Qualidade de vida ao quadrado: Novas pesquisas reforçam DF como um dos melhores lugares para se viver
Quando tinha 26 anos, a carioca Roberta Abreu, 44, desembarcou em Brasília para acompanhar o então noivo, recém-transferido para a capital federal. O planejamento do casal era ficar cinco anos na cidade e retornar ao Rio de Janeiro. Este ano, a dupla completa 18 anos vivendo no Distrito Federal, uma decisão pautada em três pontos essenciais: a sensação de segurança, a fluidez do trânsito e a infraestrutura dos bairros. Aspectos reconhecidos na capital, que é considerada pelo Índice de Progresso Social Brasil 2024 (IPS Brasil) como a cidade com a maior qualidade de vida do país. Brasília desponta como um dos destinos turísticos em alta neste ano, sendo considerada ideal para nômades digitais | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília “A gente escolhe todos os dias permanecer pela qualidade de vida que Brasília nos proporciona”, comenta Roberta. “Primeiro, no aspecto da segurança. Ela oferece uma sensação de segurança muito maior se comparada com os principais centros do país, já que nossos índices ainda são baixos.” Este ano, o DF alcançou a menor taxa de homicídio dos últimos 48 anos e segue reduzindo as ocorrências de crimes contra o patrimônio, indicadores que deixam a cidade na segunda posição entre as mais seguras do Brasil, perdendo apenas para Florianópolis (SC). “Outro fator importante foi a qualidade das moradias com bairros planejados, com espaços mais amplos e uma infraestrutura com conforto e bem-estar”, pontua Roberta. “Consigo morar bem e com qualidade, mas o primordial foi o trânsito. Brasília ainda tem uma facilidade: as vias são mais bem-planejadas e mais largas, e acabam comportando mais carros. Temos menos congestionamentos.” Carioca, Roberta Abreu veio para o DF há 18 anos e ficou: “Consigo morar bem e com qualidade, mas o primordial foi o trânsito. Temos menos congestionamentos” | Foto: Arquivo pessoal Mudanças e benefícios Há 11 anos moradora de Sobradinho, na região do Taquari, ela lembra que, mesmo com o crescimento da população – o DF tem quase 3 milhões de habitantes –, a mobilidade da cidade segue boa em função das obras viárias. Cita, como exemplos, a construção do Trevo de Triagem Norte (TTN), batizado de Complexo Viário Governador Roriz, entregue em 2021 com investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) de R$ 220 milhões: “Foi maravilhoso. Toda mudança no começo é caótica, mas foi uma grande transformação. Antes da reforma, o trânsito já estava ficando bem pesado. Hoje aproveito os benefícios de fazer em 20 minutos um trajeto em que antes eu demorava uma hora e meia”. Nalda Menezes, que veio do Piauí, mora no DF desde os 19 anos: “Aqui construí minha família e conquistei meu trabalho. Agora sonho em passar em um concurso público” | Foto: Arquivo pessoal A quantidade de oportunidades foi o que motivou a piauiense Nalda Menezes, 37, a morar no DF desde os 19 anos, quando veio de Parnaíba. Os primeiros empregos foram no comércio, até ela se firmar na área de secretariado, provando que a capital tem opções diversas de empregabilidade – é a segunda unidade da Federação com mais profissionais de economia criativa. “Até tentei voltar para minha cidade natal, mas eu não me encaixava mais lá”, conta a moradora do Riacho Fundo II. “Meu sonho sempre foi morar numa cidade grande. Aqui construí minha família e conquistei meu trabalho. Agora sonho em passar em um concurso público.” Reconhecimento Brasília é considerada pelo Índice de Progresso Social Brasil 2024 (IPS Brasil) como a cidade com a maior qualidade de vida do país | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Temos feito grandes investimentos em todas as áreas, como segurança, mobilidade, saúde, educação e social, com o objetivo de que o DF seja o melhor lugar para se morar no Brasil” Governador Ibaneis Rocha Além da qualidade de vida e da segurança pública, com os avanços em diversas áreas, o DF foi reconhecido nos últimos anos como um dos destinos globais em alta para 2025, considerado o melhor do mundo para nômades digitais e ainda tem o segundo aeroporto mais pontual do mundo. O governador Ibaneis Rocha comemora: “É muito importante para todos nós que trabalhamos no GDF que a capital da República seja referência. Todos esses indicadores são frutos de um trabalho diário para melhorar a vida da população. Temos feito grandes investimentos em todas as áreas, como segurança, mobilidade, saúde, educação e social, com o objetivo de que o DF seja o melhor lugar para se morar no Brasil”. “A qualidade de vida que temos no Distrito Federal é resultado de muito trabalho, planejamento e investimentos estratégicos em diversas áreas” Celina Leão, vice-governadora Por sua vez, a vice-governadora Celina Leão avalia: “A qualidade de vida que temos no Distrito Federal é resultado de muito trabalho, planejamento e investimentos estratégicos em diversas áreas. Somos hoje a segunda capital mais segura do país, reflexo direto da atuação integrada das nossas forças de segurança – e nosso objetivo é liderar esse ranking em breve. Para além dos monumentos e das belezas da nossa cidade, estamos construindo um DF onde as pessoas se sintam seguras, acolhidas e amparadas pelo poder público para crescerem pessoal e profissionalmente”. Ritmo de transformação “Começamos com a renovação da cidade, deixando-a mais organizada e limpa, fazendo um tratamento na parte urbanística e melhorando a mobilidade, que era o segundo maior problema quando iniciamos o governo” José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo Segundo o secretário de Governo do DF, José Humberto Pires de Araújo, esta gestão acumula 3,8 mil obras – entre entregues, em andamento, licitadas, com projetos prontos e aguardando ordem de serviço – feitas para atender as necessidades da população e transformar a capital federal. “Trazer para a população o que ela espera faz parte de um plano do governo”, afirma o gestor. “Começamos com a renovação da cidade, deixando-a mais organizada e limpa, fazendo um tratamento na parte urbanística e melhorando a mobilidade, que era o segundo maior problema quando iniciamos o governo”. A construção de viadutos e a duplicação das vias são apontadas como soluções para reduzir o tempo de deslocamento: “Isso impacta a qualidade de vida, porque as pessoas querem cumprir suas obrigações e ter um tempo para o seu lazer, para conviver com a família”. Outros fatores lembrados pelo secretário são congelamento do valor das passagens nos últimos anos e, agora, a liberação da gratuidade do transporte público aos domingos e feriados. “Estamos garantindo a acessibilidade da população de ir e vir”, explica. A expansão do Metrô-DF, recém-anunciada na linha de Samambaia, e a construção do BRT também foram citadas como outras melhorias: “Estamos expandindo em Samambaia, vamos fazer a licitação para Ceilândia e estamos com técnicos na rua para a saída Sul. Estamos investindo R$ 1,5 milhão para a construção do BRT Norte”. Mais indicadores Investimentos em saúde, na educação e na área social também têm papel importante nos indicadores positivos de Brasília. A capital ganhou nos últimos anos novas unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades de pronto atendimento (UPAs). Atualmente, estão em execução as obras de dois novos hospitais no Recanto das Emas e no Guará. No âmbito da educação, o DF reduziu a fila das creches com a implantação do Cartão Creche e a construção de centros de educação da primeira infância (Cepis). Também garantiu o deslocamento seguro dos estudantes com o projeto Caminho das Escolas, levando pavimentação aos colégios públicos na área rural – que, pela primeira vez, ganhou uma creche pública. A ampliação da alimentação nos restaurantes comunitários – com café da manhã, almoço e jantar por apenas R$ 2 –, bem como a criação de novas unidades unido aos programas de benefícios sociais como Cartão Prato Cheio, Cartão Gás e DF Social, auxiliou o DF a ter a maior média nacional de segurança alimentar. “Esse conjunto de investimentos na melhoria da infraestrutura da cidade e os benefícios à serviço da população trazem esse sentimento de uma cidade mais harmônica e humanizada, o que traz qualidade de vida”, enfatiza José Humberto Pires de Araújo.
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Mais de um 1 milhão de passageiros devem passar pelo Aeroporto de Brasília em dezembro
Período marcado pelas férias escolares e festividades de fim de ano, dezembro promete aumentar a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek. Com a previsão de 1,3 milhão de passageiros ao longo do mês, o terminal contará com cerca de 8 mil pousos e decolagens e 142 voos extras para atender à alta demanda, que representa um fluxo 1,8% maior, em comparação com 2023. O Aeroporto Internacional de Brasília deve receber 1,3 milhão de passageiros ao longo de dezembro, distribuídos em cerca de 8 mil pousos e decolagens | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília De acordo com a Inframerica, administradora do terminal, a estimativa é que a data mais movimentada do mês tenha sido no dia 5 de dezembro, com 318 pousos e decolagens e um fluxo de cerca de 46 mil pessoas. As outras datas com maiores picos devem ser as que antecedem a festividade de Natal. Os horários de maior fluxo estão concentrados das 6h às 10h e das 18h às 22h. Destinos como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte lideram as preferências, seguidos por cidades do Nordeste, como Salvador, Recife e Fortaleza. Brasília não fica para trás. A capital federal continua atraindo turistas e visitantes, com a estimativa de receber 390 mil desembarques somente em dezembro. Para o secretário de Turismo do Distrito Federal, Cristiano Araújo, a movimentação reflete o potencial da cidade como destino turístico e centro de eventos. “O ano de 2024 foi marcado por intensa movimentação em Brasília. Grandes eventos, como a Abav Expo e shows de artistas internacionais, geraram um impacto econômico significativo, beneficiando mais de 50 segmentos da cadeia produtiva do turismo”, afirmou. Segundo ele, a ampliação de voos internacionais também contribui para o fortalecimento econômico da região. Expansão internacional O fluxo de voos para fora do país também ganha destaque, com 67 mil embarques e desembarques previstos em 444 operações para o mês de dezembro. Dentre as novidades, a GOL Linhas Aéreas retoma, em 10 de dezembro, o voo direto para Cancún, no México, com duas frequências semanais, ampliando o leque de destinos internacionais. Atualmente não existem voos diretos do Brasil para este que é um dos maiores e mais famosos destinos turísticos do Caribe. O fluxo de voos internacionais também ganha destaque, com 67 mil embarques e desembarques previstos em 444 operações para este mês | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em janeiro, será a vez da rota para Buenos Aires voltar a operar, com cinco frequências semanais, enquanto, em fevereiro, começa o voo para Bogotá, na Colômbia. Segundo o secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto, os novos voos reforçam o papel estratégico da capital. “A abertura de novas rotas movimenta toda a cadeia produtiva, desde o aeroporto até setores como agricultura e turismo. Estamos negociando novas ligações com destinos como Itália e República Dominicana, consolidando Brasília como um hub nacional e internacional”, destacou. Os passageiros que embarcarem de Brasília contam atualmente com voos diretos para Lisboa, Miami, Orlando, Cidade do Panamá, Santiago, Lima, Buenos Aires (a venda de passagens já está aberta) e, agora, Cancún e Bogotá, aumentando o potencial de conectividade do terminal brasiliense.
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Uma cidade repleta de roteiros em meio à natureza
[Olho texto=”“Depois de conhecer o Lago, o turista costuma ser levado, primeiramente, para a Ermida Dom Bosco, que em 2019 se tornou um monumento natural de Brasília e é um ponto turístico muito belo. A partir daí, surge o interesse pelas unidades de conservação”” assinatura=”Rejane Pieratti, superintendente de Gestão de Unidades de Conversação do Brasília Ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”] Além dos painéis, prédios e conjuntos cívicos, da beleza concreta de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, que caíram na graça das fotografias de moradores e visitantes, Brasília também proporciona belas imagens em meio à natureza, predominantemente com o bioma cerrado. A capital federal acumula 19 parques urbanos, entre eles o maior da América Latina, o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, e 86 unidades de conservação, destinados exclusivamente à preservação da fauna e flora naturais do quadrilátero. De acordo com a superintendente de Gestão de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, quem vem ao Distrito Federal não imagina o potencial ecológico da cidade, mas é convidado a desbravar o planalto central. Naturalmente, começa pelo Lago Paranoá, espelho d’água de 48 km² e um dos cinco melhores destinos das águas do país, segundo o Ministério do Turismo, e é impelido a partir para o restante do cerrado. “Depois de conhecer o Lago, o turista costuma ser levado, primeiramente, para a Ermida Dom Bosco, que em 2019 se tornou um monumento natural de Brasília e é um ponto turístico muito belo. A partir daí, surge o interesse pelas unidades de conservação”, disserta Rejane. O parque Asa Delta, na SHIS QL 14 do Lago Sul, permite fácil acesso à margem do lago e tem um morro artificial para a prática de voo livre | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Próximo ao Lago, estão os parques ecológicos Península Sul, na SHIS QL 12 do Lago Sul, e o Anfiteatro Natural do Lago Sul, na SHIS QL 14. A unidade do anfiteatro, mais conhecida como parque Asa Delta, permite fácil acesso à margem do lago e possui um morro artificial construído na década de 1980 para a prática do voo-livre, esporte com tradição na capital, e para fotografias de tirar o fôlego. Já a Península Sul agracia os visitantes com uma trilha que margeia a unidade, além de vários píeres no lago artificial brasiliense. Há também o Parque Distrital das Copaíbas, no Lago Sul, que conta com uma trilha sinalizada de 4,2 km, em que o caminhante pode encontrar espécies nativas do cerrado, campo e mata de galeria, além de poços, nascentes e uma pequena cachoeira. “É maravilhoso porque tem uma mancha de cerrado enorme; então, se o turista quiser conhecer o que é de fato o bioma, mas não consegue ir para longe, o Copaíbas é perfeito para isso, no meio da cidade”, afirma Rejane. O Parque Distrital das Copaíbas, no Lago Sul, possui uma trilha sinalizada de 4,2 km: turista tem acesso a poços, nascentes e uma pequena cachoeira | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Diante da variedade de opções para passear, descansar e aclamar a natureza do cerrado, o movimento de visitantes, turistas ou moradores do DF nas unidades de conservação aumentou nos últimos três anos. Para a superintendente do Brasília Ambiental, com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, as pessoas passaram a valorizar, ainda mais, passeios ao ar livre. As unidades estiveram fechadas por cerca de três meses em 2020, com reabertura em novembro do mesmo ano. Mas, diante de tanta variedade de fauna e flora, um alerta: ao visitar as unidades de preservação, é preciso cuidado redobrado com lixos e depredação do espaço, para evitar prejuízos à natureza. “Antes de serem parques, são unidades de conservação, áreas protegidas. Por isso, temos que respeitar a flora e a fauna locais, não retirar nenhuma espécie, não deixar nenhum lixo, não causar impactos de som. Pode fazer foto e ter turista? Pode e deve! Mas temos que lembrar que são pontos ambientalmente protegidos”, enfatiza Rejane. Thiago Luz leva os turistas por trajetos de 11 e 20 km no Park Way contando histórias que incluem JK e Tom Jobim | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Cachoeiras Já para quem deseja conhecer a história e a natureza de Brasília em um único passeio, a melhor opção são as trilhas do Park Way, região administrativa a 14 km do Plano Piloto. [Olho texto=”“É um caminho sem volta. Quando as pessoas conhecem Brasília, se apaixonam. O interesse por experiências na cidade cresceu muito porque o lazer está aqui; podemos viajar por Brasília e, em todas as vezes, nos deparar com alguma novidade”” assinatura=”Thiago Luz, empresário” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O circuito foi criado pelo empresário Thiago Luz, 40 anos, em 2020, durante a pandemia de covid-19. Com o isolamento social e a monotonia nas opções de lazer, ele mapeou trajetos de 11 e 20 km de extensão, que passam por pontos históricos de Brasília. “Nas trilhas, vou contando histórias que marcaram o Park Way, de Juscelino [Kubitschek], algumas de Tom Jobim, e conto sobre a linha do trem. Não é só uma trilha em que a gente sai andando pelo mapa, é uma imersão completa no passado da cidade”, avalia. O circuito começa próximo ao Brasília Country Club (BBC), ponto de lazer que era frequentado pelo presidente JK e que marcou a construção da capital da República desde a inauguração. Em seguida, os caminhantes passam pelo trilho de trem de carga que percorre a região e pela fazenda Ribeirão do Gama. Adiante, os caminhantes encontram um córrego que nasce próximo ao Catetinho e deu origem à canção Água de beber, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Por fim, o circuito leva a uma floresta, de mata de galeria, e retorna ao ponto inicial. A trilha interpretativa é indicada para todas as idades e pode ser considerada de dificuldade leve a moderada. “É um caminho sem volta. Quando as pessoas conhecem Brasília, se apaixonam. O interesse por experiências na cidade cresceu muito porque o lazer está aqui; podemos viajar por Brasília e, em todas as vezes, nos deparar com alguma novidade”, lembra Thiago. Atualmente, o guia turístico cobra R$ 300 por grupo de até oito pessoas e R$ 40 por excedente em grupos maiores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Outra alternativa para se refrescar em águas brasilienses, sem necessidade de guia turístico, é o Parque Distrital Salto do Tororó, em Santa Maria, a 30 km do Plano Piloto, entre as rodovias DF-001 e DF-140, próximo aos condomínios da Grande Região do Tororó. O parque foi o primeiro instalado na região, em 2005, por meio do Decreto nº 25.927, e o primeiro a receber proteção integral, de acordo com o Decreto nº 36.472 de abril de 2015. Com mais de 60 hectares, fica em uma área com perímetro de 9,4 km, repleto do bioma do cerrado, e atrai praticantes de ecoturismo que buscam caminhadas, trilhas de média dificuldade e rapel e um mergulho na queda d’água do parque, que leva o mesmo nome. Para chegar ao oásis brasiliense, é preciso percorrer 2 km de trilha, durante cerca de 30 minutos. Há também a Cachoeira do Urubu, ideal para se divertir sem sair do quadradinho. O local, de acesso gratuito, fica a 14 km do Plano Piloto, na Comunidade Córrego do Urubu, no Lago Norte. Para chegar até a cachoeira, é preciso percorrer uma trilha de cerca de 15 minutos, cujo trajeto está disponível no Waze e no Google Mapas. Ideal para todas as idades, a Cachoeira do Urubu oferece um pedaço raso, ideal para crianças e idosos, e uma parte mais funda para quem gosta de passeios radicais. Além disso, o rio cheio de curvas tem prainhas de areia fina para as crianças constituírem castelinhos, além de árvores para curtir a sombra. No entanto, vale o alerta para a segurança: o local é ermo e, embora de fácil acesso, o socorro a acidentes pode demorar a chegar. Próximos passos Ainda neste ano, será lançada a Rota das Unidades de Conservação, mostrando ao público o paraíso do cerrado escondido em solos brasilienses. A Coleção Rotas Brasília, com uma série de miniguias organizados por segmento, está disponível para download no site da Secretaria de Turismo.
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Brasília, capital da experiência e destino turístico
[Numeralha titulo_grande=”R$ 41,6 milhões” texto=”Valor investido pela Secretaria de Turismo nos últimos três anos para impulsionar o setor no DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília foi desenhada por grandes sonhadores para ser palco de realizações, sonhos e atrações. Com os traços da arquitetura de Oscar Niemeyer e do urbanismo de Lucio Costa, a capital do Brasil chama visitantes dos quatro cantos do país e do mundo para apreciar um verdadeiro museu a céu aberto, no centro da cidade. Além disso, oferece opções em meio à natureza que proporcionam um contato direto com o bioma natural do quadrilátero, o cerrado. Até alguns anos atrás, Brasília não era vista como um destino turístico e tampouco incluída na rota de principais capitais do Brasil. Inclusive os moradores do Plano Piloto e de outras regiões administrativas preferiam se aventurar pelo entorno ou cidades próximas para aproveitar as férias, folgas e feriados prolongados. Foto: Arquivo/Agência Brasília No entanto, a partir de 2019, essa realidade mudou. A Secretaria de Turismo (Setur) impulsionou o setor com R$ 41.645.609,29 nos últimos três anos e desenvolveu 12 rotas turísticas com os principais pontos da capital. Há opções para todos os gostos: atrações para a criançada, cívicas, culturais, gastronômicas, náuticas, religiosas e muito mais. Com isso, Brasília se consolidou, de fato, como a capital da experiência, mesmo diante da pandemia do coronavírus. [Olho texto=”“É uma situação muito interessante, porque os locais tombados, na verdade, costumam ter uma história pregressa muito grande, com dois mil anos de idade. E Brasília, não. As linhas, o modernismo da época, chamaram a atenção do mundo inteiro desde a inauguração”” assinatura=”Adalberto Scigliano, superintendente do Arquivo Público” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O secretário-executivo de Turismo, William Almeida, afirma que o trabalho da pasta teve apoio fundamental do governador Ibaneis Rocha e ocorreu em etapas. “O pontapé inicial foi a reunião com o trade turístico para alinhar as necessidades e ações; em seguida, avaliar os equipamentos turísticos e as capacidades de operação, devolvendo à população para ocupação e utilização dos espaços. Também foram criadas rotas nos mais diversos segmentos com o objetivo de diversificar a oferta turística da capital na prateleira de produtos das agências de receptivo e dos guias de turismo”, explica. A capital federal foi o primeiro bem moderno inscrito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, em dezembro de 1987. O título de reconhecimento é concedido a monumentos, edifícios, trechos urbanos e até ambientes naturais considerados especialmente valiosos para a humanidade. Para o superintendente do Arquivo Público, Adalberto Scigliano, o reconhecimento foi um marco para a cidade, que, à época, tinha apenas 27 anos. “É uma situação muito interessante, porque os locais tombados, na verdade, costumam ter uma história pregressa muito grande, com dois mil anos de idade. E Brasília, não. As linhas, o modernismo da época, chamaram a atenção do mundo inteiro desde a inauguração”, afirma ele. De acordo com o superintendente, há mais de 1 milhão de imagens que mostram o brilho no olhar dos construtores e visitantes que vinham conhecer a capital, erguida em tempo recorde. “Temos fotos no Arquivo Público de carroças com gaúchos que vieram conhecer a cidade, uma família que acampa em frente ao Palácio da Alvorada exatamente para ver as obras da nova capital. Então, Brasília sempre despertou, pelo seu gigantismo e ineditismo, o interesse da população do Brasil e do mundo”, completa Adalberto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A cidade foi também tombada como Patrimônio Histórico Federal em 1990 e, pelo Governo do Distrito Federal, em 1991, evidenciando mais uma vez a importância de Brasília no cenário turístico brasileiro. Além disso, vários elementos que compõem a paisagem da cidade foram tombados individualmente como patrimônios, como a Catedral Metropolitana, o Congresso Nacional e o Conjunto Cultural da República, com o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional. Estes e outros monumentos estão listados no Guia Turístico. Pronta para os cliques Brasília também se consagra como uma capital instagramável, pronta para os cliques dos moradores que passam diariamente pelos painéis culturais e monumentos cívicos e que registram a rotina nas redes sociais, assim como de visitantes, que guardam cada momento na memória e na galeria do aparelho celular. Os painéis de grafite e pinturas tornam a cidade o cenário perfeito para fotografias e ensaios, além de oferecer um pôr do sol digno de cliques e uma rota turística específica. O charme arquitetônico e colorido da capital rendeu o reconhecimento como a oitava Cidade Patrimônio Mundial Cultural mais instagramável do mundo, com 13,27 milhões de fotos publicadas, de acordo com estudo realizado pela empresa britânica Design Bundles no ano passado. Com o Rio de Janeiro, que ficou em segundo lugar no ranking internacional, Brasília desbancou destinos como Barcelona, na Espanha; Paris, na França, e Bali, na Indonésia.
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Brasília pronta para receber turistas
Segundo levantamento do IBGE, as atividades turísticas tiveram um aumento de 25,6% em agosto no DF. O índice ficou acima da média nacional | Foto: Divulgação/Setur Parque da Cidade, Catedral, Ponte JK, Torre de TV… Aberta a temporada de fim de ano e férias, Brasília está pronta para receber turistas, seguindo todas as medidas de segurança contra a Covid-19. Aos poucos, a capital federal avança na retomada do setor e se consolida como um dos principais destinos turísticos seguros no país. Essa nova realidade já é percebida em números. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) as atividades turísticas já tiveram um aumento de 25,6% no mês de agosto no Distrito Federal. O índice ficou acima da média nacional (19,3%), superior a destinos como São Paulo (15,8%), Rio de Janeiro (15%), Santa Catarina (16,3%) e Pernambuco (12,7%). Os dados da Inframerica também são positivos. De acordo com a administradora, o Aeroporto de Brasília já recuperou 65% do movimento antes da pandemia. Só em outubro, foi registrado um fluxo de 792.683 passageiros e 7.816 voos. O aumento de passageiros foi 26,6% a mais que setembro e 1.649% a mais que em abril, quando registrou o pior movimento dos últimos 25 anos. “Nós tomamos diversas medidas sanitárias para o enfrentamento da Covid-19. Embarcar está diferente, mas queremos que os nossos passageiros se sintam tranquilos ao viajar por Brasília. Contudo é necessário que o viajante também faça a sua parte. Respeite o distanciamento, não forme filas sem necessidade, utilize a máscara corretamente durante todo o período no terminal ou no voo e higienize sempre suas mãos”, recomenda Rogério Coimbra, diretor de assuntos corporativos da Inframerica. Por conta dessas importantes ações que vem adotando, a administradora foi reconhecida pelo Conselho Internacional de Aeroportos (Airports Council International – ACI), que credenciou o aeroporto brasiliense com a Airport Health Accreditation (AHA), certificação de boas práticas em medidas sanitárias. A certificação comprova que a administradora implementou nos últimos meses os procedimentos sanitários necessários para atendimento do bem-estar de passageiros e funcionários. Hotelaria Em terra, o setor turístico também está preparado. O selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, lançado pelo Ministério do Turismo, já pode ser visto nos hotéis da cidade. É um incentivo para que os consumidores se sintam seguros ao viajar e frequentar locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da Covid-19. “Fomos o primeiro hotel do Brasil a obter o selo. Ele posiciona o empreendimento como um local seguro e preparado para atender o novo perfil de turista”, explica Otto Sarkis, sócio-fundador e diretor da rede de hotelaria Hplus, representante de 10% de toda a disponibilidade hoteleira do DF, mais 23% no segmento de Flats. A secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, lembra que a capital federal saiu na frente no combate à Covid-19 e o turismo segue com todos os protocolos de segurança no combate à pandemia. “O nosso governador, Ibaneis Rocha, saiu na frente e desde o início implementou medidas efetivas para proteger a nossa populac?a?o. Com segurança e responsabilidade, o turismo no DF está preparado e o GDF não tem medido esforços em ações para promover Brasília e oferecer atrações para diferentes idade e perfis, seguindo as normas de segurança recomendadas”, afirma a secretária. [Olho texto=”É o novo olhar do turismo que estamos mostrando, não só aos nossos visitantes, mas também aos próprios moradores que estão redescobrindo nossa cidade. ” assinatura=”Vanessa Mendonça, secretária de Turismo do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Passear ao ar livre pela capital federal é viver uma experiência. Com prédios, monumentos e um traçado urbano conhecido em todo o mundo, a cidade oferece inúmeras opções de turismo, como visitas às obras do arquiteto Oscar Niemeyer e do urbanista Lucio Costa, além de um fantástico roteiro cultural, com design, gastronomia e passeios por parques naturais e cachoeiras, muitos ainda desconhecidos. “É o novo olhar do turismo que estamos mostrando, não só aos nossos visitantes, mas também aos próprios moradores que estão redescobrindo nossa cidade. As atrações e pontos turísticos divididos entre suas áreas urbanas e rurais fazem da capital um destino com diversas opções, com locais históricos, templos religiosos, centros culturais e tesouros naturais”, destaca Vanessa. Projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, a Ponte JK foi inaugurada em 2002. Seus arcos assimétricos formam o movimento de uma pedra quicando sobre o Lago Paranoá| Foto: Divulgação/Setur Coleção Rotas Brasília Para orientar os visitantes a experimentar todos os pontos imperdíveis da capital, a Secretaria de Turismo criou sete guias para a Coleção Rotas Brasília. Disponível on-line no site da Setur-DF, os passeios contam com a Rota Fora dos Eixos; a Rota do Cerrado – que inclui o Parque Nacional de Brasília e o Parque da Cidade Sarah Kubitscheck, um dos maiores parques urbanos urbanos do mundo e o maior da América Latina, oferecendo aos visitantes quadras de esporte, pista de caminhada e atrações exclusivas para as crianças, como o Nicolândia e o Parque Ana Lídia. A Rota da Paz, com o belíssimo Santuário Dom Bosco, o Mosteiro de São Bento, a Mesquita do Centro Islâmico e a Catedral, um dos principais cartões-postais da cidade, também está na coleção da Setur-DF. Há ainda a Rota Cultural, a Rota Náutica, Cívica e Arquitetônica. Neste último, um tour pelas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Entre as opções do passeio, o Palácio da Alvorada, com suas famosas esculturas “As Banhistas”, de Alfredo Ceschiatti, e o “Rito dos Ritmos”, de Maria Martins; a Universidade de Brasília, projetada em 1962, pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em parceria com o urbanista Lúcio Costa e o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé; e a Ponte Juscelino Kubitschek, um dos mais impressionantes monumentos da capital, devido à sua qualidade estética. Projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, a Ponte JK foi inaugurada em 2002. Seus arcos assimétricos figuram o movimento de uma pedra quicando sobre o Lago Paranoá, local favorito para prática de esportes náuticos, reunindo ainda em sua orla uma grande variedade de restaurantes e atrações ao ar livre. A Catedral, um dos principais cartões-postais de Brasília, está no guia Rota da Paz | Foto: Divulgação/Setur O roteiro arquitetônico chamou atenção de Newton Belcastro. Em novembro, o empresário que mora no Rio de Janeiro trocou uma viagem pela América Latina para desbravar a capital do Brasil pela primeira vez. “Eu já tinha passado rapidamente por Brasília por conta de uma escala no aeroporto, mas nunca tive tempo de conhecer a cidade, uma das mais belas do mundo. Sua arquitetura moderna é diferente. Me encantei com a Catedral e a noite, iluminada, é um esplendor de beleza. A hospitalidade, a excelência dos hotéis com preço justo e qualidade, são outros pontos positivos. Troquei uma viagem pela Argentina e Chile para conhecer Brasília e não me arrependo”, revelou o empresário, que aproveitou para conhecer o Centro de Atendimento ao Turista localizado na Casa de Chá, na Praça dos Três Poderes. Um verdadeiro espaço de convivência, no qual os visitantes podem receber todas as orientações sobre o que fazer na cidade. [Olho texto=”Me encantei com a Catedral e a noite, iluminada, é um esplendor de beleza. A hospitalidade, a excelência dos hotéis com preço justo e qualidade, são outros pontos positivos. Troquei uma viagem pela Argentina e Chile para conhecer Brasília e não me arrependo” assinatura=”Newton Belcastro, empresário” esquerda_direita_centro=”centro”] Escolhas como a de Newton fazem com que a capital federal seja considerada como um dos destinos mais promissores para a temporada, que deverá ter o turismo doméstico como principal força. A razão: a população brasileira deve optar por viagens nacionais neste primeiro momento e isso reflete na capital do país. Dados do Google Trends entre 8 e 14 de novembro, por exemplo, mostram que a expressão “o que fazer em Brasília”, no sistema de busca na internet, já alcançou 76%. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A capital federal também é a escolha de Indira Leitzke de Castro para as festas de fim de ano. Residente em João Pessoa, Paraíba, ela está de malas prontas para reencontrar a família. “Nos últimos anos, tenho viajado para o exterior para passar o Natal e o Reveillon. Ano passado, por exemplo, fui com a família para Lisboa, Portugal. Mas dessa vez, resolvemos nos encontrar em Brasília, uma cidade que amamos. Além da localização privilegiada, o que facilita a locomoção e a possibilidade de reunir todos de casa, mesmo os que moram em Estados mais distantes, a capital é cheia de atrativos ao ar livre, como o Parque da Cidade e o Lago Paranoá. Ótimas opções para nos divertirmos, ainda mais agora, em tempos de pandemia”, indicou Indira. “Vou de avião e estou muito confiante em relação aos protocolos de segurança e a atenção com que o governo está conduzindo essa retomada”, concluiu. Serviço Para o download da Coleção Rotas Brasília, basta acessar o site da Setur-DF no link http://www.turismo.df.gov.br/colecao-rotas-brasilia/ *Com informações da Setur
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Brasília, patrimônio de quem?
O secretário Adão Cândido defende: “A revitalização da cidade é uma prioridade” /Foto: Janine Moraes/Ministério da Cultura Brasília é o maior patrimônio tombado da humanidade. Os 112,25 km² do projeto arquitetônico e urbanístico de Oscar Niemeyer e Lucio Costa são os únicos da era moderna a terem tal honraria, concedida em 1987. Jovem, prestes a completar 60 anos, este bem tão precioso, moderno e singular enfrenta problemas graves, compatíveis com a senilidade de cidades centenárias. Este é o resultado de 59 anos de descaso e falta de compromisso. Brasília nunca teve uma política pública de manutenção e conservação. O crescimento não planejado do Distrito Federal massacrou as estruturas da capital projetada para uma população bem menor que os mais de 3 milhões atuais. Ano passado, vimos o viaduto do Eixo Rodoviário – uma das pistas mais movimentadas do centro – ruir. Era a cidade pedindo socorro. Vimos, ao longo dos anos, pedaços da história em situação de abandono completo. Ao assumir a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), em janeiro, nos deparamos com um cenário decadente: Museu do Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga, Casa do Cantador, Espaço Lucio Costa e Panteão da Pátria em situação de completa deterioração. Janelas quebradas, infiltrações nas paredes, estruturas comprometidas. O que dizer dos jardins de Burle Marx, que nem sequer existem mais? Ou seja, nenhuma ação preventiva básica havia sido feita nos últimos anos. O Teatro Nacional Claudio Santoro é mais um exemplo da falta de uma política de conservação do patrimônio. Ali, no coração da cidade, a principal casa de artes permanece fechada há mais de cinco anos. A recomendação expedida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pelo Corpo de Bombeiros solicitava ações pontuais para garantir a segurança do local. A decisão por encerrar as atividades foi motivada politicamente. Um grandioso e arrojado projeto, de mais de R$ 200 milhões, foi apresentado como a solução para o complexo. Em todos esses anos, não houve um esforço para realizar a obra ou parte dela, nenhuma parceria, investimento ou aporte de empresas públicas ou privadas que pudessem ao menos dar início a este projeto tão importante para a capital. O que pouca gente sabe é que, mesmo fechado, o Teatro Nacional Claudio Santoro conta com uma equipe que permanece diariamente mantendo-o em funcionamento. Por se tratar de um equipamento grande e complexo, é necessário ligar aparelhos de ar-condicionado, luzes e realizar testes frequentes nas cortinas e refletores, o que faz com que anualmente o Governo do Distrito Federal gaste R$ 2 milhões com a casa fechada. [Olho texto=”O que pouca gente sabe é que, mesmo fechado, o Teatro Nacional Claudio Santoro conta com uma equipe que permanece diariamente mantendo-o em funcionamento” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao mesmo tempo, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional se apresenta de maneira improvisada no Cine Brasília. Com acústica feita para o cinema, a sala exige que os músicos façam mais esforço para tocar, o que tem causado constantes lesões. A inadequação do local lá fez com que músicos caíssem do palco, além do desconforto de não haver sequer um camarim. Isso não pode continuar. A revitalização da cidade é uma prioridade. A manutenção dos equipamentos é prioridade. A valorização do conjunto tombado é prioridade. A política pública em defesa do patrimônio veio para ficar e está respaldada pela Constituição, que, em seu artigo 216, reforça o papel do poder público em sua defesa. Assumimos o compromisso de viabilizar essas ações. É uma promessa de campanha do governador Ibaneis Rocha, que entende a importância do tombamento e deseja fazer com que Brasília, a capital do país, seja fortalecida como destino turístico, trazendo desenvolvimento, emprego e renda para a cidade. O trabalho é árduo. O governo recebeu um caixa esvaziado, dívidas em diversas esferas, salários atrasados, quadro de servidores defasado. Esse cenário que se junta à incerteza na economia em todo o país não é propício para atrair investimentos. A ordem aos gestores foi garantir a eficiência de suas pastas até a equalização dos gastos. Mesmo assim, conseguimos garantir a vinculação dos 0,3% da receita líquida prevista para investimentos na Cultura. E pela primeira vez, o GDF repassou o superávit (de 2017), acrescentando R$ 2,6 milhões ao caixa do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). [Olho texto=”Pela primeira vez, o GDF repassou o superávit (de 2017), acrescentando R$ 2,6 milhões ao caixa do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O orçamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF é um dos maiores do país proporcionalmente, uma vez que, além dos R$ 68 milhões do FAC, ainda há disponíveis os valores referentes à Lei de Incentivo à Cultura (LIC), aos investimentos diretos e às emendas parlamentares, totalizando um caixa de cerca de R$ 100 milhões para investimentos na área. O desafio é gerir estrategicamente esse montante de modo a atender os pilares da gestão: patrimônio, difusão cultural e economia criativa. Neste sentido, modificamos o programa Conexão Cultura, limitando a quantidade de projetos inscritos por beneficiário, de modo a ampliar o alcance da iniciativa, dando oportunidade a mais pessoas. Também aumentamos as contrapartidas. O edital do FAC lançado em 2019 visa à ocupação dos equipamentos públicos, inclusive com limitação de ações de projetos da região do Plano Piloto, a fim de valorizar as atividades das outras regiões administrativas. [Olho texto=”O edital do FAC lançado em 2019 visa à ocupação dos equipamentos públicos, inclusive com limitação de ações de projetos da região do Plano Piloto, a fim de valorizar as atividades das outras regiões administrativas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ainda era pouco. Mais da metade dos recursos da Secec estava comprometida com editais lançados durante o período eleitoral e sem previsão orçamentária, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e com a própria Lei Orgânica da Cultura. Cabia a esta administração avaliar sua conveniência, a fim de referendá-los. A análise minuciosa nos levou à difícil decisão de cancelar o FAC Áreas Culturais, uma vez que o FAC Audiovisual contava com recursos federais do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine, e sua renúncia implicaria a perda desses recursos, de R$ 14,8 milhões. Esta medida permitiu o lançamento de uma linha permanente de valorização patrimonial. Esta ação escancara, mais uma vez, o descaso de anos com o tombamento da cidade, uma vez que o Decreto 38.933, de 2018, que regulamenta do Fundo de Apoio à Cultura, determina, em seu artigo 4º, VI, que os instrumentos de fomento podem ser usados para a infraestrutura cultural, patrimônio material e imaterial cultural histórico e artístico, museus, arquivos e demais acervos. O primeiro edital, que será lançado em junho, prevê o restauro da Sala Martins Penna do Teatro Nacional Claudio Santoro, um dos principais palcos da cidade. É preciso esclarecer que os recursos permanecem no FAC e que ele continua totalmente operacional. As ações culturais e o fomento continuam com foco ampliado em outras ações, como restauro e conservação, que também são parte da cadeia produtiva da Cultura. É importante reforçar que o os instrumentos de fomento têm como foco a Cultura de maneira abrangente, e não apenas os produtores culturais. O FAC continua sendo de todos, com uma linha de audiovisual, uma linha de ocupação e a linha de conservação. Agora, outras áreas deste amplo espectro de atividades também receberão atenção e terão oportunidades em uma escalada de benefícios que atingirá toda a população. Aumentamos as possibilidades e vamos cumprir exatamente o que determinam as legislações. Nosso compromisso é com a cidade, com a Cultura, com o patrimônio e com o contribuinte, que deseja retorno dos impostos que paga. Seguiremos com o trabalho sério e comprometido e sabemos que a reabertura do teatro trará investimentos para a cidade, além de profissionalização e visibilidade para a capital. [Olho texto=”Ao criar Brasília, Juscelino criou um enorme polo cultural” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao criar Brasília, Juscelino criou um enorme polo cultural. Um polo que trouxe a música autoral de Brasília, o cinema da capital, cantores, artistas, dançarinos e cineastas. Impulsionou a arquitetura e o urbanismo sobremaneira, e trouxe olhares do mundo inteiro para o centro do Brasil. Foi a obra-prima de Niemeyer e de Athos Bulcão, mas também é a obra constante de Vladimir Carvalho e Claudio Santoro, por exemplo. Um polo cultural precisa ter de pé seus palcos e picadeiros. Não podemos deixá-los ruir. Isso não tem nada de elitista, mas de responsável com aquilo que é de Brasília e para todos os brasilienses, sem exceção.
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