Escolas do DF avançam na prevenção à violência escolar
O Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) divulgou, na manhã desta quarta-feira (21), a pesquisa Bullying no ambiente escolar do Distrito Federal: percepções e implicações práticas. O estudo mostra que, embora a violência escolar ainda seja um desafio importante no Distrito Federal, o cenário começou a mudar positivamente. A maioria das escolas tem investido em ações de enfrentamento ao bullying, com destaque para campanhas educativas e orientação familiar. O evento de lançamento contou com a presença de representantes das secretarias de Educação (SEEDF) e de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), além do Batalhão de Policiamento Escolar da Polícia Militar do DF (BPEsc/PMDF) e do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA). Durante a apresentação da pesquisa, a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, ressaltou: “Nós temos a missão de produzir conhecimento que apoie decisões de governo, ouvindo a realidade das escolas e entendendo os desafios” | Foto: Divulgação/IPEDF De acordo com o levantamento, 87,2% dos gestores escolares entrevistados relataram a realização de aulas, campanhas ou atividades sobre bullying com os alunos, e 88,1% afirmaram orientar as famílias sobre o tema. Entre os professores entrevistados, os índices também são significativos: 58% promovem atividades com os alunos e 56,1% atuam com orientações às famílias. Para a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, os resultados refletem um esforço conjunto para transformar dados em ferramentas de ação governamental. “Essa entrega é fruto de um esforço coletivo do IPEDF e SEEDF para dar visibilidade a uma dimensão sensível da vida escolar”, afirma. “Nós temos a missão de produzir conhecimento que apoie decisões de governo, ouvindo a realidade das escolas e entendendo os desafios, para que essas informações se transformem em subsídios para a ação governamental. É muito significativo ver essa pauta sendo acolhida com a seriedade que ela merece.” Cultura de paz A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, também destacou a relevância do estudo para orientar as políticas da pasta: “Essa é mais uma iniciativa que vem para fortalecer as ações de cultura de paz da Secretaria de Educação. Este é um tema que tratamos com muita seriedade e dados como esses nos ajudam a pensar políticas públicas mais efetivas de enfrentamento ao bullying. A pesquisa vai auxiliar na criação de um ambiente mais seguro e de respeito para toda comunidade escolar”. Do ponto de vista dos educadores entrevistados, 76,4% dos professores e 91,7% dos gestores já enfrentaram casos de bullying em suas escolas. Os principais tipos de preconceito associados são racismo, homofobia e discriminação relacionada à aparência física, como peso e altura. Os impactos do bullying vão além do ambiente escolar. Cerca de 38,3% dos estudantes que sofreram esse tipo de violência afirmaram faltar pelo menos um dia à aula por conta dessas situações. Os sintomas mais comuns entre as vítimas incluem isolamento social, queda no rendimento escolar e sinais de tristeza. Diante disso, alunos apontam como medidas eficazes a formação de professores, envolvimento das famílias e a criação de canais anônimos de denúncia. Acompanhamento O levantamento também revela pontos a serem aprimorados. Apenas 27,5% dos gestores e 26,1% dos professores entrevistados disseram que suas escolas oferecem programas de apoio ou mentoria para estudantes vítimas ou autores de bullying. Isso demonstra que, embora o debate tenha avançado, ainda há espaço para evoluir nas ações de acolhimento contínuo e acompanhamento psicológico dos envolvidos. Ainda assim, o aumento das ações educativas, a conscientização das famílias e o engajamento dos professores sinalizam uma mudança positiva. O caminho para uma escola mais segura e inclusiva está sendo trilhado, pensando nisso, o IPEDF também lançou o Mapeamento de ações governamentais de enfrentamento ao bullying nas escolas do Brasil e do Distrito Federal (2000-2024). O estudo analisou iniciativas produzidas nesse período, como leis, normativas, guias, cursos, eventos e políticas públicas, em todo o país, especialmente no DF, e revelou que o território brasiliense ocupa a terceira posição entre os estados com maior número de ações mapeadas: foram 60 no total. Cerca de 70% dessas ações são normativas, leis ou guias, indicando o protagonismo do DF na criação de instrumentos regulatórios para lidar com o problema. Mapeamento Marcela Machado também chama atenção para o panorama nacional revelado pelo mapeamento: “Essa não é uma realidade exclusiva do Distrito Federal — o mapeamento que realizamos em todo o Brasil mostra que governos de diferentes estados também têm se mobilizado para enfrentar esse problema nas escolas, o que reforça a urgência e a relevância dessa agenda”. O mapeamento também mostra que 90% dessas iniciativas têm caráter orientador ou de sensibilização, com foco na conscientização da sociedade, principal público-alvo de 38,3% das ações. Apesar do avanço na formulação de marcos legais e simbólicos, ainda não foram identificadas medidas voltadas especificamente para professores. Mesmo assim, o crescimento no número de ações a partir de 2015 demonstra um amadurecimento institucional sobre a necessidade de políticas públicas que tratem o bullying como um problema social complexo, que exige transformação cultural e estratégias integradas de prevenção. Veja a pesquisa. *Com informaçõs do IPEDF
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Rede pública de ensino aposta em diferentes iniciativas para combater o bullying
Desde 2016, o 7 de abril é marcado como Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola — data escolhida em alusão ao massacre de Realengo, no Rio de Janeiro. Visto como prioritário pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o enfrentamento a esse problema é o objeto de diversas ações e programas desenvolvidos pela pasta. Neste mês, quatro escolas da rede pública receberão o espetáculo Hora da Saída, que trata do bullying, e poderão participar de bate-papo sobre o tema com profissionais | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Entre as iniciativas, está a promoção de cursos de formação para os professores. “No ano passado, em parceria com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, com o Batalhão de Policiamento Escolar e com a Secretaria de Segurança Pública, fizemos oficinas e chegamos a capacitar 5 mil profissionais para trabalhar a questão do bullying”, lembra Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF. “Depois da pandemia, a gente começou a perceber que os casos de violência nas escolas eclodiram. Os jovens estavam confinados e ficaram muito expostos às redes, que são um inimigo invisível. Por isso, houve essa intensificação do trabalho de cultura pela paz” Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF Em relação aos estudantes, as ações variam de escola para escola. Uma iniciativa de sucesso, que inclusive foi destacada em uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira (7), é o programa desenvolvido no Centro de Ensino Médio 01 do Guará, que valoriza o protagonismo dos próprios jovens, estimulando a escuta ativa. “Muitas vezes, o aluno prefere falar com um colega do que com um profissional”, pontua Ana Beatriz. Esse e outros projetos foram compilados em um livro lançado pela Secretaria com práticas exitosas contra o bullying. Mas há uma ação voltada aos alunos que integra diferentes unidades. É o programa NaMoral, desenvolvido em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e que acaba de ser aprovado, por unanimidade, na Câmara Legislativa para virar a Política Distrital de Educação para a Integridade. Na prática, o projeto deixa de ser aplicado apenas nas escolas que se voluntariaram a recebê-lo e passa a ser levado a todos os colégios, públicos e particulares. Projeto NaMoral leva às escolas públicas do Distrito Federal vivências de integridade | Fotos: Mary Leal/SEEDF “Ele vira um programa de governo, sobre a educação para a integridade. E o objetivo é trabalhar esses valores com os estudantes, porque, antes, o bullying terminava na escola, mas, agora, ele te acompanha nas redes sociais. E a gente está trabalhando isso com os alunos, para eles verem que bullying não é brincadeira. É crime”, enfatiza a chefe da Assessoria Especial. “Depois da pandemia, a gente começou a perceber que os casos de violência nas escolas eclodiram. Os jovens estavam confinados e ficaram muito expostos às redes, que são um inimigo invisível. Por isso, houve essa intensificação do trabalho de cultura pela paz”, acrescenta. Espetáculo Ao longo do mês marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Bullying, quatro escolas da rede pública receberão o espetáculo Hora da Saída, que aborda o tema. Além da apresentação, também haverá um bate-papo com profissionais e a entrega de uma cartilha informativa. “Falar de bullying por meio do teatro é importante pelo caráter pedagógico da linguagem. Diferente de os alunos ouvirem um adulto explicando sobre o tema, eles se veem em cena por meio das personagens que soam como tendo idades aproximadas às deles e estão vivenciando situações que eles próprios lidam no cotidiano”, explica a idealizadora do projeto, Lucianna Mauren. Segundo Lucianna, a ideia do espetáculo surgiu a partir de sua experiência em sala de aula. “O que me permitiu também assistir a essa violência, que quando ganha nome pode ser debatida, trabalhada e esclarecida junto não só aos alunos, mas também ao corpo docente que muitas vezes se perde imerso no cotidiano dessa prática criminosa”, aponta. “O projeto funciona, então, como um espaço de identificação por parte dos alunos e de acolhimento das suas dores. No bate-papo, eles dão depoimentos pessoais, se posicionam e entendem a questão de forma autônoma, não mais com alguém os explicando, mas eles por meio da vivência ali chegam às suas próprias conclusões”, arremata. Confira o cronograma de apresentações do Hora da Saída: → 24 e 25/4 (à tarde) – CEF 104 da Asa Norte → 28 e 29/4 (à tarde) – CED Gesner Teixeira do Gama → 30/4 (manhã e tarde) – CEF 01 do Guará → 5/5 (manhã e tarde) – CEF Queima Lençol Fercal/Sobradinho
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Dia Nacional de Combate ao Bullying terá live da Educação
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) promove, na segunda-feira (7), uma live especial em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Com o tema “Veja algo, diga algo, faça algo”, a transmissão será às 10h, pelo canal EducaDF, do YouTube, e ficará salva na plataforma para consulta futura de gestores, professores e comunidade escolar. Campanha contra o bullying é ativa na Secretaria de Educação, que promoverá o evento nesta segunda-feira (7) | Foto: Felipe de Noronha/ SEEDF A iniciativa é da Assessoria Especial de Cultura de Paz (AECP) e tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância da convivência pacífica no ambiente escolar, fortalecendo valores de empatia, diálogo e respeito. O formato será o de bate-papo, com mediação da professora Graça de Paula e da orientadora educacional Michelle Confessor. As convidadas são a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a professora Márcia Delgado e as estudantes Luiza Souto e Maia Souza, do Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Guará. “Queremos inspirar educadores, estudantes e gestores a adotarem práticas que fortaleçam a escuta, o cuidado mútuo e a construção de um ambiente escolar mais seguro e acolhedor” Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF “A escola deve ser um espaço de respeito, convivência saudável e acolhimento”, afirma a secretária de Educação. “Essa live é uma oportunidade de reafirmarmos o compromisso da rede pública com a cultura de paz, valorizando iniciativas que fazem a diferença no dia a dia dos nossos estudantes e promovem um ambiente mais seguro para todos.” Cultura de paz Um dos destaques da live será a apresentação do projeto Vem Comigo, do CEM 01 do Guará. A ação estimula o protagonismo juvenil e propõe vivências que promovem uma cultura de paz e inclusão, aproximando estudantes e comunidade escolar em torno da construção de ambientes mais seguros e acolhedores. “A proposta da live é ampliar o diálogo sobre o bullying e a violência nas escolas, mostrando que é possível transformar a realidade a partir do engajamento coletivo”, resume Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF. “Queremos inspirar educadores, estudantes e gestores a adotarem práticas que fortaleçam a escuta, o cuidado mútuo e a construção de um ambiente escolar mais seguro e acolhedor”. Durante o evento, também será lançada a publicação impressa do Caderno de Práticas Exitosas em Educação para a Paz, já disponível em formato digital no site da SEEDF. O material reúne experiências bem-sucedidas realizadas em escolas públicas do DF, com foco em ações de mediação de conflitos, formação cidadã, escuta ativa e incentivo à cultura de paz. A programação completa da live e o material de apoio estão disponíveis no canal da secretaria e poderão ser acessados por educadores e demais interessados em replicar ou adaptar as práticas apresentadas. *Com informações da Secretaria de Educação
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Projeto escolar combate bullying por meio das artes marciais
O Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, no Núcleo Bandeirante, encontrou nas artes marciais uma ferramenta eficaz de transformação social. Criado em 2017, o projeto Quem Luta Não Briga reduziu significativamente os conflitos na escola, ampliou as modalidades ensinadas e tornou-se referência para outras instituições do Distrito Federal. Projeto Quem Luta Não Briga atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Mais de 500 alunos já passaram pelo projeto, que atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar. “Em 2017, a comunidade do Núcleo Bandeirante enfrentava muitos conflitos, especialmente entre regiões próximas. Essas tensões chegavam à escola, transformando o ambiente em um foco de disputas de gênero, condição social e outros problemas”, explica o diretor Dreithe Thiago Ribeiro. A iniciativa, que começou com seis placas de tatame e aulas de jiu-jítsu, atualmente conta com um centro de lutas equipado, oferecendo também boxe, caratê, muay thai, judô, treino funcional e pilates. O supervisor pedagógico Eronildo Santiago, responsável pelo centro de lutas, ressalta o impacto do programa: “Tivemos uma formação ampla de alunos que se tornaram campeões, saíram de situações de violência doméstica e melhoraram o desempenho escolar”. Inclusão social O estudante Davi Rocha, de 13 anos, é faixa laranja de caratê. Ele ganhou confiança e autocontrole ao praticar a luta na escola O projeto também se destaca pela inclusão social. Alunos sem condições financeiras recebem doações de equipamentos. “Aqui, o aluno que não tem recursos tem total capacidade para treinar”, afirma Santiago. Entre os instrutores voluntários está o mestre de caratê Olivério Fernandes Borges, 74, um dos primeiros alunos da escola, fundada em 1963. Sua presença contínua ao longo de quase toda a história da instituição simboliza o compromisso de longo prazo com a educação e o desenvolvimento dos jovens. O estudante Davi Rocha de Carvalho, 13, aluno do 8º ano, é um dos beneficiados pela iniciativa. “Desde que comecei no caratê, aprendi a me controlar melhor e a confiar mais em mim. O projeto me ensinou que ser forte não é brigar, mas saber quando não brigar”, relata o adolescente. O diretor Dreithe também alerta para novos desafios, como o cyberbullying: “Hoje, com o acesso irrestrito que eles têm aos dispositivos digitais, os conflitos muitas vezes começam nas redes sociais para depois chegar à escola”. Ele recomenda que os pais observem o comportamento dos filhos nas plataformas digitais. O sucesso do Quem Luta Não Briga já inspira iniciativas semelhantes em outras unidades da rede pública do DF, demonstrando como projetos inovadores dentro da Secretaria de Educação podem transformar não apenas as escolas, mas comunidades inteiras. Várias faculdades já visitaram o projeto para estudá-lo como um caso de sucesso em intervenção socioeducativa. Às vésperas de completar uma década, o projeto mantém-se ativo, mesmo durante as férias escolares, oferecendo uma alternativa constante para jovens e adultos da comunidade. *Com informações da SEEDF
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Projeto Construindo a Cultura de Paz chega ao CEF Queima Lençol para transformar o ambiente escolar
Nesta sexta-feira (21), o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Queima Lençol, no Setor Habitacional Fercal, recebeu o projeto Construindo a Cultura de Paz. Com um investimento de R$ 400 mil, a iniciativa das educadoras Débora Carreira e Lair França é executada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) em parceria com o Instituto Latinoamerica, oferece oficinas, palestras e distribuição de livros para fortalecer o respeito e a convivência harmoniosa entre estudantes e educadores. A escola é a primeira a receber a ação, que também será levada a outras três escolas públicas do DF. “Queremos tirar a ideia de que cultura de paz é algo utópico e mostrar que, na verdade, é uma necessidade para a sobrevivência humana”, diz uma das coordenadoras do projeto, Débora Carreira (ao centro) | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília O projeto atenderá estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental I, com o objetivo de construir uma cultura de paz e prevenção ao bullying. “Queremos mostrar a educadores e estudantes que, por meio da arte, da cultura e da música, podemos ressignificar o espaço escolar e fortalecer a cultura de paz diariamente”, explica uma das idealizadoras do projeto, Débora Carreira. Ela destaca que o projeto surgiu com a intenção de alcançar a rede pública, especialmente diante do aumento dos episódios de violência escolar nos últimos anos. Os alunos tiveram oficinas dinâmicas e interativas, com contação de histórias, atividades musicais e até uma oficina especial chamada “Rap da Paz”. O foco, segundo Débora, é proporcionar experiências prazerosas para que o conceito de cultura de paz se torne algo concreto, prático e essencial para a convivência diária. “Queremos tirar a ideia de que cultura de paz é algo utópico e mostrar que, na verdade, é uma necessidade para a sobrevivência humana”, finaliza. “O foco é desenvolver a comunicação não violenta como ferramenta para a resolução de conflitos e a construção de um ambiente escolar mais respeitoso e inclusivo”, diz o vice-diretor da CEF Queima Lençol, Marc Araújo (à direita) Segundo o vice-diretor da CEF Queima Lençol, Marc Araújo, na Secretaria de Educação, há um grande desafio em atender os alunos do ensino fundamental, especialmente do 6º ao 9º anos. Muitos projetos não chegam a essa faixa etária, mas é essencial que esses estudantes ingressem no ensino médio com mais maturidade para lidar com os desafios da adolescência. Ele ressalta que a violência muitas vezes é vista como algo natural nessa fase, mas o objetivo é mostrar que existem outras formas de expressão e resolução de conflitos sem recorrer à agressão. “O projeto traz uma abordagem antibullying e antirracista, ensinando os alunos a lidarem com problemas por meio do diálogo, e não da agressão ou do confronto. O foco é desenvolver a comunicação não violenta como ferramenta para a resolução de conflitos e a construção de um ambiente escolar mais respeitoso e inclusivo”, pontua Marc. Maria Clara Tavares acredita que ações como esse projeto possam ajudar alunos a refletir e a mudar comportamentos Para a estudante Maria Clara Tavares, de 12 anos, esse tipo de ação faz com que se sinta segura no ambiente escolar. “Muitas vezes sofremos por causa da aparência, seja por obesidade ou por sermos muito magrinhos. Acho que essa ação faz com que os alunos reflitam e parem de agir dessa forma”, afirma. Ela ainda ressalta que a iniciativa pode tornar os alunos mais empáticos, o que faz diferença no dia a dia. Brayan da Silva, de 11 anos, já percebe que a prática do bullying é algo prejudicial, pois pode levar a pessoa à depressão e a pensamentos negativos. Ele conta que, após as oficinas, a convivência tem melhorado e os colegas estão mais tranquilos e se ajudando mais, principalmente nos deveres. Quando há algum problema, em vez de brigar, eles buscam ajuda na direção da escola, o que demonstra mais união e respeito entre todos. No lançamento do projeto, houve diversos momentos simbólicos, como a entrega da Flâmula da Paz, que simboliza o compromisso da escola com a construção de um ambiente pacífico; a execução da canção Paz pela Paz; o plantio da Árvore da Paz e abraço coletivo, todos com o objetivo de criar um espaço de pertencimento e fortalecer a cultura de paz. Para tornar o projeto ainda mais lúdico, foi apresentado o mascote Pazito, o passarinho da palavra. Confira as próximas escolas que receberão as atividades do projeto: → 28 de março: Escola Classe Vicente Pires → 4 de abril: Escola Classe 10 de Sobradinho → 11 de abril: Escola Classe Riacho Fundo
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Concurso premia produções literárias sobre cultura de paz nas escolas
Em uma iniciativa para fortalecer a segurança escolar, combater o bullying e promover a cultura de paz nas escolas, foi realizada nesta terça-feira (20) a cerimônia de premiação do Concurso de Poema & Redação 2024 dos Colégios Cívico-Militares do Distrito Federal. A culminância da primeira edição do projeto, protagonizada pelos colégios cívico-militares e promovido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em parceria com a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), ocorreu no auditório da Biblioteca Nacional. Ludmila Braziliano, primeira colocada na categoria poema, foi premiada com um notebook doado pelo representante de Taiwan no Brasi. Aluna do CED 07 de Ceilândia, a estudante destaca o poder da empatia e do amor e afirma que “não há fronteiras, cor ou condição, que impeça a força da compaixão” | Foto: André Amendoeira/Ascom SEEDF Voltado para alunos do ensino fundamental e médio, o concurso exigiu a produção de textos dissertativos e poemas sobre o tema da cultura de paz nas escolas e prevenção ao bullying e cyberbullying. A ação incentivou a reflexão crítica sobre o tema e a criatividade dos estudantes. Além disso, permitiu com que os participantes demonstrassem habilidades em argumentação e organização de ideias. “Essa vitória não é só dos alunos, essa vitória é dos professores, essa vitória é da família, essa vitória é de todos nós que, de alguma maneira, damos a nossa contribuição para a formação de vocês” Alexandre Patury, secretário-executivo de Segurança Pública Realizado em duas etapas, o concurso contou inicialmente com comissões locais formadas por equipes pedagógicas e professores de português das escolas, responsáveis pela seleção dos melhores textos. Os finalistas foram então escolhidos pelo Batalhão de Policiamento Escolar, que avaliou os trabalhos de todas as unidades participantes. A cerimônia de premiação celebrou não apenas os vencedores, mas todos os alunos que aceitaram o desafio e contribuíram para uma discussão tão relevante, distribuindo medalhas e certificados para diversos participantes. Uma das vencedoras, a estudante Ludmila Braziliano, do Colégio Cívico-Militar Centro Educacional (CED) 07 de Ceilândia, foi premiada com um notebook doado pelo representante de Taiwan no Brasil, Benito Liao. A primeira colocada na categoria de poema abordou a temática da cultura de paz em um texto sensível e maduro. Na obra, a estudante destaca o poder da empatia e do amor e afirma que “não há fronteiras, cor ou condição, que impeça a força da compaixão”. A subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, parabenizou os idealizadores do projeto Trabalho em equipe A primeira edição do concurso foi amplamente reconhecida como um grande sucesso pelas autoridades presentes, incluindo a subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, que representou a secretária de Educação Hélvia Paranaguá no evento. Em seu discurso, ela ressaltou a relevância do trabalho realizado por gestores, educadores e estudantes no projeto. “Parabéns a todos os premiados, gestores pedagógicos, administrativos e estudantes, por acreditarem na proposta e contribuírem para o sucesso deste importante concurso de redação, que incentiva a leitura e a escrita como pilares fundamentais para o sucesso estudantil”, destacou. O secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, também esteve presente e destacou o trabalho feito em conjunto com todos os atores da comunidade escolar. “Essa vitória não é só dos alunos, essa vitória é dos professores, essa vitória é da família, essa vitória é de todos nós que, de alguma maneira, damos a nossa contribuição para a formação de vocês”, disse. Segunda edição O Concurso de Poema & Redação 2024 dos Colégios Cívico-Militares viabiliza a abertura de mais um espaço de expressão da juventude para tratar temas relevantes para a sociedade, ao mesmo tempo em que incentiva a produção literária, a leitura e o desenvolvimento das habilidades artísticas e comunicacionais dos estudantes. Ainda este ano, será realizada uma segunda edição do concurso com o tema de violência doméstica, que distribuirá mais prêmios para os futuros vencedores. *Com informações da SEEDF
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Olimpíada escolar celebra espírito esportivo e combate bullying em Taguatinga
No clima dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começam no final do mês de julho, o Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit) deu início, nesta terça-feira (25), às Olimpíadas 2024 na escola. Este ano, o tema central é o combate ao bullying. Em meio às competições esportivas, que envolvem diversas modalidades como atletismo, futsal, xadrez e tênis de mesa, o evento busca conscientizar os estudantes sobre a necessidade de promover um ambiente escolar seguro e acolhedor para todos. A Olimpíada do Cemeit envolve toda a escola, com a participação de mais de 2 mil estudantes e cerca de 150 servidores | Fotos: Jotta Casttro/ SEEDF “Neste ano, decidimos colocar o tema do bullying no centro das atenções para enfatizar a importância do respeito e da solidariedade entre nossos estudantes”, declarou o diretor da escola, Gabriel Rodrigues, durante a cerimônia de abertura. “Queremos que todos os nossos alunos se sintam valorizados e protegidos, não apenas durante as competições, mas em todos os momentos dentro da escola.” A Olimpíada do Cemeit é uma ação pedagógica focada nos esportes e envolve toda a escola, com a participação de mais de 2 mil estudantes e cerca de 150 servidores. Cada uma das 40 turmas do turno matutino compõe um país, representando delegações que estarão presentes na Olimpíada de Paris. As competições incluem uma variedade de modalidades esportivas, como atletismo, futsal, basquete, vôlei, handebol, queimada, dama, dominó, xadrez e tênis de mesa, além de jogos eletrônicos, como Fifa, Just Dance, Valorant e League of Legends. A ação conta com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL), que forneceu as medalhas para os vencedores do primeiro, segundo e terceiro lugares. “Competições bem organizadas promovem o fair play e o respeito mútuo entre competidores. Esses torneios acabam unindo as comunidades, criando um senso de pertencimento e orgulho local. Portanto, apoiar essas competições não só fortalece o esporte em si, mas também traz benefícios significativos, contribuindo para um ambiente mais saudável”, comentou o titular da pasta, Renato Junqueira. Tocha olímpica O evento que deu início às Olimpíadas do Cemeit reproduziu diversos momentos vistos em uma cerimônia oficial de Jogos Olímpicos e contou até mesmo com a tocha utilizada na abertura dos jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Cedida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a tocha foi levada pelo estudante Kauã de Souza Moreira, 17 anos, cuja história inspira os colegas tanto pelo desempenho esportivo, mas também pela postura contra o bullying. “Para mim, o esporte é uma maneira de unir pessoas e superar desafios. Estou muito feliz em representar meus colegas nesse momento tão especial”, compartilhou. Cedida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a tocha utilizada na abertura dos jogos do Rio de Janeiro, em 2016, esteve presença na festa O estudante vai competir em pelo menos três modalidades esportivas: futsal, vôlei e handebol. Uma alegria para a mãe, Edna Fidelis de Souza, que fez questão de comparecer à abertura dos jogos para prestigiar o filho. “Me sinto muito orgulhosa pois sei o quanto isso significa pra ele, que desde pequeno sempre demonstrou interesse pelo esporte”, contou. Para o coordenador da Regional de Ensino de Taguatinga, Murilo Marconi, as competições não são apenas uma chance de demonstrar habilidades atléticas, mas também de promover valores de inclusão e respeito entre os estudantes. “As Olimpíadas do Cemeit 2024 não são apenas uma competição, mas uma oportunidade de fortalecer a comunidade escolar, promover a empatia e construir um ambiente onde todos se sintam seguros e respeitados. Juntos, podemos criar um ambiente escolar onde o bullying não tem lugar”, reforçou Murilo. *Com informações da Secretaria de Educação
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