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Sífilis

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Mais de 95% das UBSs do Distrito Federal oferecem testes rápidos para sífilis

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem intensificado esforços para fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS). Os dados de 2025 do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), publicado pelo Ministério da Saúde, apontam que 95,9% das UBSs do DF realizam teste rápido para sífilis. Com estratégias voltadas para o diagnóstico precoce, prevenção de doenças e acompanhamento contínuo, o Distrito Federal tem alcançado avanços significativos em indicadores essenciais de saúde.   Mais de 95% das unidades básicas de saúde do Distrito Federal já fazem o teste rápido para sífilis | Fotos: Breno Esaki/Arquivo Agência de Saúde-DF Para o médico de família e comunidade, Fernando Erick Moreira, coordenador da Atenção Primária à Saúde no DF, o modelo adotado tem demonstrado que a prevenção e o cuidado integrado são fundamentais para a sustentabilidade do sistema e para a melhoria da qualidade de vida da população. [LEIA_TAMBEM]“A sífilis é uma doença que ainda representa um desafio mundial, especialmente por sua relação direta com a saúde materno-infantil. Por isso, as UBSs do DF ampliaram a cobertura de testes rápidos para sífilis nas gestantes durante o pré-natal. A Vigilância Epidemiológica realiza um monitoramento constante, que cruza informações das notificações com a realização dos testes e tratamentos”, explica. O DF observa um aumento no número de casos diagnosticados e tratados, reflexo direto da expansão da testagem rápida e da melhoria das ações preventivas. “O trabalho contínuo permite também identificar áreas que demandam maior atenção, possibilitando ajustes nas estratégias de saúde para ampliar o impacto positivo. A testagem rápida é um exemplo claro de como o investimento na prevenção reduz complicações e promove uma gestação saudável”, aponta. Outro dado importante do Censo mostra como a capital sai na frente na investigação de óbitos maternos, um dado essencial para entender as causas e evitar que novas perdas ocorram. Hoje, 89,5% das UBSS no DF realizam esse trabalho. “Estamos fortalecendo a vigilância e transformando dados em ações concretas para proteger a vida das gestantes”, afirma Moreira. A Vigilância Epidemiológica realiza monitoramento constante, que cruza informações das notificações com a realização dos testes e tratamentos Busca ativa A SES-DF ainda investe na capacitação das equipes e na informatização das unidades para tornar a busca ativa uma rotina eficiente e constante, garantindo que nenhuma mulher fique sem acompanhamento. “A busca ativa por exames de mamografia e de câncer de colo de útero é fortalecida por meio da capacitação das equipes multiprofissionais e do uso do prontuário eletrônico para monitoramento dos pacientes”, conclui Moreira. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) iniciou processo de aquisição de insumos que vão aprimorar o diagnóstico de casos suspeitos da doença de Chagas e sífilis. A obtenção será realizada mediante o processo de comodato, que funciona como um empréstimo e é considerada uma forma mais eficiente e vantajosa do ponto de vista econômico. “A disponibilização da tecnologia de quimioluminescência por meio do processo de comodato permitirá que o Lacen-DF atenda integralmente à demanda das unidades públicas de saúde, assegurando qualidade e confiabilidade dos resultados emitidos”, ressalta diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo. Com o fornecimento contínuo dos reagentes, o Lacen-DF poderá agir com mais precisão e confiabilidade no diagnóstico de Chagas e Sífilis | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Neste contrato, o fornecimento contínuo dos reagentes para os diagnósticos das doenças será garantido. Os insumos vão viabilizar a implantação de uma metodologia denominada “imunoensaio quimioluminescente”, que oferece mais precisão e confiabilidade nos resultados laboratoriais dos casos suspeitos. Atendendo recomendações do Ministério da Saúde para que os testes sejam realizados com alta sensibilidade e especificidade, a técnica reduz a interferência por reações cruzadas com outras patologias – como leishmaniose visceral, hanseníase e doenças autoimunes. Isso minimiza a ocorrência de resultados falsamente positivos ou negativos. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos” Grasiella Araújo, diretora do Lacen-DF Para a diretora do Lacen-DF, essa forma de empréstimo resulta também em economia aos cofres públicos, uma vez que não requer grande investimento inicial na aquisição do equipamento. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos, garantindo acesso à tecnologia de ponta sem comprometer o orçamento destinado à saúde pública”, explica. Doença de Chagas e sífilis A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro. Durante o seu curso no organismo da pessoa, a doença apresenta duas fases, uma aguda – podendo ser sintomática ou não – e uma crônica, podendo ser cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Já a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Muitas vezes, apresenta sintomas discretos e a procura tardia pode causar complicações. No Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados 12 mil casos de sífilis adquirida, quase 5 mil de sífilis em gestantes e 1,6 mil casos em menores de um ano, incluindo abortos e natimortos. Ambas as doenças possuem cura e tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hospital Regional de Santa Maria realiza simpósio sobre sífilis

Na segunda-feira (21), foi realizado, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o simpósio “Vamos falar sobre Sífilis?”. O objetivo do evento foi aumentar a conscientização sobre sífilis e sífilis congênita, sobre testagem rápida, sinais, sintomas, transmissão e prevenção, com ênfase na importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado para a doença. “A conscientização sobre o tratamento e diagnóstico precoce da sífilis, especialmente em gestantes, é essencial para prevenir a sífilis congênita, uma doença 100% curável e prevenível. Como nosso hospital conta com uma maternidade e recebe muitos casos de mães infectadas e bebês com sífilis congênita devido à falta de tratamento adequado durante o pré-natal, é urgente destacar a importância da conscientização e do acompanhamento contínuo dessas gestantes. Assim, podemos proteger a saúde dos bebês e das mães, garantindo que a sífilis congênita seja evitada por meio de medidas eficazes e acessíveis”, explica a chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do HRSM, Aldyennes Carvalho. O objetivo do evento foi aumentar a conscientização sobre sífilis e sífilis congênita | Foto: Divulgação/IgesDF Durante o simpósio foram apresentados dados epidemiológicos sobre a doença no Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados no Sinan 12.639 casos de sífilis adquirida, 4.966 casos de sífilis em gestantes e 1.604 casos de sífilis congênita, incluindo abortos e natimortos. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), atualizado em 22 de agosto de 2024, a taxa de sífilis adquirida teve aumento de 77,5%, para 123,5% em 2023 . A média de casos da doença em gestantes também teve aumento discreto, a taxa era de 31,4 %, foi para 31,9% em 2023. Já a sífilis congênita variou de 6,% em 2019, depois foi para 10,7% em 2022 e em 2023 registrou 8,5%. A maior prevalência da doença ocorre em pessoas entre 20 e 29 anos do sexo masculino. A segunda maior faixa etária afetada é entre 30 e 39 anos, mas o número de sífilis em idosos também tem registrado aumento nos últimos anos. O número da doença em gestantes preocupa, pois o não tratamento durante o pré-natal ocasiona em altos índices de taxa de transmissão da sífilis congênita, contribuindo para o maior risco de abortos e natimortos. No HRSM, foram notificados em 2023 105 casos de sífilis em gestantes, 40 de sífilis adquirida e 73 de sífilis congênita, já em 2024, até o início de outubro foram 81 casos da doença em gestantes, 68 de sífilis adquirida e 61 de sífilis congênita. A maior prevalência da doença ocorre em pessoas entre 20 e 29 anos do sexo masculino. A segunda maior faixa etária afetada é entre 30 e 39 anos, mas o número de sífilis em idosos também tem registrado aumento nos últimos anos Segundo o infectopediatra do HRSM, Pedro Bianchini, praticamente toda semana, nas visitas realizadas no hospital, são identificados ao menos dois ou três casos para discussão de mães que foram para a unidade hospitalar com algum teste de sífilis positivo. “É uma realidade bastante aguda e que a gente tem enfrentado diariamente. Habitualmente, a gente precisa classificar a exposição do bebê à sífilis. Essa criança é classificada como uma criança que vai receber o tratamento. Pelo fluxograma a gente encaminha essa criança para um acompanhamento no Ambulatório de Infecções Congênitas, que atualmente é feito no Hospital Materno Infantil (HMIB)”, destaca Bianchini. Durante o simpósio houve a participação do gerente de áreas Programáticas de Atenção Primária à Saúde, Paulo Henrique Dias, que falou da importância das unidades básicas de saúde no combate e prevenção à sífilis. “Na atenção primária realizamos o pré-natal de gestantes infectadas com sífilis, trabalhamos a prevenção por meio de educação em saúde, aconselhamento sexual, distribuição de preservativos e promoção de testes rápidos, além de fazer o diagnóstico precoce, o tratamento e acompanhamento desses casos nas unidades básicas de saúde”, informa. O infectologista Marcos Davi fez a discussão de alguns casos com os participantes e explicou a conduta aplicada e em cada um deles. Já o infectologista Daniel Pompetti, explicou os diferentes testes para a realização do diagnóstico e que o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde é a utilização da Penicilina Benzatina (benzetacil) em adultos. *Com informações do IgesDF

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Fórum debate transmissão vertical da doença de Chagas e da sífilis

Começou, nesta terça-feira (24), o 2º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical, realizado junto ao 3º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021 – 2024. Organizado pela Secretaria de Saúde do DF (SES), o encontro tem como objetivo discutir os desafios para erradicar a transmissão vertical (da gestante para o bebê) da doença de Chagas e da sífilis. Também faz parte da proposta monitorar as ações de prevenção, vigilância e controle em todas as regiões da saúde do DF. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar”, explicou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Realizado no Hotel Brasília Imperial, o evento contou com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), parceria da Jica (sigla em inglês para Agência de Cooperação Internacional do Japão/Representação no Brasil) e participação do Ministério da Saúde, das superintendências das regiões de saúde do DF e de profissionais da área. Indicadores e metas “Estamos aqui para discutir o planejamento em saúde, o cuidado materno infantil e olhar com atenção os indicadores”, afirmou a diretora de Atenção Secundária da Secretaria de Saúde (SES), Juliana Queiroz de Araújo. “Planejamos o futuro a partir das ações do passado. Sem monitoramento não há crescimento.”  Já o coordenador de Vigilância, Preparação e Respostas à Emergência e Desastres da Opas, Miguel Aragón, destacou o compromisso da SES diante dos objetivos estabelecidos na primeira edição do fórum, em 2022: “Não foi um compromisso só de palavras, mas de ação. E é trabalhando dessa forma que vamos juntos conseguir alcançar as metas”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A continuidade do fórum e do ciclo de monitoramento visa ampliar o olhar sobre a temática e desenvolver novas ações de erradicação. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar; temos insumos para diagnósticos, tratamentos e formas de prevenir a transmissão vertical”, reforçou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel. O intuito, segundo ela, é que cada participante do evento consiga difundir o que foi aprendido, e, a partir dessa discussão, as equipes elaborem estratégias de acordo com as peculiaridades de cada território. Premiação Nesta quarta-feira (25), as regiões de saúde vão apresentar os resultados dos indicadores, a fim de serem certificados com o selo de Boas Práticas, conforme determinado no fórum do ano anterior. “Trata-se de um reconhecimento pelo esforço das equipes de saúde na busca pela redução da sífilis congênita”, explicou Beatriz. A certificação é dividida em três categorias: ouro, prata e bronze. O selo é conquistado com o cumprimento de determinados indicadores. Testagem A SES oferece testagem rápida para sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, localizado no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na Asa Sul. No que diz respeito à doença de Chagas, desde 2014, a pasta faz a triagem de gestantes infectadas no primeiro trimestre do pré-natal. Entre 2014 e 2023, foram identificadas 400 gestantes com a doença de Chagas crônica no DF. Já os casos de sífilis congênita registrados entre janeiro e julho deste ano somam 238. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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GDF disponibiliza testes rápidos para identificar ISTs

O Governo do Distrito Federal (GDF) disponibiliza para a população, de forma gratuita, testes rápidos para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites B e C. A testagem é oferecida em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal, que também promovem ações de prevenção e tratamento para as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Com resultados que ficam prontos em 30 minutos, os testes ficam disponíveis por livre demanda. Basta que o interessado se dirija a sua unidade de referência e solicite o exame rápido. Em 2022, a Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou 203.177 testes nas unidades de saúde. Quando o resultado vem positivo para a sífilis, o tratamento começa de forma imediata na própria Unidade Básica de Saúde (UBS). Quando o paciente está infectado com HIV ou com hepatite B ou C, ele é encaminhado ao serviço de atenção secundária, como as policlínicas de Ceilândia, Taguatinga, Planaltina e Gama. A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Para preveni-la, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções, além de exames regulares para detecção precoce da doença | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde Além de disponibilizar os testes rápidos nas UBSs, os pacientes podem procurar por esses exames também no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), localizado na 508 Sul, e nas maternidades da rede pública de saúde. A testagem deve ser feita sempre que houver uma situação de risco, como não usar preservativo durante uma relação sexual. “Os testes de HIV e sífilis também são realizados em todas as mulheres na sala de parto. Aquelas que não fizeram o pré-natal, precisam testar para as hepatites B e C também antes de dar à luz”, pontuou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel. Transmissão vertical [Olho texto=”Uma das ações preventivas contra as infecções sexualmente transmissíveis é a oferta de preservativos em todas as unidades de saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também chamada de transmissão congênita, a sífilis tem despertado um alerta entre os agentes de saúde após uma alta na transmissão da doença de mãe para filho durante o período gestacional. Em 2022, o DF registrou 2.445 casos de sífilis adquirida e 836 registros da doença em gestantes. Deste último número, 388 casos tiveram como desfecho a sífilis congênita, que poderia ter sido evitada caso a gestante recebesse o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado no pré-natal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos que dar muito foco para a transmissão da doença de mãe para filho, que é algo que pode ser evitável com o tratamento precoce. Quando a gestante descobre e se trata corretamente, é muito provável que o filho não nasça com a doença. A gente vem trabalhando em estratégias para evitar essa transmissão vertical”, defendeu a gerente. Uma das ações preventivas contra as infecções sexualmente transmissíveis é a oferta de preservativos em todas as unidades de saúde. “Além disso, temos a fase de diagnóstico, com os testes rápidos, e o tratamento em si. Nós damos várias chances para que o paciente evite transmitir a doença, tanto em homens quanto em mulheres”, concluiu.

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Aumento nos diagnósticos de sífilis em 2023 reforça conscientização

Os casos de sífilis na população do Distrito Federal aumentaram 55,9% entre janeiro e julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), 3.138 diagnósticos foram notificados nos primeiros sete meses deste ano – sendo, em média, 14 infecções por dia – contra 2.013 no ano passado. A maior parte dos casos está presente entre homens e na faixa etária de 15 a 29 anos. Os números consideram casos descobertos nas redes pública e privada de saúde. Em 2020, foram notificados 2.154 casos e em 2021, 2.199, conforme o Boletim Epidemiológico da Sífilis da SES. Os dados consolidados do ano de 2022 serão divulgados em outubro, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (19/10). Daniela Mendes Magalhães, da Secretaria de Saúde, ressalta: “Se mais pessoas fossem testadas, mais casos poderiam ser detectados e tratados” A responsável técnica pela vigilância epidemiológica da sífilis da SES, Daniela Mendes Magalhães, atribui o aumento a mudanças no comportamento sexual da população, em que há redução no uso regular e correto de preservativo. Além disso, segundo ela, o salto na quantidade de casos também pode ser relacionado à falta de informação adequada sobre saúde reprodutiva. “O problema não é a atividade sexual, mas a falta de informação. Inclusive, se mais pessoas fossem testadas, mais casos poderiam ser detectados e tratados, evitando o risco de sífilis congênita. É muito melhor que a mulher descubra antes da gravidez, para que a gestação seja tranquila e evitar a transmissão para o bebê”, diz ela, que é integrante da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis. “O diagnóstico evita o desenvolvimento de sintomas graves e corta a cadeia de transmissão”, completa. [Olho texto=”“O diagnóstico evita o desenvolvimento de sintomas graves e corta a cadeia de transmissão”” assinatura=”Daniela Mendes Magalhães, técnica da vigilância epidemiológica da sífilis da SES” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Magalhães também aponta que a presença maior da sífilis na faixa etária de 15 e 29 anos decorre da falta de conhecimento sobre saúde reprodutiva. “Trata-se de jovens que iniciam a vida sexual sem a devida orientação”, pontua. “Precisamos investir em campanhas educativas que causem impacto à população. Devemos falar de infecções sexualmente transmissíveis nas escolas e em espaços ocupados por eles, ensinando a usar o preservativo da forma correta e consistente”, aponta. Teste e tratamento Arte: Agência Brasília A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável dividida em estágios. O diagnóstico é obtido por testes rápidos, disponíveis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e no Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado na 508 Sul. O resultado é revelado em 30 minutos. “É supersimples: o profissional faz um furo no dedo da pessoa, colhe uma amostra de sangue e o dispositivo começa a avaliação. Esperamos 30 minutos para evitar resultados errados e, em no máximo uma hora, a pessoa já saberá a condição sorológica e receberá o devido tratamento”, explica a responsável técnica. [Olho texto=”O tratamento consiste na aplicação intramuscular do antibiótico penicilina benzatina. Dependendo do nível de infecção, a ser avaliado pelo profissional de saúde, são indicadas de uma ou três doses” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O tratamento consiste na aplicação intramuscular do antibiótico penicilina benzatina. Dependendo do nível de infecção, a ser avaliado pelo profissional de saúde, são indicadas de uma ou três doses, sendo que a primeira ocorre no mesmo dia do diagnóstico e as demais nas semanas subsequentes. Além disso, o paciente também passa a receber acompanhamento sorológico a cada três meses e, em um ano, recebe alta. A principal forma de evitar a sífilis é o uso correto e regular da camisinha. Mas, a testagem sorológica também é importante, conforme explica Magalhães: “Quando eu conheço minha condição sorológica, consigo me tratar, se necessário, e prevenir que outras pessoas se infectem. Levou o filho para vacinar e nunca se testou? Aproveita e pede o teste rápido, cuide da sua saúde.” A infecção [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A transmissão da sífilis se dá principalmente por contato sexual ou contato com as lesões. De início, a infecção é caracterizada pelo aparecimento de uma ferida na área em que a pessoa foi infectada, comumente sendo a área genital ou oral. A lesão cicatriza sozinha, sem que seja aplicado nenhum tipo de tratamento, entre duas e seis semanas. Em seguida, surgem lesões e manchas pelo corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. Os sintomas duram entre quatro e 12 semanas. As lesões podem ser confundidas com alergias, mas não coçam e não doem. Ao se deparar com os sintomas, a pessoa deve imediatamente procurar atendimento médico e interromper qualquer tipo de relação sexual sem o uso de camisinha. Depois, ocorre o período de latência, em que não é observado nenhum sinal da infecção. Já o último estágio pode demorar de 2 a 40 anos para iniciar. Nesta fase, a inflamação causada pela sífilis provoca destruição tecidual e são comuns o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, com risco de desfiguração, incapacidade e até morte. Por isso, qualquer suspeita deve servir de estímulo à testagem. “A sífilis tem sintomas que se assemelham a várias doenças, até costumamos dizer que é uma condição enganadora. Tendo uma lesão na pele, como uma úlcera, na parte genital ou oral, que não dói, não coça, parece com uma afta mas não é, busque a testagem”, alerta Magalhães. Mais informações sobre a sífilis podem ser encontradas aqui.

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DF ganha comissão permanente para eliminar transmissão vertical de sífilis

O Distrito Federal passa a contar com uma comissão distrital permanente (CDP) para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis com o selo DF. A portaria de criação foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF). ?O objetivo é que a CDP certifique as regiões de saúde que atendam aos critérios e aos indicadores previamente estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que estão contemplados no Plano Integrado para Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021/2024. A comissão será composta por representantes da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps), da Rede Cegonha, da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) e do Comitê Central de Investigação da Transmissão Vertical. Entre as atribuições do colegiado estão a análise e divulgação das experiências bem-sucedidas e o aperfeiçoamento das ações de controle da doença. A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Para preveni-la, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde Segundo a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel, a certificação é uma maneira de impulsionar o trabalho da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para evitar a transmissão vertical da doença. “A sífilis congênita ainda é um grande problema de saúde no DF. A certificação é uma possibilidade de estimular a organização de processos de trabalho que visam garantir a melhoria da assistência no pré-natal, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, a fim de se evitar a transmissão vertical”, explica Beatriz. No DF, houve aumento do coeficiente de detecção de sífilis adquirida. Em 2018, foram registrados 61,9 mil casos por 100 mil habitantes. Em 2022, esse número saltou para 78,1 mil. Entre as gestantes, o crescimento foi significativo, passando de 415 casos em 2018 para 836 no ano passado. [Olho texto=”“A população precisa ser orientada e compreender que as UBSs são importantes centros de testagem e que podem buscar as unidades para este tipo de atendimento”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Em relação ao coeficiente de incidência de sífilis congênita, a análise também mostrou um aumento: em 2018 eram 8 casos por mil nascidos vivos, já em 2022 esse número aumentou para 10,8. O aumento expressivo dos casos reflete a necessidade de ações que envolvam a ampliação de testagem na população geral, de acordo com a gerente da Gevist. “A população precisa ser orientada e compreender que as UBSs [Unidades Básicas de Saúde] também são importantes centros de testagem e que podem buscar as unidades para este tipo de atendimento”, ressaltou Beatriz Maciel. Como funciona a certificação? A certificação por meio de selos de boas práticas é uma estratégia do Ministério da Saúde para estados e municípios que ainda não atingiram as metas de eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis A certificação por meio de selos de boas práticas é uma estratégia do Ministério da Saúde para estados e municípios que ainda não atingiram as metas de eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis, mas apresentam indicadores com metas gradativas, que variam de acordo com diferentes categorias, como bronze, prata e ouro. Quanto maior o nível do selo alcançado, mais próximo da certificação de eliminação da transmissão vertical o município estará. Em 2022, o Ministério da Saúde certificou 43 municípios que demonstraram aumento no coeficiente de detecção de sífilis adquirida e em gestantes, que causou a redução da incidência da sífilis congênita. Como o Distrito Federal possui uma organização diferente das outras unidades federadas, criou-se a possibilidade da certificação local, por região de saúde. Assim, cada região poderá ser avaliada individualmente, levando-se em consideração as suas especificidades. [Olho texto=”Embora seja transmitida principalmente por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, a sífilis também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o intuito de estimular as regiões de saúde e reconhecer os esforços na redução da sífilis congênita, a SES-DF criou o selo DF de boas práticas rumo à eliminação da sífilis congênita, estratégia que reconhece as singularidades de cada região analisada. Para conquistar o selo, as regiões devem cumprir a lista de requisitos para a certificação, que será checada pelos membros da comissão permanente. Sífilis A doença é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode afetar várias partes do corpo e se desenvolver em diferentes estágios, com sintomas variados em cada fase. Em muitos casos, apresenta-se de forma assintomática ou com sintomas imperceptíveis. Por isso, é tão importante prevenir e realizar testagens periódicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para prevenir a sífilis, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções em gestantes e parceiros sexuais, além de exames regulares para detecção precoce da doença. Embora seja transmitida principalmente por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, a sífilis também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez – conhecida como transmissão vertical, ocasionando a sífilis congênita, que pode levar a uma série de complicações para o bebê. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Fórum debate estratégias para proteger bebês de sífilis e doença de Chagas

Profissionais de saúde do Distrito Federal discutem até esta quarta-feira (19) estratégias para zerar casos de transmissão vertical de sífilis e de Chagas. Isso é, quando a contaminação ocorre na gestação ou no parto. O objetivo do encontro é monitorar ações de prevenção, vigilância e controle em todas as Regiões de Saúde do DF. Organizado pela Secretaria de Saúde (SES), em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o 1º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical da Chagas e da Sífilis reuniu dados, planos e práticas bem-sucedidas. O evento, que começou nesta terça-feira (18) e vai até quarta (19), também abrange o 2º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024 do DF. O primeiro dia foi dedicado a discussões e soluções para sífilis. “Precisamos entender a realidade, em que aspecto há vulnerabilidade de transmissão das mães para os filhos e que ações podemos discutir e executar para eliminar os casos”, afirmou o secretário de Vigilância Sanitária, Divino Valero Martins, representante da SES na abertura do fórum. O 1º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical da Chagas e da Sífilis teve início nesta terça-feira (18) e vai até esta quarta (19) | Foto: Tony Winston/Agência Saúde Incidência De 2017 a 2021, foram notificados na capital federal 1.645 casos de sífilis congênita (passada na gestação ou no parto) em bebês de até um ano de idade, segundo dados do boletim epidemiológico da SES. Desse total, a Região Sudoeste de Saúde registrou 474 ocorrências (28,8%), seguida pela Região Oeste, com 384 (23,3%), e a Região Norte, que notificou 317 (19,2%). Entre os desafios no tratamento da doença estão a vulnerabilidade de algumas populações e a dificuldade de abordar os parceiros da pessoa infectada. “Há problemas de registros também. Precisamos ajustar notificações e registrar com o código correto”, exemplificou a responsável técnica pela vigilância da sífilis adquirida em gestante e congênita da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Daniela Magalhães. A notificação da sífilis – seja adquirida, em gestantes ou congênita – é obrigatória para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados da área. [Olho texto=”“Precisamos entender a realidade, em que aspecto há vulnerabilidade de transmissão das mães para os filhos e que ações podemos discutir e executar para eliminar os casos”” assinatura=”Divino Valero Martins, secretário de Vigilância Sanitária” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O representante da Opas, Miguel Aragón, enfatizou a importância do monitoramento da doença. “Aquilo que não se controla, não se faz. E isso precisa ser feito com a integração de todos e dos serviços, não em escritório, mas com quem atende [na ponta].” Durante o fórum, o Ministério da Saúde (MS)  apresentou o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis. Além dos critérios e indicadores necessários para conseguir a certificação, a pasta federal explicou como funciona o Selo de Boas Práticas rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis, que reconhece metas gradativas em três categorias – bronze, prata e ouro. O objetivo é uma dupla eliminação, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel, compartilhou que o monitoramento e a coleta de dados em busca da certificação para o DF serão realizados por um grupo de trabalho que, após a consolidação do relatório, enviará o documento ao Ministério da Saúde. Doença de Chagas O fórum recebe nesta quarta-feira (19) representantes do Ministério da Saúde para tratar do Pacto Nacional para a Eliminação da Transmissão Vertical da doença de Chagas. Além disso, serão apresentados os resultados parciais da investigação epidemiológica dos filhos de mães portadoras da enfermidade no DF. Na ocasião, a SES expõe proposta para o estabelecimento de fluxos de assistência e vigilância para a doença de Chagas. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Ação Natal com Saúde tem vacinação e exames em locais de grande movimento

Mais uma ação do Natal com Saúde foi realizada nesta quinta-feira (22). Na ocasião, equipes da Secretaria de Saúde atuaram em frente ao shopping Conjunto Nacional, próximo à Rodoviária do Plano Piloto oferecendo à população vacinas contra a covid-19 e influenza, além da testagem para HIV, hepatites, sífilis, covid e glicemia. Ação especial realizada na área central de Brasília vai se repetir neste sábado com multivacinação na Torre de TV, das 8h às 14h | Fotos: Sandro Araújo / Agência Saúde-DF A ação especial visa ampliar a cobertura vacinal com a promoção do serviço em pontos estratégicos. A proposta é fazer com que a população retome o hábito de se imunizar e tenha a oportunidade de fazer a testagem de outras doenças. No dia 24 de dezembro, haverá multivacinação na Torre de TV, das 8h às 14h. Os eventos natalinos começaram no domingo (18), no Parque da Cidade e no Terraço Shopping. Até o momento, foram aplicadas 391 doses – 210 no shopping (multivacinação), do dia 18 a 20, e 181 no Parque da Cidade (covid e influenza). [Olho texto=”“Qualquer pessoa que esteja com dúvidas se tomou ou não todas as vacinas, ou que até tenha certeza que falta alguma, deve procurar uma sala de vacinação”” assinatura=”Pedro Zancanaro, diretor de Atenção Primária da Região de Saúde Central” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O diretor da Atenção Primária da Região de Saúde Central, Pedro Zancanaro, diz que as ações natalinas têm como objetivo chegar a pacientes que, muitas vezes por indisponibilidade de tempo, não vão às unidades básicas de saúde. Ele acrescenta que a atualização do cartão vacinal é de suma importância para evitar casos graves da doença. “Em um momento em que há repique dos casos de covid, precisamos garantir que as pessoas estejam com o esquema vacinal atualizado”, explica o diretor. “Qualquer pessoa que esteja com dúvidas se tomou ou não todas as vacinas, ou que até tenha certeza que falta alguma, deve procurar uma sala de vacinação”, completa. Segundo a diretora de Atenção Secundária da Região de Saúde Central, Pollyanna Mertens, ações levam os serviços diretamente para a população. “Aqui em frente ao shopping, conseguimos atender quem vem fazer compras de Natal, almoçar ou passear e que, provavelmente, não pensava em se consultar ainda nesse ano”, pondera Mertens. Atendimento ampliado O professor Francisco Rodrigues dos Santos, 45 anos, saiu de Águas Lindas para cuidar da saúde na manhã desta quinta. “Vim fazer um check-up geral, com exames de hepatite, HIV, glicemia. É um costume meu: de três em três meses, procuro atendimento para saber como estou, como posso melhorar”, conta ele. “Desde o ano passado aproveito ações assim pra fazer os exames, pois sinto que o atendimento é muito bom e mais rápido”, completa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Já o engenheiro químico Daniel Valencia, 33 anos, soube da ação por cartazes em frente ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Rodoviária do Plano. “Aproveitei para fazer tudo que podia. Geralmente, as esperas são longas e, hoje, foi rápido e fácil”, comenta o morador do Guará. Quem também não perdeu a oportunidade de dar uma olhadinha na saúde foi a aposentada Genezira Moreira, 62 anos. Ela acordou cedo para arrumar o cabelo no shopping Conjunto Nacional mas, antes do cuidado com a beleza, decidiu dar uma verificada na saúde. “Passei, vi o movimento e me interessei. Fiz todos os exames e, como minhas vacinas estão em dia, deu tudo certo”, diz ela. Acesse aqui informações sobre a aplicação das vacinas contra a covid e os pontos de imunização.

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DF registra cerca de três mil casos de sífilis por ano

O 1º Fórum de Monitoramento do Plano Integrado para Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024 foi realizado nesta quarta-feira (26). O evento, que debateu a situação da infecção sexualmente transmissível no Distrito Federal, no Brasil e nas Américas, ocorreu no auditório da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS). [Olho texto=”“Essas ações visam alertar a população para a gravidade da doença, formas de prevenção e tratamento, buscando focar no público-alvo, populações chaves e populações prioritárias. Combater a sífilis é uma responsabilidade de todos”” assinatura=”Daniela Magalhães, gerente substituta de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] No Distrito Federal, os casos de sífilis vêm aumentando. Entre os anos de 2017 a 2021, foram notificados 9.813 casos de sífilis adquirida, 3.370 casos de sífilis em gestantes e 1.645 casos de sífilis congênita, que é quando a doença é transmitida de mãe para filho. Quanto à sífilis adquirida, em 2021, foi observado um aumento no número de casos entre homens na faixa etária de 40 a 59 anos. No ano anterior, o maior número de casos ocorreu entre homens de 20 a 39 anos. O diretor de Estratégia de Saúde da Família, José Eudes Barroso, representou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e destacou a importância de debater o tema e falar da transmissão vertical da sífilis, principalmente em gestantes, que correm o risco de passar a doença para seus filhos. “Precisamos rever os processos de trabalho, principalmente na Atenção Primária, para melhorar a capacidade de diagnóstico e tratamento, reduzindo assim a transmissão, principalmente, da sífilis congênita. Além disso, fortalecer o pré-natal, que é onde a gestante é acompanhada”, afirmou Barroso. Segundo o diretor, a qualificação dos profissionais da Atenção Primária é um caminho para aumentar a capacidade de manejo da doença. O 1º Fórum 2021-2024 debateu a situação da sífilis no Distrito Federal, no Brasil e nas Américas | Foto: Agência Saúde De acordo com dados da Opas/OMS, são 7,1 milhões de casos de sífilis no mundo, sendo que, desse total, 2,5 milhões são nas Américas. A meta é aumentar a testagem em todo o mundo, tendo em vista que já há testes rápidos para diagnóstico de sífilis, HIV e hepatite. “Temos que analisar todas as ações, verificar quais são os nossos desafios e o que ainda é preciso fazer para acabar com a transmissão de sífilis, que hoje é um problema de saúde pública mundial”, afirmou o representante da Opas/OMS no Brasil, Miguel Aragon, representando Socorro Gross. O representante da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Pereira, destacou que a prevenção da sífilis é uma maneira de evitar também outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV e hepatites. “É importante notificar os casos, diagnosticar e tratar. Além disso, também é necessário tratar o assunto sem tabu”, frisou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ações educativas A Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES) promove a atualização dos profissionais de saúde para incentivar a população a procurar as unidades básicas de saúde (UBSs) para fazer a testagem e o tratamento para sífilis. Além disso, a gerência estimula que os serviços de saúde promovam ações que ofertem testes rápidos, pois há um crescimento no número de casos. “Essas ações visam alertar a população para a gravidade da doença, formas de prevenção e tratamento, buscando focar no público-alvo, populações chaves e populações prioritárias. Combater a sífilis é uma responsabilidade de todos”, alerta a gerente substituta de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis, Daniela Magalhães.

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Visitas íntimas nas penitenciárias passam a depender de testes de DSTs

Brasília, 12 de setembro de 2022 – Depois de dois anos e seis meses suspensas, as visitas íntimas foram retomadas em setembro deste ano no sistema prisional do DF, mas com novas regras. A partir de agora, o cônjuge ou companheiro ou companheira de custodiado ou custodiada, para ter o cadastrado de visita íntima aprovado, deverá apresentar relatório médico que ateste a inexistência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A exigência é estabelecida pela Portaria nº 200, de julho deste ano, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape). O exame deve ser renovado a cada seis meses, juntamente com o cadastro de visita. A partir de agora, visitas íntimas no sistema prisional dependem de testagem negativa para HIV, hepatites B e C e sífilis | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília O gerente de Saúde do Sistema Prisional, Valter Luna, afirma que a decisão de exigir a testagem negativa para hepatites B e C, sífilis e HIV aos postulantes a visitas íntimas deve-se ao fato de buscar controlar a disseminação das doenças dentro dos presídios do Distrito Federal e de que todos os internos passaram a ser testados para essas enfermidades há dois anos. “Em 2020, passamos a realizar testes para covid-19 e de sífilis, hepatites B e C e HIV nos detentos. Com isso, foi possível saber quem é positivo no sistema prisional e iniciar o tratamento e a conscientização acerca das doenças. Por isso, é importante que as DSTs não sejam levadas para dentro do sistema”, explica Luna. [Olho texto=”São 121 profissionais de saúde espalhados em oito unidades de saúde existentes no sistema prisional, sendo 16 médicos, 23 enfermeiros, cinco farmacêuticos, nove assistentes sociais, 21 técnicos em enfermagem, 24 odontólogos, 15 psicólogos, três fisioterapeutas, dois terapeutas ocupacionais e três profissionais de administração” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Os exames são feitos não só quando os internos entram no sistema, mas sempre que estes mudam de unidade”, diz Luna. Em dezembro de 2019, durante o Dezembro Vermelho, antes mesmo do início da testagem sistemática, foram feitos testes rápidos em todos os internos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR). Outras regras estabelecidas para que o detento tenha direito a visitas íntimas são: não possuir falta disciplinar nos últimos seis meses; participar de programas de ressocialização como Educação de Jovens e Adultos (EJA); e classificação para os postos de trabalho localizados na Gerência de Assistência ao Interno (Geait); no Núcleo de Arquivos e Prontuários (Nuarq); no Núcleo de Conservação e Reparos (Nurep); no Núcleo de Ensino (Nuen); no Núcleo de Suprimentos (Nusup); na Unidade de Controle Patrimonial (Unipat); ou na Unidade de Transporte (Unitran). Existem 121 profissionais de saúde no DF para atender o sistema prisional, dos quais 16 são médicos, 23 enfermeiros, cinco farmacêuticos, nove assistentes sociais, 21 técnicos em enfermagem, 24 odontólogos, 15 psicólogos, três fisioterapeutas, dois terapeutas ocupacionais e três profissionais de administração para o setor de saúde. Esses profissionais se dividem entre as oito unidades de saúde existentes no sistema prisional. Conscientização Dados da Seape mostram que existem hoje 119 presos com HIV, o que representa 1,37% da população carcerária, que é de 16.240 internos e internas. Os números foram obtidos nos exames realizados em todos os presos do DF. Valter Luna destaca a importância dos testes, uma vez que as DSTs estão entre os problemas de saúde pública mais comuns no Brasil e em todo mundo e que o desconhecimento da situação por parte das pessoas infectadas é o que ajuda a perpetuar o ciclo de transmissão das doenças.

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Unidade faz cerca de 50 testes de HIV, hepatites B e C e sífilis por dia

Brasília, 11 de setembro de 2022 – Cerca de 50 pessoas passam diariamente pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) para realizar testes rápidos de HIV, hepatites B e C, e sífilis. No local, também podem fazer exames de PCR para clamídia e gonococo (gonorréia) – ambos somente homens – e receber aconselhamento. O atendimento não é apenas para moradores do DF, mas também a população do Entorno, de outros estados e até do exterior. O trabalho do NTA consiste no acolhimento, na triagem e no aconselhamento voltados para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). De acordo com a chefe da unidade, Jaqueline Menezes, no mês de agosto foram atendidos 924 usuários, tanto para fazer exames quanto para tirar dúvidas e receber resultados e retornos de exames. A equipe do NTA é composta por 15 profissionais, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontólogo, assistente social, todos treinados pelo Ministério da Saúde. O NTA fica na Rodoviária do Plano Piloto, plataforma do meio. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h. O núcleo distribui ainda preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante e autoteste para HIV – cinco unidades por pessoa. O trabalho do Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) consiste no acolhimento, na triagem e no aconselhamento voltados para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Profilaxia pós-exposição Outra importante atuação do NTA é no atendimento às pessoas que se expuseram a risco por sexo sem proteção ou rompimento de preservativo, violência sexual ou acidente ocupacional com material perfuro cortante. Nesses casos, o paciente faz os exames oferecidos pela unidade, passa pelo aconselhamento e, em casos especiais, recebe no próprio núcleo os primeiros comprimidos da profilaxia pós-exposição (PEP). Neste atendimento, existe uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio dos Núcleos de Atendimento à Mulher, e com os projetos Margarida e Violeta, da Secretaria de Saúde, entre outros. “Aqui nós atendemos de acordo com a profilaxia pós-exposição, que pode ocorrer devido a sexo em que não se usou preservativo ou em que o preservativo rompeu. Também devido à violência sexual ou acidente ocupacional por material perfuro cortante. Tudo isso se encaixa na urgência para usar o PEP”, reforça Jaqueline. [Olho texto=”“Aqui nós atendemos de acordo com a profilaxia pós-exposição, que pode ocorrer devido a sexo em que não se usou preservativo ou em que o preservativo rompeu. Também devido à violência sexual ou acidente ocupacional por material perfuro cortante. Tudo isso se encaixa na urgência para usar o PEP”” assinatura=”Jaqueline Menezes, chefe do Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA/SES-DF)” esquerda_direita_centro=”direita”] A gestora destaca que a medicação que compõe a PEP deve começar a ser usada até 72 horas após o risco. Passado esse período, a eficácia não é a mesma. “O usuário vem aqui, faz os quatro testes, depois passa pela conversa com o aconselhador para que seja verificado se o caso realmente se enquadra na profilaxia pós-exposição e, caso seja necessário, é feito o encaminhamento para uma das farmácias da SES para que receba a medicação, composta por 28 comprimidos, que deverão ser tomados ao longo de 28 dias”, detalha a chefe do NTA. No caso de o usuário chegar ao núcleo às 18h, próximo ao prazo em que se completam 72 horas da exposição, e as farmácias já estiverem fechadas, o primeiro comprimido é administrado no NTA. Os demais medicamentos devem ser adquiridos na farmácia da SES mais próxima da residência do paciente. Conscientização Outra característica do núcleo é que os exames não são entregues sem um aconselhamento. “É mais desafiador entregar um exame para um paciente não reagente, porque não queremos que ele retorne em um ou três meses e tenha um resultado reagente. A gente trabalha com aconselhamento para que ele se conscientize quanto à proteção”, explica a chefe do NTA. De acordo com as estatísticas do Núcleo de Testagem e Aconselhamento, desde 2005, quando o serviço começou a ser prestado, 3,92% de homens testaram positivo para HIV, enquanto o número de mulheres foi de 1,04%. Para hepatite C, foram 0,59% de homens que testaram positivo e 0,53% de mulheres. Os percentuais positivos de hepatite B desde 2005 são de 0,44% dos testes positivos para homens e 0,30% para mulheres. [Olho texto=”O Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Secretaria de Saúde fica na Rodoviária do Plano Piloto, plataforma do meio. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Quando o paciente testa positivo tem direito a um retorno com o serviço social, em que toma conhecimento dos seus direitos civis e trabalhistas, além dos cuidados a serem tomados para viver com o HIV. “É preciso ter conhecimento para iniciar essa nova etapa ciente dos seus direitos e deveres”, afirma Jaqueline. O repositor de estoque P.C., 35 anos, procurou o NTA para fazer todos os testes oferecidos. “Acho importante ter conhecimento da saúde”, diz, elogiando o atendimento prestado.  

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Mulheres terão atendimento ginecológico e jurídico em Ceilândia

O segundo andar da Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia, ficará ainda mais movimentado no final do mês de maio. A Secretaria da Mulher (SMDF) realizará no espaço Empreende Mais Mulher uma série de atividades voltadas para a promoção do bem-estar e da saúde feminina. Artes: Secretaria da Mulher do DF A agenda conta com aulas de krav maga e defesa pessoal com os instrutores Alisson e Fábio; atendimento jurídico com o especialista em direito previdenciário e cível Jesus Ferreira; oficina de maquiagem e estética com a empreendedora Eliane Moreira; e oficina de auriculoterapia com a fisioterapeuta Saulla Morgana. Além disso, nos dias 19 e 26 de maio, das 9h às 16h, acontecerá a Ação da Saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde (SES). Nos dois dias, as interessadas poderão realizar testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C, assim como atendimento médico, clínico, ginecológico e de prevenção. Também será disponibilizado um espaço para a aplicação de vacinas da covid-19 para maiores de 12 anos. Empreende Mais Mulher O equipamento, criado pela SMDF em 2019, fornece um espaço de oportunidades com o objetivo de tirar as mulheres da situação de vulnerabilidade e promover a autonomia econômica, a partir do incentivo à capacitação e ao empreendedorismo feminino. O local ainda oferece acolhimento e acompanhamento psicossocial, encaminhamento para cursos de capacitação presencial e online, além de orientações para as mulheres se inserirem no mercado de trabalho. O Empreende Mais Mulher está localizado na Agência do Trabalhador de Taguatinga e no 2° andar da Casa da Mulher Brasileira de Ceilândia, onde está sendo realizada a programação a partir desta terça-feira. O endereço da Casa da Mulher Brasileira é: CNM 1, Bloco I, Lote 3 – Ceilândia, Brasília/DF, 72215-110. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Confira a agenda completa e participe Ação da Saúde – Datas: 19 e 26 de maio – Horário: 9h às 16h Aulas de krav maga e de defesa pessoal – Datas: 17, 23, 27 e 31 de maio – Multiplicador: Alisson e Fábio – Horário: 9h às 12h Atendimento jurídico – Datas: 18 e 26 de maio – Multiplicador: Jesus Ferreira – Horário: 9h às 16h Oficina de maquiagem e estética – Data: 19 de maio – Multiplicador: Eliane Moreira – Horário: 14h30 Oficina de auriculoterapia – Data: 26 de maio – Multiplicador: Saulla Morgana – Horário: 14h às 16h *Com informações da Secretaria da Mulher do DF  

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Ação na BR-040 comemora Dia Mundial da Saúde

Quem passar pelo km 2,65 da BR-040 no sentido Brasília, entre 9h e 11h desta quinta-feira (7), poderá conferir ação da Secretaria de Saúde para marcar o Dia Mundial da Saúde. Chamada de “Saúde na BR”, a iniciativa foca na divulgação de informações para promover uma vida mais saudável e equilibrada. Arte: Secretaria da Saúde-DF [Olho texto=”“O Dia Mundial da Saúde é uma data de reflexão sobre o cuidado com a nossa saúde e com o planeta. Isso envolve questões individuais e coletivas, como trânsito e meio ambiente” – Surama Oliveira, representante da Secretaria de Saúde no Comitê Intersetorial do Programa Vida no Trânsito no DF” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Os motoristas e passageiros poderão fazer testes de acuidade visual, sífilis, HIV, hepatite, tuberculose e glicemia, além de aferir pressão e receber preservativos. Haverá ainda nutricionista para avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) e prestar orientações. Também haverá profissionais para falar sobre saúde bucal e postura. O enfrentamento do tabagismo terá destaque no projeto “Saúde na BR”. Quem for ao local poderá conferir como anda sua capacidade respiratória, realizar o teste de dependência de nicotina e receber orientações sobre cigarros eletrônicos. Também será feito o encaminhamento às unidades de tratamento de fumantes. “O Dia Mundial da Saúde é uma data de reflexão sobre o cuidado com a nossa saúde e com o planeta. Isso envolve questões individuais e coletivas, como trânsito e meio ambiente”, afirma a enfermeira Surama Oliveira, representante da Secretaria de Saúde no Comitê Intersetorial do Programa Vida no Trânsito no DF. “Queremos aproximar a população dessas questões e, ao mesmo tempo, levar serviços aos cidadãos”, completa. O evento, organizado pela Secretaria de Saúde, conta com participação do Detran, DER, Ministério Público do Trabalho, Sest/Senat e da ONG Rodas da Paz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Serviço – Evento: Saúde na BR – Quando: Quinta-feira (7), das 9h às 11h – Local: Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), antigo posto da Sefaz-DF, no km 2,65 da BR-040, próximo ao Terminal do BRT em Santa Maria *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Outubro Verde chama a atenção para combate à sífilis

Neste mês é realizada a campanha Outubro Verde, que busca promover a conscientização sobre a sífilis no Brasil. A iniciativa chama a atenção para formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. No Distrito Federal, conforme dados do último Boletim Epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, foram notificados 2.154 casos de sífilis adquirida em ambos os sexos em 2020, sendo que, para cada 3,3 homens infectados, tem-se uma mulher com a doença. No Distrito Federal, em 2020, foram registrados 921 casos de sífilis em gestantes, o que representa um aumento médio de 21,1% em relação ao ano anterior | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis adquirida apresenta-se quando sua transmissão ocorre pelo contato sexual desprotegido ou pelo contato com sangue contaminado. Por meio da Lei nº 13.430, de 31 de março de 2017, instituiu-se o terceiro sábado do mês de outubro de cada ano como o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (transmitida da mãe para o feto). Cenário no Distrito Federal “As maiores proporções de casos notificados se concentram em homens na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre as mulheres, a faixa etária mais acometida é de 15 a 19 anos”, informa a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães. Segundo ela, foram registrados 921 casos de sífilis em gestantes em 2020, o que representa um aumento médio de 21,1% em relação ao ano anterior. Em relação à sífilis congênita, o DF registrou 271 casos no ano passado. “Isso demonstra a necessidade de captação precoce das gestantes para o pré-natal e diagnóstico oportuno”, enfatiza Daniela. [Olho texto=”“As maiores proporções de casos notificados se concentram em homens na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre as mulheres, a faixa etária mais acometida é de 15 a 19 anos”” assinatura=”Daniela Magalhães, técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis ” esquerda_direita_centro=”direita”] Somado a isso, ela destaca que, para além de uma boa cobertura de assistência pré-natal, é preciso identificar e corrigir falhas que ocorrem durante o cuidado, especialmente em relação à testagem, tratamento, registro de tratamento e seguimento com exame laboratorial. Prevenção e diagnóstico O uso de preservativos em todas as relações sexuais, o acompanhamento durante a gestação e a testagem regular são formas de prevenir a doença. A Secretaria de Saúde disponibiliza testes rápidos para o diagnóstico da sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto. “Nas maternidades, todas as gestantes e mulheres em situação de abortamento também são testadas. O teste também é oferecido às pessoas em situação de violência e à população privada de liberdade”, acrescenta Daniela. Durante a gestação, o teste é solicitado no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre tanto para a gestante quanto para o parceiro. Além disso, a mulher é testada no momento do parto. “É muito importante que o pré-natal seja iniciado precocemente, pois quanto mais rápido a mulher é tratada, menores são as chances de transmissão vertical”, enfatiza a técnica da Gevist. O resultado do teste sai em 15 minutos após a coleta do material. Caso o teste dê positivo, a amostra é encaminhada para comprovação laboratorial. Após a confirmação, o tratamento é iniciado imediatamente.   Sintomas A sífilis é caracterizada por períodos de atividade e latência, esse último não manifesta sintomas. Além disso, apresenta diferentes fases. A primária é caracterizada por uma ferida única e indolor, com bordas bem definidas e endurecidas. A secundária inicia-se após a cicatrização da úlcera – normalmente a lesão cicatriza sem nenhum tipo de intervenção. A fase terciária é assinalada por destruição tecidual e pode afetar os sistemas cardiovascular, nervoso e ósseo. Tratamento A detecção e o tratamento precoce são fundamentais para evitar a propagação da doença. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado na rede pública de saúde. “Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade. Portanto, a pessoa pode se reinfectar caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada”, alerta Daniela. Complicações A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, podendo causar, inclusive, a morte do recém-nascido. O pré-natal é importante para identificar a doença e está disponível em todas as unidades básicas de saúde do Distrito Federal. A gestante deve procurar a UBS mais próxima de sua residência para receber as orientações e iniciar o atendimento. Crianças nascidas de mães contaminadas são consideradas de potencial risco de contaminação, mesmo que as genitoras tenham recebido tratamento. Essas crianças podem ter acompanhamento médico nas UBSs. [Olho texto=”A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas, podendo, inclusive, causar a morte do recém-nascido” esquerda_direita_centro=”direita”] Quando não tratada, a infecção pode evoluir para estágios de gravidade variada, acometendo diversos órgãos e sistemas, principalmente nervoso e cardiovascular. Conscientização A Gerência de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis atua para conscientizar sobre a doença, a partir de estratégias de comunicação em saúde para a população em geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis. Ainda, promove educação permanente das equipes de saúde, com o desenvolvimento de ações de prevenção coletiva da sífilis. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Sua Vida Vale Muito tem posto de vacinação no Itapoã

Começou no Distrito Federal, a vacinação contra a covid-19 para pessoas com comorbidades, que estão na faixa etária de 50 a 54 anos. Para quem tem entre 18 e 59 anos, o cadastramento já está disponível. Para auxiliar nesta etapa, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), por meio do Programa Sua Vida Vale Muito, oferece como ponto de apoio, a partir desta quinta-feira (13), a Praça dos Direitos, na quadra 203, no Del Lago, no Itapoã, das 8h às 17h. O Programa Sua Vida Vale Muito agora é Programa de Governo | Foto: Divulgação/Sejus Os idosos que ainda não tomaram a vacina, também poderão se imunizar no local.  Além do Itapoã, a Sejus tem mais dois pontos de apoio voltados para a imunização (das duas doses) de idosos: Recanto das Emas, na quadra 113, no CEU das Artes, e em Ceilândia, na QNN 13, na Praça dos Direitos. Os pontos funcionam das 9h às 17h. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, poder ofertar o Programa Sua Vida Vale Muito, exclusivo para vacinação, nesse momento de pandemia, é grandioso. “ Trabalhamos diuturnamente para conseguir efetivar políticas públicas e levar para a população do DF mais cidadania, garantia de direitos, acessos à serviços essenciais e mais dignidade. Com as vacinas, ajudamos a salvar vidas, a levar esperança para vida das pessoas mais vulneráveis e principalmente, a combater o coronavírus. Acredito que em breve, estaremos com o DF todo imunizado”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Novos atendimentos A partir desta sexta-feira (14), até o dia (28), no Itapoã, serão realizados testes de HIV, sífilis e hepatites B e C. As senhas serão distribuídas no local. Funcionamento Servidores das secretarias de Justiça e Cidadania e de Saúde, assim como voluntários cadastrados no site do Voluntariado em Ação da Sejus, realizam o atendimento ao público-alvo. As ações contam com a parceria da Caeb, Polícia Militar e Bombeiros. Programa O Programa Sua Vida Vale Muito da Sejus, foi instituído pelo governador Ibaneis Rocha como Programa de Governo. As ações itinerantes já percorreram inúmeras regiões administrativas do DF, com mais de 10 mil atendimentos nas áreas de saúde, bem-estar e cidadania. Serviço Para agendamento e cadastro da vacinação, acesse o site da Secretaria de Saúde. *Com informações da Secretaria de Justiça

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Saiba como se prevenir contra HIV e outras ISTs

Preservativos, tanto para a mulher quanto para o homem, estão entre as formas de prevenção | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde Prevenir sempre é o melhor remédio. O alerta é da Secretaria de Saúde (SES), que mantém ações voltadas para a prevenção do HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em todas as 172 unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto, são oferecidos preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante, exames para o HIV – na maioria dos casos, com testagem rápida – e testes rápidos para sífilis e hepatites virais B e C. Além do uso de preservativos, o Hospital Dia e o Hospital Brasília oferecem ainda a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) como estratégia de prevenção. A PrEP é indicada para pessoas parceiras das Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV). “Na PrEP, após avaliação por profissionais especializados, o usuário passa a usar um medicamento específico para evitar o HIV, reduzindo o risco de contrair o vírus”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel Luz. O paciente recebe todas as orientações, como acompanhamento sobre o uso de camisinha e demais cuidados, para não contrair outras ISTs. Profilaxia Também está disponível em toda a rede pública a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com o uso de medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio da exposição ocupacional – caso de profissionais de saúde – ou pela exposição sexual ocorrida em episódios de sexo sem camisinha ou de violência sexual. De acordo com Beatriz, esses medicamentos precisam ser tomados durante 28 dias, ininterruptamente, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica. A PEP está disponível em todos os serviços de urgência e emergência, unidades de pronto-atendimento (UPAs) e no Hospital Dia. A principal forma de prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, disponível nas salas especializadas e nas UBSs. As doses são aplicadas em todas as pessoas ainda não vacinadas, independentemente da idade. Para as crianças, a recomendação é receber quatro doses da vacina: ao nascer e aos dois, quatro e seis meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, o esquema completo prevê a aplicação de três doses. ISTs no DF De 2014 a 2019, dados do último boletim com informações sobre a doença no DF registraram 4.102 casos de infecção pelo HIV e 2.150 casos de Aids. Houve uma redução do coeficiente de detecção dos casos de Aids por 100 mil habitantes. Em relação ao HIV, foi constatada tendência de crescimento, o que pode indicar o aumento da detecção precoce de infecção pelo HIV antes de sua evolução para Aids. O tratamento adequado no momento oportuno tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids estejam atualmente com carga viral indetectável, o que reduz a quase zero por cento a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem a doença para outra pessoa. Pesquisas mostram um perfil epidemiológico predominantemente masculino (com uma proporção de cerca de 7,3 casos masculinos de HIV para 1 feminino). Entre esse público, predomina a transmissão sexual, principalmente de homens que fazem sexo com outros homens. Observa-se que a faixa etária que detém o maior número de casos de Aids é a de 20 a 39 anos (32%). Já os casos de HIV diagnosticados concentram-se na faixa etária mais jovem, de 20 a 29 anos (46%). Outro dado que chama a atenção é o crescimento de casos de HIV/Aids em faixas acima dos 60 anos. Em 2014, entre as mulheres, esses casos representavam 5,1% do total, e entre os homens, 3,3%. Já em 2019, essa faixa passou a representar 11,3% dos casos femininos e 5,8% dos casos masculinos. * Com informações da SES

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Sífilis tem cura e tratamento pode ser feito nas UBSs

Nas UBSs, os testes rápidos para diagnóstico da sífilis são disponibilizados. O resultado sai em até 30 minutos | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde A sífilis adquirida está em ascendência no Distrito Federal conforme dados do último Boletim Epidemiológico divulgado pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde. O informativo mostra que o aumento é mais significativo na população masculina, entre jovens nas faixas etárias de 20 a 29 anos, com um aumento de 37,9%, e na faixa etária de 30 a 39 anos, com crescimento de 23,9%. A principal forma de prevenção contra essa Infecção Sexualmente Transmissível (IST) é o uso do preservativo e o acompanhamento com exames que podem ser feitos nas unidades básicas de saúde. O boletim traz, ainda, queda nos casos de sífilis congênita – transmitida de mãe para recém nascidos – de 473 casos, em 2018, para 425 casos, em 2019. A Subsecretaria de Vigilância à Saúde alerta para a necessidade de prevenção, bem como para a importância da detecção da doença e início precoce do tratamento. A técnica da Gerência de Vigilância de IST, Daniela Magalhães, esclarece que “o controle da sífilis é possível pela interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção de novos casos. A detecção e o tratamento precoces são imprescindíveis para evitar a transmissão da doença, assim como o tratamento adequado das parcerias sexuais”. O boletim também informa que o coeficiente de mortalidade infantil por sífilis congênita apresentou queda significativa de 16,6 casos em cada 100 mil nascidos vivos, no ano de 2016, para 4,8 casos em 100 mil nascidos vivos em 2019. A subsecretaria considera esse dado positivo, mas reforça a importância de serem mantidos os cuidados necessários para se evitar a transmissão da doença. Atuação Preventiva A Gerência de Vigilância das IST, da Secretaria de Saúde, atua reforçando a prevenção de novos casos a partir de estratégias de comunicação em saúde para a população geral e, especialmente, para as populações mais vulneráveis, por meio da educação permanente das equipes de saúde, com o desenvolvimento de ações estratégicas de prevenção coletiva da doença. O boletim produzido pela gerência tem como objetivos descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis no período de 2014 a 2019; apresentar a análise das notificações dos casos; e dar subsídios, com base em evidências, para a tomada de decisão nas regiões de saúde para realização de ações de prevenção e controle da doença. “A expectativa é que, com base nessas análises publicadas, a tomada de decisões seja baseada em evidências no DF”, explica Daniela Magalhães. Ela ressalta ainda a importância do fortalecimento entre área técnica de vigilância e a atenção à saúde. “Ao longo de todo o mês de outubro foram realizadas capacitações nas regiões de saúde buscando a qualificação dos profissionais de saúde no atendimento e na notificação dos casos”, lembra Daniela, reforçando que o acesso à informação possibilita ao usuário a busca espontânea do cuidado e a redução do estigma em relação às infecções sexualmente transmissíveis. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diagnóstico e tratamento A transmissão da sífilis pode ocorrer por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou da mãe para a criança durante a gestação ou parto. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado na rede pública de saúde. Os testes rápidos para diagnóstico são disponibilizados nas UBSs e a população também pode contar com o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), instalado na Rodoviária do Plano Piloto. O resultado do teste sai em até 30 minutos após a coleta do material. Caso o teste dê positivo, a amostra é encaminhada para comprovação laboratorial. Após a confirmação, o tratamento é iniciado imediatamente. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Casos de sífilis congênita caem no Distrito Federal

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal vem registrando queda no número de casos de sífilis congênita, quando a doença é transmitida da mãe para o recém-nascido. Segundo a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, em 2018 foram registrados 473 casos, número reduzido para 425 em 2019. A técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Daniela Magalhães, lembra que outubro é o mês dedicado à conscientização e prevenção da sífilis e da sífilis congênita em todo o país. Para ela, a redução do número de casos deve ser comemorada diante do “enorme desafio” que os profissionais de saúde enfrentam para diminuir a contaminação. Mas para ela, mesmo com os índices em queda, a prevenção é fundamental à redução do número de caso. Da mesma forma, é importante fazer exames para identificar a doença precocemente. “O tratamento adequado durante o pré-natal é de extrema importância”, aconselha. Tratamento O teste é solicitado no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre da gestação. Caso o diagnóstico seja positivo para a doença, começa o tratamento do casal. “Tanto a mulher como o seu parceiro sexual são tratados, o que, consequentemente, reduz a incidência da sífilis congênita”, explica Daniela. A sífilis durante a gestação pode provocar aborto, prematuridade e sequelas neurológicas. O bebê pode morrer após o parto. O pré-natal é importante para identificar a doença. Esse serviço está disponível em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). Crianças nascidas de mães contaminadas são consideradas de potencial risco de contaminação, mesmo que as genitoras tenham recebido tratamento. Essas crianças podem ter acompanhamento médico nas UBSs. * Com informações da Secretaria de Saúde

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Contra sífilis, prevenção é o melhor remédio

Arte: Érick Alves/SES O Outubro Verde é o mês de alerta de prevenção à sífilis – doença infecciosa causada por uma bactéria e que pode ser prevenida com uso de preservativo. Os casos da doença vêm aumentando no Distrito Federal, e, no Dia Nacional de Combate à Sífilis, instituído em 17 de outubro, a Secretaria de Saúde (SES) alerta para a prevenção e lembra que, durante todo o ano, oferece atendimento e orientações, como a distribuição de preservativos em todas as 172 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. É nas UBSs que testes rápidos para diagnóstico são disponibilizados, além do Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), na Rodoviária do Plano Piloto. O teste sai em 30 minutos após a coleta do material. Caso o resultado seja positivo, a amostra é encaminhada para comprovação laboratorial. Após a confirmação, o tratamento é iniciado imediatamente. Transmissão e tratamento A transmissão pode ocorrer por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou da mãe para a criança durante a gestação ou parto. O tratamento é feito com uso de medicamento ofertado na rede pública de saúde. O melhor remédio, porém, ainda é a prevenção, pontua a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da SES, Daniela Magalhães. “Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade”, explica. “Portanto, a pessoa pode se reinfectar caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada”. Segundo a Vigilância Epidemiológica, foram registrados no DF, entre 2014 e 2019, 15.225 casos, sendo 9.179 de sífilis adquirida, 3.082 de sífilis em gestantes e 2.964 de sífilis congênita – quando a doença é transmitida de mãe para filho. [Numeralha titulo_grande=”2.162 ” texto=”Número de casos de sífilis adquirida registrados no DF em 2019″ esquerda_direita_centro=”centro”] Comparando 2018 e 2019, houve um aumento de 14,8% nos casos de sífilis adquirida. Foram 1.841 registros em 2018 e 2.162 em 2019. “O aumento mais expressivo é entre a população masculina de 20 a 39 anos, com 1.025 casos em 2019, correspondendo a quase metade de todos os registros do ano passado”, informa Daniela Magalhães.   * Com informações da SES

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Núcleo de Testagem muda esquema de atendimento durante a pandemia

O Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Rodoviária do Plano Piloto adaptou a forma de atendimento durante a pandemia do novo coronavírus. Há mais de 20 anos, a unidade faz testes para HIV, sífilis, hepatite B e C e demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além de prestar orientações à população. Ao chegar, o paciente é triado do lado de fora do núcleo e tem a temperatura aferida, sendo em seguida encaminhado à sala de espera, onde grupos de no máximo cinco pessoas aguardam, em assentos alternados, respeitando o espaço de 2 metros de distância uma da outra. Os testes são feitos com um paciente por vez, e, após o resultado, a pessoa é encaminhada à consulta de aconselhamento. Com o atendimento realizado pela equipe médica toda paramentada, só é permitida a entrada de pacientes que estejam de máscara. “O importante não é o teste somente; é a gente mostrar para esses pacientes os riscos que eles correm e mostrar que, caso precisem,  terão ajuda à disposição”, explica o chefe do NTA, Gilmar Decaria. Estrutura de atendimento Os testes levam aproximadamente 30 minutos para apresentar o resultado. Além dos exames rápidos, a unidade também oferece tratamento para o papilomavírus humano (HPV) e para a gonorreia, procedimentos que demandam mais tempo. No caso do vírus HIV, o núcleo também fornece alguns tratamentos de Profilaxia Pós-Exposição (PEP), por meio da qual o paciente tem até 72 horas após a exposição ao vírus (relação sexual sem proteção) para retirá-lo do seu organismo, sem desenvolver alguma enfermidade. Cerca de 70 pacientes são atendidos diariamente na unidade, que, em junho, registrou 629 consultas. “A gente tem um serviço de qualidade, e [as equipes] sempre foram bem solícitas com as informações, os cuidados e o acolhimento”, afirma uma paciente. Encaminhamentos Atualmente, o NTA também conta com uma estrutura clínica de saúde voltada à prevenção e aos tratamentos de homens – independentemente da orientação sexual –, que somam 70,4% dos atendimentos da unidade. “O paciente chega aqui, faz os testes, é medicado – caso precise – e, se houver necessidade, pode fazer os testes mais avançados para outras ISTs”, explica Gilmar Decaria. “Também temos um serviço de assistência social, que faz trabalho para os pacientes positivos para HIV e para todos que precisem de algum auxílio.” O NTA funciona no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h. Caso assim o deseje, o paciente pode fazer o aconselhamento sem se identificar. * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)

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Núcleo de Testagem e Aconselhamento mantém atendimento

Apesar da pandemia do novo coronavírus, o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), antigo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), da Rodoviária do Plano Piloto, continua atendendo normalmente, mas com algumas medidas de segurança para evitar a proliferação da Covid-19. Como o comércio da rodoviária não está funcionando, os servidores do NTA estão utilizando a parte externa para fazer uma espécie de pré-atendimento, em que é aferida a temperatura, a pressão arterial e oxigenação do sangue. “O paciente quando chega passa por essa triagem e se não apresentar nenhum sintoma é encaminhado para fazer a ficha de cadastro e a testagem dentro do NTA. Todos os profissionais estão utilizando os equipamentos de proteção individual e só deixamos entrar dois pacientes por vez na sala de espera, respeitando as medidas de distanciamento”, explica o chefe do Núcleo de Testagem e Aconselhamento, Gilmar Decaria. Antes da pandemia do coronavírus, ficavam até 12 pessoas dentro da sala de espera. Mas como o local é pequeno e não tem ar-condicionado, somente algumas janelas, só dois pacientes adentram o local atualmente. De acordo com o chefe do NTA, as medidas de proteção adotadas são preconizadas pelo Ministério da Saúde. “Todos os servidores estão tomando o máximo de cuidado, usando os EPIs, mantendo distanciamento. É uma medida de proteção tanto para nós quanto para os pacientes. Além disso, de agora em diante, só entra no NTA com máscara, se o paciente não possuir a gente cede uma máscara”, destaca. Procura Desde o início da pandemia, o movimento no Núcleo de Testagem e Aconselhamento diminuiu bastante. Segundo Gilmar, no início do isolamento, em que estava frio e chovendo muito, a procura por atendimento era bem pequena. O atendimento normalmente era de 70 pessoas. Agora, está entre 20 a 25 atendimentos por dia. Funcionamento O NTA fica na Rodoviária do Plano Piloto e funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 22h. A unidade realiza testes laboratoriais de hepatites B e C, de HIV, sífilis e teste rápido de HIV. Atualmente a equipe do NTA é formada por 15 profissionais. Sendo dois médicos, um atendendo pacientes que necessitam fazer a PEP (profilaxia pós-exposição), e uma que trabalha com a Saúde do Homem, tratando pacientes com HPV e demais IST’S. O restante da equipe é formado por enfermeiras, técnicas de enfermagem e o chefe do Núcleo. * Com informações da Secretaria de Saúde

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Proteja-se das infecções sexualmente transmissíveis

  Muita paquera e diversão fazem parte da programação de Carnaval. Nesse período, a Secretaria de Saúde (SES) recomenda redobrar os cuidados para prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Com o clima de festa, às vezes as pessoas acabam se esquecendo da proteção e expõem sua saúde fazendo sexo sem uso de preservativo. Além da Aids/HIV, ainda há riscos de contrair sífilis, hepatites B e C, papiloma vírus humano (HPV), herpes e outras doenças repassadas por meio do contato sexual. “Essas infecções são transmitidas, principalmente, pelo ato sexual [oral, vaginal e anal], quando não há o uso da camisinha”, explica a gerente-substituta de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Carina Matos. “As pessoas se preocupam mais com o HIV, que é uma doença cercada de preconceito, mas há outras infecções perigosas, como a sífilis, que tem aumentado cada vez mais o número de infectados.” Mais preservativos Foto: Divulgação / SES Durante os dias de Carnaval, a SES vai aumentar em 15% a grade de preservativos, em comparação com o ano passado. Com isso, serão 240 mil unidades extras, totalizando 1,8 milhão de camisinhas a serem distribuídas durante o período. [Numeralha titulo_grande=”1,8 milhão” texto=”Total de camisinhas a serem distribuídas pela Secretaria de Saúde durante o Carnaval” esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos várias opções de prevenção além da camisinha, como a testagem rápida, disponível em Unidades Básicas de Saúde [UBSs] e no Núcleo de Testagem e Acolhimento [NTA]; o tratamento correto de outras infecções sexualmente transmitidas e a profilaxia pós-Exposição [PEP]”, ressalta Carina Matos. A PEP é uma medida de prevenção com a utilização de antirretrovirais como profilaxia para o HIV, o que evita a multiplicação do vírus no organismo da pessoa. É indicada aos usuários que tiveram contato com o vírus em alguma situação de risco, como violência sexual, relação sexual desprotegida e acidente ocupacional. O procedimento deve ser feito em até 72 horas do contato de risco. O primeiro atendimento pode ser realizado nos serviços de urgência dos hospitais. Na unidade hospitalar, esclarece Carina, os usuários são atendidos e recebem a medicação antirretroviral para sete dias. “Após o procedimento, são encaminhados para a continuidade do tratamento, em até 28 dias, nas unidades de referência para o HIV/Aids, onde serão acompanhados por mais tempo e com a maior especificidade que o caso requer”, explica.

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Pela prevenção às infecções sexualmente transmissíveis

Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília Celebrada em novembro e convertida a lei em 2008, a Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é uma iniciativa que busca conscientizar e informar a população sobre o tema. Para esclarecer questões a respeito das doenças sexualmente transmissíveis e alertar o público jovem, responsável por um grande número de ocorrências, a Agência Brasília conversou com a gerente de Vigilância de IST da Secretaria de Saúde, Carina Matos. Em 1º de dezembro, é instituído o Dia Mundial de Combate à Aids. Dos 3.731 casos de HIV notificados nos últimos cinco anos no Distrito Federal, 51% ocorreram na faixa etária entre 15 e 29 anos, segundo dados da Secretaria de Saúde (SES). Somente no ano passado, do total de 680 episódios de HIV detectados em todas as idades, 80% estão entre pessoas de 15 a 39 anos. Tais números ligam o sinal de alerta e reforçam a necessidade de um maior diálogo e informações. É sobre esse assunto que Carina Matos fala, na entrevista abaixo. Como está o cenário das infecções sexualmente transmissíveis no Distrito Federal?  Hoje a gente consegue falar muito bem sobre duas doenças porque elas são de notificação compulsória no Brasil, então nós temos os dados bem-postos da sífilis e do HIV/Aids. As outras patologias temos alguns dados que não dá para dizer que são os reais do número de casos. Tivemos, até junho, 15 mil casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) diversas, 1.841 casos de sífilis até outubro e 959 de HIV/Aids, de dados provisórios. Quando falamos sobre os dados de agora, são referentes aos dados de 2018. Todo ano corrente a gente analisa o ano anterior epidemiológico. Nós temos tido um aumento dos casos de IST, mas esse é um cenário na verdade do Brasil, e, quando a gente fala em sífilis, é um cenário mundial. A Secretaria de Saúde está abastecida de insumos e profissionais para atender à sociedade? Como é o atendimento na rede pública do DF? A Secretaria de Saúde distribui preservativos (interno e externo) e gel lubrificante. A distribuição tem sido regular. Teste regular para as patologias, temos para a sífilis, HIV, hepatite B e hepatite C também nas unidades básicas. Agora, em dezembro, fomos convidados pelo Ministério da Saúde para entrar no projeto do autoteste, uma distribuição que ainda não é para toda a população, mas é um teste para ser realizado em casa por alguém que não frequenta o ambiente da saúde, uma Unidade Básica de Saúde [UBS]. A incidência de IST entre jovens de 15 e 29 anos é uma grande preocupação. Como alcançar esse público por meio de campanhas e ações? Quando a gente fala em IST, existe uma barreira em razão do tabu. Falar sobre sexo e infecções sexualmente transmissíveis ainda é tabu, em especial em relação aos jovens. Enquanto Secretaria de Saúde, a gente tem os locais de atendimento, a distribuição de preservativos, atendimento exclusivo para os jovens como o Adolescentro e a capacitação para os servidores. A gente procura abordar a questão da saúde sexual como parte da saúde integral do paciente, falar disso naturalmente, como falamos, por exemplo, da saúde do sistema digestivo. Ninguém tem vergonha em entrar numa unidade de saúde e dizer que está com disenteria, mas ainda hoje é tabu dizer que está com uma ferida no pênis ou na vagina. A ideia é lidar com os tabus respeitando os pacientes e a privacidade. [Olho texto=”“Ninguém tem vergonha em entrar numa unidade de saúde e dizer que está com disenteria, mas ainda hoje é tabu dizer que está com uma ferida no pênis ou na vagina. A ideia é lidar com os tabus respeitando os pacientes e a privacidade”” assinatura=”Carina Matos, gerante de gerente de Vigilância Infecções Sexualmente Transmissíveis da ” esquerda_direita_centro=”direita”] Como impactar esse público? Nessa nossa Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras IST, tivemos iniciativas exclusivas para os jovens. Reunimos cerca de 40 pessoas na Câmara Legislativa em parceria com a Secretaria de Justiça e a UnAids para conversar com esse público. Também fazemos capacitação dos servidores para lidar com os jovens. Como deve ficar a divisão de responsabilidades e troca de informações entre familiares e amigos, escola e rede de saúde? Como cada um pode ajudar? A gente caminha para um bom diálogo entre saúde e educação. Existe o programa Saúde nas Escolas, em que um dos eixos é sobre a sexualidade. Esse diálogo nós temos, entre saúde e educação, mas também se trata de algo ofertado. É uma carta de serviços que precisa ser solicitada. Assim, voltamos à questão do tabu. É difícil conseguir entrar num local onde as pessoas não querem conversar sobre isso. Os pais precisam estar conscientes e dispostos. A maior mensagem é que não tem problema, não é demérito você não conseguir conversar sobre determinados assuntos com seus filhos, mas é importantíssimo entender nossos limites, não limitar nossos filhos dentro dos nossos limites, ou seja, se não consigo falar sobre um tema, eu os levo a quem possa falar. Os médicos podem abordar a questão da sexualidade, a escola também. Os jovens fazem aquilo que não conhecem por curiosidade. Uma vez que os jovens têm educação sexual, eles optam por iniciar sua vida sexual não precocemente, escolhem um momento mais maduro para isso. A curva de crescimento da sífilis adquirida assusta. Como contê-la? O que explica esse fenômeno? Quando você pega os dados do Ministério da Saúde, ele liberou os números em 2010, quando foram 21 casos. Ainda não era [tema] tratado como notificação compulsória para o Ministério, então ter um número pequeno à época não era porque não existiam casos, mas porque não comunicavam a incidência deles. Tivemos um aumento da sífilis. Em 2018, foram 1.841 casos [dados provisórios até outubro], e por isso temos feito a capacitação de servidores, distribuído os insumos, ofertado eventos educativos e também o diagnóstico, tratamento e monitoramento. A sífilis tem aumentado em todo o mundo, e as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para seis milhões de casos por ano. A Aids, o HIV e a sífilis estão na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças do Ministério da Saúde. O que significa essa lista? É a lista de patologias que o profissional de saúde diagnostica e é obrigado a comunicar para a saúde pública o resultado desse exame, é uma comunicação em saúde. Essas doenças (HIV/Aids e sífilis) são de notificação compulsória porque elas têm uma importância para a saúde pública. Como são doenças transmissíveis, existe essa comunicação exatamente para que se possa fazer a busca ativa desse paciente, interferir na questão de educar preventivamente, informar os meios de prevenção e que existe tratamento. Como é o tratamento para cada uma dessas doenças?  No caso da sífilis, o tratamento vai depender do estágio clínico da doença. Ele é feito com penicilina – antigamente, o nome comercial era Benzetacil – e a quantidade depende do momento em que acontece o diagnóstico. O tratamento pode levar de uma a três semanas. O de HIV é feito com medicação diária. Há tratamentos até com um comprimido, mas vai depender do estágio clínico do paciente. É importante salientar que o tratamento é extremamente efetivo. O Ministério da Saúde comunicou que a maior parte desses pacientes, em três meses, tem a carga viral indetectável. Isso quer dizer que eu colho os exames e não consigo enxergar uma quantidade grande de vírus circulando depois de três meses de tratamento. Quando não tenho essa carga detectável, ele não transmite sexualmente o HIV. Então, quando se fala em prevenção, o tratamento também é uma forma de prevenção. Não exclui o uso do preservativo, mas é uma segurança maior que esse paciente não vai transmitir o vírus. A rede pública de saúde do DF dispõe de atendimento? A rede oferece tanto para HIV quanto para sífilis. A sífilis, qualquer Unidade Básica de Saúde faz o diagnóstico, monitoramento e tratamento. O diagnóstico, quando coletado, traz a resposta em 30 minutos. A pessoa sai da unidade sabendo [do resultado] e já é instituído o tratamento e acompanhamento também.  O de HIV é ofertado em locais de Serviço de Atendimento Especializado [SAE] em HIV/Aids. O diagnóstico pode ser feito em uma Unidade Básica de Saúde, que dispõe do teste rápido, e também temos o Centro de Testagem e Aconselhamento [CTA], que fica no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. O tratamento e o monitoramento, porém, são feitos no SAE. A última semana de novembro é, por lei, a Semana Distrital de Ações de Prevenção ao HIV/Aids e outras IST. Lançar luz ao tema é importante, mas como torná-lo um assunto perene nas escolas e rede pública de saúde?  A gente vai lidar com a naturalização de conversar sobre sexualidade e educação sexual, que é uma coisa natural, e as infecções sexualmente transmissíveis existem. [É preciso] que a gente possa conseguir diariamente enxergar a saúde sexual como uma parte outra qualquer da nossa saúde.

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Dia dos Namorados acende alerta para a prevenção de infecções sexuais

A prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) deve ser uma rotina e, nos Dia dos Namorados, vale reforçar: os cuidados com a saúde não podem ser deixados de lado, não importa a época. Por isso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal alerta para a importância do uso de preservativos e das demais formas de proteção. “Temos outros instrumentos de saúde utilizados no que chamamos de prevenção combinada. Podem ser medicamentos junto ao preservativo, ou alguma estratégia de saúde adotada para minimizar as vulnerabilidades e os riscos”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde, Rosângela Ribeiro. Para o HIV, por exemplo, pode ser usada a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). “A pessoa que se expôs sexualmente, ou em um acidente com material biológico ou exposição sexual não consentida, tem a possibilidade de tomar um conjunto de medicamentos chamado de PEP para evitar contrair o vírus HIV”, informa. O diagnóstico e o tratamento também fazem parte desse conjunto de instrumentos utilizados na prevenção combinada. “Uma vez que é diagnosticada, você possibilita a cura ou a redução da transmissão dos agentes das doenças”, lembra Rosângela.   Sífilis No cenário epidemiológico do Brasil e do Distrito Federal, a sífilis é a principal preocupação das autoridades sanitárias. Apesar de o tratamento promover a cura, não garante imunidade, pois é possível contrair a doença toda vez que se ficar exposto a ela. “Vivemos uma epidemia mundial de sífilis. Por isso, é necessário à população fazer o teste periódico para identificar a doença. Ela parece uma úlcera, fica silenciosa por anos, causando lesões que, muitas vezes, passam despercebidas. Só a testagem proporciona um diagnóstico e a possibilidade de tratamento”, afirma Rosângela Ribeiro.   Casos Dados do último monitoramento de agravos, elaborado pela Secretaria de Saúde, apontam que o número de casos de sífilis adquirida, no Distrito Federal, aumentou de 1.608, em 2017, para 1.840, em 2018. Somente neste ano, já foram detectados 721 casos de sífilis até 28 de maio. A maior proporção de infectados por sífilis ocorreu no sexo masculino. Neste público, foram 1.095 casos em 2017, e 1.392 em 2018, enquanto as mulheres totalizaram 512 e 448 nos mesmos períodos, respectivamente. Os casos de sífilis em gestantes também subiram de 414 para 561, e o de sífilis congênita (transmitida ao feto pela placenta), de 281 para 389, de 2017 para 2018. “Em todos os agravos, temos de falar da prevenção e do adequado diagnóstico das gestantes. Temos toda uma conduta de tratamento e manejo delas durante a gestação, para que não passem essas doenças para os bebês. Mas, para isso, elas devem procurar as unidades e fazer os testes”, ressalta a gerente.   HIV Nos casos de HIV detectados pela Secretaria de Saúde, foram registradas 656 ocorrências em 2017, e 648 em 2018. Neste ano de 2019, foram 71 casos contabilizados até 12 de março. O público que apresentou a maior quantidade também foi o masculino, com 572 registros, em 2017, e 544, em 2018. Rosângela Ribeiro ressalta que é necessário que população mais jovem, entre 15 e 19 anos, fique atenta aos perigos do HIV. “Nos chama a atenção o fato de que vem aumentando o número de casos de HIV nessa população muito jovem. Talvez por não ter vivenciado a era Aids no passado, e por terem medicamento disponível, fazendo o sexo protegido ficar negligenciado. Podem ser muitos os fatores que determinam essa maior vulnerabilidade”, alerta. Outro público vulnerável tem sido o dos homens que fazem sexo com outros homens (HSH). Entre eles, os que apresentaram maior registro, nos últimos anos, foram os homossexuais, com 391 casos, em 2017, e 353, em 2018. “É uma população que tem uma vulnerabilidade acrescida, e a prevalência das ISTs é mais elevada neles. Por isso, a importância de se falar em prevenção”, completa a gerente.? * Com informações da Secretaria de Saúde

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