Aberta chamada pública para compra de 148 mil quilos de tilápia destinada à alimentação escolar
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) lançou a Chamada Pública nº 03/2025 para a aquisição de filé de tilápia sem pele produzido por agricultores familiares. A compra integra o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) e tem como destino a alimentação escolar da rede pública do DF. Ao todo, o edital prevê a aquisição de 148,3 mil quilos de peixe congelado, com investimento estimado em R$ 5,3 milhões. O alimento será incorporado aos cardápios do Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF), que atende a cerca de 455 mil estudantes em 689 unidades escolares urbanas e rurais, além de entidades filantrópicas conveniadas. Atualmente, o programa fornece aproximadamente 490 mil refeições diárias ao longo dos 200 dias letivos. “Ao priorizar o agricultor familiar, o recurso permanece no Distrito Federal, movimentando pequenas propriedades e fortalecendo toda a cadeia produtiva” Rafael Bueno, secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural “Cada chamada pública desse porte fortalece a agricultura familiar, estimula a produção local e assegura alimentos de qualidade para os nossos alunos”, afirmou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. “Ao priorizar o agricultor familiar, o recurso permanece no Distrito Federal, movimentando pequenas propriedades e fortalecendo toda a cadeia produtiva.” O subsecretário de Políticas Sociais Rurais, Abastecimento e Comercialização, João Ricardo Soares, destacou que a medida contribui para a regularidade do fornecimento e para a qualidade nutricional da merenda escolar. “Garantimos previsibilidade ao produtor e segurança alimentar aos estudantes durante todo o ano letivo”, afirmou. Podem participar da chamada pública agricultores familiares, empreendedores familiares rurais, povos e comunidades tradicionais, beneficiários da reforma agrária, cooperativas e associações, desde que atendam aos critérios legais. O limite de fornecimento é de até R$ 120 mil por unidade familiar, conforme as regras do programa. Os peixes congelados serão entregues às escolas públicas durante o ano de 2026, segundo calendário da Secretaria de Educação | Foto: Divulgação/Seagri-DF A entrega da documentação e da proposta técnica de venda deve ser feita até o dia 29 deste mês, presencialmente, na sede da Seagri-DF ou via Sedex ou carta registrada. A seleção considerará critérios como localização do produtor, modalidade de participação, percentual de mulheres fornecedoras e a emissão de CAF ou DAP no Distrito Federal. O resultado será publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF, Lúcio Flávio da Silva, ressaltou o avanço na gestão das compras públicas. “Essa aquisição reforça a transparência e a organização dos processos, ampliando oportunidades para produtores locais e garantindo um alimento seguro e nutritivo às escolas”, afirmou. As entregas ocorrerão ao longo de 2026, diretamente nas unidades escolares, conforme cronograma da Secretaria de Educação, com previsão de seis a sete períodos de distribuição, respeitando os padrões sanitários e logísticos do programa. Para o gerente de Editais e Convênios, Edson Teixeira, a iniciativa também contribui para o aperfeiçoamento das políticas públicas. “Nossa meta é consolidar um fluxo de distribuição eficiente e contínuo, que sirva de referência para futuras aquisições e fortaleça a política de alimentação escolar no DF”, concluiu. *Com informações da Seagri-DF
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Conferência discute desenvolvimento rural sustentável e solidário no DF
A 3ª Conferência de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário do Distrito Federal reuniu, nesta quarta-feira (26), aproximadamente 80 pessoas entre produtores, representantes de associações, técnicos, gestores públicos e instituições parceiras para discutir políticas e estratégias de desenvolvimento voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar. O encontro serviu como etapa preparatória para a conferência nacional promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e organizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf). A etapa regional do DF contou com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) na organização. “O objetivo geral da atividade é a construção de uma agenda política estratégica orientada à transformação agroecológica dos sistemas alimentares e do Brasil Rural. Ressaltamos, assim, a importância desse momento para a comunidade rural, onde os segmentos produtivos elaboraram proposições de políticas públicas que atendam aos anseios da população rural do DF”, afirma a extensionista rural da Emater-DF, Amanda Venturim. O papel da agricultura familiar frente às mudanças climáticas foi um dos eixos apresentados na conferência | Foto: Divulgação/Emater-DF Os participantes se dividiram em cinco grupos que debateram os seguintes eixos temáticos: Papel da agricultura familiar frente às mudanças climáticas; Transformação agroecológica dos sistemas alimentares e fortalecimento da agricultura familiar; Reforma agrária e promoção do direito à terra, à água e ao território; Cidadania e bem viver; e Estado, participação popular e governança das políticas públicas para o desenvolvimento rural sustentável. No evento, a diretora-executiva da Emater-DF, Loiselene Trindade, destacou que “a conferência tem uma importância enorme para o fortalecimento do campo. Precisamos discutir ideias, criar novas propostas e verificar se estamos no caminho certo. Precisamos de políticas públicas fortes para nossos produtores, e essa construção coletiva é essencial.” "São oportunidades reais de diálogo direto. É quando conseguimos trazer, de forma transparente, o que pensa quem está na ponta, os produtores da agricultura familiar, que constroem diariamente o desenvolvimento rural" Sófia Carvalho, da Associação de Produtores do Lago Oeste Para a jovem produtora Sófia Carvalho, da Associação de Produtores do Lago Oeste (Asproeste), espaços de debates como a conferência são necessários: “São oportunidades reais de diálogo direto. É quando conseguimos trazer, de forma transparente, o que pensa quem está na ponta, os produtores da agricultura familiar, que constroem diariamente o desenvolvimento rural. Lidamos com desafios constantes, temos muitas ideias e buscamos soluções práticas, por isso enxergamos essa iniciativa com muito bons olhos.” Representando a Condraf, Samuel de Albuquerque também reforçou a importância da conferência como instrumento de diálogo. “A conferência não resolve tudo, mas abre o canal necessário para que as propostas sejam construídas a partir da escuta das organizações. Nosso objetivo é formular uma agenda política estratégica para a transformação agroecológica dos sistemas alimentares e do desenvolvimento local”, disse. [LEIA_TAMBEM]Ele lembrou que os sistemas alimentares afetam desde a permanência das famílias no campo até a oferta de alimentos saudáveis e acessíveis nas cidades. “Muitas vezes o sistema alimentar favorece o atravessador e não o agricultor. Defendemos um modelo que respeite o meio ambiente, valorize o modo de vida da agricultura familiar e assegure soberania e segurança alimentar para o país.” O superintendente de Desenvolvimento Agrário no Distrito Federal, do MDA, Lukas Nunes de Lima, lembrou que o Distrito Federal voltou a acessar crédito rural após anos de interrupção. “Com esforço conjunto, restabelecemos o Pronaf A, o Pronaf B e o microcrédito. Estamos retomando políticas essenciais, como o Programa de Aquisição de Alimentos, que volta a receber investimentos.” Lukas reforçou a importância das propostas que serão levadas à etapa nacional. “Que as propostas aprovadas aqui representem verdadeiramente o DF.” *Com informações da Emater-DF
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GDF lança banco de alimentos e amplia combate à fome na capital
Para muitas famílias em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal, o acesso regular e direto a alimentos frescos e nutritivos está mais perto de se tornar realidade graças ao programa Todos Contra a Fome, lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) nesta segunda-feira (17), na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Com o novo banco de alimentos, a instituição prevê investir, inicialmente, R$ 50 mil na compra de produtos de aproximadamente 600 agricultores familiares cadastrados. “Quando a deputada Jaqueline Silva nos levou esse projeto, eu, na mesma hora, abracei a causa porque isso é importantíssimo. Além do que a gente fornece de assistência social, com os cartões e benefícios e o apoio aos pequenos agricultores, esse complemento que vem do banco de alimentos é muito importante porque ele fornece o que a gente chama de cesta verde, que alimenta e complementa nutricionalmente as nossas famílias”, defendeu Ibaneis Rocha. O GDF lançou nesta segunda (17) o programa Todos Contra a Fome, que pretende ampliar o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade a alimentos frescos e nutritivos | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A iniciativa inaugura uma nova fase da política de segurança alimentar na capital federal. Com o novo modelo, será possível ampliar a distribuição de alimentos, fortalecer a agricultura familiar e melhorar a logística de arrecadação e entrega às entidades socioassistenciais. Hoje, o banco de alimentos tem mais de 400 instituições cadastradas, mas, por limitações estruturais, atende somente 150. A meta agora é alcançar todas. Presente na solenidade, a vice-governadora Celina Leão destacou que essa ação faz parte da política pública adotada para atender famílias em situação de vulnerabilidade: “Criamos um governo que trabalha com um ecossistema social que parte do campo para as pessoas que mais precisam da agricultura familiar. Essa é uma gestão eficiente e sensível para quem realmente precisa do nosso apoio. Nessa cidade, ninguém pode passar fome. E estamos trabalhando para isso. A criação do novo banco de alimentos, dentro do Todos Contra a Fome, é um marco para a nossa política de segurança alimentar. É o governo garantindo a compra da agricultura familiar e expandindo, de forma estratégica, nossa capacidade de levar dignidade e alimento a um número muito maior de famílias e entidades no Distrito Federal, cuidando de quem mais precisa”. O novo banco de alimentos será operado por uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), responsável por gerenciar cadastros, editar chamadas de compra e organizar a logística dos alimentos. Agora, pequenos produtores poderão vender parte da produção ao governo e continuar doando outra parcela. “Só mediante doação não estava sendo o suficiente. Esse programa é inédito no Brasil. Somos a primeira Ceasa a ter uma Oscip com esse objetivo”, disse o diretor-presidente da Ceasa-DF, Bruno Sena Rodrigues. A estimativa inicial é de que cerca de 25 produtores participem das primeiras entregas, com compras feitas a cada dois meses. “A Ceasa vai começar investindo R$ 50 mil por mês na compra da produção da agricultura familiar. Temos nutricionistas que vão apontar a sazonalidade dos produtos e vão lançar a dieta de dois em dois meses. A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal”, acrescentou Bruno Sena. Bruno Sena Rodrigues, diretor-presidente da Ceasa-DF: "A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal" No campo, pequenos produtores vislumbram uma fonte de renda contínua e a segurança de ver sua produção chegar a quem mais precisa, como é o caso da agricultora familiar Cleunice Bezerra de Magalhães, de 70 anos. Com uma propriedade em Sobradinho, onde cultiva maracujá, baunilha e pepino, ela conta que o novo modelo de compra direta dá estabilidade e reconhecimento ao trabalho que exerce. “Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres”, disse. Cleunice afirma estar vivendo um período especial: “A gente tá sendo muito reconhecido nesses últimos tempos. Isso está nos dando força, principalmente para nós mulheres com mais idade.” Para ela, o programa não é apenas uma política pública. “Acabar com a fome é um desafio. A gente tem que trabalhar mesmo, temos de fazer alguma coisa. Eu me sinto gratificada de saber que estamos colaborando com a sociedade”, completou. Cleunice Bezerra de Magalhães comemora o lançamento do Todos Contra a Fome: "Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres" Mais investimentos e reconhecimento para a Ceasa-DF Essa é mais uma das iniciativas traçadas por este GDF para beneficiar os produtores e clientes que frequentam a Centrais de Abastecimento. Somente neste ano, foram destinados aproximadamente R$ 18 milhões em investimentos para a modernização, incluindo reformas estruturais e ações de segurança e intervenções para garantir mais conforto e eficiência às operações realizadas diariamente no local. Os destaques vão para a reabertura do Mercado do Peixe, a construção de três novos pavilhões e melhorias de infraestrutura, como estacionamento gratuito, pista de acesso, rotatória e posto da brigada de incêndio. Segundo o governador Ibaneis Rocha, há mais investimentos previstos para 2026. [LEIA_TAMBEM]“Para o orçamento do ano que vem, vamos destinar mais R$ 20 milhões aqui para a Ceasa. Quando a gente chegar ao final de 2026, todas as estruturas estarão reformadas, dando melhor condição para os produtores e para os comerciantes que aqui estão”, anunciou o chefe do Executivo. Fundada em 1971, a Ceasa-DF é o principal centro de abastecimento de frutas, verduras, legumes e flores do Distrito Federal. O espaço reúne 150 empresas atacadistas e desempenha papel estratégico para a economia local e para a segurança alimentar da população.
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Mel da agricultura familiar será incluído na merenda escolar do Distrito Federal
O Governo do Distrito Federal (GDF) lançou nessa quinta-feira (11) o edital de Chamada Pública nº 02/2025, que prevê a aquisição de mel da agricultura familiar para ser destinado à merenda escolar da rede pública de ensino. A iniciativa, inédita no DF, vai garantir a compra de 13,2 toneladas do produto, beneficiando agricultores familiares e levando alimento saudável a cerca de 438 mil estudantes. O edital, de caráter experimental, integra as ações do Grupo de Acompanhamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar do DF (Pnae-DF), formado pela Emater-DF, Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Infraestrutura (Seagri-DF) e Secretaria de Educação (SEEDF). O grupo é responsável por realizar estudos de viabilidade e logística antes da publicação de cada chamada pública, avaliando produção, entrega e aceitação dos alimentos. O investimento inicial é de R$ 463.991,90. Iniciativa inédita no DF prevê a aquisição de mel da agricultura familiar para ser destinado à merenda escolar da rede pública | Fotos: Divulgação/Emater De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, a iniciativa representa um marco para a agricultura familiar. “Estamos inserindo na merenda escolar um produto de altíssimo valor nutricional e cultural. O mel tem identidade regional e fortalece cadeias produtivas que vêm se estruturando no Distrito Federal. Esse edital mostra que a agricultura familiar está pronta para atender demandas de escala, gerar renda e diversificar sua produção, sempre em sintonia com o mercado e as políticas públicas”, destacou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ressaltou o papel estratégico da medida: “Hoje, nossas crianças recebem uma merenda mais saudável e diversificada. A inclusão do mel no cardápio é mais um passo para garantir segurança alimentar e nutricional, além de incentivar que os agricultores locais ampliem sua produção. Se tivéssemos mais toneladas disponíveis, compraríamos todas. É um sinal de que precisamos estimular ainda mais esse setor”. "Essa chamada pública chega em boa hora, porque os agricultores precisam de oportunidades e essa é uma forma de complementar a renda das famílias" Eliseu Sérgio, presidente da Cooapis Segundo Hélvia, há um esforço coletivo para que a merenda escolar seja cada vez mais saudável e natural. Atualmente, são priorizados alimentos in natura ou minimamente processados. “Grande parte da alimentação vem da agricultura familiar, como frutas, hortaliças, queijos e agora o mel, o que garante qualidade nutricional e ainda fortalece os produtores locais”, completou. O cronograma do edital estabelece que os grupos formais interessados em fornecer o produto devem encaminhar a documentação até o dia 30 deste mês, exclusivamente por e-mail, para a Comissão de Chamada Pública (comissao.suape@se.df.gov.br), com cópia para diae.suape@se.df.gov.br. A ação também reflete a recente ampliação da meta do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que aumentou de 30% para 45% o mínimo de recursos destinados à compra de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. Durante o lançamento do edital, estiveram presentes representantes da Cooperativa de Negócios Agropecuários do DF e Entorno (Coopemel), da Cooperativa de Apicultores do DF e Ride (Cooapis), da Cooperativa de Produtores Agrícolas de Brasília (Cooperar) e do Sindicato dos Apicultores do Distrito Federal (Sindiapis). “Essa chamada pública chega em boa hora, porque os agricultores precisam de oportunidades, e essa é uma forma de complementar a renda das famílias. Hoje a Cooapis reúne 25 famílias, mas até o fim do ano já estaremos com cerca de 50 cooperados. Com o entreposto em funcionamento, vamos ampliar nossa capacidade e esperamos processar, já a partir de 2026, em torno de 20 toneladas de mel por ano. É uma oportunidade que fortalece não só os apicultores do DF, mas também da Ride”, destacou o presidente da Cooapis, Eliseu Sérgio. Hélvia Paranaguá, secretária de Educação: "A inclusão do mel no cardápio é mais um passo para garantir segurança alimentar e nutricional, além de incentivar que os agricultores locais ampliem sua produção" Evolução das compras públicas O edital de aquisição de mel soma-se a outros investimentos do GDF. Somente em 2025, a Secretaria de Educação já adquiriu R$ 26 milhões em frutas, hortaliças e produtos convencionais, além de R$ 6,5 milhões em alimentos orgânicos para a merenda escolar. Também está em andamento um processo paralelo para compra de derivados de leite e queijo, que soma mais de R$ 25 milhões. No total, já são mais de R$ 50 milhões aplicados diretamente em compras da agricultura familiar neste ano. O chefe do Núcleo de Produção Sustentável da pasta, João Ricardo Soares, destacou a importância da cooperação. “Esse edital é fruto de um esforço coletivo de várias instituições. É um passo importante para transformar a demanda em oportunidade concreta para os agricultores familiares, qualificando a produção e dando mais qualidade à alimentação escolar”, avaliou. [LEIA_TAMBEM]Já o gerente de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Blaiton Carvalho, reforçou que a chamada pública também é um estímulo à reorganização da cadeia produtiva. “Por muito tempo tivemos produtores dispersos, com baixa escala. Agora, com o apoio do governo e a demanda da educação, temos um desafio positivo: ampliar a oferta de mel no DF. Essa provocação é necessária para que o setor cresça de forma estruturada e sustentável”, afirmou. Edital de Chamada Pública nº 02/2025 — Aquisição de mel da agricultura familiar para alimentação escolar → Prazo para envio da documentação: até 30 de setembro → Envio exclusivo por e-mail: comissao.suape@se.df.gov.br (cópia para diae.suape@se.df.gov.br) *Com informações da Emater-DF
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IX Encontro de Mulheres Rurais da Emater-DF destaca receitas e empreendedorismo com a casca da banana
A banana, fruta tão comum no dia a dia, ganhou destaque no IX Encontro Distrital de Mulheres Rurais, promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) nesta quarta-feira (3). Durante a palestra, na 33ª edição da Expoabra, na Granja do Torto, 60 mulheres produtoras rurais, atendidas pela Emater, aprenderam a fazer uma receita de bobó vegano com a casca da banana. A proposta foi mostrar como o aproveitamento integral do alimento pode gerar novas oportunidades de negócio e fortalecer a agricultura familiar. O aproveitamento integral da banana pode gerar novas oportunidades de negócio e fortalecer a agricultura familiar | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Segundo o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o encontro faz parte de um trabalho contínuo de capacitação voltado às agricultoras. “Essa palestra faz parte das prévias do Encontro de Mulheres Rurais do Distrito Federal, evento que acontece no final do ano. É um trabalho de empreendedorismo feito ao longo do ano inteiro. Nós temos capacitações tanto na parte produtiva, de gestão da propriedade, quanto de artesanato, agroindústria e de processamento dos produtos”, afirma o presidente. Banana além da sobremesa Foi na prática, com uma cozinha montada no palco, que o chef Henrique Marques, professor do Centro Universitário UDF, mostrou como aproveitar toda a banana, da polpa à casca. “A banana está sempre na mesa, mas geralmente usada em receitas doces. O desafio é quebrar esse paradigma e mostrar que até a casca pode se transformar em pratos saborosos e nutritivos, o que ajuda na segurança alimentar e pode gerar renda extra”, afirmou o chef. Chef Henrique Marques: "Até a casca pode se transformar em pratos saborosos e nutritivos, o que ajuda na segurança alimentar e pode gerar renda extra" Para a nutricionista da Emater-DF Danielle Amaral, a iniciativa estimula o fortalecimento da mulher e mostra que elas são capazes de desenvolver novas receitas e produtos para a agricultura familiar. “Normalmente, essas produtoras rurais têm um pé de bananeira na casa. A gente tem o objetivo de ajudar nessa transformação”, disse. Protagonismo em transformação De acordo com a Emater-DF, cerca de 40% das propriedades rurais do Distrito Federal são comandadas por mulheres. Além da palestra, foram realizadas gincanas com a participação das produtoras rurais. O tema “mulheres em transformação” norteou todas as atividades. “A gente trabalha não só com a produção, mas também com a questão econômica e o empreendedorismo. É importante abrir a mente das agricultoras para o mercado, para outras oportunidades que elas possam ter. Às vezes a pessoa está lá na propriedade, mas ela não sabe nem o que fazer com aquele produto que ela tem”, apontou Cleison Duval. Maria Rodrigues: "Como precisamos de renda, quanto mais conhecimento temos sobre a produção, mais conseguimos levar para a comunidade e garantir sustento para nossas famílias" Para a produtora rural Viviane Moreira, que mora na comunidade Gabriela Monteiro, no Incra 7, em Brazlândia, encontros como esse vão além da cozinha. “Aqui é o fortalecimento das comunidades rurais. Esse conhecimento vai agregar na nossa produção. A gente troca experiência e sai com o aprendizado”, compartilhou a produtora. Já Maria Rodrigues, produtora de bananas há nove anos, também no Incra 7, reforçou que a fruta rende muito mais do que parece. “Nossa! Da banana sai tanta coisa! Dá para fazer até artesanato. Como precisamos de renda, quanto mais conhecimento temos sobre a produção, mais conseguimos levar para a comunidade e garantir sustento para nossas famílias”, relatou a produtora.
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Apoio técnico e crédito rural garantem R$ 5 milhões à agricultura familiar no DF
Informação, orientação técnica e acesso ao crédito rural: foi com esses pilares que a produtora Maria Aparecida Pereira, 53 anos, decidiu inovar e apostar no cultivo de mirtilo, também conhecido como blueberry. Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a participação em programas de fomento à produção agrícola, ela impulsionou seus negócios no campo. Apenas neste ano, mais de R$ 5 milhões em crédito rural foram acessados por produtores do Distrito Federal com apoio técnico da Emater-DF. Ao todo, 89 projetos foram contratados por meio de programas como Prospera, Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Maria Aparecida Pereira classifica o crédito rural como "uma oportunidade única" | Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “É uma oportunidade única para a gente, que não tem dinheiro guardado. A gente recebe o produto antes e paga depois, com dois anos de carência. É muito vantajoso”, afirma Maria Aparecida. “Recebemos as mudas e, com o recurso, conseguimos comprar os recipientes e outros materiais necessários para a produção.” Além do cultivo de mirtilo, a produtora investiu na melhoria da produção de leite, com apoio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), de âmbito federal. Hoje, ela comercializa os produtos em feiras, mas já vislumbra novos horizontes: “Queremos vender em maior volume e colocar os produtos em mercados. Isso vai nos permitir alcançar mais pessoas.” Informação no campo A Rota da Fruticultura incentiva o cultivo de frutas com alto valor agregado e potencial de exportação A decisão de cultivar mirtilo veio após orientação da Emater-DF. Maria Aparecida e a família dela participaram de cursos e receberam consultoria técnica contínua. “Eles estão sempre por perto, dando força e trazendo informações importantes. A ideia da plantação surgiu com a Rota da Fruticultura, e o extensionista rural da Emater me ajudou a entrar no programa”, relata. Segundo o extensionista rural Fernando Landim, a Rota da Fruticultura é uma iniciativa do Ministério da Integração, com participação da Embrapa, da Emater e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O objetivo é incentivar o cultivo de frutas com alto valor agregado e potencial de exportação. “São culturas com excelente produtividade e retorno financeiro significativo para o produtor. É uma oportunidade de entrar em um nicho que ainda está em expansão”, explica. [LEIA_TAMBEM]Além da assistência técnica, a Emater-DF atua diretamente na elaboração de projetos e no encaminhamento da documentação necessária para acesso às linhas de crédito. “O crédito rural permite que o produtor faça investimentos que, muitas vezes, ele não conseguiria sozinho. A gente orienta, prepara o projeto, acompanha o processo junto aos bancos e continua ao lado do produtor durante toda a implantação: desde a compra dos insumos até o plantio e a irrigação”, detalha Landim. Podem participar de programas de crédito produtores rurais — pessoas físicas ou jurídicas — atendidos pela Emater-DF. Para isso, é necessário comparecer ao escritório mais próximo da empresa, levando os documentos pessoais e da propriedade, para avaliação da linha de crédito mais adequada e da viabilidade do projeto.
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Nova lei estabelece diretrizes de qualidade de alimentos artesanais
A produção de alimentos artesanais no Distrito Federal passa a contar com mais um dispositivo de valorização da agricultura, com a sanção da Lei Distrital nº 7.710, de 12 de junho de 2025. A iniciativa reconhece os produtos feitos segundo os saberes tradicionais e a autenticidade dos alimentos, prezando pela origem específica deles. É um marco para a agricultura familiar e a produção artesanal, estabelecendo diretrizes claras de qualidade e fiscalização de alimentos do tipo. “A nova lei representa um marco para a agricultura familiar e para os pequenos produtores do DF. Estamos garantindo segurança jurídica, valorizando os saberes tradicionais e, ao mesmo tempo, assegurando a qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população. Com essa regulamentação, ampliamos as oportunidades de comercialização e fortalecemos nossa identidade cultural e produtiva”, afirmou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, Rafael Bueno. A lei também estabelece a certificação dos alimentos artesanais por meio do Selo Arte | Foto: Divulgação/Seagri-DF A diretora de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal da secretaria, Mônica Câmara, afirma: “Para os produtores, podemos considerar que a lei garante reconhecimento e formalização dos produtos artesanais, com uma fiscalização mais adequada a essa realidade”. Ela acrescenta que a nova lei também beneficia consumidores: “Podemos considerar que as pessoas terão acesso a produtos de qualidade, seguros e que valorizam a cultura e identidade regional”. Outro ponto em destaque na lei é o Selo Arte, instituído em 2022 pelo Governo Federal, que valida produtos artesanais de origem animal, a ser concedido pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) para os produtores. Para conseguir a certificação, o produtor de alimentos artesanais deve entrar em contato com a secretaria para fazer as adequações sanitárias necessárias, conforme previsto na nova legislação. Uma vez com o selo, o alimento poderá ser vendido para fora do DF, ajudando os comerciantes contemplados a conquistar novos mercados pelo país e diversificando a renda. A Seagri-DF também ficará responsável pelo registro e pela validação dos produtos, garantindo a qualidade dos alimentos artesanais, além de dar orientações sobre boas práticas agropecuárias. Quanto às questões sanitárias, os órgãos de saúde federal e distrital ficarão responsáveis pela fiscalização. *Com informações da Seagri-DF
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Agricultura familiar, alimentação escolar e infraestrutura urbana do DF são destaques no 2º Brasília Summit
Com investimentos robustos e foco na qualidade nutricional dos alimentos oferecidos na rede de ensino, o Governo do Distrito Federal (GDF) teve sua política de alimentação escolar destacada, nesta quarta-feira (11), na abertura da segunda edição do Brasília Summit, no Brasília Palace Hotel. O evento, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), reuniu representantes do setor público, empreendedores e pesquisadores para debater a força do agronegócio na segurança alimentar e o papel do mercado imobiliário na geração de emprego e renda no país. Durante o evento, o governador Ibaneis Rocha falou sobre os incentivos do GDF ao setor produtivo: “É um investimento que vem crescendo ano a ano e que faz com que essas famílias se fixem no campo, possam criar bem os seus filhos, dar educação e tenham qualidade de vida” “A gente tem trazido uma melhoria muito grande para a alimentação das nossas crianças e adolescentes dentro das escolas”, declarou o governador Ibaneis Rocha. “Com isso, a gente incentiva também o setor produtivo, principalmente os pequenos produtores da agricultura familiar. É um investimento que vem crescendo ano a ano e que faz com que essas famílias se fixem no campo, possam criar bem os seus filhos, dar educação e tenham qualidade de vida. Esse é o foco do nosso trabalho.” Até o momento, as escolas públicas do DF já receberam 2.164 toneladas de alimentos não perecíveis e 6.399 toneladas de alimentos perecíveis - desse total, 2.481 toneladas são provenientes da agricultura familiar. Por meio do Programa de Alimentação Escolar (PAE), 825 agricultores familiares são beneficiados e conseguem vender seus produtos diretamente para o GDF. Só neste ano, o valor previsto de investimento no PAE é de R$ 222 milhões para atender 400 mil estudantes da rede pública de ensino. Infraestrutura Para além dos incentivos em manter e estimular a agricultura familiar no Distrito Federal, o chefe do Executivo destacou outros avanços, como a redução de taxas no setor imobiliário e os serviços prestados na infraestrutura da capital. “O Banco Regional de Brasília [BRB] é o que mais financia o setor imobiliário no Distrito Federal, fazendo com que os nossos empresários e a cidade voltem a se desenvolver”, apontou Ibaneis Rocha. “Fizemos isso reduzindo os impostos também. Por exemplo, o governo anterior ao nosso aumentou o ITBI [Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis] para 3%, e nós diminuímos para 1%. Tivemos também um alto investimento em infraestrutura. Em 2018, antes do nosso governo, foram R$ 800 milhões em obras. Nós vamos fechar a gestão com cerca de R$ 12 bilhões neste segmento.” Espaço ampliado De acordo com o governador, os investimentos na infraestrutura da cidade refletem diretamente no crescimento do agronegócio, que tem ganhado cada vez mais espaço na capital federal. “Na última edição da AgroBrasília, que foi realizada há 15 dias, houve um faturamento de R$ 6 bilhões”, detalhou. “Essa é a maior feira de agronegócio do país. Isso tudo coloca o Distrito Federal na vanguarda da produção, que tem sido incentivada desde a cadeia do pequeno até o grande produtor rural daqui. Além disso, o nosso investimento de mais de R$ 250 milhões em recuperação asfáltica e recuperação de novas vias permite que quem se dedica ao campo tenha melhores condições de trabalho, com um escoamento mais eficiente.” Na avaliação do fundador do Lide e ex-governador de São Paulo, João Doria, o encontro visa a reunir especialistas e autoridades para debater temas relevantes da agricultura e do mercado imobiliário: “O agronegócio hoje representa quase 30% da economia brasileira, é praticamente o que sustenta e estimula o crescimento do nosso país. Também discutiremos o desenvolvimento do mercado imobiliário, um setor importante. É o segundo setor na geração de emprego no país e que consegue sobreviver às agruras, às dificuldades e aos problemas do país. Mesmo assim, segue avançando, ampliando a sua infraestrutura, não só do âmbito das grandes obras, como também de empreendimentos imobiliários e empreendimentos turísticos”.
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Em cinco anos, usina de tratamento de lixo da Asa Sul amplia em 70% o processamento de resíduos
A Usina de Tratamento Mecânico-Biológico (UTMB) da Asa Sul tem desempenhado papel fundamental na destinação sustentável dos resíduos sólidos urbanos do Distrito Federal. Somente em 2024, mais de 109 mil toneladas de resíduos foram processadas pela unidade. Das 51,5 mil toneladas de composto orgânico produzidas no DF no ano passado, cerca de 65% passaram pela Usina de Tratamento Mecânico-Biológico (UTMB) da Asa Sul | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Ao longo dos anos, desde 2020, a UTBM da Asa Sul registra crescimento contínuo na quantidade de resíduos processados. Entre 2023 e 2024, houve aumento de 8%. Em relação a 2020, o crescimento chega a aproximadamente 70%. Os números refletem a política de valorização dos resíduos adotada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), com foco na sustentabilidade e no reaproveitamento de materiais. "A unidade foi a primeira usina desse tipo construída no Brasil", destaca o subcoordenador da UTMB, Vinícius de Abreu Mendonça Esse volume expressivo reflete também a importância da usina como aliada na transformação do material orgânico em composto para uso na agricultura familiar. Das 51,5 mil toneladas de composto orgânico produzidas no DF no ano passado, cerca de 65% — o equivalente a 33,5 mil toneladas — passaram pela UTMB da Asa Sul. Desse total, mais de 18 mil toneladas foram doadas a produtores rurais da região, fortalecendo a agricultura familiar e promovendo a economia circular. “A unidade foi a primeira usina desse tipo construída no Brasil e nela, conseguimos tratar os resíduos que não são encaminhados para a coleta seletiva que veem da Asa Sul, Asa Norte, Sudoeste, Cruzeiro, São Sebastião, Varjão e Lago Norte. Esse apoio logístico contribui diretamente para o aumento da vida útil do aterro sanitário”, explica o subcoordenador da UTMB, Vinícius de Abreu Mendonça. Do resíduo ao composto [LEIA_TAMBEM]A UTMB da Asa Sul realiza a triagem dos resíduos sólidos e a separação dos recicláveis, com o apoio de cooperativas de catadores. Os resíduos passam por duas etapas de separação: a manual, para retirada de materiais recicláveis, e a mecânica, feita por uma peneira rotativa de 48 mm. As frações finas são então destinadas à compostagem. “Depois disso, o material segue em carretas e se soma aos resíduos processados no pátio da UTMB localizada no P Sul, onde permanece por 90 a 100 dias em leiras para o processo de maturação, com controle de temperatura e monitoramento técnico”, explica o subgerente da unidade. Ao final do processo, o composto passa por novo peneiramento, em malha de 10 mm, e é entregue em boas condições aos pequenos produtores do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (Ride). Além de reduzir o impacto ambiental e prolongar a vida útil do aterro, a ação contribui para o fortalecimento da economia circular. “Estamos promovendo sustentabilidade e uma gestão eficiente dos resíduos, diminuindo os impactos sociais e ambientais no DF”, reforça Vinícius. Fonte de renda “Com a separação do material, a gente tira esse lixo da natureza e ajuda com a renda para os nossos filhos e netos", afirma Adairan Feliciano Atualmente, duas cooperativas atuam no espaço: a Renove, que tem 98 catadores e a Cooperlimpo, que conta com 60 trabalhadores. Elas são responsáveis por separar os recicláveis do resíduo orgânico cru, como explica a diretora de logística da Cooperativa Renove, Eliomara Daniara, 36. “A gente separa as garrafas pets, as latinhas, os plásticos e os papelões em fardos, para depois vender aos compradores”. A atuação dos catadores, além de ajudar na renda da família, possibilita dar outro destino para o lixo, que iria ao aterro sanitário. “Com a separação do material, a gente tira esse lixo da natureza e ajuda com a renda para os nossos filhos e netos. É o bem para o futuro", descreve Adairan Feliciano, 32 anos, que atua há mais de seis anos na Cooperativa Renove.
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GDF lança chamada pública de R$ 25 milhões para compra de lácteos de produtores locais
O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou a abertura do Edital de Chamada Pública nº 02/2025, no âmbito do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF). A iniciativa tem como objetivo a compra direta de produtos lácteos da agricultura familiar, com o propósito de fortalecer a cadeia produtiva do leite, fomentar a economia local e contribuir para a segurança alimentar da população do DF. Edital relacionado ao Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) contribui para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite no DF | Foto: Divulgação/Seagri-DF O valor estimado da compra é superior a R$ 25 milhões, em atendimento à demanda da Secretaria de Educação (SEEDF), para a aquisição de queijo muçarela, manteiga com sal e iogurte natural integral. Serão necessários mais de 4 milhões de litros de leite para atender essa demanda. [LEIA_TAMBEM]O Papa-DF busca consolidar uma política pública que valorize a produção local, que possa gerar renda no campo e contribua para o desenvolvimento rural sustentável. Ao adquirir produtos diretamente da agricultura familiar, o Governo do Distrito Federal estimula práticas produtivas responsáveis, com impacto direto na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais. Além disso, a aquisição fortalece as cadeias produtivas regionais, proporcionando estabilidade econômica aos pequenos produtores e ampliando o acesso a alimentos de qualidade nas instituições públicas beneficiadas. A Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) destaca que a participação no edital representa uma oportunidade estratégica para os produtores da agricultura familiar do DF e do Entorno integrarem os circuitos de abastecimento institucional, contribuindo diretamente para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite. A chamada pública está aberta a agricultores familiares, cooperativas e associações com CAF ou DAP válidas e atuantes no setor agropecuário. As informações completas do edital estão disponíveis neste link. *Com informações da Seagri-DF
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GDF investe em sustentabilidade e alimentação saudável na merenda escolar da rede pública
Logo de manhã cedo, a movimentação para a hora da merenda começa na Escola Classe 708 Norte – não só na cozinha, mas também nos corredores. Enquanto os temperos ainda estão dourando nas panelas, as crianças já chegam na porta e perguntam: “O lanche do dia vai ser o que? Já está na hora do lanche? Faltam quantos minutos?”. Os alunos da Escola Classe 708 Norte ficam ansiosos pela hora da merenda, curiosos para saber o que será servido; refeições balanceadas e nutritivas são elogiadas pelos estudantes | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A ansiedade dos pequenos é relatada pela cozinheira Julia Pereira de Oliveira, que trabalha montando as merendas dos alunos na instituição pública de ensino. De seis em seis meses, ela e todos os funcionários da cozinha fazem um curso de preparação que passa por todo o ciclo de preparo, desde a higienização dos alimentos que chegam do campo até a hora de servir para os alunos. E, em todo o processo, o ingrediente que mais se destaca é o amor. “A gente tem que ter certeza do que tá servindo, de tudo que sai daqui para as crianças. Para mim é muito gratificante e para eles também, que adoram. Eles dizem: ‘Nossa, vovó, adorei essa comidinha hoje’. E isso para a gente é tudo. Cozinho com amor, é como se eu estivesse servindo meus netos e filhos. Quando volta a panela vazia, fico feliz porque sei que deu certo”, ressalta. Para a cozinheira Julia Pereira de Oliveira, o ingrediente mais importante das merenda escolares é o amor: “Para mim é muito gratificante e para eles também, que adoram. Quando volta a panela vazia, fico feliz porque sei que deu certo” São 355 alunos que compõem a escola localizada na Asa Norte. Entre eles, o Cauã Santos da Cruz, de 8 anos, que tem seu prato preferido na unidade: arroz com peixe. “As tias conseguem fazer um lanche muito gostoso com as habilidades delas”, afirma a criança. Já o colega Lucauã Fernandes Campos, 10, é mais fã do macarrão com carne: “A merenda da escola é muito saborosa, as tias da cantina dão a vida para fazer essa comida para a gente. Tudo é bom e faz bem para a saúde, para ficar forte”. A estudante Evellem Cristina Nunes da Silva, 11, também gosta do macarrão e do cuscuz servido no lanche. Ela afirma que a alimentação em casa melhorou depois da escola: “Antigamente eu comia muito doce e essas coisas assim. Aí vim para a escola e comecei a comer um monte de comida saudável oferecida aqui, daí acostumei a comer assim em casa também”. O estudante Lucauã Fernandes Campos é fã do macarrão com carne servido na Escola Classe 708 Norte: “A merenda da escola é muito saborosa, as tias da cantina dão a vida para fazer essa comida para a gente” Qualidade alimentar Com foco em alimentos nutritivos e balanceados, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe na aquisição de produtos – parte deles orgânicos, vindos diretamente da agricultura familiar – para garantir refeições de qualidade aos estudantes da rede pública. Em 2025, serão aproximadamente R$ 222 milhões na aquisição de alimentos para a merenda escolar, conforme previsto na Lei Orçamentária Anual. Desse valor, já foram pagos R$ 53,4 milhões, sendo R$ 12,3 milhões (23,09%) destinados a alimentos oriundos da agricultura familiar. Até o momento, as escolas públicas do Distrito Federal já receberam 2.164 toneladas de alimentos não perecíveis e 6.399 toneladas de alimentos perecíveis, dos quais 2.481 toneladas são provenientes da agricultura familiar. São 14 contratos de agricultura familiar de frutas, legumes e verduras; um contrato de queijo e manteiga e outros 32 de itens diversos. [LEIA_TAMBEM]A diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação (SEEDF), Camila Beiró, afirma que a maioria dos alimentos são in natura ou minimamente processados – apenas 3% têm algum tipo de aditivo para manter a validade ou algum corante específico. “Nossa alimentação vem direto do campo para o prato dos estudantes. É muita variedade. Hoje contamos com mais de cinco tipos de proteínas, desde suínos, ovos, e cortes diferentes de carne vermelha e frango, é bem diversificada. Garantimos que os alunos em vulnerabilidade social recebem pelo menos duas refeições diárias, incluindo na zona rural. Então, promovemos segurança alimentar para os nossos alunos”, destaca. Cerca de 825 famílias de agricultores são beneficiados com o Programa de Aquisições (PAA), que visa adquirir alimentos produzidos pela agricultura familiar e distribuí-los gratuitamente para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Entre os serviços já pagos este ano, estão mais de R$ 450 mil de transporte de alimentos não perecíveis para escolas e R$ 395,5 mil de armazenamento de alimentos não perecíveis no armazém central. “O DF já investe seis vezes mais que o Governo Federal, então isso proporciona uma comida com bastante variedade. Estamos nos destacando nesse meio e temos atingido todas as metas que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) solicita. Além disso, é um recurso que fica no âmbito do DF e gira a nossa economia”, acrescenta Camila. O GDF investe na aquisição de alimentos nutritivos e balanceados para garantir refeições de qualidade aos estudantes da rede pública; diversos produtos são orgânicos, vindos diretamente da agricultura familiar Cardápio personalizado Uma média de 546 mil refeições são distribuídas por dia para cerca de 400 mil estudantes atendidos pela rede pública do DF. O planejamento do cardápio passa por avaliação técnica constante e envolve nutricionistas, gestores e merendeiras, num trabalho conjunto que começa muito antes da comida chegar à mesa e tem reflexo direto no bem-estar e no aprendizado dos alunos. A diretora da Escola Classe 708 Norte, Viviane Costa Moreira, afirma que o cuidado tomado pelo GDF em oferecer alimentação de qualidade para os estudantes é primordial, uma vez que muitos deles têm sua principal refeição do dia feita na escola. “A alimentação escolar tem fundamental importância na vida dos nossos estudantes. A maioria deles vêm de regiões administrativas para cá, porque os pais trabalham no Plano Piloto. Então, muitos saem de casa 5h e muitas vezes a alimentação de qualidade que eles recebem é na escola”, ressalta. Para os alunos que possuem restrições alimentares, como diabetes ou intolerância à lactose, as refeições são adaptadas. “A aceitação é boa e percebemos que aos poucos os alunos vão mudando os hábitos alimentares, principalmente os do primeiro ano, que têm uma certa resistência em aceitar alguns legumes, verduras e até frutas. Aos poucos a gente vai incentivando e, ao verem os coleguinhas comendo, eles vão melhorando”, reforça Viviane.
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Comitivas africanas conhecem modelo de alimentação escolar da rede pública do DF
Na última terça-feira (20), a Coopindaiá – cooperativa de agricultores familiares localizada no Núcleo Rural Monjolo, no Recanto das Emas – sediou um evento internacional que reuniu delegações de aproximadamente 40 países africanos. O encontro, realizado em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF), teve como foco a construção de um pacto para o fortalecimento da agricultura familiar. Alimentos fornecidos à rede pública por cooperativas locais ganham reconhecimento internacional por sua qualidade e impacto social | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF O papel estratégico do GDF na articulação institucional e na promoção de políticas públicas que integram educação, segurança alimentar e desenvolvimento rural foi um dos destaques do evento. A parceria entre a cooperativa e a SEEDF fortalece iniciativas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), assegurando alimentos frescos e saudáveis para os estudantes, ao mesmo tempo em que gera renda para famílias agricultoras do DF e do entorno. “Hoje temos contratos com 15 cooperativas e adquirimos 33 produtos da agricultura familiar. Só da Coopindaiá, compramos muçarela e manteiga de excelente qualidade, que reforçam a alimentação dos nossos mais de 550 mil estudantes”, afirmou a subsecretária de Apoio às Políticas Educacionais da SEEDF, Fernanda Costa Melo. [LEIA_TAMBEM]Potencial transformador O evento também serviu como espaço de intercâmbio de experiências e apresentação de propostas voltadas à expansão da agricultura familiar, como a implementação de tecnologias sustentáveis – a exemplo de painéis solares –, melhoria genética e ampliação do acesso a programas de crédito, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Com a presença de representantes de diversas nações africanas e autoridades brasileiras, a atividade reafirma o potencial transformador das parcerias entre o campo e a escola. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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GDF abre edital para assentamento de famílias rurais no Gama
O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), lançou o Edital de Chamamento Público nº 001/2025. O objetivo do documento é selecionar candidatos interessados em firmar contrato de concessão de uso em regime de estágio probatório, no âmbito do Programa de Assentamento de Trabalhadores Rurais (PRAT), no Assentamento Fascinação, localizado no Núcleo Rural Ponte Alta, Região Administrativa do Gama. A área possui 17,88 hectares e está inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central, dentro da Zona de Uso Sustentável, com foco na conservação dos solos e da água, além do desenvolvimento sustentável. Segundo o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, "a iniciativa representa um grande avanço na política de reforma agrária do Distrito Federal, promovendo justiça social e sustentabilidade no campo" | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “A iniciativa representa um grande avanço na política de reforma agrária do Distrito Federal, promovendo justiça social e sustentabilidade no campo, além de reforçar o compromisso do Governo do DF com o fortalecimento da agricultura familiar e o uso produtivo das terras públicas”, afirmou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. O programa busca assentar trabalhadores rurais, incentivando o desenvolvimento da agricultura familiar e a permanência dos agricultores na zona rural. Além das sete vagas imediatas, será formado um cadastro reserva com 14 candidatos para futuras convocações, caso novas áreas sejam disponibilizadas. A seleção também pretende regularizar a ocupação de terras destinadas à reforma agrária, fortalecendo ainda mais a agricultura familiar na região. A seleção será conduzida pela Comissão Técnica Permanente de Seleção dos Assentamentos (CTS), responsável por todo o processo de análise e julgamento, em conformidade com os princípios da legalidade, transparência e moralidade administrativa. Dúvidas podem ser encaminhadas por escrito à Comissão Técnica, por meio da Gerência de Atendimento ao Público da Seagri. As inscrições deverão ser feitas presencialmente no protocolo da Seagri-DF, localizado na Asa Norte, entre os dias 23 e 27 de junho. Os critérios de pontuação considerarão o tempo de experiência em atividades rurais, o tempo de residência no Distrito Federal e a realização de cursos na área agrícola. O resultado preliminar será divulgado em 24 de julho, com possibilidade de apresentação de recursos até 1º de agosto. A lista final será publicada em 25 de agosto. *Com informações da Seagri-DF
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Circuito da Agroindústria destaca regularização simplificada de queijarias artesanais na AgroBrasília
A produção de queijos artesanais e a regularização de pequenas agroindústrias rurais são algumas das novidades do Circuito da Agroindústria na AgroBrasília 2025. Com o objetivo de estimular a valorização e a regularização da produção local, o espaço apresenta a Portaria de Registro Provisório das Queijarias Artesanais e de Pequeno Porte — normatização da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova), da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), elaborada em parceria com a Emater-DF. Espaço da Emater-DF oferece orientações sobre estrutura, higiene, rotulagem e legislação sanitária, além de degustação de queijos locais | Foto: Divulgação/Emater-DF O circuito indica o passo a passo para acessar o registro provisório, mostra os benefícios da regularização e oferece orientações técnicas sobre estrutura, higiene, rotulagem e legislação sanitária. Há ainda espaço para degustação de queijos locais e troca de experiências entre produtores e especialistas. “O registro provisório representa um avanço importante para os produtores artesanais de queijo do DF porque eles têm a oportunidade de comercializar um produto regularizado, enquanto se capitalizam para concluir a aquisição dos equipamentos necessários ou para finalizar alguma obra”, explica o extensionista rural Paulo Alvares, da equipe especializada de Agroindústria da Emater-DF. Ele lembra que, nesse modelo de registro provisório, as exigências sanitárias permanecem as mesmas, mas é possível a aprovação de uma estrutura mínima que permita iniciar o negócio. Indústrias artesanais “O circuito da Agroindústria apresenta aos visitantes essa estrutura mínima e todos os detalhes da portaria que precisam ser observados pelo produtor ao longo dos 24 meses que são estabelecidos para a conclusão do processo”, resume. “Cumprindo as etapas acordadas, ele recebe o registro definitivo, mas, caso ele perca o prazo, terá de ingressar no processo de registro tradicional, pois não existe prorrogação do registro provisório.” [LEIA_TAMBEM]Existem 82 agroindústrias artesanais ou de pequeno porte regularizadas até o momento, considerando os mais diversos produtos processados. A expectativa é que a cadeia leiteira seja protagonista nesse processo de registro provisório, validando a modalidade para posteriormente ser levada para outras cadeias produtivas. “O registro provisório permite que esses agricultores processem e comercializem seus produtos de forma legal e regulamentada, contribuindo para a sustentabilidade econômica das famílias rurais”, enfatiza a gerente de Inspeção da Dipova/Seagri, Cristiane Cesar. “Ademais, com menos requisitos e procedimentos para o registro provisório, os custos iniciais para estabelecer uma agroindústria são reduzidos. Isso torna o empreendimento mais acessível para pequenos produtores e agricultores familiares, incentivando a diversificação e o crescimento do setor.” AgroBrasília 2025 Até sábado (24), das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci - BR-251, Km 5 – PAD-DF Entrada gratuita. *Com informações da Emater-DF
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Manga entra no cardápio da merenda escolar da rede pública de ensino do DF
Desenvolver hábitos alimentares mais saudáveis nas crianças envolve cativá-las, especialmente, pelo paladar. Por isso, a Escola Classe (EC) Monjolo, em Planaltina, promoveu, na última quinta-feira (10), uma refeição com espetos de manga e melão servidos com um toque de mel. A ação marcou a introdução oficial da manga no cardápio da alimentação escolar — uma fruta saborosa, nutritiva e culturalmente próxima da realidade das crianças. A iniciativa faz parte de uma proposta mais ampla da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) de diversificar e qualificar os alimentos oferecidos nas escolas da rede pública. A manga tommy, conhecida pela polpa suculenta e amplamente encontrada em árvores pelas ruas da cidade, foi incluída nos cardápios após uma nova licitação. Com isso, a fruta passa a ser servida em todas as escolas do DF. A manga passa a ser servida em todas as escolas do DF, aproximando o cardápio da alimentação escolar dos hábitos alimentares das crianças | Fotos: Mary Leal/SEEDF “A gente ficou muito feliz, porque era algo que queríamos incluir há bastante tempo”, conta a gerente da alimentação escolar da Secretaria de Educação, Juliene Moura. “As pessoas têm o costume de comer manga, até porque há muitos pés da fruta nas ruas. Isso facilita a aceitação dos cardápios e amplia a variedade de alimentos saudáveis.” Saúde na merenda Além da manga, outro ingrediente foi colocado à prova: o mel. A iguaria, que ainda está em fase de avaliação, pode tornar-se uma alternativa natural e mais saudável ao açúcar. O produto, que será adquirido por meio de chamada pública prevista para o segundo semestre deste ano, virá diretamente da agricultura familiar. A proposta é que o mel ofereça aos estudantes um alimento mais nutritivo, orgânico e de qualidade superior, ao mesmo tempo em que fortalece a produção da agricultura familiar e valoriza o trabalho dos pequenos produtores. Estudantes também tiveram a oportunidade de experimentar o favo do mel. A iguaria já está em fase de avaliação e pode tornar-se uma alternativa natural e mais saudável ao açúcar [LEIA_TAMBEM] A aluna do 2º ano, Yasmin Araújo Boaventura, 8 anos, aprovou a novidade. “No mel tem vitamina C, zinco e cálcio”, explica, mostrando que as crianças já estão aprendendo sobre os nutrientes dos alimentos. Questionada sobre a diferença entre o mel e o açúcar, foi direta: “Tem diferença. E o mel é mais saudável”. Essa sensibilização é trabalhada continuamente em um projeto de alimentação saudável desenvolvido pela escola. A professora Lucilei Martins explica que o trabalho pedagógico com a alimentação vai além do prato. “As crianças conhecem os nutrientes, as funções dos alimentos e são incentivadas a experimentar para desenvolver o paladar e a consciência alimentar”, destaca a educadora. *Com informações da Secretaria de Educação
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Visitas técnicas reconhecem boas práticas de segurança alimentar no DF
Com a missão de garantir e ampliar o acesso a alimentos saudáveis para a população, representantes do governo federal e do Governo do Distrito Federal (GDF) visitaram, nesta sexta-feira (4), unidades socioassistenciais em Ceilândia. O objetivo foi se aprofundar nos projetos que promovem a segurança alimentar na capital federal, que nesta semana recebeu o Selo Betinho, da organização da sociedade civil (OSC) Ação da Cidadania. Participantes da Oficina Estratégica Alimenta Cidades visitaram, nesta sexta (4), cinco locais para conhecer detalhes de projetos do GDF para reforçar a segurança alimentar da população | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Espaços como as hortas comunitárias da Unidade Básica de Saúde (UBS) 9 e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Ceilândia, além do Restaurante Comunitário do Pôr do Sol, foram locais de diálogo e troca de experiências entre representantes governamentais. Nomeada Oficina Estratégica Alimenta Cidades, a ação é um dos desdobramentos do programa interministerial Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nas Cidades – Alimenta Cidades, coordenada pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-DF), da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). “Vemos que Brasília tem muita condição de expandir em agricultura urbana e as hortas comunitárias são um exemplo bem-sucedido para produzir e atender pessoas em vulnerabilidade” Lidiane Pires, secretária-executiva da Câmara de Segurança Alimentar e Nutricional “Foram dois dias de encontro, com início na quinta-feira [3]. No primeiro dia a gente fez um diagnóstico situacional, com técnicos e membros da sociedade civil, de como está a segurança alimentar no DF. E hoje visitamos esses espaços para divulgar as boas iniciativas do DF que têm potencial de serem desenvolvidas e copiadas em outras cidades”, explica a secretária-executiva da Caisan), Lidiane Pires. Além disso, o encontro possibilita que a equipe faça o levantamento das possibilidades e dos benefícios que existem nos equipamentos sociais. “Vemos que Brasília tem muita condição de expandir em agricultura urbana, e as hortas comunitárias são um exemplo bem-sucedido para produzir e atender pessoas em vulnerabilidade”, acrescenta Lidiane. ”A função da horta é a convivência, além de garantir que os usuários colham produtos orgânicos sem agrotóxicos e tenham uma alimentação saudável e variada”, diz Roberto Homrich Segundo Roberto Homrich, especialista em desenvolvimento e assistência social, direito e legislação da Sedes-DF, a atenção do governo para iniciativas como a da horta comunitária do Creas fortalece a implementação da política pública nas questões sociais. “Desenvolvemos um trabalho intersetorial para pessoas que estão em processo de saída das ruas. A função da horta é a convivência, além de garantir que os usuários colham produtos orgânicos sem agrotóxicos e tenham uma alimentação saudável e variada. Então, para a gente é muito importante divulgar nosso trabalho e receber o apoio do governo para dar continuidade à iniciativa”, destaca. Assistência social no DF “Os programas do GDF têm obtido resultados importantes na garantia da segurança alimentar e nutricional, na valorização da agricultura familiar, incentivo a hortas urbanas e cozinhas solidárias. Essa troca de experiências, por meio da Estratégia Alimenta Cidades, vai aprimorar as nossas ações” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social O investimento na assistência social do Distrito Federal teve um crescimento expressivo nos últimos anos, passando de R$ 200 milhões em 2018 para R$ 1,3 bilhão em 2025, garantindo um suporte ainda maior às famílias em situação de vulnerabilidade. Entre os principais projetos adotados na área estão a distribuição de cestas básicas e cestas verdes, o programa Cartão Prato Cheio, que neste ano passará a atender 130 mil famílias e terá o tempo de concessão ampliado de nove para 18 meses, além dos restaurantes comunitários. Até o final deste ano, espera-se que cinco dos 18 restaurantes comunitários do Distrito Federal passem a oferecer, assim como os outros, as três refeições diárias – café da manhã e jantar por R$ 0,50 e almoço por R$ 1 -, além de estarem abertos também aos domingos e feriados. O GDF ainda conta com a inserção de nutricionistas na carreira de desenvolvimento e assistência social do DF, além da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) nas unidades socioassistenciais, ferramenta utilizada para identificar as diferentes dimensões do acesso aos alimentos. “Os programas do GDF têm obtido resultados importantes na garantia da segurança alimentar e nutricional, na valorização da agricultura familiar, incentivo a hortas urbanas e cozinhas solidárias. Essa troca de experiências, por meio da Estratégia Alimenta Cidades, vai aprimorar as nossas ações”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Alimenta Cidades O GDF, por meio da Caisan da Sedes-DF, com o apoio de outros órgãos, tem se comprometido a participar do programa interministerial Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nas Cidades – Alimenta Cidades. Instituído em 2023 por meio de decreto, o programa é resultado da parceria entre os ministérios das Cidades (Mcid), do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), além da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de órgãos que compõem a Caisan. Dividida por eixos, a medida tem como principal objetivo ampliar a produção, o acesso, a disponibilidade e o consumo de alimentos adequados e saudáveis nas cidades brasileiras, com um foco especial em territórios urbanos periféricos e em populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Estados, o Distrito Federal e municípios têm a oportunidade de colaborar com essa iniciativa por meio de ações locais adaptadas às necessidades de cada território. Cerca de 60 cidades brasileiras aderiram ao programa nacional, podendo, com isso, adotar as ações previstas na estratégia, além de participar de programas de formação e da Rede Urbana de Alimentação Saudável (Ruas). Cada cidade vai elaborar um diagnóstico da situação local, com apoio dos estados e do governo federal, para identificar suas necessidades específicas. Com base nesse diagnóstico e nas prioridades definidas, será elaborado um plano de ações a ser executado em um período de três anos (2024-2026).
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SLU vence prêmio Arapoti na categoria Excelência no Setor Público
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) venceu o Prêmio Arapoti na categoria Excelência no Setor Público. É a primeira vez que órgãos públicos concorrem a essa premiação, e o SLU se destacou em primeiro lugar pela prestação de serviço de produção de composto orgânico no Distrito Federal. A cerimônia foi realizada na noite desta quinta-feira (27), no Teatro Newton Rossi do Sesc. Noite de premiação reuniu representantes do SLU, órgão do GDF que desponta como referência em produção de composto orgânico na América Latina | Foto: Divulgação/SLU Esta é a quarta edição do prêmio Arapoti, considerado “o Oscar da sustentabilidade”, como define a presidente do Instituto Arapoti, Dái Ribeiro. Neste ano, além da Excelência no Setor Público, os participantes concorrem nas categorias Resíduos, Água, Energia, Efluentes, Qualidade de Vida e Espaços Ecopedagógicos. O SLU venceu como órgão público destaque em sustentabilidade, na categoria Excelência no Setor Público, com a prestação de serviço de produção de composto orgânico, que tanto ajuda a agricultura familiar do DF. Reconhecimento “A nossa missão é gerir com eficiência e excelência e promover a qualidade de vida e bem-estar do cidadão na gestão da limpeza urbana” Luiz Felipe Carvalho, diretor-presidente do SLU “Quando soubemos que os órgãos públicos também poderiam participar do prêmio, não pensamos duas vezes, pois a nossa missão é gerir com eficiência e excelência e promover a qualidade de vida e bem-estar do cidadão na gestão da limpeza urbana; portanto, ser reconhecido nessa categoria só nos enche de orgulho e certeza de que estamos no caminho certo”, declarou o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho. Vinícius de Abreu, subcoordenador das usinas de Tratamento Mecânico Biológico do SLU, onde são produzidos os compostos orgânicos, também se manifestou: “Quando falamos da premiação do Instituto Arapoti, falamos de sustentabilidade, portanto é muito importante que o SLU esteja próximo. Em nome do SLU e do pedacinho de que faço parte, que são as usinas de compostagem, e ainda sabendo que o SLU tem outras dezenas de iniciativas que também poderiam estar aqui, estamos felizes e agradecemos a todos pelo reconhecimento”. O SLU é referência na produção de composto orgânico na América Latina. Só no ano passado, suas usinas produziram mais de 85 mil toneladas. Cerca de 20 mil toneladas desse composto foram doadas para agricultores familiares do DF, proporcionando mais qualidade dos alimentos e segurança alimentar para a população. O produtor deixa de comprar e utilizar outros insumos para fazer a correção do solo, portanto utiliza um adubo orgânico e consegue valorizar o seu produto como orgânico. A destinação dos resíduos para a produção de composto orgânico também evita o encaminhamento no Aterro Sanitário de Brasília, contribuindo para a mitigação dos gases do efeito estufa. *Com informações do SLU
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Delegação sul-africana conhece práticas de alimentação saudável na Escola Classe Monjolo
Uma delegação sul-africana visitou, na quarta-feira (19), a Escola Classe (EC) Monjolo, localizada na zona rural de Planaltina, para conhecer como o Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE/DF) é implementado na prática. A escola, referência em alimentação saudável, apresentou à comitiva o trajeto dos alimentos, desde o plantio até o prato dos estudantes. A unidade destaca-se entre as escolas públicas do DF pelos projetos de alimentação saudável. A EC Monjolo conta com uma horta que fornece frutas como amora, morango e jabuticaba, além de vegetais como alface. Outro destaque é o projeto do álbum de figurinhas alimentares, no qual os estudantes aprendem sobre o valor nutricional dos alimentos e preenchem o álbum conforme são experimentados. O integrante da delegação sul-africana, Mpho Putu, conversa com estudantes da EC Monjolo, de Planaltina | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Os visitantes foram recepcionados pela escola com uma variedade de alimentos, incluindo frutas, verduras e hortaliças produzidas por agricultores locais, para mostrar à delegação o que é cultivado na região. A recepção também contou com uma apresentação musical das alunas Yasmin Araújo, de 8 anos, e Ada Maria Oliveira, de 6, que cantaram “Bênçãos que não têm fim”, de Isadora Pompeo. A diretora Vânia Maria Braga se emocionou ao receber os visitantes. “Estamos emocionados em compartilhar com vocês o nosso projeto de alimentação saudável, desenvolvido para promover a saúde e o bem-estar dos nossos estudantes. Queremos agradecer por estarem aqui e por experimentarem um pouco da nossa culinária brasileira, que servimos todos os dias aos nossos alunos.” A nutricionista Juliene Moura, responsável técnica pelo Programa de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do DF, destacou a importância da troca de experiências entre os países. “O DF tem uma excelente parceria com a agricultura familiar, o que facilita uma alimentação mais saudável. Ao receber delegações, também aprendemos sobre práticas adotadas fora do Brasil. Somos uma referência mundial em alimentação escolar, e outras delegações internacionais já nos visitaram”, explicou. Amora, tomate-cereja, banana e abacate fazem parte do cardápio dos alunos Identificando novos sabores Com o objetivo de sensibilizar os alunos a melhorarem a alimentação, a escola propõe formas diversificadas de inserir os alimentos na rotina. A professora Lucilei Martins, docente há 28 anos e responsável por diversos projetos de alimentação saudável, exemplifica como despertar essa curiosidade nos alunos. “O tema da alimentação escolar está integrado de maneira transversal ao currículo da escola, mas muitas vezes a abordagem se limita ao livro didático. Por isso, começamos a explorar outras formas. Há cerca de 15 dias, fiz uma atividade de experimentação: vendava os olhos dos alunos e levava alimentos dos quais eles diziam não gostar. Com isso, trabalhei sobre papilas gustativas e eles passaram a perceber novos sabores”, explica a professora. Referência A Escola Classe Monjolo atende cerca de 100 estudantes e serve duas refeições de manhã e duas de tarde. A coordenadora da Regional de Ensino (CRE) de Planaltina, Raíssa Monteiro, também acompanhou a visita da delegação. “Fico muito feliz de estar aqui, pois a Monjolo é uma escola onde o pedagógico funciona muito bem. É uma escola premiada pelos seus projetos e ter esse reconhecimento é gratificante”. Os visitantes aproveitaram cada momento compartilhado com os estudantes, e alguns alunos até arriscaram o inglês com os estrangeiros. Mpho Putu, integrante da delegação da África do Sul, declarou: “Viemos aprender com o Brasil, pois, assim como aqui, nosso país também tem desigualdades. Lá também temos um bom projeto de nutrição, e o programa nacional alimenta cerca de 9 milhões de crianças todos os dias, mas oferecemos apenas uma refeição por dia”. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Agência do Trabalhador do Plano Piloto tem oficinas e artesanato em homenagem ao Dia da Mulher
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet) promove, até a próxima sexta (14), uma série de eventos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. As atividades ocorrerão na Agência do Trabalhador do Plano Piloto e contarão com exposição de produtos artesanais, oficinas de fuxico, colares e bordados, além de uma mostra da agricultura familiar. Exposição de artesanato e de produtos da agricultura familiar e oficinas de fuxico, colares e bordado estarão disponíveis na Agência do Trabalhador do Plano Piloto até sexta (14) | Foto: Divulgação/Sedet-DF Coordenada pela Subsecretaria da Cadeia Produtiva e Economia Solidária, a iniciativa busca fortalecer a atuação de trabalhadoras cooperadas e associadas, oferecendo espaços em feiras e festivais, além de oportunidades de qualificação profissional. O subsecretário da Cadeia Produtiva e Economia Solidária, Jorge Azevedo, ressaltou a importância da ação para o empoderamento feminino, destacando que a Sedet está abrindo portas para que empreendedoras exponham seus produtos e participem de capacitações. “Nosso papel é criar oportunidades e ser um canal de transformação na vida das trabalhadoras do DF”, afirmou. O secretário Thales Mendes reforçou o compromisso da pasta com a qualificação e empregabilidade, ressaltando o papel das agências do trabalhador. “Diariamente, ofertamos milhares de vagas e cursos. A maioria dos alunos são mulheres que buscam capacitação para ampliar suas oportunidades no mercado”, destacou. *Com informações da Sedet-DF
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GDF concedeu R$ 10 milhões em créditos rurais a produtores e agricultores familiares
A 45 quilômetros de distância da área central de Brasília, na região de Pipiripau (Planaltina), próximo à divisa entre a capital do país e o estado de Goiás, sonhos cultivados na terra ganham vida com apoio deste Governo do Distrito Federal (GDF). Para a agricultora familiar Catiúcia Rodrigues Neres Cazuza, de 41 anos, esse incentivo veio por meio da concessão de crédito rural, que, obtido pelo programa Prospera, lhe permitiu concretizar um sonho seu e de sua família. “Minha mãe sempre quis que eu plantasse bananas aqui na chácara, mas me faltava o dinheiro para fazer esse investimento. Com o crédito rural, eu consegui transformar essa ideia dela em realidade; hoje, minha produção é motivo de orgulho para a nossa família”, conta a agricultora, que reside na comunidade rural Roseli Nunes. Catiúcia Rodrigues Neres Cazuza realizou o sonho da mãe e passou a plantar bananas na propriedade rural da família | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Destinado a atender necessidades financeiras de pequenos empreendedores urbanos e rurais, o Prospera é apenas um dos mecanismos de concessão de créditos a produtores disponibilizados por este GDF. Em 2024, a iniciativa concedeu R$ 1,2 milhão em incentivo financeiro aos agricultores da capital do país. Além do Prospera, programas de crédito como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), Pronaf e Pronamp também fortaleceram o campo no Distrito Federal no ano passado. Ao todo, foram quase R$ 10 milhões de recursos direcionados para o impulsionamento da produção agrícola brasiliense, viabilizando projetos que melhoraram a infraestrutura, ampliaram áreas de cultivo e fomentaram a geração de renda para os produtores locais. “Além de acompanhar o processo de liberação do crédito, auxiliamos na aplicação correta para garantir que o investimento resulte em ganhos significativos e sustentáveis” Geraldo Magela Gontijo, extensionista rural “A maioria dos pequenos produtores e agricultores familiares entra descapitalizada, e qualquer recurso faz uma enorme diferença. Além de acompanhar o processo de liberação do crédito, auxiliamos na aplicação correta para garantir que o investimento resulte em ganhos significativos e sustentáveis”, explica o extensionista rural Geraldo Magela Gontijo, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Parceira do produtor Foi justamente o acompanhamento da Emater-DF de todos os processos de obtenção de crédito que viabilizou o investimento necessário para que o produtor rural Assis do Rosário Nogueira, 50, desse início à plantação de goiabas. Morador do Assentamento Oziel Alves III, em Planaltina, o agricultor ostenta com orgulho o posto de pioneiro no cultivo das frutas na região. Assis do Rosário Nogueira comemora a possibilidade do sustento a partir do cultivo de goiaba: “Sem o crédito, seria impossível crescer” “Sem o crédito, seria impossível crescer. A assistência técnica da Emater foi fundamental para organizar meu projeto e me guiar nesse processo. Hoje, vivo da goiaba e estou ampliando minha área de cultivo”, comemora Assis. Assis relata que, além de ajudar a dar o pontapé inicial na plantação, o crédito do FDR também viabilizou a aquisição de uma camionete nova, um investimento essencial para atender às demandas do Programa de Alimentação Escolar do DF e da grande rede de supermercados – hoje, os principais clientes do produtor. Como participar O produtor rural interessado em obter linhas de crédito com a devida assistência técnica da Emater-DF deve procurar o escritório da empresa responsável por sua região, portando os documentos pessoais e da propriedade. A iniciativa está disponível tanto para pessoas físicas quanto jurídicas com atividades rurais no DF, desde que devidamente cadastradas. A empresa auxilia os agricultores na elaboração de carta de limite de crédito, assistência à implantação de projetos, elaboração de projetos, supervisão da aplicação do recurso e orientação aos empreendedores e organizações em gestão e estratégias de negócios.
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Governo inicia distribuição de kits de sementes a agricultores familiares do DF
O Governo do Distrito Federal (GDF) iniciou, nesta sexta-feira (10), a distribuição dos kits de sementes distribuídos pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) a famílias de agricultores assentados. A entrega faz parte da primeira chamada pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA – Sementes) e contou com a presença da governadora em exercício Celina Leão. Na ocasião, a chefe do Executivo ressaltou que a ação busca fortalecer a produção agrícola sustentável, além de contribuir para a segurança alimentar dessas famílias. “A produção agrícola familiar é essencial para preservar o cinturão verde do Distrito Federal. São os homens e mulheres do campo que estão preservando essas áreas”, disse. A entrega dos kits de sementes ocorre em um momento estratégico para a produção rural no DF: o início da segunda safra. O período ocorre após a colheita da primeira safra e permite aos agricultores utilizar o mesmo terreno para plantar novamente no mesmo ano agrícola. A entrega faz parte da primeira chamada pública do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA – Sementes) e contou com a presença da governadora em exercício Celina Leão | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Nós vamos ter um acompanhamento técnico da Emater e da Seagri, ajudando a plantar, com todo o maquinário necessário, e até mesmo a escoar essas produções. Aqui, no DF, o trabalho tem começo, meio e fim”, destacou. “Temos certeza de que essas sementes vão frutificar com o apoio dos nossos técnicos e agricultores. Vamos plantar milho, mandioca, abóbora, quiabo e tantos outros produtos que fortalecem a nossa agricultura familiar.” Famílias beneficiadas Nesta primeira etapa, foram beneficiadas 250 famílias de produtores rurais dos assentamentos Estrela da Lua e Patrícia Aparecida (Paranoá); Fazenda Larga (Planaltina); Santarém (Ceilândia); 1º de Julho, Nova Camapuã e 15 de Agosto (São Sebastião). Eles receberam 11 toneladas de insumos, entre sementes de milho crioulo, feijão-carioca e amendoim. “Essa doação diminui muito o custo para nós que somos produtores e consequentemente ajuda a reduzir o valor final cobrado no produto comercializado”, diz o produtor rural Giliardi Bento Antunes “O milho é a segunda cultura mais importante do Distrito Federal, só perdendo para a soja, e é fundamental para a alimentação humana e animal. A capital é uma das maiores produtoras de feijão do Brasil, com uma média de produtividade quatro vezes superior à média nacional”, detalhou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. Os alimentos são selecionados pela Seagri conforme a demanda de cada comunidade. Todos os beneficiários estão assentados em locais implantados pelo GDF e possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAF), além de inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Para a agricultora Michelly Sllany Ornelas, 40, as sementes chegam em boa hora: “Essa chuvinha de janeiro é excelente para plantar” Entre os beneficiários, está o produtor rural Giliardi Bento Antunes, 38 anos, de São Sebastião. “Tenho uma criação de galinhas para comercialização de ovos e esse milho é muito importante para a gente usar na alimentação dos animais”, explicou. “Essa doação diminui muito o custo para nós que somos produtores e consequentemente ajuda a reduzir o valor final cobrado no produto comercializado”. Para a agricultora Michelly Sllany Ornelas, 40, as sementes chegam em boa hora. “Vai ajudar muito porque essa chuvinha de janeiro é excelente para plantar. Com essas sementes boas e dando bom, como a gente costuma dizer no campo, com certeza a gente vai conseguir produzir, vender e vamos faturar bem esse ano”, celebrou. O programa O PAA apresentou resultados expressivos em 2024. Ao todo, 263 instituições foram atendidas por meio do programa, beneficiando diretamente mais de 68 mil pessoas. Além disso, 224 agricultores familiares participaram, fornecendo 161.478 toneladas de alimentos. O agricultor rural interessado em participar da iniciativa pode consultar o edital completo no site da Seagri. Vale ressaltar que a distribuição de todos os kits de sementes respeita as condições estabelecidas no documento.
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Investimento de R$ 44 milhões em programas de aquisição de alimentos fortalece agricultura familiar e segurança alimentar
Alimentos de qualidade para quem mais precisa e renda para o agricultor familiar. Essa é a essência da política pública deste Governo do Distrito Federal (GDF) que, por meio de programas de aquisição de alimentos, tem garantido a segurança alimentar de mais de um milhão de pessoas, entre crianças, jovens e idosos, além da sustentabilidade das pequenas propriedades rurais da capital do país. Neste ano, o Executivo investiu mais de R$ 44,3 milhões para a manutenção das iniciativas, beneficiando diretamente 1.884 produtores. “O governo me ajuda demais. Se não fosse por essa ajuda, não teria condições de dar início à minha produção”, diz Genivaldo José dos Santos, do Núcleo Rural Betinho, em Brazlândia | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Em 12 meses, foram mais de 5,3 mil toneladas de frutas, legumes e verduras distribuídos por meio dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA-DF); Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF); e de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) – tudo em benefício de parcelas distintas da população garantindo ao DF uma posição de destaque no que diz respeito à segurança alimentar. Aos 50 anos, o produtor rural Genivaldo José dos Santos é um exemplo de como os programas sociais de aquisição de alimentos transformam vidas. Com décadas dedicadas ao cultivo de frutas e hortaliças, sendo 12 anos em sua propriedade, no Núcleo Rural Betinho, em Brazlândia, ele destaca a importância do apoio do GDF para manter a produção e assegurar à família uma fonte de renda estável: “O governo me ajuda demais. Se não fosse por essa ajuda, não teria condições de dar início à minha produção”, enfatiza. Assistência qualificada A extensionista rural Vanessa Lira, da Emater-DF, diz que os produtores são orientados sobre o acesso a programas de compras públicas. “Por se tratar de compras estabelecidas em contrato, isso permite aos produtores que permaneçam no campo e tenham uma renda a mais garantida”, afirma Mais do que apenas comprar periodicamente os alimentos produzidos por Genivaldo, o governo também oferece toda a estrutura necessária para garantir a continuidade de sua atividade. Neste contexto, o produtor tem como grande parceira a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF). “Eles me ajudam em tudo, desde a parte técnica da produção até a questão de viabilizar o crédito rural. A Emater não mede esforços para me ajudar aqui”, completa. “Outro benefício direto da nossa atuação é preparar esse agricultor para o mercado privado. Por meio das compras públicas, ele aprende o padrão comercial do produto e a necessidade de ter um cronograma de plantio para atender as demandas” Bruna Heckler, extensionista rural da Emater-DF Entre os vários técnicos à disposição dos agricultores da região, está a extensionista rural Vanessa Lira, lotada na Gerência de Comercialização e Organização Rural da Emater. “A gente dá o apoio para esses produtores acessarem as compras públicas. Temos alguns grupos de acompanhamento desses programas e fazemos a interlocução do agricultor com outros órgãos para viabilizar essas aquisições”, explica. “Por se tratar de compras estabelecidas em contrato, isso permite aos produtores que permaneçam no campo e tenham uma renda a mais garantida. Além disso, o preço pago por cada alimento é sempre o mesmo, não oscilando conforme a flutuação do mercado”, prossegue a técnica. Segundo a também extensionista rural Bruna Heckler, a Emater atua, inclusive, na formalização dos agricultores. “Para ele participar dessas compras, é preciso emitir nota fiscal e a gente os auxilia nesse processo. Outro benefício direto da nossa atuação é preparar esse agricultor para o mercado privado. Por meio das compras públicas, ele aprende o padrão comercial do produto e a necessidade de ter um cronograma de plantio para atender as demandas”, detalha. Segurança alimentar A parceria entre Emater-DF e as secretarias de Educação e de Agricultura e Pecuária assegura alimentos de qualidade e diretamente do campo para a refeição dos alunos Camila Beiró, diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação, enfatiza a relevância dos programas de aquisição de alimentos para a alimentação escolar no Distrito Federal. “Os programas de aquisição proporcionam a compra de alimentos frescos e bem diversificados, respeitando a cultura alimentar local e a sazonalidade dos produtos”, destaca ela. A estratégia, de acordo com a servidora, enriquece a dieta dos estudantes com uma alimentação rica em nutrientes e também promove o contato com novos sabores e alimentos na sua forma in natura, auxiliando no desenvolvimento físico e mental das crianças. A diretora ainda reforça a importância da colaboração entre a pasta, a Emater e a Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri), formando um grupo que impulsiona a aquisição de alimentos da agricultura familiar no DF. “Essa parceria garante alimentos de origem assegurada e diretamente do campo para a refeição dos alunos”, afirma. Como resultado, desde 2023, alunos de três regionais de ensino – Guará, Núcleo Bandeirante e São Sebastião – já têm acesso a frutas e hortaliças orgânicas, promovendo uma alimentação escolar ainda mais saudável e benéfica. Há, ainda, as unidades educacionais da rede pública abastecidas com frutas e hortaliças frescas convencionais, como o Centro Educacional (CED) Incra 8. Na escola pública, o empenho dos agricultores familiares de Brazlândia é a certeza de um cardápio diverso e saudável para os mais de 900 alunos, com idades entre 9 e 18 anos. “Recebemos semanalmente alimentos frescos, como frutas, verduras e carnes. Esses produtos garantem a segurança alimentar das crianças, especialmente aquelas que dependem da escola para fazerem suas refeições diárias”, defende Raul Igor Trindade, vice-diretor do CED Incra 8.
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Brasília consolida liderança no agronegócio com balanço positivo das ações da Seagri em 2024
Brasília foi reconhecida como a melhor cidade para negócios no agronegócio em 2024, um título que reflete o impacto positivo das ações do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). Um estudo de consultoria especializada avaliou infraestrutura, localização estratégica e desenvolvimento econômico para determinar as melhores condições para empresas do setor. O balanço do ano da Secretaria de Agricultura mostra avanços em segurança alimentar, sustentabilidade e incentivos fiscais, consolidando a capital federal como referência. Chamamentos públicos movimentaram R$ 43 milhões, fortalecendo a agricultura familiar e abastecendo escolas e programas sociais | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Os investimentos em infraestrutura rural tiveram papel central nesse reconhecimento com 1.700 km de estradas rurais recuperadas. O Polo de Agricultura Irrigada promoveu o uso eficiente da água. Além disso, foi ultrapassada a marca de 100 km de canais recuperados e construídos beneficiando mais de 209 famílias. Foram feitos, ainda, 10 reservatórios com capacidade de 380 mil litros cada, garantindo segurança hídrica. Na pecuária, o Programa Distrital de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (PDSCO) fortaleceu a caprino-ovinocultura com cadastro obrigatório de propriedades, fiscalização de eventos e transporte de animais, garantindo qualidade genética e sanitária. Já a qualidade dos alimentos foi reforçada com o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em parceria com o MPDFT. Em outubro, o governador Ibaneis Rocha entregou o novo Empório Rural do Colorado, na DF-150, beneficiando mais de 30 produtores, além da população em geral que frequenta a região | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Os incentivos fiscais também impulsionaram o setor. O Pró-Rural aprovou 33 projetos com isenção de ICMS, beneficiando o cultivo de cereais, feijão, tomate e a criação de aves. O Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR) financiou 36 projetos em 2024, com um investimento de mais de R$ 3 milhões, fortalecendo a produção rural e apoiando cooperativas e produtores individuais. A comercialização ganhou força com iniciativas como o Empório Rural do Colorado, na DF-150, que aproximou produtores e consumidores. Chamamentos públicos movimentaram R$ 43 milhões, fortalecendo a agricultura familiar e abastecendo escolas e programas sociais. Os eventos do setor ampliaram a visibilidade e os negócios. A AgroBrasília 2024 registrou R$ 5,1 bilhões em negócios, com crescimento de 6,2%. Destaques incluem o AgroHack Ideias, que premiou soluções tecnológicas, e o 1º Berry Day, voltado ao cultivo de frutas vermelhas. A Expoabra 2024 reuniu 1.419 animais e gerou R$ 9 milhões, enquanto a FestFlor movimentou R$12 milhões no mercado de flores. No campo social, os programas PAA, PAA – Cozinhas Solidárias e Papa-DF distribuíram 428 mil kg de alimentos, beneficiando 150 mil pessoas e centenas de pequenos produtores. A sustentabilidade também foi foco: o programa Reflorestar distribuiu 46 mil mudas para recuperação de áreas degradadas. Os resultados obtidos em 2024 refletem o compromisso da Seagri em impulsionar o agronegócio no DF e reafirma seu papel como protagonista no desenvolvimento rural. *Com informações da Seagri-DF
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Programas do GDF fortalecem pequenos produtores e a segurança alimentar
A agricultura familiar no Distrito Federal tem se fortalecido com suporte do Governo do Distrito Federal (GDF) em programas que promovem a segurança alimentar e impactam a economia rural. Por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a capital conta com iniciativas que garantem mercado para os pequenos produtores e estimulam a produção local, beneficiando tanto quem vive no campo quanto a população urbana. De acordo com o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, os programas de compras públicas voltados para pequenos agricultores são essenciais para garantir um mercado estável. “Quando selecionados em chamadas públicas, esses produtores têm a certeza de venda de parte de sua produção a preços e quantidades previamente estabelecidos, o que permite um planejamento seguro. Com essa previsibilidade, eles podem até buscar linhas de crédito, fortalecendo suas operações e ficando menos vulneráveis às oscilações do mercado”, afirma o secretário. “Toda segunda-feira a gente faz as entregas nas escolas de Brazlândia e Samambaia. Para nós é um prazer poder contribuir para a alimentação das nossas crianças”, destaca o produtor Cliomarco Almeida, de 61 anos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Uma das principais ações é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa fornece refeições saudáveis para os alunos da rede pública de ensino vindos da agricultura familiar. A parceria da Seagri com a Secretaria de Educação assegura que os alimentos servidos nas escolas sejam frescos, variados e nutritivos, beneficiando milhares de crianças e adolescentes todos os anos. Entre 2019 e 2024, o PNAE contou com a participação de 5.325 produtores familiares. Para os agricultores, o PNAE também representa um mercado seguro e previsível, o que facilita a produção para a safra seguinte. “De todos os programas, esse é o melhor. Porque é algo definitivo, tem o ano inteiro. Toda segunda-feira a gente faz as entregas nas escolas de Brazlândia e Samambaia. Para nós é um prazer poder contribuir para a alimentação das nossas crianças. São alunos que dependem dos itens que a gente produz. E a gente faz questão de levar para as escolas o produto de melhor qualidade, para que eles comam tudo fresquinho”, destaca o produtor Cliomarco Almeida, de 61 anos. Uma das principais ações é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa fornece refeições saudáveis para os alunos da rede pública de ensino vindos da agricultura familiar Outro exemplo é o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF), que abre as portas do governo para os pequenos produtores locais. Por meio de chamadas públicas, a iniciativa permite a compra direta de alimentos artesanais, assegurando a geração de renda e a estabilidade para quem tem a agricultura como fonte de renda. Nos últimos cinco anos, o Papa-DF movimentou um investimento de mais de R$ 11,6 milhões com a compra direta de 7.869.609,76 kg de alimentos locais. Além disso, o DF também disponibiliza o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma política federal executada pela Seagri no Distrito Federal. Com o objetivo de promover o acesso à alimentação de pessoas em situação de vulnerabilidade e incentivar a produção da agricultura familiar, a iniciativa prevê a compra de alimentos produzidos por esses produtores e os destina a entidades socioassistenciais cadastradas nos equipamentos de segurança alimentar, como o Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa). Entre 2019 e 2024, o PAA recebeu investimentos de R$ 11.567.193,01 do GDF para adquirir 2.633.373,25 kg de alimentos produzidos pelos agricultores locais. Esses números garantiram comida à mesa de 1.304 entidades sociais, totalizando 333.450 beneficiários. De acordo com o titular da Seagri, Rafael Bueno, as iniciativas garantem renda para quem vive da agricultura , contribuem para a segurança alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade e fomentam a cadeia produtiva no DF. “Um aspecto fundamental é a oportunidade de comercializar os itens em maior escala, seja diretamente com supermercados, atacadistas, varejistas ou cooperativas. Esses programas incentivam a formação de cooperativas, facilitando a comercialização coletiva e a análise de preços mais vantajosos, além de ampliar as áreas de cultivo. São planos diretamente conectados à segurança alimentar, pois fortalecem a oferta de alimentos acessíveis para a população”, defende Bueno.
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Inovação para agricultura familiar marca o início da 24ª Semana do Pimentão
A 24ª Semana do Pimentão no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, começou neste sábado (21) com o Dia Especial de Mecanização e Automatização para a Agricultura Familiar. O evento reuniu aproximadamente 450 pessoas interessadas em conhecer novas tecnologias que podem auxiliar o trabalho diário nas propriedades rurais, tornando-o menos penoso e ajudando a suprir a crescente falta de mão de obra no campo. A 24ª Semana do Pimentão no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, começou neste sábado (21) e segue até o dia 29 de setembro | Fotos: Divulgação/ Emater-DF O evento, que segue até o dia 29 de setembro, integra agricultura, tecnologia e cultura, promovendo a troca de conhecimentos entre produtores e profissionais do setor. Cleison Duval, presidente da Emater-DF, ressaltou a importância de eventos como esse para a qualificação e inovação no meio rural. “Este evento é o ponto de partida da Semana do Pimentão, que será repleta de capacitações. Aproveitem essa oportunidade, porque estamos aqui para resolver as demandas dos produtores, ajudando a aumentar a produtividade e melhorar a qualidade de vida no campo”, destacou. Oportunidades “Estamos trazendo inovações que facilitam o dia a dia no campo, suprindo a falta de mão de obra e promovendo maior eficiência nas atividades rurais” Cleison Duval, presidente da Emater-DF Maquinários e implementos apresentados por 16 empresas parceiras foram os principais focos do primeiro dia de evento, trazendo soluções inovadoras para pequenos produtores. Pedro Paulo, secretário-executivo de Agricultura, enfatizou a relevância dessas novas práticas para o setor, especialmente na prevenção de queimadas e na redução dos impactos ambientais. “Hoje, com os equipamentos apresentados, temos a oportunidade de evitar práticas agrícolas prejudiciais, como as queimadas, que trazem tantos problemas ao meio ambiente. Além disso, estamos trabalhando em políticas que facilitem o acesso dos produtores a esses equipamentos por meio de acordos e parcerias”, afirmou o secretário. A demonstração de maquinários voltados para a agricultura familiar, como sistemas de irrigação automatizados e ferramentas de plantio mecanizado, chamou a atenção dos participantes. “Estamos trazendo inovações que facilitam o dia a dia no campo, suprindo a falta de mão de obra e promovendo maior eficiência nas atividades rurais”, reforçou Cleison Duval. Maquinários e implementos apresentados por 16 empresas parceiras foram os principais focos do primeiro dia de evento, trazendo soluções inovadoras para pequenos produtores Maurício Rezende, presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cotaquara), também destacou a importância da troca de experiências durante o evento. “Estar aqui trocando ideias e aprendendo com os outros produtores é muito enriquecedor. Além disso, a partir do dia 24, teremos palestras técnicas voltadas para a agricultura familiar, finalizando a semana com momentos de lazer para as famílias da comunidade”, comentou. Parcerias e políticas públicas Durante o evento, Vanderley Ziger, Secretário Nacional da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), destacou a importância da articulação entre os governos federal e distrital para que os recursos e programas de incentivo cheguem ao pequeno produtor. “Estamos empenhados em garantir que as políticas públicas, como o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] e os programas de crédito, cheguem ao agricultor familiar de forma eficiente. Não adianta lançar uma linha de crédito se o produtor não consegue acessá-la”, comentou Ziger, que também reforçou o compromisso de trabalhar junto com a Emater-DF e a Câmara Federal para superar os entraves burocráticos. A Semana do Pimentão seguirá com uma série de palestras técnicas e atividades culturais, consolidando o evento como um importante espaço de aprendizado e troca de experiências para os agricultores do DF. “A união de esforços entre os órgãos públicos é essencial para fortalecer a agricultura familiar e garantir que essas inovações cheguem ao campo”, concluiu Cleison Duval. *Com informações da Emater-DF
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DF fará maior compra de alimentos da agricultura familiar para escolas da história
Das produções de agricultores familiares direto para o prato de estudantes da rede pública de ensino. O Governo do Distrito Federal (GDF) vai investir R$ 32.662.254 na compra de frutas e hortaliças que serão usadas no preparo da alimentação escolar. É o maior valor da história, representando um aumento de mais de 20% em relação ao investido no ano passado. O GDF vai investir mais de R$ 32milhões na compra de frutas e hortaliças produzidas pela agricultura familiar do DF, que serão usadas no preparo da alimentação escolar| Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília A compra é feita por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A chamada pública para seleção dos fornecedores foi lançada em 9 de agosto. Os acordos fechados agora garantirão o fornecimento no próximo ano letivo. Ao todo, são 32 variedades de frutas e hortaliças, que incluem, por exemplo, abacate, limão, morango, repolho, beterraba, cenoura e tomate. Os alimentos vão para todas as 14 regionais de ensino do DF, chegando a 684 escolas e atendendo 400.370 estudantes. Há ainda um contrato específico para a compra de orgânicos que, no momento, são destinados às regionais do Guará, São Sebastião e Núcleo Bandeirante. “Para o Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal, é extremamente importante e relevante a oferta de frutas e verduras frescas, principalmente os hortifrutis provenientes da agricultura familiar. Além de oferecermos uma alimentação adequada e saudável, a compra desses gêneros da agricultura familiar gera renda para os agricultores locais, fomentando dessa forma a produção agrícola sustentável e a economia local”, destaca a diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação, Juliene Santos. Atualmente, participam do Pnae 634 agricultores familiares – com o novo investimento, o número deve subir para 817. Cliomarco Fernandes, que preside a Associação dos Produtores Rurais de Alexandre Gusmão (Aspag), em Brazlândia, é um deles. “Até hoje, está sendo o melhor programa para nós, porque a gente planta e já tem a demanda daquela venda que vai para as escolas”, exalta ele. “Os alunos gostam demais. Na hora que a gente chega em uma escola, eles já vão pedindo morango, [mexerica] ponkan… Qualquer fruta eles estão atrás”. O agricultor familiar Cliomarco Fernandes é um dos participantes do Pnae: “Até hoje, está sendo o melhor programa para nós, porque a gente planta e já tem a demanda daquela venda que vai para as escolas” Apoio Todos os contratos são acompanhados por um grupo que inclui a Secretaria de Educação, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Essa última é a responsável por prestar todo tipo de apoio diretamente aos produtores. “A gente, como é produtor também, entende bastante essas dificuldades, de acesso a política pública, de buscar onde essas políticas estão, estar com eles orientando o que plantar, que época plantar para poder tentar atender às demandas da instituição”, explica Hélio Roberto Dias, extensionista rural da Emater. O profissional ainda enfatiza a importância do programa para os agricultores familiares. “O Pnae mudou a estrutura de plantios aqui na região. Na época que ele foi montado, a gente tinha aqui uma área aproximada de 80 hectares. Hoje a gente tem 180. É claro que a população aumenta, aumenta a demanda, mas houve um salto grande em algumas culturas”, aponta Hélio. “É uma poupança. Ele sabe que tem um projeto, que tem um valor justo que é pago, um valor combinado, que não tem essa flutuação de preço. Eu acho que o Pnae dá uma segurança, uma garantia para o produtor”. Os alimentos vão para todas as 14 regionais de ensino do Distrito Federal, chegando a 684 escolas e atendendo 400.370 estudantes “É uma qualificação”, emenda a extensionista da Gerência de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Vanessa Lira. “Além de tudo, de estar fomentando a agricultura familiar, gerando renda, esse dinheiro voltando diretamente para a comunidade local, ele [o produtor] ainda está se preparando para o mercado em geral, porque para entregar no Pnae, ele precisa estar bem preparado comercialmente falando, precisa emitir nota, estar preocupado com a qualidade do produto… Então, a gente entende que, se ele está preparado para entregar no Pnae, ele está preparado para acessar qualquer mercado”, arremata.
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Feira rural na ExpoAbra conecta produtores a consumidores
A Feira Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), com produtores da agricultura familiar, participa da Expoabra 2024, que teve início na última sexta-feira (30). Os visitantes do evento terão a oportunidade de adquirir produtos de agroindústrias locais, como linguiças artesanais, rocamboles, mel, produtos apícolas, óleos essenciais, tinturas, chás, geleias, biscoitos, especiarias, temperos, conservas, mudas, plantas ornamentais e artesanatos. Os visitantes da ExpoAbra 2024 terão a oportunidade de adquirir produtos de agroindústrias do Distrito Federal na Feira Rural da Emater-DF, montada dentro do evento | Foto: Divulgação/ Emater-DF A ExpoAbra oferece uma programação variada até o dia 8 de setembro. A Feira Rural, no entanto, funcionará em datas específicas: neste sábado, 31 de agosto, e no domingo, 1º de setembro, e nos dias 6, 7 e 8 de setembro (sexta, sábado e domingo), sempre das 9h às 18h. Para os produtores rurais atendidos pela Emater-DF, este espaço de comercialização representa uma excelente oportunidade para estreitar laços com os consumidores e expandir seu mercado. “A Feira Rural é uma oportunidade para aproximar produtores e consumidores, fortalecendo os circuitos curtos de comercialização promovidos e apoiados pela Emater-DF. Esses circuitos são fundamentais para impulsionar a agricultura local e regional, contribuindo significativamente para a sustentabilidade social, econômica e ambiental. Além disso, a feira destaca a produção sustentável e reforça o papel essencial da agricultura familiar,” destacou Amanda Venturim, extensionista que atua no Escritório de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF. Para o extensionista da Emater-DF Ricardo Luz, a presença da Feira Rural na ExpoAbra 2024 celebra a riqueza e a diversidade da produção local. “A agricultura familiar desempenha um papel fundamental na segurança alimentar e no desenvolvimento sustentável das comunidades. Esses produtores são responsáveis por grande parte dos alimentos que chegam à mesa da sociedade. A Feira Rural não apenas oferece aos consumidores acesso direto a produtos frescos e de qualidade, mas também valoriza os produtores, minimizando intermediários nesse processo de comercialização”, avaliou. Confira aqui a programação de palestras, oficinas e outros temas técnicos do evento. Programação Técnica 32ª Expoabra 2024
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GDF investiu R$ 17,4 milhões na recuperação de 19 canais de irrigação desde 2019
Para que um alimento chegue à mesa do consumidor, é preciso dedicação dos agricultores e, especialmente, garantia de irrigação. O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para que os produtores rurais do Quadradinho tenham acesso a água farta e de boa qualidade por meio da recuperação dos canais que levam o recurso até as propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas. A reforma dos canais conta com a união de esforços entre o governo e a população. A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) fornece o maquinário e os tubos usados na recuperação. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) é responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. Aos moradores da comunidade, cabe construir as caixas de passagem e captação de água em suas propriedades. Nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 17,4 milhões na tubulação de 98,57 km de canais de irrigação, beneficiando 758 famílias em oito regiões administrativas | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O agricultor José Eduardo Gonçalves, 54 anos, é atendido pelo canal de Tabatinga, em Planaltina, concluído em 2023. Com acesso pleno à água, José e a família expandiram a plantação de hortaliças, colhidas para consumo próprio, e lançaram-se no mercado da piscicultura, com a criação de tilápias. Sem a tubulação do canal, ele não teria conseguido esses resultados, já que precisava bombear água até a chácara com energia elétrica. “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade”, conta José, que tem mais de 30 anos de história com a agricultura. Segundo ele, o abastecimento hídrico impacta também a qualidade da tilápia oferecida ao consumidor. “O peixe que é criado na mesma água, sem substituição, tem o gosto diferente daquele que é criado em água corrente, em que a água entra no tanque, oxigena e sai naturalmente. A qualidade desse peixe é infinitamente melhor.” O investimento na recuperação do canal de Tabatinga também beneficiou o produtor rural Roberto Correa, 46. Ele e a família puderam iniciar o plantio de outras culturas na propriedade, aumentando a cartela de alimentos oferecidos aos clientes em feiras de Planaltina. “Antes do canal, a gente plantava muita soja, milho e limão. Hoje temos muitas verduras, como tomate, abóbora, pepino e repolho”, conta. “Esse canal foi a salvação de todos nós. O canal era aberto e nem sempre chegava para todo mundo. Agora todos os produtores têm água para plantar, não falta para ninguém”. O agricultor José Eduardo Gonçalves: “Era uma operação muito cara e trabalhosa, mas, depois que começou a obra do canal, nunca mais tivemos problema com água aqui, agora passa em toda a chácara por gravidade” Construídos originalmente com manilhas de concreto ou no próprio leito da terra a céu aberto, os canais sofriam com perda de cerca de 50% do volume de água. Havia infiltração do recurso hídrico no solo e interferência da natureza, como a queda de galhos e folhas. O cenário para os produtores era de insegurança: não sabiam se a água chegaria à propriedade nem se o que chegasse seria suficiente para manter a irrigação das plantações. A incerteza chega ao fim graças à recuperação dos canais com tubos feitos com polietileno de alta densidade (PAD) e policloreto de vinila (PVC). O diretor de Engenharia da Seagri, Emanuel Fernandes Lacerda, afirma que os materiais são mais resistentes e duradouros, com vida útil estimada em mais de 50 anos. “Essas tubulações são fáceis de trabalhar e vão atender as famílias por muitos, muitos anos. É uma ação importante da secretaria para incentivar a permanência dos produtores no campo e a produção rural do DF”, observa. “Sem a tubulação, os produtores precisam buscar por outras alternativas, como o bombeamento e a abertura de poços artesianos, ou ficam sem água. Ano passado, concluímos o Capão Seco, que tinha um histórico grande de escassez, e finalizamos o Lagoinha, que passava pela mesma situação”, afirma o assessor técnico da Emater-DF Edvan Ribeiro. “A Emater recebe a demanda nos escritórios locais e dá andamento ao processo, com o projeto, outorgas e outras questões, além de auxiliar os produtores durante a obra também.” Ao todo, o DF tem 65 canais em operação, com mais de 235 km de extensão. As estruturas que já foram reformadas estão localizadas em Planaltina, Brazlândia, Sobradinho, Paranoá, Gama, Ceilândia, Park Way e Riacho Fundo. Atualmente estão em obras trechos dos canais Rio Preto e Sítio Novo, em Planaltina.
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Evento sobre mecanização e automatização atrai mais de 300 produtores rurais em Brazlândia
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) realizou neste sábado (24), em Brazlândia, o Dia Especial de Mecanização e Automatização, voltado para a agricultura familiar. O evento reuniu mais de 300 produtores rurais interessados em conhecer as últimas inovações em máquinas e implementos agrícolas que podem ser aplicadas em suas propriedades. Mais de 300 produtores rurais puderam conhecer mais sobre as últimas inovações em máquinas e implementos agrícolas neste sábado (24), em Brazlândia | Fotos: Divulgação/ Emater-DF Com 14 empresas expositoras, o objetivo foi apresentar soluções viáveis para as dificuldades enfrentadas pelos produtores, especialmente em relação à escassez de mão de obra. “A falta de trabalhadores nas propriedades rurais é um desafio crescente, e a automação surge como uma solução eficaz para minimizar esse problema e aumentar a produtividade”, destacou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Durante o evento, os produtores tiveram a oportunidade de interagir com fornecedores de maquinários específicos para o setor agrícola, além de receber informações do Banco de Brasília (BRB) sobre as linhas de crédito disponíveis. Os expositores apresentaram equipamentos acessíveis e adequados para a agricultura familiar, demonstrando como a tecnologia pode facilitar o trabalho diário e melhorar os resultados da produção. Durante o evento, 14 empresas apresentaram soluções viáveis para as dificuldades enfrentadas pelos produtores, especialmente em relação à escassez de mão de obra O produtor Francisco Freire, 55 anos, estava entre os participantes e mostrou interesse em adquirir um dos tratores apresentados, considerando o programa Prospera como uma possível via de financiamento. “Encontrei aqui soluções acessíveis e eficientes, como as motos equipadas com maquinário agrícola”, afirmou. A estudante de agroecologia Thais Alves também se mostrou entusiasmada com as novidades apresentadas. “Estou muito feliz de estar aqui. Tem muita novidade e está sendo riquíssimo. Os maquinários me chamaram muita atenção, são fáceis de manusear e podem ser usados também por mulheres que trabalham no campo”, apontou. O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, reforçou a importância da mecanização no cenário atual. “Com a crescente escassez de mão de obra, a mecanização se torna ainda mais essencial para o desenvolvimento do setor rural. Estamos comprometidos em garantir que a agricultura no Distrito Federal continue a prosperar com o apoio das melhores tecnologias disponíveis”, concluiu. Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Flávio Fernandes Júnior destacou a importância do evento. Ele observou que, por muito tempo, acreditou-se erroneamente que não existiam máquinas adequadas para os pequenos produtores. “Esse evento é fundamental para desmistificar a ideia de que não há equipamentos adequados para a agricultura familiar. A iniciativa da Emater-DF em promover essa conexão é de extrema importância e tem potencial para ser replicada em outras regiões, ampliando ainda mais o acesso dos produtores a tecnologias que realmente fazem a diferença no campo”. *Com informações da Emater-DF
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Oficina sobre irrigação eficiente orienta sobre diminuição de custos e aumento da produtividade
Agricultores do Assentamento 1º de Julho, localizado em São Sebastião, participaram nesta quarta-feira (21) de uma oficina voltada para o uso racional da irrigação na agricultura familiar. A iniciativa, parte da 3ª Pegada Agroecológica de São Sebastião, visa conscientizar os produtores sobre como utilizar a água de forma econômica, reduzindo os impactos ambientais e elevando a eficiência produtiva. Oficina da Emater-DF conscientizou produtores rurais sobre o uso racional da irrigação na agricultura familiar | Foto: Divulgação/ Emater-DF O técnico em agropecuária José Gonçalves, do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) em São Sebastião, destacou as vantagens do uso eficiente dos recursos hídricos. “Uma irrigação bem planejada permite que o produtor mantenha a produção ativa durante todo o ano, aumentando as oportunidades de comercialização, inclusive em programas de compras institucionais”, explicou Gonçalves, ressaltando que a irrigação inadequada pode elevar significativamente os custos com energia elétrica, especialmente devido ao uso de bombas hidráulicas. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar” Antonio Dantas, engenheiro agrônomo da Emater-DF O engenheiro agrônomo Antonio Dantas, da Gerência de Agropecuária (Geagr) da Emater-DF, enfatizou que a irrigação é um dos melhores investimentos para qualquer propriedade rural. “O consumidor moderno exige produtos de qualidade, com fornecimento regular e em volume adequado. Tudo isso só é possível com um sistema de irrigação eficiente”, afirmou Dantas. Ele reforçou a importância de um projeto de irrigação bem-planejado, adaptado às particularidades de cada propriedade, considerando fatores como o declive do terreno, o tamanho da produção e o tipo de cultura. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar”, concluiu Dantas. A oficina ocorreu na chácara da produtora Raimunda Ribeiro Pessoa, conhecida como Ray. “Aqui plantamos de tudo um pouco, desde hortaliças até frutas como limão, laranja, manga e acerola”, contou Ray. O escritório da Emater-DF em São Sebastião está elaborando um projeto de irrigação na propriedade dela. “Com apoio da empresa, acredito que vou economizar bastante energia elétrica”. A produtora Ana Lúcia Barros contou que o valor de sua conta de luz foi de R$ 639. “O Zé [José Gonçalves] já fez meu projeto de irrigação, e espero ter uma boa economia, podendo investir mais na lavoura e melhorar a qualidade das minhas hortaliças”, comentou. O Assentamento 1º de Julho, onde ocorreu a oficina, foi implantado em dezembro de 2014 e atualmente abriga 60 famílias, a maioria dedicada à produção agroecológica. Produtores interessados em planejar o uso eficiente da água em suas culturas podem procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo. A lista completa com os endereços e telefones está aqui. *Com informações da Emater-DF
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Delegação de São Tomé e Príncipe busca modelo de alimentação escolar do DF
Durante dois dias, representantes da Secretaria de Educação (SEEDF) receberam uma delegação de São Tomé e Príncipe, na África, assistida pelo World Food Programme (WFP), uma agência da ONU dedicada a combater a fome e promover a segurança alimentar global. A comitiva, liderada pela ministra da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe, Isabel Maria Correia, visitou escolas urbanas e rurais, além de uma cooperativa rural, com o objetivo de explorar e adaptar as boas práticas da SEEDF para fortalecer a segurança alimentar em seu país. Delegação de São Tomé e Príncipe busca inspiração no modelo de alimentação escolar do DF | Fotos: Jotta Castro/SEEDF O objetivo da visita foi promover a cooperação técnica internacional entre os dois países, com o Brasil sendo um modelo no combate à fome. As políticas públicas de alimentação escolar do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SEEDF, que fornecem alimentos de qualidade e incentivam a agricultura familiar no Distrito Federal, foram apresentadas como exemplo. A delegação incluiu o coordenador do Programa Nacional de Alimentação e Saúde Escolar (Pnase) de São Tomé e Príncipe, Emanuel Montóia, e o diretor do Escritório de País do WFP, Leon Victor Mushumba. A delegação visitou o Centro Educacional (CED) 01 do Guará, a Escola Classe Aguilhada e a Associação de Agricultores Familiares da Ecocomunidade do Assentamento 15 de Agosto (Afeca), em São Sebastião, onde Isabel Correia elogiou o exemplo do DF. “O Brasil tem sido nosso conselheiro desde a criação do nosso programa em 2010. Essa experiência com a agricultura familiar é algo que queremos implementar em nosso país para enriquecer nossas crianças nutricionalmente e apoiar a produção local”, afirmou Isabel. Michele Ornelas, produtora rural e diretora da Afeca, explicou que a associação foi criada para participar de editais da SEDF, garantindo a produção e a comercialização de seus produtos. “A parceria com a Secretaria de Educação é crucial para o assentamento, pois nos dá segurança de que teremos um mercado estável para nossos produtos, o que nos permite produzir com qualidade e vender a um bom preço, levando alimentos saudáveis para nossas crianças”, disse Michele. Modelo de financiamento A comitiva de São Tomé e Príncipe visitou associação de agricultores familiares em São Sebastião, onde a ministra Isabel Correia elogiou o exemplo do DF A nutricionista Juliene Moura, diretora da Diretoria de Alimentação Escolar da SEEDF, apresentou à comitiva o modelo de financiamento brasileiro, que permite aos agricultores venderem para o Estado de forma individual ou coletiva. Juliene celebrou a oportunidade de compartilhar o conhecimento. “Articulamos os produtores locais da agricultura familiar com as cerca de 800 escolas da rede pública, o que reduz a burocracia para todos, facilitando tanto para os gestores escolares quanto para os produtores”, destacou. Enquanto uma escola pequena pode comprar diretamente do agricultor, a compra coletiva se aplica a grandes volumes financeiros, centralizando os produtores em associações ou cooperativas. Isso facilita tanto para a gestão pública quanto para os agricultores. “As associações passam as demandas de produção e as soluções de logística, favorecendo fornecedores e consumidores. A SEDF só faz contratos com pessoas jurídicas, negociando dezenas de contratos com associações e cooperativas. É uma grande alegria quando podemos compartilhar nosso conhecimento com outros países que se beneficiarão desse modelo de parcerias”, celebrou a diretora. Após a apresentação, a ministra Isabel Maria anunciou que levará o modelo de financiamento brasileiro para consideração do governo de São Tomé e Príncipe. “Fiz o registro e vou apresentar a proposta aos demais membros do governo, incluindo o ministro da Agricultura e o primeiro-ministro, que preside o Conselho para Alimentação e Nutrição. Em nossa região, somos um país modelo, fornecendo 50 mil refeições quentes a todas as crianças no ensino pré-escolar e no ensino básico, de forma universal e gratuita, com o governo financiando toda a alimentação escolar”, garantiu. *Com informações da SEEDF
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Aberta seleção para aquisição de cestas verdes da agricultura familiar do DF
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri) anunciou a abertura de seleção para Proposta Técnica de Venda (PTV) de cestas de alimentos, conforme a Lei Distrital nº 4.752/2012 e o Decreto Distrital 33.642/2012, que regulamentam o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF). A iniciativa visa proporcionar segurança alimentar a famílias em situação de vulnerabilidade social, distribuindo cestas como complemento para garantir alimentos de alta qualidade nutricional | Foto: Arquivo/Agência Brasília A seleção visa à aquisição direta de cestas de alimentos compostas por frutas, verduras, legumes, raízes e tubérculos produzidos por agricultores familiares, com o objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional de pessoas em situação de vulnerabilidade social no Distrito Federal. Podem participar agricultores familiares, empreendedores familiares rurais, povos e comunidades tradicionais, e beneficiários da reforma agrária, conforme a lei federal nº 11.326/2006. O valor total destinado para a aquisição é de R$ 900 mil. As propostas e a documentação devem ser enviadas até 13 de agosto, no Parque Estação Biológica, Asa Norte, Brasília-DF. O edital completo está disponível no site ou na sede da Seagri. Desde 2019, o GDF já distribuiu mais de 356,1 mil cestas verdes, representando um investimento acima de R$ 12,3 milhões. Cada unidade tem peso mínimo de 13 kg e contém frutas, verduras e legumes adquiridos pelo Papa-DF. O secretário da Agricultura, Rafael Bueno, destacou a relevância do programa tanto para as pessoas atendidas quanto para os produtores: “Essa ação do nosso governador Ibaneis Rocha e da nossa vice-governadora Celina Leão traz qualidade de vida ao homem do campo e às famílias carentes, em especial na zona urbana. Essa cesta é composta por uma diversidade de alimentos que são muito bons nutricionalmente e ela, de fato, traz a completude da alimentação para pessoas carentes. E ainda são R$ 900 mil que vão beneficiar esses produtores, já que o governo faz uma compra por preço baseado no valor de mercado. Isso permite, inclusive, que esse produtor faça investimentos em sua propriedade”, comentou. A iniciativa visa proporcionar segurança alimentar às famílias distribuindo cestas como complemento para garantir alimentos de alta qualidade nutricional. Em 2023, o GDF distribuiu 86.377 cestas verdes para famílias em situação de insegurança alimentar. Os alimentos, todos provenientes da agricultura familiar do Distrito Federal, variam conforme a sazonalidade, mas cada cesta inclui itens de pelo menos cinco grupos de alimentos. *Com informações da Seagri
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Aberto chamamento público para fomentar comercialização de produtos agropecuários
A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) anunciou a abertura do Chamamento Público nº 01/2024, uma iniciativa pioneira destinada à seleção de organizações da sociedade civil (OSCs) que representam produtores rurais da agricultura familiar. A ação visa estabelecer uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), as entidades selecionadas e os agricultores, com o objetivo de fomentar a comercialização de produtos agropecuários e seus derivados. Objetivo do chamamento público é fomentar a comercialização de produtos agropecuários e seus derivados | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A ideia é oferecer maior visibilidade e acesso ao mercado aos agricultores familiares, o que permite uma comercialização mais eficiente dos produtos agropecuários e, consequentemente, uma melhora na renda das famílias. Isso fortalece a economia rural da região e promove um desenvolvimento mais sustentável e equilibrado. As OSCs também se beneficiarão com a parceria. A colaboração com o GDF fortalece as entidades e aumenta a capacidade de atuação em prol dos agricultores familiares. As organizações receberão apoio institucional para suas iniciativas de promoção e comercialização de produtos agropecuários, ampliando seu impacto social. As organizações interessadas deverão atender aos requisitos especificados no edital e se preparar para um processo de seleção rigoroso, que avaliará a capacidade de representação e o impacto das ações propostas. *Com informações da Seagri
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Agro do Quadrado: Rota da Fruticultura desperta interesse de missão da Malásia
“Nós todos somos seres humanos e podemos ajudar uns aos outros a ter uma vida melhor”, afirmou a embaixadora da Malásia no Brasil, Gloria Corina Anak Peter Tiwet, durante visita à propriedade rural Flor do Cerrado, no Lago Oeste. “Vim não apenas como embaixadora, meu interesse é também pessoal. Queria saber como funciona o trabalho da Emater com os produtores, como os produtores produzem as frutas vermelhas aqui, como a Emater ajuda no aumento de renda do produtor. Quis ver como é o dia a dia do produtor, todo o plantio e a colheita.” A embaixadora se interessou pelo trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) em visita ao estande da empresa na AgroBrasília, feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos, que ocorreu em maio. Comitiva da Malásia pôde acompanhar o processo de produção desenvolvido com assistência da Emater | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “No dia internacional da AgroBrasília nós recebemos vários embaixadores para mostrar o agro brasileiro”, lembrou o presidente da Emater, Cleison Duval. “Na ocasião, a embaixadora se interessou em conhecer a nossa área rural. Ela viu que o Distrito Federal é pujante na agricultura quando ela viu a feira. O projeto escolhido para ser apresentado à embaixadora foi a Rota da Fruticultura, que é um programa novo, promissor, grande e que visa a exportação, fazendo o DF um grande exportador de frutas vermelhas.” Frutas vermelhas A Flor do Cerrado é uma propriedade que produz framboesa e conta com o apoio do GDF por meio da Emater. O pequeno estabelecimento faz parte do programa Rota da Fruticultura, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). “Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí” Cleison Duval, presidente da Emater A Rota da Fruticultura visa à expansão da produção de frutas vermelhas na zona rural do Distrito Federal para transformá-lo em um grande polo. Em 2023, foram plantados 380 hectares de açaí no DF e no Entorno. Já para este ano o foco é o mirtilo: a Emater vai plantar 500 mil mudas, atendendo 250 pequenos produtores rurais. “Esse é um projeto que veio do governo federal, o projeto Rotas, e começou em 2020 no DF”, relatou Cleison Duval. “A Codevasf escolheu a produção de frutas vermelhas para a produção aqui. Nós temos condições climáticas excepcionais, um mercado gigante interno e externo, e incluímos dentro desse programa, além das frutas vermelhas como mirtilo, morango, framboesa e amora, o açaí. É um projeto que atende os agricultores familiares.” Tecnologia A Emater atua no projeto com a assistência técnica do manejo e também na gestão do negócio. A empresa trata a propriedade como um empreendimento que precisa de apoio de contabilidade. Todo esse trabalho atraiu a atenção da Embaixada da Malásia no Brasil para acompanhar em campo como os frutos são plantados, colhidos e preparados para o agronegócio, além da tecnologia aplicada na produção. Em 2023, foram produzidas no Distrito Federal 49,50 toneladas de açaí e 6.589 toneladas de morango. A arrendatária rural gaúcha Ledir Cecília Klein, 61, chegou a Brasília em 2022 e colaborou para esse número. Hoje já tem mais de 3,5 mil mudas produzidas para o mercado de sorveterias, confeitarias e cervejas artesanais. Na última quarta-feira (12), ela recebeu a embaixadora Gloria Corina Anak Peter Tiwet para mostrar a produção. “Em 2017, eu ainda morava no Rio Grande do Sul e plantava morango, também assistida pela Emater de lá”, contou. “Para acompanhar meus filhos que vieram para Brasília, eu vim também. Eu já vinha pesquisando o mix completo do programa das frutas vermelhas. Em 2022, comecei a trabalhar com a framboesa e com o morango. Quando me mudei para Brasília, o primeiro órgão que procurei foi a Emater, que me assistiu desde o início. Esse apoio mostra para a gente como é o mercado e como podemos dar vazão à nossa produção. Não posso reclamar, estamos crescendo a cada dia.”
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Selo da Agricultura Familiar é entregue a produtores rurais durante a AgroBrasília 2024
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) entregaram quatro certificados do Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) a agricultores do Distrito Federal. A cerimônia ocorreu na quarta-feira (22), na Feira Rural da Emater-DF, que está sendo realizada na AgroBrasília. Os selos foram entregues nesta quarta (22) na Feira Rural da Emater, montada dentro da AgroBrasília | Fotos: Divulgação/ Emater-DF Os certificados foram entregues à Associação dos Produtores Rurais de Alexandre de Gusmão (Aspag), ao produtor de mel Andrea Guisepe Mabrito e às produtoras de artesanato da área rural do Gama Edinalda da Silva Lopes e Francisca Moreira dos Santos. “Esse selo valoriza a agricultura familiar e seus produtos. Fazer essa entrega aqui, no estande da Emater-DF na AgroBrasília, tem muito simbolismo, porque esse espaço é dedicado exatamente à valorização da agricultura familiar”, ressaltou o presidente da empresa pública, Cleison Duval. Para o gerente de comercialização e organização rural da Emate, Blaiton Carvalho, o Senaf é interessante, do ponto de vista comercial, para destacar os produtos provenientes da agricultura familiar. “Esse certificado mostra para o consumidor que aquele produto promove a valorização da produção regional, da cultura local e também contribui para o desenvolvimento rural”, afirma. O diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Marenilson Batista, parabenizou o trabalho da Emater no processo de organização rural e no incentivo ao uso do Senaf: “Esse ato de ressaltar o uso da certificação fortalece ainda mais os produtos que vêm da agricultura familiar e, junto com o trabalho da extensão rural da Emater, que apoia também o processo de comercialização, nós podemos cada vez mais incentivar uma agricultura familiar forte e que produz alimento de qualidade”. Selo Nacional da Agricultura Familiar Para o gerente de comercialização e organização rural da Emater, Blaiton Carvalho, “o selo valoriza a agricultura familiar e seus produtos” A certificação identifica os produtos da agricultura familiar no Brasil. O selo pode ser solicitado, gratuitamente, por todos os agricultores familiares, cooperativas ou associações que possuam inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), bem como por empresas que comprovadamente adquirem produtos de agricultores familiares. Basta acessar o Sistema Vitrine da Agricultura Familiar e preencher as informações. Ao solicitar o selo, cada produtor, organização da agricultura familiar, associação ou cooperativa terá um login e uma senha para cadastramento ou alteração dos produtos nas páginas virtuais da Vitrine da Agricultura Familiar. Nesse mostruário, todos os produtos possuem número de série para rastreabilidade rápida e pesquisa no site de informações como embalagem, valor nutricional e contatos do produtor. *Com informações da Emater
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Agro do Quadrado: Produção de hortaliças do DF abastece a mesa dos brasilienses
O consumo diário de hortaliças é um importante pilar para uma alimentação saudável, e tem sido fonte de renda para milhares de agricultores no Distrito Federal. No ano passado, a produção de alimentos do grupo do alface, tomate e repolho bateu recorde, posicionando o DF muito bem no cenário da olericultura tanto pela quantidade quanto pela qualidade, a nível nacional. Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – índice 10% maior do que no ano anterior. A atividade tem atraído cada vez mais investidores, principalmente agricultores familiares, donos de pequenas propriedades no DF e Entorno, que contam com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para fortalecer o segmento e diversificar a produção. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) “No DF, nós produzimos 260 mil toneladas de hortaliças por ano, o que movimenta quase R$ 1,9 bilhão dentro da cadeia produtiva. Ao todo, temos 3,9 mil produtores rurais e isso é muito significativo com relação à produção agropecuária do DF”, destaca a coordenadora de produção da Emater-DF, Adriana Nascimento. A maior parte dos insumos desse cultivo permanecem na capital federal. Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública. Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – quantidade 10% maior do que no ano anterior | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Chegar na gôndola do hortifrúti e ver o seu produto exposto, para nós que trabalhamos com agricultura, é um troféu”, conta o produtor de repolho Marcos Almeida, de 48 anos. Ele explica que entregar um alimento de qualidade demanda cuidado desde o plantio até o momento da entrega. “É um trabalho penoso, mas é gratificante. Porque quem vê o produto ali, saudável e vistoso na prateleira, não sabe que às vezes temos que virar a noite colhendo aquilo. A nossa colheita é feita à noite, para que o produto não chegue murcho para o consumidor. Por isso, temos que ter muito cuidado”, explica Almeida. Assim como o morador de Brazlândia, outros 493 agricultores apostam no cultivo do repolho como fonte de renda. Juntos, eles produziram 17 mil toneladas do alimento, que representa 6,54% da produção de hortaliças do DF. Arte: Agência Brasília O campeão da produção é o também queridinho nos cardápios, o tomate. Além de um componente importante de saladas, o fruto vai bem tanto como ingrediente para molhos quanto em pratos mais elaborados, e teve a maior safra em 2023 no DF: 41,6 mil toneladas. Quase 700 produtores investem no alimento, que representa 15,95% da produção olerícola na região. Muitos deles aprenderam a semear, cultivar e colher com os pais, em uma tradição repassada por décadas. É o caso da família de Fabiano Silva, que investe no plantio do tomate e outros frutos. De origem paulista, eles decidiram se mudar para a capital federal em 2007, atraídos pelo “terreno fértil” da produção agropecuária e pelo apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) ao setor. “Aprendemos tudo com meus pais. Aqui, todos nós somos formados, e a gente optou por ficar na roça mesmo, todos juntos”, conta o administrador, que tem sete irmãos. “É muito bom ter essa convivência, porque a gente conhece as características de cada um, os defeitos e qualidades”, brinca. Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública Assim como Fabiano, os pais e irmãos também têm nomes com letra F, característica que também nomeia a empresa, Família F. “Além de a gente estar levando esses produtos para o consumidor, a gente também se alimenta dos frutos colhidos, por isso prezamos pela qualidade. A gente vê lucro também, mas sabemos que para ter qualidade, é preciso um gasto maior. E nisso a gente faz investimento alto, para ter bons produtos e se destacar no mercado”, explica. O ofício também foi herdado no caso de Edilson Magalhães Lorena, produtor de alface. Assim como os pais e os avós, o agricultor tira da terra o sustento da família. “A gente vai se adequando conforme a demanda, e a dificuldade do cultivo. Eu já plantei muito morango, muito tomate, mas hoje, pela facilidade, estou focado no alface”, detalha. Saúde e sabor à mesa O cultivo também é uma atividade terapêutica e um aprendizado diário para crianças com algum tipo de deficiência | Foto: Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Na outra ponta da rede, o cultivo também é uma atividade terapêutica e um aprendizado diário para crianças com algum tipo de deficiência, estudantes do Centro de Ensino Especial 2 de Brasília, localizado na Asa Sul. Por lá, os alunos colhem diariamente as hortaliças e frutas que, horas depois, irão saborear na merenda. “Aqui, tudo começa a partir do momento em que os meninos saem da sala de aula e vão para o ambiente ao ar livre. Essa interação com o meio ambiente é muito boa, acalma os meninos, e eles aprendem sobre plantar, cultivar, cuidar do meio ambiente e levar isso para uma alimentação mais saudável”, explica a diretora da unidade escolar, Marli Silva. O local recebe cerca de 500 alunos, de até 30 anos, com algum quadro de deficiência ou neurodiversidade, como o caso das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. “Aqui, plantamos alface, tomate, couve, cebolinha, rúcula, repolho e várias frutas. Mas isso é um complemento, porque a Secretaria de Educação (SEEDF) nos envia os alimentos”, descreve a pedagoga. A montagem dos cardápios e distribuição dos insumos é planejada pela equipe de nutrição da secretaria, que organiza os planos de entrega com as cooperativas e associações. De acordo com a pasta, em 2024, o orçamento destinado pelo GDF para alimentação escolar foi de R$ 47,5 milhões. Atualmente, 55% dos itens fornecidos nas escolas para as merendas foram produzidos por pequenos agricultores do DF. Todos os aproximadamente 400 mil estudantes da rede pública se beneficiam desses alimentos. Além disso, boa parte da merenda escolar é feita com produtos orgânicos. Em 2023, 417 mil kg de hortifrútis orgânicos foram entregues, atendendo diariamente 46 mil alunos. Um reflexo das ações de governo focadas no desenvolvimento físico e mental das crianças.
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Feira rural na AgroBrasília prioriza o trabalho feminino e produtos da agricultura familiar
Um espaço de lazer, cultura, encontros e negociações é como se apresenta a feira rural organizada pela Emater-DF durante a AgroBrasília, a partir desta terça-feira (21). O visitante vai encontrar vários produtos da agricultura familiar e uma praça de alimentação bastante diversificada, um ponto de descanso e integração social. Além de produtos da agroindústria, trabalhos artesanais compõem o espaço da feira rural da Emater-DF na AgroBrasília | Foto: Divulgação/Emater-DF Ao todo, serão 800 m², com 22 estandes: 16 de comercialização de produtos rurais e seis na praça de alimentação. Segundo a extensionista Amanda Venturim, do Escritório de Comercialização e Organização Rural (Esorg) da Emater-DF, um dos focos da feira é dar visibilidade à atuação feminina. “Faz parte da política da empresa valorizar o trabalho das mulheres, que têm um protagonismo muito forte no campo”, afirma. Entre os produtos que poderão ser encontrados estão os de agroindústria, como pães, bolos, biscoitos, mel, geleias e café. Haverá também opções de artesanato em madeira, crochê e patchwork. “A gente cria um canal de confiança, pois o cliente não compra apenas o produto – compra também o trabalho, o esforço do produtor e estabelece uma relação de proximidade”, aponta o extensionista rural José Nilton Lacerda. Além disso, a compra direta — chamada de “circuito curto de comercialização” — traz vantagens econômicas tanto para o cliente quanto para o produtor, já que há espaço para negociação. “Todos saem ganhando, e esse é o trabalho que a Emater-DF vem desenvolvendo e que vamos apresentar na AgroBrasília”, explica Lacerda, que também atua no Esorg. *Com informações da Emater-DF
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Agrobrasília terá entrada solidária para auxílio aos agricultores do Rio Grande do Sul
O Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado no PAD-DF, recebe a 15ª edição da Agrobrasília – a maior feira de agronegócio do Planalto Central. A edição deste ano começará em 21 de maio e vai até sábado (25) com o tema O agro do futuro a gente cultiva hoje. O evento é promovido pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), com horário de visitação das 8h30 às 18h. Apesar de a entrada ser gratuita, como em todos os anos, totens com um QR Code estarão na entrada do evento exibindo um Pix solidário. As doações serão destinadas aos agricultores do Rio Grande do Sul que foram atingidos pelas enchentes de 2024. A edição deste ano começou em 21 de maio e vai até sábado (25) com o tema O agro do futuro a gente cultiva hoje | Fotos: Divulgação/AgroBrasília “A origem de muitos cooperados que temos é o Sul, inclusive de regiões afetadas pelas enchentes. A gente quer proporcionar uma ajuda a esses produtores rurais, além dos auxílios que já estão focados nas cidades e capitais, para os nossos colegas do interior”, afirmou o presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), José Guilherme Brenner. De acordo com o presidente, os 15 anos da Agrobrasília são um marco e a edição de 2024 segue a linha de trazer novidades tecnológicas para os produtores rurais. “A feira tem um papel muito importante na disseminação da tecnologia, porque é a maneira que o produtor vai conseguir produzir mais usando menos recursos. E a feira traz essa capacidade de adquirir conhecimentos, trocar de ideias e ter oportunidades de negócio que contribuam na vida dele”. Expectativas Em 2023 a Agrobrasília contou com 550 expositores, com um investimento de R$ 20 milhões em infraestrutura. Foram R$ 4,5 bilhões em negócios gerados na feira, que recebeu cerca de 170 mil visitantes. A Emater-DF levará cerca de quatro mil produtores familiares para conhecer a Agrobrasília, disponibilizando transporte e lanche gratuito Para 2024, a expectativa de público é acima da alcançada no último ano, em vista do aumento do número de expositores, que passou para 592. A exposição também alcança bancos que podem disponibilizar linhas de crédito para que os agricultores possam renovar maquinário e realizar outros investimentos nas propriedades. Dia de campo Nesta sexta-feira (17), a Coopa-DF promoveu um dia de campo antes da abertura oficial para a imprensa conhecer o espaço da feira, que abrange uma área total de 70 hectares, com inovações de todas as áreas da agropecuária. Três desses hectares são destinados à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), com oito circuitos tecnológicos e 90 técnicos da empresa pública de extensão rural envolvidos no evento. “A origem de muitos cooperados que temos é o Sul, inclusive de regiões afetadas pelas enchentes. A gente quer proporcionar uma ajuda a esses produtores rurais, além dos auxílios que já estão focados nas cidades e capitais, para os nossos colegas do interior” José Guilherme Brenner, presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), A Emater-DF levará cerca de quatro mil produtores familiares para conhecer a Agrobrasília, disponibilizando transporte e lanche gratuito. O intuito é apresentar o DF como um grande produtor de diversas plantações que podem ser desenvolvidas no Cerrado, como cacau, açaí, mirtilo, framboesa, amora, uva e diversas outras especiarias que já compõem até rotas de turismo do DF. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destaca que o diferencial das feiras de agricultura no DF é o foco nos agricultores familiares. “É um grande dia de campo onde a gente mostra as novidades. A área da Emater está muito rica esse ano, são todas atividades que o Distrito Federal produz e que, às vezes, muita gente não conhece ou que muita gente consome, mas não sabe de onde vem. Aqui ele vê tudo funcionando do início ao fim e tem essa oportunidade de levar para a propriedade”. Inovações Entre as novidades deste ano está o Pavilhão de Inovação, uma parceria entre Coopa, Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF) e a SoluBio que trará 20 startups e mais duas empresas que estarão em pequenos estandes para atender o público em geral, mostrando desde pesquisas sendo feitas na universidade até como administrar uma fazenda. “É importante integrar os setores e mostrar o produto desenvolvido na instituição de pesquisa, produzido em uma empresa e sendo utilizado pelo agricultor em prol da sociedade”, ressaltou a diretora de pesquisa e desenvolvimento da SoluBio, Rose Monnerat. Já entre as diversas tecnologias apresentadas pela Embrapa, está a agricultura focada na sustentabilidade social, ações na fruticultura, bancos genéticos para produzir iguarias como pequi sem espinhos e também programas de melhoramento por meio de cursos e alianças estratégicas. “O diferencial do Brasil é a transferência de tecnologia e a técnica desenvolvida pelo agricultor brasileiro”, reforçou o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Gelape Faleiro.
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Projeto vai tratar de compostagem de resíduos das feiras do DF
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU), junto com outras entidades e órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), está desenvolvendo um projeto inovador para tratar os resíduos orgânicos das feiras permanentes do Distrito Federal. O objetivo é destinar esses resíduos, que representam entre 70% e 80% do total, para a compostagem, um processo natural que converte a matéria orgânica em adubo de alta qualidade, que pode ser usado na agricultura familiar. [Olho texto=”“É um desejo nosso que o Distrito Federal seja referência de eficiência no aproveitamento dos resíduos”” assinatura=”Silvio Vieira, diretor-presidente do SLU” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A ideia do projeto surgiu de uma visita do diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, e outros técnicos da autarquia à cidade de São Paulo, onde conheceram a iniciativa de compostagem exclusiva com os produtos das feiras. “É um composto de mais alta qualidade, que tem os seus usos permitidos para outras atividades, além daquelas que recebem o composto orgânico de lixo que já produzimos. É um desejo nosso que o Distrito Federal seja referência de eficiência no aproveitamento dos resíduos”, afirma Silvio Vieira. Nesta terça (20), representantes do SLU, da Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades (Sumac), da Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop) e do Instituto Pólis reuniram-se para discutir sobre o projeto-piloto | Foto: Divulgação/SLU O projeto conta com parceria da Subsecretaria de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades (Sumac), da Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop) e do Instituto Pólis, que possui acordo de cooperação técnica com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à compostagem. Nesta terça-feira (20), foi realizada uma reunião do grupo para ajustar as expectativas e definir as atribuições de cada entidade envolvida no projeto, que ainda está em fase de debate antes do lançamento do projeto-piloto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a chefe da Unidade de Medição e Monitoramento do SLU, Andréa Almeida, o projeto é inovador. “A ideia é termos um gerenciamento integrado dos resíduos das feiras para fazermos uma compostagem específica. É algo inovador para Brasília. Estamos buscando uma ação conjunta entre o governo e demais entidades para fazer esse projeto funcionar”, explica. “É um projeto muito inovador e que tem muito a somar no trabalho dos feirantes. Os trabalhadores das feiras necessitam de soluções para os seus resíduos e esse projeto nos deixa muito satisfeitos”, destaca a subsecretária de Mobiliário Urbano e Apoio às Cidades, Ana Lúcia Melo. O plano é que a Centcoop administre as atividades do projeto, com o apoio do SLU. Até o momento foram identificadas 36 feiras no DF aptas a participar. Foram levantados os dados das feiras do Núcleo Bandeirante, da Estrutural e da Feira do Produtor de Ceilândia. O grupo trabalha agora para escolher quais serão as feiras participantes do projeto-piloto. *Com informações do Serviço de Limpeza Urbana (SLU)
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Agricultura familiar fortalecida nas escolas e na mesa de quem precisa
A agricultura familiar está cada vez mais presente na mesa dos brasilienses e nos programas do Governo do Distrito Federal (GDF). Da merenda escolar à entrega de cestas de alimentos, os produtos comercializados por pequenos núcleos familiares nutrem milhares de pessoas. No ano passado, os programas de Aquisição de Alimentos (PAA), de Aquisição da Produção da Agricultura do Distrito Federal (Papa-DF) e Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) destinaram R$ 38,2 milhões a produtores rurais, com a compra de 6.267 toneladas de alimentos. No GDF, essa frente de atuação reúne as secretarias de Agricultura (Seagri), de Educação (SEE), de Desenvolvimento Social (Sedes) e a Emater. Na merenda ofertada nas escolas públicas, dos 68 gêneros alimentícios disponíveis, 40 são provenientes da agricultura familiar | Foto: Arquivo/Agência Brasília Uma parceria que garante o escoamento de boa parte da produção dos 2,5 mil agricultores familiares, gera renda no campo e tem como objetivo alimentar os alunos da rede pública e famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional. Por agricultura familiar, entende-se aquelas produções em que mais da metade dos trabalhadores são compostos por membros de um mesmo núcleo familiar, responsáveis por gerir o negócio. “Tivemos um edital de R$ 3 milhões para produtos orgânicos na Secretaria de Educação. É uma grande novidade, a primeira vez que temos isso, e o setor se beneficia muito com essa medida. Por enquanto o projeto é piloto. Atendemos as regionais de ensino do Guará e de São Sebastião e teremos uma maior execução ao longo de 2024”, afirma o diretor de Compras Institucionais da Seagri, Lúcio Flávio da Silva. Na merenda ofertada nas escolas públicas, dos 68 gêneros alimentícios disponíveis, 40 são provenientes da agricultura familiar. Esse trabalho é feito por meio de 20 contratos com cooperativas, entre elas a Associação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Assentamento Chapadinha (Astraf), do Lago Oeste. A produção agrícola de núcleos familiares também é fonte das cestas verdes entregues às famílias em situação de vulnerabilidade | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília A Astraf atende 28 escolas da regional de ensino do Guará e distribui, em média, cinco toneladas de hortifrutigranjeiros por semana às escolas, tudo orgânico. Ver a produção atender os alunos de forma perene traz segurança aos produtores. “É um estímulo para o pequeno agricultor essa parceria com o governo. É mais um canal de comercialização que o agricultor tem com a garantia de que durante todo o período letivo ele tem condição de comercializar seus produtos”, afirma o presidente da Astraf, Anaildo Porfirio da Silva. “Isso faz com que os agricultores aumentem a produção e garantam o escoamento, além de se profissionalizarem.” Merenda de qualidade [Olho texto=”“Tivemos um edital de R$ 3 milhões para produtos orgânicos na Secretaria de Educação. É uma grande novidade, a primeira vez que temos isso, e o setor se beneficia muito com essa medida. Por enquanto o projeto é piloto. Atendemos as regionais de ensino do Guará e de São Sebastião e teremos uma maior execução ao longo de 2024”” assinatura=”Lúcio Flávio da Silva, diretor de Compras Institucionais da Secretaria de Agricultura” esquerda_direita_centro=”direita”] A alimentação é tratada como uma etapa importante dentro da aprendizagem, e por isso a SEE trabalha para que, além de não faltarem alimentos nas escolas, eles sejam de qualidade. Diariamente, 578 mil refeições são servidas aos estudantes, e pouco a pouco o governo tem introduzido a agricultura familiar e os orgânicos no cardápio. “Foram produzidas e distribuídas 97.659.578 refeições nas 678 escolas públicas no ano passado, totalizando 5.172.660,88 kg de gêneros alimentícios não perecíveis entregues. Nenhuma escola ficou sem receber gêneros alimentícios para execução dos cardápios da alimentação escolar”, explica a diretora de Alimentação Escolar e nutricionista responsável técnica da SEE, Juliene Moura Santos. No ano passado, as instituições de ensino passaram a contar com a manteiga e o queijo produzidos pelas famílias rurais. Este ano, a expectativa é que o iogurte natural seja introduzido. Ainda em relação a esse núcleo, o GDF trabalha com percentuais acima do previsto. “Quanto ao ano de 2022, trabalhamos com o percentual de 40,57% do orçamento federal com a compra de gêneros da agricultura familiar, ou seja, ultrapassando o percentual mínimo exigido pela legislação”, acrescenta Juliene Santos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cestas verdes A agricultura familiar também está inserida nas ações da Sedes, mais precisamente nas cestas entregues às famílias em situação de vulnerabilidade. Ao longo de 2023, foram disponibilizadas 86.377 cestas verdes, com um investimento de R$ 3.194.221,40. Os kits são um complemento do programa Cartão Prato Cheio, que destina às famílias em insegurança alimentar e nutricional um cartão com R$ 250 em crédito para provimento alimentar, e também são distribuídos para famílias atendidas pelas unidades da Sedes. Segundo o subsecretário de Segurança Alimentar e Nutricional substituto da Sedes, Clayton Andreoni Batista, a compra junto aos pequenos produtores fortalece toda uma rede. “O objetivo é incentivar a agricultura familiar, fortalecer os círculos regionais, apoiar as organizações de agricultura familiar para ter estoques, porque assim elas sabem que vão vender para a Sedes. Grosso modo, isso também incentiva as famílias a terem hábitos alimentares saudáveis”, avalia.
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Semana do Pimentão leva informações sobre Rota da Fruticultura
Durante a 23ª Semana do Pimentão da Taquara, encerrada neste domingo (12), cerca de 60 produtores rurais tiveram acesso a informações sobre a Rota da Fruticultura e os dados econômicos sobre a produção de frutas do Distrito Federal em palestras técnicas organizadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O Núcleo Rural da Taquara já não é mais a maior região produtora de pimentão do DF. No entanto, a Semana do Pimentão tornou-se um evento tradicional entre os produtores rurais por promover a integração e troca de conhecimentos gerais. O objetivo das palestras foi atrair produtores rurais para ingressarem no programa Rota da Fruticultura do DF e Entorno, que tem o foco no cultivo de açaí e mirtilo, e incentivar o cultivo de tangerina ponkan, goiaba, maracujá, abacate, limão e banana-prata, uma vez que a produção local não supre a alta demanda do mercado consumidor do Distrito Federal. O coordenador de Fruticultura da Emater, Felipe Camargo, explicou que o programa é uma ação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional em parceria com diversos órgãos e entidades que visa estabelecer estratégias para implantar o cultivo de mirtilo e açaí, fomentar e incentivar novos agricultores na produção dessas frutas no DF e Entorno. “A Emater é parceira do projeto e considera ótimas oportunidades para o produtor rural que deseja realmente investir em culturas que possuem alto valor agregado, mercado e rentabilidade. Os dois cultivos possuem investimentos, características e manejos muito peculiares. Por isso, estaremos empenhados em prestar a melhor assistência técnica possível aos produtores participantes do projeto, para que o DF seja realmente uma referência nacional na produção desses frutos”, observou Felipe Camargo. O coordenador de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, proferiu a palestra sobre a Rota da Fruticultura | Fotos: Ana Nascimento/Emater-DF O gerente de Comercialização da Emater, Blaiton Carvalho, mostrou o panorama econômico da produção de tangerina ponkan, goiaba, abacate, maracujá e banana-prata, segundo dados de comercialização no Distrito Federal, que é uma região bastante consumidora e importadora dessas e outras frutas. “O Programa de Alimentação Escolar está destinando valores elevados para a agricultura familiar, como o Pnae, que está investindo R$ 27 milhões este ano para a compra de frutas e hortaliças do cultivo orgânico e convencional para a merenda escolar do DF. Temos ainda o PAA [Programa de Aquisição de Alimentos] e o Papa-DF [Programa de Aquisição da Produção da Agricultura], que fomentam a agricultura local. Para além disso, o Distrito Federal é um forte centro consumidor de frutas e estamos apresentando reflexões para aqueles que desejam diversificar o plantio e entrar na fruticultura. Por exemplo, nós importamos 95% da banana-prata consumida aqui; esse é o tamanho da oportunidade”, informou Blaiton. O gerente destacou ainda os desafios e oportunidades do plantio de frutas, que exigem cuidados de manejo para a produção com qualidade. Entre os desafios, estão a qualificação da mão de obra, organização rural e oferta de produtos com alto padrão e custos competitivos. Já as oportunidades estão na boa aceitação pelo consumidor do DF, que é um grande centro consumidor com alto poder aquisitivo. O gerente de Comercialização da Emater, Blaiton Carvalho, mostrou o panorama econômico da produção de frutas no DF Também participaram do evento a coordenadora de Operações da Emater, Adriana Nascimento, o supervisor da Regional Oeste, Álvaro Castro, o gerente do escritório local do Pipiripau, Geraldo Magela Gontijo, a superintendente federal de Agricultura do DF, Jane Batista, e o presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), Maurício Severino de Rezende. Taquara De acordo com o gerente do escritório local da Emater na Taquara, Revan Soares, neste ano a programação da Semana do Pimentão incluiu palestras sobre temas diversos, como nutrição foliar, híbridos adaptados para o Cerrado, cooperativismo, apresentação da Rota da Fruticultura e do panorama econômico da fruticultura no DF, desafios e oportunidades no manejo para altos rendimentos na safra de grãos e gripe aviária. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Avaliando o cenário de produção local, nós da Emater e a Cootaquara decidimos incluir outras culturas no debate e levar ao produtor informações técnicas sobre diversas cadeias da produção agropecuária com o objetivo de promover um encontro com temas mais abrangentes para qualificar e desenvolver outras culturas na região e, assim, gerar emprego, renda e desenvolvimento local”, avaliou Revan Soares. O presidente da Cootaquara – promotora da Semana do Pimentão -, Maurício Severino de Rezende, afirmou que a maioria dos produtores cooperados ainda trabalha com hortaliças e o cenário da cadeia na região vem apresentando dificuldades há algum tempo, como mão de obra. “Dessa forma, apresentar outras culturas aos nossos produtores, como fruticultura, é uma alternativa muito viável, que pode aproveitar a irrigação instalada para uso nas hortaliças, utiliza menor número de trabalhadores e tem um mercado muito promissor. Os agricultores que entraram na fruticultura estão felizes”, disse Rezende. Equipe da Emater presente na 23ª Semana do Pimentão da Taquara *Com informações da Emater-DF
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Portaria aprova uso e ocupação da Granja do Torto
O Plano de Uso e Ocupação do Parque de Exposição Granja do Torto foi aprovado pela Portaria n° 91 da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh). A norma foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (16) e cumpre mais uma etapa do processo para permitir que novas empresas ligadas ao agronegócio se instalem no local. O objetivo do Plano de Uso e Ocupação é revitalizar a Granja do Torto e criar uma vitrine tecnológica para o agronegócio no Distrito Federal, possibilitando também a criação de espaços para entretenimento, educação e saúde, incluindo uma arena de shows, faculdade, hospital veterinário, entre outros. Plano de Ocupação da Granja do Torto possibilita a criação de espaços para entretenimento, educação e saúde, entre outros | Imagem: Divulgação/Parque de Exposição Granja do Torto “A partir de agora, a Granja do Torto tem um Plano de Ocupação, com a indicação de onde serão implantadas as edificações e seus respectivos parâmetros de uso e ocupação. Já o licenciamento das empresas ocorre no âmbito da Administração Regional do Lago Norte”, explica a subsecretária de Desenvolvimento das Cidades da Seduh, Andréa Moura. O assunto já tinha passado pelo aval do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) neste ano. Na ocasião, o presidente do Parque de Exposição Granja do Torto, Vilmar Rodrigues, informou que o Plano foi criado para fortalecer o desenvolvimento das cadeias produtivas do agronegócio e da agricultura familiar no DF. A aprovação era a etapa que faltava para as empresas poderem ter a habilitação para se instalar no local. “Temos cerca de 30 empresas que já estão em perspectiva para implantação. Mas tem um projeto maior, que chamamos Cidade Agro, que é de expansão para outras empresas que virão a ser implantadas no parque. Isso vai gerar para a cidade e para o setor agropecuário mais negócios, renda e empregos também”, garantiu Vilmar Rodrigues na época. Além disso, a ideia é iniciar a efetiva implementação do Parque Tecnológico Granja do Torto. Para isso, as diretrizes específicas previstas no Plano permitem o uso comercial de bens e serviços de material genético, pesquisa e inovação tecnológica, ensino e capacitação, produção e comercialização de insumos relacionados ao setor agropecuário. Divisão [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Conforme o Plano de Uso e Ocupação do Parque de Exposição Granja do Torto, o local foi dividido em três zonas distintas, cada uma para uma atividade definida, e uma faixa verde para a área da Reserva Legal do Parque: ? Zona A – para atividades com características rurais, notadamente pecuárias e indústrias afins; ? Zona B – para atividades com características administrativas, institucionais e comerciais; ? Zona C – espaços destinados a eventos atrativos ao público; ? Zona D – faixa Verde Os documentos urbanísticos referentes ao assunto serão disponibilizados neste link, no prazo máximo de sete dias, contados a partir da publicação no DODF. *Com informações da Seduh
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Alimentação escolar de 43 mil alunos do DF contará com produtos orgânicos
Oferecer uma alimentação ainda mais saudável aos estudantes do ensino público do Distrito Federal é o objetivo do projeto-piloto que será implantado este ano pelo governo em 53 escolas públicas localizadas no Guará (28) e em São Sebastião (25). Nos próximos meses, as instituições passarão a contar em seus cardápios com gêneros alimentícios orgânicos produzidos pela agricultura familiar, beneficiando 43.249 alunos e cerca de 80 produtores. [Olho texto=”“Sabemos que a plantação orgânica não usa defensivos agrícolas e nem agrotóxicos. É uma forma de produção mais sustentável. Assim, chegamos a cardápios mais saudáveis e mais diversificados para os nossos estudantes, além de estarmos contribuindo para o meio ambiente e para toda uma cadeia produtiva que passa a ter um comprador certo”” assinatura=”Juliene Santos, diretora de Alimentação Escolar” esquerda_direita_centro=”direita”] Serão investidos aproximadamente R$ 3 milhões dos R$ 23,3 milhões do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) na primeira compra de alimentos orgânicos do Distrito Federal, cumprindo a determinação da Lei (distrital) 7.075/2022 , que dispõe sobre a obrigatoriedade da inclusão de alimentos orgânicos ou de base agroecológica na alimentação escolar nas unidades da rede de ensino público do DF, e tornando a unidade da federação pioneira na iniciativa. “Sabemos que a plantação orgânica não usa defensivos agrícolas e nem agrotóxicos. É uma forma de produção mais sustentável. Assim, chegamos a cardápios mais saudáveis e mais diversificados para os nossos estudantes, além de estarmos contribuindo para o meio ambiente e para toda uma cadeia produtiva que passa a ter um comprador certo”, analisa a diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação (SEEDF) e responsável técnica pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do DF, Juliene Santos. A nova forma de contrato prevê a aquisição de todos os 32 itens provenientes da agricultura familiar. Entre os produtos estão morango, maracujá, abóbora e hortaliças folhosas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O chamamento público da aquisição foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e contemplou três associações de produtores nos assentamentos Chapadinha (Sobradinho), 15 de Agosto (São Sebastião) e em Santa Maria, que ficarão responsáveis pela distribuição dos produtos às instituições de ensino. O contrato das organizações com o Governo do Distrito Federal (GDF) está em fase de oficialização. Escolha das regionais Por se tratar da primeira compra oficial de orgânicos para alimentação escolar, o processo será em formato piloto para que seja analisada a experiência em relação à melhor forma de execução do contrato, a aceitabilidade dos gêneros pelos estudantes e a capacidade de produção dos agricultores em relação aos gêneros alimentícios. O processo será em formato piloto para que seja analisada a experiência em relação à melhor forma de execução do contrato, a aceitabilidade dos gêneros pelos estudantes e a capacidade de produção dos agricultores Para essa primeira fase, foram selecionadas duas regionais de ensino que já recebiam gêneros orgânicos das associações que tinham contratos regulares de agricultura familiar. A decisão partiu de reuniões de um grupo de trabalho composto pelas secretarias de Educação e de Agricultura (Seagri-DF) e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Desde que o DF adotou a agricultura familiar, as associações que entregavam para essas regionais (Guará e São Sebastião) já ofereciam gêneros alimentícios orgânicos. Elas faziam as entregas, mas não tinham um pagamento diferenciado. Então, sabíamos da facilidade e capacidade de produção para essas escolas”, revela Juliene Santos. A nova forma de contrato também prevê a aquisição de todos os 32 itens provenientes da agricultura familiar. Entre os produtos estão morango, maracujá, abóbora e hortaliças folhosas. Entre as novidades, as escolas poderão contar com berinjela, batata-inglesa e alho, que eram itens que costumavam entrar no pregão normal de fornecedor. “Dando tudo certo com essa experiência piloto, queremos incentivar que outras cooperativas comecem a plantar orgânicos para que possamos apoiar ainda mais agricultores e expandir as possibilidades dentro da rede pública”, acrescenta a diretora de Alimentação Escolar da SEEDF.
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GDF investe R$ 23 milhões em produtos da agricultura familiar para merenda
Foi publicado nesta segunda-feira (18) o resultado do chamamento público para compra de alimentos da agricultura familiar destinada ao abastecimento da merenda da rede pública de ensino. O GDF vai comprar R$ 23,3 milhões em insumos produzidos por 21 cooperativas do DF e do Entorno. Isso significa que, em breve, as 578 mil refeições aos estudantes da rede de ensino do Distrito Federal contarão diariamente com itens da agricultura local. [Olho texto=”“A Secretaria de Educação não está medindo esforços para que os novos contratos da agricultura familiar saiam o mais rápido possível. Cabe lembrar que os cardápios atuais possuem o mesmo teor nutricional da chamada pública e que eles são passíveis de trocas”” assinatura=”Camila Beiró, diretora de alimentação escolar substituta” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O valor vai atender todas as escolas da rede pelo período de um ano. Com a publicação, a próxima etapa é a homologação da chamada pública na Secretaria de Educação para, em seguida, as cooperativas apresentarem a documentação necessária. Somente após essa etapa os alimentos serão destinados às escolas. A compra conta com mais de 30 itens, entre eles morango, banana, batata-doce, espinafre, goiaba, tangerina, cebola e alho. Ainda dentro dos contratos com a agricultura familiar há o fornecimento de queijo, manteiga, feijão-carioca, colorau, açafrão-da-terra e farinha de mandioca. Nesse chamamento público, inclusive, o Distrito Federal se tornou a primeira unidade da federação a comprar alimentos orgânicos, totalizando R$ 4 milhões para atender as regionais de ensino de São Sebastião e do Guará. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A Secretaria de Educação não está medindo esforços para que os novos contratos da agricultura familiar saiam o mais rápido possível. Cabe lembrar que os cardápios atuais possuem o mesmo teor nutricional da chamada pública e que eles são passíveis de trocas”, explica a diretora de alimentação escolar substituta da Secretaria de Educação, Camila Beiró. ?A alimentação é considerada uma etapa importante dentro da aprendizagem e, por isso, a secretaria trabalha para que não faltem alimentos nas escolas. Ainda de acordo com a secretaria, as regras estabelecidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) estão sendo seguidas normalmente na rede pública.
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Agricultura familiar é uma das bases da segurança alimentar no DF
Uma plantação repleta de hortaliças se estende por uma área de cinco hectares no Assentamento 15 de Agosto, no Núcleo Rural Capão Comprido. Há oito anos, a agricultora familiar Michelly Sllany Ornelas, 38, cuida da propriedade com dedicação e trabalho árduo. O Programa de Aquisição de Alimentos por Termo de Adesão é federal, executado sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF). | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Michelly já passou por muitas histórias na área rural. De perdas da plantação por enchentes a colheitas fartas. “Quando tive a acesso a essa terra, compreendi que é o melhor lugar para se viver. Porque não é só o que eu vendo ou posso doar, é também o que eu consumo. A gente sofre essas perdas: chove, faz sol, pode ter uma praga. Acontece. Mas viver no campo é muito bom. Quando cheguei aqui, não tinha nada. Hoje, tenho minha terra. Que é do Estado, mas está cedida para que eu possa trabalhar, ganhar meu dinheiro, sobreviver e manter minha família com meu esposo”, enfatiza a agricultora familiar. Compras governamentais Michelly obtém sua renda por meio das compras governamentais, fornecendo alimentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e também para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A maior parte da produção é de hortaliças, como couve, quiabo, salsa, cebolinha, acelga, coentro, repolho e beterraba. “É uma via de mão dupla, todos nós somos ajudados. Eu vendo para o governo desde 2017, tanto diretamente quanto pela associação ou cooperativa. E eu nunca deixei de receber um centavo. Se eu for classificar qual é a melhor venda, o melhor comércio, são as compras de governo. Eu vivo de compras do governo”, declara Michelly. De acordo com a produtora rural, o maquinário é fornecido pelo governo à associação de agricultores, que conta com um trator e dez implementos cedidos pela Secretaria de Agricultura, por meio de chamamento público. Também ocorrem podas da Novacap na região, utilizadas tanto na produção de insumos quanto na cobertura do solo. São ainda fornecidos, esporadicamente, insumos para produção orgânica. Mas Michelly afirma que um dos maiores incentivos é a compra do produto. “O Estado está sempre comprando por meio de programas, e isso é uma grande ajuda. Além disso, os preços são excelentes”, observa. Programas rurais ?O Programa de Aquisição de Alimentos por Termo de Adesão (PAA/TA) é federal, executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). O programa realiza a compra de produtos da agricultura familiar para doação. Arte: Agência Brasília A distribuição para pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar ocorre no DF por meio de dois equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN): o Banco de Alimentos, localizado na Ceasa-DF, e o Sesc Mesa Brasil. Em 2023, foram disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento Social R$ 4 milhões para compra e doação de alimentos. Há 960 agricultores familiares do DF cadastrados como fornecedores do programa que entregam cerca de 20 toneladas de alimentos por semana. Os alimentos são destinados a 240 entidades sociais, que atendem mais de 40 mil pessoas diretamente. “Esse programa federal é a escola de aprendizado para as compras institucionais. A partir dele, o produtor começa a entender como funciona esse mercado e pode galgar para outros programas, como o Pnae e o Papa-DF”, explica Lúcio Flávio da Silva, diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) também é federal, coordenado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. No DF, é executado pela Secretaria de Educação (SEE) com apoio das secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Agricultura (Seagri), além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). São cerca de 800 agricultores cadastrados no programa, que trabalha com o repasse de recursos federais para o atendimento de estudantes da educação básica de toda rede pública, além de entidades qualificadas como filantrópicas, com ações de educação alimentar e nutricional, e oferta de refeições durante o período letivo. Os recursos federais e distritais são utilizados na compra de alimentos para a composição dos cardápios da alimentação escolar. Dois editais de chamamento público para o Pnae foram publicados em 2023: um para aquisição de hortifrútis convencionais (não orgânicos), destinados às escolas de 12 regionais de ensino, com orçamento de mais de R$ 24 milhões, e outro para aquisição de hortifrútis orgânicos para atendimento das escolas de duas regionais de ensino: São Sebastião e Guará, com mais de R$ 3 milhões de investimento. Juntos, os editais chegam a um valor de mais de 27 milhões de reais em produtos a serem adquiridos da agricultura familiar. O montante total, contando com o investimento federal e distrital em 2023 para o Pnae, ultrapassa os R$ 100 milhões. No DF, o Pnae é executado pela Secretaria de Educação com apoio das secretarias de Desenvolvimento Social, de Agricultura, além da Emater-DF Já o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) viabiliza a compra direta pelo GDF de alimentos e produtos artesanais de agricultores familiares e suas organizações sociais do setor agrícola. Os alimentos, produzidos no DF, são destinados à alimentação da população local, por meio da compra para instituições sociais e educacionais, contribuindo com a segurança alimentar e nutricional no DF por meio das demandas de órgãos distritais, como as secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social (Sedes). O programa foi instituído em 2012 para fortalecer o campo abrindo o mercado governamental local para a comercialização dos produtos, além de contribuir para a geração de empregos na propriedade e renda para a família. Entre 2022 e 2023, são 648 agricultores familiares participando do programa, com mais de R$ 20 milhões em contratos por meio do PAPA-DF, com a aquisição de queijo muçarela, manteiga, leite fluido, feijão, farinha de milho e cestas verdes. Em 2023, R$ 9 milhões em queijo e manteiga foram adquiridos para as escolas pelo programa, que supre muitas demandas a partir das compras institucionais. “Um dos objetivos é justamente o combate à insegurança alimentar. A gente acaba amarrando todas as pontas e consegue atingir um número muito grande. Durante a pandemia, foi muito importante: o GDF aportou mais de R$ 4 milhões, atendendo a crise, o que mostra o potencial que temos por meio desse programa”, explicou o diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF. Nos programas que combatem a insegurança alimentar, as chamadas públicas precisam atender à legislação federal sobre a obrigatoriedade de comprar, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo FNDE com a aquisição de gêneros da agricultura familiar. Lúcio Flávio acrescenta que o dinheiro aplicado pelo governo traz o desenvolvimento socioeconômico em uma ponta e, na outra, garante segurança alimentar e nutricional para as famílias. “Toda essa cadeia produtiva tem que estar bem azeitada para que o produtor consiga sucesso”, reforça o diretor. Há oito anos, a agricultora familiar Michelly Sllany Ornelas cuida da propriedade com dedicação e trabalho árduo “A gente tem nosso carro, nossa casa…. Acho que viver do campo muda a gente em todos os sentidos: da qualidade de vida até a educação dos nossos filhos. O campo transforma vidas”, acrescenta a produtora Michelly. Cesta Verde Vidas são transformadas, como a de Lorena Dafne, 34, mãe de cinco crianças, duas delas com transtorno do espectro autista (TEA). A estudante é beneficiária da Cesta Verde, vinculada ao programa do GDF Prato Cheio, que entrega a cesta com frutas, verduras e legumes produzidos por agricultores familiares do Distrito Federal e do Entorno. Lorena perdeu o emprego e entregou currículo em diversos lugares, sem retorno algum. Então resolveu fazer o cadastro dos programas e foi aprovada. Ela conta que a Cesta Verde ajuda na alimentação de seus filhos, que gostam e precisam das frutas e verduras. “Dá um suporte, porque cuido de cinco crianças, sendo dois autistas. Não posso sair para trabalhar e o programa garante a alimentação que trago para dentro de casa. Acho excelente, qualquer pessoa tem que comer. Vem cenoura, abobrinha, tomate, banana, maçã, laranja… Eles adoram”, declara a estudante. Além da nutrição que nasce no campo e vem parar na mesa de Lorena, ela também lembra da importância dos programas sociais do governo e a orientação que recebe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de onde mora. “Não tenho rede de apoio de ninguém, o único apoio que eu tenho é do governo. Então, isso me ajuda. Aí, pego a Cesta Verde, o Prato Cheio que me ajuda a fazer a compra do mês, o vale gás e os outros benefícios. Só tenho a agradecer”, ressalta.
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Parlamentares sul-africanos vêm conhecer programas agrícolas locais
Para conhecer os programas de compras governamentais, os programas e políticas públicas voltadas para a agricultura familiar, parlamentares da África do Sul e representantes do Ministério da Agricultura daquele país estiveram nesta segunda-feira (19) na sede da Emater-DF. Durante o encontro, comitiva da África do Sul teve oportunidade de conhecer as ações do GDF voltadas a programas de agricultura e assistência rural | Foto: Divulgação/Emater-DF [Olho texto=”“Nosso balanço social de 2022 mostrou que cada R$ 1 investido na Emater gerou R$ 6,43 de retorno para a sociedade” ” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Durante o encontro, o assessor da área internacional da Emater-DF, Luiz Rocha, falou sobre a história da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) pública e a composição organizacional da empresa. Por sua vez, a gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Luciana Tiemann, expôs aos visitantes questões sobre política de crédito rural e sobre o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), um dos requisitos para ter acesso ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A gestora também falou sobre o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) como uma das possibilidades de crédito para pequenos produtores. Retorno social “É por meio de assistência técnica aos agricultores de forma gratuita, tanto na pecuária quanto na agricultura, que a gente busca ajudar os produtores para que eles produzam e vivam com qualidade”, explicou aos visitantes o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Nosso balanço social de 2022 mostrou que cada R$ 1 investido na Emater gerou R$ 6,43 de retorno para a sociedade”, lembrou, citando dados de pesquisa elaborada em parceria com a Escola de Políticas Públicas e Governo (EPPG) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Representando a Gerência de Comercialização e Organização Rural (Gecor) da Emater-DF, o extensionista José Nilton Campelo fez uma explanação sobre a agricultura familiar, de grande importância na participação na produção de alimentos que compõem o prato diário do brasileiro. Explicou ainda como funciona a inserção dos produtores no processo de compras institucionais, como os programas Alimenta Brasil (PAB), de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) e Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Vocês apresentaram para o nosso comitê de agricultura, reforma agrária e desenvolvimento agrícola um estudo bastante abrangente”, elogiou o chefe do Comitê do Portfólio de Agricultura da África do Sul, Mandla Mandela, neto do ex-presidente Nelson Mandela. “Essa apresentação que nós vimos mostra que realmente é fenomenal o que vocês conseguiram atingir no que tange a números e produção.” *Com informações da Emater-DF
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Produção de açaí é opção para produtores rurais do DF
Açaí dá no cerrado? No Circuito da Fruticultura organizado pela Emater na AgroBrasília 2023, extensionistas da empresa vão mostrar que é possível cultivar no DF um dos frutos mais tradicionais da região Norte. Além disso, no espaço haverá demonstração de plantio consorciado da palmeira com abóbora-rasteira, banana e feijão-de-porco, tradicionalmente usado como adubo verde, entre outras novidades. As tecnologias serão apresentadas durante a maior feira de agropecuária do Centro-Oeste, que começa nesta terça-feira (23) e segue até sábado (27), no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado no PAD-DF. As orientações sobre cultivo de açaí no DF serão uma das principais atrações da AgroBrasília, na avaliação da Emater | Foto: Divulgação/Emater A Emater e a Embrapa Cerrados têm desenvolvido parcerias para fortalecer o Programa Rota da Fruticultura, que visa transformar a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) como uma das maiores produtoras de frutas do país, com o foco no desenvolvimento de novas tecnologias e cultivares de açaí, mirtilo e frutas vermelhas. [Olho texto=”“O açaí atualmente está sendo consumido no mundo inteiro, tanto pelo sabor quanto pelas propriedades nutricionais e diversidade de consumo da polpa, como o sorvete e o suco. Dessa forma, nós acreditamos que investir nessa cadeia é uma opção de renda e geração de emprego para os produtores”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dentro do programa, no final de 2022, um grupo formado por cerca de 100 produtores organizados em associações ou cooperativas receberam mudas de duas variedades de açaí desenvolvidas pela Embrapa para o Cerrado, BRS Pará e BRS Pai d’Égua. Esses agricultores receberão a orientação técnica da Emater durante todo o processo de produção. O presidente da Emater, Cleison Duval, acredita que a possibilidade de cultivo do açaí no DF será uma das grandes atrações da AgroBrasília. “O açaí atualmente está sendo consumido no mundo inteiro, tanto pelo sabor quanto pelas propriedades nutricionais e diversidade de consumo da polpa, como o sorvete e o suco. Dessa forma, nós acreditamos que investir nessa cadeia é uma opção de renda e geração de emprego para os produtores”, disse. Cultivo consorciado O Circuito da Fruticultura também vai destacar as principais vantagens do cultivo consorciado, que passa pela economia com mão de obra e insumos, maior aproveitamento da irrigação e maior quantidade de produtos por área, proporcionando maior retorno financeiro. O cultivo de pitaya, planta rústica que requer pouco manejo e tem se mostrado uma boa alternativa para agricultura familiar pelo preço da fruta, também será mostrado. O agrônomo responsável pelo Circuito de Fruticultura da Emater na AgroBrasília, Daniel Rodrigues, argumenta que a produção de frutíferas é muito expressiva no DF, com uma área plantada de 1.618 hectares, em 2022. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Nós produzimos mais de 30 mil toneladas de frutas no ano passado. Essa produção fica praticamente toda na região, por isso, incentivamos e mostramos novas tecnologias de plantio, manejo, irrigação, adubação. Durante a feira, o produtor poderá ver alternativas para a produção de frutas com mais qualidade e baixo custo; e, pensando nisso, estimulamos o uso de diversos bioinsumos, como adubação verde, uso de pós de rocha e multiplicados onfarm [micro-organismos benéficos produzidos na propriedade para uso nas lavouras]”, explica Daniel. Circuitos temáticos Durante a AgroBrasília, extensionistas da Emater estarão recebendo os convidados e mostrando todas as tecnologias dos sete circuitos. Ao todo, os visitantes poderão conhecer as principais tecnologias nos seguintes espaços temáticos: Floricultura associada ao turismo, Olericultura, Avicultura, Aquicultura, Fruticultura, Bovinocultura e saneamento rural e Segurança alimentar e nutricional. Haverá ainda orientações sobre gestão ambiental, o Galpão do Produtor – onde o público poderá comprar diretamente de produtores locais – e técnicos disponíveis para sanar dúvidas sobre crédito rural. *Com informações da Emater
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Produtores são beneficiados com biodigestor doado pela Embaixada de Israel
Já pensou transformar todo o lixo orgânico em uma fonte de combustível que substitui o gás de cozinha? Isso é possível graças ao equipamento chamado de biodigestor, que transforma esses resíduos orgânicos em energia renovável na forma de biogás. O equipamento — doado pela Embaixada de Israel em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais (Serinter) — foi instalado nesta quarta-feira (29) e vai beneficiar os moradores do Assentamento Oziel Alves III, no Pipiripau II, em Planaltina. De acordo com o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, a doação do equipamento é um passo a mais rumo a um DF mais sustentável. “O biodigestor significa muito, tanto para o meio ambiente quanto para as famílias que o estão recebendo. Com a sua chegada, é uma residência inteira que não gera mais resíduo orgânico. São pessoas que não gastarão mais com a compra de gás, que passa a ser produzido pelo próprio equipamento”, explica. O biodigestor foi doado pela Embaixada de Israel em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais aos moradores do Assentamento Oziel Alves III, no Pipiripau II | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Além de economizarem financeiramente cerca de R$ 260 por mês com a compra de botijão de gás de cozinha, as famílias Barros e Santos, que moram no assentamento, também serão beneficiadas com o biofertilizante oriundo do processo. Esse material é rico em nutrientes que fortalecem o solo e, no caso específico dos moradores, será utilizado na adubação da horta das famílias. Para o pesquisador em agroecologia do Instituto Federal de Brasília (IFB) Udi Lyncon, o equipamento estimula não só a agricultura familiar, mas as boas práticas em sustentabilidade e saúde. “O biodigestor é uma tecnologia excelente. Ele é portátil e fácil de instalar. A pessoa consegue montar tudo sozinha em casa. Para ativar o equipamento, basta colocar esterco e água e esperar um tempo para começar a alimentar com a matéria orgânica. A única tarefa do agricultor é inserir os resíduos orgânicos, não há manutenção necessária a ser feita. O agricultor alimenta o sistema e o sistema alimenta o agricultor por meio do biofertilizante e do gás para cozinhar”, informa. O morador Janderson Barros: “Nós vamos ter uma economia financeira significativa” Janderson Barros, produtor agroecológico, educador do campo e um dos moradores beneficiados com o biodigestor, comemora a chegada do equipamento na sua propriedade: “Estamos muito empolgados. Já tem dias que a gente aguarda a chegada do biodigestor. Somos sete pessoas aqui. Nós vamos ter uma economia financeira significativa. Ainda tem o biofertilizante, que vai ser muito útil na nossa plantação”. De acordo com o agrônomo da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) Athaualpa Nazareth Costa, a expectativa é que esse seja um projeto-piloto a ser replicado em outras regiões do DF. O agrônomo da Seagri Athaualpa Costa diz que a expectativa é que o projeto-piloto seja replicado em outras RAs “É uma iniciativa muito importante por causa da solução encontrada para diminuir os resíduos orgânicos que lotam o nosso aterro. Com o biodigestor, a família aproveita esse resíduo e ainda gera economia. A expectativa é que possamos trabalhar mais isso em outros locais a partir do monitoramento que iremos fazer nesse projeto”, pontua. Um representante da Homebiogás, empresa responsável pelo biodigestor, também esteve no local para acompanhar a instalação. “Para nós, é uma parceria muito interessante. Eu estive com o secretário de Relações Internacionais e com o embaixador para apresentar o projeto e eles gostaram. A partir daí surgiu a parceria, na qual a embaixada adquiriu o equipamento, de R$ 25 mil, e doou para o Governo do Distrito Federal”, detalha Daniel Lopes, responsável pelas relações governamentais da Homebiogás.
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GDF destinará R$ 4 milhões a aquisição de produtos da agricultura familiar
Boas novas aos agricultores familiares do Distrito Federal. Foi lançada a Chamada Pública nº 001/2023, do Programa Alimenta Brasil (PAB), que prevê a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar do Distrito Federal. Serão destinados R$ 4 milhões para a compra pública, por meio de recurso do governo federal, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Social. A execução do programa no DF é coordenada pela Secretaria da Agricultura (Seagri), em parceria com a Emater-DF. O agricultor cadastrado poderá entregar alimentos que sejam de produção própria e atendam os parâmetros de comercialização exigidos no mercado atacadista | Foto: Divulgação/Seagri A aquisição será realizada na modalidade compra com doação simultânea, ou seja, os produtos serão entregues em equipamentos de segurança alimentar e nutricional (bancos de alimentos) e redistribuídos a entidades socioassistenciais. [Olho texto=”Os interessados em fornecer alimentos ao Programa Alimenta Brasil deverão apresentar suas propostas de adesão e demais documentos previstos na Chamada Pública até 27 de março, no escritório local da Emater que assista a sua região” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Essa é uma ação de Estado extremamente importante, pois beneficia dois públicos vulneráveis e prioritários ao mesmo tempo, que são os agricultores familiares e as pessoas em situação de insegurança alimentar”, afirma o diretor de Compras Institucionais da Seagri, Lúcio Flávio da Silva. O programa prevê o fornecimento de vegetais como abóbora, alface, cenoura e tomate, além de frutas como abacate, banana, manga e limão; entre outros produtos descritos no anexo II do edital. “O agricultor cadastrado poderá entregar quaisquer alimentos da lista, desde que sejam de produção própria e atendam os parâmetros de comercialização exigidos no mercado atacadista”, explica Lúcio Flávio. O limite de venda por agricultor familiar é de até R$ 12 mil por ano. Os interessados em fornecer alimentos ao Programa Alimenta Brasil deverão apresentar suas propostas de adesão e demais documentos previstos na chamada pública até 27 de março, no escritório local da Emater que assista a sua região. A relação dos locais de recebimento das propostas encontra-se no anexo IV do edital. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Após análise das propostas, os produtos dos agricultores cadastrados deverão ser entregues nas unidades de recebimento e distribuição de alimentos do DF. “A Diretoria de Compras Institucionais da Seagri vai definir a demanda de fornecimento de gêneros alimentícios ao longo da execução do programa, observando a demanda semanal do público beneficiário consumidor das entidades socioassistenciais”, esclarece Lúcio Flávio. “Essas informações serão repassadas periodicamente à Emater, para organização das entregas junto aos produtores, conforme solicitação dos agricultores interessados”, complementa o diretor de Compras Institucionais da Seagri. Para ter acesso ao edital e demais documentos da Chamada Pública nº 001/2023, do Programa Alimenta Brasil, clique aqui. *Com informações da Seagri
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Emater discute políticas para o campo com movimentos sociais agrários
Para ouvir as demandas e traçar ações a serem trabalhadas em conjunto, como meio de fomentar a produção de alimentos e a comercialização por pequenos produtores do Distrito Federal, o presidente da Emater, Cleison Duval, e a diretora-executiva da empresa, Loiselene Trindade, receberam, nesta terça-feira (14), representantes de movimentos sociais agrários do Distrito Federal. Foram discutidas questões como o Programa de Assentamento de Trabalhadores Rurais (Prat), a importância da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), o auxílio da Emater com assistência técnica e extensão rural, bem como o acesso às políticas públicas de desenvolvimento no campo. Durante a reunião, o presidente da Emater, Cleison Duval, destacou a importância de os produtores se organizarem para participar dos programas de compras governamentais | Foto: Divulgação/Emater “Para a gente, do Campo Unitário, é muito bom receber esse convite da Emater e poder dividir as nossas demandas, as necessidades do povo do campo. A gente se sente muito contemplado [pelo fato de] a Emater pensar no produtor, nas famílias que estão acampadas e nas assentadas, pensar em uma forma de nos ajudar a escoar nossa produção, de subsidiar o começo do plantio”, disse Janaina Elisiário, do Acampamento Marielle Franco. O presidente da Emater falou sobre os programas de compras governamentais como uma das políticas públicas de auxílio na comercialização para os pequenos produtores. “Queremos envolver o maior número possível de produtores nesses programas, porque a gente sabe que é dinheiro que chega à mão do produtor e consegue impactar diretamente a vida das famílias”, afirmou Cleison Duval. Ele destacou a importância de os produtores se organizarem para participar dos programas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com a diretora-executiva da Emater, o encontro foi realizado com objetivo de conhecer melhor as demandas e entender onde e como pode ser possível atuar. “Acho que podemos trabalhar em muitas frentes juntos, inclusive pela certificação orgânica. Trabalhar também a agroecologia, que é um movimento dentro do produto orgânico”, apontou ela, que lembrou, como oportunidade, a inclusão dos alimentos orgânicos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Temos assistência técnica, mas não tínhamos esses encontros, essa troca de informações. A ideia é aumentar a parceria e construir juntos propostas para o povo do campo”, afirmou Claudionor Pereira, do Movimento de Apoio ao Trabalhador Rural (MATR). Também estiveram presentes representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) do DF. *Com informações da Emater
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ExpoAgro de São Sebastião começa nesta quinta-feira (9)
A ExpoAgro de São Sebastião começa nesta quinta-feira (9), às 19h, e vai até domingo (12) no Parque de Exposição de São Sebastião. A diversidade da produção local será apresentada pelos produtores rurais que participam do evento no Salão das Flores e no Salão do Agro. Serão produtos variados da agricultura familiar produzidos em diversos núcleos rurais do Distrito Federal. A entrada é gratuita. Parque de Exposições de São Sebastião recebe a ExpoAgro de quinta (9) a domingo (12), com entrada gratuita | Foto: Divulgação/Emater No Salão das Flores, os apaixonados por plantas vão poder adquirir flores, plantas ornamentais e medicinais, cactos e suculentas, além de produtos para manutenção de plantas e jardins. Já no Salão do Agro, o público vai conferir a diversidade da produção local, com a comercialização de panificados, biscoitos, doces, pimentas, vinho, frutas e hortaliças, por exemplo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para o supervisor Regional Oeste da Emater-DF, Álvaro Castro, eventos como este colocam em evidência a produção e o espaço rural que existe no Distrito Federal. “Além de ajudar na comercialização, esses eventos costumam levar informação sobre a produção local e mostrar a importância dos produtores também para a economia do DF”, ressalta. A programação também inclui shows culturais, espaço gastronômico, fazendinha e uma brinquedoteca para a criançada. Na quinta e na sexta-feira, o evento acontece a partir das 19h. No sábado e no domingo, o parque funciona a partir das 10h. *Com informações da Emater
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Merenda escolar vai ganhar alimentos orgânicos da agricultura familiar
Em torno de 37 mil alunos de 54 escolas da rede pública de ensino das regionais do Guará e de São Sebastião vão contar com produtos orgânicos, produzidos pela agricultura familiar, na alimentação escolar a partir do primeiro dia letivo do segundo semestre deste ano. A novidade está no projeto-piloto para aquisição desses alimentos, que foi apresentado na manhã desta terça-feira (31) durante reunião com a Emater-DF, secretarias de Agricultura (Seagri) e de Educação (SEE) do DF e representantes de cooperativas, associações e comunidades de produtores rurais do DF. As compras da agricultura familiar serão realizadas por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). [Olho texto=”“Hoje comemoramos o avanço que estamos conquistando nas políticas públicas que envolvem a alimentação escolar. Ao oferecer produtos orgânicos, estamos garantindo saúde aos nossos alunos e fortalecendo a agricultura familiar”” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”direita”] O documento apresentado foi construído pelo Grupo de Acompanhamento da Aquisição de Produtos da Agricultura Familiar para a Alimentação Escolar, com objetivo de viabilizar a introdução progressiva de alimentos orgânicos nos cardápios do Programa de Alimentação Escolar do DF (PAE-DF). O grupo, que é constituído por representantes da Emater-DF, Seagri e SEE, é responsável também por avaliar a logística de produção e entrega dos alimentos, a aceitação dos alimentos nas escolas e o custo-benefício. Durante a abertura da reunião, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que a criança que não se alimenta bem não aprende e lembrou que, em muitos casos, é na escola onde muitos alunos realizam a principal refeição do dia. “Hoje comemoramos o avanço que estamos conquistando nas políticas públicas que envolvem a alimentação escolar. Ao oferecer produtos orgânicos, estamos garantindo saúde aos nossos alunos e fortalecendo a agricultura familiar”, disse. O projeto-piloto foi apresentado em reunião com a Emater-DF, secretarias de Agricultura e de Educação e representantes de cooperativas, associações e comunidades de produtores rurais do DF | Foto: Divulgação/Emater-DF “A alimentação é a base de formação do ser humano. Sem ela, o cidadão cresce com sequelas que são levadas para o resto da vida. Esse projeto é um avanço necessário e importante porque ele chega exatamente até as crianças que estão em formação e vai suprir uma necessidade com alimentos saudáveis. É gratificante fazer parte desse momento”, ressaltou o secretário de Agricultura, Fernando Antonio Rodriguez. Já o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, falou que o projeto-piloto para aquisição de produtos orgânicos pelo Pnae no DF é a concretização de um sonho e fruto da ação conjunta da Seagri, Secretaria de Educação e Emater-DF, que levará alimento de qualidade aos alunos, além de fortalecer a agricultura familiar. “Oferecer à comunidade escolar comida saudável e, ao mesmo tempo, fomentar a produção de orgânicos na região são conquistas importantes para todos nós enquanto sociedade. Tudo isso é resultado de uma ação integrada de um governo que valoriza o pequeno produtor rural e o alimento que ele coloca na mesa das pessoas que vivem na cidade. Portanto, hoje é um dia para celebrar”, concluiu Cleison Duval. [Olho texto=”O projeto vai beneficiar em torno de 80 a 120 produtores familiares. Serão fornecidas 378 toneladas de produtos orgânicos, entre hortaliças e frutas, abrangendo entre 30 e 35 itens orgânicos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Formalização A aquisição dos gêneros alimentícios orgânicos será por meio de chamamento público, de acordo com a metodologia estabelecida no Pnae, que deverá ser publicado em maio. A previsão é que o processo de contratação leve até 60 dias para ser concluído e vai beneficiar em torno de 80 a 120 produtores familiares organizados em associações e cooperativas, com previsão de venda para cada produtor no valor de até R$ 40 mil/ano. O início da entrega está previsto para acontecer a partir do primeiro dia letivo do segundo semestre, sendo que o contrato terá vigência de 12 meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Seguindo o projeto-piloto, serão fornecidas 378 toneladas de produtos orgânicos, entre hortaliças e frutas, abrangendo entre 30 e 35 itens orgânicos. Dentre eles, destacam-se abacate, banana prata, limão, maracujá, morango, abóbora, abobrinha, acelga, alface, batata doce, beterraba, brócolis, cenoura, couve manteiga, espinafre, inhame, milho verde, pepino, repolho verde, repolho roxo, tomate, vagem, alho, cebola, cebolinha, coentro, pimentão verde, salsa, hortelã, manjericão e batata. Inicialmente, o projeto-piloto vai atender 54 escolas do Guará e São Sebastião. A expectativa é avaliar a implantação do projeto-piloto nesses locais e estender para outras regiões administrativas. Além dos secretários da Agricultura e de Educação e do presidente da Emater-DF, participaram ainda da reunião o assessor da governadora em exercício Celina Leão, Estevão Firmo, a deputada federal Érika Kokay, além de representantes dos parlamentares Reginaldo Veras e Gabriel Magno, de representantes das associações e cooperativas de produtores rurais do DF e extensionistas da Emater-DF. *Com informações da Emater-DF
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Inscrições abertas para novo ciclo de cursos sobre piscicultura
A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri) iniciará, no mês de fevereiro, um novo ciclo de cursos que abordam técnicas de piscicultura para produtores do DF e Entorno. Os encontros ocorrerão na Granja Modelo do Ipê, no Park Way, e estão distribuídos ao longo de todo o ano. Para 2023, a proposta da pasta é tornar a iniciativa mais dinâmica e atrativa para os produtores. No ano passado, as capacitações foram realizadas em formato semanal com uma temática global sobre a piscicultura. “Este ano vamos focar em temas específicos em forma de minicursos com teoria e prática, e, assim, os produtores poderão passar um dia inteiro com a gente na Granja do Ipê aprendendo técnicas e tecnologias na área”, explica o gerente de Tecnologia Agropecuária da Seagri, Ângelo Costa. O primeiro curso, no dia 14 de fevereiro, tem como tema a produção de peixes em sistemas de recirculação de água | Fotos: Divulgação/Seagri Atualmente, o DF possui o terceiro maior mercado consumidor de pescados do país. No entanto, a produção interna não é suficiente para suprir a demanda. “Nós estamos investindo muito na piscicultura, pois acreditamos ser uma atividade de bom desempenho e que pode ser consorciada através do uso dos resíduos dos peixes como biofertilizante, possibilitando que as pequenas propriedades obtenham autonomia financeira”, frisa Costa. Início dos cursos As inscrições podem ser feitas por telefone ou por meio de link O ciclo de encontros começa no dia 14 de fevereiro, com o minicurso sobre a produção de peixes em sistemas de recirculação de água. “Os sistemas de recirculação de água são mais sustentáveis para produzir peixes, porque praticamente não utilizam água nova. Os resíduos gerados são filtrados e a água retorna limpa para os tanques de cultivo. Geralmente, a produção ocorre dentro de estufas, e por isso a perda por evaporação de água é menor”, detalha o gerente. Os sistemas de recirculação usam uma técnica de filtragem biológica, na qual microrganismos atuam na remoção de compostos nitrogenados. Normalmente, exigem uma renovação de apenas 5% a 10% de água, com uma densidade de estocagem dez vezes maior do que outros sistemas, como o de viveiro escavado. Os sistemas, porém, exigem maior investimento em tecnologia e custos com energia elétrica, pois necessitam de bombas e aeradores funcionando 24 horas ao dia. “Eles já são utilizados no mundo inteiro há muitos anos, e países como Alemanha e Canadá têm se destacado no cenário mundial utilizando essa tecnologia. Aqui, no Brasil, ainda não é tão utilizado, mas é considerado o futuro da piscicultura devido à questão da sustentabilidade”, destacou Costa. Serviço Ciclo de cursos da piscicultura Carga horária: 8 horas Data: A partir de 14 de fevereiro Horário: das 8h às 17h Local: Granja Modelo do Ipê, da Seagri-DF Endereço: SMPW Quadra 8, Conjunto 3, Park Way ? Contatos para inscrição Telefone (WhatsApp): 98312-1038 Formulário de inscrição *Com informações da Secretaria da Agricultura
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Frutos do cerrado serão incluídos na alimentação escolar em 2023
Buriti, gabiroba, jatobá, mangaba, araticum, murici, cagaita e pequi são alguns dos frutos nativos do cerrado que poderão ser vistos em algumas das receitas da alimentação escolar da rede pública de ensino do Distrito Federal em 2023. O cardápio dos estudantes vai ganhar novos ingredientes após ser sancionada, nesta semana, a Lei nº 7.228, que inclui frutos e produtos nativos do cerrado entre os alimentos a serem adquiridos da agricultura familiar para compor a merenda escolar. A inclusão dos frutos do cerrado está em fase de estudos junto aos produtores da agricultura familiar | Foto: Álvaro Henrique / Ascom SEDF [Olho texto=”“A incorporação dos novos alimentos fortalece os hábitos alimentares, permite que os alunos conheçam mais o bioma do cerrado e possibilita o resgate da cultura alimentar no ambiente escolar”” assinatura=”Alda Ramos, diretora de Alimentação Escolar da SEEDF” esquerda_direita_centro=”direita”] “A escola é um ambiente no qual as crianças encontram a possibilidade de desenvolver o paladar para novos sabores, então é o lugar certo para inserirmos esses alimentos. As frutas serão incluídas nos cardápios das escolas ainda em 2023 para que as crianças possam conhecer essa riqueza pertencente ao nosso Cerrado”, destaca a Secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. A diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Alda Ramos, explica que a inclusão dos novos itens está em fase de estudos junto aos produtores da agricultura familiar para levar em consideração a capacidade de produção e fornecimento dos alimentos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O estudo é feito em conjunto com a Secretaria da Agricultura (Seagri) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Os órgãos vão se reunir na próxima semana para tratar da aquisição dos orgânicos e também dos frutos do cerrado. A diretora ressalta que a inclusão de frutos e produtos oriundos do cerrado vai ao encontro do trabalho que já é feito pela SEEDF com a aquisição de produtos da agricultura família. Ela ainda destaca a importância do consumo desses alimentos em relação ao valor nutricional. “A incorporação dos novos alimentos fortalece os hábitos alimentares, permite que os alunos conheçam mais o bioma do cerrado e possibilita o resgate da cultura alimentar no ambiente escolar”.
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Distribuição de 625 toneladas de adubo orgânico beneficia produtores rurais
Cerca de 625 toneladas de adubo orgânico estão sendo distribuídas a produtores de todo o DF, como forma de fomentar a geração de renda no campo e promover a inclusão produtiva da população rural. A ação, executada pela Secretaria de Agricultura (Seagri), começou atendendo os assentados da reforma agrária e será estendida também a agricultores familiares. Distribuição de adubo orgânico busca apoiar a agricultura familiar | Foto: Divulgação/Seagri Ao todo, serão mais de 24 mil sacos de adubo orgânico, distribuídos a aproximadamente 245 produtores. Eles terão direito de receber 100 sacos, totalizando 2,5 toneladas para cada. [Olho texto=”“Essa entrega foi muito importante e chegou em um momento realmente necessário. Foi um ano difícil, e devido à minha situação financeira, eu não teria condição de comprar adubo bom e orgânico igual a esse para usar na produção”” assinatura=”Cristina Miranda, produtora no assentamento Estrela da Lua” esquerda_direita_centro=”direita”] “O principal objetivo é fomentar a agricultura familiar por meio da produção de hortaliças, de folhosas, e até mesmo frutas”, explicou o subsecretário de Política Sociais Rurais da Seagri-DF, William Barbosa. Produtora no assentamento Estrela da Lua, na região do Paranoá, Cristina Miranda conta que a entrega ajudou em um momento complexo de sua produção. “Essa entrega foi muito importante e chegou em um momento realmente necessário. Foi um ano difícil e, devido à minha situação financeira, eu não teria condição de comprar adubo bom e orgânico igual a esse para usar na produção.” Os recursos necessários para a ação foram adquiridos por meio de emendas parlamentares do deputado distrital Valdelino Barcelos, no valor de R$ 300 mil, e da deputada distrital Arlete Sampaio, no valor de R$ 200 mil, em um total de R$ 500 mil investidos na agricultura familiar do Distrito Federal. A entrega de adubo orgânico aos produtores é apenas a primeira etapa da ação. A Seagri pretende também oferecer sementes, incluindo culturas como alface, rúcula, quiabo, beterraba e cenoura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “São diversos kits de insumos que serão entregues a vários produtores do DF até abril do ano que vem. No pacote todo, vamos entregar ainda kits bem robustos, com sementes e mudas”, finalizou o subsecretário da Seagri-DF. Atualmente produtora de mandioca, quiabo e maracujá, Cristina Miranda se empolga também com a ideia de praticar outras culturas no futuro. “Tenho novas projeções de plantio para o próximo ano, e seria ótimo receber esses outros insumos. Eles são de um valor econômico muito grande, pois ajudam não só na comercialização, mas também na plantação”, finaliza. *Com informações da Seagri-DF
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Mais R$ 10 milhões destinados à agricultura familiar por meio do PAPA/DF
Estão abertos os dois últimos editais do Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA/DF) do ano, chamadas públicas n°5 e n°6, que destinarão mais de R$ 10 milhões à agricultura familiar do Distrito Federal. As quase 2 mil toneladas de alimentos serão destinadas a escolas do DF e entorno, em uma parceria entre a Secretaria da Agricultura e a Secretaria de Educação | Foto: Divulgação / Seagri-DF O governo do Distrito Federal (GDF) irá adquirir feijão carioca, farinha de milho flocada, arroz branco polido, colorífico/colorau, cúrcuma em pó/açafrão da terra e farinha de mandioca. As quase 2 mil toneladas de alimentos serão destinadas a escolas do DF e entorno, em uma parceria entre a Secretaria da Agricultura e a Secretaria de Educação. [Olho texto=”Os agricultores familiares e organizações interessadas em fornecer os produtos deverão encaminhar os documentos de habilitação e a Proposta Técnica de Venda – PTV até o dia 17 de janeiro de 2023″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O PAPA-DF É um programa já conhecido e bem sucedido no Distrito Federal. De 2019 a outubro de 2022, foram quase 800 agricultores familiares contemplados e mais de 60 mil pessoas beneficiadas com a doação de alimentos. Só em 2022, foram mais de R$ 15,4 milhões contratados por meio do PAPA/DF, para atendimento a demandas do poder executivo do Distrito Federal. A cooperação entre as duas secretarias também não é novidade. Neste ano, outras demandas escolares já haviam sido atendidas pelos agricultores familiares do DF por meio do programa, com o fornecimento de quase R$ 10 milhões em produtos lácteos, como manteiga e queijo muçarela. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diretor de Compras Institucionais da Seagri-DF, Lúcio Flavio, mantém boas expectativas para o setor de compras de institucionais em 2023. “No próximo ano, em parceria com a Secretaria de Educação, devemos iniciar o projeto piloto da compra de orgânicos. O projeto, apresentado pelo Grupo de Acompanhamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), composto por representantes da SEE/DF, Seagri/DF e Emater/DF, deve atender a duas regionais de ensino”, finalizou Lúcio Flávio. Os agricultores familiares e organizações interessadas em fornecer os produtos deverão encaminhar os documentos de habilitação e a Proposta Técnica de Venda – PTV até o dia 17 de janeiro de 2023. Os editais estão disponíveis no link https://www.agricultura.df.gov.br/editais-papa-df-2022/. *Com informações da Seagri-DF
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Programa Terra Brasil financiará mais produtores em 2023
O Programa Nacional de Crédito Fundiário – Terra Brasil tem como objetivo dar a oportunidade do acesso à terra ao trabalhador rural. De acordo com seu perfil de renda e patrimônio, cada produtor recebe um financiamento bancário que possibilita a compra de um imóvel rural com condições (valor, prazo, juros e carência) diferenciadas. A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) apresentou, na última sexta-feira (16), um balanço anual do programa e divulgou novas propostas e condições de crédito para 2023. As linhas de crédito do programa podem chegar a até R$ 174.289,41, e, para produtores com patrimônio de até R$ 40 mil, por exemplo, a taxa anual de juros não passa de 0,5% | Foto: Divulgação/Seagri Para o secretário de Agricultura, Candido Teles, o Programa tem potencial para levar paz social ao campo. “O Terra Brasil foi um achado do governo. Ele dá cidadania aos pequenos produtores, além do direito de comprar sua terra de forma financiada, com assistência técnica e com a compra da sua produção garantida, pois o poder público pode comprar da agricultura familiar por dispensa de licitação. O caminho mais curto para se chegar à paz social no campo é através da escritura”. [Olho texto=”Em 2022, foram 95 projetos contratados na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride), e a expectativa para 2023 é chegar a 300″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A produtora Janaína Elisiário, do acampamento Marielle Franco, acompanhou a apresentação representando outras 37 famílias acampadas. Elas buscam soluções mais rápidas e eficientes para viabilizar a produção. “Nós temos esse sonho de liberdade. De trabalhar para nós mesmos, de poder produzir nossos próprios alimentos e de alcançar os objetivos que tanto buscamos. Nós vemos no crédito fundiário essa oportunidade de ter acesso à terra com um pouco mais de rapidez, além de podermos acessar mais políticas públicas”, frisou. As linhas de crédito do programa podem chegar a até R$ 174.289,41, e, para produtores com patrimônio de até R$ 40 mil, por exemplo, a taxa anual de juros não passa de 0,5%. “Nós já atendemos famílias do Goiás e do DF que não tinham terras e que passaram a ter pelo Crédito Fundiário. Nossa apresentação teve o objetivo de mostrar às famílias como o programa funciona, para que possamos aumentar ainda mais o número de beneficiários”, afirmou o diretor de Crédito Fundiário da Seagri-DF, Adão Carlos. Ainda segundo o diretor, em 2022, foram 95 projetos contratados na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno (Ride), e a expectativa para 2023 é chegar a 300. “O Terra Brasil é a porta de entrada para se tornar um agricultor e ter acesso a todas as outras políticas públicas disponíveis ao produtor familiar. Após esse primeiro passo de acesso aos investimentos e custeios para poder viabilizar a produção, ele poderá acessar outras políticas públicas, como o Minha Casa, Minha Vida – Rural, PNAE, PRONAF A, entre outros”, explicou Adão Carlos. Antes do Terra Brasil, o produtor de leite Celso Ferreira conta que pensou em desistir | Foto: Divulgação/Seagri Para o coordenador-geral do Fundo de Terras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Hebert Rodrigues, a parceria entre o governo e o estado permitiu que o projeto se desenvolvesse melhor ao longo dos anos. “Desde que assumimos, percebemos que o programa tinha alguns gargalos e que precisávamos fazer uma reestruturação. Hoje nós temos uma proposta bem mais eficiente e estamos em uma crescente. É uma política muito importante, e que vai atravessar essa transição de governos sem maiores consequências”. Produtor de leite, Celso Ferreira conta que pensou em desistir de produzir. “Mas recebi a ajuda da secretaria e do Adão e decidi seguir em frente”. Quando enfim foi contemplado com o crédito fundiário, Celso teve covid e precisou ser internado. “Tive que reaprender a falar, andar e escrever. Mas quando melhorei, falei para a enfermeira: preciso de um caderno para treinar minha assinatura. Minha terrinha saiu e eu vou assinar esse contrato”. Celso produz hoje cerca de 100 litros por dia, e dá um recado àqueles interessados. ”Os que estão na fila esperando, ou que estão pensando em entrar para o programa, podem acreditar. O trabalho é feito com muito afinco e eu vi acontecendo de perto”, finalizou. O secretário de Agricultura terminou sua apresentação pedindo à população que acredite no crédito fundiário do Terra Brasil. “Quando esse projeto foi apresentado, todo mundo olhou desconfiado, inclusive eu. Normal, era algo desconhecido. Mas quando eu vi a felicidade das pessoas com o seu título na mão, podendo vender seus produtos nas feiras comunitárias e nos municípios pequenos, eu vi que o programa era bom e que trazia uma solução”, finalizou Candido Teles. *Com informações da Seagri-DF
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Mais R$ 4,5 milhões investidos na agricultura familiar
A Seagri, a Emater e a Sedes realizaram cerimônia para chamamento público nesta segunda-feira (12) | Foto: Seagri A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), vai investir R$ 4,5 milhões na agricultura familiar. Por meio de chamamento público, serão beneficiados 300 produtores do DF e Entorno, com a aquisição de 120 mil cestas verdes. [Olho texto=”“De uma vez, nós servimos a dois atores: ao produtor rural e às famílias carentes. E esse modelo tem sido exportado para outros lugares”” assinatura=”Candido Teles, secretário da Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Por meio do programa Cesta Verde, é possível atender tanto pequenos produtores quanto famílias em situação de vulnerabilidade social. De 2019 até agosto de 2022, a iniciativa cresceu e foi responsável por distribuir mais de 265 mil cestas no Distrito Federal. “Esse é o dinheiro mais bem aplicado do governo, pois, de uma vez, nós servimos a dois atores: ao produtor rural e às famílias carentes. E esse modelo tem sido exportado para outros lugares. Há alguns meses, recebemos o ministro de Negócios do Paraguai, que veio para conhecer o sistema”, afirma o secretário de Agricultura, Candido Teles. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, explica que “nesse contrato, aumentamos o número de cooperativas que fornecem os produtos da Cesta Verde, porque entendemos a importância desse programa para incentivar os pequenos agricultores, a economia local, além de garantir que as famílias terão em casa alimentos saudáveis e naturais”. Um dos beneficiados do dia, o presidente da Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), Maurício Rezende, reitera a importância do Cesta Verde e revela almejar um crescimento ainda maior. “Esse programa tem sido essencial, é como uma injeção na veia. É um dinheiro que atende bem o produtor rural, que pode levar o que produz aos mais necessitados. Nós temos que parabenizar essa iniciativa e vamos trabalhar para que no próximo ano esse recurso aumente ainda mais”, frisa. [Olho texto=”“Entendemos a importância desse programa para incentivar os pequenos agricultores, a economia local, além de garantir que as famílias terão em casa alimentos saudáveis e naturais”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Composta por frutas, legumes e verduras, o Cesta Verde é oferecido como complemento às 85.990 famílias beneficiárias do Cartão Prato Cheio com o objetivo de combater à insegurança alimentar e nutricional. Ela também é entregue às pessoas que recebem a cesta básica emergencial. “Ninguém vive sem comer. Se não houver agricultura e não houver campo, não há cidade. E a agricultura familiar é responsável por alimentar muita gente. Sabemos a gravidade do problema da fome, mas o trabalho tem sido grande e a resposta tem sido dada”, destaca Candido Teles. Papa-DF [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Programa de Aquisição de Frutas, Verduras e Legumes produzidos por Agricultores Familiares (Papa-DF), nos moldes da Lei Distrital nº 4.752/2012 e Decreto Distrital nº 33.642/2012, foi criado no intuito de atender os programas sociais da Secretaria de Desenvolvimento Social. Pela parceria entre Sedes e Seagri, beneficiários do programa Prato Cheio podem receber uma ou mais cestas verdes durante o ciclo de nove meses de concessão do benefício. “O Cesta Verde complementa o programa Prato Cheio. Na época em que o cartão foi criado, descartamos converter a Cesta Verde em dinheiro, porque, ao mesmo tempo que viabilizamos uma alimentação saudável e de qualidade para as famílias, garantimos que os produtos serão adquiridos dos agricultores familiares do DF”, pontua a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Sedes, Vanderlea Cremonini. *Com informações da Secretaria da Agricultura
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Alimentação escolar agora tem muçarela e manteiga no cardápio
Diretamente de chácaras e fazendas de 84 produtores rurais familiares do Distrito Federal e Entorno chegam duas novidades para alimentação escolar da rede pública de ensino: muçarela e manteiga. Ao todo, as escolas do DF receberão 30 mil kg de queijo e 3.500 kg de manteiga por mês para as preparações dos alimentos de 465.965 estudantes da rede. A aquisição foi feita pela Secretaria de Agricultura (Seagri), por meio do programa Papa-DF. O queijo e a manteiga que chegam às escolas vem diretamente de chácaras e fazendas de 84 produtores rurais familiares do DF e Entorno | Fotos: Mary Leal/SEE “É a primeira vez que teremos muçarela na alimentação escolar da rede pública do DF e será a volta da manteiga na rede. É um enorme avanço porque traz mais variedade ao cardápio, estimula o consumo de novos ingredientes pelos estudantes e ainda apoia a agricultura familiar”, destaca a diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação, Fernanda Melo. [Olho texto=” “É muito gratificante ver que vai chegar na mesa dos estudantes um produto agroecológico e sem aditivos químicos. Vejo isso como uma conquista para a merenda dos estudantes. É muito bom fazer parte disso”” assinatura=”Luciano Andrade, presidente de cooperativa selecionada” esquerda_direita_centro=”direita”] Para que o queijo e a manteiga cheguem até o prato dos estudantes, um longo caminho precisa ser percorrido. Milton Vieira, 52 anos, faz parte dessa cadeia de produção. Ele trabalha em uma fazenda no Gama que entrega leite para umas das cooperativas que desenvolvem esses dois novos gêneros. “A gente zela pelos animais para que o leite seja de qualidade. É bom saber que as crianças terão queijo e manteiga de boa qualidade na merenda”, conta Milton, que tem filhos estudando na rede pública. O produto inicial, o leite, é enviado para os laticínios para que seja feito o preparo necessário até que se transforme nos produtos finais: queijo e manteiga. A Chamada Pública n° 2/22 selecionou os produtos advindos de agricultores familiares e de empreendedores familiares rurais, de acordo com as exigências do edital e das legislações pertinentes. Quase 700 escolas da rede pública receberão a muçarela. Enquanto, a manteiga chegará nas unidades escolares em que há mais de uma refeição por dia. “É muito gratificante ver que vai chegar na mesa dos estudantes um produto agroecológico e sem aditivos químicos. Vejo isso como uma conquista para a merenda dos estudantes. É muito bom fazer parte disso”, afirma Luciano Andrade, presidente da Cooperativa Coopindaiá, selecionada na chamada púbica. A Escola Classe 39 de Taguatinga estreou a novidade no lanche das crianças nesta segunda-feira (7). As alunas Mirelle Sophia e Laís Barros aprovaram No prato dos alunos A entrega da muçarela e da manteiga começou neste mês de novembro. A Escola Classe 39 de Taguatinga estreou a novidade no lanche das crianças nesta segunda-feira (7). O sanduíche de queijo foi sucesso entre os estudantes. A dupla do 5º ano do ensino fundamental Mirelle Sophia da Cruz, 12 anos, e Laís Barros, 11 anos, gostaram muito. “A gente ainda não sabia que iria ter o queijo no lanche. Gostei muito da novidade. Uma delícia”, avalia Mirelle. A colega Laís comentou que a muçarela não é produto comum no seu dia a dia e ficou feliz com a oportunidade de comer novos alimentos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As nutricionistas da Gerência de Planejamento, Acompanhamento e Oferta da Alimentação Escolar da Secretaria de Educação desenvolveram um caderno de sugestões de receitas que é atualizado cada vez que é incluído um novo gênero alimentício para os estudantes da rede pública. O material contém receitas e preparos para auxiliar as merendeiras nesse processo. Duas receitas com muçarela foram adicionadas. Além das receitas, a diretoria também envia orientações de como porcionar o queijo e a manteiga, apresentando as possibilidades de acordo com os utensílios disponíveis na rede pública. Além disso, também há a indicação da quantidade a ser consumida pelos estudantes, considerando cada modalidade de ensino da educação básica. *Com informações da Secretaria de Educação
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Investimento de R$ 7,9 mi em crédito beneficia mais de 290 produtores
O apoio em crédito à agricultura familiar tem crescido no Distrito Federal e na Região de Desenvolvimento Integrado do Distrito Federal (Ride). Por meio do Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), o GDF concedeu R$ 7,9 milhões a 78 projetos, beneficiando 296 produtores rurais, de 2019 até 2022. O empréstimo tem como objetivo aumentar a produção, a renda e a permanência dos produtores no espaço rural ao financiar projetos de investimento e custeio agropecuários. “O crédito rural é o principal subsídio de produção para a agricultura no Distrito Federal e no Brasil”, ressalta o diretor de Gestão de Fundos da Secretaria de Agricultura (Seagri), José Luiz Guerra. O crescimento do fundo nos últimos anos – que subiu de R$ 1,42 milhão em 2019 para R$ 2,01 milhões em 2022 – se deve ao próprio empréstimo. O capital que retorna dos pagamentos é cedido a novos produtores, formando um ciclo. “A nossa inadimplência é pequena, então a gente consegue ter um controle bom e costuma ter uma arrecadação de até R$ 3 milhões ao ano de pagamento do que foi emprestado”, acrescenta Guerra. Podem ser beneficiados pelo FDR produtores rurais assistidos pela Emater, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além disso, houve uma maior procura pelo FDR devido à permanência da concessão durante o auge da pandemia da covid-19 e à facilidade de acesso ao crédito aos produtores. “Na pandemia, os produtores tiveram problemas na concessão das outras linhas de crédito, mas aqui na Secretaria de Agricultura não paramos”, afirma o diretor. “Os créditos maiores para os produtores exigem a garantia da terra, e muitos deles não têm as escrituras. Esse fundo usa avalista, e o próprio governo avalia o produtor rural”, explica. Benefícios Produtores rurais assistidos pela Emater, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais podem ser beneficiados pelo FDR. É necessário elaborar um projeto técnico e apresentar documentos pessoais, fundiários e ambientais. Mais informações sobre o empréstimo podem ser obtidas no site da Seagri. Nos últimos dois anos, o fundo financiou projetos de agroindústria cervejeira e de embutidos, trator, estufas agrícolas, energia fotovoltaica, irrigação, equipamentos de grãos, veículos para transporte, retroescavadeira, implemento agrícola e agrofloresta. A produtora rural Fátima Cabral usou valor concedido pelo FDR para comprar um furgão para fazer a distribuição de cestas de frutas e verduras Fátima Cabral, 63 anos, é responsável, ao lado da família, pela Pé na Terra Agroecologia, que produz frutas, legumes, verduras e hortaliças em uma chácara no Núcleo Rural Pipiripau, em Planaltina. O projeto foi beneficiado pelo FDR de crédito. Com o valor concedido, a família comprou um furgão para fazer a distribuição das cestas vendidas no formato CSA (comunidade que sustenta a agricultura). “Nós fazíamos a entrega com uma Kombi e precisávamos fazer em dois dias da semana, porque não cabia tudo. Agora, a gente realiza apenas na terça-feira a entrega em todos os pontos: 409 Norte, 113 Sul e Funai. Agilizou, porque agora em um dia apenas fazemos tudo”, afirma. Por semana, os produtores costumam levar mais de 45 cestas no veículo. Essa não foi a primeira vez que a família recorreu a um auxílio do governo para incrementar a produção. O filho dela e a nora também participaram do Prospera, da Secretaria de Trabalho (Setrab), para angariar recursos para a implementação de banana na chácara. “Aqui em Brasília estamos muito bem-apoiados pelo governo, com órgãos como a Secretaria de Agricultura, a Emater e a Embrapa”, destaca Fátima.
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