Resultados da pesquisa

Epilepsia

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Hospital de Base oferece atendimento especializado para epilepsia no DF

No dia 26 de março, o mundo se une para celebrar o Dia Roxo ou Purple Day, data dedicada à conscientização sobre a epilepsia e ao combate ao preconceito em torno da doença. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e epilepsia afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que 2% da população tenha a doença. “Nem toda convulsão é uma epilepsia e o diagnóstico requer crises recorrentes e uma avaliação médica de especialista para ser fechado” Maciel Pontes, médico neurologista do HBDF O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) oferece atendimento especializado para pacientes com epilepsia, embora não seja um centro de referência para tratamentos mais complexos. Segundo o médico neurologista da unidade Maciel Pontes, o hospital conta com quatro ambulatórios voltados ao acompanhamento dos pacientes, que chegam por meio do sistema de regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF). A epilepsia ainda é uma doença cercada por mitos que dificultam o diagnóstico e o tratamento adequado. “Há muita desinformação, o que contribui para o preconceito e dificulta a vida de quem convive com a doença”, lembra Maciel. Um dos principais mitos é o de que a epilepsia é contagiosa. “A doença não pode ser transmitida de uma pessoa para outra”, ressalta o médico. O HBDF oferece atendimento neurológico e exames como o eletroencefalograma (EEG) de rotina | Foto: Divulgação/IgesDF Outro mito é de que, durante uma crise, deve-se segurar a língua do paciente. “O correto é deitá-la de lado e garantir que não se machuque”, diz. “Nem toda convulsão é uma epilepsia e o diagnóstico requer crises recorrentes e uma avaliação médica de especialista para ser fechado”, explica. Mais uma ideia errada é de que a epilepsia é uma doença mental. “Na verdade, a epilepsia é uma doença neurológica, e não psiquiátrica, e deve ser tratada junto a um neurologista”, conta. A conscientização, segundo o especialista, é fundamental para reduzir o estigma e proporcionar melhores condições de vida aos pacientes. Diante de uma crise epiléptica, como devemos agir? As crises epilépticas podem variar de episódios leves, como sensações estranhas (auras) e crises de ausência, até eventos mais graves, como crises tônico-clônicas, que podem resultar em quedas e traumas. Caso presencie uma pessoa tendo uma crise, o mais importante é mantê-la segura. Não se deve tentar conter os movimentos da pessoa nem colocar objetos na boca, pois isso pode causar lesões. O diagnóstico precoce é essencial para um tratamento eficaz. O HBDF oferece atendimento neurológico e exames como o eletroencefalograma (EEG) de rotina. O tratamento da epilepsia no hospital se baseia no uso de medicações anticrise, que variam conforme a necessidade de cada paciente. Algumas dessas medicações são fornecidas pela Farmácia de Alto Custo do GDF. Atendimento de emergência O HBDF segue o protocolo da SES-DF para o atendimento de emergência a pacientes com epilepsia. Casos graves, como o Estado de Mal Epiléptico – situação em que a crise se prolonga por vários minutos ou ocorre repetidamente sem recuperação da consciência –, são recebidos pelo serviço de neurologia do hospital, geralmente encaminhados de outras unidades da rede. *Com informações do IgesDF  

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Dia Roxo conscientiza a população sobre a epilepsia

O dia 26 de março é marcado como Dia Roxo, ou Dia Internacional de Conscientização sobre a Pessoa com Epilepsia. A doença é a condição crônica neurológica mais prevalente no mundo – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas têm epilepsia. No Brasil, 2% da população têm a doença. No Distrito Federal, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) acompanha crianças e adolescentes com este quadro. Giovanna Ferreira tinha 6 anos de idade quando começou a ter crises epiléticas. A família procurou ajuda médica e ela iniciou o atendimento no Hospital de Base, com a neurologista Renata Brasileiro. Em 2011, quando o Hospital da Criança de Brasília foi inaugurado, ela foi transferida para lá. No Dia Roxo, quase quatro meses após a cirurgia, Giovanna comemora o sucesso do procedimento. A jovem, que completou 19 anos de idade no dia seguinte da cirurgia, já conseguiu realizar sonhos: “Minha vida está muito boa, nunca mais tive crises. Agora posso fazer minhas coisas, andar de bicicleta”, conta a adolescente. Antes da cirurgia, ela tinha muita vontade de aprender a cozinhar; agora, já consegue fazer o almoço sozinha. Deputados Distritais reconheceram a importância de falar sobre a epilepsia em sessão solene, nesta segunda-feira | Foto: Divulgação/HCB A história de Giovanna foi citada na segunda-feira (25), em sessão solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O chefe da neurocirurgia do HCB, Benício Oton de Lima, participou da mesa da sessão solene e falou sobre o trabalho do hospital na estruturação de um programa específico de cirurgias para epilepsia. “Existem várias cirurgias, dependendo do tipo de epilepsia e do tipo de maneira que essa criança pode ser tratada; o HCB uniu um time de especialistas que se envolvem nessa forma de tratamento”, relatou o neurocirurgião. Ao longo da sessão, os participantes do evento destacaram o impacto que a epilepsia traz para a vida dos pacientes – inclusive na idade adulta, dificultando ações como dirigir ou encontrar um emprego. A embaixadora da Associação Brasileira de Epilepsia em Goiânia, Aline Pansani, comentou o dado de que mais de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia e ressaltou que ela “não é uma doença rara, mas é escondida. Essa sessão é uma forma de trazer luz para essa causa”. Pansani lembrou, ainda, dos riscos associados à doença e que não são divulgados: “Poucas pessoas falam sobre a mortalidade. Quando falta um medicamento na rede pública de saúde e o paciente tem que alterar o medicamento ou ficar sem, as crises podem perder o controle e, em uma crise, ele pode morrer subitamente. Então, é importante dar visibilidade a todos”. “A resposta a esse desafio é a conscientização. Temos que educar as pessoas sobre a verdadeira natureza da epilepsia, sobre como lidar com as crises convulsivas” Jorge Vianna, deputado distrital O deputado distrital Jorge Vianna, que propôs a sessão, reforçou que a sociedade precisa quebrar preconceitos que existem acerca da doença. “A resposta a esse desafio é a conscientização. Temos que educar as pessoas sobre a verdadeira natureza da epilepsia, sobre como lidar com as crises convulsivas”. Sintomas “A epilepsia é o cérebro com uma hiperexcitabilidade neuronal, de maneira anormal e síncrona, gerando estímulos elétricos fora do comum”, explica a neurologista pediátrica do HCB, Renata Brasileiro. A doença pode ter várias causas genéticas, infecciosas, acidentes vasculares cerebrais, traumatismo craniano e zika vírus, entre outras, e o diagnóstico é feito de forma clínica. “Ele é feito por profissional médico da saúde básica, desde que tenha recebido treinamento adequado; depois, o paciente é referenciado para um especialista”, afirma Brasileiro. A conscientização sobre o Dia Roxo passa pelo entendimento dos sintomas da epilepsia – especialmente das crises acarretadas pela doença. “As mais conhecidas da população são aquelas em que o paciente cai, fica duro, se debate; são crises que chamamos de tônica-crônica generalizada ou bilateral, popularmente conhecidas como convulsivas”, diz a médica. Brasileiro alerta, porém, que há outras formas de crise: “Você pode ter crises de ausência; crises em que o paciente sente um mal estar; ou que a pessoa puxa só um lado do corpo, só a boca. Em algumas crises, perde a consciência, mas há crises em que a pessoa sabe o que está acontecendo”. A conscientização sobre o Dia Roxo passa pelo entendimento dos sintomas da epilepsia | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília No HCB, a neurologista atende as crianças encaminhadas pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) ao HCB. Unidade terciária de saúde, o hospital acompanha pacientes fármaco-resistentes. “São pacientes que vão precisar de uma equipe mais especializada porque, em geral, não respondem aos medicamentos utilizados. Fazemos uma investigação para considerar outras formas de tratamento, como dieta cetogênica, cirurgia de epilepsia”, esclarece Renata Brasileiro. Tratamento A neurologista Renata Brasileiro explica que o principal tratamento para a epilepsia são os remédios, mas há outras abordagens, como a dieta cetogênica | Foto: Divbulgação/ HCB Para estimular a conscientização e a informação sobre a epilepsia, o Hospital da Criança de Brasília será iluminado de roxo O principal tratamento são os remédios, mas há outras abordagens, como a dieta cetogênica. Segundo a neurologista, essa “é uma dieta rica em gordura, pobre em proteínas e com praticamente nada em carboidrato; o objetivo é mudar a fonte de energia para o cérebro. É um ambulatório composto por médico-neurologista e nutricionista”. A estruturação do ambulatório de dieta cetogênica do HCB foi construída com apoio da neuropediatra do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Ludmila de Lima. “A dieta funciona como uma medicação; é uma comida minimamente calculada pelo peso, estatura e condição nutricional do paciente por uma nutricionista especializada. Ela é basicamente feita de gorduras, um pouquinho de carboidratos (que são nossos açúcares), e a proteína é normal, porque ele precisa crescer e se desenvolver”, explica Lima. Outra forma de tratamento é a abordagem cirúrgica, em que neurocirurgiões operam a área do cérebro onde se encontra a lesão neurológica que causa as crises epiléticas. Em novembro de 2023, o Hospital da Criança de Brasília realizou o procedimento para tratar a adolescente Giovanna Ferreira, então com 18 anos. O atendimento teve um diferencial: parte da cirurgia foi realizada com a paciente acordada – a região do cérebro que precisava passar por ressecção ficava muito próxima da área responsável pela fala. Por isso, a paciente precisou ser capaz de conversar durante o procedimento. O HCB já realiza outras cirurgias do tipo, mas foi a primeira vez que o procedimento foi realizado com o paciente desperto. “Começamos normalmente, com a sedação, e expomos o cérebro para monitorizar a área da fala, saber se está fazendo sentido. A região a ser ressecada era muito próxima dessa área”, explica o neurocirurgião do HCB, Paulo Leão. Para estimular a conscientização e a informação sobre a epilepsia, o Hospital da Criança de Brasília será iluminado de roxo, chamando a atenção da população. *Com informações do Hospital da Criança

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Estudo mostra perfil das pessoas com síndrome de Down e epilepsia

Nesta semana, o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou o estudo sobre a ocorrência congênita de síndrome de Down, epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas no Distrito Federal. A pesquisa, demandada pelos deputados distritais Eduardo Pedrosa e Rodrigo Delmasso, traça o perfil sociodemográfico desses grupos e identifica suas necessidades e os obstáculos que enfrentam, especialmente na busca por serviços públicos. Além disso, responde questões relevantes à gestão governamental e à sociedade, com base na literatura científica disponível. O levantamento, apresentado na última quinta-feira (27), contou com a participação de diversas organizações que representam pessoas com síndrome de Down e epilepsia no DF, como Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (APABB/DF), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (Apae/DF), DFDown, Pestalozzi de Brasília, Viva Além das Crises e Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ao todo, foram elaborados seis produtos que visam subsidiar a tomada de decisões e formulação de políticas públicas voltadas para esta pauta. Perfil sociodemográfico de pessoas com síndrome de Down Ao todo, 666 pessoas responderam ao questionário aplicado. Entre as pessoas com síndrome de Down acessadas pela pesquisa, foram observados os seguintes dados: Faixa etária: 77% possuem até 18 anos. A idade variou de zero a 57 anos, com uma média de oito anos. Gênero: 49,18% são mulheres cisgênero. Raça/cor: 60,94% são brancas. Renda: 37,56% residem em domicílios com renda mensal de até dois salários mínimos; 20,49%, de cinco a dez salários mínimos; 18,05%, de dois a cinco salários mínimos; e 17,80%, mais de dez salários mínimos. Moradia: 12% residem no Plano Piloto; 11%, em Taguatinga; 7%, em Ceilândia e Águas Claras; 6%, em Sobradinho; 5%, no Gama, Planaltina e Santa Maria; 4%, em Samambaia; e 39%, em outras regiões administrativas. Saúde As principais barreiras apontadas no acesso aos serviços de saúde são: dificuldade de agendamento (51,70%); alto custo dos atendimentos nas especialidades não atendidas na rede pública (50%); falta de profissionais especializados na rede pública (48,87%); profissionais sem preparo para lidar com pacientes com síndrome de Down (47,36%); longa lista de espera para acessar o serviço de saúde (43,40%); e indisponibilidades do serviço perto da residência (42,08%). Em relação ao acompanhamento regular especializado de saúde por motivos relacionados à síndrome, observa-se que as especialidades mais acessadas por esse grupo são: oftalmologia (81,21%), pediatria (70,11%), cardiologia (65,29%), fonoaudiologia (59,02%) e clínica geral (56,9%). A rede pública representa a maioria dos atendimentos em pediatria (36,84%) e clínica geral (30,13%), enquanto a rede particular é responsável pela maior parcela de atendimentos em oftalmologia (57,36%), cardiologia (35,27%) e fonoaudiologia (43,31%). Entre as pessoas com síndrome de Down, 59,48% realizam a maior parte dos atendimentos de saúde no Plano Piloto; 11,78%, em Taguatinga; 5,39%, em Águas Claras; 3,39%, em Sobradinho; 2,79%, em Ceilândia; e 17,7%, em outras RAs. Os dados indicam uma concentração de serviços especializados de saúde no Plano Piloto, sinalizando a necessidade de descentralização para outras regiões do DF. Educação Quanto ao acesso ao sistema escolar, 77,82% das pessoas com síndrome de Down frequentam ou já frequentaram alguma instituição de ensino. Dessas, 66,74% estavam matriculadas quando responderam à pesquisa, enquanto 11,08% não estavam, mas já estiveram. Um dado relevante é o de que 69,86% estão ou estiveram no ensino regular, enquanto 22,74% frequentam ou frequentaram o ensino especial. A rede pública representa a grande maioria (77,26%) da demanda escolar. Outros 17,70% das pessoas com a síndrome ainda não estão em idade escolar e 3,20% nunca estudaram. Entre os principais motivos para não estarem estudando ou nunca terem estudado, destacam-se: falta de autonomia da pessoa com síndrome de Down; falta de profissionais qualificados ou tutores de ensino para acompanhar estudantes com a síndrome; negativa das instituições para matricular pessoas com a síndrome; e dificuldade de encontrar vagas em escolas regulares. Em relação ao ambiente escolar, 43,56% dos que frequentam ou frequentaram alguma instituição de ensino responderam que os professores estavam preparados para ensinar pessoas com a síndrome, enquanto 38,63%, que os demais profissionais escolares tinham preparo para acompanhar os estudantes. Em relação à instituição, 33,42% disseram que contava com pedagogo e 30,96%, com Atendimento Educacional Especializado para acompanhar o desenvolvimento do aluno, enquanto 41,64% afirmaram que possuía acessibilidade física e recursos necessários para ensinar e incluir esse grupo. Mercado de trabalho Considerando a faixa etária do público alcançado pela pesquisa, a maioria das pessoas com síndrome de Down não possui idade para trabalhar (65,42%). Entre as que possuem, 27,31% nunca trabalharam; 3,52% não trabalham nem procuram emprego; nove pessoas estão aposentadas; duas estão desempregadas, mas buscando emprego; e apenas quatro trabalham atualmente, sendo duas de carteira assinada, uma como jovem aprendiz e outra como estagiário. Entre os motivos listados para a baixa inserção desse grupo no mercado de trabalho, estão: falta de autonomia da pessoa com a síndrome para trabalhar (36,43%); insegurança dos familiares e responsáveis em permitir que trabalhem (22,86%); falta de formação ou capacitação necessária (14,29%); falta de oferta de vagas para essas pessoas (10,71%); e empregadores que não oferecem apoio/treinamento (5%) ou preferem não contratar (5%). Inclusão Social A pesquisa identificou as principais dificuldades para inclusão das pessoas com síndrome de Down residentes no DF e suas principais demandas:   Perfil sociodemográfico de pessoas com epilepsias e síndromes epilépticas idiopáticas Ao todo, 128 pessoas responderam ao questionário aplicado. Entre as pessoas com epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas acessadas pela pesquisa, foram observados os seguintes dados: Faixa etária: a idade variou de 1 a 60 anos, com uma média de 17,7 anos. Gênero: 46,25% são mulheres cisgênero. Raça/cor: 53,75% são negras. Renda: 47,50% residem em domicílios com renda mensal de até dois salários mínimos; 22,50%, de dois a cinco salários mínimos; e 17,50%, mais de cinco salários mínimos. Moradia: 16,44% residem em Samambaia; 15,07%, em Ceilândia; 8,22%, em Taguatinga; 6,85%, em Planaltina e Guará; 5,48%, em Vicente Pires e Santa Maria; 4,11%, em Sobradinho, Riacho Fundo e Plano Piloto; e 23,29%, em outras RAs. Saúde As principais barreiras apontadas no acesso aos serviços de saúde são: dificuldade de agendamento (65,74%); dificuldade de acesso aos medicamentos antiepilépticos pela rede pública de saúde (54,63%); longa lista de espera para acessar os serviços de saúde (43,52%); falta de profissionais especializados na rede pública (37,96%); indisponibilidade do serviço perto da residência (32,41%); profissionais sem preparo para lidar com pacientes com epilepsia (29,63%); e discriminação na busca por atendimento (26,85%). Em relação ao acompanhamento regular especializado de saúde por motivos relacionados à epilepsia, a neurologia é a especialidade mais acessada (96,27%), como esperado. O Sistema Único de Saúde (SUS) representa a maioria dos atendimentos em neurologia (60,75%), assim como nas demais especialidades médicas. Entre as pessoas com epilepsia, 43,40% realizam a maior parte dos atendimentos de saúde no Plano Piloto; 17,92%, em Taguatinga; 8,49%, em Águas Claras e Ceilândia; e 21,70%, em outras RAs. Educação Quanto ao acesso ao sistema escolar, 93,11% das pessoas com epilepsia frequentam ou já frequentaram alguma instituição de ensino. Dessas, 51,73% estavam matriculadas quando responderam à pesquisa, enquanto 41,38% não estavam, mas já estiveram. Um dado relevante é o de que 56,25% estão ou estiveram no ensino regular, enquanto 37,5% frequentam ou frequentaram o ensino especial. A rede pública representa a grande maioria (83,95%) da demanda escolar. Outro 1,15% das pessoas com epilepsia ainda não estão em idade escolar e 2,31% nunca estudaram. Entre os que frequentam ou frequentaram alguma instituição de ensino, 22,66% afirmaram que os professores estavam preparados para lidar com os efeitos da epilepsia; 10,84% disseram que a instituição contava com pedagogo e 7,03% com atendimento educacional especializado para acompanhar o desenvolvimento do aluno; e 9,38% afirmaram que a instituição de ensino promovia ações de acolhimento, visando a permanência desses estudantes. A grande maioria dos respondentes (77,5%) concordam que o convívio escolar contribui para a socialização e autoestima das pessoas com epilepsia, embora somente 3,21% tenham declarado que a instituição de ensino que frequentam ou frequentaram promove ações de conscientização e combate ao estigma relacionado à epilepsia. Mercado de trabalho Considerando a faixa etária do público alcançado pela pesquisa, a maioria das pessoas não possuem idade para trabalhar (27,71%). Entre as que possuem, 30,12% nunca trabalharam; 28,92% trabalham atualmente; 4,82% estão desempregadas, mas buscando emprego; 3,61% não trabalham e nem procuram emprego; e 3,61% estão aposentadas. Entre os motivos listados para a baixa inserção desse grupo no mercado de trabalho, estão: os efeitos físicos da epilepsia e a falta de formação ou capacitação por limitações causadas pela epilepsia. Inclusão social A pesquisa identificou as principais dificuldades para inclusão das pessoas com epilepsia residentes no DF e suas principais demandas. * Falta de programas governamentais e políticas públicas voltadas para esse grupo (90,12%); * Alto custo de tratamentos e acompanhamentos de saúde (86,43%); * Falta de medidas que visam a inserção e permanência desse grupo no mercado de trabalho (81,48%); * Falta de informação/desconhecimento da sociedade sobre a epilepsia (79%); * Falta de profissionais especializados para o diagnóstico da epilepsia e orientação adequada aos pacientes (70,37%); * Falta de preparo e de qualificação das instituições de ensino para lidar com alunos com epilepsia (70,37%); * Preconceito/discriminação da sociedade (66,67%). *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal

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Estudo apresenta perfil de pessoas com síndrome de Down e epilepsia

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentará os resultados da pesquisa sobre síndrome de Down, epilepsia e síndromes epilépticas e idiopáticas no DF nesta quinta-feira (27), às 11h, em seu canal do YouTube. O estudo trará o perfil sociodemográfico, as necessidades e barreiras de acesso a serviços públicos por pessoas com síndrome de Down e epilepsia na capital. Com informações coletadas por intermédio de questionários online para esse público e seus responsáveis, o trabalho tem como objetivo orientar políticas públicas adequadas a essa população e servir como fonte de informação e conhecimento sobre a realidade delas. Serviço: Lançamento do estudo sobre síndrome de Down, epilepsia e síndromes epiléticas idiopáticas Data: quinta-feira (27) Horário: 11h Acompanhe pelo link: https://youtu.be/qE7Yz7F7Aq8 Mais informações: (61) 3342-1632/1036 e comunicacao@ipe.df.gov.br. *Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal

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Pesquisa sobre síndrome de Down ajudará a definir políticas públicas

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) vai iniciar uma pesquisa que trará dados sobre a ocorrência congênita de síndrome de Down, epilepsia e síndromes epiléticas idiopáticas no Distrito Federal. O estudo inédito busca dimensionar as pessoas com síndromes na capital federal e identificar seus aspectos sociodemográficos, necessidades e barreiras de acesso a serviços públicos, a fim de auxiliar a gestão governamental a superar esses desafios por meio de políticas públicas eficazes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Realizado por meio de um questionário, fornecido no site da Codeplan, a pesquisa é importante porque, além de orientar o governo com dados evidentes, serve como fonte de informação e conhecimento da realidade destes brasilienses. Para participar, a Codeplan convida pessoas com síndrome de Down, epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas moradoras do Distrito Federal ou seus responsáveis para a coleta de dados. A fase de recolhimento de informação está dividida em dois questionários, um para síndrome de Down e outro para epilepsia e síndromes epiléticas idiopáticas. Vale lembrar que os questionários são sigilosos e podem ser preenchidos pelos responsáveis ou pela própria pessoa. Questionário para pessoas com síndrome de Down. Questionário para pessoas com epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas. *Com informações da Codeplan

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Hmib é referência em dieta para crianças epilépticas

As crises de epilepsia da pequena K.T. , de quatro anos, fizeram com que sua mãe se mudasse do Maranhão para o Distrito Federal em busca de uma cura. O destino escolhido não foi por acaso. O DF é referência no tratamento de crianças epilépticas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da dieta cetogênica. O serviço é o único desse tipo no Centro-Oeste, oferecido no Ambulatório de Dieta Cetogênica do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). O tratamento consiste em prescrever um cardápio com alimentação rica em gorduras, pobre em carboidratos, acompanhado de proteínas. Com a dieta, é possível reduzir em mais de 50% as crises e, como no caso de K., pode levar à cura. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde “Antes da dieta cetogênica, ela tinha muitas convulsões e não andava direito. Em dois anos de acompanhamento, K. melhorou muito. Está interagindo mais, tem uma nova disposição. Apesar da vinda para o DF ter sido uma grande mudança em nossas vidas, valeu a pena”, conta Lucilene, mãe da pequena. As melhorias ocorrem porque a dieta promove uma troca de combustível no corpo, que normalmente utiliza glicose e passa a usar gordura como fonte de energia. Se pouco carboidrato permanece na dieta, o fígado converte a gordura nos chamados corpos cetônicos. O número elevado deles no organismo leva à redução da frequência de convulsões epilépticas nos pacientes. Desde que o ambulatório passou a funcionar, em 2016, 47 crianças foram submetidas à terapia. Entre elas, o pequeno M. que começou a dieta quando tinha pouco mais de dois anos. Ele sofria mais de 100 convulsões por dia, devido à falta de oxigenação durante o nascimento. Passou por diversos exames e medicamentos, incluindo tratamentos em São Paulo. Só conseguiu melhorar depois de ser atendido no Hmib. “Mateus tem outra vida hoje”, afirma sua mãe, a professora S.L. Ao conhecer sobre a dieta cetogênica, em uma palestra no Hmib, ela decidiu reduzir carboidratos e açúcares da dieta do filho. S. lembra que quando conseguiu marcar a consulta no ambulatório do hospital, em pouco mais de uma semana M. parou de ter convulsões. Depois disso, ele ficou três meses direto sem convulsões, algo inédito para a criança. “Elas começaram quando ele tinha três meses de idade, e até então não paravam. A minha vida era por conta dele. Mas ele melhorou muito nesse tempo que é acompanhado aqui. Hoje, dorme melhor, tem disposição, não é mais apático e não tem mais convulsões. Foi uma revolução nas nossas vidas”, relata, emocionada. Difícil controle A coordenadora do Ambulatório de Dieta Cetogênica do Hmib, Ludmila Uchoa, explica que tratamento é utilizado em pacientes com epilepsias de difícil controle. Ou seja, que não melhoram com o uso de medicamento. Entre os principais alimentos utilizados estão creme de leite, bacon, ovos, azeite, verduras e legumes. “O DF é uns dos poucos que fornece uma fórmula pronta para dieta cetogênica. Recebemos vários pacientes de outros estados. Muitos deles da Bahia”, informou Uchoa. Qualquer criança pode ter acesso ao serviço, desde que encaminhada pelo neuropediatra assistente. A indicação é para epilepsia refratária, de pacientes que não responderam a medicação e sem possibilidade de tratamento cirúrgico. No ambulatório, a criança é acompanhada por um neuropediatra e uma nutricionista. Ambos sabem manejar os possíveis efeitos colaterais da dieta. Segundo a nutricionista Giselle Xavier, o atendimento multidisciplinar é uma das principais chaves para alcançar os resultados positivos trazidos com o serviço. “A neuropediatra faz toda a avaliação da parte medicamentosa, da evolução da epilepsia e das crises convulsivas. A nutrição vem com a parte da dieta”, explicou. O atendimento no ambulatório ocorre toda quarta-feira, das 13h às 18h. O acesso ao serviço começa na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência do paciente. Epilepsia É uma doença que provoca convulsões recorrentes. Acomete em torno de 50 milhões de pessoas no mundo. No Brasil há 3 milhões de pacientes sofrendo com os sintomas da doença, mais frequentes na infância.  A epilepsia deve ser tratada assim que for diagnosticada. O tipo de crise é o que define a melhor opção terapêutica. * Com informações da Secretaria de Saúde-DF

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