Produtores rurais participam de reunião técnica para aprender sobre produção de baunilha
Produtores rurais participaram, nesta quinta-feira (22), de uma reunião técnica sobre conceitos básicos da produção de baunilha. A atividade, parte da programação da Semana do Produtor Rural da Emater-DF no Paranoá, foi realizada na chácara da produtora Ângela Maria Almeida, no Altiplano Leste, e reuniu aproximadamente 30 interessados em iniciar o plantio da orquídea e alguns que já trabalham com a cultura e querem se aprofundar. De acordo com o médico-veterinário Ivan Marques, do escritório da Emater-DF no Paranoá, a reunião teve como objetivo lançar luz sobre os primeiros passos na cultura da baunilha. “Ao longo do ano, acompanhamos de perto nossos produtores e percebemos um crescente interesse no tema. Como a semana é uma oportunidade de reunir um número maior de pessoas, aproveitamos para oferecer essa atividade”, explica. Cerca de 30 produtores participaram de atividade voltada a tirar dúvidas sobre o cultivo de baunilha | Foto: Divulgação/ Emater-DF A anfitriã, Ângela Maria, conta que tem a chácara desde 1997. “Por muitos anos, tivemos baunilhas aqui, mas nunca com visitas à produção. Em 2019, chamei o Morais [Carlos Morais, extensionista da Emater-DF] para dar uma assistência aos meus cítricos. Ele viu as orquídeas e sugeriu começarmos a atividade”, relembra. Atualmente, Ângela Maria — professora aposentada do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) — conta com 40 canteiros, totalizando cerca de 500 plantas. “Apesar de o número parecer alto, ainda estamos iniciando. Pretendemos processar a baunilha, produzindo extrato, pó, açúcar saborizado, cachaça e rum, destinando uma pequena parte à comercialização das favas”, planeja. Natural de Barretos (SP), a produtora se diz bastante animada com a nova atividade. “Por meio da Emater-DF, que nos dá apoio, fizemos muitas amizades. Graças às reuniões, oficinas e visitas técnicas organizadas pela empresa”, relata. O plantio na Chácara Alecrim, onde ela vive com o marido, Geraldo, é no sistema agroflorestal. “Dá mais trabalho, mas é muito gratificante”, conclui, com um largo sorriso. *Com informações da Emater-DF
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Propriedades rurais do DF são referência no cultivo da baunilha
Produtores do Distrito Federal e de Minas Gerais visitaram duas propriedades rurais referências no cultivo da baunilha. Na ocasião, orientados por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), os agricultores familiares tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre todo o processo que envolve a produção da planta, que possui alto valor agregado. Técnicos da Emater levaram agricultores familiares do Distrito Federal para conhecer um pouco mais sobre todo o processo que envolve a produção de baunilha | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília As visitas ocorreram em duas propriedades rurais pioneiras no plantio da baunilha: as chácaras Raziel, no Núcleo Rural do Tororó, e do Alecrim, no Núcleo Rural Altiplano Leste, ambas no Jardim Botânico. A Emater calcula que existam na capital federal 36 produtores com área cultivada em tamanho de comercialização. Um dos produtores assistidos pela empresa é Ângela Almeida, 69 anos. Ela é proprietária de uma das chácaras visitadas na tarde de sexta-feira (9) pelos agricultores familiares e conta ter sido como uma “brincadeira” que tudo teve início. “Eu comecei a cultivar por ser uma plantação que tem uma técnica que não exige muito de você, apenas no período da floração”, narra. Ângela Almeida conta que começou a cultivar como que por brincadeira. Depois do apoio da Emater, está aumentando o plantio para cinco mil metros, que será todo computadorizado Com o apoio da Emater, logo o que era um mero passatempo virou uma alternativa de renda para a produtora rural. “Eles me ajudam em tudo. Hoje, estou ampliando para cinco mil metros de plantio, que será todo computadorizado. Poder passar esses ensinamentos adiante é muito bom, ainda mais porque eu acredito muito que a gente, como produtor rural, não precisa desmatar para produzir”, diz. Comércio em dólar O técnico da Emater Carlos Morais afirma que o objetivo da empresa é difundir o cultivo da planta para criar uma cadeia de produção local. “Ainda não vivemos essa realidade aqui no DF e no país. Hoje, o estado mais adiantado na produção da baunilha é a Bahia, com cinco mil plantas maduras em produção”, explica. [Numeralha titulo_grande=”US$ 100″ texto=”é o preço de 100 gramas do fruto desidratado” esquerda_direita_centro=”direita”] As espécies do gênero Vanilla são as únicas orquídeas cultivadas com o objetivo de aromatizar alimentos; todas as outras possuem interesse apenas ornamental. Além de aromatizante de chocolates, sorvetes, doces e algumas bebidas, a essência de baunilha também é usada em cremes, sabonetes e perfumes. Segundo o especialista, uma das maiores vantagens em investir nessa produção é seu alto valor agregado. A baunilha é, atualmente, o segundo condimento mais valorizado do mundo, ficando atrás apenas do açafrão. “Uma planta produz, pelo menos, meio quilo; e, para se ter uma ideia, 100 gramas de fruto desidratado custam em torno de US$ 100”, detalha. O seu elevado valor de mercado pode ser atribuído, em grande parte, ao longo processo de cultivo necessário para sua produção. A baunilha, conhecida por sua complexidade e delicadeza, pode levar até três anos para florescer pela primeira vez. E, após esse período, demora de nove meses a um ano para que um único fruto amadureça completamente. Já o preparo do produto a ser disponibilizado no comércio leva mais dois ou três meses. De acordo com o técnico da Emater Carlos Morais, o objetivo da empresa é difundir o cultivo da planta para criar uma cadeia de produção local Estima-se que o consumo anual de baunilha no mundo chegue a 5,5 milhões de toneladas. No contexto nacional, uma das espécies que se destacam pela alta produtividade é a baunilha-do-cerrado, podendo produzir meio quilo no primeiro ano, com a possibilidade de duplicar ou triplicar a produção à medida que a planta se adapta. Passo a passo O processo se inicia com o plantio de mudas, onde as gemas da planta são cultivadas por meio de estacas, permitindo a polinização manual e conduzindo o crescimento para uma altura gerenciável. Após a colheita, os frutos passam por um processo de fermentação conhecido como “cura”. Nesse estágio, são submersos em um banho quente a 68ºC por cerca de três minutos, seguido por um período de 48 horas em uma caixa de isopor para interromper o amadurecimento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em seguida, as favas são colocadas para “suar”. Ou seja, ficam expostas ao sol no horário mais quente do dia, envolvidas em pano ou plástico para manter a temperatura durante a noite. Este processo, que dura cerca de 15 dias, resulta na perda de 70% de umidade, iniciando a fermentação e escurecimento das favas. Após essa fase, as favas entram em repouso na sombra. A etapa seguinte é crucial para ressaltar o aroma da baunilha. Por meio do massageio das favas, é possível desgrudar a glicose da vanilina, composto químico responsável pelo sabor característico da baunilha. Em seguida, as mesmas favas são embrulhadas e colocadas em caixas, amarradas com cordas e envoltas em papel. Os recipientes são fechados hermeticamente e permanecem assim por 40 dias, sendo abertos periodicamente para verificar a ausência de fungos e garantir a qualidade. Após esse período, as caixas estão prontas para a distribuição e comercialização.
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Yes, nós temos baunilha! Conheça o cultivo da especiaria no DF
O doce aroma da baunilha, essência presente na gastronomia, perfumaria e diversos outros setores, pode ser extraído de mais perto do que os brasilienses imaginam. No Distrito Federal, uma plantação da especiaria enche a Chácara Raziel, localizada no Núcleo Rural Tororó, no Jardim Botânico. A dona da propriedade, Anajulia Heringer Salles, cultiva baunilha há quatro anos. Ela sempre trabalhou com orquídeas por ser uma paixão de família, o que garantiu a tranquilidade em lidar com a planta que dá origem à baunilha (Vanilla planifolia), que é uma espécie de orquídea. “Sempre trabalhei formando coleções e guardando genoplasma em instituições públicas. Quando eu me aposentei, resolvi procurar a Emater para que eles pudessem me orientar como eu poderia trabalhar com a baunilha agronomicamente e comercialmente. Aí a Emater veio, viu que a propriedade era passível de fazer o cultivo e me orienta até hoje”, explica a produtora. | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) presta um serviço de apoio aos produtores rurais, dando cursos de capacitação na área rural e orientações de manejo e cultivo durante as visitas nas propriedades. O extensionista da Emater que acompanha o trabalho de Anajulia é o técnico Carlos Moraes. De acordo com ele, o manejo de baunilha exige alguns cuidados e garante alta rentabilidade aos produtores. “A baunilha é uma planta que se ajusta facilmente ao manejo da agricultura familiar. Como é uma planta que precisa ser polinizada flor por flor, requer muita mão de obra. É relativamente simples polinizar, mas tem que ter cuidado. A flor é um elemento delicado, se não tiver cuidado pode perder todo o trabalho de gerar um fruto que vai ter um valor comercial agregado muito alto”, pondera Moraes. Quilo em dólar Extensionista da Emater Carlos Moraes: “Brasília é um grande mercado consumidor. São mais de 50 sorveterias tops de linha, mais de dez mil estabelecimentos que trabalham com comida e bebida que podem ser nossos clientes no consumo de baunilha, além de confeitarias, hotéis, embaixadas e outras instituições” Segundo o especialista, a baunilha é o segundo condimento mais bem valorizado do mundo, atrás apenas do açafrão. A Vanilla demora cerca de três anos para florescer a primeira vez, depois leva de um ano a nove meses para maturar um fruto e, em seguida, se espera mais dois ou três meses para o fruto ser preparado e colocado no comércio. Hoje o quilo de baunilha custa entre mil e 1.200 dólares (próximo a R$ 6 mil). A baunilha do Cerrado pode chegar a produzir, no primeiro ano, meio quilo de fruto – podendo dobrar e triplicar na medida que a planta vai ficando mais adaptada. Já as Vanillas baianas e ponifolias produzem 300 gramas no primeiro ano de produção, mas chegam a 2 kg por planta no auge da produção. Em Brasília há pouco mais de 20 produtores dessa especiaria, próximos de criar a primeira associação de produtores de baunilha da região centro oeste, que seria a segunda associação nacional de produtores de baunilha do país. “Brasília é um grande mercado consumidor. São mais de 50 sorveterias tops de linha, mais de dez mil estabelecimentos que trabalham com comida e bebida que podem ser nossos clientes no consumo de baunilha, além de confeitarias, hotéis, embaixadas e outras instituições”, detalha Moraes. As espécies do gênero Vanilla são as únicas orquídeas cultivadas com o objetivo de aromatizar alimentos, todas as outras possuem interesse apenas ornamental. Além de seu uso como aromatizante de chocolates, sorvetes, doces e algumas bebidas, a essência de baunilha também é usada em cremes, sabonetes e perfumes. Nativas das florestas do México e da América Central, as espécies espalharam-se pelo mundo quando o último líder asteca presenteou os espanhóis com as sementes secas de Vanilla planifolia. Desde então, a essência começou a ser extraída e tornou-se conhecida mundialmente. Estima-se que o consumo anual de baunilha no mundo chegue a 5,5 milhões de toneladas. Do pé à mesa: como surge a baunilha Cada variedade possui um biotipo específico e um aroma diferente. No total, Anajulia possui cerca de dez espécies de Vanilla, em maior quantidade as mais encontradas no Cerrado. Entre as produtivas, ela tem a Vanilla planifolia, Vanilla chamissonis, Vanilla bahiana, Vanilla tahitiensis, Vanilla columbiana, Vanilla feanta, Vanilla grandiflora, Vanilla pompona e Vanilla cribiana. “Conseguimos sempre com o apoio da Emater, sempre plantas compradas, com o conhecimento da origem. A gente não sai por aí coletando, às vezes as pessoas coletam e não sabem cultivar, então vão coletar e matar a planta. Então é melhor aprender e fazer um trabalho consciente”, destaca Anajulia. A produtora, que é referência no Distrito Federal no cultivo da especiaria, ensinou o passo a passo da produção da baunilha, uma das poucas orquídeas trepadeiras (epífita). É uma planta de meia sombra, que gosta de água, mas se adapta muito no Cerrado. Pode ser encontrada tanto na beira do córrego quanto em áreas de pedreira. O primeiro passo é o plantio de mudas, onde as gemas da planta são cultivadas com estacas na altura do ombro do produtor, para viabilizar a polinização manual. É importante ter o crescimento conduzido para uma altura que se possa manejá-la. A dona da propriedade, Anajulia Heringer Salles, diz: Conseguimos sempre com o apoio da Emater, sempre plantas compradas, com o conhecimento da origem. A gente não sai por aí coletando, às vezes as pessoas coletam e não sabem cultivar, então vão coletar e matar a planta. Então é melhor aprender e fazer um trabalho consciente” Após colhido, o fruto precisa passar por um processo de fermentação, chamado de “cura”, para que se torne a baunilha conhecida no mercado. O fruto colhido entra em um banho quente (68ºC) por cerca de três minutos, tempo que varia de acordo com o tamanho do exemplar. Depois eles são retirados e realocados dentro de uma caixa de isopor, para manter o calor durante 48 horas. O objetivo é “matar” o amadurecimento do fruto. “Se a gente compra um fruto de vez e deixa fora da geladeira, o que acontece? Ele continua amadurecendo. Com a baunilha é a mesma coisa, só que nós não queremos isso. Nós queremos parar o amadurecimento dela para que possa começar esse processo de fermentação, que vai durar mais ou menos dois, três meses, dependendo muito do tamanho do fruto”, explica Anajulia. Feita essa etapa, as favas são postas em um banho de sol no horário mais quente do dia, uma etapa que os produtores chamam de “suar”. Quando elas esquentam, são embrulhadas em um pano ou num plástico para manter a temperatura, ao guardá-las à noite, para que percam a umidade. São cerca de 15 dias fazendo isso. Esse suor vai fazer com que os favos comecem a ficar mais pretos e comecem a entrar em um processo de fermentação. O objetivo é perder 70% de umidade para que ela chegue no ponto certo. A partir daqui, as favas começam a ficar em repouso na sombra. “Nesse período você massageia todo dia e vai fazendo com que ela vá soltando, lá dentro, as propriedades que ela tem. Chegando mais ou menos numa umidade de 30%, ela tem que estar brilhosa, enrolar no seu dedo, ser maleável, ter uma cor compatível para que ela tenha valor de mercado”, informa a produtora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A origem da baunilha é um composto químico chamado vanilina, o qual vem grudado como açúcar na planta, na forma de gluco-vanilina. Então, para que o aroma da baunilha seja ressaltado dentro do fruto, é necessário desgrudar a glicose da vanilina. Isso é feito durante essa etapa, onde se massageia para ajudar nesse processo. Após essa última fase, a especiaria é embrulhada e colocada em caixas, geralmente amarradas por uma cordinha e embrulhadas em um papel. Fechada hermeticamente por 40 dias, as caixas são abertas periodicamente para ver se não há fungos e se está tudo certo para a distribuição. A partir daí elas estão prontas para ir à mesa. Os produtores com interesse em cultivar a especiaria podem, a qualquer momento, procurar o escritório mais próximo da Emater, entre os 15 espalhados no DF, com profissionais habilitados para dar a assistência necessária.
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Produtores rurais visitam unidade de referência no plantio de baunilha
Com um manejo exigente, mas de alta rentabilidade, o cultivo da baunilha natural atraiu produtores de várias regiões do Distrito Federal em busca de conhecimento sobre técnicas de cultivo, peculiaridades, cuidados e comercialização. Para promover a troca de conhecimento, a Emater-DF levou os produtores a uma propriedade que é referência de produção de baunilha, no Núcleo Rural Tororó, onde é possível ver dois tipos de cultivo: em sistema agroflorestal e em estufa. A unidade de referência é conduzida pelo casal Anajúlia Heringer e João Sales. Eles têm atualmente cerca de mil pés de baunilha de cinco diferentes espécies. Há cinco anos, o casal faz testes com diferentes variedades e formas de condução do plantio, adubação e irrigação em parceria com a Emater-DF. Grande parte do plantio é das variedades Vanilla pompona e Vanilla planifolia, mas o casal também está investindo em variedades como Vanilla bahiana, Vanilla chamissonis e Vanilla cribbiana, com a intenção de encontrar o melhor sabor e aroma, além de verificar a variedade que melhor se adapta às condições locais. Produtores conheceram uma propriedade onde são cultivados quatro tipos de baunilha | Foto: Divulgação/ Emater-DF Na última sexta-feira (27), o extensionista rural da Emater-DF Carlos Morais guiou um grupo de aproximadamente 15 pessoas pela unidade de referência. “A baunilha é um tipo de orquídea trepadeira, então ela precisa de um tutor para crescer; e, se [o pé] for alto demais, dificulta o manejo”, explicou Morais. “Assim como as orquídeas, a baunilha não pode ter excesso de água, porque as raízes apodrecem”. Questões como o plantio, o manejo da planta, a polinização das flores e a colheita das favas foram apresentadas ao grupo de produtores. “Assim que você colhe a fava da baunilha, ela não tem nenhum aroma, então é preciso passar por um processo de cura – que não é uma simples secagem, porque tem que manter uma certa flexibilidade e umidade para conseguir uma leve fermentação. Só depois dessa cura é que a fava atinge o máximo aroma e sabor”, ensinou Anajúlia Heringer. [Olho texto=”Não é uma iguaria fácil de obter, mas, com o manejo e processamento corretos, o produtor consegue um fruto raro, saboroso e de demanda da alta gastronomia, o que, consequentemente, aumenta a renda do produtor”” assinatura=”Carlos Morais, extensionista rural da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Por conta da diferença de sabores e aromas das espécies de baunilha, Anajúlia a compara com a produção de vinhos. “A baunilha do Cerrado tem sabor diferente da baunilha de Madagascar, como vinhos de uvas diferentes. As duas são uma delícia, mas são sabores diferentes”, explica. Para Carlos Morais, são essas questões específicas que fazem da baunilha uma especiaria tão cara. “Não é uma iguaria fácil de obter, mas, com o manejo e processamento corretos, o produtor consegue um fruto raro, saboroso e de demanda da alta gastronomia, o que, consequentemente, aumenta a renda do produtor”, afirmou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A produtora rural Antônia Quaresma, de Valparaíso (GO), saiu da visita decidida a iniciar um plantio, ainda que apenas para consumo próprio. Mesma iniciativa teve Maria Rubeneide de Lima, do Incra 9, que pretende começar um plantio para consumo próprio para ver se vale a pena aumentar. Ela se disse encantada com a oportunidade de acompanhar o manejo na prática e as possibilidades da baunilha natural. “Ver a demonstração da baunilha no fruto curado e ver no pé, ver a flor e a polinização, foi ótimo”, ressaltou. *Com informações da Emater-DF
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Baunilha é alternativa de renda para o agricultor familiar
O casal Anajúlia Heringer e João Sales possui uma propriedade no Núcleo Rural Tororó (região de São Sebastião) desde meados da década de 1990. Há pouco mais de dois anos, Anajúlia começou a investir no cultivo de baunilha. Com apoio e orientação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), hoje ela tem mais de 720 plantas — algumas já estão começando a florescer. Anajúlia, agora, espera começar a elevar a renda com a produção de favas, doces, sorvetes e outros alimentos a partir da baunilha natural, que possui um bom valor de mercado. Cultivo da baunilha, que é uma orquídea, começa a ganhar adeptos no DF | Foto: Divulgação/Emater [Olho texto=”“É preciso paciência, pois a flor demora cerca de um ano para florescer e abre apenas durante um dia” ” assinatura=” – Carlos Morais, coordenador do Programa de Floricultura da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] Para formar um grupo de produtores com objetivos comuns, Anajúlia Heringer se reúne frequentemente com outros produtores, em atividades apoiadas pela Emater. “O objetivo é criar uma organização rural, como uma cooperativa ou associação”, afirma. Devido à crise sanitária, as reuniões têm sido realizadas de forma virtual. “Estamos estudando como melhor estruturar o coletivo, como será o regimento, entre outras coisas”. O coordenador do Programa de Floricultura da Emater, Carlos Morais, explica que a baunilha, na verdade, é uma orquídea. “É preciso paciência, pois a flor demora cerca de um ano para florescer e abre apenas durante um dia”, ensina. “No entanto, os lucros são muito bons. A flor natural possui um aroma bastante característico e muito bom. É o segundo tempero mais caro do planeta, atrás apenas do açafrão espanhol”. Os custos de produção, conta o extensionista da Emater, envolvem a instalação de estufas e suportes, podendo também ser cultivada em sistemas de agrofloresta. “Como a baunilha é uma trepadeira, ela precisa ser plantada de forma que se apoie em alguma madeira, por exemplo”, pontua. “Além disso, a planta necessita de no mínimo 50% de sombreamento. É uma atividade que se adapta bem à agricultura familiar”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Origem Um dos condimentos mais valorizados do mundo, a baunilha era bastante utilizada pelos povos astecas, que consumiam cacau saborizado com a fava. Durante o período de colonização, a orquídea foi levada para a Europa, onde teve alguma dificuldade para se adaptar, mas grande aceitação. Atualmente, os principais produtores são Madagascar e Filipinas. O Brasil possui cerca de 30 espécies da planta – só no cerrado, são cerca de dez. De acordo com Carlos Morais, a Embrapa Recursos Genéticos está trabalhando no melhoramento de algumas espécies locais. *Com informações da Emater-DF
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