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Brasília será sede do IX Encontro das Cidades Criativas da Unesco

De 25 a 28 de novembro, Brasília sediará o IX Encontro da Rede Brasileira de Cidades Criativas da Unesco (IX Ecriativa), com o tema Territórios Criativos do Brasil para o Mundo. O evento — organizado pelo Instituto ACDF – Associação Comercial do Distrito Federal, com apoio da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), por meio de um termo de colaboração — reunirá representantes das 15 cidades brasileiras da rede da Unesco, além de convidados internacionais, para debater como a criatividade pode ser um motor para o desenvolvimento urbano, econômico e social. Reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa do Design desde 2017, Brasília fortalecerá sua posição como um centro estratégico de inovação, turismo e economia criativa. O evento proporcionará uma oportunidade única para troca de experiências, promoção de boas práticas e articulação de políticas públicas que integrem cultura, design, sustentabilidade, inovação e turismo. Brasília sediará o IX Ecriativa, com o tema Territórios Criativos do Brasil para o Mundo, de 25 a 28 de novembro | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para o secretário de Turismo, Cristiano Araújo, Brasília vive um momento de expansão turística, fortalecendo-se nos segmentos de negócios, cívico, cultural e criativo. “A realização do IX Ecriativa reforça esse posicionamento e amplia o diálogo sobre inovação, cultura e economia criativa no Brasil. Nossa capital, moderna por essência e criativa por vocação, abre suas portas para a troca de experiências e o estímulo a novas perspectivas”, afirma. As 15 cidades brasileiras que compõem a Rede de Cidades Criativas da Unesco são: • Artesanato: João Pessoa (PB) • Artes midiáticas: Campina Grande (PB) • Cinema: Santos (SP), Penedo (RJ) • Design: Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) • Literatura: Rio de Janeiro (RJ) • Gastronomia: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ), Belo Horizonte (MG) • Música: Salvador (BA), Recife (PE) • Cinema: São Paulo (SP) Essas cidades, com suas respectivas especialidades, têm em comum o uso da criatividade para impulsionar o desenvolvimento cultural, sustentável e econômico local. O IX Ecriativa será uma plataforma para discutir como expandir o impacto da economia criativa e fortalecer as redes colaborativas, tanto no Brasil quanto no exterior. O evento também contará com a presença de Denise Bax, secretária da Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco (UCCN), e outras autoridades e especialistas, que compartilharão suas visões sobre o futuro das cidades criativas e as melhores práticas para conectar cultura, sustentabilidade, inovação e turismo. Assim como Brasília, Fortaleza também é reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa do Design | Foto: Divulgação/Setur-DF Turismo em Brasília O turismo em Brasília tem apresentado crescimento contínuo, com destaque para o aumento do fluxo de turistas internacionais. Segundo dados da Setur-DF, a capital recebeu mais de 64,4 mil turistas internacionais em 2024, um crescimento de 19,4% em relação a 2023. Nos primeiros cinco meses de 2025, o fluxo internacional já alcançou 44.279 visitantes, representando um aumento de 78,3% em comparação ao mesmo período de 2024. Além disso, o turismo na capital federal gerou R$ 28,34 milhões para a economia local nos quatro primeiros meses de 2025, um crescimento de 50,88% em relação ao ano anterior. Esses números reforçam a importância do IX Ecriativa como um evento estratégico para impulsionar ainda mais o turismo criativo, atrair visitantes e gerar impacto positivo para a economia da cidade. Com a participação de gestores públicos, empreendedores, artistas e pesquisadores, o encontro visa promover o turismo e fortalecer a economia criativa de Brasília, além de gerar soluções sustentáveis para os desafios urbanos das cidades. O evento será uma plataforma para gerar novos negócios, parcerias e visibilidade internacional para Brasília como destino turístico criativo. Em 2024, Brasília recebeu mais de 64,4 mil turistas internacionais, um crescimento de 19,4% em relação a 2023 | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Programação IX Ecriativa • 25/11 | Brasília de Braços Abertos · 8h – Boas-vindas com os representantes das cidades · 9h – Recepção Secretaria de Turismo (Setur-DF) · 10h30 – City tour Viva Brasília · 15h – Cerimônia oficial de abertura com autoridades na ACDF · 15h30 – Lançamento do livro da história da RBCC · 16h – Apresentação Brasília Cidade Criativa do Design e ODS · 17h – Painel Brasília Hub Estratégico e Criativo · 20h – Lançamento oficial da exposição interativa Territórios Criativos Brasileiros do Brasil para o Mundo, do game Creative Mind da UCCN e da nova identidade visual da RBCC • 26/11 | Territórios Criativos do Brasil para o Mundo · 8h30 – Receptivo e credenciamento · 9h – Painel Governo Federal MTur/MinC/MRE · 9h30 – Palestras do Ministério da Cultura (MinC), do Ministério do Turismo (MTur), da Unesco/UCCN e da Unesco/Brasil · 11h – Painel RBCC Cidades e Territórios Criativos do Brasil · 12h30 – Experiência gastronômica · 14h30 – Painel RBCC (continuação da apresentação das cidades criativas) · 16h30 – Mesa-redonda Sustentabilidade – Municípios Criativos e Sustentáveis · 17h30 – Entrega do Manifesto da Rede de Cidades Criativas ao Governo Federal · 20h – Lançamento oficial da exposição digital Territórios Criativos do Brasil para o Mundo, no shopping Pátio Brasil O IX Ecriativa reunirá representantes das 15 cidades brasileiras da rede da Unesco | Foto: Gustavo Leighton • 27/11 | Internacional · 8h30 – Receptivo e credenciamento · 9h – Apresentação e falas de autoridades presentes · 9h30 – Painel Comissão Parlamentar Mista de Economia Criativa do Brasil · 10h30 – Palestras da Unesco/UCCN e da Unesco/Brasil · 11h30 – Lançamento da Embaixada Digital de Cidades Criativas da Unesco em Brasília e Enghien-les-Bains · 12h30 – Experiência gastronômica · 14h30 – Ação colaborativa: Feira de Negócios de Economia Criativa · 20h – Experiência cultural/jantar temático • 28/11 | Plenárias Cidades Criativas · 8h30 – Receptivo e credenciamento · 9h – Assembleia RBCC – Apresentação da plataforma digital RBCC e jogo educativo sobre a UCCN · 11h30 – Apresentação Florianópolis e encerramento do IX Ecriativa · 12h30 – Experiência gastronômica · 14h – Experiência cultural · 20h – Experiência cultural/jantar temático Mais informações @institutoACDF @conselhododesignACDF Site: ixcriativa.com.br

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Brasília vai sediar dois eventos voltados a cidades reconhecidas pela Unesco

Reconhecida pela Unesco com o título de Cidade Criativa do Design, Brasília reafirma seu protagonismo nacional e internacional ao lançar o Edital de Chamamento Público nº 02/2025. A iniciativa, da Secretaria de Turismo (Setur-DF), convoca organizações da sociedade civil (OSCs) para executarem, em parceria com o governo, o II Fórum das Cidades Criativas do Design e o IX Encontro da Rede Brasileira de Cidades Criativas. Brasília está entre as 14 cidades brasileiras selecionadas pela Unesco pelo investimento em criatividade e cultura | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília  "O selo Unesco reconhece a força transformadora do design em Brasília, presente na arquitetura, urbanismo, nas artes e na vida cotidiana da nossa cidade", ressalta o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. "O chamamento público vem para garantir que essas iniciativas sejam construídas de forma democrática, transparente e com a participação de quem mais entende do assunto: a sociedade civil e os agentes criativos locais.” Instituído pela Unesco em 2004, o selo Cidade Criativa reconhece cidades que investem em criatividade e cultura como estratégias de desenvolvimento sustentável, promovendo inclusão, inovação e integração com a comunidade. Hoje, apenas 14 cidades brasileiras possuem a chancela, em categorias que incluem Design (Brasília, Curitiba, Fortaleza), Gastronomia (Belo Horizonte, Belém, Florianópolis, Paraty), Música (Salvador, Recife), Literatura (Rio de Janeiro), Cinema (Santos, Penedo), Artes Midiáticas (Campina Grande) e Artesanato e Arte Popular (João Pessoa). Design em tudo [LEIA_TAMBEM]Em Brasília, o design é parte do DNA da cidade — dos traços inovadores de Oscar Niemeyer ao mobiliário, moda, artesanato e tecnologia. Sediar os dois eventos é, portanto, oportunidade para promover intercâmbio de experiências, fortalecer redes criativas e intensificar o fluxo de turistas e investimentos na capital federal. O edital prevê a seleção de uma organização para gerenciar ações promocionais e executivas relativas aos encontros, além da definição de diretrizes, divulgação e construção colaborativa da programação. As entidades interessadas já podem acessar o edital original com todas as orientações no site oficial da Setur-DF. “Brasília está pronta para receber o Brasil e o mundo para debater o papel das cidades criativas e impulsionar ainda mais as nossas vocações no turismo, inovação e cultura”, conclui o secretário de Turismo. Confira o edital de chamamento público.   *Com informações da Secretaria de TUrismo

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DF alcança a marca de 24 clubes e associações regularizados na gestão Ibaneis Rocha

A capital federal chegou, nesta sexta-feira (13), à marca de 24 clubes e associações sem fins lucrativos regularizados por meio da política de regularização fundiária promovida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O número foi alcançado após o governador Ibaneis Rocha entregar a escritura pública de Concessão de Direito Real de Uso sem Opção de Compra (CDRU-S) ao Clube de Golfe de Brasília, no Setor de Clubes Esportivos Sul. Após quase cinco décadas ocupando o espaço, clube recebeu a escritura | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília Ocupado pelo clube há cerca de 50 anos, o espaço recebeu a escritura com base na lei distrital nº 6.888/2021, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha. A norma, que dispõe sobre a regulamentação de ocupações históricas feitas por associações e entidades sem fins lucrativos em áreas públicas do Distrito Federal, foi regulamentada pelo decreto nº 43.209/2022. Para o governador Ibaneis Rocha, a entrega da escritura, além de garantir mais segurança jurídica ao espaço, representa um avanço nas políticas públicas traçadas para o Distrito Federal. “Quando tivemos a oportunidade de debater na campanha de 2018 os avanços que nós precisávamos no Distrito Federal, já sabíamos que teríamos muita coisa a fazer, principalmente no que dizia respeito à regularização de clubes, templos religiosos e de entidades sociais; então nós elaboramos um texto de lei pensado por várias pessoas e conseguimos uma evolução muito grande na legislação do Distrito Federal, que permitiu que nós passássemos a regularização de todas essas entidades”, afirmou. “E hoje nós já temos mais de 500 escrituras assinadas com entidades no Distrito Federal. Isso é o resultado de um trabalho conjunto, de um trabalho firme e de um trabalho determinado, no sentido de trazer segurança jurídica para que todos possam investir.”  A documentação concedida ao Clube de Golfe de Brasília tem validade de 30 anos, podendo ser prorrogada por igual período. A escritura assegura a permanência da entidade em área pública, com pagamento de retribuição mensal à Terracap. A concessionária também poderá solicitar, futuramente, a adoção do sistema de moeda social como forma de abatimento, conforme regras previstas na legislação. O presidente da Terracap, Izidio Santos, ressaltou o caráter histórico da medida: “É uma marca desse governo. Entregamos documentos de clubes, igrejas e outras ocupações que perduram aí por 20, 30 anos. Aqui tem quase cinco décadas, e é muito importante que a gente traga essa segurança jurídica para uma associação tão importante e que marca a história do Distrito Federal, como esse clube. Vocês têm aqui um documento e têm a segurança jurídica, e isso é o que a gente vem trazer pra vocês.” Patrimônio da cidade Área do clube é tombada pelo Iphan e pela Unesco  Previsto no projeto original de Lucio Costa, o espaço foi fundado em 1964, tendo tido seu campo projetado pelo arquiteto inglês Robert Trent Jones Sr., considerado um dos mais renomados especialistas na área. O clube integra a área tombada de Brasília pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), devido à relevância urbanística, paisagística e histórica. “Isso para a gente representa um marco, um momento de renovação, de virada”, afirmou Norton Fritzsche, presidente do Clube de Golfe  Com campo de 18 buracos distribuídos ao longo de 6.788 jardas, sede social, restaurantes e áreas de convivência, o clube é reconhecido nacionalmente por acolher praticantes do esporte e visitantes. “Nós aguardamos por isso desde 2009”, lembrou Norton de Andrade Fritzsche, presidente do Clube de Golfe. “Isso para a gente representa um marco, um momento de renovação, de virada. Hoje o nosso campo está entre os dez melhores do Brasil, e agora nosso clube vai poder retomar esse desenvolvimento com segurança jurídica”.  Política de regularização A lei nº 6.888/2021 permite que entidades que ocupam áreas públicas há pelo menos cinco anos solicitem à Terracap a regularização de seus imóveis. Para isso, devem comprovar a atuação em atividades culturais, esportivas, de lazer ou assistência social, além de manter caráter não lucrativo. O prazo para requerer a regularização foi de um ano a partir da vigência da lei, e os pedidos passaram por análise jurídica, urbanística e ambiental antes da emissão das escrituras. "A regularização fundiária do tradicional Clube de Golfe foi um momento marcante, encerrando quase 50 anos de espera", comemorou a vice-governadora Celina Leão. "Neste GDF, temos o firme compromisso em garantir segurança jurídica, contribuindo para um ambiente mais justo e seguro.”    

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Inscreva-se para o Prêmio José Aparecido de Oliveira

Criado em 2007, o Prêmio José Aparecido de Oliveira está de volta, coordenado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) para reconhecer trabalhos de relevância na preservação e valorização do patrimônio cultural do DF. As inscrições estão abertas até 4 de novembro. Brasília foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987, durante o governo de José Aparecido de Oliveira, que dá nome ao prêmio | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A premiação marca o calendário de dezembro, mês em que é celebrado, desde 1987, o aniversário do reconhecimento de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na edição deste ano, serão premiados os três melhores trabalhos inscritos e selecionados pela comissão de julgamento. O primeiro colocado receberá R$ 15 mil e um certificado, enquanto o segundo e o terceiro classificados terão, respectivamente, R$ 10 mil e R$ 5 mil.  Oportunidade [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A retomada dessa premiação é um esforço que traz uma satisfação muito grande para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa”, diz o titular da Secec, Claudio Abrantes. “Estamos certos de que muitos agentes culturais da cidade esperavam por essa oportunidade de reconhecimento.” José Aparecido de Oliveira ocupou o cargo de governador do Distrito Federal entre 1985 e 1988. Durante a sua gestão em 1987, Brasília ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. No mesmo ano, a área central da cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). Confira o edital da Secec sobre a premiação. Faça sua inscrição por meio deste link. *Com informações da Secec 

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GDF, Bangladesh e Unesco celebram Dia Internacional da Língua Materna

[Olho texto=”“O Distrito Federal se orgulha dessa data, pois abrigamos em nosso território mais de 130 representações diplomáticas, representantes das mais diversas raízes linguísticas”, destaca a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF), Renata Zuquim” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A Embaixada de Bangladesh no Brasil realizou, nesta segunda-feira (21), um evento em celebração ao Dia Internacional da Língua Materna. A chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF), Renata Zuquim, participou da cerimônia online, que também contou com a presença da diretora e representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto. Apesar de a data ser reconhecida internacionalmente, foi o esforço do povo bengalês em manter sua língua materna que, por meio da Unesco, oficializou a comemoração. Presente no evento, o embaixador Shabbir Agmat, secretário para o Ocidente, do Ministério de Relações Exteriores de Bangladesh, fala sobre o movimento linguístico de 1952. “Não foi apenas um apelo para estabelecer os direitos de falar na língua materna — foi muito mais do que isso. Foi a confiança que tornou nosso povo consciente de sua existência como nação”, enfatiza. Reprodução de transmissão de evento online Para Zuquim, a variedade de idiomas existentes é uma evidência de nossas origens. “O Distrito Federal se orgulha dessa data, pois abrigamos em nosso território mais de 130 representações diplomáticas, representantes das mais diversas raízes linguísticas”, destaca. Na ocasião, a embaixadora de Bangladesh no Brasil, Sadia Faizunessa, agradeceu ao GDF por apoiar o evento e falou sobre a experiência do país em relação à aprendizagem multilíngue. “Bangladesh promove o multilinguismo para preservar as línguas e usa tecnologias para isso. Essa é a importância das tecnologias de informação e comunicação em todas as esferas”, relata. Segundo ela, o país tem o objetivo de reduzir a divisão tecnológica e as desigualdades na educação, em parceria com a Unesco, para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A representante da Unesco concorda. “É importante reconhecer que o multilinguismo pode promover a inclusão, contribuir para a educação e para a realização dos ODS, para que ninguém fique para trás”, diz. Noleto acredita que “é nosso dever preservar e manter a importância das diferentes línguas, que são o cerne da diversidade, mas também fazem parte da imensa riqueza do mundo”, reitera. Segundo ela, “a cada duas semanas uma língua desaparece, levando consigo toda uma cultura e herança”. Sobre o tema de 2022 do Dia Internacional da Língua Materna, “Utilização da tecnologia para a aprendizagem multilinguística: Desafios e oportunidades”, Marlova acredita que o uso de tecnologias aumenta o potencial para promover a educação multilíngue em apoio ao ensino e aprendizagem de qualidade para todos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Convidados Além das autoridades citadas, participaram do evento o coordenador-chefe do Comitê de Celebração do Pai da Nação, Mujibur Rahman Bangabandhu; a embaixadora da França no Brasil, Brigitte Collet; o embaixador do Sri Lanka no Brasil, Sumith Dassanayake; o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson; e o boliviano Eddie Avila, vencedor do primeiro Prêmio Internacional de Língua Materna. Ao final da programação, o público assistiu a apresentações culturais de Bangladesh, Brasil, Argentina, Cuba, Egito e Jamaica. *Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF)

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Aberto edital para contratação de consultores culturais

[Olho texto=”Principal qualificação exigida é formação em museologia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Até o próximo dia 13, permanece aberto o edital da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) visando à contratação de cinco consultores individuais para equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa Federal (Secec). Aos novos contratados caberá elaborar planos museológicos de acervos administrados pela pasta. A qualificação educacional principal é em museologia – em nível de graduação ou pós –, sendo desejáveis formações em outras áreas das ciências sociais e humanas, variando para cada um dos cinco perfis buscados no documento. Os selecionados terão entre 140 e 290 dias para fazer o trabalho e entregar produtos e resultados detalhados no chamamento público. “Esse empreendimento visa instrumentalizar administrativamente os museus subordinados à Secec com uma ferramenta de gestão – o plano museológico – para permitir o melhor planejamento das ações concernentes a uma unidade museal, conforme recomendam as normativas do Ibram [Instituto Brasileiro de Museus]”, explica a museóloga Daniele Pestana, da Secec. Museu Vivo da Memória Candanga é uma das áreas de atuação do conselho | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Serão selecionados cinco perfis. Os consultores do perfil 1 atuarão no Museu de Arte de Brasília (MAB) e no Museu Nacional da República (MUN), cabendo aos do perfil 2 o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) e o Catetinho. O Centro Cultural Três Poderes (CC3P) será responsabilidade do perfil 3, enquanto o perfil 4 é encarregado de atuar no Memorial dos Povos Indígenas (MPI). Já o Espaço Oscar Niemeyer (EON) ficará por conta do consultor de perfil 5. Atuação diversificada Mesmo sendo a museologia o foco, haverá ênfases distintas para cada espaço: artes visuais no MAB e no MUN, história no MVMC, no Catetinho e no CC3P. O Espaço Oscar Niemeyer pode ter seu plano orientado pela história ou arquitetura e urbanismo. A ênfase no MPI será etnográfica. A etapa de construção do plano museológico, sucede um trabalho anterior de mapeamento do acervo, em que mais de 10 mil itens alocados nos cinco museus foram identificados, descritos, medidos e fotografados para alimentar um banco de dados a fim de subsidiar a política de gestão de acervos da Secec, orientando aquisições e eventuais descartes. “A ação é desafiadora”, diz Daniele Pestana. “Desejamos que todos os nossos museus tenham a mesma diretriz administrativa, respeitadas as diversidades de cada um”. O trabalho é coordenado pela Diretoria de Preservação da Subsecretaria do Patrimônio Cultural da Secec. Confira aqui o edital. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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GDF publica primeira edição da revista ‘Distrito Internacional’

Primeira edição da Revista Distrito Internacional | Imagem: Reprodução O Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI/GDF) lançou, nesta segunda-feira (27), a primeira edição da revista Distrito Internacional, com o tema “Resiliência: O que o mundo aprendeu com a covid-19?”. O material, que será publicado semestralmente, traz cinco artigos escritos por autoridades do Distrito Federal e representantes de organizações de cunho internacional. Segundo a chefe do EAI, Renata Zuquim, o nome escolhido para esta publicação revela seu propósito. “O intuito é promover as relações internacionais de Brasília, criar um espaço de exposição de ideias e reflexões qualificadas sobre os temas abordados, assim como entregar um produto institucional de excelência à população do Distrito Federal e à numerosa comunidade internacional que vive na capital”, explica. Nesta primeira edição, a publicação conta com um artigo assinado pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, com o tema “É tempo de ação”. Outro artigo, de autoria do embaixador Carlos Alberto Franco França, ministro das Relações Exteriores, aborda “O Itamaraty no combate à covid-19”. O chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, embaixador Ignacio Ybáñez, também contribui com o periódico no artigo  “Parceria Estratégica une União Europeia e Brasil na luta contra a covid-19”. Além desses, o diretor do Escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) no Brasil, Carlos Mussi, fala sobre “O Desafio do Desenvolvimento para América Latina e o Caribe com a covid-19”. Por fim, Simone Benck e Lucas Máximo, da Reitoria Pro Tempore da Universidade do Distrito Federal (UnDF), abordam “A UnDF e as utopias necessárias para o Distrito Federal”. Além dos artigos, esta edição inaugural traz fotografias da capital brasileira originalmente publicadas na Revista Brasília entre 1957 e 1963. O material era editado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) com o objetivo de documentar, informar e divulgar o processo de construção do DF. As imagens fazem parte dos fundos públicos do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), reconhecido como Patrimônio Documental da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Para acessar a revista Distrito Internacional, visite o site do EAI. *Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais

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Imagens de Brasília brilham no Google Arts & Culture

[Olho texto=”“O Museu Nacional da República e o acervo representam uma parte da relação entre arte e arquitetura que está na base da construção e concepção de Brasília. É muito importante que ferramentas tecnológicas como o Google Arts & Culture deem essa visibilidade internacional”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A coleção Brasília: um Sonho Construído apresenta um passeio imersivo pelo passado e presente da capital desenhada por Oscar Niemeyer e planejada por Lúcio Costa, por meio de 90 exposições virtuais com cerca de 4.000 imagens históricas, além de 200 obras de arte digitalizadas em alta resolução, tours virtuais em 360° pelos principais museus da cidade e recursos educativos para pais e professores. “O Museu Nacional da República e o acervo representam uma parte da relação entre arte e arquitetura que está na base da construção e concepção de Brasília. É muito importante que ferramentas tecnológicas como o Google Arts & Culture deem essa visibilidade internacional”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Além da curadoria do Museu Nacional da República, a mostra teve colaboração do Arquivo Público do Distrito Federal, Instituto de Arquitetos do Brasil, Museu da Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal e outras 15 organizações sediadas em Brasília. O secretário Bartolomeu Rodrigues comemora o lançamento da coleção que universaliza a arte e a cultura de Brasília | Fotos: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF “Agora, por meio do projeto Google Arts & Culture, será possível fazer uma visita virtual ao museu e isso poderá servir de incentivo à pesquisa, à fruição, ao cuidado e ao sentimento de pertencimento a quem ainda não conhece presencialmente e está distante fisicamente desse espaço cultural”, aponta a diretora do Museu Nacional da República, Sara Seilert. Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco desde 1987, Brasília é a primeira cidade da América Latina a ter uma exposição dedicada no Google Arts & Culture, seguindo os passos de outras grandes cidades também reconhecidas por sua riqueza cultural, como Parma, na Itália, Pittsburgh e Milwaukee, nos EUA, e Lagos, na Nigéria. “Seu plano urbano ousado, a efervescência da sua cena artística e os traços modernos marcantes da capital do Brasil, um dos marcos arquitetônicos mais importantes do planeta, estão, agora, acessíveis para amantes da cultura no mundo inteiro que queiram conhecer ou descobrir em um só lugar os tesouros que fazem dessa cidade um incrível museu a céu aberto”, diz Luisella Mazza, diretora global de operações do Google Arts & Culture. Buffalo e os Siouxies, de Alice Lara, está entre as imagens de mais de 200 obras de Brasília: um Sonho Construído Para além do Museu Nacional, é possível visitar outros espaços da Secretaria de Cultural e Economia Criativa (Secec), como as bibliotecas Nacional e Pública de Brasília, Complexo Cultural Samambaia e Memorial dos Povos Indígenas. A vida cultural das regiões administrativas (RAs) também está disponível no Google Arts & Culture. Viagem aos museus A experiência pela capital federal também reserva espaço para museus cujo trabalho é preservar a arte e o patrimônio da cidade e do Brasil, do Museu Nacional da República à Fundação Athos Bulcão, passando pelo acervo de arte da Câmara dos Deputados. Graças à tecnologia de Art Camera, imagens de mais de 200 obras de artes foram capturadas em ultrarresolução, possibilitando uma visão mais detalhada da técnica de cada artista. Entre elas estão Buffalo e os Siouxies, de Alice Lara, e Paisagem nº 9, de Lucia Laguna, ambas expostas no Museu Nacional da República, cujo acervo on-line também conta com outras 100 obras de arte digitalizadas, de artistas modernistas e contemporâneos. Por meio de imagens do Google Street View, os visitantes percorrem os corredores de seis museus da capital por meio de tours virtuais em 360°, entre eles o Museu de Valores, o Centro Cultural dos Três Poderes e também o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). As mentes da capital A coleção traz uma seção dedicada ao pioneirismo e trabalho do arquiteto Oscar Niemeyer, uma das mentes por trás da construção da cidade. Entre suas obras está a Catedral Metropolitana de Brasília, que ganhou uma versão em 3D e pode ser vista em realidade aumentada, permitindo projetar o monumento e interagir com ele pelo celular de onde estiver. O Museu Nacional da República abriga acervo que conta com mais de 100 obras de arte digitalizadas, de artistas modernistas e contemporâneos Ainda, é possível conhecer as criações de Niemeyer em ângulos pouco convencionais na seção “Brasília vista de Cima”, proposta pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), com imagens aéreas inéditas de paisagens, jardins, parques e prédios icônicos do Plano Piloto, sendo possível ver as escalas urbanas que definem as identidades arquitetônicas e culturais de Brasília. Brasília antes de Brasília Além da série de imagens da construção da capital, um dos destaques da exposição virtual é a seção com registros históricos do Arquivo Público do Distrito Federal, que apresenta eventos fundamentais para o surgimento da cidade. Entre eles estão as trajetórias dos trabalhadores e trabalhadoras que chegaram ao centro do país para construir a cidade. Cada história é contada a partir das cartas enviadas às famílias, nas mais distantes regiões, com relatos emocionantes sobre os dias em que Brasília saía do papel e se tornava realidade. Os documentos podem ser lidos ou ouvidos em uma das experiências mais marcantes da mostra. Sobre o Google Arts & Culture [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Desde 2011, o Google Arts & Culture vem ajudando instituições culturais a disponibilizar seus acervos e patrimônios no mundo digital, com o objetivo de dar acesso ao conhecimento e tesouros da arte para as pessoas em qualquer lugar do mundo. A plataforma dá acesso às coleções de mais de 2.000 museus em mais de 80 países. É uma forma imersiva de explorar a arte, a história e as maravilhas do mundo, como as pinturas da casa de Van Gogh e o Taj Mahal. O site é gratuito e está disponível nesse link ou por meio do aplicativo disponível nas lojas de app IOS e Android. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Edital abre vaga para especialista em cultura africana

Termina no próximo dia 24 o prazo de inscrição para interessados em ocupar a vaga de consultor individual para a identificação, reconhecimento e valorização de expressões culturais de matriz africana no DF e entorno. O Edital 03/2021, que prevê a contratação desse profissional, foi recentemente publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O chamamento é instrumento de cooperação técnica entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). [Olho texto=”Os interessados devem ter nível superior em antropologia, história, sociologia, ciências sociais, ciências humanas ou áreas afins” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto contará com atividades de alinhamento com a equipe da Subsecretaria do Patrimônio Cultural para a pesquisa, levantamento de estudos, análise de pedido de reconhecimento e qualificação de demandas para propor critérios e diretrizes de identificação, classificação, valorização e salvaguarda de terreiros e bens culturais vinculados. Os interessados devem ter nível superior em antropologia, história, sociologia, ciências sociais, ciências humanas ou áreas afins. É desejável que o concorrente possua pós-graduação e experiências comprovadas em elaboração e desenvolvimento de políticas públicas, análise de atividades práticas nos campos do patrimônio imaterial e da identificação e valorização de grupos que perpetuam e transmitem conhecimentos tradicionais de matriz africana. O profissional também deve possuir, no mínimo, um ano de experiência comprovada na área de projetos e/ou planejamento e gestão do patrimônio cultural, assim como em estudos acadêmicos, técnicos, artísticos e culturais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os candidatos devem preencher o formulário de inscrição e enviá-lo ao e-mail prodoc@cultura.df.gov.br junto ao currículo elaborado de acordo com o modelo da Unesco, indicando, no assunto do e-mail, o número do edital e o nome do perfil desejado – Edital 03/2021: Identificação, reconhecimento e valorização de expressões culturais de matriz africana no DF e Entorno. Mais informações sobre o edital podem ser obtidas no site da Unesco na internet. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Secec e Unesco abrem vaga de consultor em edital

Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (23), o Edital 02/2021 da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) oferta vaga de consultor individual para atuação em Projeto de Cooperação Técnica entre a organização, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec – DF). [Olho texto=”Para concorrer à vaga, o profissional deve comprovar graduação completa em Ciências Sociais Aplicadas e experiência profissional de, no mínimo, três anos em análise e acompanhamento de documentos técnicos e gestão de projetos governamentais, de preferência, com organismos internacionais” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto de Cooperação Internacional 914BRZ4020 servirá para realizar estudo para a execução de repasses de recursos financeiros direcionados aos equipamentos culturais da Secec. Os interessados deverão enviar por e-mail currículo no Modelo Oficial de Currículo da Unesco e Formulário de Inscrição preenchido até o dia 31.8.2021. Acesse na íntegra o 914BRZ4020 – Edital 02.2021.-http://www.cultura.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2021/08/914BRZ4020-Edital-02.2021.pdf Para concorrer à vaga, o profissional deve comprovar graduação completa em Ciências Sociais Aplicadas e experiência profissional de, no mínimo, três anos em análise e acompanhamento de documentos técnicos e gestão de projetos governamentais, de preferência, com organismos internacionais. É desejável que o candidato possua pós-graduação em Gestão ou áreas relacionadas a planejamento governamental, políticas públicas, e elaboração e acompanhamento de projetos de cooperação técnica internacional no campo de políticas culturais. É imprescindível certificados e provas de proficiência em línguas. Os espaços da Secec serão assistidos por esse profissional, que será responsável, também, pela integração de projetos internacionais nas localidades. Os cinco melhores currículos serão selecionados para a fase de entrevistas. Inscrição [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os candidatos deverão preencher o Formulário de Inscrição e enviá-lo por e-mail, juntamente com o currículo, para prodoc@cultura.df.gov.br, indicando, no “Assunto” do e-mail, o número do Edital, bem como nome do Perfil desejado – Edital 02/2021: Revisão, análise, monitoramento e aferição da execução do Projeto de Cooperação Internacional 914BRZ4020. Informações sobre o edital: http://app3.brasilia.unesco.org/vagasubo/ Formulário de Inscrição: /documents/d/guest/914brz4020_formulario_de_inscricao_tr_02_2021-pdf *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Mais de dez mil obras de museus mapeadas

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) avança no processo de mapeamento dos acervos museológicos sob a custódia da pasta, compreendendo mais de 10 mil itens alocados por cinco museus e outros espaços. O objetivo é identificar, descrever, medir, fotografar e avaliar o valor das peças para alimentar um banco de dados que vai ajudar no aperfeiçoamento da política de gestão de acervos da Secec, recomendando aquisições e descartes, ações previstas na Lei Orgânica da Cultura (LOC). O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, explica que catalogar obras como a de Roberto Burle Marx (sem título) do Museu de Arte de Brasília (MAB) fortifica a “política de preservação e conservação” dos bens | Fotos: Divulgação/Secec O principal objetivo desse processo é compor um banco de dados que possibilite a valorização e salvaguarda, planejamento e pesquisa, conhecimento de potencialidades e educação patrimonial. A estimativa para a conclusão dos trabalhos é 2022. “O Distrito Federal precisa saber, entre doações e compras, a extensão das obras que possui salvaguardas em nossas instituições. Ter essas informações catalogadas fortifica as ações da Secretaria em sua política de preservação e conservação dos seus bens de arte”, conta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”“Se já tivéssemos todo o nosso acervo mapeado e pesquisado, poderíamos estar compartilhando muito mais esses tesouros com o público nas redes sociais”” assinatura=”Daniele Pestana, museóloga da Secretaria de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Público é o maior beneficiado A museóloga da Secec, Daniele Pestana explica que, ao pé da letra, só constitui acervo aquilo que passou pelo crivo de um trabalho dessa natureza. Ela é a autora do Termo de Referência (TR) – documento com estudos técnicos e informações orientadoras à licitação –, mediante o qual a pasta obteve recursos da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), no valor de R$ 300 mil, para custear o trabalho de consultores externos. “A pandemia nos deu tempo para pensar e desenhar todo esse trabalho. Se já tivéssemos todo o nosso acervo mapeado e pesquisado, poderíamos estar compartilhando muito mais esses tesouros com o público nas redes sociais”, aponta. Cestaria do Museu dos Povos Indígenas será cadastrada. Recursos da ordem de R$ 300 mil são da Unesco Levantamento  árduo e em três fases A primeira fase refere-se à mudança de status do objeto, que se torna museológico, com valor chancelado por um especialista; A segunda é composta por processos museológicos de classificação, catalogação e documentação; A terceira fase consiste na comunicação e na disseminação da informação, a partir da exposição e pesquisa do objeto, garantindo acesso ao público e à pesquisa. Os equipamentos culturais da Secec que dispõem de acervos museológicos e serão contemplados por essa contratação são Museu de Arte de Brasília (MAB), Museu Nacional da República (MUN), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) e Catetinho. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além da LOC, o Decreto-Lei nº 25 de 1937, considerado pelos museólogos o principal diploma de proteção do patrimônio cultural brasileiro, e a Constituição Federal de 1988, no art. 216, determinam a custódia cuidadosa do patrimônio cultural que esses objetos, em sua materialidade e simbolismo, representam em termos de identidade e memória. O trabalho de mapeamento desse acervo terá a participação de quatro consultores, com quatro perfis diferentes. O primeiro vai trabalhar as peças do MAB e do MUN. O segundo, o MPI. O terceiro, o Catetinho e o Museu Vivo da Memória Candanga. O quarto vai fazer todo o mapeamento do acervo da Secec que não está nos museus. Esses especialistas entregarão três produtos, que precisarão ser aprovados pelos servidores – dois museólogos e duas restauradoras – da Secec: um documento sobre mapeamento das coleções, outro sobre o estado de conservação das peças e, a partir destes, um estudo propositivo para auxiliar a política de gestão de acervo. É uma peça-chave para tornar os museus menos vulneráveis a ingerências políticas e administrativas, trazendo essas riquezas para a égide do estado. MAB e MUN De luva e máscara, equipamento básico para esse tipo de trabalho mesmo antes da pandemia, o museólogo Gustavo Nascimento Paes (graduação e mestrado) tem pela frente mais de 2.800 peças que formam o acervo comum do MAB e do MUN. Ele divide a tarefa com duas colegas de profissão. Ele conta que o acervo desses museus é muito representativo, passando por Carybé, (argentino/brasileiro que se radicou em Salvador), Alberto da Veiga Guignard e Inimá de Paula, dentre outros. Além de obras de Athos Bulcão, acervo do MAB e do MUN conta com peças de Carybé e Guignard, dentre outros “Estamos em um marco da arquitetura [Museu Nacional]. Podemos observar alguns desafios para a conservação e guarda desses bens patrimoniais. O contato direto com as obras exige atenção, não só para manusear como também na revisão das informações. Um olhar apurado para perceber como a obra vem se comportando, se possui perda da pintura, algum craquelado [pequenas fissuras] e até mesmo diferença de coloração. É um trabalho bastante desafiador e instigante”. Gustavo, que em 2014 organizou o “Seminário Interdisciplinar em Museologia” para o Museu Hering, em Blumenau (SC), tem consciência de que está lidando com um bem que dialoga com o passado, o presente e se constitui em direito para as gerações futuras. “O acervo é muito importante, não só para Brasília, mas para o nosso país”, observa. Catetinho e Museu Vivo Com mais de 15 anos de experiência profissional em documentação museológica e gestão de acervo, a consultora Tariana Maici de Souza Stradiotto, formada em História pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), começou a trabalhar no mapeamento da coleção do Catetinho no início de abril. Está em curso o levantamento do inventário e a verificação do estado de conservação das obras. No segundo semestre, ela se ocupará do Museu Vivo da Memória Candanga. Inventário do Museu Vivo da Memória Candanga terá início no segundo semestre do ano “O inventário consiste em listar as peças encontradas, anotando informações como denominação, fabricante, técnica e medidas. Coloco etiquetas com a numeração provisória das peças, afixadas por meio de linha de algodão, nunca com etiqueta adesiva”, explica ela. Nessa etapa, a historiadora registra o estado de conservação dos itens da coleção, identificando particularidades, como obra trincada, desgastada, com sujidade, etc. Tariana também fotografa as peças. “O Catetinho tem um acervo bem interessante, variado, com peças que estavam no local na época em que o prédio estava em uso. Outras são peças cenográficas, como os cestos com bolos e pães que estão na cozinha. Eu ainda estou fazendo a análise das informações que consegui localizar para tentar descobrir mais detalhes sobre a procedência das peças”, remata a consultora. *Com informações da Secretaria de Cultura

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“Sonhar Brasília” é lançado no Dia Mundial da Língua Portuguesa

Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial da Língua Portuguesa, foi lançado o livro infanto-juvenil “Sonhar Brasília”, uma colaboração entre a Unesco, o Instituto Camões, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o Escritório de Assuntos Internacionais do GDF (EAI). O livro foi elaborado ao longo de 2020 e se destina às escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal. A distribuição será feita assim que as condições sanitárias e de saúde permitirem. Colaboraram com a publicação oito nações que fazem parte da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa Segundo dados citados por Marlova Noleto, representante da Unesco no Brasil, o português representa hoje a 5ª língua mais falada do mundo, presente em nove países e em quatro continentes. “O Português é a quinta língua mais usada na internet. Com 265 milhões de falantes, é um dos idiomas mais difundidos no mundo, deixando sua marca nos países e pessoas”. O secretário executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, conta que viveu quatro anos em Brasília e, nas palavras dele, guarda excelentes recordações. “Nunca se falou tanto o português como atualmente, e creio ter a ver com dois fatores: a dimensão geográfica do Brasil e as independências africanas dos Estados-membros fundadores da CPLP, que se apropriaram do português como língua nacional”, disse. A publicação traz obras – entre textos e ilustrações – de artistas de oito nações que fazem parte da CPLP. Os textos ficaram a cargo de João de Melo (Angola), Conceição Freitas (Brasil), Vera Duarte (Cabo Verde), Jorge Luís Mendes (Guiné-Bissau), Bienvenido Ebang Otogo Obono (Guiné Equatorial), Mia Couto (Moçambique), José Luís Peixoto (Portugal) e Tino Freitas (Brasil/Timor-Leste). As ilustrações foram assinadas por Nelo Tumbula (Angola), Toninho Euzébio (Brasil), Davide Luís Mendes (Guiné Bissau), Daniel Esteves Moreira (Portugal) e Mariano da Cruz Santa (Timor-Leste). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Daniela Solano, estudante do 8º ano do CEF 19 de Taguatinga, destacou que as ilustrações nos instigam a ler o livro, e conta o que mais gostou: “As curiosidade sobre os países de língua portuguesa me fizeram aprender muito. As histórias são legais e estimulam a imaginação. Ler o livro fez com que eu me apaixonasse ainda mais pela nossa cultura e nossa língua, que é muito rica”, contou. Convidados a participar por meio das embaixadas dos países de língua portuguesa em Brasília, os representantes estrangeiros lançaram um olhar multicultural sobre nossa cidade, presenteando os leitores com impressões verbais e gráficas sobre a capital do Brasil, que, em 2021, celebra 61 anos desde sua inauguração. “O convite foi uma surpresa. Eu nunca havia escrito uma história infanto-juvenil. Foi um desafio que eu aceitei, um pouco receoso, porém animado” relatou João Melo, escritor angolano que contribuiu para a publicação. “Estamos vivendo um momento atípico, por essa razão não pudemos comemorar os 60 anos da capital como ela merece. Esse projeto vem justamente para acalentar esse sonho que se plantou aqui, e alcançou esse objetivo”, complementou Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa do DF. Daniela Solano disse que as curiosidades sobre os países fizeram com que ela aprendesse muito | Foto: Divulgação/EAI Para a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do DF, Renata Zuquim, a publicação é uma celebração à língua-mãe dos países e tem um papel importante: “O livro é uma forma de conectar as crianças às culturas dos outros países que compartilham da nossa língua”, afirmou. Fazendo alusão ao aniversário da cidade, mote do lançamento do livro, José Chantre D’Oliveira, embaixador de Cabo Verde, afirmou que não é só Brasília que está de parabéns. “Estão também de parabéns os autores, que produziram trechos tão leves e sóbrios como os pequenos passos que as crianças brasilienses vão experimentando sobre a grama dos espaços verdes da cidade”, disse. O lançamento foi transmitido no canal Youtube Unesco em Português e está disponível para ser assistido. O livro estará disponível também em formato digital nos sites das entidades colaboradoras do projeto, entre eles, o do EAI.? *Com informações do EAI  

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Turismo debate mapeamento de atrativos de Brasília

[Olho texto=”“O status de Capital do Design fará com que a nossa cidade se torne mais atrativa na área e também no setor do turismo” ” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília vai ganhar novas políticas públicas de fomento à economia criativa. Na segunda-feira (3), a Secretaria de Turismo (Setur) fez a primeira reunião para estruturar as ações voltadas ao mapeamento de atrativos locais e estratégias que vão consolidar a capital federal como integrante da Rede de Cidades Criativas. Em 2017, quando esse título foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Brasília passou a integrar o seleto grupo formado por Detroit (EUA), Berlim (Alemanha), Puebla (México), Xangai (China) e Montreal (Canadá). O encontro contou com a participação da equipe da Setur e da especialista Fernanda Bocorny Messias, que tem ampla experiência em negociações e articulação de projetos. Doutoranda em arquitetura e urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB), ela foi selecionada por meio de um chamamento público feito, no início deste ano, pela Setur e pela Unesco.  “Essas ações são a cara de Brasília: inovadora e multicultural”, disse ela. Reunião da Setur abordou estruturação das ações voltadas ao segmento em Brasília, ressaltando o potencial da cidade | Foto: Divulgação/Setur “Já contamos com o título de Patrimônio Cultural da Humanidade e agora estamos honrando mais um reconhecimento que fomenta ainda mais Brasília como uma cidade cultural, criativa e turística”, destacou a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. “O status de Capital do Design fará com que a nossa cidade se torne mais atrativa na área e também no setor do turismo. E, para isso, vamos fazer com que as ações não só saiam do papel, mas que sejam ampliadas em nível nacional e internacional.” Projeto [Olho texto=”Com financiamento 100% feito pela Unesco, projeto será desdobrado em três produtos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O chamamento o público que selecionou Fernanda para atuar no planejamento das políticas públicas faz parte de um projeto de cooperação técnica entre o GDF e a Unesco. O objetivo é conceder estratégias, metodologia, estudos, planos e produtos turísticos voltados à estruturação e promoção de Brasília com destino turístico, com ênfase no título de Patrimônio Mundial e integrante da Rede de Cidades Criativas da entidade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O projeto é 100% financiado pela Unesco. Serão três produtos desenvolvidos. O primeiro é um documento técnico que consta do relatório de execução de projetos e das ações voltadas para a promoção de Brasília na condição de Cidade Criativa do Design. A segunda ação vai gerar pareceres técnicos com modelos de governança para a atuação de Brasília dentro da Rede de Cidades Criativas que servirão de subsídio para a formulação do Plano Estratégico de Cidade Criativa. Para tanto, será traçado um panorama das potencialidades e iniciativas necessárias para a oferta e demanda do setor produtivo na capital. Já o terceiro produto vai propor ações necessárias para melhorar a competitividade do setor, apontando estratégias para impulsionar a criatividade e as indústrias culturais em nível local, além de colaborar para a cooperação ativa em nível internacional. *Com informações da Setur

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Iges nega que tenha assinado convênio de R$ 5 milhões com Unesco

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) vai comunicar ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) que não celebrou qualquer convênio com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) visando desenvolver projetos em parceria com o Centro de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep) da instituição. O que existe é apenas um protocolo de intenções voltado ao desenvolvimento técnico-científico e à formação de profissionais, conforme esclareceu nesta terça-feira (28) o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva. Esse protocolo é o primeiro passo para que, no futuro e quando houver disponibilidade de recursos, sejam firmadas parcerias com a Unesco, uma das mais conceituadas instituições do mundo. “Não foi gasto nenhum recurso com esse protocolo”, afirmou. “Nossa prioridade, no momento, é pagar as contas e equilibrar o orçamento do Iges.” O comunicado da instituição será feito ao promotor Clayton Germano, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT, que encaminhou ofício recomendando ao Iges-DF não assinar o convênio, que seria no valor de R$ 5 milhões. No documento, o promotor defende que os recursos do suposto convênio sejam aplicados em setores das unidades administradas pela instituição que estariam enfrentando problemas para atender os pacientes. Seria o caso, segundo o promotor, da radioterapia e da quimioterapia do Hospital de Base. [Olho texto=”Não foi gasto nenhum recurso com esse protocolo. Nossa prioridade, no momento, é pagar as contas e equilibrar o orçamento do Iges” assinatura=”Paulo Ricardo Silva, presidente do Iges-DF” esquerda_direita_centro=””] Saneamento das contas do Iges Paulo Ricardo Silva esclareceu que não há qualquer relação entre o protocolo de intenções firmado com a Unesco e problemas pontuais ocorridos em unidades do Iges-DF. Ele lembrou que a atual direção do instituto herdou diversos problemas, inclusive atraso nos pagamentos aos fornecedores de insumos e prestadores de serviços. “Em breve, vamos apresentar nosso plano de recuperação financeira e administrativa para solucionar problemas gerais e pontuais do Iges”, assinalou Paulo Ricardo. O presidente acrescentou que, quando assumiu o instituto, encontrou um passivo muito grande, com dívidas milionárias de seus predecessores. “Mas já quitamos débitos com mais de 190 fornecedores e estamos pagando os outros.” [Olho texto=”Nos próximos dias, será lançado um Plano de Recuperação que, entre outras ações, prevê o enxugamento de gastos, a negociação de impostos e encargos trabalhistas e concessionários” assinatura=”” esquerda_direita_centro=””] Já estão sendo pagos R$ 2,9 milhões a credores que fornecem medicamentos, equipamentos hospitalares, material administrativo e outros produtos. Inclusive, o pagamento a fornecedores de insumos quimioterápicos já foi feito. “Nos próximos dias, esses serviços serão normalizados”, garante Paulo Ricardo. Com a quitação das dívidas, problemas pontuais vão sendo sanados, o abastecimento de produtos e a prestação de serviços voltam à normalidade, o que garante que seja mantida a qualidade do atendimento aos pacientes, conforme Paulo Ricardo. A negociação dos débitos é a primeira parte de um plano maior para equilibrar as contas do Iges-DF e continuar proporcionando o atendimento de qualidade em saúde pública à população do DF. Nos próximos dias, será lançado um Plano de Recuperação que, entre outras ações, prevê o enxugamento de gastos, a negociação de impostos e encargos trabalhistas e concessionários. Conhecimento aplicado Além dos serviços assistenciais nas oito unidades sob sua administração — Hospital de Base, Hospital de Santa Maria e seis unidades de pronto atendimento (UPAs) —, o Iges-DF conta com um Centro de Inovação, Ensino Pesquisa (Ciep), cujo objetivo é gerar conhecimento aplicado para qualificar o cuidado em saúde de média e alta complexidade. Dessa forma, colaborações de instituições da importância da Unesco podem abrir portas para outras parcerias que fomentem o desenvolvimento científico no instituto, explica o presidente Paulo Ricardo. Além disso, esse tipo de trabalho em conjunto pode significar captação de novos recursos. *Com informações do Iges-DF

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Escola se engaja em ações sustentáveis

A escola recebeu várias melhorias para adequar as atividades à proposta de educação ambiental | Foto: Divulgação/Adasa Os alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 10 de Ceilândia encontrarão novidades no retorno do calendário presencial. Além de lançar protocolos para evitar contaminações pela Covid-19, a direção da escola implantou melhorias estruturais, durante a quarentena, baseadas no guia Trilhas e Caminhos para a Sustentabilidade Ambiental nas Escolas do Distrito Federal A publicação, criada por meio de um acordo de cooperação entre a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), aborda práticas ambientalmente responsáveis em instituições de ensino, além de métodos para sua aplicação. Entre as iniciativas desenvolvidas no centro de ensino, estão a criação de um espaço de convivência com área verde para favorecer a infiltração da água durante o período chuvoso, reativação da horta comunitária, pintura das salas de aula feita de maneira a aproveitar mais a luz natural, instalação de um lavatório com torneira temporizada na entrada da escola, construção de rampa de acessibilidade e, por fim, pintura da fachada com imagens do Cerrado e mensagem sobre preservação ambiental. Visita orientada Em 2019, a instituição de ensino recebeu a equipe da Adasa para uma visita orientada que resultou em propostas de intervenções visando à promoção do uso racional da água, reúso, gestão de resíduos e otimização do consumo de energia elétrica na unidade. Os apontamentos levantados seguem as orientações sugeridas no guia de sustentabilidade. Segundo o coordenador de programas especiais da Adasa, Miguel Sartori, as propostas levantadas após a visita são adaptadas à realidade de cada comunidade escolar e vão além das intervenções físicas. “Também buscamos orientar a escola com sugestões de atividades ecopedagógicas envolvendo alunos e a comunidade local”, conta. A visita da equipe da Adasa à unidade escolar ocorreu após a participação da professora Jaqueline Martins no curso Gestão Sustentável da Água e dos Resíduos Sólidos, promovido pela Subsecretaria de Formação Continuada de Profissionais de Educação (Eape), em parceria com a agência e outras instituições de cunho ambiental. Conscientização “O curso desperta no professor a consciência da importância das questões da conservação e da preservação ambiental”, explica a professora. “Após a apresentação do módulo da Adasa, procuramos o órgão para nos orientar quanto às práticas sustentáveis que poderíamos adotar e a implantação da temática na escola.” Segundo a diretora do CEF 10, Flávia Hamid, a meta é transformar a escola em uma unidade de referência no desenvolvimento e disseminação de práticas ambientalmente sustentáveis. “Quando cheguei à escola, em 2018, notei que tínhamos muito concreto”, conta. “Aos poucos, começamos a trabalhar na horta voluntária, em ações de reciclagem e em projetos que tirassem os alunos de dentro da sala – como o Conhecendo a Floresta Nacional, quando visitamos uma das nascentes no Descoberto”. Durante o Fórum Mundial da Água, realizado em Brasília em março de 2018, O CEF 10 foi escolhido para representar o DF na Vila Cidadã, com um projeto de captação e armazenamento de água da chuva. “Nessa época começamos a implementar as primeiras melhorias na unidade, como troca das janelas das salas para o aproveitamento da luz natural e instalação de torneiras econômicas nos banheiros”, lembra a diretora. O guia Trilhas para a Sustentabilidade Ambiental nas Escolas do Distrito Federal pode ser acessado na biblioteca virtual localizada na  página do projeto Adasa na Escola. A publicação traz ainda indicações de leitura complementar para ser adotada em sala de aula. Outras entidades que participaram da elaboração do Guia Secretarias de Educação (SEE) Secretaria de Meio Ambiente (Sema) Instituto Brasília Ambiental (Ibram) Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) Faculdade de Educação-Universidade de Brasília (FE/UnB) Serviço de Limpeza Urbana (SLU) Escola Técnica de Brasília (ETB) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Instituto Federal de Brasília (IFB) Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF) Movimento Nossa Brasília.

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‘Outubro Criativo’ celebra Brasília como capital do design

A capacidade única do ser humano de transformar o mundo ao seu redor é a grande homenageada do Outubro Criativo, conjunto de ações promovidas pela Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF) para comemorar o Dia das Crianças. A iniciativa celebra também os três anos do título de Brasília como cidade criativa do design da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), além de discutir a economia criativa e a efervescente arte de rua da capital federal. A criatividade é o ponto de partida de todas as ações previstas no Outubro Criativo, como explica a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça. “Nosso objetivo é mostrar Brasília como esta cidade jovem que nunca envelhece, que tem uma capacidade de sempre despertar curiosidade, que atrai as mentes mais destemidas e é polo de criatividade no mundo”, descreve Vanessa. [Olho texto=”“Quando se fala de economia criativa se fala de quase 4% do PIB e do mercado de trabalho do DF antes da pandemia. Precisamos debater o setor e colocar essa vocação na vitrine da nossa cidade”” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”centro”] A infância, período marcado pela imaginação mais pura, será destacada com o lançamento, no dia 10 de outubro, da Rota da Diversão, primeira rota para turismo infantil do DF. A ação promete despertar em todos a criança interior e a nostalgia dos brasilienses que cresceram em meio aos brinquedos da Nicolândia, do Parque da Cidade, e de vários outros pontos marcantes do nosso Quadradinho. A criançada terá um presente especial no miniguia da rota, que será todo ilustrado com desenhos do artista plástico Ralfe Braga, para que as crianças possam passar para o papel a forma única como elas enxergam as obras. O livro poderá ser baixado no site da Setur-DF e também ficará disponibilizado nos centros de atendimento ao turista (CATs). As ações também passarão pelas formas de expressão que transformam e ocupam os espaços urbanos e ditam a chamada economia criativa. Neste mês, a capital federal completa três anos como cidade criativa do design da Unesco, título que reconhece a vocação da cidade como polo de criação e desenvolvimento da economia ligada a artes, arquitetura, design, inovação e inteligência criativa. “Nada mais criativo e inovador do que Brasília, cidade criada do zero, a partir de mentes tão brilhantes, que tem arte, design e arquitetura em seu DNA. Quando se fala de economia criativa se fala de quase 4% do PIB [Produto Interno Bruto] e do mercado de trabalho do DF antes da pandemia. Precisamos debater o setor e colocar essa vocação na vitrine da nossa cidade”, acrescenta Vanessa Mendonça. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Esses debates terão espaço dentro do Prosa Criativa, em que Vanessa Mendonça receberá grandes nomes do setor em três lives para debater temas ligados à economia criativa, turismo alternativo, moda e arte, além influência de diversos setores no segmento turístico. As transmissões serão feitas nos dias 15, 22 e 29 de outubro. No dia 19, é a vez da arte urbana ganhar espaço no DF com o lançamento da Rota do Grafite, que vai apresentar os elementos mais criativos mapeados em todo o Distrito Federal que servem de referência para o grafite nacional. Além disso, a Setur-DF apresentará uma série de vídeos no melhor estilo “faça você mesmo”, com mestres artesãos de Brasília ensinando a preparar peças, apresentando técnicas de artesanato e falando sobre empreendedorismo. O Outubro Criativo será encerrado com uma mostra organizada em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apresentará as faces do design da nossa capital, com a participação de designers, artistas e arquitetos brasilienses em ambiente virtual e com ações híbridas, em espaços criativos de Brasília. PROGRAMAÇÃO 8/10 Abertura Live com Sérgio Ferreira – diretor de Empreendedorismo Cultural da Secretaria Especial da Cultura + Aciole Félix – presidente da Associação dos Designers de Produto do Distrito Federal. 10/10 Lançamento da Rota da Diversão – primeira rota para turismo infantil, com ilustrações de pontos turísticos de Brasília para colorir, disponíveis para download na internet e também para retirar no centros de atendimento ao turista (CATs) de todo o Distrito Federal. Pontos da rota: Planetário, Parque da Cidade, Jardim Botânico, Parque Nacional de Brasília (Água Mineral), Espaço Lúcio Costa e Parque Olhos d‘Água, entre outros. 15/10 “Faça Você Mesmo” do Artesanato – vídeos de mestres artesãos ensinando a preparar peças e desenvolver técnicas de artesanato e empreendedorismo. “Prosa Criativa” com Darlan Rosa – o design das formas + Ralfe Braga – o design das cores da capital + Patrícia Madeira – o design das jóias inspiradas pelo Planalto. 19/10 Lançamento da Rota do Grafite na Galeria dos Estados – com pontos de todo o Distrito Federal que são referência para o grafite nacional. 22/10 “Prosa Criativa” com Cris Malheiros – curadoria de produtos afetivos + Gabriela Bilá – por uma Brasília afetiva + Daniel Moreira ou Enozor Junior – o design na moda inspirada em Brasília. 27/10 Mostra das faces do design da nossa capital – com a participação de designers, artistas e arquitetos brasilienses em ambiente virtual e com ações híbridas, que ocorrerão em espaços criativos de Brasília, em cooperação com a UFRJ. 29/10 “Prosa Criativa” com Miguel Galvão – espaços criativos de Brasília + Sandro Biondo – espaços alternativos de Brasília + Pedro Sangeon – Gurulino e os espaços urbanos de Brasília.   * Com informações da Secretaria de Turismo

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Brasília ganhará Monumento da Língua

Brasília ganhará o Monumento da Língua. Ainda sem data para ser inaugurada, a novidade foi antecipada na noite desta quinta-feira (20/02), durante evento da Embaixada de Bangladesh no Brasil que comemorou o Dia Internacional da Língua Materna. O Dia Internacional da Língua é comemorado oficialmente em 21 de fevereiro e tem grande importância para Bangladesh. Foi nesse dia, em 1952, que a cidade de Daca, capital do país, virou palco de um banho de sangue que marcou, para sempre, aquele povo: vários estudantes foram mortos pela polícia durante um protesto pelo reconhecimento da sua língua, o bengalês, como um dos dois idiomas oficiais do então Paquistão. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O evento contou com a presença do embaixador Mohammad Zulfiqur Rahman e com a representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto. O Governo do Distrito Federal (GDF) foi representando pelo chefe de gabinete do vice-governador Paco Britto, Paulo César Chaves.  “Milhares de vidas foram sacrificadas para que pudéssemos, hoje, cantar o nosso hino”, disse o embaixador. O sacrifício do povo bengalês para estabelecer o direito à sua língua materna e foi um dos importantes passos tomados para a obtenção da independência de Bangladesh, em 1971. Em 1999, o dia 21 de fevereiro foi proclamado em Conferência Geral da Unesco para a comemoração e, em 2002, a Assembleia Geral das Nações Unidas endossou a decisão e convidou todos os seus Estados-membros a promoverem a preservação e a proteção das línguas de todos os povos do mundo. “Precisamos falar ao mundo e alertar a todos que existem muitas línguas em perigo, principalmente as indígenas”, afirmou Marlova. Estima-se que existam mais de 7 mil línguas no mundo, sendo que metade delas corre o risco de desaparecer. Paulo César Chaves também falou sobre o assunto: “A língua materna representa a identidade dos povos e por isso deve ser preservadas por todos nós”. Durante o evento, a Unesco lançou o livro Escrever a paz, que conta a história da escrita e mostra, por meio de ilustrações, o alfabeto e formas de escrita de dezenas de países do mundo. Apresentações multiculturais representaram 12 nações através de danças e canções típicas de vários países do mundo.

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Criança Feliz Brasiliense faz 1ª visita

Marina, com Aurora no colo: “Criança Feliz Brasiliense será fundamental para o desenvolvimento cognitivo e pessoal da minha filha” | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Um sorriso encantador e a facilidade de socialização. Assim pode ser definida Aurora, de sete meses. Nos braços da mãe Marina de Sousa Silva, de 22 anos, a pequena pouco se incomodava com a movimentação dentro de casa, na Estrutural. Ela foi a primeira a ser atendida pela equipe do Criança Feliz Brasiliense no Distrito Federal. Satisfeita com a primeira impressão, a mãe da garotinha sabia bem o que esperar da atuação dos visitadores do programa. “Será fundamental para o desenvolvimento cognitivo e pessoal da minha filha”, declarou Marina. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Lançado em maio deste ano pelo governador Ibaneis Rocha, o projeto tem a primeira-dama do DF, Mayara Noronha, como madrinha. A meta é acompanhar 3,2 mil famílias. “O Criança Feliz é uma iniciativa internacionalmente reconhecida como uma das principais e mais inovadoras ações do mundo na área”, destaca o secretário de Desenvolvimento Social, Ricardo Guterres, ao citar o prêmio recebido pelo programa neste ano – o Wise Awards, da Cúpula Mundial de Inovação para a Educação. Saiba mais: Voltado para a gestação e para os primeiros anos do cidadão na rede pública de saúde e executado em vários municípios, é considerado o maior programa de visitação domiciliar para o desenvolvimento infantil do mundo. Hoje, 754 mil crianças e gestantes de todo o Brasil são atendidas, e o número de visitas já chegou a 19,9 milhões. A visita inaugural desta segunda-feira (16) contou com a participação de representantes do Ministério da Cidadania, de consultoras da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e de especialistas em assistência social da secretaria. Com 58 membros, Iecap vai cuidar das visitas familiares durante 12 meses | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Por meio de um convênio firmado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, o Instituto de Educação, Esporte, Cultura e Artes Populares (Iecap) vai fazer as visitas familiares durante o período de 12 meses. A equipe conta com 52 visitadores, quatro supervisores e duas coordenadoras. “O primeiro passo é criar o vínculo com a família. A partir daí vamos orientar para ações que estimulem a criança”, destaca uma das coordenadoras do projeto, Fernanda Monteiro. “São estímulos aparentemente simples, como cantar para a criança, brincar sem brinquedo ou com matérias do cotidiano, entre outras atividades”, complementa a outra coordenadora, Helaine Rangel.   * Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social

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Patrimônio Cultural da Humanidade: os bastidores de um título

Foi uma surpresa. Para especialistas, um marco. Até então, nunca uma cidade tão jovem havia sido candidata a um dos títulos mais emblemáticos reverenciando projetos arquitetônicos e urbanísticos. Nem tão moderna. Pois em 1987, com seus parcos 27 anos, Brasília se inscreveu ao pleito de Patrimônio Cultural da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e levou. Chamou atenção pela singularidade do projeto que unia, em seus traços e contornos, simplicidade e ousadia. Divulgação Até então, a epígrafe imponente  só era destinada a monumentos, grupos de edifícios ou sítios que tinham um excepcional e universal valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico e antropológico. Ou seja, algo evidentemente muito antigo. Coisas de séculos e séculos passados. E coloca passado nisso. Quer ver? Entre as preciosidades da humanidade que foram agraciadas com tamanho privilégio, estão as pirâmides do Egito, a imponente Muralha da China, a Acrópole de Atenas (Grécia) e o Palácio de Versalhes (França) com seu suntuoso parque. Enfim, a história com “H” maiúsculo. “Foi algo incrível, excêntrico e até inexplicável. Depois do início da construção, em abril de 1957, e da inauguração, em 21 de abril de 1960, com certeza foi a data mais importante. Brasília Patrimônio Cultural da Humanidade foi um divisor de águas”, frisa o jornalista Silvestre Gorgulho.  Ex-secretário de Cultura de DF nos anos 2007-2010 e então secretário de Comunicação de José Aparecido – o governador que teve a iniciativa de encampar a proposta do título nos anos 1980 -, Gorgulho acompanhou bem de perto todo o processo e conhece como poucos os bastidores dessa conquista. “Não foi fácil. A Unesco é extremamente conservadora ainda hoje. O representante dos Estados Unidos era contra este título para Brasília. Era uma decisão inédita”, recorda. A ideia de buscar a preservação e o tombamento nasceu quase com o surgimento da cidade. Em junho de 1960, com dois meses da capital federal inaugurada, talvez assim por um passe de mediunidade ou mágica, JK já começou a atuar nesse sentindo. Num bilhete ao seu conterrâneo Rodrigo de Melo Franco de Andrade, então presidente do Sphan (o antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, hoje Iphan), ele pediu medidas em relação à preservação do Plano Piloto. Visionário que um dia sonhou com a construção da cidade, JK já previa e temia a força da especulação imobiliária. Daí o zelo da iniciativa. “Juscelino e José Aparecido deixaram um legado histórico em relação a Brasília, mesmo sofrendo incompreensões, forte oposição e até intolerâncias descabidas: um construiu a nova capital e o outro conseguiu fazer de uma cidade de apenas 27 anos Patrimônio Cultural da Humanidade”, exalta Gorgulho. Jeitinho brasileiro Lucio Costa Só em 1981, com a criação de um grupo de trabalho sob a batuta do então secretário Nacional da Cultura, Aluísio Magalhães, o tema da conservação de Brasília como patrimônio viria à tona novamente de forma oficial. Coordenado pela arquiteta Briane Panitz Bicca, o GT Brasília, então formado por representantes dos ministérios da Cultura e Educação, juntamente com membros da Universidade de Brasília (UnB), abordaria, pela primeira vez, “de forma culturalmente sistematizada e politicamente institucionalizada, a questão da memória da cidade”, levando em consideração o estudo patrimonial de toda a área do DF. Dois anos depois, em 1983, esse mesmo grupo propôs uma série de medidas sobre o tema como a elaboração, no prazo de um ano, de um Plano de Preservação do Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico com perímetros definidos. A área incluía o Plano Piloto, Brazlândia e Planaltina, além da criação de uma Comissão Consultiva do Patrimônio Arquitetônico e Paisagístico do DF. Foi baseado nesses estudos publicados num relatório-síntese em 1985, que o governador José Aparecido, mediante exigência da Unesco de que, para conseguir o título, a cidade precisava se amparar numa lei específica de abrangência nacional para proteger seu valor histórico, baixou um decreto em outubro de 1987, regulamentando a preservação da concepção urbanística da cidade. Assim, a Lei nº 10. 829, regulamentada sob medida para tal propósito, estabelecia “uma sistemática diferenciada, por meio do controle das quatro escalas que seriam apanágio do Plano Piloto” – monumental (a do poder), gregária (dos setores de serviços e diversão), residencial (das superquadras) e bucólica (das áreas verdes). Isso, na prática, configura a famosa imagem do avião numa área que começa a leste pela orla do lago Paranoá, indo a oeste pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), passando pelo sul através do córrego Vicente Pires até o córrego Bananal. Ou seja, tudo que diz respeito apenas ao projeto urbanístico, à escala urbanística criada por Lucio Costa – e não os prédios e edifícios -, era reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade. As obras arquitetônicas de Niemeyer receberiam tombamento individuais anos depois. Ou seja, tudo que dizia respeito apenas ao projeto urbanístico, à escala urbanística criada por Lucio Costa – e não os prédios e edifícios -, era reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade. As obras arquitetônicas de Niemeyer receberiam tombamento individuais anos depois. Arquivo pessoal/Silvestre Gorgulho Legado O tombamento de Brasília pelo Iphan – então denominado Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural (IBPC) -, viria em março de 1990, coroando todo esse processo de reconhecimento da cidade como Patrimônio Cultural da Humanidade. Para a arquiteta e urbanista Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa, isso só aconteceu, graças à habilidade de gestor do governador José Aparecido, o homem que se empenhou de corpo e alma para que Brasília conquistasse o título concedido pela Unesco. “O tombamento pelo Iphan, a meu ver, só aconteceu porque o governador (José Aparecido) teve a mineira sabedoria de propor primeiro à Unesco que Brasília fosse considerada Patrimônio da Humanidade. E a Unesco respondeu que ela só protegia bens que fossem protegidos pelo próprio país. Aí o Iphan tombou!”, avalia Maria Elisa. Entre os legados conquistados por essa honraria internacional, na opinião da herdeira daquele que esboçou traços do gesto primário “de quem assinala um lugar ou dele toma posse”, Maria Elisa Costa, destaca, primeiro, o resgate da figura do pai. Depois, a “descoberta” da existência de um Brasil interior. “Isso aconteceu no tempo do governo José Aparecido, que trouxe Lucio de volta a Brasília. Com esse reconhecimento, também se ‘descobriu’ o ‘Brasil’ longe do litoral, se teve acesso ao seu interior”, destaca a arquiteta e urbanista, que defende o ensino da história de Brasília nas escolas. “O reconhecimento internacional é óbvio, nunca aconteceu nada sequer parecido em outro lugar. O mais importante é o reconhecimento ‘doméstico’. A história de Brasília tem que ser contada no ensino básico”, defende. Em dezembro de 1987, quando soube que a Unesco anunciou oficialmente a decisão de conceder o título de Patrimônio Cultural da Humanidade à cidade, o antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, com a verve lírica que lhe era tão peculiar, elogiou assim, por meio de um bilhete, o feito tão almejado pelo amigo e conterrâneo mineiro José Aparecido. “Você cravou hoje uma lança na Lua!”. Nunca Brasília esteve tão nas alturas, tão perto das estrelas… * Bilhete de JK a Rodrigo do Melo Franco “Rodrigo, a única defesa para Brasília é a preservação do Plano Piloto. Pensei que o tombamento do mesmo pode constituir elemento seguro, superior à lei que está no Congresso e sobre cuja aprovação tenho dúvidas. Peço-lhe a fineza de estudar esta possibilidade ainda que focando um pouco a interpretação do Patrimônio. Considero indispensável uma barreira às arremetidas demolidoras que já se anunciam vigorosas. Grato pela atenção. Abraço, Juscelino. Brasília 15.6.1960.”

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GDF discute planos de cooperação com a Unesco

Nesta quinta-feira (21), o governador do DF, Ibaneis Rocha, reuniu-se com a representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, Marlova Noleto. O encontro tratou do interesse de ambas as partes em estabelecer planos de cooperação conjuntos para tratar questões relacionadas à educação de excelência – uma das áreas prioritárias da gestão atual do GDF. Por meio de suas secretarias, a Unesco e o GDF já firmaram projetos de cooperação técnica internacional nas áreas de turismo, educação para o trânsito e cultura. Desde 2017, Brasília integra a Rede de Cidades Criativas da Unesco. Durante a reunião entre o governador Ibaneis Rocha e a representante da organização, outro tema abordado sinaliza um acordo por meio do qual GDF e Unesco vão planejar ações voltadas à comemoração dos 60 anos de Brasília, que ocorrerá em 2020. Entre as ações a serem desenvolvidas para a ocasião, foi debatido o projeto de publicar um livro sobre a capital federal. Em comum com a Unesco, o Governo de Brasília tem, entre suas frentes de trabalho, a atuação no sentido de promover o desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural, por meio dos vetores educação, ciência e cultura.

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