Evento debate estratégias de alfabetização
O Distrito Federal recebeu, entre os dias 1º e 3 deste mês, o 4º Ciclo Formativo da Rede Nacional de Articulação, Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa). O encontro faz parte da estratégia de implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), instituído pelo Decreto nº 11.556/2023, que visa à integração dos esforços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, com a finalidade de garantir o direito à alfabetização das crianças brasileiras. Na cerimônia de abertura, estavam presentes, compondo a mesa principal, a secretária nacional de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Kátia Helena Schweickardt; o coordenador-geral de Alfabetização do MEC, João Paulo Mendes de Lima; e a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação (SEEDF), representando o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Iêdes Braga, entre outras autoridades. Iêdes Braga destacou a importância da política pública: “O compromisso do Criança Alfabetizada é uma das principais políticas que nós temos nesse país. Aqui, temos o Programa de Alfabetização e Letramento do DF [Alfaletrando], que possui a missão de alfabetizar todas as crianças até o final do 2º ano do ensino fundamental. Quando alfabetizamos na idade certa, evitamos muitos outros problemas”. A subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, participou do 4º Ciclo Formativo da Renalfa | Foto: Jotta Castto/SEEDF A programação do primeiro dia do evento em Brasília contou com a participação dos estudantes da Escola Classe (EC) 12 de Taguatinga, que encenaram o espetáculo O Rei Leão. Kátia Schweickardt incentivou os articuladores a continuarem com o trabalho intenso. “A gente vem fazendo essa experiência com a Renalfa desde 2023, pois é um verdadeiro piloto do Sistema Nacional de Educação que foi recentemente aprovado. Não dava para fazer essa articulação aqui de Brasília sozinhos, tínhamos que mergulhar nesse Brasil. A gente foi costurando essa teia com gente do país inteiro”, afirmou. Os ciclos formativos da Renalfa têm promovido formação e articulação entre gestores e técnicos de todo o país. Os encontros anteriores foram realizados em Curitiba (PR), Belém (PA), João Pessoa (PB), Vitória (ES), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA), Manaus (AM) e Rio de Janeiro (RJ). O coordenador-geral de Alfabetização do MEC, João Paulo Mendes de Lima, comemorou cada conquista realizada pelos estados e municípios, e a oportunidade de começar o planejamento para 2026: "Pensando no nosso indicador, esse encontro é uma sinalização para que estados e municípios trabalhem de forma coordenada e desenvolvam ações sistêmicas, pensando sempre no resultado: a garantia do direito de alfabetização de todas as crianças”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Fórum discute projetos do ensino fundamental da rede pública do DF
Entre os dias 6 e 8 de outubro, professores e gestores do ensino fundamental da rede pública do Distrito Federal participarão do Fórum do Ensino Fundamental: da alfabetização às adolescências, no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), na Asa Norte. As inscrições estão abertas e podem ser feitas on-line. Em todos os dias do Fórum, haverá momentos de homenagem aos autores das práticas pedagógicas selecionadas, reforçando o compromisso da Secretaria de Educação (SEEDF) com o reconhecimento do trabalho dos profissionais da educação. A programação do Fórum do Ensino Fundamental foi pensada para valorizar o trabalho de quem está no dia a dia da escola | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF “A programação foi pensada para valorizar o trabalho de quem está no dia a dia da escola. Queremos ver professores, gestores e equipes pedagógicas que atuam nas Coordenações Regionais de Ensino (CREs) trocando experiências e se inspirando uns nos outros para melhorar ainda mais a aprendizagem dos nossos estudantes”, afirma a diretora de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação do DF, Ana Carolina Tavares. O seminário começa com o painel Do diagnóstico à ação: estratégias de gestão para fortalecer as aprendizagens no ensino fundamental, que vai apresentar relatos das coordenações regionais de ensino de Samambaia, Ceilândia e Plano Piloto sobre o impacto das avaliações do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) no Programa Alfaletrando. “Cada prática pedagógica que será apresentada é um exemplo concreto de dedicação e criatividade dos nossos educadores. Reconhecer essas ações é essencial para fortalecer a rede e inspirar novas iniciativas”, destaca Ana Carolina Tavares. Programação Um dos destaques do fórum será o painel Alfabetização na perspectiva dos diversos letramentos: inovação e aprendizagem significativa [LEIA_TAMBEM]O segundo dia do fórum será voltado a práticas pedagógicas realizadas nos anos iniciais do ensino fundamental e dedicado a dois temas centrais. No período da manhã, o painel Alfabetização na perspectiva dos diversos letramentos: inovação e aprendizagem significativa trará experiências de educação financeira, letramento científico e robótica envolvendo alunos do 5º ano. Já na parte da tarde, o foco será o painel Alfabetização na perspectiva dos diversos letramentos: entre vozes, saberes e sustentabilidade, que apresentará projetos de conscientização ambiental, práticas inclusivas de alfabetização para estudantes indígenas e o trabalho de musicalização Trilhando Sons. Encerrando o evento, serão apresentadas, em dois painéis, práticas pedagógicas realizadas em escolas que ofertam anos finais. No período da manhã, será realizado o painel O ensino fundamental e as adolescências: leitura e caminhos para a diversidade, que trará experiências de dança, artes visuais e incentivo à leitura. Já à tarde, o painel O ensino fundamental e as adolescências: natureza, linguagem e matemática em diálogo abordará práticas que envolvem horta agroflorestal, uso de avaliações externas para a recomposição das aprendizagens em Língua Portuguesa e a iniciativa Motiva Matemática — Reconectando Saberes, que busca aproximar os estudantes da disciplina por meio de novas metodologias. *Com informações da Secretaria de Educação
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Em seminário, GDF destaca protagonismo da capital no combate ao analfabetismo
Ainda que o Distrito Federal alcance índices de alfabetização de destaque nacional, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) acompanha de perto as políticas e projetos que visam a intensificação de ações para superar o analfabetismo e fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesta semana, na última quarta-feira (10), a Pasta participou do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA), promovido pelo Ministério da Educação (MEC). O encontro aconteceu no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação do MEC (Cetremec), em Brasília. O objetivo foi avaliar os resultados do primeiro ano de implementação do pacto. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, participou do seminário e ressaltou o papel da capital no enfrentamento ao analfabetismo. "O DF assumiu o compromisso de se tornar livre do analfabetismo e já alcança índices de destaque nacional. Foi fundamental valorizar os profissionais da EJA, ampliar as oportunidades de estudo e investir em políticas públicas integradas para que cada cidadão tivesse acesso ao direito de aprender”, afirmou. No encontro, Hélvia representou o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Ela destacou a importância da parceria entre União, estados, DF e municípios para enfrentar o desafio do analfabetismo. “O pacto só alcança resultados concretos porque é construído coletivamente. A atuação conjunta dos sistemas de ensino e o diálogo permanente com MEC é fundamental para transformar a realidade da EJA em todo o país”, afirmou. A secretária de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Hélvia Paranaguá, participou do seminário e ressaltou o papel da capital no enfrentamento ao analfabetismo | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF Programas e avanços nos indicadores no DF De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2022, o DF apresentou o segundo menor índice de analfabetismo do país. Já a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) mostra que o percentual de pessoas sem escolaridade caiu de 4,2% em 2021 para 1,5% em 2024, resultado direto das políticas públicas voltadas à EJA. Atualmente, 106 escolas da rede pública oferecem turmas da modalidade. Entre as principais iniciativas está o Programa DF Alfabetizado, que oferece bolsas para alfabetizadores e coordenadores, reconhecendo o papel dos educadores populares. A SEEDF também aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado e desenvolve ações como o Pé-de-Meia da EJA, que apoia financeiramente estudantes em situação de vulnerabilidade, e o PNLD EJA, que garante material didático adequado para essa modalidade. Visitação e Mostra do Pacto EJA, parte da programação do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto EJA "O DF assumiu o compromisso de se tornar livre do analfabetismo e já alcança índices de destaque nacional. Foi fundamental valorizar os profissionais da EJA, ampliar as oportunidades de estudo e investir em políticas públicas integradas para que cada cidadão tivesse acesso ao direito de aprender” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF Outro destaque é o ProfsEJA, programa de formação continuada em serviço, que já conta com mais de 2,8 mil cursistas em 2025, entre professores, coordenadores, gestores e educadores populares. “Valorizar os profissionais que atuam na EJA é fundamental para assegurar qualidade no processo de ensino e aprendizagem”, afirma a diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Sena. A política da SEEDF também contempla públicos historicamente excluídos, como pessoas privadas de liberdade, população em situação de rua e estudantes de unidades de acolhimento. Apenas no sistema prisional, a oferta da EJA cresceu 678% entre 2021 e 2024, com 148 turmas e mais de 2 mil atendimentos. Além disso, um projeto-piloto de EJA a distância busca ampliar o alcance da modalidade. Estudo inédito e materiais didáticos Durante o evento do MEC, houve o lançamento dos Cadernos EJA para o ensino médio, em parceria com a Unesco, e da série de vídeos “E aí professora”, produzida pela Fundação Roberto Marinho e pelo Canal Futura. Outro destaque foi a apresentação da pesquisa inédita “Retorno Econômico da Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos no Brasil”, que demonstrou como a escolarização de jovens, adultos e idosos impacta diretamente a economia e a inclusão social do país. A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC), Zara Figueiredo, destacou a relevância dos materiais lançados para fortalecer a EJA em todo o país. “Esses cadernos são recursos que potencializam o trabalho em sala de aula, ao oferecer esse suporte e contribuir para uma formação mais qualificada”, afirmou. O estudo econômico apresentado pelo MEC foi encomendado em parceria com a Unesco, que fez um mapeamento dos impactos da EJA na vida dos alunos. “Hoje também lançamos, com exclusividade, um estudo sobre o retorno econômico da EJA, elaborado pela pesquisadora Fabiana de Felício, da FGV, mostrando o impacto positivo da alfabetização e da conclusão da EJA sobre a renda e a inserção no mercado de trabalho”, completou Zara. *Com informações da Secretaria de Educação
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Dia Mundial da Alfabetização destaca que DF tem o menor índice de analfabetismo do país
Nesta segunda-feira, 8 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para destacar a importância da leitura e da escrita para o desenvolvimento individual e social. No Distrito Federal, a data ganha relevância diante dos avanços registrados nos últimos anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada neste ano mostra que apenas 1,8% da população do DF com 15 anos ou mais não sabe ler ou escrever — o menor índice do país. Nos primeiros anos escolares, a Prova DF apontou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados. A meta é alcançar 80% até 2030, conforme o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Nos primeiros anos escolares, a Prova DF apontou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Segundo a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, o desafio é grande, mas os resultados indicam vitórias consistentes: “A alfabetização é a base de toda a trajetória escolar e precisa ser prioridade absoluta. E no DF estamos construindo um caminho sólido, em que cada criança e cada jovem tem o direito garantido de aprender”. Para fortalecer esse processo, a Secretaria de Educação (SEEDF) criou o Programa de Alfabetização e Letramento do DF — Alfaletrando, que atua em cinco eixos: governança e política distrital, formação de professores, infraestrutura, avaliação e reconhecimento de boas práticas. Educação infantil e primeiros anos A alfabetização nas escolas públicas do DF começa aos 6 anos do estudante e deve estar consolidada até o 3º ano do ensino fundamental. A rede tem investido em materiais pedagógicos, formação de professores e incentivo à leitura, com a criação de cantinhos de leitura e o compartilhamento de práticas exitosas em espaços, como o Fórum do Ensino Fundamental. A alfabetização nas escolas públicas do DF começa aos 6 anos e deve estar consolidada até o 3º ano do ensino fundamental Essas ações são acompanhadas por avaliações regulares de fluência leitora, que utilizam recursos tecnológicos para medir com precisão o desempenho das crianças no 2º ano. A partir dos resultados, as equipes pedagógicas podem ajustar intervenções e estratégias em sala de aula. Segundo a SEEDF, essa integração entre tecnologia, formação de professores e acompanhamento pedagógico fortalece a alfabetização desde o início da trajetória escolar. Para a secretária Hélvia Paranaguá, o investimento precisa ser contínuo e coletivo: “A alfabetização é um pacto social. Cada ação, desde a formação de professores ao acolhimento de jovens e adultos, fortalece nossa missão de garantir que ninguém fique para trás”. Educação de Jovens e Adultos Outra frente que auxilia ativamente na redução do analfabetismo é o DF Alfabetizado, destinado a jovens, adultos e idosos. No primeiro semestre de 2025, o programa abriu 53 turmas e atendeu a 1.350 pessoas; no segundo, já são 64 turmas em áreas urbanas e rurais. O DF Alfabetizado tem oferta descentralizada, alcançando locais como comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos [LEIA_TAMBEM]O DF Alfabetizado tem como diferencial a oferta descentralizada, alcançando locais que as escolas tradicionais não atendem, como comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos. A proposta é oferecer alfabetização básica e garantir a transição para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliando as chances de conclusão da educação básica e de acesso a melhores oportunidades de trabalho e renda. Outra iniciativa é o Programa de Formação Continuada e em Serviço dos Profissionais da EJA e do DF Alfabetizado, que capacitou 1.400 educadores somente no primeiro semestre de 2025. A expectativa é que esses movimentos consolidem uma política distrital capaz de tornar o DF um território livre do analfabetismo. Nesse esforço, a secretaria já conta com adesão ao Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, além da implantação do PNLD EJA, que distribuirá livros didáticos em 2026, incluindo conteúdos de cultura digital. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto Alfaletrando lança livro escrito por servidoras da Educação
Uma manhã com música, poesia e rima na Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Guará. Nesta sexta-feira (15), foi celebrada a cerimônia de lançamento do livro Prazer em te conhecer!, idealizado pelas servidoras Renata Leal e Cinthia Cortes para o programa Alfaletrando, da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). A obra une história, ilustrações e recursos lúdicos para transformar o aprendizado em uma experiência mágica na alfabetização dos alunos. A protagonista da obra é a Alfaletrinha, personagem que convida as crianças a embarcar em uma jornada divertida e cheia de descobertas pelo universo das letras. A história, rimada e de fácil compreensão, foi pensada para tornar o aprendizado mais significativo, unindo recursos visuais e auditivos a momentos lúdicos que estimulam a imaginação. Hélvia Paranaguá (de branco, abaixada ao centro): "A alfabetização é a base do sucesso de uma criança e, por isso, nossa rede 100% inclusiva trabalha com todas as deficiências" | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF “Estou muito feliz por essa iniciativa importante e necessária para a educação do Distrito Federal. A alfabetização é a base do sucesso de uma criança e, por isso, nossa rede 100% inclusiva trabalha com todas as deficiências. É uma alegria enorme ver iniciativas como essa florescerem aqui no DF e inspirarem outras redes do país”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. A coordenadora do programa Alfaletrando na CRE Guará e uma das autoras do livro, Cínthia Cortes, contou que a obra nasceu a partir do diagnóstico das fragilidades da alfabetização identificadas nas escolas do Guará. “O livro surgiu da necessidade que identificamos ao analisar os resultados de avaliações de larga escala, como a prova de alfabetização aplicada no fim do ano. Pensamos em um material que o professor pudesse usar diretamente em sala de aula, com palavras simples, visual atrativo e todo rimado”, explicou. Brincar e aprender O ilutrador Alexandre Pessoa, entre as autoras, se inspirou nas necessidades dos próprios alunos para criar a identidade visual do projeto O projeto também contou com a participação do professor da Escola Classe (EC) 01 da Estrutural e ilustrador do livro, Alexandre Pessoa. O docente falou sobre o processo criativo da obra, inspirado nas necessidades de sua turma do 2º ano do ensino fundamental. “Quando recebi o convite, pensei no que os meus alunos mais precisavam, e coloquei todo o meu propósito no projeto. Desenvolvi a boneca do jeito que a Cinthia queria, mas sempre pensando em maximizar a alfabetização da minha turma e de todas as crianças”, apontou. Para o docente, o papel da ilustração é fundamental no aprendizado. “Às vezes, a imagem conta mais histórias do que o próprio texto, porque permite que a criança imagine situações além do que está escrito.” Lúdico e interativo [LEIA_TAMBEM]Além do livro, foram criados jogos, músicas, boneca e desenho animado, todos protagonizados por Alfaletrinha. Cada uma das 14 unidades escolares do Guará que atendem o Bloco Inicial de Alfabetização (BIA) receberá um kit com o livro, jogos e um QR Code para acessar as canções. A personagem também visita as escolas, aproximando as crianças da história e incentivando o hábito da leitura, mesmo em um cenário marcado pelo uso intenso das telas e das redes sociais. “Existe uma quebra muito grande da educação infantil para o ensino fundamental, e precisamos manter a ludicidade também nessa etapa. Eles ainda são crianças e precisam desse estímulo”, destacou a autora do livro e articuladora regional do Alfaletrando no Guará, Renata Leal. Além do livro, a iniciativa conta com um podcast voltado para professores, jogos de trilha e uma versão no Roblox. *Com informações da Secretaria de Educação
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Regionais de ensino unem inovação e educação lúdica para fortalecer a alfabetização
Com foco no fortalecimento da alfabetização nos anos iniciais do ensino fundamental, o Programa de Alfabetização e Letramento do Distrito Federal (Alfaletrando), instituído em fevereiro de 2024, segue transformando a qualidade do ensino na rede pública do DF. Para mobilizar os gestores e coordenadores pedagógicos das escolas públicas, a Secretaria de Educação (SEEDF) realizou, na última semana, o Dia D Alfaletrando. A ação formativa contemplou todas as coordenações regionais de ensino (CREs) do DF, e cada uma delas desenvolve as ações dentro das diretrizes gerais da SEEDF. A iniciativa integra o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. O Dia D Alfaletrando ocorreu em todas as coordenações regionais de ensino do DF | Foto: Mary Leal/SEEDF No Dia D, cada CRE dedicou-se à análise e à devolutiva dos resultados do Ciclo ' das avaliações contínuas das aprendizagens do programa, bem como abordou a implementação do Alfaletrando dentro da respectiva realidade. A CRE do Guará, além de debater sobre as avaliações, lançou o projeto Alfaletrinha, uma iniciativa que propõe uma abordagem inovadora para o processo de alfabetização, com materiais lúdicos e recursos multimídia desenvolvidos por professores da rede pública. O Alfaletrinha nasceu da percepção sobre a importância do lúdico no processo de alfabetização. Para evitar a exposição de crianças em registros fotográficos do projeto, a equipe criou a boneca Alfaletrinha, feita de pano, que acompanha todas as atividades. Alfabetização criativa “Cada regional atua conforme as orientações gerais, mas sentimos a necessidade de criar algo mais concreto e lúdico para engajar professores e estudantes”, explicou a articuladora regional do Alfaletrando no Guará, Cinthia Cortes Lemos. O projeto é multimídia e inclui desenho animado, podcast e um EP com músicas relacionadas à alfabetização e ao letramento matemático Mais do que uma mascote, a iniciativa ganhou vida a partir do livro Prazer em te conhecer, escrito por Renata Araújo Leal, também coordenadora do projeto. As ilustrações ficaram por conta do professor Alexandre de Oliveira, que há oito anos atua na rede pública. “Todo o processo foi desenvolvido com meus alunos. Eles diziam: 'professor, está muito legal'", contou o professor. Educação inovadora A proposta também é multimídia: além do livro e da boneca, o Alfaletrinha inclui desenho animado, podcast e um CD com músicas que abordam conteúdos de alfabetização e letramento matemático. [LEIA_TAMBEM]Presente no evento, a subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Soares Braga, elogiou a iniciativa: "As regionais estão inovando com muita criatividade. Uma boneca capaz de dialogar com o universo infantil torna a aprendizagem mais lúdica". Segundo Iêdes Braga, as inovações incluem criação de podcasts, publicação de livros e músicas autorais. "Temos certeza de que isso vai dar um incentivo para as crianças do primeiro e do segundo ano do ensino fundamental", disse. A titular da CRE do Guará, Karine Rodrigues, destacou que a proposta busca também mobilizar os educadores. "A gente quer engajar o professor para levar esse encantamento para as crianças", afirmou. O projeto ainda está em implementação, mas a expectativa é alta. "Estamos tendo uma aceitação muito grande com todas as pessoas que estão participando", disse Renata. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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DF Alfabetizado amplia inclusão social e oferta ensino de qualidade para população
O sonho de concluir o ensino médio e iniciar uma formação profissional parecia inalcançável para a chef de cozinha Eline Maria da Silva, 39 anos. Casada ainda na adolescência, a moradora da Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, era impedida de estar em sala de aula pelo próprio marido, com quem ficou até 2022. Logo após a separação, munida de força de vontade e amor próprio, ela resgatou o antigo objetivo. A formatura no Ensino para Jovens e Adultos (EJA) ocorreu em 2023 e, agora, mais um sonho está em andamento: Eline está cursando técnico em enfermagem. “Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade”, diz Eline Maria da Silva, que diz ter a vida transformada pelo EJA e hoje estuda para ser técnica de enfermagem | Fotos: Arquivo pessoal “Casei com 16 anos e abandonei os estudos. Quando quis voltar, ele não deixou. Só consegui quando nos separamos, 20 anos depois”, desabafa Eline. “O EJA mudou a minha vida. Achava que não teria capacidade, duvidava de mim, mas consegui. Durante o curso conheci pessoas que desistiram dos estudos por vários motivos, mas que ganharam uma nova oportunidade graças ao GDF, que tem nos proporcionado o ensino sem importar a idade.” “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Histórias de superação e resiliência como a de Eline são cada vez mais comuns devido ao Programa DF Alfabetizado, promovido pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Criada em 2012, a iniciativa foi suspensa em 2018 e retomada no ano passado, com o atendimento de cerca de 800 pessoas em 50 turmas, reafirmando o compromisso deste GDF em fortalecer o EJA, combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. “Com a continuidade deste programa, esperamos alcançar ainda mais cidadãos, proporcionando a eles não apenas o conhecimento básico da leitura e escrita, mas também uma nova perspectiva de futuro”, enfatiza a titular de Educação, Hélvia Paranaguá. “O DF Alfabetizado representa a nossa crença de que a educação é a chave para a emancipação, e é um orgulho ver tantas histórias de transformação e superação ao longo de suas edições.” Segundo o Censo divulgado pelo IBGE em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever Para o primeiro semestre deste ano, está prevista a formação de 50 turmas, com um total de 1.250 vagas, em áreas urbanas e rurais, com início em março e finalização em agosto. Os grupos de alunos são formados nas comunidades por meio da busca ativa por jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos em situação de analfabetismo, com apoio de voluntários alfabetizadores. Pessoas interessadas em fazer parte dessas turmas podem ligar no telefone 3318-2913, da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos, para que sejam encaminhadas às turmas mais próximas das suas residências. Novo edital No último dia 20, a SEEDF divulgou o edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no programa. As inscrições estarão abertas entre 1º e 15 de fevereiro e devem ser realizadas exclusivamente pelo formulário online, nesse período. A Secretaria de Educação lançou edital do processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores-intérpretes de Libras voluntários para atuar no DF Alfabetizado; inscrições começam no dia 1º de fevereiro | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O programa oferece 25 vagas imediatas para alfabetizadores e outras 25 para formação de cadastro reserva. Já o número de vagas para tradutores-intérpretes de Libras será definido de acordo com a demanda apresentada pelas coordenações regionais de ensino. A carga horária mínima para os dois modelos de voluntariado é de 15 horas semanais e a bolsa-auxílio mensal deste ano será de R$ 1.200. “Estamos comprometidos com a transformação educacional do Distrito Federal, e o Programa DF Alfabetizado é uma das ações mais significativas nesse processo. Nossa missão é garantir que mais pessoas tenham a oportunidade de superar a barreira do analfabetismo e, assim, conquistar uma vida mais digna”, salienta Paranaguá. Resiliência Segundo o Censo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024, o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. “Meu sonho é que o Distrito Federal se torne um território livre do analfabetismo, e a nossa meta é clara: trabalhar incansavelmente para que isso se torne realidade. Este é o compromisso que temos com nossa população e com o futuro de nossa região”, frisa a secretária. O esforço em ampliar o acesso à educação resulta em benefícios reais na vida de cada estudante. Eline, por exemplo, antes mesmo de concluir o EJA, já notava os resultados do aprendizado no dia a dia. Ela, que nunca tinha trabalhado fora de casa, conquistou uma vaga como auxiliar de cozinha, e, em seis meses, passou para cozinheira. “Voltei à ativa e as coisas foram acontecendo. Quero continuar estudando”, comenta. Os próximos planos são concluir o curso na área de saúde e iniciar uma formação em gastronomia. A chef de cozinha também conta que sentiu medo e insegurança ao voltar a estudar, mas conseguiu superar cada obstáculo. “Na idade em que estava, sentia vergonha, achava que não teria capacidade de evoluir como as pessoas mais jovens”, diz. “Mas isso foi mudando aos poucos com o amor que recebi dos professores e diretores. Fui me adaptando, fazendo amizades, e hoje sei que somos capazes de realizar os nossos sonhos. Precisamos reconhecer a nossa força e abraçar cada oportunidade.”
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Distrito Federal conquista 3º lugar em alfabetização de internos prisionais
O Distrito Federal se consolidou como uma referência nacional na alfabetização de internos do sistema prisional, alcançando o terceiro lugar no ranking entre as unidades federativas. O resultado destaca a educação como instrumento fundamental de ressocialização, oferecendo novas oportunidades e promovendo a reintegração social. Um dos pilares desse avanço é a remição de pena por leitura, que reafirma o compromisso do Distrito Federal com a inclusão e a cidadania. A Secretaria de Educação (SEEDF) tem desempenhado um papel central nesse cenário, por meio de programas voltados à educação de internos. Essas iniciativas buscam garantir educação de qualidade, ampliar as possibilidades de transformação social e contribuir para a remição de pena por meio do aprendizado e da leitura. “Nenhuma unidade da Federação no país teve uma ampliação tão significativa como a nossa. A gente chegou em sexto lugar justamente porque tivemos mais de 100% de aumento nas atividades de leitura nos presídios”, destaca Lilian Sena, diretora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Educação no sistema prisional No primeiro semestre de 2024, o Centro Educacional 01 de Brasília atendeu 59 salas de aula, totalizando 111 turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional. No segundo semestre, os números cresceram para 77 salas e 148 turmas, representando um aumento de 30,5% no número de turmas e de 33,4% nas salas de aula. Ao todo, 2.090 estudantes foram atendidos ao longo do ano, reflexo do empenho da SEEDF em expandir o acesso à educação e fomentar a inclusão social. Outro destaque é a Política de Remição de Pena pela Leitura, instituída pela portaria conjunta nº 11/2022, que envolve parceria entre a SEEDF, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF), a Polícia Militar (PMDF) e a Polícia Civil (PCDF). Em 2024, foram realizados 29.092 atendimentos nessa modalidade, um aumento de quase 15% em relação a 2023. Esse esforço levou o Distrito Federal a ser reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como a sexta unidade federativa com maior crescimento em atividades de leitura no sistema prisional, registrando um aumento expressivo de 108% entre 2023 e 2024. “A cada obra lida e resumida com aprovação, o preso tem direito à remição de quatro dias de pena. Essa é uma política que faz grande diferença”, ressalta Lilian Sena, diretora da EJA da SEEDF. Parceria com o governo federal Uma colaboração entre a SEEDF e o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (atualmente Secretaria Nacional de Políticas Penais), possibilitou atender internos da Penitenciária Federal em Brasília. Em 2024, seis estudantes foram matriculados nos três segmentos da EJA, com quatro concluindo a educação básica. Além disso, foram realizadas 411 validações de resumos de leitura voltados para a remição de pena. Os avanços alcançados demonstram o empenho da secretaria em integrar os internos do sistema prisional à rede pública de ensino. Essas iniciativas ampliam o acesso à educação e reforçam a ideia de que o aprendizado é um instrumento essencial para a ressocialização e para a construção de um futuro mais equitativo. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Espaços de inclusão social, bibliotecas escolares comunitárias estão abertas à população
Oito bibliotecas escolares comunitárias – localizadas em Brazlândia, Ceilândia, Guará, Planaltina, Asa Sul, Sobradinho e Taguatinga – estão à disposição da população do Distrito Federal. Os espaços são mantidos pela Secretaria de Educação (SEEDF) com o intuito de incentivar a leitura dos alunos da rede pública de ensino e oferecer ambientes adequados para estudo à comunidade. As unidades contam com acervos repletos de títulos nacionais e internacionais disponíveis para empréstimo e desenvolvem projetos que unem cultura e diversão. Bibliotecas escolares comunitárias incentivam a leitura dos alunos da rede pública de ensino e oferecem ambientes adequados para estudo à população | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília É o caso da Biblioteca Escolar Comunitária Professora Tatiana Eliza Nogueira, na SQS 108/308. Nesta segunda-feira (25), o equipamento recebeu alunos da Escola Parque 308 Sul para participarem da Hora do Conto, com contação de histórias da cultura africana e momento para leitura de livros infantis. A iniciativa atende alunos da rede pública de segunda a quinta-feira. As escolas interessadas em participar podem entrar em contato pelo e-mail biblioteca108.308s@gmail.com. A experiência ficará na memória dos estudantes Enzo Gomes e Isabella Rodrigues, ambos de 7 anos. “É muito legal [um espaço assim] porque quem ainda não sabe ler, pode aprender aqui. A biblioteca é um lugar muito artístico, cultural e também serve para o aprendizado”, destacou o menino. Isabella completou: “Quanto mais livros a gente lê, mais esperto a gente fica. Lendo a gente pode aprender [a fazer] letras cursivas, caixa alta, outras letras assim”. A professora da biblioteca Ana Marize Solino explicou que a Hora do Conto surgiu diante da necessidade de aproximar o público infantil dos livros. “Percebemos ao longo dos anos que as crianças não estão mais lendo por causa dos smartphones, e que grande parte do nosso público tem se tornado os concursandos. Então, para trazer as crianças para cá, criamos uma parceria com as escolas circunvizinhas para que tenham um momento de leitura e, assim, os pequenos se sintam motivados a ler”, explicou. Projetos Outras iniciativas desenvolvidas na 108/308 Sul são o Férias na Biblioteca, que oferece oficinas e contação de histórias para crianças e adultos a partir de 10 de janeiro de 2025, às sextas-feiras; e Bebê Que Lê, com foco no estímulo da leitura para pequenos de até 2 anos, com encontros às 16h nas quintas-feiras e às 9h nas sextas. Ao longo do ano, também são realizados projetos literários com cordel, encontro de leitores e lançamentos de livros. O Distrito Federal tem oito bibliotecas escolares comunitárias, localizadas em Brazlândia, Ceilândia, Guará, Planaltina, Asa Sul, Sobradinho e Taguatinga “A formação de leitores é o objetivo principal de qualquer projeto que uma biblioteca venha a propor”, salienta a articuladora da unidade, Diane Gregory Mee. Segundo ela, o espaço é frequentado por cerca de 1.500 pessoas mensalmente, que usam a área de estudos, participam das atividades e pegam livros emprestados. “Essa quadra toda é um patrimônio tombado pelo GDF, e a biblioteca não só é um patrimônio material, como é um patrimônio imaterial”, explica. O espaço funciona das 8h às 21h50 de segunda a quinta, e das 8h às 17h50 às sextas-feiras. O empréstimo de livros é simples: basta que o interessado se cadastre no sistema e escolha o título de interesse. O prazo é de 15 dias, sendo possível pegar até três títulos por vez, com renovação por e-mail. Há títulos de poesia, crônicas, ficção, literatura brasileira, portuguesa, francesa, italiana e muito mais. Localizada na SQS 108/308 Sul, a Biblioteca Escolar Comunitária Professora Tatiana Eliza Nogueira atrai estudantes e concurseiros com um ambiente silencioso e cheio de plantas A concurseira Tainan Gonçalves, 24, frequenta a unidade há cerca de um ano. Para ela, a biblioteca consegue unir silêncio, ideal para a concentração no conteúdo, e contato com a natureza, uma vez que tem um jardim no centro da sala de livros. “Das bibliotecas a que já fui, essa é a melhor, tanto na questão do ambiente, já que tem bastante verde por dentro, mas também porque oferece silêncio e tem atividades para crianças e adultos”, pontuou. O mesmo pensamento é compartilhado pela psicóloga Amanda Leite, 26, que vai ao local no mínimo duas vezes na semana para estudar. “Vir para cá me dá muito mais produtividade e foco do que ficar em casa. É bom estar em um lugar em que outras pessoas também estão estudando, fazendo a mesma coisa que você; acho que dá uma sensação de comunidade”, concluiu. “Vir para cá me dá muito mais produtividade e foco do que ficar em casa. É bom estar em um lugar em que outras pessoas também estão estudando, fazendo a mesma coisa que você”, observou a psicóloga Amanda Leite Veja, abaixo, mais informações sobre as bibliotecas comunitárias escolares. Biblioteca Escolar Comunitária Érico Veríssimo ⇒ Endereço: Setor Sul, Área Especial 3/4 A – Brazlândia ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta-feira, turnos matutino, vespertino e noturno www.instagram.com/crebrazlandia Biblioteca Escolar Comunitária Cora Coralina ⇒ Endereço: Escola Técnica de Ceilândia – St. N, Área Especial QNN 14 ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta-feira, turnos matutino, vespertino e noturno www.instagram.com/cep.etc Biblioteca Escolar Comunitária Juscelino Kubitschek ⇒ Endereço: EQ 17/19 – Guará ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta-feira, turnos matutino e vespertino Biblioteca Escolar Comunitária Monteiro Lobato ⇒ Endereço: Setor Educacional, Lotes C e D – Planaltina ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta-feira, turnos matutino, vespertino e noturno www.instagram.com/bibliotecamlobatoplanaltina Biblioteca Infantil 104/304 Sul ⇒ Endereço: 104/304 Sul – Asa Sul ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta-feira, turnos matutino e vespertino www.instagram.com/bibliotecainfantilsul Biblioteca Escolar Comunitária Professora Tatiana Eliza Nogueira ⇒ Endereço: SQS 108/308 Sul – Asa Sul ⇒ Funcionamento: de segunda a quinta, das 8h às 22h, e às sextas, das 8h às 18h www.instagram.com/biblioteca108.308s Biblioteca Escolar Comunitária Espaço Rui Barbosa ⇒ Endereço: Quadra 4 – Sobradinho ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta-feira; turnos matutino e vespertino Biblioteca Escolar Comunitária Valeria Jardim ⇒ Endereço: QSA 24 – Taguatinga Sul ⇒ Funcionamento: de segunda a sexta, 7h às 22h www.instagram.com/bibvaleriajardim.
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Seminário no DF encerra Curso Alfaletrando em 2024 com práticas de formação continuada
Na manhã desta quinta-feira (21), a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape) foi palco do Seminário de Encerramento do Curso Alfaletrando, que reuniu educadores para celebrar o percurso formativo de 2024. O curso contemplou a formação de 3.200 professores alfabetizadores e coordenadores pedagógicos, que participaram do programa alinhado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CMCA). O Seminário destacou a relevância do programa na consolidação de políticas públicas voltadas à alfabetização, conforme ressaltou a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF (SEEDF), Iêdes Braga. “O Alfaletrando é um programa de muita importância para nós, pois concretiza um alinhamento essencial a uma política pública que tem como foco alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do Ensino Fundamental”, explicou Iêdes. Entre os pilares do Alfaletrando, a formação continuada se destaca como eixo estruturante. “A formação é um elemento muito necessário para que essa política se consolide. Por isso, nossos professores, que hoje estão apresentando os resultados do trabalho realizado em 2024, são verdadeiros exemplos da excelência desse eixo na SEEDF”, destacou a subsecretária. Estudantes do 2º ano da Escola Classe 203 do Recanto das Emas abrilhantaram o evento com a apresentação do poema “Tempo de Descobertas” | Foto: Bruno Formiga/SEEDF Formação de professores O Seminário de Encerramento do Curso Alfaletrando representou um momento especial para a Educação Básica do Distrito Federal, conforme destacou Linair Ferreira, diretora da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape). “Essa é uma linha muito importante, com a apresentação dos trabalhos realizados no curso Alfaletrando, uma política distrital que se consolida por meio da formação de professores”, ressaltou. O evento celebrou o trabalho desenvolvido ao longo do ano, marcado pelo compromisso com a alfabetização dentro das metas previstas pelo Ministério da Educação (MEC). “Com a apresentação desses trabalhos, culminamos uma etapa essencial para o cumprimento do Compromisso Nacional com a Alfabetização”, afirmou Linair. A diretora também reconheceu o esforço coletivo das equipes envolvidas. “Nossos professores, que atendem as regionais, realizam um esforço contínuo para garantir o sucesso dessa formação”, destacou. Compromisso Nacional A Coordenadora-Geral de Alfabetização do MEC, Mônica de Souza, destacou o papel estratégico do programa Alfaletrando no contexto do CMCA. “Venho reconhecer todo o esforço da SEEDF e o apoio dedicado a esse processo tão significativo, que garante às crianças o direito de serem alfabetizadas na idade certa”, afirmou. Segundo ela, a proposta do MEC visa orquestrar políticas de alfabetização que respeitem as especificidades de cada território. Mônica ressaltou que a construção de políticas de alfabetização precisa ir além da relação entre professor e aluno, incorporando discussões sobre gestão, investimentos e formação continuada. “Quando sugerimos que os estados construam suas próprias políticas de alfabetização, estamos convidando-os a dialogar com as realidades do território. Assim o Alfaletrando reflete os desafios específicos do Distrito Federal”, explicou. A importância das avaliações formativas também foi destacada como um instrumento central na melhoria do processo de alfabetização. “Se trata de lançar luz sobre os processos de aprendizagem e usar os resultados para fortalecer a formação nas escolas”, comentou. Mônica elogiou o trabalho realizado no Distrito Federal, que tem avançado na implementação de materiais pedagógicos e processos formativos. “A logística e a dedicação das equipes do DF têm sido uma grande conquista, permitindo traçar planos claros e metas que guiarão os próximos anos”, concluiu. Painéis temáticos O encontro, realizado a partir das 9h, destacou painéis temáticos apresentados pelos próprios professores e coordenadores, que compartilharam práticas desenvolvidas ao longo da formação continuada. Além disso, foram expostos momentos marcantes da implementação do Alfaletrando em todas as 14 Regionais de Ensino do Distrito Federal. Ao longo do ano, a EAPE liderou as ações de formação continuada com o apoio de 105 articuladores pedagógicos, que replicaram os conteúdos nas Coordenações Regionais. Na parte da tarde, os participantes terão a oportunidade de refletir sobre o acompanhamento do processo de alfabetização nas escolas atendidas pelo programa, reforçando o compromisso com a garantia da alfabetização plena até o 2º ano do Ensino Fundamental. O seminário foi uma celebração do trabalho conjunto e um momento de inspiração para os desafios futuros. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Dia Nacional da Alfabetização: educação transforma vidas e amplia horizontes no DF
“Toda a vida que você tiver vai ser melhor com conhecimento”, afirma Flávio Leite Sousa, diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas), ao falar sobre a importância do processo de alfabetização para alunos adultos. “A gente vê que o aprendizado dá mais autonomia aos alunos, principalmente para os adultos. É um movimento de emancipação em todos os níveis e uma abertura para sonhos e possibilidades”, descreve Sousa. O sistema EJA no DF atende 3.470 estudantes no 1º segmento, 10.445 no 2º e 11.816 no 3º, com presença em 99 unidades de ensino distribuídas nas 14 regionais; matrículas podem ser realizadas a qualquer momento | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Neste mês, em que se comemora o Dia Nacional da Alfabetização no dia 14, o Cesas se destaca como uma das escolas mais antigas e atuantes do Distrito Federal (DF) na transformação da vida de jovens e adultos. Com essa atuação, a escola contribui diretamente para os altos índices de alfabetização da capital. Segundo o último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o DF possui a segunda maior taxa de alfabetização entre as unidades da federação, com índice de 97,2%, atrás somente de Santa Catarina (97,3%). Os avanços do DF em alfabetização são confirmados por dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados em março pelo IBGE, que mostram o DF com a menor taxa de analfabetismo do país (1,7%), bem abaixo da média nacional de 5,6% Esse desempenho positivo do DF é resultado de vários fatores integrados. Além da qualificação dos professores e da flexibilidade de horários, que permite ao aluno adaptar os estudos à sua rotina, a Secretaria de Educação (SEEDF) facilita o ingresso e mantém o envolvimento da comunidade escolar com as famílias. “Na EJA, temos muitos alunos que trabalham em horários variados. Ao oferecer turmas em diferentes turnos, ampliamos as oportunidades para que esses alunos retomem os estudos,” destaca Sousa, ressaltando que essa atenção ao perfil dos estudantes permite que mais pessoas voltem às salas de aula e concluam a formação. Atualmente, o sistema EJA no DF atende 3.470 estudantes no 1º segmento, 10.445 no 2º e 11.816 no 3º, com presença em 99 unidades de ensino distribuídas nas 14 regionais. Além disso, algumas escolas polos oferecem aulas nos turnos diurno e noturno, facilitando o acesso para alunos de diferentes regiões. “A gente vê que o aprendizado dá mais autonomia aos alunos, principalmente para os adultos. É um movimento de emancipação em todos os níveis e uma abertura para sonhos e possibilidades”, destaca o diretor do Cesas, Flávio Leite Sousa As matrículas, que podem ser realizadas a qualquer momento do ano, facilita a entrada de quem deseja iniciar ou retomar os estudos, oferecendo uma oportunidade contínua de reingresso à educação. Para ampliar o alcance, a Secretaria de Educação (SEEDF) realiza campanhas de busca ativa, incentivando a matrícula e promovendo o acesso à educação para todos. Outro diferencial importante é a possibilidade de matrícula aberta durante todo o ano, o que simplifica o reingresso de alunos. A SEEDF também realiza campanhas de busca ativa, incentivando a matrícula e promovendo o acesso à educação para todos, principalmente aqueles que, por algum motivo, se distanciaram da escola. Os avanços do DF em alfabetização são confirmados por dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados em março pelo IBGE, que mostram o DF com a menor taxa de analfabetismo do país (1,7%), bem abaixo da média nacional de 5,6%. Esse resultado não é apenas um reflexo dos altos índices de alfabetização, mas também das políticas efetivas do Governo do Distrito Federal (GDF), que busca erradicar o analfabetismo tanto entre jovens quanto entre adultos. Entre 2022 e 2023, a taxa de analfabetismo caiu de 1,9% para 1,7%, evidenciando a eficácia dessas políticas. Transformação Ivanildes Francisca Tavares voltou a estudar no ano passado e celebra os novos aprendizados e amizades Aluna do Cesas desde o ano passado, Ivanildes Francisca Tavares, 67 anos, sente que a vida ganhou mais cor ao voltar a estudar. “Foi muito bom para mim, porque antes eu ficava muito só e agora além de aprender temas novos, estou conhecendo gente diferente. É muito bom você ter amizade com outras pessoas”, conta. Ela aprendeu a ler e escrever na infância, mas deixou as salas de aula no interior de Minas Gerais, para vir trabalhar na capital federal como empregada doméstica. “Aprendi o básico para me virar, saber onde ir e como voltar. Minha educação foi a vida que me ensinou, não a escola”, lembra. “É essencial ajustar o conteúdo constantemente para que o aprendizado seja prazeroso e eficaz” Maria Susley Pereira, chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Educação Básica Depois de muitos anos trabalhando, veio a oportunidade dela voltar a estudar: “Eu moro com a família há muitos anos e a pessoa que me trouxe para o Cesas era professora daqui. Ela me incentivou muito a voltar aos estudos e ocupar mais meu tempo para fazer atividades diferentes”. Com o ensino, Ivanilde aprendeu palavras que antes falava errado e tem se dedicado a melhorar na matemática. “É muito gratificante superar minhas dificuldades”, concluiu. Ensino básico Os primeiros anos escolares até o ensino de jovens e adultos são importantes para o desenvolvimento da criança na vida adulta, segundo a chefe da Unidade de Gestão Estratégica da Educação Básica, da Subsecretaria de Educação Básica da SEEDF, Maria Susley Pereira. Para garantir um ensino de qualidade que se destaca na alfabetização do país, o GDF conta com iniciativas em diferentes áreas da educação básica para aproximadamente 60 mil estudantes matriculados nas turmas de alfabetização dos anos iniciais do Ensino Fundamental no DF, segundo a SEEDF. Entre eles está o programa Alfaletrando, lançado em 2023 para focar na alfabetização de crianças de até 7 anos e na continuidade do processo até o 2º ano do ensino fundamental. “Temos todo um trabalho articulado da rede voltado para uma gestão compartilhada, ações de formação e acompanhamento nas unidades escolares”, observa Maria Susley. O programa tem uma abordagem pedagógica com recursos e práticas educacionais para estimular o interesse e a participação dos estudantes. A SEEDF também preparou material pedagógico suplementar exclusivo do programa, específico para alunos do 1º e 2º ano. “Todo o conteúdo foi atualizado do ano passado para cá pelos professores. O foco agora é que esse material seja revisitado sempre para atender a realidade das crianças simultaneamente”. Além disso, cerca de 3,2 mil professores atuam no desenvolvimento do Alfaletrando, garantindo um acompanhamento pedagógico contínuo. “É essencial ajustar o conteúdo constantemente para que o aprendizado seja prazeroso e eficaz”, conclui Maria Susley.
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Taxa de alfabetização de indígenas no DF é a segunda maior do país
“Na fazenda, um novo dia vai nascendo com o Sol”, lê Raywan Guajajara, de 7 anos. O trecho é de seu livro favorito, O ovo, dos autores Ivan Zigg e Marcello Araújo. Para o pequeno indígena, não apenas a leitura já faz parte da rotina, como também estudar sua matéria favorita: matemática. Raywan faz parte dos 94,5% de indígenas alfabetizados do Distrito Federal – a segunda maior taxa entre as unidades da Federação, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, que alcançou 95,1%. No Distrito Federal, 94,5% dos indígenas são alfabetizados; é a segunda maior taxa entre as unidades da Federação, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2022 sobre povos originários, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As unidades escolares do DF destacam-se dentro da rede pública, onde o Governo do Distrito Federal (GDF) investe e cria espaços para valorização da cultura dos povos originários e integração ao currículo escolar. Raywan estuda na Escola Classe Vila do Regimento de Cavalaria e Guarda (RCG), onde 20 dos 176 alunos são da etnia guajajara, originários de terras indígenas no Maranhão. A professora Luana Severo leciona para o 2º ano do ensino fundamental e explica que a evolução depende de cada aluno, pois, mesmo estando em uma turma coletiva, cada um tem um tempo de aprendizagem que precisa ser respeitado. “As pessoas querem que eles leiam em um ano. Às vezes acontece, às vezes não. Quando a gente aprende uma segunda língua, não é tão fácil”, pontua. Atualmente, mais de 500 estudantes indígenas estão matriculados na rede pública de ensino do DF, sendo 226 nos anos iniciais e 50 na pré-escola A escola recebe indígenas de 4 a 13 anos de idade. Ao recepcioná-los, os professores buscam entender o que as crianças já conhecem. Na alfabetização, é trabalhado o vocabulário, depois a formação de frases e, em seguida, a elaboração de pequenos textos. Luana ressalta que muitos dos pequenos não têm a verbalização da língua portuguesa, então é feita uma ligação entre português e tupi, língua originária dos alunos. Outros já vêm com o português mais avançado, permitindo que os profissionais trabalhem como uma língua de acolhimento, sem forçar traduções. “A importância desse trabalho é a necessidade que eles têm de se comunicar. A pessoa que não tem o português como primeira língua precisa do básico para a comunicação, então a gente tenta pegar o que é essencial para o dia a dia e, depois, o que é necessário para o currículo”, acentua. A Escola Classe Vila do Regimento de Cavalaria e Guarda (RCG) recebe indígenas de 4 a 13 anos de idade; na alfabetização, é trabalhado o vocabulário, a formação de frases e a elaboração de pequenos textos Reforço escolar Em 2024, os coordenadores intermediários que acompanham as escolas da Regional do Plano Piloto receberam uma formação sobre acolhimento e atendimento culturalmente sensível aos migrantes internacionais e indígenas. Atualmente, mais de 500 estudantes indígenas estão matriculados na rede pública de ensino do DF, sendo 226 nos anos iniciais e 50 na pré-escola. De acordo com a diretora da Escola Classe Vila do Regimento de Cavalaria e Guarda, Simone Rubim Costa de Araújo, a instituição procura reforçar o aprendizado das crianças que sentem mais dificuldade principalmente por causa da língua. Esses estudantes são atendidos individualmente por um professor específico, de uma a duas vezes por semana, durante uma hora. “A partir desse interventivo, trabalhamos as dificuldades que a criança está tendo em sala de aula para que ela consiga acompanhar a turma. Isso tem dado um resultado muito bom, muitas já têm conseguido acompanhar o mesmo ritmo dos outros alunos sem precisar de uma adaptação curricular. Aqui tem uma criança do primeiro período que começou a falar agora; antes, ela só apontava as coisas que queria”, detalha a diretora. Outra iniciativa da Secretaria de Educação (SEEDF) é oferecer transporte escolar aos estudantes indígenas, de forma que estejam todos matriculados em unidades escolares da regional de ensino mais próximas às aldeias. Educação sem desaculturação A secretaria também acolhe indígenas de outros países; para isso, são elaboradas normativas legais e portarias com material pedagógico específico direcionado a esse público. Esse papel é desempenhado pela Diretoria de Direitos Humanos da Secretaria de Educação, que atua na prevenção de qualquer possível violação de direito indígena e qualquer tipo de discriminação. A leitura já faz parte da rotina do pequeno Raywan Guajajara, de 7 anos, aluno da Escola Classe Vila do Regimento de Cavalaria e Guarda; o menino da etnia guajajara tem até uma matéria preferida: matemática Em 2023, o GDF criou as escolas do Paranoá e de São Sebastião, que acolhem refugiados indígenas venezuelanos. Ao todo, são mais de 100 crianças alfabetizadas na Escola Classe Café sem Troco e na Escola Classe Morro da Cruz. Segundo a diretora de Direitos Humanos da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral da SEEDF, Patrícia Mello, o suporte técnico pedagógico é prestado para as escolas por meio de encontros formativos, voltados para orientar os profissionais que farão um acolhimento culturalmente sensível. “A importância desse trabalho é a necessidade que eles têm de se comunicar. A pessoa que não tem o português como primeira língua precisa do básico para a comunicação”, ressalta a professora Luana Severo A equipe conta com o Caderno Pedagógico Abril Indígena, um documento atualizado todos os anos com orientações que envolvem a legislação vigente, a parte de acolhimento aos estudantes e também sugestões pedagógicas. “A gente coloca vídeos, documentários, literatura, tudo que possa dar apoio ao atendimento feito pelas unidades escolares”, afirma a diretora. Patrícia reforça que o aprendizado é realizado de forma que as crianças não percam a identidade cultural. “A gente prioriza não só o letramento linguístico desses indígenas ou de migrantes internacionais dentro da rede, mas também um letramento cultural para que eles recebam e aprendam no nosso país tendo a valorização da cultura deles também preservada”, pontua.
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Programa do GDF leva educadores a regiões remotas para erradicar o analfabetismo
Todos os dias, de segunda a sexta-feira, Janne Gomes e Vanessa Rufino saem cedo de casa e seguem por cerca de 15 km na BR-060 – juntas, para dividir os custos com combustível – até chegarem ao assentamento Nova Jerusalém. De lá, só sairão às 22h, voltarão para casa e, no outro dia cedo, começarão tudo de novo. Elas são movidas por uma missão: levar um dos direitos mais essenciais, o de ler e escrever, a quem precisa. Ambas são voluntárias do programa DF Alfabetizado, cujo intuito é erradicar o analfabetismo no Distrito Federal. O DF Alfabetizado foi retomado em maio deste ano, como parte do plano nacional Brasil Alfabetizado; desde então, houve a seleção dos voluntários, que realizam a busca ativa em áreas remotas | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Eu vi a necessidade bater à porta. Necessidade de ajudar, de agregar valores, trazer o educar, o saber. Para mim, é muito gratificante. Todos os dias, quando você vê a carinha deles, em uma letrinha, desde a vogal, acaba que você cresce junto. Você dá e você recebe”, pontua Janne. “Além do esforço para poder vir para cá, a gente tem um esforço de manter os alunos, de fazer com que as aulas sejam dinâmicas, para que eles tenham interesse e não abandonem os estudos – e, com certeza, mais do que o retorno financeiro, é algo social mesmo”, emenda Vanessa. “Inclusive, um dos alunos falou para a gente que ele pediu para Deus que, quando mudasse para cá, conseguisse voltar aos estudos. E hoje ele agradece muito por ter essa oportunidade.” Esse deslocamento em busca das pessoas que precisam é o diferencial do DF Alfabetizado. Iniciado em 2012, o programa teve cinco edições até 2018, com um total de 30 mil pessoas atendidas. Foi retomado em maio deste ano, como parte do Plano Nacional Brasil Alfabetizado. Desde então, houve a seleção dos voluntários – alfabetizadores, tradutores-intérpretes de Libras e coordenadores -, que fazem a busca ativa em áreas remotas. No momento, estão abertas 51 turmas em dez regiões administrativas, em três turnos distintos, alcançando 750 estudantes. No momento, o programa tem 51 turmas espalhadas em dez regiões administrativas do Distrito Federal, alcançando 750 estudantes “O trabalho de busca ativa é ininterrupto. Diante das condições dessas pessoas – a maioria tem mais idade, tem muita dificuldade de aprendizagem -, é muito fácil desistirem. Por isso, a gente trabalha com a busca ativa constantemente”, explica a diretora de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação (SEEDF), Lilian Sena. “O grande diferencial do programa é esse, juntamente com a oferta de EJA [Educação de Jovens e Adultos], fortalecer essa oferta no sentido de alcançar onde a escola ainda não alcança. O alfabetizador da própria comunidade também passa maior segurança. Então, a chance de permanecerem é muito maior.” Permanecer e seguir nos estudos é a meta de Joana Batista Sousa, 54. Ela até já sabia ler e escrever, mas, ainda na infância, teve que deixar a escola após concluir o 5º ano do ensino fundamental, o que até hoje a prejudica na hora de conseguir um emprego. “Para ter ensino mais avançado, tinha que sair para a cidade, e nossos pais eram muito rígidos, não deixavam sair, e aí a gente foi ficando para trás – mas agora eu tenho uma oportunidade. Nunca é tarde para começar”, afirma. Joana Batista cursou até o 5º ano do ensino fundamental, e sentia falta de avançar nos estudos: “Agora eu tenho uma oportunidade. Nunca é tarde para começar” 97,2% Percentual da população do DF que é alfabetizada; capital federal ocupa a segunda posição no país Um novo começo é também o que busca João de Jesus Santos, 42, nome que ele fez questão de mostrar escrito com a própria letra em seu caderno: “Foi uma sensação maravilhosa poder fazer meu nome, como está escrito aqui. Eu não sabia fazer meu nome e hoje, com as professoras ajudando devagarzinho, está sendo uma experiência que não tem preço”. Alfabetizado, ele pretende concluir o ensino médio na EJA e tocar sua empresa com mais autonomia. “Eu trabalho pra mim mesmo. [Quando] preciso fazer uma nota, eu tenho que estar pedindo aos outros. E eu, com esse projeto, quero alavancar isso para minha melhoria e não precisar estar indo em uma lan house, igual essa semana, [quando] fui pagar uma nota fiscal e chorei porque eu não soube emitir minha nota”, desabafa. “É uma oportunidade de ouro”. EJA Atualmente, o DF tem o segundo melhor índice de alfabetização do país, com 97,2% da população sabendo ler e escrever, atrás apenas de Santa Catarina, que tem 97,3%. Erradicar o analfabetismo é uma das prioridades da gestão educacional do governo. Para tanto, o esforço vai além do DF Alfabetizado. Quem deseja iniciar ou retomar os estudos pode contar também com a EJA, ofertada, atualmente, em 95 escolas de diferentes regiões do DF, com quase 30 mil estudantes matriculados. A inscrição na EJA pode ser feita a qualquer tempo. Não é necessário apresentar comprovante de escolaridade. Aqueles que não possuem o documento são submetidos a um diagnóstico que indica em qual segmento a pessoa entrará. São três: os dois primeiros correspondentes ao ensino fundamental, aberto a quem tem mais de 15 anos, e o terceiro equivalente ao ensino médio, exclusivo para quem tem mais de 18 anos. Não há, contudo, limite máximo de idade. João de Jesus Santos se emocionou ao escrever o próprio nome pela primeira vez: “Foi uma sensação maravilhosa poder fazer meu nome, como está escrito aqui; está sendo uma experiência que não tem preço” Alteredo de Morais, 54, é um dos vários casos de sucesso da EJA. Ele aprendeu a ler e escrever em 2010, aos 41 anos. Depois, prosseguiu com os estudos até concluir o ensino médio, em 2020. “Tudo que a gente tinha que resolver precisava pedir aos outros, na parte de matemática, de leitura, de andar, conhecer os lugares… [E isso] incomodava. Minha família veio de gente analfabeta, pai e mãe. E, quando chegou meu tempo de estudar, tive que sair de casa, vir embora para ganhar a vida”, lembra. Mas vida mesmo ele ganhou com a educação: “É uma coisa que clareou. A gente que não sabe, que aprende depois de velho, é uma claridade. Parece que estava no escuro”.
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Novacap forma os primeiros estudantes da turma de EJA
Lançada no fim do ano passado, a Escola Corporativa da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) formou os primeiros estudantes na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os funcionários José Divino da Paixão, de 69 anos, e Alex Sanatiel Alves da Silva, 47, foram homenageados pela dedicação e esforço em concluir essa etapa educacional. O presidente da companhia, Fernando Leite, destacou: “Não há nada mais nobre na vida do que ensinar as pessoas a descobrir o mundo. A educação é isso. Cada uma dessas pessoas, a partir de agora, enxerga o mundo de uma maneira diferente e melhor” | Fotos: Marcos Paixão/Novacap Para Alex Sanatiel, a conclusão do EJA foi uma vitória pessoal e profissional. “Há muito tempo eu tentava, pois era meu grande sonho terminar os estudos. Finalmente, consegui,” disse o colaborador da Divisão de Manutenção e Conservação de Vias (Dimav) há 27 anos. José Divino, motorista da Novacap desde os anos 1980, compartilhou a emoção de realizar um sonho antigo: “Eu sempre tive uma sede enorme de estudar e, quando surgiu essa oportunidade, agarrei com tudo que pude. Estou com 69 anos e consegui vencer. Graças a Deus, hoje estou formado”. “Eu sempre tive uma sede enorme de estudar e, quando surgiu essa oportunidade, agarrei com tudo que pude. Estou com 69 anos e consegui vencer. Graças a Deus, hoje estou formado”, comemorou o motorista da Novacap, José Divino O evento também marcou um momento especial para Isabel da Cruz Santos, esposa de um dos estudantes. “Hoje foi meu primeiro dia em uma sala de aula, e foi uma experiência muito boa. Nunca tive a oportunidade de estudar antes, porque desde cedo precisei trabalhar na roça para ajudar a sustentar minha família, já que meu pai era doente. Mas agora, com o apoio do meu esposo, finalmente consegui realizar esse sonho. Gostei muito da aula e estou muito feliz por finalmente ter essa oportunidade tão importante na minha vida”, relatou emocionada. A Escola Corporativa da Novacap atua na alfabetização e formação de colaboradores da empresa que não tiveram oportunidade de estudar no momento correto, ou não concluíram seus estudos. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Sistema Social da Indústria (Sesi), e tem como objetivo incentivar os colaboradores a iniciarem, continuarem ou retomarem os estudos. “Não há nada mais nobre na vida do que ensinar as pessoas a descobrir o mundo. A educação é isso. Cada uma dessas pessoas, a partir de agora, enxerga o mundo de uma maneira diferente e melhor”, destacou o presidente da companhia, Fernando Leite. “Nós temos o compromisso de investir na formação continuada dos nossos trabalhadores, seja na alfabetização ou na capacitação, pois isso garante uma melhor oferta dos nossos serviços para a comunidade de todo o DF”, completou. Atualmente, cerca de 40 empregados da empresa participam da iniciativa e devem ter sua formatura nos próximos meses. Internamente, as inscrições para os próximos ciclos estão abertas, o que vai elevar, cada vez mais, a quantidade de funcionários capacitados dentro da Novacap. “Estamos confiantes de que, até o fim do ano, conseguiremos formar todos os alunos da nossa turma de alfabetização,” comentou Kamilla Ferreira, responsável pela Escola Corporativa. *Com informações da Novacap
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Ex-aluna da Educação de Jovens e Adultos escreve autobiografia aos 87 anos
Persistência e força de vontade nunca faltaram na trajetória de vida de Maria de Lourdes Cortes. Mineira de Carmo do Parnaíba, ela veio para Brasília quando se casou, aos 22 anos, construiu uma família de dez filhos e dedicou a vida a proporcionar a eles a chance de estudar. No entanto, para ela, essa oportunidade só veio mais tarde, aos 70 anos, com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), via Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE). Maria de Lourdes com alguns dos filhos e netos no Centro de Ensino Fundamental 4 do Guará: “Eu sempre fiz de tudo para que meus filhos estudassem, porque o conhecimento é a única coisa que ninguém consegue tirar de você, é um presente só seu” | Fotos: Jotta Casttro/SEE Maria de Lourdes sempre gostou de estudar, mas na infância, quando morava na roça, seu pai não permitiu que ela fosse à escola. Com isso, o sonho só pôde ser realizado muitos anos depois, com os filhos já criados. “Eu sempre fiz de tudo para que meus filhos estudassem, porque o conhecimento é a única coisa que ninguém consegue tirar de você, é um presente só seu”, conta. “Para quem tem um sonho, eu aconselho ter fé e jamais desistir” Maria de Lourdes Cortes Para buscar conhecimento e com o intuito de incentivar um neto que estava pensando em interromper os estudos, Maria de Lourdes, aos 70 anos, resolveu retomar seu projeto de vida. Os dois se matricularam no programa de EJA do Centro de Ensino Fundamental 4 do Guará, onde seus dez filhos estudaram. Lá ela se destacou ao fazer o que mais amava: estudar. Biografia Assim que completou o ciclo de alfabetização, Maria de Lourdes aproveitou para escrever um livro sobre sua história “Eu não podia ir à escola, mas eu sempre corria atrás de conhecimento”, lembra. “Tentava aprender sobre as palavras e contas de matemática.” O sonho de Maria era ser diretora escolar e escritora – inspirada na poetisa Cora Coralina. “Para quem tem um sonho, eu aconselho ter fé e jamais desistir”, incentiva. O retorno aos estudos, em 2007, trouxe muita esperança e expectativas para Maria – mas, por um problema na visão, ela precisou interromper a trajetória na escola. No entanto, conseguiu completar o primeiro segmento da EJA, que corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental; e, já alfabetizada, começou a colocar em prática a escrita da sua biografia. Nesse processo, Maria recebeu a contribuição dos filhos e netos e conseguiu lançar o livro Lição de Vida, com uma tarde de autógrafos, aos 87 anos, para a grande família, que hoje, além dos dez filhos, é formada por 23 netos, 25 bisnetos e um trineto. “Minha avó é minha grande inspiração”, exalta a neta Cinthia Corte. “Hoje eu sou professora e sinto muito orgulho dela”. Educação de Jovens e Adultos A EJA é uma modalidade de ensino voltada para pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou que desejam retomar o aprendizado em uma fase mais avançada da vida. A SEE oferece apoio pedagógico aos professores e investe em programas e projetos que visam melhorar a qualidade da educação oferecida na EJA. Atualmente, mais de 25 mil estudantes fazem parte do programa nas 14 coordenações regionais de ensino do DF. *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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Adultos têm vidas transformadas com aulas de alfabetização no Cras Samambaia Expansão
A dona de casa Adriana Salvador de Lima, 48 anos, nunca tinha tido a chance de estudar. Nascida no interior do Ceará, o contato com os livros foi substituído pelo trabalho no campo, junto à família, e, ao longo da vida, apesar do desejo de estar em sala de aula, as responsabilidades com a casa e os filhos foram prioridade. Por isso, quando ela soube que o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Samambaia Expansão teria aulas de alfabetização para adultos e idosos, não perdeu a oportunidade de realizar um sonho antigo, com papel e caneta. “Meu sonho é saber assinar meu nome: Adriana Salvador de Lima. Quando fiquei sabendo, me animei na hora. Falei: ‘Sou a primeira da lista’! É uma chance que o GDF está dando para nós, estou muito feliz mesmo”, revela a dona de casa, que chegou no Distrito Federal aos 16 anos. As aulas começaram em 22 de julho e ocupam as tardes de segunda a sexta-feira dos novos estudantes. “Conheci outras meninas e já fiz amizades. É bom sair de casa um pouco. Eu estava quase ficando com depressão, e agora estou aqui, aprendendo.” A dona de casa Adriana Salvador (de cinza) não perdeu a oportunidade de aprender a ler e escrever: “É uma chance que o GDF está dando para nós, estou muito feliz mesmo” | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Colega de Adriana em sala de aula, a dona de casa Florenice Pereira dos Reis, 67, decidiu participar das aulas para aprimorar as habilidades. Ela consegue ler e escrever, mas tem dificuldade com a grafia das palavras. “Saber eu sei, mas não é muito coisa. Fiz só até a quarta série, então quero aprender mais. Não tem idade para aprender”, defende ela, que nasceu na Bahia. “Eu sou do interior e naquela época nossos pais preferiam que a gente fosse trabalhar. Mas hoje a gente vê que só quem sabe ler e escrever consegue um bom trabalho. O estudo vale muito.” O projeto de alfabetização é fruto de uma parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes), responsável por gerir o espaço, e de Educação (SEE), que desenvolve o programa DF Alfabetizado. As aulas são ministradas das 14h às 17h30 por uma educadora residente da comunidade, mobilizada pelo programa. A gerente do Cras Samambaia Expansão, Ana Luiza Dias de França, conta que a falta de letramento da população começou a ser notada durante os atendimentos. Sem o domínio da língua portuguesa, os cidadãos podem ter dificuldade para acessar benefícios governamentais, como o DF Social, que requer a abertura de conta no banco para a retirada do auxílio financeiro mensal. “Estamos localizados próximo a rodovias e entre os morros do Macaco e do Sabão; então, atendemos pessoas em situação de muita vulnerabilidade. Nós começamos a observar que a maioria não sabia ler nem escrever e fomos entendendo como poderíamos mudar isso”, explica a gerente. “Verificamos no cadastro quem são essas pessoas que não tem letramento e fizemos a mobilização para que participem das aulas. Agora estamos na fase de adaptação e já temos mais de 50 inscritos.” Aluna do curso de alfabetização, Florenice Pereira dos Reis quer aprimorar suas habilidades: “Saber eu sei, mas não é muito coisa. Fiz só até a quarta série, então quero aprender mais” As aulas ocorrem na Casa de Madeira, uma estrutura construída dentro do lote do Cras. É lá que a educadora Onilia Martins dos Santos ensina os princípios primordiais do português, usando como base a experiência de vida dos alunos. “Nós trabalhamos o dia a dia da pessoa. Começamos pela palavra ‘lote’, já que muitos alunos estão na luta pelo seu, e vamos caminhando. Agora, estamos na palavra ‘comida’”, elucida. “Esse método, diferentemente da alfabetização tradicional para a idade regular, desperta mais interesse neles porque começamos a conversar e eles têm a liberdade de dizer como foi a vida, de resgatar o passado.” Os objetivos de Adriana, Florenice e outros alunos, em breve, serão alcançados, dando espaço para sonhos que só a leitura e a escrita podem criar. “É dignidade. A partir do momento que a pessoa assina o seu nome, que vai ao mercado e consegue entender o que está escrito na mercadoria que vai comprar, que vai para outra cidade e pode pegar o coletivo sabendo para onde vai, consegue ler a Bíblia, isso é dignidade”, ressalta a educadora. Oferecer educação para a população faz parte dos objetivos do Governo do Distrito Federal (GDF). Segundo o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito Federal tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Mais de 97% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. Saiba mais O Cras Samambaia Expansão fica na QR 833, numa área conhecida como Portelinha ADE Oeste, e foi reaberto em 2020, após dois anos sem atendimento para a população. Ao lado da unidade, está sendo construído o segundo restaurante comunitário de Samambaia. Com investimento de R$ 7,5 milhões, a unidade terá capacidade para 384 lugares, podendo servir até 5.150 refeições por dia, sendo café da manhã, almoço e jantar de domingo a domingo. A educadora Onilia Martins dos Santos destaca a mudança que a alfabetização provoca na vida das pessoas: “É dignidade. A partir do momento que a pessoa assina o seu nome, que vai ao mercado e consegue entender o que está escrito na mercadoria que vai comprar, isso é dignidade” Atualmente, o DF conta com 33 unidades do Cras, sendo que cinco delas foram abertas por esta gestão do Governo do Distrito Federal (GDF), desde agosto de 2021. Os espaços permitem intervenções socioassistenciais, sobretudo com a facilitação do acesso a benefícios e programas governamentais, como o Cartão Prato Cheio, Cartão Gás, Bolsa Família e DF Social, além dos auxílios natalidade, por morte, para pessoas em situação de vulnerabilidade temporária e em situação de desastre ou calamidade pública. Para quem necessita de atendimento ele pode ser feito com data e horário agendados pelo telefone 156 ou pelo site da Sedes. Verifique aqui o contato e endereço de todas as unidades.
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Da primeira infância ao ensino superior, educação impulsiona qualidade de vida do brasiliense
O caminho para atingir qualquer objetivo profissional começa em uma sala de aula. E assim foi também com Brasília. O trajeto para chegar ao topo do ranking das capitais com melhor qualidade de vida passou, e muito, pela educação. Segundo o Índice de Progresso Social Brasil (IPS) 2024, um dos critérios impulsionadores do desempenho da capital federal foi justamente a grande taxa de acesso dos brasilienses ao ensino superior. Programas educacionais do GDF têm como foco a garantia de alfabetização e aquisição de conhecimentos para todas as faixas etárias | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Até chegar à universidade, em todas as etapas pelas quais a criança passa, a educação vai fazer a diferença na vida dela”, pontua a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. “A pessoa, para chegar ao mercado de trabalho, precisa saber ler, precisa ter um conhecimento, ter uma formação geral básica consolidada. E isso quem dá é a escola. A escola transforma socialmente o ser humano em termos de conhecimento. Ele está ali para aprender, para socializar, para sair um ser humano pronto para o mercado de trabalho.” “A educação em Brasília sempre foi valorizada, desde Anísio Teixeira, quando ele pensou e idealizou uma educação em tempo integral” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Segundo a titular da pasta, os números positivos são reflexo de uma gestão governamental voltada para políticas públicas que enxergam, na educação, a melhor resposta para os problemas contemporâneos globais, como pobreza, desemprego e violência. Trata-se de um trabalho desenvolvido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) ainda nos primeiros anos escolares. “A educação em Brasília sempre foi valorizada, desde Anísio Teixeira [que defendia a educação construtivista, por meio da qual os alunos são agentes transformadores da sociedade], quando ele pensou e idealizou uma educação em tempo integral”, ressalta Hélvia Paranaguá. “Crianças aqui têm escola de música, têm as escolas parque para ir no contraturno, têm os CILs [centros interescolares de línguas] funcionando há mais de 30 anos, em que o menino tem a oportunidade de sair com proficiência em várias línguas.” No campo do ensino superior, a secretária de Educação exalta a criação, há três anos, da Universidade do Distrito Federal (UnDF): “Era um anseio da população, e a gente tem muito orgulho dela”. Alfabetização Uma das prioridades da gestão educacional do governo é a alfabetização. Não à toa, o DF tem o segundo melhor índice de pessoas alfabetizadas de todo o país. Segundo o Censo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população brasiliense sabe ler e escrever. O desempenho coloca a capital federal atrás apenas de Santa Catarina, com 97,3% de alfabetizados. 3 mil Número de profissionais da educação capacitados pelo programa Alfaletrando neste ano “É um trabalho feito na base; e, quando a gente não tem isso na idade certa, porque às vezes a gente recebe um menino de fora, que não passou por um processo de alfabetização, que evadiu, saiu da escola, abandonou, a gente tem a EJA [Educação de Jovens e Adultos]”, complementa a titular da Secretaria de Educação do DF (SEE). “Em todas as áreas, em todas as etapas, nós temos esse olhar muito cuidadoso com a população.” Para melhorar ainda mais esse índice, o GDF investe na implementação de programas especiais, como o Alfaletrando. A iniciativa visa garantir que crianças da rede pública estejam alfabetizadas ao final do segundo ano do ensino fundamental. Em 2024, o programa distribuiu materiais pedagógicos e capacitou 3 mil profissionais da educação para esta fase de ensino. Alfabetização Eline Maria da Silva retomou os estudos e se profissionalizou: “Foi incrível ter terminado o ensino médio, ter pegado aquele diploma e dizer que eu sou capaz de ir muito além” | Foto: Arquivo pessoal Em paralelo, o programa DF Alfabetizado, alinhado ao Brasil Alfabetizado (PBA), foca a alfabetização de jovens, adultos e idosos. Atualmente, há 30 turmas em funcionamento, com a possibilidade de abrir mais vagas até o final deste mês. As aulas ocorrem em diferentes regiões administrativas e em complemento à atuação das 101 escolas voltadas para a EJA na capital federal. A EJA é um segmento de ensino para quem não teve a oportunidade de concluir os estudos na idade regular ou deseja retomá-los em uma fase mais avançada da vida. No DF, compete à SEE a gestão das diretrizes curriculares, com oferta de apoio pedagógico aos professores e investimento em programas e projetos visando melhorar a qualidade da educação oferecida. A modalidade foi essencial na vida da auxiliar de cozinha Eline Maria da Silva, 39. Aos 16 anos e recém-casada, ela precisou abandonar os estudos para cuidar de casa e da família. Mais de duas décadas depois, Eline se matriculou no Centro Educacional 02 de Taguatinga para concluir o ensino médio. “Foi quando eu percebi que sempre tinha vivido em função do lar e não tinha terminado meus estudos, nunca tinha trabalhado”, lembra. Profissionalização A conquista do diploma veio em dezembro do ano passado, depois de um ano de estudo, e ela comemora: “A sensação de ter o diploma em mãos foi vibrante porque foi um sonho realizado na minha vida. Foi incrível ter terminado o ensino médio, ter pegado aquele diploma e dizer que eu sou capaz de ir muito além”. Além de ter sido moldada profissionalmente, Eline conta que a EJA foi fundamental para seu crescimento em outras áreas da vida. Hoje, ela tem consciência de que nunca é tarde para correr atrás dos sonhos. Por isso, está fazendo um curso de técnica em enfermagem para, em breve, poder atuar na área. “Os estudos abriram a minha mente”, conta. “A EJA me ajudou até na forma como eu me comunico. Me mostrou que qualquer pessoa tem capacidade de ser o que quiser na vida. Isso tudo é só o começo de uma nova história para mim.” Primeira infância Aos 4 anos, Maria Júlia Rocha aponta o que mais aprecia na creche: “Eu gosto de estudar” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A atenção à educação no DF alcança todas as idades. Maria Júlia Rocha tem apenas 4 anos, mas já entende a importância dos estudos. Mesmo ainda distante da alfabetização, a pequena é categórica ao responder sobre o que mais gosta de fazer na creche: “Eu gosto de estudar”. A frase, que arranca um sorriso orgulhoso da mãe, Klara Rocha, 23, reflete a importância do contato inicial da criança com o ambiente educacional. Enquanto desperta a curiosidade natural dos pequenos, a creche também desempenha papel crucial no desenvolvimento cognitivo das crianças. É ali que elas terão acesso a uma base sólida de ensino fundamental para as etapas subsequentes de aprendizado, incluindo a alfabetização. Ciente disso, o GDF investe na ampliação da oferta de vagas para a primeira infância. R$ 138,5 milhões Investimentos feitos desde 2021 pelo programa Cartão Creche, que já atendeu quase 19 mil beneficiários no DF A creche onde Maria Júlia estuda é particular, e as mensalidades são pagas pelo GDF, por meio do programa Cartão Creche. A iniciativa oferece benefícios de até R$ 872,70 por criança, verba a ser utilizada em todos os meses de atendimento para os pagamentos integrais das parcelas – uma ajuda que, segundo Klara, faz toda a diferença para a família. Creches “A educação é muito importante para o crescimento e desenvolvimento dela”, aponta Klara. “Na creche, ela socializa com crianças da mesma idade e aprende coisas novas todos os dias. É muito bom, especialmente para mim, pois estou desempregada, então ajuda bastante. A gente sabe como as coisas estão muito caras hoje em dia.” O benefício foi reajustado pelo governo, e os pais já receberão o valor atualizado em agosto. Desde 2021, o programa atendeu 18.701 beneficiários, com investimento de R$ 138,5 milhões. Somente neste ano, foram investidos R$ 26 milhões, e cerca de 5,5 mil crianças são atendidas todos os meses. Somado à concessão do Cartão Creche, o governo também investe na construção de creches públicas. Nos últimos cinco anos, 13 delas foram inauguradas em Samambaia, Lago Norte, Ceilândia, Pôr do Sol, Sol Nascente e Santa Maria, além de Planaltina e Paranoá, que ganharam unidades voltadas à população da área rural. Atualmente, outras 17 unidades estão em construção em todo o DF, com investimento de R$ 91,96 milhões.
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Usuários do Cras Samambaia Expansão terão aulas de alfabetização
O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Samambaia Expansão inaugurou na segunda-feira (22) espaço para oferecer aulas de alfabetização para adultos e idosos atendidos na unidade. Batizado de Casa de Madeira, o local será utilizado como sala de aula, em três turnos (manhã, tarde e noite) para cerca de 50 usuários inscritos. As classes serão ministradas por uma educadora voluntária da comunidade, por meio do programa DF Alfabetizado, uma parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Educação. As aulas de alfabetização no Cras Samambaia Expansão serão ministradas na Casa de Madeira, espaço inaugurado nessa segunda (22) | Foto: Divulgação/ Sedes-DF “Muitos dos nossos usuários, por não serem alfabetizados, têm dificuldades no dia a dia para acessar benefícios como o DF Social, que precisa abrir conta no banco, na hora de retirar o voucher de benefícios eventuais. Tem um círculo de mulheres atendidas na unidade onde essa também é uma questão. Nós percebemos nos nossos atendimentos como a falta de letramento prejudica a garantia de direitos e a autonomia. Por isso, o Cras trouxe o programa para dentro da unidade”, explica a gerente da unidade, Ana Luzia Dias. “Oferecer esse espaço para a alfabetização de adultos e idosos é um serviço muito importante que garante direitos, cidadania e autonomia” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social As aulas serão ministradas de segunda a quinta-feira, das 14h às 16h30, na Casa de Madeira no Cras Samambaia Expansão, que fica na QR 833, Conjunto 08, Lote 01/02. “Oferecer esse espaço para a alfabetização de adultos e idosos é um serviço muito importante que garante direitos, cidadania e autonomia dessas pessoas. O Cras é a porta de entrada para a política de assistência social. Que bom que podemos também oferecer mais esse serviço tão essencial para as famílias vulneráveis que vivem naquela região de Samambaia”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Alfabetização O DF Alfabetizado foi criado com base no programa Brasil Alfabetizado, do governo federal, que tem o objetivo de contribuir para a universalização do ensino fundamental, promovendo apoio a ações de alfabetização de jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. Em 29 de abril deste ano, a Secretaria de Educação do Distrito Federal aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado – Saldos Remanescentes (PBA), lançado pelo Ministério da Educação (MEC). Com edital publicado no dia 24 de maio, apresentou um processo seletivo simplificado para a contratação de alfabetizadores e tradutores intérpretes de libras voluntários para atuação no programa DF Alfabetizado – saldo remanescente e composição de cadastro reserva. “As atividades de alfabetização iniciaram no dia 22 de julho – até o momento, foram abertas 32 turmas, distribuídas pelas diversas regiões administrativas. O grande diferencial do programa é que essas turmas podem funcionar em diferentes locais, o que possibilita que a alfabetização chegue em comunidades que nossas escolas ainda não alcançam, somando esforços às nossas 101 escolas que ofertam a Educação de Jovens e Adultos, desde a alfabetização até a conclusão da educação básica”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. O Cras Samambaia Expansão conta com uma educadora voluntária que reside na comunidade, que se inscreveu e passou em todas as etapas do processo seletivo. Para ministrar as aulas na unidade socioassistencial, ela recebe recursos do programa. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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Projeto Soletrando no Campo encerra 6ª edição com premiação de vencedores
Em um espetáculo de conhecimento e dedicação dos estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, a sexta edição do projeto Soletrando no Campo, da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Brazlândia, se encerrou nesta quinta-feira (4). A grande final da competição ocorreu no auditório da Escola Técnica de Brazlândia, reunindo professores das escolas finalistas, pais e mães, além dos próprios alunos finalistas. Final da sexta edição do Soletrando no Campo premiou os vencedores como forma de incentivo aos estudos | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Os grandes vencedores desta edição foram anunciados com entusiasmo e, além do prestígio e do reconhecimento pela habilidade ortográfica e de soletração, receberam prêmios em dinheiro como um incentivo ao futuro educacional. A Escola Classe Polo Agrícola da Torre se destacou e garantiu duas estudantes no pódio: Sabrina Vitória Sousa Silva conquistou o terceiro lugar e recebeu R$ 200, enquanto Vitória Farias da Silva subiu no lugar mais alto e ganhou o prêmio de R$ 500. Em segundo lugar ficou o estudante Enzo, da Escola Classe Incra 06, que recebeu R$ 300. O evento não apenas destacou a importância de aprender de maneira divertida e colaborativa, mas também ressaltou como o esforço conjunto entre escolas, famílias e comunidade pode resultar em um aprendizado de qualidade para as crianças do campo. Para a coordenadora regional de ensino de Brazlândia, Neuseli Rodrigues, o Soletrando é uma competição com um significado muito forte para as crianças: “O projeto mostra um trabalho muito sério feito pelas escolas de Brazlândia. Além da aprendizagem, o projeto ensina a resiliência, a capacidade de lidar com situações como essa de estar sob foco e pressão. Tudo isso é feito de forma lúdica”, concluiu. A torcida pela EC Incra 06 marcou presença na final Disputa acirrada A competição foi marcada por níveis de dificuldade: fácil, médio, difícil e muito difícil. Na primeira rodada, o nervosismo e a tensão apareciam com alguma frequência; e, por descuido, as crianças trocavam uma letra aqui e acolá. À medida que a competição ia avançando em dificuldade, alguns alunos começaram a ganhar destaque, pela excelente dicção, clareza na pronúncia e domínio ortográfico, levando a torcida ao delírio. Na última rodada, a mais difícil, os jurados já não tinham mais palavras na caixa que guardavam, pois nenhuma criança nem sequer titubeava na soletração, acertando todas. Dessa forma, a comissão elaborou uma seleção de palavras à parte, o que demonstrou o nível de qualidade e domínio dos finalistas. Palavras como plebiscito, voçoroca, bicarbonato e exceção foram algumas presentes na última rodada. A pequena Vitória Farias da Silva, 10 anos, aluna da EC Polo Agrícola da Torre, venceu a sexta edição do torneio Vitória O primeiro lugar do projeto Soletrando no Campo de 2024 ficou com a pequena Vitória Farias da Silva, 10 anos, aluna da Escola Classe Polo Agrícola da Torre, que em seu último desafio teve que soletrar a palavra “cabeçorra”. Ela respirou fundo, concentrou-se e, num tom firme, calmo e confiante, soletrou corretamente a palavra. “Eu estudei muito com a minha família, treinava todos os dias. Eu fiz por merecer, então acho que todo meu esforço valeu a pena”, declarou a estudante. A mãe da campeã, Silvani Farias Silva, relembrou que, na edição do ano passado, a filha ficou em quarto lugar, e nesta edição queria muito ficar em primeiro. “Essa competição mexeu muito com ela [Vitória], e a escola chama a gente também para fazer junto, aprender. Essa parceria escola/família é muito importante para nossos filhos. Hoje aqui eu sou só orgulho e gratidão pela minha filha ter professores tão bons”, declarou, emocionada. O projeto Soletrando no Campo foi idealizado em 2017, pela professora Valéria Rosa, da CRE de Brazlândia, e tinha como objetivo proporcionar aos estudantes uma oportunidade de desenvolver habilidades de pensamento fonológico e mentalização da palavra antes de escrever. “Eu idealizei o Soletrando no Campo com o objetivo de auxiliar a alfabetização das crianças, inclusive aqueles que possuem maiores dificuldades. Então, ver essas crianças que já passaram por tantos obstáculos apresentarem as palavras de forma tão segura agora é muito gratificante”, pontuou Valéria. Veja abaixo os finalistas da competição e os vencedores. ⇒ Escola Classe Almécegas: Luiz e Carlos ⇒ Escola Classe Bucanhão: Vinícius e Júlia ⇒ Escola Classe Polo Agrícola da Torre: Sabrina e Vitória (3° e 1° lugar) ⇒ Centro Educacional Irmã Maria Regina: Marcos e Pedro ⇒ Escola Classe Incra 06: Josilene e Enzo (2° lugar) ⇒ Escola Classe 01 do Incra 08: Lukan e Davi. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE)
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Projeto Soletrando no Campo auxilia alfabetização de alunos em Brazlândia
Para auxiliar o processo de alfabetização dos estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal, professores e pedagogos investem em diferentes projetos que, de forma lúdica, ajudam na promoção de uma aprendizagem significativa da escrita e leitura. Nas escolas do campo de Brazlândia, um torneio de soletração incentiva os estudantes na hora de aprender e promove o fortalecimento da autoconfiança e da autoestima. O projeto Soletrando no Campo, idealizado em 2017, visa proporcionar aos estudantes uma oportunidade de desenvolver habilidades de pensamento fonológico e mentalização da palavra antes de escrever. Antes de chegar na grande final, o projeto passa pelas escolas do campo da Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Brazlândia para selecionar os finalistas. Com a presença de 21 estudantes, a final da Escola Classe Polo Agrícola da Torre ocorreu na última semana | Fotos: Mary Leal/SEEDF Em 2024, na 6ª edição do torneio, seis escolas do campo participam da fase classificatória. São elas: Escola Classe Polo Agrícola da Torre, Escola Classe Bucanhão, Escola Classe Incra 08, Escola Classe Incra 06, Escola Classe Almécegas e Centro Educacional Maria Regina Velanes Regis. A grande final interescolar está marcada para acontecer em 4 de julho na Escola Técnica de Brazlândia. Na última semana, foi a vez da Escola Classe Polo Agrícola da Torre realizar a final da unidade escolar para selecionar os seus representantes para a grande final. Com a apresentação da professora Valéria Rosa, idealizadora e coordenadora do projeto Soletrando no Campo, o evento contou com a participação de 11 crianças na categoria inclusiva e 10 na categoria geral. “Eu idealizei o Soletrando no Campo com o objetivo de auxiliar a alfabetização das crianças, inclusive aqueles que possuem maiores dificuldades. Então, ver essas crianças que já passaram por tantos obstáculos apresentarem as palavras de forma tão segura agora é muito gratificante”, comenta Valéria. O estudante Jonatas Santos (centro) foi o vencedor da categoria inclusiva e vai disputar a grande final no dia 4 de julho Além da categoria geral, o projeto promove também uma categoria inclusiva, na qual competem crianças que já apresentaram dificuldade de alfabetização, repetência ou possuem diagnóstico de algum transtorno de aprendizagem. Com a competição, eles têm a oportunidade de vencer esses obstáculos com a ajuda e a torcida dos colegas e professores. Finalistas A competição foi marcada por momentos de tensão e expectativa, à medida que os participantes enfrentavam uma série de desafios ortográficos. Cada criança demonstrou um notável domínio das palavras, deixando claro o impacto positivo do projeto na sua capacidade de lidar com a escrita e a língua portuguesa como um todo. Destacando-se entre os participantes, dois estudantes da EC Polo Agrícola da Torre avançaram para a final geral de Brazlândia após conquistarem os primeiros lugares nas respectivas categorias. O estudante Jonatas Santos foi o vencedor da categoria inclusiva, enquanto na categoria geral o primeiro lugar ficou com a aluna Sabrina Vitória Silva. Na categoria geral, a aluna Sabrina Vitória (centro) ficou com o primeiro lugar: “Estudei muito em casa com minha família” A conquista não apenas evidencia o talento dessas crianças, mas também ressalta o sucesso do projeto em sua missão de cultivar habilidades linguísticas e promover a confiança dos alunos. “Eu estou muito feliz pela minha vitória. Estudei muito em casa com minha família”, comemora a aluna Sabrina Vitória Silva, 11 anos, primeiro lugar no torneio. Ela estava acompanhada da mãe, Sinária Paiva e Souza, que torceu com muita emoção durante toda a competição. “Eu muito orgulhosa com essa vitória dela.” Ao final do evento, a professora Valéria Rosa expressou a satisfação com o desempenho dos estudantes e reiterou o compromisso contínuo da escola em fornecer oportunidades de aprendizagem enriquecedoras. “O Soletrando não é apenas uma competição, mas uma jornada de crescimento e descoberta para todos os envolvidos. Parabéns a todos os competidores e que continuemos a trilhar esse caminho de excelência educacional juntos”, declarou. Confira os ganhadores Categoria geral → Sabrina Vitória Sousa Silva – 1º lugar → Vitória Farias da Silva – 2º lugar → Sofia Lara Freitas Rios – 3º lugar Categoria Inclusiva → Jonatas Santos de Jesus – 1º lugar → Ray Gonçalves da Silva – 2º lugar → Alerrandro Oliveira Germano – 3º lugar *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Prorrogado prazo de entrega de documentos de inscritos no programa DF Alfabetizado
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) publicou nesta quinta-feira (6), no Diário Oficial do DF (DODF), a retificação do Edital nº 20, referente ao processo seletivo simplificado para a seleção de alfabetizadores e de tradutores-intérpretes de Libras. A retificação prorroga o prazo de envio dos documentos comprobatórios dos candidatos inscritos até a próxima segunda-feira (10). As turmas do DF Alfabetizado serão distribuídas em todas as regiões administrativas e acompanhadas pelas 14 coordenações regionais de ensino | Foto: André Amendoeira/SEEDF Desse modo, os documentos poderão ser enviados para o e-mail dfalfabetizado.subeb@se.df.gov.br até o dia 10 de junho. Com a prorrogação do prazo, outras etapas foram afetadas. Confira os novos prazos: 1ª etapa → Inscrições de 29 de maio até as 18 horas do dia 5 de junho → Período para envio dos documentos comprobatórios em formato PDF: de 29 de maio até o dia 10 de junho 2ª etapa → Análise documental (comissão de avaliação): de 29 maio a 15 de junho → Divulgação dos aprovados nas 1ª e 2ª etapas: 17 de junho → Prazo para interposição de recursos: 18 de junho → Divulgação do resultado da interposição de recursos: 19 de junho 3ª etapa → Busca ativa e formação das turmas: de 29 de maio até o dia 22 de junho → Pré-cadastramento das turmas e dos alfabetizandos pelos candidatos a alfabetizadores voluntários: de 20 a 24 de junho → Divulgação dos aprovados na 3ª etapa e convocação dos candidatos a alfabetizadores voluntários e a tradutores-intérpretes de Libras para o curso de formação inicial: 27 de junho → Interposição de recursos: 27 de junho → Divulgação do resultado da interposição de recursos: 28 de junho 4ª etapa → Formação inicial dos alfabetizadores voluntários e dos tradutores-intérpretes de Libras: de 1º a 4 de julho → Divulgação dos aprovados na 4ª etapa: 4 de julho → Interposição de recursos: 5 de julho → Divulgação do resultado da interposição de recursos: 8 de julho → Resultado final e assinatura do termo de compromisso: 8 de julho O Programa DF Alfabetizado, iniciado no Distrito Federal em 2012, tornou-se uma ferramenta indispensável para alcançar comunidades em diferentes tempos e espaços. Por meio do DF Alfabetizado, que já teve cinco edições, sendo a última em 2018, foi possível alfabetizar um total de 30 mil pessoas em todo o Distrito Federal. A iniciativa traz esperança e oportunidade para pessoas jovens, adultas e idosas que ainda se encontram em situação de analfabetismo, representando o compromisso de fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA), combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. Uma das características do DF Alfabetizado é sua capacidade de chegar a áreas remotas e desfavorecidas, onde a educação formal pode ser escassa. Além disso, o programa não apenas visa à alfabetização, mas também incentiva a continuidade dos estudos, abrindo portas para a conclusão do ensino fundamental e médio, por meio da inserção desses alfabetizandos na EJA. Veja aqui o Manual do Programa DF Alfabetizado. Alcance A expectativa é que esta edição do Programa DF Alfabetizado possibilite a alfabetização de 2.500 pessoas, a partir de 15 anos, por meio de abertura de 100 turmas de alfabetização. Essas turmas serão distribuídas em todas as regiões administrativas e acompanhadas pelas 14 coordenações regionais de ensino, garantindo que a iniciativa alcance diferentes comunidades em todo o DF, especialmente em locais onde a escola ainda não chega. As turmas poderão ser abertas nos turnos matutino, vespertino e noturno, a depender da necessidade da comunidade a ser atendida, e funcionarão por seis meses, entre os meses de julho e dezembro deste ano. *Com informações da SEEDF
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Programa do DF é apresentado como prática exitosa em seminário do Unicef
Implementado na rede pública de ensino do Distrito Federal no ano passado, o Projeto SuperAção foi apresentado, nesta terça-feira (4), como uma prática exitosa no Seminário Nacional Trajetórias de Sucesso Escolar, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef). O evento foi realizado em São Paulo, com a participação de gestores de rede, gestores escolares, professores e estudantes. Equipe da Subsecretaria de Educação Básica representou a SEEDF, nesta terça-feira (4), no Seminário Nacional Trajetórias de Sucesso Escolar, em São Paulo | Foto: Divulgação O Distrito Federal foi representado por meio da equipe da Subsecretaria de Educação Básica (Subeb), com a presença da subsecretária, Iêdes Braga, e da diretora de Ensino Fundamental, Ana Carolina Tavares, bem como por meio da equipe do Centro de Ensino Fundamental (CEF) do Bosque, da Coordenação Regional de Ensino de São Sebastião, pela estudante do programa SuperAção Emanuelle de Sena, de 15 anos, pela supervisora pedagógica Bianca Gomes e pela professora Andrea Kaiser. A subsecretária Iêdes Braga destaca a importância da participação da SEEDF no seminário. “É uma oportunidade da gente conhecer programas desenvolvidos em outros estados e compartilhar também a experiência de sucesso que o Distrito Federal tem tido com o programa SuperAção”, ressalta. O objetivo do seminário é fortalecer e consolidar a estratégia Trajetórias de Sucesso Escolar e as políticas dos estados e do Distrito Federal, gerando sentimento de pertencimento e identidade dos profissionais engajados nestes programas, favorecendo o direito de trajetórias de sucesso a cada estudante das escolas públicas do Brasil. O programa SuperAção foi implementado em 2023, com o objetivo de atender os estudantes em situação de incompatibilidade idade/ano matriculados do 3º ao 8º anos do ensino fundamental. A professora Andrea Kaiser salienta as mudanças já observadas nos alunos participantes do projeto. “É possível perceber a mudança na vida desses estudantes, que ficam mais motivados, dedicando tempo e empenho para continuar no fluxo certo e seguir. Alunos que nem tinham perspectiva, hoje sonham com um futuro. Esse é o melhor resultado que podíamos alcançar”, celebra. *Com informações da SEEDF
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DF firma compromisso nacional de meta de alfabetização até 2030
O Governo do Distrito Federal (GDF) pactuou, na manhã desta terça-feira (28), com a meta do governo federal de atingir 80% de alfabetização na idade certa até 2030. O objetivo foi anunciado durante reunião no Palácio do Planalto com a presença de governadores, vice-governadores e secretários de Educação e faz parte das propostas do programa federal Criança Alfabetizada, que já teve R$ 1 bilhão em investimentos em todas as unidades da federação. GDF firmou, na manhã desta terça-feira (28), a meta de atingir 80% de alfabetização na idade certa até 2030 | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília “O DF foi uma das unidades da federação que aderiu ao programa. A nossa meta sempre foi muito mais ousada do que a própria meta do governo federal. A gente vai alcançar, com certeza, o objetivo, que é erradicar o analfabetismo aqui no Distrito Federal”, destacou a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Ela citou, por exemplo, os bons números do DF, que tem o menor índice de analfabetismo do Brasil e a segunda melhor taxa de alfabetização do país. “Nós temos um dos menores índices de analfabetismo do Brasil, uma taxa de 1,7%, e nós queremos erradicar. Nós temos que entender que o DF vive uma situação migratória todos os anos; ou seja, em 15 anos nós recebemos mais de 500 mil novas pessoas aqui, necessitando de todos os serviços públicos. Mas mesmo assim hoje nós temos o segundo melhor índice de alfabetização do Brasil, perdendo apenas para Santa Catarina”, complementou Celina. O Distrito Federal é um case de sucesso em relação à taxa de alfabetização. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população da capital é alfabetizada O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou que, em um ano, o programa já mostrou resultados, com um salto de 36% para 56% das crianças da rede pública alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, segundo dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “Uma das nossas primeiras missões foi construir uma grande política nacional de alfabetização de crianças, porque alfabetizar na idade certa é fundamental. Nesse período já tivemos um salto. Vamos continuar apoiando financeiramente os estados e avaliar o comportamento dos programas, com uma espécie de Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] da alfabetização”, anunciou. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, explicou que o governo federal fará o acompanhamento dos estados para auxiliar no compromisso firmado. “Estamos fazendo história, porque os governadores assumiram o compromisso de diminuir o analfabetismo. Estamos propondo que, até 2030, cheguemos a 80% de crianças alfabetizadas na idade certa. Vamos acompanhar todos os municípios e estados, orientando e discutindo junto às melhorias e também divulgando as boas práticas”, afirmou. O DF participa do programa com uma iniciativa própria, o Alfaletrando; a política pública promove a alfabetização e o letramento de crianças até os 7 anos de idade Índices de ponta O Distrito Federal é um case de sucesso em relação à taxa de alfabetização. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população da capital é alfabetizada, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que alcançou a marca de 97,3% de alfabetizados. Em relação à taxa de analfabetismo, o DF tem a menor taxa do país, um total de 1,7%, indicador bastante abaixo da média nacional de 5,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mais recente, divulgada em março de 2024 pelo IBGE. O DF participa do programa com uma iniciativa própria: o Alfaletrando, lançado em abril deste ano. Instituída por meio do Decreto nº 45.495/2024, a política pública promove a alfabetização e o letramento de crianças até os 7 anos de idade, como forma de colaborar para a construção de trajetórias escolares bem-sucedidas. A proposta tem dois objetivos. O primeiro é garantir que 100% das crianças matriculadas na rede pública de ensino estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. O segundo é recompor as aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas nos 3º, 4º e 5º anos da rede pública de ensino, em vista do impacto da pandemia de covid-19 para esse público. “O DF e todos os estados fizeram seus programas locais e nós lançamos esse ano o Alfaletrando, que foi construído pela Secretaria de Educação do DF, pelos nossos profissionais, e que já está em implementação”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. “No segundo semestre nós já faremos a primeira avaliação para ver como as crianças estão seguindo nesse processo. Nós estamos muito felizes porque a alfabetização é a base de tudo”, acrescentou.
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Editais abrem inscrições para voluntários no Programa DF Alfabetizado
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) publicou nesta segunda-feira (27), no Diário Oficial do DF (DODF), a nova adesão ao Programa Brasil Alfabetizado (PBA), do Ministério da Educação (MEC), instituído no Distrito Federal como DF Alfabetizado. Para executar o programa, a secretaria publicou dois editais de processo seletivo simplificado para a seleção de alfabetizadores, tradutores-intérpretes de Libras e coordenadores em caráter voluntário. O programa já alfabetizou cerca de 30 mil pessoas com cinco edições realizadas desde 2012 | Foto: André Amendoeira/SEEDF As inscrições para esses cargos podem ser realizadas pelos formulários disponíveis nos referidos editais e nos links abaixo, entre as 8h desta quarta-feira (29) até as 18h do dia 5 de junho. Se inscreva aqui: → Alfabetizadores e tradutores-intérpretes de libras voluntários → Coordenadores voluntários O Programa DF Alfabetizado, iniciado no Distrito Federal em 2012, tornou-se uma ferramenta indispensável para alcançar comunidades em diferentes tempos e espaços. Por meio do DF Alfabetizado, que já teve cinco edições, sendo a última em 2018, foi possível alfabetizar um total de 30 mil pessoas em todo o Distrito Federal. De acordo com o edital publicado no DODF, o alfabetizador e o alfabetizador tradutor-intérprete de Libras com uma turma ativa no Programa receberão uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 1.200. Já os coordenadores selecionados receberão R$ 1.400 A iniciativa traz esperança e oportunidade para pessoas jovens, adultas e idosas que ainda se encontram em situação de analfabetismo, representando o compromisso desta secretaria em fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA), combater o analfabetismo adulto e promover a inclusão social por meio da educação. A diretora de Educação de Jovens e Adultos (Dieja) da SEEDF, Lilian Sena, ressaltou a importância de dar continuidade à iniciativa. “O Programa DF Alfabetizado é uma ação eficaz ao desafio de combate ao analfabetismo, alcançando lugares que as escolas ainda não alcançam. É uma oportunidade de transformação para aqueles que buscam o conhecimento, o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita e o exercício de sua cidadania”, afirma. Como funciona Uma das características do DF Alfabetizado é sua capacidade de chegar a áreas remotas e desfavorecidas, onde a educação formal pode ser escassa. Além disso, o programa não apenas visa à alfabetização, mas também incentiva a continuidade dos estudos, abrindo portas para a conclusão do ensino fundamental e médio, por meio da inserção desses alfabetizandos na Educação de Jovens e Adultos. Os candidatos a alfabetizadores deverão realizar a busca ativa e a captação de alfabetizandos para formar suas turmas, que serão validadas e cadastradas durante o processo seletivo. O início das aulas está previsto para o dia 15 de julho, e os espaços em que as turmas funcionarão são de responsabilidade dos alfabetizadores e devem estar de acordo com as necessidades da comunidade, conforme edições anteriores. Veja aqui o Manual do Programa DF Alfabetizado. A expectativa é que esta edição do Programa DF Alfabetizado possibilite a alfabetização de 2.500 pessoas, a partir de 15 anos, por meio de abertura de 100 turmas de alfabetização. Essas turmas serão distribuídas em todas as Regiões Administrativas e acompanhadas pelas 14 Coordenações Regionais de Ensino, garantindo que a iniciativa alcance diferentes comunidades em todo o DF, especialmente em locais onde a escola ainda não chega. As turmas poderão ser abertas nos turnos matutino, vespertino e noturno, a depender da necessidade da comunidade a ser atendida, e funcionarão por seis meses, entre os meses de julho e dezembro de 2024. Remuneração Os voluntários selecionados para atuar no DF Alfabetizado receberão bolsa-auxílio mensal para custeio das despesas realizadas no desempenho de suas atividades no Programa. Os valores das bolsas a serem repassados pela SEEDF são provenientes de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Tesouro do Distrito Federal. De acordo com o edital publicado no DODF, o alfabetizador e o alfabetizador tradutor-intérprete de Libras com uma turma ativa no programa receberão uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 1.200. Já os coordenadores selecionados receberão R$ 1.400. *Com informações do SEEDF
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DF tem segundo melhor índice de alfabetização do país, segundo IBGE
O Distrito Federal tem uma das melhores taxas de alfabetização do país. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população da capital é alfabetizada, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que alcançou a marca de 97,3% de alfabetizados. Isso se deve ao esforço do Governo do Distrito Federal (GDF) em garantir ensino público de qualidade desde os primeiros anos escolares até o ensino de jovens e adultos. Para a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF (SEE-DF), Iêdes Braga, as ações do GDF têm sido determinantes para alcançar esse índice, que corrobora com os dados divulgados este ano Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua que classificou o DF com a menor taxa de analfabetismo do país, um total de 1,7%. Entre elas, a gestora cita o Alfaletrando, lançado este ano para focar na alfabetização de crianças de até 7 anos e na continuidade do processo até o 2º ano do ensino fundamental, antes o desenvolvimento seguia até o 3º. A subsecretária Iêdes Braga ressalta que “quando eu alfabetizo na idade certa, garanto uma trajetória dentro do fluxo regular” | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília “O programa foi construído pelos próprios professores e reflete a realidade do DF. Também temos todo um trabalho articulado da rede voltado para uma gestão compartilhada, ações de formação e acompanhamento nas unidades escolares”, observa a subsecretária. “Quando eu alfabetizo na idade certa, garanto uma trajetória dentro do fluxo regular”, ressalta. O programa tem uma abordagem pedagógica inovadora, com recursos e práticas educacionais modernas para estimular o interesse e a participação dos estudantes. A SEEDF também preparou material de apoio específico para alunos do 1º e 2º ano, para além do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Além disso, o programa tem o objetivo de recompor as aprendizagens das crianças dos 3º, 4º e 5º anos, por conta do impacto da pandemia da covid-19. O objetivo é ajudar ainda mais a elevar o índice de alfabetização no DF. Segundos dados da SEEDF, este ano, estão matriculadas no 1º ano do ensino fundamental 28.219 estudantes e outros 27.816 estão no segundo ano. Nunca é tarde para aprender Com a didática especial, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), adultos têm a chance de voltar a estudar e melhorar de vida | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Em outra frente, a Secretaria de Educação do DF trabalha para incluir as pessoas que por diversos motivos não puderam estudar na idade certa com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa modalidade é dividida em três segmentos: o primeiro ano é voltado à alfabetização e os demais aos anos finais do ensino fundamental. Com o objetivo de tornar o ensino mais atrativo para esse segmento, os professores são capacitados para trabalhar a alfabetização com didática focada nos adultos. “O que vemos em muitos programas que não usam o conceito de andragogia (ensino para adultos) e não consideram essa condição humana da fase adulta, é o abandono (escolar). A gente busca compreender o adulto nessa condição, com metodologia própria, o que faz eles se sentem acolhidos”, explica. Para facilitar a vida de quem quer iniciar ou retomar os estudos, a matrícula no EJA pode ser realizada a qualquer tempo, diferentemente do ensino regular. “A gente dá oportunidade para esse cidadão que não se matriculou, mas que se viu motivado poder voltar a estudar a qualquer momento”, ressalta Iêdes. Somado a isso, a SEEDF faz a busca ativa com chamamento público para que as pessoas se matriculem. Atualmente, são 3.470 estudantes matriculados no 1º segmento, outros 10.445 no 2º segmento e 11.816 estudantes no 3º segmento. O EJA está presente em 99 unidades nas 14 regionais de ensino para que moradores de todo o DF tenham oportunidade de estudar, além das escolas polo que oferecem aulas nos períodos noturno e diurno.
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Novo programa vai atuar para garantir 100% de alfabetização no ensino fundamental
A Secretaria de Educação (SEEDF) lançou, nesta terça (16), o programa Alfaletrando, que tem como objetivo promover a alfabetização e o letramento de crianças, com vistas à melhoria da qualidade da educação básica em todo o DF. Participaram do lançamento, além de equipes da secretaria, representantes do Ministério da Educação (MEC). Programa Alfaletrando é inclusivo e foca a importância de motivar a criança a aprender a ler para obter boa formação | Foto: Divulgação/SEEDF “Somos a única unidade da Federação que construiu o próprio programa de alfabetização” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o Alfaletrando é um dos programas pedagógicos mais importantes da pasta. “Vamos implementar um programa voltado para a alfabetização na idade certa”, afirmou. “A criança que é alfabetizada no tempo certo segue adiante, sem reprovação, sem distorção, e não abandona a escola, porque ela está motivada, sabe ler, já está lá na frente”. A gestora ressaltou que o Alfaletrando é, sobretudo, um programa de inclusão: “Vamos trabalhar também com as crianças que têm necessidades especiais. Somos a única unidade da Federação que construiu o próprio programa de alfabetização, e eu tenho muito orgulho disso”. Formação Saber ler e escrever são passos essenciais para a compreensão de outras disciplinas, estimulando o pensamento crítico, a comunicação eficaz e a autoconfiança. É com essa premissa que a professora Maria Elena Tavares, articuladora da Unidade de Educação Básica (Unieb) da SEEDF, reforçou a importância da alfabetização e do letramento no tempo adequado. “Ainda existem crianças que estão no 5º ano, por exemplo, e têm dificuldades com a leitura e a escrita”, comentou a gestora. “O programa também ampara essas crianças, por meio do reforço de aprendizagens. Nós temos a formação aqui na Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (Eape) com os articuladores locais e, juntamente com ele [o programa], formamos os cursistas, que são os professores que estão nas turmas de alfabetização.” Alfaletrando DF O programa foi instituído por meio do Decreto nº 45.495/2024, que tem como eixo garantir o direito à alfabetização de crianças até os sete anos de idade, como forma de colaborar para a construção de trajetórias escolares bem-sucedidas. O decreto especifica que são dois os objetivos do programa. O primeiro é garantir que 100% das crianças matriculadas na rede pública de ensino estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. O segundo é recompor as aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas nos 3º, 4º e 5º anos da rede pública de ensino, em vista do impacto da pandemia de covid-19 para esse público. Foto: Mary Leal/SEEDF A expectativa é de que o programa seja implementado em todas as unidades escolares que oferecem o 1º e 2º ano do ensino fundamental, concentrando esforços no processo inicial de alfabetização. *Com informações da SEEDF
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Decreto institui no DF o programa Alfaletrando
Nesta segunda-feira (19), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o decreto nº 45.495, que institui o programa Alfaletrando. O objetivo principal é promover a alfabetização e o letramento de crianças, visando à melhoria da qualidade da educação básica no território do DF. Estudantes da rede pública de ensino vão utilizar cadernos específicos do programa | Foto: Mary Leal/SEEDF Para 2024, a expectativa é a implementação do programa em todas as unidades escolares que oferecem o primeiro e o segundo anos do ensino fundamental, concentrando esforços no processo inicial de alfabetização. A iniciativa surge como uma resposta assertiva às demandas educacionais do DF, com a meta de garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade desde os primeiros anos escolares. O programa abrange a alfabetização e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Nós pactuamos, ano passado, com o Ministério da Educação, alguns programas nacionais, e nosso carro-chefe é o Alfaletrando, que é de alfabetização na idade certa, para que as crianças sejam alfabetizadas até o segundo ano dos anos iniciais”, resume a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Próximos passos [Olho texto=”“Ao investir em alfabetização e letramento, estamos construindo as bases para um futuro educacional sólido e preparando nossas crianças e adolescentes para enfrentar os desafios do século 21” ” assinatura=”Iêdes Braga, subsecretária de Educação Básica” esquerda_direita_centro=”direita”] Para os anos seguintes, a perspectiva é estender as ações aos demais anos do segundo ciclo, abrangendo um espectro mais amplo de estudantes e consolidando os avanços já conquistados. O programa contará com uma abordagem pedagógica inovadora, utilizando recursos e práticas educacionais modernas para estimular o interesse e a participação dos estudantes. “O programa representa um avanço significativo para a educação básica da nossa cidade”, pontua a subsecretária da Educação Básica da Secretaria de Educação (SEEDF), Iêdes Braga. “Ao investir em alfabetização e letramento, estamos construindo as bases para um futuro educacional sólido e preparando nossas crianças e adolescentes para enfrentar os desafios do século 21.” O Alfaletrando é estruturado em cinco eixos que orientam suas ações: Gestão e governança, Acompanhamento pedagógico e formação continuada, Avaliação, Infraestrutura física e pedagógica e Boas práticas. Veja o decreto de criação do programa. *Com informações da Secretaria de Educação
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Programa SuperAção transforma vidas por meio da educação no DF
No coração do Distrito Federal, um programa marca a vida de estudantes, e proporciona oportunidades de crescimento e desenvolvimento. O Programa SuperAção, criado pela Secretaria de Educação do DF (SEEDF), é uma iniciativa que visa ir além do ensino convencional, oferecendo aos estudantes oportunidades de aprendizado e crescimento que transcendem as fronteiras da sala de aula e tem o objetivo de corrigir situações de incompatibilidade idade/ano dos estudantes em atraso escolar. Com foco na promoção de habilidades socioemocionais e no desenvolvimento integral dos alunos, o programa se destaca por sua abordagem inovadora e por proporcionar experiências enriquecedoras. O Programa SuperAção é uma inciativa da Secretaria de Educação que visa corrigir situação de incompatibilidade idade/ano de alunos | Fotos: Álvaro Henrique/SEEDF Ana Carolina Tavares, diretora da Diretoria do Ensino Fundamental da SEEDF, destaca a visão por trás do programa. “O SuperAção tem como objetivo ir além do ensino formal, preparando os alunos para os desafios do mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades que vão além dos conteúdos curriculares. Queremos formar cidadãos preparados para enfrentar os desafios da vida”. Uma das beneficiárias do programa é a estudante Eloise Nicole Marques, do Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns, no Paranoá. Ela compartilha a importância desta oportunidade em sua vida. “O programa foi uma oportunidade que mudou completamente a minha perspectiva de aprendizado. Além de ampliar meus conhecimentos, me ajudou a desenvolver habilidades que não teria adquirido apenas na sala de aula regular. Aprendi a trabalhar em equipe, a lidar com desafios e a me expressar melhor. Isso fez toda a diferença na minha confiança e no meu desempenho acadêmico”, enfatizou. Diante do sucesso do SuperAção, a SEEDF planeja expandir a iniciativa para mais escolas, alcançando um número ainda maior de estudantes. A proposta é continuar investindo em abordagens educacionais inovadoras que preparem os alunos para o mundo em constante transformação. Uma das beneficiárias do programa é a estudante Eloise Nicole Marques, do Centro de Ensino Fundamental Dra. Zilda Arns, no Paranoá Articulação estratégica O SuperAção atende tanto estudantes dos anos iniciais, quanto estudantes dos anos finais. Ele perpassa toda a etapa, a fim de promover um trabalho articulado para que as ações do ensino fundamental conversem entre si. Ainda de acordo com a diretora, o trabalho coordenado pela diretoria de ensino fundamental é crucial para o sucesso e execução do programa. “Todas as ações são pensadas de forma articulada entre as três gerências, que ficam todas aqui dentro da diretoria de ensino fundamental. Como se trata de uma política pública abrangente e complexa, envolvendo escrituração, sistema e formação continuada, há uma articulação com as outras subsecretarias também”, afirma Ana. Essa abordagem estratégica propõe não apenas melhorar o desempenho acadêmico, mas também reconstruir a experiência educacional dos alunos, proporcionando uma correção de fluxo e preparando-os para um futuro mais promissor. O objetivo é moldar a forma como os estudantes encaram a educação, e também como se veem no contexto da sociedade. O DF, por meio do Programa SuperAção, está pavimentando o caminho para um futuro educacional mais dinâmico e inclusivo.
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Formatura de jovens e adultos marca encerramento do ano letivo de 2023
Concluir os estudos é motivo de orgulho na trajetória educacional de todo estudante. A glória é ainda maior no caso de jovens e adultos que, muitas vezes, têm que conciliar as aulas com o próprio trabalho e o sustento de famílias. Na noite desta quarta-feira (6) foi realizada, na Coordenação Regional do Núcleo Bandeirante, a formatura dos alunos que voltaram a estudar na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A conquista do diploma significa a superação de desafios por mais de 100 estudantes que optaram por essa modalidade após não conseguir concluir o ensino regular. A EJA desempenha um papel indispensável na vida daqueles que buscam uma segunda chance educacional, proporcionando flexibilidade para adultos conciliarem estudos com outras responsabilidades, principalmente profissionais. A diretora de Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Cristina da Ponte, destaca a importância desse programa como uma oportunidade de inclusão e ressalta o compromisso da equipe em apoiar cada aluno em sua jornada educacional. [Olho texto=”“A formatura desses alunos representa mais do que a conclusão de um curso, é a realização de sonhos, a superação de desafios e a prova de que a educação é uma ferramenta poderosa para transformar vidas”” assinatura=”Lilian Cristina da Ponte, diretora de Educação de Jovens e Adultos” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A formatura desses alunos representa mais do que a conclusão de um curso, é a realização de sonhos, a superação de desafios e a prova de que a educação é uma ferramenta poderosa para transformar vidas. Estamos comprometidos em oferecer oportunidades inclusivas e ver esses estudantes alcançarem este momento é motivo de grande alegria e orgulho para toda a equipe”, afirma Lilian. Superação A costureira Maria do Socorro Leite Viana, 62 anos, está orgulhosa da conquista do diploma | Foto: Felipe de Noronha/ SEE-DF Entre os formandos, está Maria do Socorro Leite Viana, 62 anos. A, agora, ex-estudante é uma costureira dedicada que decidiu retomar os estudos depois de mais de 40 anos. Ela parou de estudar em 1979, quando decidiu priorizar a criação dos filhos e o trabalho. A motivação inicial veio da filha, que a matriculou. Assim, surgiu a oportunidade de aprender e também de interagir com uma turma e professores atenciosos. “A EJA foi a porta que se abriu para que eu pudesse realizar meu sonho de concluir meus estudos. Foi desafiador, mas acredito que isso me fez mais forte e preparada para enfrentar outros desafios que surgirão”, afirmou. O filho mais velho de Maria do Socorro, Denilson Leite, acompanhou a conquista da mãe e expressa o orgulho que sente da matriarca: “Estou muito feliz por ela ter concluído mais esse passo na vida. Foi um importante passo, motivado pela pressão da minha irmã. Ela sempre almejou a formatura de todos os quatro filhos e este é um momento especial para todos nós”. Vida melhor [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A formatura contou outras histórias de superação. O casal haitiano Marise Jean Chales, 36 anos, e Mário Ortelus, 37, veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, superando, graças a EJA, a barreira do analfabetismo. “Com muito esforço, estamos conquistando o canudo juntos. A EJA nos proporcionou a oportunidade de sonhar e alcançar nossos objetivos e assim está acontecendo”, comemora Marise. Agora, a meta deles é iniciar um curso superior. A EJA é organizada em três segmentos. O primeiro corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental e a etapa em que as pessoas iniciarão e consolidarão o processo de alfabetização. O segundo, corresponde aos anos finais do ensino fundamental e o terceiro, ao ensino médio. Para se matricular nos primeiro e segundo segmentos, a idade mínima é de 15 anos completos. Para se matricular no terceiro segmento, a idade mínima é de 18 anos completos. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto reforça a alfabetização nas escolas do DF
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Projetos garantem altos índices de aprendizagem no ensino público do DF
A importância do ensino e da aprendizagem se estabeleceu oficialmente no calendário do país em 14 de novembro de 1966, quando foi instituído, por meio de decreto, o Dia Nacional da Alfabetização. Nesta terça-feira, que marca os 57 anos da data, o Distrito Federal comemora conquistas na área. A mais importante delas é apontada pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em junho, que coloca o DF como a unidade da Federação com o menor percentual de pessoas analfabetas de 15 anos ou mais. A rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014 | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília ??Em 2022, o DF tinha 47 mil pessoas dessa faixa etária iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – número bem abaixo do registrado no Brasil, de 5,6%, e de estados em que esse percentual está próximo a 15%. Para chegar a essa marca, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe em uma série de políticas públicas na educação básica e na Educação de Jovens e Adultos (EJA) para atender os cerca de 90 mil alunos matriculados nos três anos iniciais do ensino fundamental das 376 escolas públicas e aproximadamente 4 mil estudantes nas 95 unidades escolares da EJA que passam pelo processo de alfabetização. Cada criança, um ritmo de aprendizado No caso das crianças, a rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014. A política organiza o ato de ler, escrever e interpretar nos três primeiros anos do ensino fundamental, tendo o primeiro ano dedicado às questões relacionadas à alfabetização, o segundo ano com o aprofundamento do que foi aprendido e terceiro ano destinado à consolidação da habilidade. Apesar de ter sido fundamental para o avanço da alfabetização no ensino público do DF, o BIA passa por um processo de atualização. Neste ano, a rede iniciou os trabalhos para instituir um novo programa a partir da adesão do DF ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, iniciativa do governo federal que conta com investimento de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos para garantir a alfabetização dos estudantes nos anos iniciais do ensino fundamental e a recomposição das aprendizagens daqueles prejudicados na pandemia. O Alfaletrando é um programa de consolidação da alfabetização até o segundo ano do fundamental que está em fase de planejamento e implementação na Secretaria de Educação do DF (SEE) em termos de gestão e governança. A meta é introduzir esse programa em todas as escolas públicas do DF a partir de 2024, para complementar o BIA. De acordo com a diretora de Ensino Fundamental da SEE, Ana Carolina Tavares, a alfabetização é um processo em que cada criança aprende em um ritmo. O Alfaletrando é um programa de consolidação da alfabetização até o segundo ano do fundamental que está em fase de planejamento e implementação na SEE “Não existe um método específico de alfabetização, porque cada aluno aprende de um jeito. Nosso currículo prevê essas diferenças. Quando a gente pensa nas crianças, em uma política pública consolidada, o BIA abre espaço para isso. A gente considera importante a realização dessas práticas diferenciadas na perspectiva de trazer momentos diferentes para prática pedagógica, fugindo da dinâmica de quadro e valorizando nossos profissionais, especialmente após o período pandêmico”, explica Ana. Reagrupando, contando e encantando Entre os projetos no âmbito do BIA está o Reagrupando, contando e encantando, implantado na Escola Classe 5 de Brazlândia para os alunos da educação infantil ao quinto ano. Lá se trabalha com o método de reagrupamento, em que as crianças são divididas por níveis de acordo com a escrita. [Olho texto=”Em 2022, o DF tinha 47 mil pessoas dessa faixa etária iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – número bem abaixo do registrado no Brasil, de 5,6%, e de estados em que esse percentual está próximo a 15%.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Cada grupo tem um incentivo diferente para permitir que as crianças aprendam a ler. Cada professor trabalha com atividades lúdicas para que aquele grupo avance de nível. O objetivo é alfabetizar os menores e consolidar a alfabetização dos maiores. São 474 alunos entre 6 e 10 anos. O reagrupamento é uma estratégia pedagógica que consta nas Diretrizes Pedagógicas para Organização Escolar. O programa engloba do nível pré-silábico ao alfabético, mas atende especificamente o foco da alfabetização, do primeiro ao quinto ano. O Governo do Distrito Federal (GDF) atua por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), que faz o auxílio na compra dos materiais. O projeto já tem dois anos, divididos entre a maturação, organização e os estudos, feitos para os professores que chegam na rotatividade, trabalhando primeiro o professor para depois trabalhar o aluno. “É de suma importância a alfabetização para as crianças estarem ocorrendo de forma efetiva dentro do âmbito escolar; então o Dia Nacional da Alfabetização, para a gente, é um dia incrível. É onde a gente vai verificar realmente se o nosso trabalho feito com amor e dedicação consegue atingir o objetivo que é alfabetizar a todos de forma concreta”, ressalta a diretora da Escola Classe 5 de Brazlândia, Poliane Pereira dos Santos de Sousa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O aluno José Roberto da Silva Paulino, de 11 anos, participa do programa desde o início do quinto ano. Ele afirma que já consegue reescrever uma história inteira e que a atividade de que mais gosta ocorre quando jogam ou recontam uma história. “Eu acho que é muito mais fácil, porque saí do quarto ano e a gente ainda não tinha essa capacidade de escrever, fazer texto, essas coisas. Agora já estamos bem melhor escrevendo. A gente estuda muito, faz tarefas, brinca, tem jogos, muitas atividades. Eu acho muito importante, porque, se eu crescer e eu não souber ler e nem escrever, não vou conseguir ter um emprego bom e não vou conseguir dar sustento à minha família, que um dia eu quero ter”, conta José. Já o sonho de Anna Elisa de Moura Antunes, 10, é ser professora. “Eu gosto muito de aprender, ajudo também o pessoal, temos texto e dever escrito. A gente reconta as histórias, dá para o professor e ele fala se está bom ou não. Gostei de recontar a história do grande morango e a do saci. Os meus amigos também gostam”, acrescenta a pequena. Resultados positivos A secretária escolar Aparecida Evangelista de Oliveira é mãe de Aline, uma das alunas do terceiro ano do ensino fundamental que participa do programa Reagrupando. Segundo ela, como as crianças que têm muita dificuldade são separadas por nível, o fato de estarem em um patamar compatível contribui para que obtenham um rendimento melhor. “A Aline veio da pandemia já com muita dificuldade, chegou ao terceiro ano muito fraca. O trabalho de reagrupamento ajudou bastante, ela melhorou a escrita e a leitura. Foi tudo feito de forma muito lúdica na escola, além de colocar os alunos que têm mais dificuldades com outro professor que esteja no nível em que ela está. Acredito que tem dado um bom resultado, o governo tem desempenhado o trabalho dele”, declara a mãe. De acordo com a pedagoga Joelma das Graças Santana, que atua no ensino fundamental em Brazlândia, o objetivo, com esse projeto, é avançar as crianças na aprendizagem e melhorar o desempenho, leitura, escrita e o letramento, respeitando o ritmo de cada aluno. “Esse projeto é uma maneira divertida de trabalhar alfabetização. Nós também trabalhamos com a comunidade, em reconhecer, valorizar as profissões, o lugar em que moram, aquilo que a gente cultiva, então é um projeto que vai além dos muros da escola. A gente trabalha com a questão do cidadão. Temos colhido muitos frutos, com toda a comunidade escolar envolvida. Desde a portaria até a cantina, todo mundo participa, todo mundo sabe quando é dia de reagrupamento”, ressalta.
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Alfabetização na idade certa ganha impulso de R$ 3 bi com novo programa
O governador Ibaneis Rocha participou nesta segunda-feira (12) do lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, programa do governo federal com o objetivo de garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. A iniciativa terá investimento de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos. Além da alfabetização na idade correta, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), o programa vai trabalhar na recomposição das aprendizagens, prejudicadas pela pandemia de covid-19. O programa foi lançado e detalhado durante evento no Palácio do Planalto pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Educação, Camilo Santana. O programa vai trabalhar na recomposição das aprendizagens, prejudicadas pela pandemia de covid-19 | Fotos: Renato Alves/ Agência Brasília Para o governador Ibaneis Rocha, o retorno de cada centavo investido na educação é incalculável. “A educação transforma a vida das pessoas, traz oportunidades e amplia a visão de mundo. Diria que a alfabetização é o pilar do ensino na vida de um aluno, e iniciativas nesse sentido contam com o nosso apoio”, destacou o chefe do Executivo. Em seu discurso, o presidente Lula falou em resgatar e melhorar a qualidade do ensino público. “Não melhorou de acordo com a necessidade da população. Tem quem gaste quase metade do salário para garantir que o filho estude na rede particular porque a rede pública ainda não garante que o ensino seja perfeito para o nosso povo. Queremos dar um passo para que as crianças saiam preparadas no ensino fundamental”, afirmou. DF tem a menor taxa de analfabetismo do país Secretária de Educação, Hélvia Paranaguá: “Esse é um projeto que a gente quer muito aplicar e quer ver ampliado no país todo” No Brasil, o DF é a Unidade da Federação com o menor percentual de pessoas analfabetas de 15 anos ou mais. É o que revelou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na última semana. ? Em 2022, a capital da República tinha 47 mil pessoas dessa faixa etária iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – bem abaixo da registrada no Brasil, de 5,6%, e de estados em que esse percentual está próximo a 15%. A rede pública de ensino do DF tem cerca de 472 mil estudantes distribuídos em 827 escolas. “O DF tem um índice baixo de analfabetismo, mas é importante ressaltar que a criança tem que ser alfabetizada na idade certa. Um ano que ela sai da escola, que ela evade, já fica com a distorção idade/ano. Isso é ruim porque ela vai levando essa distorção para o resto dos seus dias escolares, então esse é um projeto que a gente quer muito aplicar e quer ver ampliado no país todo”, avalia a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. [Olho texto=”“Diria que a alfabetização é o pilar do ensino na vida de um aluno, e iniciativas nesse sentido contam com o nosso apoio”” assinatura=”Ibaneis Rocha, governador” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A alfabetização tem efeitos econômicos e até na saúde pessoal em todos os estados, municípios e DF. Pesquisa do Instituto Insper, de 2017, revelou que uma pessoa alfabetizada tem o dobro da renda de uma não alfabetizada, 26% mais chances de obter um trabalho formal e 11% mais chances de ter uma boa saúde. “A leitura é fundamental, é o pilar e a base de tudo. A educação parte exatamente em cima da alfabetização. A criança já tem aquele momento na pré-escola da socialização, mas o ato de ser alfabetizado é a abertura para o mundo, é maravilhoso”, acrescenta Hélvia Paranaguá. No cenário mundial, o país tem um longo caminho a percorrer. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil ficou à frente de apenas cinco países em avaliação internacional de alfabetização, aplicada em 65 nações. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Queremos garantir que 100% das crianças brasileiras sejam alfabetizadas ao fim do segundo ano do ensino fundamental, cumprindo o PNE. Uma pesquisa do Inep mostrou que mais da metade das nossas crianças não sabem ler e escrever. O MEC vai apoiar com bolsas de estudo, formação de gestores e material didático para estados, municípios e o DF”, pontuou o ministro da Educação, Camilo Santana. De acordo com a diretora da Escola Classe 05 do Guará, Zuleide Moura e Silva, o programa será um grande apoio para que o ensino público do DF mantenha seus índices de alfabetização. “É magnífico quando o aluno descobre que ele sabe ler, por isso é importante que todos façam esse compromisso e abracem a causa. Nosso trabalho é contínuo, não para, e sempre temos que procurar novas formas de alfabetizar e incentivar, porque com apoio e estratégia você consegue, sim, alfabetizar as crianças na idade certa”, avalia.
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Escolas da rede pública acolhem refugiados e indígenas venezuelanos
De portas abertas para a inclusão. O ano letivo na Escola Classe Café sem Troco, localizada na zona rural do Paranoá, começou de forma especial. A escola se solidarizou e acolhe, desde o primeiro dia de aula, 33 crianças e adolescentes indígenas refugiados da Venezuela. Os alunos fazem parte da Comunidade Indígena Warao Coromoto, que atualmente encontra-se a 4 km da escola. Eles têm entre 4 e 17 anos e estavam sem acesso à alfabetização. O desafio da escola agora é incluí-los na sociedade por meio da aprendizagem e convívio escolar. Bilmaris Del Vale Zapata Riveiro, 15 anos, está aprendendo a ler e escrever e, apesar de ainda não dominar a língua portuguesa, diz que quer ser médica | Foto: Mary Leal, Ascom/SEEDF “Gosto da escola, da professora e estou feliz porque aprendi a ler e escrever”, conta Bilmaris Del Vale Zapata Riveiro, de 15 anos, aluna do primeiro ano da alfabetização. A estudante ainda não tem o domínio da língua portuguesa, mas consegue entender e se expressar muito bem quando o assunto é sonho. “Quero ser médica”, diz. A solidariedade dos servidores da escola em receber os alunos só foi possível graças a uma forte rede de apoio, que inclui a Regional de Ensino do Paranoá, o Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas da Universidade de Brasília (UnB) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), além da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE). [Olho texto=”“Aqui trabalhamos a integração, a troca de cultura e o respeito. Assim, a necessidade desses educadores da comunidade. Além disso, eles passam mais segurança e proteção para os alunos e evitam o abandono escolar”” assinatura=”Sheyla Cristina, diretora da EC Café sem Troco” esquerda_direita_centro=”direita”] “Toda a rede de apoio está sendo fundamental. Contamos com a colaboração de uma professora e universitários do Departamento de Linguística da UnB, que vem semanalmente atender nossos alunos com atividades. A Secretaria de Educação, por meio da regional, também nos ajudou e cedeu um professor de espanhol. Além disso, com ajuda da Novacap, a escola está passando por uma reforma para a ampliação do espaço, com mais seis novas salas de aulas para atender os alunos da região e comunidade indígena”, destaca a diretora da escola, Sheyla Cristina. A escola conta atualmente com espaços de lazer que incluem quadra de esportes, pátio com brinquedos, refeitório, sala de recursos para atendimento às crianças com necessidades especiais e piscina para atividades recreativas. Além disso, oferece aulas de robótica com professores da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), que estão na escola toda semana para ensinar tecnologia aos alunos. As aulas são realizadas em laboratório equipado com eletrônicos de última geração (óculos de realidade virtual, impressora 3D e computadores). A iniciativa de incentivo à tecnologia abre espaço à própria comunidade local da região, que também tem livre acesso aos cursos. “Já tivemos alunos dos cursos que não eram alunos da escola, um deles se formou e chegou a palestrar na Campus Party”, lembra a diretora. Além da inclusão dos alunos venezuelanos, membros da comunidade indígena também participam das atividades na escola, como o vice-cacique da Warao Coromoto, Eduardo Baez Zapata Além da inclusão dos alunos venezuelanos, membros da comunidade indígena também participam das atividades na escola. Neste ano, dois conseguiram vaga como educador social voluntário, sendo um deles o próprio vice-cacique da Warao Coromoto, Eduardo Baez Zapata, 55 anos. “Nossa história no Brasil começa em 2019, com muita luta e trabalho. Na educação, lutamos há dois anos e agora conseguimos isso, que será muito importante para o futuro dos nossos meninos e meninas da comunidade”, explica Zapata. “Temos muito a aprender e ensinar com essa troca cultural de Brasil e Venezuela”. Para Sheyla, a presença dos educadores da comunidade é muito importante, uma vez que parte dos alunos indígenas falam apenas a língua nativa – warao. “Aqui trabalhamos a integração, a troca de cultura e o respeito. Assim, a necessidade desses educadores da comunidade. Além disso, eles passam mais segurança e proteção para os alunos e evitam o abandono escolar”, finaliza. Atendimento em São Sebastião [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Na Escola Classe Morro da Cruz, em São Sebastião, inaugurada na segunda-feira (6), mais 34 crianças do povo Warao estão matriculadas. A Secretaria de Educação do DF tem trabalhado com adaptação desses estudantes para que ocorra o respeito e a interconexão entre as culturas. “Aqui o projeto conta com uma professora que fala espanhol e uma pessoa da comunidade Warao. Todas essas questões relacionadas à cultura do povo Warao estão sendo inseridas no projeto com objetivo de alfabetização”, conta Bárbara Ribeiro, professora da Escola Classe. *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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Mais de mil vagas abertas para alfabetização e cursos profissionalizantes
Brasília, 9 de agosto de 2022 – O Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas) está com inscrições abertas para o ensino de jovens e adultos. Estão sendo disponibilizadas mais de mil vagas para os turnos matutino, vespertino e noturno. Há vagas de alfabetização de jovens e adultos para o ensino fundamental e ensino médio e cursos profissionalizantes – três deles ofertados pelo Ministério da Educação – nas áreas de operador de computador, jardineiro, auxiliar de cozinha, cuidador infantil, balconista de farmácia, porteiro e vigia. Os interessados devem procurar a secretaria da instituição, na 602 Sul, portando original e cópia de RG, CPF, comprovante de residência, histórico escolar, declaração de escolaridade, além de uma foto 3×4. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 12h. Na parte da tarde o atendimento é somente de segunda a quinta, das 14h às 17h. Mais detalhes pelo telefone (61) 99118-4868 ou pelo e-mail matriculascesas@gmail.com. Formatura de turma de curso profissionalizante no Cesas, que oferta Educação de Jovens e Adultos desde que foi criado | Foto: Divulgação/Cesas Em caso de estudante menor de idade, o responsável deverá apresentar, no ato da matrícula, os documentos de RG e CPF. Candidatos excepcionais sem documentação serão diagnosticados pela equipe pedagógica para aferir em qual etapa o estudante será matriculado. “O Cesas é uma escola que funciona desde os anos 1970 e tem atendido milhares de pessoas desde então”, comenta o coordenador no Cesas EJA/Noturno e professor de história, geografia e filosofia, Hilton Sales Batista. “São oportunidades incríveis a esses candidatos da modalidade de jovens e adultos de retornar ao processo de escolarização e que, por algum motivo socioeconômico, tiveram de abandonar as aulas”, destaca. “O objetivo do Cesas é manter o aluno que está saindo do ensino médio ou a própria comunidade a entrar no mercado de trabalho”, explica a coordenadora dos cursos da instituição, professora Regiane Prata. “É uma oportunidade nesse sentido, ainda mais agora com todo mundo vindo de uma pandemia”, reforça. A modalidade de jovens e adultos é organizada em três segmentos. O primeiro, a partir de 15 anos completos para matrícula, corresponde aos anos iniciais do ensino fundamental. O segundo, a partir de 15 anos completos para matrícula, corresponde aos anos finais do ensino fundamental. Uma terceira divisão, a candidatos de 18 anos completos, para matrícula corresponde ao ensino médio. O Cesas foi autorizado a iniciar suas atividades escolares em 1975. Trata-se de escola pública e gratuita que, desde a sua criação, oferta a Educação de Jovens e Adultos em três segmentos, organizados em 11 semestres letivos. A partir do segundo semestre de 2018, o Cesas passou a fazer parte do cadastro do Ministério da Educação (MEC) pelo Sistema Sistec e se tornou unidade ofertante de Cursos de Qualificação (FIC).
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Em escola da Candangolândia, o aprender brincando
“Brincar é coisa séria”. Essa frase norteia o trabalho da coordenadora pedagógica da Escola Classe 01, da Candangolândia, Ana Maria Miranda. A unidade, criada há 36 anos, tem hoje 460 alunos que se revezam semanalmente entre as aulas presenciais e remotas. O ensino por meio de um método lúdico, mediado por brincadeiras, é ministrado por 20 professoras. Na Escola Classe 01, da Candangolândia. o ensino por meio de um método lúdico, mediado por brincadeiras, é ministrado por 20 professoras| Fotos: Paulo H Carvalho/Agência Brasília Tabuleiros de damas, amarelinha e pegadas, tudo pintado no chão do pátio, assim como palitinhos de madeira, são parceiros das professoras na alfabetização dos pequenos. Ana Maria, com 25 anos de magistério, destaca a importância de brincar na vida das crianças, inclusive na hora de estudar. “A aprendizagem tem muito mais eficácia quando se brinca, porque brincar é uma coisa natural da criança”, explicou a coordenadora. Como exemplo do benefício do método, a educadora destacou que é muito melhor brincar de formar palavras do que escrever dez ou 15 vezes a mesma coisa para decorar. O ensino lúdico tem sido um grande aliado das professoras neste momento de retorno às aulas após a pandemia de coronavírus. Segundo Ana Maria, as crianças voltaram sem saber sequer correr. “Durante o tempo de ensino remoto as crianças não tiveram educação infantil. Estavam o tempo todo na frente do computador”, destacou. [Olho texto=”“A aprendizagem tem muito mais eficácia quando se brinca, porque brincar é uma coisa natural da criança”” assinatura=”Ana Maria Miranda, coordenadora pedagógica da Escola Classe 01 da Candangolândia” esquerda_direita_centro=”direita”] A diretora da Escola Classe 01, Adriana Martins Galeno, está pela segunda vez à frente da administração da unidade. Seu primeiro mandato foi de 2012 a 2013 e o atual teve início em 2017. Adriana contou que algumas docentes que chegam à unidade às vezes têm dificuldade com o método lúdico de ensino, mas logo se engajam no projeto. “O retorno que os pais dão sobre o método de ensino é muito bom. Como muitos deles estudaram na escola, fazem a comparação com a época deles”, contou. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, diz que aprender brincando funciona muito bem na primeira infância. “Sobre o método lúdico, ele foi preconizado pela médica e educadora italiana Maria Montessori e até hoje é bastante difundido pelo mundo”, ressalta. “Ela defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo ao seu redor, percebendo que cada brinquedo e brincadeira criados nesse método, tem uma função para auxiliar de modo eficiente o desenvolvimento da criança de uma forma lúdica. Assim como o ambiente, a atividade sensorial e motora, utilizada no método lúdico, desempenha função essencial, ou seja, dá vazão à tendência natural que as crianças têm de tocar e manipular tudo o que está ao seu alcance”, explica a secretária. Tabuleiros de damas, amarelinha e pegadas, tudo pintado no chão do pátio, assim como palitinhos de madeira, são parceiros das professoras na alfabetização dos pequenos Materiais concretos A coordenadora aposta que brincar com materiais concretos é a maneira mais eficaz de aprender. “A matemática precisa ser aprendida no concreto. Não adianta eu saber que dois mais dois são quatro se não pegar quatro palitos e descobrir que dois mais dois é igual a quatro. Se somente alguém me falar, vou apenas decorar”, explicou. Além de auxiliar na alfabetização e no aprendizado das crianças, o método de aprender brincando também ajuda na socialização e no ensino dos pequenos que apresentam algum tipo de problema, como por exemplo, a hiperatividade. “O brinquedo e a brincadeira são nossos aliados o tempo todo” destacou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Reforma Os brinquedos pedagógicos do pátio da escola foram pintados no chão durante o período de fechamento da unidade, na pandemia. Mas não foram só brinquedos pedagógicos que a unidade ganhou. De acordo com a coordenação de ensino do Núcleo Bandeirante, a reforma começou em 2019 e terminou neste ano. A quadra poliesportiva ganhou cobertura, os banheiros foram reformados, toda a escola foi pintada, um parquinho foi construído e colocado piso de granitina. O valor total da obra foi de R$ 422 mil. “Muitos alunos chegam e falam, “como minha escola está bonita.”
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Cearense vence as dificuldades e, aos 32 anos, é alfabetizado
Antonio Alexandre dos Santos Souza estudou por intermédio de chamadas de vídeo no Whatsapp e aprendeu a ler e a escrever | Foto: Divulgação/Secretaria de Educação Antonio Alexandre dos Santos Souza. Essas eram as cinco únicas palavras que ele sabia escrever, ainda assim, com uma caligrafia trêmula e insegura. Havia decorado a forma manuscrita de seu nome, mas não compreendia a união dos fonemas, a formação das sílabas e a concatenação das palavras. [Olho texto=”“Eu tinha muita vontade de aprender a ler. Se me mandassem uma mensagem, eu não entendia. Pedia que outras pessoas lessem para mim e isso só me fazia sentir mais vergonha. Hoje, já consigo ler e responder as mensagens que recebo. Isso me deixa muito feliz“” assinatura=”Antonio Souza, estudante do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA)” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Aos 32 anos, em meio à pandemia e às políticas de distanciamento social, ele mudou essa história. Matriculou-se no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Centro Educacional Taquara, em Planaltina. Ao longo de 2020, por intermédio de chamadas de vídeo por Whatsapp, alfabetizou-se. Aprendeu a ler e a escrever. O mundo ficou maior, mais amplo e mais claro para ele. “Eu tinha muita vontade de aprender a ler. Se me mandassem uma mensagem, eu não entendia. Pedia que outras pessoas lessem para mim e isso só me fazia sentir mais vergonha. Hoje, já consigo ler e responder as mensagens que recebo. Isso me deixa muito feliz“, conta Antonio. A gratidão de Antonio caminha ao lado da realização familiar. Pai de Maria Eduarda, 8 anos, ele se encanta ao poder proporcionar uma educação de qualidade para a filha, também no Centro Educacional Taquara, e em estar ao lado dela, sempre estimulando os estudos. “É muito gratificante ver minha filha fazendo as tarefas da escola e poder acompanhar o aprendizado dela“, diz, animado. A história de Antonio é contada sempre com lágrimas emocionadas pelas professoras Ana Patrícia Passos e Lilian Martins, que o conduziram ao conhecimento das letras. Ele é extremamente tímido. Então a primeira barreira que precisou vencer foi conseguir falar com as educadoras pela telinha do celular. O companheirismo que move e inspira Antonio veio do Ceará e tinha que trabalhar no campo, até que a esposa o encorajou a estudar e ele fez a matrícula no EJA | Foto: Divulgação Secretaria de Educação [Olho texto=” “Com o tempo, a minha esposa voltou a estudar, e eu tinha vergonha de também dar esse passo. Eu via o quanto o estudo fazia falta na minha vida“” assinatura=”Antonio Souza, estudante do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA)” esquerda_direita_centro=”direita”] Ele veio de Campo Sales, no Ceará, para Brasília à procura de emprego. Nunca teve a oportunidade de poder mergulhar nos estudos. A necessidade do trabalho no campo sempre foi mais forte. Então, a vontade de aprender a ler ficou adormecida. Até que a esposa, Jaíne, entrou em cena. Ela incentivou o marido a se matricular no EJA para deixar o analfabetismo para trás. Hoje, os olhos do casal se enchem de emoção ao celebrar o gosto da vitória. “Com o tempo, a minha esposa voltou a estudar, e eu tinha vergonha de também dar esse passo. Eu via o quanto o estudo fazia falta na minha vida“, lembra Antonio. A timidez extrema teve que ser vencida para que ele entrasse no ambiente escolar. “Minha esposa me chamava e incentivava, mas eu não ia. Me sentia muito envergonhado, não sabia como dizer na sala de aula que eu não sabia de nada“, conta. No entanto, o companheirismo venceu a insegurança: já que a parada de ônibus é longe da casa dos dois, em 2019, Antonio começou a acompanhar a esposa no percurso até a escola. “Venha, pelo menos para me fazer companhia”, dizia Jaíne. Foi assim, que ambos começaram a frequentar o mesmo ambiente escolar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No início, ele não conseguiu ser matriculado, pois as turmas já estavam em etapas mais avançadas. Passou a frequentar as aulas como ouvinte e, aos poucos, as professoras Ana Patrícia e Lilian introduziram o conteúdo curricular no dia a dia do estudante. Com apoio da gestão e coordenação escolar, a matrícula foi efetivada, e as professoras se entregaram cada dia mais para conseguir ajudá-lo. Inicialmente, nenhuma das duas era alfabetizadora. Ana Patrícia é formada em Geografia e Lilian, em Matemática. A entrega ao desafio foi tamanha que as duas começaram a fazer cursos de alfabetização para ajudar o estudante. *Com informações da Secretaria de Educação
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