Profissionais iniciam capacitação para melhorar acesso à saúde de populações vulneráveis
Nesta segunda-feira (3), gestores e profissionais de saúde da Atenção Primária deram início ao curso Plurais, iniciativa promovida pela Secretaria de Saúde (SES-DF) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A capacitação tem como objetivo melhorar o acesso das populações vulneráveis ao sistema público de saúde. O curso tem duração de 60 horas e conta com três turmas, cada uma com 100 vagas. Integrando teoria e prática, os participantes poderão aplicar os conhecimentos adquiridos diretamente no campo, durante as aulas. O conteúdo programático foi elaborado por diversos profissionais da área, levando em consideração os principais desafios e necessidades enfrentados por quem atua na linha de frente. O curso tem duração de 60 horas e conta com três turmas, cada uma com 100 vagas | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Segundo o diretor de áreas estratégicas da Atenção Primária da SES-DF, Afonso Mendes, a qualificação reafirma o compromisso da pasta com a equidade e com o fortalecimento das atividades voltadas à população em situação de vulnerabilidade. “O acesso à saúde exige muito mais do que uma nota técnica ou uma diretriz. Exige sensibilidade, escuta atenta e atuação qualificada do profissional, além de compromisso. Esse curso é uma oportunidade de transformação da prática profissional, da política pública e da vida das pessoas que atendemos”, afirma. A expectativa da médica do Consultório de Rua de Taguatinga, Samanta Rocha, é que o curso possa complementar o trabalho, trazendo ferramentas que possam auxiliá-la a lidar com esta população. “Às vezes, os profissionais que trabalham com este público também sofrem preconceitos, há pessoas que não compreendem muito bem a importância da equidade da situação. Então, acho que essa qualificação irá ampliar o olhar, não só para nós, que já trabalhamos com essa população, mas também para outras pessoas, de outros serviços do GDF [Governo do Distrito Federal]”, refletiu. De acordo com a professora da Universidade de São Paulo (USP) e uma das tutoras do curso, Carmen Lúcia Santana, a qualificação dos profissionais permite ampliar o acesso e aperfeiçoar o cuidado das populações consideradas vulneráveis, como imigrantes, refugiados, pessoas em situação de rua, entre outros. “A ideia do curso surgiu em 2022, com a ampliação das dificuldades das populações em situação de vulnerabilidade diante da pandemia e da necessidade de formar profissionais para atender com segurança”, completou. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Capsi de Taguatinga recebe visita de representantes da OMS e Opas
O Centro de Atendimento Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) de Taguatinga recebeu, na quinta-feira (23), a visita de representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conhecer o trabalho de excelência realizado no centro e trocar experiências sobre saúde mental. O Capsi atende crianças e adolescentes (até 17 anos) com sofrimento psíquico intenso, decorrente de transtornos mentais graves e recorrentes, mas também de pacientes com sofrimentos psíquicos por uso de substâncias psicoativas (até os 15 anos). Centro Psicossocial Infantojuvenil de Taguatinga é referência no atendimento de crianças e adolescentes na região | Fotos: Alexandre Álvares/Agência Saúde-DF A unidade presta assistência a todas as regiões ao redor de Taguatinga: Águas Claras, Arniqueira, Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol, 26 de Setembro, entre outras. O Capsi de Taguatinga é referência para cerca de 1 milhão de pessoas no apoio em saúde mental, visando à busca pela convivência e a socialização dos usuários do sistema. De janeiro até maio, o Capsi já realizou aproximadamente 2 mil atendimentos. O oficial-técnico da OPAS/OMS no Brasil, Victor Pavarino, conheceu o trabalho desenvolvido com as crianças e se surpreendeu com a recepção calorosa da equipe do centro. “A visita foi uma demanda do escritório de saúde mental da OMS em Genebra. O Capsi de Taguatinga foi recomendado por ser um centro modelo em saúde mental”, comenta. Para a oficial-técnica em Saúde Mental da OMS, a italiana Kyara Serville, a visita foi importante para vivenciar a realidade do Capsi e trocar experiências com os profissionais de saúde mental. “Estou realmente impressionada com o trabalho da equipe multidisciplinar aqui no Capsi. É uma oportunidade de aprender como funciona na realidade e os diferentes tipos de problemas e abordagens baseadas em necessidades específicas. Então espero que possam continuar com o trabalho e até aumentar os números do Capsi”, ressalta a representante de Genebra. Os visitantes conheceram o jardim sensorial, que é usado para desenvolver sensações, habilidades e capacidades nas crianças atendidas na instituição Os oficiais fizeram uma visita conduzida pela gerente do Capsi de Taguatinga, Kelly Cristina Viera, que mostrou como são desenvolvidas as atividades de assistência à comunidade. “Foi uma ótima troca de experiências e vivências sobre o trabalho com crianças e adolescentes com transtorno mental. E é um orgulho ser uma referência para outras instituições”, destaca. Os visitantes conheceram o jardim sensorial, que é usado para desenvolver sensações, habilidades e capacidades nas crianças atendidas na instituição. Capsi O acolhimento do Capsi é portas abertas, das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira. Basta apresentar os documentos pessoais. No primeiro atendimento, os jovens devem estar acompanhados pelos pais ou responsáveis. No DF, existem Caps em Brasília, Taguatinga, Sobradinho e Recanto da Emas, além do Caps Brazlândia que presta assistência a jovens e adultos. Saiba mais sobre o atendimento em saúde mental na rede pública do DF. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Fórum debate transmissão vertical da doença de Chagas e da sífilis
Começou, nesta terça-feira (24), o 2º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical, realizado junto ao 3º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021 – 2024. Organizado pela Secretaria de Saúde do DF (SES), o encontro tem como objetivo discutir os desafios para erradicar a transmissão vertical (da gestante para o bebê) da doença de Chagas e da sífilis. Também faz parte da proposta monitorar as ações de prevenção, vigilância e controle em todas as regiões da saúde do DF. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar”, explicou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Realizado no Hotel Brasília Imperial, o evento contou com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), parceria da Jica (sigla em inglês para Agência de Cooperação Internacional do Japão/Representação no Brasil) e participação do Ministério da Saúde, das superintendências das regiões de saúde do DF e de profissionais da área. Indicadores e metas “Estamos aqui para discutir o planejamento em saúde, o cuidado materno infantil e olhar com atenção os indicadores”, afirmou a diretora de Atenção Secundária da Secretaria de Saúde (SES), Juliana Queiroz de Araújo. “Planejamos o futuro a partir das ações do passado. Sem monitoramento não há crescimento.” Já o coordenador de Vigilância, Preparação e Respostas à Emergência e Desastres da Opas, Miguel Aragón, destacou o compromisso da SES diante dos objetivos estabelecidos na primeira edição do fórum, em 2022: “Não foi um compromisso só de palavras, mas de ação. E é trabalhando dessa forma que vamos juntos conseguir alcançar as metas”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A continuidade do fórum e do ciclo de monitoramento visa ampliar o olhar sobre a temática e desenvolver novas ações de erradicação. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar; temos insumos para diagnósticos, tratamentos e formas de prevenir a transmissão vertical”, reforçou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel. O intuito, segundo ela, é que cada participante do evento consiga difundir o que foi aprendido, e, a partir dessa discussão, as equipes elaborem estratégias de acordo com as peculiaridades de cada território. Premiação Nesta quarta-feira (25), as regiões de saúde vão apresentar os resultados dos indicadores, a fim de serem certificados com o selo de Boas Práticas, conforme determinado no fórum do ano anterior. “Trata-se de um reconhecimento pelo esforço das equipes de saúde na busca pela redução da sífilis congênita”, explicou Beatriz. A certificação é dividida em três categorias: ouro, prata e bronze. O selo é conquistado com o cumprimento de determinados indicadores. Testagem A SES oferece testagem rápida para sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, localizado no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na Asa Sul. No que diz respeito à doença de Chagas, desde 2014, a pasta faz a triagem de gestantes infectadas no primeiro trimestre do pré-natal. Entre 2014 e 2023, foram identificadas 400 gestantes com a doença de Chagas crônica no DF. Já os casos de sífilis congênita registrados entre janeiro e julho deste ano somam 238. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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DF participa de estudo sobre eficácia da vacina de gripe no país
Para analisar a relação entre o número de internações e a cobertura vacinal em combate à gripe (influenza), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), junto ao Ministério da Saúde (MS), realiza pesquisa em 12 unidades da Federação, entre eles o Distrito Federal. Esta é a primeira vez que o DF participa da pesquisa que avalia a relação entre o número de internações e a cobertura vacinal em combate à gripe | Foto: Tony Winston/Agência Saúde Na capital, a investigação foi coordenada pela Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Nessa primeira etapa, foram selecionados 94 pacientes recém-internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – um agravamento da síndrome gripal que, além dos sintomas típicos, pode incluir dispneia ou desconforto respiratório, piora nas condições clínicas de doença de base e hipotensão em relação à pressão arterial habitual. “Todo esse processo possibilita obter subsídios para decidir se há necessidade ou não de ampliar a campanha de vacinação para a influenza, além de permitir avaliar a efetividade da vacina na nossa realidade, ou seja, no cenário do DF”, explica a gerente da Gevitha, Renata Brandão. [Olho texto=”“Os resultados sugeriram uma redução de 40% a 50% das hospitalizações associadas à influenza em crianças de 6 meses a 5 anos e em idosos de 60 anos ou mais, dependendo do tipo/subtipo predominante durante a estação”” assinatura=”Renata Brandão, gerente da Gevitha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto, chamado Revelac I, consiste em uma rede oficial de países que expressam o interesse em gerar evidências para programas de vacinação e mensurar a eficácia da imunização contra o vírus influenza. Para esta fase, foram incluídas crianças de seis meses a cinco anos de idade e idosos de 60 anos ou mais, internados e diagnosticados com a SRAG, entre maio e junho de 2023. Cada paciente (ou seus responsáveis) precisou enviar o comprovante vacinal, com o devido sigilo e sem cobrança de qualquer valor. A previsão é de que a segunda etapa ocorra em setembro deste ano. Para Brandão, o projeto traz evidências sobre a eficácia da vacina contra a influenza sazonal em cenários do mundo real, dando a possibilidade de avaliação dos resultados por região. “O Brasil apresenta um volume de dados representativo e de suma importância para estimar essa efetividade.” Vacina que funciona Esta é a primeira vez que o DF participa da pesquisa. O projeto, contudo, é realizado anualmente desde 2012, com a utilização de dados de outros países latino-americanos e estados brasileiros. Dados de análises anteriores (2013 a 2017) comprovaram a eficácia da vacina contra a influenza na redução de internações relacionadas à gripe. “Os resultados sugeriram uma redução de 40% a 50% das hospitalizações associadas à influenza em crianças de 6 meses a 5 anos e em idosos de 60 anos ou mais, dependendo do tipo/subtipo predominante durante a estação, segundo o MS”, explica a gerente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A vacinação contra a influenza faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI), instaurado em 1973. De acordo com dados do MS, durante o ano no qual a dose é recebida, o imunizante contra a influenza minimiza a carga e previne o surgimento de complicações decorrentes da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários e a sobrecarga dos serviços de saúde. Mais de 700 mil pessoas imunizadas Neste ano, a SES-DF tem atuado de forma diversificada para que a cobertura vacinal, tanto contra a covid-19 quanto contra a influenza, alcance o maior número de pessoas possível. Com recorrentes campanhas e forças-tarefas em espaços de grande circulação, a pasta busca facilitar o acesso à imunização. Entre 31 de março e 10 de julho, mais de 700 mil doses de vacina da gripe foram aplicadas. No grupo prioritário de idosos, a cobertura vacinal alcançou mais de 50% da público-alvo (54,3%). *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Projeto Vacina em Casa ajuda a ampliar imunização no DF
Fruto de um termo de cooperação entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) assinado em agosto de 2022, o projeto Vacina em Casa busca mapear a situação da saúde no DF e aumentar a cobertura vacinal contra a covid-19, a paralisia infantil e outras doenças imunopreveníveis. O movimento faz parte de uma força-tarefa da pasta para facilitar o acesso à imunização e deixar a população cada vez mais protegida. Nos primeiros seis meses da ação, foram aplicadas 45 mil doses de vacina. Em uma busca ativa, colaboradores do programa Saúde da Família, da SES, visitam periodicamente residências para imunizar pessoas que não estão em dia com o calendário de vacinação. Os agentes também aproveitam para atualizar os dados dos vacinados no Sistema Único de Saúde (SUS). O Vacina em Casa já passou por 22 regiões administrativas e mais de 150 mil domicílios, realizando mais de 120 mil entrevistas. Acordo entre SES e Opas visa aprimoramento da capacidade técnica e institucional do SUS no DF | Fotos: Sandro Avelar/ Agência Saúde A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, lembra que o reforço das campanhas de vacinação no DF não se conteve às unidades fixas de saúde: “Além de ir até as casas das pessoas, nós levamos ações de imunização a mercados, shoppings, a feiras, ao zoológico, ao Eixão e até às festas e comemorações populares e culturais”. Para a gestora, os serviços de saúde devem estar onde a população está. “Este é o objetivo do projeto e de todo o nosso trabalho: alcançar e garantir à sociedade o acesso à rede de saúde pública de todas as formas possíveis”, conclui. A SES prevê ações em 698 escolas da rede pública para atualização do cartão de vacina das crianças, com apoio das equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de cada região. Jarbas Barbosa, diretor da Opas: “Nós não podemos perder as conquistas que já alcançamos e correr o risco de ter doenças erradicadas voltarem a circular” Reconhecimento O diretor da Opas, Jarbas Barbosa, destaca que a baixa adesão às campanhas de vacinação é a maior preocupação dos órgãos de saúde atualmente. “Se não tivermos estratégias inovadoras como estas implantadas no DF, trabalhadas em todo o mundo, não conseguiremos recuperar os índices de cobertura vacinal que precisamos”, avalia. “O propósito de todo esse esforço conjunto é adaptar o SUS e pensar em novas ações para fortalecer os programas de imunização. Nós não podemos perder as conquistas que já alcançamos e correr o risco de ter doenças erradicadas voltarem a circular”, complementa Jarbas. Parceria de sucesso Nesta terça-feira (4), gestores da SES e da Opas apresentaram um termo de cooperação com os resultados alcançados por meio das ações e estratégias realizadas a partir do termo de cooperação e anunciaram os projetos planejados para os próximos anos. O documento é dividido em oito eixos de atuação, que contemplam vigilância, prevenção e promoção em saúde, fortalecimento da atenção primária, modernização de processos, educação profissional e fortalecimento da gestão. “Além de ser algo inédito no DF, esse foi o primeiro termo de cooperação assinado com novos instrumentos de gestão e parceria. Ele permite uma atuação mais ampla e que visa trazer inovação para o SUS como um todo. Com ele, foi possível desenvolver projetos extremamente vantajosos para a gestão da saúde, mas, especialmente, para quem importa: a população”, explica a representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross. Socorro Gross destaca que o Vacina em casa trouxe “projetos extremamente vantajosos para a gestão da saúde, mas, especialmente, para quem importa: a população” Desde a oficialização da parceria, já foram assinados três termos de ajuste (TAs) para a implementação das estratégias. O primeiro, de dezembro de 2021, define um plano de ações no âmbito da Vigilância Sanitária no DF (Divisa), buscando a implementação do registro digital de vacinação e da informatização dos formulários de inspeção, investigação e notificação sanitária. Já o segundo, ratificado em 2022, trouxe estratégias para a Atenção Primária à Saúde (Coaps) de ampliação da imunização, qualificação dos profissionais de saúde e aprimoramento do cuidado oferecido à população. Além do projeto Vacina em Casa, que contribuiu para todos esses objetivos, 9.420 equipamentos foram comprados para 165 UBSs. Ainda há previsão de capacitar as equipes de atendimento primário para implementar atividades de estratégia de saúde da família e práticas integrativas, garantindo um cuidado mais completo e diverso. Instituído em maio de deste ano, o terceiro TA, voltado ao fortalecimento do controle e da participação social no SUS na capital federal, resultou na realização da 11ª Conferência Distrital de Saúde. Este é o espaço mais importante de diálogo entre governo e sociedade para a construção das políticas públicas de Saúde. As diretrizes e propostas definidas no evento, que ocorre a cada quatro anos, estão sendo apresentadas nesta semana na 17ª Conferência Nacional de Saúde. O futuro [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A publicação de um quarto TA, também sobre imunização, deve sair ainda em 2023. O foco será o fortalecimento da vacinação humana e de pets na capital, com a utilização de serviços como o Carro da Vacina, assim como a realização da varredura de cobertura e situação cadastral dos usuários. Na esteira do planejamento, está prevista ainda a assinatura de outros dois termos até o final do ano. Dessa vez relacionados à atuação do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), visando a qualificação, a capacitação e a certificação dos profissionais da unidade; e da Gerência de Práticas Integrativas (Gerpis), a fim de ampliar a rede de equipamentos, fortalecer o acesso à saúde integrativa e incentivar o aproveitamento de todas as políticas de saúde, inclusive nas escolas em ações integradas com a Secretaria de Educação (SEE). Mas não acaba por aí. Outros TAs já estão em construção, programados para implementação até 2026. Os projetos são voltados às áreas da assistência farmacêutica, da atenção às pessoas em situação de vulnerabilidade, da tecnologia da informação e da saúde suplementar. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Distrito Federal vai contar com plano para enfrentamento à hanseníase
A Secretaria de Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde preparam projeto para combater a hanseníase e, até 2030, acabar com os casos da doença no Distrito Federal. O trabalho teve início na manhã desta segunda-feira (13), com o lançamento da Oficina para Elaboração de Enfrentamento à Hanseníase do DF de 2023 a 2030, durante evento no auditório da Opas, em Brasília. Programa de combate à hanseníase no DF foi aberto com evento que contou com autoridades da Secretaria de Saúde e da Opas | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Presente na solenidade, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, destacou que “a importância da construção compartilhada (gestor, trabalhador e usuário) do Plano de Enfrentamento é para que seja realista com as nossas necessidades e, de fato, resolva os problemas dos pacientes com hanseníase.” [Olho texto=”“É uma doença que traz estigmas e são necessárias ações para solucionar essa questão”” assinatura=”Arnaldo Correia, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, parabenizou o DF pelo empenho em erradicar os casos autóctones, aqueles adquiridos na zona da residência do enfermo. Ele lembrou que o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de hanseníase, superado apenas pela Índia. “É uma doença que traz estigmas e são necessárias ações para solucionar essa questão”, reforçou. O coordenador da Área Técnica de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde, da Opas, Miguel Aragón, enfatizou que essa é uma doença negligenciada, uma vez que “há pelo menos 30 anos todos os estudos são os mesmos. Avançamos em termos de pesquisa mundial no que se refere à Aids, ao câncer, mas a hanseníase ficou sem destaque”. O representante da Opas evidenciou que o Brasil tem tomado decisões ousadas e necessárias, como a meta traçada para até 2030. Secretária Lucilene Florêncio destacou importância da construção compartilhada do plano de enfrentamento O subsecretário de Vigilância em Saúde do DF, Divino Valero, afirmou que o DF tem uma das maiores estruturas de saúde do país e que está determinado em atingir as metas estabelecidas. “Que essa oficina seja um momento para elaborar, discutir e implantar ações para diminuir os casos autóctones da hanseníase.” O coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno, reforçou a importância da estratégia da família como modelo de atenção para detectar os casos e fazer o rastreio dentro da comunidade. “A doença está ligada às famílias. Ao estabelecer uma comunicação da atenção primária com a população, facilitamos a entrada dos serviços de saúde.” O plano de enfrentamento terá participação de especialistas, da sociedade civil e de associações voltadas ao combate e à conscientização da doença. A oficina prossegue até o fim da tarde desta terça-feira (14), Os participantes devem levantar os principais pontos para o desenvolvimento do plano. Em seguida, será aberta minuta para consulta pública, que passará pelo Conselho de Saúde Distrital e por gestores da Secretaria de Saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A previsão é de que o plano consolidado seja publicado até o final do ano para dar início às estratégias em 2023. Os especialistas vão elaborar metas parciais e gerais para acompanhamento a cada dois anos. Segundo a Opas, a hanseníase está contemplada na agenda sanitária internacional e, como exemplo de compromisso mundialmente assumido, a doença está inserida no 3º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). No DF, na série histórica entre 2016 a 2020, foram notificados 872 casos novos. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Tabagismo é doença crônica e causa danos graves ao meio ambiente
[Olho texto=”“A pandemia interferiu em todos os sentidos da nossa vida. É extremamente importante abandonar o uso do tabaco, pois evita o desenvolvimento de outras doenças crônicas além do tabagismo. Quanto mais cedo a pessoa parar de fumar, menor o risco de adoecimento e morte precoce” – Nancilene Melo, pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O Dia Mundial da Saúde deste ano, promovido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), apresenta o tema “Nosso planeta, nossa saúde”. A data é celebrada nesta quinta-feira (7) e incentiva diversos debates. A Secretaria de Saúde alerta para a importância da prevenção ao uso do tabaco e a promoção do meio ambiente saudável. O tabagismo é uma doença crônica e está relacionado com o desenvolvimento de aproximadamente 50 outras enfermidades. Como exemplos, estão os diversos tipos de câncer: pulmão, boca, laringe, faringe, estômago, esôfago, bexiga, entre outros. Além de doenças do aparelho respiratório, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema simples, bronquite crônica e asma. A enfermidade também pode resultar em doenças cardiovasculares, como infarto cardíaco, angina, hipertensão, acidente vascular cerebral, e outras doenças como úlceras do aparelho digestivo. Também contribui para a impotência sexual, osteoporose, catarata, menopausa precoce e complicações na gravidez. O tabagismo como doença crônica está relacionado ao desenvolvimento de outras 50 enfermidades, entre elas câncer de pulmão, além de doenças do aparelho respiratório, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bronquite crônica | Foto: Geovana Albuquerque / Arquivo Agência Saúde-DF “A pandemia interferiu em todos os sentidos da nossa vida. É extremamente importante abandonar o uso do tabaco, pois evita o desenvolvimento de outras doenças crônicas além do tabagismo. Quanto mais cedo a pessoa parar de fumar, menor o risco de adoecimento e morte precoce”, alerta a pneumologista e Referência Técnica Distrital (RTD) de Tabagismo, Nancilene Melo. Em 2019, 12% da população do Distrito Federal era fumante, o que corresponde a 288.802 pessoas. O dado é do IBGE e da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Com a pandemia, não foi possível dar continuidade à pesquisa. [Olho texto=”A cada 300 cigarros, uma árvore é cortada para uso nas fornalhas e produção de produtos de tabaco (secagem). Alguém que fuma um maço de cigarro por dia estará derrubando uma árvore de 15 em 15 dias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Nancilene destaca que o tabaco causa danos desde o seu cultivo até o descarte de guimbas e dos dispositivos. Além de empobrecer a terra do cultivo, a substância causa danos à saúde dos trabalhadores das plantações de tabaco e consumidores dos produtos fumígenos, contribuindo para o desmatamento. Ainda culmina com a contaminação da terra e mares pelas substâncias nocivas das guimbas e baterias, no caso dos dispositivos eletrônicos. “Então, quanto menos pessoas estiverem consumindo, menos danos ocorrerão”, aponta. Segundo a RTD de Tabagismo, os dispositivos eletrônicos são apenas tecnologias modernas para consumir a nicotina. E não existe forma de consumo ou quantidade segura de nicotina para uso. “O cigarro eletrônico não possui combustão e nem o alcatrão. Mas tem, pelo menos, 80 substâncias nocivas à saúde, destacando-se metais pesados e substâncias cancerígenas. Já é comprovada a existência de uma doença pulmonar, chamada Evali, relacionada a esses dispositivos. Trata-se de uma doença grave, que acometeu jovens nos Estados Unidos, mas temos alguns casos já noticiados aqui no Brasil”, detalha. De acordo com Nancilene, esses dispositivos ainda podem conter elementos com potencial explosivo, como ocorreu com um usuário no Distrito Federal. “Além de saborizantes da indústria alimentícia, que camuflam a agressão dessas substâncias inaladas. Costumo dizer que o pulmão não come, ele respira. Logo, não foi preparado para digerir e não sabemos ainda quais serão as consequências desse uso a longo prazo”, avalia. O tabaco, além de empobrecer a terra do cultivo, causa danos à saúde dos trabalhadores das plantações e consumidores dos produtos fumígenos, contribuindo para o desmatamento Consequências ao meio ambiente Pesquisas apontam que fumantes jogam em média 10 bitucas de cigarro por dia em vias públicas. Considerando o total de fumantes do DF e 30 dias para cálculo, e estabelecendo o comprimento de 2 cm por bituca, elas corresponderiam à distância de 1.733 km, podendo ser enfileiradas, por exemplo, de Brasília à capital do Piauí, Teresina. Tratamento na rede [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na rede pública do DF, o tratamento para auxiliar quem deseja parar de fumar é oferecido em cerca de 80 centros cadastrados, distribuídos nas sete regiões de saúde. Quem tiver interesse deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima da sua residência ou local de trabalho e fazer a inscrição. O tratamento segue uma abordagem cognitivo-comportamental, associado, quando necessário, a medicamentos que visam aliviar os sintomas da crise de abstinência causada pela dependência da nicotina, informa a RTD de Tabagismo. *Com informações da Secretária de Saúde do DF
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