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Espaço Cultural Renato Russo (ECRR)

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Fim de semana no DF tem opções juninas, shows musicais, cinema e muita diversão

O fim de semana está recheado de opções para quem gosta de frequentar festas juninas. Há muita diversão e lazer também para os fãs de música e cinema. Confira a programação cultural separada pela Agência Brasília para sexta-feira (7), sábado (8) e domingo (9). Um dos destaques é o 2º Circula Forrólengo, com rodas brincantes em escolas e espaços públicos. Nesta sexta, os integrantes vão realizar apresentações culturais de forró no Restaurante Comunitário do Riacho Fundo II, às 11h; já no sábado, será no CED 1 do Riacho Fundo II, às 15h30, e no domingo, na Feira Permanente do Riacho Fundo, às 11h. Todas com entrada franca. O Circula Forrólengo levará a cultura das festas juninas a vários pontos do DF | Foto: Divulgação O tradicional Quito Blues Festival, que há 17 anos é realizado em Quito, no Equador, chega à segunda edição no Brasil. Shows, workshops e exposições com o melhor da temática blues do Brasil e de toda a América do Sul. Neste ano terá ainda mais atrações nacionais e internacionais, performances artísticas variadas, foodtrucks e exposição. O evento está marcado para sexta  e sábado, às 15h, no Espaço Cultural Renato Russo. Os ingressos custam R$ 60 (inteira). Para quem curte reggae, a banda Natiruts traz a Brasília o show de despedida do grupo, na Arena BRB Mané Garrincha, neste sábado, a partir das 19h. A Secretaria de Turismo do DF (Setur) vai proporcionar acesso aos interessados em curtir essa noite emocionante de forma solidária. Ao doar dois quilos de alimentos não perecíveis, o público ganha um par de ingressos. Para retirar, basta ir à Setur, localizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, das 10h às 17h. É possível retirar até dois ingressos por CPF. Já para os fãs de rock e MPB, a Concha Acústica vai promover o Verão Monumental Sinfônico com o espetáculo Rita Lee in Concert, sábado, a partir das 19h. O show traz repertório que percorre toda a carreira da eterna rainha do rock, desde Os Mutantes até a parceria com o marido, Roberto de Carvalho. A entrada é gratuita, mas as cortesias precisam ser retiradas na internet. No Espaço Oscar Niemeyer a opção é a exposição Oratórios de Mim, que chega ao equipamento público neste sábado, das 9h às 18h. A mostra fica disponível até o dia 28 de junho, com entrada gratuita. Cinema O documentário ‘Da Bahia para o Brooklyn: Histórias do Caribe’ será exibido no Cine Brasília, nesta sexta (7), às 19h A parceria entre a organização da sociedade civil Box Cultural e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) à frente do Cine Brasília está de volta. Para começar, estará em cartaz a Jornada Bruno Pereira e Dom Phillips, evento do Ministério dos Povos Indígenas. Nesta sexta, será exibido Da Bahia para o Brooklyn: Histórias do Caribe, às 19h. O documentário de Nina Jurna conta a história do Caribe, começando na América do Sul, na Bahia, e terminando no Brooklyn, Nova York.

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Visita ao Museu de Arte de Brasília é opção de passeio neste fim de semana

As comemorações do aniversário de Brasília já passaram, mas a capital federal segue com uma agenda recheada de atrações para este final de semana. São alternativas de lazer, cultura e entretenimento para todos os gostos e idades, que contam com o fomento do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), ou realizadas em equipamentos públicos do Plano Piloto e demais regiões administrativas (RAs). Cinema Afonso Brazza dirige e estrela o filme ‘Fuga em destino’, que será exibido nesta sexta (26), no Cine Brasília | Fotos: Divulgação Um dos destaques da agenda cultural é a programação do Cine Brasília. Reaberto na última segunda-feira (22), o cinema mais tradicional da capital ficou fechado por dois meses para uma reforma estrutural. De cara nova, o espaço oferece, até 5 de maio, exibições diárias com a Mostra Ocupação, com sessões de filmes de cineastas locais. Confira os filmes em cartaz até domingo: → sexta-feira (26), às 20h – Fuga em destino, de Afonso Brazza → sábado (27), às 20h – Servidão, de Renato Barbieri → domingo (28), às 20h – Noctiluzes, de Jimi Figueiredo A mostra de filmes ocorre enquanto a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) finaliza os trâmites envolvendo a nova organização da sociedade civil (OSC) responsável pela gestão compartilhada do Cine Brasília. A instituição foi selecionada em edital de chamamento público lançado durante a execução da reforma. Música A cantora Iza se apresenta neste sábado (27), ao lado do Parque do Guará Na Casa do Cantador, em Ceilândia, tem mais uma edição do Sabadão de Forró. No sábado (27), as apresentações começam às 20h com o Trio Os Três do Forró. A programação ainda traz shows dos grupos Trio K Entre Nós, Chicão e o trio Os Brasas do Forró e o Trio Sacode Brasil. A entrada é franca. Em celebração ao aniversário de 34 anos, o Museu Vivo da Memória Candanga preparou um café da manhã com viola para o sábado (27). Também com entrada franca, a programação especial começa às 9h, com a apresentação de Carol Carneiro e, em seguida, tem roda de prosa e mais música com a dupla Dyego e Gustavo. Na sequência, se apresentam artistas da comunidade. As festividades ainda contam com brinquedos infláveis para a criançada, exposições, cineclube, muita comida típica e até dança do ventre. Neste sábado (27), o Museu Vivo da Memória Candanga terá café da manhã com viola em comemoração aos 34 anos do local | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Guará recebe neste sábado (27), das 17h às 22h, o festival Sesc + Pop, com a presença de artistas como Cynthia Luz, As Margaridas e DJ Ketlen, ao lado do Parque do Guará. A grande atração vai ser a cantora Iza. A expectativa é que o evento reúna 10 mil pessoas. O Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) recebe, no domingo (28), o show Mulher Amor Força Solidária: Colcha de Retalhos. Marcada para as 17h, a apresentação musical está em sua terceira edição, com atrações que misturam arte, conscientização e solidariedade. O projeto foi iniciado em 2022 pela cantora Andrea Aiko e visa homenagear e fortalecer mulheres, enquanto promove um compromisso social para auxiliar aquelas em situação de vulnerabilidade. A classificação indicativa é de 14 anos e os ingressos custam R$ 25 (meia-entrada). Exposição Até domingo (28), o Museu de Arte de Brasília apresenta exposição sobre principais elementos e movimentos de artes marciais como aikido e judô | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Últimos dias para conferir a exposição DO: A caminho da virtude, em cartaz até domingo (28), no Museu de Arte de Brasília. São fotos, pictogramas, vídeos e demonstrações práticas, que destacam os principais elementos, movimentos e conceitos do aikido, kendo, karatedo, judô, sumô, kyudo, jukendo, naginata e shorin jikempo. Outra dica é a exposição virtual Paulo Freire em Brasília: tessitura de uma educação emancipadora, realizada pelo Museu de Educação do Distrito Federal (Mude). Pela tela do computador ou do celular, é possível acompanhar a mostra que homenageia o Patrono da Educação Brasileira com o registro de fatos marcantes acerca de sua presença na capital federal. Para conferir, basta acessar este link. Teatro O Espaço Cultural Renato Russo conta, neste sábado (27), com apresentação do grupo Cia de Comédia 100Punch | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Criada pelo diretor Hugo Rodas, a Agrupação Teatral Amacaca se apresenta neste final de semana com o espetáculo 2+2=5, inspirado na obra do autor britânico George Orwell. A peça, em cartaz até 12 de maio, conta com apoio do FAC-DF e tem a direção de Felipe Vidal, que promete levar para a cena o ambiente distópico, criado em 1948 pelo escritor para discutir o totalitarismo. As exibições ocorrem sempre às sextas e aos sábados, às 20h, e domingos, às 18h, no Teatro do CCBB Brasília, no Setor de Clubes Esportivo Sul, Trecho 2. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). No sábado (27), o grupo Cia de Comédia 100Punch sobe ao palco do Teatro de Bolso, no Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), na 508 Sul, com seu divertido show de stand-up comedy. Com uma combinação única de narrativa e comédia de observação, esse talentoso grupo promete proporcionar uma noite de entretenimento que fará a plateia gargalhar. Com classificação indicativa de 14 anos, a atração começa às 20h e os ingressos custam R$ 20. Turismo Neste sábado (27), a partir das 8h, a Secretaria de Turismo (Setur) realiza a ação social +Turismo Para as Mulheres da Terra. A iniciativa reunirá 40 mulheres indígenas e 40 mulheres rurais do assentamento do Paranoá para participar de um tour social em pontos turísticos do DF. O objetivo do projeto é levar conhecimento, cultura e entretenimento para as trabalhadoras do campo. Criado em 2023, o projeto já passou por oito RAs, contemplando mais de 300 mulheres com uma proposta de turismo social e inclusivo. Nesta edição, em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas celebrado em abril, também participam indígenas das etnias kariri xocó, guajajara, bororo, tucano, xukuru de ororubá, tuxá, kariri sapuyá e pataxó. Literatura Também no sábado, a mestra Martinha do Coco lança o catálogo comemorativo dos 10 anos da Mostra de Diversidade e Cultura Popular do Paranoá. Publicada pela Avá Editora, a obra nasce para registrar e salvaguardar todo o legado sociocultural e histórico do festejo. A celebração de lançamento do catálogo se integra ao evento de inauguração da Casa de Cultura Popular Martinha do Coco, na Quadra 28 do Paranoá. A programação começa às 17h, com entrada gratuita. No mesmo dia, tem o lançamento do livro Abelha-Rainha, do escritor Henrique Dias. A obra marca a estreia literária do autor com uma história romântica inspirada em vivências pessoais. O enredo aborda uma mulher cuja experiência de vida serviu de base para a criação de poemas que funcionam como válvulas de escape diante de situações reais. O evento ocorre a partir das 19h, na sala Marco Antônio Guimarães, no ECRR.

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#TBT: Espaço Cultural Renato Russo, epicentro da cultura de Brasília

Prestes a completar 50 anos, o Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), na 508 Sul, emerge como um ponto de encontro entre a arte e a história de Brasília. Berço cultural da capital federal, o centro surgiu do anseio dos primeiros moradores do Quadradinho por um espaço para a manifestação artística e, em pouco tempo, se tornou referência no fomento das artes cênicas, cinema, literatura, música e artes plásticas brasiliense. Nesta quinta-feira, a Agência Brasília conta a história de um dos mais icônicos espaços culturais do Distrito Federal em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que utiliza a sigla em inglês de throwback thursday (em tradução livre, “quinta-feira de retrocesso”), para relembrar fatos marcantes da nossa cidade. Antes de ser batizado com o nome de um dos principais artistas brasilienses, o Espaço Cultural Renato Russo era conhecido como Teatro Galpão | Foto: Divulgação/ Arquivo Público Antes de ser batizado com o nome de um dos principais artistas brasilienses, o Espaço Cultural Renato Russo era conhecido como Teatro Galpão. O apelido remete aos primeiros anos do local, ainda em 1974, quando os galpões que funcionam como depósitos da extinta Fundação Cultural do DF se transformaram em palcos para a exibição de peças e shows. O primeiro espetáculo exibido foi o sucesso de público e crítica O Homem que Enganou o Diabo e Ainda Pediu Troco, do jornalista Luiz Gutemberg, sob a direção de Lais Aderne. Em 1975, Wladimir Murtinho, então secretário de Educação e Cultura do DF, decidiu ampliar o espaço e rebatizá-lo de Centro de Criatividade – um local que, além do Teatro Galpão, passou a ter galerias de arte e o Galpãozinho. O nome mudou logo em seguida, quando o equipamento passou a se chamar Espaço Cultural 508 Sul. A história do ECRR se confunde com as de artistas brasilienses | Foto: Divulgação/ Arquivo Público Neste período, além das apresentações teatrais, foram integrados ao Teatro Galpão shows musicais com programação eclética capaz de reunir as mais diferentes tribos, de punks a artistas da MPB, todas as segundas-feiras, na Feira de Música. Relação com Renato Russo Um dos grupos musicais a se apresentar no espaço em seu auge foi o Aborto Elétrico, uma das primeiras bandas de Renato Russo, que, posteriormente, foi a responsável pelo surgimento do Capital Inicial e da própria Legião Urbana, ambas em 1982. Frequentador assíduo do equipamento, o também músico André Negão, de 58 anos, esteve nos primeiros shows de Renato Russo no local. “Eu vinha aqui quando ninguém o conhecia, ainda na época do Galpãozinho. Eu vinha ver ele tocando Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo, e o mais engraçado era ver o povo vaiando”, narra. André Negão acompanhou o início da carreira do Legião Urbana no espaço: “O mais engraçado era ver o povo vaiando” | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Ele afirma que o local foi determinante para a própria carreira artística: “Para minha geração, o Espaço Cultural Renato Russo é o berço da cultura brasiliense. Aqui, era um polo de cultura muito forte”. Histórias como a de Renato Russo e André Negão se confundem com as de vários outros frequentadores do equipamento. É o caso de Renato Matos, pioneiro formado nas dependências do ECRR. Hoje, aos 72 anos, o ator, pintor e cantor diz, com orgulho, ter bebido da fonte da cena cultural da época. Fazia questão de estar presente toda semana no endereço. “Foi um dos primeiros locais em que toquei em Brasília; fiz vários shows lá enquanto estava no grupo Pitu. Também participei de peças teatrais. A primeira vez que apresentamos uma peça em Brasília foi lá: Os Saltimbancos”, lembra. Renato Matos: “Naquele tempo não tinha internet, então Brasília tinha mais atenção à cultura local, e lá era um dos lugares mais livres para manifestação da arte” | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Para Matos, o motivo para o sucesso do equipamento era a liberdade para que os artistas locais pudessem produzir no espaço. “Naquele tempo não tinha internet, então Brasília tinha mais atenção à cultura local e lá era um dos lugares mais livres para manifestação da arte. Dava para fazer tudo ali, a vida era efervescente”, lembra. “Eu sigo lá até hoje. Estive, em outubro do ano passado, com uma exposição das minhas pinturas e esculturas de madeira”. Homenagem Anderson Rogê adianta que o ECRR deverá receber em breve uma musiteca | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Em janeiro de 1999, em homenagem ao líder da banda Legião Urbana, o equipamento ganhou o nome de Espaço Cultural Renato Russo, consolidando-se ainda mais como parte essencial da formação artística e cultural da juventude do DF. Nos anos subsequentes à homenagem, o ECRR passou por reformas amplas e estruturais que adequaram o ambiente aos padrões de acessibilidade. “Ao longo desses 50 anos, fomos construindo nosso espaço na cena cultural brasiliense. Hoje, temos cinco salas que atendem à área de artes no sentido geral”, detalha o gerente atual do espaço, Anderson Rogê. Atualmente, o equipamento abrange salas, galerias e teatros com perfis variados para receber apresentações artísticas e culturais de diferentes linguagens. São dois teatros, um cineteatro, galerias para exposições, ateliê de pintura, biblioteca, galpão de artes e mezanino dedicado a atividades diversas, como exposições, shows e saraus. “Será um ambiente para as pessoas discutirem sobre música, ouvirem um disco de vinil. Será permitido trazer seu disco de casa para ouvir aqui, com um grupo de conversa focado na história musical” Anderson Rogê, gerente do ECRR Outro ambiente recém-inaugurado foi a nova gibiteca, que estava fechada há quase dez anos. Com um investimento de R$ 60 mil, o Governo do Distrito Federal (GDF) deu cara nova ao local, tão importante para a formação de ilustradores e quadrinistas brasilienses. São quase 25 mil exemplares de revistas em quadrinho no acervo. E há mais por vir. Em breve, o local passará a ter também uma musiteca. “Será um ambiente para as pessoas discutirem sobre música, ouvirem um disco de vinil. Será permitido trazer seu disco de casa para ouvir aqui, com um grupo de conversa focado na história musical”, explica Rogê. “Nossa expectativa é inaugurar esse novo espaço no primeiro semestre”. Gestão e programação O ECRR é gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec) em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Janela das Artes, responsável pela definição da programação mensal gratuita para cada uma das salas, galerias e teatros. George Obara é diretor do Grupo Cultural Obará e dá aulas de percussão e dança afro nas salas do ECRR. Ele classifica como “mágica” a oportunidade de poder lecionar nas dependências de um lugar ícone da cultura brasiliense. “O grupo Cultural Obará é um dos primeiros em Brasília a disseminar a cultura e a arte negra, a valorização do povo preto desde a sua culinária até suas danças, artes cênicas”, ressalta. O professor diz guardar experiências marcantes ou memórias especiais no endereço. “A gente realizou o primeiro seminário de cultura negra de Brasília no Espaço Cultural Renato Russo. Eu acho que isso é um grande marco”, pontua.

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Clubes de leitura voltam ao formato presencial

Dois equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) retomam encontros presenciais para amantes da literatura. Os clubes de leitura do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), na 508 Sul, e da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), próxima à Rodoviária do Plano Piloto, voltam motivados pelas escolhas de duas obras aclamadas. O Clube de Leitura do ECRR promove nesta quarta-feira (8) uma sessão para discutir o livro mais recente da iraquiana Dunya Mikhail, A Tatuagem do Pássaro (2020), finalista do mais prestigioso prêmio do mundo árabe em 2021 (International Prize for Arabic Fiction). Já no dia 23, na BNB, os leitores se debruçam sobre o primeiro romance do baiano Itamar Vieira Júnior, vencedor do Jabuti de 2020, Torto Arado (2019). Os dois clubes dos espaços culturais da Secec têm como objetivo promover trocas de impressões entre pessoas leigas, que dividem o gosto pela leitura e cultivam o hábito  de conversar sobre livros. Isso sem as inibições que costumam surgir em debates acadêmicos, onde o conhecimento de especialistas tende a monopolizar leituras e pautar os debates. O Clube de Leitura da BNB se reunirá no próximo dia 23 para discutir o romance ‘Torto Arado’, de Itamar Vieira Júnior, vencedor do Jabuti de 2020 | Foto: Téo Pini “Eu frequento o clube [do ECRR] desde o segundo encontro e acho que participei de metade das reuniões até hoje. Escolhi participar porque adoro literatura, e queria um espaço onde pudesse conhecer novas obras e autores e conviver com pessoas que também gostam de leitura”, revela a servidora pública Mariana Miguel, moradora do Noroeste. Mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com predileção por autores contemporâneos, ela entende que “a interação presencial acaba sendo mais rica e fluindo melhor”. A servidora já terminou a leitura do livro que abre a temporada de debates literários. “Não conhecia a autora, li pouca coisa do Oriente Médio, mas me apaixonei pela obra, pela delicadeza da autora, apesar da dureza do tema”, justifica. Em A Tatuagem do Pássaro, Dunya Mikhail narra a luta de mulheres que sofreram com escravidão sexual naquela parte do mundo. O advogado Samuel Suaid, morador da Asa Norte, frequenta os encontros no Clube de Leitura da 508 Sul desde junho de 2020, quando a atividade era realizada remotamente. “Escolhi lá porque é um local repleto de magia e encantamentos proporcionados pela arte, o que deixa o lugar prazeroso de frequentar”, explica. Também se sente aliviado com a possibilidade de encontrar as pessoas: “Os encontros presenciais proporcionam um nível de interação melhor. A comunicação fica mais espontânea e fluida, dando oportunidade de compartilhar petiscos, o que deixa o ambiente mais agradável”. Ele está acabando de ler A Tatuagem do Pássaro, e também conta que ainda não conhecia a autora. “Eu tive contato com a literatura do Oriente Médio há muito tempo, porém não me aprofundei. Para mim, que sou descendente de família árabe, é muito interessante”, avalia. Os encontros no Renato Russo são realizados na Biblioteca de Artes Ethel de Oliveira Dornas, uma vez por mês, às 19h. O clube começou em 2020 e promoveu 18 encontros até hoje, entre presenciais e remotos, com média de oito participantes cada. “Procuramos obras da literatura contemporânea, uma maneira de atrair o público que também quer entender o que está acontecendo no mundo hoje”, explica a bibliotecária Margareth Ribeiro Moura, servidora do local. Essa pegada acaba levando as escolhas para prateleiras menos visadas. Os temas selecionados para os dois próximos meses levarão o público a tomar contato com uma escritora hispano-americana, em março, e outra de literatura indígena brasileira, em abril. O suspense pelo nome das obras será desfeito, em breve, no grupo de transmissão do clube no WhatsApp, e no encontro presencial agendado para o dia 8 haverá votação do título entre os presentes. Leitura planejada  Por outro lado, a previsão das leituras de quem participa do Clube do Livro da BNB é sem suspense. A lista de livros já está fechada até novembro e passeia por clássicos como O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway (que será tema da leitura de julho); Frankenstein, de Mary Shelley (em agosto) e o mineiro Fernando Sabino, com seu O Encontro Marcado (em outubro), obras integrantes de qualquer lista dos maiores. (Veja lista completa ao final) “Esperamos que, dessa forma, os leitores tenham mais tempo para se programar com as leituras, providenciar os livros, organizar o calendário”, explica a servidora da BNB Vandliny Paiva, uma das seis pessoas na maior biblioteca pública de Brasília que se revezam no trabalho de mediação dos encontros mensais, sempre às 18h30. Vandliny lembra que um dos fatores que podem desmotivar os interessados em participar de clubes desse tipo é a dificuldade de acesso ao livro. Como exemplo, ela cita o caso de Torto Arado, que muito se popularizou nos últimos meses e que só tem um exemplar na BNB, atualmente emprestado. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A museóloga Luiza Moreth está relendo o livro escrito por Itamar Vieira Júnior. A obra conta a saga de duas irmãs marcadas por um terrível acidente na infância que as une para sempre de maneira dramática. Moradora do Núcleo Bandeirante, Luiza frequenta o círculo literário da BNB desde o início do ano. “Minha expectativa é poder aprender com as impressões de colegas, compartilhar as minhas e fazer amizades”, revela. O professor da Secretaria de Educação Rodrigo Silva de Santana atua na sala de Recursos de Altas Habilidades e Superdotação em Linguagens, em Santa Maria, e já acompanhava o Clube de Leitura da BNB pelas redes sociais. Ele não havia participado de nenhum dos encontros, pois estava aguardando a volta dos eventos na biblioteca. “Sempre tive vontade de participar de encontros literários presenciais, mas nunca tive oportunidade; e, com o primeiro encontro, pude perceber o quanto é maravilhoso estar reunido com pessoas, discutindo uma das minhas paixões”, afirma o morador de Valparaíso de Goiás. A BNB realizou 38 encontros desde junho de 2019, com média de público de 17 pessoas entre as sessões presenciais, anteriores à pandemia da covid-19, e as remotas. A curadoria conta com sugestões dos participantes de um grupo de WhatsApp e no Instagram da BNB. Serviço ? Clube de Leitura do Espaço Cultural Renato Russo Local: CRS 508, W3 Sul, Bloco A, Loja 72 – Biblioteca de Artes Ethel de Oliveira Dornas Próximo encontro: dia 8 (quarta-feira), às 19h Livro: A Tatuagem do Pássaro (2020), de Dunya Mikhail Clique aqui para participar do grupo de WhatsApp ? Clube de Leitura da Biblioteca Nacional de Brasília Local: Setor Cultural Sul, Lote 2 – Edifício da Biblioteca Nacional, foyer do auditório, 1º andar Próximo encontro: dia 23 (quinta-feira), às 18h30 Livro: Torto Arado (2019), de Itamar Vieira Júnior Clique aqui para participar do grupo de WhatsApp Confira a lista de livros dos próximos encontros do Clube de Leitura da BNB – Março: Tema: Autora brasileira premiada Livro: A Vestida, de Eliana Alves Cruz Data: 29/3 – Abril: Tema: Prêmio Candango de Literatura Livro: Etelvina, de Marcílio Godoi Data: 26/4 – Maio: Tema: Literatura indígena Livro: Nós – Uma Antologia de Literatura Indígena, de vários autores Data do encontro: 31/5 – Junho: Tema: Literatura italiana Livro: A Filha Perdida, de Elena Ferrante Data do encontro: 28/6 – Julho: Tema: Clássico internacional Livro: O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway Data do encontro: 26/7 – Agosto: Tema: Clássico de terror Livro: Frankenstein, de Mary Shelley Data do encontro: 30/8 – Setembro: Tema: Literatura chinesa Livro: Balzac e a Costureirinha Chinesa, de Dai Sijie Data do encontro: 27/9 – Outubro: Tema: Centenário de nascimento Livro: O Encontro Marcado, de Fernando Sabino Data do encontro: 25/10 – Novembro: Tema: Ficção científica Livro: A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K. Le Guin Data do encontro: 29/11. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Espaço Renato Russo e Cine Brasília se modernizam e ampliam programação

Equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Cine Brasília e o Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) estão sob termo de colaboração com duas organizações da sociedade civil (OSCs), selecionadas por chamamento público. Nessa gestão compartilhada, a expectativa é de que os espaços dialoguem mais com a sociedade, ampliem a programação e modernizem o atendimento ao espectador, num modelo de parceria já testado, com sucesso, em todo o país. O investimento é de R$ 4 milhões. Com repasse de R$ 2 milhões, serão desenvolvidas, em 14 meses, estratégias e ações para incrementar a programação do Cine Brasília, além de instalação de internet gratuita aos usuários e manutenção dos banheiros | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Enquanto, no Renato Russo, a gestão com a entidade não governamental apresenta programação mais intensa, com a volta das clássicas oficinas de artes visuais, a parceria com o Cine Brasília entra em fase de implementação com a expectativa de trazer filmes de qualidade à tradicional tela do cinema, patrimônio material da cidade. [Olho texto=”“Os equipamentos desempenham papel fundamental na implementação das políticas públicas de cultura e, em especial, na promoção da economia criativa. E o Renato Russo cumpre essa missão pela multifuncionalidade de cada espaço, que atua como laboratório de novas propostas e ideias artísticas”” assinatura=”Aquiles Brayner, subsecretário de Patrimônio Cultural” esquerda_direita_centro=”direita”] “Trata-se de duas usinas culturais que precisam espelhar programações pulsantes e de qualidade. O Renato Russo com as origens do teatro de resistência no Galpão e Galpãozinho e, agora, com a reabertura da gibiteca TT Catalão. O Cine Brasília com a presença imponente da obra de Niemeyer e o abrigo do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro”, contextualiza o secretário Bartolomeu Rodrigues. Ebulição no Renato Russo Encarregada de gerir o Renato Russo, a OSC Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade faz jus a repasse de R$ 2 milhões, com duração de dois anos a contar de abril passado. O projeto de ocupação do equipamento “visa a estimular a manutenção do espírito do espaço, voltado para formação continuada, convivência livre e espontânea, pesquisa, experimentação, intercâmbio, residência, promoção cultural e a participação social.” “Os equipamentos desempenham papel fundamental na implementação das políticas públicas de cultura e, em especial, na promoção da economia criativa. E o Renato Russo cumpre essa missão pela multifuncionalidade de cada espaço, que atua como laboratório de novas propostas e ideias artísticas”, avalia o subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Brayner. Frequentador do local desde 1994, o professor-doutor Lima Neto, pesquisador de história em quadrinhos, acredita que o movimento do Espaço Cultural Renato Russo vai se beneficiar à medida em que se intensificar a programação cultural, como a abertura das oficinas. Ele sugere que locais específicos do espaço, como a Gibiteca, passarão a ser mais visitados. A reabertura da Gibiteca TT Catalão é uma das ações que representa a multifuncionalidade do Espaço Cultural Renato Russo | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília O artista visual Valdério Costa, que trabalha, principalmente, com xilogravura, tema de sua oficina a ser realizada no espaço, acredita que o equipamento está “num momento maravilhoso”. “Recentemente, vi um espetáculo de mamulengos belíssimo, além de uma exposição voltada para a poesia e o teatro”. Valdério também é fã da Gibiteca. “É justa homenagem a TT Catalão, com obras de um dos maiores desenhistas do Brasil, que é o Jô Oliveira”, elogia. Cartão de visitas do Renato Russo, a reabertura da Gibiteca TT Catalão é uma referência em histórias em quadrinhos no DF, com seus 120 metros quadrados que abrigam 23 mil exemplares de diversos gêneros: revistas e livros de super-heróis, mangás, gibis infantis e graphic novels. A gestão compartilhada do Renato Russo apresenta programação intensa, com estímulo à participação popular | Foto: Hugo Lira/Secec Conselheira Regional de Cultura do Plano Piloto, Cleide Soares endossa a avaliação positiva: “Acompanho as atividades de retomada do Espaço Cultural Renato Russo com muita esperança e entusiasmo. Neste tempo de tantas dificuldades, o espaço, com sua programação popular, dialoga e interage com a comunidade. A gente percebe, em cada detalhe, no zelo, na programação, na atração de público, esse espírito de vizinhança, de pertencimento à comunidade. Me faz lembrar muito da empolgação do TT Catalão nos tempos de começo do espaço, como se estivéssemos cuidando de casa”. Cleide celebra a abertura do espaço para os artistas locais e para a formação de público de arte e cultura. “Celebramos cada espaço cultural aberto para o povo neste tempo complexo. As pessoas precisam de entretenimento, do encantamento artístico e da reflexão cultural para desenvolver senso estético e interpretação crítica. Arte é necessidade básica de uma sociedade”, aponta Cleide. A atriz Camila Guerra, da Agrupação Teatral Amacaca (ATA), fundada por Hugo Rodas (1939-2022), cujo nome acaba de rebatizar o Teatro Galpão, testemunha a força com que voltam as manifestações culturais no local. “No Espaço Renato Russo, a gente observa que vai ser um ano de muita atividade cultural. Ainda bem, porque a cultura é uma parte muito importante de nossa vida, de muita movimentação crítica, estética, de fruição, que não pode ser deixada de lado na vida dos brasilienses.” [Olho texto=”“O Cine Brasília voltará com mais brilho na sua programação. Esta gestão pretende manter o espírito de diversidade e excelência artística na programação cinematográfica, com filmes de qualidade a preços populares na programação comercial e gratuidade de ingressos em muitas mostras temáticas e em parcerias com embaixadas”.” assinatura=”Angela Inácio, subsecretária de Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cine Brasília modernizado No início de maio, a Secec selecionou a OSC Box Companhia de Arte para gestão compartilhada do Cine Brasília. A entidade tem R$ 2 milhões no termo de colaboração para desenvolver, em 14 meses, estratégias e ações para incrementar a programação e modernizar o equipamento. Além de voltar a ter uma programação comercial regular a preços mais acessíveis (R$ 10 a meia-entrada), com bilheteria aceitando cartões e transferência por pix, esses recursos financiarão internet gratuita aos usuários, água mineral e manutenção de instalações, como os banheiros. Subsecretária de Economia Criativa, Angela Inácio, afirma que “o Cine Brasília voltará com mais brilho na sua programação. Esta gestão pretende manter o espírito de diversidade e excelência artística na programação cinematográfica, com filmes de qualidade a preços populares na programação comercial e gratuidade de ingressos em muitas mostras temáticas e em parcerias com embaixadas”. A gestão compartilhada inclui consultorias para que o “templo do cinema brasileiro”, como é conhecido o equipamento projetado por Oscar Niemeyer, inaugurado em 1960, também ganhe uma loja e um café-bistrô. A nova programação, além de se manter fiel ao espírito de equipamento vocacionado para a formação de público de cinéfilos, vai se fortalecer com a participação da sociedade civil por meio de curadorias especiais, que se somarão à curadoria do Cine Brasília na definição de produções a serem exibidas. As parcerias com entidades representativas das linguagens de minorias vão promover inclusão e diversidade na programação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos objetivos da parceria é cumprir a Lei do Curta. O documento legal de 1977, que enfrentou a resistência da indústria cultural e de exibidores, determinava que curtas feitos em 35 mm, de cinco a 30 minutos de duração, precedessem a exibição de produções estrangeiras. O diretor de Eduardo e Mônica, Renê Sampaio, dá sua receita para o rumo que deve tomar a gestão do espaço de 606 assentos: “Acredito que é importante ter uma programação consistente e constante, que exiba filmes nacionais e internacionais de qualidade e do circuito de arte”, afirma. “E considero igualmente importante abrir as portas, eventualmente, para filmes de apelo comercial. Essa mistura cria e fideliza o público. Promover temporadas de ingressos a preços populares também é fundamental. Eduardo e Mônica teve ótimo público na pré-estreia no Cine Brasília e também quando entrou em cartaz na sala”, acrescenta. A diretora-geral do Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF), Anna Karina de Carvalho, uma das curadoras da 52ª edição do Festival de Brasília, em 2019, defende que a nova gestão não deixe de privilegiar as mostras gratuitas e festivais que já tradicionalmente acontecem no espaço. “Isso é muito importante. O nosso templo não pode deixar de ser um ponto de encontro anual, não só durante o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, mas em todas as outras grandes mostras”, defende Anna Karina. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Teatro Galpão levará nome de Orlando Brito

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou, na tarde desta sexta-feira (11), que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) transforme o Teatro Galpão, localizado no Espaço Cultural Renato Russo, em Teatro Galpão Orlando Brito, numa homenagem a um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, morto nesta madrugada. Maior sala do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, o Teatro Galpão será rebatizado para homenagear o fotógrafo Orlando Brito | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Pioneiro de destaque, que chegou ao Distrito Federal em 1956, sensível, mesclou jornalismo e arte com suas fotografias reveladoras, elevando internacionalmente o nome da nossa cidade como um ícone do jornalismo fotográfico”, escreveu o governador em sua conta do Twitter. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Há quase 46 anos, nascia o Teatro Galpão, onde hoje funciona o Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul. Maior sala do espaço cultural, o Teatro Galpão conta com uma ampla estrutura física de caráter multifuncional, sistemas de sonorização e iluminação e capacidade para até 400 pessoas. “Rebatizar o Teatro Galpão com seu nome é dimensionar a importância de Orlando Brito, que fez um recorte profundo da política brasileira por meio de seu olhar e sensibilidade artística”, disse o secretário Bartolomeu Rodrigues, que fez ofício solicitando que o corpo do fotógrafo seja enterrado na “Ala dos Grandes Pioneiros de Brasília”, no Campo de Esperança. Carreira brilhante Fotos de Orlando Brito abriram o Museu de Arte de Brasília para a visitação, em junho passado, depois de 14 anos de abandono do espaço | Foto: Reprodução/Facebook Mineiro de Janaúba, Orlando Brito começou de forma autodidata em 1965, como laboratorista do jornal “Última Hora”, em Brasília. Dois anos depois, já era fotógrafo, emendando uma carreira em grandes redações como “O Globo” e “Veja”. Em junho, fotos de Orlando Brito abriram o Museu de Arte de Brasília para a visitação depois de 14 anos de abandono. Foram exibidas 18 fotografias, realizadas entre 1966 e 2021, imagens do período da ditadura militar, das “Diretas Já” e da pandemia da covid-19. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa  

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Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo vai reabrir após quase dez anos

Já são quase dez anos que a Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, está fechada. Importante na formação de ilustradores e quadrinistas brasilienses, o local voltará a ser espaço de efervescência com a reabertura prevista para o primeiro semestre de 2022. A gibiteca foi fechada em 2013 para reforma, que só foi concluída em 2019, garantindo acessibilidade e um sistema de prevenção a incêndios. No segundo semestre daquele ano começaram os trabalhos para desencaixotar o acervo. Com a pandemia de covid-19, ficou impossibilitada a continuidade dos serviços, que foram retomados em 2022, com seleção e catalogação dos 25 mil gibis do acervo atual. Com a estrutura já reformada, o espaço aguarda apenas a chegada do novo mobiliário para a reinauguração | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com a estrutura já reformada, o espaço aguarda apenas a chegada do novo mobiliário – que terá novas estantes e outros itens – para a reinauguração. Ao todo, serão investidos R$ 60 mil pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). [Olho texto=”25 mil gibis compõem o acervo da Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””] “A reabertura deve ser ainda neste semestre. A gente já está pensando em um mês de atividade nessa linguagem dos quadrinhos, com exposição e encontro de quadrinistas. Tenho certeza que após a reinauguração teremos uma programação efetiva e sistemática”, explica a gerente do Espaço Cultural Renato Russo, Marmenha Rosário. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, se mostra animado com a iniciativa. “A gibiteca é um espaço lúdico e uma porta de entrada das crianças para o gosto e o prazer da leitura. Reabrir a Gibiteca da Renato Russo é apostar no sonho e no futuro”, diz. Importância e legado A gerente do Espaço Cultural Renato Russo, Marmenha Rosário, afirma que a reabertura deve ocorrer ainda neste semestre. “A gente já está pensando em um mês de atividade nessa linguagem dos quadrinhos, com exposição e encontro de quadrinistas”, diz A expectativa é que a gibiteca volte a ter a mesma importância que teve durante o período de auge do Espaço Cultural Renato Russo, entre os anos 1980 e 1990. “A gibiteca é uma parte muito importante [da 508 Sul], uma área em que as crianças faziam cursos de gravura e de desenho e passavam muito tempo aqui em meio a essa coleção de gibis. Muitos desenvolveram suas artes aqui. Há toda essa relação afetiva com o espaço”, afirma Marmenha Rosário. [Olho texto=”“Sinceramente desejo que, mantendo os protocolos de segurança necessários durante a pandemia, a gibiteca e o Espaço Cultural Renato Russo permaneçam abertos, influenciando, revolucionando e unindo gente interessante para sempre”, afirma o ilustrador e cartunista Gabriel Góes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O ilustrador e quadrinista Gabriel Góes é um dos tantos jovens artistas de Brasília que tiveram a trajetória profissional impactada pela Gibiteca. “A gibiteca e o Espaço Cultural Renato Russo possibilitaram contato com quadrinhos que eram, na época, de difícil acesso, autores europeus, latino americanos, gibis alternativos americanos, edições especiais, zines esquisitos, xerox de mangás e os famigerados graphic novels. A gibiteca teve um efeito revolucionário em como eu percebia a linguagem e as possibilidades dos quadrinhos, mas foi também um lugar onde encontrei amigos perpétuos”, lembra. Saber da reabertura do espaço animou Góes. “A gibiteca pode conectar os autores e leitores da cidade, Brasília tem uma cena considerável e criativa de quadrinistas que acaba ficando limitada a um círculo pequeno de leitores. Sinceramente desejo que, mantendo todos os protocolos de segurança necessários durante a pandemia, a gibiteca e o Espaço Cultural Renato Russo permaneçam abertos, influenciando, revolucionando e unindo gente interessante para sempre”, completa. Assustado, surpreso e deslumbrado. Foi assim que o pesquisador de histórias em quadrinhos Matheus Calci ficou quando teve contato pela primeira vez com o acervo da gibiteca. Em 2020, ele participou do processo de análise dos títulos como voluntário. “Eles estavam precisando de ajuda de quem conhecesse quadrinhos para dar uma olhada no acervo. Identificar obras raras. Eu topei e comecei a ajudar na organização dos títulos”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Enquanto desencaixotava as publicações, Calci se deparava com parte da história do gênero. “Foi uma surpresa. Tinha quadrinhos ali de muito tempo atrás, obras esgotadas. Tem coleções completas de quase tudo que saía no Brasil nos anos 1980 e 1990. Tiras que saíam em jornais na década de 1950 encadernadas. Tem muita coisa do Mauricio de Sousa. Títulos que nem são mais publicados, publicações brasileiras raríssimas e independentes. É um acervo muito valioso”, define. Devido a essa riqueza, o pesquisador acredita que a reabertura vai fomentar o cenário de quadrinhos. “Fico bastante feliz, porque ao reabrir vai dar oportunidade das pessoas conhecerem quadrinhos. Serve como introdução para novos leitores e um sentimento nostálgico para quem já conhece”, afirma.

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Sete pontos culturais de portas abertas nesta sexta-feira (28)

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) publicou, nesta segunda-feira (24), a Portaria nº 70, que reabre, a partir da sexta-feira (28) sete equipamentos culturais sob sua gestão: Museu Nacional da República (MuN), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, Museu da Cidade (os três formam o Centro Cultural Três Poderes (CC3P),  duas galerias do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) e o Museu de Arte de Brasília (MAB), este último retornando à visitação pública depois de 14 anos fechado. O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), por estar em reforma, vai permanecer fechado até a conclusão da obra. Já o Museu do Catetinho, por não apresentar condições mínimas de funcionamento dentro dos aspectos de segurança do protocolo covid-19 e estar em reforma, também segue fechado. O Espaço Cultural Renato Russo só terá as duas galerias do piso principal em funcionamento. Os demais espaços permanecem fechados. A Concha Acústica está autorizada a receber visitantes, desde que seja realizada exposição de arte em seu interior, ou mediante concessão de autorização especial. Os parques do Museu do Catetinho e do Museu Vivo da Memória Candanga seguem fechados. “Os museus abrem as suas portas de forma segura e sem riscos de aglomerações, tornando-se alternativas prudentes de experiência artística para a população”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Rota segura Seguindo todos os protocolos de segurança previstos pelas autoridades sanitárias, os equipamentos reabrem, em sua maioria, após quase três meses fechados, devido ao segundo período de quarentena instituído para evitar a disseminação da pandemia. Para a volta ao funcionamento normal, esses espaços passaram por um rigoroso processo de limpeza e sinalização de segurança, respeitando as medidas sanitárias necessárias para proteger servidores e visitantes da covid-19. Os locais voltam a propor um diversificado circuito artístico. Espaço Lucio Costa retorna com a exposição Plano Piloto de Brasília, que tem base nas projeções do urbanista Lucio Costa | Fotos: Divulgação/Secec Confira, abaixo, o roteiro de cada um desses espaços culturais. Centro Cultural Três Poderes (CC3P) O gerente interino do CC3P, Ricardo Almeida, destaca a satisfação em reabrir os espaços para a população, com as medidas de segurança cabíveis. “Convidamos todos a conhecerem nossos espaços e conhecer mais sobre a história de Brasília, da democracia e dos heróis nacionais”, reforça. Panteão da Pátria Entre as atrações em cartaz, o espaço cultural localizado no coração de Brasília reabre com a exposição sobre a vida e trajetória política de Tancredo Neves, além do Livro de Aço dos Heróis da Pátria e do Mural da Liberdade de Athos Bulcão. O público ainda poderá conferir o painel  Inconfidência Mineira, de João Câmara, e o vitral de Marianne Peretti. Espaço Lucio Costa O museu retoma com o funcionamento com a mostra Plano Piloto de Brasília, a partir do material projetado pelo urbanista Lucio Costa. Como em uma viagem ao tempo, o visitante tem acesso a fotos e informações históricas, além de uma grande maquete da capital federal. Museu da Cidade Museu traz a sua exposição permanente, com frases talhadas no mármore branco que contam a história de interiorização da capital federal, desde o século 18 até sua inauguração. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 9h às 15h; Lotação do salão: Panteão da Pátria, 20 pessoas; Espaço Lucio Costa, dez ; Museu da Cidade, cinco. Completada a capacidade, será formada fila de espera. É obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Telefone para mais informações: (61) 98355-9870 (WhatsApp). Museu Vivo da Memória Candanga   Museu Vivo da Memória Candanga A gerente do MVMC, Eliane Falcão, celebra a reabertura com a esperança de que em breve tudo possa voltar ao expediente normal. “O Museu Vivo é a morada dos pioneiros da nossa capital. Será mais uma alternativa de passeio cultural possível”, afirma. Exposição Poeira, Lona e Concreto – Com acervo composto pelas edificações históricas, peças, objetos e fotos da época da construção de Brasília, a exposição permanente narra a história da cidade, desde os projetos até a inauguração, em 1960. Cerrado de Pau de Pedro – Esculturas de madeira que remetem ao olhar e ao amor pelo bioma cerrado visto pelo artista popular Seu Pedro de Oliveira Barros. Mostra permanente, com peças feitas com madeiras recolhidas no cerrado. Regras de visitação: De  sexta a domingo, das 10h às 16h, somente para dois salões expositivos. O parque permanece fechado. Lotação do salão: dez pessoas por salão. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3301-3590. Espaço Cultural Renato Russo (ECRR) Espaço Cultural Renato Russo “Temos um cronograma extenso de exposições de excelente qualidade represadas e temos certeza de que o público ficará satisfeito ao nos visitar”, celebra o gestor do local, Renato Santos. Localizado na 508 Sul, o Espaço Cultural Renato Russo reabrirá duas de suas galerias expositivas: Rubem Valentim, com a mostra Mulheres à Margem, e Parangolé, com Anônimos. Mulheres à Margem: Trabalhos de seis artistas mulheres, cada uma apresentando uma linguagem própria para lidar com questões femininas dentro da sociedade. Anônimos: A mostra traz série fotográfica de Armando Salmito. Sob o olhar do artista, a mostra aborda existência e urbanidade, tendo como plano de fundo a cidade de Nova York (EUA). Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h.  Lotação: Galeria Rubem Valentim: 14 visitantes; Galeria Parangolé: sete visitantes. Dentro das galerias, o distanciamento é de 9m² entre visitantes. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 98503-9728 (WhatsApp) Museu Nacional da República Novidade para o público: o Museu da República passou por uma pequena reforma O Museu Nacional preparou novas exposições para sua reabertura. O público poderá conferir mostras inéditas, como as de Alex Vallauri, no expositivo principal; Marcos Amaro, no mezanino; Marçal Athayde, na galeria térreo, e Suyan de Mattos, na Sala 2. Outra novidade é que o museu também passou por uma pequena reforma. “Nós desmontamos a galeria acervo para recuperar a arquitetura original do prédio. Agora, podemos ver o mezanino suspenso por tirantes, sem nenhum pilar, como no projeto original de Oscar Niemeyer. O contato direto com as obras de arte e com o prédio do Museu é algo que queremos incentivar com atenção à saúde coletiva”, destaca a diretora do espaço, Sara Seilert. Decifra-me ou te Devoro – O Enigma da Cidade – Do maranhense Marçal Athayde. Traz a produção recente de telas e esculturas do artista radicado no Rio de Janeiro. Reúne 32 obras que abordam as relações e tensões entre o sujeito e a cidade. Alex Vallauri – Retrata, por meio de andaimes verdes e tapumes intercalados, uma invasão urbana no ambiente expositivo tradicional e patrimonial. São cartazes, obras, estruturas, andaimes, ruídos estênceis. A cidade está em constante transformação neste exato segundo. Combinam-se experiências e ações espontâneas que compõem contextos urbanos. O Poço – Do artista Marcos Amaro, é o segundo ato do projeto Ontologias, um estudo experimental expandido, cujo conceito parte principalmente da interpretação filosófica da natureza do ser, da existência e da realidade. Além de um conjunto de cinco desenhos, O Poço tem como peça central uma obra homônima, que traz no fundo de sua estrutura um espelho. Suyan de Mattos – O público poderá enxergar que a dor é subjetiva, complexa e difícil de definir. Há dez anos, a artista adoeceu e passou a sentir dor diariamente. A partir de então, mudou a sua linguagem da pintura para o bordado. Essa técnica passou a significar ativar e misturar suas experiências de vida para produzir um padrão individual e inimitável. Regras de visitação: De sexta a domingo, das 10h às 16h. Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera. Obrigatório o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool gel. Informações: (61) 3325-5220. Museu de Arte de Brasília (MAB) Com prédio entregue à população em 21 de abril deste ao, aniversário de 61 anos de Brasília, o Museu de Arte de Brasília (MAB) volta a receber o público depois de 14 anos fechado. Nesse momento, a ocupação artística abrange hall, pilotis e área externa do museu, com mostra fotográfica de Orlando Brito (pilotis), gravuras de Tarsila do Amaral (hall) e esculturas que ocupam o jardim. “Desde a fundação do MAB, as diferentes gestões que se sucederam desejaram ou tentaram criar um parque de esculturas na região do museu, ideia que se materializou nessa reabertura. O parque foca na produção de autores de Brasília que demonstram diferentes aspectos da produção dessa forma de arte na capital”, destaca o gerente do local, Marcelo Gonczarowska. Regras de visitação: De quarta a segunda-feira, das 9h a 21h. Fechado às terças-feiras. Capacidade: pilotis – 140 pessoas; hall – 15. Obrigatório uso de máscara, controle de temperatura e espaçamento entre as pessoas; álcool gel disponível. Informações e agendamento de visitas guiadas para grupos: mab@cultura.df.gov.br. Em todos os espações museológicos da Secec, a recomendação é que o visitante não toque na superfície das obras de arte, mesmo aquelas que estão ao ar livre e tenham concepção interativa. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

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