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Hospital de Base será pioneiro no Centro-Oeste em monitorar, em tempo real, pacientes de diálise peritoneal

O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) será a primeira unidade de saúde do Centro-Oeste a adotar um sistema capaz de acompanhar, em tempo real, pacientes em tratamento de diálise peritoneal. A iniciativa integra um projeto-piloto do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), em parceria com a plataforma ShareSource, e está entre os primeiros testes dessa tecnologia em toda a América Latina. Segundo o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Rodolfo Lira, a implantação do sistema deve começar ainda neste ano em novos pacientes atendidos pelo setor de nefrologia. “É mais um passo para uma saúde pública moderna, conectada e centrada no paciente. O Hospital de Base, junto com o Hospital do Rim, em São Paulo, é um dos primeiros da América Latina a receber a plataforma”, destaca. Máquina de Diálise Peritonial permite que o tratamento seja realizado no conforto da casa do paciente | Foto: Alberto Ruy/IgesDF A diálise peritoneal é indicada para pacientes que perderam a função dos rins. Diferente da hemodiálise, que exige deslocamentos frequentes a unidades de saúde, o procedimento pode ser realizado em casa, pelo próprio paciente. No HBDF, 120 pessoas já utilizam  esse método diariamente, com aparelhos cedidos em comodato. Tecnologia O uso da nova tecnologia permitirá que a equipe médica acompanhe, em tempo real, dados do tratamento domiciliar. O sistema envia informações como volume de saída, tempo de sessão, adesão e possíveis intercorrências diretamente aos profissionais de saúde. A diretora clínica do HBDF, Cristhiane Gico, afirma estar ansiosa para começar a usar o sistema nos pacientes do hospital. “A tecnologia possibilita ajustes rápidos na prescrição, acompanhamento mais próximo e redução de complicações, oferecendo ao paciente mais autonomia, conforto e segurança”. Cristhiane Gico foi responsável pela apresentação da plataforma | Foto: Divulgação/IgesDF A médica nefrologista complementa que com o novo sistema os retornos ao hospital vão diminuir. “Com esse monitoramento, o paciente só precisará voltar para consulta presencial caso seja necessário alguma modificação na prescrição do equipamento. No mais, ele fica sendo assistido à distância, de forma on-line pela plataforma”. Como funciona [LEIA_TAMBEM]No Hospital de Base, antes de iniciar o tratamento, o paciente passa por consulta de acolhimento, avaliação e treinamento. A diálise peritoneal utiliza a membrana natural do abdômen, chamada de peritônio, como filtro para remover toxinas e líquidos. O procedimento começa com a implantação de um cateter na região abdominal, de forma simples e indolor. Em casa, o tratamento é realizado com o auxílio de uma máquina de cerca de 70 cm, que faz a filtragem automaticamente durante a noite, por um período de oito a dez horas. Para garantir segurança, os pacientes recebem, em média, 15 aulas práticas ministradas pela equipe de enfermagem. A chefe do Serviço de Nefrologia e Transplante Renal do HBDF, Flávia Gonçalves, ressalta que a diálise peritoneal traz vantagens significativas em relação à hemodiálise. “Além de possibilitar que o tratamento seja feito em casa, com mais conforto e independência, reduz a exposição a ambientes hospitalares, diminuindo o risco de infecções, especialmente as associadas a cateteres. E com o novo sistema é ainda melhor, já que o monitoramento é integral”, explica. *Com informações do IgesDF

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Workshop destaca importância da diálise peritoneal no tratamento da insuficiência renal

O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) recebeu, nessa quarta-feira (3), o 2° Workshop de Diálise Peritoneal. Com uma agenda abrangente e palestrantes renomados, o evento teve como objetivo principal aumentar a conscientização sobre a diálise peritoneal (DP) como uma opção viável e eficaz para o tratamento da insuficiência renal. O 2° Workshop de Diálise Peritoneal levou para o HBDF palestras sobre a diálise peritoneal (DP), uma opção viável e eficaz para o tratamento da insuficiência renal | Foto: Divulgação/ IgesDF A programação contou com apresentações sobre abordagem para Terapia Renal Substitutiva (TRS) com diálise peritoneal e sobre a importância dessa modalidade terapêutica. As palestras também abordaram as técnicas de implante de catéter e o monitoramento da DP. Além das apresentações, o workshop foi um espaço para a troca de experiências entre os profissionais de saúde. Foram discutidos casos clínicos, desafios enfrentados e soluções práticas, contribuindo para a formação e atualização contínua dos profissionais presentes. O HBDF foi destacado como um centro de referência em Terapia Renal Substitutiva. Este reconhecimento sublinha a importância do hospital na ampliação da capacidade de atendimento à população, oferecendo uma alternativa que pode impactar significativamente a vida dos pacientes. Com capacidade para mais de 150 vagas abertas para diálise peritoneal, o hospital se compromete em proporcionar qualidade de vida aos pacientes, oferecendo-lhes o poder de escolha sobre sua terapia. “A hemodiálise nunca vai dar conta de tudo. A diálise peritoneal é vital, mais integrativa e sistêmica”, afirmou Cristhiane Gico, nefrologista do HBDF. Ela elogiou o empenho dos residentes e a expansão do programa, que atualmente atende 110 pacientes. Os participantes do workshop receberam certificação, reforçando a importância da formação continuada na área de nefrologia. *Com informações da IgesDF

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Novas contratações vão reduzir tempo de espera para hemodiálise

Em busca de aprimorar o atendimento e reduzir o tempo de espera na realização de hemodiálise no sistema público, a Secretaria de Saúde do DF (SES) contratou 138 vagas para o serviço na rede complementar. O extrato do contrato com a empresa Clínica do Rim foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). “Com a contratação, o usuário ambulatorial que hoje ocupa uma vaga hospitalar poderá ir para a sua residência e ser atendido na rede complementar”, diz a diretora de Serviços de Internação substituta, Raquel Mesquita | Fotos Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O objeto do documento é a prestação de serviços médicos complementares de nefrologia, especificamente de hemodiálise. O valor total do contrato é de mais de R$ 10 milhões, sendo o empenho inicial de quase R$ 6 milhões. A previsão é que mais vagas sejam contratadas em outras unidades da rede complementar ainda neste ano. Atualmente na rede pública são realizadas as hemodiálises hospitalar e ambulatorial, sendo a primeira destinada aos pacientes internados e agudos; e a segunda, aos crônicos, que retornam às próprias casas. “Com a contratação, o usuário ambulatorial que hoje ocupa uma vaga hospitalar poderá ir para a sua residência e ser atendido na rede complementar, desafogando as unidades públicas”, explica a diretora de Serviços de Internação substituta, Raquel Mesquita. Hemodiálise e diálise peritoneal A hemodiálise auxilia na remoção de impurezas do sangue e de excesso de líquido do paciente por meio de uma máquina. No procedimento, o indivíduo fica por horas ligado ao equipamento. A terapia é fundamental para pessoas com doença renal crônica e vítimas de enfermidades que comprometam a função renal. Já a diálise peritoneal consiste na conexão por um cateter implantado no abdômen do paciente. Diferentemente da hemodiálise, o procedimento pode ser realizado em casa, à noite, enquanto a pessoa dorme, bastando o equipamento estar ligado a uma tomada e a uma pia. A SES fornece o aparelho a cada paciente, além de bolsas com o líquido usado para a filtragem do sangue, assim como outros materiais necessários. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial é feito nas unidades básicas de saúde (UBSs). Se houver indicação, a pessoa é encaminhada aos ambulatórios especializados. *Com informações da SES  

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Hospital Regional do Gama oferece 50 vagas para diálise peritoneal

O Hospital Regional do Gama (HRG) conta agora com 50 vagas para acompanhar pacientes em diálise peritoneal. O tratamento é voltado para pessoas com doença renal crônica e apresenta vantagens frente à hemodiálise, como poder fazer o procedimento em casa, no período noturno, sem afetar a rotina de trabalho. Antes da ampliação eram 27 pacientes atendidos. Para haver a expansão do serviço, o setor de nefrologia do HRG foi reformado. O número de consultórios foi ampliado de um para dois e houve melhorias nas janelas, pisos, paredes, tetos e banheiros. Além disso, toda a rede elétrica passou por adequações, de forma a evitar qualquer problema nas máquinas utilizadas para o procedimento. Também houve a instalação de novos equipamentos e a troca de móveis. Setor de diálise peritoneal do Hospital Regional do Gama poderá atender até 50 pacientes | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A equipe, composta por dez médicos nefrologistas, seis enfermeiros e 15 técnicos de enfermagem, comemora as melhorias. “Isso traz maior qualidade de vida para quem trabalha, para quem passa a maior parte do dia no trabalho. A equipe produz melhor e os pacientes são melhor atendidos”, afirma a supervisora de enfermagem da nefrologia do HRG, Denise Bolzan. O setor contará ainda com apoio de servidores das áreas de psicologia, nutrição e terapia ocupacional, dentre outras especialidades. A SES-DF fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Quem opta pelo tratamento, e não possui restrições como hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, precisa também fazer o acompanhamento mensal em um dos ambulatórios de diálise peritoneal Para o médico nefrologista Luis Eduardo Espadim, a relação entre os profissionais de saúde e os pacientes é fundamental para quem precisa de serviço desse tipo, quando o estado de saúde é grave e é necessário manter um tratamento constante. “Acolher bem esse paciente é muito importante. Uma das características do nosso serviço é o carinho da equipe”, garante. O diretor do HRG, Ruber Gomes, ressalta que a reforma faz parte do esforço de gestão para habilitar o serviço de diálise peritoneal junto ao Ministério da Saúde. Quando habilitado, o hospital poderá receber recursos federais para custeio do serviço. “Isso vai garantir que esses recursos sejam enviados para a Secretaria de Saúde para manter todo esse processo”, explica. O HRG também conta com seis leitos para realização de hemodiálise para pacientes internados com insuficiência renal aguda. O que é a diálise peritoneal? Diferentemente da hemodiálise, em que o paciente precisa permanecer sentado por horas ligado à máquina que faz filtragem do sangue, no caso da diálise peritoneal, a conexão é feita por meio de um cateter implantado no abdômen. Uma diferença relevante é a hora do procedimento. A diálise peritoneal pode ser feita em casa, à noite, enquanto dorme, sendo necessário manter o equipamento ligado à tomada e a uma pia. A SES-DF fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Quem opta pelo tratamento, e não possui restrições como hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, precisa também fazer o acompanhamento mensal em um dos ambulatórios de diálise peritoneal. Com a expansão do serviço no Gama, são cerca de 900 vagas ofertadas, incluindo clínicas conveniadas e os ambulatórios dos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS). Pacientes de todas as regiões administrativas podem ser atendidos nestas unidades, com acesso ao serviço via encaminhamento. O HRG também oferece um serviço único na SES-DF, que é a diálise peritoneal em internação hospitalar. O procedimento é indicado para pacientes que não possuem possibilidades de acesso vascular para hemodiálise, nem condições para a diálise peritoneal no domicílio. *Com informações da SES-DF

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Diálise peritoneal é uma alternativa a pacientes renais crônicos

O aposentado Antônio Barbosa do Vale, 65, demonstra até certo carinho na hora de falar da máquina de diálise peritoneal. “Ela é minha companheira. Onde estou, dependo dela”, conta. Diabético, há dois anos se tornou paciente renal crônico e precisou começar a fazer diálise – procedimento que remove resíduos e água em excesso no sangue. A rotina de ir três vezes por semana ao hospital e ficar quatro horas ligado na máquina de hemodiálise foi substituída pelo tratamento alternativo. “A qualidade de vida é melhor. Não sinto dor alguma”, garante. Antônio Barbosa do Vale, 65, prefere a diálise peritoneal por proporcionar melhor qualidade de vida: “É minha companheira” | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Enquanto a hemodiálise consiste em manter o paciente sentado por horas ligado à máquina para purificar o sangue, na diálise peritoneal há uma conexão por um cateter implantado no abdômen. Uma diferença relevante é a hora do procedimento: pode ser feito em casa, à noite, enquanto dorme, sendo necessário manter o equipamento ligado na tomada e a uma pia. A Secretaria de Saúde (SES-DF) fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Com essa facilidade, o videomaker Thairone Martins, 32, consegue manter a rotina de trabalho. “Para o meu estilo de vida funciona bem, pois o tratamento não exige que eu pare de fazer algo ao longo do dia”, conta. Hoje, ele acorda pela manhã pronto para encarar o dia, enquanto na época da hemodiálise era comum ter mal-estar depois de cada sessão. “Nos dias em que fazia hemodiálise pela manhã, à tarde não ‘valia mais nada’. Às vezes, não conseguia nem andar”, lembra. Com a diálise peritoneal, ele se aventurou, inclusive, a fazer viagens de 15 dias, levando no carro a máquina e os insumos necessários. A SES-DF conta com ambulatórios de diálise peritoneal nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS), onde são atendidos pacientes de todas as regiões administrativas O acompanhamento é constante. A SES-DF conta com ambulatórios de diálise peritoneal nos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS), onde são atendidos pacientes de todas as regiões administrativas. Também há clínicas conveniadas com a oferta do serviço. No momento, são 844 vagas a novos pacientes ou para aqueles que querem migrar da hemodiálise para a modalidade. O médico nefrologista do HRT Gladson Paiva Ferreira diz que a eficiência da diálise peritoneal é a mesma da hemodiálise. “A sobrevida do paciente é praticamente a mesma. Os tratamentos se equivalem.” As vantagens estão na preservação dos vasos sanguíneos e na manutenção da função renal residual por mais tempo, ainda que em pequena escala. Vale lembrar, no entanto, que o paciente precisa atender a alguns requisitos para que seja elegível à diálise peritoneal: não pode ter hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, além de precisar de um ambiente adequado para fazer o procedimento. “Há paciente idoso que não consegue fazer sozinho, então precisa do suporte da família”, complementa o nefrologista. No momento, são 844 vagas a novos pacientes ou àqueles que querem migrar da hemodiálise para a modalidade Em Sobradinho, a enfermeira Jéssica Guimarães lembra sobre a importância de ensinar os pacientes a se atentarem para uma dieta adequada, higiene e de todos os cuidados com o cateter e a máquina. “Fazemos um treinamento até que ele aprenda e possa ir para a casa seguro. É essencial que esse paciente tenha uma rede de apoio”, opina. Seguindo o passo a passo, é possível que o consiga fazer anos de diálise peritoneal, sem precisar retornar à hemodiálise. Dia Mundial dos Rins Lembrado anualmente na segunda quinta-feira de março – portanto, em 2024, no dia 14 -, o Dia Mundial dos Rins busca promover a saúde desses órgãos. No Brasil, estima-se que há entre 3 milhões e 6 milhões de adultos com doença renal crônica. “Todos devem cuidar dos rins. Porém, pessoas que têm diabetes e hipertensão devem ter uma atenção maior, pois há risco maior de evoluir para um problema renal”, afirma a nefrologista Francinara Cunha, da SES-DF. Ela recomenda beber até três litros de água por dia e ficar atento a sintomas como náuseas, vômitos e inchaços. O número de pacientes com doença renal crônica tem subido. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial é feito nas unidades básicas de saúde (UBSs). Se houver indicação, a pessoa é encaminhada aos ambulatórios especializados. Além das 844 vagas para a modalidade de diálise peritoneal, há outros 1.331 pacientes em hemodiálise, realizadas em hospitais da rede pública e em clínicas conveniadas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Diálise peritoneal é opção à hemodiálise; veja onde terapia é oferecida

Para proporcionar mais autonomia aos pacientes, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferece 750 vagas para diálise peritoneal. Opção à hemodiálise, a terapia tem a vantagem de poder ser feita na casa de pacientes com falência da função renal. Os interessados – aqueles que já fazem hemodiálise ou os que ainda não a iniciaram – devem recorrer à equipe médica especializada e comunicar o desejo pela modalidade. O serviço é oferecido nos seguintes locais: Hospital de Base do Distrito Federal, Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Hospital da Criança de Brasília, Hospital Universitário de Brasília e Clínica Renal Care, contratada pela SES-DF. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O tratamento ocorre com auxílio de um filtro natural denominado peritônio e de um cateter implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen, removendo impurezas e excesso de líquido do sangue. No DF, mais de 500 pacientes fazem o acompanhamento na rede. Embora tenha amplas vantagens e esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), a diálise peritoneal ainda é pouco conhecida. Maria Marta de Araújo: “Por meio da diálise, consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos” | Foto: Divulgação/Arquivo pessoal A liberdade de o paciente poder se programar é um dos pontos positivos – autonomia para viagens e uma dieta alimentar menos restritiva estão entre os ganhos trazidos pela terapia. “Por meio da diálise, consegui levar uma vida com menos efeitos colaterais, como náuseas e vômitos. Também me possibilitou viajar e ver meus parentes, pois é uma máquina portátil e recebemos acessórios para a viagem”, relata Maria Marta de Araújo, de 73 anos. Com funcionamento de apenas 10% dos rins, ela tem insuficiência renal e faz o tratamento há um ano e sete meses. Depois de sinalizar interesse pela terapia, o paciente passa por avaliação. Se houver a indicação do médico pelo procedimento, o interessado é inserido no Sistema de Regulação da SES-DF. Há um treinamento de manejo do aparelho e do cateter com orientações de higiene para aqueles que fazem o tratamento. Outros benefícios Entre as vantagens da diálise peritoneal, a nefrologista Maria Polcheira aponta mais flexibilidade na alimentação, maior função renal residual e tratamento em casa com suporte ao paciente | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “O paciente não terá que se deslocar a um centro para fazer o tratamento. Também há flexibilidade de horário porque é possível fazer na hora de dormir e durante o dia trabalhar, estudar, seguir com a rotina”, explica a médica nefrologista da SES-DF Maira Polcheira. Outra importante vantagem é a função renal residual, que é a porcentagem em que os rins conseguem trabalhar. Ela é maior do que no paciente que faz hemodiálise. “Essa função ajuda muito, principalmente, no manejo da pressão, da anemia e da doença óssea que esse paciente pode vir a desenvolver. Enquanto ele ainda tem essa função renal residual, usa menos medicações, consegue o melhor controle e se sente menos debilitado”, acrescenta a especialista. A máquina da diálise é mais ou menos do tamanho de uma mala de bordo. Por isso, ela pode ser levada para viagem e o paciente recebe o material de tratamento no local para onde vai viajar. Por ser um procedimento mais lento, tende a ocasionar menor variação da pressão e mal-estar, além de proporcionar mais convívio com os familiares. O tratamento também aumenta a liberdade na alimentação, a depender do quadro. Embora haja restrição de consumo de líquidos e de alguns alimentos, na diálise peritoneal há mais flexibilidade do que na hemodiálise convencional. Além disso, pode haver melhor resposta ao transplante, principalmente nos mais jovens. Suporte ao paciente [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O desconhecimento e a insegurança são fatores que tornam essa terapia ainda não muito difundida. “Mas o paciente só é liberado para fazer o tratamento se a equipe tiver certeza de que ele está apto. Além disso, há um suporte com telefone 24h da empresa que fornece os medicamentos do tratamento. O paciente tem suporte a todo momento para que ele esteja seguro em casa”, reforça Polcheira. Há três opções de tratamento para quem sofre de falência renal: diálise peritoneal (DP), hemodiálise ou transplante. A Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora de nefrologia, Francinara Moraes, destaca os cuidados especiais necessários com a higiene na DP: “É essencial seguir os cuidados orientados no treinamento sobre o manejo da máquina e do cateter para evitar complicações, como infecção. A casa onde a pessoa fará o tratamento precisa atender alguns requisitos, como ser um ambiente higienizado e ter ralo ou pia próximos, onde possa ser descartado o líquido.” O paciente precisará de uma consulta mensal para exames e avaliação. “Com a diálise peritoneal, ele vai precisar ir apenas uma vez ao mês e pode levar uma vida com mais autonomia a depender de cada caso. Já na hemodiálise, teria de comparecer ao menos três vezes na semana na clínica ou no hospital”, compara a nefrologista. *Com informações da Secretaria de Saúde

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GDF oferta 700 vagas de terapia para doentes renais crônicos

Doentes renais crônicos devem procurar preencher as 700 vagas disponíveis na rede pública de saúde do Distrito Federal para serem tratados por meio de Diálise Peritoneal (DP), terapia eficaz, mas ainda pouco conhecida entre pacientes e profissionais de saúde. Apelos nesse sentido foram reiterados na terça-feira (4) por palestrantes e participantes do workshop Por que não indicar Diálise Peritoneal?, promovido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O objetivo do evento foi aprimorar conhecimentos teóricos e práticos dessa terapia. A perda de especialistas nessa alternativa está entre as principais preocupações dos organizadores do debate. Estima-se hoje que cerca de 30 milhões de brasileiros tenham algum tipo de problema renal, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Especialistas defenderam a criação de uma nova lei nacional para aumentar a procura e oferta dessa alternativa por representar qualidade de vida aos pacientes e a redução das filas por hemodiálise, cujo serviço é bem mais desgastante e oneroso para o paciente e para o poder público. Cristhiane Gico, chefe de Nefrologia do Hospital de Base | Fotos: Abnor Gondim/IgesDF Na ocasião, também foi anunciada a primeira Frente Parlamentar da Nefrologia do Congresso Nacional. Nefrologia é a especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao rim. Onde estão as vagas? Ao participar do workshop, a médica Cristhiane Gico fez uma defesa empolgada da Diálise Peritoneal como profissional de saúde e chefe de Nefrologia e Transplante do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A instituição é administrada pelo IgesDF, juntamente com o Hospital Regional de Santa Maria e 13 unidades de pronto atendimento, as UPAs. “A primeira opção aos pacientes renais crônicos precisa ser Diálise Peritoneal, tanto para benefício do próprio paciente como para sustentabilidade financeira do SUS [Sistema Único de Saúde]”, assinalou. Além da DP, há mais duas terapias que substituem a função do rim: transplante e hemodiálise. De acordo com a gestora, das 200 vagas das DPs ofertadas no HBDF, 127 ainda estão ociosas. A profissional destacou que há outras 500 vagas nas unidades vinculadas à Secretaria de Saúde (SES). Cristhiane explicou quais doentes devem procurar essas vagas: “Pacientes que estão em ambulatório para renal crônico se preparando para iniciar diálise ou já estão realizando hemodiálise podem solicitar avaliação do seu médico e da enfermaria a fim de ser regulado para Diálise Peritoneal”. A médica assinalou que todos os serviços de nefrologia do DF têm vagas de Diálise Peritoneal ociosas para oferecer e também há vagas em unidades credenciadas pelo SUS para realizar essa terapia. DP como política pública Na ocasião, houve manifestações a favor de uma nova legislação nacional para tornar obrigatória, na rede pública de saúde, a sensibilização sobre o uso da terapia e a abertura de mais serviços de Diálise Peritoneal planejada e não planejada. A recém-lançada Frente Parlamentar da Nefrologia deverá ter como prioridade a disseminação da DP, conforme avalia o nefrologista Mario Ernesto Rodrigues, 72 anos, ex-chefe de Nefrologia do HBDF, um dos nove palestrantes do evento. “Já há vários países que estão bem a frente colocando essa terapia como política pública”, destacou Rodrigues, que deixou um legado no setor de Nefrologia a favor da DP. Mario Ernesto Rodrigues, ex-chefe de Nefrologia do HBDF: vários países já criaram leis sobre o uso da terapia Engajamento “Quem trabalha com Diálise Peritoneal transforma a alma, porque presencia vida e alegria de viver dos pacientes renais“, enfatizou a atual chefe de Nefrologia, Cristhiane Gico, ao elogiar o engajamento profissional e afetivo pela causa assumida por médicos, residentes, enfermeiros e técnicos em enfermagem, além de pacientes, para colocar essa terapia como política pública. “É necessário que todos nós estejamos engajados em defesa da DP para se tornar uma política pública que melhore o atendimento“, afirmou. Cristhiane Gico projetou que sem isso “nunca haverá máquinas de hemodiálise suficientes, e milhares de pacientes morrerão nas filas”. Ainda assim, a médica do HBDF citou que novos profissionais surgem “abraçando a terapia”, a exemplo da médica Caroline Pimenta, que abriu o debate como coordenadora da DP no Hospital de Base. Guaciane contou como leva uma vida normal sem agulhadas Os participantes lotaram o auditório do 12º andar do HBDF vestidos com camisas referentes à campanha a favor da ampliação do atendimento desses casos graves pela DP. A bandeira deles é estimular a alternativa às desgastantes sessões em que os pacientes são submetidos em aparelhos de hemodiálise. Para a chefe de Nefrologia, o mais grave é que essas filas de hemodiálise vão continuar a aumentar, porque as pessoas não mudam seus hábitos e continuam exagerando no consumo de alimentos super processados e tomando remédios que contribuem para o aparecimento das doenças renais. Vida normal  Caroline Pimenta, coordenadora de Diálise Peritoneal do Hospital de Base Ao palestrar no evento, a paciente Guaciane Nunes de Oliveira prestou seu depoimento a favor do uso de equipamentos e suporte para uso da DP. Desde os 12 anos de idade, ela se trata no Hospital de Base como doente renal. Bastante animada e sorridente, a paciente fez uma demonstração sobre como usar a DP. “Casei, tive dois filhos. Faço a DP em casa e onde quer que esteja, sem precisar passar horas em um aparelho de hemodiálise. Sem agulhadas. Levo uma vida normal e ainda danço funk”, comemorou.

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Oito em cada dez casos de pacientes renais poderiam ser evitados

O Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia. A capital federal registra 2.280 pessoas que se submetem anualmente a esse procedimento. “Cerca de 150 mil pacientes fazem hemodiálise, consumindo cerca de 10% do orçamento do Ministério da Saúde”, aponta o nefrologista Fábio Ferraz, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Para ele, esse quadro sinaliza que há uma epidemia no Brasil. “A chave é a prevenção”, alerta. Walisson Costa passou a fazer a diálise peritoneal: “Faço o tratamento enquanto estou dormindo, em casa, com a família” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde No calendário de saúde, março é lembrado como o Mês do Rim. De acordo com o nefrologista, se forem controlados hipertensão e diabetes, além do uso abusivo de anti-inflamatórios, o número de pacientes renais tende a diminuir. “Oito em cada dez casos de doenças renais no DF e no país poderiam ser evitados com esses cuidados”, sinaliza. Acompanhamento [Olho texto=”“Diferentemente da hemodiálise tradicional, a versão peritoneal dá mais autonomia para o paciente”” assinatura=”Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2022, a Secretaria de Saúde (SES) efetuou cerca de 50 mil consultas nefrológicas e 21.763 sessões de hemodiálise. Para evitar que essa lista aumente, a médica Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia, lembra que os pacientes com diabetes e hipertensão devem fazer acompanhamento nas unidades básicas de saúde (UBSs), responsáveis pelo atendimento e tratamento do quadro clínico renal. “Alguns dos principais exames para a detecção precoce são a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina simples; de baixo custo, evitam os agravos da doença e, consequentemente, permitem melhor qualidade de vida ao paciente”, indica a nefrologista. Sintomas como náusea, vômito, baixo apetite, períodos de confusão mental e cãibras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Além desses, a médica reforça que as pessoas devem prestar atenção à presença de espuma na urina. “Isso acontece porque o órgão, que atua como um filtro, está deixando passar proteína”, esclarece. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diálise peritoneal Walisson Farias Costa, 20, morador de Planaltina, foi diagnosticado com infecção renal que evoluiu para a perda da função do órgão. Após oito meses de sessões de hemodiálise no Hran, ele passou para a diálise peritoneal. “Faço o tratamento enquanto estou dormindo, em casa, com a família”, conta. “É bem melhor, pois a hemodiálise deixa a gente muito enjoado e cansado”. Walisson quer continuar estudando e sonha em fazer um curso de farmácia até conseguir um transplante. Segundo a médica, o tratamento peritonial é uma opção estratégica, porém ainda subutilizada no país, mesmo estando disponível no SUS e tendo cobertura de planos de saúde. Atualmente, dos 145 mil pacientes em terapia renal substitutiva, apenas 6% fazem a diálise peritoneal.  A SES possui contrato com sete clínicas de terapia renal, com 1.001 vagas para hemodiálise e 500 para diálise peritoneal – tratamento que, de acordo com Lizandra, é feito por 20% das pessoas do DF com problemas renais. “Diferentemente da hemodiálise tradicional, a versão peritoneal dá mais autonomia para o paciente”, resume.  *Com informações da Secretaria de Saúde 

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