Paciente também é protagonista na prevenção de infecções hospitalares e proliferação de superbactérias
A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea, e enfrentá-la depende não apenas dos profissionais de saúde, mas também dos pacientes, acompanhantes e da sociedade como um todo. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), uma das unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) tem adotado estratégias inovadoras para ampliar essa conscientização, com foco na educação, no comportamento e na prevenção. Publicação elaborada pelo Hospital de Base orienta as pessoas sobre a importância da prevenção à transmissão de microorganismos | Foto: Divulgação/IgesDF “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas” Julival Ribeiro, infectologista do Hospital de Base “O paciente tem papel fundamental no controle das infecções”, indica o infectologista Julival Ribeiro, coordenador do Nucih. “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas.” Para aproximar esse tema do público, o Nucih desenvolveu um folheto educativo que explica, de forma simples, a importância da higiene das mãos e dos cuidados com a transmissão de microrganismos. O material é distribuído a pacientes, acompanhantes, voluntários e à equipe do projeto Humanizar, que recebe treinamento específico. “Esses voluntários têm uma atuação muito importante no acolhimento, mas é essencial que saibam como evitar, ainda que inadvertidamente, a disseminação de bactérias resistentes”, aponta o infectologista Lino Silveira. “Embora ajam com as melhores intenções, como cumprimentar ou abraçar um paciente, podem atuar como vetores dessas bactérias. O treinamento garante que as boas intenções se somem à segurança do paciente.” O impacto das infecções hospitalares As infecções em ambiente hospitalar, especialmente em pacientes com trauma grave, câncer ou outras doenças críticas, podem ter impacto direto no desfecho clínico. Mesmo um paciente que se recupera de uma hemorragia ou fratura pode evoluir para óbito em decorrência de uma infecção multirresistente adquirida durante a internação. Segundo Julival Ribeiro, o avanço da resistência bacteriana ameaça a efetividade dos tratamentos. “Estamos vendo bactérias que não respondem mais aos principais antibióticos disponíveis, e isso aumenta o tempo de internação, eleva os custos hospitalares e, sobretudo, compromete a vida dos pacientes”, alerta. Da hospitalização ao meio ambiente A atuação do Nucih ultrapassa os limites do hospital. Uma análise elaborada em parceria com a engenharia sanitária da unidade avaliou o esgoto de Brasília e identificou indícios da presença de bactérias resistentes no meio ambiente. O achado reforça a necessidade de uma visão integrada sobre o problema. “Falamos de uma questão que envolve não apenas a saúde humana, mas também a saúde animal e ambiental”, atenta o infectologista Tazio Vanni. “É o conceito de saúde única, que é entender que tudo está interligado.” Saúde única e uso racional de antibióticos [LEIA_TAMBEM]A resistência bacteriana também está ligada ao uso indiscriminado de antibióticos na agropecuária, prática que acelera a seleção de microrganismos resistentes e traz reflexos para a saúde pública. O Plano de Ação Nacional para o Controle da Resistência aos Antimicrobianos, implementado pelo governo federal e alinhado às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), busca justamente frear esse avanço. “Desde 2013, a OMS recomenda que todos os países adotem estratégias integradas para controlar a resistência antimicrobiana”, situa Tazio. “O Brasil está na segunda versão do seu plano, o que demonstra o compromisso em tratar o tema como prioridade nacional.” Inovação e futuro Além das medidas de prevenção e controle, novas abordagens vêm sendo estudadas — é o caso do uso de recursos biológicos como vírus bacteriófagos, que atacam bactérias específicas, representando uma alternativa promissora à antibioticoterapia tradicional. “Compreender a complexidade dessa interação entre diferentes formas de vida é o que chamamos de saúde planetária”, conclui Julival Ribeiro. “Precisamos aprender com a natureza para encontrar soluções sustentáveis no combate à resistência bacteriana.” *Com informações do IgesDF
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DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho
O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo. Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF. “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Domingo de dor, segunda-feira de choque: como descobri que tive um AVC aos 22 anos
Eu tinha 22 anos. Era um domingo quando tudo começou com uma dor de cabeça fora do normal e a visão escurecendo aos poucos, uma sensação que jamais havia experimentado. Pensei que fosse apenas uma enxaqueca. Dormi mal e, na manhã seguinte, acordei com o lado esquerdo dormente, o olho avermelhado e a fala enrolada. Tentei seguir o dia normalmente, fui para o trabalho e, ao tentar conversar, percebi que a língua não obedecia. As palavras saíam confusas. Procurei socorro imediatamente. O diagnóstico veio rápido: Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico, algo que jamais imaginaria viver tão jovem. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Nos dias seguintes, o impacto real apareceu. Perdi parte da memória, lembrava quem eu era, mas não o que havia vivido naquele período. Era como se pedaços da minha história tivessem sido apagados. Também perdi a fluência em idiomas que dominava, algo que os médicos explicaram ser possível devido à região do cérebro afetada. Fiquei com paralisia no lado esquerdo do rosto e no braço por cerca de seis meses. A fisioterapia, os exercícios diários e o apoio da família foram essenciais para a recuperação. Hoje, com o corpo reabilitado e a memória reconstruída pouco a pouco, entendo o quanto é importante reconhecer os sinais e agir rápido. Casos de AVC em jovens crescem no mundo O Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado nesta quarta-feira (29), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico rápido dessa condição que continua entre as principais causas de morte e incapacidade no mundo. A campanha global deste ano traz o lema “Cada minuto conta”, destacando a urgência de reconhecer os sinais precoces e agir imediatamente diante de qualquer suspeita. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais” Letícia Rebello, coordenadora do programa AVC no Quadrado Segundo a neurologista Letícia Rebello, referência nacional em AVC e coordenadora do programa AVC no Quadrado, da Secretaria de Saúde (SES-DF), o aumento de casos entre jovens está relacionado principalmente ao estilo de vida e à prevenção tardia. “O que antes representava fatores de risco típicos de idosos, como hipertensão e diabetes, está aparecendo cada vez mais cedo”, pontua a médica. “Hábitos de vida pouco saudáveis e condições ambientais contribuem para esse aumento. Por isso, a prevenção e o diagnóstico rápido são fundamentais.” Nos últimos anos, o número de AVCs entre pessoas mais jovens tem aumentado de forma preocupante. Um estudo publicado pela revista científica The Lancet Neurology, em outubro de 2024, apontou um crescimento global de 14,8% nos casos de AVC em pessoas com menos de 70 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a World Stroke Organization (WSO) alertam que o AVC já está entre as principais causas de morte e incapacidade em adultos entre 15 e 49 anos, com impacto crescente em países em desenvolvimento. O alerta é global, mas também está cada vez mais próximo de nós. No Brasil, dados da Rede Brasil AVC indicam que cerca de 18% dos casos registrados ocorrem em pessoas de 18 a 45 anos, um índice alto para uma faixa etária que tradicionalmente não se via em risco. A neurologista da SES-DF ressalta que o programa AVC no Quadrado ajuda a garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso rápido ao diagnóstico e tratamento. “Além disso, o programa vem para organizar o atendimento intra-hospitalar para tratar mais pacientes, no menor tempo possível”, aponta. “Uma vez que o tempo é um grande inimigo do AVC, quanto mais cedo for o atendimento, e mais rápido o tratamento, maiores as chances de recuperação e menores as sequelas”. Tipos de AVC “Ser jovem não protege ninguém do AVC. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante” Carlos Uribe, neurologista do IgesDF O AVC acontece quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido ou comprometido, causando a morte de células nervosas na região afetada. Existem dois tipos principais: o AVC isquêmico, como o que tive, que ocorre quando um vaso sanguíneo é obstruído, e o AVC hemorrágico, causado pela ruptura de um vaso cerebral. Cada tipo apresenta riscos e sequelas diferentes, mas ambos exigem atenção imediata: quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação. Para o neurologista Carlos Uribe, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), é urgente desfazer a ideia de que o AVC é uma doença exclusiva da terceira idade. “Ser jovem não protege ninguém do AVC”, observa. A rotina sedentária, o estresse e os hábitos alimentares também têm peso importante”. [LEIA_TAMBEM]Veja abaixo os principais sintomas de AVC listados pelo médico. ⇒ Dormência ou fraqueza em um lado do corpo; ⇒ Boca torta; ⇒ Dificuldade para falar ou compreender; ⇒ Perda de visão, escurecimento ou visão dupla; ⇒ Tontura, perda de equilíbrio ou confusão mental; ⇒ Dor de cabeça súbita, intensa ou diferente do habitual. Por que meu alerta importa Eu vivi o que parecia improvável. Passei por meses de reabilitação, reaprendendo a movimentar o corpo e reorganizar a mente. Tive medo, dúvidas e, por um tempo, senti que havia perdido parte de quem eu era. Mas hoje, depois de 20 anos, ao contar minha história, quero que outros reconheçam os sinais e ajam rápido. O meu AVC foi um divisor de águas. Hoje, com saúde e gratidão, transformo aquele episódio em propósito: alertar outros jovens para que reconheçam os sinais e não hesitem em buscar ajuda. Porque o AVC não tem idade, e, às vezes, o primeiro sintoma é acreditar que ele nunca vai acontecer com você.
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Sono de qualidade e boa alimentação são aliados do bem-estar
Aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca, queda da imunidade, insônia, dor no estômago, tensão muscular, dor de cabeça, temperamento explosivo, ganho de peso e elevação dos hormônios cortisol e adrenalina: esses são alguns sinais de que o corpo pode estar reagindo a um quadro de estresse. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é considerado a “doença do século 21” e já afeta 1 em cada 5 pessoas de forma crônica. Por isso, datas como 23 de setembro, Dia Mundial de Combate ao Estresse, servem para reforçar a importância de cuidar da saúde mental e adotar hábitos que protejam o corpo e a mente. “O sono de qualidade, a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física são os três pilares de uma vida saudável e de um organismo menos vulnerável ao estresse”, afirma Daniel Abreu, nutricionista clínico do Hospital de Base (HBDF). Ele explica que a combinação desses hábitos ajuda a criar um ambiente anti-inflamatório no corpo e favorece a liberação de hormônios que promovem bem-estar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é considerado a “doença do século 21” e já afeta 1 em cada 5 pessoas de forma crônica | Fotos: Divulgação/IgesDF Dormir bem, segundo o especialista, é essencial para a reparação do organismo. “Quando o sono é deficiente, a produção hormonal, o controle glicêmico e o equilíbrio do peso ficam prejudicados. Isso aumenta a percepção de esforço físico, eleva o risco de lesões e favorece o ganho de peso, aumentando o estresse”, alerta. Exemplo de mudança de hábitos O empresário Claudio Carvalho, 43 anos, é prova de que pequenas mudanças podem transformar a vida. “Durante anos, vivi sob intensa pressão profissional, viajava constantemente, não me alimentava bem e era totalmente sedentário. Chegou um ponto em que não dava mais”, lembra. Decidido a cuidar da saúde, Cláudio mudou radicalmente sua rotina. “Saí do emprego, abri minha própria empresa e passei a priorizar minha saúde. Hoje faço caminhadas, pedalo com frequência e aproveito melhor os momentos em família. Sinto-me mais paciente e tranquilo”, conta. Para o nutricionista Daniel Abreu, a chave está na rotina diária. “Não existe fórmula milagrosa, mas cuidar da alimentação, se movimentar e dormir bem funcionam como um remédio natural contra o estresse. Com esses hábitos, o corpo reage melhor às pressões do dia a dia e a mente encontra espaço para se recuperar”. *Com informações do IgesDF
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Equipe do HRSM transforma acolhimento com almofadas que facilitam a amamentação
Para humanizar ainda mais o atendimento às mães e bebês e incentivar a amamentação, as equipes de enfermagem e de terapia ocupacional da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) decidiram confeccionar almofadas de amamentação para uso durante a internação. Lorrane Santana estava entre as mães que receberam a almofada para auxiliar na amentação: “Antes, eu ficava muito curvada na hora de amamentar, mas agora consigo melhorar minha postura e posicionar melhor o meu filho” | Foto: Divulgação/IgesDF A ideia surgiu após o atendimento a uma mãe com paralisia cerebral e limitações motoras, que enfrentava dificuldades principalmente na hora de amamentar o bebê. “Percebemos a necessidade de oferecer esse suporte, que proporciona mais estabilidade e conforto para a mãe, além de facilitar o posicionamento correto do bebê no peito”, explica Rosane Medeiros, chefe do Serviço de Enfermagem da Ucin. Mobilizadas, as equipes fizeram uma vaquinha e compraram os materiais necessários para a confecção de dez almofadas, produzidas pela técnica de enfermagem Eliane Veras, que também tem habilidade em costura. As peças foram revestidas com material plástico, o que permite higienização adequada entre os usos e garante segurança a todas as mães e bebês. [LEIA_TAMBEM]“Temos 20 leitos na Ucin, e as dez almofadas são revezadas entre as mães que mais precisam de apoio na amamentação”, relata Rosane. “Sabemos que esse cuidado é essencial para o sucesso desse processo e queremos oferecer o máximo de conforto, pois entendemos as dificuldades de quem está internado com seu bebê.” A iniciativa também reforça o compromisso do hospital com a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (Ihac), programa do Ministério da Saúde em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) que promove, protege e apoia o aleitamento materno. O HRSM está em processo de qualificação para adesão à Ihac, reconhecendo a importância desse selo para a saúde materno-infantil e para a garantia do direito ao aleitamento. Mais conforto na prática Lorrane Santana, de 30 anos, está internada há 15 dias no HRSM com seu filho Bernardo, que nasceu prematuro de 34 semanas e agora aguarda ganhar peso para receber alta. Ela foi uma das mães que receberam a almofada. “Essa iniciativa da equipe foi maravilhosa”, elogia. “Antes, eu ficava muito curvada na hora de amamentar, mas agora consigo melhorar minha postura e posicionar melhor o meu filho. Ele está na fase de mamar bastante para ganhar peso, então esse conforto faz muita diferença. A equipe está de parabéns.” *Com informações do IgesDF
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Parkinson: dia de conscientização alerta para doença que afeta milhões no mundo
A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta cerca de 8,5 milhões de pessoas ao redor do globo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante do cenário, 11 de abril foi estabelecido internacionalmente como o Dia do Parkinson, a fim de ampliar a conscientização e a compreensão sobre a doença. A doença pode causar sintomas como tremores nas extremidades da mão, lentidão dos movimentos, rigidez muscular e transtornos da fala e do sono | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde A doença causa uma perda gradual dos neurônios que produzem a dopamina – neurotransmissor responsável por, entre outras funções, controlar a mobilidade do corpo -, e costuma se manifestar após os 65 anos de idade. No entanto, segundo a OMS, o diagnóstico de casos em pessoas abaixo da faixa dos 60, 50 e 40 anos tem aumentado no mundo. “Quem pratica exercícios vigorosos costuma ter sintomas mais brandos e evolução mais lenta; no entanto, ainda não se conhece uma barreira contra o Parkinson” Marcelo Lobo, neurologista do Hospital de Base Entre os fatores de risco conhecidos, constam a predisposição genética, o sedentarismo e a exposição a agrotóxicos e metais pesados. Até o momento, não há nenhuma estratégia de prevenção definitiva para a condição. “Sabemos que pessoas que mantêm um alto nível de atividades físicas parecem ter maior proteção quanto ao avanço da doença”, afirma o neurologista Marcelo Lobo, do Centro de Referência em Doença de Parkinson do Hospital de Base (HBDF). “Quem pratica exercícios vigorosos costuma ter sintomas mais brandos e evolução mais lenta; no entanto, ainda não se conhece uma barreira contra o Parkinson.” Diagnóstico e assistência O diagnóstico da doença é feito pela associação de avaliações clínicas, histórico médico, exames físicos e, em alguns casos, testes adicionais de neuroimagem para descartar outras condições. No Distrito Federal, usuários da Secretaria de Saúde (SES-DF) que necessitam do serviço passam por uma avaliação inicial nas unidades básicas de saúde (UBSs), de onde são encaminhados aos hospitais regionais ou ambulatórios de reabilitação da rede pública. Casos mais complexos podem ser direcionados ao Centro de Referência em Doença de Parkinson do Hospital de Base (HBDF). Sintomas Divanice Araújo, 72, lembra que os primeiros sinais do Parkinson foram a rigidez nos membros e um leve tremor na mão esquerda. Em tratamento no centro de referência do HBDF, a aposentada enfatiza que a doença não a tem impedido de se manter ativa, embora admita que o agravamento dos sintomas represente uma batalha árdua. “Eu sempre fui uma pessoa muito dinâmica, e ainda consigo fazer tudo em casa – varro, cozinho… mas aceitar a doença é muito difícil”, confessa. Na maioria dos casos, os sintomas começam de forma lenta e sem sinais alarmantes. A desaceleração dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas por amigos e familiares, costumam ser os sinais da doença mais visíveis. Podem ainda estar relacionados ao caso sintomas como rigidez muscular, redução da quantidade de movimentos, problemas na fala, dificuldade para engolir, depressão, tontura e distúrbios do sono, respiratórios e urinários. O neurologista explica que, ao contrário do que se costuma pensar quando se fala de Parkinson, os tremores nem sempre são os sinais prevalentes da doença. “Na prática clínica, observamos muitos pacientes com sintomas não motores, como perda do olfato, constipação ou transtorno do sono, no qual a pessoa tem sonhos vívidos e, durante o sono, se movimenta, chuta, fala, briga”, detalha. “Muitas vezes esses sinais antecedem os tremores em vários anos, até décadas”. * Com informações da Secretaria de Saúde
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Dezembro Verde: a importância do combate ao abandono de animais
Assim como os humanos, cães e gatos também possuem um calendário dividido em cores para a conscientização sobre temas relevantes à saúde. A causa trabalhada este mês é o Dezembro Verde, criado como uma forma de combate ao abandono de animais – ato cruel e considerado crime pela lei federal nº 9.605/98, com pena de reclusão para quem o pratica. A campanha reforça a importância da responsabilidade e do cuidado com os companheiros de quatro patas. Secretaria de Proteção Animal do DF desenvolve ações para conscientizar a população sobre a importância de respeitar os animais | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Precisamos nos comprometer com a responsabilidade e o respeito por aqueles que dependem de nós” Ricardo Villafane, secretário de Proteção Animal do DF Somente em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou no Brasil cerca de 30 milhões de animais abandonados, abrangendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães condenados à fome, ao frio e ao sofrimento – além de gerar problemas de saúde pública. Conscientização O secretário de Proteção Animal do DF, Ricardo Villafane, afirma que o cenário de abandono de pets tende a aumentar com as férias e viagens que caracterizam o fim de ano, especialmente por tutores que descartam os animais por não buscarem soluções responsáveis, como cuidadores ou hotéis especializados. Ricardo Villafane, secretário de Proteção Animal do DF: “O abandono é mais do que um ato cruel, é um ato criminoso” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O gestor também ressalta que a secretaria tem feito um trabalho de conscientização por meio das redes sociais e veículos de comunicação, com campanhas educativas sobre guarda responsável e a necessidade de denunciar os maus tratos e abandono. Além das feiras de adoção por parcerias com organizações não governamentais (ONGs) que ocorrem esporadicamente, equipes também trabalham com um calendário pet, que tratará de um tema por mês voltado à causa animal. “O abandono é mais do que um ato cruel, é um ato criminoso”, pontua Villafane. “Além de deixar os animais expostos a riscos como fome, doenças e maus-tratos, aumenta o número de animais de rua e sobrecarrega os abrigos. Precisamos nos comprometer com a responsabilidade e o respeito por aqueles que dependem de nós.” Canais de denúncia O abandono de animais é crime, podendo gerar de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição de guarda. O delegado-chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), Jônatas Silva, relata que, de janeiro a meados de novembro deste ano, foram registradas cerca de 4.700 denúncias anônimas de maus-tratos no DF. Ele frisou, ainda, que o endurecimento da pena implementado pela lei federal nº 14.064/20 fez uma grande diferença, diminuindo a impunidade nos crimes. “Infelizmente, a cultura do abandono não saiu da sociedade, temos percebido isso”, observa o delegado. “E as pessoas precisam registrar os fatos com fotos e vídeos, fazendo as denúncias pelos canais para robustecer o conjunto de provas e responsabilizar os autores do crime.” Jônatas também lembra que, durante as operações executadas pela polícia, os agentes trabalham na conscientização de tutores que deixam os animais amarrados ou em outras situações precárias. Ao presenciar algum caso de maus-tratos ou abandono de animais, é possível fazer uma denúncia anônima pelo número 190, que é o telefone da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ou pelo e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br. Também se pode denunciar pelo Whatsapp (61) 98626.1197 ou registrar a ocorrência online pelo site da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do DF.
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Capsi de Taguatinga recebe visita de representantes da OMS e Opas
O Centro de Atendimento Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) de Taguatinga recebeu, na quinta-feira (23), a visita de representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conhecer o trabalho de excelência realizado no centro e trocar experiências sobre saúde mental. O Capsi atende crianças e adolescentes (até 17 anos) com sofrimento psíquico intenso, decorrente de transtornos mentais graves e recorrentes, mas também de pacientes com sofrimentos psíquicos por uso de substâncias psicoativas (até os 15 anos). Centro Psicossocial Infantojuvenil de Taguatinga é referência no atendimento de crianças e adolescentes na região | Fotos: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF A unidade presta assistência a todas as regiões ao redor de Taguatinga: Águas Claras, Arniqueira, Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol, 26 de Setembro, entre outras. O Capsi de Taguatinga é referência para cerca de 1 milhão de pessoas no apoio em saúde mental, visando à busca pela convivência e a socialização dos usuários do sistema. De janeiro até maio, o Capsi já realizou aproximadamente 2 mil atendimentos. O oficial-técnico da OPAS/OMS no Brasil, Victor Pavarino, conheceu o trabalho desenvolvido com as crianças e se surpreendeu com a recepção calorosa da equipe do centro. “A visita foi uma demanda do escritório de saúde mental da OMS em Genebra. O Capsi de Taguatinga foi recomendado por ser um centro modelo em saúde mental”, comenta. Para a oficial-técnica em Saúde Mental da OMS, a italiana Kyara Serville, a visita foi importante para vivenciar a realidade do Capsi e trocar experiências com os profissionais de saúde mental. “Estou realmente impressionada com o trabalho da equipe multidisciplinar aqui no Capsi. É uma oportunidade de aprender como funciona na realidade e os diferentes tipos de problemas e abordagens baseadas em necessidades específicas. Então espero que possam continuar com o trabalho e até aumentar os números do Capsi”, ressalta a representante de Genebra. Os visitantes conheceram o jardim sensorial, que é usado para desenvolver sensações, habilidades e capacidades nas crianças atendidas na instituição Os oficiais fizeram uma visita conduzida pela gerente do Capsi de Taguatinga, Kelly Cristina Viera, que mostrou como são desenvolvidas as atividades de assistência à comunidade. “Foi uma ótima troca de experiências e vivências sobre o trabalho com crianças e adolescentes com transtorno mental. E é um orgulho ser uma referência para outras instituições”, destaca. Os visitantes conheceram o jardim sensorial, que é usado para desenvolver sensações, habilidades e capacidades nas crianças atendidas na instituição. Capsi O acolhimento do Capsi é portas abertas, das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira. Basta apresentar os documentos pessoais. No primeiro atendimento, os jovens devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis. No DF, existem Caps em Brasília, Taguatinga, Sobradinho e Recanto da Emas, além do Caps Brazlândia que presta assistência a jovens e adultos. Saiba mais sobre o atendimento em saúde mental na rede pública do DF. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Atividades oferecidas nas UBSs aumentam bem-estar da população
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que estar saudável corresponde a um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas à ausência de patologias ou enfermidades. Tendo esse entendimento como ponto de partida, as unidades básicas de saúde (UBSs) são muito mais do que apenas espaços para tratar doenças, contemplando uma gama de atividades que promovem o bem-estar do corpo, da mente e da própria comunidade em que se situam. Exemplo disso são as hortas comunitárias, que unem terapia com o cuidado próximo à natureza. Os efeitos da “terraterapia” foram percebidos pela aposentada Maria de Fátima Oliveira Souza – a dona Fátima –, de 71 anos. Ela participa do projeto desde sua implementação na UBS 1 de Águas Claras. “A gente tem o prazer de plantar uma semente, vê-la germinar e se transformar em uma planta bonita, ou em uma couve, um tomate, um pimentão… algo feito para o nosso alimento. É gratificante”, diz. Maria de Fátima Souza: “É gratificante plantar uma semente, vê-la germinar e se transformar em uma bela planta, em uma couve, um tomate, um pimentão” | Foto: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF Os trabalhos na horta comunitária, que incluem, por exemplo, a produção de citronela – eficaz em afastar o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue –, geram benefícios à saúde física e mental dos pacientes. “Vale a pena. Conheço gente que estava com depressão e que, com a terraterapia, diz que melhorou 90%, se não 100%”, acrescenta Fátima. À frente da Diretoria de Estratégia de Saúde da Família (Desf) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sandro Rodrigues concorda com a aposentada. Ele explica que a promoção da saúde passa pela adoção de hábitos saudáveis. “Realizar atividades físicas, como caminhada ou natação, e manter uma alimentação saudável, mais balanceada, evitando o consumo de açúcares e de alimentos ultraprocessados, podem ser grandes aliados. Isso não significa ter necessariamente uma alimentação mais cara. As hortas comunitárias são importantes também nesse sentido”, aponta. As Práticas Integrativas em Saúde consideram aspectos físico, mental, psíquico, afetivo e espiritual | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Além da terraterapia, a aposentada pratica exercícios físicos duas vezes na semana dentro da UBS e integra um grupo que se reúne todas as sextas-feiras para a confecção de artesanatos. As atividades oferecidas pelos profissionais da UBS 1 de Águas Claras à comunidade são variadas. Englobam ainda grupos de cuidado da obesidade, de aprendizagem para crianças com transtorno do espectro autista (TEA), de nutrição e hábitos saudáveis, entre outros. Por trás das ações As atividades desenvolvidas no âmbito das UBSs estão a cargo das equipes de Saúde da Família (eSF), formadas por um médico e um enfermeiro, dois técnicos em enfermagem e pelo menos um agente comunitário de saúde, podendo ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal e as equipes multiprofissionais (eMulti). Além do atendimento de pequenas urgências e ações comunitárias, a rede de 176 UBSs também oferece serviços como vacinação, acompanhamento de doenças crônicas, coleta de exames, administração de medicamentos, ações educativas e visitas domiciliares, entre outros. O trabalho integral desenvolvido pelas unidades está presente também nas chamadas Práticas Integrativas em Saúde (PIS). Tratam-se de formas de cuidado que abordam a saúde do ser humano em sua multidimensionalidade. Elas consideram aspectos físico, mental, psíquico, afetivo e espiritual. Atualmente, na SES-DF são instituídas práticas como acupuntura, arteterapia, auriculoterapia, automassagem e fitoterapia | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF Atualmente, na SES-DF são instituídas práticas como acupuntura, arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, lian gong em 18 terapias, medicina e terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan, terapia comunitária integrativa, ayurveda, yoga (hatha e laya) e a técnica de redução de estresse (T.R.E.), assim como a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB). Médico da Família e gerente de PIS da SES-DF, Marcos Trajano destaca especialmente os benefícios gerados pela RHAMB. Presentes já nas sete regiões de saúde do DF, os hortos são espaços de ampliação das estratégias de promoção da Saúde. “O que inicialmente consistia na produção de plantas medicinais, hoje articula qualidade de vida, mudança climática e promoção da saúde”, explica. Segundo o profissional, as atividades praticadas na RHAMB afetam a saúde do indivíduo em sua integralidade, incluindo alimentação saudável, autonomia, responsabilidade dos indivíduos de se autocuidar e de participar ativamente do processo de cuidado. “A atuação nos hortos tem a ver com a prática de atividades coletivas e corporais, que devolvam ao indivíduo os próprios mecanismos naturais de promoção da Saúde. Mas, acima de tudo, isso tem a ver com a participação popular e com a democracia no campo da saúde pública”, avalia. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Pesquisa aponta que obesidade atinge 22% da população do Distrito Federal
O mundo alcançou a marca de 1 bilhão de pessoas obesas. Quem deu o alerta foi a Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 1º deste mês, quando apontou que uma em cada oito pessoas do planeta, o equivalente a 12,5% de uma população estimada em 8 bilhões de indivíduos, está muito acima do peso. A pesquisa, considerada uma das mais completas sobre o tema, entrevistou 220 milhões de pessoas em 190 países e deixou médicos e governantes em estado de tensão. Cedoh também faz o acompanhamento de pacientes que não atingiram o resultado satisfatório em tratamentos anteriores | Foto: Arquivo/Agência Brasília “Quanto maior o grau de obesidade, maior a chance de aparecimento de outras complicações” Flávia Franca Melo, referência técnica distrital em endocrinologia da Secretaria de Saúde No Distrito Federal, a preocupação com o tema é ainda mais urgente. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que 22% da população da capital se autodeclara obesa, percentual que representa um em cada cinco habitantes. O número coloca a obesidade entre as doenças crônicas mais prevalentes em toda a população do chamado “quadradinho”, um motivo de atenção para o Governo do Distrito Federal (GDF). Parâmetros Mas, afinal, quando uma pessoa passa a ser considerada obesa? “Quando o índice de massa corporal está acima de 30”, responde a endocrinologista Flávia Franca Melo, referência técnica distrital (RTD) na especialidade. A medida internacional é calculada dividindo-se o peso pelo quadrado da altura. Uma pessoa que mede 1,70 metro, por exemplo, é considerada obesa quando o ponteiro da balança ultrapassa os 86,7 kg. Existem três graus de obesidade, que variam de acordo com o índice de massa corporal (IMC) do indivíduo: -> Obesidade 1 – IMC de 30 a 34,9; -> Obesidade 2 – IMC de 35 a 39,5; -> Obesidade 3 – IMC de 40 para cima. “Quanto maior o grau de obesidade, maior a chance de aparecimento de outras complicações”, alerta Flávia. “Problemas articulares; resistência à ação da insulina, podendo levar à diabetes; pressão alta; problemas cardiovasculares… tudo isso está relacionado à obesidade. E pelo menos 50% dos casos de câncer de endométrio também. É uma doença que prejudica o funcionamento do organismo como um todo.” Tratamentos Todas as sete regiões abarcadas pela rede pública de saúde do Distrito Federal contam com endocrinologistas, que recebem pacientes mediante encaminhamento dos médicos da família. “Por enquanto, os cuidados são baseados principalmente em mudanças de estilo de vida”, afirma Flávia. “Mas já aprovamos o uso no SUS [Sistema Único de Saúde] de uma substância chamada liraglutida, que tem se mostrado eficaz no tratamento contra a obesidade”. O medicamento será usado em obesos que tenham diabetes tipo 2 associada a problemas cardiovasculares e também em adolescentes entre 12 e 18 anos. “No momento, a licitação para a compra da substância está em andamento. Em breve, teremos mais essa opção de tratamento”, garante a médica. Após dois anos de acompanhamento multiprofissional, o paciente pode ser encaminhado para a cirurgia bariátrica, caso se enquadre nos graus 2 ou 3 de obesidade e não tenha obtido resultados positivos Além do acompanhamento com endocrinologista, a rede pública de saúde do DF oferece aproximadamente 55 nutricionistas que investem na mudança de hábitos dos pacientes para vencer a obesidade. A porta de entrada para o serviço também são os médicos da família, lotados nas unidades básicas de saúde. “Promovemos atendimentos individuais e em grupo, além de trabalharmos com uma equipe multiprofissional formada por psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais”, explica a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde (SES-DF), Carolina Gama. “Quando os objetivos não são alcançados, o paciente pode ser encaminhado ao Cedoh [Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão] para um atendimento mais particularizado.” O paciente passa por dois anos de acompanhamento multiprofissional. Caso não obtenha resultados positivos, a cirurgia bariátrica pode ser recomendada. Para fazer o procedimento pela rede pública de saúde, é preciso ter obesidade grau 2 com comorbidades ou ser diagnosticado com obesidade grau 3. Prevenção Mais do que oferecer tratamento contra a obesidade, o GDF tem investido na prevenção da doença. “Em parceria com a Secretaria de Educação, procuramos incentivar hábitos saudáveis desde a infância”, relata Carolina. “A orientação é que a alimentação da criança seja composta principalmente por alimentos in natura ou minimamente processados”. Frutas, verduras, legumes, ovos, leite, carnes e grãos devem ser a base do cardápio dos pequenos. Alimentos processados precisam ser consumidos com moderação. Já os ultraprocessados devem ser evitados, por serem ricos em aditivos, corantes e conservantes. As bebidas açucaradas também devem ser dispensadas. “Estimulamos, ainda, a prática de atividade física – pelo menos 150 minutos por semana, se a intensidade do exercício for moderada; para isso, contamos com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer”, recomenda Carolina. “Todo esse engajamento mostra que a obesidade é um problema muito mais amplo, que não se restringe à Secretaria de Saúde.”
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DF ocupa segundo lugar no ranking de consumo excessivo de álcool no Brasil
No Distrito Federal, um em cada quatro indivíduos apresentou consumo abusivo de bebidas alcoólicas no ano passado, conforme dados do boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde (SES-DF) sobre o tema. O resultado corresponde ao período de 2019 e 2023 e posiciona a unidade da federação no segundo lugar do ranking de ingestão excessiva por habitantes das capitais do Brasil, atrás apenas de Salvador, com 28,9% ante os 25,7% da população distrital. No Distrito Federal, entre 2016 e 2021, ocorreram 3.227 óbitos por causas plenamente atribuíveis ao álcool. As fatalidades são predominantes no sexo masculino – 91% das mortes em 2021 | Foto: Divulgação/Detran-DF A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública e também um fator de risco associado às doenças e agravos não transmissíveis, que englobam acidentes e violência – as principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Vinte de fevereiro é marcado como o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, oportunidade em que é lançado um olhar para as ações capazes de minimizar o consumo e prevenir as doenças e os agravos não transmissíveis. “O tratamento é a longo prazo. O importante é a constância”, destaca Tadeu da Silva, 51 anos, assistido pelo Caps AD II de Santa Maria – Flor de Lótus, desde fevereiro de 2022 | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Alcoolismo Estima-se que o álcool seja responsável por mais de três milhões de mortes por ano em todo o mundo, correspondente a 5,3% do total de óbitos – uma dentre 20 ocorrências fatais, de acordo com a OMS. No DF, entre 2016 e 2021, ocorreram 3.227 mortes por causas plenamente atribuíveis ao álcool, alcançando a taxa de 23,9 óbitos por 100 mil habitantes no último ano. As fatalidades são predominantes no sexo masculino – 91% das mortes em 2021. Estudos destacam a relevância dos fatores genéticos na transmissão da vulnerabilidade às dependências. Nesses casos, o desenvolvimento do transtorno é resultado da associação de condições biológicas hereditárias a situações ambientais ao longo da vida. A enfermeira Angelita Bandeira, integrante da equipe do Centro de Atenção Psicossocial para tratamento de Álcool e outras Drogas (Caps AD) II de Santa Maria – Flor de Lótus, destaca que qualquer pessoa está suscetível à dependência química. “Em muitas situações, a diferença está em ser exposto ou não à tal substância”, afirma. O DF conta com sete Centros de Atenção Psicossocial para tratamento de Álcool e outras Drogas, sendo dois com funcionamento 24 horas, incluindo fins de semana e feriados | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Tadeu da Silva, 51, percorre os espaços do Caps AD II de Santa Maria com desenvoltura. Vestido com calça e camisa social coberta por uma jaqueta de veludo estava pronto para ir ao cinema “com a turma”. Ele acabava de sair da reunião do grupo Análise – destinado à partilha e reflexões sobre as experiências pessoais dos integrantes. “Hoje estou aqui ‘arrumadinho’, mas não cheguei ao centro assim”, declara. Antes de ingressar no Caps Flor de Lótus, em fevereiro de 2022, inúmeras foram as tentativas de enfrentar a dependência do álcool. Percebendo os resultados alcançados por si e pelos colegas, o morador de Santa Maria buscou dedicar-se totalmente ao tratamento neste ano. Frequentador da unidade de saúde por até quatro vezes na semana, faz questão de frisar: “O tratamento é a longo prazo. Não posso dizer que é como um passe de mágica, que você ficará bom de um dia para o outro. Essa doença não tem cura. Não existe um remédio para a dependência química. O importante é a constância.” Com a garantia de máxima confidencialidade, as UBSs oferecem um ambiente seguro para tratamento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Diante das dificuldades, encontrou no serviço especializado de saúde mental da Secretaria de Saúde (SES-DF) o suporte fundamental para as suas conquistas. “Eu disse em uma reunião para toda a equipe que eles acreditaram em mim quando nem eu mesmo estava mais acreditando”, relata com gratidão. O zelo ao paciente assistido, à história de cada indivíduo, é um dos cuidados da equipe multiprofissional da Rede de Atenção Psicossocial. “Apesar de ser uma doença, enxergamos a dependência química também como um sintoma: o reflexo de uma longa trajetória pessoal. Às vezes, ela surge por um histórico inteiro de abusos, negligências… No começo, a droga é tida como um remédio; mas logo passa a ser a causa de todo o tipo de prejuízo”, argumenta Bandeira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Rede de atendimento à população A SES-DF oferece um amplo atendimento aos pacientes que sofrem com dependência de álcool e drogas. Nas unidades básicas de saúde (UBSs), é possível encontrar acompanhamento de profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, dentre outros especialistas, para acompanhamento de enfermidades que possam ter sido desenvolvidas em decorrência do abuso dessas substâncias. Para a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (APS), Sandra Araújo de França, as UBSs são um ambiente seguro e confiável para buscar auxílio. “Com a garantia de máxima confidencialidade, as unidades oferecem um espaço para estratégias personalizadas, integrando a gestão do álcool e contribuindo na construção de comunidades mais saudáveis e resilientes”, explica. Caso seja identificada a necessidade de tratamento mais intenso, é realizado o encaminhamento a um Caps AD, que atende jovens a partir de 16 anos. O DF conta com sete dessas unidades, sendo duas com funcionamento 24 horas, incluindo fins de semana e feriados, localizadas em Ceilândia e no Setor Comercial Sul. As demais, com atendimentos diários, ficam no Guará, Santa Maria, Sobradinho, Itapoã e Samambaia. *Com informações da SES-DF
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GDF oferece à população rede de cuidados durante o envelhecimento
O Dia Internacional da Pessoa Idosa é comemorado neste domingo (1º). A data foi designada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 14 de dezembro de 1990, com o objetivo de chamar a atenção para essa parcela da população e desmistificar estereótipos negativos e equívocos sobre pessoas idosas e envelhecimento. Rede de atendimento ao idoso no DF envolve a atuação de diversas secretarias | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este ano, a expectativa de vida da população brasileira atingiu os 76,2 anos e, até 2100, deve alcançar 88,2 anos. Esse índice pode variar ao longo do tempo devido a diversos fatores, como avanços na área de saúde, mudanças nas condições socioeconômicas e outros indicativos determinantes. Atendimento à saúde [Olho texto=”“Envelhecer não é sinônimo de velhice, é de vida – e, para chegar bem aos 80 anos, tem que se cuidar ao longo da vida” ” assinatura=”Angela Maria Sacramento, gerente de Apoio à Saúde da Família da SES” esquerda_direita_centro=”direita”] A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) tem uma linha de cuidado em rede separada por três níveis de atenção. O primeiro, que é a porta de entrada para qualquer pessoa idosa no sistema de saúde, começa nas unidades básicas de saúde (UBSs), onde a equipe faz o acompanhamento longitudinal do paciente – ou seja, ao longo do tempo. Nessa linha, a secretaria busca promover a saúde para essa parcela da população por meio de orientações de prática de exercício, alimentação saudável e circuitos multissensoriais para prevenção de quedas, entre outras atividades. Práticas integrativas fazem parte das ações direcionadas a esse público Os circuitos trabalham aspectos motores e cognitivos, importantes para que a pessoa idosa tenha autonomia e seja independente. Há uma equipe estratégica que traz práticas integrativas, como tai chi chuan, automassagem, meditação e, ainda, dicas de saúde bucal. “Temos que pensar na pessoa idosa como um indivíduo ativo, independente e autônomo, pensar na promoção da saúde, na prevenção com o circuito multissensorial e as práticas integrativas”, afirma a terapeuta ocupacional Angela Maria Sacramento, gerente de Apoio à Saúde da Família da SES. “Envelhecer não é sinônimo de velhice, é de vida – e, para chegar bem aos 80 anos, tem que se cuidar ao longo da vida.” No nível secundário de atendimento, entram os ambulatórios com especialidades médicas e interdisciplinares, para cuidar dos pacientes com maior fragilidade. Nessa categoria há o atendimento compartilhado dos ambulatórios de geriatria. Já o terceiro nível de atenção é o atendimento hospitalar e internações. Angela reforça que toda pessoa idosa deve procurar sua UBS para manter o acompanhamento e o cuidado longitudinal com sua equipe de saúde. Projetos sociais A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes-DF) também desenvolve trabalhos destinados à população idosa, dividindo o atendimento em básico e especial. A pasta atua com parcerias que definem acesso a um serviço com família e comunidade, para evitar situações de isolamento. [Olho texto=”“Com a inversão da pirâmide etária e o envelhecimento da população, temos pensado na capacidade de atendimento para garantir um envelhecimento saudável e protegido” ” assinatura=”Coracy Chavante, subsecretário de Assistência Social ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Nos centros de convivência do DF, há oferta de atividades como leitura, desenhos, artesanato e outras oficinas, dando acesso ao mundo e à informática e fornecendo atendimento de especialistas e servidores que atuam nas unidades da secretaria. Pessoas idosas sem uma rede de apoio familiar, há o serviço de acolhimento institucional para idosos, feito nas unidades do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), onde se atua contra qualquer tipo de violência, desde patrimonial à emocional e física, negligência em qualquer aspecto ou qualquer violação de direitos. “A gente precisa assegurar os direitos da população idosa”, ressalta o subsecretário de Assistência Social, Coracy Chavante. “Com a inversão da pirâmide etária e o envelhecimento da população, temos pensado na capacidade de atendimento para garantir um envelhecimento saudável e protegido.” Perfil do idoso no DF O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram, em 26 de agosto, o Boletim da População Idosa, que trouxe um retrato desse grupo de pessoas no DF. O relatório mostrou a inserção desse grupo no mercado de trabalho e na inatividade, apresentando também informações sobre as suas principais fontes de rendimento, tempo como referência o biênio 2021-2022. Entre os dados em destaque, ficou registrado que, nesse período, as pessoas idosas com 60 anos ou mais correspondiam a 18,7% da População em Idade Ativa (PIA) do Distrito Federal. O percentual equivalia a 470 mil pessoas, frente aos 28,3% da faixa de 15 a 29 anos e aos 53% da população de 30 e 59. Também foi verificado que o volume de mulheres idosas inativas (62,9%) é muito superior ao de homens (37%). Além disso, no grupo de inativos idosos preponderavam as pessoas que desempenhavam o papel de principais responsáveis pelo domicílio (76,6%), enquanto a parcela que ocupava a posição de cônjuge representava 17,8%. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Política nacional Para garantir um envelhecimento saudável, existe ainda a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Veja, abaixo, suas diretrizes. ? Promoção do envelhecimento ativo e saudável ? Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa ? Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção ? Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa ? Estímulo à participação e fortalecimento do controle social ? Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa ? Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS ? Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa ? Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
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Plano de arborização amplia áreas verdes do DF
O Dia da Árvore é comemorado nesta quinta-feira, 21 de setembro. A data foi criada para conscientizar a sociedade sobre a importância da manutenção e conservação do meio ambiente. Na capital federal, a preservação ambiental é assunto levado a sério pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Com quase 53 m² de área verde por habitante, o DF está entre as unidades da Federação mais arborizadas do país. O índice, que tende a aumentar mais ainda, é quatro vezes maior que o recomendado pela OMS, que é de 12 m²/habitante | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Não à toa, o DF está entre as unidades da Federação mais arborizadas do país – status que encontra respaldo nos números. Segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Brasília está próxima de atingir 53 m² de área verde por habitante. [Numeralha titulo_grande=”378 mil” texto=”árvores foram plantadas pela Novacap no DF desde 2019. Até o final de 2024, mais 100 mil novas unidades devem ser incorporadas à paisagem da capital da República” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O índice de área verde registrado na capital é quatro vezes maior que o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 12 m² por habitante. “A tendência é aumentar ainda mais, uma vez que o plantio tem acompanhado o crescimento da população”, explica Raimundo Silva, chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap. De 2019 para cá, a Novacap já realizou o plantio de 378 mil árvores e irá cultivar outras 22 mil até o final do ano. A meta é ter outras 100 mil novas árvores acrescentadas à paisagem da capital até o final de 2024. São mais de 30 espécies diferentes semeadas todos os anos pelas equipes da companhia, entre ipês, ingás, tinguis, tamboril, jatobás e outras. “Trata-se de uma prática que traz inúmeros benefícios para a população. No âmbito ecológico, há a atenuação da poluição do ar, promoção do sombreamento que traz conforto térmico, além de ser uma barreira acústica à poluição sonora e o habitat natural de várias espécies da nossa fauna. As árvores também trazem benefícios ao nosso lazer, convívio social, embelezando ainda mais nossa cidade”, detalha Silva. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A estudante Lícia Marques, de 21 anos, sente na prática o resultado do trabalho realizado pelas equipes da Novacap. “É uma ação muito importante, ainda mais nesse calor”, disse a jovem, enquanto aproveitava a sombra de uma árvore no Parque da Cidade. “O que seria da gente sem essas árvores, especialmente neste período de calor e seca? Esse cuidado de manter e reflorestar é muito interessante, tento passar para o meu filho a importância fundamental desse contato direto com a natureza”, acrescenta a policial militar Mariana da Mata, 39. https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/albums/72177720311366098
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Campanha Junho Vermelho tem programação especial no mês da doação de sangue
No mês em que o ato de doar sangue está em evidência, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) lança, nesta quinta-feira (1º), a campanha Junho Vermelho: Doe Sangue, Doe Vida, Doe Sempre. Na esteira da ação realizada nacionalmente, a ideia é chamar a atenção para um ato simples, altruísta, mas capaz de salvar vidas. Para tanto, a FHB contará com uma programação cultural, além de oferecer pequenas surpresas a quem passar por lá. Doar sangue é um ato simples, altruísta, mas capaz de salvar vidas; dura entre 60 e 90 minutos e contribui ainda para abastecer uma rede de saúde | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado no próximo dia 14, em data reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Se a doação é feita de forma regular, melhor ainda. “Além de atender pessoas que necessitam de sangue com frequência, é preciso lembrar que o plasma, um dos componentes do sangue, é matéria-prima para a produção de medicamentos usados no tratamento dos pacientes hemofílicos”, explica o presidente da FHB, Osnei Okumoto, “Convidamos a todos a continuar ajudando a salvar vidas”. Arte: Fundação Hemocentro de Brasília Junho é, usualmente, o mês de maior baixa nos estoques de bancos de sangue no Brasil. E isso tem a ver com algumas limitações por que passam os voluntários. “É a chegada do inverno, período em que há um aumento exponencial de doenças respiratórias, sintomas alérgicos, critérios que desabilitam o candidato para a doação”, explica a gerente de captação, registro e orientação de doadores, Kelly Barbi. O ato de solidariedade dura entre 60 e 90 minutos (leia abaixo os requisitos para doar), segundo controle do Hemocentro, e contribui ainda para abastecer uma rede de saúde que demanda alto. “Somos responsáveis pelo abastecimento integral da rede pública de todo o DF e de hospitais federais, como o das Forças Armadas [HFA], o Sarah Kubitschek etc. Trabalhamos com uma média 200 bolsas de sangue por dia para suprir essa demanda”, informa Kelly. A profissional de saúde acrescenta que homens podem doar sangue de dois em dois meses, e mulheres, a cada 90 dias. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Coral e quadrilha se apresentam Ao longo do Junho Vermelho, a animação no Hemocentro vai contar com apresentação de quadrilha junina, com o grupo Pão com Ovo e o coral AMPBC, formado por integrantes de igrejas batistas, e outras atrações. Tudo para proporcionar um momento de alegria ao dono da festa, o doador. ?O que é necessário para doar sangue – Apresentar documento oficial com foto – Ter entre 18 anos e 69 anos (a partir de 16 anos, é possível doar com a autorização dos responsáveis) – Pesar acima de 51 kg – Estar em boas condições de saúde – Estar bem-alimentado – Não ingerir álcool até 12 horas antes. O agendamento para doação pode ser feito pelo Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. *Com informações da Fundação Hemocentro de Brasília
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Hospital Regional de Planaltina ganha mais uma habilitação em pediatria
O Hospital Regional de Planaltina (HRPL) foi habilitado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), pelo Ministério da Saúde (MS). Com isso, a unidade passa a receber aumento de recursos federais em cerca de R$ 100 mil. O primeiro credenciamento é de 1996 e, desde então, a unidade desenvolve atividades para promover saúde por meio do estímulo ao aleitamento materno. “Essa conquista é resultado de todo o empenho das equipes que prestam assistência às mães e recém-nascidos em prol de um atendimento cada vez mais humanizado”, destaca a enfermeira e presidente da Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Fernanda Viana. Ideia é promover a qualidade de vida da criança e no fortalecimento da sua saúde. Foto: Tony Winston/Agência Saúde O credenciamento é um estímulo para a unidade promover a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, e de forma complementar por dois anos ou mais. “Essas práticas subsidiam a qualidade de vida da criança, impactando gradativamente no fortalecimento da sua saúde, bem como o vínculo familiar. Ganha a criança, ganha a família, ganha a sociedade”, reforça a diretora do HRPL, Keyla Blair de Oliveira. Segundo a diretora, os recursos da recertificação serão utilizados na melhoria da assistência prestada no bloco materno infantil da unidade, como: manutenção/aquisição de equipamentos, aperfeiçoamento das práticas humanizadas e reforço dos trabalhos. O título de Hospital Amigo da Criança foi idealizado em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno no Sistema Único de Saúde. O objetivo é mobilizar os funcionários do estabelecimento de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Para isso, foram estabelecidos os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Atendimento humanizado “O atendimento humanizado do Hospital Regional de Planaltina é o que trouxe para nossa unidade esse reconhecimento, essa recertificação”, reconhece a diretora do HRPL e médica anestesiologista, Keyla Blair de Oliveira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O HRPL faz uma média de 350 partos por mês, o que dá mais de 4 mil partos por ano. Todo esse atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais. Durante o trabalho de parto, as mães são escutadas até em qual posição querem ter o filho e ficam 24 horas com os acompanhantes. Após o nascimento, elas ficam uma hora com o bebê. Só depois disso é que são pesados, medidos e vacinados, além disso, é feito o teste do pezinho e do coração. Antes de mãe e bebê receberem alta, a equipe aplica a BCG no recém-nascido. “Também já fica marcado o teste da orelha. E a gente orienta para que a mãe retorne dez dias após o parto para a primeira consulta do bebê”, explica a diretora. Depois, as próximas consultas já são realizadas com o médico da família, na UBS de referência. O local conta ainda com um ponto de coleta de leite humano para consulta em amamentação, auxílio e acompanhamento de mães e bebês com dificuldades na amamentação, além de captação, cadastro e acompanhamento de doadoras de leite humano e bate-papo sobre amamentação. *Com informações da Secretaria de Saúde
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DF recebe doação de 22,4 mil testes de covid-19
O teste de antígeno é um exame imunológico rápido, que avalia a proteína viral do SARS-CoV-2 no organismo. O resultado poderá diagnosticar infecção viral atual, mas não detectar os anticorpos adquiridos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde A Secretaria de Saúde recebeu uma doação de 22,4 mil testes antígenos para detecção da covid-19. A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) foi quem realizou a doação humanitária. Na carta de doação, a Opas destaca que os testes devem ser utilizados como estratégia de enfrentamento à pandemia, na investigação de casos de covid-19. A doação foi entregue na Farmácia Central da Secretaria de Saúde, localizada no Parque de Apoio. Todos os testes já foram distribuídos para as sete superintendências de saúde. “Essa doação, no atual momento da pandemia é de extrema importância, pois são testes antígenos. Então, conseguimos diagnosticar pessoas com Covid-19 no início da doença e mais rápido que o teste RT-PCR”, explica o subsecretário de Logística em Saúde, Arthur Siqueira. Teste antígeno O teste de antígeno é um exame imunológico rápido, que avalia a proteína viral do SARS-CoV-2 no organismo. O resultado poderá diagnosticar infecção viral atual, mas não detectar os anticorpos adquiridos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sua utilização está indicada nos primeiros 7 dias de sintomas, e sua sensibilidade é mais elevada do primeiro até o terceiro dia de sintomas. O teste de antígeno é coletado diretamente com amostras de swab (cotonete) de nasofaringe. O resultado demora uma média de 30 minutos para sair. Em pacientes com carga viral elevada (o que costuma ocorrer na fase pré-sintomática, 1-3 dias antes dos sintomas, e na fase sintomática inicial, até o 5º-7º dia da doença) a sensibilidade é superior a 90% quando comparada ao teste de RT-PCR. * Com inf0rmações da Secretaria de Saúde
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Parque Saburo Onoyama permanece fechado por prevenção
Parque Saburo Onoyama será reaberto apenas quando não houver risco de proliferar a pandemia / Foto: Paula Laport/ Ibram O Parque Ecológico Saburo Onoyama, localizado em Taguatinga, permanece fechado, conforme Instrução Normativa publicada no Diário Oficial do Distrito Federal desta quinta-feira (11). Essa medida vai durar por tempo indeterminado, levando em consideração as medidas sanitárias necessárias para evitar a proliferação do novo coronavírus no Distrito Federal, informou o Instituto Brasília Ambiental (Ibam). “No Parque Saburo Onoyama existe uma piscina pública, e a estrutura física não possibilita um controle sanitário, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, explica o diretor regional de Unidades de Conservação do Instituto (Diruc), André Mendonça. Sem riscos Segundo o diretor, o fechamento foi adotado para zelar pela saúde da população, evitando que o local se torne um ponto de disseminação do Covid-19. “A unidade ficará fechada até que ocorra o entendimento que não há mais riscos”, antecipou. Criado em 1º de outubro de 1996, como Unidade de Conservação, o Parque Ecológico Saburo Onoyama possui vegetação e fauna abundantes, trilhas naturais, pontes de madeira, parques infantis, churrasqueiras, quadra de areia, quadras de esportes, área para piquenique e sede administrativa, além da piscina pública. Há também muitas nascentes, frutas típicas, como buriti e coquinho do cerrado, e diversas outras árvores frutíferas exóticas. * Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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