DF tem risco baixo para contaminação de humanos por gripe aviária
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem, desde 2023, um plano de contingência para casos de gripe aviária em humanos. Ainda que não haja confirmação de casos da doença entre animais no DF, após a suspeita de infecções de aves em alguns locais, a pasta iniciou a primeira fase prevista, que consiste em reforçar a vigilância. “O risco atual de transmissão para humanos é considerado baixo. Não há, neste momento, casos suspeitos em humanos. Ainda assim, a Secretaria de Saúde atua de forma preventiva, conforme estabelece o plano de contingência”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos Martins. Ainda que não haja confirmação de casos da doença entre animais no DF, após a suspeita de infecções de aves em alguns locais, a Saúde iniciou a primeira fase prevista, que consiste em reforçar a vigilância | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Conforme o plano de contingência para casos de gripe aviária em humanos, o DF permanece no cenário classificado como inicial, de monitoramento dos eventos. Para isso, equipes de vigilância atuam em todos os hospitais da rede pública, além de Unidades de Pronto Atendimento e de Unidades Básicas de Saúde. [LEIA_TAMBEM]A transmissão do vírus H5N1 de aves para humanos é classificada como rara, ocorrendo apenas de forma esporádica, sendo necessário um contato direto com as aves ou com os seus fluidos corporais. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do DF (Cievs-DF), vinculado à SES-DF e membro da Rede Nacional de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública, monitora casos suspeitos no Brasil e no exterior. Além disso, a unidade tem plantão 24h para receber notificações de unidades de saúde do DF, tanto da rede pública quanto da privada. É a mesma rede de monitoramento ativada para doenças como covid-19, febre amarela e Mpox. A gerente do Cievs-DF, Priscilleyne Ouverney, destaca a importância de ter havido, previamente, um planejamento de contingência. “A base para uma resposta eficiente a uma potencial emergência de saúde pública é uma preparação adequada. O plano é um instrumento norteador das ações, as quais estão sendo realizadas conforme previsto”, detalha. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Especialista dá dicas de como prevenir doenças infectocontagiosas na infância
Aberta na terça-feira (25), a campanha de vacinação contra gripe no Distrito Federal abrange, entre os grupos prioritários, o das crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses – faixa etária que mais registra números de procura por atendimento médico no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Vacinar as crianças é uma atitude importante para evitar uma série de doenças, adverte especialista do HRSM | Foto: Divulgação/IgesDF “Muitas infecções são transmitidas por meio do contato com superfícies contaminadas, e as crianças, muitas vezes, não têm a prática de lavar as mãos com frequência” Loren Nobre, pediatra do Hospital Regional de Santa Maria “A vacinação é a principal ferramenta de prevenção de doenças infectocontagiosas”, enfatiza a pediatra Loren Nobre, do hospital. “Ajuda a proteger as crianças de doenças graves e pode prevenir surtos de sarampo, rubéola, poliomielite, hepatite etc. As vacinas são seguras e eficazes na prevenção de doenças, portanto é importante vacinar as crianças desde o nascimento e em todas as etapas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunizações”. A médica chama a atenção para outras medidas preventivas, como higienizar as mãos, que é uma das formas mais eficazes de prevenir a propagação de doenças. “Muitas infecções são transmitidas por meio do contato com superfícies contaminadas, e as crianças, muitas vezes, não têm a prática de lavar as mãos com frequência”, aponta. “Ensine a criança a lavar as mãos corretamente com água e sabão, especialmente após usar o banheiro, antes de comer e ao voltar de ambientes públicos”, prossegue a especialista. “Se não houver água e sabão disponíveis, use álcool gel com pelo menos 70% de álcool. Utilize produtos de higiene, como toalhas de papel descartáveis, para evitar o contato com superfícies contaminadas.” Transmissão de doenças Especialmente após visitas a locais públicos, objetos e utensílios utilizados pelas crianças devem ser higienizados A pediatra também destaca que as doenças infectocontagiosas são transmitidas principalmente pelo contato direto ou por gotículas no ar (como tosse ou espirros). Crianças que estão em contato próximo com pessoas doentes têm maior risco de se infectar. Se alguém na residência estiver doente, a orientação é evitar frequentar ambientes públicos ou atividades sociais, como escolas e festas. Também é aconselhável ensinar a criança a cobrir a boca e o nariz com um lenço ou com o braço ao tossir, ou espirrar, para evitar a dispersão de gotículas no ar. Outra dica é com relação aos objetos de uso pessoal, como talheres, copos, toalhas, roupas e brinquedos, que podem ser veículos de transmissão de doenças. Segundo Loren, é importante ensinar a criança a não compartilhar objetos pessoais, como garrafinhas de água, alimentos ou brinquedos, principalmente com outras crianças que aparentem estar doentes. Objetos e utensílios utilizados pela criança, especialmente após visitas a locais públicos, devem ser lavados. Boa alimentação e hidratação também são essenciais para fortalecer o sistema imunológico das crianças, ajudando a prevenir infecções e doenças. Por isso, é importante incentivar uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais, proteínas e vitaminas, para apoiar a imunidade. A médica chama a atenção para que sejam mantidas consultas regulares com o pediatra, que vai monitorar a saúde da criança e repassar orientações sobre prevenção de doenças aos pais. O ideal é agendar consultas regulares. Se a criança apresentar sintomas de doenças infecciosas, como febre, tosse persistente ou manchas na pele, o indicado é buscar atendimento médico imediatamente. “Prevenir doenças infectocontagiosas na infância exige atenção, cuidados diários e o compromisso de todos com a saúde das crianças”, pontua Loren Nobre. “Ao adotar práticas simples, como manter a vacinação em dia, lavar as mãos, evitar o contato com pessoas doentes e garantir um ambiente saudável, você pode reduzir significativamente o risco de infecções e proporcionar um desenvolvimento mais seguro e saudável para suas crianças”. *Com informações do IgesDF
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Febre maculosa: tudo que você precisa saber sobre a doença no DF
O tempo seco e quente no Distrito Federal é um aviso para tomar cuidado com a febre maculosa — doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato-estrela. É na estiagem que aumenta a reprodução e proliferação desses aracnídeos, que podem estar infectados com a doença. O tema ganhou visibilidade após a Secretaria de Saúde (SES-DF) confirmar dois pacientes do DF detectados com a febre maculosa. Monitoramento das capivaras no Lago Paranoá identificou que maior parte dos carrapatos não vem diretamente delas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Até o momento, no DF, este ano, houve notificação de 59 casos – 40 descartados, 17 em investigação e dois confirmados. Esses são os primeiros registros desde o início do monitoramento da doença em 2007. Embora os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) façam o acompanhamento constante dos animais considerados hospedeiros da doença, é importante que a população saiba reconhecer os sintomas para o tratamento precoce. Segundo a SES-DF, os possíveis pontos onde houve a contaminação da doença passarão por uma inspeção. “Faremos a coleta de carrapatos nos locais prováveis de contágio para identificar qual a bactéria que causou a doença e fechar o ciclo de investigação”, detalha o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos. Artes: Fábio Nascimento/Agência Brasília Prevenção Não há vacina para prevenir a contaminação de febre maculosa. Todavia, existem cuidados que podem diminuir a ocorrência de carrapatos em um ambiente. A maneira mais eficaz de controlar a presença desses aracnídeos é manter a vegetação aparada, principalmente em períodos de altas temperaturas e umidade baixa — já que o carrapato depende de boas condições para sobreviver, e, com a roçagem, este ciclo é interrompido em até 99% dos casos. “Evite andar na grama, priorize lugares com calçadas” Luísa Helena Rocha, veterinária da Sema-DF A principal medida para combater a contaminação é evitar transitar em locais propícios à presença de carrapatos, como ambientes próximos a corpos d’água (rios e lagos, por exemplo). Esses locais costumam ser visitados por vários outros animais, o que pode favorecer a disseminação de carrapatos na vegetação. Recomenda-se andar em calçadas ou em locais asfaltados. Ao frequentar parques, o visitante deve tomar alguns cuidados para se prevenir. “Evite andar na grama, priorize lugares com calçadas”, recomenda a veterinária Luísa Helena Rocha, chefe da Assessoria de Biodiversidade e Proteção Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF). “Use roupas longas de proteção. A cada duas horas é importante verificar se não pegou nenhum carrapato. É importante manter sempre em dia os cuidados com os animais domésticos, vigiando e fazendo o controle contra esses aracnídeos”. Sintomas Para levantar a suspeita de febre maculosa, o paciente deve apresentar febre, dor de cabeça e manchas pelo corpo. Esses sintomas aparecem somente após o período de incubação da doença, que pode levar até 14 dias. Para o reforço da suspeita de contaminação, os sintomas precisam estar associados a algum contexto em que o paciente tenha tido contato com carrapatos. A partir da notificação de um caso suspeito na unidade pública de saúde, a vigilância epidemiológica instaura um inquérito ambiental, em que se verifica os possíveis locais onde essa pessoa esteve e se a doença foi contraída no DF ou em outro estado. Tratamento “Assim que o médico suspeita de febre maculosa, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, porque é isso que vai definir uma evolução de melhora, evitando complicações” Fabiano dos Anjos, subsecretário de Vigilância à Saúde Se apresentar os sintomas aliados ao histórico de contato com carrapato, o paciente deve procurar, o mais rápido possível, qualquer unidade básica de saúde (UBS) da rede. A suspeita de que esteja com febre maculosa já permite que o médico inicie o tratamento com antibiótico antes mesmo da confirmação, tendo em vista as chances de cura no estágio precoce da contaminação. “Assim que o médico suspeita de febre maculosa, o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, porque é isso que vai definir uma evolução de melhora, evitando complicações”, reforça o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos. “A simples suspeição já permite que se comece com o antibiótico, mesmo sem o diagnóstico confirmado.” O critério de confirmação da febre maculosa é específico: deve-se fazer o exame de sorologia em dois momentos, um imediatamente à suspeição clínica e outro a partir de 15 dias. Os resultados dos dois exames são comparados, e, se houver aumento na titulação das células de defesa, confirma-se a infecção. O profissional que suspeitar de febre maculosa em algum paciente deve notificar as autoridades de saúde em até 24 horas. Pesquisa científica O GDF deu mais um passo nas ações que visam ao Estudo de Monitoramento e Proposta de Manejo de Capivaras e Carrapatos no Lago Paranoá. A organização da sociedade civil (OSC) responsável por dar andamento à pesquisa já foi selecionada. O trabalho será desenvolvido em três anos, ao custo total de R$ 1,5 milhão. No último ano, a Sema-DF coordenou a mesma pesquisa. Os resultados obtidos após 15 meses de análises geraram dados suficientes para estimar o número de capivaras presentes na orla, identificar os pontos de maior concentração dos animais, entender os mecanismos de reação com aproximação dos seres humanos e diagnosticar as espécies de carrapatos. “No último estudo, identificamos que não existe uma superpopulação de capivaras no DF e que apenas 25% do lago é ocupado por elas”, afirma o biólogo Thiago Silvestre, do Instituto Brasília Ambiental. “Além disso, a pesquisa mostrou que o local onde houve maior abundância de carrapatos em uma coleta foi em um ponto onde nenhuma capivara foi avistada, na Estação de Tratamento de Esgoto Norte, o que significa que talvez existam outros hospedeiros.” Agora as pesquisas terão continuidade para além do Lago Paranoá. Além de cavalos e cachorros, os animais que vivem em regiões fronteiriças com o DF também serão alvos dos pesquisadores. O grupo também fará um estudo da viabilidade genética para inferir sobre a proporção da variação genética devida às diferenças entre grupos e dentro de cada grupo de capivara, bem como verificar as relações de parentesco entre indivíduos. “Um dos principais focos desse segundo estudo é ver se as capivaras analisadas infectadas portam a febre maculosa grave ou mais branda”, ressalta Thiago Silvestre.
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Tétano: Vacina é a principal forma de prevenção
Espasmos musculares no rosto, pescoço, maxilar e abdômen, insuficiência respiratória, febre e dores pelo corpo. Esses foram os sintomas que levaram o pedreiro José Carlos Lopes, 59, a buscar auxílio médico. Em 2022, ele foi diagnosticado com tétano acidental após ferir a perna em um pedaço de metal solto no portão de casa. “Pelo protocolo, se no intervalo de dez anos a pessoa se machucar com alguma coisa considerada de risco e tiver se vacinado há mais de cinco anos e menos de dez, antecipamos. O tétano é uma bactéria que existe no ambiente e não há como erradicar. Então, qualquer pessoa está suscetível. A vacinação em dia pode fazer a diferença” Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central “Depois de dez dias, senti meu corpo todo travado, tinha falta de ar, muitas dores. Isso ocorreu porque minha vacina estava vencida. Fiquei oito dias internado no Hospital Regional de Ceilândia [HRC] recebendo tratamento. Graças a Deus, não sinto mais nada. O atendimento foi muito bom”, conta o morador do Paranoá. “Hoje conscientizo meus colegas também, já levei a turma toda ao posto para vacinar. O certo é prevenir.” A doença infecciosa grave, não transmissível, é causada pela bactéria Clostridium tetani. A contaminação ocorre quando esporos da bactéria penetram na pele e/ou mucosas por meio de ferimentos de qualquer tipo. Além de objetos metálicos contaminados, o indivíduo pode contrair a enfermidade ao entrar em contato com fezes de animais, água suja, solo contaminado, entre outros. O melhor caminho para evitar o contágio é por meio da vacinação, disponível na rede da Secretaria de Saúde (SES-DF) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Caso a pessoa se machuque ou tenha sido exposta a algum fator de risco, é essencial a limpeza da ferida com água e sabão. Ao perceber sinais, deve-se procurar imediatamente uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e o tratamento adequados. Entre os sintomas típicos, estão contrações musculares rítmicas, intermitentes e incontroláveis. Elas têm início, geralmente, em pequenos músculos, como no tórax, podendo evoluir de forma generalizada. Diagnóstico e tratamento A responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica do Tétano na SES-DF, Joana Castro, destaca a alta taxa de letalidade da enfermidade. A cada dez indivíduos que contraem a doença, três evoluem para óbito. “Essa bactéria sobrevive por anos no ambiente”, diz. “Portanto, se um trabalhador da construção civil, por exemplo, que não está usando o equipamento de proteção individual [EPI] mexe em material de construção, pode ser contaminado se apresentar o mínimo machucado na mão ou se ferir no momento”. O diagnóstico de tétano é feito clinicamente, de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente. O tratamento é baseado em uso de soro antitetânico (SAT) ou imunoglobulina antitetânica (IGHAT), além de antibióticos, sedativos e relaxantes musculares. Prevenção O melhor caminho para evitar o contágio é por meio da vacinação, disponível na rede da Secretaria de Saúde (SES-DF). O calendário de rotina do DF preconiza a administração da vacina aos 2, 4 e 6 meses de idade, com a dose pentavalente (DTP + Hepatite B + HIB). Recomenda-se o reforço com a tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses e 4 anos de idade. A partir daí, outro reforço deve ser feito a cada dez anos. Vale destacar ainda que toda pessoa grávida deve tomar a vacina dTpa a cada gestação. A gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, acrescenta que, em alguns casos, o reforço da vacina pode ser antecipado. “Pelo protocolo, se no intervalo de dez anos a pessoa se machucar com alguma coisa considerada de risco e tiver se vacinado há mais de cinco anos e menos de dez, antecipamos”, ressalta. “O tétano é uma bactéria que existe no ambiente, e não há como erradicar. Então, qualquer pessoa está suscetível. A vacinação em dia pode fazer a diferença”. *Com informações da SES-DF
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Contaminação do Lixão da Estrutural é menor do que o esperado
Expectativa do diagnóstico encomendado pela Secretaria de Meio Ambiente é de que o trabalho contribua com o cumprimento da Política Distrital de Resíduos Sólidos | Foto: Sema-DF A área contaminada pelo acúmulo de resíduos no antigo Lixão da Estrutural e adjacências é menor do que o previsto antes do início de uma pesquisa na área. A conclusão está no resultado do Diagnóstico e Técnicas de Tratamento de Efluentes – Remediação do Antigo Lixão da Estrutural, apresentado nesta quinta-feira (10) em um workshop aberto ao público e transmitido on-line, com organização da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF). A secretaria assumiu os estudos porque, antes da gestão atual, não havia dados oficiais do Governo do Distrito Federal sobre a situação de contaminação naquela área. Para o titular da pasta, Sarney Filho, a expectativa é de que o trabalho contribua na formulação e na execução de políticas públicas voltadas ao cumprimento da Política Distrital de Resíduos Sólidos (PDGIRS). A segunda etapa do trabalho consiste na elaboração do Projeto de Recuperação da Área Degradada (Prad). [Olho texto=”“A gente acreditava que ia se deparar com uma situação bem mais complexa e grave”” assinatura=”Eloi Campos, coordenador-técnico do estudo” esquerda_direita_centro=”centro”] A ação faz parte do CITinova-Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis, projeto multilateral elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI). Executado pela Sema-DF, o programa tem financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e é gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). O orçamento é de R$ 1,3 milhão, executado por meio de contrato com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), responsável pela consultoria iniciada em 2019 e com conclusão prevista para meados de 2021. O diagnóstico inclui dados da contaminação das águas superficiais, subterrâneas, dos solos, proposição do mapa potenciométrico do aquífero freático (sistema que avalia o fluxo de água subterrânea), caracterização dos resíduos sólidos e apresentação do modelo conceitual do fluxo de contaminantes. De acordo com as conclusões do trabalho, o maior problema apontado está vinculado à contaminação das águas subterrâneas, já que a pluma de contaminação adentra a área urbana da Cidade Estrutural e o Parque Nacional de Brasília (com baixa densidade, vale destacar) e já alcançou o córrego Cabeceira do Valo. Tal poluição, no entanto, não chegou às cabeceiras dos córregos Acampamento e Bananal. Indicadores Os principais indicadores da contaminação são a presença de amônia, de DQO, de cloreto, de sódio, de cálcio e de magnésio (baixo teor em metais). Os dados apontam também que os solos não apresentam teores de metal acima dos valores de referência, mas as propriedades geotécnicas dos materiais em profundidade são afetadas pelo ataque de chorume. O coordenador-técnico do estudo, professor Eloi Campos, do Departamento de Hidrogeologia e Geologia Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), faz a ressalva de que o resultado não indica que a área esteja descontaminada. “Mas a gente acreditava que ia se deparar com uma situação bem mais complexa e grave”, resume Eloi. De acordo com o professor, entre os fatores que contribuíram para o resultado estão a resiliência da natureza e a reciclagem dos resíduos sólidos pelos catadores que, ao longo dos anos, trabalharam no local. “Por conta disso, alguns tipos de materiais não foram encontrados nas amostras coletadas”, explica. As próximas etapas do trabalho incluem investimentos em ações de remediação, algumas já realizadas em caráter experimental que, segundo o especialista, concentram-se no tratamento do chorume; na fitorremediação com plantio de espécies nativas e exóticas, que possam reter metais identificados no solo; e no enclausuramento do chorume para evitar que continue se espalhando. A ideia é dar prioridade ao uso de novas tecnologias com menor custo. Já estão em teste dois experimentos com fitorremediação – um com estabilização de metais no solo e três com estratégias para o tratamento de chorume na pluma de contaminação, no sentido de estabilizar o efluente (material expelido durante o processo). O monitoramento das áreas continua com acompanhamento a cada três semanas, com mais duas baterias completas de amostragens de águas subterrâneas (27 poços) e água superficiais (quatro pontos). O trabalho tem como apoiadores a Companhia Energética de Brasília (CEB), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Secretaria de Projetos Especiais (Sepe), a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Workshop O “I Workshop Diagnóstico e Técnicas de Tratamento de Efluentes – Remediação do Antigo Lixão” foi aberto pelo secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho; pelo diretor-presidente do SLU, Jair Tannús; pelo coordenador-geral de Ciência do Clima e Sustentabilidade, Márcio Rojas (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação); pelo gestor de portfólio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Asher Lessels; pelo procurador do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Roberto Carlos Batista; e pela coordenadora do CITinova no DF, Nazaré Soares. “Este é um passo importante para embasar as ações que serão implementadas no sentido de remediar os danos na área”, declarou Jair Tannús. Já Márcio Rojas destacou a importância do CITinova para tornar possíveis estudos como o que envolve o Lixão da Estrutural, e elogiou o Governo do Distrito Federal pela coragem e esforço no sentido de atuar na remediação dos danos ambientais. “É um passo ambicioso que demonstra um desejo inegável de avançar com seriedade na questão”, destacou o representante do ministério. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Por sua vez, o gestor do Pnuma lembrou que o projeto em execução no DF tem potencial para se tornar referência no Brasil. “Queremos criar boas práticas que possam ser replicadas em outros lugares do país que têm a mesma necessidade”, disse Asher Lessels. Ele também elogiou a atuação do GDF, em especial da Sema, que “em dois anos, e ainda em meio a uma pandemia, conseguiu avançar tanto na questão, promovendo a recuperação da área do antigo lixão, considerando os aspectos ambientais e socioeconômicos”. O promotor Roberto Carlos fez um histórico da presença do lixão na capital do país. A área chegou a ser considerada o segundo maior lixão a céu aberto do mundo. “Essa questão começou a ser tratada há mais de vinte anos no MP”, recordou. Ele cobrou do GDF a eficácia no tratamento dos efluentes e do chorume produzidos e alertou para o fato de que ação civil pública pede o fechamento completo da área, que atualmente funciona como uma Unidade de Recebimento de Entulho (URE). Roberto disse ainda ter recebido com alegria a notícia da entrada em funcionamento do Complexo Integrado de Reciclagem do DF, inaugurado no dia 2 de outubro), e lembrou que essa sempre foi a maior demanda dos catadores de materiais recicláveis que atuavam no lixão e que prestaram um serviço ambiental importante para o DF, em condições precárias, durante mais de cinco décadas. “É uma iniciativa que também exclui a figura dos atravessadores, que ganham em cima do trabalho dos catadores.” Mesas Além da explanação do coordenador-técnico Eloi Campos, o gerente do Departamento de Áreas Contaminadas da Cetesb-SP, Elton Gloeden, apresentou o programa de Gerenciamento de Áreas Contaminadas no Estado de São Paulo. A programação do Workshop contou também com a realização de mesas de discussão. Uma delas abordou o tema “Experiências de Tratamento de Efluentes em Aterros Sanitários”, com a apresentação de práticas e técnicas consagradas na remediação de lixões aplicados por empresas para a recuperação de áreas degradadas. Nela foram abordados o tema do tratamento físico-químico com osmose reversa, pelo engenheiro químico Antônio Mallman, da empresa M2K; e o trabalho Transformando Lixões em Parques Multifuncionais, pela professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Cecilia Herzog. As Diretrizes para Remediação do Antigo Lixão da Estrutural foram discutidas pelo promotor Roberto Carlos Batista (MPDFT); pela vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Kátia Campos; pelo diretor-adjunto do SLU, Rômulo Barbosa; pela superintendente de Resíduos Sólidos, Gás e Energia da Agência Reguladora de águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Élen Dânia; pelo diretor de Emergências, Riscos e Monitoramento do Brasília Ambiental, Sandro Lima; e pela assessora especial da Sema-DF, Elisa Meirelles. * Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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Vigilância Sanitária orienta comerciantes e clientes de feiras
Orientações valem tanto para quem trabalha nesses comércios quanto para o consumidor: todo cuidado é pouco | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília A Gerência de Alimentos da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) elaborou um guia com orientações detalhadas para prevenção de transmissão do coronavírus em feiras permanentes do DF. O objetivo é alertar feirantes e clientes sobre os cuidados indispensáveis para reduzir os riscos de contaminação. O comerciante deve reforçar os procedimentos de higiene das mãos e antebraços, além de fornecer aos clientes álcool em gel a 70%, em local de fácil acesso. Os técnicos alertam vendedores e clientes para a importância de não falar excessivamente, assobiar, rir, tossir e espirrar sobre os produtos, assim como tocar nos olhos, nariz e boca. [Olho texto=”O comerciante deve reforçar os procedimentos de higiene das mãos e antebraços, além de fornecer aos clientes álcool em gel a 70%, em local de fácil acesso.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Outro cuidado diz respeito aos alimentos expostos à venda. Legumes, verduras, frutas e hortaliças devem ser previamente selecionados, para que o cliente escolha o pacote fechado. Folhosos e frutas em exposição devem ser pulverizados, a cada reposição, com diluição de hipoclorito de sódio a dois por cento. Outros produtos devem ser comercializados nas embalagens originais, seguindo recomendações dos fabricantes. Higienização constante Balanças, balcões e utensílios devem ser higienizados frequentemente. Produtos fracionados ou fatiados devem ser embalados e não podem ficar expostos ao ambiente. Não é recomendada a degustação. A Divisa lembra que, na separação de áreas limpa e suja para abate de ave,s devem ser rigorosamente observadas as boas práticas de manipulação. Nos açougues e peixarias, os produtos devem obrigatoriamente ser mantidos sob refrigeração. Utensílios, tábuas e demais objetos precisam ser higienizados imediatamente após cada uso, enquanto os balcões devem ser limpos várias vezes ao dia. Outro alerta da Gerência de Alimentos: não tocar o rosto após manusear embalagens como sacos plásticos, sacolas plásticas e embrulhos. Tanto comerciantes quanto clientes devem evitar a manipulação desnecessária de notas e moedas e, quando for inevitável, lavar as mãos após tocar nesses materiais. As máquinas de cartão também devem ser limpas após cada uso. Atenção aos sintomas Funcionários que apresentem febre ou sintomas respiratórios – como tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração e dificuldade para respirar – deverão ser afastados do trabalho, retornando somente após 14 dias se não apresentarem mais sintomas. As aglomerações e o longo tempo de permanência nas feiras não são recomendados. Os frequentadores devem usar álcool gel a 70% após tocar superfícies, produtos e outras pessoas. Quem apresenta sintomas respiratórios deve, impreterivelmente, ficar isolado, em casa. * Com informações a Secretaria de Saúde (SES)
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GDF e iniciativa privada reformam banheiros para população em situação de rua
Para reduzir o risco de contaminação da população em situação de rua pelo novo coronavírus (Covid-19), estão sendo reformados os banheiros públicos do Setor Comercial Sul. A ação é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e empresários da região. São oito cabines, próximas ao Banco BRB, bem no coração do SCS, onde há um fluxo intenso desse público. As unidades vão contar com chuveiros, vasos sanitários e pias. “A medida é mais uma do GDF no intuito de oferecer a possibilidade de higienização constante das pessoas, preservando sua saúde e minimizando os riscos de contágio pelo vírus”, destaca o secretário de Desenvolvimento Social, Ricardo Guterres. A reforma nas estruturas começou neste domingo (22) e deve estar finalizada até o fim da próxima semana. Com a colaboração dos empresários do local, ocorrem serviços na parte hidráulica, elétrica, revestimento, adequação na estrutura e instalação dos equipamentos. Levantamentos recentes da Sedes dão conta de que cerca de 350 pessoas em situação de rua passam mensalmente pela região central do Distrito Federal, que envolve Comercial Sul, Torre de TV, Rodoviária do Plano Piloto, Rua das Farmácias e Setores Hoteleiros e Bancários. Junto a esse público, a Secretaria de Desenvolvimento Social atua por meio de um atendimento chamado de Serviços Especializado em Abordagem Social (Seas). O trabalho é feito diariamente com 30 equipes de abordagem de rua. Durante o serviço, nos espaços públicos é apresentado o trabalho da Política de Assistência Social do DF, bem como feitos os encaminhamentos para a rede de atendimento. * Com informação da Sedes
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Medidas de proteção viram nomes de blocos no HRT
Um dos destaques dos blocos criados pelos funcionários do HRT é o que faz alusão à campanha para os profissionais de saúde não usarem adornos durante o trabalho, por segurança | Foto: Divulgação / SES O Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Ncih) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) preparou uma ação lúdica, alusiva ao período de Carnaval, para conscientizar servidores, residentes e colaboradores sobre os riscos de frequentar o refeitório do hospital usando adornos ou trajando jalecos ou vestimentas utilizados nos ambientes da atendimento. Os cartazes espalhados no refeitório fazem alusão aos tradicionais blocos de Carnaval. A ação convida os usuários a escolherem o bloco de que farão parte. “Gaviões do álcool gel”, “Mocidade Independente do Adorno”, “Samba no pé, álcool gel na mão” e “Acadêmicos dos sapatos fechados” são algumas das opções. “A iniciativa visa lembrar e sensibilizar os servidores quanto às políticas institucionais no que ser refere aos cuidados com os pacientes e os profissionais”, ressalta a chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar, Maria Clara Boudens. Mais segurança O objetivo da ação é o cumprimento da Norma Regulamentadora nº 32 do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece as diretrizes básicas para a execução de medidas de proteção à segurança e à saúde dos profissionais que atuam em serviços dessa área. A norma determina que não se deve deixar o trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais, a fim de evitar contaminação por bactérias e demais germes. Com o objetivo facilitar a adesão ao cumprimento desse dispositivo, existem cabides na entrada do refeitório nos quais os jalecos podem ser pendurados. “É uma forma de oferecer mais segurança ao trabalhador e aos serviços aqui executados, e cada um tem que fazer a sua parte”, explica a residente de gestão de Políticas Públicas Hayssa Moraes. “Esse tipo de abordagem deve ser motivado e multiplicado.” Adorno Zero O HRT compartilha com todos os funcionários do hospital a campanha Adorno Zero. O uso de adornos por profissionais de saúde aumenta a infecção cruzada entre os pacientes, pois a contaminação destes pode durar de horas até meses. São exemplos de adornos alianças, anéis, pulseiras, relógios, colares, brincos e broches. * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)
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