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Direitos dos pacientes e acolhimento emocional marcam o 2º dia do Simpósio de Cuidados Paliativos do Hospital Regional de Santa Maria

No segundo dia do Simpósio de Cuidados Paliativos do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), profissionais de saúde, estudantes, familiares e convidados se reuniram para trocar experiências e aprofundar conhecimentos sobre práticas que promovem dignidade e qualidade de vida aos pacientes. O auditório da unidade recebeu um público expressivo, atento às discussões e interessado em ampliar sua compreensão sobre o cuidado integral. A abertura ficou a cargo da enfermeira paliativista e idealizadora do simpósio, Léia Lima, que leu uma carta emocionante escrita pela família de um paciente do Hospital Cidade do Sol (HSol), em Ceilândia. Repleta de gratidão, a mensagem destacou o acolhimento, a sensibilidade e a dedicação da equipe de cuidados paliativos durante o tratamento e a fase final de vida do paciente, emocionando todos os presentes. Auditório do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu um público expressivo, atento às discussões e interessado em ampliar sua compreensão sobre o cuidado integral | Fotos: Divulgação/IgesDF A programação contou com palestras que abordaram temas essenciais da assistência paliativa. A advogada Nelma Melgaço falou sobre os direitos dos pacientes e diretivas antecipadas. Em seguida, o enfermeiro Raphael Santiago apresentou a hipodermóclise como alternativa viável para o controle de sintomas. Encerrando a tarde, a psicóloga Juliana Siquinelli discutiu o sofrimento emocional nos cuidados paliativos, destacando abordagens terapêuticas que promovem conforto e acolhimento. Entre os participantes estava Noemy Santiago, estudante de enfermagem, que compartilhou o quanto a temática desperta seu interesse. “É uma área que me chama muita atenção, tanto que foi o tema do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), voltado ao cuidado de idosos com demência avançada. É uma área em que pretendo atuar futuramente”, conta. Noemy também destacou a importância do papel da enfermagem nesse tipo de cuidado. “Muitos não percebem o quanto o enfermeiro está presente, acompanhando cada etapa do paciente, observando, cuidando e desenvolvendo ações que fazem toda a diferença tanto para ele quanto para a família”, explica. Léia Lima: “Durante os dois dias, o auditório permaneceu cheio e a transmissão pela internet bateu recorde de visualizações. Isso mostra o quanto as pessoas querem compreender melhor os cuidados paliativos" O simpósio também foi transmitido virtualmente pelo canal do IgesDF no YouTube, ampliando o alcance das discussões. Segundo Léia Lima, a grande adesão reforça o interesse e a necessidade de debater o tema. “Durante os dois dias, o auditório permaneceu cheio e a transmissão pela internet bateu recorde de visualizações. Isso mostra o quanto as pessoas querem compreender melhor os cuidados paliativos. É muito gratificante ver esse movimento de aprendizado se fortalecendo entre profissionais e comunidade”, destaca. Ao final, os palestrantes abriram espaço para perguntas e troca direta com o público, encerrando o dia com reflexões sobre empatia, escuta ativa e valorização da vida e sorteio de brindes, reafirmando o compromisso do HRSM com um cuidado humanizado e integral. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF)

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Atenção domiciliar de equipe multidisciplinar do Hospital Regional de Ceilândia transforma a vida de famílias

O sorriso do pequeno Heitor Miranda, de 1 ano e 2 meses, é reflexo de um cuidado afetuoso e especializado. Diagnosticado com paralisia cerebral devido a intercorrências no parto, desde dezembro de 2024 ele é acompanhado pela equipe multiprofissional do Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nrad) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). “Todos os benefícios que o Heitor teve até agora vieram depois do apoio do Nrad. É uma assistência que não é só para ele, é para mim também; me sinto acolhida, amparada”, conta a mãe, Ingrid Mariana Miranda, 24. "É uma assistência que não é só pra ele, é para mim também; me sinto acolhida, amparada”, conta a mãe do pequeno Heitor, Ingrid Mariana Miranda | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF No HRC, o zelo com crianças como Heitor começa ainda no ambiente hospitalar, mais precisamente na Enfermaria de Cuidados Prolongados. O espaço foi pensado para acolher pacientes pediátricos que dependem de tecnologias para sobreviver e que precisam de uma transição segura entre a alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o cuidado em casa.  “Na enfermaria, os pais e responsáveis são preparados para oferecer ao filho um cuidado seguro e com qualidade em casa”, explica a pediatra paliativista Andréa Araújo. A médica ressalta que o serviço surgiu diante da demanda crescente por atenção especializada a crianças com doenças neurológicas ou crônicas complexas. “Essas crianças merecem viver com dignidade e o mínimo de sofrimento possível. Buscamos a estabilidade clínica e cuidamos do paciente em sua totalidade, incluindo o direito de brincar e estudar.” Atenção domiciliar [LEIA_TAMBEM]Após a alta, os pacientes são acolhidos pela equipe do Nrad, parte do Programa Melhor em Casa, do Ministério da Saúde. Voltado a indivíduos com limitações temporárias ou permanentes, o programa busca evitar internações prolongadas ao proporcionar tratamento no ambiente familiar, o que melhora o conforto e a recuperação. Atualmente, o HRC atende 30 crianças com cuidados paliativos em casa, cujos perfis variam entre doenças neurológicas e condições cardíacas e pulmonares. O serviço é composto por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, técnicos de enfermagem, cirurgiões-dentistas e assistentes sociais. O atendimento é rotativo e adaptado a cada caso. “Nossa missão é preparar a família para essa nova etapa, acolher a mãe e orientar sobre os cuidados em casa”, explica a fisioterapeuta Raiana Dantas. Segundo a profissional, muitas mães deixam o trabalho para ficar com os filhos. “Ceilândia tem alta vulnerabilidade social. Além do cuidado com o paciente, também olhamos para essa mãe, acolhendo e, sempre que possível, ajudando na reinserção ao mercado de trabalho”, explica. A enfermeira Laura Carreiro, que também acompanha o pequeno Heitor, reforça que a assistência vai além do técnico. “Nosso suporte é emocional. Somos o momento de escuta e orientação para mães como a Ingrid”, conta. A mãe confirma: “O Heitor sorri, tenta sentar, responde aos estímulos. Minha vida mudou mil vezes desde que a equipe entrou na nossa rotina”, celebra. Com uma atuação que vai até o fim da vida do paciente, o acompanhamento da equipe segue com apoio emocional ao luto das famílias. “Nosso trabalho não acaba com a partida do paciente. Acolher quem fica é também um gesto de cuidado”, avalia a psicóloga do Nrad, Thatiana Gimenes. *Com informações da SES-DF

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Nem sempre é o fim: cuidados paliativos abrangem pacientes com qualquer doença grave ou crônica

“Ao contrário do que muita gente acha, não é sempre sobre o fim da vida. No meu caso, foi um começo de esperança, uma oportunidade, um acolhimento humanitário.” Este é o relato da paciente Luciana de Almeida, 49, diagnosticada com um câncer raro na região óssea do cóccix. Há sete anos, ela é acompanhada pela equipe de cuidados paliativos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). “É essencial desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento” Melissa Gebrim Ribeiro Nieto, médica paliativista “É essencial desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento. Mesmo em doenças com perspectiva de cura, há sofrimento físico, psicológico e social que pode precisar desse suporte. Atendemos pacientes com qualquer doença ameaçadora à vida, com qualquer prognóstico e em qualquer estágio da evolução natural da doença”, descreve a médica paliativista da SES-DF, Melissa Gebrim Ribeiro Nieto. Na rede pública, o tratamento paliativo envolve o trabalho de diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos. O serviço é acessado por meio de um pedido de parecer feito por qualquer profissional da equipe assistente do paciente, desde que a demanda seja especificada. O tratamento paliativo envolve o trabalho de diversos profissionais, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Entre as doenças tratadas pela área estão câncer, Parkinson, esclerose múltipla, cardiopatias, problemas pulmonares crônicos, Aids, traumatismo craniano grave e doenças neurológicas, genéticas ou congênitas incuráveis, entre outras. Mais qualidade de vida Dados do Ministério da Saúde apontam que há mais de 625 mil pessoas em cuidados paliativos no país. Para a coordenadora da Atenção Especializada à Saúde da SES-DF, Julliana Tenorio Macêdo de Albuquerque Costa, esse tipo de apoio é crucial para garantir dignidade e qualidade de vida ao paciente. “Além de humanizar a assistência, esses cuidados reduzem internações desnecessárias, melhoram a eficiência do sistema de saúde e asseguram um cuidado integral, respeitando as necessidades individuais”, explica a gestora. Cada caso é individualizado, e as condutas são ajustadas conforme a proporcionalidade terapêutica e as demandas do paciente e de sua família, prevendo abordagens nos campos emocional, físico, social e espiritual. Trata-se de um cuidado flexível, que pode ser realizado em diferentes locais, de acordo com cada situação. “O tratamento é oferecido pela SES-DF em nível hospitalar e ambulatorial, além de capacitar muitos servidores dos Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar (Nrads)”, assegura a referência técnica distrital (RTD) colaboradora em Cuidados Paliativos, Cristiane de Almeida Cordeiro. É possível contar com esse tipo de apoio em casa, nos hospitais regionais ou ainda por meio de uma internação na enfermaria especializada do Hospital de Apoio de Brasília (HAB). Era o caso de Creuza Alves do Nascimento, 81. Diagnosticada com Alzheimer, ela foi acompanhada pela equipe de cuidados paliativos no ambulatório do HAB. Nesse auxílio, os profissionais realizaram, por exemplo, reuniões familiares por videochamada com uma das filhas de Creuza, que morava longe. Arte: Divulgação/Agência Saúde-DF “Foi um atendimento que impactou positivamente. Desde o início até o final do tratamento, observamos o quanto minha sogra ganhou dignidade. Sem esse apoio, acredito que teríamos tido muito mais dificuldades. Foi um período em que usufruímos de todo o potencial humano da equipe. De coração, só temos a agradecer”, conta Luiz Cláudio Batista, genro de Creuza. Ela faleceu em agosto de 2024. *Com informações da SES-DF  

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Equipe do HRSM participa de capacitação sobre cuidados paliativos

Semanalmente, a equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realiza um encontro com a equipe multidisciplinar do pronto-socorro adulto, com o objetivo de capacitar os profissionais e discutir os casos dos pacientes internados que se enquadram ou necessitam de cuidados paliativos. A iniciativa completou um ano, e a ideia é expandir o projeto para todos os setores do hospital. Os encontros ocorrem todas as quintas-feiras pela manhã, com capacitação teórica e discussão de casos clínicos. Uma vez por semana, a equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Regional de Santa Maria se reúne para estudar casos e trocar experiências | Foto: Divulgação/IgesDF “Nosso objetivo é conseguir alinhar o tratamento de cuidados paliativos mesmo no pronto-socorro, que é um cenário muito desafiador. Além disso, conseguimos discutir sobre os pacientes com uma visão multidisciplinar, ouvindo a opinião de cada membro da equipe. Cada um tem a oportunidade de relatar o que viu, o que avaliou do paciente e distribuir as demandas para suas respectivas áreas”, explica a médica paliativista do HRSM, Brunna Rezende. No pronto-socorro, o maior desafio é o fato de não haver médicos fixos, já que todos são plantonistas, além de garantir um cuidado paliativo adequado, considerando que os pacientes são liberados muito rapidamente. Os encontros capacitam a equipe para tratar sintomas, realizar o atendimento do paciente, acolher a família e lidar com o cuidado multidisciplinar “A ideia é que os pacientes que continuam internados já subam para a enfermaria com o planejamento de cuidados paliativos pré-definido. Isso ajuda muito a organizar como será o tratamento desse paciente durante toda a sua trajetória no hospital”, informa Brunna. De acordo com o gerente de Emergência do HRSM, Felipe Augusto Oliveira, o encontro de cuidados paliativos nasceu da necessidade do hospital de oferecer uma melhor assistência para esse perfil de pacientes. “São pessoas idosas, com múltiplas comorbidades, com limitação de capacidade cognitiva, muitas vezes acamadas e dependentes dos familiares para a maioria dos cuidados, que entram em um limite terapêutico. Às vezes, a cura não é possível, o que causa frustração”, destaca. Assim, os encontros capacitam a equipe para tratar sintomas, realizar o atendimento do paciente, acolher a família e lidar com o cuidado multidisciplinar, que também aborda o aspecto psicossocial e a carga emocional da doença para o paciente e a família. “Vimos uma resposta muito positiva, tanto na equipe, que sentia necessidade de discutir e aprimorar esses conhecimentos, quanto na melhoria dos cuidados com esses pacientes”, garante Felipe. Os cuidados paliativos levam em consideração a funcionalidade e os valores de cada paciente para realizar um planejamento de cuidados personalizado Indicação A indicação de cuidados paliativos não significa que o paciente está em fim de vida, mas sim que existe a necessidade de um planejamento de cuidados que leve em consideração a funcionalidade e os valores de cada paciente. Dessa forma, evitam-se exames desnecessários ou até se facilita a realização de exames que precisam ser feitos mais rapidamente. “Às vezes, significa não realizar uma biópsia; outras vezes, o paciente já tinha um tratamento anterior que ninguém teve tempo de perguntar, ou que ninguém sabia, e, ao pararmos para ouvir o paciente e a família, acabamos descobrindo coisas que ficaram perdidas. Dessa forma, conseguimos alinhar o planejamento que às vezes já existia ou então começar um novo”, afirma Brunna. Através do planejamento de cuidados paliativos, também é possível oferecer maior qualidade de vida e programar a alta do paciente, com o suporte do Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nurad), pois, às vezes, o enfermo precisará de um suporte maior em casa. “Com o planejamento, esses pacientes e familiares têm menos dúvidas, têm espaço para fazer perguntas e conseguem um acesso mais humanizado para entender o que está acontecendo com eles. Então, tem sido muito positiva essa troca com a equipe multidisciplinar”, avalia Brunna. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Ferimentos tumorais e cuidados paliativos são tema de capacitação no DF

O curso Feridas Tumorais e sua Interface com Cuidados Paliativos, promovido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), reuniu 64 profissionais, segunda (24) e terça-feiras (25). A capacitação destacou a importância de qualificar a equipe de saúde para o manejo adequado dessas feridas, garantindo mais conforto e qualidade de vida aos pacientes. O curso abordou desde os conceitos e princípios dos cuidados paliativos até a fisiopatologia, os tipos de feridas oncológicas e as melhores práticas de tratamento. Os participantes tiveram acesso a uma abordagem teórica e prática sobre o tema, com aulas expositivas, recursos visuais, discussão de casos clínicos e dinâmicas interativas. O curso teve abordagens teórica e prática, com aulas expositivas, discussão de casos e dinâmicas interativas | Foto: Divulgação/IgesDF A capacitação contemplou tópicos essenciais, como a definição de feridas oncológicas, os princípios dos cuidados paliativos, os tipos e a fisiopatologia dessas lesões, além das melhores estratégias de manejo e tratamento. Para a enfermeira residente do Programa Multiprofissional de Oncologia do IgesDF e responsável por ministrar o curso, Brenda Tayrine, a experiência reforçou a importância da educação continuada. “Os desafios foram inúmeros, desde a estruturação do conteúdo até a adaptação às diferentes realidades dos participantes, mas cada etapa reforçou a importância de compartilhar conhecimento e sensibilizar sobre os cuidados paliativos. A troca de experiências demonstrou o quanto essa temática ainda precisa ser discutida e aprofundada, estimulando o compromisso com uma abordagem mais integral e digna no cuidado aos pacientes”, destacou. A chefe do Núcleo de Educação Permanente, Ana Paula Lustosa, também ressaltou a importância da iniciativa para a qualificação profissional e a assistência humanizada. “A realização do curso reforça o compromisso do Núcleo de Educação Permanente com a capacitação dos profissionais de saúde. A troca de experiências e a abordagem prática enriqueceram o aprendizado, demonstrando a relevância desse tema na rotina hospitalar”, afirmou. *Com informações do IgesDF

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Hospital Regional da Asa Norte realiza casamento de paciente em cuidados paliativos

O jardim central do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi cenário de um momento inesquecível nessa terça-feira (4). A paciente Maria Célia Ferreira da Silva, 44 anos, teve a oportunidade de realizar um grande sonho: casar-se. Junto ao companheiro, Almir Borges dos Santos, 47, a cerimônia encantou os convidados e emocionou os profissionais de saúde que acompanharam a trajetória da paciente. Paciente do Hran em cuidado paliativo, Maria Celia Ferreira da Silva concretizou o sonho de casar vestida de noiva | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Diagnosticada com adenocarcinoma invasivo de intestino grosso, a moradora da zona rural de Brazlândia enfrenta um estado avançado de metástase, quando o câncer se dissemina para outras partes do corpo. Embora já fosse casada no civil com o companheiro Almir desde 2003, Maria Célia sempre sonhou em celebrar a união vestida de branco, diante de um pastor evangélico. A equipe multidisciplinar de cuidados paliativos do Hran rapidamente se mobilizou para transformar este sonho em realidade. Reunindo esforços, a paciente foi maquiada e usou um vestido branco, enquanto o noivo vestiu seu terno. Bolos e salgados foram encomendados e, ao som de violino, o capelão Marcelo Gouvêa Soares de Melo celebrou a união. Embora já fosse casada no civil desde 2003, a moradora de Brazlândia sempre sonhou em celebrar a união vestida de noiva, diante de um pastor “Sempre foi o sonho dela. Quando ela chegou aqui e foi internada, perguntaram qual seria a sua maior realização e ela respondeu que queria se casar vestida de noiva”, contou Almir. “Para mim, foi muito importante e fico muito agradecido por ter realizado esse sonho. Achei muito bonita a cerimônia.” Maria Célia, animada para realizar todos os ritos do casamento, encerrou a cerimônia jogando o buquê. Sua filha, Talita, 16, pegou o ramalhete de flores. Dignidade Os cuidados paliativos buscam reduzir a dor e o sofrimento de pacientes com doenças em estágio avançado, graves ou terminais, além de oferecer suporte aos familiares ou responsáveis. O atendimento deve ser multidisciplinar, no qual se considera sintomas físicos e emocionais. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que há mais de 625 mil pessoas em cuidados paliativos no país. Ana Cristina Almeida, fisioterapeuta da equipe do Hran e uma das responsáveis pela cerimônia, enfatiza a importância de proporcionar conforto, dignidade e a possibilidade de realizar os sonhos dos pacientes que se encontram em situação de saúde muito frágil. “Às vezes, as pessoas têm a vida inteira para realizar [um sonho] e não conseguem. Então, a gente acrescenta algumas memórias à vida, às vezes, podendo ser as últimas”, explica. Determinada a realizar todos os ritos do casamento, a noiva encerrou a cerimônia jogando o buquê De acordo com a profissional, a abordagem é cuidadosa com este tipo de paciente, considerando sempre a oferta do conforto e da dignidade. “Quando percebemos que a vida tem um fim e que ele se aproxima, a gente repensa o que é prioridade e o que é importante. Nesses momentos, as pessoas conseguem priorizar e, dessa forma, a gente tenta, dentro do que é possível, realizar esses sonhos. Isso traz uma alegria que, às vezes, eles não puderam ter em vida”, refletiu. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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HRC promove ação de sensibilização de servidores sobre cuidados paliativos

A Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) promoveu, na terça-feira (15), uma ação de sensibilização voltada aos servidores da unidade. A medida é um dos eventos previstos na Semana de Cuidados Paliativos da Superintendência de Saúde Oeste (SRSOE), que ocorre de 15 a 18 de outubro. De acordo com a nutricionista do HRC, Patrícia Freire, a intenção é desmistificar alguns termos e preconceitos. “Mesmo diante de uma doença que tem cura, o indivíduo pode passar por momentos de grande sofrimento, em qualquer das dimensões. Daí a necessidade desse olhar mais amplo por uma equipe multiprofissional especializada, para fazer controle rigoroso de sintomas e cuidar desses sofrimentos”, explicou. Realizada de forma itinerante nas enfermarias, com abordagens individuais e coletivas, as intervenções contaram com auxílio de dois guarda-chuvas, símbolo dos cuidados paliativos | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Realizada de forma itinerante nas enfermarias, com abordagens individuais e coletivas, as intervenções contaram com auxílio de dois guarda-chuvas, símbolo dos cuidados paliativos. “O cuidado paliativo é representado pelo guarda-chuva. Embora possa parecer precoce oferecer cuidados paliativos, o curso da doença pode ser como a chuva, difícil de prever. Diante do tratamento curativo, é possível usar o guarda-chuva num momento de sofrimento, serviço que é justamente oferecido pela equipe especializada”, completou a nutricionista. A especialista destaca que a abordagem multidisciplinar é indicada não somente para pacientes em estado terminal e os cuidados paliativos devem ser incluídos no tratamento desde o diagnóstico. A abordagem vai além dos sintomas físicos, ajudando no controle da dor, náusea, fadiga e falta de ar, por exemplo, como também de sintomas emocionais e sociais. A motorista de ambulância, Ana Cláudia Boto, observou atentamente a exposição e aprofundou conhecimentos sobre a medida. “É uma oportunidade de aprender mais sobre uma coisa que vemos todos os dias. Às vezes, não sabemos e é muito importante essa orientação mais esclarecedora”, elogiou. Os atendimentos especializados em cuidados paliativos na SES-DF podem ocorrer com avaliações de equipes consultoras em cuidados paliativos nos hospitais regionais, internação em enfermaria especializada no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) ou atendimento ambulatorial em cuidados paliativos A vontade do paciente A assistente social do HRC, Shirley Rocha, conta que uma paciente atendida pela equipe em 2018 foi diagnosticada com HIV. Apesar de fazer o tratamento no HRC, ela era de Recife e mantinha o desejo de retornar para sua cidade natal. “Ela tinha uma possibilidade de morte muito próxima, mas queria voltar para casa. Acionamos a família, o estado e empresas aéreas para que ela pudesse realizar isso. Ela faleceu junto à família alguns meses depois, mas essa dor social dela foi amenizada”, relatou a profissional. Já a fisioterapeuta Maria Betânia Vieira ressaltou a importância do trabalho de conscientização. “Precisamos entender que cuidado paliativo precisa ser indicado desde o início da doença. É como se tivesse um braço curativo e um braço paliativo que cuida dessa dimensão de sofrimento. Receber cuidados paliativos não significa que não haja mais nada a fazer, pelo contrário, há muito o que fazer”, alertou. Os atendimentos especializados em cuidados paliativos na SES-DF podem ocorrer com avaliações de equipes consultoras em cuidados paliativos nos hospitais regionais, internação em enfermaria especializada no Hospital de Apoio de Brasília (HAB) ou atendimento ambulatorial em cuidados paliativos. A equipe multiprofissional pode contar com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, odontólogos e farmacêuticos. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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GDF investe em equipes de cuidados paliativos na rede pública de saúde

Após o lançamento, em maio, da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) está se preparando para implementar as estratégias e as diretrizes estabelecidas pelo normativo. O objetivo é proporcionar atendimento mais humanizado a pacientes que enfrentam doenças graves, crônicas ou em finitude. Entre as ações estão a habilitação de novas equipes e o fortalecimento das já existentes na rede. Cursos de cuidados paliativos, como os promovidos no HRC, capacitam profissionais da área | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O cuidado paliativo deve andar com a mudança, especialmente, de como entendemos e enfrentamos a morte” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde “Estamos com curso aberto para capacitar e qualificar outros profissionais; a ideia é criar grupos matriciais que multipliquem o conhecimento”, adianta a referência técnica distrital (RTD) em cuidados paliativos Cristiane Cordeiro. A qualificação será voltada apenas a profissionais de saúde, com foco na formação completa de médicos, enfermeiros e outros servidores interessados em atuar na área de cuidados paliativos. Na pasta, o serviço já é realizado por equipes dos hospitais regionais de Samambaia (HRSam), Asa Norte (Hran), Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT) e Região Leste (HRL, no Paranoá). Proposta mais humana 625 mil Número de pessoas no Brasil que precisam de cuidados paliativos no Os cuidados paliativos, conceito definido em 1990 e atualizado em 2017, buscam reduzir a dor e o sofrimento de pacientes com doenças em estágios avançados, graves ou terminais,  estendendo-se ainda aos familiares e responsáveis. Nesse contexto, o suporte deve ser multidisciplinar, considerando sintomas físicos e emocionais. No Brasil, cerca de 625 mil pessoas precisam desse tipo de atenção. Diante do número e pensando em uma experiência mais digna e confortável a pacientes, familiares e cuidadores, o Ministério da Saúde lançou em maio deste ano a PNCP. A norma é resultado de uma mobilização popular e de especialistas rumo ao aprimoramento de serviços já ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria GM-MS nº 3.681 estabelece a criação de 1,3 mil equipes em todo o território nacional. Será formado um grupo matricial para cada fração de território com 500 mil habitantes de uma mesma macrorregião de saúde e outro assistencial a cada 400 leitos habilitados no SUS. Implementação Na sexta-feira (14), gestores e profissionais da Saúde se reuniram para discutir os primeiros passos de implantação da nova política na rede do DF. Durante o encontro, a pediatra do HRC Andréa Nogueira Araújo, integrante da Associação Distrital de Cuidados Paliativos (ADCP), lembrou que a capital federal possui potencial para executar as diretrizes impostas pela portaria, mas que a educação será o pilar nessa construção. Na mesma linha, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou que o cuidado paliativo é um divisor de águas, necessitando, contudo, de conscientização profissional e cultural: “É comum o pensamento de enxergar a UTI [Unidade de Terapia Intensiva] como o único lugar para levar o paciente que passa por um momento difícil e extremamente delicado, mas isso não é verdade. O [cuidado] paliativo deve andar com a mudança, especialmente, de como entendemos e enfrentamos a morte”. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF  

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Inscrições para curso gratuito de cuidados paliativos de adultos e idosos estão abertas

A Secretaria de Saúde (SES-DF) está com inscrições abertas para o curso de cuidados paliativos hospitalares de adultos e idosos. A iniciativa alinha-se à Portaria GM/MS nº 3.681, de 7 de maio de 2024, que estabelece uma nova política nacional sobre o tema nos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é qualificar e aprimorar profissionais da área que já atuam ou desejam atuar na prática, atendendo às diretrizes e às exigências recém-estabelecidas pelo Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP). O objetivo do curso é qualificar e aprimorar profissionais da área que já atuam ou desejam atuar na prática | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Totalmente na modalidade a distância, o curso será gratuito e terá 80 horas, partindo de um currículo abrangente e atualizado, no qual será abordado desde os princípios básicos até as técnicas avançadas de manejo de sintomas e apoio emocional a pacientes e suas famílias. A inscrição pode ser feita no site da Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (EapSUS). “É uma formação completa para médicos, enfermeiros e outros trabalhadores interessados”, aponta a referência técnica distrital em cuidados paliativos da SES-DF, Cristiane Cordeiro. “Ao concluir o programa, os participantes terão expertise para integrar equipes multiprofissionais, contribuindo com um atendimento mais humano e qualificado”, afirma Ana Catarine Carneiro, enfermeira da equipe de cuidados paliativos do Hospital Regional de Samambaia (HRSam). Panorama e avanços Cristiane Cordeiro: “O trabalho dessas equipes, mais do que evitar o sofrimento, é honrar a vida” No Brasil, cerca de 625 mil pessoas precisam de cuidados paliativos, ou seja, atenção em saúde que permita a melhora da qualidade de vida daqueles que enfrentam doenças graves, crônicas ou em finitude. A atuação possui foco no alívio da dor, no controle de sintomas e no apoio emocional. Desde 2006, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem estabelecido resoluções que norteiam a prática dos cuidados paliativos no Brasil. “Com a publicação da portaria, profissionais de saúde ganham embasamento legal para a prática, além de um reconhecimento formal de sua importância no sistema de saúde”, avalia Cristiane. “O trabalho dessas equipes, mais do que evitar o sofrimento, é honrar a vida”, acrescenta. Além da portaria, outros recentes marcos ー como a inclusão dos cuidados paliativos nos currículos de graduação em medicina e a expansão da residência médica de um para dois anos ー refletem a crescente importância da área para a saúde como um todo. Nova política Lançada em maio deste ano, a PNCP se articula às ações do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE). O intuito é ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à Atenção Especializada em Saúde (AES) de pacientes e famílias que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hospital de Apoio de Brasília celebra 30 anos apostando em cuidados paliativos

O Hospital de Apoio de Brasília (HAB) completou 30 anos de assistência no último sábado (30). Para celebrar a data, foi realizada, nesta terça-feira (2), uma solenidade que reuniu voluntários, servidores e autoridades. A unidade é referência em cuidados paliativos, na reabilitação adulta e infantil, na triagem neonatal e em doenças neuromusculares e raras – de origem genética. “É uma honra para qualquer pessoa que dirige o Hospital de Apoio, pois é uma unidade composta por servidores dedicados que tratam os pacientes com amor como se fossem familiares”, afirmou o diretor-geral do HAB, Alexandre Lyra de Aragão Lisboa. Celina Leão: “A saúde é um desafio para todos nós e o nosso dever é cada vez mais melhorar o atendimento daqueles que mais precisam” | Foto: Karinne Viana/Agência Saúde-DF A subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Lara Nunes, destacou a importância de celebrar a data: “Há 30 anos o Hospital de Apoio tem prestado a sua assistência de forma excelente. Não é à toa que vemos tantas pessoas comemorando esse aniversário e estamos aqui para compartilhar esse momento.” O evento começou com a execução do Hino Nacional pela banda marcial do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) e com o hasteamento da bandeira do Brasil. Um destaque foi a inauguração do novo espaço de neurofisiologia, onde é realizado o diagnóstico precoce de doenças neuromusculares. Os exames eram feitos em um consultório e agora serão realizados em uma sala exclusiva. A vice-governadora do DF, Celina Leão, esteve presente. “Estamos muito felizes por estar aqui, sabemos do trabalho de excelência desenvolvido pelo Hospital de Apoio. A saúde é um desafio para todos nós e o nosso dever é cada vez mais melhorar o atendimento daqueles que mais precisam”, afirmou Leão. “Ninguém trabalha sozinho”, afirma a médica geneticista Maria Teresinha Cardoso Depois, veio a entrega do diploma Amigo do HAB. Uma das agraciadas foi a médica geneticista Maria Teresinha Cardoso. Hoje, a ex- servidora atua na unidade como voluntária profissional. “Trabalho aqui desde 2007. Criamos o Centro de Referência em Doenças Raras e Triagem Neonatal. É um hospital que tem um público que vai desde o recém-nascido até o idoso. Todos os pacientes são atendidos do ponto de vista multiprofissional e esse é o diferencial na medicina moderna, ou seja, ninguém trabalha sozinho”, apontou. Referência Inaugurado em 1994, o HAB é uma unidade da Secretaria de Saúde (SES-DF) especializada em reabilitação de doentes com sequelas neurológicas graves e em cuidados paliativos oncológicos e geriátricos. O hospital atende pacientes encaminhados de outras unidades da rede, em regime de internação e/ou ambulatorial. Localizado no Setor Noroeste, ao lado do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, o local abriga a sede da unidade de genética, responsável pelos exames de triagem neonatal de todo o DF e Entorno, oferecendo o diagnóstico precoce em recém-nascidos. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Médicos apresentam as melhores condutas nos cuidados paliativos

A tarde do segundo dia do Congresso Internacional da Criança com Condições Complexas de Saúde trouxe palestras sobre cuidados paliativos. Nesta terça-feira (25), médicos brasileiros e espanhóis contribuíram com inovadoras perspectivas para mudanças no modo em que se percebe a qualidade de vida dos pacientes com condições crônicas incuráveis e seus familiares. No segundo dia do evento, médicos brasileiros e espanhóis participaram de palestras sobre cuidados paliativos | Foto: Ascom/HCB Cuidado paliativo é uma abordagem médica que busca a máxima qualidade de vida para pacientes com casos graves, complexos, e que, inevitavelmente, levarão à morte do paciente. As medidas do cuidado buscam aliviar a dor da enfermidade, oferecendo sistemas de suporte para apoiar o paciente e ajudam a família a entender a situação enfrentada e o futuro processo de luto. Comunicação A abertura com a médica da equipe de cuidados paliativos do Hospital Sírio-Libanês (SP), Ana Cristina de Castro, pautou a necessidade de melhora do sistema de comunicação entre os profissionais envolvidos no atendimento multidisplinar do paciente de condições crônicas. Castro afirma que, ainda hoje, falta alinhamento nas muitas indicações e formas de cuidados passadas pelos diferentes profissionais no encargo do tratamento com a criança. As orientações são passadas por alguns desses médicos sem uma mediação prévia entre os mesmos, o que causa confusão nos cuidadores das crianças em condições paliativas. A médica afirma, ainda, que é importante respeitar o ritmo de cada família no entendimento da doença, e que é preciso se instrumentalizar para dialogar com essas pessoas. [Olho texto=”“Às vezes, temos um olhar paliativo, amplo e precoce, pois as crianças precisam ter socialização, qualidade de vida, assim como as famílias”” assinatura=”Sergi Navarro, médico do do Hospital de Barcelona Sant Joan de Déu” esquerda_direita_centro=”direita”] Pensando no tratamento humanizado, é necessário levar em conta a situação psicológica em que os cuidadores se encontram diante das responsabilidades frente à condição enfrentada pela criança. E, afim, de também incluir essas crianças no entendimento das suas respectivas condições e cuidados, Castro visa adequar como informar o diagnóstico a diferentes faixas etárias, para que possa haver um preparo e entendimento delas quanto ao quadro. “O nosso pilar precisa ser a criação de conexão e vínculo com essas pessoas”- observa a médica. Qualidade de vida A pediatra Andrea Nogueira de Araújo, do Hospital Regional da Ceilândia, trouxe à palestra questionamentos quanto a qualidade de vida das crianças que são afetadas pela paralisia cerebral grave, assim como as demais crianças acometidas por doenças crônicas. A médica afirma que muitas das intervenções médicas nos serviços de saúde privam as crianças do direito de liberdade e até mesmo lazer. Considerando a curta expectativa de vida das crianças em cuidados paliativos, Nogueira fala que é importante que a equipe de saúde esteja alinhada com os desejos da criança e da família dela – que podem comunicar o que é de interesse dos pacientes – afim de que estes tenham uma vida mais plena possível, ainda que curta. Ela concluiu a exposição dizendo que “memórias só existe se a gente tiver a oportunidade de viver”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Abordagens paliativas O médico Sergi Navarro, do Hospital de Barcelona Sant Joan de Déu, levou ao congresso uma experiência de um modelo de tratamento integral e multidisciplinar. Os profissionais se deslocam, por áreas distantes, rurais, na Catalunha. Onde vivem 7 milhões de pessoas e com frotas de veículos próprios, levando os serviços especializados a esses pacientes, em média, duas mil visitas ao ano. Até 40% das crianças apresentam doenças oncológicas; os demais são portadores de outras enfermidades. As equipes pediátricas buscam uma nova abordagem aos diferentes casos que precisam de cuidados paliativos que, inevitavelmente, terão as vidas ceifadas pelas doenças. “Às vezes, temos um olhar paliativo, amplo e precoce, pois as crianças precisam ter socialização, qualidade de vida, assim como as famílias”. Navarro reconhece que 25 mil crianças deveriam ter esses cuidados na Espanha. É por demandas como essa que foi criada a Casa de Sofia, com 15 leitos. Com ambientação lúdica na arquitetura, o espaço procura oferecer bem-estar aos pacientes muito vulneráveis e às famílias. “É um centro que se propõe dar as melhores respostas ao final da vida”, diz Sergi Navarro. O projeto conta com o apoio de três hospitais de casos agudos, mas a Casa de Sofia prepara as famílias para o tratamento de autocuidado, até mesmo quando é para as etapas finais da vida junto à família. *Com informações do HCB

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Saúde garante atendimento domiciliar a 800 pacientes

Em uma almofada, a bebê Laura Saraiva, de nove meses, chora. A mãe, Gisele Ferreira, 38 anos, está fazendo a limpeza da traqueostomia – procedimento em que há uma abertura no pescoço para passar o ar mais facilmente para os pulmões. É que, apesar de ser tão nova, a pequena já enfrentou diversas cirurgias. Laura nasceu com cardiopatia grave, causada por uma má formação do coração e que a fez passar os primeiros três meses de vida em uma UTI Neonatal. Enquanto a mãe faz essa limpeza, a médica pediatra paliativista Andrea Nogueira observa atenta para orientar Gisele. Laura é uma dos 800 pacientes que recebem o cuidado paliativo em casa pela Secretaria de Saúde. Equipe da Secretaria de Saúde orienta Gisele Ferreira sobre os cuidados que deve ter com sua filha Laura, que nasceu com cardiopatia grave | Fotos: Divulgação/SES O ar-condicionado frio de hospital foi substituído pelo calor do quarto de Gisele em Ceilândia. “Em casa, eu cuido dela e da minha outra filha, consigo dar mais conforto para as duas”, conta a mãe. Laura recebe o cuidado paliativo em domicílio porque sua situação pode ser acompanhada fora do hospital com os cuidados adequados. “A gente volta a viver”, desabafa Gisele. A médica pediátrica paliativista Andrea Nogueira é responsável pelo cuidado de Laura dentro da Atenção Domiciliar. Ela conta que o primeiro desafio foi manter o coração da bebê estável para fazer uma cirurgia. Laura passou pelo procedimento cirúrgico no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, por meio de contrato firmado entre a Secretaria de Saúde e a instituição. [Olho texto=”O paciente pode ser encaminhado por uma UBS ou pela gestão de leitos. Após avaliação do setor e caso o paciente se enquadre, o prontuário é aberto e as visitas são agendadas para definir a linha de tratamento e um cronograma das visitas dos profissionais da saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Laura não pode receber o leite materno, então é alimentada por meio de uma fórmula também fornecida pela Secretaria de Saúde, assim como os esparadrapos e insumos que usa. De acordo com a médica, a situação da bebê é diferente do que é geralmente conhecido como cuidado paliativo, em que as pessoas pensam em fim de vida. Ela recebe esse tratamento em casa porque estar em casa não apresenta risco e ainda aumenta a qualidade de vida dela e da família. “A gente aqui está trabalhando em um caso de progressão, em que o objetivo é que ela apresente recuperação”. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”. As equipes também auxiliam em coletas para exames e em outros procedimentos que possam ser feitos em casa para trazer mais conforto à família. Atualmente, Laura é alimentada por sonda e precisa de auxílio de oxigênio. “Para essa mãe chegar a uma consulta às 9h, por exemplo, ela tem que começar a se aprontar às 5h, tem que conseguir transportar os equipamentos, ter a mochilinha. Se a gente pode fazer aqui, a gente faz. Até porque também trabalhamos com pacientes em vulnerabilidade, que não têm o recurso, às vezes, para o transporte”, relata Nogueira. Paulo Victor Alves, 20 anos, começou a ser atendido em casa quando tinha 12 anos O Distrito Federal conta com 17 equipes que fazem o cuidado paliativo em casa. “O nosso objetivo é desospitalizar. A gente consegue liberar leitos dessa forma e dar uma qualidade melhor de vida para esse paciente, atendendo na residência”, afirma a gerente de Serviços de Atenção Domiciliar, Bianca Lima. Em média, cada equipe cuida de 60 pacientes. A equipe de Ceilândia é uma das mais completas: tem 34 servidores e, até fevereiro, assistia 130 pacientes que, sem esse serviço, estariam em leitos de hospital. “O paciente que está em cuidado paliativo vê a morte de uma forma diferente”, acrescenta a médica paliativista geriatra Ana Cláudia Sola. Ela ressalta que essa pessoa tem outros tipos de prioridade. “Por exemplo, aquele paciente diabético que está em cuidados paliativos quer comer um pudim. Ele come esse pudim, faz refeição com a família, toma banho de chuveiro. Coisas que são diferentes em um hospital”. Dezessete equipes da Secretaria de Saúde fazem atendimento residencial no DF O paciente que entra em cuidado paliativo pode ter essa assistência por anos. É o caso de Paulo Victor Alves, 20 anos, que nasceu com paralisia cerebral. A partir dos 12 anos, ele começou a ser atendido em casa. O jovem fica a maior parte do tempo deitado, mas, com o apoio da igreja vizinha, ele tem acesso à equoterapia, que faz três vezes por semana. A mãe do rapaz, Maria Alves, 53 anos, conta que, durante os primeiros 19 meses de vida, o rapaz esteve internado. Os dois passaram anos em ambiente hospitalar. A dona de casa e artesã ressalta que o serviço da Secretaria de Saúde melhorou a qualidade de vida dela e do filho: “Quando ele passou a receber a assistência em casa, ele foi internado só uma vez”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Outro destaque da Assistência Domiciliar é capacitar as famílias, ou seja, ensinar cuidados básicos para prestar essa assistência. “É uma situação diferente de um hospital em que há uma equipe médica 24 horas por dia”, destaca a médica Ana Sola. Os familiares têm o contato do médico para emergência, mas aprendem também a manipular os medicamentos, a fazer exercícios de fisioterapia passados por um profissional, como reconhecer se o parente está com dor, técnicas de higiene bucal. “A família não tem instrução de remédio, mas a gente empodera eles, dá para eles a capacidade para assistir seu ente mais querido e mais importante nas últimas horas também”, afirma a geriatra. Como participar As equipes prestam atendimento médico, de enfermagem, fisioterápico, fonoaudiológico e nutricional a pacientes em internação domiciliar. Para isso, o paciente precisa estar em uma situação que configure a necessidade de cuidados paliativos em casa, como em caso de uma doença que tenha limitado a sua autonomia. O paciente pode ser encaminhado por uma unidade básica de saúde (UBS) ou pela gestão de leitos (pacientes internados). É necessário que o encaminhamento profissional preencha um formulário com a solicitação. Esse documento passa por avaliação do setor. Caso o paciente se enquadre, o prontuário é aberto e as visitas são agendadas para definir a linha de tratamento e um cronograma das visitas dos profissionais da saúde. Em média, a resposta da Atenção Domiciliar ocorre em 24 horas para pacientes internados e em 48 horas para pacientes encaminhados pela Atenção Básica. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Cuidados paliativos e sua importância no processo de luto das famílias

Famílias que precisam de cuidados, empatia, acolhimento e apoio institucional, com suporte técnico, psicológico e emocional que garantam um retorno menos difícil para casa. Este é um dos focos das equipes de cuidados paliativos perinatais e pediátricos do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A palestra Curando Corações e Comunidades reuniu, nesta quinta-feira (6), pais, profissionais e pacientes atendidos pelas equipes de cuidados paliativos | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Daniel Alvarez e a esposa, Paula Valle, perderam o filho Arthur 26 minutos após o nascimento. Ele foi diagnosticado com duas síndromes raríssimas ainda no início da gravidez. Os pais tiveram a opção de interromper a gestação, mas optaram pelo nascimento do bebê, que ocorreu há dois meses. Paula Valle perdeu o filho Arthur 26 minutos após o nascimento: “Em momento algum nos deram alguma esperança de um diagnóstico diferente, mas sempre nos acolheram com muita empatia e nos prepararam para o momento de partida dele” “Tivemos todo o apoio da equipe de cuidados paliativos. Em momento algum nos deram alguma esperança de um diagnóstico diferente, mas sempre nos acolheram com muita empatia e nos prepararam para o momento de partida dele”, relata Paula. A enfermeira Débora Santos perdeu a filha Manu 12 horas após o nascimento, em fevereiro de 2019. Ela conta que recebeu todo o cuidado da equipe multidisciplinar do Hmib para lidar com a situação. “As pessoas desmerecem o luto de um bebê, acham que pelo fato de ele não ter vivido muito tempo a dor é menor, mas não é assim. Eu perdi um filho e nada muda isso, só aprendemos a viver com essa perda”, afirma. A enfermeira Débora Santos conta que recebeu todo o apoio da equipe multidisciplinar do Hmib para lidar com a perda da filha Manu 12 horas após o nascimento O Hmib oferece atendimento psicológico desde a hora do parto, com psicólogo exclusivo dentro do centro obstétrico. Além disso, o hospital não mistura as pacientes que tiveram uma perda perinatal com as pacientes da maternidade, para evitar o sofrimento. “São pais que estão vivendo o sofrimento total, sua dor total, tanto física quanto emocional, psicológica e espiritual. Nosso objetivo é ajudar as famílias a lidarem com a dor e evitar o sofrimento e possíveis transtornos, como a depressão”, explica a psiquiatra e coordenadora do Ambulatório de Saúde Mental da Mulher do Hmib, Maria Marta Freire. Dia Mundial Para reunir pais, profissionais e pacientes atendidos pelas equipes de cuidados paliativos, o Hmib realizou nesta quinta-feira (6) a palestra Curando Corações e Comunidades. Este também é o tema deste ano do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado no segundo sábado de outubro. Durante o evento desta quinta, foram abordadas reflexões sobre a morte e o luto na pediatria, o sofrimento dos profissionais, as fases do luto e suas reações “A campanha deste ano foi uma alusão às mortes por conta da pandemia mundial do novo coronavírus e pelas vítimas da guerra da Ucrânia. E nós procuramos adequar o tema à realidade que vivenciamos aqui no hospital, que são os lutos por conta de perdas perinatais ou pediátricas”, destaca o pediatra paliativista e coordenador do Grupo de Cuidados Paliativos do Hmib, Neulanio Francisco. Durante o evento, foram abordadas reflexões sobre a morte e o luto na pediatria, o sofrimento dos profissionais, as fases do luto e suas reações. Além disso, três pais deram seus depoimentos pessoais sobre as perdas que sofreram. O Hmib possui duas equipes multidisciplinares de cuidados paliativos. Uma delas é voltada para os casos perinatais, destinada a famílias que têm o diagnóstico de bebês com condições limitantes à vida (síndromes graves, doenças cardiológicas gravíssimas) e outra para os casos pediátricos, voltada a famílias com crianças em tratamento de doenças graves e com risco à vida. As equipes são compostas por médicos geneticistas, paliativistas, psiquiatras, obstetras, pediatras, enfermeiros, entre outros, que atuam de maneira interdisciplinar para que a família seja acolhida no momento do luto. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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Cuidados paliativos aliviam sofrimento e levam bem-estar a pacientes

Segurar o primeiro neto nos braços, dizer palavras de carinho e repassar os principais valores da família era o maior sonho da dona de casa Maria Madalena Viana Soares, 60 anos. Paciente do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), ela tem um quadro grave de câncer no pâncreas com metástase para o fígado. Com quadro grave de câncer, a dona de casa Maria Madalena Viana Soares, 60 anos, está sob cuidados paliativos no HAB | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília A dona de casa foi internada no dia 8 de setembro, com a doença já em estágio avançado. Conforme avaliações médicas, sua expectativa de vida era, então, de menos de um mês. O câncer causou obstrução intestinal, que, por sua vez, provoca vômitos, tontura, falta de apetite e prisão de ventre. Mas, desde que chegou ao HAB, a vida de Maria mudou para melhor. [Olho texto=”“Esse hospital me ensinou muito, muito mesmo. Me mostrou como a gente vive em conjunto. Essa rede de apoio nos faz muito bem, porque somos amparados por todos os lados”” assinatura=”Maria Madalena Viana Soares, 60 anos, paciente do Hospital de Apoio de Brasília (HAB)” esquerda_direita_centro=”direita”] Isso porque a unidade é referência em cuidados paliativos, conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável com o objetivo de oferecer qualidade de vida, dignidade e controle de sintomas. O trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, nutricionistas, entre outros. Assim, os sintomas de Maria acabaram e, aos poucos, ela recuperou o brilho nos olhos. “Esse hospital me ensinou muito, muito mesmo. Me mostrou como a gente vive em conjunto. Tudo é um complemento e essa rede de apoio nos faz muito bem, porque somos amparados por todos os lados”, completa Maria Madalena. “Quando a gente chega ao estágio que eu cheguei, você não pode focar na doença, porque se você focar na doença, você se entrega”, completa. [Olho texto=”“A diferença entre como ela chegou e como ela está agora é muito grande. E acho que não teria outro lugar pra ela se sentir bem assim. Vamos aproveitar cada minutinho juntas”” assinatura=”Mariana, 28 anos, filha de Maria Madalena” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dessa forma, ela pôde acompanhar a reta final da gravidez da filha Mariana, 28 anos, em casa, junto com a família, e o nascimento do pequeno André William, no último dia 28 de setembro. “Criar um filho não é exatamente uma receita para bolo, porque para cada um tem um efeito diferente, né? Mas o amor e o diálogo fazem a diferença em cada formação. Quero repassar isso a meu netinho”, diz Maria. No dia 16 do mês passado, após oito dias internada, ela recebeu uma alta temporária para passar o fim de semana em casa. Caso o quadro de saúde se mantivesse estável, receberia alta definitiva. Se não, voltaria à internação para continuidade do tratamento. Ter a mãe de novo em casa foi uma alegria para Mariana e a irmã mais nova, Ana Clara, 23 anos. Elas agradecem pelo serviço prestado pelo HAB, para onde Maria Madalena teve que voltar recentemente e continua sob cuidados médicos. “A diferença entre como ela chegou ao hospital e como ela está agora é muito grande. E acho que não teria outro lugar pra ela se sentir bem assim. Vamos aproveitar cada minutinho juntas”, afirma a gestante. Tratamento De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o cuidado paliativo “previne e alivia o sofrimento, através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e de outros problemas físicos, psicossociais ou espirituais”. Não há protocolos ou diretrizes, e as condutas são adequadas conforme a situação do paciente. A chefe da Unidade dos Cuidados Paliativos do HAB, Elisa Marquezine, explica que nenhuma prescrição é igual à outra, mesmo que os pacientes tenham a mesma doença. “Os ajustes são feitos por meio do conhecimento da biografia do paciente para conseguir tratar o mais assertivamente os sintomas e as outras dimensões do ser humano, como espiritual e psicossocial”, explica a médica. No Hospital Regional de Samambaia, são feitas reuniões com os pacientes e seus familiares antes do início do tratamento | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Segundo a médica paliativista Cristiane Almeida Cordeiro, do Hospital Regional de Samambaia (HRSam), o paciente é estudado antes de receber algum tratamento. São feitas reuniões com os familiares, estudo de prontuários anteriores e interconsultas, que são conversas com o paciente enquanto ele já está internado. A médica paliativista Cristiane Almeida Cordeiro, do HRSam, explica que, na unidade, tanto paciente quanto familiares recebem cuidados | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília “Assim, conseguimos levantar todas as necessidades do paciente. Nas esferas física, psíquica, social e espiritual. E cuidamos da família, que acaba sendo negligenciada ou pouco acolhida no processo de adoecimento do paciente”, afirma Cristiane, que iniciou o trabalho na unidade em 2020. A enfermeira Ana Catarine Carneiro, segunda integrante da equipe paliativista do HRSam desde o ano passado, acrescenta que a base da prática é a comunicação. “Conversamos com a família sobre cada tratamento e medicação que o paciente deve receber. Às vezes, pode haver alguma restrição religiosa ou algum pedido do próprio paciente. Tudo isso é observado e atendido”, ressalta. A enfermeira Ana Catarine Carneiro, segunda integrante da equipe paliativista do HRSam, afirma que a base da prática é a comunicação | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília Rede pública O HRSam promove o tratamento paliativo para cerca de 45 pessoas por mês. As duas profissionais fazem a busca ativa dos pacientes, com leitura de prontuários para encontrar aqueles que podem se beneficiar com o tratamento, ou são comunicadas sobre a necessidade de atendimento pelos médicos da unidade. Ainda neste ano, em busca de ampliar o número de profissionais especializados em cuidados paliativos, a equipe da unidade de Samambaia promoverá um curso gratuito para servidores da saúde. A proposta é difundir o conhecimento para que mais pessoas tenham acesso ao tratamento. A participação pode ser solicitada na Secretaria de Saúde. No HAB, são oferecidos 18 leitos oncológicos e dez leitos geriátricos, além de 50 ambulatoriais, para o cuidado paliativo. A equipe é formada por nove profissionais de especialidades distintas. Além das duas unidades, os hospitais de Base, Regional de Taguatinga, Regional da Ceilândia, Regional da Asa Norte e Materno Infantil de Brasília oferecem o tratamento paliativo. Há ainda os Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar (NRADs), que promovem assistência multidisciplinar a pacientes oncológicos e estão em fase de treinamento para oferecer o serviço. Na ala de cuidados paliativos oncológicos, são admitidos pacientes incuráveis com idade igual ou superior a 18 anos. O tratamento geriátrico é oferecido a pessoas com 60 anos ou mais, que apresentem demência em fase grave, ou indivíduos com 80 anos ou mais com fragilidade definida por médico, além de pacientes idosos com cardiopatias ou pneumopatias avançadas. Informações gerais sobre a oferta do tratamento podem ser acessadas aqui.

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Cuidados paliativos diminuem sofrimento e honram a vida de pacientes

[Olho texto=”“Muitos aparelhos são capazes de prolongar a biologia e manter o coração batendo, mas não consideram a biografia daquela pessoa. Esse é o nosso trabalho”” assinatura=”Cristiane Cordeiro, médica que atua com cuidados paliativos” esquerda_direita_centro=”direita”] Com origem no latim pallium, que se refere ao manto protetor utilizado por cavaleiros para protegê-los das intempéries nas estradas, a palavra “paliativo” muitas vezes é considerada sinônimo de “ineficiência” ou mesmo de “não-resolutivo”. Na saúde, porém, os cuidados paliativos vão além de evitar o sofrimento: o trabalho é honrar vidas. No Hospital Regional de Samambaia (HRSam), duas servidoras fazem a diferença na vida de pacientes e familiares. “As pessoas acham que a gente só age em casos terminais, mas não é assim. Quanto mais cedo o paciente entra na rotina de cuidados paliativos, mais qualidade de vida ele tem”, afirma a Cristiane Cordeiro, médica que iniciou, em 2020, os cuidados paliativos na unidade. No HRSam, cuidados paliativos são oferecidos a pacientes em estado mais grave, que estejam com doenças que ameaçam a vida ou com idade avançada | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Em março do ano passado, Cristiane ganhou o reforço da enfermeira Ana Catarine Carneiro, que é especialista no mesmo segmento. “Nós honramos a vida. Trabalhamos para que o paciente seja visto com dignidade, de forma individual, com desejos, valores e vontades até o fim”, diz a enfermeira. Juntas, as duas compartilham a paixão pelo campo de atuação e atendem, em média, 45 pessoas por mês no HRSam. Público-alvo O público-alvo são pacientes em estado mais grave, com doenças que ameaçam a vida ou com idade avançada. A avaliação é feita caso a caso, levando em consideração as vontades e principais queixas de cada enfermo. “O atendimento é extremamente individualizado, identificamos o que é benéfico para cada pessoa”, esclarece a enfermeira. Jardim feito por paciente, e batizado em sua homenagem, no Hospital Regional de Samambaia Anastácio Francisco de Aguiar, por exemplo, tinha um câncer no pulmão já em estágio avançado. Apaixonado por plantas e jardinagem, criou um jardim no HRSam. Porém, não quis passar os últimos dias no hospital e terminou sua vida ao lado dos seus entes queridos. O último pedido do Anastácio? Que cuidassem do seu jardim. Por isso, a equipe da unidade mantém viva a memória dele, que agora é homenageado com uma placa no local. Para identificar os pacientes elegíveis aos cuidados paliativos, Cristiane e Ana Catarine fazem busca ativa. Verificam diariamente os perfis de quem está internado em todas as alas do hospital e conferem a necessidade de realizar a interconsulta, que é uma consulta durante a internação. “Por exemplo, às vezes, o paciente está com muita secreção na boca e passamos a usar medicação para diminuir esse sintoma. Tem dor ou falta de ar? Também entramos com medicamento para aliviar”, exemplifica Ana Catarine. Estrela*, 66 anos, está acamada há 10, com demência em estado avançado. Ela chegou às mãos dos cuidados paliativos na terça-feira (12). “Quando a vi, tinha um semblante sofrido, apesar de ser muito bem-cuidada em casa”, relembra a enfermeira. Era necessário aspirar secreção das vias aéreas da paciente mais de 10 vezes ao dia. A médica Cristiane Cordeiro e a enfermeira Ana Catarine Carneiro fazem busca ativa no HRSam para identificar os pacientes elegíveis aos cuidados paliativos Após mudar a medicação, já na quarta (13), Estrela precisou passar pelo procedimento apenas uma vez, diminuindo significativamente o estresse da paciente. “Ela mudou completamente, nem parece a mesma. Está bem mais tranquila”, diz o fisioterapeuta Flânio Cruz, que cuida da paciente no HRSam. Já Nuvem*, 69 anos, tem 70% dos pulmões comprometidos, além de enfisema e pneumonia. A paciente fica muito angustiada quando sente falta de ar. “Por isso, atuamos para diminuir essa sensação e reduzir sua ansiedade”, detalha a médica Cristiane. “É uma atenção diferenciada, humanizada. Depois da visita delas, ela dormiu bem melhor e eu fiquei mais tranquila”, relata a filha de Nuvem*, que é artesã. Pelo avançar da doença, já está prescrita para a paciente a sedação paliativa. O procedimento faz parte do planejamento terapêutico feito pelas profissionais. Assim, quando ela tiver uma falta de ar severa, será sedada para não sentir o sintoma e descansar em paz. “Não abreviamos a vida e nem prolongamos o processo de morte. Cuidamos o tempo todo até chegar a hora daquela pessoa”, sintetiza Cristiane. Atenção à família Quando recebem um novo paciente, as servidoras também reúnem os familiares para conversar sobre o estado de saúde e mantém contato direto com eles durante todo o processo da doença. “Nos cuidados paliativos, focamos o paciente e a família”, afirma a enfermeira. “Tiramos as dúvidas e explicamos o que está acontecendo, mas usamos uma comunicação gentil”, completa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A atuação dos cuidados paliativos inicia no diagnóstico de uma doença complicada, acompanha o avanço do estado de saúde, a morte do paciente e continua após cada perda. “É preciso cuidar da saúde mental de quem fica”, ressalta Cristiane. Elas realizam, em média, 30 atendimentos a familiares por mês. Quem trabalha com paixão pelo que faz sempre marca a vida das pessoas que atende e faz a diferença na rotina de quem convive. Para compartilhar o conhecimento, Cristiane e Ana Catarine já sensibilizaram cerca de 100 outros profissionais do HRSam em relação aos cuidados paliativos. “Muitos aparelhos são capazes de prolongar a biologia e manter o coração batendo, mas não consideram a biografia daquela pessoa. Esse é o nosso trabalho”, defende Cristiane. “Eu luto pra ouvir o que a pessoa gosta, o que ela acha importante. Como ela vê a vida. Quais são os seus valores. O que ela gosta de comer, de fazer. Atuo para honrar a vida de cada um desses pacientes”, finaliza Catarine. *Nomes fictícios para preservar a identidade das pacientes.   *Com informações da Secretaria de Saúde   

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Carinho e atenção em forma de panetone

Júlia do Carmo Ohtta, 74 anos: “No período mais grave, a equipe de cuidados paliativos me deu um apoio muito grande. Agora já estou conseguindo me equilibrar” | Foto: Iges-DF Demonstrar amor com um panetone de presente. Essa foi a ideia da equipe de Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital de Base (HB) para celebrar o Natal e homenagear pacientes atendidos pelo setor ao longo deste ano. [Olho texto=”“Só Deus para recompensar todos. Minha gratidão é eterna a vocês”” assinatura=”Júlia do Carmo Ohtta” esquerda_direita_centro=”centro”] “Gratidão por estarmos juntos em 2020, apesar de todas as dificuldades”, dizia o cartão recebido por Júlia do Carmo Ohtta, de 74 anos, entregue com a delícia natalina. “Só Deus para recompensar todos. Minha gratidão é eterna a vocês”, agradeceu a aposentada. O ano para a idosa foi difícil. Menos de nove meses desde a perda do marido, vítima de um câncer de pâncreas, ela tenta se restabelecer do luto. “No período mais grave, quando eu estava pior, a equipe de cuidados paliativos me deu um apoio muito grande. Agora eu já estou conseguindo me equilibrar”, contou Júlia, que começou o atendimento em abril. [Olho texto=”“Adiantamos a data para que todos recebessem. Esperamos entregar todos os panetones até o início do próximo ano.”” assinatura=”Flávia Nunes, psicóloga do Serviço de Cuidados Paliativos” esquerda_direita_centro=”centro”] Os profissionais iniciaram as entregas dos panetones em 23 de novembro e, até esta segunda (21), 37 pacientes foram contemplados. “Adiantamos a data para que todos recebessem”, explicou a psicóloga do setor, Flávia Nunes. No estoque há mais 63 panetones. “Esperamos entregar todos até o início do próximo ano.” Parceria com voluntários A ação foi possível graças à ajuda do grupo de voluntários Policial Noel, parceiros da unidade de cuidados paliativos desde 2019. “No ano passado, eles nos ajudaram na nossa confraternização natalina, com doação de presentes para as crianças e de panetones para as famílias. Desta vez, devido à pandemia, decidimos manter apenas os panetones”, acrescentou Flávia. Palavras de carinho e gostosuras de Natal são a receita do HB para amenizar a dor dos pacientes | Foto: Iges-DF O grupo de voluntários foi fundado em 2014 pelo sargento Pedro Gontijo, da Polícia Militar do DF. “Nosso objetivo é levar alegria e conforto para pessoas que estejam precisando de cuidados com a saúde”, disse o policial. O que faz a equipe de cuidados paliativos O Serviço de Cuidados Paliativos do HB é uma unidade de atendimento ambulatorial especializada em complementar o tratamento de pacientes oncológicos. “O cuidado paliativo é para lidar com a pessoa que está doente. O foco é na qualidade de vida, no conforto e no controle de sintomas, principalmente na dor”, explicou a terapeuta ocupacional Verônica Ferrer. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em alguns casos, a equipe atua também com acompanhantes, como ocorreu com a aposentada Júlia do Carmo. A equipe tem quatro médicas paliativistas, um assistente social, uma psicóloga, uma terapeuta ocupacional, três técnicas de enfermagem, um técnico administrativo e uma recepcionista. Serviço de Cuidados Paliativos do HB De segunda a sexta-feira Das 7h às 12h e das 13h às 18h Térreo do Hospital de Base, próximo ao refeitório Exclusivo para pacientes e familiares com consultas agendadas   * Com informações do Iges-DF

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Hmib promove campanha do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

Equipe de especialistas percorreu todas as alas do hospital para promover a campanha de conscientização | Foto: Agência Saúde O Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) também está empenhado em melhorar o atendimento a pacientes que precisam de cuidados especiais. Em comemoração ao Dia Mundial de Cuidados Paliativos, celebrado hoje (sábado, 10), uma equipe de profissionais especializados percorreu todas as alas do hospital para promover a campanha de conscientização sobre o tema, que neste ano adotou o lema “Meu Cuidado. Meu Conforto”. “Queremos mostrar que o paciente e sua família têm direito e acesso ao conforto e acolhimento durante a doença”, explicou o coordenador do grupo de Cuidados Paliativos Pediátricos e Perinatais do Hmib, Neulânio Francisco de Oliveira. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O coordenador acredita que há um momento positivo de crescimento do cuidado paliativo no Distrito Federal. “Somente no Hmib, no grupo de cuidados paliativos perinatais, tem uma média de até oito atendimentos por mês de gestantes, seus bebês intraútero e a sua família. Já no grupo pediátrico, acompanhamos mensalmente de 11 a 15 pacientes internados ou que receberam alta e estão em acompanhamento domiciliar”, informa. A iniciativa foi elogiada pelo secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, que viu de perto o trabalho do grupo durante a visita que fez ao Hmib. O secretário ressaltou que é preciso divulgar cada vez mais os direitos desses pacientes, uma vez que 40 milhões de pessoas em todo o mundo precisam ter acesso ao cuidado paliativo para ter mais qualidade de vida, mas apenas um terço dessa população tem acesso ao serviço. É importante ressaltar que esse cuidado não se restringe a cuidados de fim de vida e limitações de suporte, mas sim a uma abordagem mais ampla de controle de sintomas, apoio familiar ao paciente e definição de plano terapêutico individualizado. O  objetivo é oferecer o melhor cuidado ao paciente, independentemente do estágio da doença que o acomete. Tema O tema “Meu Cuidado. Meu Conforto” foi divulgado neste ano pela The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA), organização internacional não governamental que se concentra no desenvolvimento dos cuidados paliativos no mundo. O objetivo é chamar atenção para todas as pessoas que foram afetadas por uma doença que limita a vida, seja pessoalmente ou por meio do apoio a um ente querido. * Com informações da Secretaria de Saúde

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Cuidados paliativos: assistência a pacientes e familiares

Equipe interdisciplinar do HAB atua de diversas maneiras, de acordo com as necessidades de cada indivíduo | Foto: Secretaria de Saúde Embora seja mais conhecida pelo tratamento oferecido às pessoas com doenças incuráveis, e em estágio terminal, a linha de cuidados paliativos não abrange apenas esses pacientes. O paliativismo é o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento. [Olho texto=”“O prolongamento da vida com qualidade é um impacto muito positivo dos cuidados paliativos”” assinatura=”Elisa Marquezini, médica paliativista” esquerda_direita_centro=”direita”] No Distrito Federal, a unidade de referência é o Hospital de Apoio de Brasília (HAB). Além dos pacientes com estágio avançado de determinada enfermidade, muitas vezes o câncer, o HAB abraça aqueles com diagnóstico de demência em fase grave e idosos com Síndrome da Fragilidade. A equipe interdisciplinar atua de diversas maneiras, de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Isso inclui o tratamento dado junto à família, que também recebe assistência para lidar com a doença do seu ente querido. Geralmente, a notícia de uma doença grave vem acompanhada pelo medo e a incerteza do que pode ser o amanhã e a nova realidade. São adaptações que impactam em diversos aspectos da vida. Além do físico, as pessoas podem sofrer emocionalmente e, em decorrência disso, buscar apoio espiritual na tentativa de compreender o novo contexto. Os pacientes também sofrem com problemas de ordem social, principalmente os que estão ligados à renda familiar e à dependência de outras pessoas. Muitas doenças acabam afetando o trabalho de quem precisa de assistência multiprofissional em razão dos afastamentos imprevisíveis determinados pela enfermidade. HAB é pioneiro e referência em cuidados paliativos geriátricos | Foto: Secretaria de Saúde O HAB recebe pacientes de todas as regiões administrativas do Distrito Federal. Atualmente, são 29 leitos, 19 dos quais destinados à internação de pacientes em Cuidados Paliativos Oncológicos e dez para Cuidados Paliativos Geriátricos. Recentemente, esta ala recebeu até paciente em recuperação após infecção por Covid-19. Foi o caso de Inácia de Aquino, de 84 anos, que possuía fragilidades. Ela recebeu o devido atendimento na unidade de Cuidados Paliativos Geriátricos. Atendimento A chegada de um novo paciente está sempre preconizada com os critérios de admissão. Além do atendimento ao idoso, o Hospital de Apoio também iniciou um projeto para o Ambulatório de Cuidados Paliativos Neurológicos sem internação. Nesses casos, não existe uma idade para o tratamento. Na equipe, são profissionais de diversas áreas, desde médicos especialistas até psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais. São enfrentadas doenças que, geralmente, têm um perfil degenerativo – e, para atenuar e atrasar o seu desenvolvimento, são realizadas várias estratégias pelos profissionais. Muita história: até casamento já foi realizado na unidade | Foto: Secretaria de Saúde A área também tem o objetivo de dar mais conforto e qualidade de vida aos pacientes. Atuante no Hospital de Apoio, Elisa Marquezini, médica paliativista e chefe da Unidade de Cuidados Paliativos, destaca que o HAB foi pioneiro em cuidados paliativos geriátricos no Brasil. Hoje, é uma referência na área. O local recebe idosos com demência na fase grave ou acima de 80 anos com Síndrome de Fragilidade. São pacientes encaminhados pelos hospitais gerais da rede pública de saúde, ou em acompanhamento domiciliar, e que não têm indicação de procedimentos invasivos. “Além dos cuidados paliativos oncológicos, nós somos referência nos cuidados paliativos geriátricos. Nesse caso, eles têm uma doença crônica irreversível, como insuficiência cardíaca, renal ou doença pulmonar crônica obstrutiva (DPCO), que impacta suas funcionalidades. Nosso trabalho visa trazer qualidade de vida para nossos pacientes, independente do prolongamento da vida”, explica Marquezine. Segundo a profissional, com a ajuda da equipe interdisciplinar – que conta com nutricionista, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, farmacêutico, assistente social, psicólogo, enfermeiro e até odontólogo especializado – o paciente obtém uma melhora devido ao manejo clínico adequado. A visão do tratamento é sempre pautada pela melhora na qualidade de vida. A diferença do atendimento no Hospital de Apoio para o de uma unidade de saúde geral está no fato de o HAB garantir qualidade de vida, e não apenas resolver um problema clínico pontual. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Mesmo não sendo o nosso principal objetivo, temos vários pacientes que chegam aqui ‘bem ruins’. Mas, com o nosso tratamento, melhoramos sua qualidade de vida e acabamos por aumentar sua expectativa de vida. O prolongamento da vida com qualidade é um impacto muito positivo dos cuidados paliativos”, afirmou Elisa. História Inaugurado em 30 de março de 1994 e com 25 anos de existência, o HAB acumula muitas histórias e até casamento já foi realizado dentro da unidade. É carinhosamente chamado de “Hospital do Amor”, em razão dos diversos serviços que presta à população do Distrito Federal.   * Com informações da Secretaria de Saúde

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