Consulta pública sobre o Protocolo de Educação Antirracista termina nesta quarta (29)
A Secretaria de Educação (SEEDF) convida a comunidade escolar e a sociedade em geral para participar, até o fim desta quarta-feira (29), da consulta pública do Protocolo de Consolidação da Educação Antirracista. O formulário tem o objetivo de ouvir estudantes, famílias, profissionais da educação e movimentos sociais para ajudar a formular uma política pública permanente de combate ao racismo nas escolas do DF. Arte: SEEDF O protocolo foi feito para orientar, prevenir e agir de forma eficiente em casos de racismo e discriminação nas escolas”, explica Patrícia Melo, diretora de Educação em Direitos Humanos e Diversidade da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin). “Ele reforça o compromisso da rede com uma educação mais justa e inclusiva. Todas as sugestões enviadas serão analisadas e, quando forem pertinentes, incluídas na versão final.” [LEIA_TAMBEM]O documento reconhece que o racismo é um problema presente na sociedade e, por isso, propõe ações contínuas de formação e conscientização, que vão além de medidas isoladas. Veja, abaixo, os principais pontos do texto. ⇒ Explica conceitos importantes, como branquitude, colonialidade e o mito da democracia racial, para ajudar a entender as origens do racismo ⇒ Diferencia o racismo do bullying, mostrando que a discriminação racial deve ser tratada com a seriedade prevista em lei ⇒ Traz orientações claras sobre como agir em casos de racismo, envolvendo estudantes, famílias e profissionais da educação. Para participar, clique neste link. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto Escola + Arte leva arte, música e reflexão para crianças da rede pública de ensino
Levando dinâmica para a rotina de crianças e adolescentes do Distrito Federal, o projeto Escola + Cultura promove apresentações artísticas e palestras com temas relevantes para as escolas públicas. A proposta conta com fomento de aproximadamente R$ 500 mil da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), via emenda parlamentar, e já impactou centenas de jovens unindo arte, diversão e aprendizado. A iniciativa percorre unidades de ensino com teatro, música, shows de mágica e conversas sobre sonhos e comportamento, com o intuito de formar ambientes mais criativos e acolhedores para os estudantes. Criançada se diverte com as atividades do projeto, que tem cunho educativo | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Saúde Criada em 2022, a ação já passou por quase todas as regiões administrativas do DF. Segundo o produtor do Escola + Cultura, Augusto César Mariani, o formato do projeto se adapta às necessidades de cada instituição, sendo composto por três momentos: a palestra, que aborda o tema solicitado pela escola; uma apresentação cultural, que pode ser mágica, teatro ou circo; e, por fim, um show musical. Isabela Vieira, estudante: “Amei a palestra sobre bullying e o show de mágica. É bom sair um pouco da rotina, brincar e também falar de assuntos importantes” “Isso faz com que seja algo que complementa a temática que a comunidade escolar já trabalha”, detalhou Augusto. “É uma promoção incrível; nem todo mundo já foi ao teatro, viu uma apresentação de mágica ou foi em um circo, então acaba tendo essa oportunidade. E a música é uma parte do projeto onde as crianças podem extravasar, brincar e dançar, finalizando com chave de ouro.” Diversão e conscientização Na semana passada, uma maratona de apresentações contemplou Taguatinga, Samambaia Sul e Ceilândia. As atrações incluíram palestra, performance do rapper Japão, show de mágica com Alexandre Rasa e o som da banda SQQ Rockids, que anima o público jovem com músicas de infância em versão rock’n’roll. [LEIA_TAMBEM]Na Escola Classe 17 de Ceilândia, o tema deste ano foi bullying. “Infelizmente é um assunto real, e precisamos trabalhar isso todos os dias”, avaliou a vice-diretora Joseli Alves da Silva. “As apresentações ajudam a tratar o tema de forma lúdica, trazendo paz para dentro da escola. Alguns alunos entendem o mal que o bullying causa e melhoram, levando a reflexão também para casa”. Para os estudantes, as atividades foram de aprendizado e diversão. A pequena Isabela Alves Vieira, de 10 anos, aprovou: “Amei a palestra sobre bullying e o show de mágica. É bom sair um pouco da rotina, brincar e também falar de assuntos importantes. Temos que brincar, não só estudar ou ficar mexendo no celular. Estou me divertindo”. João Lukas Rodrigues de Oliveira, 10, contou que, além de gostar das músicas e dos truques de mágica, o tema o tocou de forma pessoal: “Tem gente da minha sala que sofre bullying, até eu. Aprendemos que é importante respeitar os outros. Gostei tanto que eu quero que o projeto volte ainda este ano”.
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Escola Classe 06 de Ceilândia homenageia aluna de 8 anos vítima de desafio na internet
Com balões brancos e mensagens de carinho, a Escola Classe (EC) 06 de Ceilândia viveu, nesta quinta-feira (17), um momento de emoção e reflexão. Estudantes, professores, familiares e amigos participaram de uma caminhada silenciosa em homenagem à aluna Sarah Raíssa, de 8 anos, que faleceu no último domingo após participar de um desafio perigoso propagado nas redes sociais. Passeata em Ceilândia reuniu estudantes, familiares e professores da Escola Classe 06 para lembrar a pequena Sarah Raíssa e reforçar a importância da conscientização digital entre crianças e adolescentes | Foto: Ícaro Henrique/SEEDF Emocionado, Cássio Maurílio, pai de Sarah Raíssa, descreveu a filha como uma criança carismática, afetuosa e cheia de vida. “Ela era uma menina com grande potencial, carinhosa, de opinião própria. Onde chegava, levava alegria. Não deixava ninguém ficar triste”, relembrou. A comunidade escolar prestou tributo à aluna e aproveitou o momento para fazer um alerta necessário: é preciso conversar sobre os riscos da internet, especialmente com crianças e adolescentes. “Temos trabalhado temas como segurança digital e uso responsável da internet em sala de aula. Mas, a partir de agora, essas ações serão intensificadas. Vamos promover rodas de conversa, palestras e atividades permanentes de sensibilização sobre cyberbullying, desafios perigosos e exposição online. É uma forma de proteger nossos alunos e valorizar a vida”, contou a diretora da escola, Maria de Fátima Bezerra. Para o pai da estudante, o assunto é fundamental, e é importante que famílias e escolas se unam na orientação sobre o uso da internet pelas crianças. “A gente precisa conversar mais com nossos filhos, estar presente. Mostrar pra eles o que é saudável, o que é perigoso. Se a criança quer ver algo, veja junto. Não proíba, oriente. Seja você o filtro da sua criança. Participe das brincadeiras, crie desafios do bem. Porque, muitas vezes, por curiosidade, elas se envolvem com coisas que não entendem – e isso pode ser fatal”, alertou. A comunidade escolar prestou tributo à aluna e aproveitou o momento para conversar sobre os riscos da internet Trabalho de prevenção Mesmo antes do triste ocorrido envolvendo Sarah Raíssa, a escola já havia iniciado um projeto pedagógico voltado para a valorização da leitura e o uso consciente da tecnologia. A ação foi retomada com ainda mais propósito após o incidente, tendo como ponto de partida o livro A fuga das palavras, da autora Silvana Brito. “Esse livro conta a história de um menino muito ligado às redes sociais e que vai perdendo o convívio social e o contato com as palavras. Ele percebe que precisa reconquistá-las, e isso acontece por meio da leitura. Escolhemos essa história para abrir o projeto porque ela fala diretamente com a realidade das nossas crianças”, explicou a diretora Maria de Fátima. O projeto é integrado ao trabalho já realizado ao longo do ano na sala de leitura da escola, com visitas semanais à biblioteca e rodas de conversa sobre os livros lidos. “A criança que quiser falar sobre a história tem espaço. Essa escuta é muito importante. Queremos que elas compreendam que o livro traz muitas coisas boas para a vida”, destacou a coordenadora pedagógica, Lidiane Martins. Sobre o uso da tecnologia, a educadora enfatiza que o trabalho precisa ser guiado por orientação. “A gente tem um laboratório de informática onde trabalhamos com jogos educativos planejados, sempre alinhados ao conteúdo de cada turma. O celular não é permitido em sala, mas os professores orientam os alunos sobre como fazer uma boa pesquisa e como utilizar a internet de forma segura e consciente”, afirmou. Cássio Maurílio, pai de Sarah Raíssa, ressaltou a importância de orientar as crianças sobre o uso da internet: “A gente precisa conversar mais com nossos filhos, estar presente. Mostrar pra eles o que é saudável, o que é perigoso” Suporte pedagógico A Secretaria de Educação desenvolve, nas escolas da rede pública do DF, ações de promoção da saúde emocional e prevenção de comportamentos de risco, com rodas de conversa, palestras e oficinas educativas conduzidas por profissionais da Secretaria, com o apoio dos Orientadores Educacionais (OEs) e das Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem (EEAAs). Em 2024, cerca de dez mil profissionais da educação participaram de formações voltadas à cultura de paz e à comunicação não violenta. Desses, cinco mil educadores passaram por capacitações específicas sobre bullying, cyberbullying e segurança digital, em parceria com a Delegacia de Crimes Cibernéticos, a Secretaria de Segurança Pública e o Batalhão Escolar. A SEEDF orienta sobre a proteção de crianças e adolescentes e reforça a importância da atuação conjunta entre escola, família e sociedade para garantir uma experiência digital mais segura. Recomenda, sempre que possível, evitar o uso de celulares por crianças pequenas, priorizando o convívio, as brincadeiras e o aprendizado. Quando o uso for necessário, é fundamental que os responsáveis acompanhem de perto o conteúdo acessado. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Educação participa do 3º Seminário de Segurança Pública Escolar
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) participou, nesta quarta (2) e quinta-feira (3), do 3º Seminário de Segurança Pública Escolar, realizado no auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O tema de combate à violência nas escolas vem sendo amplamente discutido com o intuito de criar estratégias imediatas e eficazes na redução dos índices de conflito escolar. Para esse desafio, a SEEDF atua em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e com o MPDFT. O evento reuniu profissionais da educação e da segurança pública para dialogar sobre os desafios e as soluções para garantir a segurança dentro das instituições educacionais, fortalecendo a cooperação entre escolas, forças de segurança e comunidade. O seminário contou com a presença da chefe da Assessoria de Cultura de Paz da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein, além do secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, a Comandante do Batalhão de Policiamento Escolar do DF, Renata Cardoso, o Procurador de Justiça, Nísio Tostes Filho, entre muitas outras autoridades. A chefe da Assessoria de Cultura da Paz da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein, agradeceu à parceria com a Polícia Militar nas escolas | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF Ana Beatriz Goldstein ressaltou estar orgulhosa, pois a Secretaria de Educação está presente desde o 1º Seminário de Segurança Pública Escolar. Ela destaca essa parceria. “As forças de segurança e a Secretaria de Educação estão trabalhando de uma forma tão integrada e parceira. Vocês trazem essa tranquilidade, essa cultura de paz para dentro das nossas escolas”. Ela reforça que é necessário ter um ambiente saudável e tranquilo, para que os estudantes possam focar no processo de ensino-aprendizagem. “Se você tem um ambiente tumultuado, obviamente, terá problemas nessa questão da aprendizagem. Eu entendo o Batalhão de Policiamento Escolar como um grande parceiro das escolas. Devemos encará-lo como educadores parceiros que auxiliam na mediação de conflito”. A programação dos dois dias contou com palestras sobre o Programa Guardião Escolar, saúde mental no ambiente escolar, ataques de violência extrema às escolas no Brasil: mapeamento, fatores associados e caminhos de prevenção e enfrentamento, além da cultura de paz nas escolas. Parceria com o Batalhão O Batalhão de Policiamento Escolar (BPESC) também listou em quais casos deve ser acionado. São eles: situações de risco à segurança da comunidade escolar; no cometimento ou na iminência de ocorrência de crime ou contravenção penal nas escolas ou em seu perímetro; na presença de pessoas com atitudes suspeitas nas imediações das escolas; na suspeita de uso ou tráfico de drogas; para a realização de operações preventivas nas escolas; e em caso de ameaça à escola, aluno ou estudante. Para entrar em contato, basta ligar no (61) 3190-3717. A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF, Larisse Cavalcante, abordou a importância de cuidar da saúde mental dos estudantes A tenente-coronel Renata Cardoso, atual comandante do Batalhão de Policiamento Escolar do DF, foi uma das palestrantes. Ela trouxe dados importantes como a criação do 1º Batalhão de Policiamento Escolar do Brasil, no Distrito Federal, em 1.988, por meio do Decreto nº 11.958. “Exatamente hoje estou completando 28 anos de serviço. Posso dizer que tive a oportunidade de viver os dois melhores anos da minha vida aqui à frente do Batalhão de Policiamento Escolar. Uma unidade que eu tive a oportunidade de servir em 2003 como tenente e retornei 20 anos depois como tenente-coronel”. Saúde mental Outra palestrante foi a diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF, Larisse Cavalcante. Ela destacou como um trabalho de saúde mental é essencial na vida do estudante. “É muito importante que a pauta de saúde mental seja discutida quando se fala em situações de violência, de enfrentamento ou situações de crise dentro da escola. Muitas vezes quando entramos nas escolas numa situação crítica, com a comunidade escolar muito abalada, nós vemos que esse debate é muito importante de ser realizado no ambiente escolar, até para prevenir outras situações de violência ou de ataques”, disse. O Seminário também indicou ações do papel da família na vida escolar do estudante: participar dos eventos da escola, da rotina escolar e da vida social de seu filho; conhecer os amigos de seu filho e os ambientes que ele frequente; perguntar a origem de qualquer objeto estranho que seu filho trouxer para a casa; sempre que possível, acompanhar as crianças até a entrada da escola; acompanhar as redes sociais de seu filho; e verificar diariamente a mochila de seu filho. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Escola Classe 01 do Guará trabalha o combate ao bullying de forma lúdica
No mês em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, a Escola Classe 01 do Guará dá exemplo ao promover diversas atividades lúdicas de conscientização para estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. As crianças têm aprendido na prática a importância da empatia, do respeito e da convivência com as distintas características individuais. A professora Tiffany Carvalho, da Escola Classe 01 do Guará, criou diversas atividades lúdicas para incentivar o combate ao bullying entre alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF A professora do 3º ano C, Tiffany Carvalho, desenvolveu ações inclusivas para tratar sobre diferentes formas de bullying. O projeto chamado Paz nas Escolas integra várias dinâmicas – uma delas é a Trilha do Bullying, na qual os estudantes assimilam, por meio de um jogo de tabuleiro, formas de gerar gentileza, explicam sobre o bullying psicológico, social, cyberbullying e aprendem como pedir desculpas. Ao final do jogo, o vencedor é chamado de Agente da Paz ou Combatente do Bullying. A professora destaca como trabalha nas dinâmicas: “Apesar de serem tão pequenos, eles aprendem rápido. Eu trabalho de forma a colocar que tudo tem consequência na vida, então, se você faz algo, terá consequência positiva ou negativa. Tento trazer para eles a importância de fazer o bem; independentemente do que aconteça, se colocar no lugar do outro, buscar entender suas emoções e a dos outros”. As ações de prevenção à violência têm rendido mudanças de comportamento entre os alunos, que estão mais solidários e empáticos Tiffany também menciona os resultados que esses projetos têm gerado: “Já tivemos crianças que tinham medo de se apresentar por conta de os colegas rirem. Com o tempo, eles começaram a incentivar: ‘você vai, porque se eu consegui, você também consegue’. Os familiares também conversam conosco dizendo que a criança está com um comportamento melhor em casa”. Ainda dentro do projeto Paz nas Escolas, há o Caderno de Elogios, que trabalha os elogios para além da aparência, e a Caixinha dos Monstros, em que os alunos identificam os seus sentimentos e falam sobre eles. Cada monstrinho indica uma emoção, de forma que eles reconheçam tanto as suas emoções quanto as do colega. Além disso, como parte do projeto, os alunos confeccionam cartazes e cordões contra o bullying para espalhar em várias partes da escola. Resultados A diretora da EC 01 do Guará, Silvana Akasaki, salienta a importância desse trabalho, integrado ao projeto político-pedagógico (PPP): “Na escola, nós trabalhamos com estudantes entre 6 e 10 anos, e percebemos que depois da pandemia, eles voltaram mais nervosos. Então desenvolvemos um projeto de prevenção à violência, que está no nosso PPP, não só em relação ao bullying, mas a qualquer tipo de violência. As ações têm dado resultado; as crianças estão mais empáticas umas com as outras”. Estudante do 3º ano, Laura Gonçalves, 8, demonstrou animação ao jogar a Trilha do Bullying e contou o que ela entende sobre o tema: “O jogo é legal, ensina muito. Bullying pode ser quando você fala mal da pessoa muitas vezes, pelas costas ou pela frente; é muito feio isso”. A menina ainda destacou como combater a prática: “Devemos conversar com a pessoa e mostrar que isso não é legal”. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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PMDF promove atividade cívico-educativa para crianças e adolescentes na volta às aulas
Estudantes do colégio cívico-militar CED 308 do Recanto das Emas retornaram às aulas com entusiasmo, sendo recepcionados por personagens icônicos da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), como o Leão Daren e o sargento Valente. A ação do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), acompanhada por palestras de combate ao bullying e outros temas, integra o cronograma plurianual do batalhão escolar, que promove campanhas educativas em diversas escolas do DF nesta semana. O grupamento já passou pelos colégios cívico-militares de Ceilândia e da Estrutural e as próximas visitas estão programadas para unidades em Samambaia e Ceilândia Sul. Nos dias da ação, os membros da comunidade escolar participam de palestras sobre segurança pública, prevenção da violência, conscientização sobre o trânsito e dicas sobre como evitar o uso de drogas e combater o bullying. Para atuar na operação, o efetivo da PMDF participou de uma preparação ao longo de janeiro voltada à prevenção do cyberbullying e outros temas relacionados à educação, como o atendimento de ocorrências em ambiente escolar e o Estatuto da Criança e do Adolescente. O Proerd levou palestras sobre segurança pública, prevenção da violência, conscientização sobre o trânsito e dicas sobre como evitar o uso de drogas e combater o bullying a dois colégios cívico-militares | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A comandante do batalhão escolar, tenente-coronel Renata Cardoso, afirma que é executado um planejamento prévio em que as equipes intensificam as ações de policiamento ostensivo em todas as regiões administrativas do Distrito Federal, além das ações preventivas trabalhadas por meio de palestras e rodas de conversa sobre temas relevantes para a comunidade escolar. “Hoje o bullying não é mais visto somente como uma brincadeira de mau gosto, mas um tipo previsto no nosso ordenamento jurídico. Tudo aquilo que constrange ou deixa alguém desconfortável é porque passou do limite da brincadeira e já é algo que traz uma série de malefícios para esse estudante, como adoecimento mental e queda no rendimento escolar. Atuamos com uma linguagem acessível e lúdica para esse público, porque queremos fazer um trabalho integrado. Esse é o principal objetivo do Governo do Distrito Federal, uma segurança que é um braço amigo da escola, porque educação e segurança caminham juntas”, declara. Renata Cardoso: “Hoje o bullying não é mais visto somente como uma brincadeira de mau gosto, mas um tipo previsto no nosso ordenamento jurídico” A comandante acrescenta, ainda, que o batalhão de policiamento escolar faz um trabalho de policiamento comunitário, com orientações para além do estudante, alcançando os pais, professores e toda comunidade escolar. “São direcionamentos como acompanhar as redes sociais, conhecer os amigos dos filhos, verificar as mochilas eventualmente para checar se o aluno leva alguma coisa que não é permitida. Aos condutores de veículos, a gente pede atenção redobrada, porque estamos com um fluxo maior de pelo menos 650 mil pessoas no Distrito Federal e isso impacta muito no trânsito”. Segurança e respeito O professor de matemática do colégio cívico-militar CED 308 do Recanto das Emas, Raphael Tocantins, ressalta o impacto visível que as ações levam para a sala de aula, onde os alunos têm demonstrado mais respeito uns com os outros. “Às vezes o bullying não é um assunto muito comentado em casa ou nas ruas com os colegas. Trazer esses pontos para a escola ajuda bastante. Além disso, esse momento de entrar em forma ajuda até na parte pedagógica, porque acalma os ânimos antes deles chegarem na classe”. Ezabelly Fernandes da Silva conta que sofre bullying na escola, mas que se sente aliviada quando os policiais conversam com os colegas dela sobre o assunto A estudante Ezabelly Fernandes da Silva, de 13 anos, afirmou que estava animada desde dezembro para voltar às aulas e achou o momento de recepção com o batalhão escolar interessante: “Essa é a melhor escola de todas que eu já estudei. Aqui tem mais segurança e os policiais dão mais atenção a nós. O bullying é algo que eu já sofro porque tenho que usar um carrinho por causa das minhas pernas. E quando eles falam sobre isso com os alunos, nos sentimos aliviados porque sabemos que os policiais estão aqui para nos ajudar e nos unir”. O gêmeo de Ezabelly, Ezequiel Fernandes da Silva, estuda no mesmo colégio e reforça a fala da irmã: “A gente aprende o respeito e a união. É muito bom se sentir seguro. Além disso, os professores daqui ensinam muito bem e tenho muitos amigos legais que ajudam nas atividades”. Outros mascotes conhecidos das forças de segurança, como o Lobo-Guará, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), e personagens do grupo Teatro Rodovia, do Departamento de Trânsito do DF (Detran), fizeram aparições na escola, além da Banda de Música da PMDF. Para a estudante Heloísa Fernandes, 11, foi uma das partes mais legais. Ela descreveu os personagens como fofinhos e engraçados. Ela destaca que voltar à escola é divertido, pois encontra inspiração e novos aprendizados. “Estou superanimada porque gosto muito dessa escola. Além da segurança, tem a música também, que me inspira bastante e consigo me concentrar melhor, então é uma parte muito boa”.
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CEM 01 do Guará participa do VI Encontro Nacional das Equipes de Ajuda do Brasil em SP
Estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 01 do Guará retornaram nessa quinta-feira (26) de Campinas (SP) após participarem do VI Encontro Nacional das Equipes de Ajuda do Brasil para apresentarem o projeto de combate ao bullying, cyberbullying e violência nas escolas “Vem Comigo”. O CEM 01 do Guará foi a única escola pública a participar do congresso nacional realizado nos dias 25 e 26 de setembro, na Unicamp, com o tema “Gente que cuida de gente: valorizando toda a forma de ser”. A participação do CEM 01 do Guará, mais conhecido como antigo GG (Ginásio do Guará), no encontro aconteceu com o apoio da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que custeou o transporte dos estudantes até Campinas. O grupo de 16 alunos do CEM 01 do Guará foi recebido no Aeroporto Internacional de Brasília pela secretária de Educação do DF | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Todas as escolas que participaram do encontro possuíam as chamadas “equipes de ajuda”. Esses grupos são equipes de apoio que reúnem jovens atuantes de forma voluntária nas escolas com ações que visam favorecer a convivência positiva entre as pessoas no ambiente escolar. Na unidade escolar do Guará, a equipe é composta por 74 alunos, cujo lema é “acolher, escutar e ajudar”. Desse número, foram selecionados 16 para representar o grupo no congresso. Para recebê-los de volta à capital, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, foi ao Aeroporto Internacional de Brasília acompanhar o desembarque. No local, os alunos entregaram uma carta de agradecimento e reconhecimento à secretária, que se emocionou ao ler. Ela destacou a importância desses jovens participarem de congressos fora de Brasília. “A oportunidade que os jovens têm de sair do Distrito Federal e participar desses encontros gera amadurecimento, crescimento e integração com outras culturas”, disse Hélvia, que ainda ressaltou a relevância do trabalho de grupos como esse. “A gente precisa cuidar um do outro, essa afetividade, esse acolhimento é muito importante”. Camisa da equipe de ajuda do CEM 01 do Guará conta com a frase: “Você não está sozinho” Troca de experiências A coordenadora pedagógica da escola e também integrante da “equipe de ajuda” do CEM 01 do Guará, Márcia Delgado, explicou sobre a origem desse programa. “O CEM 01 foi a primeira escola pública do DF a trabalhar e entrar nesse Sistema de Apoio entre Iguais (SAI), um programa internacional, que começou com um pesquisador lá na Espanha”, contou. Ela celebrou a oportunidade de troca de experiências. “Este momento foi muito importante para que ocorresse essa troca de saberes. Foi uma experiência inesquecível, com certeza, um momento de crescimento e evolução como ser humano para os estudantes. E é isso que nós queremos, uma educação humanizada”. Os estudantes que participaram do congresso relataram boas experiências nas oficinas, que se dividiram entre os temas de racismo, cyberbullying, respeito à diversidade, entre outros. A aluna do CEM 01 do Guará e também integrante da equipe de ajuda Luisa de Souza falou sobre a importância da formação de grupos como esse nas escolas. “Nós somos os olhos da equipe de ajuda, porque o professor nunca vai saber 100% o que acontece na escola, mas a gente consegue ver o que acontece de verdade, consegue interferir em casos de bullying, por exemplo, já que quando acontecem geralmente o aluno conta para um amigo, não para o professor”, explicou. A estudante Luisa de Souza e a coordenadora do projeto Márcia Delgado são integrantes da equipe de ajuda do CEM 01 do Guará A chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz, Ana Beatriz Goldstein, que também fez questão de receber os estudantes no aeroporto, concorda com o pensamento da aluna. “Quando os jovens têm algum problema, eles querem conversar com os pais ou com um amigo? Com certeza com um amigo. Então quando a escola tem um projeto desse, é maravilhoso, porque os meninos fazem a escuta ativa e encaminham o caso para o orientador, diretor ou psicólogo da escola”. Sobre o projeto O projeto “Vem Comigo” está no CEM 01 do Guará desde 2019. A proposta surgiu com o intuito de enfrentar e combater problemas de convivência como agressões, casos de depressão e automutilação. No início, o projeto tinha oito professores, que se reuniam uma vez ao mês para estudo e planejamento de ações com os alunos. Eles realizavam sessões de conversa sobre bullying e assembleias escolares. Já em 2023 surgiram as “equipes de ajuda” na escola, formada por estudantes e professores. Essas equipes colocaram em prática as atividades propostas, que começaram a mudar o clima e a convivência da escola, como: escuta ativa, acolhimento, murais interativos, caixinhas de S.O.S, nas quais os alunos colocam suas questões anonimamente, campanhas de conscientização e sensibilização para o combate ao bullying, cyberbullying e preconceitos às diversidades. As equipes de ajuda trabalham tanto de forma individual, ao acolher e auxiliar estudantes que se sintam sozinhos ou excluídos, formando uma rede de apoio, mas também de forma coletiva, com atividades de interação para alunos com dificuldade de socialização. Ações como essa estão em consonância com a Lei 13.185/2015 e a Lei 14.811/2024, que tratam do combate à violência nas escolas e propõe às mesmas organizarem em seus espaços, programas que permitam a cultura de paz e a prevenção de problemas de convivência entre os alunos. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Inscrições para oficina de combate ao bullying e cyberbullying terminam nesta terça (3)
Estão abertas as inscrições para a 2ª oficina Conexão Segura, focada no combate ao bullying e cyberbullying, iniciativa conjunta do Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc/PMDF), da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC/PCDF) e da Assessoria Especial de Cultura da Paz da Secretaria de Educação (SEEDF). O intuito do projeto é fortalecer a segurança e o bem-estar nas escolas. A oficina será realizada nesta quarta-feira (4), no auditório da coordenação regional de ensino (CRE) do Paranoá nos turnos matutino e vespertino. As inscrições podem ser feitas até esta terça-feira (3) por toda a comunidade escolar pública e privada, preferencialmente, do Paranoá, de Itapoã e de São Sebastião. Encontros têm o objetivo de capacitar os servidores da Secretaria de Educação na identificação, prevenção e combate ao bullying e cyberbullying | Foto: Felipe de Noronha/ SEEDF O evento faz parte de uma série de encontros que serão realizados em diversas coordenações regionais de ensino até outubro, com o objetivo de capacitar os servidores da SEEDF na identificação, prevenção e combate ao bullying e cyberbullying. Também serão abordados temas como estratégias de prevenção, formas eficazes de lidar com situações de bullying e ferramentas para promover um ambiente seguro, tanto online quanto offline. Veja o cronograma das oficinas ⇒ CRE Paranoá/ São Sebastião – 4/9, na Escola Técnica Leste ⇒ CRE Taguatinga/ Gama/ Ceilândia – 11/9, no auditório do Senai ⇒ CRE Brazlândia – 18/9, no CEM 01 Brazlândia ⇒ CRE Núcleo Bandeirante/ Guará – 25/9, no auditório da CRE Núcleo Bandeirante ⇒ CRE Sobradinho/ Planaltina – 2/10, no Teatro de Sobradinho ⇒ CRE Recanto das Emas/ Samambaia/ Santa Maria – 9/10, no auditório da CRE Recanto das Emas *Com informações da SEEDF
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Inscrições abertas para oficina de combate ao bullying e cyberbullying
As inscrições para a 1ª Oficina Conexão Segura, focada no combate ao bullying e ao cyberbullying, estão abertas até às 19h desta terça-feira (20). Com vagas limitadas, o evento, voltado para gestores, docentes, monitores e funcionários das redes pública e privada, será realizado no dia 21 de agosto no Teatro da Escola Parque 308 Sul, com opções de participação nos turnos matutino (das 9h às 11h) ou vespertino (das 14h às 16h). “A oficina é um passo fundamental para promover um ambiente escolar mais seguro e acolhedor. Nosso objetivo é equipar toda a comunidade escolar com as ferramentas e conhecimentos necessários para enfrentar e prevenir o bullying e o cyberbullying” Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura da Paz A oficina faz parte de uma série de encontros que serão realizados em diversas Coordenações Regionais de Ensino do Distrito Federal até outubro, com o objetivo de capacitar os servidores na identificação, prevenção e combate ao bullying e cyberbullying. O evento também abordará estratégias de prevenção, formas eficazes de lidar com situações de bullying e ferramentas para promover um ambiente seguro, tanto online quanto offline. A chefe da Assessoria Especial de Cultura da Paz da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Ana Beatriz Goldstein, destaca a importância da iniciativa. “A oficina é um passo fundamental para promover um ambiente escolar mais seguro e acolhedor. Nosso objetivo é equipar toda a comunidade escolar com as ferramentas e conhecimentos necessários para enfrentar e prevenir o bullying e o cyberbullying”. As próximas edições da Conexão Segura seguirão o cronograma abaixo – Plano Piloto: dia 21/8, na EP 308 Sul – Paranoá/São Sebastião: dia 4/9, na Escola Técnica Leste – Taguatinga/Gama/Ceilândia: dia 11/9, no Auditório do Senai – Brazlândia: dia 18/9, no CEM 01 Brazlândia – Núcleo Bandeirante/Guará: dia 25/09, no Auditório CRE NB – Sobradinho/Planaltina: dia 2/10, no Teatro de Sobradinho – Recanto/Samambaia/Santa Maria: dia 9/10, no Auditório CRE Recanto A Conexão Segura é uma iniciativa conjunta do Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc/PMDF), da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC/PCDF) e da Assessoria Especial de Cultura da Paz da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), com o intuito de fortalecer a segurança e o bem-estar nas escolas. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, destacou que combater o bullying e o cyberbullying é essencial para garantir a integridade e o bem-estar dos jovens. “Tanto que criamos um eixo específico no programa DF Mais Seguro, o Escola Mais Segura. Para desenvolvê-lo, fizemos reflexões para compreender as origens e desdobramentos do bullying, bem como o papel da segurança pública nesse contexto. Em parceria com as forças de segurança, buscamos promover a cultura de paz, cidadania e solidariedade no ambiente escolar”, afirmou. *Com informações da SEEDF
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Fórum de Orientação Educacional debate bullying e cyberbullying
Cerca de 200 profissionais da educação participaram do VII Fórum Regional de Orientação Educacional, que ocorreu nesta sexta-feira (28) no Centro Educacional (CED) 8 Incra, em Brazlândia. Nesta edição, o fórum trouxe o tema do “Bullying e cyberbullying: reflexões e encaminhamentos sobre violência no âmbito escolar”. Profissionais receberam orientação sobre os tipos de violência que ocorrem nas escolas, para compreender suas origens e desdobramentos | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF O evento reúne anualmente orientadores educacionais de quatro regionais de ensino: Brazlândia, Ceilândia, Samambaia e Taguatinga. O objetivo principal é promover a integração dos orientadores dessas regiões, de modo a fomentar ações conjuntas e ampliadas em prol de uma mesma finalidade. Para a escolha do tema desse ano, uma pesquisa foi feita com os grupos de orientadores envolvidos. A temática selecionada foi o combate à violência no ambiente escolar e, para abordá-la, foram realizadas palestras de diferentes profissionais. No âmbito escolar, a pedagoga Maria Delmair Lacerda e a orientadora educacional Michelle Ribeiro Confessor, ambas da SEEDF, trouxeram reflexões relacionadas aos tipos de violência que ocorrem nas escolas, buscando compreender as origens e desdobramentos, bem como qual o papel do profissional da educação como agente de promoção em uma cultura de paz, de cidadania e de solidariedade. De modo a instruir os profissionais presentes, houve também a palestra do promotor de justiça Leandro José de Oliveira, do Ministério Público do DF, que trouxe o conhecimento jurídico aos participantes e orientações sobre como proceder em casos de violência, em especial o bullying e o cyberbullying. “Para este fórum, o objetivo principal é trazer o conhecimento da lei, da legislação como um todo, que trata de bullying e cyberbullying. Já temos leis desde 2015 e, este ano, uma nova lei que criminalizou esse fenômeno. Então, o objetivo é apresentar essa legislação e como o bullying é disciplinado, o que caracteriza de fato bullying e cyberbullying. Assim como quais as providências que os educadores e professores podem adotar para o enfrentamento dessa questão”, explicou Leandro. Cultura de Paz Para a pedagoga e orientadora Elane Melo da Rocha, da Regional de Ensino de Brazlândia, “o Fórum é uma oportunidade de estar em sintonia com as demandas dos jovens hoje em dia. É uma preparação para a nossa atuação porque, quanto mais nós aprendemos sobre a temática, mais conseguimos atuar com efetividade nessas demandas que ocorrem”, ponderou. Um dos pontos altos do Fórum foi o reconhecimento do papel fundamental desempenhado pelo orientador escolar no acompanhamento e avaliação dos processos de aprendizagens, além de ser um agente no fomento a grandes programas e projetos educacionais. O papel da orientação educacional abrange todas as etapas e modalidades da educação básica na rede pública de ensino do Distrito Federal, sendo um direito dos estudantes e parte integrante da organização pedagógica das unidades de ensino. Os profissionais dessa área têm a responsabilidade de planejar, coordenar, implementar e avaliar ações pedagógicas voltadas para os estudantes, professores, famílias e a organização escolar como um todo. *Com informações da SEEDF
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Servidores participam de fórum sobre diversidade sexual e identidade de gênero
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou, na manhã desta quinta-feira (16), o 1º Fórum de Gestores -Diversidade Sexual de Ceilândia, no Centro de Ensino Médio (CEM) 03. O evento reuniu diretores de escolas públicas com o objetivo de discutir e implementar políticas voltadas à diversidade sexual e identidade de gênero no contexto escolar. “O objetivo desses encontros formativos é a divulgação do arcabouço legal, mas também o suporte aos profissionais da educação com relação a estratégias e projetos pedagógicos que podem ser adotados para que as escolas sejam espaços de relações mais humanizadas, respeitosas e acolhedoras” Patrícia Melo, diretora do DSAPDH O fórum contou com a presença da diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade da SEEDF, Patrícia Melo; a advogada da OAB Shirley Peixoto; a chefe da Unidade de Educação Básica da Coordenação Regional de Ensino (Unieb/CRE) de Ceilândia, Fabricia Estevão; o professor Daniel Kirjner, da Gerência de Educação em Direitos Humanos e Diversidade (GDHD), e o psicólogo Vinícius Mota, da SEEDF. Durante o evento, foram debatidas estratégias pedagógicas e políticas públicas para promover a inclusão e proteção dos direitos da comunidade LGBTQIA+ nas escolas. Patrícia Melo destacou a importância do encontro para a comunidade escolar. “O objetivo desses encontros formativos é a divulgação do arcabouço legal, mas também o suporte aos profissionais da educação com relação a estratégias e projetos pedagógicos que podem ser adotados para que as escolas sejam espaços de relações mais humanizadas, respeitosas e acolhedoras”, explica a diretora. 1º Fórum de Gestores – Diversidade Sexual é um evento significativo para promover a inclusão e os direitos da comunidade LGBTQIA+ nas escolas | Foto: Jotta Casttro/SEEDF Para a chefe da Unieb de Ceilândia, a concretização do fórum ocorre devido à necessidade de integração dos gestores nos desafios enfrentados durante o trabalho que já é realizado nas escolas por meio das equipes de apoio, psicólogos, pedagogos e orientadores educacionais. “O objetivo do fórum consiste em orientar os diretores no que tange à prevenção e garantia de direitos da comunidade LGBTQIA+ nas escolas, assim como o direito de todas as existências, o respeito a todos os corpos e, além disso, fazer com que os nossos ambientes escolares sejam espaços inclusivos”, pondera. Patrícia Melo, por sua vez, ressaltou ainda a frequência com que a pasta recebe demandas relacionadas à diversidade sexual e identidade de gênero, devido às violações de direitos que ocorrem no âmbito das unidades escolares, sendo acionada via Ouvidoria, Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e dos conselhos relacionados a esses temas. “Essas demandas chegam frequentemente. Por essa razão, as ações de formação para os profissionais da educação são imprescindíveis, para que tenham o conhecimento dos documentos legais e do que preconiza o currículo em movimento da pasta, a estratégia de matrícula e o regimento escolar, entre outras leis e resoluções”. Ela ponderou também as medidas que podem ser tomadas para combater o bullying e a discriminação sexual dentro da escola: “Para o combate ao bullying e à discriminação sexual, orienta-se o estudo nas coletivas das unidades escolares [UEs] do Guia de Valorização da Vida, disponível no site da SEEDF, e que foram entregues em exemplares físicos a todas as UEs, pois ele traz conceitos, orientações e sugestões pedagógicas, assim como rede de apoio”. O fórum abordou ainda a prevenção do bullying e da discriminação sexual, com orientações claras para os profissionais da educação sobre políticas e recursos disponíveis. *Com informações da SEEDF
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Atividades de promoção de cultura de paz são prioridade nas escolas públicas do DF
A construção de um ambiente sem violência é um desafio vencido à base de muito diálogo. Na comunidade escolar, essa realidade é ainda mais complexa. Em uma sociedade onde o bullying e sua prática online — cyberbullying — se mostram cada vez mais presentes, as escolas desempenham um importante papel na promoção da paz, da cidadania, da solidariedade, do respeito ao pluralismo e à diversidade em todas as vertentes. Ciente da função social exercida pelas instituições de ensino, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) promove uma série de iniciativas para conscientizar a comunidade escolar e combater a prática do bullying, considerada crime pela lei nº 14.811, de 12 de janeiro de 2024. O trabalho do GDF pela cultura de paz nas escolas envolve várias secretarias, como as de Educação, Saúde e Segurança Pública | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília Dar voz aos alunos, privilegiar o diálogo e promover estratégias de mediação para resolver conflitos são algumas das iniciativas adotadas pela rede para promover a cultura de paz e fortalecer o cotidiano da comunidade escolar. “O trabalho que a gente vem desenvolvendo é o de prevenção, mediação de conflitos e restauração de relações. Nós temos conversas, atividades artísticas e esportivas, palestras, formação dos professores e outros inúmeros projetos de conscientização sobre o tema. As escolas têm total autonomia para implementar no plano pedagógico outros programas e ações para combater o bullying”, afirmou a chefe da Assessoria Especial de Cultura da Paz nas Escolas da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein. “O trabalho que a gente vem desenvolvendo é o de prevenção, mediação de conflitos e restauração de relações” Ana Beatriz Goldstein, Assessora Especial de Cultura da Paz nas Escolas Atualmente a rede pública conta com atividades desenvolvidas dentro da sala de aula para diminuir os casos de bullying. Algumas delas são a Arteterapia na Convivência Escolar e Cultura de Paz, programa do Centro de Ensino Fundamental 16 de Taguatinga que prioriza atividades arteterapêuticas no contexto escolar para a convivência escolar e promoção da cultura de paz; e o Bang-Bang: você morreu, realizada no Centro de Ensino Médio Elefante Branco que deriva de uma peça contemporânea sobre campanhas antibullying, antiarmas e antissuicídio. Trabalho integrado Além da Secretaria de Educação, outras pastas do GDF se juntam para executar ações efetivas de promoção da paz no ambiente escolar. No âmbito da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), foi elaborado o Protocolo de Operações Integradas (POI), no qual são estabelecidas orientações gerais advindas das forças de segurança para mitigar os resultados de possíveis ataques de violência nas escolas. A segurança nas escolas também está presente no programa DF Mais Seguro, coordenado pela SSP-DF. O Eixo 2 da iniciativa prevê ações de prevenção e combate à violência nas unidades de ensino, bem como a garantia de um espaço saudável para colaborar no desenvolvimento dos estudantes. Os profissionais da Saúde atuam no acolhimento e tratamento físico e psicológico de crianças e adolescentes envolvidos na prática Já a Secretaria de Saúde (SES-DF) trabalha lado a lado com a SEEDF. Os profissionais da pasta atuam no acolhimento e tratamento físico e psicológico de crianças e adolescentes envolvidos na prática. As ações são ampliadas para dentro das escolas também. Os centros infantojuvenis promovem o projeto Capsi Vai às Escolas, que tem bate-papo com alunos, instrução a professores e brincadeiras para divulgar o tema saúde mental. “O objetivo é trabalhar valores, princípios, afetuosidade e respeito. As atividades preventivas vêm sendo feitas com muito zelo e cuidado por meio de uma robusta rede de parceiros, como SES, SSP, Ministério Público do DF e Territórios e Secretaria de Justiça e Cidadania. Nós levamos para o ambiente escolar ações que sejam de caráter pedagógico de forma interdisciplinar e transversal sobre a temática do bullying”, revelou Ana Beatriz. É crime Em janeiro, foi sancionada a lei federal nº 14.811 que criminaliza a prática, tipificando os crimes de “intimidação sistemática (bullying)” e “intimidação sistemática virtual (cyberbullying)” O 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que, em 2021, 38% das 74 mil escolas pesquisadas confirmaram a existência de bullying entre os alunos. Em janeiro, foi sancionada a lei federal nº 14.811, que criminaliza a prática, tipificando os crimes de “intimidação sistemática (bullying)” e “intimidação sistemática virtual (cyberbullying)”. As penas podem ir de multa a reclusão de quatro anos, se não for identificado outro crime mais grave decorrente da prática. Trabalho voluntário Lair França percorre pontos como escolas, parques e bibliotecas contando histórias antibullying: “Como fui vítima de bullying na minha adolescência, eu carrego marcas. Eu não gostaria que mais gente sofresse com isso”, conta | Foto: Arquivo pessoal Lair Franca, de 63 anos, é professora aposentada da rede de ensino. Desde que parou de trabalhar diretamente dentro das salas de aula, ela adotou outra profissão: a de contadora de histórias. Desde 2012 ela percorre as escolas públicas e privadas do DF contando histórias e levando brincadeiras lúdicas que conscientizam sobre a prática do bullying. “Essas atividades fazem toda a diferença, porque permitem que a gente discuta temas mais polêmicos e de difícil abordagem de uma forma leve e lúdica. Utilizamos as narrativas das histórias e as brincadeiras para levar temas de uma forma mais gostosa e interessante para a criança”, defendeu Lair. Nos últimos quatro anos, a contadora de histórias esteve em 59 escolas, bibliotecas, parques, feiras e shoppings. O trabalho exercido por Lair neste período impactou positivamente mais de 20 mil crianças. “A contação de histórias traz um ganho enorme na vida dos estudantes porque os torna leitores pensantes críticos. Como fui vítima de bullying na minha adolescência, eu carrego marcas. Eu não gostaria que mais gente sofresse com isso. Por isso, procuro atingir o maior número possível de estudantes com as minhas histórias”, concluiu.
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Rede de saúde mental acolhe crianças e adolescentes vítimas de bullying
Uma piada que se torna um incômodo e pode evoluir para um desafio sério na saúde mental. O bullying – incluindo sua versão realizada por meios tecnológicos, o cyberbullying – é crime e ganha cada vez mais destaque nos temas trabalhados pelas unidades da Secretaria de Saúde (SES-DF), que atuam no acolhimento e tratamento de crianças e adolescentes. Parceria com instituições de ensino – públicas e privadas – ressalta a importância do respeito e do cuidado com o bem-estar psicológico de colegas. A diretora de Saúde Mental da SES, Fernanda Falcomer, aponta que uma situação julgada como simples por uma pessoa pode ser grave para outra. Por isso, é essencial ter cautela com ações e palavras. “O impacto vai variar de acordo com as características pessoais. Toda experiência de violência tem potencial de causar um adoecimento mental”, explica a psicóloga. O bullying é crime e ganha cada vez mais destaque nos temas trabalhados pelas unidades da Secretaria de Saúde | Foto: Arquivo/Agência Saúde Indícios Alterações de humor, recusa em ir à escola ou a outros círculos sociais e dificuldades para dormir são possíveis indicativos de sofrimento mental por parte de crianças e adolescentes. Nesses casos, as 176 unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada aos serviços da rede pública. Equipes de Saúde da Família (eSF), reforçadas por profissionais de diversas especialidades, como psicólogos e terapeutas ocupacionais, podem fazer a abordagem inicial e promover o acompanhamento do paciente, tanto em atividades individuais quanto coletivas. Se houver sofrimento psíquico persistente e grave, há o encaminhamento a um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi). São quatro unidades, localizadas na Asa Norte, Taguatinga, Recanto das Emas e Sobradinho – todas com equipe multiprofissional para analisar a realidade da criança ou do adolescente e propor intervenções. O Caps de Brazlândia também faz esse tipo de atendimento. Já a unidade do Plano Piloto se destaca por ter sido o primeiro Capsi do Brasil. Alterações de humor, recusa em ir à escola ou a outros círculos sociais e dificuldades para dormir são possíveis indicativos de sofrimento mental por parte de crianças e adolescentes | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde “Não limitamos nosso olhar só ao bullying, mas a tudo que acontece. Verificamos todas as dimensões sociais do paciente, não só o diagnóstico ou a medicação, por exemplo. É esse o trabalho de um Capsi”, afirma a gerente da unidade da Asa Norte, Mairla Castro. A abordagem inclui a família e a identificação de todas as situações que possam afetar a criança ou adolescente atendido. “O que será que nós, como sociedade, temos ofertado e tirado? O que faz sentido para essas crianças?”, indaga a servidora. Prevenção Para ampliar as ações, os centros infanto-juvenis realizam o projeto Capsi vai às escolas. Há bate-papo com alunos, instrução a professores e brincadeiras para promover o tema saúde mental, além de conversa sobre assuntos apresentados pelos próprios estudantes. A ida ao ambiente escolar auxilia na detecção precoce e no encaminhamento correto. A cada ano, cerca de mil estudantes participam de ações do tipo, abertas às redes pública e privada. Mairla Castro: “Verificamos todas as dimensões sociais do paciente, não só o diagnóstico ou a medicação” |Foto: Humberto Leite/Agência Saúde-DF O tema bullying também é recorrente no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica (Compp) e no Adolescentro, especializados na assistência a pacientes de até 11 anos e de 12 a 17 anos, respectivamente. “Fazemos atendimentos todos os dias sobre bullying, Quando chegam aqui, já apresentam um sofrimento antigo”, revela a supervisora do Adolescentro, Marineide Vila Nova. Os pacientes dessas unidades são direcionados pelas UBSs ou pelos Capsis, apresentando a necessidade de abordagens específicas, quase sempre envolvendo vários aspectos da vida do jovem, como o uso da tecnologia e o desenvolvimento da sexualidade. Nas unidades, atuam servidores de diversas carreiras, todos especializados no atendimento a crianças e adolescentes. Bullying no Brasil [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que, em 2021, 38% das 74 mil escolas pesquisadas confirmaram a existência de bullying entre os alunos. Nesta semana, foi sancionada a lei federal nº 14.811 que criminaliza a prática, tipificando os crimes de “intimidação sistemática (bullying)” e “intimidação sistemática virtual (cyberbullying)”. As penas podem ir de multa a reclusão de quatro anos, se não for identificado crime mais grave. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Guia leva debate sobre saúde mental às escolas da rede pública de ensino
A Secretaria de Educação (SEEDF), por meio da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), elaborou o Guia de Valorização da Vida, documento que promove reflexões e ações preventivas relacionadas à saúde mental no ambiente escolar. Disponível para download no site da Secretaria, o guia aborda questões críticas como bullying, automutilação e suicídio nas escolas, reconhecendo a importância de discutir os temas de forma aberta e proativa. O Guia de Valorização da Vida também terá versão impressa, a ser distribuída nas escolas do Distrito Federal, buscando sensibilizar e formar todos os profissionais da Educação para lidar com as temáticas de maneira profissional e acolhedora. A iniciativa representa um passo significativo no cuidado com a saúde mental dos estudantes, famílias e equipes escolares e contribui para a construção de ambientes educacionais mais seguros e acolhedores. O guia destaca a escola como um “espaço privilegiado da diversidade da constituição humana” e reconhece a necessidade de novas reflexões sobre o papel dos profissionais da Educação | Foto: Álvaro Henrique/SEEDF O documento destaca a escola como um “espaço privilegiado da diversidade da constituição humana” e reconhece a necessidade de novas reflexões sobre o papel dos profissionais da Educação diante das dinâmicas sociais contemporâneas. O guia ressalta, também, a importância de envolver toda a comunidade escolar — a equipe gestora, equipe pedagógica, professores, pedagogos, psicólogos, orientadores educacionais, secretários escolares, porteiros e merendeiros –, além das famílias dos alunos. A publicação enfatiza, ainda, a necessidade do trabalho articulado com a rede de apoio externo à escola, junto a órgãos de saúde, assistência social, segurança pública, entre outros. O guia tem como objetivo principal promover um debate que vá além de uma abordagem punitiva. A diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade da SEEDF, Patrícia Souza Melo, destaca a importância de refletir sobre as formas de trabalhar preventivamente no cotidiano escolar, alinhando ações que contribuam para a formação e o desenvolvimento integral dos estudantes, famílias e profissionais da educação. [Olho texto=”“É nas relações sociais entre todos do contexto escolar, no exercício do nosso cotidiano, que podemos promover mudanças e processos de conscientização”” assinatura=”Patrícia Melo, diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade” esquerda_direita_centro=”direita”] “É nas relações sociais entre todos do contexto escolar, no exercício do nosso cotidiano, que podemos promover mudanças e processos de conscientização. Considerando como a complexidade da vida, a forma como nos relacionamos, sentimos, reagimos e pensamos é pautada em nossas práticas sociais”, enfatiza. Temáticas abordadas [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O documento aborda o bullying, suicídio e automutilação a partir de uma análise histórica e cultural, considerando esses fenômenos como construtos não estáticos da sociedade. O intuito é oferecer uma visão ampla desses desafios e discutir como preveni-los por meio de mediações pedagógicas. O Guia de Valorização da Vida se junta a outras publicações da Secretaria de Educação do DF, como o Caderno Orientador Convivência Escolar e Cultura de Paz e o Guia de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra Meninas e Mulheres, com o intuito de refletir sobre a importância da convivência escolar e da construção de uma cultura de paz, considerando a escola como espaço de respeito à diversidade e às práticas inclusivas, fortalecendo a escuta, o diálogo e o protagonismo estudantil. *Com informações da Secretaria de Educação
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Espetáculo leva discussão sobre o bullying a alunos de escolas públicas
O grupo teatral Estupenda Trupe apresenta quarta (26) e quinta-feira (27), no Teatro Galpão Hugo Rodas, no Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul, o espetáculo Nó na Garganta. A peça tem como tema fundamental o bullying, prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica que atinge, principalmente, as fases da infância, da pré-adolescência e da adolescência, em geral. ‘Nó na Garganta’ retrata violências físicas e verbais cometidas em brincadeiras na infância que podem ter graves sequelas na vida adulta | Fotos: Alexandre Fortes/Divulgação As apresentações serão às 10h e às 15h e a entrada é gratuita. O Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo de São Sebastião, o Elefante Branco e o Instituto Federal de Brasília (IFB) de Samambaia são as escolas que vão assistir ao espetáculo. Nó na Garganta retrata violências físicas e verbais cometidas em brincadeiras comuns na primeira e na segunda fase da vida e que são responsáveis por graves sequelas, que podem ser prolongadas para a vida adulta. [Olho texto=”“Sempre fazemos um bate-papo após cada apresentação. Em Ceilândia, houve até pedidos de desculpas entre os estudantes de uma escola que estavam assistindo à peça. Alunos e professores choraram”” assinatura=”Alana Ferrigno, atriz” esquerda_direita_centro=”direita”] O grupo Estupenda Trupe foi contemplado com R$ 140 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para este ano, por meio da linha de fomento à manutenção de grupos e espaços. Os recursos são divididos entre 12 ações desenvolvidas atualmente pelo grupo, sendo que a peça Nó na Garganta é uma delas. Nó na Garganta nasceu há 17 anos, quando o grupo teatral começou a estudar o tema e colher depoimentos para a montagem do espetáculo, cuja história é baseada em fatos. “Quando começamos a pesquisar sobre o bullying, em 2014, a literatura existente era toda em inglês. Hoje, temos muito material aqui”, diz o diretor do espetáculo, Tiago Vesnuto. Além de ser baseada numa história real, a peça vem sendo atualizada ao longo dos 17 anos de apresentação. Nos últimos tempos, passou a ser abordado o cyberbullying, que é o assédio moral por meio eletrônico. “Também estudamos como se dá a construção de uma pessoa que pratica o bullying”, destacou Tiago. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A atriz Alana Ferrigno, que está no grupo teatral desde a primeira montagem de Nó na Garganta, disse que nesses anos muitos resultados positivos foram colhidos. “Sempre fazemos um bate-papo após cada apresentação. Em uma dessas oportunidades, em Ceilândia, houve até pedidos de desculpas entre os estudantes de uma escola que estavam assistindo à peça. Alunos e professores choraram”, destaca Alana. A atriz disse, ainda, que o espetáculo trabalha o bullying não só entre jovens e crianças, mas atende também com professores e pais. “A peça mostra que é possível pedir ajuda. Nó na Garganta trata de como superar a opressão. Poder contar essa história e ajudar tantas pessoas é muito gratificante”, acrescenta a atriz Alana Ferrigno.
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Batalhão Escolar orienta alunos do CEF Núcleo Bandeirante contra bullying
Brasília, 26 de setembro de 2022 – Mais de 200 alunos, entre brancos, pretos e pardos, com gostos, idades e até nacionalidades diferentes, incluindo 15 estudantes especiais, iniciaram a semana com uma palestra realizada pelo sargento Marcos Ferreira, do Batalhão Escolar, sobre bullying (prática sistemática de violência psicológica e física) e cyberbullying (violência pela internet), no Centro de Ensino Fundamental Metropolitana, no Núcleo Bandeirante. Durante uma hora, o policial utilizou sua experiência profissional, vivência pessoal e casos clássicos de bullying retratados no cinema, para abordar o assunto. Alunos do Centro de Ensino Fundamental Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, acompanham palestra para discussão das causas e impactos do bullying | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília O palestrante iniciou sua fala apoiado nos casos vivenciados pelo ator norte-americano Chris Rock, no seriado autobiográfico Todos Odeiam o Chris, no qual o personagem principal sofre bullying por sua raça e condição social. Ele também utilizou como exemplo os diversos casos de humilhação e assédio ocorridos em outra série norte-americana, Os Simpsons. O sargento Marcos Ferreira disse que é importante a discussão na escola dos temas tratados na palestra Frases como “toda aquela violência sofrida pelo personagem poderia ter terminado em tragédia”; “os seguidores de um praticante de assédio também são responsáveis pela violência”; “os espectadores têm responsabilidade, assim como quem pratica a violência, por não fazerem nada” foram algumas das advertências do PM sobre as consequências do bullying. O sargento Marcos Ferreira acredita que a convivência em sociedade, em geral, e também entre adolescentes nas escolas no período pós-pandemia, não é fácil. Segundo ele, os casos de violência têm acontecido com mais frequência. “Nós tivemos algumas solicitações para fazer palestras em escolas devido ao aumento da violência escolar, crianças entrando armadas com facas, por exemplo. No pós-pandemia, as crianças retornam às escolas muito intensas, ansiosas. Estamos fazendo esse trabalho nas escolas, tratando de bullying, cyberbullying e violência escolar, como também fazendo palestra sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevenção às drogas, por exemplo”, explicou o sargento. “Essa palestra é importante para todos”, diz o estudante ganês Benedict Nyansah Aboagyep De acordo com o palestrante, o retorno dado pela direção das escolas têm sido positivo. “É muito importante ainda o trabalho feito com os estudantes após as palestras, a discussão dos temas tratados”, avaliou o sargento Marcos Ferreira. O ganês Benedict Nyansah Aboagyep, de 14 anos, do nono ano do CEF Metropolitana, acompanhou a palestra, atento. Há um ano ele e sua família emigraram para o Brasil. O estudante disse que não sofreu bullying na escola, nem pela dificuldade com a língua. “Essa palestra é importante para todos. Minha adaptação tem sido muito boa”, disse ele. Outra que considera a palestra de grande importância para os estudantes de sua escola é Maria Eduarda dos Reis, também de 14 anos e do nono ano. A estudante ressaltou o trecho da palestra sobre a importância de não só punir o praticante da agressão, mas buscar a motivação do comportamento agressivo. A estudante Maria Eduarda dos Reis destacou a importância de se buscar a motivação do comportamento agressivo “Foram muitas informações sobre como o bullying é praticado. Às vezes pensamos que ele é mau porque é mau, mas existe uma história, que pode ser de alguma dificuldade”, disse. A estudante afirmou que algumas vezes, quando era mais nova, presenciou bullying sem saber o que significava. A pedagoga da instituição, Fabiana Freitas, destacou que a prática das palestras existe no Centro de Ensino Fundamental Metropolitana há cerca de sete anos, para tratar de diversos assuntos, e que os resultados são sempre positivos. “As palestras geram discussões e reflexões sobre as questões abordadas”, destacou. O coordenador do ciclo de palestra do Batalhão Escolar, tenente Flávio Gomes, destacou que os temas abordados pela PM são escolhidos pelas próprias escolas, de acordo com a necessidade. “Estamos passando por um processo de retorno ao normal, que acontecerá com o tempo”, destacou. Quando terminou a palestra, o sargento Marcos Ferreira prometeu aos alunos voltar para falar sobre prevenção às drogas.
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Redes públicas de ensino e saúde atuam juntas contra o bullying
[Olho texto=”“A gente tende a querer, nessas situações, dar respostas simples, mas esse é um fenômeno pautado nas relações sociais como um todo. É preciso envolver todo mundo: gestor, professor, quem promove (o bullying), quem sofre e os que assistem”” assinatura=” – Leonardo Vieira Nunes, psicólogo escolar” esquerda_direita_centro=”direita”] O bullying é uma forma de violência sistemática a partir de ações físicas ou psicológicas, como intimidação, humilhação e discriminação. Por se tratar de um problema social, é mais recorrente em espaços coletivos, como o ambiente escolar. “A escola é um espaço de convivência em que vão emergir situações de uma sociedade, como os diversos elementos sociais e culturais que são base para que o bullying aconteça”, afirma o psicólogo escolar e gerente de Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem da Secretaria de Educação, Leonardo Vieira Nunes. De acordo com ele, grande parte das violências se origina de preconceitos ligados a raça, religião, gênero e classe social. No Distrito Federal, a rede pública de ensino tem ações para prevenir e superar o bullying. A Escola Classe (EC) 47 de Ceilândia, que atende mais de 600 alunos da educação infantil até o 5º ano, promove há mais de dez anos um programa específico para combater esse tipo de violência, batizado de Gentileza Gera Gentileza. Orientadora educacional da EC 47 de Ceilândia, Luciene Rodrigues explica que o programa Gentileza Gera Gentileza nasceu da percepção de rivalidade entre os jovens da região | Fotos: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília “A gente percebia que as crianças tinham muita dificuldade com os relacionamentos interpessoais. Elas ficavam disputando, como se uma quadra [da região] fosse melhor do que a outra; como se um colega fosse melhor que o outro. Dessa necessidade, nasceu o projeto”, explica a orientadora educacional Luciene Rodrigues Pais de Sousa. Como funciona O projeto trabalha os conceitos de gentileza na rotina escolar, no projeto de literatura e no currículo em movimento. Entre as ações já realizadas, estão a análise de provérbios positivos dentro de sala de aula, leilão da gentileza e leitura de livros temáticos. “A cada ano, nós reformulamos. Este ano, por exemplo, pensamos em retomar a questão do Profeta Gentileza [José Datrino, pregador urbano brasileiro] e também em continuar a enviar mensagens positivas para as crianças e as famílias refletirem no fim de semana. Também vamos manter os livros temáticos dentro do projeto de literatura, além de ações para o corpo docente”, diz a professora Viviane Muniz da Silva, da equipe especializada de Apoio à Aprendizagem da EC 47 de Ceilândia. A professora da EC 47 Viviane Muniz da Silva diz que, a cada ano, o Gentileza Gera Gentileza é reformulado e ganha novas atividades Desde o início do programa, a comunidade escolar notou a melhora da relação dos alunos e a maior inclusão das famílias. “Nosso objetivo é que os estudantes tenham a oportunidade de conhecer outros valores na escola, que não são os de casa ou da comunidade. O projeto nada mais é que um exercício diário de cidadania, ética e respeito ao próximo”, completa Luciene. Mesmo assim, vez ou outra algum caso acontece. Quando ocorre, a escola faz a mediação do conflito com a presença dos familiares. “É um trabalho de formiguinha. Por isso, precisamos exercitar o projeto o tempo todo”, acrescenta a orientadora. Capacitação e orientação Todos os profissionais da Secretaria de Educação são qualificados no Eape – Subsecretaria de Formação Continuada com cursos focados na cultura de paz e convivência escolar, que os capacitam para lidar com situações de bullying. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2020, a pasta lançou um compilado prático para orientar os professores com propostas pedagógicas de como atuar na escola com projetos, oficinas e ações que viabilizem a discussão do tema. Ainda neste ano, a secretaria vai divulgar um guia específico para abordar com mais propriedade o bullying. “A gente tende a querer, nessas situações, dar respostas simples, mas esse é um fenômeno pautado nas relações sociais como um todo. É preciso envolver todo mundo: gestor, professor, quem promove [o bullying], quem sofre e os que assistem”, afirma o psicólogo escolar Leonardo Vieira Nunes. “O bullying é multicausal. A pessoa que faz sofre com esse processo em casa ou em outras relações. Na escola, ela reproduz o comportamento que é reforçado pelo coletivo. O bullying nunca é sozinho. Por isso precisamos cuidar de todo mundo. É quase inevitável lidar sem envolver a família e a comunidade escolar”, completa. Acompanhamento psicológico A violência sistemática pode resultar em agravos psicológicos. Geralmente, quem é vítima tem dificuldade de falar sobre o fato. Primeiramente, por vergonha. Depois, por receio de uma retaliação. Fatores como esses impedem a busca de ajuda necessária. Por isso, é necessário que os familiares e a escola fiquem atentos às mudanças de comportamento. [Olho texto=”“As pessoas ao redor vão perceber de maneira indireta, por diferenças comportamentais. Tristeza, isolamento, medo, irritabilidade, nervosismo e até sintomas físicos, como dor de barriga, dor de cabeça e mal-estar geral”” assinatura=” – André de Mattos Sales, psiquiatra da infância e adolescência do Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP) da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] “As pessoas ao redor vão perceber de maneira indireta, por diferenças comportamentais. Tristeza, isolamento, medo, irritabilidade, nervosismo e até sintomas físicos, como dor de barriga, dor de cabeça e mal-estar geral”, explica o psiquiatra da infância e adolescência do Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP) da Secretaria de Saúde, André de Mattos Sales. Casos de sofrimento psíquico gerados por bullying devem ser encaminhados aos serviços de saúde mental. A orientação é buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS), que é a primeira instância da rede. “As equipes de saúde da família são compostas por vários profissionais que poderão fazer o acolhimento da situação e encaminhar para outros níveis de atenção, caso seja necessário”, explica Nunes. Nos outros níveis de atenção, o atendimento pode ser feito nos ambulatórios de saúde mental – como o COMPP, que atende crianças de 0 a 12 anos, e o Adolescentro, voltado para jovens de 12 a 18 anos – ou nos Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) do Recanto das Emas, Sobradinho e Taguatinga, voltados para pacientes de 0 a 18 anos em situações de maior gravidade. O psicólogo alerta que a atenção em relação ao bullying não deve ser apenas na vítima. É importante identificar e trabalhar as crianças com padrões de agressores. “Normalmente são crianças que passam por situação de violência, vivenciam várias vulnerabilidades e adotam isso como forma de lidar com questões pessoais. Não podemos só culpar, mas entender por que ele tem esse tipo de ação”, afirma. Serviço Onde procurar ajuda? Atenção Primária – Unidade Básica de Saúde Atenção Secundária – Centro de Orientação Médico Psicopedagógica, no Setor Médico Hospitalar Norte – Adolescentro, na 605 Sul – Centros de Atenção Psicossocial Infantil
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Matemática contra bullying: CED de Brazlândia reage ao mal
A estudante Ana*, 14 anos, antes dócil e dedicada, tornou-se agressiva; o estudante Lucas*, 13 anos, passou a apresentar ideação suicida e teve que contar com apoio psiquiátrico e psicológico. As reações dos adolescentes são decorrentes da mesma violência: o bullying praticado no ambiente escolar. Para inibir essa prática, o Centro de Ensino 02 de Brazlândia tem desenvolvido ações que buscam refletir e evidenciar o efeito maléfico do bullying entre os jovens. Além de um projeto de matemática que aborda o tema, a unidade escolar também promove atividades sobre o Setembro Amarelo, cujo foco é a prevenção do suicídio entre os jovens. A iniciativa tem início nesta terça (10), Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem relação com a Campanha Vamos dar as Mãos?, promovida pelo Governo do Distrito Federal. [Numeralha titulo_grande=”70,54% ” texto=”dos entrevistados no CED 02 de Brazlândia já haviam sofrido bullying” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A ação na escola contará com peças teatrais, palestras, apresentações musicais e a produção de um documentário. As atividades vão até sexta (13) e culminam com o plantio de girassóis. Estatística e bullying O professor de matemática Flávio Barroso abordou o ensino da Estatística, a partir de uma proposta lúdica. Seus estudantes do 7º ao 9º ano do ensino fundamental entrevistaram pessoas da comunidade por meio de uma pesquisa para ter uma dimensão do bullying. Os dados foram coletados, organizados, tabulados e transformados em gráficos. “A pesquisa mostrou que 70,54% dos entrevistados já haviam sofrido bullying. Apenas 29,46% não registrou essa violência. Isso evidencia o papel fundamental da escola em abordar e discutir o tema”, explicou o professor Flávio. [Olho texto=”Sei que há bullying, mas não imaginei que atingia tantas pessoas afetadas” assinatura=”Manuela Ferreira, aluna do 9º ano do CED 02 de Brazlândia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para os alunos participantes do projeto, a experiência não poderia ter sido melhor. “Gosto de matemática, mas participar do projeto fez com que eu tivesse uma noção da realidade do bullying porque muitas pessoas confessam que já sofreram”, destacou o estudante João Vítor da Cruz, do 9º ano. Para Dennis Willy, os resultados já eram aguardados. “Conheço muita gente que passa por essa experiência”, lamentou. “Falta maturidade para muitos jovens respeitarem as diferenças o que gera sofrimento. É preciso respeitar para ser respeitado”, alertou a aluna Júlia Luíza, também participante do projeto de matemática. * Os nomes foram trocados para resguardar a identidade dos entrevistados
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