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Hospital Universitário de Brasília

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Fones de ouvido: conheça os riscos e saiba como proteger a audição

Os fones de ouvido tornaram-se acessórios comuns do cotidiano, particularmente após a pandemia de covid-19, quando o trabalho remoto, os estudos online e o entretenimento digital entraram na rotina de adultos, adolescentes e até crianças. A Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para os riscos do uso prolongado de fones de ouvido, hábito cada vez mais comum entre jovens e adultos. Arte: Agência Brasília-DF A responsável técnica de fonoaudiologia da SES-DF, Ocânia da Costa, adverte que o uso contínuo e em volume alto pode causar danos significativos. “Hoje usamos fones para tudo: estudar, trabalhar, fazer atividade física”, enumera. “A recomendação é limitar o uso a no máximo duas horas por dia, em volume reduzido. A literatura mostra que, a partir de uma hora com o volume no máximo, o ouvido já aciona mecanismos de proteção, o que indica risco”. “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência” Ocânia da Costa, fonoaudióloga da Secretaria de Saúde Entre os sintomas associados ao uso excessivo de fones estão tontura, zumbido, dificuldade de concentração, estresse, dor devido à pressão sonora e dificuldade para compreender conversas. “O adolescente que usa muito fone pode ter sintomas parecidos com os de trabalhadores expostos a ruídos fortes, inclusive dificuldade para entender o professor na sala de aula”, explica a fonoaudióloga. Detecção e tratamento A porta de entrada para avaliação auditiva na capital é a Unidade Básica de Saúde (UBS). A rede pública conta com ambulatórios especializados nos hospitais Regional da Asa Norte (Hran), Regional de Taguatinga (HRT), Regional do Gama (HRG), de Base (HBDF) e Universitário de Brasília (HUB-UnB), bem como Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni (Ceal).  A identificação precoce da surdez começa ainda na maternidade, com o teste da orelhinha, realizado nas primeiras 48 horas de vida. Bebês com resultado alterado são encaminhados para diagnóstico e, se necessário, para reabilitação auditiva. Em crianças maiores e adultos, o acompanhamento é feito na UBS, com possibilidade de concessão de aparelhos auditivos ou indicação de implante coclear (prótese eletrônica que restaura a audição em casos de surdez). Prevenção [LEIA_TAMBEM]A fonoaudióloga da SES-DF reforça que cuidar da saúde auditiva envolve tratar infecções de ouvido, evitar exposição prolongada a ruídos intensos e realizar exames periódicos quando há fatores de risco. Entre as causas da perda de audição estão doenças infecciosas, uso de medicamentos que podem danificar o sistema auditivo (ototóxicos), traumas e perfuração do tímpano. Outros fatores que também podem levar à perda auditiva são acúmulo de cerume, predisposição genética, problemas metabólicos e envelhecimento. A especialista alerta para os impactos na saúde mental e cognitiva: “Se a pessoa não escuta bem, não se comunica bem. Isso pode levar à depressão, ansiedade e dificuldades de aprendizado nas crianças. No idoso, a perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência”.   *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Rede pública de saúde investe no protocolo de rastreamento de cânceres gastrointestinais

Dor abdominal, perda de peso, fezes com sangue, anemia de causa desconhecida, distensão e refluxo: esses são alguns dos sinais de alerta para buscar um rápido auxílio médico. No Distrito Federal, a incidência do câncer colorretal representa o terceiro tipo mais comum, atingindo cerca de 710 novos casos por ano. “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial; quanto mais precoce, maior a chance de cura”, aponta a oncologista Carla de Morais, da Secretaria de Saúde | Foto:  Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Levando em conta a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), esse número pode chegar a 1.000 casos por ano, segundo dados registrados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, o cenário pode ser evitado com medidas simples. De acordo com Gustavo Ribas, chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), apenas 5% a 10% dos casos são genéticos. “O restante está associado a fatores ambientais como a falta de exercícios físicos, má alimentação, consumo exagerado de ultraprocessados, ganho de peso, tabagismo e consumo de álcool”, aponta o médico. “Cerca de 40% dos casos seriam evitáveis apenas por medidas de prevenção de saúde e mudança de hábitos”. Rastreamento [LEIA_TAMBEM]Em recente palestra, Ribas falou sobre o protocolo de rastreamento do câncer colorretal da SES-DF, que consiste em exames necessários para o diagnóstico precoce e o início do tratamento. “Fazemos a testagem do sangue oculto e da colonoscopia para prevenção do câncer colorretal”, explica. “É preciso estar atento aos sintomas. Se o paciente entrar nos critérios de risco de classificação, ele já é encaminhado para realizar os exames”. Referência técnica distrital (RTD) de oncologia da SES-DF, Carla de Morais reforça que a ação é importante para conscientizar e reforçar os critérios de rastreamento e os sintomas que eventualmente podem aparecer no início da doença: “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial; quanto mais precoce, maior a chance de cura. Também é sempre importante relembrar os exames de rastreamento, mesmo quando não há sintomas e sinais”. A porta de entrada do paciente para se submeter aos procedimentos é a unidade básica de saúde (UBS). Os exames de colonoscopia podem ser feitos nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT), do Gama (HRG) e no Hospital de Base (HBDF). Já no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital de Base (HBDF), são oferecidos o exame de imuno-histoquímica, que determina diversas características dos tumores, como a origem e seus tipos e subtipos, auxiliando em condutas terapêuticas específicas. *Com informações da Secretaria de Saúde          

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HRT amplia preparo de medicamentos contra o câncer

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) ampliou a entrega de medicamentos para sessões de quimioterapia: foram 9.039 procedimentos realizados entre janeiro e setembro, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. O HRT é referência no tratamento oncológico para pacientes do DF e de outros estados, juntamente com os hospitais de Base, Universitário de Brasília e da Criança. Medicamentos são manipulados de forma criteriosa, de maneira a garantir o menor tempo entre o preparo e a administração aos pacientes | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde Responsável técnico pela oncologia do HRT, o médico José Lucas Pereira Júnior explica que cada bolsa de medicamento para sessões de quimioterapia é personalizada, conforme as necessidades de cada paciente. A produção no próprio HRT faz a diferença em termos de agilidade no atendimento. “Como fazemos as bolsas aqui, temos a capacidade de atender mais pacientes, pois todo o atendimento fica mais rápido”, afirma. Outra vantagem é a qualidade do produto: os medicamentos podem perder eficácia conforme sofrem variações de temperatura e exposição à luminosidade. A equipe de dez farmacêuticos oncológicos do HRT atua para assegurar um tempo mínimo entre o preparo e a sessão do paciente. “Quanto mais próximo, maior a qualidade do medicamento que o paciente vai receber”, acrescenta o médico. Cuidados específicos De acordo com o farmacêutico Hugo Carvalho, a manipulação dos medicamentos quimioterápicos exige uma série de cuidados. “Esse manuseio requer toda uma técnica para garantir que o produto permaneça estéril”, aponta. “A manipulação é complexa, pois precisa garantir a segurança para o paciente. Há uma dupla checagem dos procedimentos”. O próprio local de preparo, chamado de “sala limpa”, tem regras específicas para garantir a segurança biológica. No espaço, servidores passam os insumos para a “sala limpa” por meio de janelas especiais, criadas para evitar a passagem de partículas. Na parte interna, um farmacêutico, com máscara de proteção de risco químico e dois pares de luvas sem pó, manipula os componentes conforme o prescrito pelo oncologista. Depois, a bolsa com o medicamento para quimioterapia é enviada imediatamente ao setor onde ocorre o atendimento ao paciente. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Maio Roxo promove conscientização sobre doenças inflamatórias intestinais

Maio Roxo é o mês de conscientização e visibilidade sobre doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. De acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as DIIs atingem mais de cinco milhões de pessoas no mundo; só no Brasil, são cerca de 100 diagnósticos para cada 100 mil habitantes. Dores abdominais e perda de peso estão entre os sintomas da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa | Foto: Free Pik A doença de Crohn afeta o intestino delgado e o cólon, da boca ao ânus. A forma grave pode atuar ainda profundamente nos tecidos gastrointestinais. Já a retocolite ulcerativa é uma condição que atinge as extremidades do intestino grosso (reto e cólon), causando uma inflamação na região que pode ou não ter úlceras. Os sintomas das duas enfermidades são parecidos: dores abdominais, perda de peso e mais de seis semanas com diarreia e sangramento. Por se tratar de doenças crônicas, ambas são fatores de risco para o câncer de intestino, não têm cura e são consideradas autoimunes. “Antes, as doenças inflamatórias intestinais eram consideradas doenças raras; hoje, não o são mais” Renata Filardi, gastroenterologista da SES Embora não possuam uma causa direta, essas doenças estão ligadas ao histórico familiar, alterações no sistema imune, mudanças na flora intestinal, alimentação e influência do meio ambiente. Fatores e diagnóstico A gastroenterologista Renata Filardi, especialista em doenças inflamatórias intestinais da Secretaria de Saúde do DF (SES), aponta fatores como tabagismo, estresse, uso de medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios), infecções e dieta ocidentalizada como gatilhos. Nos últimos anos, lembra, houve aumento da prevalência e incidência dessas doenças na população brasileira. “O Maio Roxo é muito importante para ajudar na conscientização”, afirma a médica. “Falar sobre sintomas intestinais ainda é um tabu para muitos pacientes. Antes, as doenças inflamatórias intestinais eram consideradas doenças raras; hoje, não o são mais. O número de casos novos também tem aumentado.” O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, e o exame considerado padrão ouro para detecção é a colonoscopia – além de observar alterações visuais como vermelhidão e lesões de mucosa, ajuda na obtenção de material para biópsias. Adaptação Vômitos constantes, perda de peso e dores abdominais incessantes levaram Maiara Luize Neves, 32, a procurar ajuda médica. Após a indicação de gastroenterologista para acompanhamento conjunto com um proctologista, ela fez realizou exames de videocolonoscopia e uma enterorressonância, que confirmaram o diagnóstico da doença de Crohn. “É um desafio entender que, a partir do momento do diagnóstico, o seu estilo de vida, principalmente a alimentação, vão mudar, porque 80% da recuperação será sua alimentação”, aponta ela. “Você pode encontrar um medicamento que dá certo, porém, se não mudar o estilo de vida, a alimentação, o psicológico e realizar atividades físicas, não vai adiantar.” Atendimento na rede pública A SES conta com dois serviços de referência no DF para pacientes com doença inflamatória: o Hospital de Base (HB) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB), que possuem ambulatórios específicos. A rede pública também oferece práticas integrativas em saúde (PISs) – como meditação e yoga -, que podem auxiliar os pacientes e estão disponíveis em 30 regiões administrativas e em 87 unidades básicas de saúde (UBSs). Atividades físicas e uma dieta equilibrada, que devem ser planejadas junto a especialistas, são fundamentais no controle das crises. Os pacientes com DIIs apresentam maior risco de carências nutricionais e precisam de uma nutrição reforçada de suplementos alimentares, além do uso correto dos medicamentos prescritos. O SUS dispõe de medicamentos nas farmácias de alto custo para pacientes com tratamento convencional por meio de comprimidos das classes – de aminossalicilatos como mesalazine e sulfassalazina – e para casos mais graves baseados em terapia imunobiológica, como o Infliximab (anti-TNF). Maio Roxo O Maio Roxo foi instituído com o mês da conscientização e a cor roxa simboliza a luta e solidariedade em relação a essas condições de saúde. O objetivo é aumentar o debate sobre o problema e sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce, assim como do tratamento correto. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Reforma da oncologia do HRT vai aumentar leitos de internação

Ainda neste ano, a população do Distrito Federal vai contar com uma nova estrutura de atendimento a pacientes com câncer. Todo o setor para tratamento de oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) terá capacidade ampliada e adequações de melhora na prestação do serviço, com foco em um tratamento humanizado. “Cada detalhe foi pensado para tornar o atendimento mais ágil e humano”, conta a supervisora de enfermagem do setor, Laurene Passos. Na área de internação, por exemplo, além do aumento no número de leitos, de 15 para 18, cada paciente terá mais privacidade na hora de passar por procedimentos e ao longo de todo o período que ficar internado. Aqueles em estado grave poderão receber mais familiares e até animais de estimação, tornando o momento mais acolhedor. Também ficará à disposição uma área de isolamento. Outra adequação entre os aspectos técnicos e melhoria do conforto é o aumento do número de banheiros. “O ideal é que o acompanhante não utilize o mesmo banheiro do paciente para evitar casos de contaminação”, explica a supervisora. A renovação da rede de gases, como oxigênio, vácuo e ar comprimido, também vai permitir maior mobilidade, além de garantir o tratamento em espaços distintos. Uma farmácia ambulatorial vai, ainda, garantir mais facilidade na retirada de medicamentos. Mesmo antes da conclusão dos serviços, o HRT já conseguiu mais que duplicar o número de consultas iniciais na área de oncologia | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Para os servidores, uma das principais novidades será o espaço destinado a discussões de casos clínicos, realização de treinamentos e aulas. As áreas para limpeza, descarte e preparo de materiais de tratamento também serão entregues conforme as normas e legislações. “Vamos conseguir utilizar todo o potencial da equipe e teremos capacidade para ampliar ainda mais o serviço”, comemora o diretor do HRT, Felipe Motinha. Mais consultas Reforma do setor de oncologia do HRT vai permitir ampliação do número de atendimentos e foco no tratamento humanizado Mesmo sem o término dos serviços de adequações físicas, o HRT já conseguiu ampliar a oferta de consultas a pacientes oncológicos. Em junho, foram 60 usuários atendidos. Em julho, saltou para 150 e a expectativa é a de que o número chegue a 200. Isso foi possível por meio da força de trabalho e reorganização dos turnos. Quem chega ao espaço de oncologia já nota as diferenças. A sala de espera foi ampliada e recebeu ar-condicionado – os equipamentos foram adquiridos por meio de emenda parlamentar do deputado distrital Jorge Vianna. Logo em seguida, é possível ver o avanço das adequações para permitir a abertura de três novos consultórios, além de uma sala para atendimentos multiprofissionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Aqueles que seguem para a quimioterapia já encontram um local amplo e arejado. Já quem faz o chamado protocolo ampliado, quando o paciente recebe bombas de infusão para medicação ao longo de dois dias, o principal benefício será poder contar com apoio técnico aos fins de semana, com a abertura de uma nova sala de procedimentos. As adequações no HRT são possíveis graças aos contratos de manutenção regular assinados pela Secretaria de Saúde (SES-DF) em 2022. Ao todo, a pasta fez um investimento de R$ 74 milhões para garantir o funcionamento de 297 unidades. As contratações agilizam serviços como ajustes de instalações de água e energia, pinturas, reparos de pisos, troca de janelas, entre outras necessidades. Atendimento a todo o DF Ao lado do Hospital de Base e do Hospital Universitário de Brasília, o HRT é referência para o atendimento de pacientes com câncer de todo o DF, além de moradores do Entorno. A porta de entrada para o serviço é por meio da rede de unidades básicas de saúde (UBSs) ou por encaminhamento especializado. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Profissionais da força-tarefa em oncologia recebem ‘moção de louvor’

Profissionais da Saúde do Distrito Federal receberam moção de louvor da Câmara Legislativa (CLDF) pela atuação na chamada “Força-Tarefa Oncológica.” Foram homenageados 160 integrantes das equipes do Hospital de Base (HBDF), do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e do Hospital Sírio-Libanês, componentes desse trabalho em conjunto. [Olho texto=”“Aqui fica um exemplo da capacidade de nossos trabalhadores, gestores e professores. Fica também a nossa gratidão, o nosso orgulho e o nosso sentimento de dever cumprido com os pacientes oncológicos do DF”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária da Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A força-tarefa teve início em 15 de julho, a partir da entrega de um plano de ação com propostas emergenciais de curto prazo. A intenção era amenizar a espera por consultas de pacientes oncológicos na capital federal. Todas as listas para cirurgias com médicos especialistas foram reduzidas em cerca de 50%. Dentre as estratégias adotadas, estão a qualificação de dados inscritos no Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal (CRDF) e a ampliação do número de consultas e demais serviços relacionados durante os horários em dias de semana e aos sábados. “Aqui fica um exemplo da capacidade de nossos trabalhadores, gestores e professores. Fica também a nossa gratidão, o nosso orgulho e o nosso sentimento de dever cumprido com os pacientes oncológicos do DF”, celebrou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, uma das agraciadas. A secretária Lucilene Florêncio entre o deputado distrital Eduardo Pedrosa e a promotora Hiza Carpina, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A integração entre o corpo técnico dos quatro hospitais também foi enaltecida pelo diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), Juracy Cavalcante, outro homenageado. “O diálogo e a união de forças prevaleceram e estamos aqui, hoje, celebrando um resultado importantíssimo para a população de usuários de saúde do DF.” A força-tarefa deve permanecer. “A população pode esperar a continuidade do trabalho com um foco bem claro e estabelecido: instituir a Linha de Cuidado do Paciente Oncológico”, garantiu o assessor de Política de Prevenção e Controle do Câncer, Gustavo Ribas, também agraciado pela moção de louvor. Reconhecimento A homenagem foi proposta pelo deputado distrital Eduardo Pedrosa, presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Câncer, parceira nesse trabalho conjunto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O deputado creditou o sucesso da força-tarefa, principalmente, ao esforço e à dedicação dos profissionais da área da saúde atuando diretamente na ação. “Reflete o comprometimento com a sociedade e uma preocupação que transcende os interesses puramente profissionais. Vocês fazem a diferença na vida de milhares de pessoas no momento em que elas mais precisam”, reconheceu o parlamentar. Participaram da solenidade, na noite de segunda-feira (11), também a promotora de Justiça da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Hiza Carpina; a gerente de Atenção à Saúde do HUB (UNB/Ebserh), Ana Patrícia de Paula; e a coordenadora da Residência Médica da Oncologia do Hospital Sírio Libanês, Tatiana Strava Correa. *Com informações da SES-DF

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Diálise peritoneal é opção à hemodiálise; veja onde terapia é oferecida

Para proporcionar mais autonomia aos pacientes, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferece 750 vagas para diálise peritoneal. Opção à hemodiálise, a terapia tem a vantagem de poder ser feita na casa de pacientes com falência da função renal. Os interessados – aqueles que já fazem hemodiálise ou os que ainda não a iniciaram – devem recorrer à equipe médica especializada e comunicar o desejo pela modalidade. O serviço é oferecido nos seguintes locais: Hospital de Base do Distrito Federal, Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Hospital da Criança de Brasília, Hospital Universitário de Brasília e Clínica Renal Care, contratada pela SES-DF. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O tratamento ocorre com auxílio de um filtro natural denominado peritônio e de um cateter implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen, removendo impurezas e excesso de líquido do sangue. No DF, mais de 500 pacientes fazem o acompanhamento na rede. Embora tenha amplas vantagens e esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a diálise peritoneal ainda é pouco conhecida. Maria Marta de Araújo: “Por meio da diálise, consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos” | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal A liberdade de o paciente poder se programar é um dos pontos positivos – autonomia para viagens e uma dieta alimentar menos restritiva estão entre os ganhos trazidos pela terapia. “Por meio da diálise, consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos. Também me possibilitou viajar e ver meus parentes, pois é uma máquina portátil e recebemos acessórios para a viagem”, relata Maria Marta de Araújo, de 73 anos. Com funcionamento de apenas 10% dos rins, ela tem insuficiência renal e faz o tratamento há um ano e sete meses. Depois de sinalizar interesse pela terapia, o paciente passa por avaliação. Se houver a indicação do médico pelo procedimento, o interessado é inserido no Sistema de Regulação da SES-DF. Há um treinamento de manejo do aparelho e do cateter com orientações de higiene para aqueles que fazem o tratamento. Outros benefícios Entre as vantagens da diálise peritoneal, a nefrologista Maria Polcheira aponta mais flexibilidade na alimentação, maior função renal residual e tratamento em casa com suporte ao paciente | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “O paciente não terá que se deslocar a um centro para fazer o tratamento. Também há flexibilidade de horário porque é possível fazer na hora de dormir e durante o dia trabalhar, estudar, seguir com a rotina”, explica a médica nefrologista da SES-DF Maira Polcheira. Outra importante vantagem é a função renal residual, que é a porcentagem em que os rins conseguem trabalhar. Ela é maior do que no paciente que faz hemodiálise. “Essa função ajuda muito, principalmente, no manejo da pressão, da anemia e da doença óssea que esse paciente pode vir a desenvolver. Enquanto ele ainda tem essa função renal residual, usa menos medicações, consegue o melhor controle e se sente menos debilitado”, acrescenta a especialista. A máquina da diálise é mais ou menos do tamanho de uma mala de bordo. Por isso, ela pode ser levada para viagem e o paciente recebe o material de tratamento no local para onde vai viajar. Por ser um procedimento mais lento, tende a ocasionar menor variação da pressão e mal-estar, além de proporcionar mais convívio com os familiares. O tratamento também aumenta a liberdade na alimentação, a depender do quadro. Embora haja restrição de consumo de líquidos e de alguns alimentos, na diálise peritoneal há mais flexibilidade do que na hemodiálise convencional. Além disso, pode haver melhor resposta ao transplante, principalmente nos mais jovens. Suporte ao paciente [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O desconhecimento e a insegurança são fatores que tornam essa terapia ainda não muito difundida. “Mas o paciente só é liberado para fazer o tratamento se a equipe tiver certeza de que ele está apto. Além disso, há um suporte com telefone 24h da empresa que fornece os medicamentos do tratamento. O paciente tem suporte a todo momento para que ele esteja seguro em casa”, reforça Polcheira. Há três opções de tratamento para quem sofre de falência renal: diálise peritoneal (DP), hemodiálise ou transplante. A Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora de nefrologia, Francinara Moraes, destaca os cuidados especiais necessários com a higiene na DP: “É essencial seguir os cuidados orientados no treinamento sobre o manejo da máquina e do cateter para evitar complicações, como infecção. A casa onde a pessoa fará o tratamento precisa atender alguns requisitos, como ser um ambiente higienizado e ter ralo ou pia próximos, onde possa ser descartado o líquido.” O paciente precisará de uma consulta mensal para exames e avaliação. “Com a diálise peritoneal, ele vai precisar ir apenas uma vez ao mês e pode levar uma vida com mais autonomia a depender de cada caso. Já na hemodiálise, teria de comparecer ao menos três vezes na semana na clínica ou no hospital”, compara a nefrologista. *Com informações da Secretaria de Saúde

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No Dia de Combate ao Câncer, especialistas alertam para tumor de intestino

Neste sábado, 4 de fevereiro, celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer, iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC). A data serve para chamar atenção sobre a doença que, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), deve ter 704 mil novos casos por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Só no Distrito Federal, a pesquisa prevê 6.420 novos casos. Exames preventivos, orienta a Secretaria de Saúde, devem ser feitos por pessoas na faixa etária de risco de 50 a 75 anos | Foto: Luiz Fernando Cândido/Agência Saúde Para enfrentar a doença na capital federal, a Secretaria de Saúde (SES) investe em políticas públicas de prevenção primária e secundária – com promoção de saúde e exames de rastreamento – e terciária – com enfoque na detecção precoce -, além da oferta de tratamento oncológico em unidades de alta complexidade: Hospital de Base, Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Universitário de Brasília (HUB). Tumor silencioso [Olho texto=”“Vemos esse aumento da incidência de pacientes com tumores de intestino e precisamos reforçar essa orientação sobre os sintomas e ofertar os exames” ” assinatura=”Nadja Nóbrega de Queiroz, proctologista da SES” esquerda_direita_centro=”direita”] “O mais importante dentro do escopo da SES é o enfoque que se destina à promoção de saúde”, afirma o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan), Gustavo Ribas. “São políticas públicas no sentido de disseminar a qualidade de vida e mitigar a vulnerabilidade do cidadão, com medidas educacionais, campanhas, exames de rastreamento em quadros sem sintomas e de detecção de alguma lesão, além da atuação após o diagnóstico.”  Intitulado Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, o estudo também revela os tipos de câncer com maior ocorrência, com câncer de mama e de próstata em primeiro lugar para mulheres e homens, respectivamente, e câncer de intestino na segunda posição. Terceiro tumor mais comum hoje no Brasil e, segundo o Inca, com estimativa de mais de 45 mil novos casos, o câncer de cólon e reto ou câncer colorretal, como também é chamado, ainda é uma doença pouco conhecida pela população em geral, por se tratar de um tumor silencioso. “Ainda é um câncer pouco falado, que ganhou mais destaque recentemente com casos famosos, como do Pelé e do Roberto Dinamite”, pontua a proctologista da SES Nadja Nóbrega de Queiroz, referência técnica distrital da Asccan. “Vemos esse aumento da incidência de pacientes com tumores de intestino e precisamos reforçar essa orientação sobre os sintomas e ofertar os exames.” A doença O câncer colorretal é um tumor em qualquer segmento do intestino grosso, do ceco (ponto do intestino delgado que se une ao grosso no início do cólon ascendente) ao reto (câmara que começa no fim do grosso após o cólon sigmoide e termina no ânus). Ocorre quase sempre a partir de pólipos benignos que crescem na parede de intestino. Apesar do grande índice de cura, o maior problema da doença é a ausência de sintomas evidentes na fase inicial, bem como a possibilidade de os pacientes ignorarem os sintomas. Os principais sinais de alerta são sangue nas fezes, mudança do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, alteração na forma das fezes (formato de fita, achatadas, finas ou compridas), fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente e aumento da massa abdominal. “É preciso ficar atento a alguns sintomas de alteração do hábito intestinal num período de mais de 30 dias; a recomendação é procurar um médico para avaliar”, orienta a médica. [Numeralha titulo_grande=”6.066″ texto=”Total de colonoscopias realizadas pela rede pública de saúde do DF de janeiro a novembro de 2022″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando o paciente não apresenta sinais, mas está na faixa etária de risco dos 50 aos 75 anos ou tem fatores de risco como doenças intestinais inflamatórias, síndromes hereditárias e histórico familiar, a recomendação é pelo rastreamento secundário, com realização de exame preliminar. O exame inicial mais comum é a pesquisa do sangue oculto nas fezes, que ajuda a detectar a presença de sangramento no intestino grosso. Caso haja um resultado positivo, é indicada a colonoscopia – que analisa a saúde do interior do cólon e do reto e retira pólipos caso identificados – ou a retossigmoidoscopia flexível, para avaliar o canal anal, reto e cólon sigmoide. Todos esses exames são recomendados após análise durante consulta com o médico da família nas unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. De janeiro a novembro do ano passado, foram feitas 6.066 colonoscopias e 1.144 retossigmoidoscopias na rede pública de saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Tratamento “A porta de entrada é a UBS com o médico de família; ele é o nosso link”, explica a proctologista. “Se aparecer um pólipo, vai ser feita a retirada e o acompanhamento médico continuará sendo na atenção primária. Se vier diagnóstico, vai ser regulado numa consulta com a proctologia.” Os casos diagnosticados de câncer são encaminhados para os hospitais, onde o tratamento pode ser cirúrgico e às vezes acompanhado de radioterapia ou quimioterapia, a depender do tumor. Um câncer de intestino identificado no estágio inicial tem mais de 95% de chances de cura. No estágio mais avançado, a sobrevida gira em torno de 60% em cinco anos. Entre 2019 e 2020, segundo o Atlas de Mortalidade do Câncer do Inca, o DF teve 583 óbitos por câncer de intestino. Novos hábitos Estudos científicos mostram que 30% dos tumores podem ser evitados com a mudança no estilo de vida. No caso da prevenção ao câncer de intestino, recomenda-se praticar atividades físicas, evitar o consumo de carne processada, alimentos defumados e bebida alcoólica e limitar o consumo de carne vermelha. “Esses fatores estão todos confirmados que têm uma relação direta”, aponta Nadja Queiroz. “Nós precisamos informar a população sobre isso e fazer o rastreamento primário, que é sugerir essa mudança no estilo de vida para se proteger contra o câncer de intestino.”

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Diagnóstico precoce, uma atitude decisiva contra o câncer

Instituído como Dia Mundial de Combate ao Câncer, 4 de fevereiro é uma data importante que alerta para a importância de investir na conscientização e na prevenção. Só no ano passado, 2.394 pessoas foram diagnosticadas com tumores cancerígenos pela rede pública do Distrito Federal, que oferece serviços para o diagnóstico e tratamento. Ainda em 2021, a Secretaria de Saúde (SES) registrou 2.367 óbitos causados por câncer. Pelo segundo ano consecutivo, essa doença foi a terceira maior causa de mortes identificadas pela rede pública – em 2020, foram 2.756 óbitos pela mesma causa. Referência Técnica Distrital (RTD) em oncologia clínica, o médico Gustavo Ribas reforça que é fundamental fazer consultas regulares e exames de rastreamento, como o citopatológico – conhecido como Papanicolau –, a mamografia, o Antígeno Prostático Específico (PSA) e o chamado exame do toque. “O diagnóstico precoce possibilita tratamento com maior possibilidade de cura e reduz a mortalidade”, explica. O trabalho das equipes de saúde ajuda a salvar vidas, como a de Rafael Pugliezzi Silva, 38 anos. Morador de Valparaíso (GO), ele buscou a rede pública do DF após fortes dores nas costas e no abdômen. Internado no Hospital Regional de Santa Maria, recebeu o diagnóstico de câncer no testículo esquerdo, com metástase no pulmão e na membrana que recobre a superfície dos órgãos digestivos. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são oferecidos pela rede pública de saúde | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde [Olho texto=”Hospitais Universitário de Brasília, Regional de Taguatinga e de Base são as três referências no DF em tratamento oncológico” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Hoje eu estou aqui para dar o meu testemunho a quem está encarando o câncer, para dizer que não desista, porque sempre podemos ter uma segunda chance”, afirma Rafael. Além do Hospital Regional de Santa Maria, ele também foi atendido no Hospital de Base, onde passou por cirurgias, sessões de quimioterapia e de hemodiálise, porque os rins pararam de funcionar durante o tratamento. Rafael fez quimioterapia até 22 de dezembro de 2019 e retirou o último nódulo em 14 de janeiro de 2020. No ano seguinte, foi a vez da cirurgia no pulmão. Até hoje ele faz acompanhamento de três em três meses no ambulatório do Hospital de Base. “O tratamento foi completo, desde os exames, as internações e, finalmente, as cirurgias”, relembra a esposa dele, Gizela Barbosa Pugliezzi. Atendimento especializado O DF tem três hospitais de referência para o tratamento do câncer: Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital de Base (HB), atualmente sob gestão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Até novembro de 2021, foram registradas nos ambulatórios dessas unidades 1.257 sessões de radioterapia e 40.681 de quimioterapia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além de cirurgias, os hospitais também oferecem hormonioterapia, para casos de tumores no ovário e na mama, e terapia antiandrogênica, usada no tratamento de câncer de próstata. No ano passado, 1.890 pacientes foram operados para a retirada de tumores na rede pública de saúde do DF. Melhorias [Olho texto=”Consultas são agendadas de forma que haja uma fila única para os pacientes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] No enfrentamento à doença, uma conquista importante foi a entrada em operação do equipamento PET-CT do Hospital de Base . O aparelho faz o Petscan, um exame de imagem de última geração, importante para a avaliação do estágio da enfermidade. “É de extrema sensibilidade e especificidade para a detecção de tumores de forma mais abrangente, propicia um tratamento mais adequado e específico”, explica o oncologista Gustavo Ribas. Desde a inauguração, foram feitos 100 exames. Após uma ampliação, o ambulatório de oncologia do HRT conta, atualmente, com mais cinco unidades. “Isso impacta o aumento de consultas de primeira vez”, ressalta o médico. As consultas oncológicas são agendadas de forma que haja uma fila única para todos os pacientes do DF. Até novembro de 2021, foram 56.431 consultas da especialidade. Para ser encaminhado a uma consulta oncológica, é preciso ter diagnóstico prévio, obtido por meio do exame histológico, que é uma biópsia do tumor. “O paciente é avaliado, inicialmente, nas unidades básicas de saúde, que o encaminham para a realização dos exames; e, com o resultado, a pessoa é referenciada para a oncologia”, detalha Gustavo Ribas. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Entenda como é feito o procedimento de transplante de córnea

O transplante de córnea é o procedimento cirúrgico que permite a substituição total ou parcial da parede anterior do olho diante de doenças que atingem o tecido ocular e levam à cegueira. Possui alta demanda no Distrito Federal porque, aqui, há uma estrutura pública organizada e alinhada com as normas do Ministério da Saúde, a Central Estadual de Transplantes. Ao contrário do que muita gente imagina, esta cirurgia é altamente complexa e indicada somente nos casos em que nenhum outro tratamento da córnea pode ajudar na recuperação da visão do paciente. De acordo com a oftalmologista Micheline Borges Lucas Cresta, o trabalho do Banco de Olhos do DF é fundamental para diminuir o tempo de espera de pacientes por transplantes | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF De acordo com Micheline Borges Lucas Cresta, médica oftalmologista responsável técnica pelo Banco de Olhos do DF, existem pacientes que, além de doenças da córnea (a principal delas é o ceratocone), apresentam também algumas distrofias, degenerações e cicatrizes. Essas doenças são acompanhadas durante vários anos, com constantes avaliações oftalmológicas em que os profissionais tentam conduzir sem que haja de fato a necessidade do transplante. [Olho texto=”“Não é uma cirurgia simples, por isso a gente só indica em último caso, se realmente for necessário, o último recurso de um paciente com doença na córnea”” assinatura=”Micheline Cresta, oftalmologista responsável pelo Banco de Olhos do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] “O transplante é a última alternativa, quando a gente já não tem nenhum recurso para reabilitação da visão do paciente com um problema na córnea. A intervenção é de alta complexidade porque existem altos riscos de complicação. Por isso que existe toda uma fiscalização do Ministério da Saúde para credenciamento de centros cirúrgicos, clínicas e equipes de transplante, que são altamente qualificadas”, informa. A oftalmologista explica que a córnea é a parede anterior do globo ocular (um tecido totalmente transparente), com formato que lembra uma lente de contato. No procedimento cirúrgico, com duas indicações de realização (penetrante ou lamelar), é utilizado o trépano (instrumento cilíndrico regular) para substituir essa parede anterior pelo tecido transplantado. “Durante esse procedimento existem riscos elevados de perda do conteúdo ocular. Não é uma cirurgia simples, por isso a gente só indica em último caso, se realmente for necessário, o último recurso de um paciente com doença na córnea”, reitera Micheline Borges. A complexidade dos procedimentos de transplante de córneas, com altos riscos de complicações, exige fiscalização do Ministério da Saúde para credenciamento de centros cirúrgicos, clínicas e equipes de transplante, que são altamente qualificadas Para entrar na fila de espera por um transplante, os pacientes precisam se consultar com os médicos especialistas em córnea e na modalidade cirúrgica, que são inscritos como transplantadores e pertencem a um centro inscrito na Central Estadual de Transplantes (CET). O paciente aguarda numa fila, que é única por estado, com média de tempo de espera de 11 meses a 1 ano no DF, isso por conta da pandemia. Para que os transplantes ocorram e os pacientes fiquem menos tempo aguardando numa fila, o Banco de Olhos do DF trabalha 24 horas. É necessário convencer famílias que perdem entes queridos a fazer doações num prazo de 6 a 12 horas após o óbito. Esse é o tempo estipulado em lei para o procedimento, que pode fazer até duas pessoas voltarem a enxergar. Riscos [Olho texto=”“A visão costuma ficar muito melhor do que antes, mas o grau que o olho vai ter é imprevisível. Então, o resultado final mesmo só teremos depois de um ano”” assinatura=”Micheline Cresta, oftalmologista responsável pelo Banco de Olhos do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Há riscos em relação ao transplante no transoperatório, no pós-operatório imediato e no pós-operatório tardio. Geralmente, no transplante de córnea penetrante o paciente leva 16 pontos na cirurgia. O acompanhamento no primeiro ano é essencial para que o médico avalie como o olho reagiu ao transplante. “Leva pelo menos um ano até a gente ter o resultado do transplante penetrante. A visão costuma ficar muito melhor do que antes, mas o grau que o olho vai ter é imprevisível. Então, o resultado final mesmo só teremos depois desse período”, afirma. Micheline destaca que os pacientes podem desenvolver uma rejeição à cirurgia até o final da vida, além da falência do transplante. Essa alteração, que pode ser primária, ocorre quando a qualidade do tecido, por algum motivo, não foi adequada para a necessidade do paciente. “Neste caso, a gente precisa refazer o transplante nos primeiros três meses. E tem a falência do transplante secundária, o que acontece com todos os transplantados um dia, porque o transplante de córnea não é eterno. O tecido transplantado tem uma duração média de 20 anos”, explica. Um transplante pode ser feito com anestesia geral ou com bloqueio anestésico, mais sedação. Existem os casos eletivos e os de urgência, necessários quando ocorrem alterações, como perfuração ocular, e lesões infecciosas graves, como a úlcera de córnea. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O acompanhamento é feito no dia seguinte; depois, mensalmente, até completar um ano. Essa é a forma de detectar as alterações ou possíveis perdas de tecido, além de contornar e prevenir complicações. Só ao fim de um ano será possível identificar a visão final e a necessidade de utilizar óculos. Hoje, no DF são realizados transplantes de córnea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital de Base (HBDF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto de Cardiologia (ICDF). *Com informações da Secretaria de Saúde-DF

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Atenção aos sinais: prevenir é sempre o melhor remédio

Rede pública de saúde do DF conta com suporte para tratar pacientes oncológicos | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Neste 8 de abril, comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer, doença que, só no Distrito Federal, teve 8.660 novos casos em 2020, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Esse número revela que a prevenção e a busca por hábitos saudáveis são mais do que essenciais a todos. [Numeralha titulo_grande=”1.000 pessoas ” texto=”são atendidas mensalmente, em média, nas unidades oncológicas da rede pública do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] No DF, a rede pública de saúde oferece o suporte necessário para as pessoas acometidas pelos mais variados tipos da doença. A porta de entrada para o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs), onde profissionais vão orientar da melhor forma os pacientes que apresentarem sintomas a obterem o diagnóstico correto. Assim, neste 8 de abril e em todo o restante do ano, é importante lembrar do autocuidado e manter atenção aos sinais. Perda repentina de peso, aparição de caroços no corpo, alteração no trânsito intestinal e uma rouquidão na voz que não passa são alguns dos sintomas que podem indicar a necessidade de um acompanhamento clínico. [Olho texto=”“Muitos não se consultam por medo da pandemia. Eles podem ir com segurança, porque as UBSs e os hospitais estão preparados para  atender” ” assinatura=”Fabiana Cesário, oncologista” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Caso você precise de atendimento e tratamento, a rede pública está preparada. Ela conta com três unidades oncológicas: o Hospital de Base (HB), o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB). Esses hospitais atendem, juntos, mensalmente, uma média de mil pessoas. É lá que são tratados os tumores sólidos, hematológicos ou pediátricos. Pandemia Essa marca de atendimentos foi prejudicada pela pandemia, período em que as pessoas receiam frequentar hospitais, por conta do coronavírus (covid-19). A Secretaria de Saúde (SES), porém, destaca que as unidades são seguras e estão preparadas para atender, conforme explica a oncologista clínica Fabiane Cesário, que atua na rede há 15 anos. “É importante frisar que as pessoas precisam procurar as unidades básicas de saúde em caso de sintoma ou suspeita”, alerta a médica. “Muitos não se consultam por medo da pandemia. Eles podem ir com segurança, porque as UBSs e os hospitais estão preparados para atender.” Prevenção e tratamento [Olho texto=”“Se perceber algo diferente, uma dorzinha ou nódulo, procure o médico e faça o diagnóstico. Câncer não é sinal de morte, nem motivo para ficar deprimida” ” assinatura=”Vânia Santos, paciente” esquerda_direita_centro=”direita”] A professora e corretora Vânia Santos, de 47 anos, é uma das pacientes da rede. Ela é atendida no Hospital de Base e também no Centro de Radioterapia do HRT, onde trata um câncer de mama diagnosticado em outubro de 2019. Em março do ano seguinte, deu início à série de 16 sessões de quimioterapia e já passou por cirurgia. Neste 8 de abril, ela agradece o carinho dos profissionais e deixa uma mensagem: “Muita gratidão a todos os profissionais da saúde, com os quais tive um atendimento muito humanizado em todas as áreas. Às mulheres, peço que estejam sempre atentas, façam o autoexame. Se perceber algo diferente, uma dorzinha ou nódulo, procure o médico e faça o diagnóstico. Câncer não é sinal de morte, [nem motivo para] ficar deprimida. O câncer tem cura; e, quando é detectado de forma precoce, o tratamento e a cura vêm mais rápidos”. Melhorias O GDF tem investido em equipamentos e espaços para o tratamento de cânceres. Em 2020 o Hospital Regional de Taguatinga ganhou um moderno e equipado centro de radioterapia, com investimento de R$ 9,1 milhões. [Numeralha titulo_grande=”R$ 119 milhões ” texto=”serão investidos no Hospital Oncológico de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Parte desse valor foi empregada na compra de um acelerador linear, equipamento utilizado na radioterapia. Também em 2020, o GDF inaugurou o primeiro Centro Especializado de Saúde da Mulher (Cesmu), localizado na 514 Sul. O local tem ampla capacidade – cerca de quatro mil atendimentos mensais –, boa parte deles direcionada a mulheres com suspeita de câncer ginecológico ou que já tenham recebido tratamento para outros tipos de neoplasias malignas. Já no Hospital de Base, está em vias de funcionar o equipamento PET-CT. Único na rede pública, esse recurso produz imagens de alta definição para diagnósticos oncológicos. “Este é um aparelho importante que rastreia o câncer no corpo do paciente”, explica a oncologista Fabiane Cesário. “Vale lembrar que não é todo paciente que necessita fazer o teste no PET-CT. Antes, é preciso a indicação de um especialista”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O governo local também trabalha para viabilizar o Hospital Oncológico de Brasília, com investimentos de R$ 119 milhões. O projeto consiste em uma unidade hospitalar com 172 leitos, sendo 152 de internação e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de consultórios multidisciplinares, alas para tratamento de quimioterapia, radioterapia, medicina nuclear, endoscopia e salas de cirurgia conjugadas. Exames de imagem, como mamografia, ultrassom e raios X, também poderão ser feitos no local, que terá capacidade para atender nove mil pacientes por ano.  

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Duas crianças serão operadas nesta sexta-feira (20)

Duas crianças que foram acolhidas nessa quinta-feira (19) no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) serão operadas nesta sexta-feira (20), e outras duas tem previsão de cirurgia para o início da próxima semana. Os quatro bebês são os primeiros a passar pelos procedimentos depois do acordo firmado entre Secretaria de Saúde (SES) e o instituto na noite da última quinta. Todos os pacientes têm menos de um ano e aguardavam por cirurgia cardíaca em hospitais da rede pública de saúde, onde recebiam assistência médica adequada. Para garantir a realização dos procedimentos, a SES fez um repasse de quase R$ 4 milhões ao ICDF, de forma antecipada. Também para ajudar no equilíbrio financeiro, a secretaria vai agilizar o pagamento dos serviços executados no mês de outubro e oferecerá insumos básicos, conforme lista a ser elaborada pelo corpo clínico do instituto, e que são necessários para o procedimento cirúrgico dessas crianças. Metas O valor referente a esse material será abatido em pagamentos futuros a serem repassados ao instituto. Em contrapartida, ficou acertado que o ICDF vai atuar para cumprir as metas pactuadas para o mês de novembro e de dezembro. A prioridade da Secretaria de Saúde é atender as crianças cardiopatas, por ordem de urgência, e as solicitações judiciais. São cerca de 100 pacientes pediátricos que aguardam por uma cirurgia cardíaca. O instituto também deve contribuir no aumento de oferta de cirurgias cardíacas para adultos, somando esforços junto ao Hospital de Base e Hospital Universitário de Brasília, que também realizam esses procedimentos pela rede pública de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Autoteste de HIV, agora gratuito

O teste é rápido e simples, e o resultado sai em até 20 minutos | Foto: Divulgação/Agência Saúde Três unidades da rede pública de saúde do Distrito Federal já estão fornecendo, gratuitamente, autotestes para detecção do vírus HIV. O produto, ofertado pela Secretaria de Saúde (SES), está disponível no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTCA), que fica no mezanino da Rodoviária de Brasília; no Hospital Dia (EQS 508/509, Asa Sul) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB), localizado na SGAN 605, na Universidade de Brasília (UnB). Não há restrições de uso, e qualquer pessoa maior de idade pode ter acesso ao teste para uso próprio ou para aplicá-lo em outro usuário. “É rápido e simples, semelhante a um teste de gravidez de farmácia”, esclarece o chefe do NTCA, Gilmar Decaria. “Além disso, a embalagem contém todas as orientações”. O autoteste é oferecido em uma caixinha que contém os produtos necessários para o exame. Basta dar uma leve picada no dedo, colher o sangue num tubo de vidro, colocá-lo numa plaquinha e aplicar o reagente. O resultado sai em 20 minutos. Se preferir, o usuário pode levar o material e fazer o teste em casa. O chefe do NTCA, porém, recomenda que o procedimento seja feito nas unidades de saúde, onde há equipes multidisciplinares preparadas para atender o paciente. “O ideal sempre é fazer o teste do lado de uma pessoa capacitada para orientar e aconselhar, principalmente nos casos em que o resultado é positivo, quando a pessoa vai precisar de aconselhamento”, ressalta. HIV em números Em 2019, segundo a SES, foram registrados 1.071 casos positivos de HIV. Em relação a 2018, houve aumento de 29% na faixa de 50 a 59 anos de idade, 13% entre pessoas de 40 a 49 anos e 10% na faixa de 20 a 29 anos. Os dados mostram que a doença predomina junto ao público masculino. Os registros de sífilis também aumentaram muito. Em 2019, foram 2.163 casos novos da doença, crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. As faixas etárias com maior número de casos são as de 20 a 29 anos (37,9%) e de 30 a 39 anos (23,8%). A SES tem procurado alertar a população com campanhas educativas, orientações nas unidades de saúde e distribuição de autotestes. A rede pública do DF também oferta vacina para prevenção da hepatite B. Por sua vez, o NTCA, o Hospital Dia e o HUB oferecem exames laboratoriais de hepatites B e C, HIV e sífilis. * Com informações da SES

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Medidas diminuem fila de espera por UTI na rede pública

Graças a uma série de medidas adotadas pela Secretaria de Saúde, a lista de espera por um leito de UTI na rede pública tem sido cada vez menor, assim como o tempo de espera para conseguir uma vaga. O aumento do parque dialítico do Hospital Universitário de Brasília (HUB), que ofereceu vagas para pacientes da Secretaria de Saúde, ajudou nessa questão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Um dos pontos que geraram este impacto positivo foi a regulação da hemodiálise. Tínhamos muitos pacientes dependentes de suporte dialítico, que ficavam em leito de UTI”, destaca o diretor-geral do Complexo Regulador de Saúde, Petrus Sanchez. Segundo Petrus, a complementação no contrato de home care e a contratação de oxigenoterapia também foram fundamentais no processo de  desospitalizar pacientes que já estavam de alta nas UTIs, mas não podiam sair por falta de suporte para continuar o tratamento. Para o secretário de Saúde, Francisco Araújo, a meta é alcançar níveis que evitem a apresentação de medidas judiciais, por parte de pacientes que possam se sentir pesados, em busca de uma UTI na rede pública. “A determinação do governador Ibaneis Rocha é humanizar o atendimento na saúde do DF, e esse é um dos passos mais importantes para isso. Quem precisa de uma UTI não pode esperar. Vamos continuar trabalhando para alcançar níveis jamais vistos antes na história do Distrito Federal”, conclui o gestor. Alta médica Outro ponto que ajudou a liberar leitos com mais rapidez foi a mudança na alta médica. “Os gestores, hoje, são obrigados a transferir os pacientes de alta médica em até 48 horas, sob pena de serem responsabilizados. Antes, esse prazo demorava até sete dias”, diz Petrus Sanchez. Isso significava leitos usados por pessoas que não necessariamente precisavam deles, enquanto centenas de outros pacientes tinham mais urgência em ocupar tais vagas. Além desses fatos, o diretor do complexo lembra que a contratação de novos leitos também colaborou para diminuir a espera e a fila. “Nos últimos 12 meses, contratamos cerca de 70 leitos de UTI. Também dispomos de mais leitos dentro da própria rede pública de saúde do DF”, complementa Petrus. A fila de espera, nesta sexta-feira (17), oscilava entre 26 e 22 pessoas. Em maio de 2019, pelo menos 160 pessoas aguardavam por um leito. “A fila é dinâmica e, por isso, não há de se esperar que ela seja zerada. O que se espera é que cada paciente que entra espere por até 12 horas até a liberação de um leito, contando a partir da hora da solicitação”, acrescenta. Qualquer pessoa pode acompanhar a quantidade de pacientes em fila de espera por leitos de UTI na rede pública de saúde do DF, a partir do site Sala de Situação.   * Com informações da Secretaria de Saúde

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