Grafite leva cor e dá vida às passagens subterrâneas do Plano Piloto
Um verdadeiro painel a céu aberto. Essa é a passagem subterrânea na altura da 103 Norte. Nesta segunda-feira (20), o grafiteiro Elom Cordeiro, de Ceilândia, desenhou, no local, formas geométricas que remetem a Athos Bulcão e a monumentos, como Torre de TV, Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes. Muitos outros trabalhos vão colorir os quase 1,2 mil metros quadrados da passarela de pedestres e ciclistas. Cada parede tem cerca de 200 metros de extensão e 2,90 metros de altura. Outros nomes da arte urbana do Distrito Federal vão se juntar a Elom. Entre eles, Toys Daniel, conhecido mundialmente por seus murais e ilustrações; e Vinícius Lap!xa, referência do grafite em Sobradinho. Elom Cordeiro: "A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos" | Foto: Divulgação/Novacap “Outros talentos da periferia ainda vão se juntar a nós, uma vez que esse projeto vai crescer para as demais passagens subterrâneas. A ideia é dar vida a essas estruturas monocromáticas mostrando a genialidade dos artistas candangos", destaca Elom, responsável por diversos painéis em todo o DF. “Queremos, com isso, incentivar esses moleques novos que querem mostrar a própria arte e firmar parcerias para que seus trabalhos ganhem oportunidades e sejam contemplados pela comunidade.” "As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão" Fernando Leite, presidente da Novacap A iniciativa faz parte do processo de reforma dessas passarelas gerido pela Diretoria das Cidades da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). “Esse trabalho está dentro do contrato da empresa executora das obras, responsável por contratar os profissionais que vão estampar sua arte nas paredes”, explica o presidente da empresa, Fernando Leite. “As 16 passagens vão ficar mais harmoniosas e totalmente agradáveis, melhorando muito a estética e, com ela, o bem-estar e a sensação de segurança do cidadão”. Cada caminho deve levar de uma a duas semanas para ficar completamente grafitado. Assim que a 103 Norte ficar pronta, os artistas seguem para a Asa Sul, nas estruturas na altura da 102 e da 104, que também já foram reformadas. “Eu passei na ida para deixar minha filha na escola e fiz questão de voltar pelo mesmo caminho para apreciar com mais calma. Está lindo demais. Deu outra cara”, comenta o servidor público Túlio Figueiredo, de 43 anos, morador da região. [LEIA_TAMBEM]A Novacap reforça o apelo à comunidade para preservar os espaços reformados, evitando descarte irregular de lixo e estacionamento de veículos nas áreas de acesso, bem como a utilização do local para necessidades fisiológicas. Essas práticas indevidas comprometem a conservação e o uso seguro das passagens, fundamentais para a mobilidade e segurança de pedestres. Além disso, um acordo de cooperação técnica entre a Novacap e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) está em estudo para garantir a segurança e inibir a depredação das passagens subterrâneas do Plano Piloto. A companhia prepara um edital para a aquisição e manutenção de câmeras de segurança que vão fazer o videomonitoramento 24 horas das passagens. A projeção é que o sistema conte com cerca de 220 equipamentos de filmagem. *Com informações da Novacap
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Em sua quinta edição, projeto transforma paradas de ônibus de Sobradinho em galerias de arte
O cotidiano transformado em cores, histórias e arte acessível a todos, chega a mais uma edição em Sobradinho por meio da quinta edição da Bienal Internacional de Arte Urbana. Idealizada pelo artista da cidade Toninho de Souza, a iniciativa pretende transformar 74 pontos de ônibus de Sobradinho em verdadeiras telas a céu aberto, com obras de mais de 40 artistas. Com apoio da Administração Regional de Sobradinho, por meio da Gerência de Cultura, Esporte e Lazer, o projeto também reforça a importância da preservação dos espaços públicos | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Usamos colagem, pintura direta, entre outras técnicas que permitem liberdade total ao artista. A ideia é justamente essa: criar um intercâmbio cultural em que cada um se expresse com autenticidade, tanto no tema quanto na técnica”, explica Toninho de Souza. Na primeira etapa, cinco artistas convidados já reformaram 12 paradas de ônibus. A próxima fase contará com a participação de artistas que integraram a edição anterior. “O artista expressa o que carrega por dentro. Aqui, ele coloca a alma no trabalho. E a maior alegria é ver que isso é reconhecido e valorizado pela comunidade”, destaca Toninho. O venezuelano Ramon Maldonado Diaz é um dos convidados para compor o cenário artístico de Sobradinho. Na edição anterior, ele transformou a parada da Quadra 4 com cores vibrantes e elementos da natureza, como flores e pássaros. “Ainda não decidi o que vou pintar desta vez. O coração é quem escolhe. Minha arte é baseada no amor. Tudo precisa ser feito com sentimento, com dedicação. É isso que dá vida ao trabalho”, comenta, entusiasmado com o retorno. “É uma experiência emocionante, que traz alegria para as pessoas da cidade”. A comunidade também sente o impacto positivo da iniciativa. Maria Elsa Alves, 78 anos, afirma que se sente mais feliz ao chegar às paradas decoradas por Toninho. “Acho lindo. Valoriza o ambiente, a cidade. Todo mundo comenta”, diz a aposentada. Já a atendente Rafaela Morais, 23, destaca a importância de democratizar o acesso à arte: “Enquanto espero o ônibus, aprecio as pinturas. Elas transformam um lugar que antes era feio em algo bonito, que transmite boas sensações”. Idealizada pelo artista Toninho de Souza, a iniciativa pretende transformar 74 pontos de ônibus de Sobradinho em verdadeiras telas a céu aberto, com obras de mais de 40 artistas Preservação da arte [LEIA_TAMBEM]Com apoio da Administração Regional de Sobradinho, por meio da Gerência de Cultura, Esporte e Lazer, o projeto também reforça a importância da preservação dos espaços públicos. A gerência atua na catalogação e no encaminhamento dos artistas para futuras edições. “As pinturas nas paradas de ônibus embelezam e valorizam a cidade, transformando-a em referência cultural. É fundamental que a população ajude a preservar esses patrimônios e não depredar as estruturas”, ressalta o gerente de Cultura, Esporte e Lazer de Sobradinho, Mestre Bené. A pichação é considerada crime ambiental no Brasil, conforme o artigo 65 da Lei nº 9.605/98. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além de multa. Já o grafite, quando autorizado e com valor artístico, é reconhecido como expressão legítima de arte urbana. O administrador regional de Sobradinho, Paulo Izidoro, também enfatiza a importância do projeto: “É uma grande honra apoiar uma iniciativa reconhecida pela população. Essa arte pública é um patrimônio da nossa cidade”.
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Portais do Parque da Cidade ganham vida com obras de artistas locais
Com um trabalho de arte urbana iniciado nos portais de acesso do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, nove dos 15 murais existentes já estão com as pinturas completas, compondo um cartão-postal da cidade. Ao todo, oito artistas locais foram convidados para preencher as entradas e saídas do maior parque urbano da América Latina, deixando os espaços mais coloridos, atrativos e representativos com figuras importantes para a capital federal, como Burle Marx, Joaquim Cruz, Bernardo Sayão, entre outros. Portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul, que dá acesso ao parque Nicolândia, celebra o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Nas obras, elementos contemporâneos e artísticos são incorporados aos homenageados, levando mensagens e valorizando os artistas da cidade na arte a céu aberto. De acordo com o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, além de um incentivo grande para os artistas, a parceria com o GDF também proporciona uma geração de renda. “É uma valorização do nosso artista aqui, prata da casa. Valorizar o artista e o grafismo do DF não é algo que começamos agora, a gente sabe que é muito forte essa relação com os grafiteiros, e precisamos prestigiar e beneficiar tanto os artistas quanto ao público brasiliense”, afirmou. Arte personalizada “Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, diz a artista urbana Didi Colado, que homenageia Burle Marx no mural No Portal do Eixo Monumental, que fica em frente ao Estádio Mané Garrincha, a artista urbana Didi Colado, 38, completa o mural de entrada com referências ao artista plástico e paisagista Burle Marx – responsável por introduzir o paisagismo modernista no Brasil e com diversas obras espalhadas por toda a cidade. A artista destacou que busca incorporar pontos de releitura da obra de Burle Marx com singularidade à sua origem paraense. “Sou do Pará, do norte do Brasil, com uma vegetação muito presente, e gostei de terem escolhido ele pra mim, achei bem emblemático. Estou em sintonia com a obra dele, trazendo um pouco da minha realidade artística também, com uma natureza mais potente, porque isso também está dentro da minha identidade”, pontuou. “Caminhando pelo mural você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande”, diz o artista plástico Toys Daniel, que pintou o moral em homenagem ao corredor Joaquim Cruz Já no portal em frente ao Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS), que dá acesso ao parque Nicolândia, o mural de entrada representa o corredor de meia-distância brasileiro Joaquim Cruz, campeão e medalhista olímpico nascido em Taguatinga. O atleta foi marcado na parede pelo artista plástico Toys Daniel, 33, que contou ter idealizado uma linha do tempo não tão óbvia, mas lúdica – onde a atenção está nos detalhes que contam não apenas a história do atleta, mas dos sonhadores. “Quis trazer lembranças da infância, da pipa que remete à liberdade, a flutuar no céu, depois a casinha com uma janela com a luz acesa retratando as noites que a gente vira buscando um sonho. Com certeza o Joaquim virou muitas noites buscando ser campeão olímpico. Caminhando pelo mural, você chega na corrida como campeão. Então é um pouco dessa história, de começar pequeno e lá no fim ser grande. Ao mesmo tempo, o que vale é o caminho, não a linha de chegada”, detalhou. Visibilidade O militar Bruno Rodrigues costuma correr no Parque da Cidade e diz que os murais deixam o ambiente ainda mais bonito O encarregado do mural que representa o engenheiro agrônomo Bernardo Sayão, importante na construção de Brasília com o legado da construção da rodovia Belém-Brasília, foi o artista urbano e designer Rodolfo Caburé, 31. Encarando como uma grande responsabilidade, o artista disse ter incorporado um olhar de orgulho ao ver Brasília, colocando também elementos marcantes como o céu azul da capital. Caburé destacou, ainda, a importância da visibilidade que os murais agregam à trajetória dele e de outros artistas locais – além de ressaltar a felicidade ao colocar o trabalho em um lugar importante não só para a cidade, mas para ele também, resgatando memórias afetivas do artista com o Parque da Cidade, aonde ia com o pai quando era mais novo para andar de bicicleta e comer churrasco. “Brasília é um lugar onde a cena da arte urbana é muito grande, com artistas muito bons que precisam dessa disponibilidade. Esses murais são cobiçados por grafiteiros, todos querem expor seu trabalho. Quando há essas oportunidades, faz com que a cultura do grafite cresça, seja cada vez mais valorizada e vista como algo artístico. Quando as pessoas veem que o próprio governo nos contratou, percebem que é algo sério, um trabalho que traz mais vida para a cidade. A arte passa emoção, e só tem a agregar para a população”, observou. O militar da Aeronáutica Bruno Rodrigues, 37, costuma correr no Parque da Cidade com frequência, preferindo as atividades ao ar livre. Para ele, o trabalho dos artistas trouxe outro visual para suas corridas: “Sem dúvida, é um trabalho muito bacana que está sendo realizado. Deixa mais atrativo, mais bonito o ambiente e até melhor para correr. A gente tem que valorizar mesmo os artistas locais, e fazer essas homenagens com essas personalidades enriquece demais o trabalho dos artistas aqui de Brasília”.
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Portais de acesso ao Parque da Cidade homenageiam, com grafite, figuras importantes para a capital
Entre esboços e traços, a arte começa a delinear figuras marcantes de personagens da história da capital federal nos portais de acesso ao Parque da Cidade. Nesta segunda-feira (25), o cartão-postal de Brasília recebeu o primeiro artista plástico para iniciar um novo projeto que vai transformar muros vazios em obras de arte. Neew, artista do grafite: “A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer Lucio Costa, Burle Marx, Darcy Ribeiro e Sarah Kubitschek são alguns dos nomes escolhidos. Ao todo, oito artistas foram convidados para grafitar os homenageados, trazendo elementos contemporâneos e artísticos durante a visitação de turistas e brasilienses ao parque. “Este projeto marca mais um avanço no que diz respeito às melhorias que vêm sendo realizadas no Parque da Cidade”, aponta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “O destaque das personalidades que marcaram a cidade reforça a importância do local como um espaço cultural e inclusivo, representando com orgulho a história e identidade de Brasília. Além disso, acredito que o resultado final deste trabalho vai conectar moradores e visitantes ao legado artístico, esportivo e cultural da capital, mantendo o parque como um símbolo vivo de Brasília.” Homenagens “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade” Todi Moreno, administrador do Parque da Cidade Além das tradicionais figuras da capital, o projeto também busca homenagear brasilienses que se destacaram na sociedade, como a influenciadora digital Vitória Mesquita, que utiliza as redes sociais para desmistificar a síndrome de Down, e Joaquim Cruz, medalhista olímpico brasileiro no atletismo. “Nesse primeiro momento, houve uma comissão priorizando artistas e personagens que têm identidade com a cidade”, explica o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno. A partir de uma parceria da administração do parque com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) e com o Serviço Social do Comércio (Sesc), a previsão é que as artes sejam finalizadas até o Natal. A proposta é unir arte, história e conhecimento na composição do ambiente urbano, para maior interação com os indivíduos e diversidade cultural. “Os grafites nas entradas e saídas do Parque da Cidade vão valorizar a arte urbana a céu aberto e representam um encontro da vida com a arte, enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade”, valoriza Moreno. Segundo o gestor, a iniciativa vai se estender para outros pontos do Parque da Cidade. “Em um segundo momento, vamos contemplar outras figuras importantes do país, a exemplo do Ayrton Senna, em outras estruturas dentro do parque, como guaritas e banheiros”, anuncia. Artista contemplado Há 11 anos a produção materializada em muros e paredes por meio de tinta em spray é a realidade do artista Caio de Aguiar, 35, o Neew. Ele é um dos convidados a participar da iniciativa a ilustrar o arquiteto e urbanista Lucio Costa. “Na 507 Sul, há quatro anos, fui convidado para um projeto que fazia referência a Brasília e desenhei o Lucio Costa, então fiquei bem feliz de representá-lo novamente”, conta. Desta vez, o artista vai apresentar mais elementos autorais. “[São detalhes] que fazem referência ao meu trabalho e que identificam minha identidade”, afirma. “É um trabalho muito livre, e estou bem à vontade para grafitar”. A média da confecção é de até três dias, dependendo das condições climáticas. Neew gosta de ver seus trabalhos espalhados pela cidade: “Acho que é muito importante ter essa visibilidade do grafite. A ideia é essa, pegar um espaço que está abandonado, sujo, e que é importante de Brasília, e deixar algo bonito para a cidade. Eu sei que eu estou ali expondo minha arte, mas também estou contribuindo com a cidade”. O Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek completou 46 anos em outubro. O espaço tem uma área de 420 hectares e é classificado como o maior parque urbano da América Latina. Em média, recebe a visita de 790 mil pessoas por mês. O local reúne o trabalho do quarteto ícone da capital: projeto de Oscar Niemeyer, obra paisagística de Burle Marx e área urbanística desenvolvida por Lucio Costa, além dos azulejos de Athos Bulcão.
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Centro de Taguatinga ganha nova vida com arte de rua
O centro de Taguatinga está de cara nova graças ao talento dos grafiteiros locais, que estão transformando o Boulevard do Túnel Rei Pelé em uma vibrante galeria de arte urbana. Desde a última quinta-feira (1º), os artistas Neco Grafitti, Elom, Táxi, Lezi, Caburé, Scooby e Rivas estão mostrando sua criatividade e habilidade em diversas técnicas de grafite. Artistas urbanos em ação: cores e alegria tomam conta das ruas da cidade | Foto: Divulgação/Administração Regional de Taguatinga “Estamos trazendo um pouco da nossa cultura para o centro da cidade, e é incrível ver a reação das pessoas e como elas estão apreciando nosso trabalho” Elom, grafiteiro Esses artistas têm decorado o Boulevard com obras que não apenas embelezam a área, mas também trazem à tona a rica cultura de rua de Taguatinga. A iniciativa é uma parceria da administração local com a Comissão dos Lojistas de Taguatinga, que patrocina o projeto, valorizando o espaço urbano. O público que passar pelo Boulevard do Túnel Rei Pelé poderá apreciar a diversidade das expressões artísticas que vão desde figuras tridimensionais até caricaturas expressivas e coloridas, cada uma refletindo a essência e o espírito de Taguatinga. Para os artistas envolvidos, este projeto é uma oportunidade de mostrar seu trabalho e contribuir para a valorização da arte de rua. “Estamos trazendo um pouco da nossa cultura para o centro da cidade, e é incrível ver a reação das pessoas e como elas estão apreciando nosso trabalho”, afirma o grafiteiro Elom. Rivas reforça: “Este projeto trará uma nova cara para o centro de Taguatinga”. O administrador de Taguatinga, Renato Andrade dos Santos, também comemora a iniciativa: “Esta é uma grande oportunidade para destacar o talento dos nossos artistas locais e revitalizar o centro de Taguatinga. Convidamos todos a visitar o Boulevard e conferir essa exposição a céu aberto”. *Com informações da Administração de Taguatinga
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Viva Brasília 64 anos: cidade inspira produção artística local
O céu azul e visível em meio aos prédios baixos da área central de Brasília. O branco do concreto dos monumentos assinados por Oscar Niemeyer. A forma de avião do projeto de Lucio Costa. As águas cristalinas do Lago Paranoá. A geometria dos azulejos de Athos Bulcão. A pluralidade cultural de uma população nascida a partir da migração de povos das cinco regiões do país. Todas essas características singulares da capital federal servem de inspiração e influenciam as diferentes manifestações culturais presentes no Distrito Federal, além de darem uma identidade única à arte candanga. Quando tinha 20 anos, o escultor Darlan Rosa, 77 anos, veio do interior de Minas Gerais para Brasília. A mudança para a nova capital transformou a identidade das obras do artista plástico, que passou a fazer esculturas em aço inox, parafusadas e vazadas de forma a se conectarem harmonicamente com a cidade. “Se você observar as minhas esculturas, elas partem da geometria da cidade. Minha arte nasceu da interação com Brasília. Tudo que tenho feito e faço parte da ideia da cidade”, explica. As obras de Darlan Rosa partem da geometria da cidade. “Minha arte nasceu da interação com Brasília”, afirma | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Uma das obras mais emblemáticas do artista está no gramado em frente ao Memorial JK, no Eixo Monumental. São sete esculturas em forma de esfera que fazem uma analogia à criação de Brasília, como se a cidade tivesse sido construída em sete dias. Duas delas, inclusive, retratam os dois candangos, símbolo da capital. Além desta, Darlan Rosa tem mais 53 outras obras espalhadas por todo o DF. Todas coexistem com o modernismo local. “A cidade já é uma obra de arte. Quando comecei a colocar a minha obra não queria que ela fosse muito grande para não contrapor os monumentos de Oscar Niemeyer. Queria que ela fosse uma obra integrada à cidade, que conversasse com as pessoas nas ruas”, completa. Darlan Rosa: “A cidade já é uma obra de arte. Quando comecei a colocar a minha obra não queria que ela fosse muito grande para não contrapor os monumentos de Oscar Niemeyer” | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Formas geométricas Foram exatamente as ruas de Brasília que forjaram a identidade artística do grafiteiro Toys Daniel, 32. As formas geométricas, os setores, o fato de ser plana e muito limpa tiveram influência direta no traço criado pelo artista, que também se inspirou no pintor, escultor e artista plástico Athos Bulcão, que tem as obras destacadas em azulejos pela cidade. “Uma das coisas que percebi quando comecei a pintar nas ruas de Brasília é que havia muito concreto, amplitude e o branco dos monumentos. Queria quebrar um pouco disso, daí vieram as cores saturadas – o rosa, o verde e o amarelo – que passei a inserir nessa paleta de Brasília”, comenta. “Meu traço, meu conceito e minha identidade artística têm tudo a ver com Brasília” Toys Daniel, grafiteiro Em quase 20 anos de trajetória, Toys deixou a própria marca por toda a cidade. O grafite do brasiliense é facilmente reconhecido, seja pelas cores vivas que contrastam com os tons sóbrios da cidade, seja pela presença do personagem Toyszim, um boneco amarelo com o nariz em formato de “T”. O sucesso em Brasília o projetou nacionalmente e internacionalmente. “Se hoje conquistei alguma coisa foi porque pintei nas ruas de Brasília. Então sinto que é um dever e uma obrigação continuar deixando meu trabalho nas ruas como forma de agradecimento. Meu traço, meu conceito e minha identidade artística têm tudo a ver com Brasília”, define o grafiteiro. Diversidade Se a arte visual bebe da arquitetura de Brasília, a música pende mais para a diversidade cultural construída a partir de uma população que durante 55 anos teve como maioria pessoas nascidas em outras unidades da federação. A porcentagem de brasilienses entre os habitantes da cidade só mudou em 2018, quando os nascidos na capital ultrapassaram os migrantes se tornando mais de 55% da população local, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad). Uma das bandas de pagode da cidade com projeção pelo Brasil, o grupo BenzaDeus apresenta uma sonoridade criada a partir da pluralidade cultural brasiliense. “Entendemos que Brasília ferve cultura do Brasil porque é uma cidade que tem muita gente do país que veio aqui tentar a vida. Naturalmente essas pessoas trouxeram a cultura desses lugares, criando uma mistura multicultural que reflete na música de Brasília”, analisa um dos vocalistas da banda, Vini de Oliveira. O grupo de pagode BenzaDeus busca inspiração em Brasília | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília Desde o início do projeto, em meio à pandemia, o grupo faz questão de abraçar a identidade brasiliense. A começar por dar continuidade ao segmento do samba e do pagode de bandas que nasceram na cidade e passaram a fazer sucesso pelo país, como Menos é Mais e Di Propósito, passando pela referência à cidade no primeiro álbum, o DVD Benza em Brasa. “Soubemos reconhecer quem somos. É Benza em Brasa por nosso pagode ser ‘embrasado’ e também por causa de Brasília, que com suas asas nos leva para outros lugares”, acrescenta o músico. O reconhecimento da própria origem acabou se tornando um diferencial da banda, que estourou com a faixa Ficar para quê?, que, no YouTube, tem mais de dois milhões de visualizações. “No início não pensávamos alcançar isso [o reconhecimento nacional] e o que possibilitou foi exatamente a cena de Brasília. Percebemos que ao usar a força do movimento da cidade estávamos nos diferenciando dos outros”, completa o músico Das Sortes, que canta e toca surdo no BenzaDeus. Mesmo com a projeção para além de Brasília, o BenzaDeus continua se apresentando na cidade. Toda quinta-feira a banda faz uma roda no Lounge, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Às sextas-feiras tem show no Complexo Fora do Eixo, no Setor de Abastecimento e Armazenamento Norte (SAAN). Aos finais de semana, o grupo faz shows nas regiões administrativas, com Sobradinho, Gama, Santa Maria, Ceilândia e Samambaia. “Quanto mais eu saio, mais me orgulho de pertencer a Brasília. Gosto de desbravar os lugares, enfrentar os desafios e ter Brasília como meu lugar de descanso, a minha casa” Adriana Samartini, cantora Como o BenzaDeus, a cantora brasiliense Adriana Samartini teve reconhecimento nacional, mas nunca quis deixar a capital federal. “Primeiro porque é o lugar que meus pais, um carioca e uma mineira, escolheram para construir a nossa família. A nossa base é aqui. Quanto mais eu saio, mais me orgulho de pertencer a Brasília. Gosto de desbravar os lugares, enfrentar os desafios e ter Brasília como meu lugar de descanso, a minha casa”, comenta. A artista diz que, no início, até foi difícil, porque as principais gravadoras e produtoras estavam no eixo Rio-São Paulo, mas a internet modificou essa relação artística. “Também me inspiro em artistas da cidade, como as bandas Natiruts e Raimundos, que montaram seus escritórios aqui e nunca abandonaram Brasília. Sempre achei isso o máximo”, acrescenta. Celebração local Além de amar morar em Brasília, Adriana Samartini coloca no repertório musical as características da cidade e, para ela, esse é o motivo de ter uma carreira consolidada há 18 anos. “Brasília é plural e, como boa brasiliense, tenho essa característica de misturar os gêneros. Hoje é uma tendência, mas no meu caso faz parte da minha identidade de Brasília”, afirma. Neste ano, ela realizou um sonho antigo: tocar pela primeira vez na programação oficial do aniversário de Brasília. “Essa porta nunca tinha sido aberta, mas veio na hora certa. Digo que será mais um presente para mim do que para Brasília”, completa. “Os fomentos são essenciais para promover a diversidade cultural no DF. Impulsionamos nossa cultura garantindo que a arte e a expressão cultural alcancem todos os cantos da nossa cidade” Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa No sábado (20), Adriana Samartini se juntou a outros nomes conectados com a cidade: o DJ Alok, goiano de nascimento, mas que fez carreira na capital federal; e a banda Di Propósito, representante do pagode brasiliense. “Queríamos artistas que tivessem uma ligação forte com Brasília. Mesmo que não morassem aqui, mas que tivessem passado aqui ou tivessem alguma conexão”, revela o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Mais do que reconhecer a produção local no aniversário da cidade, o Governo do Distrito Federal (GDF) contou com fomentos para impulsionar os artistas locais ao longo de todo o ano. Só em 2023 foram investidos R$ 77 milhões por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e dos programas Conexão Cultura e de Incentivo Fiscal (LIC). “Os fomentos são essenciais para promover a diversidade cultural no DF. Impulsionamos nossa cultura garantindo que a arte e a expressão cultural alcancem todos os cantos da nossa cidade. Apoiamos os fazedores de cultura a conquistarem ainda mais espaços, desempenhando um papel crucial no impulsionamento da economia criativa”, defende Abrantes.
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Escolas públicas do DF recebem oficinas de grafite e hip-hop
A arte urbana e a dança como formas de expressão. Este é o conceito que o projeto Urbanicidade leva a três escolas públicas do Distrito Federal. A iniciativa vai atender 240 crianças e adolescentes a partir dos 9 anos com duas oficinas: Arte do Grafite e Movimento do Hip-Hop. Serão cinco encontros em cada colégio, totalizando 32 horas de aula ministradas sempre no contraturno escolar. A Escola Classe 1 do Itapoã é a primeira a receber o Urbanicidade – as oficinas começaram nessa segunda-feira (2) e seguem até esta sexta-feira (6). Na semana de 16 a 20 de outubro, será a vez de a Escola Classe 17 da Vila Rabelo, em Sobradinho II, abrir as portas para a iniciativa. O Centro de Ensino Médio 804 do Recanto das Emas será a última parada do projeto, que fica na instituição de 6 a 10 de novembro. A EC do Itapoã recebe as oficinas até esta sexta-feira (6). A EC 17 da Vila Rabelo, em Sobradinho II, na semana de 16 a 20 de outubro. E, por fim, o CEM 804 do Recanto das Emas, de 6 a 10 de novembro | Fotos: Divulgação/EC 1 Itapoã Apoio à Cultura O Urbanicidade é uma realização da Co-labora, com produção do Beco da Coruja. A iniciativa, que recebeu R$ 80 mil de financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), nasceu das pesquisas do produtor e educador cultural Ken Araújo. “Percebi uma defasagem no ensino da arte em várias instituições. E vi que as escolas tinham dificuldade em encontrar profissionais para conduzir atividades culturais”, observa Ken. “Então, com a ajuda do FAC, conseguimos levar essa proposta de complementação curricular aos colégios, que aposta no grafite e no hip-hop como formas de expressão”, destaca. Os alunos da EC 1 do Itapoã desenharam o próprio nome com os traços aprendidos na oficina de grafite A escolha dos dois movimentos, segundo o educador, veio do desejo de mudar uma visão deturpada que a sociedade ainda tem deles. “O grafite é mais do que um conjunto de traços e letras, é uma forma de comunicação. E o hip-hop transmite mensagens de toda uma comunidade, trabalhando o corpo, o movimento e a psicomotricidade”, explica. “Também aproveitamos para falar sobre cidadania, política e cultura dentro do contexto das oficinas”, ressalta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diretora da Escola Classe 1 do Itapoã, Sihami Jaber Mudarra está animada com os resultados dos encontros. “Os alunos estão amando! Eles começaram a aprender alguns movimentos de dança e já fazem rascunhos de grafite – cada um desenhou seu nome com os traços aprendidos”, conta. “Buscamos oferecer essa experiência para nossos alunos mais vulneráveis, que têm maior necessidade de ficar dentro do colégio depois da aula”, relata. ?Os 80 alunos da Escola Classe 1 que participam do projeto, todos do 4º e 5º anos, almoçam na própria instituição para iniciarem as oficinas às 14h. “Eles escovam os dentes, relaxam um pouco e assistem as aulas das oficinas até as 17h30”, diz Sihami. “No dia 9, esses estudantes farão uma apresentação de hip-hop para todo o colégio. Será muito especial.”
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DF Cultural leva atrações a Ceilândia e Cruzeiro a partir desta sexta (25)
A cultura do Distrito Federal, em suas diversas representações e manifestações artísticas, vai ser o foco da programação do DF Cultural, projeto realizado por meio de termo de colaboração entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e a organização da sociedade civil (OSC) Grêmio Recreativo Carnavalesco Cacique do Cruzeiro. As atividades começam neste fim de semana – de sexta (25) a domingo (27) –, com atrações em Ceilândia e no Cruzeiro. O samba, que veio para Brasília com os primeiros servidores públicos, é uma das manifestações que serão celebradas no projeto | Foto: Hugo Lira/Secec Escolhida por meio de chamamento público, a proposta da instituição vem reconhecer e valorizar a contribuição das diversas culturas para o fortalecimento da identidade do DF como um todo. Para representar toda essa riqueza, o projeto escolheu celebrar especialmente o samba, o forró e a arte urbana. “O projeto tem a sensibilidade de trabalhar com essas três manifestações que mobilizam a cidade e movimentam gerações”, explica a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec, Sol Montes. [Olho texto=”“Estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade” ” assinatura=”Sol Montes, subsecretária de Difusão e Diversidade Cultural da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] “Foram valorizadas identidades de algumas manifestações que formaram a cidade e são bem importantes, como o samba, que veio com os primeiros servidores públicos, e o forró, marca da cultura nordestina que se estabeleceu em Ceilândia. E, por fim, a cultura urbana, que é essa manifestação tão fundamental e que tomou a cidade. Então, estamos fazendo essa mistura intergeracional, que valoriza o que os mais jovens praticam e o que os mais velhos trazem, respeitando nossa ancestralidade”, afirma a subsecretária. Programação Em Ceilândia, o local escolhido para receber o DF Cultural foi a Casa do Cantador, equipamento gerido pela Secec e que comemora, neste mês, 36 anos. Considerada o Palácio da Poesia, por ser o principal ponto de encontro da literatura de cordel e do repente no DF, a Casa do Cantador nasceu da necessidade de os artistas locais terem um espaço próprio para manifestar suas formas de expressão e seu trabalho, que trazem nas raízes os traços da cultura nordestina. A programação prevista para o local inclui shows de forró e apresentações de repente, além de um debate com mestres do forró e participação de cerca de 100 alunos do ensino médio de escolas de Ceilândia. A ideia é que, no encontro, eles possam aprender mais sobre a manifestação, que é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil, e sua importância na preservação da cultura nordestina no DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os jovens estudantes também fazem parte da programação preparada para o Cruzeiro. Mais de 50 alunos do Centro de Ensino 01 estão, ao longo de toda a semana, passando por uma oficina de percussão, que destaca as raízes e as práticas do samba no Distrito Federal. A proposta celebra a teoria e a prática do ritmo, que envolve música, dança e toda uma tradição cultural que aterrissou no Cruzeiro desde os anos 1960, ainda nos tempos da criação de Brasília. As rodas de samba dos primeiros servidores públicos candangos se espalharam pela cidade, muitas viraram escolas de samba e um de seus principais polos segue sendo a região administrativa. No sábado (26), o projeto ganha ares de festa, e a Feira Permanente do Cruzeiro recebe cinco atrações musicais. Acompanhe a programação completa e os próximos passos do DF Cultural pelas redes sociais do projeto DF Cultural. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Arte urbana dá novas cores ao Eixo Cultural Ibero-americano
As paredes externas da sala Cássia Eller, no Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte), ganharam novas cores e significados. Foi inaugurado nesta quinta-feira (30) um mural confeccionado por artistas participantes do projeto Mulheres Inspiradoras da Ibero-América: A arte urbana como instrumento de transformação social. Produção do mural envolveu as artistas Key Amorim (Brasília), MADA (Bogotá), Agus Rúcula (Buenos Aires) e Lynliet (Lima) | Fotos: Ananda Ribeiro/EAI A iniciativa, do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI) em parceria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), é apoiada pela União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI). Além disso, ocorre no contexto de Brasília como Capital Ibero-americana das Culturas 2022 (CIC 2022) e da vice-presidência temática de Cultura. “É uma honra para Brasília liderar esse projeto de cooperação internacional, pensado no âmbito da CIC 2022 em parceria com Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina) e Lima (Peru), para tratar de um tema tão importante que é a história de mulheres na cultura ibero-americana. Isso é um presente para nossa cidade e um legado para nossa população”, comemora a chefe do EAI, Renata Zuquim. [Olho texto=”“Uma semente foi lançada aqui e não vamos parar. Este caminho é de ida e de muitas mãos. Brasília tem essa vocação de união dos povos, começando pelo próprio país, e não vamos deixar desbotar isso, não”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] O titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues, concorda: “Quero transformar os agradecimentos em parabéns a todos os envolvidos neste projeto, às mulheres e às artistas. Uma semente foi lançada aqui e não vamos parar. Este caminho é de ida e de muitas mãos. Brasília tem essa vocação de união dos povos, começando pelo próprio país, e não vamos deixar desbotar isso, não. As cores permanecerão sempre vivas”, afirma o secretário. Já a representante da UCCI, Johanna Rodriguez, destaca a relevância do projeto para a união das cidades envolvidas. “Este espaço significa algo muito importante, que é a ratificação do entendimento entre nossas cidades e o conhecimento firme da UCCI sobre a importância em apoiar esse tipo de iniciativa, que nos interpela como sociedade e nos impulsiona a gerar mudanças transformadoras em nossa sociedade e nossos territórios”, observa. Mulheres Inspiradoras O projeto Mulheres Inspiradoras da Ibero-América: A arte urbana como instrumento de transformação social teve início na última segunda-feira (27) com um seminário, realizado pelo professor Raphael Spode, no Espaço Cultural Renato Russo, sobre 12 mulheres notáveis na Ibero-América. As artistas produziram o mural na parte externa da sala Cássia Eller em dois dias, terça (28) e quarta (29) No mesmo dia, a artista brasiliense Key Amorim ministrou uma oficina de arte urbana e personalização de ecobags, capacitando mulheres de Brasília com o objetivo de fornecer mais uma ferramenta de empreendedorismo e geração de renda. Já na terça (28) e quarta (29), as quatro artistas integrantes do projeto – convidadas por seus respectivos governos locais, também integrantes da UCCI – trabalharam na confecção dos murais na parte externa da sala Cássia Eller. Além de Key Amorim e da mestre de arte popular Martinha do Coco, participaram as artistas MADA (Maria Daniela), de Bogotá; Agus Rúcula (Agustina Parravicini), de Buenos Aires; e Lynliet (Ailyn Yulye), de Lima. Representando os governos das cidades participantes, estiveram Diana Muñoz, coordenadora de arte em espaço público da Secretaria de Cultura, Recreação e Esporte de Bogotá; Magdalena Juricic, representante do Ministério da Cultura do governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires; e Fabiola Figueroa, gerente de Cultura da municipalidade de Lima. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das assessoras especiais do EAI que participaram diretamente da organização do projeto, Louise Alves destaca os resultados alcançados. “Foi incrível ver tudo o que a cooperação internacional entre as cidades, a troca de experiências, vivências e realidades podem proporcionar”, afirma. “Por meio da história dessas 16 mulheres inspiradoras – as 12 constantes da pesquisa, representadas aqui pela Martinha do Coco, e as quatro incríveis artistas que nos presentearam com este painel – pudemos ver que a arte é a mais legítima forma de expressão das principais inquietudes das nossas cidades. Hoje, pudemos apresentar essas mulheres e registrar o legado de suas obras por meio da arte urbana”, conclui. O projeto Mulheres Inspiradoras contou também com a colaboração da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), do Espaço Renato Russo e do Eixo Cultural Ibero-americano. *Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais do GDF
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Grafite se consolida como ação cultural no DF
Entre junho e julho, a arte urbana protagoniza duas ações marcantes no Distrito Federal: as 28 paradas da W3 Norte e o muro do Complexo Cultural Samambaia (CCS). Os dois projetos são frutos da política distrital de valorização do grafite comandada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Em quatro anos de trabalho, foram investidos R$ 450 mil só de cachês para 287 artistas urbanos de 26 regiões administrativas e duas cidades do entorno – Águas Lindas e Luziânia –, com cotas para mulheres (mínima de 30%) e, nos últimos editais, para pessoas com deficiência (PCDs). May Bucar diz: “É importante ter uma política pública voltada para artistas independentes, além da valorização e da visibilidade de projetos como esse” | Foto: Júnior Ribeiro Os editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também têm destinado recursos para a arte urbana, como grafite, batalhas de rimas, slams e oficinas de capacitação. Nos últimos dois anos, os editais FAC Brasília Multicultural I reservaram 1,5 milhão para essa linha de linguagem. “O grafite é uma arte que mexe com a forma de ser de uma cidade. Brasília é metáfora do modernismo e uma bela tela para a ocupação dessa expressão de traços e cores que reflete o pensamento de uma juventude urbana e seus territórios de pertencimento”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Um dos 28 selecionados para grafitar as paradas de ônibus da W3 Norte, Renato Moll sente-se reconhecido em ocupar, com sua arte urbana, um espaço nobre da cidade. “Isso vai mostrar que o nosso trabalho tem valor e é uma demanda social, que traz inspiração e questionamentos, de maneira democrática, realizado para o público que circula pelo DF”, destaca. Premiado em primeiro lugar, Moll inspirou-se no sentimento da esperança para tocar os passantes da W3. “A mensagem da arte foi inspirada na música Dias da Serpente, do cantor e compositor carioca B-Negão. Fiquei surpreso por ter sido contemplado com o primeiro lugar, pois sei que temos pessoas incrivelmente talentosas e dedicadas aqui no DF, que estavam participando do edital”, observa. Outro selecionado, Yong acredita que participar de projetos que colaboram com a cena artística é sempre uma honra: “A W3 é a avenida mais importante e charmosa da cidade, pensar que terei uma obra minha compondo o visual é gratificante. Será empolgante trabalhar nesse projeto”. [Olho texto=”“Isso vai mostrar que o nosso trabalho tem valor e é uma demanda social, que traz inspiração e questionamentos, de maneira democrática, realizado para o público que circula pelo DF”” assinatura=”Renato Moll, selecionado para grafitar paradas de ônibus da W3 Norte” esquerda_direita_centro=”direita”] Ele observa que, nos últimos anos, a quantidade de projetos envolvendo a arte urbana aumentou bastante em Brasília e o suporte oferecido também cresceu em qualidade. “Precisamos seguir nesse caminho para nos aproximarmos dos grandes polos nacionais e no futuro, quem sabe, sermos vistos como um polo artístico internacional.” Raissa Miah foi uma das nove mulheres escolhidas pelo edital da W3 Norte com um projeto que vai homenagear a atriz Dulcina de Moraes. “É uma proposta de importância tanto pelo valor histórico de pintar nesse grande projeto de revitalização da cidade quanto por ter sido selecionada entre tantos bons artistas da cidade.” Com 15 anos de grafite e de arte urbana, Raissa comemora estar com sua arte no Plano Piloto, pintando com cachê e representando artistas mães solos e das quebradas. “Isso é muito relevante para mim. Além disso, o cachê vai impulsionar mais meu trabalho; torna-se mais um passo na profissionalização e portfólio artístico. Fico também feliz com o número de mulheres que estão participando.” Samambaia com identidade Em Samambaia, a expectativa é de transformar um muro de 150 m² num painel que aproxime ainda mais o Complexo Cultural à região administrativa. “Existe essa necessidade da identificação, de ter de fato a cara de um espaço cultural, além da valorização da arte urbana, que tem grande importância na cidade”, destaca a gerente do CCS, Suelem Rodrigues. O coletivo vencedor, formado por Thamiris Flora, May Bucar, Kaus, Corujito e Fedds, receberá cachê total no valor de R$ 16 mil, além dos materiais necessários para a execução do trabalho artístico. Os integrantes do grupo possuem carreira sólida e apresentaram uma proposta que homenageia a cultura e a diversidade de Samambaia, destacando trabalhos desenvolvidos na região administrativa nas áreas do cinema, das artes visuais e da música. A obra também vai homenagear as crianças – em uma referência ao futuro e às próximas gerações – e a samambaia – planta que batizou a cidade, como elemento símbolo de sua exuberância. “É importante ter uma política pública voltada para artistas independentes, além da valorização e da visibilidade de projetos como esse. Essa ação possibilita a vontade de continuar seguindo, pesquisando e trabalhando com arte”, reflete May Bucar. Política continuada Uma das primeiras ações dessa gestão foi o III Encontro de Grafite, de 2019, idealizado em uma parceria com o Comitê Permanente do Grafite do DF. O edital selecionou 60 artistas para intervenção de tema livre em uma área de até 10 m² do Beco do Rato, no Setor Comercial Sul. Com investimento total de R$ 90 mil, cada artista selecionado recebeu R$ 1,5 mil. Um dos veteranos do grafite no DF e membro do comitê, Carlos Astro foi um dos selecionados para grafitar dentro do Beco do Rato. “Passei a minha juventude aqui dentro e fico emocionado pela importância que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa está dando para intervenções desse tipo. Trabalhamos pelo fortalecimento dos valores da cultura hip hop, e um dos principais deles é o resgate social”, declara. Mesmo enfrentando as limitações da pandemia da covid-19, as ações em grafite não pararam. Depois de ter realizado dois encontros de grafite, os investimentos na arte urbana seguiram adotando os procedimentos de segurança sanitária. Um deles auxiliou 52 artistas com o edital Prêmios FAC Brasília 60. “Fizemos o IV Encontro de Graffiti na Galeria dos Estados em plena pandemia e transformamos os vãos do viaduto numa galeria a céu aberto, tornando-se um dos espaços públicos mais visitados por moradores e turistas”, destaca a subsecretária de Economia Criativa, Angela Inácio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O edital lançado pela Secec selecionou 100 artistas para realizarem intervenção artística de tema livre em uma área de 10 a 20 m² do novo viaduto da Galeria dos Estados. Com investimento total de R$ 150 mil, cada artista selecionado recebeu R$ 1,5 mil. De Planaltina, a artista plástica e grafiteira Iasmin Kali destaca que sua participação na Galeria dos Estados tem o intuito de não só revitalizar o local, mas de dar visibilidade ao grafite feminino e das artistas mulheres. “Apesar de termos nomes muito importantes na cena da arte urbana feminina, ainda acho que o movimento das mulheres dentro da arte precisa ganhar mais força e proporção. Esses painéis representam o nosso sagrado feminino, maternidade, conquistas e desafios enfrentados por nós mulheres”, conta. A presença feminina tem sido uma conquista nos editais do grafite da Secec. Na W3 Sul, com intervenção urbana nas paradas de ônibus, elas representaram 44% dos selecionados. Cada participante recebeu cachê de R$ 3 mil e kit com 20 sprays e uma lata de tinta para a base. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Grafite transforma muros de escolas do GDF em telas a céu aberto
Cores e traços que encantam e dialogam. Mais do que isso, são formas lúdicas que, além de hipnotizar, têm a função também de educar. É o que revelam muitos dos muros das escolas públicas do DF, verdadeiras telas a céu aberto, fruto da imaginação fértil e lírica de grafiteiros e artistas visuais da cidade. Muro da Regional de Ensino do Guará homenageia Lucio Costa, que venceu, em 1957, concurso para o projeto do Plano Piloto | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Um desses trabalhos mágicos, por sinal, estampado no muro da Regional de Ensino do Guará, fisgou, de “jeito”, a jornalista e cronista Conceição Freitas. Trazia a singela figura de Lucio Costa, um dos “inventores” da nova capital, segurando um livro. Ela postou a imagem nas suas redes sociais e a foto simplesmente bombou. “Acompanho há muitos anos os grafites pela cidade, eles mudaram muito, estão mais figurativos, de uma perfeição surpreendente”, elogia. “Grafite é arte de rua, de resistência da periferia, é a ocupação da cidade pelos brasilienses que aqui nasceram, está no rastro do hip hop”, observa a jornalista que, como poucos, lança um olhar sensível para a cidade. Arte na fachada da Regional de Ensino do Guará é do artista plástico Douglas Okada, o Minoru, que nasceu em Taguatinga Várias escolas no DF adotaram muros ilustrativos que interagem de forma impactante com vários atores da sociedade. São artes que encantam alunos e pais, professores ou simplesmente quem passa pela rua. Trata-se de uma tradição que remonta os primórdios das civilizações gregas e romanas, ressurgindo com força total no século 20, graças ao talento de artistas como os espanhóis Picasso e Miró, sem esquecer o muralista mexicano Diego Rivera. No Brasil, as pinturas não apenas de muros, mas de outros espaços públicos, também conhecidas como street art, ganharam peso internacional por meio de nomes de talento, como o artista Eduardo Kobra. Nascido em Taguatinga, o artista plástico Douglas Okada, o Minoru, já deixou sua marca em vários muros da cidade. É dele, por exemplo, a arte da fachada da Regional de Ensino do Guará. “Acho importante esse trabalho de ocupação, tentamos dar vida a esses espaços e sempre representar nas pinturas muita alegria e positividade”, destaca. [Olho texto=”“Você chegar a uma escola ou em um ambiente de trabalho e ver um trabalho como esse, cheio de cores e que dialoga com o universo que você trabalha, com temas da sociedade, colabora com a atividade pedagógica” – Leandro Andrade, coordenador da Regional de Ensino do Guará” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Conscientizar Para o coordenador da Regional de Ensino do Guará, Leandro Andrade, os trabalhos de arte nos muros de algumas escolas públicas do DF vão além da contemplação artística. São desenhos que passam mensagens, têm a missão de conscientizar alunos e, porque não, a sociedade, sobre temas com inclusão social, as minorias, a importância da natureza, dos esportes e, claro, da própria educação. “São traços que saltam aos olhos”, empolga. “Você chegar a uma escola ou em um ambiente de trabalho e ver um trabalho como esse, cheio de cores e que dialoga com o universo que você trabalha, com temas da sociedade, colabora com a atividade pedagógica. Você já está passando um recado sem falar nada”, defende. No Centro de Ensino Fundamental da 412 de Samambaia, o colorido vibrante dos grafites do Coletivo Motirõ surge como uma poderosa ferramenta de conscientização. É o que explica o diretor da escola, Castorino Alves Cornélio. “A nossa preocupação foi com a linguagem, fazer um tipo de arte que dialogasse com os alunos, manifestasse uma comunicação positiva”, conta. “Tem dado certo. Desde que a estética vibrante e colorida entrou na CEF 412, as ações de pichação e inscrições acabaram, ajudou na conservação dos muros das escolas”, revela. Para o coordenador da Regional de Ensino do Guará, Leandro Andrade, a arte nos muros ajuda a conscientizar a sociedade O Coletivo Mutirõ é uma organização não governamental de Samambaia que busca promover ações contínuas em escolas públicas da região, nos eixos de capacitação profissional, esportes, cultura e educação. Para tanto, uma oficina sobre grafite foi realizada com alunos que tivesse expertise ou interesse em grafite em 2019. Na época da pandemia, quando as aulas estavam paralisadas, as pinturas foram feitas no muro da escola com ajuda de artistas da cidade. “A gente sempre entendeu a importância de estar nas escolas, acreditamos na força do trabalho contínuo”, explica a coordenadora geral do grupo, Izabella Moura. “Os resultados foram muito bons, houve realmente um sentimento de pertencimento para esses alunos do ambiente escolar”, diz. [Olho texto=”Além de valorizar, de maneira criativa, a ocupação de espaços físicos, a iniciativa enaltece e potencializa talentos não apenas do grafite, como também do hip hop. Em 2021, foram cerca de R$ 336 mil investidos no segmento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A alegria e a energia visual do grafite também fazem parte do dia a dia das escolas de Santa Maria. É o caso dos muros dos centros de ensino fundamental da 417, 310, 116 e na gigante fachada da 308, que mistura temas diversos que vão da fauna, flora brasileira, passando pela história de Brasília e referências a personalidades brasileiras e internacionais como Monteiro Lobato, Machado de Assis, Albert Einstein, Nelson Mandela, Paulo Freire e Cora Coralina. A frase: “A educação não tem preço. Sua falta tem custo”, resume a importância da educação e cultura na vida de cada aluno. “Essas intervenções que os artistas fazem mudam a cara da escola, deixando os espaços mais atrativos, o que é muito bom não apenas para os alunos, mas para toda a comunidade também”, avalia o coordenador da Regional de Ensino da cidade, Claudiney Formiga Cabral. Contornos lúdicos Aberta a todas as tendências, linguagens artísticas e movimentos, a Secec abraçou a arte urbana no DF, promovendo a cultura do grafite pela cidade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em outros espaços de ensino do DF, o estilo arrojado e alternativo conhecido da maioria das artes de grafite ganha contornos lúdicos tocantes. Às vezes, acompanhadas de referências educativas preciosas, marcantes até. É o que acontece, por exemplo, nos muros do Centro de Ensino Fundamental 2 da Estrutural, em que a diretora Juliana Gomes de Assumpção acredita incentivar o interesse pela arte, cultura e, claro, educação, homenageando dois clássicos da literatura por meio de trabalhos belíssimos. [Olho texto=”“Essas intervenções que os artistas fazem mudam a cara da escola, deixando os espaços mais atrativos, o que é muito bom não apenas para os alunos, mas para toda a comunidade também” – Claudiney Formiga Cabral, coordenador da Regional de Ensino de Santa Maria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Um deles, o marco do movimento regionalista, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. O outro, reproduções do lírico “O Menino que Descobriu Brasília”, de Regina Célio Melo. Cortesia do trio de artistas Astro, Best e Kbeça. “As crianças percebem a interação entre escrita e desenho”, esmiúça a diretora. “E aguçam sua busca por mais informações sobre esse tipo de arte”, acredita. Na parte interna da escola, mais um festival de cores que interfere de forma positiva no dia a dia dos jovens. Assinadas, de novo, pelo artista Minoru, as pinturas exaltam a cultura e o esporte por meio de sapatilhas de bailarinas que voam, passos de tango que riscam o piso, movimentos de Bruce Lee e do pugilista brasileiro Popó. “São trabalhos muito bonitos mesmo, que encantam não apenas as crianças, mas nós, os pais”, aplaude Gizella Bastos, mãe de duas crianças matriculadas no CEF 2 da Estrutural. Valorização da arte urbana Aberta a todas as tendências, linguagens artísticas e movimentos, a Secec abraçou a arte urbana no DF, promovendo a cultura do grafite pela cidade. O primeiro passo nesse sentido foi promover a seleção de artistas do gênero para realizar a intervenção no viaduto da Galeria dos Estados. Além de valorizar, de maneira criativa, a ocupação de espaços físicos, a iniciativa enaltece e potencializa talentos não apenas do grafite, como também do hip hop. Em 2021, foram cerca de R$ 336 mil investidos no segmento. As ações foram gestadas pela Subsecretaria de Economia Criativa (Suec). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Levar a arte do grafite às ruas é trazer aos olhos a alma dessa cidade diversa”, reflete o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues. “Trabalhamos pelo fortalecimento dos valores da cultura hip hop, em que um dos principais propósitos é o resgate social”, pondera. Fortalecendo esse conceito, em dezembro de 2021, a Secec selecionou 27 artistas urbanos para trabalhar no projeto “W3 – Arte Urbana”. Realizado entre os dias 27 e 28 de novembro e 4 e 5 de dezembro, a iniciativa coloriu de matizes variadas um dos setores mais populares da capital. O resultado foi uma gama eclética de estilos e gêneros que resultaram numa experiência sensorial mágica. “A Secec comprou a minha ideia, valorizou o meu trabalho, o que me deixou com muito orgulho de mim”, agradeceu na época o grafiteiro, Douglas Retok.
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Artistas de Sobradinho usam grafite contra a violência
Usar a arte como forma de enfrentar a violência foi a maneira encontrada pela Regional de Ensino de Sobradinho para difundir a cultura da paz na Escola Classe 1 da cidade. Na tarde desta sexta-feira (1) foi realizada a atividade Arte em Ação, em que 12 grafiteiros locais, liderados pelo artista Lapicha, fizeram, no muro da unidade de ensino, um mural com temas do dia a dia dos estudantes. O artista Lapicha coordenou o trabalho de 12 grafiteiros, que participaram da atividade Arte em Ação, na Escola Classe 1, em Sobradinho | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A escola é destinada a estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, com idade entre 5 e 11 anos. A diretora da unidade escolar, Eila Almeida, considera a arte uma poderosa forma de expressão contra a violência. “O Lapicha, que está coordenando os trabalhos, já tinha feito grafite dentro da escola. Os grafiteiros trabalham em equipe, com cooperação, e mostrar essa união é importante neste momento. Aqui eles vão desenvolver uma temática voltada para a cultura, educação, esporte e de combate à violência”, explicou a professora. “Os grafiteiros trabalham em equipe, com cooperação, e mostrar essa união é importante neste momento”, diz a diretora da escola, Eila Almeida A coordenadora da regional de ensino, Márcia Brantes, disse que o grafite é uma expressão de liberdade de expressão. “Essa ação serve para conexão, lazer e forma de se expressar”, disse a educadora. “Os grafiteiros da cidade buscavam um lugar para se reunir e confraternizar pintando juntos. A escola cedeu o muro e aqui estamos”, disse o artista Vinícius Rodrigues, mais conhecido como Lapicha. Outro artista que participou do trabalho no muro foi Alan Oliveira da Silva. Pai de três meninos, ele, que é grafiteiro há 21 anos, considera a arte uma forte aliada contra a violência. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A diretora do colégio cedeu o muro para a gente desenvolver a arte. Era para ser um trabalho nosso, com todo material nosso, mas a regional de ensino comprou a ideia e nos forneceu materiais para desenvolver o trabalho. O grafite engloba o esporte, a cultura local, da cidade e do país. A arte desenvolve tudo”, destacou Alan. “A violência não decorre apenas da pandemia, mas de conflitos familiares, coisas que precisam ser ajustadas”, opinou. “Iniciativas dessa natureza são primordiais em um momento como este que estamos vivendo; é importante tanto para os alunos quanto para a toda a comunidade. A gente só consegue combater de verdade a violência aplicando a arte”, disse a diretora cultural de Sobradinho, Rose Maria Alves dos Santos. O próximo projeto cultural da Escola Classe 1 será um concurso de desenho entre os alunos. O vencedor terá seu desenho reproduzido nos muros da escola por Lapicha.
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Sai resultado preliminar do Encontro de Grafitti
Artistas selecionados vão elaborar novos trabalhos na Galeria dos Estados | Foto: Divulgação/Ascom Planaltina A edição desta quinta-feira (3) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) traz, entre os destaques, uma publicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) com o resultado provisório de seleção do edital de chamamento público que vai selecionar 100 grafiteiras e grafiteiros para trabalhar no Encontro do Graffiti 2020. Para esse evento, a ser realizado na Galeria dos Estados, no Setor Comercial Sul, serão investidos R$ 195 mil, como parte do projeto de reforma do local por meio da arte urbana. Foram 193 propostas habilitadas na etapa de admissibilidade e analisadas por uma comissão seletiva Dela fazem parte representantes da sociedade civil e da Subsecretaria de Economia Criativa (Suec), que coordena as ações da área por meio de intercâmbio artístico-cultural e incentivo ao empreendedorismo. Também participa desse trabalho a Administração do Plano Piloto, que investiu R$ 36 mil. Com dois dias para executar o trabalho, cada grafiteiro selecionado fará uma intervenção artística de tema livre em uma área de 10 a 20 m² da Galeria dos Estados e receberá um cachê no valor de R$ 1,5 mil. Serão selecionados artistas moradores do Distrito Federal ou Entorno que comprovarem, por meio de portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis, tapumes, entre outros espaços urbanos. Outro diferencial do chamamento é que serão reservadas 30% das vagas para a participação de artistas mulheres. Diante da pandemia, os artistas selecionados cumprirão as normas recomendadas pelas autoridades de saúde. Além de receberem os devidos suportes de higiene, equipamentos de proteção individual (EPIs) e de segurança, os grafiteiros atuarão em modo de revezamento, a fim de garantir o distanciamento social. Veja a lista dos artistas pré-selecionados. Recursos contra o resultado preliminar devem ser encaminhados ao e-mail cgdf@cultura.df.gov.br<mailto:cgdf@cultura.df.gov.br>. O prazo é de até cinco dias corridos, a partir desta sexta (4). * Com informações da Secec
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Arte do grafite põe DF na rota do turismo criativo
A Agência Brasília começou nessa terça-feira (15) uma série de reportagens sobre os investimentos do Governo do Distrito Federal para embelezar a capital, valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo. Nesta última reportagem, saiba como o grafite transformou o Setor Comercial Sul (SCS) na primeira rota de turismo criativo do DF. Artistas de diversas regiões administrativas do DF convergem para o Setor Comercial Sul para deixá-lo mais bonito e colorido | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Conhecida por ser um museu a céu aberto, Brasília tem ganhado destaque nacional não só pela arquitetura de Oscar Niemeyer e os traços de Lúcio Costa, mas também pela arte de grafiteiros de várias regiões administrativas do Distrito Federal. Em 2020, por exemplo, o projeto SCS Tour – parceria entre o Instituto No Setor e a Universidade de Brasília (UnB) – transformou o Setor Comercial Sul (SCS) em rota turística. O SCS Tour – em resumo, um passeio a pé pelo setor – foi realizado no final ano passado durante o Encontro de Grafite 2019, parceria com o Governo do Distrito Federal. Foram 60 artistas selecionados pelo edital da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para pintar o Beco do Rato e as quadras 5 e 6 do SCS. O projeto foi escolhido para integrar a Rede Nacional de Turismo Criativo (Recria) por proporcionar experiências diferentes, além das convencionais. [Olho texto=”“Temos um fluxo de turistas muito grande e, por meio do grafite, é possível contar histórias. A pessoas estão buscando cada vez mais esse tipo de experiência, que é uma tendência no mundo inteiro”” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”centro”] O grafiteiro Paulo Sérgio Saraiva, 30 anos, mais conhecido como Corujito, é membro do Comitê Permanente do Graffite, que reúne representantes do governo local e da sociedade civil para construir políticas públicas voltadas para a classe artística. Ele ressalta que a capital tem grande potencial para atrair frequentadores devido ao turismo criativo, o que também inclui as cidades do DF. “É preciso explorar as outras regiões administrativas também, e não só o Plano Piloto. Lá, a cultura acontece na sua mais pura essência”, defende. Espaços antes relegados às pichações e à sujeira hoje são preenchidos com talento e bom gosto | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Ainda segundo Corujito, esse tipo de iniciativa é uma forma de reunir pessoas de diversas regiões com o intuito de lançar novo olhar para um espaço que, historicamente, é berço de cultura. “Incentivando o grafite, o Estado faz uma reparação histórica de reconhecimento aos artistas anônimos – que, na grande maioria das vezes, são invisibilizados por instituições artísticas tradicionais como museus, galerias e amostras”, lamenta. A avaliação da secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, não é diferente. “Temos um fluxo de turistas muito grande e, por meio do grafite, é possível contar histórias. A pessoas estão buscando cada vez mais esse tipo de experiência, que é uma tendência no mundo inteiro. A história da cidade precisa ser lembrada e ressignificada e os artistas são capazes de relembrar os acontecimentos”, destaca. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, os projetos de requalificação por meio da arte têm o poder de transformar toda a dinâmica do espaço. “O grafite é uma ferramenta usada para criar instalações e performances em variados cenários urbanos do mundo inteiro. São manifestações culturais com potencial de atrair turismo e desenvolvimento econômico para a região”, comenta. Subsecretária de Cultura e Economia Criativa, Érica Lewis também lembra que o DF tem um decreto de valorização do grafite com o objetivo de criar políticas públicas para a área. “Esse instrumento fomenta a possibilidade concreta de termos um mapa da arte urbana, como se nos tornássemos uma galeria a céu aberto. Isso é fantástico porque o grafite expõe nos muros a alma de suas cidades, valoriza a identidade e democratiza ainda mais o acesso aos bens culturais e à produção artística”, avalia. Intervenções artísticas reúnem, democraticamente, todos os estilos de grafite | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Palco urbano O GDF tem trabalhado para retomar a importância do SCS, considerado um grande centro comercial na década de 1980, para além de apenas palco do turismo criativo e das atividades culturais de massa – por exemplo, o Carnaval, o projeto Samba Urgente e a venda de artesanato. O governo local pretende autorizar o uso residencial em 30% dos imóveis no local. O objetivo, segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Seduh), Mateus Oliveira, é atender à boa parte ociosa do setor, que sofre degradação do tempo e tem salas e lojas vazias ou subaproveitadas. Entre agosto e setembro deste ano, o Executivo local também fez uma ação integrada para atender pessoas em situação de rua. Em iniciativa conjunta, equipes do GDF fizeram mais de 1,5 mil atendimentos para quem vive na região, uma forma de dar dignidade a cidadãos a partir de serviços de assistência social.
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Para combater vandalismo, GDF gasta 95% a mais com tinta especial
Pichações já foram apagadas diversas vezes, em algumas vezes no dia seguinte à contravenção | Foto: Divulgação A Agência Brasília começou nessa terça-feira (15) uma série de reportagens sobre os investimentos do Governo do Distrito Federal para embelezar a capital, valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo. Nesta terceira reportagem, saiba quais foram as medidas do GDF para evitar pichações e como é feita a fiscalização desta contravenção penal. A tinta antipichação está sendo cada vez mais usada pelo GDF para combater vandalismos em espaços públicos da capital, como é o caso das tesourinhas do Plano Piloto e da Galeria dos Estados. Apesar de ser uma alternativa para evitar a depredação, o produto é 95% a mais caro para os cofres públicos. O material convencional custa R$ 20 por metro quadrado. Já a tinta especial é R$ 39. No caso da Ponte Costa e Silva – que vai receber reforma pela primeira vez – , o valor chega a ser três vezes maior por causa da estrutura mais moderna. [Numeralha titulo_grande=”114 casos de pichação” texto=”registrados entre janeiro e agosto de 2020″ esquerda_direita_centro=”centro”] De acordo com o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite, apesar de a tinta ser amplamente utilizada nas reformas de equipamentos públicos da cidade, ela é cara e implica outros custos. “Precisa mobilizar uma equipe que poderia ser utilizada em outras atividades para limpar. No caso da tinta comum, teria que pintar de novo também”, explica Fernando. [Numeralha titulo_grande=”R$ 39″ texto=” custa a aplicação da tinta antipichação por metro quadrado” esquerda_direita_centro=”centro”] Para Fernando, as ações do poder Executivo local para incentivar o grafite é uma das formas de evitar o vandalismo nas cidades. “É uma solução genial. Inibimos os vândalos e democratizamos essa arte, que estará disponível para a população a qualquer momento. Além disso, geramos emprego e renda para os artistas daqui”, ressalta. Paredes de tesourinha foram pichadas no mesmo dia em que foi finalizada a reforma | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Vandalismo Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), em 2019 foram registrados 79 casos de pichação na capital. Já entre janeiro e agosto deste ano, 114 episódios desse tipo de vandalismo foram computados pelo órgão. Esse foi o caso dos três viadutos das tesourinhas das entrequadras 15/16 Norte. Foram pelo menos cem dias de trânsito interditado, 40 operários trabalhando, seis técnicos em fiscalizando e R$ 495 mil investidos na recuperação de um dos equipamentos públicos mais práticos e simbólicos de Brasília. Ação integrada apagou pichações das paredes do Buraco do Tatu em julho | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília A Novacap fez a limpeza no dia seguinte. Um servidor da companhia e três reeducandos da Fundação Nacional de Apoio ao Trabalhador Preso (Funap), entidade vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), retiraram a tinta spray. Na ação foram utilizados jatos de pressão de água e um produto químico biodegradável. Em julho desde ano, uma ação integrada entre a Novacap, a Administração Regional do Plano Piloto e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também limpou os paredões do Buraco do Tatu. Os funcionários aplicaram produto químico, esfregaram as paredes e finalizaram o serviço com jato de água quente. Fiscalização [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A pichação é considerada uma contravenção penal prevista na Lei dos Crimes Ambientais n° 9.605/98. Na prática, o infrator está sujeito à pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. No caso de monumentos tombados como patrimônio artístico ou histórico, a punição mínima é de detenção de seis meses e máxima de um ano com multa. O porta-voz da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), major Michello Bueno, lembra que apesar da fiscalização diária da corporação, a infração ocorre constantemente, principalmente à noite ou de madrugada. “É um horário em que as pessoas, geralmente, estão em casa. Então eles aproveitam para fazer a pichação de forma rápida e escondida”, explica. Arma colorida contra os vândalos, arte do grafite é incentivada pelo GDF | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Para denunciar casos de vandalismo basta telefonar, gratuitamente, para o número 190 (Polícia Militar). Em caso de flagrante, o infrator será detido e encaminhado à delegacia da região. Colaborou Flávio Botelho * Confira na reportagem desta sexta-feira (18): o grafite como instrumento do turismo criativo na capital.
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Moderno e antigo juntos: RAs aderem ao grafite
Planaltina respira cultura por meio de suas paradas de ônibus | Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília A Agência Brasília começou nessa terça-feira (15) uma série de reportagens sobre os investimentos do Governo do Distrito Federal para valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo a monumentos, fachadas, viadutos. Nesta segunda reportagem, conheça as ações das administrações regionais, entre 2019 e 2020, para transformar as cidades. A pichação deu lugar às cores, ilustrações e temáticas sociais em praças, muros, parques e paradas de ônibus em várias regiões administrativas do Distrito Federal. Desde o ano passado, as cidades da capital têm recebido cada vez mais a arte do grafite em diversos equipamentos públicos. Em outubro, o Complexo Cultural de Planaltina vai ser grafitado por 15 artistas. [Olho texto=”“A ideia é usar a arte para combater o vandalismo, como pichações. A população gosta e acha bonito esse tipo de expressão. Além de embelezar a cidade, também é uma forma de expor o trabalho desses artistas”” assinatura=”José Humberto Pires, secretário de Governo” esquerda_direita_centro=”centro”] Doutor em Cultura pela Universidade de Brasília (UnB), Saulo Nepomuceno explica que a arte de pintar paredes vem desde o período ancestral da humanidade. No Brasil e no DF, o grafite começou a se desenvolver na década de 1970, por influência de filmes. “É uma manifestação cultural pública e democrática, disponível para qualquer pessoa a todo momento. Nunca vimos a cidade tão colorida”, ressalta. “Por isso, o apoio da esfera pública é fundamental”, reforça. Especialista em arte urbana e cultura periférica, Nepomuceno salienta que incentivar o grafite pelas cidades da capital é uma forma de unir o moderno ao antigo, como é o caso de Planaltina – primeiro Núcleo Urbano do DF. “É uma mistura do antigo com o moderno, causando um efeito estético fabuloso. Mesmo com as mudanças do presente, é possível enxergar as referências artísticas do passado”, informa. [Olho texto=”“É uma manifestação cultural pública e democrática, disponível para qualquer pessoa a todo momento. Nunca vimos a cidade tão colorida”” assinatura=”Saulo Nepomuceno, doutor em Cultura pela UnB” esquerda_direita_centro=”centro”] Célio Rodrigues, administrador de Planaltina, concorda com a mistura. “Além da necessidade de reconhecer e fortalecer essa arte embelezando e enchendo a cidade de cores, é uma forma de valorizar os espaços que existem em cada região. É um complemento que ajuda e fortalece a identidade cultural de Planaltina”, comenta. Além do complexo cultural, as paradas da cidade também passaram por transformação. Ilustrações que remetem ao centenário da cidade mais antiga da capital estão pintadas em 50 paradas de ônibus. A ação foi uma parceria entre a administração regional e empresários da cidade. A meta é que cada setor da cidade tenha um abrigo de transporte público pintado. Parada em frente à igreja no centro de Planaltina agora enfeita um dos pontos de celebração da Festa do Divino Espírito Santo | Fotos: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, afirma que o grafite é uma arte espontânea do movimento urbano das periferias e uma das linhas artísticas do hip hop, gênero musical tão forte nas RAs. “A Secretaria de Cultura dialoga naturalmente com essa força, propondo editais que não só fortaleçam o grafite, mas também gerem renda aos grafiteiros”, destaca o titular da pasta. Outras regiões O secretário de Governo, José Humberto Pires, lembra que o governo local tem incentivado cada vez mais a arte do grafite pelas ruas da capital. A prova disso são as diversas ações realizadas pelas regiões administrativas. Em Taguatinga, 40 paradas de ônibus receberam pinturas feitas por Fernando Cordeiro, servidor da administração regional e mais conhecido como Elom. O objetivo é que todas ganhem ilustrações. Em São Sebastião não foi diferente. Os locais por onde milhares de pessoas passam diariamente mudaram completamente. Sujeira, pichação e colagens irregulares não fazem mais parte da realidade dos usuários de transporte público. Desde o ano passado, 20 abrigos de ônibus passaram pela intervenção. Enquanto dois artistas voluntários doaram talento, comerciantes locais forneceram o material e a administração fez a limpeza dos pontos. Arte impulsionada: comerciantes doam material necessário para as pinturas | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília Em novembro do ano passado, 60 artistas da capital e Entorno foram selecionados para pintar o Beco do Rato, localizado no Setor Comercial Sul (SCS). A Secec desembolsou R$ 90 mil para pagar o cachê dos grafiteiros. Durante dois dias, cada participante fez uma intervenção artística de tema livre com até 10 metros quadrados. A programação ainda contou com debates, painéis artísticos e apresentações de música e de dança. Praças, muros e paradas da Candangolândia também receberam pinturas, assim como a Administração Regional do Recanto das Emas, que é repleta de grafites. No Parque do Bosque, localizado no Sudoeste, áreas comuns como a administração e os banheiros ganharam ilustrações. “A ideia é usar a arte para combater o vandalismo, como pichações. A população gosta e acha bonito este tipo de expressão. Além de embelezar a cidade, também é uma forma de expor o trabalho destes artistas”, comenta o secretário de Governo, José Humberto Pires. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Investimento O grafite se tornou um aliado do governo para embelezar a cidade e evitar pichações em monumentos, prédios e fachadas da capital. Entre 2019 e 2020 foram investidos R$ 277,5 mil para que grafiteiros façam suas pinturas em espaços públicos da cidade. Do total investido, R$ 195 mil serão destinados à arte urbana da nova Galeria dos Estados, recentemente reinaugurada após obra de reconstrução decorrente da queda de um viaduto. Nas próximas semanas, a Secec também vai lançar um edital para que mais de 100 artistas façam intervenções urbanas em um local histórico de Brasília. * Confira na reportagem desta quinta-feira (17): os investimentos do GDF para evitar pichações e como é feita a fiscalização desta contravenção penal, prevista na Lei dos Crimes Ambientais.
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Grafite conquista as ruas do Distrito Federal
Grafite dá aspecto especial à parada de ônibus, com direito a igreja ao fundo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A Agência Brasília inicia, nesta quarta-feira (16), uma série de reportagens sobre as ações do Governo do Distrito Federal para cuidar da capital, valorizar a arte urbana e, ao mesmo tempo, impedir atos de vandalismo como pichações. Nesta primeira matéria, saiba sobre como foram feitos os investimentos do Executivo local, entre 2019 e 2020, para transformar os espaços públicos. [Numeralha titulo_grande=”Mais de 100 artistas” texto=”serão selecionados para intervenções em pontos históricos do DF” esquerda_direita_centro=”centro”] A arte do grafite se tornou uma aliada do governo para embelezar a cidade e evitar pichações em monumentos, prédios e fachadas da capital. Entre 2019 e 2020 foram investidos R$ 277,5 mil para que grafiteiros façam suas pinturas em espaços públicos da cidade. Galeria dos Estados nova em folha terá olhar especial para arte urbana | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Do total investido, R$ 195 mil serão destinados à arte urbana da nova Galeria dos Estados, recentemente reinaugurada (foto acima) após obra de reconstrução decorrente da queda de um viaduto. Nas próximas semanas, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) também vai lançar um edital para que mais de 100 artistas façam intervenções urbanas em um local histórico de Brasília. [Olho texto=”“Há grandes grafiteiros no DF, inclusive internacionais. É uma forma valorizá-los, de ocupar espaços públicos na capital e democratizar o acesso à arte e a cultura”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”centro”] Em novembro do ano passado, 60 artistas da capital e Entorno foram selecionados para pintar o Beco do Rato, localizado no Setor Comercial Sul (SCS). A secretaria desembolsou R$ 90 mil para pagar o cachê dos grafiteiros. Durante dois dias, cada participante fez uma intervenção artística de tema livre com até 10 metros quadrados. A programação ainda contou com debates, painéis e apresentações de música e de dança. A pasta também vai financiar um projeto de grafite em Planaltina. O resultado preliminar da etapa de admissibilidade foi divulgado nesta semana. Administração do Plano Piloto cederá tintas para grafiteiros selecionados | Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília Quinze artistas vão grafitar, entre 1º e 4 de outubro, na parede externa do complexo cultural da cidade, localizado em frente à Avenida Uberdan Cardoso. Ao custo de R$ 22,5 mil, cada selecionado fará sua manifestação artística em uma área de até 18,4 metros quadrados e 8 metros de altura por 2,3 metros de largura. Valorização, democratização, conscientização O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, explica que o objetivo dos chamamentos públicos também é expor o trabalho dos grafiteiros, prestigiar a cultura urbana, proporcionar intercâmbio artístico-cultural e incentivar o empreendedorismo na cidade. “Há grandes grafiteiros no DF, inclusive internacionais. É uma forma de valorizá-los, de ocupar espaços públicos na capital e democratizar o acesso à arte e à cultura”, ressalta. Segundo o titular da pasta, os interessados deverão apresentar temas de acordo com as regras do certame. A previsão é de que a grafitagem pelos oito vãos e 16 paredes da Galeria dos Estados comece no próximo mês. Serão cinco dias no total – às sextas, sábados e domingos, das 10h às 18h. Em respeito ao protocolo de segurança no combate ao coronavírus, um revezamento de distanciamento será feito entre os artistas, para evitar aglomerações. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Administração Regional do Plano Piloto descentralizou recursos para contribuir com a ação do GDF. O órgão cederá as tintas que serão usadas pelos artistas. A administradora do Plano, llka Teodoro, reforça a importância de conscientizar a população no combate ao vandalismo. “Como gestores públicos temos que estar abertos ao diálogo e ouvi-los, pois a pichação tem um viés de reivindicação. Os artistas clamavam por um espaço para que pudessem manifestar sua arte e há um respeito entre eles. Ou seja, onde há grafite dificilmente haverá pichações”, salienta. O que a população pensa das pichações Josino Evangelista, 65 anos, barbeiro “Sou revoltado com pichações. Não tem sentido, pois é o nosso dinheiro é investido na pintura dos espaços públicos. O governo acaba de reformar e eles [pichadores] vandalizam.” Edmilton Miranda, 56 anos, chaveiro “Se os grafiteiros não fizerem sua arte aqui, os pichadores vão tomar conta. Acredito que é preciso ter uma penalidade maior para eles, pois é um desrespeito total com as pessoas e a cidade.” Márcia Alves, 50 anos, comerciante “Para evitar pichações, eu acho a ideia do grafite excelente. É uma arte muito bonita. Além de ter lojas aqui, também é uma passagem para os pedestres, então o ambiente fica mais colorido.” Abner de Almeida, 28 anos, estudante “Diferentemente da pichação, o grafite é uma arte que valoriza e torna o ambiente mais agradável. O governo acabou de pintar as estruturas e já há pichações.” Antônio de Carvalho, 52 anos, vigilante “Aqui melhorou muito. Mas, se não for grafitado, os pichadores continuarão vandalizando os espaços. É um absurdo o que eles fazem com os espaços públicos.” * Confira na reportagem desta quarta-feira (16) o que as administrações regionais têm feito para estimular o grafite nas cidades.
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Um incentivo à arte da intervenção urbana
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) lança, nesta sexta-feira (4), um edital de chamamento público que vai selecionar 60 grafiteiros para trabalhar no Encontro de Grafite 2019, a se realizar entre os dias 19 e 27 deste mês, no Setor Comercial Sul. Com recursos de R$ 90 mil, o evento faz parte do projeto de revitalização do local por meio da arte urbana. Coordenado pela Subsecretaria de Economia Criativa da Secec, o encontro é o início de uma série de ações para fomentar a cultura nos espaços públicos do DF, além de incentivar o empreendedorismo para o movimento. “O Encontro de Grafite vai democratizar o acesso à cultura, além de valorizar o trabalho dos grafiteiros e da cultura hip-hop presente na cidade”, resume a subsecretária de Economia Criativa, Érica Lewis. Como participar As inscrições vão até o dia 14 (segunda-feira). Podem participar pessoas físicas ou jurídicas, moradoras do DF ou do entorno. É preciso comprovar, por meio de portfólio ou currículo, o desenvolvimento de, pelo menos, uma intervenção artística em muros, paredes, painéis e tapumes, entre outros espaços urbanos. Cada grafiteiro selecionado receberá um cachê de R$ 1,5 mil e poderá criar um trabalho de tema livre em uma área de até 10 metros quadrados. O Encontro de Grafite 2019 também contará com um cronograma de ações paralelas para a valorização da arte no Distrito Federal. Em parceria com a Administração do Plano Piloto, o Comitê Permanente do Grafite e o coletivo No Setor, a programação terá outras atividades, a serem divulgadas em breve. Mais informações do edital, publicado no Diário Oficial do DF, podem ser vistas na página da Secec. Encontro de Grafite 2019 Inscrições: 4 a 14 de outubro Informações: (61) 3325-6267 * Com informações da Secec
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Complexo Cultural de Samambaia recebe a exposição ‘Arte sem Fronteiras’
O fim de semana do brasiliense promete ser animado. Com opções diversificadas, a agenda cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) conta com entretenimento para todos os públicos. O destaque da semana será o lançamento da exposição de arte urbana Arte Sem Fronteiras – Do muro para a galeria, que será lançada nesta sexta-feira (4) no Complexo Cultural de Samambaia. Mas há, ainda, apresentações circenses, shows e feiras colaborativas. Confira a programação completa: Biblioteca Nacional de Brasília Clube da Leitura – dia 4 Na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), a partir das 18h, será feita a leitura comentada do livro A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Local: Espaço Infantil, térreo da BNB. Classificação indicativa livre e entrada franca. Cine Brasília O Cine Brasília conta com a estreia do documentário De peito aberto, de Graziela Mantoanelli, nesta quinta-feira (3). O filme que discute questões em torno da amamentação se baseia na observação de famílias engajadas na defesa do aleitamento materno. Debate Aproveitando o movimento de discussão na esteira do filme De peito aberto, haverá um debate no sábado (5), às 16h, no foyer do Cine Brasília, após a exibição do documentário, às 14h30, com a enfermeira Lívia Minatel. Ela é especialista em aleitamento materno e atua como consultora na área de cuidados nutritivos com recém-nascidos. Continua em cartaz outro documentário brasileiro Carta para além dos muros, que conta a trajetória histórica do vírus HIV e da Aids no Brasil, desde que a epidemia surgiu, na década de 1980, até os dias atuais. R$ 12 inteira, R$ 6 meia. Bilheteria somente em dinheiro. Complexo Cultural Samambaia Exposição – Arte Sem Fronteiras Na sexta (4) o Complexo Cultural de Samambaia recebe a mostra Arte sem Fronteiras: Dos Muros para Galeria, que se realiza desde 2011, com curadoria de Gersion de Castro de forma colaborativa e com parcerias por onde tem passado. A exposição já percorreu diferentes espaços no Plano Piloto, em outras regiões administrativas e fora do DF. Local: Sala de Leitura. Visitação: De 4 de outubro a 10 de novembro. Entrada Gratuita. Classificação indicativa livre. Teatro – Segura Mamãe (6, às 11h)espetáculo Segura Mamãe é um clássico da palhaçaria, onde o conflito é descarado e divertido. Todas as técnicas de circo são colocadas em cena de forma a transformar o espectador como parte do espetáculo, mesclando malabarismo, mágica e equilibrismo. Esse show já foi apresentado em grandes festivais, em pequenas comunidades e vilarejos. Atuação: Rafael Trevo Local: Cine Teatro Verônica Moreno – Complexo Cultural Samambaia Entrada: Contribuição voluntária. Classificação indicativa livre. Museu Vivo da Memória Candanga O Museu Vivo da Memória Candanga continua com a programação fixa com cursos de costura, gravura, cerâmica, papel e da técnica pinhole. O local ainda abriga e exposição permanente Poeira, Lona e Concreto. Confira os dias e horários das oficinas: Oficina da Costura – Katy Ateliê – funcionamento de segunda a sexta-feira com turmas de 9h às 12h e 14h às 17h, sábado de 9h às 12h – Formando turmas em todos os horários. Oficina da Gravura – quarta e sexta-feira – 9h às 12h e 14h às 17h. Oficina de Cerâmica – quintas-feiras – 9h às 12h e 14h às 17h. Oficina do Papel – Fundação Pedro Jorge – Quarta-feira de 14h às 17h. Oficina de Pinhole – segunda, terça e quarta das 14h às 17h. Complexo Cultural de Planaltina Na sexta (04) o CCP conta Guerra do Flow às 19h e com o ensaio dos Tambores do Amanhecer, também às 19h. Classificação indicativa livre. Entrada franca. No sábado (5), o CCP continua com espetáculo teatral A tempestade, no espaço Pronatec. Fechando o fim de semana, no domingo, o Complexo Cultural recebe a oficina de zouk, das 16h30 às 18h30, e termina com o ensaio da Trupe Por Um Dia, às 18h30. Entrada: consultar no local. Classificação indicativa livre. Espaço Cultural Renato Russo Circo – Nostalgique Cabaret Festival – 3 a 6, às 20h. Com um elenco de dançarinos, cantores e artistas circenses e direção de Giovane Aguiar, o Cabaret apresenta um show de variedades e sensualidade. Em cada espetáculo são apresentados cerca de nove shows que se alternam em demonstrações de dança burlesca, dança do ventre, dança aérea, Tribal Fusion, pole dance, canto, teatro e artes circenses. “Majestic” com apresentações no estilo neo-burlesco, sofisticação dos cabarés franceses dos anos 30. Entrada: R$ 20 (inteira), 18 anos – Teatro Galpão. Teatro – Enluarada De 4 a 6, às 20h Uma “epopeia sertaneja” resgata a cultura do interior de Minas Gerais em história de amor e morte. No palco, uma típica cozinha mineira é o cenário para contar a vida da jovem donzela Maroca e seu grande amor Heitor, vaqueiro e também violeiro. Entrada franca, classificação indicativa 12 anos – Sala Multiuso. Evento – Obra à Frente 4, às 14h30 Dentro da perspectiva de experimentação da cidade, o projeto propõe a realização de visitas semanais, com mediação de arte-educadores, para percorrer a pé o percurso das obras, contemplando e conversando sobre Arte Urbana. O ponto inicial da visita é o Espaço Cultural Renato Russo, localizado na W3 Sul 508. O evento terá um interprete de libras acompanhando toda a visita. Entrada franca. Classificação indicativa livre. Feira – Liga Pontos 5 e 6, das 9h às 18h A 23ª edição da feira reúne produtos ligados à arte, design e moda, produzidos por marcas, coletivos e artesãos do Distrito Federal. Espaço com som ambiente dos DJs The Loreans e Snake Bazuca. Comidinhas e bebidas vendidas por food trucks. Entrada franca. Classificação indicativa livre. Área central. Espaço Oscar Niemeyer Em cartaz, a exposição Césio 137, do artista goiano Siron Franco. A mostra conta com 50 óleos sobre papel inéditos, 12 telas e quatro esculturas que contam através da arte o maior acidente radioativo em área urbana no Brasil, em 1987. A exposição ficará aberta ao público até dia 30 . Entrada franca. Classificação indicativa livre. Memorial dos Povos Indígenas O Memorial dos Povos Indígenas mantém até 31 de dezembro a exposição Menire Bê Kayapó Djàpêj (A mulher Kayapó e seu trabalho). A mostra reúne um vasto acervo fotográfico distribuído em painéis temáticos e didáticos e composto também de elementos da natureza, como sementes, ervas, remédios e vistoso artesanato a venda. Entrada franca, classificação livre. Museu Nacional da República Afinidades afetivas Uma das mostras itinerantes da 33ª Bienal de São Paulo. São obras de 13 artistas que integram a mostra receberam mais de 700 mil visitantes no pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, entre setembro e dezembro do ano passado. A Experiência do Olhar Ainda na quinta, o museu também abre ao público a exposição A Experiência do Olhar, trazendo o pintor, desenhista e gravador Eduardo Sued. Sua obra, com estética que lembra Mondrian, experimenta com formas e cores dentro de uma perspectiva construtivista, ainda que seu autor fuja de rótulos. Aos 94, Sued se notabiliza pelo uso de uma paleta variada que inclui o preto como cor. Ding Musa Ding Musa, um jovem artista que tem na fotografia a base de seu trabalho. Em Unidade de Construção, Musa parece propor metáforas sobre o poder na capital federal ao abordar os discursos subentendidos na arquitetura e nos interiores dos prédios públicos. Entrada franca. Classificação indicativa livre. * Com informações da Secretaria de Cultura
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