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Museu Nacional da República (MUN)

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Em dia emocionante, casais provam trajes para o Casamento Comunitário do dia 7 de dezembro

A semana começou com emoção redobrada para os 100 casais selecionados para a quarta edição de 2025 do Programa Casamento Comunitário, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF). Nesta segunda-feira (24), noivos e noivas viveram um dos momentos mais marcantes da preparação para o grande dia: a prova oficial dos trajes que usarão na cerimônia do próximo 7 de dezembro, às 17h, em um dos cartões-postais mais simbólicos de Brasília — o Museu Nacional da República. Logo no início da manhã, entre sorrisos, mãos trêmulas e olhos brilhando, a autônoma Raquel de Araújo, 21 anos, e o auxiliar de logística Samuel Laureano, 23 anos, traduziram a emoção compartilhada por tantos outros. Moradores do Riacho Fundo II, eles se conhecem desde a adolescência, mas o amor floresceu há dois anos. A chance de oficializar a união veio durante o GDF Mais Perto do Cidadão, quando encontraram o estande do Casamento Comunitário. “Nossa relação é perfeita, mas a oficialização ainda era um sonho distante devido aos custos e à burocracia. Hoje, depois da prova, me senti como uma princesa, uma noiva de verdade. Estou contando os dias para entrar na passarela e dizer ‘sim’”, contou Raquel, emocionada. Samuel, ao vestir o terno escolhido, mal conseguia falar: “Estou tremendo até agora. Sempre sonhei em casar de verdade e construir uma família linda. Sou muito grato por tudo o que está acontecendo.” "Hoje, depois da prova, me senti como uma princesa, uma noiva de verdade. Estou contando os dias para entrar na passarela e dizer ‘sim’”, contou Raquel de Araújo | Foto: Jhonatan Vieira/Ascom Sejus Vestidos, ternos e lágrimas: um dia de sonhos moldados com cuidado Durante toda a manhã e a tarde, os 100 casais passaram pela prova dos trajes. Para garantir privacidade e conforto, homens e mulheres foram atendidos em espaços separados, preparados especialmente para o momento. Centenas de modelos de vestidos, ternos, gravatas e acessórios — dos clássicos aos modernos — estavam disponíveis para representar o estilo e a história de cada casal. Quem precisou de ajustes recebeu atendimento imediato da equipe técnica da Sejus, que acompanhou cada etapa para assegurar que tudo esteja perfeito no grande dia. A dona de casa Tâmires de Melo, 27 anos, do Recanto das Emas, mal conteve a alegria ao encontrar “o vestido perfeito”. “Caiu como uma luva. Me senti uma princesa. É uma explosão de felicidade saber que é essa roupa que vou usar no dia mais especial da minha vida”, disse, com o sorriso de quem já vive a contagem regressiva. Próximos passos na jornada até o “sim” A preparação continua neste sábado (29), quando os casais participarão do ensaio oficial da cerimônia, das 8h30 às 11h, também no Museu Nacional da República. Eles receberão orientações detalhadas sobre entrada, posicionamento, dinâmica do desfile e o tão aguardado momento da troca de votos. A cerimônia do dia 7 de dezembro deve reunir mais de 5 mil convidados. A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, destaca a importância de cada etapa do programa. “O Casamento Comunitário é sobre sonhos, dignidade e a oportunidade de começar uma nova etapa da vida com beleza e segurança. Cada detalhe — do traje ao cerimonial — é pensado com muito carinho para que este seja o dia mais especial da vida de cada casal. Ver essa emoção de perto nos lembra por que o programa é tão transformador”, afirmou. “O Casamento Comunitário é sobre sonhos, dignidade e a oportunidade de começar uma nova etapa da vida com beleza e segurança. Cada detalhe — do traje ao cerimonial — é pensado com muito carinho para que este seja o dia mais especial da vida de cada casal. Ver essa emoção de perto nos lembra por que o programa é tão transformador” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania do DF Casamento Comunitário: amor, direitos e oportunidades A edição de dezembro será a quarta realizada em 2025. Somadas às três anteriores, 300 casais já oficializaram sua união neste ano, todos em cerimônias completas, gratuitas e planejadas nos mínimos detalhes. Criado em 2021, o programa já beneficiou mais de mil casais, garantindo não apenas a celebração simbólica, mas também direitos legais fundamentais, como: sucessão patrimonial; inclusão em programas sociais; acesso a pensão; e segurança jurídica — especialmente essencial para famílias em situação de vulnerabilidade. Ao longo das edições, a Sejus-DF estabeleceu uma estrutura que oferece tudo sem custo: vestidos, ternos, cabelo, maquiagem, chegada em carros da Uber Black, fotos profissionais, cerimonial completo, passarela exclusiva e decoração especial. Todo o processo é viabilizado graças a parcerias com instituições públicas e privadas, ampliando o alcance e o impacto do programa.   *Com informações da Sejus-DF

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Segundo dia do Festival Consciência Negra leva música, formação e empreendedorismo ao Museu Nacional

O Festival Consciência Negra 2025 apresenta uma programação variada na área externa do Museu Nacional da República nesta sexta-feira (21), segundo dia de atividades. Realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) em parceria com o Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade e com apoio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), o evento segue até sábado com shows, debates, gastronomia, feira afro e ações para todas as idades. Na quinta-feira (20), dia de abertura, o festival recebeu cerca de 50 mil pessoas nos dois palcos, na feira criativa, na praça de alimentação e nos espaços de convivência, consolidando-se como um dos principais encontros de celebração, formação e afirmação da identidade negra no Distrito Federal. Com o tema Raízes que Conectam o Futuro, o festival reúne, ao longo de três dias, música, artes visuais, moda, gastronomia, literatura, debates formativos, infância e empreendedorismo. A programação é gratuita mediante retirada de ingresso pelo Sympla e doação de 1 kg de alimento não perecível. O festival recebeu cerca de 50 mil pessoas nos dois palcos, na feira criativa, na praça de alimentação e nos espaços de convivência | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Primeiro dia lota área externa e marca abertura com shows e debates Na quinta-feira (20), primeiro dia do festival, o público ocupou todos os espaços montados no entorno do Museu Nacional. A roda de capoeira do Mestre Cobra e as atividades do Espaço Kids tiveram grande participação ao longo do dia, assim como a área expositiva. O Espaço da Beleza registrou filas contínuas para tranças e turbantes, reforçando a procura por estética e identidade negra. Na Tenda Muntu, o painel Mulheres Negras e a Educação que Liberta lotou o ambiente e reuniu estudantes e professores da rede pública em um debate sobre educação, raça e equidade. À noite, os palcos concentraram o público. O Palco Brasilidades abriu com o ritual do Afoxé Ogum Pá e seguiu com apresentações de Daniel Beira Rio, Cida Avelar, ballroom e Isa Marques. Na Arena Lydia Garcia, Laady Bi e Ju Moreno antecederam os shows de Ludmilla, que apresentou a inédita Dopamina, e Alexandre Pires, que encerrou cantando sucessos da carreira. A feira criativa e a praça gastronômica também registraram forte movimento durante todo o dia, reunindo empreendedores e culinária de matriz africana. Letramento racial em linguagem acessível: palestrante ganha destaque no segundo dia Um dos momentos mais densos da programação formativa desta sexta-feira (21) ocorreu na oficina Descomplicando o Letramento Racial, conduzida por Eric Marques Albernaz, pedagogo, professor há quase 14 anos e especialista em desenvolvimento e assistência social da Sejus-DF. Eric Albernaz: "A pessoa reproduz o racismo sem perceber, sem ter sido letrada. O trabalho é de acolhimento, diálogo e consciência” Com linguagem direta, ele defendeu que o debate sobre raça precisa sair dos círculos acadêmicos e alcançar a população de forma simples, acolhedora e objetiva. “A pessoa reproduz o racismo sem perceber, sem ter sido letrada. O trabalho é de acolhimento, diálogo e consciência”, afirmou. Eric reforçou que compreender a origem do racismo, e as estruturas que o mantêm, é o ponto de partida para transformações reais. Por isso, seus encontros começam do básico e avançam conforme a demanda do público, tocando em temas como identidade racial, formação da categoria “pardo”, erros em bancas de avaliação fenotípica e diferenciação entre preconceito individual e racismo estrutural. O pedagogo também destacou o papel do Estado, citando ações da Sejus-DF em comunidades e empresas. “Não é acusação, é acolhimento. As pessoas reproduzem porque não foram letradas. A ideia é criar espaço de diálogo para entender que vivemos em uma sociedade diversa, com maioria negra”, disse. Para ele, o festival ganha força por estar em um local acessível, próximo à Rodoviária do Plano Piloto. “O que me encanta é ver um evento desse porte ao lado da rodoviária. As pessoas chegam sem depender de transporte próprio. A estrutura está muito boa e o diálogo entre cultura, saúde e direitos humanos é essencial.” O professor também abordou a necessidade de ampliar políticas públicas e de aproximar o debate racial da “base”, onde ele observa maior resistência, não por rejeição ao tema, mas pela forma como ele costuma ser apresentado. “Grande parcela da população não tem acesso às discussões acadêmicas. Quando o debate chega numa bolha muito acima dela, afasta. A gente precisa simplificar a conversa, ouvir a base e trabalhar com linguagem acessível.” Ao final, Albernaz reforçou que a responsabilidade pela superação do racismo é coletiva, atravessa gênero, classe, território e saúde, e depende da continuidade de iniciativas públicas. “É responsabilidade de todo mundo. Eu acredito que estamos avançando, mas falta muita coisa. E é importante lembrar: estamos num tempo em que a gente pode fazer.” Feira afro impulsiona vendas e amplia visibilidade de empreendedores “O festival está maravilhoso, a movimentação ótima. Ontem tive uma renda muito boa e hoje as vendas também estão ótimas”, contou a empresária Laís Pereira Rodrigues A feira afro, com empreendedores de diferentes regiões do DF, registrou grande movimento durante o primeiro dia do evento e, segundo os expositores, a expectativa para o segundo dia é de ainda mais vendas. Expositora de acessórios femininos, Laís Pereira Rodrigues, criadora da marca Preta Abusada, comemorou o resultado. “O festival está maravilhoso, a movimentação ótima. Ontem tive uma renda muito boa e hoje as vendas também estão ótimas”, contou. Ela trabalha com acessórios em aço cirúrgico, semijoias e peças para diferentes públicos. “Gosto de atender a todas as mulheres, deixar todo mundo bonito. Acho que isso aqui deveria ser mais frequente. A gente tem que ser mais vista e ter oportunidade sempre.” Criadora da marca Negramê, especializada em macramê e bonecas de orixás, Miriam Martins também relatou vendas aquecidas, inclusive para turistas internacionais. “As vendas foram muito aquecidas, principalmente para a linha de vestuário autoral. Esse tipo de festival é o meu décimo terceiro do mês de novembro, é como se fosse o meu décimo terceiro salário”, comparou. Miriam defende que iniciativas assim sejam permanentes. “Nós somos pretos o ano inteiro. Não dá para depender só de novembro. A gente precisa de políticas públicas e espaço em Brasília para montar nossas tendas e girar a economia o ano todo.” Público destaca pertencimento, reparação e convivência Entre os visitantes desta sexta-feira, a psicóloga Naila Reis buscou livros infantis, produções de amigos e atividades ligadas à negritude. Ela reforçou o papel do festival como espaço de reflexão e convivência. “É importante pensar a nossa linguagem, rever ditos e frases que ainda preservam preconceitos. Encontros como esse fazem as pessoas se verem, se reconhecerem e pertencerem”, afirmou. Para Naila, o 20 de novembro precisa ser encarado como um marco de reparação histórica, e não apenas de celebração. “Que a gente tome o dia 20 como um dia realmente da consciência negra, um tempo de reparação. A dívida histórica é muito grande. O festival está belíssimo e bem estruturado.” Música toma conta da Arena Dona Lydia A programação musical desta sexta-feira se concentra na Arena Dona Lydia, com apresentações de Israel Paixão, Os Pacificadores, Uel, Timbalada e Mumuzinho ao longo da noite. A praça gastronômica Sabores do Quilombo funciona das 12h às 22h, e o público também acompanha oficinas no Espaço Kids, exposição Retratos e a feira afro durante todo o dia.[LEIA_TAMBEM]  Confira a programação desta sexta-feira (21): Exposição 12h–22h — Exposição Retratos Espaço Kids 14h–15h — Oficina Tambores de papel 15h–16h — Oficina de dança afro Gastronomia 12h–22h — Sabores do Quilombo Feira Afro 14h–22h — Feira Kitanda e convidados Tenda Muntu 14h30 — Descomplicando o Letramento Racial: O básico sobre raça que toda pessoa precisa saber – palestrante: Eric Marques 16h – Painel Estética Negra; Para Além do Look — Palestrantes: Victor Hugo Soulivier, juiz Fábio Esteves, Ruth Venceremos, Patrick Jhonnes, Marcus Oliveira e Arte Preta / Moderador: Wemmia Anita Shows (Arena Dona Lydia) 18h – Israel Paixão 19h10 – Os Pacificadores 20h30 – Uel 22h30 – Timbalada 00h30 – Mumuzinho Encerramento no sábado terá cortejo e grandes shows No sábado (22), o festival encerra a programação com cortejo do Grupo Cultural Obará, atividades para crianças, novos debates na Tenda Muntu e shows de Carol Nogueira, Dhi Ribeiro, Benzadeus, Carlinhos Brown, Psirico e Thiago Kallazans. Serviço: Festival Consciência Negra 2025 Museu Nacional da República Até sábado (22) Entrada gratuita, com retirada de ingressos pela plataforma Sympla Doação sugerida: 1 kg de alimento não perecível

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Alunos de Ceilândia criam monumentos para Brasília em oficina no Museu Nacional

Responder a uma pergunta com lápis, giz de cera e muita criatividade: “Qual seria o monumento da minha cidade?”. Essa foi a proposta feita pela artista visual Júlia dos Santos Baptista a 20 alunos do 4º ano da Escola Classe (EC) 01 de Ceilândia, durante uma oficina no Museu Nacional da República (MUN), nesta quarta-feira (29). “Esse projeto já acontece há mais de 25 anos em escolas das periferias de Brasília. Este ano, pela primeira vez, os trabalhos criados pelos alunos estão expostos aqui, no Museu Nacional, ao lado dos meus. Nas edições passadas, as apresentações eram nas escolas. Agora, os alunos participam como artistas também”, comemora Júlia. Durante a tarde, as crianças mergulharam na própria imaginação enquanto desenhavam os monumentos que faltam na cidade. O resultado da oficina foram obras de arte que agora integram a mostra Brasília: mensagens monumentais. “A inspiração vem da minha própria infância. Nasci no Núcleo Bandeirante e cresci na Ceilândia. Na minha época de estudante, via os monumentos, mas não me sentia exatamente pertencente à cidade. Por isso, hoje, como artista visual e educadora, sinto a necessidade de que as crianças tenham a oportunidade de compreender o patrimônio arquitetônico do Brasil e entender que é importante preservá-lo para as próximas gerações”, explica a artista. Além dos estudantes da Escola Classe 01 de Ceilândia, a exposição também reúne trabalhos dos alunos da Escola Classe 114 Sul e do Centro de Ensino Fundamental 02 da Cidade Estrutural | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Para a vice-diretora da escola, Keila Araújo, a experiência é uma oportunidade de aproximar as crianças da periferia do universo da arte e da cultura. “Muitas delas não conhecem espaços como esse, não têm costume de ir a museus, de ver obras artísticas, porque a comunidade é socialmente vulnerável e o acesso à cultura é limitado. Essa oficina mostra que crianças da Ceilândia podem, sim, se tornar artistas, escritores, ou alcançar o que desejarem. É uma oportunidade de perceber que há espaço para elas no mundo”, afirma a vice-diretora. Além dos estudantes da Escola Classe (EC) 01 de Ceilândia, a exposição também reúne trabalhos dos alunos da Escola Classe (EC) 114 sul e do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 02 da Cidade Estrutural. No total, são 12 grandes painéis, criados em colaboração com a artista, que oferecem um olhar coletivo sobre a cidade. Crianças criativas Aryela Silva, de 9 anos, criou um monumento inspirado no movimento Stop Bullying. Segundo ela, a obra é uma estátua com o boneco de fantoche Flopito, simbolizando a importância de combater o preconceito. “Nas escolas tem muito bullying, principalmente com as pessoas que têm o cabelo cacheado e são mais morenas. O boneco do Flopito significa que tem que parar o bullying. A ideia é que a gente possa refletir mais antes de falar alguma coisa ou antes da gente julgar as pessoas”, descreve a estudante. Aryela Silva, de 9 anos, criou um monumento ressaltando a importância de combater o bullying Kaleb Ribeiro, de 9 anos, desenhou um monumento inspirado na conscientização sobre o autismo. Ele explica que o objetivo é promover a inclusão. “Eu quis fazer uma homenagem ao meu amigo. Desenhei o cordão dos autistas pra mostrar que todos podem participar das brincadeiras. Ele é meu vizinho e, às vezes, quando a gente está brincando querem tirar ele das brincadeiras”, relata o aluno. Kaleb Ribeiro fez um monumento inspirado na conscientização sobre o autismo Já Victor Lima, de 10 anos, fez uma releitura do Memorial JK. “O que mais chamou a minha atenção foi o monumento do Juscelino Kubitschek. Então, eu fiz o monumento das crianças. O meu desenho é parecido com o monumento do Juscelino, mas coloquei uma criança no topo”, disse o participante. Victor Lima desenhou uma releitura do Memorial JK A mostra pode ser visitada gratuitamente na galeria 3 do Museu Nacional da República, até o dia 23 de novembro.  

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Alunos de escolas públicas visitam seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo

Estudantes de escolas públicas do Distrito Federal (DF) tiveram uma aula um pouco diferente nesta quarta-feira (19). Fora dos colégios, os jovens puderam conhecer a seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, no Museu Nacional da República (MUN). Os meninos que visitaram a exposição vieram do Centro Educacional São Francisco e do Centro de Ensino Fundamental Nova Betânia, ambos de São Sebastião. Alunos de escolas públicas de São Sebastião conheceram, no Museu Nacional da República, a seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo, que fica em cartaz até 25 de agosto, com entrada gratuita | | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “É raro a gente conseguir sair do nosso colégio, porque não temos todos esses passeios por estarmos em uma área rural. Está sendo muito divertido principalmente porque muda um pouco da nossa rotina”, falou a jovem Isabelle Prima, 12, aluna do sétimo ano do Centro de Ensino Fundamental Nova Betânia. A mostra estará em exibição em Brasília até 25 de agosto, com entrada gratuita, e faz parte do programa itinerante, que alcança 14 cidades em 2024, sendo três no exterior. De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, trazer a Bienal de São Paulo para Brasília estimula o consumo cultural entre os brasilienses e os que visitam a capital federal. “A obra que eu mais gostei foi a que precisa colocar um fone de ouvido, porque tem imagem e uma música bacana de se ouvir”, avaliou Fábio Daniel Rezende, de 12 anos “A exposição é extremamente importante. Ela veio a Brasília por meio de uma parceria da Secec [Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF]  com a Fundação Bienal de São Paulo e é simplesmente uma mostra da maior exposição de arte do país. Ficará no museu até agosto, viabilizando o acesso à arte de extrema qualidade e de forma gratuita. Levar esta exposição até os nossos alunos é mais uma das ações que temos para difundir verdadeiramente a cultura e fazê-la chegar a todos”, afirmou. Empolgação Para quem mora e estuda longe do perímetro urbano, foi motivo de muita empolgação poder visitar um dos pontos mais icônicos de Brasília e conhecer uma exposição vinda diretamente de São Paulo, como é o caso dos alunos do sétimo ano do Núcleo Rural Nova Betânia, em São Sebastião. Sophya Lopes: “É interessante a gente sair da escola e conhecer um local novo, diferente do que estamos acostumados” “Eu nunca tinha vindo aqui no museu. Estou achando uma experiência muito legal, tem umas artes bonitas, com uns traços interessantes. A obra que eu mais gostei foi a que precisa colocar um fone de ouvido, porque tem imagem e uma música bacana de se ouvir”, avaliou Fábio Daniel Rezende, de 12 anos. Já a colega de turma Sophya Lopes, 12, disse que ficou animada quando soube que a aula do dia seria em um outro local fora da escola: “Eu estava muito empolgada para vir ver as artes. É interessante a gente sair da escola e conhecer um local novo, diferente do que estamos acostumados. Os desenhos que vi são muito bonitos também”, concluiu a aluna Exposição A capital federal está sediando a sexta exposição realizada fora do Pavilhão da Bienal de São Paulo no Ibirapuera, que conta com 13 participações artísticas. Com um tema que propôs trabalhar a tensão nos espaços entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, o real e o imaginário, a 35ª Bienal reuniu 1.100 obras de 121 artistas. A versão que chega a Brasília retoma a temática desenvolvida pelos curadores na mostra principal. Para conferir a mostra, o MUN está aberto para visitação de terça a domingo, das 9h às 18h30.

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Brasília recebe seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) e a Fundação Bienal de São Paulo realizaram, nesta quinta-feira (13), a abertura de uma seleção especial da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, no Museu Nacional da República (MUN). A exposição faz parte do programa de mostras itinerantes, que alcança 14 cidades em 2024, sendo três no exterior. Mostra itinerante da 35ª Bienal de São Paulo em Brasília é uma tentativa de levar as artes visuais para públicos cada vez mais amplos | Foto: Jéssica Farias/Secec No evento, o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, destacou a escolha do MUN para receber a exposição: “É um museu diferente de tudo que há no Brasil. Não existe nenhuma experiência semelhante, tanto pela arquitetura na parte externa quanto interna. E o MUN foi colocado aqui por um motivo: quem planejou essa cidade pensou que a arte deveria ter a mesma relevância de um ministério”. A presidente da Fundação Bienal, Andrea Pinheiro, apontou que a passagem da itinerância por Brasília é uma tentativa de levar as artes visuais para públicos cada vez mais amplos. “Vemos as itinerâncias como um potencializador do diálogo entre vários campos de pensamento. Ao superar barreiras geográficas, como a da cidade de São Paulo, criamos oportunidades para que mais pessoas possam experimentar e participar do cenário artístico contemporâneo, fortalecendo a sociedade e as instituições culturais no Brasil e no mundo”, disse. “Nós recebemos, pela última vez, a Bienal em 2018, e estamos muito felizes de poder trazê-la novamente. Esperamos estabelecer um vínculo para que essa exposição possa estar aqui a cada dois anos”, afirm0u o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes. Da esquerda para a direita: Irina Cypel e Antônio Lessa, da Fundação Bienal; o secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes; a curadora da exposição, Diane Lima; o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, e a coordenadora de Museus da Secec, Mirella Ximenes, na abertura da 35ª Bienal de São Paulo em Brasília | Foto: Amanda Lima/Secec Finalizando a abertura, a curadora da exposição, Diane Lima, afirmou que o título dado à 35ª edição — coreografias do impossível — remete à escolha da equipe curatorial: “A própria curadoria da 35ª Bienal é uma coreografia do impossível. O modo como nos relacionamos nos ajudou a compreender os limites da ideia de justiça social que a exposição mobiliza e a abrir caminhos de liberação para escapar das armadilhas da representação de modo a desenvolver uma Bienal que seja tão poética quanto política. Isso é o que pode ser visto na itinerância de Brasília”. A exposição A capital federal está sediando a sexta exposição realizada fora do Pavilhão da Bienal de São Paulo no Ibirapuera, que conta com 13 participações artísticas. Com um tema que propôs trabalhar a tensão nos espaços entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, o real e o imaginário, a 35ª Bienal reuniu 1.100 obras de 121 artistas. A versão que chega a Brasília retoma a temática desenvolvida pelos curadores na mostra principal. As atividades incluem visitas mediadas e temáticas no Museu Nacional da República nesta sexta (14), às 15h, e sábado (15), às 10h. 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível → Local: Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul, Lote 2) → Horário: de terça a domingo, das 9h às 18h30 → Entrada gratuita. *Com informações da Secec  

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Programa social do GDF forma 1.017 jovens em cursos profissionalizantes

O Museu Nacional da República foi o palco da festa de formatura de 1.017 jovens que participaram de cursos e oficinas de capacitação profissional, cultural e esportiva realizadas nas três unidades dos Centros de Juventude do Distrito Federal. A cerimônia realizada na noite de quarta-feira (12) contou com a presença da governadora em exercício Celina Leão. “Quero deixar um recado para os formandos: muitas vezes a gente pensa que é só um curso, mas temos muitas histórias de pessoas que conquistaram graduação, emprego e casa própria assim, só porque tiveram uma oportunidade como essa”, afirmou. “Não parem de buscar qualificação, que nosso governo não vai medir esforços e investimento na juventude do Distrito Federal”, frisou a governadora em exercício. A governadora em exercício Celina Leão participou da formatura dos alunos das 64 turmas dos Centros de Juventude realizadas entre julho de 2022 e julho deste ano nas unidades de Ceilândia, Estrutural e Samambaia Norte | Fotos: George Gianni/VGDF Os jovens concluíram os seguintes cursos: assistente administrativo com ênfase em recursos humanos, massoterapia, cuidador de idoso, muay thai, karatê, preparação para o mercado de trabalho, culinária, teatro, violão e breakdance. Os formandos integraram as 64 turmas realizadas entre julho de 2022 e julho de 2023 nas regionais de Ceilândia, Estrutural e Samambaia Norte. [Olho texto=”“Quero deixar um recado para os formandos: muitas vezes a gente pensa que é só um curso, mas temos muitas histórias de pessoas que conquistaram graduação, emprego e casa própria assim, só porque tiveram uma oportunidade como essa”” assinatura=”Celina Leão, governadora em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”] O projeto é uma iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Família e Juventude (SEFJ), em parceria com a IECAP Agência de Transformação Social. Além dos cursos e oficinas, o espaço também oferece acolhimento e orientação psicossocial para jovens e familiares. Só no último ano foram 750 atendimentos. “Vamos trabalhar para que mais pessoas sejam impactadas. Nosso empenho é cada vez mais tornar os CJs na casa do jovem brasiliense, onde ele encontre apoio necessário para realizar os seus sonhos. Meu agradecimento especial a este governo que acredita no potencial dos Centros de Juventude”, destacou o secretário da Família e Juventude, Rodrigo Delmasso. Devido ao sucesso do programa, o governo estuda implantar outros Centros de Juventude no DF para que mais jovens de 15 a 29 anos sejam atendidos e encontrem no local uma referência para sua formação cultural, esportiva e de capacitação profissional em outras áreas. Solenidade Os jovens concluíram os cursos: assistente administrativo com ênfase em recursos humanos, massoterapia, cuidador de idoso, muay thai, karatê, preparação para o mercado de trabalho, culinária, teatro, violão e breakdance A festa de cerimônia deu protagonismo aos jovens formandos, que se revezaram no palco em apresentações artísticas de violão, teatro e breakdance. Além disso, a solenidade destacou as conquistas dos estudantes dos CJs. O coletivo artístico CeinCena, formado por artistas de Ceilândia, lota os palcos teatrais da cidade com performances autorais e conta com dois troféus pelo FESTA – Festival Estudantil de Teatro Amador. Já o grupo de breakdance ClayFeet estará na final do Festival de Cultura Candanga, que será disputada no próximo dia 22. No violão, o grupo apresentou o Hino Nacional na abertura oficial da 24ª Marcha dos Prefeitos. [Olho texto=”“Nosso empenho é cada vez mais tornar os CJs na casa do jovem brasiliense, onde ele encontre apoio necessário para realizar os seus sonhos. Meu agradecimento especial a este governo que acredita no potencial dos Centros de Juventude”” assinatura=”Rodrigo Delmasso, secretário da Família e Juventude” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os jovens atletas de muay thai da Estrutural compõem o ranking do Juventude Team com 90% de rendimento nos campeonatos disputados, colecionando medalhas, troféus e cinturões no esporte. Enquanto as atletas do karatê conquistaram 13 medalhas pela Copa Brasil de Karatê, que reuniu mais de dois mil atletas de todo o país. “Acompanhar todas essas histórias de superação e conquista é uma imensa alegria. Chancela o nosso propósito de transformação de vidas e mostra que toda essa entrega é real. Com certeza vale todo o nosso esforço e dedicação”, afirmou a presidente da IECAP Agência de Transformação Social, Renata Oliveira. *Com informações da Secretaria da Família e Juventude e IECAP Agência de Transformação Social

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Exposição reflete sobre luta dos povos originários, negros e periféricos

Formado na periferia da Zona Leste de São Paulo em 2008 pela dupla de artistas Toni Baptiste e Flávio Camargo, o Coletivo Coletores celebra 15 anos de estrada com exposição inédita montada na Galeria Principal do Museu Nacional da República (MuN), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). A mostra Signos de Resistência, Bordas da Memória será aberta ao público nesta quinta-feira (13), a partir das 19h, e conta com mais de 250 obras, 50 delas inéditas. Museu Nacional da República abre ao público, nesta quinta (13), exposição que celebra os 15 anos do Coletivo Coletores | Fotos: Caio Marins/Secec São trabalhos que refletem sobre a luta dos povos originários, negros e periféricos dentro de um sentido de coletividade e pertencimento. A proposta dos artistas é discutir e relembrar essas lutas em espaços que vão além do território nacional. Para ampliar a circulação dessas histórias, foram criadas intervenções projetadas em formatos que vão do digital ao iconográfico, passando por videomappings, animações, pichações e instalações multimídia organizadas em seis núcleos. A arquiteta mineira Aline Ambrósio é a primeira curadora negra do espaço em quase duas décadas de existência do MuN. “O conjunto de obras trará destaque para ícones e territórios do Brasil que foram apagados ou esquecidos, a exemplo da figura do (arquiteto e escultor) Tebas, primeiro arquiteto negro do país, além da história por trás das Igrejas dos Homens Pretos e de diferentes líderes sociais que foram perseguidos ou assassinados”, explica. “É uma mostra que traz essa perspectiva de exaltação da cultura periférica, dessas referências de luta dentro de um contexto de tecnologia”, continua. A dupla do Coletivo Coletores, Flávio Camargo e Toni Baptiste, e a curadora da exposição, Aline Ambrósio O artista Flávio Camargo conta que uma das características marcantes do estilo do Coletivo Coletores é o de usar as ruas, prédios e a própria cidade como suporte temático para as exposições do grupo. Fala do desafio de trazer essa proposta para dentro de um dos museus mais importantes da capital e do país. “Fomos o primeiro coletivo a fazer videoprojeção mapeada na favela, que foi na Zona Oeste de São Paulo”, revela. “Usamos muito o território a favor do trabalho, não temos ateliê, é nossa primeira exposição num espaço grande como o Museu da República, um espaço privilegiado”, diz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Personalidades relacionadas ao tema da mostra – que fica no espaço até 10 de setembro – que fizeram diferença na luta pela igualdade racial, pelos direitos humanos e pela vida são homenageados em um dos módulos do projeto. Para a diretora do Museu Nacional da República (MuN), Sara Seilert, receber uma exposição com proposta tão ousada e nada ortodoxa esteticamente revela o caráter plural e democrático do espaço. Serviço Exposição – Signos de Resistência, Bordas da Memória Local: Museu Nacional da República (Galeria Principal) Período: 14 de julho a 10 de setembro Horário: terça-feira a domingo, das 9h às 18h30. *Com informações da Secec

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Museu Nacional promove exposição de jardim flutuante nos espelhos d’água

Quem passar pelo Complexo Cultural da República João Herculino, que compreende o Museu Nacional da República (MuN) e a Biblioteca Nacional, vai perceber que o local ganhou uma cor em meio ao concreto das estruturas desenhadas por Oscar Niemeyer. A exposição, desta vez, é do lado de fora do MuN: um jardim flutuante. Mais de 10 mil mudas de aguapé foram colhidas no Lago Paranoá e trazidas para dar um charme diferenciado aos espelhos d’água do museu. [Olho texto=”“É muito interessante colocar plantas em um ambiente completamente de concreto. As artistas trouxeram um pouco de natureza para perto do desenho de Oscar Niemeyer. É uma obra de arte vegetal”” assinatura=”Sara Seilert, diretora do MuN” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Trata-se de uma intervenção artística chamada Aguapé, de Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto, com curadoria de Sissa Aneleh. Este é um projeto artístico concebido e executado majoritariamente por mulheres como parte da 21ª Semana Nacional dos Museus. Um dos propósitos da intervenção é chamar atenção para a saúde dos ambientes naturais e a urgência da discussão climática. Mais de 10 mil mudas de aguapé colhidas no Lago Paranoá compõem o jardim flutuante nos espelhos d´água do Museu Nacional da República e a Biblioteca Nacional | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A mostra fica aberta à visitação diária até o dia 16 de julho. A diretora do MuN, Sara Seilert, destacou a importância da intervenção. “É muito interessante colocar plantas em um ambiente completamente de concreto. As artistas trouxeram um pouco de natureza para perto do desenho de Oscar Niemeyer. É uma obra de arte vegetal”, defendeu. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dentre outros parceiros, as artistas contaram com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal para viabilizar o transporte das mudas. Serviço – Intervenção: Aguapé – Autoras: Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto – Curadoria: Sissa Aneleh – Período de visitação: até 16 de julho – Realização: Museu das Mulheres (DAS) e Museu Nacional da República (MuN) – Local: área externa do Museu Nacional da República, Setor Cultural Sul, Lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto.

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Museu da República recebe obras da artista plástica Iracema Barbosa

O Museu Nacional da República (MuN) abre neste sábado (20) a exposição Textura de Afetos, da artista plástica Iracema Barbosa. São 60 obras de arte contemporânea que apresentam elementos das estéticas construtiva, neoconcreta e pós-minimalista, explica a curadora Renata Azambuja. Ela ainda destaca no trabalho da artista carioca em Brasília desde 2014 marcas da gestualidade oriental. O título da exposição inspira-se na relação que Iracema mantém com a costura e com as sensações táteis que diversos materiais lhe provocam, como papéis, tecidos, madeiras. Presta tributos também a ligações de amor, solidariedade e coleguismo que a artista e professora desenvolve com colaboradores e estudantes. Iracema é docente da Universidade de Brasília (UnB), onde leciona a disciplina Teoria e Crítica da Arte no Departamento de Artes Visuais. A artista morou 12 anos na França, onde fez doutorado em artes plásticas com a tese Poétiques de la répétition, cujas reverberações pós-minimalistas receberam a menção mais elevada da Universidade de Rennes II. Lá, ela produziu Bois de Carnaval (2003-2009), instalação com galhos, fitas de cetim, linhas de lã e seda. Iracema recolheu as madeiras caídas das árvores durante passeios pelos bosques gauleses. A obra foi exposta quatro vezes em centros culturais daquele país. Bois de Carnaval está entre as sete obras doadas por Iracema ao acervo do MuN em 2021. Além de Bois, estarão no MuN para visitação pública Caixas (1998-2000), instalação com madeira; Les équilibristes (2005-2006), instalação com madeira pintada; e Mar da Bahia em Dia de Chuva (2006), também com madeira pintada. A artista plástica Iracema Barbosa terá sua exposição ‘Textura de Afetos‘, com 60 obras de arte contemporânea, no MuN, a partir deste sábado (20) | Foto: Jean-François Erhel Textura dos Afetos vai ocupar, no MuN, a Galeria Térreo, a Galeria 2 e o corredor que liga as duas salas. Os espaços foram rebatizados de Sala dos Alinhavos, Transparências e Combinações e Sala Corpo-cor, respectivamente. No corredor será instalado um miniateliê para práticas rápidas de intervenções em diversos papéis e tecidos, criando uma memória do processo criativo da artista. Vídeos registram os trabalhos de Iracema e depoimentos dos artistas sobre a relação com ela. Para a exposição, artista e curadora decidiram-se pelas obras não-figurativas. “Os trabalhos que Iracema tem feito desde os anos 1990 não mais apresentam essa relação com a representação de figuras humanas ou cenas identificadas. Expressam processos íntimos”, explica Azambuja, que é licenciada em Artes Plásticas pela UnB, mestre em Teoria e História da Arte Moderna e Contemporânea pela City University (New York) e doutora em Teoria e História da Arte também pela UnB. Artistas convidados Sete artistas foram convidados para participar da exposição, apresentando obras próprias em diálogo com criações de Iracema Barbosa. Bárbara Paz, Cecília Lima, Gisele Lima, Gustavo Silvamaral, José de Deus, Luciana Ferreira e Romulo Barros tomam parte na mostra. Gustavo Silvamaral | Foto: Clara Molina Um deles, o brasiliense Silvamaral, ex-aluno de Iracema e assistente de ateliê da artista por três anos, diz que está exultante em participar do projeto. Explica que seu trabalho, uma tela de 2016, tem relação tanto formal quanto poética com a produção da Iracema, em traços como materialidade, cor, forma e espacialidade. “Estou muito ansioso para ver a exposição montada e celebrar vida e obra dessa grande artista”, confessa o bacharel em Artes Visuais pela UnB. Foi indicado ao Prêmio Pipa em 2021 e recentemente selecionado para uma residência de dois meses na cidade do Porto (Portugal). Gisele Lima | Foto: Monique Andrade Outra ex-aluna, Gisele Lima apresentará na exposição um trabalho de 2023 instigado por peça de Iracema de uma década antes. Bilhetinhos de desamor e Bilhetinhos de amor experimentam com diálogos e antíteses, com repetições de palavras, de afetos e de materialidades têxteis. “O aprofundamento no têxtil e no afeto são pesquisas que iniciei sob orientação da Iracema e que seguem sendo o cerne da minha produção artística”, diz. “Tenho especial interesse em explorar como afetos se materializam em pontos, fios e tramas, ao mesmo tempo em que estes se transmutam em corpos e vivências.” Serviço Nova exposição Textura de Afetos Curadoria de Renata Azambuja Galeria Térreo e Sala 2 Abertura em 20 de maio, às 16h Continuam Pedro – Retrospectiva de Pedro Ivo Verçosa Curadoria de Ralph Gehre Galeria Principal Até 25 junho Aqui estou – Corpo, paisagem e política no acervo do Museu Nacional da República Curadoria de Sabrina Moura Mezanino Até 2 de julho

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Medalha da Cultura Seu Teodoro será entregue neste sábado (6)

Para fortalecer a diversidade e o pluralismo cultural presente em todo o DF, o Governo do Distrito Federal vai conceder, neste sábado (6), às 10h, a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro a personalidades e coletivos engajados com a produção, valorização e a difusão das artes no DF. A solenidade, somente para convidados e imprensa, acontece no Anexo do Museu Nacional da República (MuN), espaço localizado entre o Museu e a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Confira aqui a lista de quem receberá a Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro. Entrega da Medalha do Mérito Distrital da Cultura Seu Teodoro será neste sábado (6) | Foto: Divulgação/Secec O decreto que criou a medalha foi publicado em dezembro de 2020. Trata-se de uma homenagem ao centenário de Teodoro Freire, o Seu Teodoro (1920 – 2012), então celebrado naquele ano, além de reverenciar a importância do seu legado artístico e histórico em comunhão com a rotina cultural do DF. Subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Brayner destaca que a láurea é um marco no reconhecimento às várias linguagens culturais presentes no DF. “Principalmente tendo em vista a questão da diversidade cultural do DF como reconhecimento desses fazedores de cultura”, comenta. “São pessoas que estão envolvidas no processo cultural, não somente artistas, mas jornalistas, técnicos, aqueles que lutam pela cultura do DF”, observa. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Visitas educativas aproximam alunos da arte no Museu Nacional da República

Localizado no centro de Brasília, no início da Esplanada dos Ministérios, o Museu Nacional da República, (MuN), um dos equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), criou laços com os estudantes do Distrito Federal. Em 2022, de um total de 70 mil visitantes (a maioria turistas), 10 mil eram estudantes de escolas públicas e privadas – boa parte de instituições de ensino da periferia de Brasília – que vieram por meio do projeto Territórios Culturais. [Olho texto=”Em 2022, de um total de 70 mil visitantes (a maioria turistas) ao Museu Nacional da República, 10 mil eram estudantes de escolas públicas e privadas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Criados por uma parceria entre a Secec e a Secretaria de Educação (SEE), seis espaços culturais integram o projeto Territórios Culturais desde 2019. Para muitos estudantes, é o primeiro contato com um museu, uma exposição, um equipamento de cultura. O foco do projeto é a integração de saberes e a criação da interação entre os estudantes e espaços de cultura no DF. Os espaços da Secec que integram o Territórios Culturais são Museu Nacional da República (MuN), Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Conjunto Cultural Três Poderes (CC3P), Memorial dos Povos Indígenas (MPI) e Cine Brasília. Nesta terça-feira (2), a movimentação foi grande nas galerias do museu. Duas turmas circularam entre obras de arte e ouviram os ensinamentos da responsável pelo programa educativo no MuN, Leísa Sasso. Nesta terça-feira (2), a turma do terceiro ano do Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião aprendeu sobre quadros, instalações e esculturas em exibição no Museu Nacional da República | Foto: Caio Marins/Secec Interação cultural Mestra e doutora em arte, Leísa instiga os alunos a se inserirem no contexto dos quadros, instalações e esculturas exibidas nas exposições principal e permanente. O foco do projeto é a integração de saberes e a criação da interação entre os estudantes e espaços de cultura no Distrito Federal. Com olhos brilhando, ela acompanhava a turma do terceiro ano do Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião – o popular Centrão. A turma da professora Andiara Ruas ouvia, atenta, as explicações e interagia com as obras de Pedro Ivo Verçosa, artista plástico brasiliense falecido há três anos. Encantados com os 56 quadros que retratam, de costas, amigos do artista, os estudantes foram instigados a imaginar personagens, seus saberes, gostos e personalidades. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na plateia, Alanna Carvalho, 17, fazia questão de deixar clara sua paixão pela arte visual. Ela é cartunista e pretende cursar artes plásticas. Seu colega Danilo Maciel Lopes, desenhista, busca resolver um impasse: dedicar-se às artes ou a cursos mais “tradicionais”, como medicina ou direito. Interesse estimulado A professora Andiara relata que a turma de São Sebastião é “muito especial e tem um interesse genuíno pelas artes”. Ela atribui essa característica à própria vocação da cidade – um polo artístico no Distrito Federal – e aos estímulos dos professores. Andiara, que leciona em São Sebastião desde 2015, conta que foi convidada a visitar o museu com seus alunos. O MuN disponibilizou o transporte. “Temos dez diárias disponíveis para as escolas”, conta Leísa Sasso. Também nesta terça, outro grupo de estudantes visitou o MuN. Alunos do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental nº 10, do Gama, acompanhados pelo monitor João Henrique, chegaram por meio do programa EducAtiva, que desenvolve atividades pu?blicas de educação patrimonial e mediação cultural e visa fortalecer e consolidar sua missão educativa e social. O programa EducAtiva é executado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), da Secec. Serviço Para solicitar o agendamento de visitas ao MuN, é necessário preencher o formulário disponível online e aguardar o retorno dos professores do projeto. ? Museu Nacional da República: 3325-5220 / museu@cultura.df.gov.br ? Horários de funcionamento: terça-feira a domingo, das 9h às 18h30 ? A programação completa do espaço pode ser encontrada nas redes sociais. Acesse aqui a conta no Instagram. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

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Tecnologia no setor público entra em debate no Museu Nacional da República

O Museu Nacional da República abriu suas portas para o pré-lançamento do CSC GovTech – Tecnologia para transformação digital. Ao longo desta quarta-feira (12), painéis de discussão abordaram temas relacionados à inovação, modernização e digitalização de serviços públicos. O encontro antecede a abertura oficial do evento, marcada para o dia 19, em São Paulo. Em sua primeira edição, o CSC GovTech já nasce como referência na busca por tecnologia em serviços públicos à população e, consequentemente, no desenvolvimento de cidades mais inteligentes. O evento da plataforma Connected Smart Cities tem como foco a promoção de um governo simples, eficiente e transparente, centrado no cidadão. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Amaral, diz: “Quando falamos em atendimento, precisamos pensar na tecnologia digital para melhorar a vida do cidadão” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A prévia do CSC GovTech em Brasília apresentou três painéis de discussão em formato híbrido, presencial e online a quase 500 inscritos. O evento, patrocinado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), contou com a participação do diretor-presidente da entidade, Marco Antônio Costa Júnior, e do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Carvalho Amaral. O diretor-presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, destaca: “Entendemos que a temática da transformação digital tem tudo a ver com Brasília, está relacionada com nosso berço, nosso DNA” “Entendemos que a temática da transformação digital tem tudo a ver com Brasília, está relacionada com nosso berço, nosso DNA”, comentou Marco Antônio. “Por isso, batalhamos para fazer essa parceria e trazer parte do evento para a cidade. Acreditamos que, juntos, podemos transformar a vida do cidadão por meio da tecnologia.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na avaliação do titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a inovação é o caminho para aperfeiçoar a prestação de serviços oferecidos tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada em parceria com o Estado. “Temos que exercer nossas atividades públicas com o objetivo de atender aos anseios da coletividade”, observou Amaral. “Quando falamos em atendimento, precisamos pensar na tecnologia digital para melhorar a vida do cidadão”. A CEO e idealizadora da plataforma Connected Smart Cities, Paula Faria, explicou sobre a necessidade de levar a digitalização para cidades brasileiras. “Vimos, na pandemia, a importância de as pessoas terem acesso à tecnologia – para a educação, para a saúde e para tantos outros setores. Vimos o tanto que facilita a vida e o quanto é essencial que o governo consiga oferecer esse serviços”, ponderou. “É muito transformador, principalmente para o cidadão”.

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Governo federal apoia trabalho conjunto para reabrir Teatro Nacional

Em encontro nesta quinta-feira (9) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Museu Nacional da República, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, pediu apoio do governo federal para a reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro (TNCS). O secretário convidou o presidente a visitar as obras que estão sendo feitas na Sala Martins Pena, do teatro. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, com o presidente Lula (de costas), durante visita ao Museu da República | Foto: Hugo Lira/Secec O presidente Lula se comprometeu a colaborar com a recuperação do teatro e solicitou que Bartolomeu Rodrigues apresente uma proposta para que o governo federal possa atuar em conjunto para a reabertura do Teatro Nacional. Ele orientou que uma reunião fosse marcada para tratar do assunto. A conversa entre o presidente e o titular da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) ocorreu durante visita de Lula e comitiva à exposição Brasil Futuro: as Formas da Democracia, em cartaz no Museu Nacional da República desde janeiro. O objetivo da visita foi lembrar os 30 dias dos atentados às sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. “Vamos ajudar a reabrir o Teatro Nacional. Não vamos perder tempo. O teatro precisa voltar”, afirmou Lula. Obras Com investimento de R$ 49,7 milhões originários de recursos diretos do GDF, a obra da Sala Martins Pena do Teatro Nacional teve início no fim de 2022. A previsão é de que a reforma completa do espaço cultural, incluindo a Sala Villa Lobos e demais estruturas, custe R$ 250 milhões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com os engenheiros responsáveis, a fase atual corresponde à proteção das obras de arte que compõem o acervo do teatro – como os painéis do artista plástico Athos Bulcão, localizados no foyer da Sala Martins Pena -, além de desmontagem e remoção de louças, cabines, poltronas, carpetes, revestimento do piso da plateia, cabines e paredes, entre outros itens. Também participaram da visita ao Museu da República a primeira-dama Rosângela (conhecida como Janja) da Silva, as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Nísia Trindade (Saúde), a historiadora Lilia Schwarcz, e a diretora do Museu da República, Sara Seilert, além de artistas e influenciadores digitais e outros trabalhadores da cultura do DF. *Com informações da Secec    

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Trabalhos de alunos da rede pública chegam ao Museu Nacional da República

O Museu Nacional da República vai receber, a partir desta quinta-feira (6), uma mostra de 70 trabalhos de estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal. As obras, de artes plásticas, cênicas e musicais, fazem parte do projeto Plenarinha, que é desenvolvido pela Secretaria de Educação (SEDF) para fortalecer o protagonismo infantil. Mostra de 70 trabalhos de estudantes da rede pública é exibida no Museu Nacional da República | Foto: SEDF Em sua 10ª edição, tendo como temática Criança arteira: faço arte, faço parte, o projeto tem como objetivo favorecer a percepção, a sensibilidade e a expressividade das crianças por meio das diferentes linguagens artísticas. A curadoria da exposição é de Wagner Barja, Leisa Sasso e Patrícia Diniz. Os trabalhos foram escolhidos a partir das obras desenvolvidas nas Plenarinhas locais e regionais, nas quais 68 mil crianças atendidas pelas instituições públicas e parceiras no Distrito Federal participaram das atividades. Nesta edição, os profissionais da educação também foram convidados a renovar conhecimentos com artistas, artesãos, palhaços e malabaristas. As formações trouxeram exercícios de escuta sensível das crianças sobre as situações vivenciadas na escola e na comunidade com o objetivo de melhoria do atendimento na primeira infância no Distrito Federal. Saiba mais A Plenarinha teve início no mês de abril com ações em todas as 14 coordenações regionais de ensino (CREs) com iniciativas de formação de professores, encontros, estudos e exposições ao longo do ano. As atividades oportunizaram para as crianças a manifestação de emoções, vivência de experiências concretas da vida cotidiana e demonstração de saberes. O projeto pedagógico é desenvolvido na Subsecretaria de Educação Básica (Subeb) da SEDF, por meio da Diretoria de Educação Infantil, desde 2013 com foco no protagonismo da criança nas unidades escolares públicas e parceiras que ofertam a educação infantil e o 1º ano de ensino fundamental. Serviço Exposição 10ª Plenarinha da Educação Infantil – Criança arteira: faço arte, faço parte Data: quinta-feira, 6 de outubro Horário: 14h30 Local: Auditório 1 do Museu Nacional da República *Com informações da Secretaria de Educação

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Novas exposições no Museu Nacional reforçam opções de passeios nas férias

Duas mulheres artistas de gerações e linguagens próprias ocupam o Museu Nacional da República com exposições inéditas que investigam sentimentos e emoções. Holandesa residente na Chapada dos Veadeiros, Janet Vollebregt exibe 30 obras em “Esférica”, enquanto a brasiliense Azul Rodrigues exibe “120 córneas e meridianos imaginários”, tornando-se, assim, uma das mais jovens criadoras a expor no espaço cultural, gestado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec). A exposição “120 córneas e meridianos imaginários”, no Museu Nacional, é a primeira mostra individual da artista brasiliense Azul Rodrigues, de 23 anos | Fotos: Divulgação [Olho texto=”“Vamos receber também o trabalho de Azul Rodrigues, cuja exposição é um incentivo à produção local, para a gente se abrir para uma artista em começo de trajetória”” assinatura=”Sara Seilert, gerente do Museu da República” esquerda_direita_centro=”direita”] As exposições, abertas na sexta-feira (8), representam uma opção de passeio cultural em uma programação de férias. “Receber o trabalho de Janet Vollebregt nesse momento de retomada do convívio social é uma oportunidade de refletir sobre a sensibilidade, a atenção, o acolhimento e o cuidado. Pelo olhar de Janet, o museu oferece um espaço para se pensar sobre cura e nutrir a esperança por tempos melhores”, adianta Sara Seilert, gerente do Museu da República. “Vamos receber também o trabalho de Azul Rodrigues, cuja exposição é um incentivo à produção local, para a gente se abrir para uma artista em começo de trajetória. É o Museu da República abrindo espaço para uma produção ultracontemporânea”, explica. Em um conjunto de mais de 30 trabalhos, que incluem esculturas, pinturas e instalações interativas, Janet Vollebregt convida o público a refletir sobre autoconhecimento e autocura. “A energia é um componente tão importante do nosso ser e, nesse mundo em que usamos tanto a mente, nós nos esquecemos dela. Essa é minha paixão: comunicar o invisível para as pessoas se reconectarem com isso”, explica a artista. Totem da artista holandesa Janet Vollebregt Com esse propósito, “Esférica” combina materiais diversos, como cristais e metais, em obras que refletem sua pesquisa sobre as propriedades energéticas do ambiente construído e sua influência nas pessoas e no planeta. Nascida em Leiden, na Holanda, a artista se radicou no Brasil em 2006 e encontrou, na Chapada dos Veadeiros (GO), os materiais e o ambiente perfeitos para sua pesquisa, que reúne os conhecimentos técnicos e a experiência com arquitetura aos estudos sobre campos energéticos e processos de cura, usualmente ligados à medicina alternativa oriental. [Olho texto=”Também se destacam as duas instalações na área externa do Museu da República: o Portal Sintonia e o Grande Piercing. A primeira produz uma vibração em 258Hz, a frequência ideal para acalmar e equilibrar, a segunda atua como um talismã de proteção e honra ao espaço museológico” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na exposição, ela apresenta experiências como a série Totens, um conjunto de esculturas em metal escovado que simbolizam diferentes captadores de energia correspondentes aos sete chakras do corpo, e a instalação Seja Consciente, onde o espectador se insere em um ambiente formado por quartzos rosa e plantas naturais, vivenciando um processo que atua diretamente nas emoções. Também se destacam as duas instalações na área externa do Museu da República: o Portal Sintonia e o Grande Piercing. Enquanto a primeira produz uma vibração em 258Hz, a frequência ideal para acalmar e equilibrar, a segunda funciona como uma joia que embeleza a passarela de concreto projetada por Oscar Niemeyer e atua como um talismã de proteção e honra ao espaço museológico. Com 23 anos de idade, Azul Rodrigues reúne, em “120 córneas e meridianos imaginários”, 60 desenhos e vídeo-performances inéditos, onde expande sua experimentação em representações de rostos, a partir de estudos de observação e exercícios de autorretrato. “O Museu da República tem uma importância na minha vida, para além da exposição, porque ele serviu como um pilar, um guia na minha educação artística e na minha cidadania enquanto brasiliense. E agora posso experienciar esse carinho em outra esfera, que é o museu me dando essa primeira oportunidade, me maternando, e acho isso incrível.” Serviço Exposições “Esférica”, de Janet Vollebregt, e “120 córneas e meridianos imaginários”, de Azul Rodrigues ? Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul) ? De 8 de julho a 28 de agosto ? Visitação: terça-feira a domingo, das 9h às 18h30 ? Entrada gratuita *Com informações da Secec  

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Rubem Valentim e Modernismo são destaques culturais do fim de semana

O Museu Nacional da República (MUN) recebe duas novas exposições a partir desta sexta-feira (10): “Modernismo Expandido” e “Ilê Funfun: Uma Homenagem ao Centenário de Rubem Valentim”. Na Galeria Principal, a primeira tem curadoria de Denise Mattar e lança um olhar mais largo sobre o movimento modernista nas artes plásticas, evento frequentemente reduzido ao seu acontecimento mais conhecido, a Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, cujo centenário foi em fevereiro. A outra, no Mezanino, com curadoria de Daniel Rangel, traz, entre seu corpo, o ateliê do artista que foi doado ao Museu de Arte de Brasília (MAB). O ateliê de Rubem Valentim, doado ao Museu de Arte de Brasília (MAB), está incorporado à exposição | Fotos: Divulgação / Secec-DF Rubem Valentim começou sua trajetória nos anos 1940 como pintor autodidata e participou dos movimentos de correntes modernas da arte baiana, ao lado de nomes como Mario Cravo Júnior, Carlos Bastos e Sante Scaldaferri. Desde o começo dos anos 1950, iniciou uma pesquisa relacionada às questões litúrgicas das religiões de matrizes africanas, sobretudo, sobre símbolos e ferramentas dos orixás, que se tornaram visualidades obrigatórias em sua produção. Nascido em Salvador (BA), o artista completaria 100 anos em novembro próximo. A celebração da efeméride começou em São Paulo, chega agora a Brasília e daqui segue para Salvador, terra natal do artista autodidata, e Itália. “Para o Museu Nacional da República, é uma honra receber um conjunto tão especial de obras de Rubem Valentim e apresentá-las ao público brasiliense. Rubem Valentim tem uma ligação profunda com Brasília, cidade onde viveu e consolidou sua pesquisa técnica e poética voltada à geometria construtiva e à simbologia de herança cultural africana. É também uma alegria comemorar o centenário de seu nascimento e colocar em destaque a produção de um artista preto, a visualidade e a poética de matriz africana”, afirma a diretora do MUN, Sara Seilert. Entre os destaques da mostra sobre o Modernismo está a obra de Abelardo da Hora Modernismo fora do eixo “Modernismo expandido” busca evidenciar a qualidade da arte brasileira realizada fora do eixo Rio-São Paulo, chamando a atenção para os processos excludentes decorrentes da centralização cultural. Com esse fim, Mattar selecionou 68 obras de 46 artistas de cinco estados brasileiros – Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul, entre as décadas de 1930 e 1950. A curadora coloca lado a lado obras de artistas conhecidos nacionalmente e daqueles com projeção apenas local, mas com produção considerada pelos críticos como importante e representativa do modernismo. A pesquisa de Denise Mattar aponta que, na Bahia, o modernismo começa a se consolidar a partir de 1937, com a organização dos Salões da Ala das Letras e das Artes (ALA), e ganha impulso com a federalização, em 1946, da Universidade Federal da Bahia (UFBa), criando assim as escolas de Teatro, Música e Dança. Nesse período de efervescência, surgiram nomes, no cenário baiano, como Dorival Caymmi, Jorge Amado, Mestre Didi e Carybé. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Nordeste mostra sua força também no Ceará, onde o modernismo se organizou a partir do surgimento, em Fortaleza, do Centro Cultural de Belas Artes. Mattar selecionou como representantes no Ceará as obras de Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Barrica. No Recife, a onda modernista impulsionou nomes como Ledo Ivo, João Cabral de Melo Neto e Ariano Suassuna, idealizador do Movimento Armorial, de valorização das artes populares nordestinas. Museu Nacional da República (MUN) – Galeria Principal “Modernismo expandido” Curadoria de Denise Mattar Sessenta e oito obras de 46 artistas de cinco estados brasileiros – Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul De 10 de junho a 7 de agosto – Mezanino “Ilê Funfun: Uma Homenagem ao Centenário de Rubem Valentim” Curadoria de Daniel Rangel Exposição e lançamento de livro De 10 de junho a 7 de agosto Galeria Térreo Pedro Gandra – “Paraíso sem vocabulário” Isabela Couto – “Guardadora de água”. Até 26 de junho Sala 2 Coletiva – “Para onde foi a espessura da carne? Até 26 de junho *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Museu Nacional apresenta três novas exposições

O Museu Nacional da República (MUN) abre três novas exposições nesta sexta-feira (29). Pedro Gandra vai dividir com Isabela Couto a Galeria Térreo. As duas obras – Paraíso sem Vocabulário e Guardadora de Água, respectivamente – são individuais, mas trazem em comum interlocuções dos dois trabalhos com textos da poeta gaúcha Mar Becker. Por sua vez, a Sala 2 receberá a coletiva Para Onde Foi a Espessura da Carne?, com 39 artistas. As três mostras ficam em cartaz até o dia 26 de junho. Mostra ‘Para Onde Foi a Espessura da Carne?’ reúne 39 artistas | Fotos: Divulgação O espaço cultural segue com mais duas exposições na Galeria Principal: Xingu 57: viagem ao Brasil Central, fotografias de Domiciano Dias, no mezanino, e Envenenada: profanações e polimorfismo tonais, de Raquel Nava. Ambas permanecem até 22 de maio. “O Museu Nacional da República tem atraído público intenso com exposições de qualidade. No aniversário de Brasília, de 19 a 24 de abril, tivemos mais de 5 mil visitantes”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Interlocução de obras O artista Pedro Gandra explica que a exposição Paraíso sem Vocabulário fala em “paisagens pensadas como cenários que podem se apresentar elusivos ou eventualmente inóspitos. Habitam esses cenários ou ‘paisagens cenários’ representações de figuras, ocasionalmente antropomórficas (criadas a partir de memória ou imagens de arquivo) e etéreas, que se apresentam quase sempre solitárias”. [Olho texto=”“O Museu Nacional da República tem atraído público intenso com exposições de qualidade. No aniversário de Brasília, de 19 a 24 de abril, tivemos mais de 5 mil visitantes”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] Carioca radicado em Brasília, Gandra diz que se dedica à pintura: “Venho desenvolvendo minha pesquisa, estabelecendo pontes com interesses variados e buscando formar um vocabulário visual a partir de signos e referências diversas, forjando a construção de um imaginário”. Na mostra de Pedro Gandra, Mar Becker assina o ensaio poético O Rosto, Sumidouro. Ela se debruçou sobre as imagens desenvolvidas pelo artista visual e em referências às pesquisas de ambos, gerando um diálogo experimental e horizontal. O fogo é um elemento poético presente na obra do pintor e da poeta. “Com Mar Becker, estabeleci uma troca muito profícua. Temos muitos interesses em comum, lugares onde o meu projeto encontra o dela. Sou um grande admirador do trabalho que ela vem desenvolvendo em poesia. É um privilégio tê-la neste projeto”, declara Pedro Gandra. ‘A maçã com lagarta dentro’, do artista Pedro Gandra “Há mesmo essa interlocução, não com fins de ‘esclarecer’ ou oferecer chave de leitura para o trabalho de Gandra, mas muito mais pela via de um irmanamento como artista, no que a palavra poética pode tocar também esse lugar de enigma de Paraíso sem Vocabulário”, aponta Mar Becker, formada em filosofia e especialista em epistemologia e metafísica. Em Guardadora de Água, a artista visual Isabela Couto apresenta aquarelas e vídeos. Esses trabalhos mais recentes refletem evocações de um corpo em um território, nesse caso entre Santiago, no Chile, e a Praia do Forte, no litoral norte da Bahia. O título é inspirado no poema O Guardador de Água, de Manuel de Barros, que tem como constantes os elementos água e névoa. Isabela diz que sua investigação se inscreve na relação entre seres vivos (humanos, animais, plantas) e fenômenos naturais (vento, tempo, espaço) a partir do trajeto, da viagem. Na obra Guardadora de Água, a temática do feminino também parece emergir do inconsciente da artista em um dos trabalhos expostos, quando uma alusão à Cordilheira dos Andes, feita com o cobertor embolado ao pé da cama, num quarto, durante o percurso, sugere a forma de um clitóris. “Algumas pessoas que viram essa obra apontaram a semelhança com a genitália. Não foi intencional, foi uma coisa que aconteceu e que já aconteceu outras vezes. É algo que não controlo, que surge. Tem a ver com quarto, com cama, com o corpo, com o feminino”, explica Isabela Couto. A exposição do trabalho dessa brasiliense radicada em Salvador também é acompanhada de ensaio poético inédito de Mar Becker intitulado Nem a Nuvem do Dizível. No texto, a gaúcha reverbera, sobretudo, as aquarelas de paisagem de cobertor. Para a escritora, é pela imagem da água que seu trabalho se irmana ao de Isabela Couto. “Do mesmo modo, me parece que beiramos também sempre um perigo de perda de si: afinal, no dilúvio, os corpos podem erodir e se confundirem uns aos outros, a casa e as mulheres – tanto eu quanto ela trabalhamos muito com intimidade de mulheres e meninas – podem vir a se tornarem lodosas, indiscerníveis”, conjectura a poeta. Obra coletiva Nas novas exposições no MUN, as referências a corpos – que surgem apenas sugeridas no trabalho de Pedro Gandra e furtivamente saltam do inconsciente de Isabela Couto – tornam-se o eixo da coletiva organizada por Suyan de Mattos a partir da pergunta que deu nome à exposição: Para Onde foi a Espessura da Carne?. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Convidei artistas que trabalham com pintura, não necessariamente com tinta, mas com o elemento pictórico. Então tem pintura, gravura, bordado, pintura digital. Pedi que respondessem com uma obra”, explica Suyan de Mattos, que migrou da pintura para o bordado. Uma leitura das respostas contidas nas obras, segundo a pesquisadora da arte, com pós-doutorado na área, “é que muita gente está se preocupando com uma beleza, com uma estética, e adoecendo nessa busca”. Esse adoecimento, aponta Suyan, é do corpo, mas também da alma. São 39 artistas e ‘respostas’, entre brasileiros e estrangeiros – cubanos, mexicanos, argentinos e franceses. A bacharel em teoria e histo?ria da arte pela Universidade de Brasi?lia (UnB) e crítica Gisele Lima trata das indagações suscitadas pelos trabalhos no texto de apresentação da coletiva, plotado na parede do museu. Ela faz considerações a partir de dicotomias como carne e mente, profano e sagrado, violência e festejo, corpo e ‘corpa’, repressão e desejo. “É corpo e sangue que segue sendo derramado e negligenciado como se a ninguém pertencesse e valor não tivesse. É a carne que segue sendo a mais barata do mercado”, arremata Gisele Lima, fazendo menção à música celebrizada pela interpretação de Elza Soares. Serviço Museu Nacional da República Esplanada dos Ministérios, Brasília (DF) Visitação de terça a domingo Das 9h às 18h30 Livre para todos os públicos. Telefone: 3325 5220 *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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Projeto aproxima estudantes de espaços culturais no DF

O projeto Territórios Culturais anuncia a temporada 2022. A iniciativa oferece uma dimensão pedagógica alternativa, que amplia as possibilidades de ensino e aprendizagem visando a integração entre as unidades escolares e os territórios culturais do Distrito Federal. Por meio do projeto, estudantes da rede pública participam de ações em seis espaços da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com orientações de professores da Secretaria de Educação (SEE) sobre vários assuntos, como artes, história, sociologia e geografia. Programa educativo no Museu Nacional da República (MUN) estimula a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado | Fotos: Divulgação/Secec [Olho texto=”“Vivemos na capital do país, patrimônio da humanidade. É importante que os estudantes compreendam não só a magnitude desse título, mas, sobretudo, o que é ser cidadão numa cidade-patrimônio” – Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Vivemos na capital do país, patrimônio da humanidade. É importante que os estudantes compreendam não só a magnitude desse título, mas, sobretudo, o que é ser cidadão numa cidade-patrimônio”, observa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. “Territórios Culturais têm a missão de promover, por meio do processo de imersão patrimonial e reflexão crítica, uma educação inclusiva que desperte nos nossos estudantes a identificação com os bens culturais, artísticos e históricos do DF”, reforça o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner. Aquiles lembra que a iniciativa fomenta aprendizagem sobre o patrimônio cultural de forma “dinâmica e participativa, em que as temáticas trabalhadas refletem as questões e peculiaridades de cada equipamento envolvido”. Os espaços que fazem parte do projeto são Museu Nacional da República, Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga, Conjunto Cultural Três Poderes, Memorial dos Povos Indígenas e Cine Brasília. Pedagoga e analista de atividades culturais da Secec, Alessandra Lucena Bittencourt, que atua na coordenação técnica e acompanhamento do projeto, elogia o perfil dos docentes selecionados. Os candidatos passam por prova de títulos e entrevista. “Há professor de história, pedagogia, sociologia, artes e outras áreas, alguns com duas formações, mestrado, doutorado. São profissionais que têm interesse por pesquisa.” Catetinho virtual No segundo semestre do ano passado, o professor Ramón Ribeiro Barroncas realizou atendimentos online sobre o Catetinho Atuante no Catetinho, o professor de história e mestre na disciplina, Ramón Ribeiro Barroncas, trabalhou em atendimentos online, de uma hora de duração, no segundo semestre do ano passado. “A visitação virtual era projetada em tempo real no espaço da unidade escolar que havia agendado o atendimento. Os estudantes tinham a oportunidade de conhecer a história do Catetinho e fazer um passeio tridimensional ao território com a ajuda de ferramentas digitais”, relata. [Olho texto=”“Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro” – Ronivan de Sousa Vieira, professor lotado no Cine Brasília” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre estudantes do ensino fundamental e do médio, o projeto recebeu 1.238 estudantes em 2021, divididos pelas 10 regionais de ensino que participaram da visitação virtual. “Eles se mostraram bastante participativos, com muitos questionamentos e demonstrando muita vontade de conhecer presencialmente o espaço”, informa. O Catetinho está passando por manutenção e reforma e continua fechado até a segunda quinzena de abril. Mobiliário, utensílios, livros e objetos que fazem parte da mostra permanente no local, num total de 466 itens, foram guardados temporariamente no Centro de Dança. O equipamento, pelo fato de ser de madeira e não poder ser sanitizado adequadamente a fim de evitar a transmissão da covid-19, foi mantido fechado até o surgimento de novos protocolos que já permitem sua liberação após a reforma. Lotado no Cine Brasília, o professor e artista multimídia Ronivan de Sousa Vieira é mestre em artes cênicas, pela Universidade Nova de Lisboa, de Portugal, e especialista em videografia pela francesa Université Bordeaux Montaigne. “É uma realização como artista e professor. Sinto-me orgulhoso de trabalhar nesse projeto que concilia cultura e educação. Entrei no Territórios Culturais no ano passado e, aos poucos, crio o programa educativo desse espaço, templo do cinema brasileiro”, diz. No início de março, o professor Ronivan de Sousa Vieira exibiu o filme Eduardo e Mônica com legendas e intérprete de Libras Durante a pandemia, Ronivan conta que experimentou levar o objeto do Cine Brasília até as escolas. Numa espécie de “cinema na mochila”, como ele diz, o professor visitava as unidades agendadas e exibia filmes brasileiros, realizava debates ao final e desenvolvia projetos de cinema-educação com alunos e professores. “Apesar das restrições da covid-19, conseguimos atender a muitas unidades escolares”, comemora. Ronivan, em sua prática pedagógica, discute com os estudantes a importância do Cine Brasília como patrimônio cultural, estabelece a relação do espaço com a criação da capital e das quadras-modelo lá existentes (SQS 107, 108, 307 e 308), e discorre sobre o papel do cinema na história da cidade. “Percebo que a maioria dos alunos nunca havia ido ao Cine Brasília ou mesmo ao Plano Piloto, e por isso tenho tentado, por meio de dinâmicas pedagógicas, fomentar a aproximação e a identificação dos alunos com esse território que, para muitos deles, é estranho e distante”, elabora. No início de março, Ronivan exibiu o filme Eduardo e Mônica com legendas e intérprete de Libras. “Foi maravilhoso. Pudermos incluir os alunos surdos que são, muitas vezes, excluídos das atividades culturais”. O docente atendeu cerca de 400 alunos dos Centros de Ensino Médio (CEM) 2 e 4 de Sobradinho e CEM 2 do Guará. ‘Museu voador’ Doutora e mestra em arte pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Gestão Escolar, Leísa Sasso é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República (MUN). Ela usa uma metodologia que media o processo de aprendizagem com o uso criativo de impressões e informações. Leísa provoca os visitantes no Museu Nacional com questões que estimulam a reflexão sobre conceitos fundamentais na educação patrimonial – identidade, pertencimento, cidadania e cuidado. Leísa Sasso, doutora e mestra em arte pela UnB e especialista em Gestão Escolar, é responsável pelo programa educativo no Museu Nacional da República Olhar para o céu de Brasília com o objetivo de reproduzi-lo a partir de um estudo de cores; pensar na estrutura do museu como a de uma oca, cujas janelas para o mundo são os quadros; ou a de um disco voador que pode transportar os jovens usuários para outros lugares estão entre as vivências pedagógicas sugeridas pela professora. Docente de arte-educação e servidora da Educação desde 1991, Renata Azambuja frisa que projetos culturais constituem um eixo transversal (um recorte combinando conhecimentos de várias áreas), que usa o patrimônio – material e imaterial, tombado ou não – para produzir vínculos de identidade, memória e pertencimento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Renata destaca ainda que o termo “território” também é especial. Significa espaço vivenciado, em que sujeitos se reconhecem, se localizam e pensam sobre o lugar onde moram. Ela festeja a parceria entre Cultura e Educação. “É importantíssima! Fazemos um trabalho em rede que gera vínculos institucionais mais fortes”. Territórios Culturais Para solicitar o agendamento, é necessário preencher o formulário disponível online – clique aqui – e aguardar o retorno dos professores do projeto. – Museu Nacional da República: 3325-5220 / museu@cultura.df.gov.br – Museu do Catetinho: 3338-8803 / educativo.catetinho@cultura.df.gov.br – Memorial dos Povos Indígenas: 3306-2874 / 3344-1155 / educativo.mpi@cultura.df.gov.br – Cine Brasília: 3325-7777 / cinebrasiliaeducativo@cultura.df.gov.br – Conjunto Cultural Três Poderes: 3322-7025 / agendamento.cc3p@cultura.df.gov.br – Museu Vivo da Memória Candanga: 3327-2145 / mvmc@cultura.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Cultura  

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Museu Nacional da República abre programação de 2022

Os trabalhos do armênio Tsolak Topchyan e da paulistana Luiza Gottschalk, dois artistas que têm nas montanhas referências importantes, estarão em exibição no Museu Nacional da República (MUN), a partir desta sexta-feira (25), com visitação até 10 de abril. As exposições na parte térrea do museu inauguram a programação de 2022. “São dois artistas que expõem pela primeira vez seus trabalhos em Brasília, de trajetórias recentes e produções ligadas a questões atuais. Meio ambiente, natureza, viagem e territorialidade são temas abordados em múltiplas técnicas: instalação, colagem, desenho e pintura, cada um a sua maneira, de forma especial”, afirma a diretora do MUN, Sara Seilert. O artista armênio Tsolak Topchyan, que expõe 27 telas no MUN, trabalha com as técnicas do pontilhismo e do “engana o olho” (“trompe-l’oeil”) | Fotos: Divulgação/Secec O curador Carlos Silva classifica como “complexo” o conjunto da obra de Tsolak Topchyan apresentado em No Entre Céus, exposição individual montada na Sala 2 do MUN, com 27 telas. Refere-se ao fato de a pesquisa do artista reunir técnicas variadas: “Desenho e pintura se mesclam com outras linguagens, como papel colado, bricolagem e instalação”. Tsolak, que mora há quase quatro anos no Brasil, nasceu em 1981, na Armênia, república localizada ao sul do Cáucaso, cadeia de montanhas que divide Europa e Ásia. A partir dos anos 2000, ele deu início a suas viagens. Instigado a comparar a terra natal com o Brasil, Tsolak – que já morou e fez residências artísticas na Áustria, França, Coreia do Sul e Bielorrússia – diz que o Brasil é muito maior que a Armênia e, por isso, tem qualidades de cores e luzes diferentes. “Mas, em relação a Brasília, posso dizer que as cores são mais fortes e brilhantes, o sol, o céu, a grama, o solo. O solo da Armênia, por exemplo, é mais marrom e até preto, o de Brasília é de um vermelho fantástico”, afirma o artista. Topchyan trabalha com as técnicas do pontilhismo e do “engana o olho” (trompe-l’oeil). “O espaço ao redor é importante. O fragmento do lugar determina um retrato do mundo, como num campo avermelhado de onde brotam pequenos traços verdes de uma possível grama, prometendo o fim da seca em Brasília”, poetiza Carlos Silva. A exposição de Luiza Gottschalk foi elaborada especialmente para o MUN, reunindo 22 pinturas em telas de grandes dimensões, feitas entre 2019 a 2022 A exposição Clareira, de Luiza Gottschalk, promete imergir o visitante numa das florestas que ela carrega dentro de si, das lembranças da infância. Ela morou até os 9 anos na Serra da Mantiqueira, uma cadeia montanhosa coberta por mata atlântica e de araucárias que se estende por São Paulo, Minas e Rio. As cores e a força da natureza são marcas registradas nas pinturas de Luiza Gottschalk. A exposição foi elaborada especialmente para o MUN, reunindo 22 pinturas em telas de grandes dimensões, feitas entre 2019 a 2022, com uma técnica que mistura tecidos, água, pigmentos e tinta óleo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Luiza também apresenta uma instalação que convida os visitantes a experimentarem a sensação de entrar numa clareira em meio à mata. A artista coletou 20 sacos de folhas na Serra da Mantiqueira. Elas cobrirão o chão em um espaço de 50 metros quadrados. “Quero que o público sinta a floresta através das pinturas com suas cores, matizes e texturas, além do aroma que exala das folhas, e deixar no ar a pergunta: você está olhando a floresta ou é ela que te olha?”, explica a artista, graduada em artes cênicas, plásticas e pós-graduada em artes visuais. Para Denise Mattar, curadora da exposição – função que já ocupou nos museus de Arte Moderna de São Paulo e do Rio, responsável por exposições de Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Guignard e Iberê Camargo –, “o trabalho de Luiza surge do encontro de diferentes linguagens artísticas, que fizeram, e ainda fazem parte da sua formação, como pintura, teatro e dança”. Museu Nacional da República Exposições No Entre Céus e Clareira De 25 de fevereiro a 10 de abril De terça a domingo, das 9h às 17h Telefone: 3325-5220 Entrada franca, uso obrigatório de máscara *Com informações da Secec

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Programação celebra centenário da Semana de Arte Moderna

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, comemorado neste mês de fevereiro. A primeira homenagem é regida pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), que, nesta terça-feira (15), às 20h, no Museu Nacional da República (MuN), executa concerto com algumas das “Bachianas”, de Heitor Villa-Lobos. A entrada é franca, por ordem de chegada, com exigência do uso de máscaras e do cartão de vacinação. Obras de Verger, como “Afoxé dos Filhos de Congo”, que se inspiram na cultura de matriz africana, representam vertente que passa a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922 | Foto: Divulgação/Secec Além do concerto, os museus de Arte de Brasília e o Nacional da República programam obras originais e exposição sobre o evento histórico, que ocorreu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. A Semana inaugurou o modernismo no Brasil e instalou a ruptura com estéticas vencidas. O tropicalismo, a poesia concreta e o teatro de vanguarda do grupo Oficina foram alguns dos movimentos que brotaram desse encontro. “A Semana de Arte Moderna de 1922 é um marco histórico e estético nacional. Os desdobramentos chegam até os dias de hoje na música, no teatro, nas artes visuais, na performance e na literatura”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”A partir da quarta-feira (16), o Museu de Arte de Brasília (MAB) vai expor peças modernistas, incluindo obras de dois protagonistas da Semana de 1922 – Victor Brecheret e Oswald de Andrade” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O maestro Cláudio Cohen escolheu Heitor Villa-Lobos por ele ter sido um integrante histórico da Semana de 1922. “Assim, a homenagem veio com a celebração das “Bachianas Brasileiras”, obras-primas de sua criação, com ênfase nas de números 1, 5, 6 e 9”, diz o maestro. A apresentação tem as participações da soprano Ana Luísa Melo e dos musicistas Flávio Lopes (fagote) e Mechthild Bier (flauta), com ênfase no naipe de violoncelos. A partir de quarta-feira (16), o Museu de Arte de Brasília (MAB) vai expor peças modernistas, incluindo obras de dois protagonistas da Semana de 1922 – Victor Brecheret (escultor, 1894-1955) e Oswald de Andrade (poeta, 1890-1954). “Obtivemos empréstimo de Brecheret de um colecionador privado, além do livro-manifesto ‘Pau Brasil’, de Oswald de Andrade, da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Trata-se de uma edição autografada por ele, de 1925”, adianta o gerente do MAB, Marcelo Gonczarowska. A escultura de Brecheret “Nu Feminino”, de 1930, feita em bronze, com dimensões 31 x 36 x 21 cm, poderá ser tocada por pessoas com deficiência visual. “Elas podem agendar a ida pelo e-mail mab@cultura.df.gov.br para proporcionarmos essa experiência”, conta Marcelo. Sobre o texto de Oswald,  o livro-manifesto “Pau Brasil”, com ilustrações de Tarsila do Amaral, defendeu a criação de uma poesia brasileira, sem influência europeia, que servisse, na realidade, de produto de exportação. Exposição no Museu de Arte de Brasília (MAB), a partir desta quarta-feira, inclui a xilogravura “Comitê de Solidariedade”, de J. Borges Ao lado dessas duas peças, o MAB vai colocar três obras de seu acervo: “Comitê de Solidariedade”, xilogravura sem data, de 48 x 66 cm, de J. Borges; “Afoxé dos Filhos de Congo” (1947/1948), 21 x 21 cm, de Pierre Verger; e “Casarão”, sem data, uma aquarela de 38 x 28 cm, de Pedro Henrique de Orleans e Bragança. “Essas não são obras da Semana de 1922, mas vamos expô-las porque seus autores foram influenciados pelos artistas do evento em São Paulo”, conta o gerente do espaço. As obras de Verger,  que se inspiram na cultura de matriz africana, e de J. Borges, de matriz popular, representam vertentes que, até então marginalizadas, passam a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922. Mostra em junho no MUN [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Museu Nacional da República (MUN) programa a exibição “Modernismo Expandido”, em junho, na Galeria Principal. “A mostra pretende apresentar uma visão mais ampla do movimento modernista, mostrando como ele se articulou, expandiu e consolidou-se nos diversos estados brasileiros”, explica a diretora Sara Seilert. A exposição vai apresentar núcleos de modernismo que se espalharam pelo Brasil, em cidades como Recife, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba. A mostra reunirá cerca de 70 obras de coleções públicas e particulares e será acompanhada por material documental, reunindo revistas e textos críticos, material literário e uma cronologia ilustrada sobre a expansão do modernismo pelo país. Um seminário sobre o tema apresentará leituras contextualizadas da semana que mudou a maneira como o Brasil passou a se ver no espelho da cultura. *Com informações da Secec

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Orquestra ao vivo, em nova casa, emociona o público

Com público emocionado, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) abriu a aguardada temporada presencial em nova casa: o auditório do Museu Nacional da República (MUN). Obedecendo aos procedimentos de segurança sanitária, 400 pessoas contemplaram o programa da noite, “metais e percussão”, que apresentou um conjunto de obras para o naipe, com destaque para arranjos e composições do trompista da sinfônica Fernando Morais. De acordo com o maestro Cláudio Cohen, a “seção de metais e percussão é muito poderosa e ágil, podendo cobrir praticamente qualquer tipo de repertório, sinfônico, sacro e popular” | Fotos: Daniel Marques / Ascom Secec Presente ao concerto, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, saudou o retorno da orquestra, equipamento cultural gestado pela pasta. “Com todas as medidas de segurança adotadas, é sempre confortante ver a sinfônica voltar aos palcos numa temporada que tem tudo para entrar na história”, destacou, antes de fazer um fala emocionada para a plateia: “Brasília este ano é a capital ibero-americana de culturas. Como grande parte do repertório está voltado para valorizar compositores de países de língua portuguesa e espanhola, será emocionante ouvir Astor Piazzolla, Augustin Lara, entre outros”. No comando artístico da noite, o maestro Cláudio Cohen não escondia a emoção de dirigir um grupo tão especial na abertura da temporada 2022 da orquestra: “Nosso naipe de metais e percussão tem grande qualidade musical e uma forte potência sonora”, disse. “Os arranjos estão lindos. Essa seção de metais e percussão é muito poderosa e ágil, podendo cobrir praticamente qualquer tipo de repertório, sinfônico, sacro e popular”, acrescentou o trompista Fernando Morais. Público feliz [Olho texto=”“A orquestra nos inspira a sermos melhores. Essa música me faz voar”, comentou a auxiliar de escritório Mariane Alves” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A OSTNCS trouxe de volta à plateia público cativo, como o casal Lucas Deibson, assistente de licitação, e Mariene Alves, auxiliar de escritório. Ele acompanha a orquestra desde as temporadas do Teatro Nacional e do Cine Brasília; ela passou um tempo fora de Brasília e, agora, mata saudades. “Amo quando tocam Beethoven, meu compositor favorito. É muito inspirador ouvi-la, evoca a liberdade, essência do ser humano”, confessou Lucas. “A orquestra nos inspira a sermos melhores. Essa música me faz voar”, emendou Mariene. Estudante de relações internacionais, Ingrid Pereira também não escondia a felicidade com a volta da orquestra. “É um excelente programa, de alto nível, gratuito, num lugar bem-localizado”, comemorou. Programe-se – Auditório do Museu da República Terças-feiras, às 20h A entrada é gratuita, por ordem de chegada, sendo obrigatórios a apresentação de cartão de vacinação e o uso de máscara 15/2 Homenagem a Semana de Arte Moderna de 1922 Heitor Villa-Lobos, “Bachianas Brasileiras nº 1” Orquestra de Violoncelos “Bachianas Brasileiras nº 5” Orquestra de Violoncelos, soprano Solista Ana Luísa Melo (Soprano) “Bachianas Brasileiras nº 6 para flauta e fagote” Mechthild Bier (flauta) e Flávio Lopes (fagote) “Bachianas Brasileiras nº 9 Orquestra de Cordas” Maestro Cláudio Cohen 22/2 Homenagem ao escritor Stefan Zveig Gustav Mahler, “Adagietto da Sinfonia nº 5” W.A.Mozart, “Concerto nº 4 para trompa e orquestra” Solista, Ellyas Lucas Richard Strauss, “Suíte Opus 4 para sopros” Maestro Cláudio Cohen Canal da OSTNCS no Youtube (às sextas-feiras) 04/02 Rossini, “La Scala di seta” 11/02 200 anos independência Marcos Portugal , “Il Duca di Foix” João de Deus Castro Lobo, “Abertura em Ré” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] 18/02 Carlos Gomes, “Sonata para Cordas” Ian Deterling, “The Golden Retriever” Trent Johnson, “The Tie That Binds” Patrick McCarty, “Sonata” Solista – Darrin Milling (trombone baixo) 25/02 200 anos independência José Joaquim de Souza Negrão, “Abertura Estrela do Brasil” Jose Mauricio Nunes Garcia, “Abertura em Ré” *Com informações da Secretaria de Cultura do DF

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Casamento Comunitário tem ensaio geral nesta quinta (10)

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) vai realizar o ensaio geral para o Casamento Comunitário nesta quinta-feira (10), às 9h, no Museu Nacional da República — mesmo local onde será a cerimônia, no dia 13 de fevereiro. Os casais que participarão desta primeira edição de 2022 poderão tirar dúvidas sobre horários, posicionamento, fotografia, convidados e todos os detalhes sobre a organização do casamento, desde a recepção até o tão aguardado “sim”. Por meio da Subsecretaria de Política de Direitos Humanos e Igualdade Racial (Subdhir), a Sejus selecionou 40 casais por critérios socioeconômicos, estabelecidos via edital publicado no Diário Oficial do DF (DODF). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Casamento Comunitário é um programa de governo que tem como objetivo estimular o direito à convivência familiar, garantir os direitos civis da família como núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e protagonismo social. Para realizar o evento, a Sejus conta com o apoio de parceiros e de voluntários. Serviço Ensaio Geral da 1ª edição do Casamento Comunitário em 2022 Quinta-Feira (10/2), às 9h Endereço: Museu Nacional da República *Com informações da Sejus  

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Cultura registrou um ano com diversas realizações

O ano 2021 foi de canteiros de obras e superação de metas para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Até 31 de dezembro, a pasta empenhou, por meio de editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o aporte de R$ 155 milhões. Esse é o maior investimento de toda a história do FAC e coloca o Distrito Federal na ponta entre as unidades da Federação que mais aplicaram em cultura no ano passado. Cultura investiu em obras durante todo o ano | Foto: Divulgação Para o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, conhecido como Bartô, este é um marco da administração de Ibaneis Rocha. “Nenhum governo teve essa sensibilidade. O desafio está em fazer com que o FAC seja descentralizado, de forma a atender um universo maior de projetos culturais, como preconiza a Lei Orgânica da Cultura no DF”, diz. Principal instrumento de incentivo ao segmento, o Fundo de Apoio à Cultura foi trabalhado em três editais (Visual Periférico e Multicultural I e II). Juntos, os documentos envolveram 22 linguagens artísticas e ofereceram reservas de vagas para quem nunca tinha acessado o recurso. Pessoas com Deficiência (PCDs) também foram contempladas com o benefício. Uma campanha para popularizar o Cadastro de Entes Agentes Culturais (Ceac), que credencia o proponente a acessar os editais, aumentou em 34% a base de inscritos. Assim, a Secec criou linhas para o Meu Primeiro FAC, com reservas de vagas. “Como nunca antes, todas as linguagens culturais foram alcançadas, com os recursos sendo descentralizados para ampliar o leque de oportunidades. Nunca a periferia foi tão contemplada”, conta Bartolomeu Rodrigues. “Se o Multicultural I tinha o objetivo de descentralizar, democratizar e incluir, o Multicultural II vem com o viés da retomada das atividades econômicas do DF, com a proposta de geração de cerca de 100 mil empregos num prazo de seis meses”, explica o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural, João Moro. A volta do MAB Um dos espaços mais emblemáticos da cultura no DF, o Museu de Arte de Brasília (MAB), está de portas reabertas, após 14 anos de espera. Reinaugurado em 21 de abril de 2021, o local tem alterado, com exposições de qualidade, a rotina da Vila Planalto, formando, juntamente com a Concha Acústica, o Complexo Cultural Beira Lago. “É uma felicidade ter esse museu tão caro para arte e para história das artes visuais de Brasília e do Brasil entregue e com melhorias em sua edificação, sobretudo, porque enfrentamos, neste último ano, a adversidade da pandemia da covid-19”, pontua o secretário. “A sua reabertura é um presente para todos, brasilienses, brasileiros e cidadãos do mundo.” Com a reforma estimada em R$ 9 milhões, o edifício do MAB foi expandido em mais de 500 m². A requalificação total do interior do prédio, com mudança de layout, permitiu a ampliação da galeria do primeiro pavimento para mais de 1.022 m² de área útil, quando antes não chegava a 1.000 m². Também se destaca a qualidade do sistema de ar-condicionado, adequado para instituições museológicas, e do sistema de prevenção a incêndio. Entre as novidades está a instalação de dois elevadores, um deles suficiente para transportar as obras. Pensando na preservação dos itens, a iluminação na galeria foi adequada, evitando incidência de luz solar sobre as telas por meio da instalação de paredes em drywall em frente às janelas. Dedicada às apresentações artísticas ao ar livre, a Concha Acústica voltou a fazer parte do cenário cultural do DF, após investimento de R$ 422 mil para reforma e manutenção do espaço. Entre os trabalhos de manutenção feitos no local, estão a pintura completa e regularização das placas de concreto danificadas que compõem o piso, a reforma do alambrado, pintura das estruturas, instalação de refletores, substituição de vidros e aplicação de película. Os serviços também incluíram pintura dos batentes de proteção da guarita, limpeza das lajes e faixas do estacionamento, roçagem e reparos hidráulicos/elétrico. Manutenção de outros espaços culturais Recuperação do Teatro Nacional é um dos desafios | Foto: Divulgação Importantes para a divulgação das artes em todos os seus segmentos e tendências, os equipamentos culturais do Distrito Federal, além de funcionarem como pontos de encontros, lazer e entretenimento para a população, são essenciais para a formação de conhecimento sobre a arte. Daí a necessidade de estarem sempre adequados e aptos a receber o público. Para tanto, foram aplicados R$ 7 milhões de recursos diretos na recuperação desses locais. Nesse contexto, a recuperação do Teatro Nacional, outro relevante espaço cultural da cidade, surge como um desafio. Mesmo fechado, o teatro recebeu melhorias em todo sistema de refrigeração e ar-condicionado. A Secec e a Novacap estão finalizando os termos do edital para contratação de empresa que fará as obras de restauração do teatro com recursos do próprio GDF.  Cidade Patrimônio Após concluir os estudos e análises das necessidades emergenciais dos principais espaços culturais do DF, a pasta pôs em ação, desde março do ano passado, um plano de trabalho chamado “Brasília, Cidade Patrimônio”, para reformar e fazer a manutenção da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Concha Acústica, Cine Brasília, Museu Nacional da República (MuN), Conjunto Fazendinha e Complexo Cultural Samambaia (CCS). Concha Acústica também passou por reformas importantes | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Composto por um complexo de cinco edificações de madeira construídos nos anos 50, o Conjunto Fazendinha, situado na Vila Planalto, passou por reformas emergenciais nas estruturas de madeiras e instalações elétricas. Até agora, a Secec investiu R$ 290 mil para recuperar o espaço. Localizado na DF-330, Km 4, em Sobradinho, o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo estava abandonado desde 2013. Com investimentos de mais de R$ 231 mil, a Secec iniciou, em julho de 2021, uma obra de recuperação do galpão central, além da parte elétrica e pintura. O local também ganhou reforço na iluminação, com novas luminárias e refletores externos, pintura, dedetização e manutenção dos jardins da parte externa. “Essa reforma revitaliza a estrutura física do polo, que seguia há anos sem atenção. O que vamos discutir agora é o processo de ocupação. Há muitas ideias postas na mesa”, conta Bartolomeu Rodrigues. Em agosto do ano passado, três espaços memoriais essenciais para a preservação da história e da cultura – Museu do Catetinho, Museu da Memória Candanga (MVNC) e Memorial dos Povos Indígenas (MPI) – tiveram seus sistemas de incêndio substituídos e modernizados. Cravada no coração do Plano Piloto, a Praça do Complexo Cultural da República é um dos espaços públicos mais visitados de Brasília. Point de skatistas, artistas, visitantes do museu e da biblioteca, o local também recebeu intervenções estruturais de manutenção e preservação do patrimônio. Os trabalhos tiveram a parceria do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) com frisagem, varrição, catação, lavagem e pintura dos meios-fios, além da recuperação do espelho d´água. O investimento é da ordem de R$ 187 mil. Após a reintegração do Complexo Funarte Brasília aos equipamentos da secretaria, foi anunciada a reforma do Teatro Plínio Marcos e a mudança de nome para Centro Ibero-Americano de Cultura. A obra prevê manutenção da fachada, impermeabilização da cobertura, pintura externa, recuperação das calçadas, preservação das esquadrias de vidros e recuperação de captação de águas pluviais. O valor do investimento é R$ 485 mil. “Estou muito seguro sobre o futuro do Complexo Cultural Funarte Brasília pela sensibilidade com que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa trata desse equipamento”, valoriza o presidente do complexo, Tamoio Marcondes. Já no Gama, a Secec comanda a reforma do Cine Itapuã para recuperar a estrutura do espaço, de valor de R$ 464 mil. Olhar sensível às minorias Com uma atenção especial às minorias, a Secec marcou presença, em 2021, ao reconhecer a potência e talento de artistas do segmento LGBTQIA+ e mulheres negras do DF. Com aporte de R$ 300 mil, a pasta selecionou 80 nomes para premiação. Além de incentivo em dinheiro, os artistas ganhadores levaram troféus e divulgação de seus trabalhos com catálogo ilustrativo. A comissão de seleção do Prêmio LGBTQIA+ avaliou 300 fichas de inscrições e portfólios de artistas consagrados no segmento, que concorreram ao certame por suas contribuições ao desenvolvimento artístico do DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Foram 50 premiados com o valor de R$ 3 mil cada. “Desde que assumi a gestão da pasta de Cultura e Economia Criativa, voltei minha atenção e preocupação para a comunidade LGBTQIA+, simultaneamente uma das mais invisíveis e potentes da cadeia de cultura”, lembra o secretário. Além disso, 30 agentes culturais negras das mais diversas regiões administrativas tiveram suas trajetórias artísticas reconhecidas pela contribuição sociocultural a comunidades em 22 linguagens artísticas diferentes. A iniciativa foi da Subsecretaria de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC), que pagou o prêmio de R$ 5 mil a cada uma. “Esse prêmio é só um símbolo do compromisso da Secec com a valorização da diversidade que existe na cultura. As 30 selecionadas, em seu conjunto, representam com excelência a força da arte negra feminina do DF”, saudou a titular da SDDC, Sol Montes. Aldir Blanc Dispositivo emergencial criado pelo governo federal para dar suporte à classe artística no período de pandemia, a Lei Aldir Blanc já pagou 100% dos beneficiários dos projetos da primeira fase, aplicando mais de R$ 33 milhões repassados pela União. O montante representa quase 90% dos recursos empenhados e contempla 2.824 profissionais da área. Na segunda fase, mais 500 agentes culturais foram agraciados, fechando, assim, a execução da lei. Execução de Termo de Fomento Regulamentado por meio do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), o Termo de Fomento consiste na execução, pela Secec, de projetos viabilizados por emendas parlamentares. Em 2021, a pasta aprovou 73 projetos distribuídos com realizações presenciais em todas as RAs, somando R$ 27,7 milhões de investimentos. Esse volume de ações é resultado da assinatura de termos de fomento com Organizações da Sociedade Civil (OSCs). “O Termo de Fomento ganhou um foco na Secec ao percebermos a potência desse instrumento em movimentar a cadeia da economia criativa”, avalia Bartolomeu Rodrigues. “Entendemos que fomentar os espaços culturais do DF é uma experiência muito exitosa. Iniciamos pelo MAB e Concha Acústica, mas queremos expandir o projeto, aberto ao público e de forma gratuita, para outros equipamentos culturais”, conta produtor executivo do projeto Complexo Beira Lago, Acir Carvalho. Arte urbana Em julho de 2021, a Galeria dos Estados ganhou intervenção de grafiteiros e se tornou uma galeria a céu aberto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Aberta a todas as tendências, linguagens artísticas e movimentos, a Secec abraçou a arte urbana no DF promovendo a cultura do grafite pela cidade. Assim, edital no valor total de R$ 150 mil, lançado em 2020, mas só executado em 2021 por conta da pandemia, viabilizou a contratação de 100 artistas com cachê de R$ 1,5 mil cada para colorir o viaduto da Galeria dos Estados. Uma das vias mais importantes do Plano Piloto e todo o DF, a W3 Sul também vai servir de palco para a arte urbana. Isso porque o edital W3 Arte Urbana, lançado em novembro de 2021, escolheu 27 artistas que farão intervenções nas paradas de ônibus da charmosa avenida. Para esse certame, a Secec aportou R$ 81 mil em recursos e vai remunerar cada selecionado com um cachê de R$ 3 mil. Encabeçado pela Secec, o projeto também conta com a parceria das secretarias de Governo (Segov), de Transporte e Mobilidade (Semob) e de Projetos Especiais (Sepe), além da Administração Regional do Plano Piloto. Festival de Cinema de Brasília Maior festa da cultura no DF, nascida cinco anos após a inauguração da cidade, em novembro de 1965, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) é referência nacional e transcende sua importância como mera mostra cinematográfica. O encontro teve êxito de público entre 7 e 14 de dezembro, em formato virtual. “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro”, reforça o titular da Secec. A 54ª edição do evento contou com quase mil inscritos e teve a ficção como destaque na mostra competitiva. “Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, festeja o secretário. Foram trabalhos vindos de 11 estados brasileiros, a maioria dialogando com o tema “O Cinema do futuro e o futuro do cinema”. Incentivo à leitura Mala do Livro | Divulgação/Secec Os projetos de incentivo ao livro e a leitura ganharam corpo em 2021, quando a Mala do Livro completou 31 anos, tornando-se um projeto para exportação para outros estados e países da América do Sul e da África que falam português. “A Mala do Livro é um programa tipo exportação, que rompeu as fronteiras do Distrito Federal; tem a força que tem devido a esses voluntários amantes da leitura”, define Bartolomeu Rodrigues. Por meio de aporte de R$ 500 mil, a Secec lançou edital para contemplar 100 agentes com prêmio de R$ 5 mil. Em outra frente, um edital de R$ 1,2 milhão vai capacitá-los. Atualmente, a Mala do Livro tem 75.300 títulos cadastrados no sistema em 196 malas (na verdade, caixas de madeira dobráveis). Há ainda 188 malas disponíveis em instituições que prestam assistência social, além de outras sete em hospitais. A Ride-DF, que avança para Minas e Goiás, contabiliza mais de 500 unidades. Candanguinho e Candango A Secec lançou o I Prêmio Candanguinho de Poesia Infanto-Juvenil, que selecionou 30 obras inéditas de crianças e jovens entre 6 e 17 anos para compor a coletânea de poesias Mala do Livro: uma viagem na cultura, em celebração aos 30 anos do projeto da Biblioteca Nacional de Brasília. “A grande adesão ao Candanguinho mostra que essa iniciativa estava sendo requerida há muito tempo. É um espaço para que crianças e jovens possam se expressar era uma lacuna no DF, por isso a equipe da BNB envolvida no projeto está muito entusiasmada com os resultados. Esse programa e o prêmio representam um pedacinho de um desafio maior de estímulo à escrita, à leitura e à oralidade que a Secec está construindo”, explica a assessora de Relações Institucionais da Secec, Beth Fernandes. Na sequência, veio o edital para selecionar instituição que vai gerir o I Prêmio Candango de Literatura, com aporte de R$ 1 milhão. Essa instituição vai coordenar, em parceria com a Secec, todas as fases do concurso – do lançamento à entrega do prêmio, que terá as categorias Romance, Poesia, Conto, Prêmio Brasília, Capa e Projeto Gráfico, além de duas linhas destinadas a iniciativas de incentivo à leitura (Geral e PcD). “O Prêmio Candango de Literatura é uma aspiração que nasceu desde o início dessa gestão, com o objetivo de integrar a comunidade internacional de língua portuguesa. É uma forma de estimular e valorizar os escritores nesse momento delicado”, conclui o secretário de Cultura e Economia Criativa. Arte: Agência Brasília  

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Museu Nacional abre mostra do designer Claudio Maya

Administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o Museu Nacional da República (MUN) abre espaço para a retrospectiva do trabalho do designer, chargista e professor gaúcho Claudio Maya (1943-2020), que morreu de covid-19 no final do ano passado. O Lugar das Coisas É Onde Você as Pôs abre ao público nesta sexta-feira (27) e segue até 7 de novembro, reunindo 70 trabalhos, divididos entre cartazes, cartuns, charges, produtos editoriais e industriais. O designer, chargista e professor gaúcho Claudio Maya| Divulgação/Secec A diretora do museu, Sara Seilert, lembra que, em 2017, quando Brasília completou 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade, a capital recebeu o título de Cidade Criativa do Design pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “Oferecer ao público exposições de design no Museu Nacional da República, como a de Claudio Maya, é nossa forma de reconhecer e valorizar as características estéticas da cidade e a vocação do museu, divulgando a produção de design feita em Brasília, pioneira, e seu legado”, destaca a diretora. A exposição, cujo título evoca a psique humana, tem curadoria de André Maya, filho do artista, também designer e professor da Universidade de Brasília (UnB), e de seu colega de instituição, Rogério Câmara. André explica que a ideia de expor o trabalho do pai não partiu dele, mas de Rogério. “Com o falecimento do meu pai, logo no início desse projeto, minha relação com a exposição mudou. Organizar o trabalho dele me reorganiza, me ajuda a encontrar o lugar das coisas”, afirma. [Olho texto=”“Nem mesmo a truculência da ditadura militar foi capaz de apagar a formação humanista e dialética que marcou não só ele, mas toda uma geração”” assinatura=”André Maya, curador ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Vivências de infância No trabalho de juntar as criações espalhadas por Claudio Maya em muitas artes, André conta que rememorou as vivências de infância, com as quais aprendeu que o processo criativo começa muito antes de se tomar assento na prancheta ou na tela do computador, a partir da familiarização com materiais – tintas, paletas de cor, lápis, canetas, borrachas e colas. “Ele nos ajudava a fazer elaboradas capas de trabalho com letraset (caracteres decalcáveis), na construção de pipas e até de estilingues”, rememora. Sobre a facilidade de Claudio em percorrer campos distintos, André diz acreditar que essa é uma característica importante das primeiras gerações de designers formados no país. Afirma que o pai não fazia distinção entre projetos bidimensionais e tridimensionais. “É claro que os projetos de produto ficaram mais restritos ao período em que morou em São Paulo, no início da década de 1970. Cartum ele fazia porque era gaiato. Ele sempre foi um sujeito engraçado, com um senso de humor muito aguçado. E tinha traço”, conta. André conta que o pai falava muito do sonho de Darcy Ribeiro e dizia “que estávamos cada vez mais distantes dele”, uma fala que vaticinava tempos difíceis adiante. “Acho que Claudio Maya viveu esse sonho quando cursou arquitetura na UnB, em 1963 e 1964. O sonho durou pouco, mas foi intenso para quem viveu. Nem mesmo a truculência da ditadura militar foi capaz de apagar a formação humanista e dialética que marcou não só ele, mas toda uma geração.” Arte e design A exposição provoca o espectador a pensar os limites entre design e arte. Sobre a preposição, André responde: “Vejo que o trânsito entre design e arte é muito mais produtivo e comum que a separação entre eles. Muitos designers atuam numa zona limítrofe entre projetista, autor, editor e ilustrador. Se há uma distinção inequívoca, eu desconheço”, afirma. E acrescenta: “É claro que o mercado sempre vai demandar habilidades específicas que o designer ou artista terá que adquirir, independentemente de sua formação. A Bauhaus era uma escola de arquitetura, de artes ou de design? Eu não saberia responder.” Rogério Câmara destaca que Claudio Maya esteve entre as primeiras gerações formadas em design no Brasil e participou da construção desse campo no país. “Hoje, é raro encontrar um designer que projete com tamanha naturalidade bens de consumo (fogão, ventilador, aparelho de som, etc) e produtos gráficos. Sua produção resulta de um senso estético apurado, da consciência das possibilidades fornecidas pelos meios de produção e da observância do campo social. Cabe destacar o humor crítico de seus textos. Estes revelam um grande frasista, talento que pode ser observado também em suas charges”, observa. Entre a arte e o design, a nova exposição do MUN promete dialogar com a vocação estética da capital e propiciar ao público brasiliense enquadramentos do passado que continuam na vanguarda dos tempos. Serviço O Lugar das Coisas É Onde Você as Pôs Exposição retrospectiva do trabalho do designer Claudio Maya 27 de agosto a 7 de novembro Museu Nacional da República, Galeria Térreo Visitação: Às sextas, sábados e domingos das 10h às 16h – horário reduzido em atendimento ao protocolo de segurança para enfrentamento da pandemia, conforme Portaria Secec-DF nº 179, de 16 de setembro de 2020 (o horário de visitação poderá sofrer alteração) Telefone: (61) 3325-5220 Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa 

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