Protocolos de manejo de diabetes gestacional são reforçados no DF
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) reforçou ações de diagnóstico e acompanhamento de gestantes com diabetes. A iniciativa se alinha às novas diretrizes publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro. A doença afeta uma em cada seis grávidas no mundo e demanda cuidado especializado para prevenir complicações maternas e neonatais. Segundo a OMS, mais de 21 milhões de gestantes enfrentam diabetes a cada ano. Na capital federal, a SES-DF já possui estrutura consolidada para identificar precocemente a doença e garantir atendimento especializado. O pré-natal de risco habitual segue protocolos internacionais, realizando glicemia de jejum no primeiro trimestre e, quando necessário, o teste oral de tolerância à glicose para diagnosticar diabetes gestacional. Unidades de saúde em todas as regiões do DF contam com profissionais como endocrinologistas e nutricionistas para atendimento a pacientes de diabetes gestacional | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O ginecologista Marcelo Cronemberger, do ambulatório de pré-natal de alto risco do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), explica que a rede está preparada para acolher e acompanhar grávidas com a doença. “A partir do diagnóstico, seja de diabetes gestacional, seja de diabetes pré-existente, como tipo 1 e tipo 2, a paciente é imediatamente regulada para o pré-natal de alto risco. Todas as regiões de saúde contam com serviços especializados para esse atendimento”, destaca. A SES-DF mantém equipes multiprofissionais em várias unidades de alto risco, incluindo endocrinologistas, nutricionistas, profissionais de enfermagem qualificados e pré-natalistas especializados. Esses profissionais atuam de forma integrada em controle glicêmico, definição do uso de medicamentos, orientação alimentar, monitoramento de comorbidades e avaliação do desenvolvimento fetal. “O bom controle glicêmico antes da concepção reduz o risco de malformações, abortamentos e intercorrências nos primeiros meses de gestação” Marcelo Cronemberger, ginecologista Cronemberger reforça que o cuidado começa idealmente antes mesmo da gestação. “Para mulheres com diabetes tipo 1 ou tipo 2, é fundamental planejar a gravidez. O bom controle glicêmico antes da concepção reduz o risco de malformações, abortamentos e intercorrências nos primeiros meses de gestação”, explica. Na hora do parto As novas diretrizes da OMS também orientam sobre o manejo durante o parto. Recomenda-se que a decisão sobre a idade gestacional segura para realização do parto seja individualizada e baseada no tipo de diabetes, no controle da glicemia e nas condições clínicas da mãe e do bebê. A SES-DF já adota esse modelo de atendimento, pautado em evidências e análise de risco. O diabetes é uma das condições crônicas que mais avançam no mundo e já afeta mais de 800 milhões de pessoas. A SES-DF busca fortalecer a linha de cuidado materno-infantil e garantir assistência qualificada, a fim de reduzir complicações e promover gestações mais seguras. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran realiza 600 atendimentos para identificar lesões suspeitas de câncer de pele
As portas do ambulatório do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) estiveram abertas neste sábado (13) em uma força-tarefa para o diagnóstico de câncer de pele. Ao longo de seis horas, das 9h às 15h, 600 atendimentos foram realizados com o objetivo de identificar precocemente lesões suspeitas de câncer de pele e orientar a população sobre prevenção e cuidados essenciais. Após consulta médica, 40 remoções cirúrgicas puderam ser realizadas de forma imediata na unidade de saúde. Outros 50 pacientes tiveram procedimentos agendados para os próximos meses, que serão efetuados, além do próprio Hran, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ou no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB). Otávio Ruela, 90, e Maria das Dores de Souza, 86, foram os primeiros a serem atendidos. A posição foi garantida com o apoio de familiares que se revezaram na fila desde o fim da tarde anterior, sexta-feira (12). Logo nos primeiros minutos de atendimento, ambos entraram para a sala de cirurgia. Do lado de fora, quem os aguardava eram os filhos, o casal Edimar Ruela, 59, e Marilene Alves, 51. Otávio Ruela, 90, e Maria das Dores de Souza, 86, foram os primeiros a serem atendidos. Logo nos primeiros minutos de atendimento, ambos entraram para a sala de cirurgia | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF "Desde o início do ano que eu estou torcendo para esse dia chegar”, afirma o filho de Otávio na companhia da esposa. O pai teve lesões identificadas nos últimos meses, enquanto a sogra concluiu tratamento para câncer de pele há cerca de três anos. "A gente conhece alguns dos profissionais que estão aqui. Sabemos que nossos pais estão em boas mãos", garante Marilene. Voluntários A força-tarefa reuniu quase 60 médicos e outros 20 profissionais de diferentes formações. Neste grupo de voluntários, havia bastante comprometimento e paixão. "Eu nasci para cuidar de pessoas. Aqui é a minha casa", demonstrava a enfermeira Claudia Brito. Não à toa, foram quase trinta anos de atuação no Hran. Aposentada em 2014, os últimos 15 anos de profissão foram dedicados ao setor de dermatologia da unidade. Já tendo participado do Dezembro Laranja em anos anteriores, não teve dúvidas ao aceitar o convite para atuar como voluntária nesta edição. "Eu sou apaixonada por dermatologia. É o que eu gosto de fazer. Fui cada vez mais estudando… Essa paixão está aqui comigo até hoje", resume a profissional. Dezembro Laranja Os atendimentos gratuitos são uma das principais ações do Dezembro Laranja, coordenado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A campanha chama a atenção para a importância do autocuidado e da realização do check-up anual com o dermatologista, medidas essenciais para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele. Desde 1999, essa iniciativa já somou mais de 600 mil consultas e identificou mais de 75 mil casos de câncer cutâneos. Este ano são mais de 100 postos em todo o país e colaboração de mais de 2 mil médicos dermatologistas voluntários. Ao longo de seis horas, das 9h às 15h, 600 atendimentos foram realizados no Hran com o objetivo de identificar precocemente lesões suspeitas de câncer de pele Segundo a preceptora da residência de dermatologia do Hran e presidente da SBD no Distrito Federal, Letícia Oba, a força-tarefa contribui de modo determinante. "A intenção aqui é ser resolutivo. A gente já faz algumas cirurgias hoje, deixa outras agendadas. É uma forma de acelerar o acesso da população à assistência especializada", explica. *Com informações da SES-DF
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Hran recebe força-tarefa para diagnóstico de câncer de pele
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) recebe, neste sábado (13), uma ação da campanha Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre o câncer de pele. A força-tarefa busca diagnosticar e orientar a respeito da doença, de cuidados preventivos e de tratamentos. O ambulatório da unidade vai atender das 9h às 15h. Haverá distribuição de senhas, de acordo com a ordem de chegada. A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que articula assistência gratuita em diversas capitais do país. No Distrito Federal, serão feitos cerca de 600 atendimentos, realizados por médicos dermatologistas voluntários e associados à SBD. Quem for diagnosticado com suspeita de câncer de pele poderá agendar a cirurgia ou passar pelo procedimento no mesmo dia, dependendo da disponibilidade de material e da equipe | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília Os pacientes com suspeita diagnóstica de câncer de pele poderão ser submetidos à cirurgia no mesmo dia, mediante disponibilidade de material e da equipe de profissionais. Aqueles com diagnóstico positivo para a doença e que não forem operados no mesmo dia terão os procedimentos agendados pela equipe da dermatologia do Hran e do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Dezembro Laranja A campanha Dezembro Laranja alerta para a realização de exames anuais com um médico dermatologista, a fim de identificar precocemente lesões provocadas pelo câncer de pele. A campanha ocorre no mês de início do verão, quando a exposição ao sol aumenta. [LEIA_TAMBEM]Entre os sintomas de alerta para o câncer de pele estão: manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas difíceis de cicatrizar. O câncer de pele é o mais frequente tipo de câncer no Brasil e no mundo. A doença provoca um crescimento anormal e descontrolado das células e representa 30% de todos os diagnósticos que acometem a pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa nacional para o triênio de 2023 a 2025 aponta para 704 mil casos novos. O uso de protetor contra as radiações UVA e UVB e fator de proteção solar (FPS) mínimo de 30 é uma das principais medidas preventivas. Além disso, roupas com proteção UV e chapéus de abas largas podem ser grandes aliados. Serviço Força-tarefa para diagnóstico de câncer de pele no Hran Data: sábado (13) Local: ambulatório do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Horário: 9h às 15h (atendimento por ordem de chegada) *Com informações da Secretaria de Saúde
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Novo aparelho do Hran garante mais segurança a pacientes com fissura palatina
Na última quarta-feira (3), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) realizou o primeiro procedimento cirúrgico utilizando o motor de vibração ultrassônica Piezo, tecnologia responsável pela retirada do osso da bacia para reconstrução da parte óssea da face. Adquirido recentemente pela unidade, o equipamento amplia o conforto, a precisão e a segurança dos pacientes, em especial daqueles com fissuras palatinas. O primeiro paciente foi Felipe Alves, 12 anos, nascido com fenda palatina e lábio leporino. A mãe dele, Lorena Alves, 34, conta que todo o tratamento, incluindo diversos procedimentos cirúrgicos ao longo dos anos, foi realizado no Hran com excelência. “O hospital sempre esteve de portas abertas. A equipe e os médicos são ótimos, estão sempre atentos e prontos para nos receber”, relatou. O novo aparelho leva mais tranquilidade e mais segurança à equipe médica e aos pacientes | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF Sobre a cirurgia com o novo aparelho, Lorena demonstrou ansiedade, mas se manteve tranquila diante da capacidade e eficiência da equipe. “Apesar de ele já ter feito várias cirurgias, cada uma é diferente da outra. É uma emoção. Mas eu confio muito na equipe, eles estudam bastante o caso e estou confiante porque cada vez tem algo a melhorar”, emocionou-se. Cirurgia O procedimento realizado em Felipe retira um fragmento do osso da região da bacia do paciente e o insere na boca, melhorando o arco maxilar. O osso da bacia é utilizado devido à alta compatibilidade com a região maxilar, permitindo a continuidade do tratamento. Antes da aquisição, a extração óssea era feita com ferramentas manuais como martelo e outros instrumentos, o que poderia traumatizar a região e resultar em maiores dificuldades na recuperação pós-operatória, maior danificação de tecidos moles, com edema [inchaço] e demora na recuperação. Antes da compra do novo aparelho, a extração óssea era feita com ferramentas manuais, como martelo e outros instrumentos, o que poderia traumatizar a região Segundo o coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissuras Labiopalatinas do Hran, Marconi Delmiro, o aparelho facilita o procedimento tanto para os profissionais quanto para os pacientes. “Com o novo instrumento, esses cortes ósseos serão realizados com mais precisão. Além disso, vai diminuir o tempo cirúrgico, o sangramento, o edema e o risco de necrose. Ou seja, é um grande avanço para a melhoria do atendimento”, explicou. O que é a fissura palatina? As fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas mais comuns entre as que ocorrem na cabeça e no pescoço. Estima-se que, no Brasil, haja um caso de fissura a cada 650 nascimentos. A condição ocorre quando o céu da boca não se fecha completamente durante o desenvolvimento do feto e pode vir associada à fissura labial. Se não tratada, pode causar problemas de alimentação, fala, respiração, audição e comprometimento psicológico. Referência [LEIA_TAMBEM]O Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran é referência na região Centro-Oeste. O ambulatório se destaca pela excelência no tratamento oferecido pela equipe interdisciplinar. O diagnóstico precoce é essencial, pois garante a orientação adequada, especialmente sobre a alimentação, bem como encaminhamento para serviços de referência com equipe multiprofissional. O agendamento no ambulatório é realizado todas segundas-feiras, das 14h às 18h, no corredor laranja do ambulatório do Hran. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Projeto destaca o papel do cuidado farmacêutico na Atenção Primária à Saúde
Com o tema “Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária à Saúde: Conhecer para Fortalecer”, foi iniciado, na terça-feira (21), o projeto que busca fortalecer e qualificar as práticas do cuidado farmacêutico na Atenção Primária à Saúde (APS). A iniciativa tem como foco o uso seguro e racional de medicamentos, o incentivo à adesão terapêutica e a melhoria dos desfechos em saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Autora do projeto “Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária nas UBSs”, a farmacêutica Anna Giomo, da UBS 1 do Cruzeiro, relatou: “Em poucos atendimentos, é possível perceber mudanças significativas, como em casos de pacientes com diabetes e hipertensão que passaram a fazer o uso correto da medicação e apresentaram melhoras nas condições de sua saúde” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Realizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o evento reuniu profissionais das diretorias e gerências regionais de APS da Região de Saúde Central, que abrange Asa Norte, Asa Sul, Cruzeiro, Lago Norte, Lago Sul, Varjão e Vila Planalto, além de representantes dos conselhos Regional (CRF-DF) e Federal de Farmácia (CFF) e do Ministério da Saúde. O encontro marcou o início de uma série de atividades voltadas ao fortalecimento do papel do farmacêutico, especialmente nas unidades básicas de saúde (UBSs). “O acompanhamento farmacoterapêutico contribui diretamente para o uso racional de medicamentos e para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. O farmacêutico tem condições de identificar falhas na adesão ao tratamento e orientar o paciente para alcançar melhores resultados em saúde”, lembrou Fernanda Duarte, gerente do Componente Básico da Assistência Farmacêutica da SES-DF. Cuidado em ação [LEIA_TAMBEM]A programação inclui participação nas reuniões dos colegiados das diretorias regionais de Atenção Primária à Saúde (Diraps), com apresentações sobre os avanços das ações de cuidado farmacêutico, as contribuições do Ministério da Saúde na integração dessas práticas ao SUS e exposição das iniciativas da Diretoria de Assistência Farmacêutica (Diasf) sobre o tema. Cada encontro também contará com a apresentação de uma experiência exitosa. Na Região Central, destacou-se o projeto “Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária nas UBSs”, da farmacêutica Anna Giomo, da UBS 1 do Cruzeiro. “Em poucos atendimentos, é possível perceber mudanças significativas, como em casos de pacientes com diabetes e hipertensão que passaram a fazer o uso correto da medicação e apresentaram melhoras nas condições de sua saúde”, exemplificou ela. Organizado pela Gerência do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, em parceria com o CRF-DF e o Ministério da Saúde, esse projeto vai contemplar todas regiões de Saúde do DF (Central, Sul, Oeste, Leste, Sudoeste, Norte e Centro-Sul) com encontros semanais até o fim de novembro. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Obesidade: Hran é referência no tratamento no Distrito Federal
A obesidade é uma doença crônica que pode trazer graves problemas de saúde, como diabetes, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Entre 2020 e 2024, foram registradas mais de 291 mil cirurgias bariátricas no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Do total de procedimentos, cerca de 10,8% foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados também apontam que, apenas de janeiro a junho de 2025, mais de 6,3 mil pessoas realizaram a cirurgia na rede pública de saúde. No Distrito Federal, a unidade de referência é o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), que realiza mais de 700 atendimentos mensais relacionados à cirurgia bariátrica — entre consultas, pré-operatórios, retornos e acompanhamentos. Hospital Regional da Asa Norte é referência em cirurgia bariátrica na rede pública do DF, com mais de 700 atendimentos | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Conscientização Neste mês, celebra-se o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, data criada para reforçar a conscientização sobre a doença grave e incentivar hábitos de vida saudáveis. Como parte das ações alusivas à data, a SBCBM, em parceria com os hospitais da rede pública, promoveu uma série de atividades. No Hran, duas cirurgias adicionais foram feitas. A chefe da unidade de cirurgia bariátrica do Hran, Ana Carolina Fernandes, reforça a importância de tratar a obesidade com acolhimento humanizado. “A obesidade é uma das doenças mais prevalentes hoje, inclusive em crianças. Devem ser considerados vários fatores e tratamentos. A cirurgia é indicada ao paciente que não consegue perder peso com tratamento clínico e medicação”, destacou. É o caso de Hagaelma Pereira, 39, que trava uma luta contra a obesidade desde a primeira gestação, ocorrida aos 14 anos. “No ano retrasado, comecei a ter apneia e muita crise de ansiedade. Então, fiz alguns exames e vi que estava com diabetes e hipertensão. Eu não conseguia emagrecer de jeito nenhum”, contou. Após ser atendida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Riacho Fundo, Hagaelma foi indicada à cirurgia bariátrica e, atualmente, realiza o pré-acompanhamento na unidade do Hran para realizar o procedimento. “Quando eu fizer bariátrica, vou ter uma melhor qualidade de vida. Não foi por conta da baixa autoestima, mas por conta da saúde. Minha mãe me contou que muitas pessoas da nossa família faleceram por problemas por conta da obesidade, não quero viver isso”, completou. Hagaelma Pereira, 39, trava uma luta contra a obesidade desde a primeira gestação: “Quando eu fizer bariátrica, vai ser uma melhor qualidade de vida. Não foi por conta da baixa autoestima, mas por conta da saúde" Cirurgia segura e menos invasiva A cirurgia bariátrica consiste na redução do tamanho do estômago, indicada para tratar casos de obesidade grave. No Hran, o procedimento é feito por meio da técnica de videolaparoscopia, uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões no abdômen, reduzindo o tempo de cirurgia e de internação. A Unidade de Cirurgia Bariátrica do Hran conta com seis consultórios e uma equipe multiprofissional formada por nove cirurgiões, dois psicólogos, uma endocrinologista, duas técnicas de enfermagem e três nutricionistas. O espaço foi equipado com 16 cadeiras especiais para pessoas com obesidade, além de armários e ares-condicionados, proporcionando mais conforto e acessibilidade. Luciana Karym Tavares, 38, realizou a bariátrica na última semana. O marido, Jarbas Silva de Oliveira, 39, a esperava do lado de fora do centro cirúrgico e contou que os problemas de saúde foram a principal motivação da esposa. “Ela sofria com muita dificuldade de locomoção, cansaço, os joelhos doíam”, contou. Após descobrirem por um familiar que o Hran realizava a bariátrica, decidiram ir atrás e realizar todas as consultas e exames necessários. “O objetivo é realizar a cirurgia e conseguir melhorar a qualidade de vida”, declarou. Atendimento A porta de entrada para o serviço são as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que já oferecem acompanhamento a pessoas acima do peso indicado. Constatada a necessidade, o paciente é encaminhado às unidades especializadas, como o Centro Especializado em Obesidade, Diabetes e Hipertensão (Cedoh) e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH). Se houver indicação para a cirurgia bariátrica, ele é atendido pela equipe do Hran. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Projeto "Música como Remédio" retorna ao Hran e leva alegria a pacientes
“Ei, dor, eu não te escuto mais”. Esse foi o trecho de uma das músicas entoadas pelo paciente do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Marcelo Felipe dos Santos, 43, ao ouvir o som do cantor Alan Cruz e banda durante uma apresentação no Jardim Central da unidade. O vigilante está internado desde o dia 10 deste mês, após sofrer um choque de energia de alta tensão. Junto à esposa Josimira e aos filhos Gabriel, 11, e Gustavo, 20, Marcelo celebrou as horas de descontração e reencontro. “Estou sendo muito bem atendido aqui. A equipe é excelente. E essa apresentação coincidiu com a visita maravilhosa da minha família. Significa muito pra mim, dá um ânimo a mais. Acho que até a imunidade da gente aumenta com momentos assim”, arriscou a dizer. "Essa apresentação coincidiu com a visita maravilhosa da minha família. Significa muito pra mim, dá um ânimo a mais”, relata o paciente Marcelo Felipe dos Santos | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF A família presenciou o retorno do projeto voluntário "Música como Remédio", que funcionou no Hran durante a pandemia. Com o auxílio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), a iniciativa busca amenizar o sofrimento e as internações por meio de canções. No repertório dessa sexta-feira (26), os pacientes ouviram composições de Alceu Valença, Lenine, Luiz Gonzaga, Djavan, Roberto Carlos e outros clássicos da Música Popular Brasileira (MPB). Música para esquecer a dor “Ao trazer a música para o contexto hospitalar, mudamos o foco do paciente, que está na dor e na internação. As canções são capazes de, ainda que por um instante, afastá-los da realidade no hospital ou transformá-la em algo mais agradável e leve", destacou o cantor responsável pelo projeto, Alan Cruz. Além do jardim, o "Música como remédio" também sobe andares e visita alas, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A percepção de Alan foi ilustrada pelos olhos de Eudalto Ribeiro, 61. Na cadeira de rodas e com uma bala de oxigênio, o pedreiro está internado há três dias com pneumonia e bronquite. “A gente distrai a cabeça e volta mais alegre. É muito bonito. Dou nota dez por esse momento de diversão e sensibilidade." O projeto voluntário "Música como Remédio" busca amenizar o sofrimento e levar momentos de alívio, descompressão e alegria a pacientes e servidores Setembro Amarelo A apresentação no Hran também buscou reforçar o Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a depressão e de prevenção ao suicídio. A intenção, segundo o superintendente da Região de Saúde Central, Paulo Roberto da Silva Júnior, é que os shows ocorram toda última sexta-feira do mês. “Temos presenciado muitos casos de transtornos mentais nas emergências e a música consegue trazer um certo alívio e alegria. São minutos para desacelerar, ouvir uma boa canção, acalmar o corpo e a cabeça, não só dos pacientes como também dos servidores. Ela permite uma descompressão no trabalho e acaba sendo um momento de terapia para todos”, avaliou o superintendente. Técnica em saúde, Isabel Marques realmente aproveitou e dançou animada ao som de Gonzaguinha. “A mente melhora quando vemos alguém cantando, nos sentimos mais felizes. A alegria é contagiante. E tem paciente que às vezes, mesmo em coma, sem falar, pode estar ouvindo." *Com informações da Secretaria de Saúde
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Pacientes bariátricos do Hran têm acompanhamento completo
O que quer dizer "atendimento humanizado", "respeito ao paciente", "acolhimento"? No segundo andar do ambulatório do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), essas expressões ganham vida ao se observar a unidade de cirurgia bariátrica, inaugurada em maio. Consultórios preparados para dar privacidade, portas mais largas e até cadeiras amplas e reforçadas ajudam a tornar o novo ambiente propício a pessoas que sofrem com alto grau de obesidade. "O paciente portador de obesidade precisa de condições especiais para atendimento. Aqui, ele é melhor acolhido e tem toda uma equipe multidisciplinar", afirma a médica responsável técnica pelo serviço no Hran, Ana Carolina Fernandes. O espaço físico da Unidade de Cirurgia Bariátrica conta com seis consultórios, utilizados por uma equipe de nove cirurgiões, dois psicólogos, uma endocrinologista, duas técnicas de enfermagem e três nutricionistas. A cada mês, são cerca de mil atendimentos. A Secretaria de Saúde realiza a cirurgia bariátrica por meio da técnica de viodeolaparoscopia, com pequenas incisões no abdome, o que possibilita reduzir o tempo de cirurgia e de internação | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Qualidade de vida Para a técnica em enfermagem Valdenides dos Santos, 40, o procedimento resultará em qualidade de vida. "Hoje, quando vou à academia, não consigo fazer muita esteira, porque fico cansada muito rápido. E quando fico muito tempo sentada, meus pés incham muito. Também não consigo andar muito por causa da coluna. Então meu peso tem me atrapalhado muito", revela. Ela já está na fase de fazer os exames preparatórios para realizar a cirurgia. Parte da equipe de servidores, a nutricionista Karyne de Sousa explica que nesta etapa são identificados erros e transtornos alimentares, além de identificadas deficiências de nutrientes e vitaminas, algo comum mesmo em pacientes com obesidade. A ideia é que o paciente já fique preparado para uma vida com novos hábitos. "A cirurgia é uma ferramenta para auxiliar o paciente na perda de peso e no controle de comorbidades, mas a obesidade é uma doença crônica, é uma doença que não deixa de existir, mesmo quando o tratamento é muito eficaz. Então, a pessoa precisa continuar com acompanhamento para o resto da vida", detalha. É o caso da auxiliar de limpeza Mislane Soares. Em 2009, aos 29 anos, ela foi uma das primeiras das mais de mil pessoas que já passaram por cirurgia bariátrica no Hran. Ainda hoje, de seis em seis meses, ela reavalia suas condições de saúde. "Foi uma decisão acertada. Minha qualidade de vida melhorou, minha expectativa de vida ficou maior. Até a sociedade em si olha de forma diferente pra gente. A gente se sente excluído e depois começa a se socializar de novo, as pessoas te olham diferente", conta. Dezesseis anos após passar pela bariátrica, Mislane Soares prossegue em acompanhamento no Hran. Para ela, a cirurgia mudou sua vida Atenção integral A cirurgia bariátrica é realizada no estômago, ou no estômago e intestino. Desde 2009, o Hran realiza o procedimento por meio da técnica de videolaparoscopia, isto é, pequenas incisões no abdome, o que possibilita reduzir o tempo de cirurgia e de internação. A expectativa é que o paciente perca de 70% a 80% do seu excesso de peso. Os resultados esperados vão além dos números e de questões estéticas. "Quando o paciente começa a perder peso, passa por uma mudança metabólica. Há uma melhora em comorbidades como diabetes, pressão alta e até problemas ortopédicos, por exemplo. O tratamento traz benefícios em curto, médio e longo prazo", afirma a médica Ana Carolina Fernandes.[LEIA_TAMBEM] Na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a porta para o serviço é a rede de Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que oferece acompanhamento para pacientes acima do peso. Se for indicado o tratamento cirúrgico, há o encaminhamento às unidades especializadas, como o Centro Especializado em Obesidade, Diabetes e Hipertensão (Cedoh) e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH). Após os tratamentos clínicos, o passo seguinte é o encaminhamento para a Unidade de Cirurgia Bariátrica. Em casos extremos, como Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 50, o paciente poderá ser atendido diretamente no Hran. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Roda de samba embala cuidados paliativos de paciente no Hran
“Quero chorar o teu choro, quero sorrir teu sorriso. Valeu por você existir, amigo.” Esse samba foi entoado por pacientes, familiares e profissionais de saúde durante evento nesta terça-feira (19), no jardim central do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A anfitriã da festa era Marilda Cordeiro, 67 anos, paciente em cuidados paliativos da unidade hospitalar. O show fez parte das medidas de conforto oferecidas pela equipe do hospital. Ouvir as suas canções favoritas, interpretadas por um grupo, ao vivo, era um desejo da paciente. Marilda Cordeiro e a filha, Janaína Silva, vivem momento de distração em meio a um tratamento de câncer, no Hran | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Há poucos meses, Marilda obteve o diagnóstico de câncer de pulmão com metástase cerebral. "Ela me contou que, quando saísse daqui, precisaria de um samba. 'Não tem problema', eu disse para ela. A gente vai ter uma roda aqui mesmo’", lembra a filha, Janaína Silva, 52. “Tudo isso só foi possível por causa desses profissionais. Se a minha mãe hoje está tendo qualidade de vida, está feliz, é graças a eles”, completa. Qualidade de vida O atendimento em cuidados paliativos tem como objetivo principal promover a qualidade de vida dos pacientes e dos familiares que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida. Cada caso é individualizado, e as condutas são adequadas conforme a necessidade terapêutica. A maioria dos hospitais da rede pública do Distrito Federal oferece o serviço especializado. As equipes, de um modo geral, contam com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos. “Podemos proporcionar um momento de alegria, um encontro com toda a família, rodeada por nossa equipe... São essas ações que trazem conforto aos pacientes que enfrentam um período tão difícil e sensível”, explica a fisioterapeuta da equipe de cuidados paliativos do Hran, Ana Cristina Almeida. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia dos Pais reforça importância do cuidado com a saúde masculina
Entre os atendimentos de 2025 na Atenção Primária à Saúde (APS) do Distrito Federal (DF), apenas 35% foram de pacientes homens, segundo dados do portal InfoSaúde-DF. O percentual mantém a média de anos anteriores: 37% em 2024 e 35% em 2023. Esses números mostram que a saúde ainda é negligenciada por grande parte do público masculino. Neste Dia dos Pais, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) destaca a importância das consultas e dos exames de rotina para o acompanhamento da saúde dos homens. A porta de entrada para o tratamento de qualquer doença é a unidade básica de saúde (UBS), que oferece, por meio da Estratégia Saúde da Família (EsF), serviços essenciais para o público masculino: testes rápidos, exames, acompanhamento e tratamento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e cânceres, além de programas de controle do tabagismo, vacinação, planejamento familiar e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, com distribuição de preservativos. As UBSs também fazem encaminhamentos para vasectomia, acompanham o pré-natal do parceiro e promovem práticas de bem-estar e controle do estresse. Rede pública conta com Ambulatório de Andrologia, no Hran, que dispõe de equipe multidisciplinar para cuidar da saúde masculina | Fotos: Matheus Oliveira/ Agência Saúde DF [LEIA_TAMBEM]“O público masculino, historicamente, se afasta dos serviços de saúde, buscando ajuda apenas quando a situação está grave. Isso está ligado, entre outros fatores, ao padrão cultural da masculinidade”, aponta o coordenador da área técnica de Saúde do Homem na Atenção Primária à Saúde, Douglas Moreira. Ele destaca que a SES-DF tem articulado com outros órgãos de saúde para promover capacitação aos seus servidores para abordagem adequada do grupo masculino. O oncologista Gustavo Ribas, da SES-DF, reforça que a resistência dos homens em cuidar da saúde tem raízes culturais. “Como homem e médico, entendo que a visão mais restrita da maioria de nós refere-se ao aspecto cultural, como uma herança dos seus antepassados a respeito da masculinidade. O homem tem arraigado o fato de não priorizar sua saúde, receio de sentir dor, não demonstrar inquietude, ansiedade e até medo, além do próprio desconhecimento e por a falsa certeza de que nada de grave vai impactá-lo”, avalia. Na contramão dessa tendência, Cleber Neves Cunha, enfermeiro da SES-DF há 23 anos, que atualmente trabalha na UBS 18 de Planaltina, é exemplo de cuidado com a saúde masculina. Pai de cinco filhas e avô de uma neta, ele ressalta a importância da prevenção: “Enquanto enfermeiro da Atenção Primária, constato que os homens ainda não procuram a prevenção, poucos vão à UBS de forma preventiva. Por isso, convido todos os papais e os homens, de modo geral, a procurar a UBS de referência para se prevenir e, assim, viver mais e curtir ainda mais seus filhos e netos”. Gustavo Ribas, oncologista da SES-DF, avalia que a resistência dos homens em cuidar da saúde é cultural: "O homem tem arraigado o fato de não priorizar sua saúde" Política distrital Desde 2013, a SES-DF mantém a Política Distrital de Atenção à Saúde do Homem, que reúne profissionais de diversas áreas para promover a atenção integral ao público masculino, estimulando o autocuidado e o reconhecimento da saúde como direito social e de cidadania. Um exemplo dessa política é o Ambulatório de Andrologia, localizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), dedicado ao diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças relacionadas às funções reprodutivas e sexuais masculinas. O serviço conta com equipe multidisciplinar, composta por médicos andrologistas e endocrinologistas, nutricionistas e enfermeiros. O serviço é regulado, e o acesso é via encaminhamento feito pelas UBSs. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Unidades de saúde do DF recebem novos equipamentos
Servidores, pacientes e acompanhantes terão mais conforto nas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF). Nesta semana, a pasta deu início à distribuição de novos equipamentos para hospitais, policlínicas e unidades básicas de saúde (UBSs). “Esses recebimentos fazem parte do plano de qualificação dos atendimentos, promovendo o bem-estar e um ambiente adequado”, afirma o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante. Parcerias com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do DF também viabilizam a aquisição de equipamentos | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Os hospitais regionais da Asa Norte (Hran), Planaltina (HRPl), Guará (HRGu), Gama (HRG), Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz) e Taguatinga (HRT), além do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), receberão, no total, 95 camas infantis, a serem utilizadas tanto nas emergências quanto nos setores de internação. O investimento foi de R$ 492 mil. No Parque de Apoio da SES-DF, também estão em processo de recebimento, incorporação e distribuição 69 cadeiras de rodas infantis, com investimento de R$ 108 mil. A Subsecretaria de Infraestrutura da pasta já começou a distribuição de cinco mil colchões adultos. Arte: Divulgação/SES-DF Além disso, foi entregue, nesta semana, mais um lote de 549 equipamentos de ar-condicionado, parte da compra de 5 mil unidades, representando um investimento de R$ 2 milhões. Ano passado, foram adquiridos outros 1,1 mil aparelhos, que têm beneficiado consultórios, salas de espera, ambulatórios e outros espaços. Estão ainda sendo distribuídos 80 televisores entre unidades da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), responsáveis pelo monitoramento e prevenção de doenças, e UBSs. Os aparelhos - fruto de investimento de R$ 85 mil - serão usados tanto como painéis de informações de atendimento quanto para áreas de espera. Parcerias De forma adicional, a SES-DF também firma parcerias para renovar as unidades de saúde. Acordos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vão qualificar o atendimento na rede de UBSs, para as quais está prevista a entrega de 25 bisturis elétricos, 166 balanças antropométricas e 166 estadiômetros, equipamentos que fornecem dados precisos sobre o crescimento das crianças. A secretaria precisa fazer todo o processo de escolha, recebimento, cadastro e distribuição dos equipamentos. Um destaque é na área de saúde feminina. Serão distribuídas às UBSs 168 macas ginecológicas, utilizadas em exames, partos e outros procedimentos de ginecologia e obstetrícia, além de 88 mesas auxiliares para esses atendimentos e 910 bandejas de DIU, conjunto de componentes necessários à inserção dos dispositivos intrauterinos. Veículos também têm sido entregues, por meio de parceria com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). “Essas parcerias são de suma importância”, reforça o subsecretário de Infraestrutura da SES-DF, Leonídio Neto. “Os órgãos entendem que a melhor forma de atender ao interesse público é destinar recursos e bens à saúde, com atendimento direto à população”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Atuação médica no atendimento a autores de violência sexual é tema de debate
Com o objetivo de qualificar as equipes do Centro de Especialidades para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav), o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) promoveu, na última quarta-feira (2), a palestra “A experiência médica no atendimento aos autores de violência sexual”. Realizado no auditório da unidade, o encontro reuniu pediatras e gestores dos prontos-socorros adulto e infantil do HRSM, além de assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da saúde vinculados a outros Cepavs. A palestra provocou reflexões sobre a atuação dos profissionais de saúde e reforçou a importância da ética no atendimento, de forma integrada e humanizada, voltada à interrupção dos ciclos de violência. A atuação dos profissionais de saúde deve levar em conta um cuidado clínico estruturado, considerando aspectos mentais, sociais e comportamentais dos autores | Foto: Divulgação/IgesDF O evento foi conduzido pelo psiquiatra Rafael Calzada, da Secretaria de Saúde (SES-DF) e integrante do Cepav Alecrim, situado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). De acordo com ele, o objetivo foi estimular uma análise crítica e qualificada sobre os protocolos e desafios no cuidado a pessoas que cometeram violência sexual. “É uma abordagem que exige preparo técnico, postura ética e olhar humanizado, em consonância com os direitos humanos e a legislação vigente”, reforça. [LEIA_TAMBEM]Para o psiquiatra, a atuação dos profissionais de saúde não se limita à responsabilização penal. É necessário garantir um cuidado clínico estruturado, que leve em conta aspectos mentais, sociais e comportamentais dos autores. “Isso não exclui a responsabilidade, mas amplia nossa capacidade de prevenir novas violências”, destaca Rafael. Para o chefe do Cepav Flor do Cerrado (unidade vinculada ao HRSM), Ronaldo Lima Coutinho, a iniciativa representa um avanço na qualificação da rede de proteção. “Quando qualificamos o atendimento aos autores, também protegemos as vítimas e contribuímos para a construção de uma sociedade mais segura”, explica. *Com informações do IgesDF
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Dia Mundial do Vitiligo promove conscientização e combate o preconceito
A data de 25 de junho é internacionalmente conhecido como o Dia Mundial do Vitiligo, uma iniciativa para promover a importância do diagnóstico precoce, do tratamento e, principalmente, da redução do estigma social. O vitiligo é uma doença autoimune, com determinantes genéticos e não é contagioso. Os profissionais de saúde destacam que o maior desafio para os pacientes é enfrentar o preconceito, que pode desencadear complicações na saúde mental. “O encaminhamento psicológico é importante porque, muitas vezes, são enfrentadas situações sociais difíceis”, explica a dermatologista Ana Carolina Igreja, referência técnica distrital da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para a área. O Hospital Regional da Asa Norte é referência em dermatologia na rede pública e oferece tratamento com equipamento de fototerapia | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde A médica destaca, ainda, que já há formas de promover a repigmentação das manchas: “Existem várias opções de tratamento – cremes, medicamentos orais, laser – que visam estacionar a evolução da doença e repigmentar as áreas afetadas”. O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) aplica sessões de fototerapia, técnica que utiliza lâmpadas ultravioletas até três vezes por semana e pode ser combinada com medicações. A SES-DF conta com 27 médicos dermatologistas, além de 12 profissionais residentes. A atuação ocorre nos hospitais e centros especializados. Porém, o acolhimento aos pacientes com vitiligo é bem mais amplo: as 164 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com médicos e enfermeiros capacitados para identificar os casos suspeitos de vitiligo e, dependendo da necessidade, fazer o encaminhamento. A data comemorativa foi escolhida por ser o dia em que o cantor Michael Jackson morreu. Por ter sido paciente da doença, o astro pop chamou a atenção global para o vitiligo. Sintomas iniciais A Secretaria de Saúde conta com 27 médicos dermatologistas, além de 12 profissionais residentes [LEIA_TAMBEM]O vitiligo costuma aparecer de forma repentina, como uma mancha branca. “Não é só uma despigmentação de leve, não é uma mancha um pouco mais clara, é uma mancha branca como uma folha em branco”, explica o dermatologista Pedro Zancanaro, do Hran. Outro indicativo é que há a possibilidade de a mancha ser simétrica. “Pode aparecer, por exemplo, numa mão e depois na outra mão, aparecer uma mancha em uma perna e depois de forma semelhante aparecer também na outra perna”, detalha. A causa de despigmentação é que o sistema imunológico do próprio paciente ataca os melanócitos, células que produzem o pigmento melanina. Com a redução ou ausência dessas células, a pele fica sem melanina e perde sua coloração natural. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Pacientes do Hran celebram Dia da Conscientização sobre Fissura Labiopalatina
Juliana Verde, 35, toca violino com a mesma leveza com que compartilha a própria história. Nascida em Manaus com fissura labiopalatina, ela começou o tratamento ainda criança, passando por diversas cirurgias ao longo da vida. Este ano, concluiu a última etapa no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com reconstrução nasal e labial. “Eu não sabia que o Hran oferecia esse atendimento especializado. Fiquei encantada com a forma como fui acolhida. A gente precisa divulgar que esse serviço existe e é gratuito”, sugere a paciente e professora de violino. O tema Sorrisos que inspiram deu o tom na comemoração pelo Dia Nacional de Conscientização sobre Fissura Labiopalatina no Hran | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Nesta semana, Juliana se apresentou no evento promovido pelo hospital em celebração ao Dia Nacional de Conscientização sobre Fissura Labiopalatina, lembrado nesta terça-feira (24). Com o tema Sorrisos que inspiram, a programação contou com cabine de fotos e apresentação musical. A violinista emocionou o público ao se apresentar ao lado de alunos, entre eles Calebe Rodrigues, de 9 anos, também paciente do Ambulatório de Fissurados do Hran. Diagnosticado com a síndrome de Opitz-Frias ー condição genética rara caracterizada por malformações faciais, incluindo a fissura palatina ー, Calebe é acompanhado desde os primeiros dias de vida por uma equipe multiprofissional no hospital, onde já passou por quatro cirurgias. Caleb Rodrigues se apresentou ao violino no Ambutório de Fissurados do Hran “Nas aulas de violino, o Calebe é tratado pelos colegas como um igual. É bonito de ver. Ele e os outros alunos que têm a fissura são extremamente inteligentes e totalmente capazes. O que falta é a sociedade enxergar isso com naturalidade, sem preconceito”, afirma a mãe, Selma Rodrigues, 42. Referência O ambulatório do Hran é referência no DF e em todo o Centro-Oeste, também recebendo pacientes de outros estados. Mais de mil pessoas estão cadastradas no serviço, que conta com equipe formada por cirurgião plástico, dentista, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, entre outros. [LEIA_TAMBEM]“A fissura ocorre entre a 4ª e a 12ª semana de gestação e pode afetar o lábio, o palato ou ambos. As consequências vão desde dificuldades para se alimentar e falar até impactos sociais”, explica o cirurgião plástico e coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, Marconi Delmiro. O tratamento é gratuito e segue uma linha de cuidados da Secretaria de Saúde (SES-DF), que começa ainda na gestação com o acolhimento dos pais. Após o nascimento, o bebê é encaminhado ao serviço, onde passa por avaliação com cirurgião plástico, fonoaudiólogo e odontólogo. “A partir daí, traçamos um plano cirúrgico individualizado, pois cada fissura tem suas particularidades”, ressalta o médico. Delmiro reforça a importância do tempo certo para a realização das cirurgias. “Quando a operação do palato é adiada, a criança pode levar até oito anos para desenvolver a fala normalmente. O objetivo é devolver a dignidade aos nossos pacientes." O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran funciona desde 2013. O atendimento ocorre às segundas-feiras, das 13h às 18h, para consultas de avaliação (primeira consulta); nos demais dias, das 8h às 18h, os profissionais se dedicam a consultas agendadas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran inaugura unidade pioneira de cirurgia bariátrica no DF
Governo do Distrito Federal · HRAN INAUGURA UNIDADE PIONEIRA DE CIRURGIA BARIÁTRICA NO DF O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) inaugurou, nesta quarta-feira (21), um espaço especializado no atendimento a pacientes de cirurgia bariátrica. A inauguração contou com a presença da primeira-dama Mayara Noronha Rocha, do presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) no DF, Aristotenis Cruz e do superintendente da Região de Saúde Central, Paulo Roberto da Silva, entre outras autoridades. Novas instalações apresentam estrutura para atender pacientes com obesidade | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A Unidade de Cirurgia Bariátrica é pioneira no Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal e vai oferecer atendimento humanizado e estrutura dedicada a pacientes com obesidade. “Estima-se que, em alguns anos, 48% da população terá sobrepeso ou obesidade”, lembrou o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante. “Esse cenário pressiona o sistema público. Por isso, é fundamental oferecer um atendimento especializado e humanizado como esse que estamos inaugurando hoje”. Responsável técnica pelo serviço no Hran, a médica Ana Carolina Fernandes avaliou: “Com essa nova estrutura, o paciente vai chegar aqui e saber exatamente onde será acolhido. Tudo foi pensado para oferecer um atendimento mais acolhedor”. A vice-governadora Celina Leão também comemorou a novidade: “A Unidade de Cirurgia Bariátrica do Hran é uma conquista que vai nos ajudar a ampliar o atendimento desses pacientes, promovendo melhorias na saúde e na qualidade de vida, ao mesmo tempo que vai nos ajudar a desafogar a rede pública de saúde”. Nova estrutura "É fundamental oferecer um atendimento especializado e humanizado como esse que estamos inaugurando hoje", afirma o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante A Unidade de Cirurgia Bariátrica do Hran conta com seis consultórios que serão utilizados por uma equipe multiprofissional composta por nove cirurgiões, dois psicólogos, uma endocrinologista, duas técnicas de enfermagem e três nutricionistas. O espaço foi equipado com 16 cadeiras especiais para pessoas com obesidade, além de armários e ares-condicionados, proporcionando mais conforto e acessibilidade. “Eu dependia dos outros até para tomar banho”, relatou a paciente Sandra Regina da Costa, 59 anos, que aguarda para ser submetida à cirurgia bariátrica. “Agora tenho esperança. Esse novo espaço é maravilhoso e vai ajudar muita gente que espera a cirurgia.” Cirurgias Desde 2008, o serviço bariátrico já atendeu mais de mil pessoas, promovendo qualidade de vida antes e após o procedimento. Em 2024, foram feitas cerca de 80 cirurgias bariátricas, e, neste ano, 20. Mensalmente são realizados mais de 700 atendimentos de pacientes de pré e pós-operatório. [LEIA_TAMBEM]“Hoje entregamos mais do que estrutura; entregamos acolhimento e esperança”, enfatizou o diretor do Hran, Paulo Henrique Cordeiro. “A verdadeira transformação começa de dentro, e acreditamos em cada paciente que passa por aqui.” A porta de entrada para o serviço são as 176 unidades básicas de saúde (UBSs) da Secretaria de Saúde (SES-DF), que já oferecem acompanhamento a pessoas acima do peso indicado. Constatada a necessidade, o paciente é encaminhado às unidades especializadas, como o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (Cadh) e o Centro Especializado em Obesidade, Diabetes e Hipertensão (Cedoh). Se houver indicação para a cirurgia bariátrica, a pessoa é atendida pela equipe do Hran. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Usina fotovoltaica é inaugurada no Hran e promoverá economia de R$ 340 mil por ano
Foi inaugurada, nesta terça-feira (8), a usina de energia fotovoltaica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). É o primeiro hospital público de saúde a contar com a tecnologia, que proporcionará uma economia de aproximadamente R$ 340 mil por ano. Foram instaladas seis placas de energia solar nos telhados da unidade. A capacidade é de gerar mais de 500 MWh/ano todos os anos, o que corresponde a aproximadamente 15% do consumo da unidade. A obra contou com investimentos de R$ 1 milhão, sendo viabilizada por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da distribuidora e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São seis inversores de potência variando de 15kW a 60kW, com 609 módulos fotovoltaicos. O Distrito Federal tem se destacado por iniciativas que visam melhorar a eficiência energética na cidade e que reduzem os impactos ambientais do consumo de energia. O sistema fotovoltaico é uma fonte inesgotável de energia. A produção é realizada a partir da irradiação da luz solar, que ocorre mesmo em dias nublados. A obra contou com investimentos de R$ 1 milhão, sendo viabilizada por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da distribuidora e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) | Foto: George Gianni/VGDF A vice-governadora Celina Leão destaca que este é mais um passo que o DF dá em direção à sustentabilidade. Ao mesmo tempo em que promove grande economia de energia, a iniciativa também reflete na redução de carbono produzido na cidade. “Essa parceria com a Neoenergia é muito importante, pois com a redução no consumo de energia vai nos auxiliar a realocar os recursos para áreas importantes da nossa saúde, impactando positivamente a população da nossa cidade”, ressalta. O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, ressalta que a usina fotovoltaica está em sintonia com as atuais políticas ESG, que em inglês que significa Environmental, Social and Governance e pode ser traduzido como Ambiental, Social e Governança. Isso representa uma série de medidas implementadas no poder público e na iniciativa privada em busca da sustentabilidade. “Hoje, fizemos uma entrega de valor à saúde, fornecendo mais qualidade com menor custo, além de fortalecermos a pauta ESG, porque estamos trazendo mais sustentabilidade não apenas para o hospital, mas também para as gerações futuras”, destaca. A vice-presidente de Regulação, Institucional e Sustentabilidade da Neoenergia, Solange Ribeiro, avalia que “essa parceria público-privada é extremamente importante”. “A eficiência energética é um dos vetores principais para a descarbonização, com uso melhor da energia renovável”, disse ao lembrar que o brasil sediará este ano a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30. O que é corroborado pela secretária-adjunta de Inovação e Transição Energética, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Carmem Sanches. “A gente tem o compromisso com a sustentabilidade, trazendo tecnologia avançada que permite mitigar os impactos das mudanças climáticas e vai permitir economicidade para outros setores da saúde”, pondera sobre a usina instalada no Hran. DF sustentável O DF tem se destacado cada vez mais quando se trata de sustentabilidade. Em janeiro, este GDF lançou, em parceria com a CEB Iluminação Pública e Serviços (CEB IPes), programa que está substituindo todas as lâmpadas de vapor de sódio que ainda existem nas regiões administrativas por luminárias de LED. Serão R$ 300 milhões para levar economia, melhor visibilidade e segurança para a população.
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Assistência especializada para pessoas com Síndrome de Down no DF abrange todas as idades
“Eu sonho em ver ele trabalhando, namorando e casando.” Esse é o desejo de Nilma Rodrigues Sousa, 42 anos, para o futuro do filho, Isaías Kelvin Rodrigues, 20. Assim como outras mães, Nilma compartilha esperanças e incertezas diante do diagnóstico de Síndrome de Down do filho, morador de Santa Maria. Isaías é acompanhado pelo Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) desde sua criação, em 2013. Hoje, o estudante realiza acompanhamento com clínico geral e participa do grupo de interação de jovens. A unidade, localizada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), oferece atendimento especializado e interdisciplinar para gestantes, bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos com T21. São atendidas no local cerca de 2,5 mil famílias e realizados aproximadamente 1,5 mil atendimentos por mês. Comemorado em 21 de março, o Dia Mundial da Síndrome de Down tem como tema, em 2025: “Suporte para quem precisa. Todos juntos apoiando a inclusão! Seja rede de apoio!” | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Diagnóstico Quando bebê, Isaías foi diagnosticado com “pé torto congênito” – uma deformidade que afeta ossos, músculos, tendões e ligamentos – e iniciou tratamento no Hospital Sarah Kubitschek. Lá, também foi confirmada a suspeita de Síndrome de Down. “Na hora, pensei: ‘não vou deixar de amar o meu filho’. Só pedi que me orientassem onde procurar atendimento”, relembra Nilma. Desde então, Isaías passou por estimulação precoce, estudou no ensino regular e participou de atividades complementares. Atualmente, cursa o segundo ano do ensino médio. “O Isaías é alfabetizado, o que foi um desafio. Hoje, ele anda de ônibus sozinho para ir à escola, resolve vários assuntos por conta própria e faz aulas de dança e natação”, conta a mãe, orgulhosa. Caminho para a independência “Eu gostaria de deixá-lo mais independente. O sonho dele é morar sozinho”, esse é o desejo de Diva José Rosa de Paiva, 72, e também do filho, Murillo Agnelo Rosa de Paiva, 32, que é acompanhado pelo CrisDown desde a adolescência. A moradora do Núcleo Bandeirante descobriu a T21 do filho depois que ele nasceu, enquanto se recuperava na internação pós-cesárea. O Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) foi criado em 2013 Após o resultado, foram iniciados todos os tratamentos necessários, como fisioterapia e estimulação precoce, até Murillo completar os critérios para entrar no ensino regular. “Quando abriu o CrisDown, eu fui uma das primeiras a ser atendida. Ele, por exemplo, realizou acompanhamento com endócrino-pediatra e endócrino, desde bebê até os 20”, relata. Murillo realizou o ensino regular até o primeiro ano do ensino médio e mantém a independência realizando as atividades do dia-a-dia. “Ele anda de ônibus sozinho aqui dentro do Núcleo Bandeirante, vai ao mercado, à padaria. Já fez curso de garçom e de informática. Gosta de desenhar e de escrever”, conta Diva. Sobre o sonho do Murillo de morar sozinho, a mãe reflete que há muito ainda a ser feito. “Conheço a maturidade dele e confesso que sou uma mãe um pouco pegajosa, porque somos só nós dois morando juntos”, brinca. As famílias podem procurar atendimento diretamente na unidade, sem necessidade de encaminhamento. O agendamento deve ser feito pelo WhatsApp (61) 99448-0691, com atendimentos realizados às sextas-feiras Para a coordenadora do CrisDown, Carolina Valle, os avanços na medicina e a inclusão social têm melhorado a qualidade de vida dessas pessoas. “A Síndrome de Down requer acompanhamento contínuo para garantir oportunidades que promovam mais independência”, destaca. Inclusão e apoio De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência da Síndrome de Down é de aproximadamente um caso para cada 600 a 800 nascidos vivos. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 77% das pessoas com Síndrome de Down no DF têm até 18 anos. Embora não haja estimativas nacionais sobre a expectativa de vida dessas pessoas, estudos internacionais apontam uma média de 60 anos. Comemorado em 21 de março, o Dia Mundial da Síndrome de Down tem como tema, em 2025: “Suporte para quem precisa. Todos juntos apoiando a inclusão! Seja rede de apoio!”. A campanha reforça a necessidade de governos e comunidades aprimorarem os sistemas de suporte, garantindo acesso a recursos adequados para uma vida plena e inclusiva. “A rede de apoio inclui suporte emocional, educacional e social, promovendo desenvolvimento pessoal e autonomia. Esse suporte vai além da família e envolve a saúde, a escola, a comunidade e outros espaços de convivência”, ressalta a coordenadora. Como acessar o serviço O CrisDown faz parte da rede de assistência da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). As famílias podem procurar atendimento diretamente na unidade, sem necessidade de encaminhamento. O agendamento deve ser feito pelo WhatsApp (61) 99448-0691, com atendimentos realizados às sextas-feiras. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Evento orienta pacientes do Hran com fissuras labiopalatinas sobre saúde bucal
Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Bucal, celebrado nesta quinta-feira (20), o Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte (Smafis/Hran) organizou, nesta semana (17), um evento educativo a pacientes pediátricos, pais e responsáveis. Fora do prédio, no estacionamento da unidade, uma escova de dente se juntava à pasta e ao fio dental contra uma cárie, divertindo e ensinando ao mesmo tempo. “Essa ação educacional é de extrema importância porque começamos a prevenção de algumas patologias dentárias desde o momento em que recebemos esses bebês”, explica o coordenador do Serviço de Prevenção de Problemas Dentários do Hran, Marconi Delmiro. “Cuidar da dentição dessas crianças desde cedo permite que, no futuro, a dentição permanente tenha uma melhor capacidade de mastigação, sorriso e reinserção social”, complementa. “Essa ação de saúde bucal veio em boa hora porque quero que o meu filho aprenda a escovar os dentes corretamente desde pequenininho”, conta Hellen Dias | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF É o que a enfermeira Hellen Dias, 28, e o marido, o vendedor Abel Moreira, 33, querem incentivar no filho Joaquim, de 1 ano e sete meses. Moradores de Santo Antônio do Descoberto (GO), entorno do Distrito Federal (DF), descobriram na gestação – durante ecografia morfológica de 22 semanas – o diagnóstico de fenda palatina completa do filho. “Mesmo antes de ele nascer fomos muito orientados aqui no Hran. O Joaquim já fez a cirurgia do lábio e acabou de fazer a do palato. Foi muito rápido e ficamos bem felizes porque aqui tem toda uma equipe multidisciplinar. Essa ação de saúde bucal veio em boa hora porque quero que ele aprenda a escovar os dentes corretamente desde pequenininho”, conta Hellen. Fissura labiopalatina A fissura palatina ou labiopalatina é um defeito congênito de não fusão do lábio com o palato (céu da boca). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um em cada 650 bebês no Brasil nasce com a malformação genética. O objetivo do evento realizado no Hran foi ensinar crianças e adultos a realizarem uma escovação perfeita A condição ocorre durante o desenvolvimento do feto e está associada a vários fatores como hereditariedade, uso de medicamentos, desnutrição da gestante, álcool, fumo, radiação, entre outros pontos. Embora seja desafiadora, a fissura possui tratamento. Seu tripé consiste em cirurgia plástica, fonoaudiologia e odontologia, envolvendo diferentes profissionais como dentistas, pediatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, cirurgiões etc. Na família de Francisca Dantas, 43, a fissura palatina é recorrente. Ela possui fissura submucosa e os filhos Davi, 9, e Arthur Murilo, 5, têm fissura labial. Moradores de Sobradinho, contam que encontraram no Hran o apoio que precisavam. “Recebi acolhimento e apoio de toda a equipe do hospital desde o início. Mas essa atividade aqui [de saúde bucal] é diferente. Achei divertida, com música e teatro, super educativa”, elogia Francisca. Saúde Bucal O objetivo do evento realizado no Hran foi ensinar crianças e adultos a realizarem uma escovação perfeita. Foram distribuídos água e picolés, além de kits de escovação e manuais com informações detalhadas sobre limpeza bucal. O dentista da Secretaria de Saúde (SES-DF) Luiz Guilherme de Azevedo reforça que a ação também busca orientar sobre a escolha de uma dieta mais saudável. “Os pacientes com fissuras têm alterações na formação dos dentes e mais risco de desenvolvimento de doenças bucais. Para passar por uma cirurgia na boca, tem que estar saudável, então é preciso cuidar”, alerta. O evento teve o apoio de alunos de odontologia da Universidade Paulista (Unip), da organização não governamental Smile Train e do Grande Oriente do Distrito Federal (GODF). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Ambulatório especializado do Hran promove atividade educativa sobre saúde do sono
Nesta sexta-feira (14), das 14h às 18h, a equipe do ambulatório especializado do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) realizará uma atividade educativa sobre saúde do sono. O evento, que ocorrerá no auditório da unidade, é gratuito e aberto ao público, incluindo profissionais da área de saúde. Ambulatório especializado do Hran conta com equipe multiprofissional e realiza anualmente cerca de 600 polissonografias | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A equipe multidisciplinar do hospital apresentará técnicas para melhorar a qualidade do sono, discutirá casos clínicos e esclarecerá dúvidas sobre os distúrbios mais comuns. A iniciativa faz parte da programação da Semana do Sono 2025, promovida nacionalmente pela Academia Brasileira do Sono, entre os dias 14 e 20 de março. “Nosso objetivo é mostrar, de forma clara, a importância de um sono de qualidade. Vamos destacar sinais que podem ser observados em casa e que indicam a necessidade de acompanhamento profissional”, explica a pneumologista e médica do sono Géssica Andrade. Arte: Divulgação/Agência Saúde-DF Durante o evento, serão abordados temas como sonambulismo e terrores noturnos, distúrbios mais comuns em crianças e adolescentes. Também serão discutidos casos de apneia do sono causados por alterações anatômicas, além do uso de aparelhos odontológicos para o tratamento de casos leves. Haverá, ainda, um workshop sobre o uso do CPAP, aparelho que fornece um fluxo contínuo de ar e é utilizado no tratamento de distúrbios respiratórios, incluindo a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). Pacientes e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal poderão se inscrever no grupo psicoterapêutico voltado ao tratamento não medicamentoso da insônia. A proposta é destinada àqueles que enfrentam dificuldades para adormecer, despertam frequentemente à noite ou não se sentem revigorados pela manhã. Os interessados deverão preencher este questionário. Ambulatório do Sono O Hran é referência no Distrito Federal para o tratamento de distúrbios do sono. O ambulatório especializado conta com uma equipe multiprofissional e realiza cerca de 600 polissonografias por ano. O acesso ao serviço ocorre por meio de encaminhamento médico da rede pública de saúde do DF. Palestra “Faça da saúde do sono uma prioridade” • Data: Sexta-feira (14) • Horário: 14h às 18h • Local: Auditório do Hran *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Hran se consolida como referência na formação de médicos especialistas
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) conclui, neste mês, mais um ciclo de formação de médicos por meio de programas de residência. Quarenta profissionais estão aptos a atuar como especialistas em suas respectivas áreas, seja no Sistema Único de Saúde (SUS), seja em instituições privadas. “A residência de clínica médica no Hran é excelente. Eu considero a melhor que existe em Brasília, apesar dos desafios inerentes ao SUS”, afirma a médica Laura Olívia Tavares, que participou do programa. Hran conta com os programas de residência em diversas especialidades médicas. Unidade formou 40 residentes neste mês | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Ao longo de dois anos, ela e 11 colegas da especialidade dedicaram 60 horas semanais ao hospital, realizando atendimentos, pesquisas e participando de aulas, tanto como estudantes quanto como instrutores. O Hran oferece programas de residência em cirurgia geral, cirurgia plástica, clínica médica, cirurgia do aparelho digestivo, anestesia, ginecologia e obstetrícia, pneumologia, doenças do sono e dermatologia. Atualmente, 80 residentes atuam na unidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), contribuindo para o atendimento aos pacientes e o desenvolvimento de pesquisas. Paulo Feitosa reforça que os programas de residência trazem benefícios para toda a sociedade Para o coordenador da Comissão de Residência Médica do Hran, Paulo Feitosa, a existência desses programas traz benefícios para toda a sociedade, inclusive para aqueles que não são atendidos nos hospitais públicos. “Além de prestar concursos para atuar na rede pública, os novos especialistas podem optar pela rede privada. É um serviço imenso que a Secretaria de Saúde presta à população. A residência é o padrão-ouro na formação médica”, explica. Formação científica Além da atuação no atendimento hospitalar, os residentes se dedicam à produção de trabalhos científicos. Laura Olívia, agora especialista em clínica médica, acompanhou pacientes no Hran para desenvolver uma pesquisa sobre sarcoidose pulmonar, doença inflamatória cujos sintomas podem ser confundidos com os de outras condições clínicas. “É fundamental reconhecer a sarcoidose para evitar erros diagnósticos”, destaca. Os ciclos de aulas entre os residentes garantem que os conhecimentos adquiridos sejam compartilhados com colegas e outros profissionais de saúde. “Quando um hospital tem residência, ele se torna muito mais técnico e preciso, com maior capacidade de realizar diagnósticos corretos e indicar tratamentos adequados”, acrescenta o coordenador Paulo Feitosa. A última etapa da formação dos residentes de fevereiro de 2025 foi a XXXVI Jornada dos Médicos Residentes, realizada entre os dias 17 e 21 de fevereiro, na qual foram apresentadas as versões finais dos trabalhos de pesquisa, além de palestras de especialistas. A partir de 1º de março, mesmo sendo sábado de Carnaval, um novo grupo de profissionais chegará ao Hran para iniciar os programas de residência. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hospitais de Brasília compartilham ferramenta de organização de medicamentos
O Núcleo de Enfermagem do Centro Cirúrgico (Nuecc) do Hospital de Base (HBDF), gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), foi convidado pela equipe de enfermagem da unidade de cirurgia geral do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) para apresentação das placas organizadoras de medicamentos. As placas são ferramentas instaladas nas gavetas dos carrinhos de parada cardiorrespiratória de emergência e que facilitam o acesso rápido aos medicamentos necessários em situações críticas e melhoram a eficiência da equipe. A novidade foi introduzida no começo de fevereiro no HBDF e já faz parte do dia a dia da equipe. Com as placas, médicos e enfermeiros têm acesso facilitado às ferramentas de trabalho que podem ajudar a salvar vidas | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “A equipe do Hran viu o exemplo da nossa placa organizadora e ficou muito interessada em conhecer de perto para avaliar a instalação da ferramenta no centro cirúrgico também”, explica a idealizadora do projeto, Gabriela Rodrigues, da Assessoria do Centro Cirúrgico do Hospital de Base. Essas placas evitam excessos ou ausência de medicações padronizadas no checklist, já que são confeccionadas conforme documento padrão. “Com a padronização do organizador, o treinamento da equipe torna-se mais simples e eficiente, pois não é necessário aprender diferentes sistemas de organização. Isso economiza tempo e recursos, permitindo que a equipe se concentre em outras áreas críticas da formação”, completa Gabriela. Foi Letícia Guedes, enfermeira da unidade de cirurgia geral do Hran que viu a iniciativa em uma postagem nas redes sociais e entrou em contato com Gabriela. “Eu vi o projeto dela na internet e me encantei, me apaixonei. Conversei com ela para vir aqui no setor para me ajudar a implementar o projeto”, conta. A ideia é utilizar a implementação da ferramenta na unidade como modelo a ser replicado em todo o hospital. “Vamos evitar erros de medicação e teremos mais controle de gastos” Cleidy Crisostomos Teixeira, gerente de enfermagem do Hran Cleidy Crisostomos Texeira, gerente de enfermagem do Hran, comemora: “Vai nos ajudar bastante. Vai ser uma grande transformação, uma mudança de vida. Vamos evitar erros de medicação, teremos mais controle de gastos, será incrível”, declarou. Poliana Mertens, superintendente substituta da regional de saúde central, afirmou que a ferramenta ajuda a dar muito mais segurança para os profissionais de saúde na hora de uma intercorrência. “São iniciativas como essa que mostram o poder da enfermagem, o poder do servidor de ter iniciativas tão importantes como essa”, disse. Gabriela ressalta que as placas chamaram a atenção também de outras unidades. “Hoje estamos no processo de construção dessas placas também para o Hospital Regional de Taguatinga, para a UTI do Hospital de Base e para duas UBSs em Planaltina”, afirma. *Com informações do IgesDF
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Hospital Regional da Asa Norte realiza casamento de paciente em cuidados paliativos
O jardim central do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi cenário de um momento inesquecível nessa terça-feira (4). A paciente Maria Célia Ferreira da Silva, 44 anos, teve a oportunidade de realizar um grande sonho: casar-se. Junto ao companheiro, Almir Borges dos Santos, 47, a cerimônia encantou os convidados e emocionou os profissionais de saúde que acompanharam a trajetória da paciente. Paciente do Hran em cuidado paliativo, Maria Celia Ferreira da Silva concretizou o sonho de casar vestida de noiva | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Diagnosticada com adenocarcinoma invasivo de intestino grosso, a moradora da zona rural de Brazlândia enfrenta um estado avançado de metástase, quando o câncer se dissemina para outras partes do corpo. Embora já fosse casada no civil com o companheiro Almir desde 2003, Maria Célia sempre sonhou em celebrar a união vestida de branco, diante de um pastor evangélico. A equipe multidisciplinar de cuidados paliativos do Hran rapidamente se mobilizou para transformar este sonho em realidade. Reunindo esforços, a paciente foi maquiada e usou um vestido branco, enquanto o noivo vestiu seu terno. Bolos e salgados foram encomendados e, ao som de violino, o capelão Marcelo Gouvêa Soares de Melo celebrou a união. Embora já fosse casada no civil desde 2003, a moradora de Brazlândia sempre sonhou em celebrar a união vestida de noiva, diante de um pastor “Sempre foi o sonho dela. Quando ela chegou aqui e foi internada, perguntaram qual seria a sua maior realização e ela respondeu que queria se casar vestida de noiva”, contou Almir. “Para mim, foi muito importante e fico muito agradecido por ter realizado esse sonho. Achei muito bonita a cerimônia.” Maria Célia, animada para realizar todos os ritos do casamento, encerrou a cerimônia jogando o buquê. Sua filha, Talita, 16, pegou o ramalhete de flores. Dignidade Os cuidados paliativos buscam reduzir a dor e o sofrimento de pacientes com doenças em estágio avançado, graves ou terminais, além de oferecer suporte aos familiares ou responsáveis. O atendimento deve ser multidisciplinar, no qual se considera sintomas físicos e emocionais. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que há mais de 625 mil pessoas em cuidados paliativos no país. Ana Cristina Almeida, fisioterapeuta da equipe do Hran e uma das responsáveis pela cerimônia, enfatiza a importância de proporcionar conforto, dignidade e a possibilidade de realizar os sonhos dos pacientes que se encontram em situação de saúde muito frágil. “Às vezes, as pessoas têm a vida inteira para realizar [um sonho] e não conseguem. Então, a gente acrescenta algumas memórias à vida, às vezes, podendo ser as últimas”, explica. Determinada a realizar todos os ritos do casamento, a noiva encerrou a cerimônia jogando o buquê De acordo com a profissional, a abordagem é cuidadosa com este tipo de paciente, considerando sempre a oferta do conforto e da dignidade. “Quando percebemos que a vida tem um fim e que ele se aproxima, a gente repensa o que é prioridade e o que é importante. Nesses momentos, as pessoas conseguem priorizar e, dessa forma, a gente tenta, dentro do que é possível, realizar esses sonhos. Isso traz uma alegria que, às vezes, eles não puderam ter em vida”, refletiu. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Aberto pregão para contratação de laboratório de próteses ortodônticas do Hran
A Secretaria de Saúde (SES-DF) publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (28), aviso de pregão para contratar laboratório de prótese ortodôntica. O objetivo é contemplar as demandas de ortodontia do Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados e do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Os interessados podem cadastrar as propostas a partir desta terça (28) pelo site www.comprasnet.gov.br. O pregão será realizado em 11 de fevereiro, às 8h30. A contratação vai melhorar o atendimento a pacientes com fissuras labiopalatinas | Foto: Foto: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde O investimento estimado é de R$ 146,5 mil para a confecção de aparelhos ortodônticos. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destaca a importância desse processo para os atendimentos na rede pública: “Essa contratação reflete o compromisso do governo em garantir atendimento de qualidade aos pacientes que necessitam de cuidado especializado, como aqueles com fissuras labiopalatinas, além de assegurar o acesso a tratamentos odontológicos que devolvem a qualidade de vida”. Investimentos O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados, o CEO e o centro cirúrgico ambulatorial do Hran também receberão um investimento de R$ 2,8 milhões para reforma de ampliação da capacidade de oferecer atendimento humanizado. A ordem de serviço foi assinada em novembro. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Sistemas de ar-condicionado e de iluminação do Hran serão modernizados
Os sistemas de ar-condicionado e de iluminação do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) vão passar por uma modernização. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) publicou no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (21) a licitação pelo critério de menor preço, no regime de execução indireta. O investimento máximo previsto na reforma é de R$ 3.736.553,11. A reforma dos sistemas de ar-condicionado e de iluminação vai beneficiar setores como centro cirúrgico e pronto-socorro do Hran | Foto: Divulgação/Novacap O processo de licitação está programado para ocorrer em 6 de janeiro de 2025, com abertura das propostas às 9h15. As propostas serão recebidas exclusivamente por meio eletrônico no site www.gov.br/compras. De acordo com o diretor do Hran, Paulo Henrique Gondim, a obra vai garantir mais conforto, além de assegurar o cumprimento de normas técnicas. “A modernização do sistema de ar-condicionado irá atender as atuais normas da vigilância sanitária, contribuindo para maior segurança do paciente e da equipe assistencial nos cuidados hospitalares”, explica. A reforma vai beneficiar setores como centro cirúrgico e pronto-socorro. O Hran é um dos principais hospitais da rede pública no Distrito Federal – de janeiro a setembro deste ano, a unidade foi responsável por mais de 960 mil consultas, cerca de 40 mil exames e 19 mil cirurgias ambulatoriais, além de 2.441 diárias de UTI. Mais informações sobre a licitação podem ser obtidas com o Departamento de Compra da Novacap, pelos telefones 3403-2321 e 3403-2322 ou pelo e-mail dilic@novacap.df.gov.br. *Com informações da Novacap
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Com investimentos de R$ 2,8 milhões, reforma no Hran vai beneficiar cerca de 500 pacientes por mês
A governadora em exercício Celina Leão assinou a ordem de serviço para a reforma e modernização da Ala de Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), nesta quarta-feira (13). Serão contempladas com a obra a unidade odontológica, de queimados, fissurados e o centro cirúrgico ambulatorial. O investimento é de R$ 2,8 milhões e a empresa responsável tem prazo de 180 dias para concluir o serviço. A expectativa é beneficiar cerca de 500 pacientes atendidos no local todos os meses. Governadora em exercício Celina Leão: “Deixamos um legado que impacta na dignidade dos pacientes, das famílias e também dos nossos servidores, que prestam um atendimento de qualidade e sempre com muito carinho, conforme os relatos das próprias famílias. É uma alegria muito grande, pois estamos atendendo um pedido antigo e vamos poder melhorar ainda mais a qualidade do atendimento” | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília O Hran atende cerca de 5 mil crianças por ano e a reforma dessas alas é um pedido antigo tanto de pacientes como dos servidores da unidade de saúde, que é referência de atendimento dentro e fora do DF. “Deixamos um legado que impacta na dignidade dos pacientes, das famílias e também dos nossos servidores, que prestam um atendimento de qualidade e sempre com muito carinho, conforme os relatos das próprias famílias. É uma alegria muito grande, pois estamos atendendo um pedido antigo e vamos poder melhorar ainda mais a qualidade do atendimento”, ressalta Celina Leão. Os pacientes estão confiantes de que a reforma trará melhorias importantes no atendimento prestado pelo Hran. O aposentado Isaías Marques da Silva, de 74 anos, morador do Jardim Botânico, afirma que “tudo o que é feito para melhorar a qualidade é muito bem-vindo para que possa atender os pacientes com mais segurança. Acho que chega em uma boa hora para a comunidade”, avalia. Também aposentado, José Conceição Rodrigues de Souza, o morador de Santa Maria, de 82 anos, acredita que a “população ganha com a reforma”. “Eu acredito que com a reforma vai melhorar para os pacientes. Eu fico feliz porque sou paciente daqui”, afirma. O aposentado Isaías Marques da Silva, de 74 anos, morador do Jardim Botânico, afirma que “tudo o que é feito para melhorar a qualidade é muito bem-vindo para que possa atender os pacientes com mais segurança” O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, ressalta a importância do trabalho realizado pelo Hran. Ele é pai de Danilo Henrique Pires, presidente da Profis-DF – Sociedade de Promoção Social do Fissurado Lábio Palatal – e contou com o apoio da instituição para o tratamento do filho. “Nós conseguimos (assinar a ordem de serviço), depois de fazer quase 3,3 mil obras entre viadutos, túneis, e outras obras enormes”, disse ao se referir às dificuldades superadas pelo GDF para fazer a reforma no Hran. Para Danilo Henrique Pires, essa iniciativa do GDF vai dar mais agilidade nos atendimentos para essas crianças do DF e Entorno. “A gente sabe que é muito importante que essa intervenção comece ainda nos primeiros meses de nascimento dessas crianças”, disse ao se referir aos que nascem com fissuras. “E você proporcionar isso em um ambiente acolhedor, com infraestrutura adequada, é muito importante. Eu, como fissurado e presidente da Profis, estou muito feliz e satisfeito com essa iniciativa do Governo do DF”, elogia. O assessor chefe de Gestão Estratégica e Projetos (Agep) da Secretaria de Saúde (SES), Vinícius Lopes de Lima, explica que a reforma vai contemplar também o bloco de Odontologia e parte do Bloco de Queimados. “Isso vai representar um grande ganho para a população que será atendida com mais conforto”, ressalta. De acordo com ela, recursos serão liberados por meio de um contrato de repasse com a União. Emocionado, o coordenador de Atendimento aos Fissurados do Hran, Marconi Delmiro, lembrou que são anos de luta em prol das crianças. “Atendemos quase 5 mil crianças por ano e hoje é um marco histórico para todas as famílias, para todos os pacientes e para a minha equipe. Vai mudar a vida de cada um e a qualidade de atendimento da nossa equipe. É um trabalho árduo, mas devolver às crianças a possibilidade do sorriso, de ouvir, mastigar, não tem preço”, afirma.
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Mais de 30 cirurgias de fissura labiopalatina são realizadas em setembro no Hran
Referência no Centro-Oeste, o Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) já realizou mais de 30 cirurgias corretivas apenas em setembro. Para comemorar tanto o Dia Mundial do Sorriso, como o Dia das Crianças, o hospital reuniu mais de 80 pacientes atendidos e seus familiares. Davi Nunes, de 2 anos, passou por cirurgia no palato há uma semana e recebe acompanhamento no Hran. “Agora vai conseguir ter uma vida melhor”, diz a mãe, Juliana Nunes | Foto Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Ver outros pais com crianças recuperadas da fissura labiopalatina, podendo falar, se alimentar, ouvir e sorrir normalmente foi um alento para a servidora pública Jaína Mota, 35 anos. “A gente se sente muito mais tranquila”, conta a mãe de Jhonny, de 7 meses. O pai do menino, o militar André Siebra, 42 anos, ressalta a qualidade do atendimento recebido até agora: “Vimos aqui que há um tratamento sério e que nosso filho pode ter uma ótima qualidade de vida”. Força-tarefa A família de Jhonny chegou ao Hran em uma fase propícia: em setembro, foi iniciada na unidade uma força-tarefa de cirurgias corretivas em pacientes com fissura labiopalatina. Até o momento, são 35 procedimentos. O objetivo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) é dar assistência a mais de 320 pessoas com a malformação. Para atender a demanda de consultas e realizar cirurgias, são mais de 20 servidores, entre cirurgiões, pediatras, odontólogos, nutricionistas, assistentes sociais e servidores da área de enfermagem Uma das crianças já beneficiadas pela empreitada é Davi Nunes, de 2 anos. Quem vê a alegria do menino nem imagina que há uma semana ele estava na mesa de cirurgia para o procedimento no palato. “Desde que nasceu, meu filho só podia ter alimentação líquida. Agora vai conseguir ter uma vida melhor”, diz a mãe, Juliana Nunes, 37 anos. Recuperado, Davi passará a ter uma rotina de acompanhamento periódico com a equipe do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran. Atualmente, mais de dois mil pacientes são acompanhados, entre os que vão semanalmente e os que já não enfrentam mais desafios na rotina. Para atender a demanda de consultas e realizar cirurgias, são mais de 20 servidores, entre cirurgiões, pediatras, odontólogos, nutricionistas, assistentes sociais e servidores da área de enfermagem. Para o coordenador do serviço, o cirurgião plástico Marconi Delmiro, o impacto na vida dos pacientes é o ápice de sua profissão. “É gratificante saber que fiz a diferença na vida deles, retribuindo ao país a formação que tive”, conta. A realização em poder ajudar também motiva a voluntária Fátima Blatt. “As pessoas chegam aqui perdidas, mas o atendimento é muito humanizado. Poder ajudá-las não tem preço”. *Com informações da SES-DF
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Fissura labiopalatina: Hran realiza 26 cirurgias em duas semanas
Em duas semanas de atividade, a força-tarefa do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) já realizou 26 cirurgias corretivas em pacientes com fissura labiopalatina, atendendo bebês, crianças e adultos. O objetivo da Secretaria de Saúde (SES-DF) é dar assistência a mais de 320 pessoas. No mundo, a malformação acomete cerca de uma a cada 650 crianças nascidas. “O DF é referência no Brasil nesses casos, acolhendo pacientes de todo o país, recuperando a autoestima e a qualidade de vida”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A força-tarefa foi possível graças ao reforço das equipes e à revitalização do centro cirúrgico, que agora conta com novos equipamentos, como aparelhos de anestesia e sistemas de iluminação. Cirurgias corretivas em pacientes com fissura labiopalatina demandam uma equipe multiprofissional | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Maria Eduarda Barbosa, mãe da pequena Laura, de nove meses, elogia o atendimento no Hran. “Uma semana depois do parto, já começamos o acompanhamento, passamos o dia todo no hospital, pois são muitos especialistas. Eles monitoram a minha filha direitinho”, relata. Mesmo antes da cirurgia, Maria Eduarda já comemorava conquistas, como o fato de Laura mamar e comer sem dificuldades, algo alcançado por meio da orientação profissional. A bebê passou pela cirurgia no início deste mês, tendo sido uma das primeiras beneficiadas da força-tarefa. Coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, o cirurgião plástico Marconi Delmiro destaca o engajamento da equipe de servidores, formada por cirurgiões, odontólogos, pediatras, otorrinos, enfermeiros, fonoaudiólogos e técnicos em enfermagem, dentre outros. “Queremos atender a população com a maior celeridade e segurança”, garante. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Música alegra pacientes de nefrologia do Hran
Qual é a relação entre música e saúde? Muitas pessoas não fazem ideia, mas os benefícios da música para a saúde são enormes. E em diversos sentidos. Não importa o gênero musical, ouvir música é considerado uma das melhores opções para lidar com as emoções. A música para a saúde funciona como um verdadeiro remédio, acalmando, relaxando, aliviando dores, melhorando a memória e sendo um grande estimulador de atividades físicas. Nesse sentido, foi realizada na última sexta-feira (30) a segunda edição do 5º Rim Som, evento que levou música ao vivo aos pacientes, servidores e colaboradores do ambulatório de nefrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Além da apresentação musical, foi realizado um bingo com distribuição de brindes e um lanche coletivo. Quando estava internado, Sebastião Neto sentiu falta de tocar e propôs se apresentar para médicos e pacientes | Fotos: Divulgação/ Agência Saúde A supervisora de enfermagem da unidade, Camila Godoy, explica que o nome vem de uma brincadeira entre os servidores e pacientes. Segundo a supervisora, a ideia veio do paciente Sebastião Neto, que é músico e se ofereceu para apresentar com seu grupo, o Regional Tempo Bom, no ano passado. “Em 2023, minha recuperação estava muito difícil, sentia bastante falta de tocar. Então, senti a necessidade de trazer a música tanto para mim quanto para os outros pacientes. Foi autorizado pela chefia e fizemos uma apresentação, o pessoal gostou muito”, relata Sebastião, que também se apresentou na festa deste ano. Outro componente do grupo é o médico aposentado da Secretaria de Saúde (SES-DF), Dimas Gadelha. Desde que se afastou do trabalho, ele tem se dedicado à prática do acordeom e destaca os benefícios da musicalidade para a saúde. “A música é capaz de ativar o centro de prazer do cérebro, estimula a liberação de dopamina e causa a sensação de bem-estar. Por isso, tem sido bastante utilizada pelos médicos como tratamento de diversos problemas”, explica. Internada há 25 dias, Edinir Souza comemorou a presença dos músicos. “Geralmente aqui é bem quieto. Como ficamos bastante tempo nos recuperando, uma musiquinha é boa para nos animar. Todo mundo ficou a semana toda esperando o dia da festa”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Força-tarefa para cirurgias de fissura labiopalatina vai atender mais de 320 pacientes
Nesta segunda-feira (2), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) iniciou uma força-tarefa para a realização de cirurgias corretivas de pacientes com fissura labiopalatina – malformação que acomete uma a cada 650 crianças nascidas em todo o mundo. Mais de 320 bebês, crianças e adultos vão passar por esses procedimentos cirúrgicos, no Hran. A equipe multiprofissional da Secretaria de Saúde (SES-DF), formada por quatro cirurgiões plásticos e profissionais de outras especialidades, que atua nesses casos acompanha os pacientes diagnosticados e realiza as cirurgias. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, celebra o início da força-tarefa, uma vez que o DF é referência nesses tipos de casos. “Estamos absolutamente focados no enfrentamento de todas as demandas reprimidas na Saúde do DF. É um pedido constante do nosso governador Ibaneis Rocha. São novos processos de trabalho para atender a população nas suas necessidades, e as cirurgias das crianças e adultos com lábio leporino e/ ou fenda palatina são prioridades. Agradeço à equipe multidisciplinar do Hran, sob a condução do doutor Marconi Delmiro, que de pronto aceitou o desafio em realizar essas cirurgias”. Força-tarefa de cirurgias no Hran é formada quatro cirurgiões plásticos e profissionais de outras especialidades | Foto Jonathan Cantarelli / Agência Saúde-DF Para a professora Beatriz Carneiro, 24, a cirurgia vai muito além da correção do lábio e do palato. “Uma equipe tão boa e um resultado tão satisfatório vêm para melhorar a condição social do meu filho”, diz. Mãe de Benício, de sete meses, ela faz o acompanhamento no Hran (referência nesse tipo de tratamento na região Centro-Oeste), desde o nascimento da criança. “Recebi no hospital todo o acolhimento sobre a situação do Benício. Me tranquilizaram”, complementa. Novos processos, mais assistência A força-tarefa ganhou espaço após a reforma do centro-cirúrgico do hospital e a mobilização da equipe, formada por pediatras, cirurgiões, odontólogos, nutricionistas, enfermeiros e técnicos em enfermagem, dentre outros profissionais. O diretor do Hran, Paulo Henrique Cordeiro, celebra o envolvimento de vários setores do hospital para assegurar a realização dessas cirurgias corretivas. “Há uma mobilização dos profissionais do centro cirúrgico, da farmácia, do laboratório, da radiologia, e também do ambulatório. Assim conseguimos ampliar a oferta para os procedimentos eletivos, trazendo a celeridade”, detalha. O atendimento rápido foi elogiado pela Thaís Santos, 22. Logo após o nascimento de Ana Catarina, 7 meses, no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), e diagnostica com a malformação, mãe e a filha foram encaminhadas ao Hran. “Uma semana após a alta, comecei a ser acompanhada pela equipe da Asa Norte. Sempre passamos o dia todo no hospital, porque são muitos especialistas cuidando do caso dela”, diz. Coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, o cirurgião plástico Marconi Delmiro destaca a importância do acompanhamento de cada paciente. “Tem o tempo certo para operar os lábios e as fendas de palato”, explica. Segundo o médico, após a cirurgia reparadora, o paciente passa a comer sem dificuldades, o que permite também o desenvolvimento da fala sem sequelas. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Primeira cirurgia para combate a diabetes tipo 2 no Hran completa cinco anos
Neste ano, a primeira cirurgia de combate a diabetes tipo 2 do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) completa cinco anos. Realizada desde 2019, a cirurgia metabólica, chamada de “bypass gástrico”, contribui para produção da enzima que atua no controle de açúcar no sangue. Considerado minimamente invasivo, o procedimento desvia o alimento do estômago diretamente para o final do intestino, onde é produzida uma substância que atua no pâncreas e o faz produzir insulina mais rápido. Com isso, os níveis de glicose no organismo são reduzidos. Realizada desde 2019, a cirurgia metabólica contribui para produção da enzima que atua no controle de açúcar no sangue | Foto: Matheus Oliveira/ Agência Saúde A diabetes tipo 2 surge justamente quando o pâncreas não consegue produzir insulina o suficiente para manter as taxas de glicose normais. A diabetes é uma doença adquirida, normalmente relacionada a sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Para Silma Solange Silva, 50 anos, operada em agosto de 2023, a cirurgia foi uma verdadeira mudança de vida. Em 2019, os índices glicêmicos da vendedora caíram a ponto de precisar de internação por dias, em coma induzido. Após a recuperação, ela entrou na fila para realizar o procedimento. “A parte mais difícil foi o peso, porque eu estava com 93 kg e precisava estar com pelo menos 90 kg. A recuperação foi tranquila e toda a semana ia ao médico, ao nutricionista, ao endocrinologista. A equipe toda foi muito atenciosa”, conta. Silma destaca que a cirurgia não só melhorou a saúde física dela, mas ajudou na saúde mental e na autoestima. “A cirurgia mudou muito minha vida porque eu tinha de viver tomando medicamento, sentia muito mal-estar e passava muita restrição. Hoje, sou super-realizada. Espero que mais pessoas busquem essa cirurgia, porque traz novas perspectivas”, ressaltou. Entre as vantagens do procedimento cirúrgico, incluem-se perda de peso duradoura nos pacientes que mantêm a mudança de hábito alimentar e a prática de atividades físicas regulares. Preparo e recuperação A nutricionista da equipe de cirurgia metabólica do Hran, Lilian Barros, explica que o preparo para o procedimento começa com a orientação ao paciente de seguir um plano alimentar para adequação do peso e controle glicêmico. Na semana antes da cirurgia, é prescrita uma dieta de mais fácil digestão e, três dias antes, uma dieta líquida. Após a cirurgia, é iniciado novamente uma dieta líquida, que evolui ao passar das semanas, conforme a aceitação e progresso do paciente. “O paciente deve ter a preocupação de manter esse acompanhamento com a equipe, seguir a suplementação nutricional e manter estilo de vida com alimentação saudável e atividade física” Lilian Barros, nutricionista A especialista destaca que a recuperação pós-procedimento é rápida – a alta hospitalar ocorre 48 horas após a cirurgia e, em 15 dias, é permitido o retorno às atividades habituais – mas o acompanhamento é constante. “O paciente é acompanhado semanalmente pela equipe no primeiro mês e a periodicidade vai evoluindo com o tempo. O paciente deve ter a preocupação de manter esse acompanhamento com a equipe, seguir a suplementação nutricional e manter estilo de vida com alimentação saudável e atividade física”, reforçou. Operada em 2020, Tânia Maria dos Anjos diz que os resultados valeram a pena | Foto: Arquivo pessoal Para Tânia Maria dos Anjos, 61 anos, operada em 2020, foi um grande desafio seguir a dieta durante a recuperação, mas os resultados valeram a pena. “Mudou tudo. Minha saúde e qualidade de vida. Não fico usando insulina, me furando o tempo todo. Posso usar roupas que ficam bem em mim. Sou bem mais feliz e grata”, elogiou. Indicações e contraindicações O procedimento só pode ser realizado em pacientes que tiveram o diagnóstico há menos de 10 anos e foram acompanhados por dois anos por um endocrinologista, comprovando a resistência a outros tratamentos clínicos – como mudanças de estilo de vida, dieta, exercícios físicos, antidiabéticos orais ou injetáveis. Além disso, é necessário que o paciente esteja com o IMC entre 30 kg/m² e 34,9 kg/m² e idade entre 30 e 70 anos. São contraindicados pacientes em casos de abuso de álcool, dependência química, depressão grave com ou sem ideação suicida, com psicoses graves, com transtorno de comportamento alimentar (bulimia nervosa) ou portadores de qualquer doença mental que o psiquiatra contraindique o procedimento. A cirurgia também é contraindicada em casos de insuficiência orgânica grave e descompensada; doenças inflamatórias do trato digestivo; doenças neoplásicas malignas; paciente com diabetes de origem autoimune (tipo 1 e LADA); doenças imunológicas que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco; e síndromes demenciais, que comprometam o discernimento da cirurgia e adesão nas consultas da equipe. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran celebra dia de conscientização sobre fissura labiopalatina com festa junina para pacientes
Carinho, cuidado e acolhimento. Essas são as palavras mais usadas pelos pais e pacientes de fissura labiopalatina para destacar o trabalho multidisciplinar ofertado pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento da malformação que mais acomete a face do ser humano. “Desde o sexto mês de gestação, a equipe daqui me acompanha, me dando todo o suporte”, diz Bruna Borges, mãe de Cristiano, de 5 anos, que fez a primeira cirurgia aos sete meses e está em tratamento da fissura labiopalatina | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Quando chegamos aqui no Hran, fomos abraçados pela equipe. Nos passaram muita tranquilidade e nos acolheram com todos os nossos medos”, ressalta Natália de Oliveira, mãe do pequeno Danton, 2 anos, que nasceu com a fissura labial. O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran funciona desde 2013, atendendo pessoas vindas de várias regiões do Brasil. Funciona segunda-feira, das 13h às 18h, para consultas de avaliação, e nos demais dias, das 8h às 18h, para consultas agendadas com profissionais da equipe Ela explica que o diagnóstico de Danton foi feito ainda na gestação por meio de uma ultrassonografia morfológica e, desde então, os pais começaram a procurar informações sobre o assunto. “Antes mesmo de ele nascer, passamos por aqui e a equipe multidisciplinar nos deu orientação e acolhimento”, lembra. A história de Danton é contada pelo pai, o escritor Luiz Lukas Copaseut, no livro Meu Sorriso Singular, lançado na última segunda-feira (24), Dia de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina. “De certa forma, o livro é uma celebração da vida do Danton e das crianças que nascem com a fissura labiopalatina”, ressalta. Danton é o paciente mais novo a ser atendido pelo serviço do Hran, com a primeira consulta aos dois dias de vida. Bruna Borges, 34, mãe de Cristiano, 5, também destaca o atendimento no Hran: “Desde o sexto mês de gestação, a equipe daqui me acompanha, me dando todo o suporte”. Cristiano fez a primeira cirurgia aos sete meses e a segunda com um ano e sete meses. Em meio ao tratamento da fissura labiopalatina, a mãe aponta que ele é uma criança “sapeca, que corre e conversa muito”. “Precisamos dessa conscientização de que a doença tem tratamento e que a gente consegue devolver a criança ao convívio social antes da fase escolar” Marconi Delmiro, coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran Depois de procurar tratamento para o filho até em São Paulo, Loyane Barbosa encontrou no Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran a ajuda de que precisava. Ela é mãe de Pedro Rafael, 12, que foi submetido a cirurgia para correção da malformação em 2016, aos 4 anos. “Passamos por um grande percurso até saber do tratamento aqui no Hran. No momento em que mais precisamos de acolhimento, achamos aqui. A equipe é dez”, avalia. Atualmente, Pedro Rafael realiza o tratamento no hospital com acompanhamento odontológico e leva uma vida normal. O Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran conta com profissionais de fonoaudiologia, ortodontia, cirurgia plástica, nutrição, pediatria, serviço social, enfermagem e psicologia | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde Coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, o médico cirurgião-plástico Marconi Delmiro explica que o tratamento começa com três a seis meses de vida e vai até a adolescência ou até a fase de adulto-jovem, dependendo da complexidade do caso. “São inúmeras cirurgias, do lábio, do palato, de enxerto alveolar, cirurgia no nariz [rinoplastia], cirurgia de avanço de maxilar, entre outras. É um tratamento longo e complexo”, informa. O tratamento é longo, mas os pacientes conseguem a reabilitação, muitas vezes, sem o comprometimento da fala ou de outra sequela provocada pela malformação. “Precisamos dessa conscientização de que a doença tem tratamento e que a gente consegue devolver a criança ao convívio social antes da fase escolar”, explica o médico do Hran. Serviço de Atendimento aos Fissurados do Hran O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran funciona desde 2013, atendendo pessoas vindas de várias regiões do Brasil. Atualmente, tem cadastrados mais de dois mil pacientes, entre crianças, adolescentes e adultos. Funciona segunda-feira, das 13h às 18h, para consultas de avaliação (primeira consulta), e, nos demais dias, das 8h às 18h, para consultas agendadas com profissionais da equipe. A lei 14.404/2022 instituiu 24 de junho como o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina. A data foi criada para divulgar informações sobre a malformação congênita e contribuir para a diminuição do preconceito com as pessoas acometidas. *Com informações do IgesDF
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Hospital Regional da Asa Norte é referência no tratamento do vitiligo
Uma mancha pequena na mão direita foi o que fez o aposentado Moacy Vitorino de Andrade, 62, procurar atendimento médico. A perda da coloração da pele, com aparecimento de manchas brancas de tamanho variável, é a principal característica do vitiligo. A doença não é contagiosa e pode ocorrer em qualquer tipo de pele. Não tem cura, mas possui tratamento. Moacy Andrade faz tratamento com fototerapia, que já rendeu bons resultados: “Tenho visto melhoras de 70% e estou satisfeito” | Foto: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF O diagnóstico de Moacy foi feito em 2015, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), identificando manchas no rosto, mãos, pé e axilas. Desde então, ele faz acompanhamento e tratamento na unidade com fototerapia. “Já rendeu resultados, principalmente na região do rosto – tenho visto melhoras de 70% e estou satisfeito com o tratamento”, conta o morador de Valparaíso de Goiás. O vitiligo é marcado pela diminuição ou ausência das células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele. Autoimune, a doença faz com que os melanócitos, células que produzem o pigmento melanina, sejam atacados pelo próprio sistema imunológico do paciente. A origem pode ser genética ou desencadeada após traumas emocionais. Entre as opções terapêuticas, está o uso de medicamentos que induzem à repigmentação das regiões afetadas. Também é possível utilizar tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos. Tratamento “Tem que ter paciência e tratar aos poucos” Odília Pereira, técnica de enfermagem O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência em dermatologia na rede pública de saúde do DF e oferece tratamento com equipamento de fototerapia. A técnica utiliza lâmpadas ultravioletas, não é invasiva e pode ser aplicada paralelamente ao uso de medicamentos. A técnica de enfermagem Odília Pereira, 37, moradora de Santa Maria, faz tratamento desde os 8 anos de idade com medicamentos tópicos para controle das manchas nas regiões das mãos, pernas, braços e axilas. Há dois anos, ela iniciou o tratamento de fototerapia no Hran. “A melhora está sendo muito positiva, e estou vendo resultados de quase 90%”, afirma. “Tem que ter paciência e tratar aos poucos”. “Existem várias opções de tratamento – cremes, medicamentos orais, laser – que visam estacionar a evolução da doença e repigmentar as áreas afetadas, o que favorece seu controle”, explica a médica Ana Carolina Igreja, referência técnica distrital (RTD) de dermatologia da Secretaria de Saúde (SES-DF). Possíveis causas A dermatologista responsável pelo setor de fototerapia do Hran, Cibele Caminha Corrêa, ressalta que fatores estressantes – como separações, perda de algum familiar ou mesmo a tensão acentuada no trabalho – podem desencadear ou interferir diretamente na evolução e no tratamento da doença. “É recomendado aos pacientes o acompanhamento psicológico para que consigam ter uma melhor evolução e controle do quadro”, indica. “É importante também a consciência de combate ao preconceito, ressaltando que não se trata de uma doença contagiosa” Cibele Carminha Corrêa, dermatologista do Hran O paciente deve evitar exposição solar e o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito e pressão sobre a pele, além de buscar controlar o estresse. Segundo a especialista, o vitiligo não compromete a saúde física, mas está associado a graves complicações sociais. “As manchas que ficam em áreas muito expostas da pele podem interferir na qualidade de vida e no bem-estar desse paciente, assim como no relacionamento social”, aponta. “É importante também a consciência de combate ao preconceito, ressaltando que não se trata de uma doença contagiosa.” Incidência e diagnóstico Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo atinge ao menos 1 milhão de brasileiros. As manchas podem se manifestar em um ou nos dois lados do corpo, como em ambas as mãos, pés e joelhos. Pelos e cabelos também podem perder a coloração. Em geral, inicialmente as manchas surgem em extremidades, como mãos e pés, e também nariz e boca. A evolução é incerta, e períodos de intensificação ou reativação podem ocorrer durante toda a vida do paciente, com surgimento de novas manchas ou aumento das pré-existentes. O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico. O acesso ao atendimento na rede pública é feito por meio do encaminhamento pela unidade básica de saúde (UBS) para um dos ambulatórios de dermatologia. Diversas unidades hospitalares da rede também dispõem de dermatologistas, como os hospitais Materno Infantil de Brasília (Hmib), da Criança de Brasília (HCB), Universitário de Brasília (HUB), Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), Policlínica do Guará e os hospitais regionais de Taguatinga (HRT), de Brazlândia (HRBZ), de Ceilândia (HRC) e de Samambaia (Hrsam). *Com informações da Secretaria de Saúde
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CrisDown comemora 11 anos de referência no cuidado da Síndrome de Down
Modelo nacional no tratamento de pessoas com a síndrome, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) celebrou 11 anos nesta sexta-feira (12). A comemoração reuniu cerca de 50 pessoas, entre usuários, familiares e profissionais da saúde, em tendas montadas na parte externa do Adolescentro, na Asa Sul. Hoje são atendidas cerca de 2.300 famílias, que têm acesso a uma equipe interdisciplinar, composta por psicólogo, nutricionista, cardiologista, ortopedista e fisioterapeuta, entre outros. O acompanhamento é oferecido a todas as faixas etárias, desde bebês até adultos. Hoje são atendidas cerca de 2.300 famílias. O acompanhamento é oferecido para todas as faixas etárias, desde bebês até adultos | Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF Para a fisioterapeuta e coordenadora do CrisDown, Carolina Valle, “a importância de comemorar esse aniversário é dar uma maior visibilidade às pessoas com síndrome de Down. Faz com que todas realmente sejam vistas e incluídas”. É o caso de Ana Cristina, 28 anos, que estava acompanhada da mãe, Maria Socorro Gomes. A jovem frequenta o CrisDown desde o início do serviço, há 11 anos. “Hoje ela participa de um grupo de adultos. Eles se encontram uma vez por semana e trabalham a autonomia nas atividades diárias. Minha filha não escovava os dentes, agora ela já escova sozinha, já aprendeu. Na parte social, estão trabalhando muito bem e eles estão respondendo”, compartilha Maria Aparecida. O CrisDown compõe a rede de assistência da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). As famílias podem procurar diretamente o CrisDown, não é necessário encaminhamento. Para ser atendido, é preciso entrar em contato pelo número de WhatsApp (61) 99448-0691 e agendar o atendimento, que ocorre sempre às sextas-feiras. O CrisDown compõe a rede de assistência da SES-DF e é referência nacional no tratamento de pessoas com a síndrome | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Foi o que fez Jaqueline Tavares assim que soube que sua filha, Tainá, tinha a síndrome. Hoje com 8 anos, a menina passou a ser assistida ainda com poucos meses de vida. “Ela já fez terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia e hoje é acompanhada pela pediatra. Faz muita diferença, ajuda muito no desenvolvimento dela. Na fala, na coordenação motora. Principalmente porque acompanhamos desde que ela nasceu”, compartilha Jaqueline. Segunda a coordenadora do CrisDown, assim que uma família procura o serviço, a equipe realiza uma triagem para entender as necessidades individuais do usuário. “Fazemos uma estratificação de risco, que aponta todas as particularidades que dizem respeito ao conjunto de sintomas que têm na Síndrome de Down. Assim, nós conseguimos identificar como está a saúde da pessoa e intervir no que é necessário”, explica Valle. O CrisDown compõe a rede de assistência da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). As famílias podem procurar diretamente o centro, não é necessário encaminhamento Durante as festividades, os usuários puderam desfrutar de música, um lanche coletivo e de um momento de fala dos gestores e autoridades. O deputado distrital Eduardo Pedrosa comentou a importância do centro para a saúde da população. “Ele foi desenvolvido através do esforço de muitas pessoas, como a gente está vendo aqui hoje. Servidores e profissionais da saúde que se dedicaram para tentar constituir uma rede de suporte às pessoas com Síndrome de Down no DF. O atendimento se tornou referência exatamente por ter esse cuidado em ter um local específico, uma equipe específica para suporte a essas famílias”, afirma. A especificidade do tratamento também foi um ponto salientado por Vale. “A importância do centro é um olhar mais individualizado, mais especializado, voltado realmente para o que as pessoas com a síndrome necessitam na questão da saúde”, completa. Nova sede Atualmente, o CrisDown funciona nas dependências do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Entretanto, está prevista a construção de um espaço próprio, na quadra 612 da Asa Sul. A planta estrutural do novo local já está pronta e agora é a fase dos projetos complementares. A previsão é que as obras comecem ano que vem. Ana Cristina, 28, frequenta o CrisDown desde o início do serviço, há 11 anos. “Hoje ela participa de um grupo de adultos”, compartilha a mãe da jovem, Maria Socorro Gomes | Foto: Lorena Santana/Agência Saúde-DF “Com a mudança, poderemos oferecer um melhor atendimento, oferecer mais capacitação para outros profissionais e trazer a universidade para perto da gente. Poderemos provar que síndrome de Down não é um bicho de sete cabeças, ela só precisa ser assistida e cuidada em alguns detalhes para que a gente possa dar oportunidade para esses meninos voarem, é o que a gente mais deseja”, finaliza a coordenadora. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Palestra no Hospital Regional da Asa Norte debate distúrbios do sono
Para marcar o Dia Mundial do Sono, lembrado nesta sexta-feira (15), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em parceria com a Associação Brasileira do Sono (ABS), reuniu especialistas para discutir o tema Sono para todos: dormir faz bem. Profissionais alertaram sobre a importância de perceber sinais que atrapalham o corpo a descansar, como problemas respiratórios. “É fundamental que as pessoas reflitam sobre a qualidade do sono, reconhecendo os sinais de uma noite mal dormida, como a falta de sono reparador, a sensação de cansaço ao acordar e a percepção de baixo desempenho nas atividades”, explica o presidente da regional Distrito Federal da ABS, Paulo Marsiglio Neto. Os participantes receberam material informativo impresso e presenciaram minipalestras com psicólogos, psiquiatras, neurologistas, dentistas, entre outros | Fotos: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF Os participantes receberam material informativo e presenciaram minipalestras, nas quais psiquiatras, neurologistas, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, entre outros, abordaram assuntos relacionados aos distúrbios respiratórios do sono, como a insônia e a apneia obstrutiva. “Abordar essas questões tão comuns na sociedade atual e disseminar informações não apenas promove qualidade de vida, mas também previne riscos de doenças associadas aos distúrbios não tratados, como problemas cardiovasculares e derrames”, afirma o especialista em sono, Anderson Albuquerque. ”Preciso desse conhecimento para ter uma boa qualidade de vida”, afirma a aposentada Matilde da Silva, que sofre de insônia A aposentada Matilde da Silva, 66 anos, sofre de insônia e aproveitou o evento gratuito e aberto à população para buscar orientações. “Não dormir me causa muita dor de cabeça, minha pressão sobe, fico irritada e indisposta ao longo de todo o dia. Preciso desse conhecimento para ter uma boa qualidade de vida”, reconhece. Paciente do ambulatório do sono do Hran, a autônoma Angelina Aparecida Santos, 57, lida com a apneia, um distúrbio que afeta a respiração, fazendo com que a pessoa pare de respirar uma ou mais vezes ao longo de uma única noite de sono. “As informações adequadas nos auxiliam a tratar de maneira eficiente a saúde do nosso sono”, avalia. Assistência especializada O Hran é referência no DF e tem um ambulatório dedicado a tratar distúrbios do sono. A polissonografia é o principal exame realizado. Com estrutura ampliada em 2023, o local tem cinco quartos com cortinas blackout e isolamento acústico para garantir o conforto dos pacientes durante o exame. Ao ano, são realizadas, em média, 600 polissonografias. O procedimento consiste na aplicação de um conjunto de eletrodos e sensores no corpo do paciente para monitorá-lo enquanto dorme. Os dispositivos registram várias respostas do organismo, como a atividade cerebral, os movimentos oculares e a atividade elétrica de nervos e músculos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hospitais da rede pública do DF são referência no combate ao câncer
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) conta com hospitais de referência no combate a diversos tipos de câncer. É o caso do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e do Hospital de Base (HBDF). No Distrito Federal, em 2023, foram realizadas cerca de 59 mil consultas em pacientes com câncer na rede pública e quase duas mil internações para cirurgias oncológicas, sendo 1,3 mil mulheres e 617 homens. Ao longo do ano anterior, a oncologia do HRT foi renovada para oferecer um melhor atendimento aos pacientes. Na ampliação, o ambulatório passou de três para dez consultórios médicos e multiprofissionais. A enfermaria da ala foi completamente reformada e agora possui 18 leitos. Além disso, a unidade conta com um parque de radioterapia moderno e realiza, em média, 540 tratamentos de quimioterapia e mais de mil atendimentos ambulatoriais por mês. O espaço abriga uma equipe multiprofissional especializada na área de câncer, composta por assistente social, cirurgião dentista, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, médicos oncologistas, paliativistas, cirurgiões oncológicos, nutricionista e psicólogos. A abordagem visa atender integralmente a vida dos pacientes, desde casos simples até os mais complexos. No ano passado, a oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) passou por reforma para ampliação do ambiente para um melhor atendimento aos pacientes com câncer. A unidade realiza, em média, 540 tratamentos com quimioterapia e mais de mil atendimentos ambulatoriais por mês | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Paciente do HRT, a moradora do Sol Nascente Ana Vânia Gonçalves Soares, 51 anos, descobriu um câncer de mama em 2022. Ela passou por quimioterapia, cirurgia e, no momento, está fazendo radioterapia. “Fui bem acolhida pela equipe médica e pelos enfermeiros durante todos os processos. São ótimos profissionais, só tenho a agradecer pelo carinho e profissionalismo”, elogia. Os serviços oferecidos na área oncológica incluem ambulatório multiprofissional, enfermaria especializada nos cuidados do paciente, farmácia e centro de radioterapia. O HRT também disponibiliza suporte psicológico e acompanhamento integral ao usuário e seus familiares. Cura no diagnóstico precoce [Olho texto=”“O câncer não faz distinção de idade, gênero ou classe social. A detecção precoce amplia consideravelmente as chances de cura. Cada paciente merece um tratamento personalizado, sendo o cuidado integral fundamental” assinatura=”José Henrique Barbosa de Alencar, diretor do HRT” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que até 2025 o Brasil terá mais de 2,1 milhões de diagnósticos oncológicos – uma média de 725 mil casos por ano. Nesse cenário, o Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado no dia 4 de fevereiro, aparece como um alerta à informação e aos cuidados contra os diversos tipos da doença. O diretor do HRT, José Henrique Barbosa de Alencar, destaca que a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são alicerces essenciais na batalha contra essa enfermidade que impacta milhões de pessoas em todo o mundo. “O câncer não faz distinção de idade, gênero ou classe social. A relevância da data reside, então, em unir esforços para educar, prevenir e apoiar, diminuindo o impacto da doença nas vidas das pessoas e de suas famílias. A detecção precoce amplia consideravelmente as chances de cura. Cada paciente merece um tratamento personalizado, sendo o cuidado integral fundamental”, avalia. Barbosa reforça que a prevenção também é muito importante, pois muitos tipos de câncer podem ser evitados por meio de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além da realização de exames de rotina e de proteger-se contra a exposição excessiva ao sol. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são alicerces essenciais na batalha contra essa enfermidade que impacta milhões em todo o mundo | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF, Gustavo Bastos Ribas, explica que o câncer é uma doença genética causada pelo acúmulo excessivo de mudanças na sequência do DNA de uma célula normal, acarretando alterações, perdas ou amplificação de genes responsáveis por funções celulares e propriedades de crescimento. “Existem fatores genéticos relacionados ao desenvolvimento do câncer, entretanto, os hábitos de vida também podem influenciar”, garante. Vários procedimentos podem ser realizados na rede da SES-DF. Além dos serviços no HRT, há ainda o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar. Tratamentos cirúrgicos do câncer, por sua vez, podem ser feitos nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), Gama (HRG), Ceilândia (HRC), Sobradinho (HRS), entre outros. “Há vários tratamentos, nas mais diferentes fases da doença como cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia hormonal”, exemplifica Ribas. Para a aposentada Maria de Fátima Paixão de França, 68 anos, o atendimento no HUB fez diferença quando passou por uma cirurgia parcial de retirada de mama em 2017. “Logo depois que coloquei meu nome na lista de espera, já me chamaram. O tratamento foi bem-feito e eu fui muito bem-cuidada. Foram 17 sessões de radioterapia e continuo indo para fazer a revisão anualmente. Graças a Deus estou bem, estou curada”, diz aliviada. Casos mais difíceis O Hospital de Base é referência no tratamento oncológico de alta complexidade. O hospital oferece três tipos de tratamento: cirúrgico, quimioterápico ou sistêmico e de radioterapia. Por ano, são realizadas na unidade 22 mil consultas em oncologia clínica, 550 cirurgias oncológicas e tratados 600 pacientes na radioterapia | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF O Hospital de Base é referência no tratamento oncológico de alta complexidade. A unidade possui três tipos de tratamento: cirúrgico, quimioterápico ou sistêmico e de radioterapia. Por ano, são realizadas no local 22 mil consultas em oncologia clínica, 550 cirurgias oncológicas e tratados 600 pacientes na radioterapia. O hospital também é referência para o tratamento de pacientes onco-hematológicos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Chefe da Unidade de Oncologia Clínica do HBDF, Daniel da Motta Girardi endossa o discurso dos especialistas da SES-DF. Segundo ele, quanto mais rápido o câncer for diagnosticado, maior é a chance de cura. “Recomendamos sempre que o paciente esteja vigilante e, ao perceber qualquer sintoma diferente, procure rapidamente o serviço de saúde para ser avaliado.” O especialista aponta que a estimativa é de aproximadamente sete mil casos novos de câncer no Distrito Federal e alerta para a importância da realização dos exames de rastreamento, como a mamografia ao público feminino acima dos 50 anos, exames de colo do útero às mulheres sexualmente ativas e exame de colonoscopia à toda a população a partir dos 45 anos. O HBDF conta, ainda, com um PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons), aparelho de ponta também conhecido como PET Scan. Solicitado pelo médico para detectar tumores ou acompanhar a evolução de um câncer, o exame permite diagnóstico por imagem complementar com alta sensibilidade e especificidade para a maioria dos tumores, capaz de avaliar o corpo inteiro detalhadamente. É realizado, contudo, em casos oncológicos que cumprem os requisitos da Portaria nº 1.340/2014, do Ministério da Saúde. Atualmente discute-se ampliar a utilização do PET em mais sete indicações. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Hospital da rede pública é referência em urgência odontológica 24 horas
Com atendimento 24 horas, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência na área odontológica. O serviço atende uma média mensal de 900 pacientes de todas as regiões do Distrito Federal e de municípios do Entorno. O acesso ocorre por livre demanda, bastando o usuário procurar o pronto-socorro do hospital munido de documento de identificação com foto. Atendimento vai desde a medicação para dor de dente a processos mais complexos | Foto: Divulgação/Agência Saúde Quadros como dor de dente, traumatismos e infecções de origens dentárias são as queixas mais comuns por parte dos pacientes que procuram a urgência, segundo a odontóloga Alessandra Fernandes, referência técnica distrital (RTD) em saúde bucal da Secretaria de Saúde (SES-DF). Os atendimentos também abrangem hemorragias odontológicas e condutas pré-cirúrgicas de preparo dentário a pacientes internados no hospital. [Olho texto=”“Por meio da equipe assistencial e de gestão, buscamos entregar à população um atendimento de excelência em saúde pública” ” assinatura=”Paulo Henrique Gondim, diretor do Hran” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “O pronto-socorro odontológico do Hran é o único serviço de urgência odontológica que funciona 24 horas, sete dias por semana, no Distrito Federal, sendo de extrema importância para a população”, afirma Alessandra. “É nele que a população tem as suas demandas atendidas, principalmente em horários noturnos e nos fins de semana em que as UBSs [unidades básicas de saúde] estão fechadas.” Especialidades diversas O diretor do Hran, Paulo Henrique Gondim, afirma que, durante seus 39 anos de serviços prestados, a unidade hospitalar se consolidou como referência em saúde em outras especialidades. “Durante a pandemia de covid-19, o Hran tornou-se a unidade de combate ao coronavírus, salvando inúmeras vidas”, lembra. “Por meio da equipe assistencial e de gestão, buscamos entregar à população um atendimento de excelência em saúde pública”. Distribuídas nos sete andares do hospital, as unidades de internação, com um total de 286 leitos, realizam o tratamento integral aos pacientes, dentro das múltiplas especialidades médicas. O pronto-socorro do Hran, atualmente, passa por revitalização. O local atende urgência e emergência nas áreas de cirurgia geral, cirurgia plástica, clínica médica, odontologia, ginecologia e obstetrícia, oftalmologia e queimados. O Hran também é referência no atendimento a vítimas de queimaduras no DF, e em 2023 foi credenciado pelo Ministério da Saúde como centro transplantador de pele. Por ano, a Unidade de Queimados atende cerca de 3 mil pacientes. As pessoas atendidas recebem cuidados de uma equipe multidisciplinar, mesmo após a alta hospitalar. Mais serviços O pronto-socorro de queimados do Hran funciona 24 horas, todos os dias. Após os primeiros cuidados, caso seja preciso, o paciente é encaminhado para a internação. A unidade, além de atender moradores do Entorno do DF, é referência para o Centro-Oeste, o norte de Minas Gerais e o oeste baiano. Já o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) do hospital é referência não apenas no Distrito Federal e Entorno, mas para outros estados. Há uma década, a unidade traz em sua trajetória o acolhimento a mais de duas mil famílias, por meio de uma equipe especializada com médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiras e fonoaudiólogas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Outro destaque é o ambulatório de atendimento às pessoas com fissuras labiopalatais (lábio e céu da boca), que reúne uma equipe multiprofissional de 17 profissionais. São cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos, médicos pediatras, otorrinolaringologistas, nutricionistas, enfermeiros, técnicos em enfermagem e voluntários da área administrativa. No início de 2021, o Hran passou a contar com dois ambulatórios dentro do setor de urologia para consultas na especialidade de andrologia. A área é dedicada ao diagnóstico, prognóstico e tratamento a doenças de função sexual e do sistema reprodutivo masculino. O ambulatório de andrologia também se tornou referência no cuidado à saúde do homem no DF. O Hran é destaque ainda em cirurgias plásticas, na técnica de cirurgia bariátrica por meio de laparoscopia, nos resultados alcançados pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) e no laboratório do sono, além de ser credenciado como hospital ensino junto ao Ministério da Educação e Ministério da Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Retinopatia diabética: cuidados para evitar a doença
O descontrole da glicemia, elevando os níveis de açúcar no sangue, é um dos fatores causadores da retinopatia diabética, doença que afeta cerca de quatro milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é ocasionada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho – responsável por captar imagens interpretadas pelo cérebro. A retinopatia diabética é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, prejudicando o tecido no fundo do olho. As principais complicações incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde De acordo com o oftalmologista Fabrício Borges, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), especialista na doença, a retinopatia é a principal causa de cegueira em pessoas com diabetes. Ele alerta que essa complicação pode ser evitada ou controlada com diagnóstico precoce. “É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença. Com diagnóstico e tratamento oportunos, é possível prevenir complicações que podem levar à cegueira. Ela é considerada a maior causa de cegueira na população trabalhadora, abaixo dos 50 anos de idade”, explica Borges. Como prevenir [Olho texto=”“É muito importante que os pacientes diabéticos façam anualmente o exame de fundo de olho da retina para detectar precocemente a doença”” assinatura=”Fabrício Borges, oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran)” esquerda_direita_centro=”direita”] A prevenção da retinopatia diabética envolve o controle dos níveis de açúcar no sangue e a manutenção da pressão arterial em níveis normais. Pessoas com diabetes devem realizar consultas periódicas com o oftalmologista e adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares. O diabetes pode causar sintomas em diversas partes do corpo, não necessariamente associados à condição. As principais complicações da retinopatia diabética incluem visão embaçada ou flutuante, desenvolvimento de glaucoma, descolamento de retina e, em casos extremos, cegueira. O tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), chamado antiangiogênico, é de alto custo, mas essencial para estabilizar e tratar a doença. “Fazemos cerca de 200 procedimentos por mês na rede”, diz Borges. A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as UBSs. Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Hran conta com um quadro de especialistas no uso de antiangiogênicos — medicamentos que têm a possibilidade de inibir o crescimento de vasos sanguíneos anômalos —, contribuindo significativamente para o cuidado eficaz no tratamento. Atualmente, 70 oftalmologistas fazem parte da Secretaria de Saúde (SES-DF). A porta de entrada na rede pública para o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs). Após avaliação, os profissionais encaminham os pacientes para os médicos especialistas. O Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic), no Hospital Regional do Guará (HRGu), ampliou seu horário de funcionamento, buscando dobrar o número de pacientes acompanhados. Os atendimentos ocorrem às terças e quintas-feiras, das 7h às 12h e das 13h às 18h. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Recursos garantidos para centro de atendimento a pessoas com doenças raras
A construção de um bloco no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) para abrigar o Centro de Referência de Doenças Raras (CRDR) avançou nesta reta final de ano. A afirmação foi feita pela governadora em exercício Celina Leão durante entrevista coletiva com blogueiros e blogueiras nesta quinta-feira (28), na residência oficial da vice-governadoria, no Lago Sul. De acordo com Celina Leão, o governo empenhou R$ 18 milhões de um total de R$ 22 milhões para construir o prédio. O restante da obra será financiada com emenda parlamentar do deputado distrital Eduardo Pedrosa no valor de R$ 5 milhões. “São R$ 18 milhões de emendas minhas da época em que era deputada federal e mais R$ 5 milhões que o deputado distrital Eduardo Pedrosa está complementando. É um hospital especializado para cuidar dessas crianças, dessas pessoas. Quem tem uma doença rara precisa de um acompanhamento para o resto da vida, e nós temos um time de geneticistas maravilhosos que trabalham na rede pública, somos referência no Brasil”, afirmou Celina Leão. Governadora em exercício Celina Leão: “Quem tem uma doença rara precisa de um acompanhamento para o resto da vida, e nós temos um time de geneticistas maravilhosos que trabalham na rede pública, somos referência no Brasil” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Segundo a governadora em exercício, o centro de atendimento é uma demanda antiga de associações do DF. “São doenças muitas vezes difíceis de serem tratadas, algumas muito muito raras. E dolorosas também. Então acho que dá o conforto necessário para essas pessoas e para o acolhimento das famílias”, acrescentou Celina Leão. Atualmente, o centro para tratamento de doenças raras funciona em espaço limitado no HAB, que usualmente precisa de apoio de outros unidades hospitalares, como os hospitais Materno Infantil de Brasília (Hmib), Regional da Asa Norte (Hran) e da Criança de Brasília (HCB). Com o novo espaço será possível ofertar um atendimento e prestação de serviço adequados, inclusive para os profissionais que atuam em laboratórios. Balanço de 2023 [Olho texto=”“O ano de 2023 foi de gratidão, de unidade, de muito trabalho. O GDF, todos os dias, fez alguma entrega para a população. E a gente espera que em 2024 seja melhor ainda, que a gente possa trabalhar cada vez mais”” assinatura=”Celina Leão, governadora em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”] Na conversa com os blogueiros, Celina Leão respondeu perguntas sobre educação, saúde, segurança pública e área social e citou a liderança do governador Ibaneis Rocha. Ela enumerou obras de infraestrutura entregues e outras que vão ser concluídas em 2024, a exemplo do viaduto do Itapoã/Paranoá e novas unidades da Casa da Mulher Brasileira. Citou também as creches e escolas que serão entregues e a licitação da terceira faixa de Planaltina (BR-020). “O ano de 2023 foi de gratidão, de unidade, de muito trabalho. O GDF, todos os dias, fez alguma entrega para a população. E a gente espera que em 2024 seja melhor ainda, que a gente possa trabalhar cada vez mais”, frisou.
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Dezembro Laranja destaca cuidados para prevenir o câncer de pele
O sol é aliado da saúde, mas a chegada do verão, acompanhado de temperaturas cada vez mais elevadas, aumenta ainda mais a necessidade de proteger a pele. Por isso, a campanha Dezembro Laranja destaca a conscientização sobre os riscos e os cuidados relacionados ao câncer de pele. Do tipo mais comum entre os brasileiros, ele provoca crescimento anormal e descontrolado das células e representa 30% de todos os diagnósticos do tipo que acometem a pele. A chegada do verão, acompanhado de temperaturas cada vez mais elevadas, aumenta ainda mais a necessidade de proteger a pele. A campanha Dezembro Laranja destaca a conscientização sobre os riscos e os cuidados relacionados ao câncer de pele | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A referência técnico administrativa (RTA) de dermatologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Beatriz Medeiros Ribeiro, reforça os cuidados para prevenção. Ela destaca a importância do uso regular de protetor solar, além de evitar a exposição direta ao sol das 10h às 15h. “Todos os tipos de pele devem ter cuidados com a exposição excessiva ao sol. É preciso utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo, mesmo em dias nublados”, alerta. Além disso, a orientação é reaplicar o produto a cada duas horas ou menos. Para o rosto e o pescoço, a quantidade ideal equivale a meia colher de chá, o que significa dois miligramas de produto para cada centímetro quadrado de superfície de pele, ensina a médica. Nas atividades ao ar livre, sombrinhas ou roupas com proteção UV e chapéus de abas largas também são aliados. “As tatuagens podem esconder lesões, portanto, merecem atenção. Pacientes com histórico familiar de câncer de pele do tipo melanoma precisam fazer avaliação dos sinais anualmente”, acrescenta. Atendimento especializado A Secretaria de Saúde (SES-DF) possui ambulatórios especializados em tratamento e cirurgias para câncer de pele. O paciente com lesão suspeita deve procurar uma unidade básica de saúde (UBS) para avaliação. Caso necessário, ele será encaminhado para consulta com dermatologista na atenção secundária. Entre os sintomas de alerta para o câncer de pele estão manchas que coçam, ardem, descamam ou que sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas difíceis de cicatrizar. Segundo o portal InfoSaúde, de 2017 a 2023, foram realizadas 214 cirurgias de ressecção múltipla de lesão da pele ou tecido celular subcutâneo em oncologia no DF, sendo 33 em 2022 e 18 em 2023. A maioria dos procedimentos ocorreu no Hran e no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Existem diferentes tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer de pele não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando diagnosticada no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura. A dermatologista do Hran Beatriz Medeiros Ribeiro reforça a necessidade de usar protetor solar e examinar manchas e pintas | Foto: Tony Winston/ Arquivo Agencia Saúde [Olho texto=”“O exame clínico feito pelo dermatologista é fundamental para a análise da característica da lesão. Uma pinta preta ou castanha, com contorno irregular das bordas, pode suscitar a presença de um melanoma. Nesse caso, a biópsia da pele é o mais importante para determinar o diagnóstico”” assinatura=”Gustavo Ribas, oncologista e chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] O oncologista e chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Gustavo Ribas, instrui as pessoas a conhecerem seus corpos e ficarem atentas a mudanças ou anormalidades na pele. O câncer de pele pode se assemelhar a pintas, eczemas e outras lesões benignas, atingindo regiões mais expostas ao sol como o rosto, pescoço e orelhas. “O exame clínico feito pelo dermatologista é fundamental para a análise da característica da lesão. Uma pinta preta ou castanha, com contorno irregular das bordas, pode suscitar a presença de um melanoma. Nesse caso, a biópsia da pele é o mais importante para determinar o diagnóstico”, explica. Ribas destaca ainda que qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo ou em tratamento com imunossupressores são mais sensíveis ao sol. “A incidência dos raios UV está cada vez maior no planeta e é cada vez mais necessário a avaliação de cuidados à exposição ao sol, principalmente de pessoas com pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos.” Proteção e prevenção [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) escolheu dezembro, mês marcado pelo início do verão nos países do hemisfério sul, para instituir a campanha Dezembro Laranja. O tema deste ano é Seu sol, sua pele, sua proteção. Cada um com a sua prevenção. A SBD promove campanhas de conscientização e prevenção desde 1999, sendo que desde 2014 a iniciativa recebe o nome de Dezembro Laranja. No Brasil, a previsão é de cerca de 200 mil casos novos de câncer de pele para cada ano do triênio 2023, 2024 e 2025. Fatores de risco ? Possuir membros na família que tiveram câncer de pele; ? Muitas ocorrências de queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo; ? Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo; ? Pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia; ? Diagnóstico anterior de câncer de pele; ? Ter mais de 65 anos. ? Medidas de proteção ? Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares; ? Cobrir as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas; ? Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas (horário de verão); ? Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material; ? Usar filtros solares diariamente, não somente em horários de lazer ou de diversão. Dê preferência a produtos que protejam contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes do almoço; ? Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas; ? Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Chegada do verão liga sinal de alerta para cuidados com o corpo
Nesta sexta-feira (22), começa o que promete ser o verão mais quente dos últimos anos. Altas temperaturas, dias mais longos, noites mais curtas e uma dúvida: como podemos ajudar o nosso corpo a se proteger em tempos de mudanças climáticas e El Niño? Um dos principais reflexos do calor é a desidratação. Por isso, é importante focarmos no consumo de água e outras bebidas que ajudam a hidratar. Mas é preciso estar atento às escolhas. De acordo com Mariana Melendez, nutricionista do ambulatório de obesidade e cirurgia bariátrica do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), sucos, refrigerantes, água com gás e café não são boas opções. Para evitar a desidratação, é importante o consumo de água e outras bebidas que ajudam a hidratar, como a água de coco | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A nutricionista explica que para garantir uma hidratação eficaz, a bebida precisa ser absorvida pela mucosa gastrointestinal com facilidade. “O suco, por exemplo, tem uma concentração muito grande de carboidrato, que dificulta essa absorção e até colabora para a desidratação”, alerta Mariana. “A melhor e mais barata forma de se hidratar é consumindo água mesmo, não tem jeito.” Em média, um adulto saudável deve consumir, diariamente, cerca de 35 ml de água por quilo de peso corporal. Dessa forma, uma pessoa com 60 kg precisa beber 2,1 l de água todos os dias para ficar bem hidratada. “Essa meta deve ser atingida ao longo do dia, de forma fracionada”, afirma a especialista do Hran. “A ideia é manter uma garrafinha ao lado e ir bebendo aos poucos”, ensina. Se você é daquelas pessoas que têm dificuldade para tomar água, uma boa saída é dar um sabor a mais à bebida, adicionando fatias de limão, hortelã ou gengibre. “A água de coco também tem um bom potencial hidratante. E o uso de isotônicos só deve ser feito mediante prescrição, porque seu índice de carboidrato pode influenciar na dieta da pessoa”, avisa. Leve e saudável É indicado o consumo de frutas, principalmente as que têm bastante quantidade de água e são ricas em vitamina C, como melancia, abacaxi, melão e laranja | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O calor extremo afeta diretamente a nossa disposição. Que atire a primeira pedrinha de gelo quem nunca se sentiu prostrado ou com dor de cabeça diante das altas temperaturas. Para minimizar esses sintomas, vale apostar em uma alimentação leve, rica em vegetais e frutas. É o que ensina Juliana Almeida, nutricionista do Restaurante Comunitário de Arniqueira. “O consumo de frutas como melancia, abacaxi, melão e laranja é muito bem-vindo. Todas elas têm bastante quantidade de água e são ricas em vitamina C”, observa a especialista. “Também é interessante aumentar o consumo de vegetais folhosos, como alface, rúcula, couve… Além de leves, são muito nutritivos”, complementa. Frituras e alimentos gordurosos, garante Juliana, só pioram a sensação de moleza, tão comum nos dias mais quentes. “Comidas pesadas acabam exigindo que o corpo gaste mais energia no processo de digestão. Por isso, dão uma sensação de cansaço depois de consumidas, em especial no calor”, explica. Gostou das dicas? Então, está na hora de colocá-las em prática. Juliana montou um cardápio com prato principal e sobremesa que promete refrescar até os dias mais quentes de verão. Partiu cozinha! Arte: Agência Brasília
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Hospital Regional da Asa Norte completa 39 anos e ganha homenagem da CLDF
Nesta segunda-feira (4), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) completou 39 anos de existência. Para celebrar a data, foi realizada uma sessão solene na própria unidade, promovida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Houve apresentação musical, bolo e entrega de moção de louvor a servidores. Secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi, lembrou que o Hran desempenha papel de hospital escola e contribui na formação de vários profissionais | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Representando a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi, destacou que o momento é especial para reconhecer não apenas a passagem do tempo, mas também a missão do hospital em servir a comunidade. “Ao longo dessas quatro décadas, o Hran se estabeleceu como um farol de esperança, oferecendo cuidados excepcionais em diversas especialidades médicas. De queimaduras à cirurgia bariátrica, de pediatria à geriatria. Cada serviço reflete a busca incessante por proporcionar o melhor atendimento aos pacientes”, afirmou durante o evento proposto pelo deputado distrital Jorge Viana (PSD). A unidade conta atualmente com 81 leitos de pronto-socorro nas áreas de cirurgia geral, cirurgia plástica, clínica médica, odontologia, ginecologia e obstetrícia, oftalmologia, pediatria, queimado; e 286 para internações em outras especialidades. Além de focar no cuidado e na cura, o Hran possui ainda função de Hospital de Ensino, credenciado pelos ministérios da Educação (ME) e da Saúde (MS). O Ambulatório de Mola, por exemplo, é referência em formação de futuros profissionais de medicina e de residentes que desejam aprender técnicas de tratamento à chamada “mola hidatiforme” ou “gestação molar” – doença com causas ainda desconhecidas, que ocorre quando há fecundação anormal do óvulo. Vânia Costa: Paciente é acompanhada desde 2019 pela equipe da Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), após sofrer um acidente doméstico e queimar 18% de seu corpo “O Hran é uma instituição de grande complexidade de serviços e que possui atuação exemplar de seus profissionais, com ampla atenção assistencial à população do DF. Merece todas as homenagens”, enfatizou Viana. Modelo de assistência Da urgência à reabilitação, o Hran é referência em diversos serviços, especialmente no atendimento a vítimas de queimaduras. A Unidade de Queimados recebe, por ano, cerca de 3 mil pacientes, cuja média de internação é de 10% (cerca de 300 casos anuais). As pessoas atendidas recebem cuidados de uma equipe multidisciplinar, mesmo após a alta hospitalar. É o caso de Vânia Costa, 56, que sofreu um acidente doméstico em 2019 e teve 18% do corpo queimado. “Sempre fui muito bem atendida aqui, a equipe é excelente. Faço fisioterapia e sou acompanhada pelo menos a cada seis meses com dermatologista. Todos aqui trabalham com muito amor e carinho”, avaliou. Submetida à cirurgia bariátrica em 2022 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Tatiany Alves continua a ser acompanhada por equipe multidisciplinar da unidade No início deste ano, seis médicos do Hran receberam do MS a autorização para fazer transplantes de pele. O procedimento já era realizado, mas por meio de concessões emergenciais. Com a anuência, a equipe da Secretaria de Saúde (SES-DF) pode agora solicitar diretamente aos bancos de pele e, de forma inédita, coletar pele de doadores de tecidos – assim como ocorre com coração, rins e córnea, por exemplo. Dentre os serviços que são referência no Hran está também o Ambulatório de Cirurgia Bariátrica. Paciente da unidade, Tatiany Morais, 49, é acompanhada por equipe multidisciplinar desde antes de seu procedimento cirúrgico, em outubro de 2022. “Consegui emagrecer 67 quilos e sigo tendo consultas regularmente com toda a equipe, incluindo nutricionista, cirurgiã e dermatologista. São todos maravilhosos, me atendem superbem, com humanização. Estou muito feliz com os meus resultados”, avaliou. [Olho texto=”“Os trabalhadores do hospital mostraram sua dedicação e seu amor pela profissão. Éramos, na época, linha de frente da atenção e do cuidado ao paciente com covid-19. Vivemos momentos inimagináveis e desafiadores. Agradeço a todos pela garra”” assinatura=”Paulo Roberto da Silva Júnior, superintendente da Região de Saúde Central” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já o Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran, há 20 anos no DF, é modelo não apenas na capital, mas em toda a região Centro-Oeste. O ambulatório possui equipe interdisciplinar de 17 profissionais, como cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas e fonoaudiólogos, psicólogos, médicos pediatras, otorrinolaringologistas, nutricionistas, dentistas, enfermeiros e técnicos em enfermagem. As fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas mais comuns entre as que ocorrem na cabeça e no pescoço. Estima-se que, no mundo, ocorra um caso de fissura a cada 700 nascimentos. Outro destaque no hospital é o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que comemorou uma década de funcionamento em abril deste ano. Modelo nacional no tratamento de pessoas com a síndrome, a unidade traz em sua trajetória o acolhimento a cerca de 2.100 famílias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o público masculino, a referência é o Ambulatório de Andrologia e Saúde do Homem. O local atende pacientes de todo o DF, encaminhados via Complexo Regulador. Mensalmente, é realizada uma média de 140 consultas. Único hospital a trabalhar com intervenções do tipo, o Hran é também modelo em cirurgia de catarata e glaucoma congênitos em crianças e adolescentes. Um dos ambulatórios de oftalmologia da unidade é exclusivo ao atendimento de pacientes de até 15 anos. Covid-19 No período da pandemia, o hospital foi a referência no atendimento a casos de coronavírus dentro da capital. Um reflexo da atuação dos profissionais, segundo o superintendente da Região de Saúde Central, Paulo Roberto da Silva Júnior, presente na solenidade de comemoração. “Os trabalhadores do hospital mostraram sua dedicação e seu amor pela profissão. Éramos, na época, linha de frente da atenção e do cuidado ao paciente com covid-19. Vivemos momentos inimagináveis e desafiadores. Agradeço a todos pela garra.” *Com informações da SES-DF
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Hran aperfeiçoa gestão para melhor atendimento a pacientes
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) otimizou seu fluxo de atendimentos por meio da implementação de estratégias de gestão eficaz. A conclusão do ciclo inicial do projeto Lean nas Emergências aponta que a ocupação no serviço de urgência e emergência teve redução de 32%. Também houve impacto positivo na qualidade da assistência aos pacientes, maior resolutividade das pendências, mudanças na cultura dos processos de trabalho, comunicação e planejamento. Projeto Lean nas Emergências faz parte do Proadi-SUS, do Ministério da Saúde, e é executado pelo hospital A Beneficência Portuguesa | Fotos: Divulgação/Agência Saúde-DF O projeto faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde, executado pelo hospital A Beneficência Portuguesa. Após seis meses de engajamento das equipes do Hran, os resultados positivos já aparecem na qualidade da assistência aos pacientes atendidos, incluindo a redução de eventos adversos. [Olho texto=”A melhora nos indicadores foi alcançada após um diagnóstico cuidadoso dos fluxos de processos do hospital pelos consultores da Beneficência Portuguesa e gestores do Hran. Em seguida, foi realizada a implementação de diversas ações, como reduzir estoques e realizar reuniões rápidas e resolutivas diariamente” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A coordenadora do projeto Lean no Hran, Katianny Pereira, apresentou aos servidores na quinta-feira (23) os resultados alcançados após o ciclo inicial do projeto. “Estou aqui para agradecer a todo mundo. Os indicadores mostraram que somos capazes, nossas ações repercutiram e, assim, conseguimos melhorar a assistência aos pacientes”, disse aos colaboradores. A melhora nos indicadores foi alcançada após um diagnóstico cuidadoso dos fluxos de processos do hospital pelos consultores da Beneficência Portuguesa e gestores do Hran. Em seguida, foi realizada a implementação de diversas ações, como reduzir estoques, realizar reuniões rápidas e resolutivas diariamente, melhorar a organização nos setores e a rotina de trabalho das unidades. Também foram criados quadros de gestão, reduzida a poluição visual e aperfeiçoado o controle de medicamentos potencialmente perigosos. Reuniões diárias com os gestores aumentaram resolutividade no pronto socorro do Hran “Ficamos seis meses aqui com vocês, que passaram a fazer parte do nosso convívio, por isso é tão gratificante ver esses resultados positivos alcançados. Conseguimos melhorar as condições de trabalho e oferecer uma assistência melhor ao nosso paciente, porque as equipes se empenharam em melhorar, mas também, porque vocês são muito bons no trabalho que fazem”, avaliou Susan Oliveira, consultora da Beneficência Portuguesa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Depois desse ciclo de intervenção presencial dos consultores, vem a fase de monitoramento, com novos objetivos e aperfeiçoamento das metas alcançadas. Nessa fase, cada servidor vai multiplicar as estratégias para alcançar os objetivos pactuados e manter os bons resultados. O Hran possui 325 leitos, em uma área total de 42 mil metros quadrados. Chegam em média 140 pacientes todos os dias, dos quais cerca de 10 precisam ser internados. A cada ano, o hospital presta assistência a mais de 50 mil pacientes. *Com informações da SES-DF
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Caderneta de saúde do paciente renal auxilia no tratamento
Recém-criada na residência multiprofissional em nefrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), a caderneta de saúde do paciente renal reúne orientações e ferramentas para monitorar e auxiliar no tratamento nutricional. Voltado para pessoas com doença renal crônica tanto em tratamento conservador, com medicações e dieta, quanto dialítico (uso de máquinas), esse documento já beneficiou cerca de 50 usuários desde o início da distribuição, no segundo trimestre de 2023. A caderneta de saúde do paciente renal já beneficia cerca de 50 usuários | Foto: Divulgação/SES O documento foi inspirado na Caderneta de Saúde da Criança e baseado em evidências científicas. Há quadros e tabelas para o monitoramento de índices, como a pressão arterial e a glicemia, e espaço para os profissionais que assistem o paciente se comunicarem. Na última seção, uma série de receitas culinárias são recomendadas para cada tipo de tratamento. Internado há três meses no Hran, Renato Alves, 50 anos, é um dos pacientes acometidos por doença renal e já leu toda a caderneta. “É um material rico em informação, tem muitas ilustrações, o que facilita para quem não tem o domínio da leitura”, opina. Tendo como foco o sucesso do tratamento, ele garante que vai seguir todas as orientações à risca e levar o documento para todas as consultas, pois sabe que será um auxílio aos médicos em seu acompanhamento. As cadernetas são entregues antes da alta médica àqueles que possuem diagnóstico recente ou cujo quadro clínico exige grande volume de instruções. A nutricionista e preceptora da residência multiprofissional em nefrologia do Hran, Patrícia Matias de Souza, aponta que o material tem dupla serventia. Renato Alves é um dos pacientes acometidos por doença renal e já leu toda a caderneta | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O paciente com doença renal crônica costuma transitar por diversos serviços de saúde. A caderneta é um instrumento de comunicação entre os profissionais. Além disso, é uma forma de sugerir a responsabilização do paciente por seu tratamento”, afirma. A profissional idealizou a caderneta de saúde do paciente renal junto à ex-residente Gabriela Vespar. Comunicação Os dados de contato dos pacientes que recebem a caderneta são registrados para que seja possível manter a comunicação. A intenção da equipe é que, até o fim do ano, seja iniciado um canal de envio periódico de orientações e lembretes por meio de mensagens eletrônicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A versão digital da caderneta de saúde do paciente renal está disponível a todos os usuários do serviço ambulatorial do Hran. O material pode ser acessado aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES)
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Hospital Regional da Asa Norte terá mais cinco salas de cirurgia
O centro cirúrgico do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) está próximo de ser utilizado em sua capacidade máxima. Com o término dos serviços de reforma, que estão em andamento, as oito salas estarão preparadas para a realização de procedimentos. Hoje, três estão em atividade, permitindo à unidade fazer de 200 a 250 operações, sendo metade de eletivas e metade de urgência. A expectativa é que a capacidade do centro cirúrgico seja duplicada, em conjunto com o reforço de recursos humanos – outra área atualmente sob atenção da Secretaria de Saúde (SES-DF). Nova sala de recuperação reforça proteção aos pacientes contra riscos de infecções | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A unidade passou por melhorias estruturais nas paredes, pisos, teto e redes elétricas e hidráulicas nas oito salas, além da instalação de novos aparelhos de ar-condicionado. Os serviços foram executados por meio do contrato de manutenção. A ativação de todas as salas também será possível graças à recente aquisição do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SES-DF, de equipamentos de anestesia e de iluminação. Só faltam mobiliários para a conclusão do serviços, cuja chegada está prevista ainda neste mês. “Precisamos dessas salas cirúrgicas para dar mais celeridade ao tratamento dos pacientes”, afirma a diretora substituta do Hran, Katianny Araújo. A médica ressalta que a unidade é referência no Distrito Federal para cirurgias plásticas reparadoras, bariátricas, metabólicas e a pacientes com lábio leporino, além de atender casos diversos, como urologia, oncologia, hérnias e diversos tipos de cirurgias torácicas. Ao todo, o hospital abriga 14 especialidades cirúrgicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O gerente de Apoio Operacional do Hran, Rafael Wender, destaca a adoção de soluções modernas para facilitar o dia a dia das cirurgias. É o caso dos acessos a oxigênio, ar comprimido e vácuo: ao invés do tradicional modelo atrás do leito, os bocais estão em uma torre acima do leito. “A equipe tem mais liberdade para transitar em volta do paciente sem ter aquelas mangueiras vindo da parede”, detalha. Dependendo da cirurgia, nove profissionais ou mais trabalham juntos. A parte mais recente a ser entregue foi a sala de recuperação, onde até nove pacientes podem ser mantidos em observação pelas equipes de apoio. Nesse caso, além das melhorias físicas, houve a separação definitiva do setor onde outros pacientes aguardavam cirurgias, uma medida indicada para reduzir as possibilidades de contaminação. “Toda a estrutura é completa para que não haja qualquer risco ao paciente”, explica a supervisora do Centro Cirúrgico, Regina Vieira. As mudanças físicas facilitam também os serviços de limpeza. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Uso de equipamentos e adesão a normas previnem acidentes de trabalho
Dores na mão, dormência e formigamentos. Estes são sintomas da síndrome do túnel do carpo, diagnóstico que a ex-operadora de caixa Lucineia da Silva, de 36 anos, recebeu em 2020, decorrente das atividades desempenhadas no trabalho. O atendimento iniciou na Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 da Nova Colina, quando a encaminharam ao Ambulatório do Trabalhador, localizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Fazendo o acompanhamento, senti muita melhora e não estou mais com tantas dores”, declara. No DF, entre 2018 e 2022, foram computadas 9.004 notificações relacionadas a acidentes graves de trabalho, com aumento da incidência dos registros a cada ano | Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF Além da síndrome, Lucineia está sob investigação de outros problemas de saúde, como reumatismo. Para indicar processos que evitem situações como essas, no entanto, é preciso considerar inúmeros fatores: frequência, gênero, idade, função e outros. “O que mais temos visto é que a utilização dos equipamentos corretos é uma forma efetiva de prevenção”, avalia o médico Paulo Lisbão, da Secretaria de Saúde (SES-DF). “Em caso de perda auditiva decorrente de ruído, por exemplo, é preciso o uso de protetores auriculares, que já se tornam uma forma de cuidado”, acrescenta. [Olho texto=”No DF, uma pessoa que sofre agravos ou doenças relacionadas ao trabalho deve passar pela rede regular de saúde, cuja porta de entrada é a UBS mais próxima da residência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Além de aderir às normas regulamentadoras e às medidas sanitárias, recomenda-se que o trabalhador observe riscos inerentes às suas funções e em como preveni-los. “É importante identificar possíveis situações perigosas no processo de trabalho, assim como manter todas as vacinas em dia. A prática de atividades físicas também traz muitos benefícios”, aconselha a diretora da Saúde do Trabalhador (Disat), Elaine Morelo. Saúde em números Neste ano, a Diretoria de Saúde do Trabalhador da SES-DF elaborou o Informe Epidemiológico em Saúde do Trabalho. O documento reúne dados dos últimos cinco anos sobre agravos, doenças e acidentes no ambiente laboral como: dermatoses ocupacionais, perda auditiva induzida por ruído, câncer relacionado ao trabalho, intoxicações exógenas, pneumoconioses, lesões por esforço repetitivo (LER), dor relacionada ao trabalho (Dort), acidentes de trabalho graves e com material biológico (ATMB), e transtornos mentais. A análise indica que o DF apresentou uma série histórica de crescimento em casos de ATMB, totalizando 9.255 notificados no período de 2007 a 2022, com estabilização a partir de 2018. O dado mais recente é de que houve 888 casos registrados em 2022. A Secretaria de Saúde destaca que o uso correto de equipamentos é uma forma efetiva de prevenção de acidentes de trabalho | Foto: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília Já em relação a acidentes de trabalho graves, foi computado um total de 9.004 notificações entre 2018 e 2022, com aumento da incidência dos registros a cada ano. São 3.619 casos em 2022 contra 2.431 em 2021. “O número de acidentes de trabalho graves, incluindo óbitos, é preocupante. Precisamos ficar atentos e desenvolver estratégias para reduzir a incidência”, afirma Lisbão, um dos organizadores do informe. Os números são mais baixos em casos de LER e Dort. A capital federal registrou 116 situações em 2022, cerca de 9% dos casos nacionais, cujo total, na época, foi de 7.259. O levantamento realizado identificou ainda um predomínio de indivíduos do sexo masculino (84%) envolvidos em situações de agravos no trabalho. Observou-se também a prevalência das faixas etárias entre 20 a 29 anos (29%), seguida da faixa de 30 a 39 anos (28%) e pela de 40 a 49 anos (23%) que, juntas, correspondem a 90% dos casos de acidentes de trabalho. Subnotificações preocupam [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para Lisbão, o que mais chama a atenção, contudo, é a alta subnotificação dos casos. “Retiramos os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação [Sinan], do Ministério da Saúde, no qual são lançados todos os casos de várias doenças e de notificação compulsória.” O registro adequado dos casos auxilia a tomada de decisões e permite observar quais locais ou áreas precisam de atenção especializada. “Se não há uma notificação correta, não posso, por exemplo, visualizar se há um canteiro de obras com muitos acidentes”, diz o médico. Serviço No DF, uma pessoa que sofre agravos ou doenças relacionadas ao trabalho deve passar pela rede regular de saúde, cuja porta de entrada é a UBS mais próxima da residência. São mais de 170 unidades na capital, que podem ser conferidas no site do Infosaúde. O Hran conta com o ambulatório da Saúde do Trabalhador, que realiza as avaliações de doenças relacionadas ao ambiente laboral e de sequelas de acidente de trabalho. Os agendamentos são realizados pelas UBSs e o atendimento ocorre às segundas e terças-feiras, das 7h às 13h. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Pronto-socorro e centro cirúrgico do Hran passam por melhorias
Com o objetivo de aprimorar o fluxo de atendimento e trazer mais qualidade e bem-estar aos pacientes, o centro cirúrgico e o pronto-socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) passam por reformas. As adequações incluem piso, parede e teto, além de novos mobiliários assistenciais e equipamentos. Outros setores estão em análise para serem melhorados, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A escolha do centro cirúrgico e do pronto-socorro vem ao encontro do objetivo da Secretaria de Saúde (SES-DF) em reduzir as listas de espera e oferecer mais qualidade nos atendimentos. “O Hran tem características cirúrgicas muito específicas. Só nós atendemos os queimados e fazemos cirurgia bariátrica, por exemplo. Então, é muito importante que o centro cirúrgico esteja 100% e funcionando”, explica o diretor administrativo da unidade, Murillo Miguel Nunes. As mudanças no pronto-socorro incluem renovação do piso, do sistema integral da climatização e da pintura | Fotos: Jhonatan Cantarelle/ Agência Saúde-DF Melhorias No centro cirúrgico, as oito salas foram reformadas, assim como as de recuperação anestésica. Além disso, foram instaladas iluminações blindadas e as paredes passaram por pinturas integrais, com tinta lavável. Houve, ainda, troca de bate-macas e o piso foi renovado nos principais pontos. Novos focos de teto cirúrgicos, mesas cirúrgicas e instrumentos foram adquiridos. Uma grande novidade na área foi a construção da farmácia satélite, responsável pelo controle de psicotrópicos. “A qualidade de assistência e a nossa estrutura impactam muito na saúde dos pacientes. A instalação da farmácia, portanto, é benéfica tanto em questão de segurança para esse usuário como para controle de gastos”, explica a supervisora de enfermagem do centro cirúrgico do Hran, Regina Vieira. A reforma tem o objetivo de reduzir as listas de espera e oferecer mais qualidade nos atendimentos [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já no pronto-socorro, as adequações foram divididas em cinco etapas. Neste momento, a obra está na terceira fase, focada na sala de observação. As mudanças no setor serão no piso, no sistema integral de climatização, nas pinturas, além de aquisição de mobiliário assistencial e de diversos equipamentos. Com as melhorias, o Hran mantém a mesma capacidade de atendimento, mas com mais qualificação dos espaços. “O pronto-socorro funcionava ainda na lógica da época da pandemia, um momento muito difícil, quando precisamos ocupar a antiga recepção com pacientes. Houve um grande esforço da gestão local para realizar uma revitalização do setor”, finaliza Murillo Miguel Nunes. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Ambulatório atende casos de doenças relacionadas ao trabalho
Para quem possui alguma queixa ou suspeita de doença adquirida por meio do trabalho, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferta avaliações e reabilitação no Ambulatório de Saúde do Trabalhador. O serviço funciona no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) nas segundas e terças-feiras, das 7h às 13h. Os agendamentos devem ser feitos por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Hran abriga o Ambulatório de Saúde do Trabalhador, que oferece atendimento por encaminhamento | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Entre os serviços disponíveis estão análise de acidente de trabalho com sequelas e avaliação de capacidade laboral para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Vale destacar que, no local, não são feitos exames ocupacionais ou homologação de atestado. “Muitas vezes as empresas não têm um serviço próprio de medicina do trabalho ou o trabalhador quer ser avaliado por um especialista que não tenha relação de trabalho com a sua empresa, para que seja algo imparcial”, diz a médica do trabalho Rosylane Rocha sobre a importância do serviço na rede pública. “O trabalhador pode vir aqui, nós fazemos o atendimento clínico. O médico do trabalho consegue, inclusive, fazer uma assistência em relação à atenção primária em doenças de base, como hipertensão e diabetes”, acrescenta. As queixas mais comuns dos pacientes no ambulatório são relacionadas a dores osteomusculares e nos membros superiores, principalmente nos punhos, lombalgias e perda de audição. Outra grande procura é de avaliação com relatório especializado para requerimento de benefício de incapacidade ou aposentadoria no INSS. Atendimento especializado “O médico do trabalho consegue, inclusive, fazer uma assistência em relação à atenção primária em doenças de base, como hipertensão e diabetes”, afirma a médica do trabalho Rosylane Rocha Rocha alerta que os trabalhadores costumam procurar diretamente outras áreas, por exemplo reumatologia e ortopedia, quando é necessário buscar a medicina especializada nas relações de adoecimento no trabalho. “Às vezes ele quer um relatório, fazer uma avaliação de uma sequela de acidente de trabalho ou tem uma queixa de saúde [relacionada ao ofício], e o nosso atendimento é voltado para esse público”, reforça. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Residente em medicina do trabalho no Hran, Hali Abbes ressalta que o trabalho do grupo também auxilia em relação ao fluxo de perícia dos benefícios previdenciários. “Com a orientação adequada, conseguimos minimizar esse fluxo e facilitar o atendimento dos que realmente precisam do benefício. Ajudamos o paciente a saber se é pertinente ou não fazer a solicitação, esclarecendo as dúvidas.” Os profissionais do ambulatório também estão aptos a emitir relatórios para o médico do trabalho da empresa dos pacientes, informando sobre a atual situação de saúde do trabalhador. Os especialistas podem, por exemplo, sugerir restrições na atuação, como contraindicação de sobrecargas de trabalho e levantamento de peso. “Os exames e a anamnese ajudam, a longo prazo, a definir o risco ao qual o profissional está submetido. Ele pode ter uma tendência a piorar devido ao tipo de atividade que exerce”, pontua a também residente de medicina do trabalho Laís Carvalho. Assim, os profissionais do ambulatório atuam com o objetivo de reduzir os riscos e orientar as empresas nas adaptações necessárias para a saúde do trabalhador. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran recebe delegação do Ministério da Saúde
O ministro substituto da Saúde, Swedenberger Barbosa, visitou nesta segunda-feira (18) a unidade de referência da Região Centro-Oeste em fissuras labiopalatais no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O propósito foi conhecer de perto o trabalho desempenhado pela equipe e iniciar o processo de habilitação do hospital como referência nacional para o tratamento dessa condição. De acordo com o ministro Swedenberger Barbosa, que conheceu o trabalho referenciado do Hran também na especialidade de fissuras labiopalatais, “nos próximos dias vamos receber a documentação (para habilitação do Hran). Este é um movimento muito importante para a sociedade brasileira” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran existe há 20 anos no Distrito Federal. O ministro expressou admiração sobre a qualidade do atendimento e garantiu a habilitação. “Nos próximos dias vamos receber a documentação. Este é um movimento muito importante para a sociedade brasileira”, disse. [Olho texto=”“Aproveito a ocasião para pedir também o apoio no alerta à população sobre a importância do exame do palato no momento do nascimento e, com isso, ter identificações mais precoces”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] O ambulatório destaca-se pela excelência no tratamento oferecido pela equipe interdisciplinar de 17 profissionais. Além de cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas e fonoaudiólogos, o hospital conta com psicólogos, médicos pediatras, otorrinolaringologistas, nutricionistas, dentistas, enfermeiros, técnicos em enfermagem e voluntários da área administrativa. Para a secretária de Saúde, a habilitação permitirá ampliar ainda mais a assistência aos fissurados, cujo diagnóstico pode ser detectado ainda nos primeiros dias de vida do bebê. “Aproveito a ocasião para pedir também o apoio no alerta à população sobre a importância do exame do palato no momento do nascimento, e com isso ter identificações mais precoces.” Tratamento No Brasil, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que a cada 650 crianças nascidas, uma é portadora de fissura labiopalatina. As causas envolvem fatores genéticos e ambientais, que podem atuar isolados ou em associação. O tratamento do paciente com a condição inicia-se desde o nascimento e segue até a vida adulta, passando por várias etapas e profissionais especializados. Vanessa Neres descobriu a condição da filha Nathalia Neres ainda durante a gravidez e, desde então, realiza o tratamento da filha no Hospital Regional da Asa Norte | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Segundo o médico e coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados do Hran, Marconi Delmiro, o tratamento é prolongado e exige ao menos duas intervenções cirúrgicas nos casos mais simples. “Já os mais complexos necessitam de, no mínimo, cinco operações. A primeira é feita a partir dos seis meses de vida e, a segunda, deve ocorrer por volta de um ano e meio de idade”, explica. Atualmente, o atendimento para pacientes com fissuras labiopalatais é realizado no ambulatório do Hran, todas as segundas-feiras à tarde. O sucesso do tratamento e a reabilitação dos usuários depende significativamente de uma abordagem multidisciplinar, além do envolvimento da família com os profissionais de saúde. Um exemplo desse sucesso é o caso de João Miguel, de apenas 7 anos, que passou pela cirurgia aos oito meses de idade e continua sendo acompanhado por psicólogos e fonoaudiólogos. A mãe dele, Alana Azevedo, 31 anos, trabalha como esteticista, e expressa profunda gratidão pela equipe do hospital. “Ele recebe todo apoio e hoje parece que não tem nada”, afirma, demonstrando felicidade com a evolução do tratamento. Já Natália, de 13 anos, realizou a cirurgia com um ano e, desde então, recebe acompanhamento psicológico, além de fisioterapia semanal. A mãe dele, Vanessa Neres, 32 anos, relata que buscou atendimento imediatamente após descobrir a condição da filha em um exame de ecografia morfológica realizado ainda durante a gestação. Para ela, o suporte da equipe multidisciplinar foi essencial, mesmo que a condição já fosse conhecida na família. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O que é a fissura palatina? As fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas mais comuns entre as que ocorrem na cabeça e no pescoço. Estima-se que, no mundo, ocorra um caso de fissura a cada 700 nascimentos, segundo Delmiro. A malformação decorre de causas multifatoriais e a predisposição genética é uma delas. A ocorrência é maior na população asiática, seguida pela população europeia e sul-americana, sendo menos frequente em afrodescendentes. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a desnutrição materna, a obesidade e o consumo de tabaco e de álcool durante a gestação são fatores de risco importantes. Serviço As consultas no Serviço Multidisciplinar de Atendimento aos Fissurados podem ser agendadas às segundas-feiras, das 14h às 18h, no corredor laranja do ambulatório do Hran. Nesse dia da semana, também se concentra grande parte dos atendimentos oferecidos aos pacientes em tratamento. *Com informações da SES-DF
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Hran é referência em cirurgia de catarata e glaucoma congênito em crianças
Quem vê a pequena Ayla da Silva Borges, de 1 ano e 8 meses, não imagina que a garotinha nasceu com estrabismo severo e já passou por cirurgia de correção. Atendida no ambulatório de oftalmologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), a menina passou pelo procedimento com apenas 1 ano de idade. Ela foi diagnosticada ainda aos quatro meses de vida. Ayla Borges, antes da cirurgia de estrabismo severo | Foto:Arquivo pessoal “Ela tinha estrabismo severo sem solução com tampão ou óculos. Desde o início, a equipe médica me deixou muito tranquila, pois eu tinha receio por ela ser tão pequena. A cirurgia foi um sucesso e, hoje, os olhos dela são perfeitos. Nem parece que um dia foi estrábica”, relata a mãe, Adrielle Borges. Com boa recuperação, sem nenhuma intercorrência, Ayla recebeu alta hospitalar no mesmo dia da intervenção. A pequena Ayla conseguiu fazer a cirurgia de correção com 1 ano de idade no Hran | Foto: Arquivo pessoal O Hran é referência em cirurgia de catarata congênita e glaucoma congênito em crianças e adolescentes. Apenas o hospital realiza intervenções desse tipo no DF, sendo que um dos ambulatórios de oftalmologia é exclusivo para atendimento de pacientes de até 15 anos. Em 2022, o local atendeu 620 pacientes com estrabismo e fez 450 avaliações de retina de recém-nascidos. Além disso, foram realizadas 94 cirurgias de estrabismo e 21 procedimentos de catarata em crianças. Tratamento precoce Referência técnica administrativa de oftalmologia do Hran, Cassiano Rodrigues Isaac ressalta que muitos problemas oftalmológicos em crianças têm um momento ideal para serem tratados. Isso significa que o procedimento fora do tempo correto pode não alcançar o melhor resultado e, inclusive, levar à cegueira. “Nós atendemos desde recém-nascidos até crianças maiores com problemas visuais diversos, com destaque para estrabismo, glaucoma, catarata, retinopatia da prematuridade, pálpebra caída e os erros refracionais [graus]”, exemplifica o médico. Com catarata avançada e risco de perda da visão, Luna Ferreira, 10 anos, também foi operada no Hran. O problema foi identificado após exames porque ela tinha dificuldade de enxergar. “Hoje, a Luna enxerga bem, usa óculos só para ajudar na correção de grau. É nítida a dedicação desses profissionais com o trabalho que realizam”, conta a mãe, Vanderlice Ferreira. Em seis meses, a criança retornará para raspagem, procedimento previsto no tratamento. Porta de entrada Bryan Silva fez a cirurgia de catarata congênita do olho direito e em setembro voltará para reavaliar e agendar a cirurgia do outro olho | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Desde que começou a estudar, ele se queixava que não enxergava bem. Após uma consulta, começou a usar óculos e, mesmo assim, as reclamações continuaram. Por isso, decidimos investigar a fundo”, relembra Raquel Silva, mãe de Bryan Oliveira Silva, 9 anos. Diagnosticado com catarata congênita no cristalino, o menino foi submetido à cirurgia para correção no fim de julho. Primeiro, operou o olho direito. Em setembro, voltará ao oftalmologista para reavaliação e marcação do procedimento no outro olho. A porta de entrada na rede pública para atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs). Depois, os profissionais encaminham os pacientes para as especialidades. Bryan, por exemplo, teve o primeiro atendimento em uma unidade de Planaltina, onde mora. Depois, foi direcionado para exames no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Devido à gravidade e urgência do caso, em seguida, passou para o procedimento cirúrgico no ambulatório do Hran. Balanço [Olho texto=”Em 2023, até junho, a unidade de oftalmologia do Hran já realizou 337 cirurgias e 190 procedimentos ambulatoriais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao todo, incluindo os pacientes adultos, a unidade de oftalmologia do Hran somou, em 2022, 1.144 intervenções. Dessas, 596 foram de facoemulsificação com implante de lente intraocular dobrável, 123 de trabeculectomia (cirurgia a laser em pacientes com glaucoma) e 102 de correção cirúrgica do estrabismo. Outras 323 referem-se à retirada de corpo estranho da córnea (92), injeções intravítreo (76) e tratamento cirúrgico de pterígio, conhecido como carne no olho (155). Em 2023, até junho, já são 337 cirurgias e 190 procedimentos ambulatoriais. Os ambulatórios de oftalmologia do Hran atendem toda a população do Distrito Federal e de outros estados, por encaminhamento. Funciona todos os dias da semana, atendendo pacientes marcados pela regulação. A unidade tem atendimento de urgência também, mas para questões eletivas não há agendamentos no local, sendo necessário o encaminhamento dentro da rede. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Hospitais farão mais de 1.100 cirurgias oftalmológicas em pacientes do SUS
O CBV – Hospital de Olhos, o Hospital Dia e a Oftalmed, três instituições da rede complementar de saúde, deverão realizar 1.106 cirurgias oftalmológicas de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos 12 meses. Os contratos firmados com a Secretaria de Saúde (SES-DF) foram publicados nesta quinta-feira (24) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O investimento total supera os R$ 2,8 milhões. [Olho texto=”“Seguindo a orientação do governador Ibaneis Rocha, avançamos para atender toda a demanda dos pacientes. Para isso, reforçamos a capacidade de atendimento das nossas unidades e contratamos a rede suplementar para agilizar ainda mais as cirurgias, sempre em concordância do controle social”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Os três novos contratos preveem a realização de 350 cirurgias de catarata, 104 de estrabismo, 649 de vitrectomia – procedimento cirúrgico que consiste na retirada de parte ou da totalidade do vítreo do olho – e três de retinopexia – utilizado para tratar o deslocamento da retina. O Hospital Dia fará 117 procedimentos de catarata. O OftalMed será responsável por 117 de catarata e 53 de estrabismo. Já o CBV ficará com 819 operações, no total. Os contratos incluem a realização das cirurgias, insumos, consultas pré e pós-operatórias, consulta pré-anestésica e, se necessário, internação por um período de até 48 horas, conforme avaliação médica. “Seguindo a orientação do governador Ibaneis Rocha, avançamos para atender toda a demanda dos pacientes. Para isso, reforçamos a capacidade de atendimento das nossas unidades e contratamos a rede suplementar para agilizar ainda mais as cirurgias, sempre em concordância do controle social”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Três instituições da rede complementar de saúde deverão realizar 1.106 cirurgias oftalmológicas de pacientes do SUS nos próximos 12 meses: o CBV – Hospital de Olhos, o Hospital Dia e a Oftalmed | Foto: Agência Saúde-DF A iniciativa vai beneficiar tanto adultos quanto crianças e idosos. Todos serão encaminhados para os hospitais da rede complementar, conforme as listas de prioridades organizadas pelo Complexo Regulador do DF. A porta de entrada para quem precisa dessas cirurgias é a rede de unidades básicas de saúde (UBSs), onde ocorre o primeiro atendimento. Da unidade, os profissionais de saúde direcionam os pacientes para um dos dez ambulatórios de oftalmologia, localizados nos hospitais regionais de Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT), Gama (HRG), Guará (HRGu), Asa Norte (Hran), Paranoá (HRL) e Sobradinho (HRS), além do Instituto Hospital de Base, do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Em caso de necessidade de cirurgia, serão encaminhados a hospitais da própria rede ou contratados. Para os casos de emergências, como cortes, pancadas, queimaduras, conjuntivite e entrada de corpos estranhos nos olhos, os atendimentos ficam concentrados no Hospital de Base (HBDF) e no HRT, com pronto-socorro 24 horas, e o Hran, com funcionamento das 7h às 19h. As unidades acolhem pacientes de todo o DF. O subsecretário de Compras da SES-DF, Victor Ribeiro da Costa, destaca que, para a escolha, as três instituições da rede complementar precisaram manter as exigências de qualificação econômico-financeira e habilitação fiscal, social, trabalhista e jurídica, além de análise técnica da própria secretaria. “O total de procedimentos também foi dividido de forma proporcional e igualitária, de acordo com as propostas apresentadas”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dez mil cirurgias Nos últimos 12 meses, a SES-DF assinou 15 contratos com a rede complementar. A força-tarefa realizada pela pasta para reduzir as listas de espera já contemplou 2.900 pacientes com as cirurgias de hérnia, retirada de vesícula e remoção de útero. Além do edital na área de oftalmologia, foram lançados outros para coloproctologia, otorrinolaringologia, urologia, varizes e tireoide. No total, serão mais de sete mil procedimentos ao longo de 2023 e 2024. Somado aos editais realizados a partir de 2022, são 10 mil cirurgias eletivas contratadas na rede complementar. Em todos os casos, o lançamento dos editais é previamente autorizado pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
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Cuidados com queimaduras devem ser redobrados nas férias escolares
Crianças dentro de casa pedem cuidado redobrado dos pais e responsáveis, em especial no período de férias, quando a presença dos pequenos é uma constante. Acidentes envolvendo queimaduras, por exemplo, podem ocorrer em qualquer cômodo de uma residência, da cozinha ao banheiro, passando pela área de serviço e até pelo quintal. Para evitar fatalidades, o Corpo de Bombeiros ensina que a prevenção é o melhor caminho. O acesso a produtos inflamáveis, como álcool e querosene, deve ser limitado aos adultos. O major Fábio Bohle, do Corpo de Bombeiros, sugere que essas substâncias sejam guardadas a uma altura fora do alcance das crianças. “Se a pessoa tiver um cômodo ou móvel que possa ser trancado, melhor ainda”, afirma. “Quando se trata de evitar acidentes domésticos, quanto mais segurança, melhor”. A cozinha é um local onde crianças devem estar supervisionadas por um responsável | Fotos: Breno Esaki/ Arquivo Agência Saúde A presença da garotada na cozinha também deve ser supervisionada por um responsável, principalmente durante o preparo das refeições. “Quem estiver cozinhando precisa atentar para não deixar o cabo da panela virado para fora do fogão”, comenta o major Bohle. “Também orientamos que os adultos não permitam que as crianças brinquem perto de fontes de calor, seja um fogão, seja uma fogueira”, completa. [Olho texto=” “A criança é curiosa por natureza e não tem noção do perigo. Vai querer pegar e ver como funciona qualquer objeto que esteja ao alcance das mãos”” assinatura=”Fábio Bohle, major do Corpo de Bombeiros” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além disso, eletrodomésticos como ferro de passar roupas, chapinha de cabelo e aquecedores de água elétricos não devem ser mantidos na tomada quando não estão sendo usados. “A criança é curiosa por natureza e não tem noção do perigo. Vai querer pegar e ver como funciona qualquer objeto que esteja ao alcance das mãos”, diz o militar. “Basta um momento de descuido para uma criança se machucar”. Em caso de acidente com queimaduras, é possível acionar o Corpo de Bombeiros, no número 193, ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo 192. A pessoa que está ligando poderá ser orientada a fazer alguns procedimentos antes da chegada do socorro, como lavar a lesão em água corrente ou proteger o ferimento com um pano limpo umedecido em água filtrada, nas situações mais graves. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Casos de queimaduras são atendidos em toda a rede pública de saúde do DF. Entretanto, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) oferece um pronto-socorro exclusivo para atendimento de pacientes com queimaduras de qualquer natureza. O serviço é referência para moradores não só do Distrito Federal, mas de todo o Centro-Oeste. A unidade de saúde atende, por mês, cerca de 3 mil vítimas de queimaduras. Desse total, aproximadamente 40% são crianças. Dados da Secretaria de Saúde apontam que, em 2022, dos 2.650 atendidos com queimaduras no pronto-socorro do Hran, 645 eram crianças com menos de 13 anos de idade. Já em 2021, os pequenos responderam por 26% das internações no hospital. Os acidentes dentro de casa ou no espaço peridomiciliar, como no quintal ou na rua da residência, são a maioria.
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Equipe especializada em fissuras labiopalatais é referência no Centro-Oeste
Com apenas uma semana de vida, Bernardo Araújo chegou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) para acompanhamento. Diagnosticada com fissura labiopalatina, a criança – hoje, com cinco anos – foi atendida por uma equipe do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados, que é referência na região Centro-Oeste. “Isso foi essencial para que eu soubesse como seria o processo de tratamento do meu filho. Todo esse cuidado foi importante. Assim que ele acordou da anestesia, já consegui amamentá-lo. Todos os dias em que ele esteve internado, fui acompanhada por uma psicóloga e uma fonoaudióloga, que me auxiliaram na amamentação”, relata a mãe do pequeno Bernardo, Jéssica Ramos. Bernardo Araújo começou a ser acompanhado pela equipe do Hran com apenas uma semana de vida. O tratamento precoce é fundamental para casos de fissura labiopalatina | Foto: Arquivo pessoal O ambulatório do Hran recebe pacientes de todo o Centro-Oeste, mas há também casos de pessoas que moram em outras regiões do Brasil, como Kairo, 4 anos, e seu irmão, Yako, 3. Eles saem com o pai Nowini Kanamari, 23 anos, da Aldeia Santa Luzia, no Amazonas, e viajam por seis dias de barco até Manaus, onde pegam um avião para Brasília. Eles já fizeram uma cirurgia e são acompanhados para o segundo procedimento. [Olho texto=”As consultas no Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados podem ser agendadas às segundas-feiras, das 14h às 18h, no Corredor Laranja do ambulatório do Hran” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O tratamento precoce e adequado impacta diretamente a vida da pessoa, de sua família e do sistema de saúde. Isso porque possibilita a implementação de diferentes medidas de manejo e cuidado que evitam sequelas físicas, psicológicas e sociais, como fala comprometida, depressão, dificuldades de socialização e de colocação profissional. Segundo o médico e coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran, Marconi Delmiro, o tratamento é prolongado e exige ao menos duas intervenções cirúrgicas nos casos mais simples. “Já os mais complexos exigem pelo menos cinco cirurgias. A primeira é feita a partir dos seis meses de vida e a segunda deve ocorrer por volta de um ano e meio de idade”, explica. O especialista destaca ainda que o intervalo entre um procedimento e outro não pode ser interrompido. “Pode comprometer a recuperação da criança, com prejuízos de fala e audição, por exemplo.” Dentro desse protocolo e prazo, Rízia Albuquerque, 8 anos, passou pela primeira cirurgia com a equipe do ambulatório aos 6 meses de vida. Na segunda, com um ano e meio de idade, foi seguida por tratamento com fonoaudiólogo e dentistas. Hoje, ela não apresenta problemas de dicção. Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran muda vida de crianças com fissura labiopalatina | Foto: Arquivo/Agência Saúde O ambulatório destaca-se pela excelência no tratamento oferecido pela equipe interdisciplinar de 17 profissionais. Além de cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas e fonoaudiólogos, o hospital conta com psicólogos, médicos pediatras, otorrinolaringologistas, nutricionistas, dentistas, enfermeiros, técnicos em enfermagem e voluntários da área administrativa. Desde 2017, a Lei Distrital nº 5.958 determina a notificação compulsória dos bebês nascidos com fissura labiopalatal. O diagnóstico precoce das fissuras proporciona a orientação adequada, principalmente de alimentação, bem como encaminhamento para serviços de referência com equipe multiprofissional. Os bebês que chegaram ao Hran e foram acompanhados pela equipe, persistindo no tratamento, conseguiram se desenvolver sem comprometimento de fala e de outros prejuízos associados à anomalia. A Secretaria de Saúde (SES) avalia medidas que aprimorem o tratamento precoce prestado. Em recente visita ao hospital, o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi, explicou que o objetivo é discutir medidas para diagnosticar e permitir um encaminhamento rápido. “Esse tema é de extrema importância. Os esforços são para que o serviço seja ampliado”, destacou. Rízia Albuquerque, 8 anos, passou por todo o protocolo de tratamento precoce e acompanhamento com fonoaudiólogo e dentistas no Hran. Hoje, não apresenta problemas de dicção | Foto: Arquivo pessoal O que é a fissura palatina As fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas mais comuns entre as que ocorrem na cabeça e no pescoço. Estima-se que, no mundo, ocorra um caso de fissura a cada 700 nascimentos. [Olho texto=”“Um dos objetivos maiores de operar a criança no tempo certo é proporcionar sua reabilitação antes da fase pré-escolar, para que ela tenha um convívio social, evitando qualquer tipo de preconceito e bullying”” assinatura=”Marconi Delmiro, coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados do Hran” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A malformação decorre de causas multifatoriais. A predisposição genética é uma delas. A ocorrência é maior na população asiática, seguida pela população europeia e sul-americana, sendo menos frequente em afrodescendentes. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a desnutrição materna, a obesidade e o consumo de tabaco e álcool, durante a gestação, são fatores de risco importantes. Tratamento de excelência Jesus Rodrigues, 21 anos, conseguiu fazer a primeira cirurgia de reparação labiopalatal aos 17 anos e elogia a atuação dos profissionais do Hran. “É uma equipe muito boa, acolhedora, que se preocupa mesmo com o nosso bem-estar”, afirma. Quando criança, ele chegou a iniciar o tratamento, mas sua mãe precisava trabalhar e cuidar dos seus irmãos, o que acarretou o abandono do acompanhamento. Ele continua recebendo assistência da equipe e sua dicção tem sinais de melhora, mas, segundo conta, ainda há grande dificuldade de colocação profissional. “Trabalhei como caixa de supermercado, mas queria evoluir. Quando analisam meu currículo acham muito bom, elogiam, mas depois da entrevista nunca me chamam”, desabafa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Marconi ressalta a importância do tratamento ainda nos primeiros anos de vida. “Um dos objetivos maiores de operar a criança no tempo certo é proporcionar sua reabilitação antes da fase pré-escolar, para que ela tenha um convívio social, evitando qualquer tipo de preconceito e bullying”, conclui o médico. Serviço As consultas no Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissurados podem ser agendadas às segundas-feiras, das 14h às 18h, no Corredor Laranja do ambulatório do Hran. Nesse dia da semana, também se concentra grande parte dos atendimentos oferecidos aos pacientes em tratamento. Se houver disponibilidade da equipe, a primeira consulta já pode ser feita no mesmo dia do agendamento. Os profissionais atuam conjuntamente para que haja troca de informações, maior resolutividade no atendimento e praticidade para pacientes e familiares. *Com informações da SES
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Com transplante de pele, Unidade de Queimados do Hran transforma vidas
O adolescente Etelvino Mateus tinha 13 anos quando sofreu um acidente doméstico e teve 70% do corpo queimado por líquido inflamável. Ele deu entrada na Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com braços e parte dos membros inferiores afetados. Após passar por um transplante de pele há dois anos e extenso processo de fisioterapia, pois o atendimento é multidisciplinar, Etelvino está 100% recuperado. Os transplantes de pele começaram a ser feitos no hospital em 2019, por meio de concessões emergenciais. A partir deste ano, com o aval do Ministério da Saúde, médicos do Hran foram qualificados com autorização permanente, tornando o processo mais ágil. O chefe da equipe de transplante de pele do Hran, Fernando Pontes, conta que o procedimento em Etelvino, como os de tantos outros pacientes, foi um sucesso. “Os bons resultados de recuperação são também reflexo da atuação multidisciplinar da unidade. Há diversas linhas de cuidado e olhares em busca de um objetivo único: a cura dos pacientes e a solução do problema”, relata. Chefe da equipe de transplante de pele do Hran, Fernando Pontes: “Os bons resultados de recuperação são também reflexo da atuação multidisciplinar da unidade” Gizeane Oliveira, 30 anos, mãe de Etelvino Mateus, hoje com 15 anos, destaca o apoio do hospital. “A equipe do Hran foi extremamente atenciosa na recuperação do meu filho. Hoje, ele leva uma vida normal, estuda, brinca, joga videogame e adora esporte”, diz. Capacitação Para oferecer o melhor atendimento, os profissionais investem em capacitação. “Conheci novas tecnologias de tratamento como matrizes de regeneração dérmica [da pele] e precisamos alcançá-las para incorporar aos nossos processos”, explica Pontes que, em junho, participou de um congresso sobre queimados na Irlanda. O médico reforça que, no Brasil, a qualidade da assistência e os protocolos são excelentes. A fisioterapia também é parte essencial do processo de recuperação, pois reduz o impacto nas funções e evita retrações que impedem os movimentos e, no caso de Etelvino, o desenvolvimento. “Esses cuidados vão até a fase adulta”, aponta o especialista, ao destacar a importância dos cuidados pós-transplante. Etelvino Mateus, hoje com 15 anos, leva uma vida normal depois do transplante de pele | Foto: Acervo pessoal Kessia Pereira, 30 anos, sofreu um acidente doméstico com líquido inflamável em 2019 e teve 75% do corpo queimado. Depois de 57 dias de tratamento e várias cirurgias, ela fez fisioterapia por três anos para restabelecer a movimentação dos braços. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Tenho algumas limitações, pois tive um encurtamento na mão, mas fiz fisioterapia no Hran por muito tempo para melhorar. A equipe foi fundamental para minha melhora, também tive um acompanhamento nutricional que ajudou muito. Apesar dos meus desafios, hoje tenho uma vida nova”, afirma Kessia. Pontes lembra que o procedimento de Kessia foi um desafio, pois ela tinha uma parte muito extensa do corpo queimada. “Sem o transplante, é provável que ela não tivesse conseguido. Ela fez diversas cirurgias durante a internação e atualmente está reabilitada. É realmente um caso de sucesso”, comemora o médico. Referência A Unidade de Queimados do Hran recebe, anualmente, cerca de três mil pacientes, cuja média de internação é de 10% – cerca de 300 casos ao ano. As pessoas atendidas recebem cuidados de uma equipe multidisciplinar, mesmo após a alta hospitalar. O espaço conta com equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e o suporte da assistência social. A Unidade de Queimados do Hran recebe, anualmente, cerca de três mil pacientes, cuja média de internação é de 10% | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O pronto-socorro de queimados do Hran funciona 24 horas, todos os dias. Após os primeiros cuidados, caso seja preciso, o paciente é encaminhado para a internação. A unidade, além de atender pacientes do Entorno do DF, é referência para o Centro-Oeste, o norte de Minas Gerais e o oeste baiano. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Terapia nutricional do Hran potencializa recuperação
O cuidado com a alimentação do paciente durante o período de internação hospitalar faz toda a diferença para uma recuperação mais rápida. Pacientes do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) atendidos pela Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) relatam a dedicação com a qual foram tratados durante passagem pela instituição e apontam que os cuidados do grupo – formado por médicos, nutricionistas, nutrólogos, fonoaudiólogos, farmacêuticos e enfermeiros – potencializaram os tratamentos e ajudaram a minimizar possíveis efeitos ocasionados pela internação, como perdas musculares. É o caso de Estela Sordelli, 44 anos, moradora da Asa Norte, que deu entrada no Hran por conta de uma obstrução intestinal em outubro de 2021 e foi diagnosticada com câncer de cólon. Hoje, utilizando bolsa de colostomia, ela se prepara para fazer a reconstrução do trânsito gastrointestinal. A paciente conta que chegou a pesar 28 kg, mas, com o acompanhamento da EMTN, teve alta com 35 kg. Estela Sordelli, diagnosticada com câncer de cólon, com a médica da terapia nutricional do Hran Katianny Araújo: “Esse consultório salvou a minha vida. Nem eu acreditava que iria me recuperar” “Passei três meses em coma, no total, sete meses internada; fiquei bastante tempo na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e perdi muito peso. Com o tratamento, ganhei sete quilos e consegui andar sozinha novamente. Depois, tive toda a orientação necessária sobre quantas vezes por dia tomar os suplementos e qual a alimentação adequada deveria manter. Esse consultório salvou a minha vida. Nem eu acreditava que iria me recuperar”, lembra Estela. A médica da terapia Nutricional do Hran Katianny Araújo acompanhou a trajetória de Estela durante a internação. A profissional relata que a paciente segue nem acompanhamento com a equipe e também toma suplementos para auxiliar no processo de cicatrização após a intervenção cirúrgica. “O ambulatório de terapia nutricional é justamente para que o paciente tenha essa continuidade no tratamento. Ela recebeu alta, mas continua com a gente aqui e se prepara para fazer a reconstrução do trânsito gastrointestinal”, explica. Terapia nutricional Katianny destaca ainda a importância da EMTN para os demais setores do hospital. A médica relata que vários pacientes chegam com um quadro grave de desnutrição, o que pode comprometer a recuperação. Segundo a profissional, a estratégia terapêutica é definida de acordo com o perfil e as necessidades nutricionais da pessoa. “O setor tem atuado efetivamente para a melhora dos pacientes. Vamos em todos os andares, porque temos uma ampla gama de especialidades atendidas no Hran, de queimados a pacientes pós-bariátricos, da clínica médica, cirurgia, infectologia”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Há diferentes formas de aplicar a terapia nutricional: por sonda (enteral), quando o paciente tem dificuldade para engolir ou passa por uma intensa falta de apetite; alimentação diretamente na veia (parenteral), indicada para quadros em que o trato digestivo é incapaz de absorver nutrientes; ou ainda oral especializada (NOE), indicada para quando não é adequado utilizar o trato gastrointestinal. A nutricionista da EMTN do Hran Alícia Gomes ressalta a importância da atuação conjunta: “Com os profissionais de fonoaudiologia, fazemos com que o paciente se alimente por via oral mais rapidamente. As enfermeiras dominam a técnica de administração da dieta. Os farmacêuticos ajudam na questão da via de administração dos medicamentos. É muito importante para a nutrição ter uma equipe que esteja sempre em contato com os outros profissionais de saúde e que possa também falar acerca da dieta oral de um suplemento. O estado nutricional vai influenciar no desfecho da situação do paciente”. De acordo com a médica nutróloga Lidice Celebrini, o bom estado nutricional do paciente pode diminuir o período de internação e potencializar a recuperação. “Uma pessoa desnutrida não sai do respirador, tem mais tempo de internação e maiores complicações. O importante é o paciente sair daqui não como sobrevivente, mas com qualidade de vida”, diz. Experiência do usuário A dona de casa Maria da Paixão Soares, 69 anos, foi diagnosticada em 2021 com úlcera de Marjolin, espécie de câncer de pele maligno. Ela passou 20 dias internada recebendo tratamento nutricional para ganho de peso, a fim de se submeter a uma cirurgia. “Ganhei sete quilos após o acompanhamento da equipe. A médica me fez não só ganhar peso, mas acreditar que era possível. Esse consultório nutricional salva a vida de muitas pessoas. A minha experiência foi ótima. A EMTN e o consultório da dra. Katianny fazem o paciente sair feliz, receber alta mais rápido e recuperado”, comenta. Ela também continua o acompanhamento e toma suplementos disponibilizados pela Secretaria de Saúde (SES). Maria da Paixão Soares, diagnosticada com um câncer de pele maligno: “Ganhei 7 kg após o acompanhamento da equipe. A médica me fez não só ganhar peso, mas acreditar que era possível. Esse consultório nutricional salva a vida de muitas pessoas” Neta de Maria da Paixão, Diana Soares, 34 anos, acompanhou o tratamento da avó. “No Hran, fomos atendidas por uma equipe maravilhosa que incluía profissionais da área de queimados e a equipe nutricional. A cirurgia foi feita em julho de 2022, com a retirada do tumor e a aplicação do enxerto de pele. A princípio, seria uma cirurgia para melhoria da qualidade de vida dela, e acabou sendo uma cirurgia curativa. Só tenho a agradecer. Grata pelo profissionalismo e pela forma humana com o qual ela foi tratada”, diz. Os profissionais que formam a equipe multidisciplinar do Hran planejam um encontro com outras EMTNs regionais do Sistema Único de Saúde (SUS) para troca de experiências e transformá-las em benefícios aos pacientes atendidos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran oferece sete variedades de soros para vítimas de animais peçonhentos
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) dispõe de sete variedades de soros para vítimas de animais peçonhentos e segue com os acolhimentos. Além disso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) disponibiliza outros dez locais aptos a receber qualquer paciente nessas condições. É falsa, portanto, a informação que circula no WhatsApp de que o Hran não realizará mais o atendimento a acidentes deste tipo. O Hran dispõe de todos os tipos de soros para vítimas de animais peçonhentos, distribuindo às outras unidades da rede pública e para a rede privada | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde De acordo com a gerente da Rede de Frio, Tereza Pereira, a imagem com o dado equivocado circulou ainda na pandemia quando o Hran passou a atender apenas pacientes vítimas da covid-19. Na época, alguns serviços do hospital foram remanejados para outras unidades da rede. “Essa é uma mensagem antiga e que não é válida há um tempo. A unidade já está com o serviço normalizado, mas a mensagem volta a circular, principalmente, quando temos casos divulgados pela imprensa”, ressalta. [Olho texto=”“É fundamental que a vítima procure um médico imediatamente e, caso consiga pegar, tente levar o animal junto. Ou até mesmo fazer uma foto. Isso facilita na escolha de qual soro indicar. Qualquer minuto pode fazer toda a diferença”” assinatura=”Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio” esquerda_direita_centro=”direita”] O Hran é a referência técnica e o único que dispõe de todos os tipos de soros, distribuindo, inclusive, para a rede privada, e a outras unidades da rede pública. São elas: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, e hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Gama (HRG), Planaltina (HRPl), Santa Maria (HRSM), Sobradinho (HRS) e Taguatinga (HRT). Todas apresentam condições de atender com o soro antiveneno, não sendo necessário buscar as unidades de emergência por tipo de picada. Arte: Divulgação/SES Apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe desses materiais, produzidos pelo Instituto Butantan, o maior em desenvolvimento de vacinas e soros da América Latina. Conhecidos como soros antipeçonhentos, eles são utilizados em casos de picada de cobra, escorpião e aranhas. Tereza destaca que não há necessidade de associar um hospital a um tipo de soro ou bicho. Em caso de acidente, a pessoa deve procurar as emergências de qualquer unidade mencionada acima. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É fundamental que a vítima procure um médico imediatamente e, caso consiga pegar, tente levar o animal junto. Ou até mesmo fazer uma foto. Isso facilita na escolha de qual soro indicar. Qualquer minuto pode fazer toda a diferença”, explica a gerente. A área técnica lembra que não é adequado fazer torniquetes ou garrotes ou colocar substância no local da picada. Soros produzidos no Brasil Saiba quais são os soros disponíveis no país: ? Antiaracnídico: contra o veneno de aranhas do gênero Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha-marrom) e escorpiões brasileiros do gênero Tityus. ? Antiescorpiônico: contra o veneno de escorpiões brasileiros do gênero Tityus. ? Antilonômico: contra o veneno de taturanas do gênero Lonomia. ? Antibotrópico: contra o veneno de jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca, cotiara. ? Anticrotálico: contra o veneno de cascavel. ? Antilaquético: contra o veneno de surucucu. ? Antielapídico: contra o veneno de coral. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Testes comprovam 99% de eficácia da máscara Vesta, que inativa coronavírus
Fabricada com tecnologia 100% nacional e baixo custo de produção, a máscara Vesta traz como inovação a aplicação de nanopartículas na parte filtrante. A barreira envolve e degrada a membrana do vírus, inativando a contaminação | Fotos: Divulgação/SES-DF A efetividade da máscara Vesta, que inativa o coronavírus, passou com sucesso pelo período de testes realizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) – referência no tratamento de doenças infectocontagiosas em Brasília. Os estudos clínicos comprovaram que o equipamento apresentou 99% de eficácia na inativação do vírus da covid-19 (alfacoronavírus e betacoronavírus), vírus influenza e inibição de fungos e bactérias. Evento na unidade nesta sexta-feira (23) marcou o fim da etapa de ensaio clínico, no qual profissionais que estiveram na linha de frente de combate à pandemia utilizaram a máscara por dois anos para avaliar seu desempenho. “O primeiro ensaio foi feito com 60 profissionais de saúde e agora, em 2023, com mais 260 profissionais de várias categorias: enfermagem, médica, fisioterapia”, afirma a chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Hran, Janine Montefusco. Ela destaca que os colaboradores acharam a máscara confortável e se sentiram mais seguros durante os atendimentos de pacientes de covid-19. Durante os estudos, os profissionais do Hran foram divididos em vários times e cada um utilizou o equipamento de proteção individual (EPI) por 21 dias consecutivos. A testagem foi feita por meio de questionários e de três exames de RT-PCR (padrão de referência na detecção da covid-19). “O foco do projeto é aumentar a segurança dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra pandemias. Isso é importante, principalmente, para o profissional da saúde, que muitas vezes se contamina no momento de se paramentar”, avalia Janine. Mariana Alcazas, diretora do Hran, agradeceu pelo empenho dos voluntários durante os ensaios clínicos Fruto da parceria entre governo, centros de pesquisa e setor privado, a tecnologia foi desenvolvida no âmbito do projeto Vesta – parte de uma iniciativa maior, coordenada pela Universidade de Brasília (UnB), que envolveu uma equipe de mais de 100 pesquisadores brasileiros de diferentes áreas do conhecimento. A máscara, no modelo PFF2 e que recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já pode ser encontrada à venda. Diretora do Hran, Mariana Alcazas afirmou durante a abertura do evento que o projeto surgiu no auge da pandemia e que a UnB trouxe tecnologia e ciência para a iniciativa. “A máscara agora é um produto que está no mercado e que teve a participação do nosso hospital. Mesmo diante de uma situação tão difícil, e apesar de toda dor e de todo sofrimento, conseguimos colaborar e hoje temos a materialidade desse grande esforço”, disse, agradecendo também a todos os profissionais voluntários. O professor da UnB e coordenador do ensaio clínico, Rodrigo Luiz Carregaro, lembrou como foi desafiador avaliar os trabalhadores em uma situação real como a pandemia. “O Hran foi o hospital referência no tratamento de covid, por isso foi escolhido para termos dados robustos na eficácia do produto. Essa é mais uma das grandes parcerias da universidade com a Secretaria de Saúde do DF que trouxe um produto que apresenta 99% de filtração de partículas, com usabilidade e conforto.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Tecnologia e baixo custo Diferente das máscaras N95, a Vesta foi fabricada com tecnologia 100% nacional e possui baixo custo de fabricação. A inovação, segundo Rodrigo, está na aplicação de nanopartículas na parte filtrante, chamada quitosana (material biodegradável polimérico, extraída da carapaça de crustáceos, como camarão e lagosta, que auxilia na filtração e na inativação de antígenos). A barreira envolve e degrada a membrana do vírus, inativando a contaminação. Por ser tão pequena quanto ele, a trama – espaços formados entre as fibras, também chamados de poros – acaba impedindo a passagem do micro-organismo causador da doença. Além disso, o tecido da Vesta é composto por um tipo de tecnologia que exerce atração eletrostática no vírus. Este é atraído pela superfície por interpretar que está se aproximando de vias aéreas humanas. Dessa forma, uma pessoa infectada que estiver usando a máscara adequadamente não vai contaminar ninguém, porque o vírus será eliminado. O ideal, porém, é que as outras pessoas também estejam protegidas pelo mesmo equipamento. *Com informações da SES-DF
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Laboratório do Sono do Hran aumenta capacidade de atendimento
A ampliação do Laboratório do Sono do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), responsável pelo diagnóstico e tratamento de distúrbios do sono, aumentará a capacidade de atendimento à população. Agora, o local tem cinco quartos reformados e com cortinas e isolamento acústico, permitindo que a capacidade anual chegue a mais de 900 exames. Essencial para a saúde e o bem-estar, uma boa noite de descanso impacta na qualidade de vida das pessoas. Por isso, é importante identificar distúrbios do sono. “A equipe da clínica é composta por três técnicos de polissonografia, dois fisioterapeutas e três médicos especializados em distúrbios do sono. Estamos prontos para fornecer diagnósticos precisos e tratamentos adequados”, destaca a pneumologista e responsável técnica do Laboratório do Sono, Flávia Fernandez. O setor foi readequado e agora tem quartos recém-pintados, cortinas blackout e isolamento acústico | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde A polissonografia é o principal exame realizado. Esse procedimento consiste na aplicação de um conjunto de eletrodos e sensores no corpo do paciente para monitorá-lo enquanto dorme. Os dispositivos registram várias respostas do organismo, como a atividade cerebral, os movimentos oculares e a atividade elétrica de nervos e músculos. Além disso, o exame avalia o fluxo de ar, o esforço respiratório, os movimentos corporais e até mesmo os níveis de gases sanguíneos. A polissonografia é indolor e fornece informações valiosas para o diagnóstico da qualidade do sono. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Um dos distúrbios mais comuns é a apneia do sono, que pode ser causada por vários fatores, como obesidade, restrição do calibre da via aérea e colapsabilidade aumentada da mesma. A especialista explica que os distúrbios vão além de problemas comportamentais e podem representar riscos para a saúde cardiovascular, ganho de peso e déficit de concentração. Um exemplo real da importância do diagnóstico e tratamento adequados é o caso de Sandrely de Lima Silva, uma jovem de 20 anos que tem uma doença rara chamada paraparesia espástica hereditária. A mãe dela, Francisca dos Santos, levou-a ao Laboratório do Sono do Hran para obter um laudo médico indicando suas dificuldades respiratórias durante o sono. “Com esse laudo, Sandrely poderá adquirir um aparelho que a auxiliará a respirar melhor durante o sono”, explica Francisca, que elogiou a equipe da clínica e a qualidade dos quartos. Riscos As doenças do sono têm efeitos negativos significativos na saúde, podendo resultar em complicações cardiovasculares, como um aumento do risco de hipertensão arterial e de doenças cardíacas, a exemplo de arritmias, infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico. A pneumologista responsável pelo Laboratório do Sono ressalta que o aumento do estresse, a crescente demanda por assumir mais responsabilidades e o uso crescente de mídias digitais contribuem para a deterioração da qualidade do sono em todo o mundo. A responsável técnica do Laboratório do Sono, Flávia Fernandez, comemora a ampliação do setor: “Vamos conseguir atender mais pacientes e com muito mais qualidade” Noites de sono reparador são essenciais para a melhoria da saúde mental, proporcionando maior equilíbrio e redução do estresse. Dormir adequadamente também melhora o humor, a concentração e a capacidade de lidar com os desafios diários. “Há ainda o fortalecimento do sistema imunológico, que ajuda a prevenir doenças e infecções”, acrescenta Flávia Fernandez. Confira algumas mudanças de hábito necessárias para dormir melhor: ? Acordar sempre no mesmo horário; ? Não dormir mais do que o necessário; ? Fazer exercícios diariamente, com duração de ao menos 20 minutos; ? Não se expor a telas pelo menos 30 minutos antes de dormir; ? Evitar à noite estimulantes como café, chocolate e refrigerantes; ? Não fumar; ? Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Embora o álcool seja sonífero, deve-se tomar cuidado com a quantidade e o horário em que é ingerido, pois ele pode antecipar ou retardar o sono; ? Evitar dormir à tarde, principalmente se a pessoa tem problemas para dormir durante a noite; ? Não comer em excesso antes de dormir nem dormir com fome; ? Evitar pensar nos problemas e nas responsabilidades na hora de dormir; ? Relaxar. Tomar uma ducha, ler um livro ou ouvir uma boa música pode ajudar muito a conciliar o sono. Procure fazer dessas tarefas um ritual a ser repetido todas as noites; ? Ter um ambiente silencioso e escuro para dormir; ? Adequar colchão e travesseiro; ? Meditar. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hran oferece tratamento contra doença que impede evolução de gravidez
O sorriso de Beatriz ao olhar para a filha Alice, de três meses, é uma mistura de sentimentos. Há realização e agradecimento por ter vencido dias difíceis. Quatro anos atrás, a médica veterinária havia sido diagnosticada com doença trofoblástica gestacional, quadro que impede a evolução da gravidez e coloca a vida da própria mãe em risco. Hoje, Beatriz Paixão é uma das mulheres acompanhadas no Ambulatório de Mola do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), um serviço que já atendeu mais de 2.500 pacientes desde 1986, sendo referência no Centro-Oeste. “Eu tinha bastante medo de acontecer de novo, mas agora tenho a minha alegria. Eu sempre quis ser mãe” , diz Beatriz Paixão, que foi atendida no Hmib e no Hran e hoje é mãe de Alice | Foto: Arquivo pessoal Também chamada de mola hidatiforme ou gestação molar, a doença tem causas ainda desconhecidas e ocorre quando há fecundação anormal do óvulo, levando a uma gestação com ou sem embrião. Em ambos os casos, o desenvolvimento da criança não acontece. Em algumas pacientes, a doença se comporta como um câncer, podendo afetar órgãos e até levar ao óbito. O diagnóstico é uma notícia delicada para as mães: significa que a gestação não vai progredir, e que será necessário um tratamento que pode incluir até a quimioterapia. “É algo devastador. A gente fica com uma expectativa, e é frustrante para toda a família” , conta Beatriz. [Olho texto=”“É uma doença que, sendo adequadamente tratada, pode ser totalmente curada”” assinatura=”Valéria Gonçalves, ginecologista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ela fazia pré-natal na rede privada e notou que algo não estava bem quando os profissionais não conseguiram visualizar o bebê durante os exames de ultrassom. A imagem era semelhante a um cacho de uvas, um indicativo da doença. O caminho para o tratamento começou na Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de casa, no Núcleo Bandeirante. Dali, Beatriz foi encaminhada ao Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), onde fez o procedimento de aspiração das células com a anomalia. Em seguida, o acompanhamento passou a ser feito no ambulatório do Hran, local hoje visto por ela como um espaço de informação e acolhimento. “Lá me explicaram direitinho toda a doença e o apoio que eu teria”, lembra ela, que à época tinha 19 anos. No corredor onde fica localizado o Ambulatório de Mola do Hran é possível perceber no rosto de mulheres sentimentos semelhantes. O espaço reúne pacientes encaminhadas tanto pela rede pública quanto privada, às segundas-feiras, das 14h às 18h, e às sextas-feiras, das 8h às 12h. São cerca de 30 por semana. “Todas as pacientes indicadas para nós são atendidas”, garante a ginecologista Valéria Gonçalves, responsável pelo serviço de acolhimento. O local também é referência para a formação de futuros profissionais de medicina e de residentes, que aprendem as técnicas para o tratamento. “É uma doença que, sendo adequadamente tratada, pode ser totalmente curada”, afirma Valéria. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a médica Marta de Betânia, referência técnica distrital de ginecologia da Secretaria de Saúde (SES), ainda que seja desconhecida, a doença não é tão incomum. Segundo ela, no Brasil estima-se um caso de gravidez molar em até 400 gestações. Entre os principais fatores de risco estão a idade: é mais provável o diagnóstico ocorrer em mulheres com pelo menos 35 anos, ainda que possa também existir em mães mais jovens, como foi o caso de Beatriz. O acompanhamento tem como principal exame o beta HCG (sigla em inglês para Gonadotrofina coriônica humana); dependendo do resultado, é possível identificar a permanência da “mola” mesmo após a aspiração das células com anomalia. Cerca de 20% das mulheres precisam complementar o procedimento com a quimioterapia para evitar o alastramento dessas células para outras partes do corpo. Depois, é mantido o acompanhamento do beta HCG, inicialmente com periodicidade semanal, mais tarde, mensal e, por fim, anualmente. Com o tratamento oferecido no Hran, há formas de recuperar a saúde da mulher e, se for o desejo dela, até viabilizar uma gravidez. “Eu tinha bastante medo de acontecer de novo, mas agora tenho a minha alegria. Eu sempre quis ser mãe”, conta Beatriz. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Seca e frio intensificam doenças respiratórias; veja como evitar e tratar
Há alguns dias, uma massa de ar seco paira sobre o Distrito Federal. O fenômeno resulta em temperaturas amenas no início da manhã e no fim do dia e mais altas no período da tarde. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital federal entra agora no período de estiagem. “A umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 30% no período da tarde. Estamos na estação de transição indo cada vez mais para o clima seco até chegar setembro, quando se intensifica mais”, revela o meteorologista Cléber Souza. Essa combinação de clima seco e tempo frio potencializa as doenças respiratórias. Isso porque as vias aéreas costumam ficar ressecadas, tirando a proteção natural da mucosa nasal e facilitando a entrada dos vírus. “A perda dessa proteção natural causa a proliferação de germes virais e bacterianos”, afirma a referência técnica distrital colaboradora de pneumologia da Secretaria de Saúde (SES), Andrea Rodrigues. A vacinação é uma forma de evitar a disseminação das doenças. Nesta segunda-feira (15), a imunização contra a gripe foi ampliada para qualquer pessoa acima de seis meses | Foto: Arquivo/Agência Saúde Os sintomas mais comuns neste período do ano são coriza nasal, espirros e secreção amarelada ou esverdeada, características de doenças como resfriado, rinite alérgica e sinusite bacteriana, respectivamente. “Ademais tem as laringites, faringites, traqueítes e, em última instância, a inflamação da via aérea inferior que é a bronquite viral e alérgica, com tosse, falta de ar e chiado no peito”, informa. Como se cuidar A hidratação é a melhor forma de prevenção das enfermidades respiratórias. “Tanto a hidratação oral, ingerindo bastante líquido, quanto hidratar a via aérea nasal com muito soro. Faz muita diferença, porque hidrata e umidifica as vias aéreas, tentando reestruturar a barreira natural”, explica a referência técnica distrital. Além disso, Andrea Rodrigues destaca alguns aprendizados da pandemia da covid-19, como a higienização das mãos e até o uso de proteção de via aérea superior em ambientes mais aglomerados. A vacinação também é uma forma de evitar a disseminação das doenças. Nesta segunda-feira (15), a imunização contra a gripe foi ampliada para qualquer pessoa acima de seis meses. No DF são mais de 100 unidades básicas de saúde (UBSs) preparadas para atender a população com a vacina da influenza. Confira os pontos de vacinação. A vacina contra a pneumonia é recomendada para idosos e pessoas com asma grave, doenças crônicas pulmonares, com infecções respiratórias de repetição, imunocomprometidas e com doenças hematológicas graves | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Além da influenza, que é a principal, temos a vacina antipneumocócica, que previne a pneumonia. Quando o paciente está com a imunidade mais baixa e com uma infecção viral, ela pode progredir para uma pneumonia e uma medida para evitar é a imunização”, classifica Andrea. A vacina contra a pneumonia é recomendada para idosos e pessoas com asma grave, doenças crônicas pulmonares, com infecções respiratórias de repetição, imunocomprometidas e com doenças hematológicas graves. O imunizante está disponível em UBSs e no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A orientação para pacientes com sintomas gripais e de doenças respiratórias é procurar a primeira instância de saúde, ou seja, a unidade básica de saúde da região. As UBSs atendem casos de resfriado comum, febre e coriza. Situações mais graves são encaminhadas pela própria unidade básica para as atenções secundária ou terciária para especialistas como otorrinos, pneumologistas e infectologistas.
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Hran é referência no atendimento a vítimas de queimaduras
Da urgência à reabilitação, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência no atendimento a vítimas de queimaduras no Distrito Federal. Por ano, a Unidade de Queimados recebe cerca de 3 mil pacientes, cuja média de internação é de 10% (cerca de 300 casos anuais). As pessoas atendidas recebem cuidados de uma equipe multidisciplinar, mesmo após a alta hospitalar. Gravemente ferido em 2019 ao combater um incêndio perto de casa, Alysson Paulo Lima destaca a agilidade e o tratamento humanizado como pontos diferenciais no atendimento e na recuperação | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Vítima de um acidente com paramotor em 28 de maio de 2022, Ricardo Amorim, 36, teve mais de 20% da superfície corporal queimada e está prestes a completar um ano na recuperação. “Fui trazido pelo meu irmão direto para o Hran e recebi um pronto-atendimento muito rápido. Veio toda a equipe dar suporte, e isso foi crucial para a minha sobrevivência”, lembra. [Olho texto=”“Se eu tenho mobilidade hoje, é por causa da fisioterapia; elas pegam pesado, mas é pensando na minha recuperação. Eu quase não movimentava o meu joelho, e agora mexo 100%”” assinatura=”Ricardo Amorim, paciente do Hran” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante o voo, um problema no motor incendiou o tanque e, no pouso emergencial, a gasolina foi derramada no corpo de Ricardo. Ele ficou dois meses e meio internado no Hran, onde, além de passar por 17 cirurgias, iniciou o tratamento de recuperação. “Se eu tenho mobilidade hoje, é por causa da fisioterapia; elas [profissionais de saúde] pegam pesado, mas é pensando na minha recuperação. Eu quase não movimentava o meu joelho, e agora mexo 100%. Me sinto muito feliz, nunca pensei que ia voltar a andar”, destaca Ricardo acerca do trabalho realizado pela equipe do Núcleo de Saúde Funcional (NSF) do hospital. Em parceria com a Unidade de Queimados, o setor consegue oferecer cuidado integral ao paciente. A Unidade de Queimados do Hran conta com equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e o suporte da assistência social Movimentar é palavra de ordem no NSF, mesmo quando isso parece impensável para uma pessoa queimada e ainda com dores. “Na cicatrização, a pele vai retrair. Para evitar sequelas, o paciente precisa entender a importância da fisioterapia”, explica a fisioterapeuta Karla Ferreira. [Olho texto=”“No paciente queimado, a cicatrização precisa ser trabalhada por um ano, pelo menos. Se ele não voltar para a reabilitação, a cicatrização ocorre e vai perdendo movimento. Se não fizer alongamento, retrai e impacta até a capacidade respiratória, quando há queimadura em tronco”” assinatura=”Laura Romano Arcuri, chefe do NSF do Hran” esquerda_direita_centro=”direita”] Em 2022, foram registradas 2.732 consultas de pessoas com queimaduras no pronto-socorro do Hran. Já os atendimentos de consultas e curativos no Ambulatório de Queimados foram 2.445, enquanto banho e curativos de grandes queimados sob anestesia totalizaram 521 procedimentos e cirurgias em pacientes queimados, 557. A chefe do NSF do Hran, Laura Romano Arcuri, reforça que é preciso dar continuidade ao tratamento: “No paciente queimado, a cicatrização precisa ser trabalhada por um ano, pelo menos. Se ele não voltar para a reabilitação, a cicatrização ocorre e vai perdendo movimento. Se não fizer alongamento, retrai e impacta até a capacidade respiratória, quando há queimadura em tronco”. Cuidado multidisciplinar A Unidade de Queimados do Hran conta com equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e o suporte da assistência social. “Os bons resultados existem por causa dessa atuação multidisciplinar. São diversas linhas de cuidado e olhares em busca de um objetivo único: a cura dos pacientes e a solução do problema”, avalia a enfermeira Rosa Siqueira. Fisioterapia para a recuperação do movimento e da força das mãos As ações integradas fizeram a diferença para Alysson Paulo Lima, 39. “Em todo o processo, um fator muito importante na minha situação foi essa percepção de que você não está só, que tem um cuidado maior”, conta. Gravemente ferido em 7 de setembro de 2019 ao combater um incêndio perto de casa, ele destaca a agilidade e o tratamento humanizado como pontos diferenciais no atendimento e na recuperação. Na chegada à Unidade de Queimados do Hran, ainda consciente, Alysson lembra-se de ter sido acalmado pela equipe e informado sobre todos os passos. Durante a internação de 55 dias e cerca de 30 cirurgias, teve o acompanhamento da esposa. “Eu vinha sem acreditar na recuperação. À medida que ganhei amplitude de movimento, me arrependi de não ter feito mais. Me sinto quase 100% adaptado, faço quase tudo que fazia antes, inclusive combater incêndios. Acho que 99%, atribuo totalmente ao tratamento que tive aqui.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O autônomo é um dos 23 pacientes do Hran que, desde 2018, receberam transplante de pele. Em janeiro, o hospital foi credenciado pelo Ministério da Saúde como centro transplantador – antes, esse procedimento era realizado em caráter emergencial. O transplante de pele recebeu padrão ouro de cuidado. No NSF, além da fisioterapia, há ainda a terapia ocupacional. “O objetivo é o ganho de função. São brinquedos, objetos, massagem, alongamento, imobilização, com foco na independência do paciente”, exemplifica a terapeuta ocupacional Flávia Porto. Em busca da recuperação da força nas mãos, Valmir Alves, 52 anos, se empenha semanalmente nas atividades passadas pela equipe. “Com a terapia, tudo se encaminha. Eu não andava; hoje, sim. Agora preciso melhorar a força na mão para retornar ao trabalho”. Ele é eletricista e sofreu um acidente de trabalho que causou as queimaduras e a internação de um mês e três dias: “Fui muito bem atendido por todas as equipes. Isso me acalmou, vinha até um psicólogo conversar com a gente”. O pronto-socorro de queimados do Hran funciona 24 horas, todos os dias. Após os primeiros cuidados, caso seja preciso, o paciente é encaminhado para a internação. A unidade, além de atender pacientes do Entorno do DF, é referência para o Centro-Oeste, o norte de Minas Gerais e o oeste baiano. *Com informações da Secretaria de Saúde
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