobra e a gente consegue investir aqui, na cozinha e na plantação.” O cardápio deste ano terá uma novidade: o morango do amor, comercializado a R$ 10. Ela afirma que a repercussão relacionada ao doce foi positiva para o orçamento familiar: “Peguei muita encomenda. Fiz algumas parcerias, e o restante vendi na cidade. Estou satisfeita trabalhando com morango e só esperando a festa, contando as horas para chegar”. Saiba mais sobre o trabalho de Osmarina na rede social da confeiteira. Osmarina Oliveira Silva vai levar mousse, torta, bombom, coxinha, geladinho e o famoso morango do amor, entre outras delícia, para a Festa do Morango de Brasília Família Do licor aos doces, como o copo da felicidade, geleias e bombons, os produtos de Vanda são feitos com capricho e se destacam pelo sabor apurado. O trabalho reúne toda a família, que se divide nas etapas da bebida alcoólica e dos demais itens. “É uma maratona. Temos que correr para dar conta de tudo porque são muitas coisas para vender. São dois finais de semana, e precisamos ter produtos fresquinhos e de boa qualidade”, salienta. Como o foco são os derivados, a plantação de Vanda é pequena, em comparação às propriedades que buscam oferecer os frutos in natura. Os cuidados com os pés são diários, e os morangos são selecionados prezando pela qualidade do produto final. “Podemos colher morangos fresquinhos para fazer coisas bem bacanas. Tem muita coisa para fazer todo dia: tem que molhar direitinho, adubar, manter sempre limpo”, explica. Assim como o de Osmarina, o cardápio de Vanda também terá o morango do amor, pensado para agradar os clientes e incrementar o faturamento do estande. “Tudo que a gente leva, a gente vende. Não traz nada para casa, e agora, com esse morango do amor, queremos arrebentar”, diz. Para conhecer mais sobre o trabalho da Vanda, acesse a rede social dela. A produção para a Festa do Morango envolve toda a família de Vanda Maria Malheiros: "É uma maratona. Temos que correr para dar conta de tudo porque são muitas coisas para vender" Vitrine do campo brasiliense A Festa do Morango é organizada pela Associação Rural Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag) com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Emater-DF, da Administração Regional de Brazlândia e das secretarias de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), de Turismo (Setur) e de Cultura e Economia Criativa (Secec). “Trata-se de um espaço privilegiado para a apresentação da gastronomia local, do artesanato, das manifestações culturais e do talento dos artistas da região. Nesse contexto, a atuação da administração regional é crucial para apoiar esses aspectos, garantindo que a diversidade e a autenticidade de Brazlândia sejam amplamente conhecidas e apreciadas pelo público”, ressalta a administradora da cidade, Luciana Ferreira. A Seagri disponibilizou maquinário, como um caminhão-pipa e tratores, para a manutenção do espaço da festa. O titular da pasta, Rafael Bueno, observa a importância do evento para o setor, uma vez que, segundo ele, o DF tem se destacado no cenário nacional como o terceiro maior produtor de morangos do Brasil. “Isso é fruto do trabalho árduo de nossos agricultores, especialmente em regiões como Brazlândia e Planaltina, onde o morango é uma importante fonte de renda para muitas famílias. A Festa do Morango celebra mais do que a fruta: ela valoriza o trabalho no campo, a dedicação das famílias e a importância da agricultura para o desenvolvimento do Distrito Federal”, complementa Bueno. Claudinei Machado, técnico extensionista da Emater-DF: "A festa é o local onde os produtores podem ganhar dinheiro e fazer uma reserva para os ciclos dos próximos anos" Programação A 29ª Festa do Morango de Brasília vai ocorrer nos dois primeiros finais de semana de setembro: de 5 a 7 (sexta-feira a domingo) e de 12 a 14 (sexta-feira a domingo). A estrutura será montada na sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão, na BR-080, km 13. A entrada é gratuita, e os detalhes são divulgados na rede social do evento. O Espaço Morangolândia estará disponível nos seis dias de festa, com uma área exclusiva para comercialização da fruta e derivados. Serão mais de 40 estandes de agricultores assistidos pela Emater-DF, com funcionamento das 10h às 22h, nos finais de semana, e das 19h às 22h, às sextas-feiras. A Florabraz também estará aberta em todos os dias da programação, reunindo flores e plantas ornamentais cultivadas no Quadradinho, além de peças artesanais. [LEIA_TAMBEM]No dia 6, das 10h às 12h, ocorre o tradicional Concurso de Receitas com Morango, que valoriza a gastronomia local e a criatividade no uso do fruto. A competição reúne chefs, estudantes de gastronomia e representantes da comunidade, com avaliação técnica e voto popular. Os três melhores pratos serão premiados com apoio de parceiros da Emater-DF e da Administração Regional de Brazlândia. O Colha & Pague do Morango será em 6 e 13 de setembro, em propriedades previamente selecionadas. Os participantes poderão conhecer o cultivo e colher os frutos diretamente do pé. Serão organizadas duas turmas por dia, nos períodos matutino e vespertino, com 30 participantes cada. Outra atividade tradicional é a 35ª Exposição Agrícola, agendada para 12 e 13 de setembro, com participação de agricultores de Brazlândia e Ceilândia. O público poderá conferir uma mostra de cerca de 400 alimentos de hortifrutigranjeiros, com destaque para a qualidade e diversidade da produção local.
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Com fomento de R$ 3,9 milhões do GDF, 5ª Feira Nacional da Uva e do Vinho movimenta Planaltina até o dia 10
A uva e o vinho produzidos no Cerrado serão protagonistas, a partir desta sexta-feira (1º), de mais uma edição da Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília. O evento se estende até o dia 10 de agosto, no Parque de Exposições de Planaltina, e conta com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), que destinou R$ 3.948.416,15, por meio da Secretaria de Turismo, para viabilizar a programação cultural e fortalecer a cadeia produtiva da fruticultura local. Em sua quinta edição, a Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília promete reunir milhares de visitantes e produtores, que poderão aproveitar as atividades gratuitas tanto de dia quanto de noite, com shows de Eduardo Costa, Léo Santana, Leonardo, Os Paralamas do Sucesso, Cláudia Leitte e Dilsinho. Além de reunir diversos produtores, a Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília terá shows de grandes nomes, como Eduardo Costa, Léo Santana, Leonardo, Os Paralamas do Sucesso, Cláudia Leitte e Dilsinho | Foto: Divulgação A expectativa é reunir cerca de 400 expositores em diferentes espaços temáticos, como o Salão da Gastronomia, o Salão do Artesanato, o Salão do Empreendedorismo, a Vila do Doce, a Brinquedoteca e o tradicional Empório da Uva e do Vinho. A grande novidade deste ano é a Arena Lounge e Bar. “É uma feira muito atraente, que vai proporcionar à população de Planaltina e de todo o DF um ambiente familiar, com música, artistas da cidade e do cenário nacional. É um espaço preparado com muito carinho e respeito para oferecer segurança e conforto aos nossos convidados”, afirma o presidente da Associação Cresce-DF, Eduardo Campos. Na edição de 2023, o evento movimentou aproximadamente R$ 20 milhões. Este ano, a expectativa é que esse número seja ainda maior. “Com os estandes de gastronomia, empório, empreendedorismo, artesanato, flores e fazendinha, conseguimos movimentar a economia local e valorizar o trabalho das famílias produtoras do DF”, acrescenta Eduardo. "É fundamental valorizarmos os nossos produtores e criarmos espaços que mostrem essa diversidade de cultivos, que vai além do abastecimento: representa oportunidade de renda, fortalecimento da economia e experiências de turismo rural" Cleison Duval, presidente da Emater-DF Produção em alta Além da programação cultural, o evento é uma vitrine para a produção de uva e vinho do Distrito Federal, que vem crescendo ano após ano. Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) apontam que, em 2023, foram colhidas 858 toneladas da fruta em 94 hectares, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 10,1 milhões. Já em 2024, o volume saltou para 1.377 toneladas em 121 hectares, com 60 produtores envolvidos – sendo 11 deles dedicados às uvas viníferas. O VBP superou os R$ 18 milhões. A variedade de mesa mais cultivada é a Niagara Rosada, mas cresce o interesse por tipos sem sementes, como a BRS Vitória. Já na produção de vinhos, destacam-se as uvas Syrah, Tempranillo, Barbera, Cabernet Franc, Marselan e Sangiovese. De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a produção de uvas e vinhos tem avançado de forma significativa nos últimos anos, consolidando-se como uma atividade promissora para a agricultura local. "É fundamental valorizarmos os nossos produtores e criarmos espaços, como a Feira da Uva e do Vinho de Planaltina, que mostrem essa diversidade de cultivos, que vai além do abastecimento: representa oportunidade de renda, fortalecimento da economia e experiências de turismo rural. A Emater-DF reconhece o grande potencial do nosso território para a vitivinicultura e está ao lado dos produtores, desde a implantação das videiras até a comercialização dos produtos, oferecendo assistência técnica, acesso a tecnologias e orientação sobre crédito rural. Nosso compromisso é fortalecer o campo”, ressalta. [LEIA_TAMBEM]A Secretaria de Turismo também reforça a importância do evento. “A Festa da Uva e do Vinho é uma celebração que valoriza a produção local, a cultura regional e a força do nosso enoturismo. É um evento que movimenta a economia, atrai visitantes de todo o DF e fomenta o sentimento de pertencimento da comunidade. Para a Secretaria de Turismo, apoiar e fortalecer iniciativas como essa é fundamental para diversificar a oferta turística de Brasília e promover o desenvolvimento sustentável das regiões administrativas”, destaca o secretário em exercício da pasta, Bernardo Antunes. Para garantir conforto e acessibilidade, o GDF promoveu diversos serviços de manutenção nos arredores do local onde será a festa. A Administração Regional de Planaltina, em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), a Novacap e outros órgãos integrantes do programa GDF Presente, aplicou seis quilômetros de capa asfáltica nos acessos ao palco e aos camarins. Feira Nacional da Uva e do Vinho de Brasília → Local: Parque de Exposições de Planaltina (próximo à UnB Planaltina) → Data: 1º a 10 de agosto → Programação dos shows: • 1º/8 (sexta-feira) – Eduardo Costa • 2/8 (sábado) – Claudia Leitte • 3/8 (domingo) – Zezo Potiguar • 7/8 (quinta-feira) – Atração surpresa • 8/8 (sexta-feira) – Dilsinho • 9/8 (sábado) – Léo Santana • 10/8 (domingo) – Leonardo
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Dia da Agricultura Familiar: Distrito Federal tem cerca de 10 mil produtores
Desde 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) definiu a data de 25 de julho como o Dia Internacional da Agricultura Familiar. Responsáveis por levar alimentos saudáveis à mesa da população e impulsionar o desenvolvimento rural, cerca de 10 mil agricultores familiares atuam hoje no Distrito Federal. Para fortalecer esse setor essencial, a Emater-DF oferece apoio técnico desde 1978 — e só no último ano foram mais de 170 mil atendimentos realizados, entre orientações individualizadas, cursos, oficinas e palestras. Segundo o presidente da empresa, Cleison Duval, a atuação alia produção de alimentos com preservação ambiental, elevação do bem-estar social e desenvolvimento econômico. “Nosso trabalho envolve a atividade das famílias como um todo, desde as questões técnicas até a assistência em programas sociais”, adianta. De acordo com o Balanço Social da Emater-DF, para cada R$ 1 investido na empresa, R$ 7,98 voltam para a sociedade. “Isso se traduz em mais programas e projetos voltados para a inclusão social das famílias rurais, melhoria da qualidade de vida aos nossos produtores, qualidade do produto, geração de emprego e renda”, acrescenta Cleison, que é engenheiro-agrônomo e extensionista da Emater-DF desde 2007. Produção agroecológica Valdir de Oliveira produz sem insumos químicos para preservar o Cerrado | Fotos: Divulgação/Emater-DF O agricultor Valdir Manoel de Oliveira está fixado desde 2003 no Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia. Nascido em Ceres (GO), ele veio morar no Distrito Federal ainda criança e conta que passou toda a vida na roça. “Sou filho e neto de produtores rurais, todos os meus 63 anos foram na lavoura”, orgulha-se. Proprietário do Sítio Vida Verde, Valdir trabalha com hortaliças e frutas em produção orgânica, ou seja, livre de agrotóxicos e insumos químicos. “Desde a década de 1990, sou atendido pela Emater-DF, que me faz visitas quase semanais, por meio do escritório na Ceilândia”, relata. Com apenas um funcionário e o irmão, ele planta banana, mamão, repolho, couve, brócolis, tomate, inhame, cebola e até açaí — por meio da Rota das Frutas. Para Valdir, a agricultura familiar garante o tripé social – ambiental – econômico, que baseia o trabalho da Emater-DF. “Aqui no sítio, eu gero meu próprio adubo, planejo instalar energia fotovoltaica e um sistema biodigestor, para continuar produzindo alimentos limpos e saudáveis e preservar ainda mais o Cerrado”, vislumbra. Floricultura familiar Natural do Garrafão, distrito de Santa Maria de Jetibá (ES), Lucimar Freiman chegou a Brasília há pouco mais de 30 anos. No estado natal, sua família trabalhava com produção de hortaliças, mas graças à influência do marido, começou o cultivo de flores e plantas ornamentais. “Como eu já gostava de plantas, foi fácil me adaptar às flores”, relata Dona Lu, como prefere ser chamada. Na chácara Dona Lu Suculentas, de 1,5 ha na Colônia Agrícola Rajadinha (região administrativa de Planaltina), ela cultiva dezenas de variedades de suculentas e plantas como colar de golfinho, jasmim, azaleia, palmeiras, orquídeas e até murta, uma espécie de cerca-viva. “Comecei utilizando o espaço da varanda, hoje tenho três estufas”, comemora. “O apoio da Emater foi fundamental pra que eu pudesse me fixar na atividade", afirma Lucimar Freiman Além do prazer de trabalhar com as plantas, Dona Lu conta que tem feito amizades nos diversos contatos que realiza durante as feiras e demais eventos da Emater-DF. “A empresa tem me ajudado com dicas e orientações, de forma que pude direcionar meu trabalho para suculentas, que são menores e mais fáceis de comercializar do que as palmeiras, por exemplo”, relembra a agricultora. Hoje, Dona Lu realiza oficinas na sua chácara, além de vender no atacado e varejo para lojas de paisagismo, feiras e até encomendas personalizadas para casamentos. “O apoio da Emater foi fundamental pra que eu pudesse me fixar na atividade. Me orgulho de poder levar conforto e beleza à casa dos clientes”, conclui, reforçando a importância da agricultura familiar em várias cadeias produtivas. Critérios [LEIA_TAMBEM]A lei 11.326/2006 define quem faz parte desse grupo no Brasil. De acordo com o texto, a propriedade não deve ser superior a quatro módulos fiscais — no Distrito Federal, equivalente a 5 hectares; a atividade tem que utilizar, predominantemente, mão de obra da família; e a renda familiar deve ser oriunda principalmente da atividade rural, dentre outros critérios. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 10 milhões de pessoas na agricultura familiar, ou seja, 67% dos agricultores, pecuaristas, empreendedores e trabalhadores rurais. No total, são 80,9 milhões de hectares. No Distrito Federal, a Emater-DF atende a 9.818 produtores familiares que movimentaram, em 2024, R$1,078 bilhão. Morango, tomate, alface, pimentão e avicultura — ovos e carne — estão entre as principais atividades das famílias rurais do DF. Ainda no ano passado, dos mais de 170 mil atendimentos, cerca de 100 mil foram voltados a produtores familiares em todos os núcleos rurais e colônias agrícolas da capital federal. Incentivos públicos Nos últimos anos, os governos federal e distrital têm implantado políticas de compras governamentais para fortalecer a agricultura familiar. Programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) (link da lei), além do PAPA-DF (Programa de Aquisição da Produção da Agricultura), beneficiam tanto produtores locais quanto pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por meio dessas iniciativas, o GDF compra alimentos da produção familiar e os repassa a escolas (com o PNAE), instituições socioassistenciais cadastradas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), no PAA, e órgãos públicos, no caso do PAPA-DF. Em 2024, as compras institucionais beneficiaram 1884 produtores — envolvendo 17 organizações, entre associações e cooperativas — e pouco mais de um milhão de pessoas, entre estudantes e cidadãos em situação vulnerável, além de instituições públicas. Foram mais de R$ 44 milhões investidos. *Com informações da Emater-DF
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I Encontro da Cafeicultura celebra crescimento do setor e homenageia pioneiros na AgroBrasília
Mais de 70 produtores, técnicos, estudantes, pesquisadores e autoridades participaram neste sábado (24) do I Encontro da Cafeicultura do Distrito Federal e RIDE, realizado durante a AgroBrasília 2025, no auditório Buriti, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, PAD-DF. O evento, promovido pela Emater-DF em parceria com a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural) e com apoio da AgroBrasília, celebrou o crescimento da cafeicultura na região, apresentou novas perspectivas para o setor e homenageou produtores pioneiros. Em 2024, a cafeicultura movimentou quase R$ 23 milhões no DF, com 138 produtores cultivando cerca de 470 hectares e uma produção anual superior a 900 toneladas. Em 2024, a cafeicultura movimentou quase R$ 23 milhões no DF | Foto: Divulgação/Emater-DF Na abertura do evento, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, ressaltou que o café trilha o mesmo caminho de sucesso de outras culturas já consolidadas na região. “O Distrito Federal tem se destacado com produtos de qualidade e alto valor agregado. Queremos que o café siga esse mesmo caminho, focando na produção de cafés especiais e valorizando quem produz”, afirmou. “O café pode se tornar mais uma marca forte do DF, levando qualidade e orgulho para quem planta e para quem consome.” O secretário-executivo da Secretaria de Agricultura (Seagri), Pedro Paulo, falou sobre a criação da Câmara Setorial dos Produtores de Café do DF, iniciativa que visa organizar o setor, articular políticas públicas e ampliar mercados. “Aqueles que se arriscaram estão hoje colhendo bons frutos: produzindo e exportando café de excelente qualidade. O café é uma cultura estratégica: fácil de plantar, viável em pequenas áreas e com grande potencial para transformar a vida das famílias. Com apoio da senadora Damares, conseguimos recursos para mapear a realidade da cafeicultura no DF e RIDE, capacitar técnicos e produtores e implantar unidades com os melhores materiais genéticos. Nosso objetivo é levar tecnologia de ponta ao produtor e caminhar juntos — pesquisa, técnicos e agricultores — para o sucesso da cafeicultura no Brasil Central”, destacou Antônio Fernando Guerra, da Embrapa Café. A presidente da Elo Rural, Lívia Tèobalddo, falou sobre o avanço da associação. “A Elo nasceu de um atrevimento que está dando certo. Começamos com dez associados e hoje somos 39. Estamos expandindo do Lago Oeste para todo o DF, RIDE e até outros estados como Minas Gerais e Tocantins. Muitos que moram aqui e produzem fora querem ajudar o DF a se destacar na cafeicultura mundial”, afirmou. Durante o I Encontro de Cafeicultura do Distrito Federal, produtores que são referência no desenvolvimento da cafeicultura local foram homenageados: Márcio Jório (in memoriam), pioneiro no cultivo orgânico e artesanal com o Café Serrazul, no Lago Oeste; Carlos Coutinho, do Café Minelis, cuja trajetória familiar levou o sabor do Cerrado para diversos países; Cristiane Zancanaro Simões, que, à frente da Famiglia Zancanaro, consolidou a tradição e a excelência no Cerrado Goiano; Leomar e Núcia Cenci, do Café Grão Nativo, exemplo de inovação e qualidade no DF; e Pedro Jardim, do Jardins Café, referência na produção de café orgânico e no fortalecimento da cadeia produtiva local. O técnico da Emater-DF, Bruno Caetano, destacou o papel fundamental da extensão rural. “Estamos ajudando os produtores a melhorar a qualidade do café, aumentar a produção e garantir mais renda, sempre com respeito ao meio ambiente e às características da nossa região”, frisou. Na programação técnica, o especialista Abraão Carlos Verdin, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), apresentou palestra sobre poda programada, reforçando que o sucesso da produção depende de muitos fatores. “Se você não preparar bem o solo, não escolher a variedade certa, não nutrir e não realizar o manejo fitossanitário adequado, não terá café de qualidade. O sucesso é como uma pizza: cada pedaço é essencial — espaçamento, variedade, nutrição, poda… Tudo influencia o resultado”, explicou. O engenheiro agrônomo e consultor Maycon Klinton, de Unaí (MG), valorizou a iniciativa. “Esse primeiro encontro foi fundamental para valorizar o setor — produtores, indústria, consumidores e órgãos públicos. Toda essa cadeia tem feito um trabalho espetacular, que agora começa a ser mais divulgado, mostrando que nossa região produz cafés de excelência”, destacou. Segundo ele, o evento também revelou o potencial de crescimento do setor, com foco na qualidade e na sustentabilidade. “Que venha o próximo, acredito que será ainda maior. Quem sabe possamos programar dois dias focados no café na próxima AgroBrasília, com experimentos conduzidos no próprio campo experimental da CoopADF”, completou. Para a extensionista rural Adriana Nascimento, uma das organizadoras pela Emater-DF, o I Encontro da Cafeicultura superou todas as expectativas. “O objetivo foi cumprido: agregar os elos da cadeia produtiva do café — não só produtores, mas também pesquisadores, professores e nós, profissionais da extensão rural. Foi um evento importante, um marco para impulsionar ainda mais a cafeicultura no DF”, avaliou. Adriana ainda destacou: “É difícil reunir tantas pessoas com os mesmos objetivos de troca de conhecimento e experiências. A cadeia ainda está em desenvolvimento, mas já demonstra enorme potencial. Estou muito feliz com o evento e com o papel pioneiro da Emater-DF na discussão e fortalecimento da cafeicultura”, finalizou. *Com informações da Emater-DF
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AgroBrasília 2025 recebe o 1º Encontro da Cafeicultura do DF e Ride
A edição de 2025 da AgroBrasília, que será realizada de 20 a 24 de maio, com o tema “Agro, Oportunidade para Todos”, sediará o I Encontro da Cafeicultura do Distrito Federal e Região Integrada de Desenvolvimento (Ride-DF). A cafeicultura tem se consolidado como uma atividade promissora no DF, apresentando crescimento contínuo e grande potencial de mercado. As inscrições para participar já estão abertas e vão até o dia 21 de maio, por meio deste link. De acordo com dados da Emater-DF (2024), a cultura já ocupa uma área de 466,96 hectares, com produção anual estimada em 966,66 toneladas, envolvendo 138 produtores. O evento, promovido pela Emater-DF em parceria com a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural) e com o apoio da organização da AgroBrasília, será realizado no auditório anexo do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF. A cafeicultura tem se consolidado como uma atividade promissora no DF, apresentando crescimento contínuo e grande potencial de mercado | Foto: Divulgação/Emater-DF O objetivo do encontro é valorizar os produtores já estabelecidos, apresentar oportunidades de mercado, difundir boas práticas e atrair novos agricultores para essa cadeia produtiva em expansão. A programação conta com a participação de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Emater-DF e de empreendedores locais como Krilltech, Café Grão Nativo e Café Minelis. “Realizar esse encontro durante a AgroBrasília é um passo estratégico para impulsionar uma cadeia produtiva que já se destaca pela excelência, com cafés especiais premiados e reconhecidos nacionalmente. Nosso objetivo é estimular novos produtores, promover o uso de tecnologias e boas práticas, e consolidar o Distrito Federal como uma referência na cafeicultura de qualidade”, destaca Cleison Duval, presidente da Emater-DF. Segundo ele, a iniciativa é fruto da parceria com a Elo Rural, primeira associação de cafeicultores do DF, e conta com o apoio integral da AgroBrasília, que se consolida a cada edição como o principal palco de inovação, empreendedorismo e desenvolvimento do agro na região. "O Encontro de Cafeicultura do DF e da RIDE consolida a união entre a pesquisa, a extensão e a sociedade civil organizada. Não temos dúvidas de que o Planalto Central reúne condições ideais de clima e solo para a produção de cafés de alta qualidade, capazes de posicionar o Distrito Federal no mapa mundial dos cafés especiais”, destacou Lívia Tèobalddo, presidente da Elo Rural. *Com informações da Emater-DF
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Novos veículos reforçam atendimento da Emater-DF no campo
Governo do Distrito Federal · NOVOS VEÍCULOS REFORÇAM ATENDIMENTO DA EMATER-DF NO CAMPO A Emater-DF recebeu cinco novos veículos adquiridos com recursos de convênio firmado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A iniciativa tem como objetivo apoiar o trabalho das entidades ligadas à Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), além de reforçar o atendimento à agricultura familiar e ampliar o acesso dos produtores a serviços de assistência técnica e extensão rural. A renovação da frota com veículos mais adaptados às áreas rurais amplia o acesso dos produtores a serviços de assistência técnica | Foto: Divulgação/Emater-DF A entrega dos veículos foi realizada nesta sexta-feira (9) e contemplou os escritórios da Emater-DF no Paranoá, Planaltina, Alexandre de Gusmão, Gama e Ceilândia. O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, Marenilson Batista, destacou que o serviço oficial de extensão rural é fundamental para garantir o acesso dos agricultores a políticas públicas, tecnologias, iniciativas de fomento e ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da produção de alimentos. [LEIA_TAMBEM]O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, agradeceu o apoio e informou que a empresa receberá, ainda neste ano, sete novos veículos, também com recursos do MDA: “Esse investimento nos dá fôlego e ajuda na renovação da frota com veículos mais adaptados às áreas rurais. Também vamos adquirir 40 computadores e 42 notebooks, como parte da preparação para receber os novos concursados”. Diretora-executiva da Asbraer, Mariana Matias ressaltou a importância do apoio do governo federal às entidades associadas. “Sabemos das dificuldades enfrentadas pelas associadas da Asbraer e estamos satisfeitos com os avanços que nossa articulação tem proporcionado, com melhorias na infraestrutura e nas condições de trabalho dos extensionistas rurais”, afirmou. *Com informações da Emater-DF
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Governo do DF amplia apoio a produtores rurais de baixa renda com transporte gratuito de insumos agropecuários
O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), publicou na última quarta-feira (16) a Portaria nº 131/2025, que estabelece novas regras para o transporte gratuito de insumos agropecuários aos produtores rurais do DF. A iniciativa tem como objetivo estimular a produção local, promover o desenvolvimento rural e garantir a inclusão socioprodutiva dos agricultores familiares. O transporte será realizado de forma gratuita pela própria Seagri-DF e contemplará insumos como adubos, sementes, mudas, calcário, pó de rocha e bioinsumos. A medida deve beneficiar milhares de famílias no campo, reduzindo custos de produção e aumentando a competitividade da agricultura familiar no DF. Além disso, reforça políticas públicas como o programa Produzir, criado pela lei nº 5.288/2013, que busca fomentar a produção agrícola sustentável no Distrito Federal. O transporte será realizado de forma gratuita pela própria Seagri-DF e contemplará insumos como adubos, sementes, mudas, calcário, pó de rocha e bioinsumos | Foto: Divulgação/Seagri-DF De acordo com o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, a portaria representa mais um passo do Governo do Distrito Federal no fortalecimento da agricultura familiar: “Ao garantir o transporte gratuito de insumos, reduzimos os entraves logísticos que, muitas vezes, impedem os produtores de baixa renda de acessar recursos essenciais para o cultivo e a criação. Com isso, esses produtores poderão aumentar sua produtividade e gerar mais renda no campo. Estamos organizando esse processo de forma criteriosa, transparente e técnica, para garantir que o benefício chegue, de fato, a quem mais precisa”. A Emater-DF será responsável por instruir os processos no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e enviar à Seagri-DF, que aprovará ou não as solicitações. O atendimento depende da capacidade operacional da Secretaria e o registro terá validade de até um ano. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, explicou que o programa de fomento tem como objetivo apoiar famílias de produtores rurais em situação de vulnerabilidade social e de baixa renda, facilitando o início da produção. Segundo ele, muitas dessas famílias enfrentam dificuldades no transporte de insumos, e a Emater-DF não consegue realizar as entregas diretamente. “Por isso, essa parceria surgiu para melhorar o acesso. E essa portaria normatiza esse processo, estabelecendo critérios para atender essas famílias em suas atividades produtivas”, afirmou. Quem pode participar Segundo a portaria, terão direito ao benefício agricultores familiares e beneficiários da reforma agrária devidamente cadastrados no Cadastro Único (CADÚnico), com renda familiar de até três salários mínimos e assistência técnica da Emater-DF. Também podem participar associações e cooperativas que representem esses públicos, desde que possuam documentação atualizada como a DAP ou o CAF. O atendimento será feito por ordem de prioridade, com destaque para Assentados do Prat e do Incra, Produtores vinculados a programas como o Pnae, PAA e Papa e Famílias com menor faixa de renda. O transporte será disponibilizado após abertura de edital de inscrição, que poderá ser publicado semestralmente. Os produtores interessados devem se dirigir ao escritório local da Emater-DFcom a documentação exigida, como o NIS, folha resumo do CADÚnico e comprovantes de aptidão. O benefício terá validade de um ano, podendo ser renovado conforme edital. Além dos beneficiários individuais, instituições de ensino, pesquisa e órgãos públicos também terão a possibilidade de solicitar o transporte de insumos, desde que encaminhem a solicitação diretamente à Seagri-DF. A secretaria reforça que os materiais fornecidos devem ser utilizados exclusivamente nas propriedades rurais beneficiadas. Em caso de desvio ou comercialização irregular dos insumos, o produtor poderá enfrentar severas penalidades, que incluem a suspensão do benefício por até cinco anos e a imposição de sanções. *Com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF)
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Ações do GDF garantem pescado seguro e de qualidade para população
Protagonista dos almoços da Semana Santa em centenas de residências brasilienses, o pescado produzido no Distrito Federal passa por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores. As ações são intensificadas neste período do ano, devido ao aumento da demanda, e incluem desde projetos de acompanhamento técnico para desenvolvimento sustentável ao fornecimento de alevinos para produtores, passando pela vigilância sobre os critérios de qualidade. Os pescados produzidos no DF passam por uma rigorosa fiscalização antes de chegar à mesa dos consumidores; ações incluem acompanhamento técnico e vigilância | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília O apoio técnico é promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) com o Programa de Aquicultura. “O objetivo é desenvolver a produção de peixes no DF, oferecendo uma nova possibilidade de atividade nas propriedades rurais. Atuamos desde a regularização legal até a comercialização do pescado, passando pela capacitação dos produtores e assistência técnica especializada”, afirma o responsável pela iniciativa, Adalmyr Borges. Segundo o Informativo da Produção Agropecuária da Emater-DF, atualmente, o Quadradinho conta com 919 piscicultores ativos com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes. “O nosso trabalho é ajudar o produtor a desenvolver uma nova atividade na propriedade, com segurança e viabilidade econômica. Atuamos desde a regularização ambiental e outorga do uso da água até a capacitação em boas práticas de produção e comercialização do pescado”, explica Borges. Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação Dois projetos compõem o Programa de Aquicultura. O Aqua+ visa o uso racional dos recursos hídricos por meio da adoção de tecnologias que aumentam a produtividade. Com as técnicas aplicadas, é possível produzir de 15 a 30 vezes mais peixes com a mesma quantidade de água. Já o ProAqua foca no acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades para orientar os produtores sobre boas práticas de manejo, sanidade, qualidade da água e gestão financeira da atividade aquícola. Interessados em participar devem procurar um dos escritórios locais da Emater-DF para que sejam avaliadas as condições da propriedade e, se for o caso, iniciado o acompanhamento. Além do suporte no campo, a Emater-DF mantém uma unidade demonstrativa de produção intensiva de peixes, disponível em sua sede. O espaço é utilizado para apresentar novas tecnologias aos produtores, como o sistema de recirculação de água, biofloco, integração com produção vegetal, uso de energia fotovoltaica e sensores inteligentes para o controle da qualidade da água. De acordo com a Emater-DF, o Distrito Federal conta com 919 piscicultores ativos, com uma produção anual de 2.039 toneladas de peixes Cardápio especial O período da Semana Santa, quando o consumo de peixe se intensifica, é o momento mais aguardado pelos piscicultores. “É quando ocorre a maior concentração de vendas do ano. A procura cresce, os preços são melhores e isso tem animado os produtores a expandirem suas áreas e apostarem ainda mais na atividade”, reforça Adalmyr Borges. Para que os almoços sejam especiais e seguros, a aposentada Tânia Maria Farias, 64 anos, fica de olho nas condições dos frutos do mar. “Estou acostumada a comer corvina, pescada-amarela, geralmente peixes com escama. Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado. Se estiver ruim, peço para trocar”, diz ela, que há décadas escolhe a Feira do Guará para adquirir os alimentos. A aposentada Tânia Maria Farias dá dicas de como escolher o pescado: “Tem que estar fresco, não pode estar inchado nem com o olho esbranquiçado” O lugar também foi escolhido pelo empresário Cleuber Sousa, 43, para as compras do feriado de Páscoa. “Tem peixarias que a gente confia mais por saber que são certinhas. Reparo sempre se o peixe está fresco, o cheiro, a cor – não pode estar escuro –, esse tipo de coisa”, conta ele, que elogiou a atuação do GDF. “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares. O benefício para o consumidor é enorme, porque está protegendo a saúde dele”. As celebrações da Semana Santa são destaque na demanda comercial por frutos do mar. “O fluxo de pessoas aumenta muito, principalmente na véspera da Sexta-feira Santa, e a maior procura é por peixes para fazer assado e cozido”, comenta o gerente de uma peixaria na Feira do Guará, Leandro Braga, 39. O estabelecimento comercializa espécies produzidas no Quadradinho, como pintado, tambaqui e tilápia: “Compramos com vários produtores. Tem uma fiscalização bem rígida que é para manter a qualidade mesmo”. O empresário Cleuber Sousa elogia a atuação do GDF no controle dos pescados produzidos no Distrito Federal: “A fiscalização é muito importante para a nossa saúde, para evitar contaminações, intoxicações alimentares” Certificação A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) desempenha papel estratégico no fortalecimento da piscicultura local. A Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova) mantém uma série de normas e procedimentos rigorosos na fiscalização dos produtores, e exige o registro no Serviço de Inspeção Distrital (CID) para a comercialização. Segundo a gerente de Inspeção da Seagri-DF, Cristiane Cursi, apenas produtos devidamente inspecionados e identificados com o selo redondo do CID podem ser comercializados. “As agroindústrias passam por inspeções regulares feitas por equipes multiprofissionais, com predominância de médicos veterinários. O foco é garantir a identidade, qualidade e segurança dos pescados”, explica. Durante as fiscalizações, são avaliados diversos aspectos, como as condições higiênico-sanitárias dos locais de produção, o cumprimento das boas práticas de fabricação e a conformidade dos rótulos com o conteúdo das embalagens. Exames laboratoriais, inclusive para verificação da espécie declarada, ajudam a evitar fraudes econômicas – como a venda de uma espécie mais barata como se fosse outra de maior valor. A inspeção também busca prevenir riscos à saúde pública, como infecções alimentares, intoxicações e reações alérgicas. “Analisamos desde a higiene dos colaboradores até a temperatura de conservação do pescado, além de realizar exames microbiológicos, físico-químicos e visuais, como a detecção de parasitas”, acrescenta Cursi. No caso de irregularidades, a legislação distrital prevê diferentes níveis de punição, que vão desde advertências até a interdição de estabelecimentos. “As sanções variam de acordo com a gravidade da infração e o risco à saúde pública. No entanto, sempre que possível, priorizamos a orientação e a educação sanitária dos produtores”, destaca a gerente. O Programa de Aquicultura da Emater-DF oferece qualificação para o uso racional dos recursos hídricos e acompanhamento técnico intensivo, com visitas mensais às propriedades Além disso, o produtor não pode vender os pescados diretamente às peixarias: todo peixe deve passar por um entreposto de pescado devidamente registrado nos órgãos de fiscalização, como a Dipova ou o Serviço de Inspeção Federal (SIF). A medida garante rastreabilidade, a qualidade sanitária e o cumprimento das exigências legais. De acordo com a gerente, todo esse trabalho tem como resultado direto a entrega de um alimento seguro e de qualidade para o consumidor. “Você vai ter um alimento que foi produzido – desde o campo até a mesa do consumidor – dentro dos padrões higiênicos e sanitários. É um alimento que não representa risco, que não vai causar infecção, intoxicação ou transmitir zoonoses. Além disso, trabalhamos também com a perspectiva da defesa do consumidor, garantindo que ele não seja prejudicado em nenhum aspecto”, ressalta. Outro esforço da Seagri-DF no ramo da piscicultura é o fornecimento de alevinos (filhotes de peixes) desenvolvidos pela Granja Modelo do Ipê aos cidadãos. Em 2024, foram comercializados 195.700 alevinos para 68 piscicultores. Até março de 2025, mais 73.530 foram repassados a 28 produtores.
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Florabraz marca presença na Feira da Goiaba com flores e plantas ornamentais até domingo (13)
Termina neste domingo (13) a Feira de Floricultura e Jardinagem de Brazlândia (Florabraz). O evento é uma vitrine do trabalho dos produtores de flores e plantas ornamentais do Distrito Federal e acontece junto com a 10ª Feira da Goiaba, que ocorre de 4 a 6 e de 11 a 13 de abril. A Florabraz apresenta mais de 30 expositores de flores, suculentas e árvores frutíferas, além de opções de paisagismo, tudo produzido nas áreas rurais da região. No mesmo galpão da Florabraz, também é possível encontrar muito artesanato. A Florabraz integra a programação da Feira da Goiaba e também da Feira do Morango, que ocorre entre agosto e setembro | Foto: Divulgação/Emater-DF Para o gerente do escritório da Emater-DF no Núcleo Rural Alexandre de Gusmão, Sérgio Rufino Maciel, a feira é uma oportunidade: “A Florabraz tem melhorado a cada edição, sendo uma oportunidade de geração de renda, valorização da produção local e contato direto entre agricultores e consumidores”. Realizada duas vezes ao ano, a Florabraz integra a programação da Feira da Goiaba e também da Feira do Morango, que ocorre entre agosto e setembro. Em ambas as edições, o público encontra variedade de orquídeas, bromélias, cactos, suculentas e mudas de hortaliças e frutíferas, além de opções em paisagismo para embelezar jardins e ambientes internos. “A vantagem de comprar plantas produzidas localmente é que, em geral, elas têm melhor adaptabilidade e durabilidade, além de valorizar a produção da nossa região e ainda fortalecer a comercialização tanto para os produtores quanto para os compradores”, afirma Maciel. Feira de Floricultura e Jardinagem de Brazlândia (Florabraz) • Local: Associação Rural e Cultural Alexandre Gusmão, na Feira da Goiaba • Data: 11 a 13 de abril • Entrada gratuita *Com informações da Emater-DF
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Filhos Deste Solo: Emater-DF abre inscrições para curso sobre empreendedorismo rural
Estão abertas as inscrições para o curso Introdução ao Plano de Negócios, promovido pela Emater-DF dentro do Programa de Sucessão e Empreendedorismo Rural Filhos Deste Solo. A capacitação será realizada entre os dias 22 e 25 de abril, no Auditório Central do Instituto Federal de Brasília (IFB), campus Planaltina. São oferecidas 60 vagas para jovens de 16 a 29 anos que tenham vínculo com a área rural do Distrito Federal. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de abril, por meio de formulário online. No curso, os participantes aprenderão a identificar oportunidades de negócio no meio rural e terão contato com temas práticos, como pesquisa de preços, precificação de produtos e serviços e aspectos legais de um empreendimento | Foto: Divulgação/Emater-DF O curso tem como principal objetivo estimular a sucessão familiar rural, oferecendo aos jovens conteúdos voltados ao empreendedorismo e à gestão de negócios. A proposta é que os participantes adquiram ferramentas para desenvolver atividades econômicas sustentáveis e bem-sucedidas no meio rural, sem precisarem deixar o campo. Segundo Adriana Dutra, assessora da presidência da Emater-DF, nesta primeira etapa as atividades e oficinas têm um foco mais teórico. “Para os jovens que desejarem iniciar ou aprimorar seus negócios, oferecemos um acompanhamento mais individualizado, que ocorre em uma segunda etapa do programa”, afirma. “A gente entende que se o jovem rural tem orientação e acompanhamento, ele consegue suprir suas próprias necessidades, se sentir valorizado e trazer até mesmo soluções para a comunidade em que vive”. Ao longo da capacitação, os participantes aprenderão a identificar oportunidades de negócio no meio rural e terão contato com temas práticos, como pesquisa de preços, precificação de produtos e serviços, aspectos legais de um empreendimento e outros princípios fundamentais da gestão. “O que não falta aos jovens são boas ideias, mas muitas vezes eles não sabem como colocá-las em prática. E o objetivo do curso é exatamente esse: organizar esse pensamento de forma que ele consiga se tornar um jovem produtivo”, afirma. Podem participar jovens com idade entre 16 e 29 anos que tenham alguma ligação com o meio rural — sejam proprietários, agricultores, filhos de agricultores ou funcionários de empresas ou propriedades rurais. Programa Filhos Deste Solo | Curso Introdução ao Plano de Negócios · Data: 22 a 25 de abril, das 13h30 às 16h15 · Local: Auditório Central do IFB, campus Planaltina · Público-alvo: Jovens de 16 a 29 anos com vínculo com o meio rural · Vagas: 60 · Inscrições: Até 17 de abril, por meio de formulário online *Com informações da Emater-DF
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Oficinas preparam produtores do DF para a 10ª edição da Feira da Goiaba
A tradicional Feira da Goiaba, em Brazlândia, já tem data marcada. Nos dias 4, 5, 6, 11, 12 e 13 de abril, às margens da BR-080, produtores de uma das frutas mais produzidas do Distrito Federal se reúnem para apresentar à população receitas temáticas. Antes mesmo da abertura oficial dos trabalhos, os agricultores já começaram a se preparar para as festividades. A goiaba é uma das frutas mais produzidas no Distrito Federal | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), os agricultores participaram, na última sexta-feira (21), de duas oficinas voltadas para o controle de pragas, como parte da programação técnica da feira. A iniciativa reuniu aproximadamente 50 produtores da região no Incra 6, em Brazlândia, que aprenderam sobre técnicas sustentáveis para fortalecer a produtividade das lavouras. A Oficina de Produção de Caldas Alternativas ensinou a fabricar e aplicar as caldas bordalesa e sulfocálcica, utilizadas no controle de pragas e doenças sem o uso de agrotóxicos. Já a Oficina de Regulagem de Pulverizadores Adaptados destacou o uso correto dos equipamentos e a importância da proteção individual na aplicação dos insumos. O produtor Marco Kazuto, de 44 anos, destaca que as oficinas são uma oportunidade de troca de experiência e aprendizado: “Essas capacitações são muito produtivas. A gente sempre aprende algo novo e também pode compartilhar algo que a gente sabe”. O extensionista da Emater-DF, Claudinei Vieira, ressaltou a importância de levar informações inovadoras aos produtores. “Tudo o que tem de novidade no cultivo da goiaba, a gente traz para o campo. Acompanhamos as ações e o resultado disso é fantástico. Temos avançado em tecnologia e volume de produção”, afirmou. *Com informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) “Essas capacitações são muito produtivas. A gente sempre aprende algo novo”, afirma o produtor Marco Kazuto Agricultura em expansão Em 2024, o DF registrou 434 hectares de cultivo de goiaba, com uma produção estimada de 7.060 toneladas. A atividade envolve 176 agricultores cadastrados, sendo que 96% desse total está em Brazlândia. A expansão da fruticultura na região tem sido uma tendência, conforme explica o produtor Fernando Masahiro Yokoyama, 60 anos. “A gente plantava beterraba e cenoura, mas com o tempo a produtividade foi caindo. Optamos pela goiaba porque a venda é boa. Quando chega essa época da feira, os preços melhoram, e isso nos empolga”, conta.
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Queijaria do Lago Oeste recebe certificado de registro
A Queijaria Rancharia recebeu o certificado de registro sanitário da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova), da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF). Com o suporte da Emater-DF em diversas etapas do processo de produção e regularização, a agroindústria já pode comercializar seus produtos fora da propriedade. A especialidade da queijaria é a fabricação de queijos com leite A2A2, produzidos a partir de leite de vacas que possuem uma variante genética específica na produção de proteínas, particularmente a beta-caseína A2. O que torna esses queijos diferenciados é a melhor facilidade de digestão para aqueles com sensibilidade à proteína A1 do leite. O registro foi concedido no último mês, durante uma das reuniões com representantes do GDF e produtores de queijo para discutir demandas do setor. O que torna esses queijos diferenciados é a melhor facilidade de digestão para aqueles com sensibilidade à proteína A1 do leite | Foto: Arquivo pessoal O produtor Maurício Bittencourt conta que desde 1984 a família aposta na seleção genética do rebanho. Inicialmente, os queijos produzidos eram apenas para consumo da família e amigos, mas, em 2018, os familiares pensaram em se especializar e passaram a participar de treinamentos, a estudar a legislação e a comprar alguns equipamentos para fabricação de queijos. Maurício acredita que o incentivo e a persistência da Emater-DF foram importantes para a criação da queijaria. “Eu teria desistido se não fosse a insistência e persistência dos técnicos da Emater-DF. Os zootecnistas Isabella Belo e Frederico Neves, por exemplo, foram essenciais para não desistir da atividade. Contribuíram para eu conseguir a elaboração da planta da agroindústria, para acessar recursos para construção da estrutura da queijaria, além dos profissionais da área de agroindústria, como o Fábio, que auxiliaram a cumprir as exigências da Secretaria de Agricultura para o registro”, diz Maurício. Desde 2022, a Emater-DF conta com uma equipe especializada em agroindústria, formada por uma equipe multidisciplinar. Trabalhos como orientação para o registro, adequação de equipamentos e estruturas necessárias para agroindústria, elaboração de plantas-baixas e de rótulos nutricionais para os produtos, bem como a elaboração de um manual de boas práticas e a capacitação de mão de obra, são algumas das muitas atividades da equipe. Desde 2022, a Emater-DF conta com uma equipe especializada em agroindústria, formada por uma equipe multidisciplinar | Foto: Divulgação/Emater-DF Segundo o extensionista Paulo Alvares, o conhecimento da equipe em relação à legislação e trâmites foi importante para o andamento do processo: “A Emater-DF auxiliou na elaboração da planta-baixa da agroindústria, na juntada dos documentos necessários e no lançamento no sistema para o registro. O conhecimento da legislação e trabalho conjunto com a Dipova também foram importantes”. Políticas públicas de incentivo Entre as ações do governo para incentivo à cadeia produtiva do leite e queijo está a publicação da portaria nº 196, da Secretaria de Agricultura, que estabelece normas suplementares para o registro provisório de fábricas de laticínios, em especial queijarias artesanais. Segundo o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, “essa iniciativa é fundamental como forma de apoio às pequenas agroindústrias que querem agregar valor ao leite, um produto tão importante na alimentação humana e gerador de tantos empregos e tanta riqueza na área rural”. Para ele, a portaria, aliada a uma ação conjunta com a Emater-DF, oferece suporte para que o produtor se regularize. “É um caminho certo para colocar rapidamente o produtor em situação regular, garantindo também ao consumidor alimentos com segurança, qualidade e em conformidade com a legislação”, diz. “Essa iniciativa, somada a outras implementadas, reforça o trabalho de promover o desenvolvimento socioeconômico da região”, reforça o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Acredito que o trabalho da comissão estabelecida pelo GDF para estudos e definição de ações de fomento, apoio e incentivo à cadeia produtiva do queijo também fortalecerá o segmento.” Atualmente, existem aproximadamente 190 produtores de queijo no DF, entre agroindústrias formais e informais. O Valor Bruto de Produção da cadeia movimentou R$39,9 milhões em 2023. *Com informações da Emater-DF
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Governo inicia distribuição de kits de sementes a agricultores familiares do DF
O Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou, nesta sexta-feira (10), a distribuição dos kits de sementes distribuídos pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) a famílias de agricultores assentados. A entrega faz parte da primeira chamada pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA – Sementes) e contou com a presença da governadora em exercício Celina Leão. Na ocasião, a chefe do Executivo ressaltou que a ação busca fortalecer a produção agrícola sustentável, além de contribuir para a segurança alimentar dessas famílias. “A produção agrícola familiar é essencial para preservar o cinturão verde do Distrito Federal. São os homens e mulheres do campo que estão preservando essas áreas”, disse. A entrega dos kits de sementes ocorre em um momento estratégico para a produção rural no DF: o início da segunda safra. O período ocorre após a colheita da primeira safra e permite aos agricultores utilizar o mesmo terreno para plantar novamente no mesmo ano agrícola. A entrega faz parte da primeira chamada pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA – Sementes) e contou com a presença da governadora em exercício Celina Leão | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Nós vamos ter um acompanhamento técnico da Emater e da Seagri, ajudando a plantar, com todo o maquinário necessário, e até mesmo a escoar essas produções. Aqui, no DF, o trabalho tem começo, meio e fim”, destacou. “Temos certeza de que essas sementes vão frutificar com o apoio dos nossos técnicos e agricultores. Vamos plantar milho, mandioca, abóbora, quiabo e tantos outros produtos que fortalecem a nossa agricultura familiar.” Famílias beneficiadas Nesta primeira etapa, foram beneficiadas 250 famílias de produtores rurais dos assentamentos Estrela da Lua e Patrícia Aparecida (Paranoá); Fazenda Larga (Planaltina); Santarém (Ceilândia); 1º de Julho, Nova Camapuã e 15 de Agosto (São Sebastião). Eles receberam 11 toneladas de insumos, entre sementes de milho crioulo, feijão-carioca e amendoim. “Essa doação diminui muito o custo para nós que somos produtores e consequentemente ajuda a reduzir o valor final cobrado no produto comercializado”, diz o produtor rural Giliardi Bento Antunes “O milho é a segunda cultura mais importante do Distrito Federal, só perdendo para a soja, e é fundamental para a alimentação humana e animal. A capital é uma das maiores produtoras de feijão do Brasil, com uma média de produtividade quatro vezes superior à média nacional”, detalhou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. Os alimentos são selecionados pela Seagri conforme a demanda de cada comunidade. Todos os beneficiários estão assentados em locais implantados pelo GDF e possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAF), além de inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Para a agricultora Michelly Sllany Ornelas, 40, as sementes chegam em boa hora: “Essa chuvinha de janeiro é excelente para plantar” Entre os beneficiários, está o produtor rural Giliardi Bento Antunes, 38 anos, de São Sebastião. “Tenho uma criação de galinhas para comercialização de ovos e esse milho é muito importante para a gente usar na alimentação dos animais”, explicou. “Essa doação diminui muito o custo para nós que somos produtores e consequentemente ajuda a reduzir o valor final cobrado no produto comercializado”. Para a agricultora Michelly Sllany Ornelas, 40, as sementes chegam em boa hora. “Vai ajudar muito porque essa chuvinha de janeiro é excelente para plantar. Com essas sementes boas e dando bom, como a gente costuma dizer no campo, com certeza a gente vai conseguir produzir, vender e vamos faturar bem esse ano”, celebrou. O programa O PAA apresentou resultados expressivos em 2024. Ao todo, 263 instituições foram atendidas por meio do programa, beneficiando diretamente mais de 68 mil pessoas. Além disso, 224 agricultores familiares participaram, fornecendo 161.478 toneladas de alimentos. O agricultor rural interessado em participar da iniciativa pode consultar o edital completo no site da Seagri. Vale ressaltar que a distribuição de todos os kits de sementes respeita as condições estabelecidas no documento.
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Produtores rurais participam de curso de produção de queijos finos
A Emater-DF ofereceu, nesta terça-feira (17), um curso sobre queijos especiais no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da empresa, na Asa Norte. Muçarela, minas padrão, candango, coalho, boursin e chancliche foram os tipos elaborados durante a oficina, que reuniu cerca de 15 produtores. A atividade incluiu a parte teórica e a prática, na produção das iguarias. De acordo com o técnico em agroindústria Flávio Bonesso, instrutor da atividade, os queijos especiais valorizam o trabalho e elevam a renda do produtor. “São produtos que exigem especiarias como azeite e ervas finas, que dão mais sabor e, consequentemente, têm boa saída junto ao consumidor mais exigente. Isso ajuda a aumentar os lucros do empreendedor rural. Outro aspecto que destacamos são as boas práticas de fabricação, que reforçam a segurança alimentar do consumidor”, explica o extensionista da Emater-DF. Muçarela, minas padrão, candango, coalho, boursin e chancliche foram os tipos elaborados durante a oficina, que reuniu cerca de 15 produtores | Foto: Divulgação/Emater-DF A produtora Alfa Maria de Carvalho, do Assentamento 1º de Julho (área rural de São Sebastião), possui 14 vacas em sua propriedade, onde fabrica os queijos minas e de trança. “Com essa aula de hoje, pretendo produzir também o candango, o boursin e o chancliche.” Atualmente, Alfa comercializa na feira central de São Sebastião, além de vender para vizinhos e amigos. “Desde que deixei de trabalhar para os outros e me tornei independente, minha vida melhorou bastante. Graças às capacitações da Emater-DF, pude aperfeiçoar minha produção”, comemora a produtora. Esse foi o último curso oferecido pelo Cefor em 2024. Ao todo, 68 atividades de capacitação foram realizadas no ano, beneficiando mais de 1,2 mil produtores de todas as regiões do Distrito Federal. Com informações da Emater-DF
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GDF entrega certificados a produtores orgânicos de assentamento no Paranoá
A Emater-DF entregou, na tarde desta segunda-feira (2), os certificados de produção orgânica para sete assentados da comunidade Três Conquistas, região do Paranoá. Com o documento, os agricultores podem comercializar suas frutas, legumes e verduras em feiras, fazer venda direta e fazer entrega para os programas de compras públicas. A certificação é no modelo OCS (Organização de Controle Social), em que os empreendedores rurais se juntam em grupos formalizados para atestar a qualidade da produção, com suporte institucional. O engenheiro-agrônomo Daniel Rodrigues, gerente do Escritório Especializado em Produção Orgânica e Agroecologia (Esorg) da Emater-DF, explica que esse foi o primeiro projeto de construção de uma OCS feito de forma mais célere. “Desenvolvemos um modelo em que o processo, que chegava a durar um ano, não leva mais do que duas semanas”, aponta. A certificação é no modelo OCS (Organização de Controle Social), em que os empreendedores rurais se juntam em grupos formalizados para atestar a qualidade da produção, com suporte institucional | Foto: Divulgação/Emater-DF A modalidade de compras institucionais é a forma mais vantajosa de comercialização para os agricultores que possuem OCS. “Quando o governo compra, garante preço estável durante o ano todo. Além disso, os produtores orgânicos saem na frente, por causa das cotas definidas em lei”, completa Daniel. Tanto o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) quanto o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) — ambos com recursos federais —, além do Papa (Programa de Aquisição da Produção da Agricultura), do GDF, definem que, prioritariamente, 30% dos contratos devem ser supridos com alimentos orgânicos. A Emater-DF articula a contratação com base na oferta local. O trabalho de construção da OCS faz parte do projeto Guardiões do Clima, desenvolvido pela Confederação Nacional dos Agricultores e Empreendedores Familiares (Conafer). A coordenadora da ação, Sofia Carvalho, afirma que o objetivo é fomentar a transição agroecológica por meio do sistema agroflorestal. “É uma forma de promover a elevação da renda das famílias com uma preocupação ambiental”, aponta. Já o produtor Jovino Rodrigues Correia, morador do Assentamento Três Conquistas, está bastante satisfeito com o resultado. “Na agrofloresta, a gente vê uma planta ajudando a outra. São canteiros com limão, mamão, couve, entre outras. Com isso, elas formam um sistema mais forte e me garante uma renda a mais”, comemora. *Com informações da Emater-DF
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Primeira edição da Feira Rural no Palácio do Buriti atrai servidores na chegada ao trabalho
Servidores do Palácio do Buriti e do edifício anexo e chegaram ao ambiente de trabalho, nesta quarta-feira (13), em meio à realização da 1ª Feira Rural na passarela da entrada norte, promovida pela Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF), por meio da Secretaria-Executiva de Valorização e Qualidade de Vida (Sequali) em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O evento trouxe a presença de agricultores do Distrito Federal e entorno, que montaram estandes com produtos frescos e orgânicos, alimentos artesanais e itens variados da agroindústria, como linguiças, mel, chás, temperos, plantas ornamentais e artesanatos. O evento trouxe a presença de agricultores do Distrito Federal e entorno, que montaram estandes com produtos frescos e orgânicos, alimentos artesanais e itens variados da agroindústria, como linguiças, mel, chás, temperos, plantas ornamentais e artesanatos | Foto: Divulgação/Seec-DF A feira teve o apoio de autoridades do governo, incluindo a governadora em exercício, Celina Leão, o presidente da Emater, Cleison Duval, e o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior. Durante a visita, Celina Leão elogiou a diversidade dos produtos e ressaltou o papel do evento na valorização dos pequenos agricultores locais. “É muito gratificante ver os agricultores do DF e região expandindo e conquistando novos mercados, não só no DF, mas em todo o país”, destacou. Durante a visita, Celina Leão elogiou a diversidade dos produtos e ressaltou o papel do evento na valorização dos pequenos agricultores locais: “É muito gratificante ver os agricultores do DF e região expandindo e conquistando novos mercados, não só no DF, mas em todo o país” Cleison Duval, presidente da Emater, aproveitou a ocasião para desmistificar a ideia de que o DF não possui uma expressiva área agrícola. “Muitas pessoas pensam que o Distrito Federal não tem agricultura ou área rural. Trazer essa feira para o local de trabalho dos servidores é um estímulo tanto para os produtores quanto para quem trabalha no GDF”, afirmou Duval. Ele ressaltou a conveniência que a feira traz para os servidores, que, ao passarem a maior parte do dia no trabalho, encontram nessa iniciativa uma forma de facilitar o acesso a produtos locais e de qualidade. Para o secretário-executivo de Valorização e Qualidade de Vida, Epitácio Júnior, a Feira Rural representa uma política de qualidade de vida no trabalho, uma vez que proporciona aos servidores acesso direto a produtos frescos e certificados pela Emater. “Com essa iniciativa, o servidor não precisou sair do seu local de trabalho para comprar produtos de primeira linha. Isso contribui para o bem-estar e melhora o dia a dia dos nossos colaboradores”, concluiu Epitácio. A servidora Marilise Garcia ficou muito entusiasmada com o evento: “Nossa, a estrutura e a qualidade dos produtos estão incríveis! Eu, por exemplo, sou adepta de alimentos naturais, sem açúcar, e de verduras orgânicas, então foi ótimo para mim. Fiquei empolgada e já aproveitei para fazer a feira da semana”, comentou. A Feira Rural terá novas edições no próximo ano e integrará as ações de valorização e apoio ao servidor. Além de fortalecer o vínculo entre o campo e a cidade, a feira incentiva o consumo de produtos locais e promove a sustentabilidade e a economia da região. *Com informações da SEEC-DF
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Primeiro Concurso Distrital de Queijos Artesanais ocorre neste sábado (28)
O 1º Concurso Distrital de Queijos Artesanais, reunindo produtores rurais atendidos pela Emater-DF, acontece neste sábado (28). O evento irá premiar queijos feitos com leite de vaca, cabra, ovelha e búfala, valorizando a diversidade e a qualidade dos produtos artesanais da região. Ao todo, 20 queijarias se inscreveram, trazendo 66 queijos para avaliação. A partir das 11h, o evento abre ao público. De acordo com a extensionista rural Fernanda Lima, que faz parte da comissão organizadora do concurso, a iniciativa tem como foco fortalecer a produção local e incentivar boas práticas na fabricação. “Nosso objetivo é valorizar a produção de queijos artesanais com qualidade sanitária, apresentar o trabalho dos produtores ao consumidor e identificar as queijarias que podem ser inseridas na Rota do Queijo”, explica Fernanda. Ao todo, 20 queijarias se inscreveram, trazendo 66 queijos para avaliação | Foto: Divulgação/Emater-DF Os queijos serão avaliados em cinco critérios: apresentação, textura, aroma, cor e consistência. O júri será composto por 16 especialistas, entre gastrônomos, queijistas, professores universitários e engenheiros de alimentos. Os melhores colocados serão premiados com ouro (90 a 100 pontos), prata (79 a 89 pontos) e bronze (69 a 78 pontos). Organizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), o concurso conta com a parceria do Teta Cheese Bar, do Bando de Brasília (BRB) e da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Serviço 1º Concurso Distrital de Queijos Artesanais Data: 28/9 (sábado) Horário: 11h (aberto ao público) Local: Teta Cheese Bar — CLS 103, bloco B, loja 34 Programação 7h – Recepção dos jurados (fechado ao público) 7h30 às 10h – Avaliação dos queijos inscritos (fechado ao público) 10h às 10h45 – Apuração e processamento das avaliações (fechado ao público) 11h – Abertura oficial do evento (aberto ao público) 11h30 – Entrega dos certificados aos jurados 11h45 – Anúncio dos vencedores 13h – Abertura da mesa de degustação com os queijos participantes 13h – Roda de Choro 13h às 16h – Feira de produtores de queijos *Com informações da Emater-DF
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Concurso Distrital de Queijos Artesanais amplia júri popular para maior diversidade de avaliação
O 1º Concurso Distrital de Queijos Artesanais, promovido pela Emater-DF, teve uma alteração no regulamento. Diante do grande número de queijos inscritos — um total de 66 produtos — a organização decidiu ampliar o número de jurados da categoria popular, passando de dois para quatro. A medida visa garantir uma avaliação mais diversificada e representativa. Todas as outras regras do concurso permanecem inalteradas. O júri técnico será composto por 16 participantes, entre gastrônomos, queijistas, professores universitários, engenheiros de alimentos e quatro populares | Foto: Divulgação/Emater-DF O julgamento será neste sábado (28), no Teta Cheese Bar, na Asa Sul. Ao todo, 20 queijarias vão apresentar queijos feitos de leite de vaca, ovelha, cabra e búfala. “O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva do leite no DF e mostrar à população da cidade a alta qualidade dos produtos da região”, aponta a extensionista rural Fernanda Lima, que faz parte da comissão que organiza o concurso. O júri técnico será composto por 16 participantes, entre gastrônomos, queijistas, professores universitários, engenheiros de alimentos e quatro populares. Eles vão avaliar critérios como aroma, cor, textura e consistência. Os vencedores ganharão nas categorias de ouro (90 a 100 pontos), prata (79 a 89 pontos) e bronze (69 a 78 pontos). Serviço 1º Concurso Distrital de Queijos Artesanais Data: Sábado (28) Horário: 7h às 13h Local: Teta Cheese Bar — CLS 103, bloco B, loja 34, Brasília-DF Programação 7h – Avaliação dos queijos inscritos – fechado ao público 10h – Apuração e processamento das avaliações – fechado ao público 12h30 – Anúncio dos vencedores – Evento abre ao público 13h30 – Abertura da mesa de degustação com os queijos participantes 13h30 – Início da roda de choro 13h às 16h – Feira de produtores de queijos *Com informações da Emater-DF
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GDF impulsiona produção rural com qualificação e linhas de crédito
O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para apoiar e desenvolver a agricultura, que está em pleno crescimento. De hortaliças a grãos, passando por mel e diversas culturas, o fomento à produção é diária e está literalmente dando frutos. Celebrado em 28 de julho, o Dia do Agricultor é uma data a ser comemorada pelos profissionais, incentivados com assistência técnica, cursos e linhas de crédito rural. São inúmeras iniciativas para apoiar esse ofício vital para toda a população, que passam por apoio e qualificação profissional ofertadas por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento de Desenvolvimento Rural do DF (Seagri). Celebrado em 28 de julho, o Dia do Agricultor é uma data a ser comemorada pelos profissionais, incentivados com assistência técnica, cursos e linhas de crédito rural | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Para se ter ideia, o agronegócio movimentou cerca de R$ 6 bilhões de valor bruto no DF no ano passado, em uma área produtiva de 178,5 mil hectares, de acordo com o relatório do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) da Emater. Destaque para a produção de grãos com DNA brasiliense. Entre as variedades que brotam no Quadradinho, o trigo foi um dos produtos que apresentaram um grande salto na produção durante os últimos cinco anos. Entre 2019 e 2023, a safra da triticultura cresceu 272%, e passou de 6 mil toneladas para 22 mil toneladas, ainda de acordo com a Emater. Estão à disposição dos agricultores linhas de crédito rural, cursos, oficinas, incentivos na produção e comercialização de produtos, além da assistência técnica. Atualmente, a Emater possui 22.950 produtores cadastrados na empresa. Desses, 9.386 são produtores familiares – 5.384 homens e 4.002 mulheres. O produtor rural Miguel Simões de Oliveira, do Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama, cultiva hortaliças em sua propriedade desde 1994. São cerca de 6 hectares dedicados ao plantio de alface, cheiro-verde, acelga, cebolinha, pimenta, jiló e quiabo, além da criação de galinhas, porcos, pavões e gansos. Maria José Cassimiro começou produzindo morangos, há três anos, e agora começou a se preparar para plantar mirtilos, em aproximadamente 2,5 hectares Ele relata que conta com o total apoio da Emater para tudo o que precisa para desenvolver o cultivo. A assistência técnica constante resulta em melhorias de processos e aplicações de novas tecnologias, como o cultivo com túneis altos e irrigação por gotejamento. Os túneis altos são estruturas que protegem as plantas da chuva e do sol. O gotejamento permite um controle eficaz da quantidade de água utilizada na irrigação. Ao mesmo tempo que proporciona a quantidade de água ideal para as plantas, evita o desperdício. A combinação das duas técnicas aumenta a produção e reduz os custos. Também por meio da Emater, ele conseguiu financiamento para energia fotovoltaica, que será instalada nos próximos dias. Miguel também aproveita os cursos oferecidos pela empresa pública, entre eles manejo de irrigações e caldas alternativas. “Quando a gente usa a tecnologia, trabalha menos e produz mais. Sem a Emater, a gente não consegue. Tudo o que a gente precisa, falamos com o Kleiton [Rodrigues Aquiles, técnico da Emater do Gama].” O produtor agora se organiza para iniciar o plantio hidropônico que, entre as vantagens propicia redução da mão de obra e maior controle nutricional das plantas. Kleiton Rodrigues Aquiles, técnico da Emater: “A assistência também leva aos produtores tecnologias visando o aumento da produção de alimentos em quantidade e qualidade” Técnico da região, Kleiton explica que auxiliar os produtores é justamente o papel da Emater. “A assistência também leva aos produtores tecnologias visando ao aumento da produção de alimentos em quantidade e qualidade”, ressalta. Ele também atende as produtoras Maria José Cassimiro, de 70 anos, e a filha dela, Juliana Cassimiro, 42. Após viverem nove anos na Inglaterra, decidiram voltar ao Brasil e escolheram o Núcleo Rural Córrego Crispim, no Gama, para se dedicarem à agricultura familiar. Elas começaram produzindo morangos, há três anos, e agora se preparam para plantar mirtilos, em aproximadamente 2,5 hectares. Também se dedicam ao cultivo de ervas medicinais e até açaí. E estão desenvolvendo turismo rural na propriedade. “Como a propriedade é pequena, temos que desenvolver diversas culturas. Tudo o que a gente sabe, aprendemos com a Emater”, afirma Juliana. A mãe dela, Maria, fez diversos cursos por meio da empresa, como o de flores comestíveis, caldas alternativas e orgânicos. E reforça que, embora tenha trabalhado na roça na juventude, elas não teriam conseguido fazer tantas coisas sem a Emater: “A Emater nos ajuda com tudo. Sem isso, não teríamos conseguido”.
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Produtores beneficiados aprendem a fazer manutenção em fossas biodigestoras
Agricultores do Assentamento Patrícia e Aparecida (Paranoá) participaram, na última quinta-feira (25), de uma oficina sobre o manejo de fossas biodigestoras. A atividade foi oferecida pela Emater-DF, que já entregou cerca de 750 fossas em várias comunidades rurais atendidas pela empresa. De acordo com a coordenadora do Programa de Saneamento Rural da Emater-DF, Luciana Silva, os equipamentos acumulam poucos resíduos e são de fácil manutenção. “As fossas também produzem um lodo que pode ser tratado com cal e usado como adubo”, explica. A atividade foi oferecida pela Emater-DF, que já entregou cerca de 750 fossas em várias comunidades rurais atendidas pela empresa | Foto: Divulgação/Emater-DF Além disso, não há necessidade de limpa-fossas nem produtos químicos. “Dessa forma, estamos contribuindo para manter o tripé do desenvolvimento econômico, social e ambiental das comunidades”, adianta a extensionista. “Sem falar que, com um sistema de saneamento adequado, a população pode reforçar a certeza de que os alimentos produzidos e comercializados no DF são seguros e saudáveis”, completa Luciana. O lodo tratado pelas fossas biodigestoras também pode ser utilizado na irrigação de frutíferas. “Sugerimos aos assentados o cultivo de frutas, que exigem menos água e são de manejo menos trabalhoso, como limão siciliano, por exemplo”, observa Luciana Silva. As fossas são adquiridas pela Emater-DF por meio de licitação. Para receber o equipamento, o produtor deve ser registrado como beneficiário da empresa, possuir o CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar), dentre outros critérios. O Programa de Saneamento Rural da Emater-DF atende à lei 14026/2020, que prevê a universalização dos serviços de esgotamento nas áreas urbanas e rurais do país. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais do DF são premiados no 7º Prêmio Queijo Brasil
Dois produtores de queijo do Distrito Federal foram laureados no 7º Prêmio Queijo Brasil, que ocorreu entre 11 e 14 de julho em Blumenau (SC). Giovana Navarro, da Cabríssima Queijaria (núcleo rural Lago Oeste), e Gilda Barbosa, da Queijaria Walkyria (área rural de São Sebastião), foram agraciadas com medalhas de ouro, prata e bronze. Uma equipe da Emater-DF acompanhou as produtoras no concurso. De acordo com a extensionista rural Fernanda Lima, que atua na Equipe Especializada em Agroindústria da empresa, a premiação coroa o trabalho dos produtores assistidos pela Emater-DF. “É um reconhecimento nacional, que consolida a produção de queijos no DF e fortalece toda a cadeia produtiva na capital”, comemora. Fernanda acrescenta que a empresa está planejando um concurso de queijos local, previsto para ocorrer em setembro deste ano. Uma equipe da Emater-DF acompanhou as produtoras no concurso | Foto: Divulgação/Emater-DF A convite da organização, a extensionista foi jurada no prêmio. “Foi uma experiência muito rica, que vai nos dar subsídios para elaborar o nosso concurso”, vislumbra. “A Emater-DF tem como foco o incentivo à criação de agroindústrias no campo. É uma forma de elevar a renda dos produtores e fortalecer a economia local”, observa Fernanda. Em maio deste ano, a Emater-DF lançou a Rota do Queijo Artesanal. A iniciativa reúne oito precursores na produção de laticínios e criação de ovelhas e cabras com o objetivo de aquecer a cadeia produtiva e o turismo rural. Para a produtora Giovana Navarro, da Cabríssima Queijaria Artesanal, as medalhas dão visibilidade ao trabalho de 25 anos realizado com o marido, Aurelino de Almeida Sampaio Filho. “O prêmio é importante porque faz a sociedade, e também outros órgãos do governo, enxergar a capacidade produtiva da nossa cadeia”, observa. A produtora já foi agraciada em concurso mundial em São Paulo, que reuniu queijeiros de 15 países e na Expoqueijo Brasil, em Araxá (MG) em junho deste ano. Em maio deste ano, a Emater-DF lançou a Rota do Queijo Artesanal. A iniciativa reúne oito precursores na produção de laticínios e criação de ovelhas e cabras com o objetivo de aquecer a cadeia produtiva e o turismo rural Giovana e o marido começaram a trabalhar com cabras há 25 anos, mas a regularização foi conquistada há quatro anos. “Sempre quisemos criar esses animais, por causa da alta qualidade do leite e da doçura deles. “Graças às orientações da Emater, conseguimos aperfeiçoar o manejo e a qualidade dos nossos produtos”, afirma. Atualmente, a queijaria trabalha também com turismo rural, oferecendo passeios e mesa com vinho e tábua de queijos. “Estamos trabalhando para estimular a Rota do Queijo Artesanal, pois todos ganham com essa ação”, acrescenta. A produtora Gilda Cabral, da Queijaria Walkyria, encara a premiação como um reconhecimento do trabalho árduo que vem desenvolvendo na fabricação, principalmente, de queijo coalho. “Produzir laticínios no DF sempre foi um desafio, mas com a Rota do Queijo e outros incentivos da Emater-DF e do GDF, temos boas perspectivas de consolidação da cadeia”, acredita. Ela também vê na Emater-DF uma grande apoiadora do seu trabalho. “Os extensionistas conhecem de perto nossa realidade e tem sido fundamental no desenvolvimento da nossa atividade”, completa. Este foi o primeiro prêmio recebido pela sua fábrica. Criado em 2014, o Prêmio Queijo Brasil envolve produtores rurais, comerciantes, consumidores, chefs de cozinha, jornalistas, extensionistas e empresários do ramo de bares e restaurantes. A cadeia produtiva reúne aproximadamente 50 mil famílias no país. Também participaram da viagem a turismóloga Zaida Regina e o técnico em agroindústria Paulo Álvares, além do gerente de Segurança e Qualidade Alimentar da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova) da Secretaria de Agricultura, Wendel Neiva Martins Lago.
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Produtores participam de curso sobre boas práticas de fabricação
Produtores rurais de diversas regiões do Distrito Federal participaram, nesta quinta-feira (27), do curso Boas práticas de fabricação de alimentos para feiras e eventos. Promovido pela Emater-DF, o curso reuniu produtores interessados no tema, especialmente aqueles que participam das feiras e eventos organizados pela Gerência de Comercialização e Organização Rural (Gecor) da Emater-DF. A iniciativa visa assegurar a qualidade e a segurança dos alimentos comercializados, promovendo melhores práticas desde a produção até a venda direta ao consumidor | Foto: Divulgação/Emater-DF Entre as questões abordadas, os produtores aprenderam sobre a importância das boas práticas de fabricação, cuidados com a manipulação de alimentos, requisitos para a regularização de agroindústrias, normas para participação em feiras, além de técnicas de apresentação, recepção dos consumidores, marketing e rotulagem dos produtos. A iniciativa visa assegurar a qualidade e a segurança dos alimentos comercializados, promovendo melhores práticas desde a produção até a venda direta ao consumidor. “O objetivo do curso é fazer com que os participantes apliquem as boas práticas de Fabricação na fase de processamento do alimento e também durante a comercialização dos produtos”, afirmou Deijane Araújo, gerente do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF. Entre as questões abordadas, os produtores aprenderam sobre a importância das boas práticas de fabricação, cuidados com a manipulação de alimentos, requisitos para a regularização de agroindústrias, normas para participação em feiras, além de técnicas de apresentação, recepção dos consumidores, marketing e rotulagem dos produtos Atendido pela Emater-DF em Vargem Bonita, Luciano Six, que produz linguiças e rocamboles artesanais, considerou o curso essencial para reciclar os aprendizados adquiridos quando conseguiu o selo da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova), da Secretaria de Agricultura do DF. “O curso foi ótimo para atualizar as informações que a gente tinha. Achei muito importante a informação sobre os rótulos e sobre a responsabilidade na comercialização do nosso produto. Aprendi como me resguardar em relação a produtos que entregamos para revenda”, destacou Six. A extensionista Milena Lima de Oliveira explicou que a Emater-DF sempre busca levar produtores rurais para comercializar em feiras e eventos, e o curso foi planejado para melhorar a qualidade de fabricação na propriedade e também na comercialização. “A gente buscou abordar questões para que eles aprimorem suas produções e garantam a segurança alimentar dos consumidores. Quando a gente leva os produtores para feiras e eventos, estamos também dizendo que esse produto é de qualidade. São produtores assistidos pela Emater, então temos essa missão de cuidar e orientar”, ressaltou. Rozelita Camargo, de Samambaia, que produz sequilhos, biscoitos de queijo e brigadeiros para comercializar nas feiras, destacou a importância das informações recebidas. “Foi uma grande apresentação no dia de hoje. Amei tudo, do começo ao fim. Cada informação foi de grande utilidade para minha vida profissional”, afirmou. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais aprendem sobre peculiaridades e técnicas de cultivo de frutas vermelhas em reunião técnica
O cultivo, o manejo e a comercialização de frutas vermelhas como amora, mirtilo, morango e framboesa foram os temas abordados na reunião técnica da Emater-DF na manhã deste sábado (22), no Lago Oeste. Com o tema “Introdução ao Cultivo de Frutas Vermelhas no Cerrado Brasileiro”, extensionistas da empresa explicaram as principais peculiaridades dessas frutas a aproximadamente 30 produtores rurais. Segundo Clarissa Campos, gerente da Emater-DF em Sobradinho, o objetivo da reunião técnica foi atender ao crescente interesse dos produtores por essas culturas. “Na região do Lago Oeste, os produtores têm mostrado grande interesse em novas culturas e inovações tecnológicas. No caso do morango, apesar de já ter um cultivo consolidado, sempre tem demanda, principalmente o orgânico”, destacou. Com o tema “Introdução ao Cultivo de Frutas Vermelhas no Cerrado Brasileiro”, extensionistas da empresa explicaram as principais peculiaridades das frutas vermelhas | Foto: Divulgação/Emater-DF O mirtilo vem sendo introduzido no DF por meio da Rota da Fruticultura. Clarissa observou que a AgroBrasília, realizada entre os dias 21 e 25 de maio, serviu como uma vitrine para a propagação da fruta, despertando a curiosidade de muitos produtores, o que levou à organização da reunião. “A fruta, embora recente, é promissora para o Distrito Federal, considerando a oferta, a demanda e as condições climáticas e de solo”, pontuou. Um dos participantes, Leonardo Rodrigo Torres, 33 anos, é programador de sistemas, mora no Lago Oeste há pouco menos de dois meses e já pretende começar a investir na produção rural. “Estou planejando, estudando e vendo o que será melhor para eu começar a produzir. As frutas vermelhas chamam atenção pelo alto valor de mercado, as pessoas consomem bastante e é relativamente fácil de mercado”, disse ele. Os engenheiros agrônomos e extensionistas Clarissa Campos e Felipe Camargo, este último responsável pelo programa de Fruticultura da Emater-DF, explicaram aos produtores as vantagens do cultivo e os maiores desafios da produção no Brasil. Eles apresentaram as principais variedades das frutas, questões de manejo e as formas de beneficiamento para garantir um maior aproveitamento. Segundo Clarissa Campos, gerente da Emater-DF em Sobradinho, o objetivo da reunião técnica foi atender ao crescente interesse dos produtores por essas culturas | Foto: Divulgação/Emater-DF Felipe Camargo também orientou os produtores sobre a Rota da Fruticultura, que envolve diversas instituições e promove estratégias de aumento da produção e do fornecimento de frutas para mercados internos e externos, além de esclarecer dúvidas dos produtores. A diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, participou da reunião. Joseane Lima Lelis, economista doméstica da Emater-DF, explicou sobre as boas práticas na colheita e pós-colheita, os cuidados no manuseio devido à sensibilidade das frutas, e as questões de embalagens e acondicionamento. “Essa reunião, com todas essas informações, é importante para os produtores decidirem se querem ou não investir nessas frutas”, afirmou. A reunião ocorreu na propriedade da produtora rural Cecília Klein, no Lago Oeste, onde são cultivados morango e framboesa. A produtora compartilhou sua experiência com as frutas e suas técnicas de manejo e comercialização. Durante o evento, foi sorteada uma muda de amora preta gigante (blackberry). *Com informações da Emater-DF
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Núcleo rural de Tabatinga se prepara para a 32ª Semana do Produtor
A comunidade do núcleo rural Tabatinga, localizado na região administrativa de Planaltina, recebe a partir deste sábado (1º) a 32ª Semana do Produtor Rural. A ação é organizada pela Associação dos Produtores Rurais da região (Agrotab) e conta com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Várias atividades estão programadas, entre eventos técnicos e de lazer. A semana marca a virada do ano agrícola. Arte: Divulgação De acordo com o gerente do escritório da Emater-DF em Tabatinga, Lucas Pacheco, a semana tem o objetivo de integrar a comunidade, aproximando as famílias da região. “Aproveitamos o momento para promover ações de saúde e conscientização sobre temas importantes, como a valorização dos idosos e alimentação adequada”, ressalta o extensionista. A Emater-DF fará também a campanha de coleta de embalagens de agrotóxicos, além de realizar palestras técnicas sobre pecuária e exames toxicológicos em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES). O núcleo rural Tabatinga se destaca pela alta produção de grandes culturas, especialmente a soja, além de hortaliças, frutas, leite e avicultura. *Com informações da Emater-DF
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Selo da Agricultura Familiar é entregue a produtores rurais durante a AgroBrasília 2024
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) entregaram quatro certificados do Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) a agricultores do Distrito Federal. A cerimônia ocorreu na quarta-feira (22), na Feira Rural da Emater-DF, que está sendo realizada na AgroBrasília. Os selos foram entregues nesta quarta (22) na Feira Rural da Emater, montada dentro da AgroBrasília | Fotos: Divulgação/ Emater-DF Os certificados foram entregues à Associação dos Produtores Rurais de Alexandre de Gusmão (Aspag), ao produtor de mel Andrea Guisepe Mabrito e às produtoras de artesanato da área rural do Gama Edinalda da Silva Lopes e Francisca Moreira dos Santos. “Esse selo valoriza a agricultura familiar e seus produtos. Fazer essa entrega aqui, no estande da Emater-DF na AgroBrasília, tem muito simbolismo, porque esse espaço é dedicado exatamente à valorização da agricultura familiar”, ressaltou o presidente da empresa pública, Cleison Duval. Para o gerente de comercialização e organização rural da Emate, Blaiton Carvalho, o Senaf é interessante, do ponto de vista comercial, para destacar os produtos provenientes da agricultura familiar. “Esse certificado mostra para o consumidor que aquele produto promove a valorização da produção regional, da cultura local e também contribui para o desenvolvimento rural”, afirma. O diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Marenilson Batista, parabenizou o trabalho da Emater no processo de organização rural e no incentivo ao uso do Senaf: “Esse ato de ressaltar o uso da certificação fortalece ainda mais os produtos que vêm da agricultura familiar e, junto com o trabalho da extensão rural da Emater, que apoia também o processo de comercialização, nós podemos cada vez mais incentivar uma agricultura familiar forte e que produz alimento de qualidade”. Selo Nacional da Agricultura Familiar Para o gerente de comercialização e organização rural da Emater, Blaiton Carvalho, “o selo valoriza a agricultura familiar e seus produtos” A certificação identifica os produtos da agricultura familiar no Brasil. O selo pode ser solicitado, gratuitamente, por todos os agricultores familiares, cooperativas ou associações que possuam inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), bem como por empresas que comprovadamente adquirem produtos de agricultores familiares. Basta acessar o Sistema Vitrine da Agricultura Familiar e preencher as informações. Ao solicitar o selo, cada produtor, organização da agricultura familiar, associação ou cooperativa terá um login e uma senha para cadastramento ou alteração dos produtos nas páginas virtuais da Vitrine da Agricultura Familiar. Nesse mostruário, todos os produtos possuem número de série para rastreabilidade rápida e pesquisa no site de informações como embalagem, valor nutricional e contatos do produtor. *Com informações da Emater
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Irrigação automatizada é o foco do Circuito de Olericultura na AgroBrasília
O uso de sistemas automatizados de irrigação é viável também para pequenos e médios produtores rurais, diminui o custo da propriedade, aumenta a produtividade, garante mais eficiência no uso dos recursos hídricos e reduz a necessidade de serviços. Esse será o foco do Circuito da Olericultura da Emater-DF na AgroBrasília 2024, que se realiza entre os dias 21 e 25 deste mês, no PAD-DF. A Emater-DF trata da mecanização, da automatização e da automação nas atividades agropecuárias dentro dos programas de desenvolvimento das cadeias produtivas com diversas metodologias | Fotos: Divulgação/Emater-DF Quem visitar o espaço vai ver também a mandioca BRS 429 plantada sob plástico e gotejamento, além de pepino partenocárpico, que não precisa de polinização, tomate e alface. O tomate e o pepino estão plantados sob túnel alto, que é um tipo de estrutura de cultivo protegido. O gerente de Agropecuária da Emater-DF e coordenador do circuito de Olericultura, Antonio Dantas, afirma que a atração foi programada visando ampliar a discussão sobre a viabilidade da automatização e mecanização para a agricultura familiar e para pequenos e médios empreendimentos rurais. O uso de sistemas automatizados de irrigação é viável também para pequenos e médios produtores rurais, diminui o custo da propriedade, aumenta produtividade, garante mais eficiência no uso dos recursos hídricos e a necessidade de serviços “A missão da Emater-DF é trabalhar a propriedade rural e a família rural em todo seu conjunto. Assim, percebendo que a disponibilidade da mão de obra rural, que cada vez é mais escassa, estamos mostrando que a aquisição de sistemas automatizados de irrigação é extremamente viável para pequenos empreendimentos rurais. É investimento que se paga em pouquíssimo tempo”, avalia o gestor. A Emater-DF trata da mecanização, da automatização e da automação nas atividades agropecuárias dentro dos programas de desenvolvimento das cadeias produtivas com diversas metodologias. Para este ano, além do Circuito da Olericultura da AgroBrasília, haverá os dias especiais de mecanização e automatização da agropecuária, em julho, em Planaltina e Brazlândia. Nesses eventos e durante as atividades de campo, os extensionistas e os agricultores recebem as orientações sobre as possibilidades de mecanização ou automatização de suas atividades e das linhas de crédito rural disponíveis para o financiamento. O Programa de Crédito Rural da Emater-DF assessora extensionistas da empresa e produtores rurais na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito rural disponíveis para o Distrito Federal. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o pequeno agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda. AgroBrasília A AgroBrasília é uma das maiores feiras do agronegócio do Planalto Central sobre tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. Realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (COOPA-DF), ela serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e tem um cenário de referência em debates, palestras e cursos sobre diversos temas relacionados setor produtivo. Com 568 expositores de diversas regiões do Brasil, em 2023, a feira recebeu 175 mil visitantes e movimentou R$ 4,8 bilhões em negócios fechados. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 21 e 25 de maio, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado estrategicamente a 60 km da Capital Federal, Brasília. A entrada é franca. *Com informações da Emater-DF
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Produtores do Distrito Federal participam de oficina para aperfeiçoar cultivo de pitaya
Altamente nutritiva, de sabor e formato peculiares, a pitaya aos poucos tem conquistado o paladar do brasiliense. A fruta exótica chama a atenção dos consumidores nos pontos de venda, e representa uma alternativa rentável para diversas famílias e pequenos produtores do Distrito Federal. Nesta sexta (10), a Emater-DF ofereceu oficina sobre técnicas de poda e cultivo da pitaya | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Na última sexta-feira (10), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) recebeu cerca de 30 agricultores e especialistas para uma oficina sobre técnicas de poda e cultivo da espécie, na sede da Embrapa Cerrados, em Planaltina. Esta foi a sétima oficina do tipo, voltada para os interessados na fruta tropical. “O plantio da pitaya é uma alternativa de renda e de diversificação de cultivo até na própria propriedade. Você pode produzir em um espaço pequeno e ter uma boa rentabilidade” Felipe Camargo, coordenador de fruticultura da Emater O mercado em ascensão e as facilidades no cultivo têm incentivado o crescimento do número de produtores de pitaya no DF, que entregam qualidade. Apenas nos últimos oito anos, o número de pessoas que investem na espécie saltou de quatro para 55 agricultores, com 17 hectares plantados. Segundo o coordenador de fruticultura da Emater, Felipe Camargo, a chamada “fruta do dragão” oferece uma série de benefícios, especialmente porque produz um número significativo de frutos em áreas menores de plantio, com venda a preços atrativos. Em média, o quilo da pitaya é comercializado entre R$ 20 a R$ 30 no DF. “O plantio da pitaya é uma alternativa de renda e de diversificação de cultivo até na própria propriedade. Você pode produzir em um espaço pequeno e ter uma boa rentabilidade, já que é uma fruta ainda tida como exótica, diferente, que tem um bom preço de mercado. É possível aproveitar até pequenas áreas para tirar uma renda muito maior”, destaca o agrônomo. O cultivo da pitaya produz um número significativo de frutos e depende de áreas menores para o plantio Poda e técnicas de cultivo Durante a manhã, produtores que investem na fruta ou que pretendem começar a plantá-la aprenderam sobre boas práticas para gerenciar a produção de forma eficiente, e colocaram a mão na massa – ou melhor, nas tesouras. Os próprios participantes da oficina fizeram a poda e separaram as mudas para cultivarem em suas propriedades. José Mário Amaral, de 60 anos, tem um pequeno pé na chácara dele, em Planaltina, e conta ter se encantado pelo sabor, qualidade e doçura da pitaya. “Eu acho que é uma fruta muito bacana, e estou animada para começar a cultivá-la. Aprendi hoje, com o técnico, que é possível gerar uma boa renda com a produção em maior escala, e o solo que eu tenho é próprio. Fiquei bastante animado e pretendo plantar alguns pés este ano”, afirma. José Amaral tem um pequeno pé de pitaya na chácara dele, e vai aumentar a produção para gerar renda com a fruta Assim como ele, José Eduardo Gonçalves de Azevedo, 54, pretende investir no plantio da espécie em uma área improdutiva dentro da propriedade, localizada no Núcleo Rural PAD-DF. “Estava buscando uma alternativa para essa área e a ideia é investir na pitaya, principalmente pela rentabilidade”, explica. O agricultor já cultiva grãos e tem uma área dedicada à piscicultura. “Além do que eu já tenho, a pitaya tem um retorno rápido em um período curto e uma área pequena, e é uma boa alternativa para diversificar o meu plantio”. José Eduardo de Azevedo pretende investir na espécie: “É uma boa alternativa para diversificar o meu plantio” Novas alternativas A oficina de sexta-feira foi fruto de uma parceria com a Embrapa Cerrados. De acordo com o pesquisador da instituição vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fábio Faleiro, o trabalho junto à Emater-DF é fundamental para realizar a ponte com o produtor rural. “Essa transferência da tecnologia desenvolvida pela Embrapa para os agricultores é muito importante quando a gente pensa em fruticultura, porque para produzir uma fruta bonita, de boa qualidade e competitiva no mercado, é necessário usar tecnologia”, destaca o especialista. Quando se trata de produção agrícola, a categoria é destaque porque gera viabilidade econômica para pequenas propriedades, característica da maior parcela de produtores do DF. “A gente acredita muito nessa inclusão socioprodutiva para levar oportunidades para esses pequenos produtores, e a fruticultura, como a pitaya e o maracujá, por exemplo, são boas opções para essa população”, destaca Faleiro.
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Evento vai orientar sobre agroindustrialização para aumentar renda do produtor rural
Está chegando mais uma edição da AgroBrasília, e, este ano, a Emater-DF estruturou o espaço para visitação dos agricultores, com inovações voltadas para o futuro da agricultura no Distrito Federal: a agroindustrialização. Entre os dias 21 e 25 deste mês, 2,4 hectares do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci serão ocupados com os circuitos temáticos da fruticultura, floricultura, avicultura, aquicultura e bovinocultura, um de tecnologias sociais e outro apenas para agroindústria rural. Todos vão apresentar uma tecnologia destacada, além de alternativas agroindustriais que representam possibilidades de aumento de renda para a família rural. De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a implantação de agroindústrias nas propriedades rurais é uma alternativa possível para agregar valor aos produtos rurais. “Aproveitar a produção rural já existente para a oferta de novos produtos, como ovos, legumes cortados, polpa de frutas, iogurtes e queijos, por exemplo, pode gerar aumento de renda, emprego e trabalho para todos os integrantes da família, que vai refletir na sucessão rural, e melhoria da qualidade de vida de todos. Por isso, estamos olhando para o futuro e para o desenvolvimento rural sustentável do campo e das pessoas que nele vivem”, disse. Nesta edição da AgroBrasília, a Emater-DF estruturou o espaço para visitação dos agricultores, com inovações voltadas para o futuro da agricultura no Distrito Federal | Foto: Divulgação/Emater-DF No circuito das tecnologias sociais, haverá maquetes com a estrutura de duas plantas de agroindústrias modelos, sendo uma de mandioca descascada e congelada e outra de granja avícola. Todas elas são aprovadas pelos órgãos de inspeção e os extensionistas do circuito vão dar orientações sobre a documentação e estruturas necessárias para a formalização do empreendimento rural. Tecnologias agrícolas No circuito da olericultura, o foco será a automatização dos sistemas de irrigação, que possibilita uma redução dos custos com a mão de obra, insumos e energia elétrica, dentre outros benefícios. No circuito da bovinocultura, o visitante vai encontrar um modelo argentino de instalação para aleitamento e cria de bezerros leiteiros que permite o manejo individualizado do animal. O circuito da fruticultura abordará a implementação de pomares e a diversificação de cultivos como fonte de renda, com a apresentação de tecnologias de produção de açaí, banana, framboesa, amora e mirtilo. Para este ano, já foram confirmados mais de 550 expositores na AgroBrasília. A previsão da organização da feira é a visitação de mais 170 mil pessoas nos cinco dias de evento No circuito da avicultura, não haverá animais por causa de medidas restritivas impostas pelo Ministério da Agricultura em função da gripe aviária, mas serão apresentados equipamentos utilizados na avicultura em semiconfinamento desde a fase inicial até a postura. No circuito da aquicultura, o visitante vai conhecer opções de produção intensiva de peixes e a integração com a agricultura irrigada. E, no circuito da floricultura, haverá demonstração do uso de flores para fins culinários, terapêuticos e paisagísticos. Além dos circuitos temáticos, no espaço da Emater-DF terá o galpão de comercialização para a agricultura familiar. Serão 22 estandes, seis deles voltados para a venda de produtos alimentícios e o restante dividido entre artesanato e produtos da agroindústria. Os produtores que vão ocupar o local serão selecionados pelos escritórios locais da Emater-DF, por meio de critérios definidos em edital específico. AgroBrasília Promovida pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a AgroBrasília é uma feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. Por ser um dos maiores eventos do setor da região Centro-Oeste, serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e tem um cenário de referência em debates, palestras e cursos sobre diversos temas relacionados ao próprio setor produtivo. Para este ano, já foram confirmados mais de 550 expositores. A previsão da organização da feira é a visitação de mais 170 mil pessoas nos cinco dias de evento. Na edição de 2023, durante toda a AgroBrasília, foram comercializados mais de R$ 5 bilhões. *Com informações da Emater-DF
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Produtor rural cria projetos de implementos para facilitar o trabalho agrícola
Movido pela vontade de diminuir a penosidade do trabalho agrícola, Lucas da Natividade Ribeiro, 33 anos, começou a criar projetos de implementos há dez anos. Ao longo desse tempo, desenvolveu um pulverizador para ser acoplado num microtrator, uma plantadeira e um colhedor de batata doce, e máquinas lavadoras de cenoura e batata doce. Tudo pensado para atender a própria produção e as propriedades vizinhas. Lucas desenvolveu um pulverizador que funciona acoplado a um microtrator | Foto: Divulgação/ Emater-DF Lucas herdou do pai o amor pela produção rural e, aos 17 anos, adquiriu uma propriedade localizada no Núcleo Rural Jardim, no Paranoá, com extensão de 6,5 hectares. O jovem sabia o que o aguardava – desde criança, ele acompanhava a lida diária do pai no campo. Mas como não tinha a mesma afeição pelas atividades braçais, deu um jeito de facilitar seu trabalho. “Sempre quis tirar essa carga pesada, eu sou um cara mais mole; daí vi uma necessidade de mudança para continuar vivendo da agricultura”, contou o produtor. O trabalho no campo requer o cuidado diário com o manejo da produção agrícola, boa gestão da propriedade e organização. Essa foi a receita encontrada por Lucas para ter uma vida tranquila e confortável ao lado da esposa e dois filhos. “O produtor que não planeja sua rotina e busca melhorar a produtividade não vai para frente. O meu sucesso está na organização, no planejamento para atender as necessidades da propriedade e produzir com mais qualidade e menor custo e dificuldade”, argumentou. Máquinas lavadoras de cenoura e batata doce agilizam o trabalho e geram economia com mão de obra Assistência técnica Da extensão total da propriedade, seis hectares são destinados ao plantio de batata doce, cenoura e milho, entre outras culturas. O trabalho de assistência técnica e extensão rural prestado pelo escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) no Jardim, unido à mecanização do processo agrícola, renderam um aumento de 30% da produção e redução de 20% nos custos com mão de obra. “Indicamos os projetos do Lucas por terem um custo menor, permitindo acesso a outros produtores, e por levarem ao aumento da produtividade e eficiência nas atividades” Aureliano Dantas, extensionista da Emater-DF De acordo com o extensionista da Emater-DF Aureliano Dantas, as máquinas agrícolas criadas por Lucas facilitam as operações do dia a dia em sua propriedade, gerando eficiência na aplicação dos produtos químicos e na economia da quantidade aplicada, uma vez que o pulverizador, bem ajustado, faz a aplicação de maneira uniforme. “Outra diferença no desempenho é a organização na maneira de gerir a propriedade e a aceitação das nossas orientações, que se dão em relação a todo o processo produtivo, desde o manejo da cultura, documentação e declarações até a produção de projetos de crédito rural”, informou o extensionista. O profissional observou ainda que a mecanização das propriedades rurais é uma realidade para poucos em função do alto custo e da dificuldade de crédito rural para o investimento. “Os implementos agrícolas e outros equipamentos, necessários para diminuir a penosidade do trabalho rural, não chegam facilmente ao agricultor familiar; por isso, indicamos os projetos do Lucas por terem um custo menor, permitindo acesso a outros produtores, e por levarem ao aumento da produtividade e eficiência nas atividades”, finalizou Aureliano. Lucas Ribeiro ensina: “O produtor que não planeja sua rotina e busca melhorar a produtividade não vai para frente” Mecanização agrícola O gerente de Agropecuária da Emater-DF, Antonio Dantas, declarou que a mecanização agrícola vem sendo trabalhada há muito tempo pela empresa; no entanto, nos últimos anos, o tema tem recebido mais ações devido às mudanças no ambiente rural, principalmente no perfil e composição das famílias rurais, visando a permanência delas rurais no campo. “A mecanização agrícola está sendo tratada dentro dos Programas de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas com diversas metodologias planejadas para este ano. Nesse projeto destaco os Dias Especiais de Mecanização e Automatização da Agropecuária, que deverão acontecer em julho em Planaltina e Brazlândia. Nesses eventos, e durante as atividades de campo dos nossos extensionistas, os agricultores recebem orientações sobre as possibilidades de mecanização ou automatização de suas atividades e das linhas de crédito rural disponíveis para o financiamento”, afirmou o gestor. O Programa de Crédito Rural da Emater-DF assessora extensionistas da empresa e produtores rurais na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito rural disponíveis para o Distrito Federal. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o pequeno agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais participam de oficina gratuita de produção de queijos
Sempre na mesa, acompanhado por um cafezinho ou uma goiabada, o queijo é um dos alimentos mais presentes no paladar brasileiro. Minas, frescal, meia cura, ricota… Seja qual for o tipo, o laticínio não apenas faz parte de uma alimentação balanceada como também já movimentou mais de R$ 26 milhões na economia do Distrito Federal em 2023, ano em que os produtores rurais fabricaram cerca de 918 toneladas da iguaria. Oficina sobre produção de queijos reuniu 17 produtores rurais no Paranoá | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília Com o crescimento da produção de queijos na capital federal, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) promoveu uma oficina prática sobre o assunto no Rancho União, localizado na comunidade de Sobradinho dos Melos, no Paranoá. O curso foi realizado na terça-feira (30), reunindo 17 produtores rurais assistidos pela entidade. Além de queijos básicos, os participantes também aprenderam a fazer iogurte, requeijão cremoso e ricota. “A intenção é ensinar a produzir de uma maneira correta os queijos que os produtores já fazem na propriedade deles. Foi abordado o processo desde o início, com o leite chegando aqui, passando pela pasteurização, os cuidados com a higiene pessoal, do local e dos equipamentos, as boas práticas na produção do leite e a ordenha, até a manutenção da saúde dos animais”, explicou o instrutor do curso, Flávio Bonesso Pinheiro. Curso abordou todos os passos da produção de queijos, desde a ordenha do leite até a chegada do produto ao consumidor Ele recordou que, no último mês, três queijarias do DF foram premiadas na terceira edição do Mundial do Queijo do Brasil, que aconteceu em São Paulo entre os dias 11 e 14 de abril. “Isso é muito gratificante, porque são pessoas que a gente vem acompanhando desde o início e, agora, estão sendo premiadas internacionalmente”, acentuou. A produtora rural Sâmia Braga da Silva, 25, é da região de Fazenda Velha, que fica em Sobradinho dos Melos. Há dois meses, ela iniciou a produção de queijo em família; após algumas visitas da Emater, soube do curso e demonstrou interesse, sendo uma das participantes da primeira edição feita no Paranoá. A produtora Sâmia Braga aprovou a iniciativa: “Foi essencial participar dessa oficina, porque eu não sabia de nada” “Na área rural, as pessoas querem mais renda e, às vezes, não sabem muito no que investir. É uma oportunidade muito grande ter esse curso gratuito”, declarou a produtora. “A gente começou agora na área da produção de queijo, com poucas vacas e pouco leite. Então, foi essencial participar dessa oficina, porque eu não sabia de nada. Aprendemos sobre higienização e cuidados que a gente tem que ter desde o manuseio para tirar o leite lá no curral até o queijo chegar ao nosso consumidor final”, acrescentou. Proximidade De acordo com o extensionista rural da Emater, Ivan Marques de Castro, o curso foi uma demanda do escritório do Paranoá, idealizado pela dificuldade na locomoção dos produtores até a sede da Emater, na Asa Norte, onde o curso normalmente é realizado duas vezes por ano. O extensionista Ivan Marques de Castro afirmou que o curso vai “garantir mais renda, para que permaneçam na atividade com mais satisfação” “A gente estava conseguindo levar dois ou três produtores apenas. Aqui tem mais espaço e é mais perto deles, mais fácil para virem. Conseguimos atingir nosso objetivo, que é passar a tecnologia para essas pessoas, fazendo com que elas comecem a despertar esse olhar para a produção de queijo, fazendo de maneira correta, que possa vender, com mais segurança nutricional e qualidade. Isso vai garantir mais renda, para que permaneçam na atividade com mais satisfação”, pontuou Ivan. O extensionista acrescenta que a capacitação também é uma forma de motivação para aqueles que já trabalham com produção de queijos, como é o caso do produtor rural Denival Marçal Pires, 44, que mora no Núcleo Rural Capão da Onça. Há mais de 20 anos na área, ele conta que desde pequeno via seu pai fazendo os queijos e manteve o negócio na família. Atualmente, ele vende cerca de 11 queijos por dia, chegando a faturar de R$ 3 mil a R$ 4 mil por mês. Além de queijos básicos, os participantes da oficina também aprenderam a fazer iogurte, requeijão cremoso e ricota “O leite sempre auxilia na renda. A gente sempre trabalhou com queijo cru, mas aqui no curso a gente está profissionalizando com o leite pasteurizado, que tem menos bactérias; então, vamos aprimorando as coisas. O curso é muito importante para a comunidade rural, para a gente ter um melhor produto”, observou. Para o gerente do Rancho da União, Donizete Aparecido da Costa, 50, o curso traz retornos para outras áreas. “A gente tem se beneficiado tanto na veterinária quanto na parte da agronomia, porque a oficina esclarece muitas dúvidas e traz outros parceiros que fazem a gente alavancar”, afirmou. Ele reforça que a aproximação da comunidade é o principal benefício. “Estamos conhecendo várias pessoas hoje, que são daqui de perto e têm os mesmos interesses que nós”. Diferencial No dia 25 de abril, o Distrito Federal ganhou a Rota do Queijo. A iniciativa reúne oito precursores na produção de laticínios e criação de ovelhas e cabras, que contam com projetos formalizados e estão preparados para receber visitas turísticas. São eles: Queijaria Rancharia, Sítio Vale das Cabras, Cabríssima, Queijaria Walkyria, Ateliê do Queijo, Malunga, Kero Mais e Ercoara. “Funciona fazendo uma integração entre turismo e produção, agregando essas duas vertentes da economia. O público tem essa curiosidade de saber quais são os passos da produção do queijo e, nessa rota, as pessoas podem vivenciar um pouco disso. A intenção é melhorar cada vez mais, juntando mais produtores”, comentou o instrutor Flávio. Além disso, a Emater também tem sua própria receita de queijo, que é o Queijo Candango. “É um queijo que nós estamos registrando a patente dele para colocar no mercado, é um queijo muito saboroso. Não é porque é da Emater não, mas é um queijo muito bom, eu gosto muito de produzir ele, é um queijo considerado meia cura, de um sabor que só comendo mesmo para entender como é”, acrescentou Flávio, lembrando que os produtores poderão aprender a fazê-lo, após patenteado, no curso de queijos especiais, programado para agosto deste ano.
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Trabalhadores rurais aprendem a produzir ovo com qualidade
Produtores rurais de várias regiões do Distrito Federal participaram, nesta quinta-feira (25), do curso “Qualidade do ovo: da postura ao mercado”. Devido à grande procura, a capacitação promovida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) foi dividida em duas turmas, matutina e vespertina, com quatro horas de duração cada – mais de 70 pessoas foram qualificadas. Mais de 70 trabalhadores rurais participaram do curso que ensinou a produzir ovos com qualidade | Foto: Divulgação/Emater-DF O curso, ministrado pelos extensionistas João Gabriel, Soliene Ramos e Paulo Álvares, ensinou produtores e trabalhadores rurais a produzir ovos de qualidade por meio da adoção de técnicas de manejo e de conservação do ovo, desde o momento da postura até a comercialização para o consumidor final. O extensionista e coordenador de Avicultura da Emater-DF, João Gabriel, informou que essa foi a primeira turma de 2024. O especialista deu uma visão geral sobre agricultura, sistema de semiconfinamento, tipos de linhagens e as mais adequadas para o sistema. “As questões abordadas influenciam na qualidade do ovo, como a alimentação, o manejo diário e o número de coletas. Tudo isso foi falado durante o curso” João Gabriel, coordenador de Avicultura da Emater-DF Soliene Ramos falou sobre o ovo e as boas práticas agropecuárias na produção, com foco na coleta e no manejo dos ninhos. Finalizando, Paulo Álvares explanou sobre o beneficiamento do ovo desde a chegada à agroindústria até a saída para o mercado. “As questões abordadas influenciam na qualidade do ovo, como a alimentação, o manejo diário e o número de coletas. Tudo isso foi falado durante o curso. Esse conteúdo é muito importante para aqueles que já estão ou pretendem entrar na avicultura de postura e tem a importância de fazê-los identificar que tipo de manejo é adotado, a importância da escolha da linhagem, a estrutura utilizada para a produção de ovos. Esses temas possuem uma função primordial na qualidade do produto final, uma vez que ele tem de entregar um ovo seguro, de qualidade, para permanecer e crescer no mercado”, ponderou o coordenador. Saber para crescer A produtora rural Eliane da Costa Assis, de Samambaia, tem uma pequena criação de 60 galinhas poedeiras e, como deseja expandir o plantel, se matriculou no curso visando melhorar o manejo. “A gente quer fazer a coisa certa, do jeito certo e foi muito válido o curso. A gente descobriu coisas tão simples que fazia errado, como armazenar o ovo de cabeça para baixo. Coisa muito simples e que vai nos ajudar muito a melhorar o processo. Outro ponto que gostei foi sobre os avanços que a gente precisa ter para se transformar em agroindústria. Tudo isso são sonhos que vão começando a ter uma forma”, contou Eliane. Tânia Martins, produtora da Granja do Ipê, no Riacho Fundo, também tem uma pequena criação, com 40 galinhas. Para aumentar a produção e poder comercializar os ovos, buscou a capacitação da Emater-DF. “Estou maravilhada porque a gente às vezes quer criar alguma coisa, mas não sabe como. A gente tem que ter orientação, não adianta só colocar os bichinhos lá. Ter orientação é necessário para a gente desenvolver”, disse. *Com informações da Emater-DF
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Produtores e trabalhadores rurais aprendem a desossar frango em curso
Produtores e trabalhadores de Ceilândia, Brazlândia e São Sebastião aprenderam, nesta quarta-feira (24), a desossar frango durante curso promovido pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico e Formação Profissional (Cefor) da Emater-DF. Durante oito horas, 22 alunos foram capacitados em boas práticas de fabricação, técnica de desossa de frango e na produção de rocambole de frango. Trabalhadores e produtores rurais aprendem a desossar frango em curso da Emater-DF | Foto: Ana Nascimento/Emater-DF O extensionista rural da Emater-DF Flávio Bonesso ministrou o curso de desossa de frango e ensinou uma técnica que permite fazer frango recheado e rocambole. Cada um dos alunos levou para a casa o trabalho realizado na capacitação. “A partir do conhecimento dessa técnica, esses produtores podem gerar renda vendendo esses produtos. Considerando que a maioria deles tem criação de galinhas, ou seja, já possuem a matéria-prima, que é o animal, então eles podem fazer a desossa e agregar valor e melhorar a renda familiar”, disse o extensionista. Esse é o caso do casal Natan Cláudio e Adriana Pimentel, moradores da Comunidade Incra 9, em Ceilândia, que possui uma minigranja. O casal já comercializa ovos caipiras e pretende ampliar a oferta de produtos. “Nós estamos aqui hoje para fazer mais renda com esse aprendizado e era uma curiosidade que nós tínhamos”, falou Natan Cláudio. Já Adriana Pimentel avaliou: “O professor é nota 10 e tem ótima didática, explicou direitinho e saio daqui sabendo desossar o frango. Valeu muito a pena”. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais participam de encontro de geleeiros
A produção de geleias é uma forma de agregar valor ao que é produzido na propriedade rural e ainda de diversificar o que é cultivado e comercializado pelo produtor. De olho nessa oportunidade para os agricultores, a Emater-DF organizou, nesta sexta-feira (22), o Encontro dos Geleeiros. Com foco no nivelamento das informações mais importantes para o processamento de geleia e no estimulo à profissionalização e à qualidade desse produto, o evento reuniu 15 produtores de várias regiões do Distrito Federal. Na abertura do evento, o supervisor da Regional Leste, Fabiano Carvalho, representando a direção da empresa, destacou que a agroindústria tem sido um ponto focal dessa diretoria. “Essa gestão tem buscado, desde o início, estruturar nosso Centro de Formação via emendas parlamentares, além de procurar formas de estruturar a equipe especializada de agroindústria para atender aos produtores da melhor forma possível”, disse ele, que também colocou a empresa à disposição dos participantes. “Tenham a Emater-DF como parceira, pois a gente está à disposição de vocês”, reforçou. Com foco no nivelamento das informações mais importantes para o processamento de geleia e no estimulo à profissionalização e à qualidade desse produto, o evento reuniu 15 produtores de várias regiões do Distrito Federal | Foto: Divulgação/Emater-DF Entre os temas abordados, foram repassadas questões como as boas práticas de fabricação, as características e o padrão de qualidade de uma geleia e a informações sobre a rotulagem. “A gente percebeu, em algumas ocasiões, que a qualidade das geleias precisavam melhorar, então colocamos no nosso planejamento esse nivelamento de informações sobre processamento, focando na qualidade do produto”, disse a extensionista da Equipe Especializada em Agroindústria da Emater-DF, Milena Lima de Oliveira. Os participantes ouviram sobre a importância das boas práticas de fabricação, da higiene dos alimentos, do local e do manipulador, no momento do processamento e da importância do envase correto da geleia. “Se a gente não se atentar para esses pontos, de nada adianta uma matéria-prima de qualidade, uma receita saborosa, porque a geleia vai ficar comprometida pela contaminação”, reforçou Milena. Durante o intervalo para o lanche, os participantes tiveram a oportunidade de provar diferentes geleias e foram desafiados pelo técnico da Equipe Especializada em Agroindústria Paulo Álvares a analisar pontos como a textura, sabor, aparência e consistência das geleias A produtora Marina Silva, do PAD-DF, trabalha com a produção de vinhos, mas agregou à atividade um pequeno empório de geleias e pães artesanais. No empório, oferece geleias de acerola, laranja, goiaba, amora, além da geleia de uva sirah. Para ela, o encontro foi muito interessante. “Acho importante a gente fazer a reciclagem e ver onde a gente pode melhorar, então, vim buscar mais técnica”, disse a produtora. Durante o intervalo para o lanche, os participantes tiveram a oportunidade de provar diferentes geleias e foram desafiados pelo técnico da Equipe Especializada em Agroindústria Paulo Álvares a analisar pontos como a textura, sabor, aparência e consistência das geleias. Em sua palestra, o especialista destacou as características de geleias de qualidade e qual deve ser o padrão de qualidade a ser perseguido pelos produtores. “Vamos deixar de ser meros cozinheiros que seguem receitas, para sermos de fato processadores de alimentos, transformadores e agregadores de valor”, disse Álvares. A produtora de framboesa do Paranoá, Maria Pereira, achou as informações muito importantes para a sua produção de geleias. “Sou amadora e a nossa produção ainda é pequena, mas o curso hoje foi muito interessante e vai agregar bastante na minha produção lá em casa”, disse Maria. “Para mim, foi fundamental aprender sobre a qualidade da geleia, porque a gente tem muita informação na internet, mas o que a gente viu aqui foi diferente e muito importante”, disse a produtora. Os participantes foram ainda convidados a participar da próxima turma do curso de produção de geleias do Centro de Formação da Emater-DF, prevista para o início de abril. Os produtores rurais interessados devem procurar o escritório local mais próximo de sua propriedade para fazer a inscrição, que tem vagas limitadas. *Com informações da Emater-DF
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Produtores rurais serão remunerados para preservar o Rio Descoberto
Como parte das comemorações do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) vai pagar os produtores rurais dispostos a ajudar na preservação da Bacia do Rio Descoberto. Na sexta-feira (22), às 9h, no Haras Vale Feliz, em Brazlândia, a companhia fará um evento para incentivar os interessados em participar do projeto Produtor de Água no Descoberto. O objetivo é adotar práticas para a preservação, conservação e restauração do solo e da água da Bacia do Alto Rio Descoberto. Os produtores rurais podem aderir ao edital de chamamento público divulgado pela Caesb. A área de abrangência do projeto contempla toda a bacia hidrográfica, o que corresponde a 452 km², sendo 70% no Distrito Federal (Brazlândia e Ceilândia) e 30% no estado de Goiás (Padre Bernardo e Águas Lindas). Inicialmente o edital é dedicado aos produtores rurais de Brazlândia e de Águas Lindas (GO) que queiram preservar o maior manancial do DF | Foto: Arquivo/ Agência Brasília O principal objetivo do projeto Produtor de Água é tornar a bacia do Alto Descoberto referência na produção sustentável de água e de alimentos, para garantir a segurança hídrica e a manutenção da vocação rural da região por meio de práticas de conservação de solo e água, proteção e restauração da vegetação nativa. O presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, explica que o orçamento previsto no projeto pode chegar a R$ 10 milhões, a serem investidos nos próximos cinco anos. “Inicialmente o edital é dedicado aos produtores rurais de Brazlândia e de Águas Lindas (GO) que queiram preservar o maior manancial do Distrito Federal, responsável por abastecer 60% da população. A ideia é permitir que esses agricultores adéquem as propriedades ambientalmente e que possamos fortalecer a relação entre os diversos usuários da bacia”, explica. “A ideia é permitir que esses agricultores adéquem as propriedades ambientalmente e que possamos fortalecer a relação entre os diversos usuários da bacia” Luís Antônio Reis, presidente da Caesb Os produtores rurais interessados em aderir ao projeto devem procurar os escritórios da Emater-DF em Brazlândia pelo telefone (61) 3311-9313, da Emater-GO pelo número (62) 98152-1596 ou a prefeitura de Águas Lindas de Goiás (GO) no telefone (61) 3618-4007, caso a propriedade rural esteja inserida nas áreas priorizadas. Mais informações sobre o Chamamento Público podem ser obtidas no site da Caesb. Nesta edição do chamamento, estão incluídas as propriedades nas regiões destacadas em amarelo e lilás no mapa: Arte: Divulgação/ Caesb Ações em andamento Além do chamamento público, estão em curso outras ações do Projeto Produtor de Água no Descoberto: revestimento do Canal do Rodeador, em execução pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e pela Associação Multissetorial de Usuários de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas (ABHA Gestão de Águas); implantação de unidades demonstrativas de irrigação, uma parceria entre Emater-DF e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana); a construção de unidades autônomas de tratamento de esgoto domésticos, projeto executado em parceria Caesb e Emater-DF; e o projeto Comunidades Agroflorestais, para segurança hídrica e geração de renda com recursos da Fundação Banco Brasil. Parcerias Detalhes do chamamento público serão apresentados na sexta (22), Dia Mundial da Água Fazem parte do Projeto Produtor de Água no Descoberto a Ana, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), a Caesb, a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), a Emater-DF, a Seagri–DF, órgãos ambientais do DF e de Goiás, representantes da sociedade civil, municípios de Padre Bernardo (GO) e Águas Lindas (GO), entre outros, totalizando 25 instituições. Serviço Apresentação do chamamento público Data: 22 de março, às 9h Local: Haras Vale Feliz (Núcleo Rural Alexandre Gusmão Chácara 291 Gleba 03 Incra 06, Brazlândia) *Com informações da Caesb
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Peças feitas com fibra de bananeira geram renda para artesãs de Planaltina
É do tronco de uma bananeira que vem parte do sustento de 12 mulheres que integram o Grupo de Artesanato do Assentamento Pequeno William, em Planaltina. Com a fibra da árvore, elas criam uma variedade de peças, como cestos, caixinhas e bandejas, que, ao serem comercializadas sob encomenda e em feiras, complementam a renda das famílias. Em Planaltina, a fibra da bananeira é usada para produzir cestos, caixinhas e bandejas, entre outros produtos | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília Essa tradição existe desde 2011, quando a comunidade ainda passava pelo processo de consolidação agropecuária. Sem poder plantar nos terrenos, as mulheres foram orientadas por extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) a apostar no artesanato. Na época, cinco delas foram capacitadas em um curso promovido pelo órgão sobre fibras naturais. O quinteto serviu de multiplicador do conhecimento e, hoje, todas as mulheres da comunidade conhecem a técnica. “Esse foi o carro-chefe para dar autossustentação para a gente”, comenta a artesã Adriana Fernandes, sobre as peças de fibra de bananeira “Esse foi o carro-chefe para dar autossustentação para a gente. Acabou sendo uma forma de produção das famílias”, lembra a produtora e artesã Adriana Fernandes, 55 anos. Foi com o dinheiro arrecadado com as peças de fibra de bananeira que Maria Nide, 53, montou toda a sua casa e comprou o primeiro celular. “Fui juntando o dinheiro aos poucos com as encomendas que fazemos”, comenta. Mais do que dar independência financeira, o artesanato é também terapia para as mulheres, propiciando um retorno à natureza. “A bananeira é muito rica, porque ela te dá tudo, te dá vida. Você pensa que depois do fruto, acabou, mas não, ela te dá renda, agrega e ainda devolve para a natureza. Temos muitos relatos de mulheres que eram depressivas e esse trabalho veio mudar a vida delas”, revela a extensionista rural da Emater-DF, Sedma Queiroz. “A bananeira é muito rica, porque ela te dá tudo, te dá vida”, observa a extensionista rural da Emater-DF, Sedma Queiroz Para a também produtora e artesã Valdira Sena, 39, a fibra da bananeira transformou a realidade das mulheres do assentamento: “Foi muito bom. Até hoje agradecemos a Emater. Sem eles, não teríamos feito nada. Eles nos ajudaram em tudo. É uma atividade que nos proporciona sair de casa para participar de feiras, viajar e conhecer outras pessoas, além de nos sustentar”. Capacitação Gratas pelo o que a fibra de bananeira proporciona a elas, as mulheres do Grupo de Artesanato do Assentamento Pequeno William atuam desde 2020 fazendo capacitações para outras artesãs. Extensionista rural da Emater, Sandra Evangelista afirma que o maior desafio das artesãs é a capacitação O projeto tem fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) por meio do edital Multicultural do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Até agora, elas já desenvolveram duas edições e lançam em abril uma terceira, prevista para ocorrer no Coletivo Comuna Panteras Negras, no Assentamento Pequeno William. Além disso, o grupo pretende nos próximos anos profissionalizar ainda mais o trabalho. “A nossa ideia é viver bem da nossa profissão de artesã. Queremos ter uma organização, poder tirar nossa subsistência do artesanato”, comenta Adriana Fernandes. O objetivo é reproduzir no Distrito Federal o exemplo da cadeia produtiva do Ceará. Segundo a extensionista rural da Emater Sandra Evangelista, esse ainda é o maior desafio. “O que falta ainda é a capacitação, principalmente, na área de qualificação dos produtos, da decoração e do acabamento. Mas a Emater continua incentivando e apoiando os projetos delas, tanto para trazer instrutor como para apoiar a comercialização, vendendo os produtos. O Pequeno William se destacou, mas também temos grupos no Rio Preto e no Paranoá”, explica. Para conhecer mais sobre o trabalho das artesãs, basta entrar em contato pelo WhatsApp (61) 99992-6201.
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Divulgados os locais de provas do concurso da Emater-DF
Os candidatos ao concurso da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) já podem conferir os locais das provas objetivas e discursivas no site da banca responsável pela realização do certame, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades). Cargos de nível superior e nível médio fazem parte das oportunidades do concurso | Foto: Divulgação/Emater-DF Neste domingo (10), serão aplicadas as provas para os cargos de extensionista rural de nível superior – com vagas para economista doméstica, engenharia agronômica e médico-veterinário – e de técnico especializado de nível superior – áreas de administração, ciências econômicas, contabilidade, direito e tecnologia da informação -, bem como as de nível médio referentes às áreas de agroindústria e agropecuária. Já para o cargo de assistente administrativo, as provas serão aplicadas no dia 17, apenas no turno vespertino. As questões serão objetivas e discursivas para os cargos de nível superior e objetivas com redação para os cargos de nível médio. Das 126 vagas disponíveis, 35 são para início imediato, enquanto 91 se destinam a cadastro reserva Os candidatos devem comparecer ao local com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, comprovante de inscrição e documento de identificação original. O edital do concurso da Emater-DF foi lançado em 20 de setembro de 2023 e retificado em 10 de janeiro deste ano. Há 126 vagas para diversos cargos – 35 de caráter imediato e 91 para cadastro reserva. As oportunidades são para os níveis médio e superior, com salários de R$ 4.766,69 a R$ 6.310,06, mais acréscimos de vantagens previstas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Consulte os locais das provas. *Com informações da Emater-DF
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Produtoras rurais aprendem sobre meliponicultura
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Para cada R$ 1 investido na Emater, a sociedade recebe R$ 7,35 de volta
Para cada R$ 1 investido na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), a sociedade recebe de volta R$ 7,35. Esse é o resultado do cálculo do balanço social da empresa referente ao ano de 2022. O trabalho foi feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e aponta um crescimento em relação a 2021, quando o valor de retorno era de R$ 6,43. De acordo com o presidente da empresa, Cleison Duval, o índice é o resultado dos impactos econômicos, sociais e ambientais e reflete o compromisso da instituição com a qualidade dos seus serviços e a transparência do trabalho. “O balanço social é importante, porque mostra que a extensão rural no DF é eficiente, dá resultados e pode nos ajudar a captar recursos para aperfeiçoar ainda mais o atendimento ao nosso público beneficiário, que é o produtor rural”, ressalta. Duval acrescenta que o aumento do valor demonstra o esforço dos trabalhadores da empresa. O resultado foi apresentado durante o Seminário Institucional da Emater-DF, diante de aproximadamente 300 empregados, na última sexta-feira (8). O evento ocorre anualmente, quando a direção faz um balanço das realizações e resultados alcançados durante o período. Com 15 escritórios locais distribuídos em áreas rurais e nas cidades com maior produção agrícola do Distrito Federal, a empresa atende a aproximadamente 18 mil produtores na capital do país. A assistência prestada às famílias rurais não se limita aos aspectos técnicos da produção, abrangendo também as áreas social e ambiental. O presidente da empresa, Cleison Duval, apresentou o resultado do balanço social durante o Seminário Institucional da Emater-DF | Foto: Divulgação/Emater-DF A metodologia aplicada para chegar ao resultado foi o design thinking. O trabalho foi realizado por estudantes da disciplina Desafios Estratégicos de Políticas Públicas, do curso de administração pública da FGV. O professor Marin Almeida Falcão, que orientou o trabalho, relata que durante meses os estudantes se debruçaram sobre dados, números, informações e entrevistas com extensionistas e produtores atendidos pela Emater. “Os estudantes se envolveram no projeto, sobretudo após a contextualização da importância da agricultura em nossa sociedade”, observa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Foram ressaltadas questões ligadas ao tripé essencial e à compreensão do papel da Emater no desenvolvimento rural da cidade. “A segurança alimentar do DF, o incremento do bem-estar dos agricultores e suas famílias e a possível implementação de uma política de preços mínimos fizeram os alunos analisarem a empresa não apenas a partir dos números expostos em seus balanços, mas também sob uma leitura mais profunda do relacionamento da empresa com a sociedade e, principalmente, com seu público-alvo”, resume o professor. Referências Os balanços sociais e estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) serviram de base para que a Emater iniciasse a construção de seus cálculos. “Além disso, a Asbraer [Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica, Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária] nos indicou o pesquisador Adauto Rocha, que forneceu ótimas fontes de estudo e metodologia”, aponta a gerente do Centro de Inteligência e Planejamento Estratégico (Cipla) da Emater, Larissa Gomes. A ideia é a de que o balanço social se torne uma série periódica, que permita mensurar o impacto da atuação da Emater no DF. *Com informações da Emater-DF
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Manual democratiza o conhecimento em agroindústrias rurais
Com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento e a expertise em agroindústrias rurais, a Emater-DF lançou o Manual de Modelos de Agroindústrias, voltado especialmente para produtores rurais da agricultura familiar, extensionistas, responsáveis técnicos privados, acadêmicos e comunidade interessada. O lançamento da publicação fez parte da programação do Seminário Institucional da Emater-DF, realizado na última sexta-feira (8). O livro tem dois volumes. O primeiro é voltado para modelos de agroindústrias de origem animal, como processamento de leite, carne, ovos, pescado e mel. Já no segundo volume, os modelos são para agroindústrias de origem vegetal, como processamento de cana de açúcar, frutas, panificados e mandioca, que possui duas plantas, uma para mandioca congelada e a outra para produtos diversos da raiz. Os manuais foram elaborados pela equipe especializada em agroindústria da Emater durante três anos | Fotos: Divulgação/ Emater-DF Os exemplares foram elaborados pela equipe especializada em agroindústria da Emater-DF, que durante os três anos de elaboração definiram os modelos de agroindústria mais demandados pelos produtores rurais do DF. O material foi finalizado com as contribuições da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova), vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri-DF), e da Vigilância Sanitária, vinculada à Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), visando dar conformidade aos modelos de acordo com as legislações vigentes. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, observou que o processo de formalização da agroindústria e de seus produtos é um processo que abrange questões sanitárias, ambientais, fiscais e tributárias que devem ser consultadas de acordo com regulamentos específicos para diferentes produtos processados. [Olho texto=”“Essa parceria com os órgãos fiscalizadores fortalece a integração entre os órgãos de governo, além de acelerar o processo de formalização das agroindústrias do Distrito Federal”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa burocracia é necessária para garantir que a sociedade consuma um produto saudável e com qualidade. Portanto, essa parceria com os órgãos fiscalizadores fortalece a integração entre os órgãos de governo, além de acelerar o processo de formalização das agroindústrias do Distrito Federal. Ao final, a sociedade ganha, o produtor rural gera renda e emprego e o campo se desenvolve”, explica. Conteúdo Os manuais estão divididos em memorial descritivo da construção e memorial econômico-sanitário dos tipos de agroindústria, que disponibilizam plantas de agroindústrias, fluxogramas, listagem de equipamentos entre outras informações essenciais para quem deseja atuar na área ou implantar uma agroindústria. O memorial descritivo traz modelos e ilustrações em 3D. Para as agroindústrias de produtos de origem animal, as plantas foram baseadas na legislação de agroindústria de pequeno porte e todas elas têm uma média de 40 m² a 80 m². [Olho texto=”“Nosso intuito é oferecer ao produtor interessado em constituir uma agroindústria de produtos de origem vegetal ou animal o máximo de informações possíveis para que ele possa avaliar os modelos e formatos que se adéquam às suas necessidades e realidades”” assinatura=”Letícia Martinez, gerente de Desenvolvimento Social da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Nosso intuito é oferecer ao produtor interessado em constituir uma agroindústria de produtos de origem vegetal ou animal o máximo de informações possíveis para que ele possa avaliar os modelos e formatos que se adéquam às suas necessidades e realidades. Vale ainda ressaltar que esses modelos apresentados podem ser adaptados segundo a necessidade, como aumentar ou diminuir o tamanho das plantas”, diz Letícia Martinez, gerente de Desenvolvimento Social da Emater-DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Manual de Modelos de Agroindústrias será distribuído gratuitamente aos produtores rurais, estudantes e interessados na versão digital, formato de e-book. Já os livros impressos serão entregues em todos os escritórios locais da Emater-DF para uso dos extensionistas rurais nos atendimentos e para os órgãos parceiros. *Com informações da Emater-DF
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Produtoras de Planaltina participam de curso de fabricação de panetone
Já dá para sentir o cheirinho de Natal vindo de uma pequena agroindústria financiada, há alguns anos, pela Universidade de Brasília (UnB), onde mulheres do Assentamento Márcia Cordeiro Leite (Planaltina-DF) se reúnem para fazer pequenos processamentos e cursos de culinária. O curso é uma parceria entre o Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF e a comunidade rural da região | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Nesta quarta-feira (29), foi dia de fazer panetones. Desde os trufados com chocolate até os tradicionais de frutas cristalizadas, as iguarias são um sucesso no fim de ano e, aproveitando elementos do Cerrado, são feitos artesanalmente pelas produtoras rurais de Planaltina. O curso é uma parceria entre o Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF e a comunidade rural da região. Segundo a gerente da Cefor, Deijane Araújo, os cursos na área de processamento e de fabricação de alimentos destinados ao público da área rural são importantes ações. Ela afirma, ainda, que a presença da Emater-DF no campo traz muito impacto para quem vive na área rural. “As capacitações que ofertamos têm o objetivo não só de mostrar possibilidades que podem agregar valor aos produtos e gerar renda, mas também de melhorar a qualidade da alimentação das famílias no campo. A população da área rural tem mais dificuldade para acessar oportunidades de desenvolvimento profissional que são oferecidas na cidade”, destaca. Mão na massa Durante o curso de um dia, 11 mulheres colocaram a mão na massa e aprenderam a fabricação dos panetones. Elas também receberam uma parte teórica sobre boas práticas na cozinha, além de apostilas contendo receitas e ensinamentos para ficar tudo pronto para a ceia de Natal. Com um quilo de massa é possível fabricar quatro panetones As produtoras também aprenderam a fazer os cálculos do custo de produção para que elas tenham noção de gastos e lucro, no caso da comercialização. Contudo, o foco principal foi no consumo da família. Com um quilo de massa é possível fabricar quatro panetones. Segundo a instrutora do curso, Sandra Evangelista, que também é extensionista rural e economista doméstica da Emater de Planaltina, é importante que elas possam trabalhar aproveitando o que têm disponível na propriedade, como ovos, cascas de laranja e assim por diante. “A gente usa uma receita de panetone básica, mas de fácil entendimento. O preparo é em etapas porque precisa dividir para que elas entendam o processo. Com esse período de crise e dificuldade que as famílias enfrentam, é importante que elas aprendam a fazer essas receitas artesanais porque elas vão economizar bastante. Aqui na região, tem muita fruta do Cerrado que elas podem aproveitar. Castanha de baru, que pode enriquecer um panetone e manga, para fazer geleia”, explica a instrutora. [Olho texto=”Nesta quarta-feira (29), foi dia de fazer panetones. Desde os trufados com chocolate até os tradicionais de frutas cristalizadas, são um sucesso no fim de ano e, aproveitando elementos do Cerrado, são feitos artesanalmente pelas produtoras rurais de Planaltina” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Para a produtora rural de Planaltina, Michelle Silva, a receita é uma novidade. Mesmo já tendo trabalhado com pães, ela destaca a importância do novo aprendizado. “Estou amando pelo fato de a gente estar próximo à data do Natal e, fazendo essa receita, pode estar distribuindo para um ente querido, mas também acrescentando na nossa renda, vendendo tanto na comunidade como lá fora, por ser um produto artesanal”, declara. No caso da produtora rural Maria da Penha, a confecção de pães já está se encaminhando para um negócio. Ela produz um pão de fermentação natural, na linguagem popular conhecido como pão de Cristo. O pão faz sucesso entre vizinhos e amigos, além dos próprios filhos. Maria conta que, quando eles estão em casa, não sobra nada para vender. Em um dos cursos da Emater-DF, chamado Mães do Campo, ela encontrou uma colega para fazer parceria e agora ela já consegue tirar o custo dos ingredientes com as vendas. “Meus meninos amam esse pão mais do que o feito com fermento químico, porque ele tem mais sabor e a gente não fica inchada, você pode comer bastante. Primeiro você tira o gasto e depois vem o lucro. Com esse curso, vamos adicionar o panetone”, ressalta.
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Jovens participam de oficinas da FestFlor e palestra de empreendedorismo
Aproximadamente 100 jovens rurais de Tabatinga, dos assentamentos 10 de Junho e Dandara, ambos do Gama, e também do Instituto Federal de Brasília (IFB) participaram neste sábado (2) do encerramento das atividades do Programa de Empreendedorismo e Sucessão Rural Filhos deste Solo, da Emater-DF. Na programação de encerramento, os jovens participaram de oficinas realizadas na VIII FestFlor Brasil 2023 sobre Jardins em vasos e sobre Cultivo em horta. O encontro contou, ainda, com palestra sobre motivação e empreendedorismo ministrada pela coordenadora do programa, Adriana Dutra. Idealizado em 2019, o programa já formou 18 turmas com mais de 600 jovens. Cerca de 100 jovens participaram de oficinas realizadas na VIII FestFlor Brasil 2023 sobre Jardins em vasos e sobre Cultivo em horta | Foto: Divulgação/ Emater-DF Manuela dos Reis Colli, 16 anos, estudante do ensino médio no Núcleo Rural Tabatinga, foi uma das participantes do curso. Com família produtora na região, Manuella pretende continuar em Tabatinga e fazer a sucessão rural dos pais. “Foi um curso que trouxe valorização para o nosso ambiente do campo. Eu aprendi que nós podemos continuar onde nós vivemos, empreendendo de várias maneiras diferentes. Esse curso foi muito importante porque eu gostaria de continuar e trabalhar onde eu moro”, disse ela. “Envolver jovens em atividades empreendedoras é extremamente gratificante visto que, por meio do programa, eles conseguem perceber que oportunidades podem ser criadas de forma a contribuir tanto para o desenvolvimento pessoal quanto da própria família. Ensinamos os jovens que empreender requer conhecimento e gestão. É oferecer respostas às necessidades das pessoas”, ressaltou Adriana Dutra. Sucessão rural [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O programa Filhos deste Solo visa capacitar jovens da área rural, atendidos pela Emater-DF, que tenham entre 16 e 29 anos, em gestão, empreendedorismo e colocação profissional. A capacitação busca estimular a permanência do jovem na área rural por meio de incentivo na condução de negócios bem-sucedidos, dotando-os de competências e habilidades, com novas perspectivas culturais, sociais e empreendedoras dentro da própria comunidade. Para participar, o interessado deve estar ligado de alguma forma a uma propriedade rural – ser proprietário, agricultor, filho de agricultor ou funcionário de empresa rural. *Com informações da Emater
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Encontro de Mulheres Rurais arrecada mais de 3 toneladas de alimentos
O 8º Encontro Distrital de Mulheres Rurais, promovido pela Emater-DF, arrecadou mais de 3 mil quilos de alimentos para serem doados a instituições e comunidades que abrigam pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. O recolhimento foi feito durante gincana entre produtoras, empreendedoras e trabalhadoras rurais que participaram do evento. A equipe vencedora destinou os alimentos a famílias do Assentamento Betinho, do núcleo rural Morada dos Pássaros, Chapadinha e para a Casa de Repouso e Convivência de Idosos Monte Alto, em Brazlândia. O 8º Encontro Distrital de Mulheres Rurais reuniu mais de 400 moradoras de comunidades do campo da capital federal em 24 de novembro. Ao todo, 15 equipes participaram da gincana que angariou os alimentos. A equipe vencedora, formada por mulheres de áreas rurais da região administrativa de Brazlândia, arrecadou 1.276 quilos de alimentos, sendo aproximadamente 770 in natura | Foto: Divulgação/ Emater-DF “A gincana reforçou nas mulheres o sentimento de integração e coletividade, além de valorizar a cooperação com pessoas mais vulneráveis”, ressalta Selma Tavares, assessora da direção da Emater-DF e uma das organizadoras do encontro. A equipe vencedora, formada por mulheres de áreas rurais da região administrativa de Brazlândia, arrecadou 1.276 quilos de alimentos, sendo aproximadamente 770 in natura e o restante em produtos industrializados. A maior parte do montante veio das próprias chácaras das participantes. o foco principal não era exatamente vencer a competição, e sim auxiliar famílias carentes A extensionista Luciana Xavier, do escritório da Emater-DF em Brazlândia, conta que 30 mulheres das comunidades participaram da gincana: “Foi bonito ver a mobilização delas, porque o foco principal não era exatamente vencer a competição, e sim auxiliar famílias carentes.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Luciana observou ainda que as participantes demonstraram, durante a competição, um grande orgulho de mostrar de onde vieram. “Além disso, a Emater-DF promove a aproximação das comunidades com o poder público. O encontro teve a participação de parlamentares, integrantes de secretarias de Estado e da vice-governadora Celina Leão. Promover essa integração também é um dos papeis da extensão rural”, conclui. *Com informações da Emater
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Produtores rurais do Gama se qualificam sobre bovinocultura leiteira
Sistemas de produção de pecuária leiteira, sanidade animal, boas práticas na ordenha, contenção animal para aplicação de medicamentos e nutrição animal são alguns dos conteúdos aprendidos por trabalhadores e produtores da região rural do Gama, que fizeram o curso Mão de Obra Eficiente na Bovinocultura Leiteira, ministrado por médicos veterinários e zootenistas da Emater-DF nos dias 28 e 29 de novembro. Produtores e trabalhadores rurais do Gama participaram de curso de qualificação para aumentar a qualidade de produção de leite para a população | Foto: Divulgação/Emater Durante 16 horas de carga horária, cerca de dez produtores e trabalhadores rurais se dedicaram à capacitação, que teve por objetivo desenvolver conhecimentos teóricos e práticos para a produção de leite de forma rentável e sustentável, garantindo a produção de um alimento seguro para o consumo humano. O zootecnista da Emater-DF, Douglas Mariz de Andrade, destacou que a importância da oferta da capacitação é qualificar o trabalhador, produtor e mão de obra contratada, seja familiar ou não, para o conhecimento dos principais pontos de estrangulamento e benefícios à produção de leite. “Para alcançarmos nosso objetivo tratamos a questão da nutrição, alimentação, sanidade animal e a prática propriamente dita de contenção e vias de aplicação de medicamentos, tudo isso de uma forma muito acessível a todos”, ressaltou o zootecnista. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o produtor rural Nilton Pires Barbosa, que tem uma pequena propriedade na região onde cria em torno de 15 vacas e bois, o curso vai ajudá-los a desenvolver o trabalho com a produção de leite por meio das novas técnicas ensinadas durante o curso. A capacitação foi ministrada pelo coordenador de Ruminantes e Equídeos, Maximiliano Cardoso, pelos médicos veterinários João Gabriel Palermo e Soliene Ramos e pelo zootecnista Douglas Mariz. Anualmente, a Emater-DF promove dois cursos de Mão de Obra Eficiente na Bovinocultura Leiteira, sendo uma para a região leste e outro para a região oeste. Para o próximo ano, a previsão é revisar essa agenda e aumentar a oferta nas áreas rurais do DF para qualificar ainda mais o trabalhador e os produtores rurais quanto à produção de leite saudável para a população. *Com informações da Emater
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Depois de quatro anos, DF recebe o 8º FestFlor Brasil
A oitava edição do FestFlor Brasil, maior evento de flores e plantas ornamentais do Distrito Federal, começa nesta quinta (30) e vai até domingo (3 de dezembro), na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das 11h às 19h. A programação é gratuita e vai contar com palestras e oficinas sobre floricultura, além de estandes que vão expor e comercializar flores e plantas para todos os gostos. [Olho texto=”“Brasília é uma cidade privilegiada pelos seus jardins e toda a arquitetura planejada, com uma arborização que torna a cidade ainda mais linda. A capital também é considerada um dos principais polos consumidores da produção de flores. A Setur incentiva a realização de eventos como o FestFlor por trazer para nossa capital a movimentação econômica e o fortalecimento da produção do comércio local de flores”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] O festival é organizado pela Sempre Eventos em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), a Secretaria de Turismo (Setur), a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), a Ceasa-DF e a Embrapa. A Emater vai atuar na mobilização dos produtores de flores e plantas ornamentais do DF para participação no FestFlor Brasil. O objetivo é apresentar ao visitante produtos de qualidade e, por meio do espaço institucional da empresa, mostrar os avanços e oportunidades do setor. De acordo com o presidente da Emater, Cleison Duval, a floricultura é uma cadeia prioritária, que arrecadou quase R$ 182 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP) em 2022. A cadeia da floricultura movimenta mais de cinco mil empregos diretos e indiretos no Distrito Federal. “O mercado da floricultura no DF apresenta grande potencial de crescimento por fatores como proximidade com o mercado consumidor, clima favorável, facilidade de escoamento, além de Brasília se colocar entre os principais consumidores de flores do país. Por isso a retomada desta feira, que é a mais importante da região, não só do ponto de vista da oportunidade de comercialização, mas também pela troca de informações diretamente com os produtores”, destaca Duval. Promovido em parceria, o 8º FestFlor Brasil será atração na sede da Embrapa | Foto: Divulgação/Emater-DF [Olho texto=”“O mercado da floricultura no DF apresenta grande potencial de crescimento por fatores como proximidade com o mercado consumidor, clima favorável, facilidade de escoamento, além de Brasília se colocar entre os principais consumidores de flores do país. Por isso a retomada desta feira, que é a mais importante da região, não só do ponto de vista da oportunidade de comercialização, mas também pela troca de informações diretamente com os produtores”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A sétima edição do FestFlor Brasil ocorreu em 2019, e o retorno do evento traz grande expectativa nos diversos setores da floricultura, por proporcionar oportunidades de comercialização, gerar emprego e renda aos produtores locais e reunir no mesmo local o que há de melhor da cadeia de produção, como flores de corte, de vaso, paisagismo, insumos em geral. Tudo isso permite ao público acessar produtos de qualidade, com preços competitivos. “Brasília é uma cidade privilegiada pelos seus jardins e toda a arquitetura planejada, com uma arborização que torna a cidade ainda mais linda. A capital também é considerada um dos principais polos consumidores da produção de flores. A Setur incentiva a realização de eventos como o FestFlor por trazer para nossa capital a movimentação econômica e o fortalecimento da produção do comércio local de flores. Brasília é uma cidade preparada para a realização de grandes eventos, com uma estrutura receptiva, gastronômica, hoteleira e locomotiva para atender os visitantes”, ressalta o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Floricultura De acordo com o Relatório do Valor Bruto de Produção (VBP), elaborado pela Emater, na cadeia da floricultura convencional, em 2022, havia 239 produtores que cultivaram flores e plantas ornamentais numa área de 441,80 hectares e arrecadaram R$ 181.786.448. Entre as espécies mais produzidas estão as gramas, palmeiras em geral, flores de corte – como aster e lisiantus -, forrações diversas, com destaque para a liríope, e flores e folhagens tropicais diversas. A espécie com maior VBP arrecadado em 2022, segundo o relatório da Emater, foi forração em geral, com R$ 40,440 milhões e produzida por 13 produtores rurais. Cactos e suculentas foram apresentados por 71 produtores, o maior número de agricultores da cadeia, que movimentaram R$ 8.413.800. *Com informações da Emater-DF
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Yes, nós temos baunilha! Conheça o cultivo da especiaria no DF
O doce aroma da baunilha, essência presente na gastronomia, perfumaria e diversos outros setores, pode ser extraído de mais perto do que os brasilienses imaginam. No Distrito Federal, uma plantação da especiaria enche a Chácara Raziel, localizada no Núcleo Rural Tororó, no Jardim Botânico. A dona da propriedade, Anajulia Heringer Salles, cultiva baunilha há quatro anos. Ela sempre trabalhou com orquídeas por ser uma paixão de família, o que garantiu a tranquilidade em lidar com a planta que dá origem à baunilha (Vanilla planifolia), que é uma espécie de orquídea. “Sempre trabalhei formando coleções e guardando genoplasma em instituições públicas. Quando eu me aposentei, resolvi procurar a Emater para que eles pudessem me orientar como eu poderia trabalhar com a baunilha agronomicamente e comercialmente. Aí a Emater veio, viu que a propriedade era passível de fazer o cultivo e me orienta até hoje”, explica a produtora. | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) presta um serviço de apoio aos produtores rurais, dando cursos de capacitação na área rural e orientações de manejo e cultivo durante as visitas nas propriedades. O extensionista da Emater que acompanha o trabalho de Anajulia é o técnico Carlos Moraes. De acordo com ele, o manejo de baunilha exige alguns cuidados e garante alta rentabilidade aos produtores. “A baunilha é uma planta que se ajusta facilmente ao manejo da agricultura familiar. Como é uma planta que precisa ser polinizada flor por flor, requer muita mão de obra. É relativamente simples polinizar, mas tem que ter cuidado. A flor é um elemento delicado, se não tiver cuidado pode perder todo o trabalho de gerar um fruto que vai ter um valor comercial agregado muito alto”, pondera Moraes. Quilo em dólar Extensionista da Emater Carlos Moraes: “Brasília é um grande mercado consumidor. São mais de 50 sorveterias tops de linha, mais de dez mil estabelecimentos que trabalham com comida e bebida que podem ser nossos clientes no consumo de baunilha, além de confeitarias, hotéis, embaixadas e outras instituições” Segundo o especialista, a baunilha é o segundo condimento mais bem valorizado do mundo, atrás apenas do açafrão. A Vanilla demora cerca de três anos para florescer a primeira vez, depois leva de um ano a nove meses para maturar um fruto e, em seguida, se espera mais dois ou três meses para o fruto ser preparado e colocado no comércio. Hoje o quilo de baunilha custa entre mil e 1.200 dólares (próximo a R$ 6 mil). A baunilha do Cerrado pode chegar a produzir, no primeiro ano, meio quilo de fruto – podendo dobrar e triplicar na medida que a planta vai ficando mais adaptada. Já as Vanillas baianas e ponifolias produzem 300 gramas no primeiro ano de produção, mas chegam a 2 kg por planta no auge da produção. Em Brasília há pouco mais de 20 produtores dessa especiaria, próximos de criar a primeira associação de produtores de baunilha da região centro oeste, que seria a segunda associação nacional de produtores de baunilha do país. “Brasília é um grande mercado consumidor. São mais de 50 sorveterias tops de linha, mais de dez mil estabelecimentos que trabalham com comida e bebida que podem ser nossos clientes no consumo de baunilha, além de confeitarias, hotéis, embaixadas e outras instituições”, detalha Moraes. As espécies do gênero Vanilla são as únicas orquídeas cultivadas com o objetivo de aromatizar alimentos, todas as outras possuem interesse apenas ornamental. Além de seu uso como aromatizante de chocolates, sorvetes, doces e algumas bebidas, a essência de baunilha também é usada em cremes, sabonetes e perfumes. Nativas das florestas do México e da América Central, as espécies espalharam-se pelo mundo quando o último líder asteca presenteou os espanhóis com as sementes secas de Vanilla planifolia. Desde então, a essência começou a ser extraída e tornou-se conhecida mundialmente. Estima-se que o consumo anual de baunilha no mundo chegue a 5,5 milhões de toneladas. Do pé à mesa: como surge a baunilha Cada variedade possui um biotipo específico e um aroma diferente. No total, Anajulia possui cerca de dez espécies de Vanilla, em maior quantidade as mais encontradas no Cerrado. Entre as produtivas, ela tem a Vanilla planifolia, Vanilla chamissonis, Vanilla bahiana, Vanilla tahitiensis, Vanilla columbiana, Vanilla feanta, Vanilla grandiflora, Vanilla pompona e Vanilla cribiana. “Conseguimos sempre com o apoio da Emater, sempre plantas compradas, com o conhecimento da origem. A gente não sai por aí coletando, às vezes as pessoas coletam e não sabem cultivar, então vão coletar e matar a planta. Então é melhor aprender e fazer um trabalho consciente”, destaca Anajulia. A produtora, que é referência no Distrito Federal no cultivo da especiaria, ensinou o passo a passo da produção da baunilha, uma das poucas orquídeas trepadeiras (epífita). É uma planta de meia sombra, que gosta de água, mas se adapta muito no Cerrado. Pode ser encontrada tanto na beira do córrego quanto em áreas de pedreira. O primeiro passo é o plantio de mudas, onde as gemas da planta são cultivadas com estacas na altura do ombro do produtor, para viabilizar a polinização manual. É importante ter o crescimento conduzido para uma altura que se possa manejá-la. A dona da propriedade, Anajulia Heringer Salles, diz: Conseguimos sempre com o apoio da Emater, sempre plantas compradas, com o conhecimento da origem. A gente não sai por aí coletando, às vezes as pessoas coletam e não sabem cultivar, então vão coletar e matar a planta. Então é melhor aprender e fazer um trabalho consciente” Após colhido, o fruto precisa passar por um processo de fermentação, chamado de “cura”, para que se torne a baunilha conhecida no mercado. O fruto colhido entra em um banho quente (68ºC) por cerca de três minutos, tempo que varia de acordo com o tamanho do exemplar. Depois eles são retirados e realocados dentro de uma caixa de isopor, para manter o calor durante 48 horas. O objetivo é “matar” o amadurecimento do fruto. “Se a gente compra um fruto de vez e deixa fora da geladeira, o que acontece? Ele continua amadurecendo. Com a baunilha é a mesma coisa, só que nós não queremos isso. Nós queremos parar o amadurecimento dela para que possa começar esse processo de fermentação, que vai durar mais ou menos dois, três meses, dependendo muito do tamanho do fruto”, explica Anajulia. Feita essa etapa, as favas são postas em um banho de sol no horário mais quente do dia, uma etapa que os produtores chamam de “suar”. Quando elas esquentam, são embrulhadas em um pano ou num plástico para manter a temperatura, ao guardá-las à noite, para que percam a umidade. São cerca de 15 dias fazendo isso. Esse suor vai fazer com que os favos comecem a ficar mais pretos e comecem a entrar em um processo de fermentação. O objetivo é perder 70% de umidade para que ela chegue no ponto certo. A partir daqui, as favas começam a ficar em repouso na sombra. “Nesse período você massageia todo dia e vai fazendo com que ela vá soltando, lá dentro, as propriedades que ela tem. Chegando mais ou menos numa umidade de 30%, ela tem que estar brilhosa, enrolar no seu dedo, ser maleável, ter uma cor compatível para que ela tenha valor de mercado”, informa a produtora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A origem da baunilha é um composto químico chamado vanilina, o qual vem grudado como açúcar na planta, na forma de gluco-vanilina. Então, para que o aroma da baunilha seja ressaltado dentro do fruto, é necessário desgrudar a glicose da vanilina. Isso é feito durante essa etapa, onde se massageia para ajudar nesse processo. Após essa última fase, a especiaria é embrulhada e colocada em caixas, geralmente amarradas por uma cordinha e embrulhadas em um papel. Fechada hermeticamente por 40 dias, as caixas são abertas periodicamente para ver se não há fungos e se está tudo certo para a distribuição. A partir daí elas estão prontas para ir à mesa. Os produtores com interesse em cultivar a especiaria podem, a qualquer momento, procurar o escritório mais próximo da Emater, entre os 15 espalhados no DF, com profissionais habilitados para dar a assistência necessária.
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Ações do GDF garantem mobilidade para moradores da zona rural
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Mais de 6.200 km de estradas rurais recuperados em cinco anos
Arte: Agência Brasília Melhorar a condição de vida dos moradores das áreas rurais e dos alunos de escolas públicas que integram o programa Caminho das Escolas e reduzir a preocupação com as chuvas. Esses são os pilares do trabalho que é feito diariamente pelas equipes do governo para levar mais qualidade de vida aos cerca de 90 mil habitantes das regiões rurais do Distrito Federal. De 2019 até setembro deste ano, 6.294 quilômetros de estradas rurais foram recuperados, com aplicação de cascalho e resíduos da construção civil (RCC), sendo 1.076 km somente em 2023. [Olho texto=”“Nas vias não pavimentadas se concentra toda a produção agrícola. Então, precisamos trabalhar para garantir boas condições de trafegabilidade aos produtores e chacareiros das regiões rurais. Nós estamos pensando em todas as situações para atender àqueles que moram no campo”” assinatura=”José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo” esquerda_direita_centro=”direita”] A ação, coordenada e integrada por três pastas do GDF — Secretaria de Governo (Segov), Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) —, é preventiva e tem contribuído também para facilitar o escoamento da safra agrícola e pavimentar um caminho sólido para o desenvolvimento econômico e social. “Nas vias não pavimentadas se concentra toda a produção agrícola. Então, precisamos trabalhar para garantir boas condições de trafegabilidade aos produtores e chacareiros das regiões rurais. Nós estamos pensando em todas as situações em que a comunidade possa precisar [de ajuda] para atendermos àqueles que moram no campo. Para isso, as vias precisam estar em boas condições. É para isso que estamos nos esforçando, em função especialmente do período de chuva”, defende o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. Arte: Agência Brasília Por essas vias circula grande parte da produção agrícola do DF, que em 2022 chegou a R$ 1,5 bilhão, de acordo com levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). O consumidor final é o brasiliense, que come produtos frescos produzidos na área rural do DF, além de moradores do Entorno, para onde também escoa uma parte importante da produção. Alonso Pereira, 49 anos, foi o segundo morador a construir uma casa na rua onde mora há 12 anos, no bairro Zumbi dos Palmares, em São Sebastião. Desde então, o empresário acompanha o crescimento da região e comemora a dedicação do GDF. “É um trabalho fantástico. Assim que eu vim para esse setor, a situação estava muito difícil, não tínhamos um acesso de qualidade. Agora, temos esse cuidado, essa proteção. Hoje, posso dizer que dá gosto morar aqui”, relata. Sustentabilidade De maneira estratégica, as equipes de trabalho e as unidades operacionais que fazem parte da força-tarefa — Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), administrações regionais, GDF Presente, DER e Seagri — garantem o acúmulo de cascalho e resíduos de construção civil (RCC) a serem utilizados nas vias não pavimentadas ou em eventuais emergências naturais, nas próprias administrações regionais. Como resultado prático, a ação evita longos deslocamentos e torna a operação mais ágil. A maioria do RCC utilizada nos mutirões é doação do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O material já sai da usina em condições de uso nas estradas; e, quando possível, as equipes fazem o processo de compactação para melhorar a aderência. Em Brazlândia, os técnicos das pastas reuniram aproximadamente 450 toneladas desses materiais que poderão ser aplicados em pontos críticos atingidos pelas chuvas. A intenção de acumular RCC e cascalho é para reservar o material em um volume suficiente — aproximadamente 200 toneladas — em locais estratégicos do DF, como Gama, São Sebastião, Planaltina, Itapoã, Ceilândia e Brazlândia. Somente em setembro deste ano, a Seagri utilizou cerca de 350 caminhões de RCC para conservar as estradas rurais que são de sua jurisdição. Já o DER aplica em torno de 400 mil toneladas de material, anualmente, para realizar a manutenção de rodovias não pavimentadas de sua responsabilidade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília De acordo com o coordenador do Polo Rural, Luciano Mendes, a expectativa é que, com o material já nas administrações, as vias que precisarem recebam a atenção de forma eficaz sem a necessidade de qualquer interdição. “Nossa estratégia é acumular bastante material nas administrações para, quando tiver pontos críticos em vias não pavimentadas, a gente possa atender de imediato. Dessa forma, conseguimos atuar de forma rápida e segura sem precisar obstruir a via”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Somente em setembro deste ano, as equipes que compõem a Seagri utilizaram cerca de 350 caminhões de RCC para conservar as estradas rurais que são de sua jurisdição. Já o DER aplica em torno de 400 mil toneladas de material, anualmente, para realizar a manutenção de rodovias não pavimentadas de sua responsabilidade. O investimento anual do departamento é de aproximadamente R$ 3 milhões para fazer o revestimento primário dessas vias. Em São Sebastião, a atuação conjunta das pastas operacionais garante o serviço constante de terraplanagem com a colocação de brita e de RCC — ação que ajuda a reduzir a poeira e amplia a acessibilidade nas pistas não asfaltadas. Os serviços de manutenção nessa região levam benefícios a mais de 50 mil moradores, garantindo um acesso mais seguro e confortável aos residentes dos bairros Morro da Cruz, Capão Comprido, Zumbi dos Palmares, Residencial Vitória, Bora Manso e Vila do Boa.
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Semana do Pimentão leva informações sobre Rota da Fruticultura
Durante a 23ª Semana do Pimentão da Taquara, encerrada neste domingo (12), cerca de 60 produtores rurais tiveram acesso a informações sobre a Rota da Fruticultura e os dados econômicos sobre a produção de frutas do Distrito Federal em palestras técnicas organizadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O Núcleo Rural da Taquara já não é mais a maior região produtora de pimentão do DF. No entanto, a Semana do Pimentão tornou-se um evento tradicional entre os produtores rurais por promover a integração e troca de conhecimentos gerais. O objetivo das palestras foi atrair produtores rurais para ingressarem no programa Rota da Fruticultura do DF e Entorno, que tem o foco no cultivo de açaí e mirtilo, e incentivar o cultivo de tangerina ponkan, goiaba, maracujá, abacate, limão e banana-prata, uma vez que a produção local não supre a alta demanda do mercado consumidor do Distrito Federal. O coordenador de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, explicou que o programa é uma ação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional em parceria com diversos órgãos e entidades que visa estabelecer estratégias para implantar o cultivo de mirtilo e açaí, fomentar e incentivar novos agricultores na produção dessas frutas no DF e Entorno. “A Emater é parceira do projeto e considera ótimas oportunidades para o produtor rural que deseja realmente investir em culturas que possuem alto valor agregado, mercado e rentabilidade. Os dois cultivos possuem investimentos, características e manejos muito peculiares. Por isso, estaremos empenhados em prestar a melhor assistência técnica possível aos produtores participantes do projeto, para que o DF seja realmente uma referência nacional na produção desses frutos”, observou Felipe Camargo. O coordenador de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, proferiu a palestra sobre a Rota da Fruticultura | Fotos: Ana Nascimento/Emater-DF O gerente de Comercialização da Emater, Blaiton Carvalho, mostrou o panorama econômico da produção de tangerina ponkan, goiaba, abacate, maracujá e banana-prata, segundo dados de comercialização no Distrito Federal, que é uma região bastante consumidora e importadora dessas e outras frutas. “O Programa de Alimentação Escolar está destinando valores elevados para a agricultura familiar, como o Pnae, que está investindo R$ 27 milhões este ano para a compra de frutas e hortaliças do cultivo orgânico e convencional para a merenda escolar do DF. Temos ainda o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos] e o Papa-DF [Programa de Aquisição da Produção da Agricultura], que fomentam a agricultura local. Para além disso, o Distrito Federal é um forte centro consumidor de frutas e estamos apresentando reflexões para aqueles que desejam diversificar o plantio e entrar na fruticultura. Por exemplo, nós importamos 95% da banana-prata consumida aqui; esse é o tamanho da oportunidade”, informou Blaiton. O gerente destacou ainda os desafios e oportunidades do plantio de frutas, que exigem cuidados de manejo para a produção com qualidade. Entre os desafios, estão a qualificação da mão de obra, organização rural e oferta de produtos com alto padrão e custos competitivos. Já as oportunidades estão na boa aceitação pelo consumidor do DF, que é um grande centro consumidor com alto poder aquisitivo. O gerente de Comercialização da Emater, Blaiton Carvalho, mostrou o panorama econômico da produção de frutas no DF Também participaram do evento a coordenadora de Operações da Emater, Adriana Nascimento, o supervisor da Regional Oeste, Álvaro Castro, o gerente do escritório local do Pipiripau, Geraldo Magela Gontijo, a superintendente federal de Agricultura do DF, Jane Batista, e o presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), Maurício Severino de Rezende. Taquara De acordo com o gerente do escritório local da Emater na Taquara, Revan Soares, neste ano a programação da Semana do Pimentão incluiu palestras sobre temas diversos, como nutrição foliar, híbridos adaptados para o Cerrado, cooperativismo, apresentação da Rota da Fruticultura e do panorama econômico da fruticultura no DF, desafios e oportunidades no manejo para altos rendimentos na safra de grãos e gripe aviária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Avaliando o cenário de produção local, nós da Emater e a Cootaquara decidimos incluir outras culturas no debate e levar ao produtor informações técnicas sobre diversas cadeias da produção agropecuária com o objetivo de promover um encontro com temas mais abrangentes para qualificar e desenvolver outras culturas na região e, assim, gerar emprego, renda e desenvolvimento local”, avaliou Revan Soares. O presidente da Cootaquara – promotora da Semana do Pimentão -, Maurício Severino de Rezende, afirmou que a maioria dos produtores cooperados ainda trabalha com hortaliças e o cenário da cadeia na região vem apresentando dificuldades há algum tempo, como mão de obra. “Dessa forma, apresentar outras culturas aos nossos produtores, como fruticultura, é uma alternativa muito viável, que pode aproveitar a irrigação instalada para uso nas hortaliças, utiliza menor número de trabalhadores e tem um mercado muito promissor. Os agricultores que entraram na fruticultura estão felizes”, disse Rezende. Equipe da Emater presente na 23ª Semana do Pimentão da Taquara *Com informações da Emater-DF
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Comitiva do Mercosul conhece experiências da agricultura familiar no DF
Uma comitiva do Mercosul visitou a Associação de Agricultores(as) Familiares da Eco do Assentamento 15 de Agosto (Afeca) nesta quinta-feira (9). Acompanhados do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e do presidente da Emater-DF, Cleison Duval, representantes da Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai também foram a uma escola pública que recebe alimentos da agricultura familiar em São Sebastião. Durante o encontro, Cleison Duval explicou o funcionamento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) prestada aos produtores. “A Emater-DF dá assistência técnica desde o planejamento do que plantar e como plantar, até a comercialização e inserção nos programas de compras e no mercado. Existe um trabalho enorme da extensão rural por trás disso. A Emater-DF tem um papel fundamental no funcionamento dessa cadeia. A extensão rural está presente em todas as fases do processo”, destacou. O secretário executivo da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), Rafael Bueno, também falou sobre o funcionamento das compras governamentais e a dinâmica entre os órgãos envolvidos nos chamamentos públicos. Comitiva do Mercosul conheceu sistema que integra os governos federal e distrital em prol da agricultura familiar | Foto: Divulgação/ Emater-DF Para o ministro Wellington Dias, o desafio é garantir uma integração ainda maior entre os produtores e consumidores para combater a fome, reduzir a desnutrição e ofertar uma alimentação saudável. A visita ao assentamento, na visão de Dias, é um exemplo que pode ser replicado. “A Afeca recebe assistência técnica dos governos federal e distrital, integrados. A produção é comprada via PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e vai para quem precisa de complemento alimentar. Ela é comprada pela área da educação e se transforma em alimentação escolar. Com isso, a gente também melhora a renda dos agricultores porque não tem atravessador, a compra é direta”, detalhou o ministro. A presidente da Afeca, a produtora Michelly Ornelas, ressaltou a importância desses programas para os produtores da agricultura familiar: “Todas as compras governamentais são muito importantes porque garantem a compra do alimento do produtor. Nós podemos produzir porque temos a garantia, a certeza de que vamos escoar toda a nossa produção. Acho que é o melhor sistema que existe.” A gerente da Emater em São Sebastião, Maíra Andrade, explicou que o 15 de Agosto, atualmente, conta com 54 famílias. De acordo com ela, o assentamento é referência na produção de alimentos orgânicos e fez, neste ano, a primeira entrega orgânica para o Programa Nacional de Alimentação Escolar. A Secretaria de Educação lançou edital exclusivo para entrega de alimentos orgânicos no valor de mais de R$ 20 milhões. [Olho texto=”“A missão é reduzir a pobreza”” assinatura=”Miguel Tadeo Rojas, ministro do Desenvolvimento Social do Paraguai” esquerda_direita_centro=”direita”] Miguel Tadeo Rojas, ministro do Desenvolvimento Social do Paraguai, destacou a integração entre os agentes públicos na dinâmica de funcionamento do PAA. “Para mim, é algo muito interessante, fundamentalmente porque estou encontrando uma integração de vários dirigentes de Estado para ajudar as pessoas a manterem a agricultura familiar, que se converte em produtos para a merenda escolar e outras instituições. A missão é reduzir a pobreza”, comentou. Na outra ponta A visita técnica apresentou aos estrangeiros iniciativas que garantem garantia de renda e segurança alimentar aos produtores do assentamento 15 de Agosto Para ter a dimensão do impacto do PAA, a visita técnica passou pela outra ponta que liga essa cadeia de garantia de renda e segurança alimentar e nutricional. No Centro de Educação Infantil 03, também na região de São Sebastião, o grupo pôde conhecer a escola da rede pública beneficiada pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e que recebe a produção do Assentamento 15 de Agosto. A diretora da escola, Vanda Aparecida de Aguiar, considerou a visita emocionante e gratificante. Para ela, é primordial ver como o alimento chega da horta, por meio do PNAE, e como ele é utilizado. “Com esse alimento saudável, os pais nos comunicam que as crianças passam a se alimentam mais”, comemora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Estou muito feliz por ter visitado a escola em São Sebastião e o Assentamento 15 de Agosto. Foi muito interessante ver como se concatena ações em nível federal, estadual e municipal para assegurar a alimentação das crianças. Soubemos que nessa escola, quase 100% já é de alimentos da agricultura familiar”, avaliou Francisca Gallegos, subsecretária de serviço social do Ministério de Desenvolvimento Social e Família do Chile. *Com informações do MDS e da Emater-DF
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