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Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Hospital da Criança promove atualização de conhecimentos no atendimento fonoaudiológico pediátrico

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou, na quarta-feira (26), o primeiro Simpósio de Fonoaudiologia Hospitalar. O evento reuniu fonoaudiólogos de diversas unidades de saúde e estudantes de fonoaudiologia para compartilhar conhecimentos sobre a área. Na quarta (26), o Hospital da Criança de Brasília José Alencar realizou o primeiro Simpósio de Fonoaudiologia Hospitalar | Fotos: Divulgação/HCB Segundo a fonoaudióloga e coordenadora de Reabilitação do HCB, Milene Fleury, a fonoaudiologia é considerada uma profissão recente, com poucos profissionais atuando na pediatria. “Com o evento, o Hospital auxilia o desenvolvimento dessa profissão e divulga o trabalho que fazemos aqui, atuação nas doenças raras, complexas. Fazendo esse tipo de evento, auxiliamos no desenvolvimento, no interesse de novos profissionais”, observou. [LEIA_TAMBEM]A equipe de fonoaudiologia do HCB realiza atendimentos ambulatoriais, de internação e nas unidades de terapia intensiva (UTI). “Temos profissionais de referência nas linhas de cuidado e profissionais inseridos nas outras equipes, como a da neuromuscular e a de cuidados paliativos”, relatou Fleury. Ela acrescenta que, para compor as equipes multidisciplinares, os fonoaudiólogos do Hospital precisam ter um olhar atento e especializado ao perfil dos pacientes do HCB: “São condições em que o agravo pode ser muito intenso na vida da criança. O fonoaudiólogo, em nível terciário de saúde, atua para minimizar danos”. O simpósio contou com apresentações de profissionais de outras instituições. A fonoaudióloga do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) Monique Barreto destacou que, muitas vezes, crianças atendidas em uma unidade de saúde também passam por outros hospitais da rede pública de saúde do DF: “Existe uma correlação muito estreita nas crianças que chegam aqui e que tiveram intercorrências, principalmente no período pré-natal, perinatal e síndromes raras. Se a criança começa a ser atendida no Hmib nós, de certa forma, tentamos prepará-la para que ela siga um acompanhamento em rede, de forma integral, como os princípios do SUS já descrevem”. Milene Fleury, fonoaudióloga e coordenadora de Reabilitação do HCB: "Com o evento, o Hospital auxilia o desenvolvimento dessa profissão e divulga o trabalho que fazemos aqui, atuação nas doenças raras, complexas" A fonoaudióloga do Hospital Universitário de Brasília (HUB) Rayenne Bendor teve a experiência de ser residente no HCB e retornou ao hospital para participar do simpósio como palestrante. “Na enfermaria pediátrica, precisamos saber um pouquinho de todas as áreas, para saber quando encaminhar, quando encaminhar para o ambulatório; tem muitas questões na enfermaria que não conseguimos tratar durante a internação”, afirmou. Bendor ressalta que esse é um ponto positivo do HCB, já que a equipe ambulatorial consegue dar seguimento às intervenções cuja necessidade é identificada na internação. A diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, destacou que a realização do evento reflete o compromisso do Hospital com o ensino e a pesquisa como forma de qualificar a assistência oferecida pela instituição. “Nosso compromisso é com a criança, trabalhamos em buscar o que há de melhor no atendimento. A fonoaudiologia é um serviço extremamente importante para nossas crianças e vamos seguir nessa pauta, sempre discutindo e tentando aprimorar o que fazemos aqui”, ressaltou. O I Simpósio de Fonoaudiologia Hospitalar do HCB foi patrocinado pela academia Overworld. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)

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No Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, HCB comemora elevada taxa de cura em leucemias

O dia 23 de novembro é, no Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A data foi instituída em 2008 para promover a conscientização sobre a doença, difundir avanços técnico-científicos e apoiar crianças e seus familiares. O dia também marca o 14º aniversário do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) — a criação do HCB, pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), tem forte ligação com o tratamento oncológico pediátrico e, segundo dados do Serviço de Registro de Câncer Hospitalar da unidade, a taxa de cura no tratamento de leucemias no HCB chega a 80%. O Hospital da Criança de Brasília é o único centro do Distrito Federal habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) exclusiva de oncologia pediátrica e recebeu, em média, 216 novos casos de câncer por ano ao longo dos últimos sete anos. O tratamento é feito por equipe multidisciplinar, pautado pela pesquisa científica e incluindo ações de humanização na busca pela cura e pela qualidade de vida. Os tipos de câncer mais frequentes na pediatria são os originários do sistema hematopoiético, que correspondem a 43% dos casos. Em seguida, estão os tumores cerebrais (19%); neuroblastomas, tumores primários do sistema nervoso autônomo (8%); sarcomas de partes moles (7%); tumor de Wilms (rim) (6%); tumores ósseos (5%) e o retinoblastoma (3%). O Hospital da Criança de Brasília é o único centro do Distrito Federal habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) exclusiva de oncologia pediátrica | Fotos: Divulgação/HCB Diagnóstico precoce e preciso Um ponto crucial para o sucesso no tratamento é o diagnóstico precoce. Como o câncer infantil não conta com ações de prevenção, é importante estar atento a sintomas. “Quanto mais cedo o médico pediatra generalista desconfiar que tem alguma coisa errada e encaminhar para o centro de referência, melhores condições clínicas terá aquela criança para começar o tratamento e melhor a chance de cura”, afirma a diretora técnica do HCB, a oncologista e hematologista Isis Magalhães. Infecções de repetição, manchas roxas sem explicação e sangramentos de gengiva devem despertar a atenção de pais e cuidadores e são sinais de que é preciso procurar um médico. Uma vez atendidas por profissionais da rede de saúde pública do DF, as crianças são reguladas, pela Secretaria de Saúde (SES-DF), para o primeiro atendimento no HCB. O hospital recebe pacientes do Distrito Federal, da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) e de todas as demais regiões do Brasil, na modalidade de Tratamento Fora do Domicílio (TFD). [LEIA_TAMBEM]Para garantir que a doença seja diagnosticada o mais rápido possível, o HCB realiza ações de capacitação junto a profissionais de saúde das unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPAs) e hospitais regionais do DF. “Nosso objetivo é levar aos profissionais que estejam na linha de frente do tratamento da criança conhecimento, para que identifiquem os sinais e sintomas do câncer, que muito se confundem com as doenças comuns da infância, e aumentem o seu grau de suspeição e pensem: ‘isso pode ser câncer’”, explica Magalhães. O HCB também participa de ações voltadas à conscientização sobre tipos específicos de câncer — por exemplo, a campanha De Olho nos Olhinhos, sobre o retinoblastoma. Além de precoce, o diagnóstico deve ser preciso. O Hospital da Criança de Brasília realiza exames em nível molecular para verificar, por exemplo, o subtipo específico de leucemia com que uma criança é acometida. Realizados no Laboratório de Pesquisa Translacional do próprio HCB, os exames garantem o diagnóstico correto e orientam a melhor conduta a ser adotada no tratamento. Hospital e equipe especializados No Brasil. 23 de novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil Em 2024, o Hospital da Criança de Brasília admitiu 226 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer e realizou 15.259 consultas médicas onco-hematológicas. No mesmo ano, foram feitas 3.698 sessões de infusão de quimioterapia, 74.847 atendimentos pela equipe de assistência complementar essencial e 20.445 procedimentos especializados (incluindo transfusões, sessões de diálise e sessões de quimioterapia), entre outros. Esses números dimensionam a importância do tratamento em centro especializado para alcançar resultados positivos. No HCB, o tratamento é conduzido por profissionais experientes em oncologia pediátrica. Além dos onco-hematologistas, os pacientes são acompanhados por outros médicos especialistas — neurologistas, cardiologistas, intensivistas, infectologistas —, afeitos às particularidades das crianças com câncer. O mesmo vale para a equipe multidisciplinar: psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas e outros profissionais somam os saberes de sua área de trabalho para garantir que a criança e o adolescente sejam vistos de forma global e tenham todas as suas necessidades atendidas. Tanto o acompanhamento ambulatorial quanto as intervenções cirúrgicas e internações são realizados no Hospital da Criança de Brasília, que dispõe de 28 leitos de internação oncológica, oito leitos de internação para transplante de medula óssea, 58 leitos de terapia intensiva e oito salas de cirurgia, sendo cinco de grande porte. O HCB também conta com laboratórios especializados (citogenética e imunofenotipagem, biologia molecular e genética molecular, entre outros). O HCB dispõe de 28 leitos de internação oncológica, oito leitos de internação para transplante de medula óssea, 58 leitos de terapia intensiva e oito salas de cirurgia, sendo cinco de grande porte A estrutura dos laboratórios, associada às atividades de ensino e pesquisa desenvolvidas pelo HCB, integra a pesquisa científica à clínica médica: os resultados de estudos realizados pelos profissionais do hospital impactam o tratamento das crianças e geram mudanças de acordo com o quadro de cada paciente. “Por meio do laboratório, conseguimos realmente fazer ciência e entregar resultados imediatos para a prática clínica, fazer um diagnóstico preciso e um tratamento orientado individualmente para cada paciente”, afirma a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani. A equipe do hospital mantém contato com outros centros especializados no tratamento de crianças com câncer. O HCB possui 58 parcerias com unidades de saúde e instituições de ensino, com destaque para a Aliança Amarte e o St. Jude Children’s Research Hospital, que promovem acesso a atividades de ensino, pesquisa e assistência. O hospital também participa de eventos técnico-científicos, como simpósios e fóruns voltados à oncologia pediátrica, compartilhando conhecimentos por meio de produção científica e condução de oficinas práticas para profissionais de outras instituições. Cuidado humanizado Além de oferecer atendimento de excelência, o Hospital da Criança de Brasília preza pela humanização do cuidado. Os pacientes em tratamento oncológico têm acesso a brinquedotecas, tanto no ambulatório quanto na internação, preservando a importância do brincar para uma infância saudável. Mesmo os que precisam manter precauções de contato físico contam com horários específicos para acesso à brinquedoteca e podem receber brinquedos no leito. Atividades como passeio em carrinhos elétricos, estímulo à leitura e às artes, interação com voluntários e apresentações culturais também contribuem para tornar a rotina de tratamento mais leve. As crianças ainda mantêm o vínculo com os estudos por meio da Classe Hospitalar, estabelecida por convênio entre as secretarias de Educação e de Saúde do DF, e do apoio pedagógico oferecido a pacientes de fora do Distrito Federal. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Hospital da Criança de Brasília organiza formatura simbólica para adolescentes que encerraram acompanhamento pediátrico para diabetes

Adolescentes com diabetes que encerraram o tratamento no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) participaram de um momento especial: uma cerimônia simbólica de formatura reuniu pacientes e acompanhantes para trocar experiências e destacar a transição para o atendimento como adultos. Realizado na segunda-feira (10), o evento também foi alusivo ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro e instituído pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O HCB é responsável, na rede pública de saúde do Distrito Federal, pelo tratamento de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, caracterizada pela falta de insulina. “O corpo começa a produzir anticorpos que atacam as células produtoras de insulina. A criança nasce com a predisposição e, em algum momento da vida, abre o diagnóstico — pode ser bebê, com 2 ou 3 anos, na adolescência ou até na fase adulta, mas é mais comum na infância”, explica a endocrinologista pediatra do HCB Paola Brugnera. Uma cerimônia marcou o encerramento do tratamento de um grupo de adolescentes com diabetes no HCB; agora, os jovens passam a ser acompanhados como adultos, em unidades perto de casa | Fotos: Maria Clara Oliveira/HCB O programa de diabetes do Hospital teve início em 2011 e vai além das consultas ambulatoriais: as crianças e seus acompanhantes participam de grupos educativos, palestras e aulas de contagem de carboidratos. Multidisciplinar, a equipe atua tanto para trazer mais qualidade de vida aos pacientes quanto para ensiná-los a se responsabilizar pelo próprio cuidado. “É uma condição crônica, e eles precisam tomar decisões em relação a essa condição todos os dias. Mais que só prescrever a insulina ou ensinar sobre monitorização, o que queremos aqui é fazer uma educação continuada em diabetes e atender o paciente em sua individualidade”, afirma Brugnera. [LEIA_TAMBEM]Atualmente, cerca de 370 pacientes estão em tratamento. Devido ao perfil pediátrico do HCB, eles começam o período de transição para outras unidades de saúde do DF por volta dos 17 anos, conforme avaliação conjunta da equipe multiprofissional (endocrinologista, enfermeiro, psicólogo e nutricionista). A transferência é feita via Secretaria de Saúde (SES-DF), e cada paciente é encaminhado para uma unidade conforme o local onde mora. Marcella Santos, 19 anos, é uma das adolescentes que encerraram o atendimento no Hospital da Criança de Brasília. “Fui tratada aqui desde o início; já fiz a transição e estou indo para minha quarta consulta na clínica adulta, na Policlínica na Ceilândia”, conta a jovem. Relembrando os anos que passou no HCB, Marcella destaca o apoio que recebeu da equipe e ressalta que sempre foi estimulada a entender e participar das decisões: “Há uns anos, por causa do diabetes, tive uma intercorrência no rim. Eu e a doutora Paola entramos em consenso para eu ficar internada por uma semana”. Ela conta que essa participação e as orientações dos profissionais do HCB a ajudaram a criar um relacionamento com a doença: “Sempre aprendi que o diabetes e eu somos uma coisa só; somos eu e a ‘Betinha’ e a gente vai viver junto para sempre. Eu tinha duas opções: ter um péssimo relacionamento com ela e não poder viver, ou aprender a viver com ela”. Marcella Santos está encerrando seu atendimento no Hospital da Criança de Brasília: "Fui tratada aqui desde o início; já fiz a transição e estou indo para minha quarta consulta na clínica adulta, na Policlínica na Ceilândia" Atenção aos sintomas O diabetes mellitus tipo 1 geralmente se manifesta ainda na infância. Os pais precisam ficar atentos caso a criança sinta muita sede, urine muito — especialmente durante a madrugada —, apresente infecções de repetição ou perca peso, mesmo se alimentando normalmente. Nesses casos, é preciso buscar ajuda médica para chegar ao diagnóstico e iniciar o tratamento. “Ela começa com esses sinais sutis; se não for diagnosticada nessa fase, a criança pode evoluir com vômito, dor abdominal e desidratação”, alerta Brugnera. A médica explica que a insulina (hormônio produzido no pâncreas) está ligada à energia da pessoa: “Se a criança se alimenta e não tem insulina, a glicose dos alimentos só fica no sangue e não entra na célula para produção de energia. Então, a falta de insulina é incompatível com a vida”. Durante a cerimônia as mães trocaram experiências sobre o cuidado com os filhos e adolescentes que ainda seguem o tratamento no Hospital puderam falar sobre expectativas e receios de saírem da pediatria para o atendimento adulto Vida normal, seguindo o tratamento Durante a formatura, os adolescentes e acompanhantes participaram de atividades que mostraram que seguir o tratamento e as orientações da equipe é compatível com uma vida plena. Victor Ferreira, 17, ainda é atendido pelo HCB, mas já se prepara para a transição. “Acho que uma das coisas que a gente aprende aqui no hospital é que não temos que ter vergonha; aqui, ensinam tudo que a gente precisa saber tanto pelo lado emocional quanto pelo lado técnico. Hoje, enxergo o diabetes não como uma pedra no meu caminho, mas como novas pontes para abrir espaços para a vida adulta”, afirma o jovem. No evento, ele aconselhou os outros pacientes: “Enxerguem o diabetes como algo que pode ajudar vocês a serem pessoas melhores”. Os participantes acompanharam o depoimento da enfermeira de educação continuada do HCB, Bruna Ferreira. Diagnosticada com diabetes ainda na infância, ela contou sua história e mostrou que é possível estudar, trabalhar e viajar, basta seguir os cuidados necessários, como o uso correto da insulina e hábitos alimentares saudáveis. Também foram organizados dois bate-papos. Em um, mães trocaram experiências sobre o cuidado com os filhos; no outro, os adolescentes que ainda seguem o tratamento no hospital puderam falar sobre expectativas e receios da saída da pediatria para o atendimento adulto. Eles encontraram acolhimento no relato de quem já passou pela mudança, como Marcella Santos. A jovem conta que o diabetes não a impede de experiências como festas e acampamentos e que, mantendo boa convivência com a “Betinha”, já se prepara para as próximas etapas da vida: “Termino o inglês e o espanhol esse ano; prestei vestibular para administração e quero ser servidora pública. Tenho muita maturidade e responsabilidade graças ao diabetes”. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB)

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Com um ano de oferta no SUS, medicamento Trikafta revoluciona tratamento da fibrose cística

O efeito do medicamento Trikafta nos pacientes com fibrose cística pode ser definido como uma “ingestão de vida”. Foi assim com Sérgio Octávio Salustiano Anchieta, 9 anos, que faz acompanhamento no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Diagnosticado com a doença desde os primeiros meses, foi apenas no último ano, quando começou o tratamento com o remédio fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que o menino passou a ter uma rotina normal para a idade. Do ano passado para cá, entrou para a escolinha de futebol, acompanhou a seleção colombiana em campo no jogo contra o Brasil em ação da Chefia-Executiva de Políticas Sociais do GDF, voltou a se alimentar de forma oral de suas comidas favoritas (arroz, feijão, carne e farinha) — antes, ele se nutria via gastrostomia, procedimento com um tubo no estômago —, parou de ter que ser internado regularmente e extinguiu os antibióticos do dia a dia. Diagnosticado com fibrose cística com 20 dias de vida, Sérgio passou a ter uma rotina normal de vida após o uso do Trikafta, no último ano | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “A rotina dele era muito pesada antes. Era muito catarro pela manhã, então ele acordava todo dia 6h para fazer nebulização, fisioterapia e tomar a dieta. Tudo isso antes de ir para escola. Depois, às 9h, ele tinha que tomar uma medicação e mais uma vitamina de suplementação. Quando chegava da escola já era almoço, vitamina, remédio… Tinha umas três horas de descanso e começava tudo de novo. Hoje não tem isso. Após a medicação, consigo acordá-lo mais tarde, fazermos a nebulização e depois uma caminhada ou andamos de bicicleta, essa é a fisioterapia dele agora”, explica animada a mãe do menino, a dona de casa Ana Cláudia Costa Salustiano, 34. O diagnóstico veio quando o menino tinha apenas 20 dias de vida. Os primeiros sinais apareceram em casa, mas foi o teste do pezinho que apontou a possibilidade da doença depois confirmada pelo teste do suor, exame considerado padrão ouro. “Nós descobrimos no teste do pezinho. Me ligaram e pediram para refazer. Três dias depois pediram para fazer o teste do suor. Ele já tinha sintomas que eu tinha reparado. Quando ele mamava, vomitava ou já fazia cocô rápido e muito fedido. Foram quatro dias chorando desesperada sem saber o que fazer. Quando foi confirmado, já fomos ao Hospital de Base e tudo estava alterado. Ele estava desidratado, desnutrido e com gordura no fígado. Fiquei morrendo de medo de perder meu filho”, lembra. Mudança de rotina  Mas não foi só a vida de Sérgio que se transformou com a chegada da nova medicação, a da mãe do menino também. “Esse tratamento mudou meu psicológico, porque a cada internação a gente sofria. Eu era uma mãe muito tensa. Eu tinha despertador de 3 em 3 horas para acompanhar os horários dele. Hoje eu estou cuidando um pouco mais de mim”, admitiu. A história é semelhante na casa da família Nobre Leite. A dona de casa Leda, 34, conta que o filho William foi diagnosticado com fibrose cística aos dois meses de idade após apresentar refluxo. “Todo dia que ele comia, ele vomitava. Um dia levei ao pronto-socorro, ele foi internado e fez uma série de exames. Passou três dias no Hospital da Criança e depois foi para o Hospital de Base. Passamos um mês até descobrir a fibrose cística”. Antes da introdução da Trikafta, o menino estava a cada dois meses internado para tratar as consequências da fibrose. “Desde o começo do remédio, a evolução dele foi bem grande. Ele não teve mais nenhuma internação. Está indo muito bem. Melhorou o pulmão e o ganho de peso”, detalha a mãe. “A fibrose afetava muito o nosso dia a dia. Ele era muito secretivo, tossia muito, ficava com mal estar, atrapalhava na alimentação. Graças a Deus depois que começou a Trikafta ele teve uma melhora muito grande”, acrescenta. Trikafta age diminuindo quantidade de sintomas da doença, resultando em qualidade de vida a pacientes e seus familiares Tratamento revolucionário  Integrado ao SUS no ano passado, o remédio age diminuindo a quantidade de sintomas da doença e, consequentemente, reduzindo hospitalizações e mortes e tirando os pacientes das filas de transplante, bem como dando mais qualidade de vida aos diagnosticados e seus familiares. Segundo dados de julho de 2025 do Hospital da Criança de Brasília (HCB) — instituição que integra a rede pública de saúde do Distrito Federal —, 91,9% das crianças e dos adolescentes em uso da medicação tiveram redução dos sintomas. A fibrose cística é uma doença genética hereditária que afeta, principalmente os sistemas respiratório e digestivo, ao causar o acúmulo de secreções espessas nos pulmões, pâncreas e outros órgãos, devido a uma mutação no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator, em português regulador da condutância transmembrana na fibrose cística), que resulta no mau funcionamento do transporte de cloro e sódio nas membranas celulares. Segundo dados de julho de 2025 do Hospital da Criança de Brasília (HCB) — instituição que integra a rede pública de saúde do Distrito Federal —, 91,9% das crianças e dos adolescentes em uso da medicação tiveram redução dos sintomas Criado a partir da junção de três terapias — elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor —, o remédio atua como um modulador de CFTR, proteína defeituosa que começa a trabalhar de forma mais efetiva. O remédio diminui a inflamação dos órgãos afetados de forma progressiva. “É um medicamento disruptivo. É impressionante o resultado. Nunca vivemos isso na fibrose cística e acho que dificilmente em outras doenças. É muito revolucionário. Porque ele vai dentro da célula e corrige esse canal. Com a abertura, o defeito básico é corrigido e o paciente começa a ter as secreções menos viscosas”, destaca a pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte. De uso contínuo, a medicação é indicada na rede pública brasileira a partir dos 6 anos de acordo com o tipo de mutação do paciente. Hoje, a bula brasileira já registrou 271 mutações da doença no país. Antes do fornecimento da medicação, o tratamento tinha como foco atuar nas consequências do problema no canal de cloro. “Quando não temos os moduladores de CFTR, tratamos tudo que acontece de complicação. Vamos fluidificar o muco pulmonar e respiratório, para que a pessoa consiga tirar essa secreção. Vamos fazer fisioterapia. No pâncreas, fazemos a ingestão das enzimas. Vamos correndo atrás do prejuízo. É um tratamento muito complexo e com uma carga muito grande para famílias. São mais de 10 remédios todos os dias. Sabemos que esses tratamentos são importantíssimos para manter a vida dessas pessoas e o mínimo de qualidade, mas não são suficientes”, aponta a médica. "Eles vão poder viver e realizar sonhos. Antes eles viviam para a doença, agora, estão podendo viver”, destaca a pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte, sobre a mudança de vida dos diagnosticados “Quando vem o modular é que vemos a diferença. Eles têm motivação para ir atrás dos sonhos. Hoje, 25% das pessoas com fibrose são adultos e 75% são pacientes pediátricos. Isso é muito triste, porque eles estão morrendo cedo. Esse remédio está mudando esse paradigma. Eles vão poder viver e realizar sonhos. Antes eles viviam para a doença, agora, estão podendo viver”, define Luciana Monte. No Distrito Federal, o Hospital da Criança de Brasília e o Hospital de Base são as unidades de referência de tratamento, sendo a primeira voltada para pacientes infantojuvenis e a segunda para os adultos com a doença.

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Atividades de dança levam alegria e bem-estar a pacientes do Hospital da Criança de Brasília

“Na ponta do pé. Agora um plié. Muito bem! Dá uma voltinha”. Meninas e meninos mantêm os olhos focados nos comandos das professoras de balé. O cenário, porém, não é um estúdio ou uma academia, mas os corredores do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB). Por um instante, os pacientes mirins focam em algo leve e lúdico. Uma das pacientes do HCB, Alice Ferreira Cruz se diverte com a ação de balé nos corredores do hospital | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Alice Ferreira Cruz, 9 anos, esticava os braços e tentava seguir cada passo. A pequena paciente foi diagnosticada com hiperplasia adrenal congênita – uma doença que afeta as glândulas suprarrenais, responsáveis pela produção de hormônios. Sob a supervisão de princesas e vilãs bailarinas, Alice pôde experimentar a dança, dando uma pausa na internação após a cistoscopia (exame que verifica a bexiga e a uretra). “Tentamos abrandar a seriedade do ambiente hospitalar e a ansiedade que vem com os procedimentos pelos quais elas precisam passar” Jessica Caeli, voluntária “Acho essa ação maravilhosa. Elas [as crianças] ficam mais alegres. Até eu fico! Estar aqui é bastante difícil para eles e para a gente”, conta a mãe de Alice, Ariane Ferreira de Oliveira, 40. Voluntário, o projeto Na Pontinha do Pé HCB foi criado em 2016 e idealizado pela médica Luciana Monte, pneumologista pediatra no HCB e aluna de balé clássico há mais de 20 anos. A ideia é proporcionar experiências e recreações para amenizar os sintomas psicológicos e emocionais decorrentes das doenças graves e seus tratamentos. Bailarina profissional e uma das voluntárias, Jessica Caeli, 40, explica que o trabalho por meio da dança busca ressignificar a internação. “O nosso lema é ‘aliviar a dor em cada passinho’. Tentamos abrandar a seriedade do ambiente hospitalar e a ansiedade que vem com os procedimentos pelos quais elas precisam passar”, diz. “Quando um paciente tem que tirar sangue, por exemplo, mas não quer, pois sente medo, o incentivamos com passos de balé: ‘Olha como a bailarina estica o braço'”, conta. Projeto é adaptado para todos os pacientes, independentemente de gênero e condição física Para todos As atividades começam com alongamentos típicos do balé. Aos poucos, os principais passos são inseridos, como o plié, skip e a ponta do pé. A música clássica está sempre presente, mas hits do momento são incluídos na aula. Personagens de contos de fadas também participam, com bailarinas fantasiadas, desta vez de Branca de Neve e Bruxa Má. “O projeto consiste em dar aulas de balé aqui mesmo na entrada do hospital. Para incluir todo mundo, adaptamos. E assim, meninos e meninas dançam e se divertem. Depois da aula, passamos pelos corredores da internação”, detalha Caeli. Pedro Henrique Gomes, de 3 anos, tenta aprender todos os passos Encantado, Pedro Henrique Gomes, 3, admirava as personagens de contos de fadas, enquanto tentava um plié. A mãe Elen Raissa Gomes Evangelista, 29, demonstrou gratidão: “Meu filho gostou demais. Ele passou por um procedimento para retirar a pele na bexiga e apenas chorava. Só tenho que agradecer o trabalho que elas fazem.” Origem dos passinhos O projeto iniciou após Monte enfrentar o desafio de convencer uma paciente de 2 anos a aceitar os tratamentos quando estava internada com pneumonia e insuficiência respiratória – ambas decorrentes de uma leucemia grave. O canal de interação encontrado foi o balé e, aos poucos, a pequena aceitou o uso da máscara de oxigênio e demais procedimentos. Na ocasião, a paciente havia confessado que o sonho era conhecer uma bailarina de verdade. As atividades se consolidaram e, desde então, são realizadas às sextas, exceto nos feriados, pela manhã ou à tarde, tanto nas dependências do ambulatório quanto na área da internação. A iniciativa atende qualquer criança de 1 a 18 anos e seus familiares, independente da condição física. Voluntários Sem fins lucrativos, o grupo é formado por voluntários. Para fazer parte, basta cumprir os seguintes requisitos: → Morar em Brasília; → Ter mais de 18 anos de idade; → Ter experiência com balé por pelo menos 5 anos; → Gostar de lidar com crianças; → Sentir-se à vontade em ambiente hospitalar; → Ter disponibilidade às sextas-feiras (horário da manhã ou da tarde) → Solicitar uma entrevista à coordenação geral por meio do e-mail: napontinhadope.hcb@gmail.com *Com informações da SES-DF  

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Em noite emocionante, pacientes do Hospital da Criança de Brasília entram em campo com as seleções do Brasil e da Colômbia

Heróis brasileiros entraram em campo na noite desta quinta-feira (20) na Arena BRB Mané Garrincha. E não estamos falando dos jogadores da Seleção Brasileira Masculina de Futebol que enfrentaram a Colômbia em partida das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O timaço que roubou a cena no gramado nesta noite foi a Seleção de Guerreiros do HCB, composta por 30 pacientes em tratamento de câncer ou de doenças raras no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Carregando as bandeiras ou ao lado dos jogadores das duas seleções, os pequenos deram um show de alegria, emocionando todos os presentes. O timaço que roubou a cena no gramado nesta noite foi a Seleção de Guerreiros do HCB, composta por 30 pacientes em tratamento de câncer ou de doenças raras no Hospital da Criança de Brasília (HCB) | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A preparação das crianças começou cedo. Por volta das 17h, elas já aguardavam na recepção do hospital munidas de uniforme, chuteira, meião e muita alegria. Assim como costuma fazer a Seleção Brasileira, as meninas e os meninos foram levados ao estádio em três ônibus – um do Corpo de Bombeiros e dois da TCB (Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília) – e uma van, conduzidos por batedores da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que foram abrindo o trânsito. O governador Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Noronha Rocha com as crianças que entraram em campo com os jogadores da Seleção Brasileira e do time colombiano A ação foi promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Chefia-Executiva de Políticas Sociais, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “Eu vi [nas crianças] a tradução da palavra esperança, eles que estão enfrentando grandes desafios no tratamento. Tem a fé e a esperança na saúde e a fé e a esperança ao entrar em campo. Não foi só uma partida de futebol, foi algo muito maior. Eu consegui definir tudo que a gente viveu nessa preparação para o jogo como uma dose, uma injeção de cura. Isso que aconteceu hoje faz parte do tratamento”, avaliou a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, idealizadora da iniciativa. Experiência inédita A maior parte das crianças nunca havia pisado em um estádio antes e a experiência de entrar em campo e conhecer os jogadores foi inédita para todas. “Estou muito feliz, porque eu nunca fui num jogo na minha vida”, contou Elisa Amaral, 8 anos, que entrou junto aos jogadores da Seleção colombiana. Animada pela oportunidade, a pequena acordou cedo e ao meio-dia já estava preparada para o jogo: “Fiquei o dia todo imaginando como seria”. Além de um adereço verde e amarelo no cabelo, Elisa vestia uma espécie de braçadeira com a bandeira do Brasil. O flamenguista Arthur Ávila entrou de mãos dadas com o meia Gerson, do rubro-negro carioca: “Foi muito legal” A mãe Tatiana Lira do Amaral, 40, disse que estava até mais ansiosa que a menina. “Dessa vez quem não dormiu foi eu. Acordei às 5h30 com frio na barriga. É uma emoção muito grande. Só a gente sabe o que passou nesses dois anos de tratamento. Nunca imaginei que pudéssemos viver uma alegria tão grande”, revelou. Para a matriarca, ver Elisa em campo representa a luta dela e de tantas outras crianças. “Nesses dois anos, tantos coleguinhas passaram e não tiveram a mesma felicidade que ela de estar viva. Então, com certeza, a Elisa representa todas essas crianças e essas batalhas”, completou. A família de Rafael Barcelos, 7, definiu a noite no estádio como a coroação do fim do tratamento do garoto de um câncer no cérebro. “No início deste mês, ele fez a última quimioterapia e hoje já está liberado. Então é um dia de festa, de alegria e muito emocionante para nós. Ele já teve muitas privações, então é uma oportunidade dele ter um momento de alegria, de ser algo marcante na vida dele”, afirmou a mãe do garoto, Flávia Lara, emocionada. “Eu vi [nas crianças] a tradução da palavra esperança, eles que estão enfrentando grandes desafios no tratamento. Tem a fé e a esperança na saúde e a fé e a esperança ao entrar em campo. Não foi só uma partida de futebol, foi algo muito maior”, avaliou a primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, idealizadora da iniciativa Se para a matriarca era difícil conter as lágrimas, para Rafael era impossível não sorrir depois de adentrar ao lado dos jogadores da Colômbia. “Esse é o dia mais feliz da minha vida”, disse o menino, que é fã de futebol e do xará Raphinha, do Barcelona. Animação é o que não faltou para o pequeno Theo Silva, 3, que esbanjou carisma ao lado do goleiro Alisson Becker. Ele ensaiou em casa com a mãe Raiane Silva, 29, o Hino Nacional para fazer bonito em campo. “Estou muito feliz de podermos estar proporcionando isso a ele. Nunca pensei que pudesse levar uma criança com deficiência física a um estádio. Essa ação mostra que ele pode ir a qualquer lugar. Não tem diagnóstico que vá limitar até onde ele pode chegar. Acho que é isso que esse dia representa”, definiu. Ao assistirem as crianças adentrar o gramado, os pais, da arquibancada, não contiveram as lágrimas. “Emocionante demais, chorei muito. Nunca imaginei essa sensação. É única”, apontou Hellen Ávila, mãe do flamenguista Arthur Ávila, que entrou de mãos dadas com o meia Gerson, do rubro-negro carioca. “Foi muito legal”, cravou o pequeno. “Foi ótimo, sensacional. Era uma coisa que ele sempre quis”, emendou Rosângela Rodrigues, mãe de Alexandre Rodrigues, que confessou estar feliz por ter vencido o próprio receio de entrar em campo: “Consegui enfrentar meu medo”. Visita dos jogadores Na quinta-feira (19), dois jogadores da Seleção Brasileira visitaram o Hospital da Criança de Brasília. Matheus Cunha, do Wolverhampton, e Estêvão, do Palmeiras, interagiram com os pacientes internados. Eles deram autógrafos e fizeram vários cliques acompanhados do Canarinho, mascote da CBF. A visita também foi organizada pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais.

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Profissionais de saúde usam brinquedos terapêuticos para amenizar tratamentos complexos

No Hospital da Criança, o ato do brincar é usado em tratamentos. Nas enfermarias, pacientes, familiares e acompanhantes participam com profissionais usando recursos divertidos para ajudar a lidar com a doença de forma lúdica. Na área de tratamento de fibrose cística, uma doença congênita que pode deteriorar rapidamente o quadro clínico e acentuar as crises pulmonares e gastrointestinais, a criança precisa ser acessada rapidamente e aderir ao tratamento. “A criança necessita de uma enzima digestiva para melhor a digestão de alimentos, então usamos umas ‘cápsulas animadas’ para saber o que as enzimas fazem no trato gastrointestinal. Brincando, conseguimos chegar aos objetivos de forma terapêutica”, diz a enfermeira Kely Poliana, que atua na área. Nas mãos das enfermeiras do Hospital da Criança, o mundo mágico do brincar se transforma com massinhas de modelagem e biscuit | Foto: Divulgação/HCB Para usar o recurso de forma terapêutica, ela diz que nunca encontrou um brinquedo específico, então, ao longo dos anos, foi adaptando, refinando recursos. “Temos o pulmão de material emborrachado com que o paciente brinca. Temos a reprodução de algumas bactérias e, dessa forma, fomos construindo ao longo do tempo alguns recursos e com materiais simples”, diz a enfermeira. Nas mãos das enfermeiras do Hospital da Criança, o mundo mágico do brincar se transforma com massinhas de modelagem e biscuit. Uma pia de brinquedo é um instrumento eficiente para ensinar a família e o paciente como higienizar os utensílios usados para nebulizar. Heda de Alencar, da área de diabetes do Hospital da Criança e mestre de tecnologia e inovação em enfermagem, diz que improvisa recursos para brincar. “Nós temos uma almofadinha de aplicação de insulina para os pacientes e desenvolvemos diversas brincadeiras como colocar o paciente para responder perguntas, para que saiba o que fazer quando a glicemia está baixa. A gente educa de uma forma que aquele momento de furar o dedo do paciente para aplicar insulina não seja tão traumático. Então, temos de empregar uma forma mais lúdica e mais agradável para que o momento seja o menos dolorido ao usar o instrumento perfurante”, afirma. “Ansiedade, dor e medo diminuem substancialmente. É o antes e o depois quando há o brinquedo”, destaca Simone Prado, diretora de Práticas Assistenciais. Em maio, quando se comemora o Dia do Enfermeiro e do Técnico de Enfermagem, a equipe do Hospital da Criança participou de vários cursos para vivenciar as práticas dentro da linha de atuação de uma enfermagem de precisão e práticas avançadas. Experiências bem-sucedidas Um dos pacientes passou por um transplante hepático, cuja cicatriz fica muito aparente no abdômen. No retorno ambulatorial, o menino recebeu um boneco parecido com ele e que apresentava uma cicatriz igual. A identificação foi importante e o menino adotou o brinquedo como companheiro , auxiliando na aceitação no momento crítico da recuperação. A prática se repete em todos os casos mais graves. Uma das pacientes que sofreu alopécia, que leva a perda do cabelo, recebeu de presente uma boneca com as mesmas características e foi o diferencial para aceitar a situação que se encontrava e o tratamento. Essas experiências são o resultado do uso do brinquedo terapêutico instrucional aplicado no dia a dia do tratamento. Os profissionais, ao se dirigirem ao paciente , devem usar uma linguagem simples e clara, e com o uso dos bonecos mostram como será o tratamento e a recuperação. E os bonecos podem ser acompanhantes dos pacientes antes ou depois, dependendo da faixa etária e da necessidade do uso do brinquedo. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Hospital da Criança registra 90% de cura em crianças com tumores de Wilms

Estar de volta ao Hospital da Criança de Brasília (HCB), agora como visitante, gerou um turbilhão de sentimentos na professora Géssika Dourado, 33 anos. Depois de longos cinco anos de tratamento, a sensação é de gratidão por, enfim, poder dizer que sua filha Débora, hoje com 11 anos, está curada de um câncer no rim, conhecido como tumores de Wilms. Por ano, o HCB acolhe, em média, cerca de 40 pacientes com leucemia e 12 com tumores de Wilms. O hospital conta com 200 leitos para todas as especialidades. Destes, 56 são de UTI. Na rede pública de saúde do Distrito Federal, todos os pacientes de câncer infantil são tratados pela instituição. Géssika Dourado e a filha, Débora, curada de um câncer no rim, conhecido como tumores de Wilms | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Graças à alta expertise do corpo técnico aliada aos equipamentos de ponta, o HCB registrou uma alta na sobrevida das crianças diagnosticadas com tumores de Wilms. Dados de 2018 a 2023 apontam que 90% das crianças com tumores de Wilms acolhidas pelo Hospital da Criança não tiveram recaídas em cinco anos após o fim do tratamento da doença. A pequena Débora faz parte desta estatística. “Hoje eu posso dizer que minha filha está curada”, falou a mãe, emocionada. A jovem contraiu a doença ainda na barriga da mãe, em 2012, fato este que era, até então, desconhecido pela medicina. “No pré-natal viram que tinha algo no rim, mas somente depois de dois meses de nascida que diagnosticaram com Wilms, estágio 3, ou seja, muito agressivo para a idade dela”, relatou Géssika. A partir daí, começou a corrida contra o tempo. Idas semanais aos hospitais de Base e da Criança, internações, quimioterapia, cirurgias e uma infecção por KPC (superbactéria) no meio do caminho. O otimismo e a fé foram cruciais para que os pais de primeira viagem confiassem no tratamento realizado pela instituição, que hoje é considerada referência no país. O HCB foi criado em 2011, a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) “O Wilms é o único tumor que o tratamento se inicia antes mesmo da biópsia. O diagnóstico é feito pelo exame de imagem. A criança precisa passar por uma cirurgia, onde a peça é retirada para se examinar e, então, traçar um novo tratamento”, afirmou a médica oncologista e hematologista pediátrica, diretora técnica do HCB, Isis Magalhães. Hoje curada, Débora está há mais de cinco anos sem a necessidade de tratamento. As idas aos HCB ainda são apenas para acompanhamento, a cada dois anos. “O atendimento no hospital foi de extrema importância porque nós nem imaginávamos que um bebê já poderia nascer com câncer”, pontuou Géssika. Questionada sobre qual a sensação de estar de volta ao Hospital da Criança, Géssika disse, emocionada: “Sinto muita gratidão porque vi crianças morrendo naquela época. Eu até achei que ela fosse, porque aconteceram muitas coisas durante o tratamento”, completou. “Sempre que venho aqui no hospital é um mix de emoções. Lembro do que passei, vejo tantas mães na mesma situação e saio alegre por termos superado tudo isso”. Alimentação saudável e ingestão de muito líquido são algumas recomendações que a pequena Débora vai precisar carregar para o resto da vida, mas nada disso se compara com as dificuldades enfrentadas durante o tratamento. “Eu não me lembro de nada do que aconteceu. Mas eu tento imaginar o que a minha mãe sofreu comigo. Eu a vejo desesperada, triste e ansiosa. Como não tenho um rim, eu preciso beber bastante água e comer bem, mas sempre ganho da minha mãe uma recompensa por isso”, falou a garotinha. Referência A história da Débora é mais uma da qual o Hospital da Criança de Brasília muito se orgulha. A instituição é referência não só no tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA), forma mais agressiva e rara de câncer infantil, como também da leucemia linfoide aguda (LLA), neoplasia maligna mais comum na infância. Neste tipo de câncer, o HCB registrou uma taxa de 85,7% de sobrevida entre os pacientes. O HCB foi criado em 2011, a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe). “Temos uma equipe de oncologistas e hematologistas, além de psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas, nutricionistas, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. Cada um tem uma expertise maior em determinado tumor, por isso a importância de uma equipe multidisciplinar”, defendeu Isis Magalhães.

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Equipe do HCB recebe homenagens pelo atendimento a casos de autismo

Em homenagem ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, médicos do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) compareceram a uma sessão solene, realizada no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A cerimônia ocorreu na manhã desta quinta-feira (4), por iniciativa do deputado distrital Jorge Vianna, a fim de oferecer uma plataforma que garantisse a visibilidade necessária ao tema. A solenidade foi marcada por cuidados com os autistas presentes – os aplausos foram substituídos por palmas em Libras, com os braços levantados e balançando as mãos  | Fotos: Divulgação/ HCB O grupo que representou o HCB na cerimônia, composto por médicos, psicólogos, musicoterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais, recebeu homenagens e contribuiu para mudar o perfil do tratamento do autismo. “Acredito que ainda seja muito importante conscientizarmos sobre o autismo. No dia a dia, ainda há muitas dificuldades com questões relacionadas ao preconceito”, comentou Hernane Machado, médico psiquiatra no Hospital da Criança. 2 milhões Estimativa de pessoas com TEA no Brasil, de acordo com a OMS A descrença e o descaso diante do diagnóstico não vêm, necessariamente, de pessoas distantes ou desconhecidas; segundo Machado, a própria família do paciente pode vir a perpetuar comportamentos capacitistas que são muito danosos para a criança. “Às vezes, os próprios familiares dos pacientes não acreditam na existência do TEA ou associam a origem do transtorno à problemas de educação/criação ”, complementa. Além do psiquiatra, compareceram, também, profissionais de neurologia pediátrica, musicoterapia, fonoaudiologia, enfermagem, terapia ocupacional e psicologia. O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, é uma data estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir conhecimento sobre a condição, quebrar preconceitos e combater o capacitismo sofrido por quem lida com o distúrbio. O transtorno do espectro autista (TEA) acomete, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas ainda é um tema muito desconhecido pela maior parte da população. Médicos, psicólogos, musicoterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais do HCB receberam homenagens pelo trabalho dedicado ao autismo A solenidade foi marcada por muito cuidado, pensando em como estabelecer um ambiente acolhedor para aqueles que receberam o diagnóstico do transtorno – os tradicionais aplausos barulhentos e estridentes, que poderiam desencadear crises para os pacientes TEA que estavam presentes, por exemplo, foram substituídas por palmas em Libras, feitas com os braços levantados e balançando as mãos. “Muitos adultos são autistas e não sabem, porque não tiveram o diagnóstico correto” Amadeu Alcântara, otorrinolaringologista do HCB O deputado Jorge Vianna comentou sobre como a desinformação dificulta o diagnóstico e a qualidade de vida do paciente, além de fomentar variadas formas de preconceito. “Para além da conscientização, cabe ao poder público o dever de garantir os direitos de pessoas autistas”, observou Vianna. Próximo ao final do evento, Amadeu Alcântara, otorrinolaringologista que descobriu seu diagnóstico de TEA durante a graduação, subiu ao palco para falar sobre sua experiência ao receber a confirmação do quadro de autismo. “Muitos adultos são autistas e não sabem porque não tiveram diagnóstico correto, avaliação neuropsicológica ou um profissional que se debruçasse sobre eles. E essa é nossa realidade até hoje”, alerta Alcântara. Segundo o médico, o diagnóstico precoce e o tratamento durante as fases iniciais oferecem uma maior qualidade de vida. “Boa parte das famílias de pacientes com TEA só consegue acesso a tratamentos com o laudo, e é urgente que essas pessoas não fiquem esperando por conta da neuroplasticidade, isso é, a capacidade do cérebro de moldar-se”, reitera o profissional. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Curso aprimora profissional da área da farmácia hospitalar

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realiza, desde 2022, cursos de aprimoramento em farmácia hospitalar na modalidade fellowship. O primeiro aluno a concluir a formação foi Rafael Cardoso, graduado em farmácia em 2009 e que encerrou o aprimoramento no HCB neste mês. “Sempre tive vontade de fazer um curso de aperfeiçoamento mais intenso, para aprender, realmente. Geralmente, a pós-graduação não tem esse aprendizado intensivo que o fellowship proporciona”, conta Cardoso. O curso é voltado a profissionais já graduados que tenham interesse em ir além do aprendizado teórico. O curso é ministrado com a supervisão de profissionais do Hospital da Criança de Brasília desde 2022 | Foto: Divulgação/HCB “A ideia é que eles saiam daqui como farmacêuticos; que saibam manipular, conversar com o médico, entender um protocolo. Tratamos como se fosse um farmacêutico nosso, mas com supervisão e com uma parte teórica para entender o hospital, os processos internos”, explica a supervisora de farmácia do hospital, Karina Ribeiro. Rafael Cardoso avalia a experiência de forma positiva. “Apesar de já ser farmacêutico, eu não tinha experiência com a arte de manipular medicamentos antineoplásicos. O curso trouxe bastante aprendizado em oncologia pediátrica, foi um divisor de águas na minha carreira”. Para Cardoso, a experiência no fellowship terá impacto positivo em sua vida profissional. “É um curso pioneiro na região. Com ele, consigo mais chances de colocação no mercado de trabalho e de atuar na área de oncologia – que, cada vez mais, tem requisitado profissionais com bastante expertise”. As inscrições para cursos oferecidos pelo HCB – tanto para o aprimoramento em farmácia hospitalar quanto para outras áreas – são feitas pelo site do hospital. Para verificar turmas abertas e informações sobre inscrições, acesse este link. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)

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Recursos garantidos para centro de atendimento a pessoas com doenças raras

A construção de um bloco no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) para abrigar o Centro de Referência de Doenças Raras (CRDR) avançou nesta reta final de ano. A afirmação foi feita pela governadora em exercício Celina Leão durante entrevista coletiva com blogueiros e blogueiras nesta quinta-feira (28), na residência oficial da vice-governadoria, no Lago Sul. De acordo com Celina Leão, o governo empenhou R$ 18 milhões de um total de R$ 22 milhões para construir o prédio. O restante da obra será financiada com emenda parlamentar do deputado distrital Eduardo Pedrosa no valor de R$ 5 milhões. “São R$ 18 milhões de emendas minhas da época em que era deputada federal e mais R$ 5 milhões que o deputado distrital Eduardo Pedrosa está complementando. É um hospital especializado para cuidar dessas crianças, dessas pessoas. Quem tem uma doença rara precisa de um acompanhamento para o resto da vida, e nós temos um time de geneticistas maravilhosos que trabalham na rede pública, somos referência no Brasil”, afirmou Celina Leão. Governadora em exercício Celina Leão: “Quem tem uma doença rara precisa de um acompanhamento para o resto da vida, e nós temos um time de geneticistas maravilhosos que trabalham na rede pública, somos referência no Brasil” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Segundo a governadora em exercício, o centro de atendimento é uma demanda antiga de associações do DF. “São doenças muitas vezes difíceis de serem tratadas, algumas muito muito raras. E dolorosas também. Então acho que dá o conforto necessário para essas pessoas e para o acolhimento das famílias”, acrescentou Celina Leão. Atualmente, o centro para tratamento de doenças raras funciona em espaço limitado no HAB, que usualmente precisa de apoio de outros unidades hospitalares, como os hospitais  Materno Infantil de Brasília (Hmib), Regional da Asa Norte (Hran) e da Criança de Brasília (HCB). Com o novo espaço será possível ofertar um atendimento e prestação de serviço adequados, inclusive para os profissionais que atuam em laboratórios. Balanço de 2023 [Olho texto=”“O ano de 2023 foi de gratidão, de unidade, de muito trabalho. O GDF, todos os dias, fez alguma entrega para a população. E a gente espera que em 2024 seja melhor ainda, que a gente possa trabalhar cada vez mais”” assinatura=”Celina Leão, governadora em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”] Na conversa com os blogueiros, Celina Leão respondeu perguntas sobre educação, saúde, segurança pública e área social e citou a liderança do governador Ibaneis Rocha. Ela enumerou obras de infraestrutura entregues e outras que vão ser concluídas em 2024, a exemplo do viaduto do Itapoã/Paranoá e novas unidades da Casa da Mulher Brasileira. Citou também as creches e escolas que serão entregues e a licitação da terceira faixa de Planaltina (BR-020). “O ano de 2023 foi de gratidão, de unidade, de muito trabalho. O GDF, todos os dias, fez alguma entrega para a população. E a gente espera que em 2024 seja melhor ainda, que a gente possa trabalhar cada vez mais”, frisou.

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Feira sobre inovação na saúde destaca trabalho do Hospital da Criança

Durante a Feira de Soluções para a Saúde, promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), profissionais do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) puderam aprofundar discussões sobre as ferramentas tecnológicas empregadas pelo HCB e despertaram o interesse de outras instituições. Na terça-feira (28), a unidade hospitalar recebeu a visita de representantes da Fiocruz Brasília e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), que buscavam conhecer o trabalho do HCB, em especial no que se refere à informatização. Para a encarregada de proteção de dados da Fiocruz, Laiza Assumpção, o HCB transparece sua forma de gestão dos dados de saúde. “Os processos são bem-mapeados, fluxos bem-definidos; isso faz toda a diferença. A informação bem-tratada é importante para a segurança dos dados”, disse Assumpção, que acompanhou, no primeiro dia da feira, a mesa-redonda com participação de profissional do hospital. Representantes da Fiocruz Brasília e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) realizaram visita técnica ao Hospital da Criança de Brasília | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A infraestrutura é bastante avançada na questão da informação. Os laudos já saem digitalizados, sem papel, e vão direto para o prontuário eletrônico”, disse o presidente da SBIS, Luis Gustavo Kiatake. Participantes da feira que não puderam visitar o HCB tiveram acesso a algumas soluções apresentadas pelo hospital em um estande de divulgação e em pôsteres científicos, se informando sobre iniciativas adotadas pela unidade no enfrentamento à pandemia da covid-19 e no preparo de crianças e adolescentes para o processo de diálise peritoneal. *Com informações do HCB

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Modelo de Atenção Primária oferece atendimento qualificado a toda família

A atuação multiprofissional das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e a capacitação dos profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF), no âmbito da Atenção à Primeira Infância, foram reforçadas durante mesa-redonda no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), nessa sexta-feira (10). O evento faz parte de uma maratona temática promovida pelo tribunal com o objetivo de reconhecer o papel dos diversos atores envolvidos nas políticas públicas e nas ações de fiscalização relativas à primeira infância. A fase é caracterizada até os seis anos, quando ocorrem o amadurecimento do cérebro, a aquisição dos movimentos, o desenvolvimento da capacidade de aprendizado, além da iniciação social e afetiva. Também é o período, de acordo com a coordenadora de Atenção Primária à Saúde, Fabiana Soares Fonsêca, em que os acompanhamentos e as consultas são mais frequentes, para que haja agilidade na percepção de possíveis atrasos, tanto pelos pais como pelos profissionais. A coordenadora explicou que a SES-DF utiliza o modelo mundialmente reconhecido da Estratégia Saúde da Família (ESF). “Por meio das equipes de ESF, em que temos um time multiprofissional com várias especialidades, toda a família, além da criança, será acompanhada pela equipe de saúde. Temos médico de família, enfermeiro de família, técnico de enfermagem e as equipes eMulti, com especialidades como psicólogo, nutricionista e assistente social, que dão apoio a essas equipes”, detalhou Fabiana. Durante a mesa temática, a coordenadora de Atenção Primária à Saúde, Fabiana Soares Fonsêca, ressaltou o trabalho das equipes da Estratégia Saúde da Família e a capacitação dos profissionais | Foto: Larissa Lustoza/Agência Saúde-DF A representante da SES-DF também ressaltou as ações de vacinação adotadas pela pasta em diversas regiões do Distrito Federal, em especial as atividades extramuros realizadas nas escolas e os Monitoramentos Rápidos de Vacinação (MRV). Também participaram do debate representantes das secretarias de Educação (SEE-DF), de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). Qualificação Outro tema destacado foi o treinamento de Atenção Integrada das Doenças mais Frequentes na Primeira Infância, iniciado em junho, para aprimorar as equipes de ESF da SES-DF. Até dezembro, os profissionais treinados, além de estarem capacitados a atender as doenças, poderão orientar sobre amamentação, crescimento, desenvolvimento e violência contra crianças. “O foco amplo tem o objetivo de voltar o olhar para a criança. E este profissional treinado será um multiplicador para o atendimento de qualidade para as crianças e as famílias”, detalha a gestora do setor. Além do treinamento, a coordenadora frisou a recente capacitação de multiplicadores para treinar profissionais da Atenção Primária para atendimentos de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Atenção integral No Distrito Federal, a SES-DF une esforços para promover a atenção integral às gestantes e à primeira infância, com iniciativas como a Rede Cegonha e a elaboração do Plano Distrital pela Primeira Infância (PDPI) para o período de 2024 a 2034. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Por meio do programa Rede Cegonha, a pasta busca proporcionar um atendimento seguro e humanizado às mulheres durante a gravidez, o parto e pós-parto. Essa assistência é estendida ao recém-nascido e às crianças com até dois anos. Para fortalecer o vínculo afetivo entre mães e bebês e proporcionar uma nutrição adequada desde os primeiros anos de vida, o aleitamento materno é estimulado. Por meio da parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), são realizadas ações de coleta, processamento e distribuição do leite humano. O objetivo é manter os estoques dos bancos de leite e reduzir a mortalidade infantil. Além disso, o DF conta com unidades públicas que prestam atendimentos especializados tanto a gestantes quanto para a primeira infância, como o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Destacam-se também o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e o Hospital de Apoio, que são parceiros na saúde da criança e prestam serviços de referência em doenças raras. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Hospitais do DF promovem ações de Dia das Crianças para alegrar pacientes

Várias unidades da rede pública de saúde do Distrito Federal preparam ações, durante esta semana, para comemorar o Dia das Crianças e levar serviços e alegria aos pequenos pacientes. Nesta quinta-feira (12), voluntários do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), conhecidos como “formiguinhas da alegria”, vão presentear as crianças internadas. No Zoológico de Brasília, haverá vacinação das 9h às 17h. Nesta quarta-feira (11), o Hospital da Criança de Brasília (HCB) recebeu a visita dos palhaços da organização Doutores da Alegria e voluntários fantasiados de super-heróis. A programação continuará na sexta-feira (13) com a presença de outro grupo caracterizado de heróis, como o Superman, Batman, Thor e o Homem-Aranha. A presença de voluntários no HCB animou Ítalo Saavedra | Fotos: Michelle Horovitz/ Agência Saúde-DF Com programação durante toda a semana nas unidades, o projeto Toucas da Alegria antecipou a celebração e visitou o Hmib na segunda-feira (9). Voluntárias vestidas de princesas distribuíram toucas de crochê temáticas de super-heróis para as crianças no ambulatório. A atividade teve, ainda, o apoio de profissionais de animação de festas, que se fantasiaram de super-heróis e ajudaram a garantir a diversão nos corredores do hospital com música e balões. No total, o grupo confeccionou cerca de 300 toucas para serem doadas. Tamy Saavedra, mãe de Ítalo Saavedra, de 12 anos, que se divertia com os voluntários nos corredores do hospital, destacou a importância das ações. “O tempo passa mais rápido durante essas atividades. O Ítalo está se divertindo e disse que já fez tudo o que queria fazer hoje”, afirma. [Olho texto=” “Ela teve que drenar o pulmão, está bem fraca, mas ficou muito feliz ao receber a visita da princesa”” assinatura=”Regiane Gonzaga Alves, avó de uma criança internada” esquerda_direita_centro=”direita”] Regiane Gonzaga Alves acompanhava a neta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e aprovou a iniciativa. “Ela teve que drenar o pulmão, está bem fraca, mas ficou muito feliz ao receber a visita da princesa”, contou. Quem estava no Hmib apenas para consulta, também se surpreendeu positivamente com a ação. Foi o caso da Ruth, de 6 anos, que tirou fotos com as princesas na entrada do hospital. Voluntários Rejane Costa dos Santos elogia o trabalho dos voluntários, que “doam seu tempo em prol de uma causa maior: aliviar dores e preocupações de pais e crianças” Referência no atendimento a crianças e gestantes no Distrito Federal, o Hmib conta com a dedicação e o apoio de grupos voluntários fixos e outros que exercem atividades esporádicas ou em datas comemorativas. A coordenadora do voluntariado do Hmib, Rejane Costa dos Santos, que trabalha na SES-DF há 41 anos, destaca a atuação dos voluntários. “Temos mais de 10 grupos fazendo voluntariado aqui na unidade. Até sexta-feira vamos ter palhaços, formiguinhas e heróis da alegria. Os voluntários doam seu tempo em prol de uma causa maior: aliviar dores e preocupações de pais e crianças”, elogia. Cuidados com as crianças [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Secretaria de Saúde do DF oferece vários serviços para garantir a saúde das crianças de Brasília. O teste do pezinho, por exemplo, é realizado em todos os nascidos na rede pública desde 2008. O material coletado é enviado para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal, localizado no Hospital de Apoio do Distrito Federal (HAB). A rede é referência na América Latina em teste do pezinho ampliado. O número de patologias identificadas pelo teste aumentou de 50 para 58 graças à chegada de dois novos equipamentos tecnológicos no HAB. Além disso, as unidades da rede oferecem o exame de oximetria, também conhecido como teste do coraçãozinho, que é usado para detectar e prevenir problemas cardíacos em recém-nascidos. Banco de leite Os bancos de leite de Brasília possuem certificação de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Classificados como referência nacional pelo Ministério da Saúde, os bancos de leite de Brasília possuem certificação de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. Além da coleta, do processamento e da distribuição do leite materno com qualidade certificada, a Rede de Bancos de Leite Humano do DF oferece assistência ampliada a mulheres grávidas ou àquelas com complicações para amamentar. Uma equipe multidisciplinar auxilia em processos como a relactação (volta à amamentação) e a translactação (técnica momentânea para bebês que apresentam sucção descoordenada). As mães que desejarem doar leite devem ligar para o número 160 (opção 4) ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Pacientes com diabetes tipo 1 da rede pública participam de recreação

Crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 passaram um dia de lazer no Clube da Saúde, localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O Dia Azul – Encontro Educativo Recreativo em Diabetes, realizado nessa quinta-feira (5), contou com a participação de 300 pacientes atendidos pela rede da Secretaria de Saúde (SES-DF). A iniciativa é do Programa de Diabetes da Unidade de Endocrinologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que, há 30 anos, organiza, no mês de outubro, um evento educativo sobre tratamento e com atividades esportivas e recreativas. O objetivo é aumentar a integração entre as equipes médicas, as famílias e os pacientes. Profissionais dos centros de diabetes de Brasília da SES-DF participaram do Dia Azul | Fotos: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF Este ano, com o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes-Regional (SBD-DF) e do Instituto Diabetes Brasil (IDB), a ação foi ampliada a crianças e adolescentes de todos os Centros de Diabetes de Brasília. Além do HRT, participaram também o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), o Hospital da Criança de Brasília (HCB), o Hospital Regional do Guará (HRGu) e o Hospital da Região Leste (HRL). Integração Na programação, pula-pula, futebol de salão, piscina, lanches saudáveis, quiz educativo, brinquedos infláveis e presentes. Ao todo, 650 pessoas participaram da ação, que contou ainda com a presença de endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e familiares dos pacientes. Daniele Lopes do Amaral com o filho Arthur: “Recebi grande ajuda dos profissionais do HRT. Esse evento é muito importante, porque conseguimos perceber que existem outras pessoas com a mesma situação a qual ele vivencia todos os dias” O pequeno Arthur Augusto do Amaral Carvalho, 7 anos, participou da iniciativa pela segunda vez. “É bem divertido. Brinco com outras crianças e gosto do quiz e dos prêmios. Também gostei muito da piscina e dos lanches”, relatou. A mãe dele, Daniele Lopes do Amaral, 36 anos, publicitária e moradora de Águas Claras, contou que também é diabética tipo 1 e que o diagnóstico do filho foi descoberto quando ele tinha apenas 4 anos. “Recebi grande ajuda dos profissionais do HRT. Esse evento é muito importante, porque conseguimos perceber que existem outras pessoas com a mesma situação a qual ele vivencia todos os dias. É um carinho muito grande e a gente se sente acolhido”, elogiou. “É essencial para a criança entender que pode fazer de tudo, sem limitações, só que com um cuidado a mais”, complementou. O diabetes tipo 1 é uma doença crônica não transmissível, hereditária e que aparece geralmente na infância ou na adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos. A recomendação é que pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença façam exames regularmente e acompanhem a glicose no sangue. O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos. A endocrinologista pediatra do HRT Roberta Kelly Falleiros relatou que, além de um dia de recreação, o Dia Azul promove a educação em diabetes A endocrinologista pediatra do HRT Roberta Kelly Menezes Maciel Falleiros, também presidente da SBD-DF, destacou que, além da recreação, o Dia Azul promove a educação sobre o diabetes. “Mostramos como se faz a contagem de carboidratos, fazemos dinâmica com perguntas sobre a doença e muito mais”, disse. “O evento é feito exclusivamente por meio de doações. A maioria das crianças tem um poder aquisitivo de baixa e média renda. São pacientes atendidos na rede pública. Então, eles esperam o evento o ano inteiro.” Presidente e fundadora do IDB, Jaqueline Corrêa também é mãe de uma criança com a doença e ressaltou a necessidade de interação atrelada à educação. “A condição da pessoa que tem diabetes é irreversível e ela precisa conviver com a questão da educação. Isso permite que as crianças tenham acesso, saibam se cuidar e desenvolvam uma maior qualidade de vida”, pontuou. O DF é, segundo Falleiros, pioneiro na dispensação de dispositivos de tecnologia no tratamento de diabetes. “Trata-se de insulinas melhores, assim como o libre, que é o sensor que mede a glicose, além da bomba de insulina”, reforçou. Dia Azul O Dia Azul começou há 32 anos por iniciativa da pediatra aposentada Temis Barreto da Costa Araújo, que também prestava atendimento no HRT A ação começou há 32 anos, por iniciativa da pediatra aposentada Temis Barreto da Costa Araújo, que, à época, atendia no HRT. “Passei a cuidar dos diabéticos após ter feito meu primeiro diagnóstico em uma criança de 4 anos. Sempre gostei do lado social, nunca fiz clínica particular. É legal ver que ano após ano o Dia Azul continua a existir”, comemorou. O atendimento à pessoa com diabetes deve iniciar pela unidade básica de saúde (UBS) de referência. Para o diabetes tipo 1, os pacientes são encaminhados prioritariamente ao endocrinologista do ambulatório de referência da região e é garantida toda a assistência na UBS para entrega dos insumos (tiras reagentes, lancetas, agulhas para canetas ou seringas). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

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Segundo estudo, uso regular da imunoglobulina intravenosa reduz internações

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou trabalho científico, inédito no Brasil, sobre tratamento de crianças com erros inatos na imunidade. Trata-se do artigo Um ano de terapia de reposição de imunoglobulina intravenosa: eficácia na redução de internações hospitalares em pacientes pediátricos com erros inatos da imunidade, publicado no periódico Jornal de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), apresentado pela primeira vez pela imunologista Karina Mescouto aos profissionais do HCB. “Este estudo é resultado de uma pesquisa de iniciação científica e reflete o trabalho feito no ambulatório de alergia e imunologia aqui do HCB. O objetivo era avaliar, em um ano, os pacientes que começaram a terapêutica de reposição de forma regular”, relatou Mescouto, que destacou que as conclusões do estudo foram positivas. “Ressaltamos a redução importante no número de internações e dias de internação, tanto em enfermaria geral quanto na UTI”, explicou. A apresentação foi realizada recentemente no encontro Bate-papo com o autor, no auditório Oscar Moren do HCB, evento que difunde o conhecimento científico produzido por profissionais do hospital. Estudos semelhantes já foram feitos no exterior, mas a pesquisa do Hospital da Criança de Brasília foi a primeira no Brasil. Pesquisa do HCB, inédita no Brasil, comprova a eficácia da reposição de imunoglobulina em crianças com deficiência de anticorpos | Foto: Renato Alves/Agência Brasília [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “É um dado inédito na casuística brasileira. Não é uma novidade em termos de casuística internacional: isso é bem estabelecido, tanto que a imunoglobulina é indicada, mas não tínhamos, até o momento dessa publicação, nenhum dado que mostrasse a eficácia dessa terapêutica em crianças com deficiência de anticorpos aqui no Brasil”, afirmou a médica. A equipe chegou a esse resultado depois de avaliar 45 pacientes, acompanhando o tratamento pelo qual eles passaram e a forma como responderam à terapêutica da reposição de imunoglobulina, bem como as internações que foram necessárias. A imunologista explicou que os erros inatos da imunidade se referem a mais de 400 doenças que, frequentemente, se caracterizam por problemas na produção de anticorpos e requerem o uso de imunoglobulina humana. Segundo Mescouto, as crianças com esse diagnóstico apresentam quadros de sinusite, otite e amigdalite que podem levar à necessidade de internação. O estudo confirmou, entretanto, que o uso regular da imunoglobulina intravenosa reduziu essas internações. *Com informações do HCB

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HCB e Abrace promovem ação neste sábado para orientar sobre retinoblastoma

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace) promovem, neste sábado (16), atividade de conscientização sobre o retinoblastoma. A equipe do HCB estará no shopping Conjunto Nacional para falar com pais e mães sobre a importância do diagnóstico precoce. A ação vai integrar a campanha De olho nos olhinhos, realizada em nível nacional, e chama atenção para o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, celebrado em 18 de setembro. Profissionais do HCB vão abordar as pessoas que passarem pelo shopping para explicar o que é o retinoblastoma e quais sinais podem ser indicativos de que a criança precisa de atendimento médico. Estudantes de medicina e funcionários e voluntários da Abrace também participarão da ação para garantir que o maior número possível de pessoas receba informações sobre a doença – medida importante na luta pelo diagnóstico precoce. O retinoblastoma é um tumor maligno intraocular, que tem maior incidência em crianças menores de 5 anos de idade e é considerado raro – nos últimos 12 meses, o HCB recebeu oito crianças com a doença. Devido à baixa incidência, a campanha é importante para manter a sociedade atenta aos sinais. O ideal é que o diagnóstico seja fechado na fase inicial da doença, quando o tumor ainda está dentro do globo ocular. Quando ele cresce e se infiltra no nervo ótico e no sistema nervoso, as chances de cura diminuem. Nos últimos 12 meses, o HCB recebeu oito crianças com retinoblastoma | Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil Sinais de alerta Os pais devem estar atentos para identificar potenciais sintomas: ? Reflexo branco nos olhos – o chamado “olho de gato”, quando a criança é fotografada com flash; ? Estrabismo – o movimento dos olhos não é simétrico; ? Redução da visão. Caso percebam esses sinais, é importante procurar ajuda médica. No Distrito Federal, as crianças são encaminhadas pelo pediatra da atenção primária ou pelo oftalmologista e, uma vez que se tornem pacientes do Hospital da Criança de Brasília, dão início ao tratamento. Após verificar a extensão da doença e realizar os exames de imagem, os especialistas do HCB discutem cada caso com os dois centros parceiros: a Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), do Hospital Santa Marcelina, e o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), ambos em São Paulo. O plano terapêutico de cada criança é executado tanto no HCB quanto nas instituições parceiras, que contam com serviço oftalmológico especializado em retinoblastoma e quimioterapia intra-arterial. Desse modo, é importante que pediatras e oftalmologistas cumpram o fluxo de atendimento corretamente e não “pulem” o encaminhamento ao Hospital da Criança de Brasília. Serviço Ação de conscientização sobre o diagnóstico precoce do retinoblastoma ? Data: sábado (16) ? Horário: 12h às 17h ? Local: Conjunto Nacional – na Praça JK, em frente ao Acesso A ? Entrevista coletiva: 11h30, no local do evento, com a presença da pediatra hematologista do HCB Isis Magalhães, da oftalmologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Manuela Nader e da presidente da Abrace, Maria Ângela Marini. *Com informações do HCB

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HCB desperta interesse de médicos americanos em estudos de neuro-oncologia

O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) recebeu, nesta terça-feira (12), visita técnica de representantes do Pacific Pediatric Neuro-Oncology Consortium (Pnoc), consórcio norte-americano que se dedica a pesquisas clínicas na área da neuro-oncologia. O objetivo dos visitantes era avaliar se o HCB seria elegível para integrar o grupo, que conta com mais de 20 estudos referentes aos tumores do sistema nervoso central. Esses tumores compõem o segundo tipo de câncer mais comum entre crianças – estão atrás, apenas, das leucemias. Por outro lado, são os que contam com menos possibilidades de tratamento disponíveis no país. “Por meio dos estudos clínicos, podemos ofertar para os pacientes tratamentos novos e de ponta. O Pnoc tem um centro de pesquisa e está buscando parcerias, principalmente na América Latina. Para nós, esse tipo de parceria é muito valiosa e muito importante”, explicou a gerente de Pesquisa do hospital, Cristiane Salviano. A superintendente executiva do HCB, Valdenize Tiziani, afirmou que o interesse manifestado pelo Pnoc em conhecer o HCB é uma oportunidade única. “Pretendemos aproveitá-la para transformar o Hospital da Criança de Brasília, realmente, em um centro de referência em pesquisa e no tratamento de crianças com esses tumores. A ideia é iniciar uma cooperação com pesquisa clínica e trazer os avanços mais recentes para beneficiar nossas crianças”, ressaltou. Representantes do Pacific Pediatric Neuro-Oncology Consortium (Pnoc), consórcio norte-americano, se reuniram com a equipe multidisciplinar de atendimento neuro-oncológico do HCB, nesta terça (12) | Foto: Divulgação/HCB Na ocasião, a professora de Neurologia, Neurocirurgia e Pediatria da University of California San Francisco (UCSF), Sabine Mueller, e o diretor do Programa de Neuro-Oncologia Pediátrica do St. Louis Children’s Hospital, Mohamed Abdelbaki — os dois representantes do Pnoc — se reuniram com a equipe multidisciplinar de atendimento neuro-oncológico do HCB. Os visitantes se informaram sobre a forma de atuação de cada profissional da equipe brasiliense, tiraram dúvidas e conheceram as alas do hospital de Brasília onde as crianças com tumores do sistema nervoso central são atendidas. “Gostamos muito da visita; a apresentação do hospital foi muito clara e direcionada aos dados. Estou animada e esperançosa de que podemos fazer esta colaboração funcionar”, destacou Sabine Mueller. Mohamed Abdelbaki elogiou a dedicação da equipe do HCB às atividades de pesquisa. “Todos são muito comprometidos com o desenvolvimento do hospital e se envolvem em diferentes iniciativas. Acho que aqui há muitas possibilidades e espero colaborar como hospital, ajudar seus pacientes e melhorar o cuidado ofertado”, expressou o médico. Após a visita técnica, os médicos americanos seguiram viagem para conhecer outros hospitais brasileiros antes de definir qual instituição integrará o Pnoc. *Com informações do HCB

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Super-homem faz a alegria dos pacientes no Hospital Materno-Infantil

Heitor Vinicius, 6 anos, internado com influenza no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), recebeu um visitante especial nesta sexta-feira (25): o super-homem. A criança recebeu sorrindo um adesivo de S para colar no peito. A ação realizada pela equipe de terapia ocupacional do Hmib foi um sucesso entre os pacientes e funcionários. A coordenadora do setor, Monica Lemos, afirma que essas atividades diminuem o estresse e levam leveza para a unidade hospitalar. “Chamamos o super-homem para visitar a área dos prematuros, pois esses bebês são super-heróis para a gente. Também pensamos na saúde emocional dessas famílias que, às vezes, ficam muito tempo internadas”, explica. Internado no Hmib, Heitor Vinícius, 6 anos, ficou feliz com a visita do super-homem, nesta sexta (25) | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A profissional acrescenta que é importante desenvolver atividades lúdicas para as crianças, que estão longe do seu convívio familiar e educacional e de seus amiguinhos. “Queremos que elas associem ao tratamento convencional e medicamentoso, momentos de descontração e humanizados”, destaca. [Olho texto=”“Esse trabalho traz alegria para mim. O heroísmo muitas vezes não é superpoder, mas levar um sorriso e uma mensagem positiva”” assinatura=”Leonardo Muylaert, super-herói voluntário” esquerda_direita_centro=”direita”] De capa vermelha e cueca por cima da calça, o cosplay do herói se chama Leonardo Muylaert na vida real. Advogado, o brasiliense de 35 anos atrai atenção pela semelhança com o ator Christopher Reeve, intérprete do herói, no filme dos anos 70. Há cinco meses, ele se dedica de forma voluntária a visitar hospitais, escolas e casas de repouso. “Esse trabalho traz alegria para mim. Na maioria das visitas recebo feedbacks do tipo: ‘Nossa, como você melhorou o dia!’, ‘meu filho agora quer ser herói!’. O heroísmo muitas vezes não é superpoder, mas levar um sorriso e uma mensagem positiva”, avalia ele, que, também neste mês, foi recebido no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Leonardo aproveitou a ocasião para visitar o pediatra que cuidou dele assim que nasceu, o médico Paulo Roberto Margotto.”Fui pediatra dele no dia 12 de novembro. Em 1987, faz 35 anos. Eu fico muito feliz em ver cada um deles bem saudável. Sempre falo que cada bebê que eu ajudo pode ser um presidente ou governador. Ele, no caso, virou herói”, brinca o especialista, surpreso pela visita. O voluntário Leonardo Muylaert com o médico Paulo Roberto Margotto, pediatra que cuidou dele assim que nasceu Maysa Brito, 24 anos, recebeu, emocionada, o voluntário na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. A mãe teve seu primeiro filho há 13 dias, o pequeno Noah Brito, que apresentou um quadro de epilepsia nas primeiras horas de vida. “Traz um pouco de leveza para um momento tão difícil. É muito bom quebrar um pouco essa rotina hospitalar”, conta, ao receber uma capinha de super-herói para o recém-nascido. Passageiro surpresa Geane Silva Brito estava viajando da Bahia até o Mato Grosso quando sua bolsa estourou na altura da cidade de Formosa (GO), no entorno do Distrito Federal. Preocupado, o motorista de ônibus deixou a mãe no Hmib. A pequena Elizabeth Silva nasceu há quatro dias, prematura, com apenas sete meses, e apresentou dois dedinhos do pé esquerdo grudados, condição conhecida como sindactilia. Betinha, como é carinhosamente chamada pela família, aguarda o tratamento e ganhou a capa vermelha de super-heroína nesta manhã. A mãe, emocionada, só conseguiu agradecer a visita e avaliou como um sinal de esperança. “Ela é forte. Eu tive muita sorte em ser atendida em um hospital tão bom, com especialistas que vão realmente ajudar minha filha. A equipe me deu toda segurança e apoio durante esse processo. Creio que ela vai melhorar logo”, diz. Referência internacional Inaugurado em 1966, o Hmib conta com serviços de neonatologia, UTI Neonatal, serviço multidisciplinar de medicina fetal, Banco de Leite Humano e Centro de Reprodução Humana, que disponibiliza, inclusive, técnicas de reprodução assistida. Além disso, a unidade hospitalar é referência no atendimento cirúrgico pediátrico, tanto ambulatorial como de urgência, e em cirurgia pediátrica neonatal. Também se destaca no atendimento da prematuridade extrema, malformação neonatal, cardiopatia neonatal e recém-nascidos com necessidade de intervenção cirúrgica imediata. O centro médico ainda possui programas de residência médica para especialização nas áreas de pediatria, alergia e imunologia pediátrica, infectologia pediátrica, medicina intensiva pediátrica, neonatologia, cirurgia pediátrica, obstetrícia e ginecologia, medicina fetal e reprodução humana, assim como residência de enfermagem nas especialidades de neonatologia, obstetrícia e pediatria.  

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Cinema ajuda a acalmar crianças que aguardam atendimento no HCB

Ir ao hospital, normalmente, não é uma das melhores experiências, sobretudo quando os pacientes são crianças. Mas esse sentimento foi amenizado no Hospital da Criança de Brasília (HCB) com uma nova iniciativa proposta pela administração: o Cineminha do HCB. Enquanto aguardavam por atendimento no hospital, na manhã desta quinta-feira (13), as crianças puderam desfrutar de um espaço para assistir a desenhos educativos e interagir com a equipe brasiliense responsável pela criação do desenho exibido. Após a exibição do desenho animado, as crianças conversaram com o autor, o designer Nestablo Ramos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O filme em cartaz era Aventuras na Hidrosfera, desenho animado de caráter pedagógico sobre biologia e educação ambiental. Ao final da exibição, a criançada pôde interagir e participar de outras atividades diretamente com os dubladores da obra. “Quando eu era criança, gostava de biologia, mas não conseguia entender os termos que eram ensinados. Então, quis trazer isso para as minhas ações de hoje. Trouxemos a ciência, que às vezes é um tema complicado, e traduzimos para o formato de desenho animado, em uma linguagem mais simples”, explicou o designer e criador da obra, Nestablo Ramos. “É muito importante ter esse espaço aqui. Hospital naturalmente é um ambiente muito pesado e a iniciativa trouxe leveza por meio dos profissionais e das crianças brincando”, diz Isleila Vieira, mãe de Sophia Camila Vieira A pequena Valentina Araújo, 7 anos, assistia à exibição enquanto aguardava a consulta com médico. “Eu gostei, foi muito legal. Aprendi sobre o tubarão-branco. Espero voltar outras vezes”, compartilhou. A mãe, Bruna Liberato, 24 anos, emocionou-se ao ver a apreensão da filha, por estar em um hospital, transformando-se em um momento de lazer. “Para nós que somos mães é muito difícil lidar com toda essa rotina de hospital. Quando fazem esses projetos, para inserir a criança e deixá-la mais à vontade, sem dúvida faz toda a diferença”, compartilhou a enfermeira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Assim que saiu da sessão, Sophia Camila Magalhães, 7 anos, quis compartilhar o que aprendeu com o desenho: “Aprendi que a gente tem que tomar muito cuidado com os tubarões”. Para a mãe de Sophia, Isleila Vieira, 42 anos, a distração ajuda enquanto se aguarda o atendimento médico. “É muito importante ter esse espaço aqui. Hospital naturalmente é um ambiente muito pesado e a iniciativa trouxe leveza por meio dos profissionais e das crianças brincando. O projeto está aprovado. O tempo para aguardar a consulta passa rapidinho desse jeito”, pontuou a dona de casa. De acordo com a gestora e bióloga no HCB, Valdenize Tiziani, a expectativa é manter uma programação para dar continuidade ao projeto. “A ideia é a gente continuar com esse projeto, que é um anseio antigo da administração, que a gente promova mais oportunidades de educação para a saúde”, defendeu.

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Videochamadas ajudam crianças com doenças respiratórias graves

A Secretaria de Saúde (SES) não para de implementar novas estratégias de enfrentamento das doenças respiratórias em crianças. Nesse trabalho, a tecnologia tem sido uma grande aliada. O Hospital da Região Leste (HRL), localizado no Paranoá, em parceria com o Hospital da Criança de Brasília (HCB), passou a realizar mentorias, por meio de chamadas de vídeo, entre médicos intensivistas da unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica e os profissionais de plantão na emergência e no pronto-socorro. Os médicos podem interagir ao vivo, observar os pacientes, passar orientações e participar das decisões durante o tratamento, como uso de medicamentos e ventilação | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde No Programa de Mentoria para o Paciente Pediátrico Crítico (PMPPC), quatro profissionais intensivistas da UTI pediátrica do HCB – que estão gestantes e não podem atuar em áreas de maior risco – trabalham em um ambiente separado. De longe, participam de reuniões regulares com os colegas de plantão na emergência do HRL e auxiliam na avaliação clínica, no acompanhamento e no cuidado dos pacientes. As equipes são compostas por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O cuidado remoto é possível graças ao uso de “carts de telemedicina”, computadores com suporte, câmera e microfone próprios para a atividade. Com o equipamento, os médicos têm acesso aos prontuários e podem interagir ao vivo, observar os pacientes, passar orientações e participar das decisões durante o tratamento, como uso de medicamentos e ventilação nos pacientes. Desenvolvido pelo médico Deivson Mundim, plantonista no HRL, o programa foi apresentado à secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A ação agrega aos esforços da SES no enfrentamento do aumento das ocorrências do vírus sincicial respiratório (VSR) neste ano. O cuidado remoto é possível graças ao uso de “carts de telemedicina”, computadores com suporte, câmera e microfone próprios para a atividade | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “É um programa pensado para aplicar ensino e capacitação ao dia a dia dos profissionais da saúde. A ideia é desenvolver as habilidades técnicas de maneira prática, com a orientação de médicos com maior experiência na terapia intensiva, enquanto garantimos mais eficácia no atendimento”, explica Deivson. [Olho texto=”“Tem sido uma experiência muito exitosa e, certamente, poderemos usar como modelo para outras iniciativas de apoio à rede pública de saúde, unindo a tecnologia e o conhecimento dos especialistas extremamente capacitados do DF”” assinatura=”Valdenize Tiziani, superintendente executiva do HCB” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O especialista afirma que, com o aumento de casos de alta complexidade pediátrica nos prontos-socorros, o PMPPC foi desenhado para otimizar o cuidado integral às crianças com sintomas graves de doenças respiratórias, oferecendo tratamentos avançados antes mesmo que os pacientes cheguem às UTIs. O HRL atende cerca de 327 mil pacientes do Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e São Sebastião. Entre janeiro e março deste ano, o hospital realizou quase 4 mil atendimentos de emergência pediátrica. A maioria relacionada à grande propagação do VSR, rinovírus humano (RVH) e influenza. A superintendente-executiva do HCB, Valdenize Tiziani, destaca que, atualmente, a unidade soma o maior número de leitos de UTI pediátrica no DF, com equipes completas formadas por profissionais intensivistas. O fato permitiu ao hospital disponibilizar o suporte das médicas gestantes na parceria com o HRL. “Tem sido uma experiência muito exitosa e, certamente, poderemos usar como modelo para outras iniciativas de apoio à rede pública de saúde, unindo a tecnologia e o conhecimento dos especialistas extremamente capacitados do DF”, ressalta Valdenize. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Ações continuadas Nos últimos meses, a SES instituiu o Centro de Operações de Emergências Pediátricas (Coep), uma força-tarefa para ampliar o cuidado pediátrico e suprir a alta demanda ocasionada pelas doenças sazonais. Essas doenças têm grande propagação entre os meses de março e junho, e atingem majoritariamente as crianças, principalmente até 2 anos de idade, cujo sistema imunológico é menos fortalecido. Para enfrentar a alta demanda, a SES também realizou ampliação de leitos em UTIs e de enfermarias pediátricas, estendeu o horário e os dias de atendimento de algumas unidades básicas de saúde (UBSs), implementou a rota rápida em hospitais (transporte de pacientes entre hospitais e UBSs), capacitou profissionais de saúde e antecipou a campanha de vacinação contra a gripe para crianças do grupo prioritário. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Congresso apresenta uso de tecnologias no tratamento de crianças

O uso de recursos tecnológicos aplicados ao atendimento pediátrico marcou o quarto dia do Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde. Os participantes da mesa-redonda Tecnologias e a Cura compartilharam, nesta quinta-feira (27), experiências vividas nas instituições onde atuam. O médico Jorge Bezerra, do Cincinatti Children’s Hospital Medical Center (Ohio, EUA), iniciou a programação vespertina com uma palestra sobre organoides humanos em sistemas modelo. O especialista explicou que os organoides – espécie de minitecidos humanos obtidos de forma laboratorial – “podem ser usados para estudar doenças complexas, medir a toxicidade do tratamento e fazer uma medicina individualizada”. Durante o congresso, foram apresentadas as tecnologias de ponta usadas pelo Hospital da Criança de Brasília, que faz exames de diagnóstico de leucemia em nível molecular | Foto: Renato Alves/Agência Brasília O médico Roque Carmona apresentou as iniciativas do Hospital Sant Joan de Déu, de Barcelona, no tratamento da diabetes tipo 1. Acompanhando mais de 700 crianças e adolescentes com a doença, o hospital espanhol criou uma plataforma para monitorar os dados dos pacientes. O algoritmo orienta a equipe quanto à conduta que precisa ser adotada para cada criança, indicando quais precisam ser atendidas a distância e quais precisam de uma consulta emergencial. Carmona explicou que a implementação da plataforma exigiu bastante, tanto da equipe clínica quanto do setor de tecnologia da informação, mas que os resultados foram positivos: “Reduzimos os custos médicos, o número de consultas ao vivo e as visitas à emergência”. [Olho texto=”Exames tradicionalmente vistos em escala de cinza, por exemplo, podem ser beneficiados pela inteligência artificial para que os resultados, ao se tornarem coloridos, facilitem a identificação de lesões” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também do Hospital Sant Joan de Déu, o radiologista Josep Munuera falou sobre como “as imagens são um componente chave na medicina personalizada”. Ele apresentou o trabalho do hospital espanhol na criação de um banco de imagens médicas que permite a análise quantitativa de dados, trazendo impacto positivo para os tratamentos. Munuera explicou como as novas tecnologias podem ajudar os profissionais de saúde: exames tradicionalmente vistos em escala de cinza, por exemplo, podem ser beneficiados pela inteligência artificial para que os resultados, ao se tornarem coloridos, facilitem a identificação de lesões. As experiências do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) também foram apresentadas. O biólogo Ricardo Camargo, supervisor do Laboratório de Pesquisa Translacional do HCB, expôs casos clínicos e falou sobre as tecnologias de ponta usadas pelo hospital, que faz exames de diagnóstico de leucemia em nível molecular. Ele explicou que o HCB caminha para a medicina de precisão, buscando novas metodologias. “Rumo ao sequenciamento de genes de nova geração, buscamos para nosso laboratório de pesquisa métodos que permitem fluidez”, afirmou. A modernização não implica, porém, abandonar métodos anteriores, explicou: “Cariótipo e PCR ainda são utilizados. Utilizamos essas metodologias que são mais tradicionais e acessíveis e ainda resolvem bastante coisa”. Jac Fressato contou como a experiência com questões de saúde da própria filha o inspirou a criar a robô Laura, primeira plataforma de inteligência artificial gerenciadora de risco do mundo | Foto: Divulgação/HCB A oncologista do HCB Simone Franco apresentou o histórico dos transplantes de medula óssea realizados pelo hospital: de 2019 a 2022, foram 56 transplantes com medula retirada da própria criança. Em 2022, ano em que o hospital iniciou os transplantes com medula de doador, foram realizados 19 transplantes em que a doação foi feita por parentes do paciente. Durante a mesa-redonda, a imunologista do HCB Fabíola Scancetti ressaltou a trajetória da equipe – que, além do tratamento individualizado, tem grande dedicação ao ensino e à pesquisa – e destacou que os profissionais envolvidos no atendimento configuram “tecnologias poderosas” a serviço das crianças. “Quando associamos o cuidado central no paciente com a atenção interdisciplinar, temos uma receita para o sucesso”, disse. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A médica Irene Kazue Miura, do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, abordou os desafios no cuidado de crianças submetidas a transplantes hepáticos. Com casos clínicos e estatísticas, ela explicitou intercorrências pelas quais os pacientes podem passar. “A cirurgia, em si, é a ponta do iceberg. Tem uma gama de complicações que podem acontecer”, alertou. Composta principalmente por médicos, a mesa-redonda teve ainda uma abordagem da tecnologia sob o ponto de vista de um usuário dos serviços de saúde. Jac Fressato, fundador do Instituto Laura, contou como a experiência com questões de saúde da própria filha o inspirou a criar a robô Laura, primeira plataforma de inteligência artificial gerenciadora de risco do mundo. “Decidi pegar o conhecimento que eu tinha das artes de informática e de processos e entender como revisitar processos tradicionais para reduzir a fila dos que não precisam da atenção de alta complexidade”, relatou. Com esse ponto de partida, ele aliou a inteligência artificial à escala de risco de diferentes hospitais, criando um algoritmo que chama a atenção para pacientes que estejam entrando na curva de risco. *Com informações do HCB  

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Pacientes sentem dores conforme cultura e etnia

Tratamento de dores e comunicação alinhada com o paciente pediátrico foi um dos temas trazidos pelo Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde, no seu terceiro dia (26). A palestra envolveu reflexões das dimensões não verbais do cuidado com as crianças e considerações da multidimensionalidade da dor total durante o tratamento de doenças. [Olho texto=”Crianças de diferentes lugares do mundo podem perceber e expressar a intensidade de uma dor de formas distintas. Pacientes com influências étnicas de países com baixo desenvolvimento econômico, em situação de carência, tendem a ser mais tolerantes a dores, e deixar de expressá-las, apesar de senti-las. Isso por uma característica cultural de passar por determinados sofrimentos e não os externalizar, caso não estejam no seu limite extremo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O médico Marcos André Nogueira, especialista em dor do Hospital da Criança de Brasília (HCB), tocou sua apresentação no auditório da CICCS com o caráter multifacetário das dores que afetam os pacientes. Ele explica que elementos externos colocam a criança em uma sensibilidade mais aguçada da dor. Questões sociais, familiares e até mesmo espirituais – considerando crenças – podem afetar aquele indivíduo durante o tratamento. Nogueira deu exemplos das questões que podem afetar o paciente, como o bullying, instabilidade familiar, inseguranças alimentares e financeiras e, no caso de crianças que vivem em países com risco de guerras, o temor das questões bélicas. Tudo isso, concluiu o médico, “resulta na dor total enfrentada pela criança, demonstrando que vai além da dor física causada pela doença”. A professora da USP Maria Júlia Paes da Silva participou da palestra e afirmou que “é preciso alinhar o toque instrumental ao toque afetivo. Ser capaz de alinhar a dimensão verbal da não verbal é fundamental” | Foto: Divulgação/HCB Considerando o fato de o Brasil ser um foco de imigrantes de outros países e de, por isso, atender essas pessoas também em seu sistema de saúde, o médico trouxe nesta conferência um olhar multicultural, pautando que existem diferentes escalas de dor para cada população. Ele afirma que crianças de diferentes lugares do mundo podem perceber e expressar a intensidade de uma dor de formas distintas. O médico explicou que pacientes com influências étnicas de países com baixo desenvolvimento econômico, em situação de carência, tendem a ser mais tolerantes a dores, e a deixar de expressá-las, apesar de senti-las. Isso por uma característica cultural de passar por determinados sofrimentos e não os externalizar, caso não estejam no seu limite extremo. O médico explica que é necessário haver um carinho, e até mesmo tato, para lidar com esses pacientes que, em alguns casos, mesmo não estando em condições graves de saúde, são complexos de tratar no âmbito da dor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além disso, o especialista trouxe terapias integrativas como uma alternativa ao uso farmacológico, a exemplo da fisioterapia, no lugar de analgésicos, terapia ocupacional em substituição a anti-inflamatórios, psicoterapia em vez dos opioides, entre outros. Maria Júlia Paes da Silva, professora da USP, contribuiu com o tema Comunicação tem remédio, como conciliar disciplina e afetividade no ambiente de saúde. A pesquisadora explica: “é preciso alinhar o toque instrumental ao toque afetivo. Ser capaz de alinhar a dimensão verbal da não verbal é fundamental”. Afim de melhorar o ambiente com uma abordagem leve e trazer o que há de melhor no atendimento, Paes afirma a importância também da linguagem não verbal, das expressões faciais e do corpo ao lidar e dialogar com as crianças e familiares. Tudo isso, em busca de uma maior consideração do paciente, levando em conta uma perspectiva humanizada de atendimento. *Com informações do HCB

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Hmib disponibiliza transporte a pacientes de baixo risco até UBSs

O período de sazonalidade de doenças respiratórias começou em março e a previsão é que se estenda até junho. Para lidar com o aumento da demanda, a Secretaria de Saúde (SES) traçou táticas de enfrentamento às síndromes virais que afetam, principalmente, as crianças e os jovens. [Olho texto=”“Esse movimento faz parte da estratégia para lidar com o aumento de demandas por conta de doenças respiratórias da infância. O intuito é otimizar a mão de obra da atenção secundária do hospital, que é uma referência no atendimento de emergências pediátricas de alta complexidade”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Como parte do plano, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) fornecerá transporte a pacientes classificados como azul ou verde (baixo risco) até as unidades básicas de saúde (UBSs). “Esse movimento faz parte da estratégia para lidar com o aumento de demandas por conta de doenças respiratórias da infância. O intuito é otimizar a mão de obra da atenção secundária do hospital, que é uma referência no atendimento de emergências pediátricas de alta complexidade”, explica a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Hospital Materno Infantil de Brasília fornece transporte a pacientes classificados como azul ou verde (baixo risco) até as UBSs | Foto: Bruna Matos Segundo a diretora do Hmib, Marina Araújo, com a alta demanda, é preciso descongestionar o pronto-socorro: “Por isso, estamos priorizando casos considerados mais graves, como os níveis amarelo, laranja e vermelho”. As UBSs são previamente comunicadas sobre a transferência e estão preparadas e equipadas para acolher os novos pacientes de baixo risco. Todos, de acordo com a diretora, serão transportados em segurança, atendendo às normas sanitárias. O atendimento também será assegurado. Neste mês, 700 servidores das UBSs passaram por um treinamento a fim de dilatar a capacidade de atendimento às doenças respiratórias. O foco foi aumentar o índice de resolução de casos na própria atenção primária, bem como garantir a capacidade de identificação dos pacientes a serem encaminhados ao atendimento especializado. O transporte aos pacientes de baixo risco do Hmib foi cedido pelo Grupo de Educação para o Trânsito (Getran), após negociação com a Diretoria Regional de Atenção Primária à Saúde (Diraps Central) da SES. Ampliação Cerca de 14 leitos de internação pediátrica foram criados no Hmib para enfrentar a sazonalidade. Além disso, um segundo ponto de classificação de risco foi estabelecido, a fim de proporcionar mais agilidade no atendimento. “É um trabalho em conjunto. A SES está mobilizada para que possamos enfrentar este momento. Os profissionais de saúde estão fazendo um excelente trabalho na linha de frente”, avalia a médica Marina. Além do Hmib, a SES também abriu cinco leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), dez no Hospital da Criança de Brasília (HCB) e cinco no Instituto Hospital de Base (IHBDF). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na esteira, foram criados ainda quatro novos leitos de enfermaria pediátrica, após revitalização do espaço, no Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, três no Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) e dois no HRT. Este último estima a abertura de mais nove leitos de enfermaria pediátrica, em fase de adequação. Também há previsão de abertura de mais leitos no HRL e no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Atualmente, são 91 leitos de UTI pediátrica e 221 leitos de enfermaria pediátrica disponíveis na rede pública de saúde do Distrito Federal. Todos equipados e com equipes especializadas de alta performance, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, além do suporte nutricional, psicológico e de serviço social. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Supercopa do Brasil terá participação de crianças atendidas pelo HCB

Em jogo que promete ser emocionante, o atual campeão brasileiro, Palmeiras, encara o vencedor da Copa do Brasil, Flamengo, na partida das 16h deste sábado (28), pelo título da Supercopa do Brasil. Mas a festa começa muito antes do apito inicial. Vinte e duas crianças que fazem tratamento oncológico pelo Hospital da Criança de Brasília (HCB) entrarão no campo do Arena BRB Mané Garrincha com os jogadores das equipes. Jogo deste sábado no Mané Garrincha promete uma abertura emocionante, com a participação das crianças atendidas pelo HCB | Foto: André Borges A iniciativa partiu da Chefia de Políticas Sociais do GDF, que articulou, em parceria com a Arena BRB Mané Garrincha e a direção do HCB, uma experiência esportiva inesquecível para esse grupo de crianças.  “Para nós é muito gratificante poder proporcionar esse momento”, comemora a chefe de Políticas Sociais, Talita Mattosinhos. “Nós já tínhamos uma aproximação muito boa com o HCB por meio da madrinha do hospital, Mayara Noronha Rocha, e não pensamos duas vezes antes de tornar esse sonho possível.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Tributo a Pelé As crianças vão para o estádio acompanhadas da equipe de trabalho do hospital uma hora antes do início da partida, para serem recepcionadas em um dos camarotes da arena. Antes do jogo, elas vão se encontrar com os presidentes dos dois clubes e com o diretor-executivo da Arena, Richard Dubois. Entrarão em campo vestindo uma camisa da campanha da CBF em tributo a Pelé, falecido em dezembro do ano passado. HCB atende um público de até 18 anos diagnosticado com câncer | Foto: Tony Winston/Agência Saúde “Existe toda uma preocupação nossa com a logística da ação por se tratar de crianças e de um jogo dessa magnitude, mas tudo vai ocorrer tranquilamente, e tenho certeza que será inesquecível”, assegura Talita Mattosinhos. “O Richard é um grande parceiro, e nós vamos buscar articular para que ações como essa se repitam mais vezes aqui na Arena.” O hospital O HCB, que elabora estudos e pesquisas de inovação de gestão em parceria com o GDF, trata pessoas de 29 dias de idade até os 18 anos em casos especializados de média e alta complexidade. Somente no ano passado, o hospital registrou mais de 6 milhões de atendimentos e 68 mil sessões de quimioterapia – tudo com um índice de avaliação de atendimento de usuários e familiares acima de 96%.    *Com informações da Chefia de Políticas Sociais

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No Dia do Nutricionista, conheça a rotina dos profissionais no GDF

Brasília, 31 de agosto de 2022 – Celebrada neste dia 31 de agosto, a profissão de nutricionista é relativamente nova no mercado. Começou a ganhar forma e força entre as duas guerras mundiais, entre 1914 e 1939. Ao perceber que soldados bem alimentados lutavam melhor, várias experiências foram realizadas nesse campo, dando origem aos primeiros trabalhos sobre o tema. No Brasil, o primeiro curso de nutrição surgiu, em 1939, na Universidade de São Paulo (USP) e, de lá para cá, a figura desse profissional da alimentação tem sido fundamental em escolas, hospitais e restaurantes comunitários do Distrito Federal. “É uma profissão muito importante, tem que estar atuando também nas políticas públicas”, observa a nutricionista Juliene de Jesus Moura Santos, responsável técnica pelo Programa de Alimentação Escolar do DF e gerente de Planejamento, Acompanhamento e Oferta da Alimentação Escolar. “Com esse profissional nas escolas, nosso programa de alimentação escolar fica mais rico e valorizado”, ressalta. É verdade. É devido à atuação dos nutricionistas que a merenda chega ao prato dos estudantes da rede de ensino do DF com qualidade e alto teor nutricional. Atualmente, existem 30 desses profissionais lotados nas 14 regionais de ensino. Eles são responsáveis por desde a licitação dos alimentos que serão comprados até à elaboração do cardápio da alimentação dos alunos. Atualmente, existem 30 nutricionistas lotados nas 14 regionais de ensino do DF | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Entre as opções estão arroz, carne moída e farofa de cebola em um dia; pão com ovo, cenoura ralada e pimentão e banana de sobremesa, e o grande sucesso entre os alunos: galinhada com abóbora cozida, salada de repolho roxo e pepino ralado. Tudo respeitando as diretrizes do programa de alimentação escolar, que tem que considerar ingredientes como regionalidade, sustentabilidade e vocação agrícola das regiões administrativas do DF. É importante que esses alimentos sejam 100% naturais, ou seja, nada de ultraprocessados. “A ideia é escolher alimentos regionais, que fazem parte da agricultura familiar, alimentos que sejam nutricionalmente adequados para as crianças, justamente porque queremos auxiliar no desenvolvimento desses estudantes”, explica Juliene. Outro papel importante desempenhado pelos nutricionistas da rede pública e que se encaixa perfeitamente dentro de outro eixo da Secretaria de Educação voltado para o tema da alimentação – o do Programa de Educação Alimentar e Nutricional – é o de incentivar a garotada a comer as merendas. Para tal, reuniões são realizadas entre professores, pais de alunos e nutricionistas, com o objetivo de ensinar os alunos a valorizarem o cardápio escolar. Mãe de dois alunos da rede pública, a professora Cláudia Almeida percebe a boa aceitação dos filhos em relação à alimentação nas escolas. “A variedade do cardápio, principalmente as refeições salgadas, é a predileção deles”, conta. “Eles são bem alimentados, em alguns lanches até questionam a quantidade, sempre querem repetir”, ri. Restaurantes comunitários As nutricionistas também marcam presença nos 14 restaurantes comunitários do DF. Isso só foi possível graças ao concurso público inédito aberto para a categoria pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). É o caso de Karen Cristina Moreno, uma das primeiras convocadas para o cargo e que cuida da alimentação do Restaurante Comunitário da Estrutural junto com outra profissional do ramo contratada pela empresa que fornece a alimentação ao espaço. “Somos as 30 primeiras nutricionistas concursadas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) para os restaurantes comunitários. Antes disso, ou eram comissionados ou terceirizados”, afirma. “A importância de ser nutricionista de um restaurante comunitário é justamente cuidar para que o serviço de alimentação para os usuários seja eficiente, que a gente consiga oferecer uma alimentação nutritiva e segura.” Assim como acontece na rede de ensino do DF, o cardápio dos restaurantes comunitários é definido após reuniões mensais entre os nutricionistas da empresa e do GDF, além de representantes da Sedes. E, assim como acontece com a merenda escolar, os alimentos dos restaurantes comunitários são escolhidos levando em consideração a característica de cada região administrativa. Karen Cristina Moreno é uma das 30 primeiras nutricionistas concursadas da Secretaria de Desenvolvimento Social convocadas para os restaurantes comunitários “Por isso é interessante ter um nutricionista para oferecer o alimento característico daquele local, porque isso garante que eles vão consumir os alimentos com os nutrientes necessários”, pondera. “Nós, da Sedes, fazemos a fiscalização desse trabalho, se o serviço está sendo realizado de forma correta, se os alimentos estão com qualidade no estoque, se estão servidos de forma adequada”, detalha. No café da manhã e no almoço, os alimentos dos restaurantes comunitários guardam uma característica única, comenta a nutricionista Karen Cristina: têm que ser bastante ricos em proteínas. O cardápio traz atrativos culinários como pão, bolo, biscoito de queijo, café com leite e frutas. No almoço, não podem faltar pratos como arroz, feijão, macarrão, carne e verduras. “São alimentos com bastante proteína, que vão oferecer as vitaminas e os minerais”, acrescenta. Confira o vídeo: Dietoterapia A presença de uma nutricionista na rede hospitalar é fundamental para garantir alimentação saudável para o restabelecimento de um paciente. Uma relação que começa desde o ambulatório, com as consultas, e vai se intensificando em casos de internação. É o que explica a chefe de nutrição do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Nádia Dias Gruezo, responsável pelo Núcleo de Alimentação e Nutrição da unidade. “A nutrição vai permear essas duas vertentes, orientando os pais que acompanham seus filhos para ter uma alimentação balanceada, adequada, saudável para que eles possam se restabelecer”, frisa a especialista que coleciona duas décadas de experiência no ramo. O planejamento do cardápio no Hospital da Criança de Brasília é feito com dieta balanceada, conforme a faixa etária de cada paciente, sempre obedecendo aos conceitos da dietoterapia O cuidado com a alimentação no HCB é exemplar e começa desde a chegada dos produtos ao local, que passam por rigoroso processo de seleção e armazenamento. Cada tipo de comida, por exemplo, é armazenado em refrigeradores específicos e, no caso de alimentos secos, eles são embalados em caixas.  Todo o estoque de comida ganha etiqueta de validade sinalizando o prazo de consumo. No preparo, o mesmo cuidado, dando atenção aos pratos individualizados, que respeitam a dieta de cada paciente, todos etiquetados de acordo com a prescrição médica. “Trata-se de um trabalho individualizado, realizado por nós da nutrição, obedecendo ao quadro de cada paciente”, informa Nádia. “São prescrições que saem lá da internação e, então, existe esse planejamento do cardápio, baseado nas necessidade de cada paciente”, diz. O planejamento do cardápio das crianças, com dieta balanceada, é realizado conforme a faixa etária de cada paciente, sempre obedecendo aos conceitos da dietoterapia, ou seja, uma das ramificações da ciência da nutrição que visa prevenir e tratar a enfermidade por meio da alimentação. “É cuidar da saúde por meio da alimentação”, resume Julyanna Marques, outra profissional da nutrição do HCB. “Assim, a criança recebe uma nutrição adequada e orientada com nutrientes voltados para o seu bem-estar, proporcionando realmente uma qualidade de vida”, destaca. Outra questão importante é o controle na análise da qualidade dos alimentos, com cada prato sendo provado antes de ir à boca de cada interno. “Temos uma equipe competente por trás, formada por técnicos em nutrição que degustam todos os alimentos que os pacientes recebem na ponta”, revela a chefe de nutrição, Nádia Gruezo. Pai do pequeno Christopher, o carpinteiro Weverton Oliveira, 30 anos, rasga elogios à comida do HCB e à equipe de nutrição da unidade hospitalar. “A comida aqui é muito boa, não tem nem como dizer que ele não gosta. E o pequeno se alimenta direitinho”, elogia. “Não tenho nada a reclamar do pessoal que é sempre ótimo e trata a gente superbem, sempre buscando achar o melhor para a criança, qual alimento adequado para ele comer”, agradece.

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