Programa de Desenvolvimento do IgesDF forma líderes com visão mais estratégica e com foco no bem-estar dos pacientes
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) concluiu, nesta quarta-feira (6), a terceira edição do Programa de Desenvolvimento de Lideranças (PDL). A iniciativa formou líderes preparados para conduzir equipes com eficiência, propósito e foco no bem-estar das pessoas. Ao longo de dez encontros, o programa abordou temas essenciais para a formação de gestores contemporâneos, como gestão de crises, governança clínica, feedback, comunicação não violenta, inteligência emocional, gestão da mudança, inovação digital e administração do tempo. O Programa de Desenvolvimento de Lideranças do IgesDF promoveu debates sobre temas como gestão de crises, comunicação não violenta e inteligência emocional | Fotos: Divulgação/IgesDF O encerramento foi realizado no Espaço Jardins, no Gama, e reuniu gestores do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), do Hospital Cidade do Sol (HSol) e da sede do instituto. O tema da última atividade, “Equipes de Alta Performance e Florescimento Humano”, foi conduzido por Geralda Paulista, referência nacional em liderança e desenvolvimento humano, e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A superintendente do HRSM, Eliane Abreu, abriu a cerimônia e destacou a importância da qualificação contínua. “Precisamos buscar constantemente o aprimoramento das nossas competências para melhorar nossas práticas, alinhadas aos valores da instituição que representamos. Cada momento como este é uma oportunidade valiosa para o nosso desenvolvimento.” Durante a palestra, Geralda apresentou dados do estudo Bem-Estar no Trabalho – Brasil, que revela um cenário desafiador: 71% dos trabalhadores avaliam seu bem-estar como médio ou baixo. Além disso, 66,6% considerariam mudar de emprego, mesmo com salário inferior, e mais de 90% dão preferência a empresas que cuidam da saúde emocional de seus colaboradores. O objetivo da capacitação é fortalecer habilidades de gestão, promover uma liderança mais consciente e preparar equipes para alcançar alta performance, sempre com foco no bem-estar e na qualidade do atendimento à população Para a especialista, o caminho para mudar esse cenário está na forma como os líderes se conectam com suas equipes. “A performance sofre quando a equipe está desconectada. A chave é usar as emoções para fortalecer laços e potencializar talentos, o que se reflete diretamente na experiência do paciente. Uma equipe emocionalmente saudável entrega resultados mais significativos”, destaca. No último encontro, a palestrante também conduziu dinâmicas voltadas para estimular empatia, escuta ativa, conexão e interação entre os participantes. O analista de TI do HRSM, Geraldo da Silva, participou da maioria das atividades e avaliou de forma positiva. [LEIA_TAMBEM]“O PDL trouxe muitos insights que poderiam passar despercebidos na correria do dia a dia. Foram momentos para repensar práticas e aprender técnicas que já estão contribuindo para o nosso desempenho”, afirma. Fortalecendo a liderança no IgesDF O Programa de Desenvolvimento de Lideranças é uma iniciativa do Núcleo de Cultura, Desenvolvimento e Comunicação Interna (NUCDC), da Gerência de Desenvolvimento Humano (Gedeh) e da Superintendência de Pessoas (Supes). O objetivo é fortalecer habilidades de gestão, promover uma liderança mais consciente e preparar equipes para alcançar alta performance, sempre com foco no bem-estar e na qualidade do atendimento à população. Para a chefe do NUCDC e coordenadora do programa, Tatiane Marra, a experiência foi enriquecedora e desafiadora ao mesmo tempo. “Cada encontro foi planejado com muito cuidado para atender às competências essenciais de uma gestão eficaz. Os temas foram escolhidos estrategicamente, pensando nas necessidades da instituição e no fortalecimento do papel dos líderes.” Na avaliação da gerente de Desenvolvimento Humano, Nildete Dias, o impacto do programa vai além do ambiente de trabalho. “Queremos acender essa chama para que cada um busque mais conhecimento e o aplique não apenas na vida profissional, mas também no cuidado com o paciente. Liderar e desenvolver equipes exige dedicação e disposição para sair da zona de conforto”, conclui. *Com informações do IgesDF
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Hospital de Base terá novo centro cirúrgico com 16 salas e tecnologia de alta performance
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) inicia, neste mês, as obras do novo centro cirúrgico do Hospital de Base (HBDF). A nova estrutura será implantada no antigo bloco de ligação, atualmente desativado e anteriormente utilizado como área de depósito. Serão 16 salas operatórias ー sendo duas com tecnologia de alta performance. Além disso, haverá uma sala de recuperação pós-anestésica (RPA) com 18 leitos e áreas de apoio para equipes de saúde e logística hospitalar. Com investimento de R$ 13,5 milhões e prazo de execução de até nove meses, o novo centro cirúrgico é uma aposta estratégica para ampliar a capacidade de atendimento e a resolutividade da unidade. “Faremos uma renovação completa da infraestrutura predial, visando a proporcionar ambientes cirúrgicos mais atualizados. Tudo para atender às exigências técnicas e tecnológicas de um centro cirúrgico de alta complexidade”, explica o vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel Jr.. A nova estrutura do Hospital de Base será implantada no antigo bloco de ligação, atualmente desativado e anteriormente utilizado como área de depósito | Fotos: Divulgação/IgesDF Durante a execução da obra, o centro cirúrgico atual seguirá funcionando normalmente, garantindo a continuidade dos atendimentos. Em julho de 2025, o Hospital de Base bateu o recorde de cirurgias, com 1.326 procedimentos. As cirurgias abrangem várias especialidades, como oncologia, ortopedia, neurologia, cardiovascular e transplantes, entre outras. Em 2024, foram contabilizados 17.337 procedimentos, e de janeiro a junho deste ano, já são 10.574 cirurgias realizadas. Mais segurança e conforto As novas salas cirúrgicas serão equipadas com sistemas integrados, capazes de conectar equipamentos e imagens em tempo real, o que aumenta a precisão dos procedimentos e facilita a tomada de decisão das equipes médicas. Outro diferencial é a ambiência moderna, com climatização adequada, melhor circulação e espaços ampliados para mais conforto e segurança de pacientes e colaboradores. Além disso, todo o centro será construído de acordo com as normas sanitárias e exigências técnicas de controle de infecção hospitalar, assegurando ambientes mais seguros e adequados às boas práticas cirúrgicas. "Estamos criando uma estrutura que favorece o desempenho das equipes e contribui para um local de trabalho mais funcional e eficiente" Rubens de Oliveira Pimentel Jr., vice-presidente do IgesDF “Além dos benefícios diretos para os pacientes, o novo local representa um avanço importante para os nossos colaboradores. Estamos criando uma estrutura que favorece o desempenho das equipes e contribui para um local de trabalho mais funcional e eficiente”, ressalta o vice-presidente, que participou da concepção do projeto do novo centro cirúrgico quando atuava como superintendente de Arquitetura e Engenharia do IgesDF. Referência no SUS Com mais de seis décadas de história, o Hospital de Base é um dos maiores hospitais públicos do país e a principal referência em procedimentos de alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal, além de ser reconhecido nacionalmente como modelo de atendimento especializado, ensino e pesquisa. A construção do novo centro cirúrgico é considerada estratégica para a modernização da unidade. “Esse projeto reforça o compromisso do IgesDF com a modernização da saúde pública e com o cuidado integral às pessoas. O Hospital de Base ganhará uma estrutura cirúrgica à altura da sua importância para o SUS”, destaca o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. Com a nova estrutura, será possível reduzir filas, otimizar fluxos assistenciais e qualificar ainda mais os atendimentos oferecidos aos usuários da rede pública de saúde [LEIA_TAMBEM]Com a nova estrutura, será possível reduzir filas, otimizar fluxos assistenciais e qualificar ainda mais os atendimentos oferecidos aos usuários da rede pública de saúde. A entrega do centro cirúrgico faz parte de um conjunto de ações voltadas à ampliação da capacidade instalada do HBDF, aliando inovação e responsabilidade pública. “O Hospital de Base é patrimônio da população do DF. Estamos trabalhando para que ele continue sendo referência em excelência e acolhimento, com uma estrutura compatível com as necessidades de quem precisa de um sistema público resolutivo”, reforça o superintendente da unidade, Edson Gonçalves. *Com informações do IgesDF
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UBS, UPA ou hospital: Saiba quando procurar cada uma dessas unidades
No Distrito Federal, a rede pública de saúde é organizada para garantir que cada pessoa receba o atendimento certo, no lugar certo e na hora certa. Por isso, é muito importante que a população saiba a diferença entre as unidades básicas de saúde (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) e os hospitais. Para celebrar o Dia Nacional da Saúde, em 5 de agosto, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) e a Secretaria de Saúde (SES-DF) se juntaram para esclarecer esse caminho e ajudar as pessoas a usarem melhor os serviços disponíveis. As 176 UBSs do DF são a porta de entrada do cidadão no sistema público de saúde, com prevenção e atendimentos sem urgência | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Atualmente, na rede de saúde pública do DF, existem 16 hospitais no âmbito do SUS: são 11 hospitais regionais e cinco unidades de referência distrital. Há 176 UBSs e o número de UPAs subiu para 13 unidades, atendendo 24 horas, com infraestrutura para urgências e emergências — outras sete estão em construção. Segundo o coordenador da Atenção Primária da SES-DF, Fernando Erick, as UBSs são a porta de entrada do sistema. É nelas que o cuidado começa, com ações de prevenção, promoção da saúde, controle de doenças crônicas e atendimento a casos que não são urgentes. Esse é o nível que organiza toda a rede de atendimento. As UBSs funcionam com equipes da Estratégia Saúde da Família, que atuam em áreas específicas. Pelo portal InfoSaúde DF, dá para saber qual UBS atende sua região e acessar serviços como pré-natal, vacinação, controle de pressão alta e diabetes, entre outros cuidados que acompanham a pessoa ao longo da vida. “Investir na atenção primária é essencial para que o SUS funcione melhor e responda ao que a população realmente precisa”, destaca Fernando Erick. Quando procurar a UPA As UPAs atendem urgências e emergências de média gravidade e oferecem exames laboratoriais, raio-x, remédios e acompanhamento clínico | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Se a situação precisa de atenção rápida, como febre alta que não passa, dor forte ou dificuldade para respirar, o melhor é ir a uma UPA 24 horas, explica a superintendente substituta das UPAs no DF, Marina Santos. As unidades atendem urgências e emergências de média gravidade. Elas têm exames laboratoriais, raio-x, remédios e acompanhamento clínico. Quando preciso, estabilizam o paciente e encaminham para algum hospital com segurança. Marina lembra que ainda há dúvida sobre o que é emergência. A UPA não substitui o hospital, mas ajuda a evitar que o hospital fique cheio de casos que podem ser resolvidos ali. Casos de cortes leves, infecções e picos de pressão alta podem ser tratados na Unidade de Pronto Atendimento. “Ao chegar, o paciente passa pela classificação de risco. Assim, os mais graves são atendidos primeiro”, afirma. Hospitais: casos graves e tratamentos complexos Hospitais cuidam de casos de alta complexidade, como infarto, AVC, traumas graves, cirurgias, internações e exames avançados | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Quando a situação é mais séria, entram os hospitais. O diretor-presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, explica que eles cuidam de casos de alta complexidade, como infarto, AVC, traumas graves, cirurgias, internações e exames avançados. Se o problema não for grave, a pessoa pode ser encaminhada a outro serviço da rede. O encaminhamento entre os níveis é organizado pelo Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde, que usa critérios clínicos para garantir que os leitos dos hospitais sejam usados por quem realmente precisa, otimizando os recursos e melhorando o atendimento. [LEIA_TAMBEM]Os hospitais contam com tecnologia moderna e equipes multidisciplinares. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), são feitos procedimentos de alta complexidade, como cirurgias especializadas, incluindo cirurgias bucomaxilofaciais, atendimento a vítimas de acidentes graves, além de exames avançados, como tomografia e endoscopia. O HBDF é referência em transplantes de rim e córnea, e está implantando o transplante de medula óssea. Já o HRSM é destaque no atendimento a partos de alto risco. Fazer a escolha certa faz toda a diferença Allan Montalvão, 27 anos, usa a rede pública do DF e já passou por todas as etapas do sistema. Ele conta que, uma vez, foi direto ao hospital por uma dor no estômago, mas descobriu que poderia ter resolvido o problema na UPA. “A gente fica com medo e acaba indo direto para o hospital, mas lá me explicaram que é melhor procurar a UPA primeiro e só ir ao hospital se for algo realmente grave”, diz. Casos como o de Allan mostram como é importante a população entender como funciona a rede pública. Usar o serviço certo evita que os hospitais fiquem lotados, garantindo que quem está mais grave receba atendimento rápido. Também ajuda a aproveitar melhor os recursos públicos e a melhorar a qualidade do atendimento. Neste Dia Nacional da Saúde, IgesDF e SES-DF reafirmam o compromisso com a educação em saúde e o fortalecimento do SUS no DF. Uma população bem informada ajuda a tornar o sistema mais rápido, eficiente e humano. “Cada um de nós tem um papel nessa construção”, finaliza o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. *Com informações do IgesDF e da SES-DF
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Evento no Hospital de Base promove tratamento inovador de tumores gastrointestinais
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) realizou, no último sábado (2), no Hospital de Base do DF (HBDF), o evento “Do Caso ao Corte: MasterClass em ESD com Experts”, em parceria com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do Distrito Federal (Sobed-DF). A ação permitiu a remoção, por meio de endoscopia, de lesões precoces no estômago, esôfago e intestino de oito pacientes previamente selecionados, evitando cirurgias mais invasivas. Com transmissão online, ação no Hospital de Base contou com a participação de 40 médicos para a remoção de tumores gastrointestinais | Foto: Divulgação/IgesDF Cerca de 40 médicos participaram presencialmente da ação, que também foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do IgesDF. Além de cuidar dos pacientes, o mutirão teve um importante papel de ensino, ajudando a formar médicos residentes e promovendo a troca de experiências entre especialistas. Eles usaram a técnica chamada Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD), que é um procedimento feito com um aparelho fino parecido com uma câmera, que permite retirar tumores pequenos no sistema digestivo de forma segura e sem precisar fazer cirurgia aberta. Essa técnica ajuda o paciente a se recuperar mais rápido e com menos dor. Esse tipo de lesão pode ser benigna ou maligna ainda em estágio inicial. Quando descobertas no início, podem ser removidas antes que se espalhem para outras partes do corpo. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e permite o uso de tratamentos menos agressivos, como a retirada por endoscopia. Tratamento ágil e humanizado Mutirão ajudou na formação de médicos residentes e na promoção de troca de experiências entre especialistas Uma das pacientes atendidas foi Liozina Francisca da Silva, 83 anos, moradora de Uruana (MG), acompanhada pelo Hospital de Base desde 2022, quando foi tratada de um câncer de tireoide. No sábado, ela passou pelo procedimento para retirada de um tumor no estômago, identificado dois meses antes, após sintomas como estômago cheio, falta de apetite e ânsia de vômito. “São casos em que a gente não pode esperar muito. Descobri o tumor e logo fui encaminhada para o tratamento. Me chamaram para a retirada em pouco tempo. É muita agilidade e cuidado com a gente. Estou confiante de que a recuperação também será tranquila”, relata, otimista. [LEIA_TAMBEM]Parceria e qualificação profissional A médica gastroenterologista do HBDF e presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do Distrito Federal (Sobed-DF), Ariana Cadurin, destacou a união de forças como peça central para o sucesso da ação. “A parceria entre a sociedade médica e a qualidade técnica e humana do serviço de endoscopia do IgesDF permite oferecer aos pacientes um tratamento seguro, eficaz e minimamente invasivo”, ressalta. Já o cirurgião gastroenterologista e membro titular da Sociedade Brasileira Digestiva, Hugo Guedes, enfatizou o impacto da iniciativa para o avanço da especialidade. “Por meio da endoscopia conseguimos oferecer tratamentos cada vez menos invasivos. Este é um momento de celebração, em que o Instituto abre as portas para a nossa Sociedade, e quem ganha é o paciente”. A médica gastroenterologista e supervisora da Residência de Endoscopia do HBDF, Juliana de Meneses, reforçou o caráter formativo do evento. “Além de beneficiar os pacientes, essa experiência promoveu troca de conhecimento e fortaleceu a formação dos nossos residentes, consolidando ainda mais o papel do Hospital de Base como referência em saúde pública e ensino”. *Com informações do IgesDF
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Evento celebra um ano da incorporação de medicamento no SUS para tratamento de fibrose cística
A fibrose cística é uma doença genética grave, caracterizada pela produção de muco espesso e que afeta o funcionamento de diversos órgãos – em especial, o pulmão. Crianças diagnosticadas com a doença encontram atendimento no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), que oferece cuidado multidisciplinar, acesso a exames e às medicações necessárias para que o paciente tenha qualidade de vida. Na quarta-feira (30), o HCB promoveu evento que marcou um ano desde a inclusão da principal medicação para tratamento da doença, no Sistema Único de Saúde (SUS). “Um dia, aparece o medicamento na sua vida e aquele bimotor transforma-se num jatinho; você vai para qualquer lugar tão rápido quanto qualquer avião e até se esquece dos perrengues que já passou voando”, afirma Humberto de Medeiros, ao lado de Marina Ferreira, pais de Ana Beatriz de Medeiros, que tomou o medicamento | Fotos: Jonathan Cantarelle/Agência Saúde-DF O medicamento é indicado para crianças, a partir dos 6 anos de idade, com uma alteração genética específica entre as que causam a fibrose cística. Formado pela união de três moléculas (elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor), ele atua em nível celular. “A mutação cria uma proteína, chamada canal de cloro, defeituosa. Essa proteína é como uma porta que não se abre ou que não existe, não regula a passagem do cloro; o medicamento age como se fosse um marceneiro, que conserta a porta e ela passa a abrir. Ele é um modulador da proteína”, explica a médica coordenadora do serviço de pneumologia do HCB, Luciana Monte. A cerimônia contou com a presença da referência técnica distrital de pediatria da Secretaria da Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Juliana Queiroz; do representante do Registro Brasileiro de Fibrose Cística (REBRAFC), Luiz Vicente da Silva Filho; e do presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Corrêa, além da diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani. A diretora executiva do Instituto Unidos Pela Vida, Verônica Stasiak, e a representante do Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística (GBEFC), Elenara Procianoy, participaram virtualmente. Também chamada de muscoviscidose, a fibrose cística tem sintomas como sinusite crônica, pneumonia e produção de suor salgado, além de levar a quadros de desnutrição e diabetes. Como o medicamento melhora a função do canal de cloro, traz qualidade de vida ao paciente: com o muco hidratado, sintomas clínicos – como a tosse crônica, as infecções e a função pulmonar – ficam próximos ao que se considera normal; também há melhora nutricional e alguns países relatam melhora da fertilidade em pacientes adultos. Monte também relata que “os pacientes que usam o medicamento têm saído das listas de transplante pulmonar e têm menos necessidade de oxigênio”. Hospital da Criança de Brasília promoveu evento para celebrar um ano da incorporação de medicamento no SUS que traz qualidade de vida para os pacientes com a doença rara Durante o evento, a pneumologista apresentou dados do próprio HCB que confirmam esses resultados internacionais. 91,9% dos pacientes do Hospital que fazem uso do medicamento apresentaram redução dos sintomas; três crianças, que tinham indicação de transplante de pulmão saíram dessa indicação. Também houve melhora no uso de ventilação: os pacientes que utilizavam oxigênio contínuo 24h não precisam mais desse apoio para respirar (uma criança segue com a ventilação, mas apenas durante o sono). “Os pacientes que usam o medicamento têm saído das listas de transplante pulmonar e têm menos necessidade de oxigênio", Luciana Monte, médica coordenadora do serviço de pneumologia do HCB Os bons resultados, no entanto, não são sinônimo de uma cura; sem a medicação, todos os sintomas retornam. “O paciente vai se sentir ótimo, mas isso não significa que ele está curado. É como a hipertensão: uma doença grave, mas que tem controle com a medicação”, compara Monte. O presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Corrêa, considera a medicação uma revolução: “Temos experiência com a população adulta de fibrose cística e observamos uma revolução absurda na evolução dos pacientes, vida plena – com saúde, autonomia, participação na vida social”. Segundo a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, a luta até a incorporação do medicamento se alinha ao compromisso do Hospital em oferecer atendimento de excelência aos pacientes, de forma integrada com a rede pública de saúde. “O Distrito Federal tem o melhor programa de triagem neonatal, conduzido pelos colegas do Hospital de Apoio, e essa é uma grande diferença: desde o início do Hospital, recebemos as crianças dentro de um programa. Imediatamente, realizamos os testes confirmatórios para que possamos ter o diagnóstico fechado e o tratamento da criança”, relata. Conquista para os pacientes O medicamento foi incorporado ao SUS por meio da portaria SECTICS/MS Nº 47, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A decisão foi publicada em 2023, mas estabelecia março/2024 como prazo final para que as áreas técnicas efetivassem a oferta da medicação. [LEIA_TAMBEM]“A incorporação foi graças a associações de pacientes, em especial a Unidos pela Vida; à comunidade científica, principalmente o Grupo de Estudos em Fibrose Cística e a Sociedade Brasileira de Pneumologia”, relata Luciana Monte. A pneumologista do HCB ressalta, ainda, a importância do Registro Brasileiro de Fibrose Cística (REBRAFC). Ricardo Corrêa, representante do REBRAFC, explica que o Registro reúne dados desde 2009. “Temos dados mais confiáveis e precisos sobre a situação do diagnóstico e tratamento das pessoas que têm fibrose cística. Isso ajuda muito o Ministério da Saúde a se planejar para entender qual vai ser o impacto orçamentário, por exemplo, da introdução de uma nova tecnologia de saúde, um tratamento novo para esses pacientes”, explica Corrêa. A visão dos pacientes sobre o medicamento também foi apresentada durante o evento. Marina Ferreira e Humberto de Medeiros são pais de Ana Beatriz de Medeiros, nove anos, e separam o tratamento da filha em três fases. A primeira, antes do diagnóstico, foi comparada às dificuldades de voo enfrentadas por um avião teco-teco; quando o diagnóstico foi confirmado e a família começou a ser acompanhada pela equipe multidisciplinar do HCB, a experiência evoluiu para um bimotor, que tinha mais recursos para voar. “Um dia, aparece o medicamento na sua vida e aquele bimotor transforma-se num jatinho; você vai para qualquer lugar tão rápido quanto qualquer avião e até se esquece dos perrengues que já passou voando”, compara Humberto. “O medicamento salvou a minha vida e a da minha irmã, que também tem fibrose”, afirmou Kamylle Nascimento Já a jovem Kamylle Nascimento, 17 anos, emocionou os participantes do evento ao relatar como o medicamento a retirou de uma rotina constante de hospitalizações. “Comecei a tomar o medicamento na minha penúltima internação. Antes dele, eu não tinha qualidade de vida, não tinha sonhos, não tinha nada. Graças ao SUS, consegui o remédio e, agora, tenho sonhos. Eu fui para a escola; saio com minhas amigas, com meus familiares, estou até namorando”. A paciente do HCB garante: “O medicamento salvou a minha vida e a da minha irmã, que também tem fibrose”. Durante o evento, os participantes expressaram a importância de expandir o uso do medicamento (que, nos Estados Unidos, já é receitado a crianças a partir de dois anos de idade) e de buscar outros moduladores da proteína que causa a fibrose cística. “É sempre importante celebrar as conquistas e a vida, reconhecer que muito foi feito até chegarmos a esse momento. Também temos que saber que a estrada é bastante longa e não vamos parar até que todos tenham tudo que há de melhor para viver – reconhecendo e respeitando, claro, todas as questões necessárias de avaliação e de regulação”, diz a diretora executiva do Instituto Unidos Pela Vida, Verônica Stasiak. *Com informações do HCB
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Dia mundial alerta para a prevenção de afogamentos
Durante as férias escolares, o lazer aquático se torna uma das principais diversões das crianças. Piscinas, lagos, rios e até baldes com água se transformam em brincadeira. Mas é justamente nesse período que os acidentes por afogamento aumentam, e muitos deles podem ser evitados com cuidados simples. Em caso de afogamento, ligue para o Samu, pelo 192, ou para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), pelo 193 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) registrou, de janeiro a julho deste ano, 42 ocorrências de afogamento no Distrito Federal. Dessas, 15 envolveram crianças entre 1 e 12 anos. Em 13 casos, os pequenos precisaram ser levados a uma unidade de saúde. O Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, lembrado nesta sexta-feira (25), busca chamar atenção para a gravidade do problema e fortalecer ações preventivas. A data é dedicada à disseminação de medidas que salvam vidas, principalmente entre os públicos mais vulneráveis, como as crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o afogamento é uma das principais causas de mortes acidentais no mundo. Em 2021, foram 300 mil óbitos, sendo 43% de crianças e adolescentes. No Brasil, entre 2010 e 2023, foram registradas 71,6 mil mortes por afogamento, conforme dados do Ministério da Saúde. Crianças de 1 a 4 anos e adolescentes de 10 a 19 anos são os mais afetados. Alerta constante Arte: Agência Saúde-DF A instrutora do Núcleo de Ensino do Samu-DF, Lorhana Morais, reforça que a prevenção começa com a supervisão. “É importante sempre haver um adulto responsável observando as crianças. E não basta estar por perto: é necessário estar a um braço de distância para agir rapidamente se algo acontecer”, orienta. E o perigo não está apenas em grandes volumes de água. “Basta 50 ml para afogar um adulto, causando um quadro grave. Agora, imagine o efeito em uma criança pequena. Por isso, nunca se deve deixar baldes e bacias com água ao alcance delas, banheiras devem ser sempre esvaziadas logo após o uso, vasos sanitários mantidos com a tampa fechada e piscinas protegidas com cercas e sistemas de sucção seguros”, alerta Morais. Primeiros-socorros Em caso de afogamento, ligue para o Samu, pelo 192, ou para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), pelo 193. Se a criança estiver consciente, acalme-a, aqueça com cobertores ou roupas secas e coloque-a virada para o lado direito para evitar broncoaspiração (entrada de saliva, líquidos, alimentos, vômito ou objetos estranhos nos pulmões ou na traqueia). Se estiver inconsciente, inicie as manobras de reanimação. A criança deve ser posicionada em superfície rígida, com leve elevação do queixo (caso não haja trauma). Faça cinco ventilações de resgate (boca a boca), observando se o tórax se expande. Se não houver resposta, inicie as compressões torácicas: 15 compressões entre os mamilos, no centro do tórax, seguidas de duas respirações boca a boca. Repita esse ciclo até o socorro chegar ou até a criança apresentar sinais de recuperação. Atenção em cachoeiras O lazer em lagos e cachoeiras também exige cautela tanto para crianças quanto para adultos. A profundidade desconhecida, a presença de pedras escorregadias e buracos ocultos representam riscos reais. “Nunca entre em locais sem conhecer bem. O fundo escuro das cachoeiras pode esconder armadilhas perigosas. Vá sempre com guia ou alguém experiente”, recomenda a instrutora. Além disso, mesmo quem sabe nadar não está imune. Cãibras, hipoglicemia ou mal súbito podem causar perda de controle dentro da água. Nessas situações, nadar sozinho ou longe da margem é extremamente arriscado. Caso veja alguém se afogando, evite contato direto se não tiver treinamento: ao invés disso, jogue objetos flutuantes ou galhos que a vítima possa segurar. *Com informações da SES-DF
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Especialista do Hran alerta para necessidade de intervenção rápida em casos de torção testicular
Há uma emergência de saúde masculina de extrema importância, mas que passa quase despercebida à maior parte dos homens: a chamada torção testicular, uma condição extremamente dolorosa e potencialmente grave. A torção é causada pela rotação do testículo no interior da bolsa escrotal, o que resulta na interrupção do suprimento sanguíneo do órgão – podendo resultar em sua perda. Casos de torção testicular são mais comuns em adolescentes entre 12 e 18 anos, mas podem acontecer em qualquer idade | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O testículo tem um cordão que o nutre, o cordão espermático. O que muitas vezes acontece é que o músculo cremaster – responsável por elevar e abaixar os testículos, de modo a regular a temperatura dos órgãos – acaba se contraindo e, nesse movimento, há a torção”, explica o médico urologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Udenbergh Nóbrega. O problema é mais comum em adolescentes entre 12 e 18 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Dentre as principais causas, constam a exposição ao frio, traumas na região genital, exercícios físicos muito intensos e malformações congênitas. A torção muitas vezes ocorre quando o indivíduo está de repouso e os sintomas imediatos incluem dor intensa, de início súbito, podendo ocasionar náusea e vômito. Há ainda inchaço e vermelhidão na região, assim como o endurecimento do tecido escrotal. Arte: Divulgação/Agência Saúde-DF Nos casos agudos, há possibilidade real de se perder o testículo caso não haja intervenção rápida. “O tempo ideal para destorcer o testículo é de até seis horas. Respeitando esse limite, você tem 90% a 95% de chance de salvar o órgão. Quanto mais tempo se demora, mais se vai perdendo esse percentual. Acima de 12 horas, é 20%. Após 24 horas, geralmente não se opera mais”, alerta o médico urologista. [LEIA_TAMBEM]Nóbrega ainda ressalta que a perda de apenas um testículo não torna o homem estéril, mas que, nos casos de malformação congênita, é necessário operar os dois, de modo a evitar futuros incidentes. “Também temos casos em que acontecem múltiplas torções e destorções. Há pacientes que relatam dor e melhora. Nesses casos também são indicadas cirurgias, embora não de urgência”, ressalta. Ocorrências Não existem dados oficiais sobre a incidência exata de torções testiculares no Brasil. Nóbrega aponta, contudo, que um estudo realizado no estado de São Paulo registrou 2.351 casos, entre 2008 e 2016, no sistema do Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus), a uma taxa de 21,61 casos por 100 mil homens usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da SES-DF
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Médico vai além do plantão e percorre 20 km para garantir atendimento vital a recém-nascido
No auge da sazonalidade das doenças respiratórias, um bebê de apenas dois meses de vida mobilizou a equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas. No dia 9 de julho, Pedro Lucas dos Santos Oliveira deu entrada na unidade com um quadro grave de bronquiolite. Moradora da região, a mãe, Janaína Francisca dos Santos, procurava atendimento urgente para salvar o filho. Após um histórico de internações por bronquiolite, o bebê precisou ser transferido para a UTI pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Mas havia uma condição: o bebê só poderia ser recebido dentro de um horário específico, enquanto ainda houvesse um profissional especializado para realizar o acesso venoso, procedimento essencial para o atendimento. Sem isso, a transferência seria inviável, mesmo diante da gravidade do quadro clínico. "A situação era grave, mas conseguimos vencer juntos. Isso dá sentido ao que fazemos todos os dias", diz o médico Isaac Azevedo Silva, com Pedro Lucas no colo e ao lado de profissionais da UPA do Recanto das Emas | Foto: Divulgação/IgesDF Diante do impasse, o coordenador médico do Instituto de Gestão Estratégica do DF (IgesDF), o cirurgião cardiovascular Isaac Azevedo Silva, se dispôs a ir até o HRSM para realizar o acesso e garantir o acolhimento do bebê na unidade. “Combinei com a equipe do hospital que, se eles recebessem o Pedro Lucas, eu iria até lá realizar o procedimento. E foi o que aconteceu. Quando o bebê chegou, já passava das 21h. Me acionaram e fui imediatamente”, conta o médico. [LEIA_TAMBEM]A atitude foi essencial para viabilizar a continuidade do atendimento e garantir os cuidados adequados ao bebê. Dias depois, com o filho saudável, a mãe, Janaína dos Santos, retornou à UPA para agradecer pessoalmente. “O doutor Isaac foi um anjo de Deus pra mim e pro meu filho. Já estavam tentando furar a veia dele, e nada funcionava. Ele precisava ser sedado e não conseguiam pegar o acesso. Foi então que o doutor se prontificou a ir até o hospital para fazer o procedimento. Se não fosse por ele, meu filho não teria sido transferido”, relata a mãe. A história sensibilizou os profissionais da unidade e destaca o valor da atuação humanizada. “A técnica médica é fundamental, mas, muitas vezes, o que transforma o cuidado é algo que não se aprende nos livros. A formação técnica é a base profissional, mas é a empatia que constrói a ponte entre quem cuida e quem precisa de cuidado. É nessa conexão que a verdadeira medicina acontece”, destaca a gerente da Unidade, Ingrid Borges. O reencontro com o bebê emocionou o médico. “Ver o Pedro bem, no colo da mãe, me deixou profundamente tocado. Ela fez questão de voltar para agradecer. Fiquei muito feliz e grato. A situação era grave, mas conseguimos vencer juntos. Isso dá sentido ao que fazemos todos os dias”, finaliza o médico. “O doutor Isaac sempre vai ter minha admiração e meu respeito. Ele não só cuidou do meu filho no momento mais difícil, ele foi até o meu bebê e o salvou, isso eu nunca vou esquecer”, relembra Janaína. *Com informações do IgesDF
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Atenção domiciliar de equipe multidisciplinar do Hospital Regional de Ceilândia transforma a vida de famílias
O sorriso do pequeno Heitor Miranda, de 1 ano e 2 meses, é reflexo de um cuidado afetuoso e especializado. Diagnosticado com paralisia cerebral devido a intercorrências no parto, desde dezembro de 2024 ele é acompanhado pela equipe multiprofissional do Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nrad) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). “Todos os benefícios que o Heitor teve até agora vieram depois do apoio do Nrad. É uma assistência que não é só para ele, é para mim também; me sinto acolhida, amparada”, conta a mãe, Ingrid Mariana Miranda, 24. "É uma assistência que não é só pra ele, é para mim também; me sinto acolhida, amparada”, conta a mãe do pequeno Heitor, Ingrid Mariana Miranda | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF No HRC, o zelo com crianças como Heitor começa ainda no ambiente hospitalar, mais precisamente na Enfermaria de Cuidados Prolongados. O espaço foi pensado para acolher pacientes pediátricos que dependem de tecnologias para sobreviver e que precisam de uma transição segura entre a alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o cuidado em casa. “Na enfermaria, os pais e responsáveis são preparados para oferecer ao filho um cuidado seguro e com qualidade em casa”, explica a pediatra paliativista Andréa Araújo. A médica ressalta que o serviço surgiu diante da demanda crescente por atenção especializada a crianças com doenças neurológicas ou crônicas complexas. “Essas crianças merecem viver com dignidade e o mínimo de sofrimento possível. Buscamos a estabilidade clínica e cuidamos do paciente em sua totalidade, incluindo o direito de brincar e estudar.” Atenção domiciliar [LEIA_TAMBEM]Após a alta, os pacientes são acolhidos pela equipe do Nrad, parte do Programa Melhor em Casa, do Ministério da Saúde. Voltado a indivíduos com limitações temporárias ou permanentes, o programa busca evitar internações prolongadas ao proporcionar tratamento no ambiente familiar, o que melhora o conforto e a recuperação. Atualmente, o HRC atende 30 crianças com cuidados paliativos em casa, cujos perfis variam entre doenças neurológicas e condições cardíacas e pulmonares. O serviço é composto por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, técnicos de enfermagem, cirurgiões-dentistas e assistentes sociais. O atendimento é rotativo e adaptado a cada caso. “Nossa missão é preparar a família para essa nova etapa, acolher a mãe e orientar sobre os cuidados em casa”, explica a fisioterapeuta Raiana Dantas. Segundo a profissional, muitas mães deixam o trabalho para ficar com os filhos. “Ceilândia tem alta vulnerabilidade social. Além do cuidado com o paciente, também olhamos para essa mãe, acolhendo e, sempre que possível, ajudando na reinserção ao mercado de trabalho”, explica. A enfermeira Laura Carreiro, que também acompanha o pequeno Heitor, reforça que a assistência vai além do técnico. “Nosso suporte é emocional. Somos o momento de escuta e orientação para mães como a Ingrid”, conta. A mãe confirma: “O Heitor sorri, tenta sentar, responde aos estímulos. Minha vida mudou mil vezes desde que a equipe entrou na nossa rotina”, celebra. Com uma atuação que vai até o fim da vida do paciente, o acompanhamento da equipe segue com apoio emocional ao luto das famílias. “Nosso trabalho não acaba com a partida do paciente. Acolher quem fica é também um gesto de cuidado”, avalia a psicóloga do Nrad, Thatiana Gimenes. *Com informações da SES-DF
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UBSs oferecem atendimento rápido e perto de casa para casos de menor gravidade
Assistência mais rápida, perto de casa e com possibilidade de marcar retorno para um acompanhamento de longo prazo. É essa a proposta de atuação das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). No Distrito Federal, são 181 locais de atendimento, compondo a chamada Atenção Primária à Saúde (APS). Ao buscar atendimento em uma UBS, a pessoa não só aguardaria menos pela assistência como auxiliaria pacientes mais graves, já que, assim, as equipes de plantão poderiam se concentrar nos casos mais complexos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Mais que um espaço de vacinação, as UBSs são indicadas como a principal opção para quem tem queixas como resfriados, troca de curativos, febre, enjoo, vômitos, diarreias, palpitação, mal-estar, pequenos ferimentos ou queimaduras, pressão alta, diabetes, mordedura ou arranhadura animal, picada de insetos e dores de ouvido, cabeça, dente, garganta ou barriga. "Preferencialmente, pacientes com menor gravidade precisam buscar primeiro uma UBS. A partir desse contato, o indivíduo cria um vínculo com a unidade que, muitas vezes, oferta atividades de prevenção a diversas condições, impedindo que elas se tornem problema de saúde. O cuidado é mais próximo e contínuo", explica o coordenador de APS da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernando Erick Damasceno. Arte: Agência Saúde-DF Na prática, uma pessoa com hipertensão, por exemplo, não somente será medicada e liberada, como também passará a ser acompanhada, com consultas e outras ações previstas. Em seguida, há o encaminhamento para outras necessidades, como saúde bucal e mental, perda de peso, combate ao tabagismo ou alcoolismo etc. Quando ir ao hospital? Segundo Damasceno, há um desafio diário na rede pública, uma vez que parte da população tem o hábito de procurar as unidades de alta complexidade ao perceber qualquer tipo de queixa de saúde. Mas, seja nas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no Hospital de Base (HBDF), no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) ou nos 11 hospitais regionais, os pacientes são classificados de acordo com o risco: azul, verde, amarelo, laranja ou vermelho. As cores indicam, em ordem crescente, a prioridade para a assistência ao indivíduo, definida de acordo com a gravidade apresentada. Nesse cenário, pessoas com classificação verde e azul, por exemplo, que poderiam ser atendidas de maneira integral em uma UBS, acabam aguardando mais em hospitais ou UPAs. "Como a espera varia de acordo com a quantidade de pacientes e com a classificação, aqueles avaliados como menos graves [azul e verde] teriam assistência mais ágil se buscassem uma unidade básica", argumenta a diretora do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), Elielma de Morais. O Hospital Regional de Samambaia encaminha pacientes com baixo nível de complexidade para as Unidades Básicas de Saúde | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Os números confirmam o hábito. Em junho de 2025, por exemplo, 49,63% dos pacientes acolhidos na emergência do HRSam receberam a classificação verde. Outros 7,05% estavam em situação de saúde ainda melhor, sendo classificados como azuis. Isso quer dizer que mais da metade dos pacientes (56,68%) poderia ter comparecido às UBSs para resolver o problema. [LEIA_TAMBEM]Ao escolher o caminho de uma UBS, a pessoa não só aguardaria menos pela assistência como auxiliaria pacientes mais graves, já que, assim, as equipes de plantão poderiam se concentrar totalmente naqueles que receberam classificações amarela (32,26%), laranja (10,74%) e vermelha (0,32%). No caso do pronto-socorro obstétrico do HRSam, quase 60% das pacientes atendidas são classificadas como verde, azul ou branco - sendo este último indicativo de que não havia qualquer queixa de saúde no momento. Diante do percentual, além de realizar uma média de 311 partos por mês e se concentrar em mulheres com complicações, a unidade hospitalar passou a fazer a contrarreferência, ou seja, encaminhar pacientes com classificação verde, azul ou branco a uma UBS. A recomendação, portanto, é que as mulheres procurem o pronto-socorro somente em sinais de alarme, como dores fortes, falta de movimento do bebê, perda de sangue, início de trabalho de parto ou contrações. Nas demais situações, as gestantes contam com o atendimento das UBSs, responsáveis pelo pré-natal. Se na unidade básica for verificado algum problema mais grave, a própria UBS direciona a paciente a hospitais ou locais especializados. Como saber qual é a minha UBS? Conforme a organização dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), o endereço de residência ou de trabalho de cada cidadão indica a sua UBS de referência. Dependendo da localidade, não se trata, necessariamente, do local mais perto de casa; porém, sempre será nas proximidades. Na página Busca Saúde UBS é possível descobrir qual é a unidade de referência a partir do CEP. Já no Siga APS, é possível conferir os horários de atendimento (em geral, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h). A SES-DF conta atualmente com 181 UBSs cadastradas. Aos sábados, 63 delas abrem no período matutino e, de segunda a sexta-feira, 11 unidades funcionam até as 22 horas. Já a vacinação tem horários específicos, conforme disponível no site da pasta. *Com informações da SES-DF
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Lista de espera para tratamentos oncológicos teve queda de 28% entre março e julho
De março a julho deste ano, a lista de espera para início dos tratamentos oncológicos reduziu em 28% no Distrito Federal. O indicador é resultado de medidas adotadas pelo Comitê de Planejamento de Saúde do DF (Coplans), criado em fevereiro para coletar informações, identificar fragilidades e subsidiar ações de curto, médio e longo prazo voltadas à promoção, prevenção e assistência à saúde. Detalhes dos cenários, cronogramas de atividades e entregas imediatas foram apresentadas na terça-feira (15) pela secretaria executiva do comitê, em reunião que contou com a participação da promotora de justiça Hiza Carpina, da Promotoria de Defesa da Saúde (Prosus) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Detalhes coletados sobre os cenários da saúde no DF, cronogramas de atividades e entregas imediatas foram apresentadas pela Secretaria Executiva a membros do Coplans e representantes de órgãos convidados | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Ela elogiou a estruturação e a consistência do processo de melhoria: "Aos órgãos de controle é importante entender esse planejamento para que seja possível acompanhá-lo e monitorá-lo. Qualquer mudança de curso precisa estar fundamentada, porque as soluções precisam ser técnicas diante de problemas tão complexos", avalia a promotora. [LEIA_TAMBEM]O programa “O câncer não espera. O GDF também não”, lançado nesta semana, é a principal entrega à população nesses cinco meses de atividade do comitê. A iniciativa visa reorganizar o fluxo de atendimento oncológico e ampliar a assistência. O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, destaca que a medida evidencia o papel fundamental que o Coplans desempenha na pasta. "Os problemas são dinâmicos, assim como as soluções. Ter um time debruçado exclusivamente sobre os desafios e construindo resultados permite que a gente sobreponha a lógica de 'apagar incêndios'", explica. A secretaria executiva do Coplans, composta por 13 membros executivos, tem como atribuição atividades necessárias para o atendimento das demandas relacionadas à organização e à elaboração de planos e políticas públicas. Entre as prioridades do grupo estão aspectos relacionados à Central de Regulação, gestão de leitos, pessoas, compras e contratações, cirurgias, nefrologia, oncologia, Rede Materno-Infantil e componentes jurídicos. Todas as frentes têm sido beneficiadas com melhorias relacionadas a processos internos, de modo especial. A metodologia colocada em prática foca na continuidade do aprimoramento. Dessa forma, os impactos positivos podem ser sustentados a longo prazo. *Com informações da SES-DF
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Hospital de Base é referência no tratamento de câncer ósseo
Os sarcomas ósseos são doenças raras que exigem não apenas um tratamento cirúrgico, mas também quimioterapia e radioterapia, além de resiliência emocional por parte dos pacientes. A superação vai além da cura: envolve adaptação à nova realidade após o diagnóstico e o tratamento. Segundo especialistas, há vários tipos de câncer ósseo, motivo pelo qual a campanha Julho Amarelo levanta a bandeira da conscientização para tumores ósseos e sarcomas. O câncer ósseo é um tumor maligno que se origina nos ossos, uma doença rara que pode ser primária, quando começa no próprio osso, ou secundária, quando se espalha de outras partes do corpo para os ossos, a chamada metástase. “Além do apoio da minha família, o acolhimento que recebi no HBDF e no HCB foi fundamental. Eu não aceitava o tratamento, nem aquela situação, mas tudo na vida é adaptável. Quando tudo parece o fim, temos a chance de um novo começo", afirma Samuel Henrique, conhecido como Samuka | Fotos: Arquivo pessoal Referência no tratamento de câncer ósseo em Brasília, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) conta com uma equipe exclusiva para o atendimento de pacientes com tumores músculo-esqueléticos desde 2004. Atualmente, cerca de 160 pessoas são atendidas por mês na unidade e, em média, 20 cirurgias são realizadas no mesmo período. Uma parceria entre o HBDF e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) garante tratamento especializado para crianças e adolescentes diagnosticados com osteossarcoma, o tipo mais comum da doença nessa faixa etária, entre 10 e 20 anos. As cirurgias mais complexas são feitas no HBDF, e o tratamento inclui sessões de quimioterapia. [LEIA_TAMBEM]De acordo com Fábio Carreira, médico especialista em ortopedia oncológica, as chances de cura aumentam consideravelmente quando o diagnóstico é feito antes que se espalhe para outros órgãos. “A evolução das técnicas cirúrgicas permite, em muitos casos, preservar o membro afetado e evitar a amputação”, afirma. Segundo ele, a taxa de sobrevida após três anos chega a 70% nos casos diagnosticados precocemente. Histórias de superação Samuel Henrique, conhecido como "Samuka", é um exemplo de superação. Na época, morador do Recanto das Emas, em Brasília, ele foi diagnosticado com sarcoma de Ewing aos 9 anos. Aos 13, precisou amputar a perna direita. Foi operado no Hospital de Base em 2011, após acompanhamento no HCB. Hoje, com carreira internacional como dançarino profissional, vive em Londres e ficou conhecido após participar do programa de talentos America’s Got Talent. “Além do apoio da minha família, o acolhimento que recebi no HBDF e no HCB foi fundamental. Eu não aceitava o tratamento, nem aquela situação, mas tudo na vida é adaptável. Quando tudo parece o fim, temos a chance de um novo começo. Devo minha superação aos médicos Fábio Carreira e Fabrício Lenzi Chisa, que fizeram de tudo para me oferecer o melhor tratamento”, relata. Outro caso é o de Renan Lucas Lobão, 21 anos, morador de Samambaia Norte. Ainda criança, foi diagnosticado com fibromatose agressiva, um tipo raro de tumor ósseo. Ele passou por uma cirurgia chamada giroplastia de Van Nes no HBDF, em 2008, quando tinha apenas 4 anos. “Tive muitas dificuldades, enfrentei bullying quando criança, mas aprendi a lidar com a doença. Hoje, levo uma vida praticamente normal. O atendimento que recebi no Hospital de Base, com uma equipe dedicada e acolhedora, foi essencial para a minha recuperação”, destaca. Referência "Fui acolhida da melhor maneira possível pela equipe de Ortopedia do HBDF. Só tenho a agradecer pelo atendimento e pelo compromisso do hospital com os pacientes", diz Liliane Batista de Oliveira Silva, de São Paulo O serviço prestado pelo HBDF atrai pacientes de outros estados. É o caso de Liliane Batista de Oliveira Silva, 33 anos, moradora de São Paulo. Mãe de um bebê de 1 ano e 7 meses, ela foi diagnosticada com tumor ósseo na mão direita. Diante da demora para realizar a cirurgia em sua cidade, buscou atendimento em Brasília, onde a mãe reside. “Cheguei no início deste mês e fui acolhida da melhor maneira possível pela equipe de Ortopedia do HBDF. Só tenho a agradecer pelo atendimento e pelo compromisso do hospital com os pacientes”, ressalta. Sinais de alerta O médico Fábio Carreira orienta pais e responsáveis a ficarem atentos a sintomas como dor persistente por mais de duas semanas, especialmente na região dos joelhos, inchaço sem causa aparente e dificuldade de movimentar membros sem histórico de trauma. “Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de sucesso no tratamento e de preservação dos membros”, reforça. *Com informações do IgesDF
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Novo programa do GDF amplia acesso a diagnósticos e tratamentos oncológicos na rede pública
Para garantir o atendimento mais rápido, coordenado e humanizado aos pacientes oncológicos, o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou o programa “O câncer não espera. O GDF também não”. De gestão da Secretaria de Saúde (SES-DF), a iniciativa permitirá alavancar os atendimentos com a ampliação dos serviços de consultas, exames, diagnóstico e tratamento a pessoas com câncer. “Hoje o tempo é primordial para um paciente oncológico. Pautado na fila [de espera], o governador determinou uma rápida solução para o problema. Por isso, nos debruçamos sobre essa pauta e desenhamos toda uma linha de cuidado para fortalecer o tratamento oncológico e criamos o programa 'O câncer não espera. O GDF também não'”, explicou o secretário de Saúde, Juracy Lacerda, durante participação no programa CB.Poder, uma parceria entre a TV Brasília e o jornal Correio Braziliense. Programa do GDF visa a agilizar o atendimento a pacientes oncológicos, com medidas como a criação de uma fila única e a ampliação para dois turnos de atendimento em radioterapia | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Criamos um planejamento robusto que começa desde a Atenção Primária até a alta do paciente. Um paciente com o diagnóstico precisa de alguns exames no decorrer da linha de cuidado. Nós colocamos tudo isso num pacote de tratamento. Em vez de ele cair numa linha geral de exames, ele agora cai numa fila única e prioritária. Vamos encurtar o tempo e proporcionar um tratamento mais rápido, o que impactará no prognóstico deste paciente”, acrescentou o titular da pasta. Arte: Divulgação/SES-DF Segundo Lacerda, o programa foi iniciado na última segunda-feira (14), quando 48 pacientes da fila de espera oncológica já foram agendados e 23 iniciaram o tratamento. Nesta quarta-feira (16), outros 40 serão procurados pela equipe da rede de saúde por meio de ligação telefônica para entrarem na nova linha de cuidado. A proposta prevê 1.383 novos tratamentos oncológicos em todo Distrito Federal em três meses. A ampliação do acesso ocorre a partir da reestruturação da linha de cuidado da rede pública. No âmbito interno, as principais ações foram a criação de uma fila única para pacientes oncológicos, a ampliação para dois turnos de atendimento em radioterapia, o aumento de 50% das vagas de radioterapia e a ampliação de consultas. "Hoje o tempo é primordial para um paciente oncológico. Pautado na fila [de espera], o governador determinou uma rápida solução para o problema", disse o secretário Juracy Lacerda, em entrevista nesta quarta (16) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Agora, os pacientes oncológicos serão classificados na lista de prioridade por meio de um carteirinha e encaminhados a uma fila única, que é coordenada pela Central de Regulação Unificada. Essa classificação permite uma jornada prioritária dentro da rede pública, que se inicia na triagem com oncologista para inclusão qualificada, segue para consulta com especialista com indicação de exames complementares, até chegar ao tratamento ativo, com início do primeiro ciclo, e encaminhamento para cirurgia, radioterapia ou acompanhamento. “Nós criamos um cartão que identifica o paciente para apresentar na triagem e ter um fluxo diferente no atendimento, para garantir mais segurança. Também vamos entrar em contato telefônico com os pacientes que estão na fila para que possam receber os atendimentos”, complementou Juracy Lacerda. Suporte da rede privada e monitoramento Com medidas adotadas pelo GDF, em julho houve redução na fila de espera para pacientes nas filas oncológica e radioterápica | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Externamente, o GDF complementou os serviços oncológicos com o credenciamento da rede privada e ampliou as unidades de atendimento para oito. O credenciamento de clínicas e hospitais especializados teve início em maio. Foram investidos mais de R$ 14 milhões para permitir que pacientes na fila de espera pudessem começar o tratamento. [LEIA_TAMBEM]Segundo a SES-DF, em março, a fila de espera era de 1.519 pessoas, sendo 889 pacientes da oncologia e 630 pacientes da radioterapia. Com as novas medidas adotadas, até julho, houve uma redução para 1.084 pacientes – o que representou a queda de 25% no número de pacientes na oncologia, um total de 669, e 34% na radioterapia, com 415. Além disso, houve uma diminuição nos dias de espera, de 74 para 51 na fila oncológica, e de 54 para 30 na fila radioterápica, quedas de 31% e 44%, respectivamente. No DF, há uma média de 399 pacientes inseridos mensalmente na fila. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a expectativa é que o Distrito Federal tenha 8.831 novos casos entre o triênio de 2023 a 2025. O número aumenta para 10.367 novos casos, quando a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) é considerada na pesquisa. Os tipos de câncer que mais acometem a população são os de mama, cólon e reto e colo do útero, para mulheres; e próstata, cólon e reto e traqueia, brônquio e pulmão, para homens. “O cenário da oncologia no mundo preocupa a todos. Sabemos que o aumento da expectativa de vida da população proporciona um aumento da incidência de novos casos de câncer. É por isso que temos que nos preocupar cada vez mais e fortalecer o projeto 'O câncer não espera. O GDF também não'”, apontou o secretário de Saúde do DF. De acordo com Lacerda, além da ampliação do acesso, a pasta conta com painéis para monitorar o processo em tempo real e investirá em ações de promoção e prevenção ao câncer. “Além de todo esse arcabouço, nós estamos utilizando dados para desenhar políticas públicas, porque se você tem um diagnóstico precoce, você tem uma grande chance de cura”, orienta.
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Com ações de conscientização, Samu-DF reduz registros de trotes em quase 90%
Na hora de salvar uma vida, cada segundo importa. Por isso, uma única ligação falsa — conhecida como trote — para um serviço de emergência pode custar caro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tem adotado práticas para reduzir esse tipo de ação, que é crime previsto em lei. A boa notícia é que a iniciativa tem funcionado: em três anos, o número de trotes registrados pelo Samu no Distrito Federal caiu 89,2%. Em 2021, foram identificadas 68.002 ligações falsas. Em 2024, esse número chegou a 7.313. Neste ano, até junho, foram 2.731. No mesmo período do ano passado, o número era de 4.005 — o que revela uma queda de 31,8% no primeiro semestre de 2025. O Samu-DF investe em ações de conscientização para a redução no número de trotes | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A redução é creditada a diferentes medidas adotadas pelo Samu — boa parte delas, de conscientização. “Essas ações são multifatoriais. Elas envolvem desde iniciativas que o próprio serviço atua, como o projeto Samuzinho, até a divulgação em canais como as nossas redes sociais”, aponta o diretor do Samu-DF, Victor Arimateia. O Samuzinho é um projeto que percorre instituições de ensino do DF, reforçando a crianças e adolescentes os perigos da prática. Os estudantes também recebem um treinamento básico para atuar em situações de emergência e orientações sobre como acionar o Samu quando precisarem. Mais de 25 mil pessoas já participaram do programa desde seu início. Prejuízos O Samu presta atendimentos em duas etapas. “Quem liga para o 192, primeiramente, cai em um atendente, que é um Tarm [técnico auxiliar de regulação médica], que é aquela pessoa que vai identificar o nome, o local, o que está acontecendo, e encaminhar essa ligação para dentro da central de regulação para que ela, de fato, seja atendida pelo médico regulador”, explica o diretor. A maior parte dos trotes é retida já na primeira etapa. Mas, caso passem adiante, os médicos também são treinados a identificar uma ligação falsa. “A gente tenta ficar mais atento a informações que sejam conflitantes. Às vezes a pessoa começa falando uma coisa e aí a gente pergunta melhor e a resposta não tem muito a ver com o início, então a gente procura identificar pela queixa e pela forma como fala”, pontua a médica reguladora Carolina Veloso. Carolina Veloso: "Como muitas vezes tem relação com crianças e adolescentes, a gente também identifica muitos casos pedindo para falar com o adulto em cena" “Como muitas vezes tem relação com crianças e adolescentes, a gente também identifica muitos casos pedindo para falar com o adulto em cena. Aí, quando não tem esse adulto em cena, a criança ou adolescente acaba desligando o telefone”, acrescenta a médica. Ainda que seja identificado nessas etapas, o trote acaba por manter ocupado um profissional que poderia dar assistência a um paciente em uma emergência de verdade. Se passar pelo filtro do Samu, então, os prejuízos podem ser ainda maiores. “Quando eu falo em urgência e emergência pré-hospitalar, tempo é vida. Qualquer segundo que eu acabo postergando o encaminhamento de uma viatura é um tempo crítico, muitas vezes, para uma pessoa em situação grave”, alerta Victor Arimateia. Victor Arimateia: "Qualquer segundo que eu acabo postergando o encaminhamento de uma viatura é um tempo crítico, muitas vezes, para uma pessoa em situação grave" [LEIA_TAMBEM] "Eu posso ter, de fato, uma viatura sendo deslocada, com uma equipe de especialistas, uma unidade totalmente equipada para atender uma situação de alta gravidade, saindo da sua base, descobrindo, portanto, uma área de cobertura. Caso haja, nesse período, a entrada de uma ocorrência verdadeira, um paciente realmente em situação grave, eu não vou ter essa viatura ali do lado para atendê-lo. Eu vou atendê-lo, muitas vezes, deslocando uma viatura que está a uma distância muito maior, comprometendo o tempo-resposta e, evidentemente, comprometendo o desfecho dessa vítima, que é o que a gente não quer”, arremata o diretor. O ato de passar trote pode ser enquadrado em diferentes artigos do Código Penal, rendendo ao autor até oito anos de detenção. No DF, há uma legislação específica — o Decreto nº 44.427/2023, que regulamentou a Lei nº 6.418/2019 —, que prevê ainda o pagamento de multa de até três salários mínimos (R$ 4.554 no valor atual) pelos infratores.
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Consulta com hora marcada otimiza atendimento aos pacientes no Hospital de Base
Para reduzir o tempo de espera por atendimento, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) adotou uma nova estratégia de agendamento. Desde o dia 1º de julho, todas as especialidades passaram a funcionar com consultas previamente marcadas. A mudança integra as ações do Projeto Lean, que visa aprimorar a organização e a eficiência dos serviços. O Projeto Lean no IgesDF representa a aplicação de uma metodologia voltada à melhoria contínua, com foco na otimização de processos e na eliminação de desperdícios, tudo para otimizar recursos, reduzir filas e melhorar a experiência do paciente, nas unidades de saúde geridas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal. Desde o início de julho, todas as especialidades do Hospital de Base passaram a funcionar com consultas previamente marcadas | Fotos: Divulgação/IgesDF Desde a implantação do novo sistema, os pacientes agora são atendidos conforme o horário agendado, o que evita aglomerações. Isabel Silveira Ramirez Lima, coordenadora de Melhoria Contínua do IgesDF, explica que a medida busca otimizar o fluxo de atendimento e melhorar a experiência do usuário. “Antes, havia concentração de pacientes nos mesmos horários, aumentando a espera. Hoje, cada pessoa tem seu horário definido, o que traz mais conforto e agilidade. Além disso, o retorno já é agendado após a consulta, evitando a necessidade de voltar apenas para remarcar. É gratificante ver a satisfação das pessoas com essas mudanças”, afirma. O gerente do Ambulatório, médico cardiologista José Joaquim Vieira Jr., reforça que a nova dinâmica promove mais organização e segurança. “A iniciativa busca cuidar melhor do usuário e tornar o ambiente hospitalar mais eficiente, com mudanças importantes na nossa forma de atender”, destaca. "Hoje saio de casa com tranquilidade. Chego com antecedência por escolha", afirma Francis Jane Alves Mariano André Aguiar, colaborador da Gerência do Ambulatório (Gecam), também avalia positivamente a mudança. “O ambulatório do HBDF é muito grande. Aquele volume de pessoas aguardando causava muita aglomeração nos corredores. Agora, o fluxo é bem mais controlado.” [LEIA_TAMBEM]A melhoria já é percebida por quem depende diretamente do serviço. Francis Jane Alves Mariano, 55 anos, portadora de Mal de Parkinson e paciente da Neurologia há três anos, celebra a nova organização. Antes, ela e o pai, João Antônio Alves, de 81 anos, também com Parkinson, saíam de Sobradinho às 6h da manhã e enfrentavam até quatro horas de espera, muitas vezes sem nem ter tomado café. “Hoje saio de casa com tranquilidade. Chego com antecedência por escolha. Tomo meu café, me arrumo com calma e venho para a consulta. Isso mudou nossa rotina. Agradeço demais às equipes do hospital por essa atenção ao paciente”, relata. Quem também aprova a iniciativa é Edilberto Sampaio Reis, de 69 anos, morador de Sobradinho e paciente da Cardiologia do HBDF. Portador de marca-passo há 12 anos, ele faz acompanhamento na unidade há seis. “Estou satisfeito demais com esse agendamento. O atendimento melhorou muito. Venho tranquilo, gosto de chegar um pouco antes por causa do acolhimento. Não tenho do que reclamar, só agradecer e elogiar”, relata. *Com informações do IgesDF
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Especialistas destacam cuidados para uma gravidez tranquila após os 40 anos
Primeiro os estudos, depois a carreira, relacionamento, estabilidade, viagens e, por último, a maternidade. Cada vez mais as mulheres têm mudado o foco e deixado o plano de ser mãe para depois. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 a 2022, o número de brasileiras que se tornaram mães após os 40 anos cresceu 59,98%. A ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Ana Carolina Ramiro, destaca a importância de se atentar para um planejamento familiar, tendo em vista que a produção de óvulos diminui significativamente com a idade. “Depois dos 40 anos, as chances de gravidez natural caem para menos de 5% por ciclo. Além disso, os óvulos disponíveis apresentam maior probabilidade de alterações genéticas, com predisposição para síndromes, como a de Down, por exemplo. E, infelizmente, as chances de aborto também aumentam”, alerta. Com 40 anos e grávida do terceiro filho, Mônica Christiani Ribeiro foi internada no HRSM por pressão alta e recebe acompanhamento contínuo no pré-natal de alto risco | Fotos: Divulgação/IgesDF “Ter um filho após os 40 não é apenas gestar uma criança, é equilibrar o agora ou nunca com a esperança de que tudo tem seu tempo. Com a idade, o corpo pode resistir mais à gravidez. Nem todo risco é só físico, muitos são emocionais”, afirma a médica. De acordo com a especialista, é comum que muitos questionamentos apareçam e todos são importantes, pois há mais chances de complicações em uma gestação tardia. Os riscos de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, abortos, hemorragias pós-parto e trabalho de parto prematuro aumentam bastante. Ainda assim, com acompanhamento médico e cuidados adequados, muitas mulheres têm gestações saudáveis após os 40 anos. “Observamos na prática diária no pré-natal de alto risco que essas pacientes apresentam mais comprometimento com o acompanhamento da gestação, o que pode incluir exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar”, relata. Ana Carolina ressalta que nem toda gravidez tardia é considerada de alto risco, mas, como as chances aumentam acima dos 40 anos, é indispensável ter avaliação médica constante e acompanhamento rigoroso, preferencialmente com obstetras especializados. Referência em atendimento às gestantes de alto risco, o Hospital Regional de Santa Maria possui dez leitos de internação exclusivos para este perfil dentro da maternidade. As pacientes internadas são acompanhadas diariamente pela equipe multidisciplinar até que a alta médica ou parto ocorram com segurança para mãe e bebê. “Observamos na prática diária no pré-natal de alto risco que essas pacientes apresentam mais comprometimento com o acompanhamento da gestação, o que pode incluir exames mais frequentes e acompanhamento multidisciplinar”, afirma a ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do HRSM, Ana Carolina Ramiro A psicóloga Alane Lima trabalha na maternidade do HRSM e percebe em seus atendimentos que as gestantes com idade superior a 40 anos possuem uma carga emocional maior com relação à gravidez. “Algumas chegam com histórico de perdas gestacionais anteriores e já enfrentavam dificuldade para engravidar. Outras, não imaginavam que pudessem engravidar nessa idade, lidando, então, com uma gestação não planejada. Tudo isso, somado ao fato de ser uma gestação de alto risco e de precisarem de hospitalização, aumenta a ansiedade e a preocupação”, explica. Segundo ela, é comum também o medo de complicações gestacionais ou obstétricas e de não darem conta de cuidar do bebê, não terem mais aquele "pique" para lidar com os desafios da maternidade. É então que entra o trabalho ativo da Psicologia, suporte essencial para lidar com medos, acolher frustrações e criar um espaço seguro para expressarem suas angústias sem julgamentos, fortalecendo o vínculo mãe-bebê e desmistificando crenças relacionadas à maternidade ideal. Diferença entre gestações [LEIA_TAMBEM]Mônica Christiani Ribeiro, está internada no Centro Obstétrico do HRSM desde a última quarta-feira (9) por conta da pressão alta. Ela está com 35 semanas de gestação, à espera de sua terceira filha, Maitê, que deverá nascer nos próximos dias. Além da pressão alta, ela é diabética e desde o início da gestação tem que ter cuidados redobrados e acompanhamento contínuo no pré-natal de alto risco. A gravidez não foi planejada. “Não pensei que ainda fosse engravidar, porque já tenho 40 anos, problemas hormonais e ovários policísticos, o que dificulta uma gestação. Por isso nem estava me prevenindo. Coloquei nas mãos de Deus, porque meu marido ainda não tinha nenhum filho e ele tinha essa vontade. Então, quando recebemos a notícia, ficamos felizes, não esperávamos que iria acontecer, mas deu certo e veio nossa bebê”, explica. Mãe de um casal de 21 e 17 anos, Mônica sentiu na pele o peso da idade e a diferença entre gestações em idade mais jovem e depois dos 40. Além dos problemas de saúde que ela não tinha na juventude, o vigor físico é menor e o corpo sente bem mais o impacto de gerar uma nova vida. Além disso, surgem outras demandas psicológicas. “Existem mais preocupações com a saúde da bebê, com a hora do parto, se vai ocorrer tudo bem, se ela pode ter alguma síndrome. Sei dos riscos, são bem maiores agora e isso gera uma preocupação e ansiedade. São medos diferentes, antes eu tinha medo de não saber cuidar, agora nem me preocupo com isso”, relata. No entanto, o ponto positivo que Mônica percebe é que, hoje, tem maturidade para buscar informações sobre qualquer dúvida que surge, o que nunca fez em suas outras gestações. Ela lê, assiste vídeos, vai atrás de páginas médicas e esclarece tudo, além de fazer um pré-natal rigoroso, sem faltar nenhuma consulta. *Com informações do IgesDF
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GDF vai contratar 2,8 mil cirurgias de hérnia e vesícula na rede complementar
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) publicou, nesta quinta-feira (10), novo edital de credenciamento para ampliar a realização de cirurgias gerais na rede pública. Serão ofertadas mais de 2,8 mil vagas para procedimentos de colecistectomia videolaparoscópica e de hernioplastias umbilicais, inguinais e crurais - cirurgias indicadas, por exemplo, para tratamento de pedras na vesícula e para correção de hérnias inguinais e incisionais. Os pacientes contemplados pelo edital já são acompanhados pela rede pública e serão direcionados conforme os critérios do Complexo Regulador do DF. A contratação será feita por meio da rede complementar de saúde, com base na Lei de Licitações, incorporando experiência acumulada pela SES-DF em contratações anteriores de cirurgias eletivas. Os procedimentos de colecistectomia videolaparoscópica e de hernioplastias umbilicais, inguinais e crurais são essenciais para evitar complicações clínicas | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Embora classificados como eletivos, esses procedimentos são essenciais para evitar complicações clínicas, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e otimizar os recursos do sistema. O edital de credenciamento completo pode ser conferido neste link. [LEIA_TAMBEM]Mais especialidades Além do edital de cirurgias gerais, na última semana a SES-DF divulgou os editais de credenciamento para os procedimentos de cabeça e pescoço, oftalmologia, coloproctologia e operações vasculares. Serão beneficiados, por exemplo, pacientes que atualmente sofrem com catarata, hemorróidas e varizes, além dos que precisam retirar a tireoide ou amígdalas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Paciente do HRSM sobrevive a três paradas cardíacas durante o parto e se recupera sem sequelas
O que era para ser um dos momentos mais felizes da vida de Luana Vitória Ribeiro, 29 anos, se transformou em emergência. No dia 21 de junho, logo após o nascimento do filho Asafe, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Luana sofreu três paradas cardiorrespiratórias e precisou ser reanimada. Para conter uma hemorragia grave e salvar a vida dela, a equipe médica decidiu pela retirada do útero. A gestação era acompanhada com atenção desde o início, pois no primeiro mês, em Luziânia (GO), cidade onde a paciente mora, Luana apresentou episódios de sangramento e coágulos. Sem diagnóstico conclusivo, os sintomas foram inicialmente tratados como comuns da gravidez. Em seguida veio um quadro de diabetes gestacional, o que transformou a gestação em alto risco. Luana Vitória Ribeiro (de amarelo): "Lembro da anestesia, da presença do meu marido e do choro do meu filho... depois, só escuro" | Foto: Divulgação/IgesDF “Minha maior preocupação sempre foi com o bebê. Assim que descobri, comecei a me cuidar e mudei minha alimentação”, lembra Luana. Com o avanço da gravidez, ela decidiu fazer o parto no HRSM, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IgesDF). Os exames de imagem indicavam que o bebê era maior do que o esperado para a idade gestacional, sinal comum em casos de diabetes. Apesar disso, não havia suspeitas de complicações graves para a mãe. Na última consulta, a obstetra solicitou novos exames e, conforme o protocolo, Luana foi internada com 37 semanas e dois dias. “Cheguei preparada, com minhas bolsas prontas, em jejum, achando que tudo correria bem. Lembro da anestesia, da presença do meu marido e do choro do meu filho... depois, só escuro”, relata. Três paradas e uma equipe pronta A médica obstetra Camila Coelho, que conduziu o início do procedimento, contou que a cesariana parecia ocorrer normalmente, até que a equipe identificou múltiplas aderências abdominais inesperadas. O que se seguiu foi uma intensa corrida contra o tempo. “Ela recebeu todo o suporte de forma imediata. É o nosso milagre. A prova de que técnica, preparo e fé caminham juntos”, afirma a médica. O anestesista Frederico Parreira explica que o monitoramento contínuo dos sinais vitais durante a cesárea foi essencial para detectar rapidamente a parada cardíaca e iniciar o suporte avançado de vida. “Esse monitoramento permite identificar uma parada durante a cirurgia, o que acelera o prognóstico”, destaca. Devido à hemorragia intensa e à falência dos medicamentos convencionais, a equipe optou pela histerectomia, que é a retirada do útero. “Sem circulação adequada, os medicamentos não faziam efeito. A retirada do útero foi essencial para salvar a vida da paciente”, explica a obstetra Leise Santana, responsável por essa conduta. Segundo ela, a recuperação de Luana surpreendeu. “Nem mesmo a medicina consegue explicar completamente como ela voltou tão bem”. Enquanto a equipe lutava pela vida de Luana, o marido dela, Matheus Alves, vivia momentos de angústia do lado de fora. “Estava ao lado dela quando tudo começou. Vi os monitores apitarem e os profissionais correndo. Sabia que ela tinha parado. Só chorava e orava”, conta. Depois de quase quatro horas de cirurgia, veio o alívio. Hoje, mãe e filho passam bem. “Fomos acolhidos por cada pessoa da equipe. A dedicação deles é algo que nunca vou esquecer”, acrescenta Matheus. Equipe de enfermagem foi peça-chave Profissionais da enfermagem do Centro Cirúrgico Obstétrico (CCO) atuaram em cada etapa, da identificação precoce da instabilidade à assistência direta à equipe médica. Para a chefe do serviço, Vanúcia Sancho, foi a junção de preparo técnico, agilidade e sensibilidade que fez toda a diferença. “Não é só aplicar protocolos. É saber agir sob pressão, com precisão, e estar emocionalmente preparado para decisões que salvam vidas”, pontua. Apesar de todo o esforço da equipe, os médicos ainda não conseguiram determinar a causa exata do que provocou o agravamento repentino do quadro de Luana. As suspeitas incluem uma possível reação à anestesia, entre outras situações que podem causar parada cardíaca e exigir intervenção imediata. Capacitação salva vidas O caso reacendeu entre os profissionais da unidade a importância da formação continuada. Para a obstetra Leise, investir em treinamentos como os de reanimação e assistência avançada é essencial. “Saber como agir faz toda a diferença entre a vida e a morte”, destaca. *Com informações do IgesDF
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Servidores são capacitados sobre tratamento da tuberculose em crianças e adolescentes
Servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nesta semana (8 e 9), de uma oficina voltada ao manejo da tuberculose em crianças e adolescentes. O curso se destina a profissionais atuantes, preferencialmente, na Atenção Primária à Saúde (APS), entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e farmacêuticos de todas as regiões de Saúde da pasta. A iniciativa foi organizada pela SES-DF junto ao Ministério da Saúde (MS). A tuberculose pode ser tratada e curada; medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) | Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Segundo o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Sérgio D’Ávila, há forte correlação entre a tuberculose e as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), em função dos riscos que representam à saúde e por afetarem pessoas em situação de vulnerabilidade. “A tuberculose é uma doença extremamente negligenciada, na perspectiva de que ela tem determinantes sociais importantes. Desse modo, é fundamental montarmos uma rede de atenção integrada e articulada para solucionar as dificuldades de acesso ao tratamento", avalia D'Ávila. A principal maneira de prevenir as formas graves da doença na infância e juventude se dá pela vacina BCG, disponibilizada pela Secretaria de Saúde logo nos primeiros dias de vida Consideradas as vulnerabilidades das pessoas mais afetadas, é crucial, de acordo com o gerente, que os serviços de saúde fortaleçam ações de acolhimento, busca ativa, investigação de possíveis contatos e oferta de tratamento adequado. A tuberculose pode ser tratada e curada, ao passo que os medicamentos são ofertados exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). [LEIA_TAMBEM]Crianças e adolescentes Segundo o Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025, publicado pelo MS, crianças e adolescentes representam 12% dos casos de infecção no mundo. A principal maneira de prevenir as formas graves da doença se dá pela aplicação da vacina BCG. O imunizante é disponibilizado gratuitamente pelo SUS em dose única e deve ser aplicado em recém-nascidos com mais de 2 kg, de preferência nas primeiras 12 horas após o nascimento. Caso não seja possível a vacinação ainda na maternidade, a dose pode ser administrada até os 4 anos de idade, com horários específicos definidos por cada unidade básica de saúde (UBS). Confira os locais de vacinação no site da SES-DF. Além da vacina BCG, a prevenção da tuberculose pode ser feita com o tratamento profilático, a partir de busca ativa e avaliação de contatos, mediante teste da prova tuberculínica e exame de sangue IGRA (sigla em inglês para Ensaio de Liberação de Interferon Gama), ambos disponibilizados pela SES-DF. *Com informações da SES-DF
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GDF inicia as obras do Hospital Regional do Recanto das Emas
Sob a gestão da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), a obra do primeiro Hospital Regional do Recanto das Emas (HRE) está em fase de conclusão de terraplenagem, marcando o início da execução física da unidade. O tão aguardado hospital público da cidade promete transformar a assistência em saúde da região. Com investimento de R$ 133.707.000, o HRE vai contar com 100 leitos distribuídos entre clínica médica (60), clínica pediátrica (30) e UTI pediátrica (dez). A estrutura vai incluir seis consultórios, sendo dois no ambulatório geral e quatro na emergência pediátrica, além de um centro cirúrgico com duas salas de cirurgia. Iniciada a construção de unidade de saúde que vai beneficiar diretamente os mais de 150 mil moradores do Recanto das Emas | Foto: Divulgação/Novacap Na área de diagnóstico por imagem, o hospital terá duas salas de raio-X, uma sala de tomografia e quatro salas de ultrassonografia. Diversas áreas técnicas e de apoio compõem a estrutura, como farmácia central e satélites, nutrição e dietética, laboratório de patologia clínica, lavanderia, CME (Central de Material Esterilizado), almoxarifado e unidade de ensino e pesquisa. O projeto executivo da obra já foi entregue e está em análise. A proposta arquitetônica se baseou em melhorias na organização dos espaços e na maior adequação às necessidades operacionais da Secretaria de Saúde (SES-DF). [LEIA_TAMBEM]“Trata-se de mais um passo muito importante em relação a essa tão esperada unidade. Ele caminha dentro do cronograma, mas a tendência é que o andamento se intensifique nos próximos meses”, afirma o presidente da Novacap, Fernando Leite. Além da ampliação da rede pública, o hospital também se destaca pelo compromisso com a inovação, desenvolvido com o uso da tecnologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), o que otimiza tempo, recursos e permite mais precisão no planejamento. Também busca certificação ambiental LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), incorporando soluções sustentáveis como eficiência energética e gestão responsável dos recursos, promovendo mais sustentabilidade ambiental da obra. A nova unidade de saúde vai beneficiar diretamente os mais de 150 mil moradores do Recanto das Emas, dos quais mais de 80% dependem exclusivamente do SUS. Atualmente a região conta apenas com unidades básicas de saúde (UBSs) e uma unidade de pronto atendimento (UPA). Com o HRE, a expectativa é aliviar os hospitais vizinhos, como os de Taguatinga e do Gama, e tornar o Recanto mais autossuficiente no atendimento hospitalar. “A construção do Hospital do Recanto das Emas é um avanço essencial para a saúde da nossa região. Além de ampliar o acesso a atendimento de qualidade, ele vai desafogar outros hospitais da rede, beneficiando não só os moradores do Recanto das Emas, mas toda a Região de Saúde Sudoeste. Esse hospital é um compromisso com a saúde e o bem-estar da nossa comunidade”, comemora o superintendente da Região de Saúde Sudoeste, André Luiz de Queiroz. *Com informações da Novacap
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Hepatite A: Saúde reforça vacinação de pessoas que usam profilaxia ao HIV
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) passa a ofertar agora vacina contra a hepatite A para pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), usuários da profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV e homens que fazem sexo com homens (HSH). A medida segue orientações do Ministério da Saúde e é baseada em evidências. A vacinação é uma estratégia fundamental de proteção individual e coletiva, explica especialista da SES-DF | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Em vigor desde maio deste ano, a ampliação pretende reduzir a incidência da doença em populações mais expostas ao risco de infecção. A dose está disponível em todas as salas de vacinação da rede pública do DF, além dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries) e Centros Intermediários (Ciies). De acordo com o gerente substituto de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Sergio d'Avila, a importância do alerta leva em conta o cenário epidemiológico atual. Arte: Agência Saúde-DF "Diante do aumento de casos entre populações-chave, a medida é necessária. Usuários da PrEP, pessoas que vivem com HIV e HSH estão mais expostas a situações de risco, inclusive de práticas que favorecem a transmissão fecal-oral. Portanto, a vacinação é uma estratégia fundamental de proteção individual e coletiva”, explica o gestor. [LEIA_TAMBEM]Entre 2014 e 2024, o DF registrou 149 casos confirmados de hepatite A, sendo 13 deles entre HSH. A infecção é causada pelo vírus HAV, transmitido principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados e por contato oro-anal durante as relações sexuais. A expectativa é, segundo d'Ávila, fortalecer a cobertura vacinal e reforçar a prevenção combinada no cuidado integral à saúde sexual. “Orientamos que o público prioritário procure uma unidade de saúde em posse de receita médica ou comprovante de uso da PrEP.” Entre os usuários da PrEP ou pessoas que vivem com o HIV, vale destacar que o público feminino também é abarcado pela ampliação. Prevenção e referência nacional O DF é considerado referência nacional na adesão à PrEP. Segundo dados do Ministério da Saúde, a capital federal apresentou, em 2023, a menor taxa de descontinuidade do Brasil: 21%, enquanto a média nacional foi de 30%. *Com informações da SES-DF
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População tem serviços de saúde na comemoração de 32 anos de São Sebastião
As celebrações pelo 32º aniversário de São Sebastião começaram nessa sexta-feira (27) e seguem até domingo (29), na Administração Regional da cidade. Entre as atividades promovidas, estiveram os serviços de saúde oferecidos pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Na sexta, a população contou com vacinação, testes rápidos para Infecções sexualmente transmissíveis (IST), distribuição de kits odontológicos e orientações em saúde. Já neste sábado (28), foi disponibilizada a vacinação do calendário adulto, com exceção das vacinas BCG e contra a dengue. Rosângela Barbosa levou os filhos Thiago, de 2 anos, e José Pedro, de 9 anos, para vacinar | Fotos: Karinne Viana/Agência Saúde-DF A moradora da região Rosângela Barbosa, 39, aproveitou a ocasião para vacinar os filhos Thiago, 2, e José Pedro, 9. “Às vezes a gente não tem tempo para ir até o posto de saúde, então aqui foi muito bom, porque vacinei os dois de uma vez”, contou. Neste sábado (28), a SES-DF também marcou presença na 54ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, realizada no Arapoanga Quem também atualizou o cartão de vacina foi a aposentada Ione Balbino, 51, que, junto com o filho Isaac, 9, recebeu a dose contra a gripe. “Essa vacina é muito importante. Sempre que tomamos, passamos o ano mais tranquilos, sem aquelas gripes fortes e isso faz muita diferença”, disse. [LEIA_TAMBEM]Além da participação nas comemorações de aniversário de São Sebastião, a SES-DF esteve presente na 54ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, também na sexta (27) e sábado (28), na região do Araponga, ao lado do Centro Educacional Dona América Guimarães. A ação levou diversos serviços gratuitos à população. No local, os moradores puderam contar com testes rápidos para sífilis, HIV, hepatites B e C, vacinação do calendário adulto e infantil, exceto BCG e dengue, Práticas Integrativas em Saúde, vacinação de pets e distribuição de kits odontológicos. O evento é organizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), no qual serviços e atividades de lazer são oferecidos por diferentes órgãos públicos do DF. Desde sua criação, o programa GDF Mais Perto do Cidadão já realizou mais de 350 mil atendimentos. *Com informações da SES-DF
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Diabetes e coração: uma ligação perigosa e muitas vezes silenciosa
Moradora do Núcleo Bandeirante, Joana Lima da Silva, 62 anos, convive com o diabetes tipo 2 há anos. Por não ter seguido o tratamento corretamente no início, desenvolveu problemas cardíacos e hoje faz acompanhamento mensal nas especialidades de endocrinologia e cardiologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “Cuidei mal da doença e agora também trato uma arritmia. Todo mês venho para as consultas no ambulatório”, conta. Com diabetes tipo 2, Joana Lima da Silva faz acompanhamento mensal nas especialidades de endocrinologia e cardiologia do Hospital de Base do DF | Foto: Divulgação/IgesDF Casos como o de Joana são mais comuns do que se imagina. A semana nacional do diabetes reforça um alerta: a deonça não afeta apenas os níveis de glicose, também pode comprometer gravemente o coração e os vasos sanguíneos. “O diabetes desencadeia um processo inflamatório silencioso nas artérias, danificando seu revestimento interno e acelerando o acúmulo de placas de gordura. Isso aumenta muito o risco de infarto, AVC, insuficiência cardíaca e outras doenças cardiovasculares”, explica a médica Ruiza Gonçalves Rocha Teixeira, chefe da Cardiologia do HBDF. Segundo a cardiologista, o problema se agrava porque os sintomas costumam ser sutis. “Pacientes diabéticos, muitas vezes, não sentem dor no peito durante um infarto. Os sinais podem aparecer como cansaço excessivo, falta de ar, náusea ou desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável”, alerta. Coração em risco A chefe da Cardiologia do HBDF, Ruiza Gonçalves Rocha Teixeira, diz que pacientes diabéticos podem não sentir dor no peito durante um infarto. "Os sinais podem aparecer como cansaço excessivo, falta de ar, náusea ou desconforto abdominal. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável”, alerta | Foto: Divulgação/IgesDF A lista de complicações cardiovasculares relacionadas ao diabetes é extensa. Entre elas estão o infarto do miocárdio e a angina, causados pela obstrução das artérias coronárias; a insuficiência cardíaca, quando o coração perde a capacidade de bombear o sangue adequadamente; as arritmias, que são alterações no ritmo dos batimentos cardíacos; a doença arterial periférica, que compromete principalmente as pernas e os pés; e o AVC, geralmente associado ao mesmo processo de obstrução dos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. A boa notícia é que é possível reduzir significativamente esses riscos. “O primeiro passo é manter a glicemia controlada. Em geral, buscamos manter a hemoglobina glicada abaixo de 7% e a glicemia de jejum entre 80 e 130 mg/dL. Em idosos ou pacientes com comorbidades, os parâmetros podem ser ajustados”, aponta Ruiza. O Hospital de Base oferece uma abordagem integrada para pacientes com diabetes e doenças cardíacas | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Além da glicose, é fundamental controlar a pressão arterial e o colesterol ruim (LDL), além de adotar hábitos saudáveis. “Atividade física regular, alimentação equilibrada, parar de fumar e manter o peso corporal sob controle são atitudes indispensáveis”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Exames periódicos também ajudam a prevenir complicações. Entre os principais estão: eletrocardiograma (ECG), que deve ser feito anualmente; o ecocardiograma, indicado em caso de suspeita de insuficiência cardíaca; e testes de esforço e avaliação funcional, que ajudam a monitorar o desempenho do coração. Cuidado completo no Hospital de Base Referência em Cardiologia e Endocrinologia, o Hospital de Base, maior unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), oferece uma abordagem integrada para pacientes com diabetes e doenças cardíacas. “O paciente é acompanhado por cardiologistas, endocrinologistas, nutricionistas e equipe de enfermagem especializada. Contamos com exames de alta complexidade e tratamentos como angioplastia e implante de marca-passo, quando necessário”, afirma a médica. Para a especialista, a mensagem nesta semana nacional do diabetes é clara. “Controlar a glicose é também cuidar do coração. O diabetes pode agir em silêncio, mas seus efeitos podem ser devastadores se ignorados. Diagnóstico precoce e tratamento adequado fazem toda a diferença para uma vida mais longa e saudável”. *Com informações do IgesDF
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Plataforma desenvolvida com apoio da FAPDF contribui para o diagnóstico precoce de doenças raras no DF
Uma plataforma orientada por inteligência artificial, desenvolvida com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), identifica precocemente crianças e adultos com condições raras ou crônicas, reduzindo hospitalizações evitáveis e fortalecendo a atenção primária. Ao reduzir hospitalizações evitáveis, otimizar a triagem de pacientes e oferecer suporte à decisão clínica, a plataforma Tamis-IA contribui diretamente para a eficiência do sistema de saúde e para o cuidado integral ao paciente. O diagnóstico precoce possibilita intervenções mais eficazes, melhora a qualidade de vida dos atendidos e reduz os custos com internações e tratamentos de alta complexidade. Atualmente em fase de validação em unidades básicas de saúde do Distrito Federal, a iniciativa articula uma ampla rede de instituições acadêmicas, científicas e de atenção à saúde. Plataforma Tamis-IA, em fase de validação, ajuda a identificar sinais precoces de doenças raras e condições crônicas; triagem automatizada permite a detecção de casos com maior risco clínico, otimizando o encaminhamento para diagnóstico e tratamento especializado | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O apoio da FAPDF, por meio do Edital Learning 2022, foi decisivo para a viabilidade técnica e científica da iniciativa, fortalecendo a articulação entre pesquisa aplicada e políticas públicas de saúde. Inicialmente batizado como Projeto Peneira — em alusão à proposta de triar pacientes com maior risco clínico —, o sistema passou a se chamar Tamis-IA por questões de registro de marca. Tamis, que significa “peneira” em francês, foi escolhido para manter a essência do projeto, enquanto “IA” faz referência ao uso de inteligência artificial. “Acreditamos que iniciativas como essa exemplificam como a ciência, a tecnologia e a inovação podem transformar a saúde pública, promovendo diagnósticos mais ágeis, tratamentos mais eficazes e melhor qualidade de vida para a população”, destaca Leonardo Reisman, diretor-presidente da FAPDF. A proposta integra recursos avançados de inteligência artificial ao sistema de saúde para identificar sinais precoces de doenças raras e condições crônicas. A triagem automatizada permite a detecção de casos com maior risco clínico, otimizando o encaminhamento para diagnóstico especializado e tratamento oportuno. [LEIA_TAMBEM]A plataforma é alimentada por prontuários eletrônicos integrados a plataformas como e-SUS (sistema oficial do Sistema Único de Saúde – SUS, utilizado na rede pública) e MV (sistema de gestão hospitalar desenvolvido pela empresa MV, amplamente utilizado em hospitais e clínicas no Brasil), além de dados inseridos diretamente por profissionais de saúde na plataforma. A ferramenta calcula, com base em um threshold (limite mínimo de probabilidade para emissão de alerta de risco) de 60%, a chance de o paciente apresentar uma condição rara. A depender do resultado, o sistema emite uma recomendação para encaminhamento especializado ou acompanhamento clínico periódico. O desenvolvimento do sistema é liderado por uma equipe multidisciplinar que reúne médicos, cientistas da computação e especialistas em epidemiologia, com atuação em instituições como a Universidade Católica de Brasília, (UCB) Universidade de Brasília (UnB), Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), Hospital de Clínicas da Unicamp e Secretaria de Saúde (SES-DF). A aplicação inicial está concentrada na Região Leste do Distrito Federal, beneficiando cerca de 8 mil pessoas. A plataforma Tamis-IA foi desenvolvida pelo médico Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho. A ferramenta foi concebida para integrar variáveis clínicas e epidemiológicas em um modelo preditivo acessível e adaptável à rotina da atenção primária. “Nosso sonho é que essa ferramenta seja adotada em larga escala no SUS, ajudando a salvar vidas e a otimizar os recursos do sistema. Já demos o primeiro passo — agora queremos consolidar, registrar na Anvisa e expandir para outras regiões”, afirma Luiz Sérgio. O projeto também se beneficiou da participação no programa Catalisa ICT, iniciativa do Sebrae voltada à aceleração de negócios inovadores de base científica. A jornada ofereceu capacitação em gestão, mentorias e apoio técnico, contribuindo para consolidar o modelo de negócio e viabilizar a implementação do sistema em contexto real. Em paralelo à aplicação prática, o sistema adota rigorosos protocolos de segurança e privacidade, atendendo às exigências da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e de normativas específicas da área da saúde. Os dados são anonimizados, criptografados e acessíveis apenas por profissionais autorizados, com infraestrutura hospedada em servidores seguros e monitoramento constante. *Com informações da FAPDF
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Hospital Regional de Planaltina amplia número de exames de imagem
Com a união de esforços da equipe e de um ambiente de trabalho renovado, o Hospital Regional de Planaltina (HRPl) aumentou a quantidade de exames de imagens realizados na unidade. Entre janeiro e maio deste ano, foram mais de 23 mil - uma alta de 8,5% se comparado ao mesmo período de 2024, que registrou 21,2 mil exames. José Flávio Rosa Faria lesionou o pé e fez radiografia no mesmo dia em que foi ao hospital | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O número de radiografias também cresceu. Em 2024, foram 17 mil exames do tipo, enquanto, neste ano, o número chegou a 21,4 mil, de janeiro a maio - um crescimento de 25,9%. A média diária de radiografias agendadas (ambulatoriais), por exemplo, saltou de 20 para 40, desde abril. Segundo a gerente de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico, Maria do Socorro Aguiar, os índices refletem o comprometimento dos profissionais e da reorganização dos fluxos. “Um diferencial é que todos os profissionais são capacitados para diversos tipos de exame, desde ultrassonografia ginecológica e obstétrica, a ultrassonografia de partes moles, radiografias, entre outros”, detalha. Entre janeiro e maio deste ano, foram realizados mais de 23 mil exames de imagens no Hospital Regional de Planaltina Com isso, a rapidez na assistência é percebida pelos pacientes. José Flávio Rosa Faria, 68, é testemunha. Após lesionar o pé, o morador de Planaltina foi atendido e realizou a radiografia no mesmo dia em que foi ao hospital. “Ontem, estava colocando uma telha e pisei em falso. Não pensei que era sério. Cheguei no HRPl hoje e já fiz o raio-X”, conta. [LEIA_TAMBEM]Já a gestante Pablicia Pereira dos Santos, 31, passou pelos cuidados maternos na unidade. Internada no HRPl para acompanhar a sua gestação de 32 semanas, foi necessária uma ecografia para analisar a situação de seu primogênito, Luiz Antônio. “Minha gestação é de alto risco e eu e meu filho precisamos de monitoramento. Acho o atendimento muito bom.” A ampliação da capacidade do setor também foi possível graças às melhorias no espaço, finalizadas em 2023. O local passou por adequações da estrutura física, aquisição de equipamentos e uma nova subestação de energia elétrica. Assim, o hospital passou a abrigar quatro salas para radiografias e duas para ecografias, além de espaços preparados para acomodar mamógrafo e tomógrafo e salas de preparo do paciente e de laudos. “Há uma relação entre atuação dos profissionais e conforto. Muitas vezes em que não há um ambiente adequado, o servidor adoece, pois não tem condições de trabalho”, enfatiza o responsável técnico pela área de exames de imagem do HRPl, Sérgio Roberto Franguas. Para os próximos meses, o HRPl pretende ampliar os exames disponíveis. No momento, está em andamento a implementação dos exames de histerossalpingografia (que avalia o útero e as trompas de Falópio), uretrocistografia (bexiga e uretra) e esofografia (esôfago). *Com informações da SES-DF
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GDF amplia rede de UTIs com mais 30 leitos na rede complementar
A Secretaria de Saúde (SES-DF) contratou mais 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta na rede complementar para reforçar o atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta terça-feira (17), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o extrato de contrato com o Hospital Ortopédico e de Medicina Especializada - Home. Em menos de um mês, já foram 60 leitos destinados a pacientes em estado crítico; valor do contrato é de R$ 66,2 milhões, com vigência inicial de 12 meses | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Essa é mais uma medida tomada, em menos de um mês, para ampliar a capacidade da rede pública e oferecer atendimento a pacientes em estado crítico. No início de junho, a pasta já havia contratado outros 30 leitos do Hospital Santa Lúcia Gama, totalizando 60 unidades disponibilizadas à população. [LEIA_TAMBEM]O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, afirma que a contratação vem suprir uma demanda crescente. “Em um cenário de crescente demanda por cuidados intensivos, estamos comprometidos em fortalecer a capacidade da rede pública de saúde. As contratações têm como objetivo assegurar que todos tenham acesso ao atendimento necessário em momentos de emergência”, reforça. O valor do contrato é de R$ 66,2 milhões, com vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 120 meses, conforme necessidade da SES-DF. Credenciamento Ambas as empresas foram habilitadas por meio do edital de credenciamento 5/2024, que prevê a contratação de mais de 200 vagas de UTI adulta nos hospitais complementares. Além disso, o mesmo edital também contempla a contratação de 14 vagas de UTI neonatal e 17 vagas de UTI pediátrica. As contratações das demais empresas habilitadas para o restante das vagas ocorrerão nos próximos meses. *Com informações da SES-DF
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Evento discute importância do autocuidado do paciente da doença falciforme
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) realiza, nesta quarta-feira (18), o evento Caminhos do Cuidado: Autocuidado na Doença Falciforme, em referência ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, comemorado em 19 de junho. O encontro será das 14h às 17h30, no auditório da instituição, e é voltado a pacientes, familiares, profissionais de saúde e representantes da sociedade civil. O evento tem como objetivo incentivar práticas de autocuidado, promover o protagonismo das pessoas com doença falciforme e fortalecer as redes de apoio. A programação conta com palestras sobre vacinação, adesão ao tratamento, atualizações nos protocolos clínicos e neurociência do comportamento, além de atividades interativas, sorteio de brindes e vacinação contra influenza no local. O objetivo do evento é levar protagonista ao paciente da doença falciforme, dando a ele mais qualidade de vida | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, reforça que o Hemocentro tem papel fundamental não só no fornecimento de hemocomponentes especiais, mas também na construção de políticas públicas que garantam mais dignidade e acesso aos pacientes. “Cuidar de si é um direito. E o Hemocentro é parceiro nessa jornada, seja assegurando hemocomponentes compatíveis e seguros, seja participando ativamente das discussões e diretrizes da rede pública. Temos compromisso com cada pessoa que vive com doença falciforme no DF e com as famílias”, afirma Okumoto. A abertura oficial contará com a participação de representantes da Secretaria de Saúde do DF, da Secretaria de Educação, da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme (ABRADFAL) e do Comitê Técnico de Hemoglobinopatias Hereditárias (CTHH), além da presidência da FHB. Entre os destaques da programação estão palestras com especialistas como a imunologista Cláudia Valente, que falará sobre a importância da vacinação na prevenção de infecções. Também serão abordados temas como a adesão ao tratamento, o uso contínuo de medicamentos e os impactos das crenças e comportamentos na saúde, em uma palestra interativa conduzida pelo especialista em neurociências Wagre Furtado Gomes. “Nosso objetivo é que cada paciente se sinta protagonista da própria história, com mais acesso, mais informação e mais qualidade de vida. Seguiremos juntos, fortalecendo redes e construindo possibilidades”, conclui Osnei Okumoto. [LEIA_TAMBEM]O que é a doença falciforme A doença falciforme é uma condição genética e hereditária que afeta a produção de hemoglobina, proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. Nesse quadro, os glóbulos vermelhos adquirem formato de foice — ou “falciforme” — o que dificulta a circulação, provoca obstruções nos vasos sanguíneos e leva a episódios de dor, anemia, infecções e outras complicações. Mais prevalente na população negra, a doença exige acompanhamento contínuo, acesso a tratamentos e ações de prevenção para garantir qualidade de vida aos pacientes. *Com informações do Hemocentro
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Teste do Pezinho: resultado garante saúde para milhares de crianças no DF
Com apenas 8 dias de vida, Pedro Henrique já passou pelo exame que pode mudar o destino de muitas crianças: o Teste do Pezinho. A mãe, Ana Paula Rodrigues, 21, lembra do momento em que recebeu o resultado: “A gente fica mais tranquila, porque o exame ajuda a detectar várias doenças. Agora é só continuar o acompanhamento normal, sem preocupações”, conta. Assim como Pedro Henrique, todos os recém-nascidos do Distrito Federal têm direito ao exame (Lei nº 4.190/2008), que faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Realizado a partir de algumas gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, o teste é fundamental para identificar doenças graves que não apresentam sintomas ao nascer, mas que podem comprometer o desenvolvimento da criança e até mesmo levá-la à morte. Pedro Henrique, hoje com 24 dias de vida, já garantiu um futuro saudável ao fazer o Teste do Pezinho | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF "Hoje, o Teste do Pezinho não é só um exame, é um programa que envolve vários departamentos e impacta diretamente na qualidade de vida das crianças e na redução da mortalidade infantil. Temos um programa bem estruturado no DF, e isso salva vidas", afirma o chefe do Laboratório de Triagem Neonatal da Secretaria de Saúde (SES-DF), Vitor Araújo. A importância do exame de triagem neonatal no Brasil é tão grande que até ganhou uma data especial do calendário. Nesta sexta-feira (6), celebra-se o Dia Nacional do Teste do Pezinho - um marco da medicina preventiva. Com o exame, a doença é descoberta antes mesmo de a criança apresentar sintomas, evitando sequelas como deficiência visual, motora ou intelectual. "Essa detecção precoce é capaz de permitir que o bebê cresça normalmente, sem limitações. Também impacta a família, que não precisa viver em função dos cuidados especiais, e reduz os custos para o Estado com saúde e previdência social", elenca Araújo. Quando fazer? A coleta do sangue deve ser feita, preferencialmente, entre o terceiro e o quinto dia de vida, mas pode ser realizada até o sétimo. “É importante não atrasar, porque a agilidade no diagnóstico é essencial para o sucesso do tratamento”, reforça Araújo. No teste, a doença é descoberta antes mesmo de a criança apresentar sintomas, evitando sequelas como deficiência visual, motora ou intelectual Em geral, o resultado sai entre 48 e 72 horas. Se houver demora, costuma estar relacionada ao transporte das amostras, e não ao processo de análise em si. Na capital federal, o teste é realizado gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas maternidades cadastradas. Pioneirismo O DF foi o primeiro no Brasil a ampliar o Teste do Pezinho. Até 2011, o exame cobria apenas três doenças. Com o avanço tecnológico na triagem neonatal, o número cresceu e, hoje, o exame abrange 62 patologias. Somente no ano passado, foram feitas 37,3 mil coletas. Para garantir agilidade e segurança no processo, o Laboratório de Triagem Neonatal da SES-DF conta com tecnologia de ponta e uma equipe composta por farmacêuticos, biólogos e técnicos responsáveis pela análise dos resultados. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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GDF contrata 30 leitos de UTI em hospital do Gama
Com o objetivo de ampliar a assistência intensiva a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), firmou contrato com o Hospital Santa Lúcia Gama, antes chamado Hospital Maria Auxiliadora. Os novos leitos de UTI foram contratados na modalidade adulto; contrato tem vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 120 meses Serão disponibilizados para a rede pública 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na modalidade adulto. O extrato contratual foi publicado nesta semana (5), no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O valor do contrato é de R$ 66,2 milhões, com vigência inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado por até 120 meses, conforme conveniência da administração pública. A medida contribui para fortalecer a rede pública de saúde, ampliando a capacidade de atendimento a pacientes em estado crítico. “A contratação desses leitos representa um avanço importante na nossa capacidade de atender pacientes em estado grave com mais agilidade e segurança. É uma ação estratégica para fortalecer a rede pública e garantir cuidado intensivo a quem mais precisa", afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda. *Com informações da SES-DF
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Com investimento de R$ 117 milhões, GDF assina contratos para construção de seis novas UPAs
O Governo do Distrito Federal (GDF) assinou, na noite dessa quarta-feira (4), os contratos para a construção de seis das sete novas unidades de pronto atendimento (UPAs) previstas para o Distrito Federal. As unidades, sob responsabilidade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), serão erguidas nas regiões de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras. A sétima UPA prevista, na região de Arapoanga, ainda não teve contrato formalizado - a empresa vencedora do processo licitatório desistiu do certame, e, agora, será convocada a segunda colocada. A expectativa é que o contrato também seja assinado nos próximos dias. O governador Ibaneis Rocha destacou que o investimento total de R$ 117 milhões nas novas unidades representa o maior pacote de expansão da rede de urgência e emergência do DF dos últimos anos. “Estamos instrumentando e dando condições para que a saúde do Distrito Federal melhore cada vez mais. São unidades em cidades que ainda não tinham equipamentos de saúde”, afirmou. As unidades, sob responsabilidade do IgesDF, serão erguidas nas regiões de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras | Foto: Divulgação/IgesDF “A nossa população é de aproximadamente 3 milhões de habitantes, e atendemos na rede mais 2 milhões de pessoas que vivem no Entorno. Temos hospitais em Brasília em que 40% dos partos são de pessoas que vêm de fora do DF. Além dos contratos para construção destas seis unidades de pronto-atendimento [UPA], nós estamos com três hospitais em construção”, disse Ibaneis Rocha. As construções serão executadas de forma simultânea, por quatro empresas contratadas, seguindo um cronograma físico-financeiro que prevê repasses mensais conforme o andamento das obras. Cada unidade deve gerar entre 100 e 150 empregos diretos e outros 300 a 400 empregos indiretos. Juntas, as sete UPAs devem gerar até 1.050 empregos diretos e 2.800 indiretos, movimentando significativamente a economia local. “O governador nos deu uma missão bem-definida, e estamos cumprindo. Trabalhamos em conjunto com a Secretaria de Saúde [SES-DF], Secretaria de Governo [Segov], Procuradoria e Tribunal de Contas para garantir transparência e agilidade no processo. Esse é um compromisso firmado com a população”, destacou o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. UPAs modernas, sustentáveis e inteligentes Cada nova UPA será de porte 3, o maior dentro da classificação do Ministério da Saúde, com área construída de 2.632 m². Elas contarão com 65 leitos, sendo 33 destinados ao público adulto e 32 para atendimento pediátrico, além de consultórios médicos, salas de estabilização, isolamento, curativos, laboratório, brinquedoteca, farmácia, serviço de imagem, refeitório e áreas de apoio aos profissionais. As cidades que receberão as novas UPAs foram escolhidas com base em estudos técnicos da SES-DF considerando demanda populacional, déficit de serviços e acesso da população | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As UPAs tiveram seus projetos desenvolvidos na plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção), um modelo digital inteligente da edificação que reúne todas as informações do projeto em um ambiente integrado. Isso permite antecipar e solucionar possíveis interferências entre os sistemas da obra, como estrutura, elétrica, hidráulica e climatização, evitando incompatibilidades no processo construtivo. "Essa plataforma proporciona mais agilidade na tomada de decisões, redução de erros, economia de recursos e um acompanhamento mais eficiente da execução", explicou o vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel Júnior. Os projetos foram devidamente aprovados pela Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Saúde e englobam soluções tecnológicas sustentáveis, como energia fotovoltaica, climatização central com renovação de ar, sistema de dados estruturado, redundância elétrica com geradores e usinas de ar comprimido medicinal. Tudo isso garante funcionamento ininterrupto, mesmo em casos de queda de energia. As cidades que receberão as novas UPAs foram escolhidas com base em estudos técnicos da SES-DF considerando demanda populacional, déficit de serviços e acesso da população. “A construção dessas unidades marca uma mudança estrutural na rede de urgência e emergência. A população vai passar a contar com atendimento de urgência mais próximo de casa, sem a necessidade de se deslocar para outras regiões, o que, por consequência, ajuda a reduzir a sobrecarga nas unidades de saúde já existentes”, afirmou Cleber Monteiro. [LEIA_TAMBEM]Na prática, quem estiver passando por uma febre que não cede, uma crise de pressão alta, um acidente ou uma queda que tenha provocado inchaço, dor ou alguma lesão, não vai mais precisar atravessar a cidade em busca de atendimento. As UPAs estarão na porta da comunidade, prontas para acolher desde casos clínicos até pequenas urgências, com estrutura completa para exames, estabilização e, se necessário, encaminhamento para hospitais. Atendimento humanizado e geração de emprego O presidente do IgesDF também adiantou que, paralelamente às obras, serão abertos processos seletivos para formação das equipes que vão atuar nas novas unidades. “O planejamento prevê que, no momento da entrega das UPAs, todas já estejam com as equipes formadas e treinadas, garantindo início imediato dos atendimentos”, afirmou. As UPAs funcionam como uma ponte entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e os hospitais, oferecendo atendimento de urgência e emergência em casos como fraturas, cortes, falta de ar, crises hipertensivas, infecções e outros agravos que exigem intervenção rápida. Também oferecem exames como raio-X, eletrocardiograma e laboratório básico. Atualmente, o Distrito Federal conta com 13 UPAs sob gestão do IgesDF. Dessas, sete foram inauguradas entre 2021 e 2022, nas cidades de Ceilândia (segunda unidade), Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia. Com a entrega das novas unidades, a rede passa a contar com 20 UPAs funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, reforçando a capacidade de atendimento e garantindo assistência mais rápida, segura e perto de quem mais precisa. “O que estamos construindo é mais que concreto e tijolo. É dignidade, é cuidado, é saúde perto das pessoas”, concluiu o presidente. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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UTIs do Hospital de Base conquistam certificação nacional de excelência em gestão de indicadores
As unidades de Terapia Intensiva Coronariana, Cirúrgica e de Trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) receberam, nesta quarta-feira (4), a certificação nacional de qualidade concedida pela Epimed Solutions, empresa especializada em gestão de indicadores assistenciais, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). O reconhecimento atesta a excelência no monitoramento e na inserção qualificada de dados clínicos no sistema nacional do Programa UTIs Brasileiras. Chefes das UTIs do Hospital de Base receberam a certificação em nome de todas as equipes | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF As chefes das UTIs certificadas - Sandra Fontenele (Coronariana), Cynthia Monteiro (Cirúrgica) e Claudia Lanziani (Trauma) - receberam os certificados em nome de todas as equipes. Para Jovita Fernandes de Castro, gerente de Cuidado ao Paciente Crítico do HBDF, o reconhecimento reforça o compromisso da instituição com a segurança e a melhoria contínua do atendimento ao paciente grave. “Por meio desses indicadores, conseguimos planejar ações específicas para cada unidade, otimizando processos e garantindo uma assistência mais eficaz e segura. O sistema nos permite, por exemplo, identificar quando um paciente permanece além do tempo necessário, possibilitando a liberação do leito com mais agilidade”, explica Jovita. As UTIs Coronariana, Cirúrgica e de Trauma do Hospital de Base do Distrito Federal receberam certificação nacional de qualidade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Os indicadores avaliados incluem taxas de mortalidade, rotatividade de leitos, tempo médio de internação, incidência de infecções hospitalares, entre outros parâmetros essenciais. “Com base nesses dados, conseguimos identificar pontos críticos, definir prioridades e implementar intervenções estratégicas. É um mapeamento contínuo, que orienta as nossas ações para manter e elevar a qualidade do atendimento”, acrescenta a gerente . [LEIA_TAMBEM]As informações são registradas na plataforma eletrônica do Programa UTIs Brasileiras, que reúne dados sobre terapia intensiva de todo o país. Segundo a gerente comercial da Epimed, Patrícia Maia, a certificação demonstra o alto nível de maturidade na gestão hospitalar realizada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), responsável pela administração do HBDF. “A certificação comprova que a unidade está inserindo dados que permitem análises comparativas consistentes entre UTIs de todo o Brasil. Com essas informações, os gestores podem tomar decisões mais precisas e eficazes, melhorando o cuidado”, destacou Patrícia. Referência em atendimentos de alta complexidade no Distrito Federal, o Hospital de Base acolhe diariamente pacientes em estado grave de diversas especialidades. O uso eficiente de ferramentas de monitoramento, como o sistema da Epimed, fortalece a capacidade de resposta da instituição e reafirma o compromisso com a excelência na assistência em saúde pública. *Com informações do IgesDF
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Projeto entrega mais de 3.500 óculos a pessoas idosas em situação de vulnerabilidade
“Meus óculos são lindos, aliás, eu estou linda e tudo está mais lindo agora”. A frase cheia de alegria é da aposentada Maria Luísa Castro, de 74 anos, moradora de Planaltina, que há anos convivia com dificuldades para realizar atividades simples do dia a dia, como ler. Sem condições financeiras para buscar atendimento oftalmológico, Maria Luísa foi, aos poucos, se acostumando com a limitação visual e deixando de lado o prazer da leitura. Tudo mudou quando ela participou do projeto Um Novo Olhar para a Melhor Idade, realizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF), em parceria com a ONG Renovatio. Beneficiada pelo projeto Um Novo Olhar para a Melhor Idade, a aposentada Maria Luísa Castro celebra os novos óculos: "Tudo está mais lindo agora" | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF Maria Luísa foi atendida durante a edição do GDF Mais Perto do Cidadão, ao lado de sua casa, onde fez todos os exames oftalmológicos gratuitamente. Em menos de 45 dias, recebeu seus novos óculos, com a armação escolhida por ela, em uma cerimônia na administração da cidade. “Agora posso ler tudo, já comecei a colocar em dia meus livros. Estou enxergando bem e descobrindo que o mundo é muito mais bonito do que eu imaginava”, comemora. Assim como ela, milhares de idosos em situação de vulnerabilidade social tiveram acesso, gratuitamente, a avaliação oftalmológica completa — exames de acuidade visual, pressão intraocular, retinografia, biomicroscopia e consulta com oftalmologista — e, quando necessário, receberam óculos de grau. O projeto foi financiado por emenda parlamentar da deputada Daise Amarilio. Só neste primeiro semestre de 2025, foram feitos mais de 5 mil atendimentos, com a entrega de 3.500 óculos em pontos estratégicos como escolas e unidades de Pronto Atendimento (UPAs). "Cada entrega representa uma vida transformada e reafirma o nosso compromisso com a cidadania e a inclusão", diz a secretária Marcela Passamani Outro exemplo de transformação proporcionada pelo projeto é o do eletricista José Gomes Martins, de 72 anos, morador da Estrutural. Ele relata que estava tendo prejuízo financeiro, pois não conseguia mais exercer bem sua profissão por conta da visão comprometida. Ao participar do projeto, não apenas conseguiu corrigir a visão com os óculos, como também foi diagnosticado com princípio de catarata, sendo encaminhado para tratamento especializado. “Agora voltei a trabalhar com mais segurança e qualidade”, agradece. Integrado ao programa Viver 60+, coordenado pela Subsecretaria de Políticas para Pessoas Idosas (Subidoso), da Sejus, o projeto percorreu cidades como Planaltina, Água Quente, Brazlândia, Gama, Pôr do Sol, Samambaia, Fercal, Estrutural e Paranoá, além de realizar ações especiais em Ceilândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Santa Maria, 26 de Setembro, São Sebastião, entre outras. [LEIA_TAMBEM]A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou o impacto social da iniciativa: “Esse projeto é mais do que oferecer óculos; é devolver autonomia, qualidade de vida e dignidade para pessoas idosas que, muitas vezes, estavam isoladas e desamparadas. Cada entrega representa uma vida transformada e reafirma o nosso compromisso com a cidadania e a inclusão”. Viver 60+: política pública permanente para cuidar da pessoa idosa O projeto Um Novo Olhar para a Melhor Idade integra o programa Viver 60+, da Sejus, que acaba de ser instituído como política pública permanente de governo no DF. A iniciativa tem como missão garantir serviços públicos gratuitos e integrados que promovam qualidade de vida, bem-estar físico e emocional, inclusão social e o combate às violências contra a pessoa idosa. O programa é estruturado em três grandes eixos: saúde e qualidade de vida, educação e capacitação e cultura e lazer. As ações acontecem em diversas regiões administrativas, com foco especial em comunidades mais vulneráveis, assegurando que os serviços especializados cheguem a quem mais precisa. Entre as atividades oferecidas estão práticas que promovem saúde física e mental, oficinas educativas sobre direitos e prevenção de violências, além de eventos culturais e de lazer que estimulam a socialização, como passeios, rodas de conversa e apresentações artísticas. Criado em março de 2024, o programa já alcançou mais de seis mil pessoas idosas. *Com informações da Sejus-DF
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Centros de Atenção Psicossocial terão oficinas criativas para os pacientes
Em breve, os 18 centros de Atenção Psicossocial (Caps) espalhados pelo Distrito Federal terão oficinas criativas aos pacientes. Os detalhes para definir a implementação do projeto Libertarte em cada unidade foram debatidos na última sexta-feira (30) por gestores e profissionais selecionados. Evento, na sexta (30/5), debateu a implementação de oficinas criativas em cada Caps | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF À frente da Subsecretaria de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernanda Falcomer ressalta a aliança intersetorial na qualificação do serviço ofertado à população. “Esse programa trabalhará o eixo da economia solidária, da geração de renda e da inclusão social dos usuários dos Caps. Nossa intenção é que o projeto seja implementado em toda a rede distrital”, diz. Projeto Parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília e a SES-DF, a iniciativa irá contar com o trabalho de oficineiros dedicados a atividades artísticas e de produção. Esses profissionais serão responsáveis por colocar em prática as oficinas de arte, cultura e geração de renda, além de qualificar e ampliar o que já é realizado nos centros. "Esse programa trabalhará o eixo da economia solidária, da geração de renda e da inclusão social dos usuários dos Caps", afirma Fernanda Falcomer O Libertarte irá contemplar as áreas de artesanato, música, horta, crochê e pintura. As oficinas terão a duração de quatro meses - de junho a outubro -, período no qual um ou mais servidores dos próprios Caps irão se habilitar para manter as atividades em funcionamento após o término da iniciativa. O material para os grupos será fornecido pelo projeto, incentivando a continuidade das atividades de capacitação dos usuários dos Caps. [LEIA_TAMBEM]Inclusão Para o coordenador do Núcleo de Educação Popular, Cuidado e Participação em Saúde (Angicos) da Fiocruz, Osvaldo Bonetti, o projeto Libertarte se insere em um contexto mais amplo de luta antimanicomial e reforma psiquiátrica no País. “Estamos realizando ações de educação popular em saúde, trazendo a dimensão da arte para o cuidado do usuário do Caps, desenvolvendo oficinas de práticas culturais que acolham os pacientes e seus familiares. Os componentes, diretrizes e princípios da educação popular dialogam sobremaneira com os princípios da reforma psiquiátrica", afirma Bonetti. A diretora executiva da Escola de Governo da Fiocruz, Luciana Sepúlveda, reitera a análise: “Existe toda uma linha de trabalho na interface da saúde com a cultura e a arte. Em uma perspectiva civilizatória do momento atual, nunca foi tão necessária a abertura intersetorial e intercultural, em que arte e educação convergem para a promoção da saúde." *Com informações da SES-DF
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Com investimento de R$ 20 milhões, obra de ampliação do pronto-socorro de Brazlândia é retomada
A obra de reforma e ampliação do pronto-socorro do Hospital Regional de Brazlândia (HRBZ) foi retomada após ajustes no projeto e liberação da área a ser demolida. Iniciada oficialmente em 2024, a intervenção marca a primeira grande reforma da unidade desde sua construção. O contrato firmado entre a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a empresa Elshaday Engenharia prevê um investimento de R$ 20,2 milhões, com recursos oriundos de emendas parlamentares e do Banco do Brasil. Após ajustes no projeto e liberação da área a ser demolida, obras de reforma e ampliação do pronto-socorro em Brazlândia foram retomadas | Foto: Kiko Paz/Novacap De acordo com o diretor de Planejamento e Projetos da Novacap, Carlos Spies, a obra representa um avanço significativo para a saúde pública da região. “Ao final, a unidade está apta para aumentar a capacidade de atendimento”, destacou. [LEIA_TAMBEM]O projeto contempla a ampliação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), além da reforma das unidades de Odontologia Ambulatorial, Análises Clínicas, Agência Transfusional e da subestação elétrica. Também será incluída uma nova Unidade de Cirurgia Ambulatorial. Serão demolidos cerca de 1,3 mil m² de área existente para dar lugar a aproximadamente 10 mil m² de área construída, sendo 2.880 m² de edificações e mais de 6,1 mil m² de novo estacionamento. A área total de funcionamento do hospital também será ampliada de 5 mil m² para 6 mil m². A ampliação do pronto-socorro de Brazlândia é uma ação estratégica para fortalecer a capacidade assistencial da rede pública de saúde. A obra foi planejada para garantir mais segurança, dignidade e qualidade no atendimento aos usuários, além de melhores condições de trabalho para as equipes assistenciais. "Atuamos em parceria com a Novacap para assegurar o cumprimento dos prazos e a conformidade com todas as exigências técnicas e regulatórias de uma estrutura hospitalar”, disse o subsecretário de Infraestrutura da Secretaria de Saúde (SES-DF), Leonídio Pinto Neto. A população local acompanha com expectativa o avanço da obra. “Essa obra vai ser muito importante aqui na região, pois me desloco até Ceilândia ou Taguatinga para ter atendimento. Com ela, serei atendido próximo de casa”, afirma o motorista de transporte escolar, José Amilton de Oliveira, de 65 anos, morador de Brazlândia. *Com informações da Novacap
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Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna reforça a importância do pré-natal e do cuidado especializado
Tawini Pontes, 31 anos, está grávida de 35 semanas e internada pela quinta vez no Hospital Regional de Santa Maria por conta de infecção urinária, diabetes e pressão alta. Essa é a oitava gestação dela, que já teve três abortos. No ano passado, a paciente estava no interior do Nordeste e, devido a um pré-natal sem o acompanhamento devido, acabou perdendo o bebê com 37 semanas de gestação. Condições prévias, caso a gestante tenha diabetes ou hipertensão, por exemplo, pedem consultas mais frequentes ao obstetra e, a depender da doença, o acompanhamento também do especialista | Fotos: Divulgação/IgesDF A gravidez de Tawini é de alto risco e ela recebe atendimento especializado no hospital administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Hoje, a paciente faz parte de estatísticas mundialmente positivas no acompanhamento médico das gestantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2000 e 2023, o acesso a cuidados pré-natais aumentou 21%. A presença de profissionais qualificados no momento do parto cresceu 25%, e os cuidados no pós-natal subiram 15%. Esses indicadores mostram que ações para redução da mortalidade materna são cada vez mais frequentes em muitos países, incluindo o Brasil. Nesta quarta-feira (28) é celebrado o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna. A data foi criada para alertar a sociedade sobre a importância de debater o tema e promover políticas públicas de assistência e acolhimento que garantam o bem-estar da mãe e do bebê. A mortalidade materna é considerada aquela que ocorre durante a gravidez, o parto ou até 42 dias após a mulher dar à luz. Segundo dados da OMS, cerca de 260 mil mulheres perdem a vida todos os anos em razão da gravidez ou do parto. Muitas dessas mortes são preveníveis ou tratáveis com uma boa assistência médica durante a gestação. Atendimento de alto risco no HRSM Com um ambulatório voltado para a gestação de alto risco, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) é referência na região de Saúde Sul e Entorno do DF para o cuidado na linha materno-infantil. A ginecologista e obstetra Rafaella Torres atende as pacientes de alto risco e esclarece que um pré-natal bem feito garante a saúde e a segurança da mãe, o bom desenvolvimento do bebê e um encontro tranquilo dos dois durante o parto. "Estou sendo acompanhada por uma equipe muito bem-preparada e criteriosa nos detalhes. Apesar do medo, tenho mais confiança de que vai dar tudo certo", diz Tawini Pontes, que realizou 18 consultas no ambulatório de gestação de alto risco do HRSM Segundo a médica, um pré-natal de alto risco se refere ao acompanhamento que será feito de uma gestante que tem uma doença pré-existente ou que surge durante a gravidez. Isso sugere que essa seja uma gravidez de risco. Assim, há três condições para um pré-natal de risco: as mulheres com doenças crônicas prévias à gestação, aquelas que tiveram uma gestação anterior de alto risco e aquelas que identificam, no curso da gravidez, uma condição ou doença que vai oferecer risco para ela e a para o bebê. “No primeiro caso, se enquadram mulheres que sofrem de hipertensão arterial, diabetes, lúpus, doenças psiquiátricas, obesidade grave, doenças neurológicas ou cardíacas, ou infecções crônicas, como Hepatite e HIV”, informa. As pacientes com essas condições devem compartilhar com seu especialista o desejo de engravidar, antes de interromper o método anticoncepcional. Dessa forma, o médico que a acompanha, como cardiologista, neurologista, infectologista, reumatologista ou outro especialista, já deve alinhar com o obstetra, as medicações e condutas que devem ser tomadas antes da concepção e durante a gestação. Para o segundo grupo, Rafaella explica que é recomendado o acompanhamento de alto risco quando houver uma gravidez anterior com histórico de hipertensão, diabete gestacional, abortos de repetição e descolamento prévio da placenta, por exemplo. “Tudo isso deve ser observado pelo obstetra para colocar essa futura mamãe sob um olhar mais criterioso. E ainda, se no decorrer da gestação acontecer um quadro de diabetes que não existia antes, ou a descoberta da pré-eclâmpsia, bem como ter uma infecção viral ou bacteriana, o obstetra mudará o olhar para essa grávida e ela se tornará uma gestante de alto risco”, afirma. A depender dessas três classificações – e outras que possam ser diagnosticadas pelo médico no início ou no decorrer da gravidez – a avaliação pré-natal será diferente de uma avaliação normal. [LEIA_TAMBEM]A obstetra exemplifica com o caso de uma gestante diabética, que pode ter que fazer mais consultas do que uma mulher sem essa condição. De acordo com a especialista, um pré-natal normal tem uma consulta por mês, começando o mais cedo possível, até a 32ª semana. A partir daí e até a 36ª semana, uma consulta a cada 15 dias e depois, até o parto, uma consulta semanal. São mais do que as seis consultas mínimas preconizadas pelo SUS. “Condições prévias pedem consultas mais frequentes ao obstetra e, a depender da doença, o acompanhamento também do especialista. Avaliações laboratoriais e de imagem podem ser solicitadas em maior número para saber se o bebê está sofrendo com a condição da mãe”, explica. Pré-natal rigoroso Tawini Pontes faz o pré-natal desde o começo da gravidez no HRSM. Ao todo, a gestante realizou 18 consultas no ambulatório de gestação de alto risco do hospital e se sente menos apreensiva para a chegada da filha Maria Tereza. “Segura a gente nunca fica totalmente, porque tenho tido picos de pressão alta, e as taxas da diabetes estão altas, mas estou sendo acompanhada por uma equipe muito bem-preparada e criteriosa nos detalhes. Apesar do medo, tenho mais confiança de que vai dar tudo certo e minha filha nascerá bem”, relata. O parto de Tawini está marcado para ser realizado até o dia 10 de junho, com no máximo 37 semanas de gestação. A paciente fará a cirurgia de laqueadura, pois já tem três filhos com 14, 9 e 5 anos, respectivamente. A ginecologista e obstetra Rafaella Torres destaca que um pré-natal bem planejado e criterioso proporciona mais segurança para a saúde da mãe e do bebê, além de garantir maior tranquilidade para a equipe que atuará no momento do parto. “Assim que a gravidez for confirmada, a gestante deve procurar imediatamente atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Caso seja identificada uma gestação de alto risco, a paciente será encaminhada para acompanhamento em uma unidade hospitalar de referência, como HRSM”, reforça a médica. *Com informações do IgesDF
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Lançado cartão de crise para pacientes psiquiátricos atendidos no Caps
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) vai gerar cartão de crise para melhorar o atendimento a pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Profissionais de saúde vão utilizar ferramenta online para produzir um cartão impresso que vai reunir informações essenciais do usuário. O objetivo é que o paciente do Caps tenha um atendimento mais ágil, seguro e eficaz em situações de crise psíquica. “O cartão de crise é uma estratégia de cuidado que amplia a autonomia do paciente, fazendo com que ele comunique à equipe assistencial a melhor forma de acolhê-lo durante uma crise psíquica", diz a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O cartão vai apresentar dados importantes para o manejo da crise, como nome, contato da pessoa e do serviço de saúde de referência, medicamentos em uso e contraindicados. O documento será gerado de forma padronizada e impresso diretamente na ferramenta, garantindo praticidade e uniformidade no uso em todos os Caps. A adesão de cada paciente é voluntária. Uma das unidades que já implementou a medida foi o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) de Taguatinga. “A implementação de um cartão de crise é avaliada a partir das necessidades do indivíduo. Ele é confeccionado na presença do usuário, contendo informações particulares e de como ele gostaria de ser acolhido em uma situação de crise. Isso minimiza fatores estressantes, facilitando a comunicação e direcionamento para sua rede de apoio”, avalia a gerente da unidade, Glaucia Figueiredo. Segundo a gerente, o cartão já está sendo aprovado pelos pacientes. “Estamos inserindo o cartão em nossos atendimentos e ele tem sido bem aceito pelos usuários. Vemos o quanto ele tem sido efetivo no manejo da crise, atendendo cada um com sua individualidade”, acrescentou. “O formato do cartão é simples e pequeno para que a pessoa guarde na carteira, no bolso, bolsa ou porta-crachá", diz a assistente social Jamila Zgiet A subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer, ressalta que, com o apoio do cartão, o paciente, quando em crise, pode comunicar, a quem lhe der assistência, suas especificidades e preferências. “O cartão de crise é uma estratégia de cuidado que amplia a autonomia do paciente, fazendo com que ele comunique à equipe assistencial a melhor forma de acolhê-lo durante uma crise psíquica. A ação representa mais um passo no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial do DF, promovendo cuidado humanizado e maior segurança nos atendimentos emergenciais”, destacou durante a reunião da Rede de Atenção Psicossocial, ocorrida na sexta-feira (23), no auditório do Hemocentro. O cartão pode ser visto, exibido ou entregue à pessoa que der o suporte, seja amigo, familiar ou profissional de saúde, explica a assistente social da Gerência de Normalização e Apoio de Saúde Mental, Jamila Zgiet. “O formato do cartão é simples e pequeno para que a pessoa guarde na carteira, no bolso, bolsa ou porta-crachá. É possível acrescentar ainda como ela gostaria de ser abordada em um momento de crise, se não gosta de ser tocada ou se tolera contato, por exemplo”. [LEIA_TAMBEM]A iniciativa da Subsecretaria de Saúde Mental, em parceria com a Secretaria Executiva de Tecnologia da Informação em Saúde da SES-DF, faz alusão ao Mês da Luta Antimanicomial, comemorado em maio. Saúde mental De acordo com o Infosaúde, de 2017 até 2025, a SES-DF ofereceu mais de 2,5 milhões de atendimentos em serviços de saúde mental. Apenas em 2024, foram 500 mil. Já em 2025, até o final de março, foram 87.864 serviços. Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. Os Caps são serviços especializados de saúde mental de caráter aberto e comunitário, ou seja, inseridos na comunidade e que funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido no serviço. A assistência em saúde mental é realizada por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar, composta por: psiquiatras, clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem, farmacêuticos, a depender da modalidade do Caps. Atualmente, a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal conta com 18 Caps em funcionamento. Clique aqui e saiba mais. *Com informações da SES-DF
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GDF amplia público do medicamento nirsevimabe, que protege contra infecções respiratórias graves
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), ampliou o público-alvo do nirsevimabe para nascidos a partir de 1º de agosto de 2024. Anteriormente o público-alvo eram os nascidos a partir de 1º de outubro de 2024. O medicamento protege contra infecções respiratórias graves em prematuros, nascidos de 32 semanas a 36 semanas e 6 dias. Além disso, a secretaria iniciou busca ativa para vacinar crianças com o medicamento. A ação é realizada pelos agentes comunitários de cada região, mas a população também deve procurar os postos e levar os bebês prematuros nascidos na idade gestacional prevista para a aplicação do remédio. Recém-nascidos prematuros nascidos a partir de 1º de agosto de 2024 podem tomar o remédio, que protege contra infecções respiratórias graves | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O Distrito Federal é a primeira unidade da Federação a adquirir o medicamento que protege contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida. Pacientes recém-nascidos internados na rede pública, que atenderem ao critério de elegibilidade, receberão o nirsevimabe durante a internação hospitalar, mediante prescrição médica padronizada. [LEIA_TAMBEM] Já os bebês que não receberam o imunizante antes da alta hospitalar, e estão dentro do público-alvo, deverão ser levados à Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, onde será realizada a avaliação clínica e dos critérios de prescrição do imunizante. Em seguida, deverão procurar o local de aplicação de referência da sua residência portando: * Prescrição médica padronizada * Termo de consentimento devidamente assinado * Caderneta de vacinação da criança ou relatório médico que comprove a indicação clínica para o imunizante Nirsevimabe e palivizumabe O palivizumabe continua sendo utilizado para os grupos de risco nascidos com menos de 32 semanas, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O nirsevimabe vai ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente. Protocolo de aplicação da SES-DF * Palivizumabe: bebês prematuros com idade gestacional até 32 semanas * Nirsevimabe: bebês prematuros entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de agosto de 2024 Locais de aplicação do medicamento Pacientes devem procurar as unidades abaixo, de acordo com o seu local de residência. Artes: Divulgação/Agência Saúde-DF *Com informações da SES-DF
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Quarta do Cidadão da DPDF oferecerá serviços de saúde e apoio jurídico na Rodoviária do Plano Piloto
A oitava edição da Quarta do Cidadão da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) contará com serviços de saúde oferecidos pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) e pelo Instituto Brasil Te Ama. O evento ocorre nesta quarta-feira (21), das 9h às 15h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. O intuito é oferecer diversos serviços ao público masculino em situação de vulnerabilidade social, ampliando o alcance dos serviços prestados pela instituição. A ação, promovida desde agosto de 2024, é realizada na terceira quarta-feira do mês. A Quarta do Cidadão oferecerá serviços como sessões extrajudiciais de mediação e conciliação para a efetivação do direito de filiação, paternidade e maternidade além de testes de DNA realizados pela DPDF. A iniciativa contará também com a oferta de vacinação, por meio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF (Sedet-DF) ofertará os serviços da Agência do Trabalhador Itinerante, com atendimentos referentes à Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Digital, inscrições e orientações para cursos. O evento Quarta do Cidadão oferecerá, nesta quarta (21), na Rodoviária do Plano Piloto, diversos serviços ao público masculino em situação de vulnerabilidade social | Foto: Divulgação/DPDF A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) também estará presente, com eixos do programa Morar Bem, além de outros programas habitacionais promovidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e regularização de imóveis. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) oferecerá serviços referentes ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras). O evento contará ainda com a parceria do Instituto Diabetes Brasil, que disponibilizará orientação sobre diabetes e realização de teste de glicemia, e da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), que disponibilizará serviços do Na Hora. A ação oferecerá também serviços da Caixa Econômica Federal (CEF) relacionados ao banco, como desbloqueio dos aplicativos Caixa Tem; emissão de boletos, cartão social, conta poupança e corrente; consulta ao PIS e ao FGTS; e renegociação de dívidas. A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) distribuirá água potável e a Neoenergia esclarecerá dúvidas e viabilizará a solicitação de serviços. Haverá ainda corte de cabelo e barba. [LEIA_TAMBEM]Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a Quarta do Cidadão representa uma iniciativa fundamental para a garantia de direitos da população em situação de vulnerabilidade do DF. “É uma forma de reafirmar nosso compromisso com a inclusão social e o fortalecimento da cidadania. Oferecer atendimento gratuito é essencial para que os mais vulneráveis consigam resolver suas questões e acessar seus direitos de maneira efetiva”, afirmou. “É uma atividade que vem ganhando força junto à população do Distrito Federal. A proposta do evento é permitir que as pessoas solucionem várias questões em um único espaço, desde assuntos jurídicos até serviços como reconhecimento espontâneo de paternidade e cuidados pessoais, como corte de cabelo e barba”, explicou o chefe da Assessoria Especial da DPDF e coordenador do evento, Celso Murilo de Britto. A defensora pública e chefe do Núcleo de Assistência Jurídica dos Juizados Criminais, Cíveis e de Violência Doméstica de Brasília, Patrícia Albuquerque Tavares, explica que a iniciativa é voltada ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, como desempregados e cidadãos que buscam orientações sobre direitos fundamentais. “O suporte da Defensoria em ações como a Quarta do Cidadão representa um primeiro passo rumo à reinserção social e à conquista de uma vida mais digna, facilitando o acesso a direitos básicos de toda pessoa”, explicou. *Com informações da DPDF
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Brigadistas e técnicos de segurança da área de saúde são capacitados para resgate em áreas de alto risco
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) promoveu, nessa quinta-feira (15), um treinamento intensivo voltado ao aprimoramento das técnicas de resgate em áreas quentes — ambientes críticos, como aqueles afetados por incêndios ou explosões. Realizada no auditório do Hospital de Base (HBDF), a capacitação reuniu técnicos de segurança do trabalho e brigadistas de incêndio que atuam em unidades do instituto, incluindo o próprio HBDF e as unidades de pronto atendimento (UPAs). Técnicos de segurança do trabalho e brigadistas de incêndio que atuam em UPAs e em hospitais geridos pelo IgesDF participaram de treinamento para resgate em situações de emergência | Foto: Divulgação/IgesDF Com foco em situações de eventos inesperados e com grande potencial destrutivo, o treinamento teve como principal objetivo garantir uma resposta rápida, segura e eficaz durante esse tipo de emergência. Os participantes foram desafiados em simulações realistas, que exigiram aplicação prática das técnicas de resgate e trabalho em equipe. [LEIA_TAMBEM] “Essa preparação é fundamental para proteger a integridade física dos profissionais, dos pacientes e de terceiros. Saber agir no momento certo pode ser decisivo para salvar vidas. A aplicação correta das técnicas garante que ninguém fique desamparado em uma situação crítica”, destacou o engenheiro de segurança do trabalho, José Lucas, também coordenador do curso. A capacitação foi conduzida pelo líder da brigada de incêndio, Renato Gomes, com supervisão do técnico de segurança, Guilherme Campanella, e do próprio coordenador José Lucas. Juntos, eles acompanharam o desempenho dos participantes e orientaram a execução das etapas do protocolo de resgate em áreas de risco elevado. O treinamento contou com o apoio do Núcleo de Educação Corporativa (Nudec), ligado à Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), que colaborou na organização da atividade e na adaptação dos conteúdos para a realidade das unidades do IgesDF. *Com informações do IgesDF
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Retomada a licitação para construção do Hospital de São Sebastião
Governo do Distrito Federal · RETOMADA A LICITAÇÃO PARA CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL DE SÃO SEBASTIÃO A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) retomou a licitação para construção do Hospital Regional de São Sebastião (HSS). Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), o certame visa à contratação de empresa ou consórcio para elaboração dos projetos básico e executivo de arquitetura e de engenharia, bem como a obtenção de licenças e outras aprovações e execução da obra. Terreno destinado a receber a unidade hospitalar na AE 05, Área Especial, Alto Mangueiral | Foto: Kiko Paz/Novacap Com capacidade para 100 leitos, o hospital vai ficar na AE 05, Área Especial, Alto Mangueiral. A construção foi anunciada e reforçada pelo governador Ibaneis Rocha em agendas e compromissos, e agora é dado o primeiro grande passo. [LEIA_TAMBEM] “Hoje damos um passo fundamental para fortalecer o atendimento em saúde da região de São Sebastião. A retomada da licitação para construção desse hospital marca o início de um projeto que vai transformar o acesso à saúde para milhares de famílias. Vamos entregar uma unidade moderna e equipada para atender às necessidades da população com dignidade e eficiência”, afirma o subsecretário de Infraestrutura em Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Leonídio Pinto Neto. Publicada no ano passado, o edital passou por revisão no Tribunal de Contas do Distrito Federal e, agora, está de volta para que empresas interessadas possam concorrer. Com investimento de R$ 180 milhões, a licitação ocorre em 5 de agosto de 2025. Toda a documentação, o edital e anexos estão disponíveis nos sites www.novacap.df.gov.br e www.gov.br/compras. Estrutura moderna Estrutura do hospital que será construído em São Sebastião incluirá 100 leitos e centro cirúrgico Dos 100 leitos disponíveis, 60 são dedicados à clínica médica adulta, 30 ao público infantil e dez leitos de UTI pediátrica. Já o centro cirúrgico vai contar com salas, um laboratório de apoio e diagnóstico por imagem, além de ambulatório com consultórios. Em sua estrutura, o futuro HSS vai ter ainda tecnologia avançada e sustentável. A construção está dentro dos moldes de captação de água para irrigação de áreas verdes, com energia solar, placas fotovoltaicas e segurança contra incêndio. *Com informações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap)
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Samambaia recebe edição especial do GDF Mais Perto do Cidadão voltado para o Dia das Mães
Nesta sexta (9) e sábado (10) que antecede o Dia das Mães, Samambaia foi palco de uma grande celebração à cidadania, ao cuidado e ao afeto. A 51ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), contou com uma programação especial voltada às mulheres e à valorização da maternidade. A programação incluiu serviços gratuitos, oficinas, cursos de capacitação, brechó solidário, atendimentos de saúde e atividades especiais voltadas para toda a comunidade. A estrutura foi montada na QN 829, em Samambaia Norte (expansão). Mais de 6.200 atendimentos marcaram a edição do programa GDF Mais Perto do Cidadão em Samambaia | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, marcou presença no evento e comentou como o Governo do Distrito Federal (GDF) acompanhou a criação da expansão de Samambaia desde o início, além de destacar a importância do programa chegar aos lugares em que a população mais precisa de atendimento. “Essa região nunca tinha recebido o programa e essa foi uma das edições mais visitadas. Para mim é muito especial estar aqui perto do Dia das Mães, encontrei várias mulheres e tivemos feedback dos programas que fazemos por meio do GDF. Acredito que é um programa que atende a comunidade e chega perto do cidadão para mudar a vida das pessoas”, declarou. A vice-governadora Celina Leão cumprimenta uma participante da edição do programa em Samambaia: "Acredito que é um programa que atende a comunidade e chega perto do cidadão para mudar a vida das pessoas" Ao longo de mais de 50 edições, o GDF Mais Perto do Cidadão já impactou a vida de mais de 350 mil pessoas. Segundo a Sejus, apenas entre esta sexta e sábado foram mais de 6.200 atendimentos prestados em Samambaia por meio do programa. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, afirmou que a edição foi especial e ressaltou a importância da continuidade do evento em todo o território do DF. “O papel do governo é mapear os locais que precisam de infraestrutura e suporte do Estado, para que a gente faça uma sinalização de que o governo está presente em todo o Distrito Federal e, que se ainda não chegou, possa chegar”. Edição especial Um dos destaques desta edição foi a oficina de chaveiros de feltro, das 9h às 12h. A atividade introduziu uma técnica simples e criativa de confecção do acessório, que pode ser transformado em fonte de renda para os adultos e também em uma forma especial de crianças e adolescentes homenagearem suas mães com presentes feitos por suas próprias mãos. A secretária Marcela Passamani destacou a importância da iniciativa para facilitar o acesso da população a serviços públicos A professora Odília Gonçalves, responsável pela oficina, ressaltou que a atividade significa liberdade e independência financeira para as mulheres: “Elas não precisam sair de casa para trabalhar. Isso é uma renda para as donas de casa e para as mães, muitas com filhos especiais. O artesanato de feltro é uma coisa fácil e lucrativa, eu mesma sustento minha casa com isso”. Odília Gonçalves ensinou, em oficina de chaveiros de feltro, uma atividade que pode aumentar a renda familiar Entre as cerca de 30 mulheres que passaram pelo espaço de aprendizado neste sábado, estava a dona de casa Maria Leda de Oliveira, de 61 anos. Segurando um coraçãozinho feito de feltro que ela mesma confeccionou, a moradora de Samambaia se disse feliz por ter a oportunidade de descobrir uma nova habilidade. “Quando tem uma coisa diferente, eu gosto de aprender, foi uma oportunidade e também uma comemoração do Dia das Mães. Além disso, é uma renda e, para minha idade, uma terapia também”. Atendimento à população [LEIA_TAMBEM]Durante todo o evento, a comunidade teve acesso a uma ampla rede de serviços públicos, como atendimentos do Na Hora, da Polícia Civil e de outros órgãos do GDF, além de serviços de saúde como vacinação contra covid-19, influenza, HPV e testes rápidos. Vacinação antirrábica para pets também estavam disponíveis no local, que contou, ainda, com espaço infantil, serviços de beleza, exposição de artesanato com participantes do Banco de Talentos e os estandes dos programas Direito Delas - voltado à prevenção da violência contra a mulher - e Acolhe DF, que oferece suporte e acolhimento a dependentes químicos e seus familiares. Parte do evento, o tradicional brechó solidário Compartilha Amor ofereceu roupas, calçados e acessórios arrecadados pela campanha da Sejus-DF ao longo do ano. No evento também foi possível realizar as inscrições para o Casamento Comunitário, para os casais que desejam oficializar a união. O programa tem três cerimônias previstas até o fim do ano: a próxima ocorrerá em 29 de junho. A expectativa é de beneficiar cerca de 400 casais em 2025. Maria Leda de Oliveira: “Eu gosto de aprender, foi uma oportunidade e também uma comemoração do Dia das Mães. Além disso, é uma renda e, para minha idade, uma terapia também” Na sexta-feira (9) foram oferecidos à comunidade dois cursos especiais: Protagonista da Casa, voltado a diaristas, empregadas domésticas e donas de casa interessadas em aperfeiçoar suas habilidades, e o Nasce uma Estrela, voltado a gestantes e mães de recém-nascidos, apresentando orientações práticas sobre amamentação, cuidados com o bebê e bem-estar no pós-parto. A população idosa da região também foi beneficiada pelo projeto Um Novo Olhar para a Melhor Idade, que ofereceu exames oftalmológicos gratuitos e doação de óculos, em parceria com a ONG Renovatio. A estimativa é de atender 3.500 idosos ao longo das próximas edições. Otavina Leite Alencar elogiou o acesso facilitado a diversos serviços proporcionado pelo programa GDF Mais Perto do Cidadão A dona de casa Otavina Leite Alencar, 63, disse ter visto muitas coisas boas para a comunidade no local, pertinho de casa. “É muito bom, tem consultas para quem precisa de óculos, dá para fazer documentos, tem a oportunidade do Casamento Comunitário, que é para quem quer casar e tem o noivo, né?” brincou. Ela também elogiou os serviços de saúde: “É importante, eu já me vacinei. E tem para os pets, só não trouxe o meu cachorrinho porque ele já vacinou também”, completou.
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Paciente recebe visita de seu animal de estimação na unidade oncológica do HRT
Há quase 30 dias sob os cuidados de equipes do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Jorge Soares, 74 anos, nunca se sentiu sozinho. Além dos cuidados clínicos, sempre esteve na companhia de algum dos sete filhos, que se revezam em forma de escala, desde que o pai buscou atendimento no pronto-socorro com sintomas respiratórios. Ao longo do período, familiares e profissionais formaram um vínculo que contribui para o bom ânimo do paciente. “É muito bom sentir-se querido. Me sinto protegido”, resume. “O que todos eles me fazem é uma demonstração de que o ser humano ainda tem valor”, resume Jorge Soares, feliz com o reencontro com a poodle Toy | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Diagnosticado com câncer de pulmão em março, Jorge está em tratamento na enfermaria da Unidade de Internação Oncológica do HRT. Enquanto aguardava a quimioterapia, a equipe multiprofissional prontificou-se a viabilizar algo que ainda fazia falta ao paciente: o encontro com a cachorrinha de estimação Mel. A poodle Toy, que tem seis anos, chegou na família com apenas 45 dias de vida. A impossibilidade de oferecer as pernas para que o animal pudesse dormir, como costumava fazer em casa, preocupava o tutor enquanto esteve internado nesses últimos dias. O encontro realizado na última quarta-feira (30) serviu de alívio à angústia e de preenchimento da saudade. “Ela é o meu xodó!”, descreveu aquilo que o sorriso e os olhos marejados já revelavam. Integralidade do cuidado A iniciativa OncoPet é coordenada pelo psicólogo Fernando Cabral (terceiro da direita para a esquerda) e conta com a adesão de toda a equipe multiprofissional As visitas de animais de estimação a pacientes da unidade oncológica do HRT começaram há cerca de cinco anos. A iniciativa denominada OncoPet é coordenada pelo psicólogo Fernando Cabral, que busca corresponder ao interesse do paciente junto à adesão de toda a equipe. “Sem uma equipe multiprofissional, não seria possível realizar isso. Todas as especialidades estão interrelacionadas para a promoção do cuidado”, partilha o psicólogo. [LEIA_TAMBEM]Para o encontro entre Jorge e Mel, por exemplo, o desejo do paciente foi constatado pelo psicólogo José Antônio. E a verificação das características e cuidados de higiene do animal, incluindo o histórico de vacinação, foi efetuada por profissionais de enfermagem e de serviço social. “A gente busca oferecer sempre mais para o bem-estar do paciente. Para além do cuidado biológico, buscamos promover também uma saúde que envolve aspectos emocionais e psicológicos”, indica o psicólogo. Atendimento humanizado No contexto das redes de atenção à saúde, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) busca fortalecer o atendimento humanizado por meio da padronização de fluxos de atendimento e de processos de trabalho. Segundo o assessor da Política Nacional de Humanização na SES-DF, Rodrigo Valim, a estruturação do serviço favorece uma oferta eficaz e qualitativa, que repercute diretamente na saúde do cidadão. “A humanização aplicada a um ambiente de assistência em saúde reduz o tempo de internação e contribui para uma melhora ainda mais rápida do paciente assistido”, explica Valim. Essa recuperação é o que o paciente Jorge Soares aguarda com convicção. Enquanto isso, conserva gratidão pelo bom amparo que recebe dos profissionais do HRT. “O que todos eles me fazem é uma demonstração de que o ser humano ainda tem valor”, exalta. *Com informações da SES-DF
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Box de emergência do Hospital da Região Leste é recuperado para melhorar atendimento
Com o objetivo de melhorar a qualidade da estrutura física e garantir mais segurança e conforto tanto para pacientes quanto para profissionais, a Secretaria de Saúde (SES-DF) fez a readequação do box de emergência do Hospital da Região Leste (HRL). O espaço, que já está em funcionamento, conta com sete leitos, incluindo um de isolamento. As readequações foram feitas com o objetivo de qualificar a estrutura física e garantir mais segurança e conforto tanto para pacientes quanto para os profissionais de saúde | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF O local passou por diversas intervenções estruturais. Foi realizada a recuperação do teto, que apresentava um buraco deixado após a retirada de um antigo aparelho de ar-condicionado, além da pintura das paredes, fechamento de janelas, reforço da iluminação e a troca do bate-macas, um sistema de proteção para paredes que protege contra impactos de macas, cadeiras de rodas e outros equipamentos. [LEIA_TAMBEM] Embora a capacidade total de leitos tenha sido mantida, as mudanças representam um avanço na qualidade do setor de emergência. A necessidade de intervenção foi identificada durante uma vistoria técnica que avaliou as condições do hospital. Para a superintendente da Região Leste, Malu Castelo Branco, as readequações são fundamentais para garantir um cuidado mais humanizado e eficiente. “Esses ajustes no box de emergência fazem parte de um conjunto de readequações e manutenções necessárias no HRL para garantir melhor segurança e qualidade nas dependências do hospital, tanto para os usuários quanto para os profissionais que trabalham na unidade”, afirmou. A superintendente mencionou ainda que, nos próximos meses, outras áreas do hospital também passarão por intervenções, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o segundo andar, com foco na adaptação de espaços e ampliação do número de leitos de enfermaria. *Com informações da SES-DF
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DF vai ampliar rede de saúde mental infantojuvenil com novo Capsi no Recanto das Emas
Governo do Distrito Federal · DF VAI AMPLIAR REDE DE SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL COM NOVO CAPSI NO RECANTO DAS EMAS O governador Ibaneis Rocha assinou, nesta terça-feira (6), a ordem de serviço para a construção do novo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) no Recanto das Emas. A assinatura foi durante a cerimônia de entrega do Centro de Referência da Mulher na cidade e marca um avanço na ampliação da rede de cuidados em saúde mental do Distrito Federal. Foto: Renato Alves/Agência Brasília A nova sede receberá um investimento total de R$ 4.782.391,36, além de R$ 150 mil destinados à contratação da empresa responsável pela execução da obra, conforme definido em portaria conjunta da Secretaria de Saúde (SES-DF) com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). “Principalmente após a pandemia, a pauta dos problemas psíquicos tem sido muito trabalhada. Primeiro criamos uma subsecretaria para o atendimento das pessoas com problemas psiquiátricos e agora a gente tem que levar cada vez mais Capsi para fazer o atendimento de crianças e jovens que sofreram muito depois da pandemia com o afastamento social. Então, é o governo cuidando de toda a população do DF”, afirmou Ibaneis Rocha. Especializado no atendimento a crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes — incluindo casos relacionados ao uso problemático de substâncias psicoativas —, o Capsii visa oferecer suporte terapêutico e promover a reinserção social desses jovens. O objetivo é fortalecer vínculos afetivos e sociais, além de contribuir para a construção de projetos de vida. “De fato, com a covid-19 houve um enorme crescimento das doenças mentais e nós, hoje, temos de fortalecer essa questão da saúde. Então a construção desse Capsi vai ser um grande avanço para a população do Distrito Federal”, acrescentou o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante. A unidade acolhe crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos com sofrimento psíquico intenso e duradouro, além de jovens com até 16 anos incompletos com histórico de uso abusivo de álcool e outras drogas. O atendimento também se estende às famílias, reconhecendo a importância do apoio familiar no processo terapêutico. O acesso ao serviço pode ser feito por encaminhamento das redes de saúde, educação, assistência social, sistema sociojurídico, hospitais ou por demanda espontânea. Para o atendimento, é necessário apresentar documento de identidade do responsável, comprovante de residência e o Cartão do SUS. [LEIA_TAMBEM] “A assinatura da ordem de serviço representa mais um avanço nos cuidados com a saúde mental da nossa população, especialmente, de crianças e adolescentes. É preciso cuidar de modo integral dos nossos jovens e é isso o que estamos fazendo neste GDF”, defendeu a vice-governadora Celina Leão. Nova sede e abrangência regional Atualmente localizado na Quadra 307 do Recanto das Emas, o Capsi erá transferido para uma nova sede no Setor Hospitalar 104/105, Lote 25, também na região. A nova unidade terá capacidade para atender, além do Recanto das Emas, moradores de Samambaia, Gama, Santa Maria, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Núcleo Bandeirante e Candangolândia — totalizando uma população estimada em 848 mil pessoas. O Ministério da Saúde recomenda que cada Capsi atenda entre 70 mil e 200 mil habitantes, o que reforça a importância da ampliação. A unidade contará com uma equipe multiprofissional formada por enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, médico clínico geral, entre outros profissionais, atuando de forma integrada e interdisciplinar, com foco no cuidado centrado no usuário. Entre os serviços oferecidos estão acolhimento inicial, atendimentos individuais e em grupo, intervenções em crises, ações farmacológicas e não farmacológicas, oficinas terapêuticas, visitas domiciliares, apoio às famílias e atividades comunitárias. O Capsi também promove espaços de participação social — como conferências e assembleias com usuários e familiares —, ações de educação em saúde, educação permanente e articulação com outras redes. A nova estrutura ainda incluirá iniciativas voltadas à reabilitação psicossocial, incentivo à profissionalização e ao acesso à cultura, esporte e lazer, favorecendo a inclusão e o fortalecimento de vínculos comunitários.
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Serviços de obstetrícia, ginecologia e odontologia são destaque da 23ª edição do Dia da Mulher da DPDF
A 23ª edição do Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) contará com serviços de obstetrícia, ginecologia e odontologia. Os atendimentos serão oferecidos pelo Instituto Brasil Te Ama. A ação ocorre nesta segunda-feira (5), das 8h às 16h, no Nuclão da DPDF, localizado no Setor Comercial Norte, Quadra 01, Bloco G, Loja 01 – Edifício Rossi Esplanada Business, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A edição marcará o mês da Defensoria Pública, comemorado em maio. O Dia da Mulher da DPDF oferece diversos serviços gratuitos para atender várias áreas do público feminino em situação de vulnerabilidade, como orientação jurídico, exames de DNA e atendimentos de saúde | Foto: Divulgação/DPDF A iniciativa tem como objetivo oferecer diversos serviços gratuitos ao público feminino em situação de vulnerabilidade e ocorre na primeira segunda-feira de cada mês. Caso seja feriado, é realizada no primeiro dia útil subsequente. A cada edição, novas parcerias são firmadas para ampliar a oferta de serviços ao público feminino, promovendo abordagem mais abrangente e holística para lidar com os diversos desafios que as mulheres enfrentam, desde questões de saúde e segurança, até acesso à Justiça e oportunidades econômicas. O Dia da Mulher da DPDF oferece diversos serviços gratuitos para atender várias áreas do público feminino em situação de vulnerabilidade. Enquanto são atendidas, mães que precisam levar crianças ao evento contam com uma brinquedoteca para deixar os filhos em segurança. A iniciativa oferece também lanche para as participantes. Na área jurídica, a DPDF disponibiliza serviços como mediação, orientação jurídica, iniciais de Família e de Saúde, além da prestação de assistência psicossocial e a realização de exames de DNA. Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a cada edição, a instituição caminha em direção à construção de uma sociedade mais justa e solidária. “Quando a Defensoria Pública abre suas portas para cuidar de mulheres em situação de vulnerabilidade, ela não apenas garante acesso à Justiça, mas devolve voz, segurança e esperança a essas pessoas”, defendeu. A defensora pública e chefe do Núcleo de Assistência Jurídica de Promoção e Defesa das Mulheres (Nudem), Rafaela Ribeiro Mitre, explica que o oferecimento de serviços especializados às mulheres do DF é fundamental para que elas retomem sua dignidade. “O Dia da Mulher é uma ponte entre o público feminino e a rede de proteção criada para elas, promovendo o acolhimento e a orientação para quem mais precisa”, finalizou. Entre os serviços ofertados, estão orientação jurídica, exames de DNA gratuitos, atendimento psicossocial, vacinação, cadastro da pessoa com deficiência, inscrições e cursos profissionalizantes e orientações para regularização e inscrição em programas habitacionais. *Com informações da DPDF
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Grupo da UBS 1 de Taguatinga oferece escuta e orientações a cuidadores de pessoas com TEA
Um espaço de escuta e orientações. É esse apoio que o grupo interdisciplinar TEAlogando da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Taguatinga oferece para pais e cuidadores de pessoas com diagnóstico ou investigação de Transtorno do Espectro Autista (TEA) da quadras QNG, QNH, localizadas em Taguatinga, e da Colônia Agrícola 26 de Setembro, território atendido pela unidade. O grupo, iniciado em maio de 2024, está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multiprofissionais (eMulti) e de Saúde da Família (eSF). O grupo iniciado em maio de 2024 está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multidisciplinares e de Saúde da Família (eSF) | Fotos: Arquivo pessoal Em celebração ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, o grupo realizou algumas atividades. “Não é um grupo fixo, há rotatividade dos participantes, pois são pais de crianças que chegam com demanda de atraso de linguagem, suspeita ou diagnóstico de TEA para a eMulti. Eles são convidados a participar da turma enquanto as crianças aguardam os devidos atendimentos e encaminhamentos nas Redes de Atenção à Saúde ( RAS)”, aponta a gerente da UBS, Iraquitania Bernardo Barbosa. A fonoaudióloga Suzy Yurimi Kusakawa Mashuda explica que são ciclos de seis encontros quinzenais onde são abordados temas específicos de interesse para orientações, criação de rede de apoio entre os pais e a intervenção precoce. Grupo discute temas como desenvolvimento de linguagem e seletividade alimentar de pessoas com TEA e autocuidado dos próprios cuidadores “Essa medida é importante, pois cria uma rede de apoio entre os pais, fortalece o vínculo com a equipe. Nesses grupos, eles recebem orientações práticas para serem aplicadas no dia a dia. Além de tudo, é um espaço de acolhimento, escuta qualificada, apoio e troca de experiências”, afirma. Conhecimento Entre os assuntos abordados com os participantes estão a definição e conceito do TEA, comunicação e desenvolvimento de linguagem, alterações sensoriais, seletividade alimentar, direito da pessoa com deficiência e o autocuidado dos próprios cuidadores. [LEIA_TAMBEM] Uma das participantes, Cedalia Maria Medeiros Silva, 44, mãe do Isaque, 8, conta que o filho foi diagnosticado com autismo nível 2 de suporte. Moradora da região, ressalta que o apoio do grupo é fundamental. “Aprendi mais sobre o comportamento dele. O apoio é muito bom para nós, mães atípicas. Outra coisa importante foram as orientações sobre o autocuidado de quem cuida, principalmente relacionado à saúde mental e autoestima. Da gente não esquecer do nosso próprio cuidado diário, cuidar do cabelo, fazer uma maquiagem. Eu me senti acolhida. Os profissionais são solícitos e fazem tudo com muito amor. Sei que vai ajudar muitas mães”, elogiou. Atendimento A porta de entrada para o serviço são as unidades básicas de saúde (UBSs), que fazem o acolhimento e os encaminhamentos necessários a partir de uma avaliação inicial, realizada por uma equipe multiprofissional. Após a etapa, a pessoa com TEA pode ser encaminhada de acordo com a gravidade dos casos. Em formas mais leves, os pacientes são direcionados para uma equipe de saúde da família. Em casos moderados, para os serviços especializados em saúde mental, como o Centro de Atendimento ao Adolescente e Família (Adolescentro) e o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP). Já em ocorrências mais graves do transtorno, para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). *Com informações da SES-DF
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Profissionais de saúde participam de capacitação em projeto-piloto de segurança para serviços de hemodiálise
Com o objetivo de fortalecer a segurança dos pacientes que realizam diálise e hemodiálise no Distrito Federal (DF), a Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), promoveu, nesta semana (28), uma capacitação para profissionais da área que atuam tanto nos serviços públicos quanto nos privados que possuem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). O treinamento integra um projeto-piloto da Anvisa que pretende apresentar o checklist de hemodiálise segura aos profissionais do DF para depois expandi-lo em todo o país. Treinamento abordou a lista de verificação para uma hemodiálise segura, um checklist inspirado em protocolos da aviação civil | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Estamos tendo acesso, em primeira mão, a um material que será usado em todo o Brasil. Além de receberem o conteúdo, os profissionais vão avaliar a ferramenta e sugerir possíveis melhorias”, destacou a gerente de Riscos em Serviços de Saúde da SES-DF, Maria do Socorro Félix. Segurança do paciente Ministrado pela Anvisa no auditório do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), o treinamento abordou a lista de verificação para uma hemodiálise segura, um checklist inspirado em protocolos da aviação civil, em que procedimentos rigorosos são aplicados para garantir mais segurança ao usuário. De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, encontros como esse são fundamentais para aprimorar a qualidade dos serviços prestados à população. “A RDC11 de 2014, entre outras normas, orienta o nosso trabalho para que possamos assegurar a conformidade com os padrões sanitários, promovendo a prevenção de riscos, o controle de infecções e a melhoria contínua da assistência prestada. O encontro é uma excelente oportunidade para fortalecermos esses princípios na prática e nos apropriarmos do checklist como ferramenta estratégica para a segurança do paciente”, explicou. A gerente substituta de Vigilância e Monitoramento de Serviços de Saúde da Anvisa e ministrante da palestra, Maria Dolores Nogueira, reforçou a importância de implementar barreiras de segurança nos serviços de saúde. “Errar é humano. Por isso, práticas como o uso de checklists ajudam a reduzir a ocorrência de erros e eventos adversos, garantindo uma assistência mais segura”, afirmou. Como parte do público-alvo, a chefe da unidade do Sistema Urinário do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), Camila Ximenes, acredita que a capacitação vai impactar positivamente o cotidiano das unidades. “O checklist ajuda a organizar as etapas do nosso atendimento e garante que nenhuma medida de segurança seja negligenciada, o que é fundamental em procedimentos tão sensíveis quanto a hemodiálise”, concluiu. *Com informações da SES-DF
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Samambaia recebe projeto que acolhe mães atípicas com atividades inclusivas e cursos profissionalizantes
Samambaia é a quarta região administrativa do Distrito Federal a receber o projeto Mães mais que Especiais, que começou no dia 7 deste mês e vai até sábado (12), com acesso das moradoras da região a diversos serviços públicos gratuitos no Centro Urbano Samambaia Sul. Desenvolvido pela Secretaria da Mulher (SMDF) em parceria com o Instituto Cultural Social do Distrito Federal (INCS), a ação oferece uma abordagem itinerante voltada para mães e cuidadoras de crianças neuroatípicas ou com deficiência, promovendo saúde integral, autonomia econômica, educação, cultura, lazer e desenvolvimento social. “É um projeto que cuida de quem cuida. As mães atípicas ou de filhos com deficiência precisam contar com o apoio do Estado para se desenvolverem em busca de uma vida plena e poderem cuidar de seus filhos” Celina Leão, vice-governadora do DF Pioneira no Brasil, a proposta foi idealizada para apoiar mulheres que lidam com a tripla jornada de trabalho, cuidados domésticos e o papel de cuidadoras integrais. Além disso, a iniciativa também acende um alerta sobre a violência doméstica. Durante os sete meses de execução, o projeto oferece uma ampla gama de serviços, como atendimentos de saúde, capacitações em diversas áreas, atividades culturais, orientação jurídica, além da distribuição de materiais informativos e exibição de vídeos e palestras educativas. O programa ocorre em Samambaia até sábado (12), oferecendo capacitações, atendimentos de saúde, atividades culturais e orientação jurídica, entre outros serviços | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “É um projeto que cuida de quem cuida. As mães atípicas ou de filhos com deficiência precisam contar com o apoio do Estado para se desenvolverem em busca de uma vida plena e poderem cuidar de seus filhos. Para isso, levamos ações que promovem a saúde integral, a autonomia financeira, a educação, assim como a cultura, o lazer e o desenvolvimento social, aspectos importantes que todas têm direito a acessar”, declarou a vice-governadora do DF, Celina Leão. “Aqui cuidamos das crianças enquanto as mães se capacitam ou fazem os atendimentos psicológicos, odontológicos ou jurídicos” Sol Montes, coordenadora- geral do projeto A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, reforçou que o projeto é um compromisso da pasta com aquelas que dedicam as vidas ao cuidado e ao amor incondicional. “Queremos fortalecer essas mulheres extraordinárias, oferecendo saúde, acolhimento, formação profissional e autonomia. São mães que merecem ser cuidadas, valorizadas e empoderadas”. Nesta edição as mulheres contam com acesso a trancistas, alongamento de unhas e cílios, fotografia e outros cursos que envolvem logística e redes sociais. A coordenadora-geral do projeto, Sol Montes, afirmou que as turmas sempre enchem e a iniciativa é uma política pública contundente para a inclusão das mães atípicas, que vivem situação de vulnerabilidade social aumentada por não terem com quem deixar os filhos, além de 80% delas criarem os filhos sozinhas. “Aqui a minha filha foi acolhida pela equipe, sei que ela está bem e eu fico também”, diz Soleni Paes Landim, mãe de Ana Laura, diagnosticada com TEA do nível 2 “Elas não conseguem fazer uma formação profissional, um atendimento médico, um autocuidado ou trabalhar autoestima, porque elas simplesmente vivem para os filhos. Aqui cuidamos das crianças enquanto as mães se capacitam ou fazem os atendimentos psicológicos, odontológicos ou jurídicos. As participantes chegam parecendo que estão dentro de uma conchinha e a transformação é impressionante. Estamos começando a diagnosticar o perfil dessas mulheres, entendendo onde elas moram e quais são as principais necessidades delas, além de trabalhar a autoestima e o acesso a direitos que elas às vezes nem sabem que têm”, acentuou. Ser cuidada para cuidar Com uma formação de técnica de enfermagem, a dona de casa Soleni Paes Landim, 44, não consegue exercer a profissão pela rotina intensa voltada para a filha Ana Laura, de 7 anos, que é diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) de nível 2, onde a criança apresenta dificuldades de se comunicar e interagir. Entre as longas sessões de terapia e a escola de Ana, o tempo que sobra para a mãe é para cuidar das demandas da casa, que a sobrecarregam como mãe solteira. “Essas dicas ajudaram muito, é uma qualidade de vida melhor que a gente oferece quando aprende coisas simples que bastava só uma oportunidade para aprender”, afirma Aline Estefani Nascimento “Desde o diagnóstico, a minha vida ficou voltada para ela. A rotina é bem intensa, quase não tenho tempo para mim e não podemos ir em todos os lugares, porque nossos filhos têm limitações de barulho e manias. Aqui a minha filha foi acolhida pela equipe, sei que ela está bem e eu fico também. Então esse é o meu momento, se a gente não tiver esse tempo, adoecemos. Porque a gente é mãe, mas é mulher, um ser humano, precisamos estar bem em todos os sentidos para cuidar dos filhos. E os nossos precisam de muito mais cuidado que qualquer outra criança, então exige preparo psicológico e físico. Participo de tudo que o governo nos proporciona”, relatou, emocionada. Soleni escolheu uma capacitação no alongamento de cílios ofertado pelo projeto que, além de elevar a autoestima, dará a possibilidade dela ter uma renda extra de maneira autônoma. “Esses cursos que o governo oferece são maravilhosos, porque agregam. Como mãe atípica, a gente não tem muitos horários vagos. Mas temos o momento que os filhos estão na escola e nele vou poder trabalhar até na minha casa e fazer meu horário”. A dona de casa Aline Estefani Nascimento, 36, descobriu o projeto ao passar com o filho pela estrutura montada. Ela ficou encantada com a palestra oferecida no início do evento, com dicas de como lidar com os pequenos. “Meu filho é uma criança mais difícil de lidar, inclusive para escovar os dentes e até para alimentá-lo. Então essas dicas ajudaram muito, é uma qualidade de vida melhor que a gente oferece quando aprende coisas simples que bastava só uma oportunidade para aprender”, revelou. O programa está instalado em Samambaia e ocorre das 8h às 12h e das 14h às 18h de segunda a sexta-feira, e das 8h às 13h no sábado. As atividades itinerantes já foram realizadas em Ceilândia, onde foram atendidas cerca de 660 mulheres; além de Santa Maria e Planaltina com mais de mil atendimentos em cada cidade. As próximas edições serão em São Sebastião, entre os dias 9 e 14 de junho na Quadra 101 Conjunto 08; e em seguida no Sol Nascente/Pôr do Sol, no Setor Habitacional Sol Nascente, VC 311, Trecho II.
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Nem sempre é o fim: cuidados paliativos abrangem pacientes com qualquer doença grave ou crônica
“Ao contrário do que muita gente acha, não é sempre sobre o fim da vida. No meu caso, foi um começo de esperança, uma oportunidade, um acolhimento humanitário.” Este é o relato da paciente Luciana de Almeida, 49, diagnosticada com um câncer raro na região óssea do cóccix. Há sete anos, ela é acompanhada pela equipe de cuidados paliativos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). “É essencial desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento” Melissa Gebrim Ribeiro Nieto, médica paliativista “É essencial desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento. Mesmo em doenças com perspectiva de cura, há sofrimento físico, psicológico e social que pode precisar desse suporte. Atendemos pacientes com qualquer doença ameaçadora à vida, com qualquer prognóstico e em qualquer estágio da evolução natural da doença”, descreve a médica paliativista da SES-DF, Melissa Gebrim Ribeiro Nieto. Na rede pública, o tratamento paliativo envolve o trabalho de diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos. O serviço é acessado por meio de um pedido de parecer feito por qualquer profissional da equipe assistente do paciente, desde que a demanda seja especificada. O tratamento paliativo envolve o trabalho de diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Entre as doenças tratadas pela área estão câncer, Parkinson, esclerose múltipla, cardiopatias, problemas pulmonares crônicos, Aids, traumatismo craniano grave e doenças neurológicas, genéticas ou congênitas incuráveis, entre outras. Mais qualidade de vida Dados do Ministério da Saúde apontam que há mais de 625 mil pessoas em cuidados paliativos no país. Para a coordenadora da Atenção Especializada à Saúde da SES-DF, Julliana Tenorio Macêdo de Albuquerque Costa, esse tipo de apoio é crucial para garantir dignidade e qualidade de vida ao paciente. “Além de humanizar a assistência, esses cuidados reduzem internações desnecessárias, melhoram a eficiência do sistema de saúde e asseguram um cuidado integral, respeitando as necessidades individuais”, explica a gestora. Cada caso é individualizado, e as condutas são ajustadas conforme a proporcionalidade terapêutica e as demandas do paciente e de sua família, prevendo abordagens nos campos emocional, físico, social e espiritual. Trata-se de um cuidado flexível, que pode ser realizado em diferentes locais, de acordo com cada situação. “O tratamento é oferecido pela SES-DF em nível hospitalar e ambulatorial, além de capacitar muitos servidores dos Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar (Nrads)”, assegura a referência técnica distrital (RTD) colaboradora em Cuidados Paliativos, Cristiane de Almeida Cordeiro. É possível contar com esse tipo de apoio em casa, nos hospitais regionais ou ainda por meio de uma internação na enfermaria especializada do Hospital de Apoio de Brasília (HAB). Era o caso de Creuza Alves do Nascimento, 81. Diagnosticada com Alzheimer, ela foi acompanhada pela equipe de cuidados paliativos no ambulatório do HAB. Nesse auxílio, os profissionais realizaram, por exemplo, reuniões familiares por videochamada com uma das filhas de Creuza, que morava longe. Arte: Divulgação/Agência Saúde-DF “Foi um atendimento que impactou positivamente. Desde o início até o final do tratamento, observamos o quanto minha sogra ganhou dignidade. Sem esse apoio, acredito que teríamos tido muito mais dificuldades. Foi um período em que usufruímos de todo o potencial humano da equipe. De coração, só temos a agradecer”, conta Luiz Cláudio Batista, genro de Creuza. Ela faleceu em agosto de 2024. *Com informações da SES-DF
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Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ encerra atividades com mais de 115 mil atendimentos
Após uma itinerância de cinco meses, o programa Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ chegou ao fim acumulando 115.444 atendimentos médicos oferecidos à população. Durante o período, a iniciativa passou por cinco regiões administrativas oferecendo consultas e exames médicos gratuitos pré-agendados pelo site. Realizado com recursos de emendas parlamentares do deputado federal Alberto Braga, o serviço é executado em parceria com o Hospital São Mateus. Atendimento oferecido contempla diversas especialidades, abrangendo um público numeroso | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O serviço ofertado é de excelência, e os profissionais são altamente capacitados, além de as consultas e exames serem realizados no mesmo dia, tornando o atendimento mais rápido” Celina Leão, vice-governadora “Os atendimentos prestados pelo Saúde Mais Perto – A Tenda + são um importante reforço que têm nos ajudado a desafogar a rede pública de saúde”, destaca a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. “O serviço ofertado é de excelência, e os profissionais são altamente capacitados, além de as consultas e exames serem realizados no mesmo dia, tornando o atendimento mais rápido. Estamos levando saúde de qualidade para perto das pessoas que mais precisam e aproximando o poder público da população, algo que consideramos fundamental para atendermos cada vez melhor as demandas.” Acesso ampliado Riacho Fundo foi o primeiro local a receber o serviço. Em dez dias na cidade, entre 20 e 29 de novembro de 2024, o programa registrou 27.729 atendimentos. Na sequência, o Saúde Mais Perto do Cidadão foi para o Sol Nascente/Pôr do Sol, onde ficou por dez dias, entre 11 e 20 de dezembro, e acumulou 29.965 atendimentos. Juntas, as duas cidades registraram 57.694 atendimentos só em 2024. Neste ano, o programa iniciou a itinerância pela Estrutural, onde permaneceu entre 29 de janeiro e 7 de fevereiro. Na ocasião, A Tenda+ bateu recorde de atendimentos, com 32.072 registros. Em Ceilândia, o serviço itinerante ficou entre 19 e 28 de fevereiro e alcançou 31.301 atendimentos. Já em Santa Maria, última cidade a receber a iniciativa, foram contabilizados 30.377 atendimentos entre os dias 12 e 21 deste mês. “O programa foi uma iniciativa fundamental para ampliar o acesso à saúde no DF, principalmente em regiões que necessitavam desse serviço itinerante” Juracy Cavalcante, secretário de Saúde “O programa foi uma iniciativa fundamental para ampliar o acesso à saúde no DF, principalmente em regiões que necessitavam desse serviço itinerante”, ressalta o secretário de Saúde, Juracy Cavalcante. “Com mais de 151 mil procedimentos realizados, conseguimos levar atendimento médico gratuito e de qualidade diretamente às comunidades.” Criado em novembro de 2024, o Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ conta com consultas de ginecologia, pediatria, oftalmologia, cardiologia, dermatologia e ortopedia, além de exames como eletrocardiograma, tonometria, fundoscopia, mapeamento de retina, ceratometria, refratometria, biomicroscopia, hemograma completo, glicose, ureia, creatinina, lipidograma, triglicerídeos, coagulograma e hemoglobina glicada. O serviço é oferecido em uma estrutura móvel com 1,2 mil metros quadrados, 16 consultórios e capacidade para atender até 300 pessoas por dia.
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GDF amplia atendimento de pediatria em prontos-socorros com novos profissionais
Para assegurar que nenhuma criança fique sem o cuidado médico necessário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) contratou empresas especializadas em serviços de pediatria. Desde 1º de março, os profissionais atuam em regime de plantão em diversos hospitais da rede pública. A medida faz parte de um conjunto de estratégias da pasta para lidar com a alta demanda durante o período de sazonalidade de doenças respiratórias. Com investimento de mais de R$ 17 milhões, profissionais complementam atuação pediátrica na rede pública, garantindo assistência | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) ultrapassa os R$ 17 milhões. Com a contratação, os novos pediatras foram distribuídos nos hospitais regionais do Guará (HRGu), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Planaltina (HRPl), Região Leste (HRL, no Paranoá) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde (Cates) da SES-DF, Julliana Macêdo, explica que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros – e não em ambulatórios -, cumprindo plantões de seis horas. “No total, serão mais de 14 mil plantões ao longo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais seis. Nessas duas semanas, já foi possível perceber impactos diretos tanto nas equipes quanto nos atendimentos”, destaca. Atualmente, a rede pública de saúde conta com 475 pediatras em atividade. Os pediatras contratados estão atendendo nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Segundo a especialista, a sazonalidade das doenças respiratórias está menos intensa neste ano, se comparada ao mesmo período de 2024. Essa percepção, aliada a novas estratégias terapêuticas, tem garantido um atendimento mais eficiente. Exemplo disso é a padronização e ampliação do uso do cateter nasal de alto fluxo – tecnologia que reduz significativamente a necessidade de intubações e proporciona um tratamento menos invasivo e mais seguro às crianças. Medidas Além da contratação emergencial, a SES-DF tem adotado outras estratégias para fortalecer o atendimento pediátrico, como nomeações por concurso público, mudança de especialidade de médicos com formação em pediatria e ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais a profissionais interessados. Na última sexta-feira (14), com foco na otimização dos fluxos de atendimento nas unidades de neonatologia e pediatria, mais 33 servidores da Saúde tiveram carga horária ampliada. Os profissionais atuam nos hospitais de Sobradinho, Planaltina, no Hmib e em outras unidades da SES-DF. UPAs Também em complemento ao reforço nos plantões, o GDF tem expandido o atendimento pediátrico nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Atualmente, as UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho já contam com pediatria 24 horas, com possibilidade de expansão para outras unidades conforme a demanda. *Com informações da SES-DF
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Atividade educativa reúne pacientes e profissionais da saúde do DF em celebração à Semana do Sono 2025
O sono tem um papel fundamental para a saúde do corpo e da mente. Nesse estado de repouso acontecem as principais funções restauradoras. Um sono de boa qualidade é responsável por auxiliar na redução de doenças cardiovasculares e diabetes, no fortalecimento imunológico, na regulação do humor e na melhora do foco e da concentração. Pacientes e profissionais da saúde estiveram reunidos, no auditório do Hran, em atividade referente à Semana do Sono 2025 | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF A partir do tema “Faça da saúde do sono uma prioridade”, pacientes e profissionais da saúde estiveram reunidos, nesta sexta-feira (14), no auditório do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em atividade educativa. O evento é uma proposta da equipe do ambulatório especializado da unidade hospitalar e faz parte da programação da Semana do Sono 2025, promovida nacionalmente pela Academia Brasileira do Sono entre 14 e 20 de março. Ao longo da tarde, foram apresentados casos clínicos sobre os distúrbios mais frequentes, como forma de esclarecer dúvidas e apresentar técnicas para a melhora da qualidade do sono. A pneumologista e médica do sono Géssica Andrade sinaliza que a participação familiar tem grande importância nesse processo de reeducação. “Não é a intervenção médica a única responsável por acabar com um sono de má qualidade. Há todo um contexto, relacionado à higiene do sono, especialmente, que precisa ser avaliado e ajustado em conjunto com a parentela”, explica. Edjane Bezerra, 59 anos, realiza acompanhamento no ambulatório do sono do Hran há quase três anos. O ingresso ocorreu durante a investigação que apontou um quadro de apneia como causa do Acidente Vascular Cerebral (AVC) do qual foi vítima no início de 2022. A partir do diagnóstico oferecido pela unidade de saúde, a moradora de Taguatinga utiliza o CPAP, aparelho que fornece um fluxo de ar contínuo para o tratamento de distúrbios respiratórios. Inicialmente, eram aferidas cerca de 110 paradas respiratórias ao longo de uma noite de sono. Os últimos registros contabilizaram redução de 95%: cerca de cinco episódios por noite. “Não é a intervenção médica a única responsável por acabar com um sono de má qualidade”, destacou a pneumologista e médica do sono Géssica Andrade Nesta sexta-feira (14), após acompanhar o esposo ao longo da noite em uma polissonografia realizada no Hran, Edjane soube da programação dedicada à saúde do sono. Não teve dúvida: resolveu ficar e participar do evento conduzido pelos profissionais que prestam assistência a ela e ao seu esposo. “Só de saber que eles estarão presentes, pra mim, já é um grande presente. Eu sei que será um momento muito bom”, enaltece. Atendimento especializado O Hran é referência no Distrito Federal no tratamento de distúrbios do sono. A equipe é composta por pneumologistas e fisioterapeutas especializados em medicina do sono. Anualmente são realizadas cerca de 600 polissonografias. O acesso ao serviço ocorre por meio de encaminhamento médico da rede pública de saúde do DF. *Com informações da SES-DF
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Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ realizou mais de 31 mil atendimentos em passagem por Ceilândia
O programa Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ registrou 31.301 atendimentos durante a passagem por Ceilândia entre 19 e 28 de fevereiro. A população teve acesso a consultas e exames laboratoriais de forma gratuita mediante agendamento por um período de dez dias. Com os números na região, o projeto chega a 88.995 atendimentos desde 2024. O Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ é uma estrutura móvel com 16 consultórios e capacidade para atender até 300 pessoas por dia | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Os exames laboratoriais e oftalmológicos foram os serviços mais demandados pela população na cidade, com 14.916 e 5.406 atendimentos, respectivamente. Destaque ainda para as consultas, um total de 3.719. Oftalmologia, clínica médica e ginecologia e obstetrícia foram as especialidades mais procuradas. O atendimento que avalia os sinais vitais também foi bastante procurado e registrou 5.167 assistências. O Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ é uma estrutura móvel que conta com 1,2 mil metros quadrados, 16 consultórios e capacidade para atender até 300 pessoas por dia. O serviço itinerante ocorre com recursos de emendas parlamentares do deputado federal Alberto Braga e é executado em parceria com o Hospital São Mateus. Programa Oftalmologia, clínica médica e ginecologia e obstetrícia foram as especialidades mais procuradas no período de atendimento em Ceilândia Iniciado em 2024, o programa começou a itinerância pelo Riacho Fundo e já passou pelo Sol Nascente/Pôr do Sol e Ceilândia. Atualmente, a estrutura está montada próxima à administração regional de Santa Maria, onde fica até 21 de março. No local, estão disponíveis consultas de ginecologia, pediatria, oftalmologia, cardiologia, dermatologia e ortopedia, além de exames como eletrocardiograma, tonometria, fundoscopia, mapeamento de retina, ceratometria, refratometria, biomicroscopia, hemograma completo, glicose, ureia, creatinina, lipidograma, triglicerídeos, coagulograma e hemoglobina glicada. O atendimento no Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ funciona por meio de agendamento no site oficial da iniciativa. Os serviços ficam disponíveis das 8h às 17h na estrutura itinerante.
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HBDF registra queda no atendimento a pacientes de acidentes graves no Carnaval deste ano
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) registrou uma redução significativa no número de atendimentos a pacientes graves durante o Carnaval de 2025. Dados do Serviço de Cirurgia do Trauma indicam que, entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março, 14 pacientes foram encaminhados à Sala Vermelha, setor destinado aos casos mais críticos. Acidentes automobilísticos costumam muitas vítimas ao Trauma do Hospital de Base. Esse ano, de pacientes de sala vermelha foram apenas dois de moto e um de carro. Já na Sala Amarela, que recebe pacientes com quadros moderados, foram 17 de moto e 14 de carro. No período analisado, a Sala Amarela atendeu 184 pessoas. Destas, 58% receberam alta hospitalar após avaliações, enquanto 30% necessitaram de avaliações de outras especialidades médicas. Durante o Carnaval deste ano, foram realizadas no Centro Cirúrgico do HBDF quatro cirurgias de emergência | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Em 2024, apenas nos primeiros quatro dias de folia foram atendidos 17 pacientes na Sala Vermelha e 187 pessoas na Sala Amarela do Trauma. “No Carnaval de 2024 tivemos 12 pacientes com lesões por arma de fogo ou arma branca enquanto que em 2025 não tivemos nenhum paciente com esse quadro, associado ao Carnaval”, conta Renato. Um dos destaques positivos deste ano foi a ausência de vítimas de lesão por arma branca ou arma de fogo nos blocos de rua, um indicativo de que medidas preventivas e ações de segurança pública tiveram um impacto direto na proteção dos foliões. “Outro número que impressionou muito foram os acidentes de carro e moto com vítimas graves”, conta o chefe do Serviço de Cirurgia do Trauma do HBDF, Renato Lins. No Centro Cirúrgico, foram realizadas quatro cirurgias de emergência. Um dos casos mais graves entrou no Protocolo Onda Vermelha – fluxo de atendimento prioritário para casos de extrema gravidade criado recentemente pela equipe de Trauma. “Esse paciente foi vítima de um atropelamento, apresentando traumatismo cranioencefálico grave e sangramento intra-abdominal, necessitando de atendimento emergencial”, explicou Renato. Ele avalia que a queda nos casos graves pode estar relacionada ao reforço na fiscalização de trânsito, às campanhas educativas e às estratégias de segurança. “O número de ocorrências graves foi menor, e isso pode indicar que a população está cada vez mais consciente sobre os riscos. Ainda assim, continuamos preparados para atender qualquer tipo de emergência”, afirmou. *Com informações do IgesDF
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Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ chega a Santa Maria nesta quarta-feira (12)
A partir desta quarta-feira (12), os moradores de Santa Maria terão acesso a serviços de saúde gratuitos. O programa Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ desembarca na cidade com uma estrutura com 1,2 mil metros quadrados, 16 consultórios e capacidade para atender até 300 pessoas por dia. A ação conta com recursos de emendas parlamentares do deputado federal Alberto Fraga e é executada em parceria com o Hospital São Mateus. Desde a sua primeira edição, em 2024, o programa Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ já realizou 57.694 procedimentos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O serviço móvel ficará montado ao lado da administração regional da cidade até 21 de março. No local, estarão disponíveis para a população consultas de ginecologia, pediatria, oftalmologia, cardiologia, dermatologia e ortopedia, além de exames como eletrocardiograma, tonometria, fundoscopia, mapeamento de retina, ceratometria, refratometria, biomicroscopia, hemograma completo, glicose, ureia, creatinina, lipidograma, triglicerídeos, coagulograma e hemoglobina glicada. O atendimento no Saúde Mais Perto do Cidadão – A Tenda+ funciona por meio de agendamento no site oficial da iniciativa. Os serviços ficam disponíveis das 8h às 17h na estrutura itinerante. Iniciado em 2024, o programa já realizou 57.694 procedimentos. A primeira edição ocorreu no Riacho Fundo, onde foram registrados 27.729 atendimentos médicos gratuitos; a segunda edição foi no Sol Nascente, com 29.965 procedimentos. Neste ano, a ação já passou pela Estrutural e por Ceilândia.
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Sazonalidade respiratória: HRSM alerta para a importância de cuidados preventivos e de vacinação
Com a sazonalidade das doenças respiratórias, que ocorre entre os meses de janeiro a junho, a busca por atendimento médico na emergência do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem sido cada dia maior. As crianças são as que mais sofrem com os vírus respiratórios. Em janeiro e fevereiro, o HRSM notificou 843 casos de síndromes respiratórias, dos quais 80,4% são em crianças de 1 a 9 anos de idade | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF De acordo com a chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima, é necessário intensificar as medidas de prevenção e controle, especialmente em relação à vacinação contra a influenza. “Também temos a questão da higiene das mãos, uso de máscara e evitar aglomerações. A Vigilância Epidemiológica do HRSM tem reforçado o monitoramento para que possamos detectar o mais precocemente e, assim, atuar de forma rápida e oportuna nestes casos”, afirma. Nos meses de janeiro e fevereiro, o HRSM notificou um total de 843 casos de síndromes respiratórias, entre graves e leves. Sendo que 80,4% dos casos são em crianças de 1 a 9 anos de idade. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo E-SUS, compilados pela Vigilância Epidemiológica do hospital. Predominância dos casos de síndrome respiratória atendidos no Hospital Regional de Santa Maria, em janeiro e fevereiro, é de influenza Entre as notificações das síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs), em janeiro deste ano foram registrados 67 casos e em fevereiro, 120. Já os casos leves totalizaram 656 casos nos dois primeiros meses do ano. Foram 292 notificações em janeiro, sendo 6,5% dos casos por covid-19, e 364 em fevereiro, dos quais 7,6% foram notificados para o vírus SARS-CoV-2. No início de 2024, foi registrado um total de 66 notificações de SRAG, sendo 42 em janeiro e 24 em fevereiro. Já os casos leves notificados totalizaram 395, sendo 125 em janeiro e 270 em fevereiro. A chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM destaca que os dados mostram um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória, principalmente as síndromes graves. “O aumento é perceptível, principalmente a partir da oitava semana, que é referente ao período de 16 a 22 de fevereiro, provavelmente porque é o período em que as crianças retornaram às escolas. E sendo que uma distribuição de 45% desses casos foram positivos para a influenza, 36,5% para outros vírus como o rinovírus e o restante, que é equivalente a 13% para covid-19. A distribuição dos casos indica que a predominância é a influenza”, afirma Larysse Lima. As SRAGs podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. Esses vírus podem ser influenza, sincicial, adenovírus e rinovírus. A consequência são infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2. *Com informações do IgesDF
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Projeto Poder em Movimento leva cursos profissionalizantes a Planaltina
A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) vai promover o projeto Poder em Movimento em Planaltina, oferecendo à população cursos profissionalizantes gratuitos em diversas áreas. A iniciativa acontecerá entre os dias 10 e 20 de março, no Centro Administrativo de Planaltina (ao lado da Administração Regional). Entre os dias 10 e 20 de março, no Centro Administrativo de Planaltina, serão oferecidos cursos na área de beleza | Foto: Divulgação/Sejus-DF Os cursos disponíveis incluem manicure e pedicure, design de sobrancelhas, aplicação de cílios, corte de cabelo, marketing digital e corte e costura. As vagas são limitadas e as inscrições já estão abertas, podendo ser feitas neste link ou presencialmente na Administração Regional de Planaltina. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca a relevância do projeto para a população local: “O Poder em Movimento tem como objetivo levar qualificação e oportunidade para os moradores, incentivando o empreendedorismo e a geração de renda. Queremos proporcionar autonomia financeira e novas perspectivas para quem deseja ingressar ou se reposicionar no mercado de trabalho.” Poder em Movimento A secretária Marcela Passamani diz que o projeto Poder em Movimento visa incentivar o empreendedorismo e a geração de renda O projeto tem atuação itinerante e já passou por Ceilândia e Samambaia nos meses de janeiro e fevereiro. Após Planaltina, será a vez do Guará, que receberá a iniciativa nos dias 7 e 8 de abril. No total, o programa prevê 8.800 atendimentos gratuitos, com foco no público feminino em situação de vulnerabilidade, incluindo pessoas com deficiência, LGBTQIA+, vítimas de violência, usuárias de substâncias psicoativas, além de mulheres de diferentes etnias e classes econômicas. O projeto também atende mulheres em processo de reinserção social ou acolhimento em comunidades terapêuticas. O investimento total da iniciativa é de R$ 4,6 milhões, recursos financeiros de emenda parlamentar para a Sejus-DF, que vai executar o plano de trabalho em parceria com uma Organização da Sociedade Civil (OSC). Confira os serviços que serão oferecidos: Saúde → Consultas básicas → Consultas odontológicas → Orientação psicológica → Fisioterapeuta Justiça e Cidadania → Orientação jurídica → Palestras sobre violência contra a mulher → Palestras sobre enfrentamento às drogas → Palestras sobre inclusão e diversidade Qualificação → Curso de manicure e pedicure → Curso de designer de sobrancelhas → Curso de cílios → Curso de corte de cabelo → Curso de corte e costura → Curso de marketing digital Qualidade de vida e bem-estar → Dia da beleza → Passeio turístico *Com informações da Sejus-DF
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Saúde Mais Perto do Cidadão – Minha Saúde encerra com mais de 307 mil atendimentos à população do DF
Criado em agosto de 2024, o programa Saúde Mais Perto do Cidadão – Minha Saúde contou com recursos de emenda parlamentar do deputado federal Gilvan Maximo e encerrou em fevereiro de 2025 com mais de 307 mil procedimentos, onde a população teve acesso gratuito a consultas nas áreas de clínica médica, nutrição, psicologia, serviço social, ginecologia, nefrologia, cardiologia, endocrinologia, oftalmologia, urologia e mastologia – além de exames de eletrocardiograma, mamografia e ultrassonografia. Mais de 307 mil procedimentos foram realizados no programa Saúde Mais Perto do Cidadão – Minha Saúde, que contou com recursos de emenda parlamentar do deputado federal Gilvan Maximo | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília No último ano, a ação itinerante passou pelo Pôr do Sol/Sol Nascente, Samambaia, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, São Sebastião, Paranoá e Ceilândia. Neste ano, Sobradinho, Planaltina, Brazlândia e Estrutural foram contempladas. A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou que o programa cumpriu com êxito a missão de levar atendimento para perto da população. “Levar esse cuidado para perto das pessoas mais vulneráveis, que têm mais dificuldades para se deslocar até as unidades de saúde, impacta positivamente quem recebe o atendimento, além de ajudar a desafogar o nosso sistema de saúde. É nosso compromisso tornar um serviço tão essencial cada vez mais acessível para quem mais precisa”. O programa passou por 13 regiões administrativas, como Pôr do Sol/Sol Nascente, Samambaia, Ceilândia e Estrutural As consultas em clínica geral foram as mais demandadas pela população, com mais de 105 mil atendimentos. Foram 74,8 mil consultas oftalmológicas e 73,5 mil atendimentos laboratoriais. Houve destaque também para as consultas com cardiologista, nutricionista e ginecologista, que juntos somaram cerca de 20,8 mil atendimentos. Para o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, o Saúde Mais Perto do Cidadão – Minha Saúde foi um grande avanço para levar atendimento de qualidade à população do Distrito Federal e, com as unidades itinerantes, foi capaz de ampliar o acesso aos serviços de saúde, principalmente em relação a exames. “Quando os usuários são atendidos de forma completa e resolutiva, toda a rede da SES-DF sente o impacto, evitando internações desnecessárias, reduzindo custos e garantindo um cuidado mais eficiente e humanizado. No primeiro itinerante, realizamos milhares de atendimentos e outros serviços essenciais. A resposta da população foi extremamente positiva”, observou.
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Crianças com doenças raras têm tratamento especializado no HCB
O dia 28 de fevereiro é considerado o Dia Mundial das Doenças Raras – enfermidades que atingem até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam mais de 5 mil doenças raras identificadas. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) é referência para o tratamento de crianças com doenças raras e complexas, incluindo o câncer infantil, a distrofia muscular espinhal (AME) e a fibrose cística, cumprindo um papel fundamental no diagnóstico preciso e no tratamento especializado de milhares de crianças. 5 mil número de doenças raras identificadas, segundo estimativas da OMS Integrante da rede pública de Saúde do Distrito Federal, o Hospital preza pelo diagnóstico mais precoce possível das crianças acometidas por doenças raras, de modo a garantir bons prognósticos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Em casos de síndrome da imunodeficiência combinada grave (Scid, na sigla em inglês), AME e fibrose cística, por exemplo, a suspeita inicial surge pouco depois do nascimento, por meio da Triagem Neonatal feita pelo Hospital de Apoio, e a criança é rapidamente encaminhada ao HCB. Já no caso de algumas doenças gastrointestinais (como a atresia biliar e as colestases familiares) e neuromusculares (como a distrofia de Duchenne), é preciso que tanto os pais quanto os pediatras estejam atentos a sinais de alerta. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) é referência para o tratamento de crianças com doenças raras e complexas | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Conheça alguns exemplos de doenças raras que são encaminhadas ao HCB: Alerta amarelo para o diagnóstico precoce Quando os bebês nascem, é comum observar uma coloração amarelada na pele – a icterícia. Existem casos, porém, em que esse quadro vai além dos primeiros 14 dias de vida, levantando suspeitas de uma possível diminuição do fluxo biliar (processo chamado de colestase). Essa redução do fluxo prejudica a absorção de gordura e das vitaminas A, D, E e K, levando a complicações como raquitismo, hemorragias e até algumas neuropatias. Segundo a diretora clínica e gastroenterologista do HCB, Elisa de Carvalho, é frequente que esse quadro seja causado por uma doença rara chamada atresia biliar. “Ela é responsável, em média, por 25% de todas as crianças com colestase; vai ocorrendo uma obstrução da via biliar: isso é a atresia. Comumente a criança está ganhando peso e com uma icterícia leve, mas que é negligenciada. As fezes também são brancas, um sinal que nem sempre é valorizado”, explica Carvalho. No caso das colestases familiares, há um sintoma característico. “O que chama atenção é uma coceira desproporcional à intensidade da icterícia”, afirma a diretora clínica. Alguns pacientes com atresia biliar precisam passar por transplante de fígado, mas um procedimento cirúrgico pode ser feito para evitar essa necessidade. “Existe a chamada cirurgia de Kasai, que pode ser efetiva em levar a cura para algumas crianças – mas, mesmo quando não leva à cura, ela pode adiar o transplante hepático, o que é benéfico. Ela trouxe uma esperança de vida para o que era considerado incurável, mas a criança tem que ser operada, idealmente, até os 30 dias de vida, ou no máximo até os dois meses”, especifica a especialista. Para garantir o diagnóstico precoce, o HCB conta com a campanha do Alerta Amarelo, que tenta conscientizar os pais sobre os sintomas da atresia biliar e das colestases. “Se as fezes estiverem esbranquiçadas e se a duração dessa icterícia for maior de 14 dias, essa criança tem que ser examinada e tem que colher sangue para hemograma, reticulócitos e bilirrubinas. Essa campanha propicia o diagnóstico precoce e influencia tanto na sobrevida quanto na qualidade de vida de muitas crianças”, diz Elisa de Carvalho. Acompanhamento multidisciplinar para doenças neuromusculares O Hospital da Criança de Brasília oferece tratamento multidisciplinar a doenças raras como distrofia de Duchenne, que afeta a integridade do músculo | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Na neurologia, as doenças raras se manifestam como doenças neuromusculares, afetando o sistema nervoso periférico (nervos, músculos e o encontro dessas duas estruturas). As mais expressivas são a atrofia muscular espinhal (AME) e a distrofia de Duchenne, que correspondem a cerca de 50% dos pacientes atendidos pela especialidade no HCB. A distrofia de Duchenne se caracteriza pela falta da proteína distrofina, que mantém a integridade do músculo. A neurologista Janaína Monteiro explica: “Aos poucos, a criança vai desenvolvendo uma fraqueza de membro inferior, chegando ao ponto de ter comprometimento da marcha (parar de andar). Depois, vai comprometer funções de membro superior e, por fim, respiratórias. Lembrando que é uma doença que afeta, também, a musculatura cardíaca”. “As vasculites são inflamações dos vasos sanguíneos e são um processo sistêmico, do corpo inteiro; a mais comum é o lúpus eritomatoso sistêmico. A criança tem dificuldade com movimentos, já acorda com rigidez muscular; o repouso não ameniza a dor, ela acorda pior e isso é um sinal de alerta” Marne Almeida, reumatologista do HCB Uma vez diagnosticados, os pacientes com distrofia de Duchenne encontram, no HCB, o tratamento multidisciplinar de que precisam para ter as várias necessidades da família atendidas. “É uma criança que será acompanhada pelas equipes de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Fonoaudiologia, Nutrição, Pneumologia, Cardiologia e Neurologia”, lista Janaína Monteiro. O atendimento multidisciplinar também é adotado para as crianças com AME – doença genética que afeta o neurônio da medula espinhal e, assim como a distrofia de Duchenne, desencadeia um processo degenerativo e progressivo. “Hoje, ela está na Triagem Neonatal, então você consegue dar o diagnóstico e atender o paciente antes de uma evolução mais grave da doença. Essa evolução é variável: no modo mais grave, é uma criança que não vai sentar; no modo mais leve, ela vai andar, mas perde essa função ao longo do tempo”, explica Monteiro. A neurologista explica que as duas doenças têm chance de óbito precoce, por isso a importância de iniciar o acompanhamento o mais cedo possível. O tratamento das doenças envolve medicações que visam atrasar a progressão do quadro, mas há expectativa pela inclusão, nos protocolos do Ministério da Saúde, de terapias gênicas. Reumatologia: tratamento de artrites e vasculites Segundo a reumatologista do HCB Marne Almeida, essa “já é uma área em que a exceção é a regra”: os pacientes geralmente chegam à reumatologia do Hospital após passarem por investigação diagnóstica em outras especialidades. Ao confirmar que se trata de doenças reumatológicas, as mais frequentes no HCB (embora raras, no contexto geral) são as artrites e as vasculites. “As vasculites são inflamações dos vasos sanguíneos e são um processo sistêmico, do corpo inteiro; a mais comum é o lúpus eritomatoso sistêmico. A criança tem dificuldade com movimentos, já acorda com rigidez muscular; o repouso não ameniza a dor, ela acorda pior e isso é um sinal de alerta”, explica Almeida. O tratamento é feito com medicamentos de controle da inflamação e há uma interface de atuação com a imunologia. As crianças com doenças raras chegam ao HCB em decorrência dos exames da triagem neonatal feita pelo Hospital de Apoio ou, em sua grande maioria, por serem referenciadas pela rede pública de saúde para o atendimento das especialidades matrizes No caso das artrites, é preciso estar atento à duração dos sintomas: crises que durem mais de seis semanas despertam suspeitas e é preciso procurar ajuda especializada. Segundo Almeida, “É isso que caracteriza: prolongamento da sintomatologia, não explicável por outra condição e, de forma espontânea, desenvolve uma inflamação articular, que é a tradução da artrite”. Caso o tratamento não seja feito, a criança pode perder a faculdade dos movimentos e desenvolver deformidades, prejudicando a realização de tarefas comuns – como escrever ou abrir uma maçaneta, quando a inflamação acontece nas mãos. A médica afirma que, reunindo os casos de artrites, vasculites e outras condições reumatológicas raras, o HCB tem cerca de 500 crianças em tratamento: “É raro no todo, mas aqui é muito concentrado – aqui, o raro é o comum”. Tratamento simples para o hipotireoidismo congênito “Quando o caso é mais complexo, a genética entra para organizar o raciocínio de diagnóstico diferencial e os testes que podem nos ajudar a chegar ao diagnóstico final, que proporciona um tratamento mais adequado” Renata Sandoval, médica geneticista Outra doença considerada rara é o hipotireoidismo congênito. “É a deficiência na produção dos hormônios tireoidianos, que ocorre quando a glândula do recém-nascido não é capaz de produzi-los – porque é pequena, ou porque não funciona de forma adequada, além de outros motivos”, diz a endocrinologista do HCB Karine Santielle. Por se tratar de uma doença que faz parte da triagem neonatal, o Hospital inicia o tratamento, em média, 12 dias depois do nascimento da criança: “O paciente vem para consulta e é feito um exame confirmatório, com resultado no mesmo dia. Dosamos a função tireoidiana do bebê e, se há a confirmação, já é feita a orientação do tratamento. Já temos o medicamento aqui na Farmácia, o paciente já sai com a receita e o medicamento”. Santielle ressalta que o tratamento é relativamente simples (apenas com medicação oral), mas alerta para as consequências que podem surgir caso ele não seja seguido. “Se ainda for uma criança em fase de formação cerebral, pode ter deficiência intelectual grave. Se está em fase de crescimento, pode ter deficiência do crescimento. Nos adolescentes, vão ter sintomas de adulto: dificuldade de memorização, dificuldade escolar, sonolência, hipoativo, dificuldade para fazer tarefas normais”, afirma – mas garante que esse não é um problema encontrado no HCB: “Nossos pacientes têm aderência muito boa, porque as famílias sabem que têm que seguir o tratamento medicamentoso”. Genética e pesquisa As crianças com doenças raras chegam ao HCB em decorrência dos exames da triagem neonatal feita pelo Hospital de Apoio ou, em sua grande maioria, por serem referenciadas pela rede pública de saúde para o atendimento das especialidades matrizes. Nesse contexto, o médico geneticista ocupa o importante papel de apoiar as especialidades a fecharem um diagnóstico de doenças raras geneticamente determinadas, em determinadas situações. No olhar da geneticista Renata Sandoval, esse apoio é fundamental, já que todas as especialidades tratam das crianças com uma doença rara de origem genética, principalmente na infância, de forma interdisciplinar. “O geneticista está mais treinado para ajudar as outras especialidades a ter um olhar para o que é menos comum. Quando o caso é mais complexo, a genética entra para organizar o raciocínio de diagnóstico diferencial e os testes que podem nos ajudar a chegar ao diagnóstico final, que proporciona um tratamento mais adequado”, opina a médica do HCB. A genética também é intrinsecamente ligada às atividades de pesquisa – um dos pilares de sustentação do Hospital. Para Sandoval, essa atividade “ajuda a educar o quadro de profissionais, todos ficam envolvidos e precisam entender sobre os casos, trazendo um ganho muito grande em nível de troca de conhecimento entre toda a multidisciplinariedade da equipe”. O ganho se traduz em estudos e pesquisas que contribuem tanto para o desenvolvimento de cada especialidade quanto para o avanço geral da pediatria. A equipe de gastroenterologia participou, recentemente, de um estudo multicêntrico incluindo mais de 200 crianças com subtipos específicos de colestases familiares. “As pesquisas ajudam a conhecer a epidemiologia brasileira, para ver como essas crianças se comportam e identificar pacientes que terão possibilidade das novas medicações que estão chegando”, afirma a gastroenterologista Elisa de Carvalho. A neurologista Janaína Monteiro conta que a equipe também está em um processo de compilação de dados para iniciar pesquisas sobre doenças neuromusculares, além de “já terem feito um trabalho sobre a ventilação e a melhora de pacientes em uso do que chamamos de Terapia Modificadora de Fenótipo”. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília
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Projeto Saúde em Debate destaca treinamento de profissionais do Centro de Trauma do Hospital de Base
O auditório do Hospital de Base recebeu na manhã desta quinta-feira (27), a primeira edição do projeto Saúde em Debate, um quadro criado pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), que tem o objetivo de abordar temas relevantes e de interesse para o público em geral, promovendo troca de conhecimentos. “O que faz o Centro de Trauma ser diferenciado é a sua equipe multiprofissional treinada para atender o paciente da melhor forma, com especialistas em diversas áreas”, afirma o chefe da Medicina do Trauma, Renato Lins | Foto: Divulgação/IgesDF A primeira edição teve como tema “Atuação da equipe no atendimento ao paciente vítima de trauma”. Segundo a chefe do Núcleo de Educação Permanente, Ana Paula Lustosa, o tema foi escolhido pelo Hospital de Base ser referência em Cirurgia do Trauma e possuir uma equipe especializada multidisciplinar dentro da área. Para falar sobre o tema foram convidados o chefe da Medicina do Trauma na unidade, Renato Lins; a líder de Enfermagem no Trauma, Karina Simplício, a enfermeira Lívia Rúbia e o enfermeiro conselheiro do Coren/DF e Intervencionista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Flávio Vitorino. Renato Lins falou sobre como foi o processo de montagem do time de Trauma dentro do Pronto-Socorro da Unidade. Renato conta que em 2011 começou um trabalho, com auxílio da direção do Hospital de Base em parceria com o Samu para a montagem de um centro especializado em trauma. Foi organizada a equipe, além de melhorada a aparelhagem. “O que faz o Centro de Trauma ser diferenciado é a sua equipe multiprofissional treinada para atender o paciente da melhor forma, com especialistas em diversas áreas”, explica. Durante o evento, foi destacado que o trauma é uma das principais causas de morte, principalmente entre os jovens Karina destacou a organização dos profissionais dentro das equipes e o papel de cada um dentro do atendimento aos pacientes. Ela também deu exemplos de casos reais que foram atendidos na unidade e mostrou como as equipes lidam com o dia-a-dia da emergência. O enfermeiro Flávio contou como se dá o processo de atendimento pré-hospitalar, que começa com a ligação de quem sofreu o acidente pedindo o resgate, até a chegada no Hospital de Base. Segundo Josilene Cardoso Pereira, supervisora de enfermagem do Pronto-Socorro do Hospital de Base, que ajudou a idealizar o evento, o trauma é uma das principais causas de morte, especialmente entre os jovens, e requer uma abordagem rápida e eficaz para aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes. “A atuação da equipe multiprofissional é essencial para garantir um atendimento ágil, eficiente e integrado, contribuindo diretamente para a sobrevida e recuperação do paciente. Cada profissional desempenha um papel crucial nesse cenário de alta complexidade, onde a sinergia entre médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e outros especialistas é determinante para o sucesso da assistência prestada”, disse Josilene. Ainda de acordo com Josilene, investir na capacitação e nas condições de trabalho da enfermagem é essencial para aprimorar os desfechos clínicos e proporcionar um atendimento ainda mais seguro à população. “O reconhecimento da importância desses profissionais fortalece a assistência em saúde e reafirma o compromisso do Hospital de Base e do IgesDF com a excelência no atendimento às vítimas de trauma”, disse. De acordo com Ana Paula, o Saúde em Debate deverá ser oferecido tanto presencialmente quanto remotamente, com a transmissão das discussões pelo canal do YouTube do IgesDF. “Isso vai garantir que mais pessoas tenham acesso às informações e possam contribuir ativamente para os debates. Nossa missão é levar conhecimento de forma acessível, interativa e atualizada, fortalecendo a educação em saúde e aprimorando a prática profissional”, concluiu. *Com informações do IgesDF
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