Diagnóstico aponta caminhos para transformar o Setor Comercial Sul em polo criativo e tecnológico
A Universidade Católica de Brasília (UCB) apresentou, na quarta-feira (3), o relatório da primeira fase do estudo Diagnóstico do Setor Comercial Sul (SCS), que integra ações assistidas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) no âmbito do programa Desafio DF (2023), que fomenta pesquisas aplicadas voltadas ao desenvolvimento urbano sustentável e ao fortalecimento da economia criativa da região. Setor Comercial Sul é um dos polos empresariais mais tradicionais de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O Setor Comercial Sul tem potencial para se consolidar como um dos grandes polos criativos e tecnológicos do país, e este diagnóstico é a base sólida que orienta essa transformação” Rafael Vitorino, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Localizado no centro de Brasília, o Setor Comercial Sul é um dos polos empresariais mais tradicionais da cidade e, ao longo das últimas décadas, passou a enfrentar desafios como esvaziamento, insegurança, fragmentação das atividades econômicas e aumento de espaços ociosos. Esses fatores motivaram a elaboração de estudos e projetos voltados ao fortalecimento da economia criativa — contexto no qual se insere o diagnóstico. “O Setor Comercial Sul tem potencial para se consolidar como um dos grandes polos criativos e tecnológicos do país, e este diagnóstico é a base sólida que orienta essa transformação”, afirmou o secretário de Ciência,Tecnologia e Inovação do DF, Rafael Vitorino, durante a apresentação do estudo. Maquete projeta o Polo Criativo Tecnológico para o Setor Comercial Sul | Foto: Divulgação/FAPDF “O que estamos construindo aqui juntos é uma nova dinâmica para o Setor Comercial Sul e para a cidade, com mais vida, mais empresas e mais oportunidades” Niki Tzemos, prefeita do SCS “Estamos celebrando a continuidade de um sonho para o Setor Comercial Sul”, resumiu a assessora especial da FAPDF, Ana Paula Aragão. “Revitalizar este território é reavivar um coração da nossa história e reconectar pessoas, negócios e ideias. A verdadeira inovação não acontece apenas em laboratórios; ela nasce também nas ruas, nos pequenos negócios e nas ideias que precisam de espaço para florescer. E o Setor Comercial Sul será esse espaço.” A prefeita do SCS, Niki Tzemos, enfatizou o impacto do diagnóstico para o futuro do local: “O que estamos construindo aqui juntos é uma nova dinâmica para o Setor Comercial Sul e para a cidade, com mais vida, mais empresas e mais oportunidades”. Ela citou o exemplo do Porto Digital de Recife (PE), reforçando que o polo brasiliense também pode se consolidar como referência nacional em inovação. Metodologia “A vitalidade de um território como o SCS não se explica apenas por números. Ela emerge das relações sociais, dos fluxos urbanos, das práticas culturais e das maneiras como as pessoas produzem e habitam o espaço” Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB O diagnóstico foi desenvolvido por uma equipe interdisciplinar com mais de 30 pesquisadores da UCB, sob coordenação do professor Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa. A análise combinou métodos qualitativos e quantitativos, como cartografia social, entrevistas, observação de campo e levantamento socioeconômico e cultural. “A vitalidade de um território como o SCS não se explica apenas por números”, pontuou o professor Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB. “Ela emerge das relações sociais, dos fluxos urbanos, das práticas culturais e das maneiras como as pessoas produzem e habitam o espaço.” Durante o evento, pesquisadores do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac) da UnB apresentaram uma demonstração imersiva com maquete física em realidade virtual, permitindo ao público visualizar cenários possíveis para o futuro da região. O projeto O Polo Criativo Tecnológico do Setor Comercial Sul nasce como uma iniciativa estratégica voltada à transformação de um dos territórios mais emblemáticos da cidade em um espaço vibrante de inovação, cultura, tecnologia e economia criativa. O projeto busca requalificar o território, fortalecer a vitalidade urbana e estimular a atração de negócios inovadores, conectando governo, universidades, setor produtivo e comunidade. A proposta pretende promover inclusão, criatividade, mobilidade, cultura e desenvolvimento econômico sustentável, reafirmando a vocação do SCS para se tornar referência nacional. [LEIA_TAMBEM]A primeira fase — agora concluída — consistiu na produção de um diagnóstico aprofundado do território. Foram mapeados cerca de 5 mil empreendimentos e mais de 500 empresários foram ouvidos, permitindo compreender de forma abrangente a realidade urbana, econômica e cultural da região. O estudo envolveu cartografia social, observação de campo, entrevistas e levantamento socioeconômico, além de articulações com instituições como Sesc, Senac, Sebrae, Fibra, Fecomércio e entidades locais. Próximos passos Com a conclusão do diagnóstico, o projeto segue para a fase de planejamento estratégico e desenvolvimento do zoneamento urbanístico do futuro Polo Criativo Tecnológico. A etapa será conduzida de forma integrada entre UCB, UnB, Secti-DF, FAPDF, setor produtivo e sociedade civil, com o objetivo de estruturar um modelo replicável de governança participativa e orientar ações de ocupação, mobilidade, cultura, inovação e economia criativa. Veja, abaixo, as etapas do projeto Diagnóstico do território (concluído) ⇒ Análise integrada das dinâmicas sociais, econômicas, culturais e urbanísticas do SCS Planejamento Estratégico (em andamento) – formulação das diretrizes que orientarão o futuro do polo, incluindo governança, vocações, cultura, mobilidade e inovação. Zoneamento do polo ⇒ Definição dos usos, áreas prioritárias, integração entre espaço público e iniciativa privada e diretrizes de ocupação. Implementação e ativação do território ⇒ Criação de espaços criativos, laboratórios, centros culturais e estímulo a negócios inovadores e políticas públicas que sustentem a transformação contínua do SCS. *Com informações da FAPDF
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DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho
O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo. Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF. “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Casos de sífilis diminuem no Distrito Federal; diagnóstico precoce é fundamental para tratamento
Os casos de sífilis adquirida no Distrito Federal diminuíram 7,1%, de 2023 a 2024, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal registrou mais de 3,7 mil casos da doença — em sua forma adquirida — no ano passado, contra 3,9 mil em 2023. Em contrapartida, os registros de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) cresceram 2,7% — passando de 263 para 270, de 2023 a 2024 —, enquanto em gestantes apresentou queda de 17,1%, indo de 1.293 para 1.072, em 2024. Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para ampliar a conscientização, foi criado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado sempre no terceiro sábado de outubro. Rede pública oferece gratuitamente testes que apresentam resultado em tempo rápido | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O mês visa a combater o aumento de casos, especialmente a forma congênita da infecção”, lembra a enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área de sífilis da SES-DF. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde.” A gestora reforça que pessoas sexualmente ativas devem fazer a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano”, indica. “Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”. Doença A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica e curável, exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por contato sexual desprotegido ou de forma vertical, de uma pessoa com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto, durante a gestação ou no parto. Em estágios avançados da doença, a ausência de tratamento adequado pode causar complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e até levar à morte. Sintomas A doença apresenta diferentes manifestações de acordo com o estágio. Na fase primária, surgem feridas no pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca, entre dez a 90 dias após o contágio. Normalmente, elas não doem, coçam, ardem nem têm pus. Também desaparecem sozinhas, independentemente de tratamento, criando a falsa impressão de cura. No segundo estágio, os sinais e sintomas costumam surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Nesta fase, surgem manchas no corpo, incluindo nas plantas das mãos e pés, além dos primeiros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas também podem desaparecer em algumas semanas. [LEIA_TAMBEM]O último estágio pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar sinais e sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar a óbito. Diagnóstico e tratamento O teste rápido de sífilis está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado é visível em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de exames laboratoriais. A doença tem cura, e o tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que pode ser aplicada na própria unidade básica de saúde (UBS) de referência. A principal forma de prevenção é o uso correto e regular de preservativo externo ou interno, uma vez que se trata de IST. Também são medidas importantes os testes, no caso de exposição à infecção, e o tratamento correto do portador e dos parceiros. Como buscar atendimento Atualmente, todas as UBSs oferecem testes rápidos e tratamento gratuito para a sífilis. A doença é curável em 100% dos casos, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para uma boa recuperação. No Distrito Federal, no período de 2020 a 2024, foram mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos da doença em gestantes e 1,4 mil da doença congênita. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Capacitação reforça combate à tuberculose no DF
Enfermeiros, farmacêuticos, médicos e demais servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam na assistência direta às pessoas com tuberculose participam, até esta quarta-feira (10), da Oficina para Capacitação no Manejo de Tuberculose em Adultos. O objetivo é fortalecer as ações de controle da tuberculose, fornecendo o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado à população. O panorama da tuberculose no DF foi um dos temas abordados durante a capacitação | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Promovida pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, a oficina contou com a presença de especialistas da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM) do Ministério da Saúde. “A cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais” Gisela Unis, consultora técnica da CGTM Segundo a gerente da Gevist, Beatriz Maciel, a tuberculose ainda é um desafio no DF. “Nos últimos cinco anos, registramos, aproximadamente, 1.594 novos casos”, contabiliza. “A taxa de cura está em torno de 53%, e o abandono chega a 14%”, especifica a gestora. "Estamos intensificando o monitoramento, organizando fluxos para populações mais vulneráveis, como a do sistema prisional, e construindo a linha de cuidado para a doença. Esta capacitação é um passo importante para fortalecer a rede e melhorar os indicadores.” Entre os temas da oficina estão o panorama epidemiológico da tuberculose no DF, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Consultora técnica da CGTM e uma das ministrantes da capacitação, Gisela Unis lembra que a tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do país: “O Brasil registra 90 mil casos de tuberculose por ano, e cerca de seis mil pessoas morrem em decorrência da doença. O tratamento é eficaz, e a cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais”. Doença A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (conhecida como bacilo de Koch) e transmitida por gotículas expelidas na tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa, suor noturno, cansaço, falta de apetite e perda de peso. [LEIA_TAMBEM]Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, cerca de 10,8 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose no mundo e 1,25 milhão morreram devido à doença, sendo considerada a principal causa de morte por agentes infecciosos, superando a covid-19. Além da exposição ao bacilo e das condições imunológicas, o adoecimento está ligado a fatores socioeconômicos. Pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, indígenas, imigrantes,quem vive com HIV ou Aids e profissionais de saúde são mais vulneráveis em comparação à população geral. No DF, todas as 181 unidades básicas de saúde (UBSs) oferecem diagnóstico e tratamento gratuitos. A recomendação é procurar atendimento caso a tosse ultrapasse três semanas. Encontre a sua UBS de referência aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde pública do DF adota protocolos especiais para combater sepse em pacientes
Nesta semana, é lembrado o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), data que busca sensibilizar a população, profissionais de saúde e autoridades sobre a necessidade urgente de ampliar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessa condição. A sepse, chamada popularmente infecção generalizada, é uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção. Quando não tratada de forma rápida, pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos e levar à morte. Quadro elaborado pela Secretaria de Saúde resume o que é a doença | Arte: Agência Saúde-DF De acordo com dados internacionais publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 20% de todas as mortes no mundo. Quase metade desses casos ocorre em crianças menores de cinco anos. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. Estima-se que a taxa de mortalidade por sepse chegue a 60%, número muito acima da média de países desenvolvidos, que gira em torno de 20%. O reconhecimento rápido dos sinais da sepse pode salvar vidas. Os primeiros cuidados devem ser iniciados ainda na primeira hora após a suspeita de infecção, período conhecido como “hora de ouro”, aponta a infectologista Clarisse Lisboa, da SES-DF. “No começo, achei que era só um machucado, mas em pouco tempo meu quadro piorou muito”, relata Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) em tratamento contra sepse. “Se não fosse a agilidade da equipe daqui, eu não estaria melhorando. Hoje entendo a importância de reconhecer os sinais cedo.” “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções” Clarisse Lisboa, infectologista Clarisse Lisboa alerta: “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade, por isso precisamos olhar para esse problema com mais atenção, e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”. Tratamento O tratamento geralmente exige internação em unidades de terapia intensiva (UTIs). A primeira medida é a administração de antibióticos de largo espectro, por via endovenosa, antes mesmo da identificação do agente infeccioso. Quando o paciente apresenta queda acentuada de pressão arterial, podem ser utilizados vasopressores para estabilizar a circulação. Em situações graves, pode ser necessário o uso de suporte avançado, como ventilação mecânica e hemodiálise. “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções”, pontua Clarisse Lisboa. “Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente.” Ela lembra que é fundamental manter o cartão de vacinas atualizado e não deixar de buscar auxílio médico quando houver suspeita de infecção, para que o tratamento adequado seja iniciado o mais rapidamente possível. Capacitação pediátrica [LEIA_TAMBEM]Para enfrentar esse desafio, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), vai ofertar uma capacitação voltada ao reconhecimento precoce da sepse pediátrica. O treinamento será realizado na quinta-feira(11), de forma presencial, no grande auditório do Hmib, e também virtualmente, pelo aplicativo Zoom. As vagas presenciais são limitadas a 150 pessoas. Com o lema “Reconhecer para Agir”, a capacitação reforça a importância da identificação rápida dos sinais clínicos de sepse para que a intervenção médica ocorra ainda na chamada “hora de ouro”, capaz de salvar vidas e evitar sequelas graves. Os participantes receberão certificado emitido pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hmib, além de certificado específico para o curso online fornecido pela SPDF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hormônio do estresse no cabelo: técnica com nanopartículas promete diagnóstico rápido e sem exames invasivos
Um método inovador desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) promete transformar a forma como avaliamos o estresse crônico. A pesquisa, coordenada pelo professor Juliano Alexandre Chaker, utiliza fios de cabelo e nanopartículas de carbono para medir o cortisol, o chamado “hormônio do estresse”, com rapidez, precisão e sem necessidade de exames invasivos. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital Learning 2023, o projeto une ciência de ponta e inovação tecnológica para oferecer diagnósticos acessíveis e confiáveis, com potencial de aplicação em saúde pública, toxicologia forense e meio ambiente. Inovação científica: como funciona o método O cortisol é um dos principais indicadores fisiológicos do estresse, mas sua medição tradicional em exames de sangue é altamente sensível a variações do momento da coleta. Situações cotidianas — como enfrentar um engarrafamento antes de ir ao laboratório — podem alterar significativamente os resultados. Além disso, os níveis de cortisol mudam ao longo do dia, acompanhando os ciclos circadianos, ou seja, o “relógio biológico” que regula nossas funções em um período de 24 horas, o que dificulta diagnósticos consistentes. A proposta da pesquisa é superar essas limitações utilizando o cabelo como matriz de análise. Trata-se de uma amostra não invasiva, que acumula não apenas cortisol, mas também outros glicocorticoides (hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, acima dos rins), metais e poluentes. Cada centímetro de cabelo corresponde, em média, a um mês de registro biológico, permitindo que os pesquisadores realizem uma espécie de “linha do tempo” do estresse. Equipamento de espectrometria de massas MALDI-TOF, peça central do método inovador desenvolvido na UnB | Fotos: Arquivo pessoal/Juliano Alexandre Chaker Para viabilizar a análise, o grupo desenvolveu uma adaptação da técnica de espectrometria de massas MALDI-TOF (dessorção/ionização a laser assistida por matriz — tempo de voo, em inglês Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization — Time of Flight), um equipamento de alta precisão normalmente utilizado para estudar proteínas de alto peso molecular. O diferencial está no uso de nanopartículas de carbono como matriz ionizante, o que gera espectros mais limpos e possibilita a detecção de moléculas pequenas, como o cortisol, sem interferência de sinais sobrepostos. As amostras são aplicadas em placas específicas, que funcionam como suporte dentro do equipamento durante a leitura. Cada placa comporta centenas de pontos de análise e, uma vez posicionada no MALDI-TOF, os resultados são gerados em questão de segundos. Da coleta ao resultado em segundos O processo começa com a coleta de pequenas mechas de cabelo, que servem como amostra não invasiva. Em laboratório, o cortisol é extraído com solventes específicos, misturado às nanopartículas de carbono e aplicado em placas de análise. Cada placa comporta mais de 300 amostras e o equipamento processa cada uma em apenas cinco segundos, fornecendo resultados com altíssima precisão e em grande escala. Atualmente, o projeto se prepara para a fase de validação, que depende da aprovação do comitê de ética em pesquisa. A etapa prevê a coleta de amostras de cabelo de 50 voluntários, acompanhada de questionários sobre fatores de estresse. Os resultados obtidos com a técnica inovadora serão comparados a métodos de referência, como a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas — técnica considerada padrão-ouro, que separa os componentes de uma amostra antes de analisá-los, garantindo alta precisão, embora demande mais tempo e custo. Professor Juliano Alexandre Chaker, coordenador do Laboratório de Nanotecnologia Verde (NaVe/UnB), onde desenvolve pesquisas em nanotecnologia aplicada ao diagnóstico de estresse e toxicologia Assim, o estudo busca não apenas demonstrar rapidez e acessibilidade, mas também a equivalência em relação às técnicas tradicionais já consolidadas. Impactos esperados Segundo o professor Juliano Chaker, o objetivo é oferecer uma metodologia confiável e de baixo custo, que possa futuramente ser disponibilizada como serviço técnico especializado. “O potencial é enorme. Além do estresse crônico, podemos aplicar o método na toxicologia clínica e forense, incluindo a detecção de drogas de abuso e agentes intoxicantes em exames de rotina”, explica. Com resultados rápidos e a possibilidade de análises retrospectivas — olhando para meses de acúmulo registrados no cabelo — a técnica pode apoiar desde políticas públicas de saúde mental até investigações criminais, com ganhos em tempo, custo e confiabilidade. Apoio institucional e rede de colaboração O projeto conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital Learning 2023, que tem sido essencial para viabilizar bolsas, infraestrutura e atividades de pesquisa. “A FAPDF é fundamental para a vida do pesquisador no Distrito Federal. Sem esse apoio, seria inviável mantermos uma infraestrutura de ponta e formar novos talentos em áreas estratégicas como a nanotecnologia aplicada à saúde e ao meio ambiente”, afirma Juliano Chaker. A iniciativa é desenvolvida no Laboratório de Nanotecnologia Verde da Universidade de Brasília (UnB), coordenado pelos professores Juliano Alexandre Chaker e Marcelo Sousa, em parceria com programas de pós-graduação em Nanociência e Nanotecnologia da instituição. Além do fortalecimento acadêmico, o grupo mantém colaborações com órgãos como a Polícia Civil e a Polícia Federal, além de parcerias consolidadas em outros projetos com agências como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ambas vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Essa rede de cooperação reforça o caráter multidisciplinar da pesquisa, ampliando suas perspectivas de aplicação tanto na saúde pública quanto na toxicologia forense e ambiental. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Laboratório de Citogenética celebra 30 anos com emissão de 10 mil laudos
Os 30 anos do Laboratório de Citogenética do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), celebrados nesta semana (16), chegam com um marco: a emissão de 10 mil laudos cariótipos. O exame serve para analisar os cromossomos, estruturas que carregam o material genético (DNA). Trata-se de uma ferramenta fundamental para o diagnóstico de doenças genéticas, como síndromes cromossômicas, infertilidade e certas formas de câncer. Esse resultado foi comemorado junto ao aniversário da unidade, ocasião que reuniu profissionais e estudantes em simpósio, onde foram apresentados dados históricos, estatísticos e técnicos acerca do serviço ofertado pela unidade de referência em genética e doenças raras. O exame de cariótipo é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico de doenças genéticas, como síndromes cromossômicas, infertilidade e certas formas de câncer | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Até 2018, antes da implementação do Acordo de Gestão Regional (AGR) no HAB, 77% das coletas de células presentes no sangue ou em medula óssea resultavam na análise cromossômica e na emissão de laudo médico. Com a contratualização interna, o serviço passou a operar com um índice superior a 95%. [LEIA_TAMBEM]Além disso, a partir da aquisição do sistema de cariotipagem, em 2021, o prazo para entrega do resultado foi reduzido de 148 dias para até 36 dias. "A história do laboratório é bonita, de evolução, graças à dedicação da equipe. É um trabalho difícil, mas que todo mundo faz com muito amor", afirma a assessora técnica, Sinara Couto. A técnica administrativa Lourdes Leila, conhecida como Lurdinha, atua há 31 anos na Secretaria de Saúde (SES-DF) - todos dedicados ao HAB. Desde 2011, ela é a responsável pela marcação de consultas com os médicos dos Serviços de Referência em Doenças Raras. "A gente tem um carinho muito grande pelos pacientes (e eles por nós). A gente passa a sentir afeição. É muito bom participar de um grupo que se importa", conta. A grande mestra As três décadas da história do Laboratório de Citogenética do HAB têm origem no sonho da médica geneticista Maria Teresinha Cardoso. O serviço teve início, formalmente, em 1995 no Hospital de Base (HBDF). Em 2008, então, foi transferido para o HAB. A Unidade de Genética, que integra também os laboratórios de Biologia Molecular e de Triagem Neonatal, é reconhecida nacionalmente pelo pioneirismo e pela excelência. O Laboratório de Citogenética do HAB tem origem no sonho de Maria Teresinha Cardoso: "Fico feliz demais em saber que há continuadores de um serviço que fiz para o paciente e para a saúde do Brasil." Maria Teresinha, que se aposentou em 2024, segue atuando como voluntária na unidade hospitalar. Na segunda-feira (16), durante a homenagem, declarou que o empenho do corpo técnico é o motivo de sua alegria. "Fico feliz demais em saber que vocês serão os continuadores de um serviço que fiz para o paciente e para a saúde do Brasil. Todos trabalham com o coração", afirma. O Laboratório de Citogenética oferece o exame de cariótipo a toda a rede da SES-DF. Para a realização do exame, os pacientes devem ser atendidos pelos serviços de Onco-hematologia ou de Referência em Doenças Raras. *Com informações da SES-DF
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Hospital da Criança de Brasília é referência nacional no tratamento e cuidado a pacientes com doenças raras
O mundo da agente de saúde Geane Ilha, 40 anos, virou de ponta-cabeça quando ela descobriu, por meio do teste do pezinho, que o filho recém-nascido tinha fibrose cística. “Deu uma alteração, nos chamaram para repetir o exame dias depois, e aí começou a angústia”, lembra. “Fizeram o teste visual, que comprova a doença, e, quando Pedro Henrique estava com um mês e meio de vida, recebemos o diagnóstico e iniciamos o acompanhamento”. Hospital tem instalações completas e equipamentos com capacidade de tratar doenças raras de crianças | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Sem nenhum conhecimento sobre a enfermidade rara, Geane foi encaminhada ao Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, logo na primeira consulta, teve certeza de que a saúde do filho seria garantida: “A equipe me acolheu de um jeito que até falo que são meus anjos. Me explicaram que, embora seja um problema raro, tem avanços no tratamento. No início, tínhamos que vir para as consultas todo mês, mas hoje é de três em três meses. E ele tem a vida de uma criança saudável”. Pedro Henrique, hoje com 4 anos, é um dos 72 pacientes com fibrose cística acompanhados pelo HCB atualmente. Referência nacional no tratamento e cuidado de doenças raras, a unidade hospitalar oferece uma série de programas específicos, que promovem atendimento humanizado, integral e multiprofissional de média e alta complexidade, a partir da confirmação do diagnóstico, com fornecimento de medicamentos, exames e consultas. Doenças complexas Lúcio Ilha, pai de Pedro (atrás, no colo da mãe, Geane), que faz tratamento no HCB: “Agradecemos a Deus todos os dias por ter esse hospital, é maravilhoso” Desde a inauguração, em novembro de 2011, até o final de abril deste ano, o HCB prestou mais de 8,2 milhões de atendimentos. Desses, destacam-se mais de 5,1 milhões de exames laboratoriais e mais de 1,2 milhão de consultas. Em cerca de 14 anos de história, foram mais de 587 mil diárias, 82 mil sessões de quimioterapia, 58 mil transfusões, 12 mil cirurgias ambulatoriais, 41 mil ecocardiogramas, 138 mil procedimentos de raios-X, 63 mil tomografias e 84 mil ultrassons, entre outros. “O Hospital da Criança é especializado em doenças raras e complexas da infância”, explica a diretora-executiva do HCB, Valdenize Tiziani. “Quanto mais atendemos, maior é a curva de aprendizagem da nossa equipe, que conta com pessoas especializadas em todas as áreas da medicina e que podem oferecer a melhor evidência científica no atendimento, tanto no diagnóstico como no tratamento.” Segundo Tiziani, a unidade fornece terapias individualizadas e dispõem de equipamentos de última geração, utilizados para promover o bem-estar dos pacientes. “Fazemos questão de que a criança seja realmente tratada como criança, e falamos, inclusive, que aqui brincar é coisa séria”, detalha a médica. “Então, conseguimos adotar as melhores e mais avançadas tecnologias para o tratamento e para a cura, ao mesmo tempo que entregamos humanização e compaixão”. Cuidado que faz a diferença Enfermidade de origem genética, a fibrose cística causa alteração nas glândulas exócrinas, que liberam o suor, lágrimas e saliva. Devido a isso, as secreções ficam mais densas e começam a obstruir principalmente pulmões, pâncreas e sistema digestivo, causando problemas progressivos. Quanto mais cedo é descoberta, melhor é a qualidade de vida do paciente. Valdenize Tiziani, diretora-executiva do HCB: “Quanto mais atendemos, maior é a curva de aprendizagem da nossa equipe, que conta com pessoas especializadas em todas as áreas da medicina e que podem oferecer a melhor evidência científica no atendimento, tanto no diagnóstico como no tratamento” No caso de Pedro, a agilidade no diagnóstico é decorrente do teste do pezinho, exame oferecido em toda a rede pública de saúde do DF e capaz de identificar até 62 doenças. “Se nós não tivéssemos descoberto logo no início, talvez ele teria tido algum problema e não ia dar tempo de tratar”, pontua Geane. “Hoje ele corre, brinca, não sente cansaço, faz tudo como uma criança saudável. Sou eternamente grata ao HCB”. Assim como as demais doenças raras, o tratamento da fibrose cística inclui atendimento multidisciplinar, exames de controle, medicamentos para uso domiciliar, consultas médicas, a depender da necessidade da criança e adolescente. “Agradecemos a Deus todos os dias por ter esse hospital, é maravilhoso”, comemora o pai de Pedro, o empresário Lúcio Daniel Ilha, 44. “Já pensamos em nos mudar daqui, mas a dúvida que fica é: ‘será que lá terá um lugar assim?’. Aqui tem tudo: psicólogo, assistente social, dentista, fisioterapeutas”. Especialidades [LEIA_TAMBEM]Reconhecido como 11º melhor hospital público do Brasil em 2022, o HCB também foi o primeiro hospital pediátrico do Centro-Oeste a conquistar a certificação de Acreditado com Excelência (Nível 3) da Organização Nacional de Acreditação (ONA), o mais alto nível de qualidade hospitalar. A unidade foi criada a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de encaminhamento pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe). Entre as iniciativas, destacam-se o Programa de Reabilitação Intestinal Pediátrica (Prip) para pacientes com falência intestinal. São contemplados crianças e adolescentes que dependem do uso de nutrição parenteral total para sobreviver, devido à falta de capacidade do intestino de absorver os nutrientes da alimentação oral. Graças ao Prip, os pequenos podem seguir com o tratamento em casa e têm a chance de viver uma vida com mais normalidade. Atualmente, há sete pacientes internados com a condição e outros seis pacientes foram desospitalizados, com acesso completo ao tratamento domiciliar. Também há a oferta de transporte para pacientes com doença renal crônica em dias de hemodiálise. A ação evita faltas e atrasos, melhora a adesão ao tratamento, impedindo complicações decorrentes da ausência de terapia, além de otimizar a rotina do paciente e cuidadores. Há, ainda, a hemodiálise feita em casa, no período noturno, com todos os equipamentos e insumos custeados pelo HCB, com o objetivo de promover bem-estar e conforto ao paciente. Outro diferencial da unidade é a infraestrutura de ponta para diagnóstico e pesquisa de doenças raras, como o Biobanco, que armazena mais de 500 mil amostras biológicas, e a Unidade de Sequenciamento de Nova Geração, que permite avançar no mapeamento genético e na investigação de enfermidades complexas.
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Glaucoma: Saúde alerta para importância do diagnóstico precoce
Nesta segunda-feira (26), Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, a Secretaria de Saúde (SES-DF) reforça a importância do diagnóstico precoce da doença, que pode levar à cegueira irreversível se não for tratada adequadamente. Segunda principal causa de perda da visão no Brasil, o glaucoma atinge, principalmente, pessoas acima dos 40 anos. O tratamento está disponível de forma integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A oftalmologista Adriana Lourenço indica o diagnóstico precoce e os exames de rotina como formas preventivas: “Como o glaucoma é silencioso, quando surgem os primeiros sintomas, o comprometimento do nervo óptico já é significativo” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco, mas há outros aspectos que devem ser observados, como o histórico familiar, a miopia elevada e fatores raciais. “Como o glaucoma é silencioso, quando surgem os primeiros sintomas, o comprometimento do nervo óptico já é significativo”, afirma a oftalmologista Adriana Sobral Lourenço, da SES-DF, que aponta o diagnóstico precoce como a melhor forma de preservar a saúde ocular. Entre os sinais de alerta está a perda da visão periférica, geralmente percebida tardiamente. “Inicialmente, o paciente vai perdendo o campo visual periférico; apenas nos estágios mais avançados é que ocorre a perda da visão central”, explica a especialista. Segundo a médica, a maioria dos pacientes consegue estabilizar a doença com colírios de uso contínuo. Casos mais graves podem exigir procedimentos com laser ou cirurgia. O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Tratamento Somente em 2024, foram realizados 22,1 mil procedimentos oftalmológicos relacionados ao glaucoma na rede pública do Distrito Federal. Até fevereiro deste ano, já foram registrados 3,6 mil atendimentos. A SES-DF também assegura a oferta de medicamentos por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, com núcleos localizados no Gama, Ceilândia e na Asa Sul. Os colírios ofertados reduzem a pressão intraocular e retardam o avanço da doença. Para ter acesso ao tratamento, é necessário apresentar exames e preencher os formulários específicos exigidos pelo protocolo clínico. A atenção à saúde ocular começa na primeira infância. Nas maternidades públicas do DF, os recém-nascidos passam pelo teste do olhinho, exame rápido, indolor e essencial para detectar alterações no eixo visual. Detectada alguma anormalidade, o bebê é encaminhado a um oftalmologista para avaliação especializada. O teste também pode indicar a presença de outras doenças, como catarata congênita e retinoblastoma. As unidades da rede pública que oferecem atendimento oftalmológico especializado incluem os hospitais de Base (HBDF) e os regionais de Taguatinga (HRT) e da Asa Norte (Hran). Campanha nacional Desde o dia 20 deste mês, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) promove a campanha 24 horas pelo Glaucoma, que segue até o fim deste mês, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. “Informação e acesso são nossas maiores armas contra o glaucoma”, reforça Adriana Lourenço. “A população deve estar atenta aos fatores de risco e buscar regularmente os serviços de saúde.” *Com informações da Secretaria de Saúde
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Rede pública de saúde investe no protocolo de rastreamento de cânceres gastrointestinais
Dor abdominal, perda de peso, fezes com sangue, anemia de causa desconhecida, distensão e refluxo: esses são alguns dos sinais de alerta para buscar um rápido auxílio médico. No Distrito Federal, a incidência do câncer colorretal representa o terceiro tipo mais comum, atingindo cerca de 710 novos casos por ano. “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial; quanto mais precoce, maior a chance de cura”, aponta a oncologista Carla de Morais, da Secretaria de Saúde | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Levando em conta a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), esse número pode chegar a 1.000 casos por ano, segundo dados registrados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, o cenário pode ser evitado com medidas simples. De acordo com Gustavo Ribas, chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), apenas 5% a 10% dos casos são genéticos. “O restante está associado a fatores ambientais como a falta de exercícios físicos, má alimentação, consumo exagerado de ultraprocessados, ganho de peso, tabagismo e consumo de álcool”, aponta o médico. “Cerca de 40% dos casos seriam evitáveis apenas por medidas de prevenção de saúde e mudança de hábitos”. Rastreamento [LEIA_TAMBEM]Em recente palestra, Ribas falou sobre o protocolo de rastreamento do câncer colorretal da SES-DF, que consiste em exames necessários para o diagnóstico precoce e o início do tratamento. “Fazemos a testagem do sangue oculto e da colonoscopia para prevenção do câncer colorretal”, explica. “É preciso estar atento aos sintomas. Se o paciente entrar nos critérios de risco de classificação, ele já é encaminhado para realizar os exames”. Referência técnica distrital (RTD) de oncologia da SES-DF, Carla de Morais reforça que a ação é importante para conscientizar e reforçar os critérios de rastreamento e os sintomas que eventualmente podem aparecer no início da doença: “Com a estratégia de rastreamento, o paciente tem diagnóstico de doença inicial; quanto mais precoce, maior a chance de cura. Também é sempre importante relembrar os exames de rastreamento, mesmo quando não há sintomas e sinais”. A porta de entrada do paciente para se submeter aos procedimentos é a unidade básica de saúde (UBS). Os exames de colonoscopia podem ser feitos nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS), de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT), do Gama (HRG) e no Hospital de Base (HBDF). Já no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Hospital de Base (HBDF), são oferecidos o exame de imuno-histoquímica, que determina diversas características dos tumores, como a origem e seus tipos e subtipos, auxiliando em condutas terapêuticas específicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Laboratório Central de Saúde Pública se consolida como banco de dados genético
Criado originalmente como Instituto de Saúde do Distrito Federal, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) tornou-se um pilar essencial da rede de saúde do Distrito Federal. A unidade atua como banco de dados genéticos acessível a instituições de todo o país, desempenhando um papel fundamental no estudo do DNA e de doenças genéticas. De 2019 até o momento, a equipe já realizou mais de 6 mil análises. De 2021 até agora, o Lacen-DF registrou cerca de 5 mil investigações relacionadas ao vírus SARS-CoV-2 | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Entre as pesquisas empreendidas pelo Lacen-DF, destaca-se o sequenciamento do vírus SARS-CoV-2, ferramenta crucial para monitorar variantes da covid-19 e orientar estratégias de controle e vacinação. Desde janeiro de 2021, a unidade foi responsável por quase 5 mil investigações relacionadas ao vírus. Gerente de Biologia Médica do Lacen-DF, Fabiano Queiroz Costa explica que o sequenciamento genético tem se consolidado como um instrumento essencial para a vigilância epidemiológica e o diagnóstico de agentes infecciosos. Nesse âmbito, o Lacen-DF se destaca como referência nacional no diagnóstico em Candida albicans– candidíase – e, regionalmente, em tuberculose, monkeypox e gene de resistência. “Ao sequenciarmos os genes, somos capazes de identificar os microrganismos de forma precisa e detectar mutações que podem influenciar a patogenicidade e a resistência a tratamentos” Fabiano Costa, gerente de Biologia Médica do Lacen-DF “Durante a pandemia de covid-19, o laboratório passou a se destacar como centro de referência em sequenciamento genético, atuando como peça-chave no monitoramento da evolução do vírus, identificando variantes e auxiliando no seu controle”, explica o especialista. Sequenciamento genético No Lacen-DF, o sequenciamento é feito parcialmente, por meio da metodologia de Sanger, ou por completo e de maneira automatizada, pelo NGS (Next-Generation Sequencing). “Ao sequenciarmos os genes, somos capazes de identificar os microrganismos de forma precisa e detectar mutações que podem influenciar a patogenicidade e a resistência a tratamentos”, detalha o gerente. O método Sanger, que sequencia os fragmentos de DNA individualmente, já possibilitou que o laboratório realizasse mais de 180 análises de identificação bacteriana. Por sua vez, o NGS é feito em larga escala e permite que milhões (e até bilhões) de fragmentos sejam sequenciados simultaneamente em uma única corrida. Monitoramento Os vírus influenza A e B, bem como o da dengue, também são monitorados por meio do sequenciamento, o que permite a caracterização das cepas circulantes e auxilia na previsão de surtos. Desde março de 2023, foram feitas 940 análises para influenza e 567 para dengue. O laboratório também realiza o sequenciamento do Mycobacterium tuberculosis, essencial para a detecção de mutações associadas à resistência a antibióticos, o que impacta diretamente o tratamento da tuberculose multirresistente. “Essa técnica foi implementada em março deste ano e já permitiu a análise de três casos”, esclarece a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. “Ela fortalece a capacidade de acompanhar doenças e aprimora a eficácia dos protocolos de controle e tratamento.” Lacen em números Em 2024, o Lacen-DF registrou 258 mil procedimentos, quase 60 mil pesquisas de anticorpos anti-HIV-1 e HIV-2 e cerca de 44 mil investigações de anticorpos contra hepatite B. Com mais de 170 tipos de exames laboratoriais, o laboratório processou aproximadamente 25 mil amostras para vírus respiratórios, 12,8 mil determinações de carga viral do vírus da imunodeficiência humana (HIV), 670 laudos de análise laboratorial para o programa de monitoramento de alimentos, 544 dosagens de colinesterase indicando exposição a produtos tóxicos e 256 amostras de casos suspeitos de malária. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Câncer colorretal: quase 2 milhões de novos casos são diagnosticados anualmente no mundo
A campanha Março Azul-Marinho visa conscientizar a população sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo de neoplasia (tumor) mais frequente no mundo e o segundo que mais mata: 900 mil mortes por ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1,9 milhão de novos casos são diagnosticados anualmente. Apesar do cenário, o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Gustavo Ribas, ressalta que a doença pode ser evitada. “A prevenção atinge até 40% de redução do risco de óbito nos pacientes diagnosticados precocemente com esse tipo de câncer”, afirma. Dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que, em 2023, o Distrito Federal registrou 710 novos casos da doença, com uma taxa de 22,5 ocorrências a cada 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, o número estimado de casos é de 45,6 mil neste ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1,9 milhão de novos casos são diagnosticados anualmente | Foto: Divulgação/Ebserh Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer colorretal ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no País. Como o nome sugere, a região afetada compreende o cólon e o reto, situados na parte final do intestino grosso. Praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada são, segundo Ribas, fundamentais para impedir a ocorrência de neoplasias em geral. O especialista da SES-DF também recomenda realizar consultas médicas de rotina – para localizar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência e marcar uma visita, basta acessar o Portal InfoSaúde e digitar o CEP. Sintomas Em seu início, a doença pode não apresentar sintomas. No entanto, deve-se estar atento aos seguintes sinais: presença de sangue nas fezes, cólica e desconforto em diferentes locais do abdômen ou em todo o abdômen, dores ao evacuar, alteração do hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), falta de apetite, anemia e perda de peso inexplicável, sem uma causa aparente. Grupos de risco Alguns dos principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos, sedentarismo, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade), abuso de álcool, tabagismo e maus hábitos alimentares – como o baixo consumo de fibras (verduras, leguminosas e frutas) e uma alta ingestão de carnes processadas, comumente conhecidas como embutidos (salsicha, bacon, presunto e peito de peru, por exemplo). Comer carne vermelha em excesso – mais de 500 gramas por semana – é outro motivo atribuído a maiores chances de desenvolver o câncer colorretal. A probabilidade é mais alta também em pacientes com histórico familiar de câncer colorretal, ou que já tiveram câncer de intestino, ovário, útero ou mama. São mais suscetíveis, ainda, pessoas com síndromes inflamatórias do intestino (como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn) há mais de dez anos, ou que tenham certas doenças hereditárias, tais como a polipose adenomatosa familiar (FAP) e o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Outro fator de risco consiste na exposição ocupacional à radiação ionizante (como raios-X e gama). Nesse sentido, profissionais da radiologia médica, forense e industrial, por exemplo, devem ter cuidados redobrados ao exercer suas atividades e realizar exames de rotina com mais frequência *Com informações da Secretaria de Saúde l (SES-DF)
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Capacitação avalia diagnóstico e monitoramento de infecções sexualmente transmissíveis
Profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nessa quinta-feira (13), de uma oficina sobre diagnóstico e monitoramento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Mais de 200 profissionais da rede de saúde pública participaram da oficina | Foto: Divulgação/Agência Saúde Promovido pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) em parceria com o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST (Dathi) do Ministério da Saúde (MS), o encontro reuniu mais de 200 profissionais de diferentes áreas da rede pública. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população” Erick Gusmão, enfermeiro da UBS 11 de Samambaia Durante esta semana, a Escola de Saúde Pública (ESP-DF) também promoveu uma capacitação teórica e prática para 40 servidores, que atuarão como facilitadores de testagem rápida no Distrito Federal. Pioneirismo Em janeiro, o DF se tornou pioneiro ao instituir, por meio da portaria nº 35/2024, a função de facilitadores de testagem rápida para IST. Esses profissionais, após treinamento teórico e prático, serão responsáveis por expandir a oferta de exames de HIV e outras infecções, garantindo segurança e qualidade no diagnóstico. O enfermeiro Erick Gusmão, da UBS 11 de Samambaia, um dos facilitadores formados no curso, destacou a importância da iniciativa. “Já estamos planejando os próximos passos para capacitar mais equipes”, adiantou. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população”. Testagem rápida “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica” Beatriz Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde Em 2024, a SES-DF aplicou quase 85 mil testes rápidos para sífilis e 84,3 mil para HIV. Além disso, foram feitos cerca de 64 mil testes para hepatite B e 70 mil para hepatite C. A gerente da Gevist, Beatriz Luz, enfatizou a importância da testagem rápida para diagnóstico ágil e intervenções precoces, reduzindo a transmissão e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. “Para garantir a eficácia desse processo, a capacitação dos profissionais é essencial”, reforçou. “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica.” Daniela Magalhães, uma das facilitadoras da oficina e referência técnica distrital (RTD) da Rede de Testagem Rápida da SES-DF, lembrou: “A SES-DF possui um compromisso com as boas práticas em testagem rápida. O facilitador tem esse papel de oportunizar capacitações regionalizadas, que qualifiquem o método nas localidades”. O líder da equipe de Diagnóstico do Dathi/MS, Alisson Bigolin, destacou que a capacitação busca formar multiplicadores nos territórios, ampliando a disseminação das diretrizes nacionais para diagnóstico e monitoramento laboratorial das ISTs. “Temos manuais e notas técnicas, mas precisamos que essas informações cheguem aos serviços de saúde”, pontuou. “Os facilitadores terão um papel fundamental para difundir esse conhecimento na rede.” *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dia Mundial do Rim conscientiza sobre a importância da saúde renal
Nesta quinta-feira (13), é celebrado o Dia Mundial do Rim, data criada em 2006 para conscientizar a população sobre a importância desse órgão vital e incentivar medidas de prevenção a doenças renais. No ano passado, a rede de atenção especializada da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) registrou 2,1 mil autorizações de internação para pacientes com diagnóstico de doença renal crônica (DRC), abrangendo desde atendimentos de urgência até transplantes de rim. A campanha é uma iniciativa internacional, e o tema deste ano é “Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber”. A Referência Técnica Distrital (RTD) e colaboradora em Nefrologia da SES-DF, Iara Carvalho, explica as principais causas das doenças renais. “A DRC pode ser causada por diversos fatores, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças renais preexistentes – como glomerulonefrite e pielonefrite –, obesidade e uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica”, afirma. O tema do Dia Mundial do Rim de 2025 é “Seus rins estão ok? Faça exame de creatinina para saber” | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Para a especialista, as principais medidas de prevenção da doença renal crônica incluem o controle da pressão arterial e da glicemia no sangue, a manutenção de uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e uma hidratação adequada. Ela também enfatiza a importância de consultas médicas regulares e da realização de exames preventivos para avaliar a função renal, como o exame de creatinina. “A creatinina é um resíduo produzido pela quebra da creatina, substância envolvida na produção de energia nos músculos. Quando os rins estão funcionando adequadamente, eles filtram a creatinina do sangue e a excretam na urina. O exame permite avaliar se os órgãos estão desempenhando essa função de forma eficiente, pois níveis elevados desse resíduo podem indicar problemas renais”, explica Iara Carvalho. Arte: Agência Saúde-DF Caso necessário, o exame pode ser realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência do usuário. Para localizar a UBS mais próxima, acesse aqui. Doença silenciosa O autônomo Jovemário dos Santos, 58 anos, faz tratamento de hemodiálise há dois anos no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O procedimento auxilia na remoção de impurezas do sangue por meio de uma máquina acoplada ao sistema circulatório do paciente. Ele relata que, na maior parte do tempo, a DRC quase não apresenta sintomas. “Eu já nasci com uma deficiência nos rins – comecei o tratamento em 2013, mas entrei na diálise em 2022 –, então sempre tive consciência dos sintomas”, diz. Segundo o paciente, a hemodiálise se tornou necessária quando seu quadro de saúde se agravou. “Eu comecei a me sentir muito cansado, com mal-estar e fraqueza. Cheguei a ficar dois meses internado”, conta. Além desses sinais, a DRC pode causar sintomas como inchaço pelo corpo (especialmente nas pernas), enjoo, perda de apetite e falta de ar. Atualmente em tratamento, Jovemário afirma que tem lidado bem com a doença graças à sua disciplina. “Cerca de 80% do tratamento depende da alimentação. Fiquei hipertenso aos 40 anos e, desde então, melhorei minha dieta. Hoje, mantenho as mesmas medidas de quando comecei a hemodiálise, dois anos atrás”, diz, orgulhoso. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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DF é pioneiro na triagem neonatal com teste do pezinho ampliado
Referência nacional na triagem neonatal, o Distrito Federal (DF) é a única unidade da Federação capaz de identificar até 62 doenças por meio do teste do pezinho. O exame cobre 100% dos nascidos vivos na rede pública de saúde e é considerado essencial para diagnosticar precocemente condições metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas. Desde 2011, o DF dispõe da versão ampliada do teste, sendo o mais completo do país. “O teste do pezinho é um rastreamento populacional que permite detectar doenças ainda na fase assintomática. Com isso, conseguimos iniciar o tratamento no momento oportuno, prevenindo complicações graves e até óbitos”, explica a médica e referência técnica distrital em triagem neonatal, Kallianna Gameleira. Ela ressalta que a rapidez do processo também é um diferencial: “Em uma semana, já temos os resultados para todas as 62 doenças analisadas”. Desde 2011, o DF dispõe da versão ampliada do teste, sendo o mais completo do país | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Distrito Federal foi pioneiro no Brasil ao ampliar o teste do pezinho. Até 2011, o exame cobria apenas três doenças. Com o avanço tecnológico e legislação que assegura o teste a todos os nascidos vivos (lei distrital nº 4.190/2008), esse número cresceu e hoje abrange 62. Somente no ano passado, foram feitas 37,3 mil coletas. Para garantir agilidade e segurança no processo, o Laboratório de Triagem Neonatal da Secretaria de Saúde (SES-DF) conta com tecnologia de ponta e uma equipe composta por farmacêuticos, biólogos e técnicos responsáveis pela análise dos resultados. “Cada paciente tem um código de barras vinculado ao processo, garantindo a integridade dos dados. A tecnologia permite automatizar a entrada de dados para garantir a segurança do processo de análise, assegurando resultados confiáveis”, detalha o coordenador do laboratório, Vitor Araújo. A digital influencer Iasmin Franciele é de Unaí, em Minas Gerais, e escolheu a capital federal para dar à luz aos seus filhos gêmeos. “O DF com certeza tem um diferencial. Os profissionais são mais capacitados, o hospital é melhor e o atendimento é mais rápido. Me sinto mais segura porque o teste daqui é mais amplo e aumenta a chance de detectar qualquer problema precocemente”, compartilha. Acesso universal e busca ativa Na rede pública, a coleta do teste é feita antes da alta hospitalar ou nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) até o quinto dia de vida. Mesmo bebês que nasceram na rede privada têm direito ao exame gratuito. Em caso de alterações nos resultados, o Serviço de Referência em Triagem Neonatal realiza busca ativa. “Se não encontramos a criança, acionamos até a assistência social. O objetivo é garantir que nenhum bebê fique sem o acompanhamento necessário”, enfatiza Kallianna.
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Nova metodologia aprimora o diagnóstico de coqueluche no Distrito Federal
Dados do último boletim epidemiológico sobre a coqueluche no Distrito Federal indicam um aumento significativo no número de registros da doença. Em 2024, foram notificados 575 casos suspeitos, dos quais 256 foram confirmados — 161 pelo critério laboratorial, 59 por critério clínico e 36 por critério clínico-epidemiológico. No ano anterior, apenas 34 casos suspeitos foram registrados, com cinco confirmações — duas pelo critério laboratorial e três pelo clínico. No entanto, os números dos dois anos não são diretamente comparáveis, pois, em abril de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) implementou uma nova metodologia para diagnosticar a doença. Desde abril de 2024, o Lacen-DF usa nova metodologia para detectar a bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche | Foto: Arquivo/Agência Saúde-DF “Boa parte do aumento se deve à introdução do RT-PCR [reação em cadeia da polimerase em tempo real], um método mais sensível para a detecção da coqueluche”, explica Renata Brandão, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha) da Secretaria de Saúde (SES-DF). A coqueluche é uma infecção respiratória altamente transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Até 2023, o único método diagnóstico laboratorial utilizado no Lacen-DF era o isolamento da bactéria por cultura, a partir de material colhido da nasofaringe do paciente. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente “Fatores como uso prévio de antibióticos, tempo de duração dos sintomas, idade, estado vacinal e a presença de outros patógenos na nasofaringe podem interferir no crescimento bacteriano. Já o RT-PCR permite diagnóstico até o terceiro dia de uso de antibióticos e até a terceira semana após o início dos sintomas”, destaca Brandão. O Distrito Federal é a quarta unidade da federação — depois de São Paulo, Paraná e Minas Gerais — a realizar o RT-PCR para detecção da coqueluche na rede pública. Desde 2024, o Lacen-DF também passou a realizar a testagem completa para o gênero Bordetella, abrangendo as espécies pertussis, parapertussis e holmesii. Capacitação contra resistência bacteriana Em 2023, profissionais do Lacen-DF participaram do Projeto Pertussis: Monitoramento de Resistência aos Macrolídeos, uma parceria entre a Sociedade Americana de Microbiologia e o Instituto Adolfo Lutz (IAL). O objetivo do programa é aprimorar o diagnóstico da coqueluche e identificar os fatores de risco para o surgimento e a disseminação da resistência microbiana aos medicamentos. Os servidores do Lacen-DF participaram de três treinamentos, sendo dois no Brasil e um no México, aprimorando conhecimentos em procedimentos e tecnologias específicas para o tratamento da bactéria. “A participação do Lacen-DF neste projeto é fundamental não apenas para investigar possíveis falhas no tratamento, mas também para direcionar estratégias de prevenção, controle e monitoramento epidemiológico”, afirma Grasiela Araújo, diretora do laboratório. Sintomas da coqueluche A doença evolui em três etapas: → Fase catarral: sintomas leves, semelhantes aos de uma gripe, com coriza, febre, mal-estar e tosse seca. → Fase paroxística: tosse intensa e prolongada, com acessos finalizados por uma inspiração forçada e ruidosa — o chamado guincho inspiratório. Esses episódios podem ser seguidos de vômitos, dificuldade para respirar e coloração arroxeada nas extremidades. → Fase de convalescença: os acessos de tosse diminuem gradativamente, dando lugar a uma tosse comum. O quadro é mais grave em bebês com menos de 6 meses, que ainda não completaram o esquema vacinal e apresentam maior risco de complicações, como infecções de ouvido, pneumonia, insuficiência respiratória, convulsões, lesões cerebrais e até morte. Arte: Agência Saúde-DF Vacinas e prevenção A vacinação é a principal estratégia de prevenção da coqueluche. O maior risco da doença ocorre em recém-nascidos não vacinados; por isso, é essencial completar o esquema vacinal com a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B), aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de dois reforços com a DTP (difteria, tétano e coqueluche), aos 15 meses e aos 4 anos. Além disso, a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) deve ser aplicada a cada gestação, a partir da 20ª semana, garantindo a proteção do bebê por meio da transferência de anticorpos da mãe para o feto. A vacinação é a principal medida de prevenção para a coqueluche, independentemente do período de sazonalidade | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico do bebê ainda está em formação. Por isso, além da vacinação da gestante, é fundamental seguir o calendário infantil corretamente”, reforça Brandão. A gerente da Gevitha também destaca que parteiras, estagiários e profissionais de saúde — especialmente os que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal — devem receber a vacina dTpa, conforme orientação do Ministério da Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Hospital de Base recebe equipamento de eletroforese de proteínas e hemoglobinas
O laboratório clínico do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) agora conta com um novo e moderno equipamento de eletroforese de proteínas e hemoglobinas, que traz uma grande melhoria na agilidade e precisão dos exames realizados na unidade. De acordo com Lara Cristina Malheiros, chefe do Núcleo de Laboratório Clínico, o aparelho permite a separação das frações de proteínas plasmáticas e a identificação de diferentes tipos de hemoglobinas presentes no sangue, fundamentais no diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças. Com recursos tecnológicos avançados, nova aparelhagem reduz o tempo de espera de pacientes pelo laudo | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Com a aquisição, hospital deixa de depender de laboratórios terceirizados “Este equipamento é essencial para a investigação de condições como mieloma múltiplo, cirrose hepática, doenças renais, doenças autoimunes, e anemias, além de outras patologias”, explica Lara. “Antes, realizávamos esses exames de forma manual, ou então encaminhávamos as amostras para laboratórios de apoio. Com a chegada do novo equipamento, podemos realizar o exame dentro do próprio Hospital de Base, o que garante maior agilidade na entrega dos resultados. Se antes o paciente tinha que esperar de cinco a sete dias, agora ele recebe o laudo no mesmo dia.” Resultados precisos Com a implementação da eletroforese no laboratório, o Hospital de Base será capaz de atender melhor às demandas internas, sem depender de laboratórios terceirizados – o que não só facilita o diagnóstico, mas também oferece uma resposta mais rápida para os médicos. O novo aparelho faz a análise do sangue e gera resultados com gráficos precisos e informações de modo que as bandas podem ser comparadas, possibilitando melhor evidência de alguma anormalidade. “Com esses gráficos gerados, facilita a visualização de cada banda das frações proteicas, ajudando a identificar possíveis patologias de maneira mais eficaz”, detalha a chefe do Núcleo de Laboratório Clínico. O Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea (TMO) do HBDF, ressalta que a chegada do equipamento traz benefícios significativos: “Considerando que o serviço de hematologia do HBDF é referência na Secretaria de Saúde para essa patologia e outras neoplasias hematológicas, a realização do exame no próprio hospital vai garantir celeridade nos resultados, permitindo um manejo mais eficiente dos protocolos de tratamento. Além disso, teremos acesso também ao exame de eletroforese de hemoglobinas, essencial para a avaliação de hemoglobinopatias e acompanhamento de pacientes com doença falciforme que realizam transfusão de troca em nosso hospital”. *Com informações do IgesDF
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Hospital da Criança de Brasília alia tecnologia e humanização nos exames de imagem
Desde a inauguração até o final de agosto de 2024, o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou mais de 125 mil exames de raio-X, 58 mil tomografias, 77 mil ultrassonografias e cinco mil ressonâncias magnéticas, entre outros exames importantes para o atendimento das crianças que buscam diagnóstico e tratamento no HCB. Inaugurado em 2023, o serviço de ressonância magnética do HCB conta com aparelho de alta resolução, empregado no diagnóstico e acompanhamento de tumores cerebrais e outras doenças raras e complexas | Fotos: Divulgação/HCB “Somos acionados para realizar exames nos pacientes que estão em investigação ou acompanhamento de alguma doença. Nosso principal papel é no diagnóstico, descobrir o que o paciente tem”, afirma o médico radiologista Vinícius Gomes, coordenador da Radiologia no HCB. A equipe também é responsável pelos exames de densitometria óssea e ressonância, atuando sempre que acionada pelos médicos assistentes. “Trabalhar com doenças raras e ter um aparato que possa suprir tudo que a criança precisa é muito importante” Marcos André Linhares, supervisor de Enfermagem da Unidade de Bioimagem do HCB “Em casos como a ultrassonografia e alguns exames de radiologia geral contrastada, nós fazemos os exames e laudamos; nos outros, o técnico opera a máquina, faz os exames e nós emitimos o relatório”, relata Gomes. Ele esclarece que, embora os médicos de outras especialidades solicitem os exames de imagem para verificar o diagnóstico das crianças, os radiologistas podem interferir na escolha do melhor método de investigação. “Muitas vezes, nós tomamos a decisão se aquele é o melhor exame para aquele paciente, aquela situação, aquela suspeita; podemos mudar o exame para escolher a melhor estratégia diagnóstica”, afirma. As medidas tomadas para deixar os pacientes mais tranquilos se aliam à qualidade dos equipamentos utilizados no HCB. O hospital conta com aparelhos de alta tecnologia para garantir a eficiência e agilidade nos atendimentos. “Por ser um hospital terciário, trabalhamos com aquelas doenças que são as mais diversas e as mais raras. Trabalhar com doenças raras e ter um aparato que possa suprir tudo que a criança precisa é muito importante”, diz o supervisor de Enfermagem da Unidade de Bioimagem do HCB, Marcos André Linhares. Equipamentos do HCB oferecem alto nível de precisão das imagens, proporcionando mais conforto e segurança ao paciente na definição do diagnóstico Inaugurado em 2023, o serviço de ressonância magnética do HCB conta com aparelho de alta resolução, empregado no diagnóstico e acompanhamento de tumores cerebrais e outras doenças raras e complexas, auxiliando tanto no diagnóstico precoce quanto no acompanhamento de tratamentos diversos em consonância com protocolos nacionais e internacionais de excelência. Moderno, o equipamento oferece alto nível de precisão das imagens e realiza os exames com agilidade, proporcionando mais conforto e segurança ao paciente. É possível realizar exames com anestesia e de crianças que estão recebendo infusão endovenosa, o que é um diferencial. O equipamento foi adquirido e instalado por meio de campanha de captação de recursos capitaneada pela Abrace, por meio de projeto aprovado junto ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, com um investimento da ordem de R$ 9,5 milhões. A sala onde acontecem as tomografias é ambientada com motivos da Mata Atlântica, nome do setor onde os exames de imagem são realizados A humanização do cuidado é um pilar estratégico do HCB e, dessa forma a ambientação dos equipamentos e os processos de trabalho são desenhados de forma a trazer conforto para os pacientes. A sala da ressonância foi ambientada como uma nave no espaço, enquanto a sala onde acontecem as tomografias é ambientada com motivos da Mata Atlântica (nome do setor onde os exames de imagem são realizados). Cercadas por desenhos que retratam a flora e a fauna dessa parte do país, as crianças passam pelo tomógrafo como se estivessem a bordo de uma canoa, navegando por um rio. Para reduzir o medo causado pelos equipamentos, a equipe explica todo o exame às crianças, com o auxílio de brinquedos. Segundo Vinícius Gomes, os profissionais buscam “entender os receios, medos, angústias de cada paciente e têm a habilidade de contornar essa situação; tentar acalmar a criança e fazer o exame de maneira menos traumática”, usando recursos lúdicos como o brinquedo terapêutico, contação de histórias e músicas da preferência das crianças e adolescentes. No caso de pacientes que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que precisam fazer exames de raio-X, mas não podem se deslocar de seus leitos, técnicos de radiologia levam um equipamento portátil até a criança, garantindo o atendimento no momento necessário. *Com informações do HCB
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Inclusão de autistas no mercado de trabalho abre espaço para novos talentos
Com uma população de 13 mil pessoas que, segundo a Associação Brasileira de Autismo, apresentam diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) dispõe de uma rede de unidades focadas em atendimento, diagnóstico e tratamento. O serviço também apoia os pacientes a conseguirem o primeiro emprego, um processo facilitado neste ano com a lei nº 14.992/2024, que define regras para estimular a contratação, como empregado, aprendiz ou estagiário, de pessoas com TEA. Desde que foi diagnosticada com TEA, a professora Wanessa Tirelli afirma ter encontrado todo o apoio no trabalho: “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional” | Foto: Arquivo pessoal “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos” Ana Miriam Garcia Barbosa, assistente social De acordo com especialistas da SES-DF, a promoção da inclusão de autistas no mercado de trabalho não apenas combate preconceitos, mas também abre espaço para que mostrem suas habilidades. A assistente social Ana Miriam Garcia Barbosa lembra que, para que essas pessoas sejam reconhecidas e tenham a oportunidade de uma vida mais autônoma e realizada, a sociedade precisa entender que cada indivíduo no espectro autista é único, com suas próprias capacidades e desafios. “O espectro autista é vasto, e muitos desses jovens têm necessidades leves e são extremamente competentes em suas funções”, aponta. “A diversidade no ambiente de trabalho só tem a enriquecer a todos”. Habilidades acentuadas Alguns exemplos de aptidões comuns entre indivíduos com TEA são habilidades relacionadas a questões lógicas e matemáticas, disposição para atividades repetitivas e metódicas que consistem na manutenção de uma rotina, atividades com regras e padrões bem definidos e ótima memória visual e de longo prazo. A professora de Geografia Wanessa Tirelli, diagnosticada aos 31 anos com TEA, relata ter recebido apoio no seu ambiente de trabalho, com acolhimento da chefia – situação que não é a realidade de muitas pessoas com autismo. “O diagnóstico me trouxe mais organização e consciência sobre minha condição, ajudando-me a lidar melhor com o dia a dia profissional”, diz. “Sou uma profissional tão capaz como qualquer outra”. Desafios e apoio da família Segundo Ana Miriam, há um estereótipo de que as pessoas com autismo possuem dificuldades severas em suas interações sociais ou apresentam comportamentos como a autoagressão. “Essa visão limitada impede que muitos autistas, que são altamente capazes e produtivos, tenham a chance de mostrar seu potencial”, pontua. A especialista explica que o preconceito enraizado afeta a autoestima dos adolescentes autistas, que crescem acreditando não serem capazes de se inserir no mercado de trabalho. “Muitas famílias acreditam que seus filhos não são capazes de desempenhar qualquer outra atividade, o que reforça a exclusão”, diz. “Precisamos estimular programas de estágio e jovem aprendiz. Essa inclusão é fundamental para desmistificar o diagnóstico e revelar todo o potencial produtivo desses jovens”. Centros especializados Para obter o diagnóstico do transtorno, o primeiro passo é ir à unidade básica de saúde (UBS) de referência. Após isso, há o encaminhamento a um dos quatro centros especializados em reabilitação (CERs) da SES-DF, conforme o perfil do paciente. Centro Especializado em Reabilitação do Hospital de Apoio atende adultos que precisam de reabilitação para o mercado de trabalho Os adultos que precisam de reabilitação para se adequar ao mercado de trabalho são atendidos no CER do Hospital de Apoio, que funciona de segunda a sexta-feira, exceto às quartas. Jovens também podem se preparar no Adolescentro, unidade especializada e reconhecida como referência na atenção a pacientes de 10 a 18 anos com transtornos mentais, de aprendizagem e vítimas de violência sexual. Os cuidados aos autistas também são oferecidos no CER II, em Taguatinga, e no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica, que tem como foco o público infantil e fica no Setor Hospitalar Norte, ao lado do Hemocentro. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Outubro Rosa Pet: GDF garante tratamento gratuito de câncer de mama para animais domésticos
Garantir qualidade de vida e bem-estar aos animais domésticos diagnosticados com câncer de mama é uma prioridade durante o tratamento oncológico oferecido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Serviço Veterinário Público (Hvep). No mês de conscientização e prevenção à doença, a unidade reforça a necessidade de um diagnóstico rápido para um tratamento eficaz e os cuidados necessários com os animais. Nayara Freire, oncologista do Hvep, lembra: “Nem todo câncer de mama é visível logo no início. Muitas vezes, o tumor começa pequenininho, escondido sob a pele, então é importante examinar regularmente o pet” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O câncer de mama é uma das principais causas de morte nesses animais, sendo muitas vezes diagnosticado em estágios avançados, o que complica o tratamento; então a identificação precoce da doença é essencial e contribui para a sobrevida do animal”, explica a oncologista do Hvep, Nayara Freire, que alerta: a melhor forma de evitar um diagnóstico tardio, lembra ela é o toque. “Nem todo câncer de mama é visível logo no início. Muitas vezes, o tumor começa pequenininho, escondido sob a pele, então é importante examinar regularmente o pet.” Os principais sintomas da doença incluem a presença de nódulos nas mamas, vermelhidão, ulceração da pele e secreções. Nayara orienta: “A recomendação é que os tutores realizem a palpação mamária pelo menos uma vez por mês, além de evitar a aplicação de anticoncepcionais que podem contribuir para o desenvolvimento de tumores mamários. Somente o veterinário é capaz de diagnosticar e identificar qual o tratamento mais adequado para o seu animal”. Atendimento O Hvep oferece serviços gratuitos de consultas, medicações, exames laboratoriais e de imagem, cirurgias, internação e ambulatório, entre outros. As senhas são entregues das 8h às 10h, de segunda a sexta. Helena Cerqueira frequenta o Hvep desde que a unidade foi inaugurada: “Já trouxe pelo menos oito cachorros meus. É muito bom poder contar com profissionais de altíssimo gabarito” O serviço de oncologia prestado pelo hospital foi o que salvou a vida da cadela Chiquinha, que recebe tratamento para câncer de intestino desde fevereiro deste ano. “Hoje, durante a consulta, a doutora detectou um nódulo na mama dela e solicitou novos exames para constatar a possibilidade de câncer, então ter esse serviço acessível é muito importante para fazer esse acompanhamento e garantir qualidade de vida para ela”, disse a tutora dela, Helena Cerqueira, 57. Moradora de Vicente Pires, Helena conta que outros pets dela já fizeram tratamento no Hvep: “Venho aqui desde 2018, quando a unidade abriu, e já trouxe pelo menos oito cachorros meus. Sou muito agradecida pelo serviço e considero a unidade uma referência no atendimento veterinário no DF. É muito bom poder contar com profissionais de altíssimo gabarito”. Para a diretora do Hvep, Lindiene Samayana, o serviço da oncologia disponibilizado pelo hospital possibilita mais atenção ao tema. “Durante os atendimentos, a gente busca conscientizar os tutores sobre os cuidados necessários para a prevenção do câncer de mama, além de promover palestras no hospital e investir em campanhas nas redes sociais”, reforça. Prevenção da doença A castração precoce é recomendada como uma das formas mais eficazes para reduzir o risco de câncer de mama, ao controlar a exposição hormonal. O procedimento é indicado após os seis meses de vida dos animais, quando normalmente ocorre o primeiro cio, ou seja, quando a cachorra ou a gata apresentam sangramento. “Nessa fase, há uma diminuição na chance de surgimentos de tumores mamários, além de outras doenças”, explica a veterinária da Secretaria de Proteção Animal, Mariana Rezende. Para facilitar o acesso à castração, o GDF oferece o serviço de agendamento online por meio do Agenda DF, com atendimento em clínicas no Gama, em Samambaia e no Paranoá. “Temos também campanhas presenciais para cadastro de quem não possui acesso à internet”, informa a médica. Serviço Serviço Veterinário Público do DF (Hvep) ⇒ Funcionamento: das 7h30 às 17h, de segunda a sexta-feira. ⇒ Localização: QNF, Parque Lago do Cortado – Taguatinga Norte.
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Novo aparelho de ressonância magnética do Hospital de Base aperfeiçoará diagnóstico de alta complexidade
A Radiologia do Hospital de Base se prepara para o recebimento de um novo aparelho de ressonância magnética que está previsto para entrar em operação até o início de 2025. Segundo a gerente de Apoio e Diagnóstico Terapêutico, Elaine Araújo, a ressonância magnética poderá ser utilizada por diversas especialidades, como neurologia, ortopedia, cardiologia, oncologia e obstetrícia. “Esse é um equipamento de diagnóstico por imagem sem radiação, que oferece reproduções de alta resolução e detalhamento, permitindo uma visualização de estruturas anatômicas em profundidade”, disse. A chegada da ressonância magnética ao Núcleo de Radiologia e Imagenologia do Hospital de Base será de avanço para o serviço de diagnóstico por imagem do Distrito Federal. É um aparelho capaz de realizar exames não invasivos com bastante precisão, cujo objetivo é detectar, diagnosticar e monitorar o tratamento de doenças, além de poder ser recomendado para uso por pacientes de todas as idades, incluindo crianças e gestantes”, explica Elaine. Esse será o único aparelho do tipo na saúde pública do DF. O aparelho foi entregue no último dia 15 e já se encontra na sala onde vai funcionar, dentro da Radiologia do Hospital de Base | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Quando instalado, o aparelho poderá ofertar, a princípio, uma média 15 exames por dia, tendo como objetivo a ampliação dos procedimentos de alta complexidade. “A regulação desse exame será realizada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e obedecerá a uma fila de prioridades definidas pelo protocolo de classificação de risco. A instalação da Ressonância Magnética representa um avanço tanto para o hospital quanto para a comunidade” conclui Elaine. O aparelho foi entregue no último dia 15 e já se encontra na sala onde vai funcionar, dentro da Radiologia do Hospital de Base. Apesar disso, ainda são necessárias algumas etapas antes que o aparelho possa atender a população. Além de ser finalizada a montagem do equipamento, a reforma da sala em que ele está instalado só pode ser concluída com o aparelho já in loco, uma exigência do fabricante. Conforme a assessora técnica Karen Letícia Cardozo Vasco, da Assessoria de Relações Institucionais (ASREI) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Feral (IgesDF), a verba para a compra do novo aparelho de ressonância magnética veio por meio de um programa do Ministério da Saúde e foi no valor de R$ 5.285.000,00. De acordo com a gerente da ASREI, Mariana Diniz, a assessoria de relações institucionais do IgesDF é primordial nesse processo de captação de recursos junto a deputados e órgãos concedentes. “Temos um corpo técnico que atua de maneira precisa e constante na fase de proposição junto ao Ministério da Saúde e órgãos concedentes, até a prestação de contas. Os processos de melhoria são implementados de maneira constante, de modo que o Instituto tem alcançado grandes resultados em execução neste último ano”, completa. *Com informações do IgesDF
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Divulgado calendário para próximos eventos do Pdot
A equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) apresentou aos integrantes do Comitê de Gestão Participativa (CGP) o calendário para os próximos eventos relacionados à revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot). A próxima reunião do comitê será em 25 de setembro, às 14h30, para continuar os debates sobre o processo de revisão do Pdot; a segunda audiência pública está prevista para 19 de outubro. Comitê se reuniu no auditório da sede da Seduh para falar sobre o diagnóstico do Pdot e apresentar o cronograma de ações | Foto: Divulgação/Seduh O cronograma foi mostrado na noite de quarta-feira (28), durante reunião ordinária do comitê no auditório da sede da Seduh. Na ocasião, a equipe técnica pontuou que o objetivo da próxima audiência é apresentar à população a complementação do diagnóstico do Pdot, com o cruzamento das leituras técnica e comunitária, além de análises complementares do território. “Tendo finalizado o diagnóstico, a etapa de proposta se inicia exatamente após a audiência pública, em uma bateria de reuniões por eixo temático que vão acontecer de 21 a 31 de outubro com o GTI [Grupo de Trabalho Interinstitucional]”, lembrou o coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana da Seduh, Mário Pacheco. Oficinas O GTI é formado por técnicos do Governo do Distrito Federal (GDF) e integrantes do CGP. Com a presença de todos, será possível detalhar o resultado dos estudos técnicos da Seduh sobre cada eixo do Pdot, com suas problemáticas e possíveis soluções, para que os servidores e representantes da sociedade civil possam debater a respeito de cada temática que envolve a revisão do Plano Diretor. “A ideia é que as propostas construídas com o GTI sirvam de ponto de partida para discutirmos com a população, que apresentará suas próprias contribuições, considerações e aprimoramentos às soluções propostas” Mário Pacheco, coordenador de Planejamento e Sustentabilidade Urbana da Seduh Depois disso, a expectativa é que em novembro se inicie com a população as oficinas por unidades de planejamento territorial (UPTs) – que representam grupos de regiões administrativas (RAs). Nessa etapa, a equipe da Seduh apresentará propostas de soluções para as problemáticas levantadas pela sociedade durante a etapa de diagnóstico do processo de revisão. Representante do Fórum das Águas, Guilherme Jaganu pontuou que seria importante, ao longo do processo, ter uma tenda ou van na Rodoviária do Plano Piloto que informasse a população diariamente sobre a revisão do Pdot. “O alcance seria espetacular, porque passam ali pessoas do DF inteiro”, ponderou. Em dezembro, será a vez de promover reuniões públicas para discutir grandes temas do Pdot, a exemplo do zoneamento, instrumentos urbanísticos e do sistema de participação. “A ideia é que as propostas construídas com o GTI sirvam de ponto de partida para discutirmos com a população, que apresentará suas próprias contribuições, considerações e aprimoramentos às soluções propostas”, explicou Mário Pacheco. Mais audiências Após todas as reuniões, a previsão inicial é que uma terceira audiência pública seja marcada para janeiro de 2025, com propostas e mapas representativos. Em fevereiro, o material seria consolidado e discutido pela câmara técnica do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). Em março, a quarta e última audiência pública sobre o processo de revisão do Pdot seria marcada. A partir disso, a expectativa é que em abril o texto finalizado seja enviado para a deliberação do Conplan. Depois disso, estará apto a ser analisado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Todas as considerações e sugestões apresentadas pelo CGP serão analisadas e discutidas junto à Seduh. *Com informações da Seduh-DF
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Estratégia de atendimento à beira-leito garante melhor adesão a tratamento no HSol
Se as visitas aos pacientes do Hospital Cidade do Sol (HSol) fossem realizadas no período da manhã, os familiares e amigos perceberiam uma cena curiosa: vários profissionais da unidade, portando pranchetas e canetas, se reunindo diariamente à beira dos leitos de cada um dos internados, discutindo o caso e a conduta clínica com os acompanhantes e pacientes. Sistema permite a atuação integrada de diversos profissionais da área de saúde | Foto: Divulgação/IgesDF “Com o round, conseguimos enxergar o paciente em 360 graus, sob pontos de vista das múltiplas especialidades, e isso tem um impacto muito significativo no desfecho do tratamento” Suzana da Câmara Tavares, médica do Hospital Cidade do Sol Esse é o round multidisciplinar beira-leito, estratégia implementada no HSol desde que o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) assumiu a unidade e que vem ajudando a prestar um atendimento mais eficiente. Médicos, enfermeiros, farmacêuticos clínicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas têm a atuação integrada por meio desse sistema. “Com o round, conseguimos enxergar o paciente em 360 graus, sob pontos de vista das múltiplas especialidades, e isso tem um impacto muito significativo no desfecho do tratamento”, avalia a médica Suzana da Câmara Tavares. “Cada serviço elenca problemas relacionados ao paciente e são propostos ajustes de conduta que possam otimizar o plano terapêutico necessário”, explica a coordenadora médica do HSol, Juliana Barros. “Tal estrutura permite mais segurança ao paciente, minimização de danos e organização precoce da alta hospitalar com base nos fluxos e protocolos institucionalizados, garantindo otimização dos recursos gastos pelo hospital.” Recuperação Suzana Tavares reforça que o round tem sido fundamental para uma recuperação mais rápida do paciente: “Conseguimos fazer um inventário da sua história clínica, estado nutricional, viabilidade da nutrição via oral e discutimos qual a melhor estratégia para aquele paciente considerando sua rede de apoio. Conseguimos dar suporte psicológico e ver quanto o estado emocional e as relações familiares impactam as manifestações clínicas da doença”. A médica ressalta ainda a atuação de outras áreas dentro do round: “Frequentemente identificamos situações de vulnerabilidade social e atuamos de forma ativa na busca apoio e soluções mais pertinentes ao contexto do paciente. Avaliamos juntos lesões cutâneas, status ventilatório, quadros infecciosos, discutimos os pareceres dos especialistas que nos dão suporte, enfim, observamos dia após dia a progressão dos nossos pacientes de modo acurado. Isso só é possível através de um round multidisciplinar”. O round beira-leito integra o paciente e acompanhante nas decisões de conduta, reforça as orientações e garante maior adesão ao tratamento. A comunicação integrada resulta em um tratamento individualizado, centrado no paciente. “Já tivemos rounds que duraram quatro horas de debate – isso devido ao compromisso que temos em conhecer a história clínica e as particularidades de cada paciente”, relata a médica. “A principal missão do Hospital Cidade do Sol é servir os pacientes com um atendimento humanizado e resolutivo”. *Com informações do IgesDF
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Profissionais de saúde participam de capacitação sobre HIV/Aids
A Secretaria de Saúde (SES-DF) está realizando, nesta quinta (1º) e sexta-feiras (2), capacitação sobre prevenção, diagnóstico e cuidado integral às pessoas com HIV/Aids. O objetivo desse treinamento é atualizar profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) sobre o tema, com foco nas profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP) e na Terapia Antirretroviral (TARV), visando ampliar o atendimento relacionado à infecção nas unidades básicas de saúde (UBSs). Ministrado na Escola do Governo (Egov), o curso é dividido em duas turmas com 175 médicos, enfermeiros e farmacêuticos que atuam nas UBSs. A capacitação aborda tópicos como profilaxias e terapia antirretroviral na Atenção Primária, além de vigilância epidemiológica e assistência farmacêutica | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “A expansão da PrEP e da TARV para APS é uma novidade que estamos implementando no DF. Essas estratégias de prevenção e tratamento devem estar presentes nas UBSs. Iniciamos essa expansão em dezembro com a primeira turma de UBS piloto e agora estamos ampliando para incluir novas UBSs. Seguimos o modelo de municípios que já adotaram essa prática com sucesso”, afirma a representante da Câmara Técnica de HIV/Aids, Camila Damasceno. “Essa estratégia de prevenção e tratamento deve estar presente nas UBS”, afirma a representante da Câmara Técnica de HIV/aids, Camila Damasceno Para a médica de família Aclair Dallagranna, o curso é uma maneira de aumentar a acessibilidade dos usuários. “Lidamos diariamente com muitas condições e essa capacitação me permite atualização para acompanhar e fazer prescrições com mais segurança às pessoas que procurarem a unidade em busca desse atendimento”, disse. Uma das palestrantes desta quinta-feira (1º), a psicóloga do Projeto Com-Vivência, do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Eliane Seidl, destacou a relevância do acolhimento qualificado dos pacientes. “É igualmente importante no aconselhamento pré e pós-teste incentivar a reflexão sobre como e quais mudanças de práticas e comportamentos reduzem os riscos. Isso permite ao paciente avaliar os riscos da infecção pelo HIV e decidir sobre a testagem, conhecer o seu resultado e receber orientação preventiva, de forma confidencial”, explicou. Outro tema abordado foi a importância da vigilância epidemiológica, que desempenha papel crucial na gestão e prevenção de doenças infecciosas, como o HIV, dentro da APS. Além de informar sobre a prevalência e incidência, também orienta a prática clínica e as políticas de saúde para otimizar os resultados na prevenção e tratamento das infecções. Organizado pela Câmara Técnica de HIV/Aids (CAT-HIV/Aids), o curso aborda tópicos como Profilaxia Pós-Exposição (PEP), Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e Terapia Antirretroviral (TARV) na APS, além de vigilância epidemiológica e assistência farmacêutica. A capacitação das duas turmas ocorre das 8h às 17h30 e combina aulas expositivas teóricas e treinamento prático com testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). *Com informações da SES-DF
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Estratégia Saúde da Família aproxima relação com comunidade do Recanto das Emas
“A gente pode confiar no senhor?” Essa foi a pergunta que fizeram ao clínico geral do Programa Mais Médicos, Marcio Serrano, que atua na Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 do Recanto das Emas. Dispostos a criar vínculo com cada paciente, médico e equipe apostam na essência da Estratégia Saúde da Família (ESF), por meio da proximidade com a população, para acolher demandas e tirar dúvidas além das paredes dos consultórios. “É na construção dessa relação que conseguimos ouvir as queixas, acolher e entender as demandas, falar sobre o que devem fazer, onde devem ir, como funcionam os fluxos e assim otimizar todo o serviço de saúde” Marcio Serrano, clínico geral do Programa Mais Médicos Para isso, a Equipe de Saúde da Família (eSF) da UBS concilia atendimentos e encontros com a comunidade como estratégia para alcançar ainda mais pessoas. Toda semana, às terças-feiras, são realizadas reuniões com os pacientes locais. Por meio desse processo, a equipe faz prevenção, diagnóstico, acompanhamento e cria vínculo. “É na construção dessa relação que conseguimos ouvir as queixas, acolher e entender as demandas, falar sobre o que devem fazer, onde devem ir, como funcionam os fluxos e assim otimizar todo o serviço de saúde”, explica o médico, que faz especialização em Medicina da Família e Comunidade. Na reunião de terça (16), no Salão Paroquial São Miguel, no Recanto, a professora aposentada Agna Xavier, 60 anos, sentiu algo que há tempos não sentia. “Consegui ver algo, percebi uma atenção, a forma de falar, parece que enxergam a gente de verdade”, afirma. Agna foi uma das mais de 50 pessoas que foram ao encontro destinado aos moradores da Quadra 106. Ela foi diagnosticada com um câncer de pele há cinco anos. Do diagnóstico ao acompanhamento, tudo foi feito na UBS. “Agradeço imensamente por isso.” Agna Xavier foi uma das mais de 50 pessoas que foram ao encontro destinado aos moradores da Quadra 106. Ela foi diagnosticada com um câncer de pele há cinco anos. Do diagnóstico ao acompanhamento, tudo foi feito na UBS | Foto: Sandro Araújo/Novacap Celi Fernandes Corrêa, 59 anos, também acredita que tem motivos para comemorar. Ela e as duas filhas fizeram todo o pré-natal na UBS e as consultas dos netos são todas na unidade. Hoje, para cuidar do corpo e da mente, Celi também faz atividade física por meio de serviços oferecidos no local. “Tudo que procurei sempre consegui, mas agora, com essas reuniões, com o médico aqui perto, é uma coisa que nunca tinha visto. Muito mais organizado”, comenta. Segundo Ana Cláudia Rodrigues, presidente do Conselho de Saúde da região, a proximidade entre especialistas e comunidade é um passo à frente para melhorar o serviço de saúde. “É assim que vamos conseguir estar perto da população, ouvir o que eles precisam e fazer alguma coisa, porque muitas vezes, sem esse vínculo, os tratamentos ficam pelo meio do caminho. Nesse formato, a população tem mais segurança”, pondera. A partir dessa proximidade, é possível orientar de forma mais precisa, transmitir informações adequadas de acordo com a escuta qualificada e com garantia da oferta de tratamento do início ao fim. “Estamos em um momento de abrir uma nova página, começar uma nova história, em que a gente possa fazer melhor”, completa o médico da ESF. Estratégia Saúde da Família Há sete anos, o Distrito Federal aderiu à ESF, que completou 30 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) em abril de 2024. A taxa de cobertura no DF passou de 33,74%, em 2017, para 76,79%, em 2023. Somente em 2024, foram realizados mais de 1,1 milhão de atendimentos individualizados. Atualmente, 632 equipes fazem o atendimento de 2.177.510 de pessoas vinculadas. Quem ainda não estiver cadastrado para receber os cuidados das equipes, pode procurar a UBS mais próxima de casa. Como parte da constante melhoria do trabalho realizado no atendimento à população, o Programa de Qualificação da Atenção Primária do Distrito Federal (Qualis-APS) já certificou 116 especialistas e 1.011 concluintes do curso de aperfeiçoamento em ESF. A iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem também participação da Universidade de Brasília (UnB) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). *Com informações da SES-DF
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Rede pública de saúde já oferece angiotomografia de coronárias
Equipes de radiologia e diagnóstico do Hospital Regional do Gama (HRG), junto à cardiologia da unidade, realizaram as primeiras angiotomografias de coronárias (angio CT) da rede pública do Distrito Federal. O exame auxilia na identificação de malformações congênitas e aneurismas, dentre outras enfermidades. A angiotomografia é feita quando há suspeita de alguma doença nos vasos sanguíneos do coração | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O confeiteiro Eric de Morais, 34 anos, passou pelo exame. Após acompanhamento com cardiologista da Secretaria de Saúde do DF (SES), o paciente foi encaminhado à angio CT para investigação de sintomas que o incomodam: dor no peito e fadiga. “Foi muito tranquilo. O resultado não apresentou nada de anormal, nem mesmo gordura acumulada. Então, vou continuar a sondar para entender o que pode estar acontecendo”, conta. O planejamento para a realização dos primeiros exames iniciou em meados de outubro de 2023. “Ao visitar unidades hospitalares federais e privadas, percebemos que já tínhamos a estrutura necessária e o contraste apropriado. Só reativamos o monitor cardíaco e incluímos o exame”, detalha o gerente substituto de Assistência Multidisciplinar e Apoio Diagnóstico (Gamad), Márcio Teixeira da Costa. O resultado, segundo o profissional, apresentou qualidade técnica excelente. O HRG é um dos três hospitais do Distrito Federal que possuem equipamento com os requisitos mínimos para a realização da angio CT Atual chefe do Núcleo de Radiologia e Imagenologia (Nuri) do HRG, Vinícius Alves Bezerra ressalta que o pontapé inicial foi dado, mas há trabalho pela frente. “Precisamos sistematizar e treinar a equipe envolvida no processo de realização do estudo, que possui algumas particularidades. Mas já podemos dizer que a angiotomografia de artérias coronárias é viável na rede pública”, afirma. Para que os procedimentos ocorressem, foram adquiridos contrastes específicos, monitores multiparamétricos e aparelhos de pressão, entre outros insumos. Além disso, as equipes envolvidas se asseguraram de que o equipamento preenchia os requisitos mínimos para que a angio CT fosse bem-sucedida. Sobre o exame A angiotomografia CT analisa as artérias coronárias, responsáveis por levar sangue para o coração. “O exame permite avaliar a anatomia das artérias e o mais importante: se o paciente teve alguma obstrução significativa no fluxo de sangue”, explica Bezerra. Em geral, o exame é feito quando há suspeita de alguma enfermidade aterosclerótica coronária – doença nos vasos sanguíneos do coração e principal causa de mortalidade, por exemplo, em infartos. Com a angio CT, é possível, ainda, avaliar outras patologias, como malformações congênitas, aneurismas, dissecção, anatomia das câmaras cardíacas e até a função cardíaca. Para realizar o exame, o paciente passa por um jejum mínimo de quatro horas; medicações à base de metformina e de sildenafil precisam ser suspensas 24 horas antes Como fazer? Por se tratar de um exame de panorama 3, o usuário deve ser encaminhado pelo Complexo Regulador. Quem faz a indicação é o médico cardiologista da rede pública de saúde. No preparatório, o paciente passa por um jejum mínimo de quatro horas antes da realização do exame. Medicações à base de metformina e de sildenafil (Viagra, Pramil, Cialis) precisam ser suspensas 24 horas antes, sendo reiniciadas 48h após. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Hospital faz teste de atividade física para chegar a diagnóstico de asma
O dia 7 de maio é considerado o Dia Mundial de Combate à Asma, doença inflamatória e crônica que afeta os brônquios, interferindo na respiração. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) acompanha crianças e adolescentes com a doença e realiza, desde 2023, testes de broncoprovocação por exercício físico. “Existem perguntas que os pais podem se fazer. A criança cansa mais que os colegas da mesma idade? Precisa parar a brincadeira? Quanto tempo demora para se recuperar? Interrompe o jogo para tossir? Consegue voltar a brincar?” Carmen Martins, pneumologista O exame, realizado com esteira ou bicicleta ergométrica, verifica a reação do pulmão à atividade física – informação importante para o diagnóstico. “Poucos lugares no Brasil fazem esse teste, ainda mais para o público pediátrico. No Distrito Federal, só o HCB realiza. Fazemos o teste em crianças com mais de seis anos de idade, porque já conseguem fazer esteira”, explica a pneumologista do HCB Carmen Martins. O teste começa com uma espirometria, para medir a capacidade respiratória da criança ou adolescente; em seguida, o paciente precisa iniciar o exercício físico. “Colocamos ele para andar muito forte por seis minutos, buscando 90% da carga cardíaca. Todos nós – médica, enfermeiro e técnica de enfermagem – acompanhamos os sintomas, incentivamos a criança e monitoramos as frequências”, descreve Martins. Durante todo o procedimento, a equipe está preparada para intercorrências. Após a etapa da esteira, são realizadas novas espirometrias. O HCB é o único hospital do DF a realizar o exame com esteira ou bicicleta ergométrica para verificar a reação do pulmão à atividade física, informação importante para o diagnóstico de asma | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Segundo a pneumologista, o teste “é indicado para o paciente que descreve cansaço na atividade física, tem suspeita de asma; que se cansa e sente um chiado no peito quando se exercita”. A médica explica que a reação das crianças ao esforço físico é justamente um dos sinais de alerta para a doença – por isso, a família consegue perceber alguns sinais. “Existem perguntas que os pais podem se fazer. A criança cansa mais que os colegas da mesma idade? Precisa parar a brincadeira? Quanto tempo demora para se recuperar? Interrompe o jogo para tossir? Consegue voltar a brincar?”, relata a médica. Isabella Almeida, 8 anos, passou pelo teste em 2021 – ela precisou de tratamento para covid-19 no HCB e, durante o acompanhamento, a equipe soube do histórico respiratório da menina. “Ela tem um quadro de cansaço desde pequena, mas não era acompanhada. Quando teve covid, precisou ser internada no Hospital da Criança de Brasília e chegou ao diagnóstico de asma grave. Desde então, é acompanhada pelo hospital”, relembra Silvania Almeida, mãe de Isabella. Ela conta que o método de realização do teste foi um diferencial para a filha: “Quando viu que o teste era na esteira, ela gostou. Comparou com uma academia e se preparou para o teste, só que teve uma dificuldade, precisou descansar e ser medicada antes de continuar”. Assim que o resultado foi liberado, Isabella iniciou o tratamento. Satisfeita pela agilidade no tratamento, ela já percebe melhora na qualidade de vida da filha: “No geral, ela melhorou. Ainda tem um cansaço constante, mas já até coloquei na natação, para fortalecer o pulmão. Ela gosta muito de nadar”. O teste de broncoprovocação por exercício físico agiliza o diagnóstico da asma. Sem ele, os profissionais dependem da avaliação clínica para saber se a atividade física está levando à contração dos brônquios da criança – o fenômeno, chamado broncoespasmo, dificulta a respiração. O procedimento, que também pode ser realizado com uma bicicleta ergométrica, foi implementado depois que uma médica de outra especialidade doou a esteira ao hospital. “A nossa equipe treinou, simulou os eventos que poderiam acontecer. Não fazemos o teste em crianças com doença restritiva, que já não têm boa saturação; porém, se a criança já tem asma e ainda assim sente muito cansaço, ou se ainda está com suspeita, pode fazer”, explica Martins. O próximo passo da equipe é reunir os dados coletados por meio do teste de broncoprovocação para analisar as informações, visto que o Hospital da Criança de Brasília também se dedica ao ensino e à pesquisa. “Esperamos qualificar, identificar o paciente com melhor precisão; ter um olhar mais acurado. Às vezes, com base no resultado do teste, vamos precisar mudar o alvo terapêutico do tratamento. O médico assistente pode interpretar que deve adicionar um medicamento à terapêutica, por exemplo”, afirma a pneumologista. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília
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Laboratório é peça-chave para diagnóstico, pesquisa e vigilância na rede pública de saúde
Criado originalmente como Instituto de Saúde do Distrito Federal, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) desempenha papel crucial na rede da capital federal. Em 2023, mais de 488.581 exames foram realizados pelos profissionais da unidade. Apenas neste ano, até o fim de março, o quantitativo já ultrapassava os 176 mil diagnósticos. Recentemente, o laboratório passou por reformas, com a implantação do diagnóstico molecular de doença de Chagas e malária, além do sequenciamento genômico do vírus influenza e da dengue. Mais de 480 mil exames foram realizados pelo Lacen-DF em 2023; já no primeiro trimestre deste ano, o quantitativo ultrapassava os 105 mil | Fotos: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF No local, três grandes gerências são responsáveis pela realização das análises: de Biologia Médica (GBM), de Controle de Qualidade de Produtos e Ambientes (GCQPA) e de Medicamentos e Toxicologia (GMTOX). Em números, no ano passado, a GBM elaborou 438,2 mil exames; a GCQPA, 37,3 mil; e quase 13 mil foram realizados pela GMTOX. No primeiro trimestre de 2023, foram 120 mil análises: 111 mil na GBM. 7,1 mil na GCQPA e 1,8 mil na GMTOX. Considerando o mesmo período em 2024, os índices chegaram a 167,4 mil exames pela GBM, 4,9 mil pela GMTOX e 4 mil pela GCQPA. “Conseguimos garantir uma segurança à população em relação aos alimentos consumidos e à água utilizada” Grasiela Araújo da Silva, diretora do Lacen-DF O Lacen-DF realiza mais de 170 tipos de exames laboratoriais, como os de análise toxicológica, de bactérias, botulismo, brucelose, doença de Chagas, chikungunya, citomegalovírus. coqueluche, coronavírus, dengue, tuberculose, difteria, enteropatógenos, esquistossomose, febre amarela, febre maculosa, filariose, hanseníase, hantavirose, HIV. HPV (papilomavírus), infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), leishmaniose, leptospirose, malária, monkeypox e hepatites A, B, C e aguda de etiologia a esclarecer . “Em ações de vigilância sanitária, realizamos análise tanto de qualidade da água quanto de alimentos para consumo humano, além da verificação de medicamentos e produtos para a saúde. Na parte de monitoramento epidemiológico, investigamos doenças de notificação, como covid-19 e arboviroses”, detalha a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. Ao todo, o laboratório central possui 218 servidores no quadro de pessoal. Entre os 64 especialistas em diversas áreas, são 39 profissionais com grau de especialização, 16 com mestrado e nove doutores. Com mais de 170 tipos de exames na lista de diagnósticos, o Lacen-DF se destaca como referência em resultados de tuberculose, candidíase, monkeypox e gene de resistência Alimentos As análises fisicoquímicas em água e alimentos são feitas pelo Núcleo de Química de Alimentos (NQA), que recebe, aproximadamente, 150 amostras por semana. Ali os profissionais examinam a qualidade da água para consumo humano ou para processos industriais de preparo de alimentos, verificando, entre outros itens, o teor de sódio. Em um trabalho conjunto, o Núcleo de Microbiologia de Alimentos e Ambientes é responsável pela análise fiscal e de orientação nas áreas de microbiologia e microscopia de alimentos e ambientes. Adicionalmente, são verificadas também denúncias e surtos em alimentos e amostras ambientais do DF. “Nessa parte do laboratório, conseguimos garantir uma segurança à população em relação aos alimentos consumidos e à água utilizada”, explica a diretora. O laboratório conta com equipe altamente qualificada composta por mais de 60 especialistas, sendo 39 profissionais com grau de especialização, 16 com mestrado e nove doutores Vigilância epidemiológica No âmbito da vigilância epidemiológica, o Lacen-DF se destaca como referência nacional no diagnóstico em Candida albicans, popularmente conhecida como candidíase, e, regionalmente, em tuberculose, monkeypox e genes de resistência. “Com a vigilância genômica, verificamos e explicamos alguns comportamentos de doenças na população, como o aumento e a gravidade de casos” Grasiela Araújo da Silva, diretora do Lacen-DF No combate à tuberculose, o laboratório fornece diagnósticos precisos, contribuindo para o controle da doença. Já em termos de bactérias, a pesquisa em genes de resistência permite identificar padrões de resistência e antibióticos, orientando estratégias de tratamento mais eficazes. Em relação à monkeypox, a unidade possui capacidade de identificar e diagnosticar os casos de forma ágil. “O Lacen-DF é primordial na execução dessas análises, pois conseguimos fazer uma sorotipagem e, por meio da metodologia PCR, identificar, diferenciar e saber o que está circulando. Além disso, fazemos o trabalho de sequenciamento das amostras dos vírus. Com a vigilância genômica, verificamos e explicamos alguns comportamentos de doenças na população, como o aumento e a gravidade de casos”, diz Silva. Durante a pandemia de covid-19, o laboratório se destacou e atuou como centro de referência em sequenciamento genético, atuando com uma peça-chave no monitoramento da evolução do vírus, identificando variantes e auxiliando na elaboração de estratégias de controle e vacinação. Origem O Lacen-DF foi criado em abril de 1978 como Instituto de Saúde do Distrito Federal (ISDF). O objetivo era desenvolver, em parceria com outros órgãos, um sistema de vigilância sanitária, epidemiológica, controle de zoonoses, de sangue e hemoderivados. Em 2000, o ISDF foi extinto e o Lacen-DF surgiu. Em 2011, a Secretaria de Saúde (SES-DF) passou por uma reestruturação, em que o laboratório, por questões técnicas, teve sua denominação alterada para Diretoria do Laboratório Central de Saúde Pública, subordinado diretamente à Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS). *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Rede pública tem centro de referência para o tratamento de síndrome de Down
Com 2.312 pacientes cadastrados, o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) é exemplo não apenas no Distrito Federal e região do Entorno, mas para outros estados do país no atendimento a pessoas com síndrome de Down, contemplando desde gestantes que recebem o diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 a todas as faixas etárias da vida. Bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos encontram atendimento humanizado e interdisciplinar no local, que atualmente funciona nas dependências do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “A cada 700 nascimentos, ocorre um com essa alteração, por isso estamos fortalecendo cada vez mais as políticas públicas nessa área. Em breve, estaremos celebrando a inauguração desse novo centro” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, as tratativas para a implementação da sede do centro de referência estão em fase final de licitação. “O novo local está previsto para funcionar na Quadra 612 da Asa Sul, com um amplo espaço para o CrisDown, CAPS e um Centro de Especialidade e Reabilitação, em 2025”, adiantou durante cerimônia de homenagem ao Dia da Síndrome de Down, realizada na sede da Associação DFdown. “A cada 700 nascimentos, ocorre um com essa alteração, por isso estamos fortalecendo cada vez mais as políticas públicas nessa área. Em breve, estaremos celebrando a inauguração desse novo centro”, afirmou a gestora da pasta. A fisioterapeuta e responsável pelo Centro CrisDown, Carolina Vale, destaca a relevância do projeto da nova sede para que a Secretaria de Saúde (SES-DF) expanda o número de atendimentos. “A cada 700 nascimentos, ocorre um com essa alteração, por isso estamos fortalecendo cada vez mais as políticas públicas nessa área. Em breve, estaremos celebrando a inauguração da nova sede do CrisDown”, afirma a gestora da Saúde no DF | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “Quando a sede estiver pronta poderemos oferecer um número maior de atendimentos, com maior variedade de estímulos. Teremos mais salas, ginásio, jardim e auditório. Além disso, poderemos contar com a parceria de universidades para a realização de residência e estágio, o que faz com que o conhecimento que temos possa ser expandido para futuras gerações, fazendo com que o serviço nunca pare”, explicou. Dia de conscientizar Juliana Carvalho, mãe de Lucas, 3 anos, afirma que o programa da Secretaria de Saúde foi fundamental para lidar com o diagnóstico e o desenvolvimento do filho com síndrome de Down O Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, foi criado para conscientizar a população e promover a inclusão. O tema deste ano para lembrar a data é Chega de estereótipos, abaixo o capacitismo. “Ao longo da vida, as pessoas com síndrome de Down muitas vezes são subestimadas, suas potencialidades ignoradas e seus futuros desconsiderados. Recentemente, me deparei com a pergunta: por que elas são vistas como eternas crianças? Essa questão me chocou profundamente. É incrível como essa percepção está tão arraigada na sociedade”, ressalta Vale. O Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) é exemplo não apenas no Distrito Federal e região do Entorno, mas para outros estados do país no atendimento a pessoas com síndrome de Down O capacitismo, que é definido como a discriminação e o preconceito direcionado a pessoas com deficiência, é justamente uma prática a ser evitada e, de acordo com a gerente do CrisDown, o centro atua nesse contexto. “Fornecemos informação para aqueles que desconhecem, oferecendo apoio às famílias com bebês recém-nascidos, e mostrando que o aprendizado e o crescimento não têm limites, mesmo na vida adulta. O serviço que oferecemos é vital para garantir que todos possam viver suas vidas com dignidade e plenitude”, concluiu. Atendimento Para oferecer um acompanhamento mais eficaz e contínuo às famílias, a SES-DF lançou, em 2013, o projeto CrisDown, que acolhe e acompanha pacientes em todas as fases da vida. Com mais de 10 anos de história, a iniciativa já apoiou cerca de 2,3 mil famílias, contando com uma equipe multidisciplinar. O trabalho não se limita apenas à pessoa com síndrome de Down, mas engloba toda a família, oferecendo orientação. Gestantes que recebem o diagnóstico da trissomia também recebem apoio durante a gravidez para se prepararem para a chegada de seus bebês. “Noventa por cento das mães descobrem a síndrome apenas após o nascimento do bebê e, por isso, não estão preparadas para lidar com a informação. Aqui, elas são acolhidas. Além disso, também atendemos gestantes que recebem o diagnóstico e buscam apoio no projeto”, esclarece Carolina Vale. A analista financeira Juliana Carvalho, 45 anos, mãe do Lucas, 3 anos, destaca a importância do projeto de uma associação sem fins lucrativos como apoio no começo da maternidade. “Quando meu filho nasceu foi um choque descobrir sobre a síndrome, mas a associação foi um apoio fundamental. Tudo o que aprendi foi através deles e do acesso ao Centro CrisDown da SES-DF”, compartilhou.
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Diagnóstico rápido de doenças mentais garante tratamento eficaz
A saúde mental continua a ser um desafio significativo, muitas vezes atrasando a busca por ajuda e o entendimento de que o sofrimento pode ser parte de uma condição médica. O chefe da psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Sérgio Cabral, fala sobre o assunto e destaca a importância do diagnóstico rápido para um tratamento eficaz. “O que acontece é que existe um estigma em relação à saúde mental, de uma forma geral, e à doença mental. Esse estigma continua presente, embora haja melhorias perceptíveis. Para muitas pessoas, entender e aceitar que estão enfrentando uma doença mental pode levar tempo”, afirma o médico. Chefe da psiquiatria do Hospital de Base, Sérgio Cabral: “O diagnóstico inicial rápido é o melhor caminho, pois impede que a doença se agrave” | Foto: Divulgação/IgesDF O diagnóstico precoce é identificado pelo especialista como o ponto de partida no cuidado da saúde mental. “É o que vai garantir um melhor direcionamento aos profissionais de saúde. Antes de iniciar o tratamento, é fundamental realizar o diagnóstico, pois isso evita que a doença se agrave e se intensifique. Diagnosticar rapidamente é o primeiro passo para um tratamento mais eficaz”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de observar evoluções na percepção social em relação à saúde mental, Cabral ressalta que o estigma ainda persiste: “Por vezes, percebemos melhorias, mas mesmo assim ele está presente. Portanto, é crucial continuar trabalhando para reduzir esse estigma, conscientizando a sociedade sobre a importância do cuidado mental e incentivando a busca por ajuda sem receio”. O médico enfatiza a necessidade de abordar as doenças mentais com a mesma seriedade que as físicas, promovendo um ambiente em que a busca por auxílio seja encorajada e compreendida: “O diagnóstico inicial rápido é o melhor caminho, pois impede que a doença se agrave, se intensifique. É muito importante garantir que esse diagnóstico seja feito da melhor maneira possível, proporcionando um suporte adequado aos pacientes desde o início do tratamento”. *Com informações do IgesDF
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Teste rápido, PCR ou sorologia: entenda a função de cada exame de dengue
Com o crescimento de casos de dengue no Distrito Federal, a rede pública de saúde intensificou a testagem para diagnóstico da doença. Por dia, uma média de 600 testes rápidos estão sendo feitos. O exame é usado nas unidades básicas de saúde (UBSs) e tendas de acolhimento para fazer a triagem dos pacientes que apresentam sintomas, mas não reúnem todos os sinais da dengue clássica, que são febre, mal-estar, dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor nas articulações, náusea e vômito. “Fazemos o teste rápido para que possamos fechar o diagnóstico clínico do paciente que não tem os sintomas clássicos. Ele tem que ser feito do primeiro ao nono dia de sintoma”, conta a enfermeira da UBS 2 de Ceilândia, Raquelini Campoe. “Essa é uma forma de conseguirmos adiantar o tratamento e os exames [de notificação] para casos que ainda estão no início dos sintomas”, completa. O teste rápido é feito a partir da coleta do sangue, que é colocado em um tubo, onde o material é homogeneizado e depois aplicado no dispositivo de teste. O resultado é detectado após 15 minutos. Uma barra significa que o exame foi feito com sucesso, mas não foi identificado o reagente. A positividade para a doença ocorre quando aparecem duas barras. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em caso positivo, é efetuada a notificação do caso à Secretaria de Saúde (SES-DF) e a solicitação da realização dos exames RT-PCR e sorologia Elisa IgM, responsáveis pela confirmação do diagnóstico para dengue com identificação do sorotipo no caso do PCR, além da avaliação de zika vírus e chikungunya, para fins epidemiológicos. Esses testes são analisados no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) a partir da amostra de sangue colhida na Atenção Primária. “Aqui no Lacen temos essas duas metodologias diferentes da utilizada nas UBSs. Lá o trabalho acontece rápido. Aqui trabalhamos com o PCR que identifica o vírus e a sorologia que avalia a produção de anticorpos. Esses resultados são enviados para o Ministério da Saúde para fazer o mapa de controle da dengue”, conta a diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo da Silva. Os resultados podem sair em até cinco dias úteis. Acompanhamento Em situações de positividade para a doença, na própria UBS ainda são feitos outros dois exames complementares: hemograma e dosagem de enzimas hepáticas. “O paciente que é atendido aqui tem o acompanhamento todo. Ele não fica perambulando pelos serviços da rede. A UBS é a porta de entrada e todo o fluxo é estabelecido na Atenção Básica. Há o suporte da Atenção Secundária para os casos que necessitam realmente de hospitalização. Mas a maioria dos casos de dengue conseguem ser atendidos na [Atenção] Primária”, esclarece a profissional da saúde. Maria de Lurdes Guedes Fonseca, 82 anos: “Estava me sentindo mal, sem vontade de comer, com a cabeça muito ruim. Hoje levantei sentindo tontura e as dores no corpo e nas juntas estavam aumentando muito” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A aposentada Maria de Lurdes Guedes Fonseca, 82 anos, confirmou na UBS 2 de Ceilândia o diagnóstico de dengue. Após mais de uma semana de sintomas, a idosa foi em busca de atendimento médico, fez o teste rápido e, depois do resultado positivo, foi encaminhada para receber soro na veia para reidratação. “Estava me sentindo mal, sem vontade de comer, com a cabeça muito ruim. Hoje levantei sentindo tontura e as dores no corpo e nas juntas estavam aumentando muito. Cheguei, fiz o exame de sangue e deu positivo”, conta ela, que teve mais casos da doença em casa. Testes negativos também têm prosseguimento de atendimento dentro da rede pública, até porque os profissionais da saúde não excluem a possibilidade da doença. “O teste rápido ajuda a elucidar o caso positivo. O positivo vai ser sempre positivo, mas o negativo pode ser um falso negativo. Então, mesmo dando negativo, não excluímos o diagnóstico e continuamos investigando”, revela a enfermeira. O porteiro Cícero dos Santos Silva, 64 anos, foi atendido na UBS 2 de Ceilândia pela enfermeira Raquelini Campoe O porteiro Cícero dos Santos Silva, 64 anos, foi até a UBS sentindo dores no corpo e fraqueza. “Desde segunda-feira eu estava sentindo sintomas. Onde eu moro está tendo muitos casos de dengue”, diz. Ele fez o teste rápido, que deu negativo. Mesmo assim, a equipe de saúde não descartou o diagnóstico. “Não exclui a possibilidade de ser dengue. Serão colhidos os exames de laboratório para confirmar”, informa a enfermeira Raquelini Campoe. Qualquer pessoa que tenha sintomas deve procurar atendimento médico. Todas as 176 UBSs estão mobilizadas para o acolhimento de pacientes. Também há nove tendas instaladas nas regiões administrativas com maior incidência de casos.
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Criança diagnosticada com síndrome grave reage bem a transplante de medula
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) realizou o primeiro transplante de medula óssea para tratamento de criança diagnosticada, ainda na triagem neonatal, com a síndrome da imunodeficiência combinada grave (Scid, na sigla em inglês). Miguel de Sousa foi encaminhado ao HCB depois que o hospital recebeu o resultado do teste do pezinho do menino e, aos três meses de idade, ele passou pelo procedimento. A confirmação de que o organismo aceitou o novo órgão se deu quase um mês após o transplante, realizado em novembro. O pequeno Miguel com os pais, Francisco e Nara, e o irmão, Pedro: família comemora o procedimento bem-sucedido| Foto: Divulgação/HCB Morador do Riacho Fundo, Miguel nasceu no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) em agosto e passou pela coleta do exame de triagem neonatal. Uma vez identificada a Scid, o HCB entrou em contato com os pais da criança, Nara Rodrigues e Francisco Fagner de Sousa. “Ele nasceu superbem, fiquei até impressionada; ele era todo esperto, com o peso bom”, conta a mãe do menino. O procedimento “Recebemos essa criança em nosso serviço de imunologia e encaminhamos ao nosso Laboratório de Pesquisa Translacional, que tem a capacidade para fazer o exame confirmatório”, relata a alergista e imunologista Cláudia Valente, do HCB. “Com o resultado, acionamos a equipe do transplante de medula óssea, que é o tratamento indicado em casos dessa síndrome.” [Olho texto=”Antes do transplante, Miguel precisou passar por uma quimioterapia, abrindo espaço no organismo para a nova medula” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A notícia do diagnóstico preocupou a família. “Fiquei muito mal e comecei a pesquisar, porque eu nunca tinha ouvido falar disso”, lembra Nara. “Ficamos internados, ele recebeu imunoglobulina e cortaram a amamentação”. Em outubro, após um período de tratamento ambulatorial, o bebê precisou ser internado. A família – Miguel tem um irmão mais velho, Pedro, de 8 anos – passou por testes de compatibilidade para doar a medula, e o pai foi o escolhido. “Fiquei feliz demais em poder doar”, conta Francisco. “Desde o início eu já falava que, se todos fôssemos compatíveis da mesma forma, eu é que doaria”. Para ser submetido ao transplante, Miguel precisou passar por quimioterapia. “O tratamento serve para matar a medula dele, que não produz linfócitos, abrindo o espaço para a outra medula”, explica a coordenadora de transplantes de medula óssea do HCB, Simone Franco. Imunodeficiência A síndrome da imunodeficiência combinada grave é uma doença genética em que há alteração dos linfócitos (grupo de células que faz parte do sistema de defesa do organismo), de modo que a criança não produz anticorpos e fica sem imunidade. “O bebê fica bem por um período, enquanto ainda tem células de defesa da mãe, mas o tempo ótimo do transplante é de até três meses”, lembra Cláudia Valente. “Sem isso, ele passa por infecções gravíssimas, meningite, septicemia – se não for transplantado, vem a óbito”. [Olho texto=”“A equipe verificava se Miguel teria febre ou diarreia, mas ele não teve nada disso, nenhuma intercorrência – ele está sempre sorrindo” ” assinatura=”Nara Rodrigues, mãe de Miguel” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No caso de Miguel, a detecção da doença ainda no teste do pezinho foi decisiva. “Na primeira consulta, o pessoal da oncologia falou que, como ele estava saudável e descobriram a doença com ele muito novo, havia muitas chances de dar tudo certo”, relata Francisco. Enquanto o filho mais novo passava pela quimioterapia, o pai ficou em casa cuidando do mais velho, que só via o irmão por videochamadas. Os profissionais do Hospital da Criança de Brasília coletaram a medula de Francisco e a infundiram no bebê. Depois, o menino seguiu internado. “A equipe verificava se Miguel teria febre ou diarreia, mas ele não teve nada disso, nenhuma intercorrência – ele está sempre sorrindo”, conta Nara, que seguiu acompanhando o filho até a confirmação de que medula não foi rejeitada pelo organismo. “O irmão dele estava ansioso. Na primeira vez que ele foi internado, quando chegamos do hospital, o Pedro até chorou. Ele ama o irmão”. Cuidados pós-transplante [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Miguel seguirá em isolamento, em casa, até que possa tomar vacinas. “Por mais ou menos seis meses, não vamos receber visitas; também precisamos de máscaras e vamos evitar, ao máximo, sair”, conta Nara. O bebê seguirá acompanhado pelo HCB durante um ano, de forma ambulatorial. Já a equipe de imunologia do hospital o acompanhará até que ele atinja a idade em que será transferido para o atendimento de adultos. “Acho que agora é questão de tempo para poder abraçar, apertar, beijar, porque não pude fazer nada disso”, afirma Nara. Francisco já espera o momento de ver o filho em uma vida comum, como as outras crianças: “Quero levar ele para todo canto, para ele brincar, se sujar, até para brigar com o irmão e eu precisar repreender. Quero que ele tenha uma infância feliz, como eu tive”. Teste do pezinho A síndrome da imunodeficiência combinada grave foi incluída na triagem neonatal este ano, quando o teste do pezinho passou por ampliação – além da Scid, mais de 50 outras doenças podem ser detectadas pelo teste. Miguel foi o primeiro bebê com a síndrome a receber o diagnóstico pela triagem. [Olho texto=”Em 2020, o HCB recebeu autorização especial do Ministério da Saúde para fazer um transplante de medula em uma criança de 10 meses” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Após o teste do pezinho, feito pelo SUS, e a coleta do exame no Hmib, o material foi analisado pelo Hospital de Apoio de Brasília, que logo informou o HCB – referência pública para o tratamento nesse caso. A diretora técnica do HCB, Isis Magalhães, ressalta “o pioneirismo da Secretaria de Saúde de colocar, no teste do pezinho, uma doença em que as crianças, quando não diagnosticadas precocemente, têm expectativa de morte precoce, por infecção”. A médica Simone Franco, por sua vez, explica o impacto de um diagnóstico tão precoce para o tratamento da Scid: “É uma criança sem tantas comorbidades, sem ter contraído várias infecções. A triagem neonatal nos possibilita fazer o transplante em uma criança que ainda não teve manifestação da imunossupressão grave que eles apresentam; isso é importante para a melhora da sobrevida”. Embora seja o primeiro caso de Scid detectado na triagem neonatal, essa não é a primeira vez que o HCB executa um transplante de medula óssea para tratar essa síndrome. Em 2020, o hospital recebeu uma autorização especial do Ministério da Saúde para que o procedimento fosse realizado – na ocasião, tratava-se de um menino de 10 meses de idade. *Com informações do HCB
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Servidores têm palestra sobre avanços no tratamento do câncer de próstata
Em alusão ao Novembro Azul, servidores da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti) participaram de uma palestra, nesta semana, que abordou a importância da conscientização sobre o câncer de próstata e os impactos dos avanços no diagnóstico e tratamento dessa doença. Campanha do Novembro Azul abrange todos os setores do GDF | Arte: Divulgação/SES “A ciência, a tecnologia e a inovação estão presentes nas mais diversas áreas”, afirmou o titular da Secti, Leonardo Reisman. “No caso da saúde e da medicina, a utilização de soluções tecnológicas tem permitido o aperfeiçoamento de processos, como a implementação de prontuários eletrônicos, e avanços tanto no diagnóstico precoce quanto no tratamento de doenças.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Responsável pela primeira cirurgia com uso de robótica no Centro-Oeste, o urologista Diogo Mendes enfatizou a necessidade da população se conscientizar sobre o câncer de próstata, os principais fatores de risco, a importância dos exames preventivos e o uso de recursos tecnológicos nos processos de diagnóstico e tratamento. “Se realizado anualmente, o exame preventivo reduz drasticamente o número de casos avançados e mortalidade por câncer de próstata”, lembrou. “Nos casos mais graves, a diminuição é 50%. Já para a ocorrência de metástase, a redução é de 80%.” *Com informações da Secti
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Novembro Azul destaca importância de diagnóstico precoce na saúde do homem
A campanha Novembro Azul destaca a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina. Numa sociedade ainda marcada pelo machismo e por vários tabus, a detecção antecipada do câncer de próstata segue sendo um desafio, uma vez que a doença não apresenta tantos sintomas. Em alusão à prevenção do câncer, o Palácio do Buriti ficará o mês iluminado de azul. Quando detectado no início, as chances de cura são de 90%. É preciso, contudo, que os homens estejam atentos aos sinais. Dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes e sangue na urina são alertas que devem ser investigados. Segundo dados do Inca, o câncer de próstata é a segunda causa de morte oncológica na população masculina | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A orientação é que, nesses casos, a pessoa procure atendimento médico para aí, sim, proceder à investigação e realizar os exames necessários como o toque retal, que avalia o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata; e o exame de sangue que verifica a dosagem do antígeno prostático específico (PSA), uma proteína produzida pela próstata, disponível na corrente sanguínea e no sêmen. “Fator genético, envelhecimento, sedentarismo, estresse, falta de exercícios físicos e hábitos de vida ruins são fatores que contribuem para o câncer de próstata. Por isso, buscar consulta com o urologista é de extrema importância”, afirma o coordenador do Ambulatório de Andrologia e Saúde do Homem, localizado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Wellington Alves Epaminondas. Olhar para o todo Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença é a segunda causa de morte oncológica na população masculina. Estima-se 71.730 novos diagnósticos de câncer de próstata por ano no triênio 2023-2025 em todo o Brasil. Quando detectado no início, as chances de cura são de 90% Apesar dos números, Epaminondas defende que o homem deve olhar não apenas para o câncer de próstata, mas para a saúde de forma ampla. “O recomendado é que após os 40 anos, a pessoa comece a se cuidar mais e fazer exames de rotina voltados à saúde sexual como um todo”, diz. Isso porque, de acordo com o médico, a andropausa e outras disfunções sexuais têm acometido pacientes cada vez mais jovens. “É sempre bom fazer verificar as taxas de testosterona produzida, pois a andropausa é justamente a queda desse hormônio”, complementa. Essa diminuição pode ocasionar impotência sexual, redução de libido, perda de massa muscular, dificuldade de concentração e aumento da taxa de mortalidade masculina. Referência Hoje, o Hran possui o Ambulatório de Andrologia e Saúde do Homem, uma referência em toda a rede pública. O local é focado no atendimento ao público masculino, e atende pacientes de todo o Distrito Federal, encaminhados via o Complexo Regulador. Mensalmente, são realizadas uma média de 140 consultas. O ambulatório foi inaugurado em 2021 e realiza a administração de medicamentos e exames como: estudo urodinâmico, dilatação uretral, urofluxometria, retirada de cateter duplo J e biópsia prostática. Além disso, a equipe é composta por dois andrologistas, um endocrinologista e um nutricionista, tendo em vista que alguns pacientes precisam de acompanhamento de outras especialidades por conta de comorbidades como diabetes e hipertensão. O espaço funciona todas as quartas e quintas-feiras pela manhã para o atendimento de andrologia; na sexta, também pela manhã, ocorrem as consultas de endocrinologia e nutrição. Além disso, a equipe fica disponível mais um dia no qual realizam cirurgias, a depender da disponibilidade de salas e de anestesistas. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Rede pública oferece acolhimento e tratamento para câncer de mama
O câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no Brasil atualmente. Entre janeiro e setembro de 2023 foram registrados 430 novos casos da doença na rede pública do Distrito Federal. No mesmo período, o sistema público da capital federal realizou 10.556 mamografias bilaterais para rastreamento e 1.411 mamografias comuns. Como forma de tratamento foram feitas 2.572 quimioterapias, 149 radioterapias e 131 mastectomias. A Unidade Básica de Saúde (UBS), que integra a atenção primária, é a porta de entrada para o diagnóstico da doença. É o popularmente chamado “postinho” que as pacientes devem procurar em casos dos primeiros indícios durante o autoexame, como o aparecimento de nódulos, alterações na pele da mama, secreções mamárias, dores nos seios ou assimetria mamária, e também para fazer o rastreamento recomendado a partir dos 50 anos ou em casos com histórico ou mutação genética na família. “A UBS é a porta de entrada preferencial. Ela tem toda essa estrutura para fazer a abordagem inicial e acompanhar ao longo do tempo essa paciente. Somos nós que pedimos os exames de rotina e, no caso da mulher com sintomas, encaminhamos para os demais exames. Com o resultado clínico, fazemos o encaminhamento por meio do sistema levando em consideração as prioridades das pacientes”, revela o médico da família da UBS 19 de São Sebastião, Rafael Alves Pinheiro. Além do primeiro acolhimento, cabe à UBS acompanhar a paciente ao longo e após o tratamento, coordenando o cuidado, solicitando exames, retirando pontos e direcionando para ações de práticas integrativas e grupos de apoio. “A UBS tem equipes multidisciplinares com psicólogo e nutricionista que também apoiam nessa parte”, completa. O médico Rafael Alves Pinheiro ressalta que a UBS “tem toda essa estrutura para fazer a abordagem inicial e acompanhar a paciente” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília A auxiliar de serviços gerais Valdice de Souza Roma, 59 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de mama neste ano dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) 19 de São Sebastião. Com alguns sinais há algum tempo e aversão a atendimento médico, ela resolveu por conta própria fazer uma mamografia e uma tomografia após 10 anos sem realizar o exame de rastreamento. Com os resultados em mãos foi até a UBS que fica na rua em que ela mora para se consultar com o médico de família, que, prontamente, fez o encaminhamento da paciente para o Hospital da Asa Norte (Hran). Em menos de 15 dias, ela fez a biópsia e entrou para a fila de espera na lista vermelha. A cirurgia de retirada do tumor foi feita em meados de setembro. Tudo num processo bastante agilizado. “Cheguei aqui e o médico me consultou. Quando ele viu que eu já estava com câncer, me colocou na lista vermelha e eu já fui para os procedimentos”, conta. Em menos de 15 dias, a auxiliar de serviços gerais Valdice Roma fez a biópsia e entrou para a fila de espera na lista vermelha Valdice lembra que em pouco tempo recebeu a informação de que faria o procedimento. “Quando eu recebi a ligação, ainda falei que não podia porque estava trabalhando. Saí do serviço às 9h, peguei meus exames, cheguei lá às 12h e operei. Hoje, vejo que se eu não tivesse procurado, feito os exames e o médico me colocado na lista vermelha, eu poderia ter precisado de arrancar a mama completamente. Agradeço a Deus e aos médicos todos os dias”, diz se referindo à mastectomia, que retira toda a mama. Ela passou pelo procedimento que retira apenas parte do seio. Apesar da rapidez no processo na rede pública, Valdeci faz um alerta às mulheres em relação à prevenção. “Eu tinha feito a última mamografia em 2013. Talvez se eu tivesse feito antes, não estaria sem um pedaço do meu corpo. Aconselho a todas as mulheres que se cuidem. Sentiu uma dorzinha, surgiu um carocinho, vai ao médico. Não esqueçam de fazer a mamografia”, deu o recado. Artes: Agência Brasília Atenção especializada Assim como aconteceu com Valdice, o caminho trilhado pelas pacientes em idade de rastreamento e com suspeita de câncer de mama se inicia na UBS e, via regulação, segue para os exames nos hospitais e clínicas especializadas, bem como o tratamento, quando necessário. Em idade recomendada para o exame preventivo, a professora Iara de Lima e Silva, 61 anos, foi encaminhada pela UBS próxima a casa dela no Guará para fazer a mamografia periódica no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A professora Iara de Lima e Silva apostou na prevenção ao procurar a UBS mesmo sem apresentar sintomas da doença “Eu vim através da regulação encaminhada pela UBS onde eu sou assistida. Acho que é um serviço primordial e que realmente funciona. Foi muito rápido, desde o momento em que eu estive na unidade até o dia de fazer o exame”, comenta. “Estou aqui realmente para me prevenir de uma doença tão cruel que acomete milhares de mulheres no nosso país e no mundo”, acrescenta. No caso da professora, durante o exame, nenhum indício de câncer foi identificado. Mas em uma situação contrária, ela seria encaminhada para a consulta com mastologista e depois com oncologista nos hospitais especializados da rede. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A paciente [que tem um carcinoma identificado] logo que ela faz a mamografia vai levar ao mastologista que, geralmente, pede a biópsia. Com a confirmação, essa paciente tem que ser prontamente encaminhada para iniciar o tratamento”, explica a oncologista clínica do Hospital de Base, Mirian Cristina da Silva. O tratamento pode ser cirúrgico – com a retirada de parte ou total da mama – e, a depender do estágio do tumor e de algumas características, imuno-histoquímicas com quimioterapia e radioterapia. “As taxas de cura do câncer de mama são muito altas. Não é uma sentença de morte. Se a gente descobre no início, a gente cura essa paciente”, afirma a médica. A oncologista reforça a importância da prevenção: “A partir do momento que a mulher conhece o seu corpo, ela vai notar alguma coisa diferente e a partir disso vai procurar o clínico na sua UBS”.
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Hospital da Criança apresenta metodologia de diagnósticos a pesquisadores
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) recebeu, nos últimos dias, pesquisadores do Grupo Brasileiro de Citometria de Fluxo (GBCFlux). O encontro teve por objetivo multiplicar a educação continuada nas áreas de imunologia e diagnóstico, monitoramento das neoplasias hematológicas (alterações celulares benignas ou malignas) e diagnóstico de tumores pediátricos. A coordenadora executiva do GBCFlux, Elizabeth Xisto Souto, é hematologista de citometria de fluxo do Hospital Albert Einstein e explica do que se trata a citometria: “É uma metodologia laboratorial para diagnóstico, principalmente, de doenças onco-hematológicas, mas, nas últimas décadas, também tem crescido muito na pesquisa e diagnóstico das doenças imunológicas, imunodeficiências congênitas”. Médica imunologista do HCB, Karina Mescouto destaca que, além de detectar doenças onco-hematológicas, a citometria de fluxo é importante no diagnóstico de imunodeficiências | Fotos: Divulgação/HCB No HCB, a citometria de fluxo é realizada no Laboratório de Pesquisa Translacional, que também adota outras metodologias para o diagnóstico e para fins de pesquisa. Essa reunião de técnicas laboratoriais em prol dos pacientes chama a atenção da hematologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Mihoko Yamamoto. “Vejo que é uma equipe unida: biologia molecular, citogenética, citometria de fluxo; em conjunto, estão levando a instituição para a frente e conseguindo fazer um belo trabalho. Estão com um pioneirismo que eu achei maravilhoso”, afirma a médica. Os integrantes do grupo acompanharam a apresentação de trabalhos relacionados ao tema central. Entre os assuntos abordados, a imunologista do HCB Karina Mescouto ressalta a importância do contato entre profissionais do laboratório e da assistência. “É importante ter essa comunicação, para definir o melhor tratamento. O HCB é um hospital que foca principalmente o paciente; com isso, conseguimos definir um diagnóstico preciso, dar a melhor terapêutica, procurar fazer o melhor tratamento para cada um”, explica. Médico hematologista do HCB, Felipe Magalhães afirma que o HCB “usa esse método diagnóstico para acompanhar os pacientes com leucemia, melhorar o tratamento deles e dar possibilidade de diagnóstico para pacientes com imunodeficiência” Geralmente associada ao diagnóstico de leucemias, a citometria de fluxo também é importante no diagnóstico de imunodeficiências. “Aqui no DF, começou em junho a triagem neonatal para imunodeficiência; todos os bebês vão ser triados pelo teste do pezinho, e a confirmação diagnóstica vai ser feita no Hospital da Criança de Brasília. Isso mostra essa interface com a clínica e, principalmente, auxilia a identificar se a criança tem algum defeito no mecanismo de defesa, na imunidade, e já consegue fazer uma intervenção terapêutica”, esclarece Mescouto. Segundo o hematologista do HCB Felipe Magalhães, o hospital “usa esse método diagnóstico para acompanhar os pacientes com leucemia, melhorar o tratamento deles e dar possibilidade de diagnóstico para pacientes com imunodeficiência”. Magalhães avalia positivamente o trabalho que a unidade vem desenvolvendo e o impacto que tem sobre as crianças: “Temos que comemorar essas estatísticas de cura e trabalhar para melhorar mais ainda”. *Com informações do HCB
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Asa Norte recebe Carreta da Hanseníase até sexta-feira (5)
A Carreta da Hanseníase estará na Asa Norte até sexta-feira (5). Quem notar manchas na pele, diminuição da sensibilidade, dormência ou fraqueza nas mãos e nos pés pode fazer o teste rápido para diagnóstico e até iniciar o tratamento. O veículo atenderá no estacionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte, na Entrequadra 114/115, das 9h às 17h. A iniciativa é uma parceria da Secretaria de Saúde (SES) com o Ministério da Saúde, Hospital Universitário de Brasília (HUB), Fundação Novartis e o Grupo de Apoio a Mulheres Atingidas pela Hanseníase (Gamah). Um teste rápido pode diagnosticar a doença na fase inicial, facilitando o início do tratamento contra a hanseníase | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O dermatologista Pedro Zancanaro alerta para a importância do diagnóstico precoce, ainda nas fases iniciais da doença. “Venha se tiver alguma mancha nova na pele, principalmente se já teve algum caso de hanseníase na família ou cuidou de alguém com a doença”, previne. Com quatro salas de atendimento a bordo, o Consultório Itinerante para Prevenção e Enfrentamento da Hanseníase (Cipeh) reúne até dez especialistas da Universidade de Brasília (UnB) e do HUB. São médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e farmacêuticos capacitados para realizar o diagnóstico rápido. Em caso positivo, é possível iniciar o tratamento e ser encaminhado a um centro especializado. Os pacientes desembarcam do veículo com as primeiras medicações. [Olho texto=” A transmissão ocorre pelo contato próximo e frequente, pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Por essa razão, em todo caso diagnosticado, pessoas que residem com o infectado também devem passar por avaliação médica” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em adição, os especialistas também farão treinamento prático de estudantes e de servidores das UBSs, que diariamente realizam acolhimento de pacientes com suspeita da doença. O projeto já passou por Planaltina e irá percorrer outras áreas do Distrito Federal nos próximos dois meses. O tratamento da hanseníase é realizado de forma gratuita no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), disponível nas UBSs e nos serviços ambulatoriais de referência. Além disso, é realizado por meio de esquemas terapêuticos padrões com a associação de três medicamentos padronizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença, podendo ser em seis ou 12 meses. Hanseníase A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca, principalmente, a pele e os nervos. A transmissão ocorre pelo contato próximo e frequente, pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Por essa razão, em todo caso diagnosticado, pessoas que residem com o infectado também devem passar por avaliação médica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico é realizado por meio de exame que identifica lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. Os principais sinais e sintomas da hanseníase são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência ao longo dos nervos dos braços e pernas; manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele com quedas de pelos, especialmente nas sobrancelhas; áreas da pele muito ressecadas e com ausência de suor; nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; diminuição da força muscular dos pés e mãos com dificuldade para segurar objetos. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Rede pública de saúde tem plano de enfrentamento à tuberculose
Se engana quem pensa que a tuberculose, doença infecciosa e transmissível causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e que afeta prioritariamente os pulmões, ficou no século passado. A enfermidade continua sendo diagnosticada em todo o mundo. No Brasil, a incidência é de cerca de 32 casos por 100 mil habitantes. No DF, o número é um dos mais baixos do país, em torno de 12 casos, comparado à mesma quantidade de habitantes. Mesmo assim, a doença ainda requer atenção. Só ano passado, foram diagnosticados 323 novos casos na capital federal. [Olho texto=”A transmissão ocorre, principalmente, pelas vias aéreas por meio de tosse, espirro e fala. Uma das primeiras formas de prevenção da doença é a vacina BCG aplicada em crianças de até 4 anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Uma das maiores preocupações é quanto à adesão ao tratamento das pessoas diagnosticadas. Diagnóstico precoce e continuidade do tratamento são essenciais para a cura ou recuperação da doença. Os dados da Vigilância das Doenças Transmissíveis (GVDT) mostram que, dos casos identificados no passado, 38,7% atingiram a cura, 18,58% ainda estão em tratamento e acompanhamento, 68% iniciaram o tratamento no DF, mas mudaram para outro local e 12,61% abandonaram o tratamento. Para enfrentar o problema, a rede pública de saúde tem um Plano de Enfrentamento à Tuberculose, que é alinhado às políticas nacionais e internacionais (existe uma meta global para eliminar a doença até 2026) sustentada em três pilares. São eles: prevenção e cuidado integrado centrados na pessoa com tuberculose; políticas arrojadas e sistemas de apoio; e intensificação da pesquisa e inovação. A tuberculose é uma doença caracterizada por sintomas como tosse por mais de três semanas (às vezes, com sangue), dor ao respirar ou tossir, perda de peso, febre vespertina, fadiga e dores pelo corpo, principalmente no peito | Foto: Arquivo Agência Saúde O papel da vigilância epidemiológica é o primeiro pilar. “Tem como papel fundamental o levantamento e divulgação de dados que mostram a distribuição da tuberculose na população, segundo idade, sexo, agravos associados, forma da tuberculose, entre outros. Além disso, investiga os casos e óbitos identificados e monitora indicadores para avaliação operacional, que indicam a qualidade dos serviços de saúde”, explica a gerente da GVDT da Secretaria de Saúde, Kenia Cristina de Oliveira. [Olho texto=”“O DF integra-se ao esforço pelo fim da tuberculose por meio de ações prioritárias em todas as unidades de saúde da Atenção Primária. Os atendimentos dos casos estão descentralizados nas UBSs e os mais complexos, de resistência e associação com outras comorbidades, são encaminhados para o Centro Especializado em Doenças Infecciosas”” assinatura=”Fernando Erick Damasceno, coordenador da Atenção Primária da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com ela, a partir do panorama epidemiológico são traçadas as recomendações técnicas de gestão e de assistência da saúde. “Contribuindo assim para a execução de um conjunto de ações integradas que visam interromper a cadeia de transmissão da tuberculose”. A transmissão ocorre, principalmente, pelas vias aéreas por meio de tosse, espirro e fala. O risco de adoecimento depende de fatores ligados ao sistema imune. Uma das primeiras formas de prevenção da doença é a vacina BCG aplicada em crianças de até 4 anos. A segunda linha de combate à doença ocorre na Atenção Primária, tendo as unidades básicas de saúde (UBSs) como porta de entrada de pacientes sintomáticos; nelas, eles recebem assistência e tratamento. Também há o trabalho de busca ativa e investigação clínica, laboratorial e epidemiológica para o diagnóstico precoce. “O DF integra-se ao esforço pelo fim da tuberculose por meio de ações prioritárias em todas as unidades de saúde da Atenção Primária. Os atendimentos dos casos estão descentralizados nas UBSs e os mais complexos, de resistência e associação com outras comorbidades, são encaminhados para o Centro Especializado em Doenças Infecciosas”, explica o coordenador da Atenção Primária da Secretaria de Saúde, Fernando Erick Damasceno. Assistência, tratamento e diagnóstico A tuberculose é uma doença caracterizada por sintomas como tosse por mais de três semanas (às vezes, com sangue), dor ao respirar ou tossir, perda de peso, febre vespertina, fadiga e dores pelo corpo, principalmente no peito. As unidades básicas de saúde (UBSs) são a porta de entrada de pacientes sintomáticos; nelas, eles recebem assistência e tratamento | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília A população mais suscetível à doença são pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade, pacientes com HIV, usuários de álcool e outras drogas e a população indígena. “Em geral, essas populações vivem em uma situação de vulnerabilidade e têm um risco três vezes maior de contrair a doença”, analisa o coordenador da Atenção Primária. O último boletim epidemiológico da Subsecretaria de Vigilância à Saúde da SES-DF, publicado em 2020, apontou que a maior concentração dos casos ocorre na faixa etária entre 35 e 49 anos, respondendo a 34,6%. O tratamento dura seis meses e ocorre na rede pública de forma gratuita nas UBSs e no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin, antigo Hospital Dia, na 508/509 Sul). “São utilizados quatro medicamentos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol”, explica Damasceno. “Para o êxito, é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular (todos os dias, em doses adequadas) respeitando o tempo previsto. Com aproximadamente 15 dias de tratamento, a transmissão da bactéria do indivíduo doente para outras pessoas é interrompida, evitando novos casos da doença”, acrescenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico pode ser feito por quatro tipos de exames: baciloscopia, Teste Rápido Molecular (TRM), cultura e radiografia de tórax. O primeiro é considerado o mais importante para o diagnóstico e controle. O exame baciloscópico analisa duas amostras: primeiro contato suspeito e no dia seguinte, pela manhã, em jejum. Já o TRM permite o resultado em duas horas, necessitando apenas uma amostra de escarro, além de ser indicado para triagem de cepas. A cultura é considerada o método padrão ouro por permitir o diagnóstico de tuberculose resistente. É recomendado para pacientes de maior risco. A radiografia do tórax é usada na avaliação inicial e no acompanhamento para excluir outra doença pulmonar associada e avaliar a extensão do acometimento nos pulmões. Atualmente, a SES está em fase de elaboração, por um grupo de trabalho, da linha de cuidado e das notas técnicas para orientar os profissionais e implementar capacitações. Outro esforço é a expansão da implantação do TRM em toda a rede. Hoje, existem cinco máquinas para atender todo o DF, localizadas nos hospitais de Taguatinga (HRT), do Gama (HRG), da Asa Norte (Hran), Região Leste (Paranoá) e no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
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Conheça o trabalho do Laboratório Central de Saúde Pública
É dentro de um prédio na 601 Norte que cerca de 250 servidores da Secretaria de Saúde analisam diariamente as doenças em circulação e a qualidade dos alimentos, bebidas e medicamentos no Distrito Federal. Ali fica o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), espaço referência em diagnóstico laboratorial e controle epidemiológico e sanitário da população brasiliense, que realiza cerca de 280 tipos de análise. O Lacen é um espaço referência em diagnóstico laboratorial e controle epidemiológico e sanitário da população brasiliense, que realiza cerca de 280 tipos de análise | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília Quando se trata da área epidemiológica, o Lacen organiza amostras biológicas vindas de todas as regionais de saúde do DF para identificar doenças como covid-19, sarampo, rubéola e parvovírus (doenças exantemáticas); HIV e hepatites virais A, B e C; e dengue, chikungunya, zika e febre amarela (doenças das arboviroses). Já o serviço sanitário trata da análise da amostra de alimentos, água e medicamentos encaminhados pelo Programa de Vigilância Sanitária. “O Lacen faz vigilância laboratorial. Se surge uma doença nova, nós estamos aqui para alertar. Dar o primeiro sinal para as ações de vigilância das outras diretorias”, afirma a farmacêutica e diretora do Lacen, Grasiela Araújo da Silva. “É importante saber o que está circulando para poder fazer as barreiras e não deixar que a doença se espalhe. É (um trabalho) importantíssimo, porque nós precisamos muito prevenir. Gasta-se muito menos prevenindo”, acrescenta. A farmacêutica e diretora Grasiela Araújo da Silva, destaca a importância do trabalho do Lacen na criação de barreiras para evitar que novas doenças se espalhem É a partir do trabalho do laboratório que a rede pública de saúde pode agir sugerindo isolamento, vacina, políticas públicas e quaisquer outras ações de prevenção e contenção. “O serviço aqui impacta tanto na agilidade do diagnóstico quanto até nas opções terapêuticas. Vai impactar na conduta clínica do médico e, principalmente, acho que a maior relevância é a vigilância em saúde. É um trabalho de formiguinha, mas que tenho certeza que é grandioso para a população”, comenta o biomédico Lucas Luiz Vieira, que trabalha há seis anos no Lacen-DF. Todos os dias, três veículos do laboratório circulam pelas regionais de saúde do DF captando as amostras para serem cadastradas e analisadas. As análises e os ensaios são sem custos ao cidadão, que pode fazer a coleta de material biológico por meio de consulta médica para ser encaminhada ao Lacen ou em uma unidade de saúde do DF para a realização dos exames com o pedido médico em mãos. O biomédico Lucas Luiz Vieira, há seis anos no Lacen, reforça que é a partir do trabalho do laboratório que a rede pública de saúde pode agir sugerindo isolamento, vacina, políticas públicas e quaisquer outras ações de prevenção e contenção Situações de emergência Durante o período crítico da pandemia de covid-19, o trabalho foi intensificado para que fossem feitos os diagnósticos da doença, com o auxílio de servidores de outros setores que foram treinados para compor uma força-tarefa. “Servidores de outras áreas que tinham conhecimento em biologia molecular foram transferidos de setor para que pudéssemos dar conta do grande volume de análise”, lembra a diretora do Lacen. Desde agosto, o Lacen incorporou nos serviços a análise de amostras de monkeypox, que, até então, estavam sendo enviadas para o Rio de Janeiro. O novo serviço resultará num diagnóstico mais rápido, passando de 15 dias da coleta até o resultado para cerca de 48 horas. Monitoramento sanitário Outro serviço importante do Laboratório Central consiste no monitoramento da qualidade de alimentos e bebidas em termos de vigilância sanitária. Direcionados ao local, os produtos e as águas são analisados de forma física e química tanto em relação à matéria-prima em si, como em relação às informações que estão nos rótulos. A nutricionista Janice Ramos de Sousa reforça que os produtos e as águas enviados ao laboratório de micotoxinas são analisados de forma física e química tanto em relação à matéria-prima em si como em relação às informações que estão nos rótulos “Muitas vezes o consumidor vai ao comércio, adquire o produto e não sabe o que está levando para casa. A gente faz uma amostragem junto com a Vigilância Sanitária para monitorar a qualidade, ver se está tudo ok. Quando a gente fala em água, não analisamos apenas para consumo humano, mas também a água dos esgotos”, informa a nutricionista e responsável pelo laboratório de micotoxinas Janice Ramos de Sousa. Os alimentos são analisados em laboratórios de micotoxinas, que identifica as toxinas em oleaginosos (vegetais que possuem óleos e gorduras); aflatoxinas (micotoxina produzida por espécies de fungos); aditivos (substâncias adicionadas aos alimentos para modificar sabor, aparência, aroma ou prolongar tempo de conservação); de metais pesados; águas e bebidas; leite e derivados; carnes; vegetais; panificação; e microbiologia, no caso de surtos alimentares, como diarreia e infecções. “A importância disso é que conseguimos orientar a população ou pelo menos fiscalizar melhor o que está sendo colocado à disposição do consumidor”, revela a nutricionista.
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Nível dos estudantes em língua portuguesa e matemática será avaliado
Tudo pronto para o Diagnóstico Inicial 2022, marcado para as próximas terça (15) e quarta-feira (16). Nesses dias, os estudantes das escolas públicas do 2º ao 9º ano do ensino fundamental, das três séries do ensino médio e, pela primeira vez, também os matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA) farão provas preparadas especialmente para saber como está o nível de conhecimento deles em língua portuguesa e matemática. Estudantes da rede pública farão provas para avaliar nível de língua portuguesa e matemática na próxima semana | Foto: André Amendoeira/Secretaria de Educação O conteúdo das provas observará as habilidades esperadas para cada respectivo ano/série, de acordo com o Currículo em Movimento do Distrito Federal. As questões a serem respondidas foram cedidas pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd). Serão avaliados 387 mil estudantes. Não haverá notas individuais para o teste. Nem as escolas ficarão sabendo o resultado umas das outras. Na sexta-feira (18), a Subsecretaria de Educação Básica (Subeb) já terá o resultado e, a partir dele, irá implementar a Política de Recomposição das Aprendizagens. O nível de cada uma das turmas avaliadas será analisado e, em seguida, os estudantes receberão o reforço que precisam. [Olho texto=”Na sexta-feira (18), a Subsecretaria de Educação Básica (Subeb) já terá o resultado e, a partir dele, irá implementar a Política de Recomposição das Aprendizagens” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “Digamos que uma turma do matutino do 7º ano de uma escola classe de Taguatinga fez a prova. Essa prova foi elaborada para medir se eles dominam o que se espera de um estudante que concluiu o 6º ano. Se o resultado mostrar que eles não conseguem entender o texto que leem, então para eles será feito um reforço específico de leitura”, explica a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Esse tipo de intervenção poderá ser feito para uma turma, para uma escola, para todo um segmento ou para uma regional de ensino do DF. A subsecretária de Educação Básica, Solange Foizer, reitera a importância da avaliação. “É momento de estarmos de mãos dadas para identificar como está o nosso estudante. Na educação, o diagnóstico é primordial para que o professor planeje, de modo intencional, suas aulas que irão recompor as aprendizagens dos estudantes. Temos que incentivar que todos participem”, frisa. [Olho texto=”As provas serão aplicadas presencialmente nos dias 15 e 16 de março nas unidades de ensino. Em casos excepcionais, a aplicação poderá ocorrer nos dias 17 e 18 de março” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As provas serão aplicadas também em braille, com intérprete de Libras, ledor e transcritor, de forma que atenda inclusive aos estudantes com deficiência. Pela primeira vez, os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também participarão. “Temos que ver se os alunos que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade regular e que hoje estão na EJA estão aprendendo. Se eles estão lendo, escrevendo, calculando, melhorando sua proficiência acadêmica de modo a ser um melhor profissional. O aluno não pode sair apenas com uma alfabetização funcional”, avalia Solange Foizer. Público-alvo O Diagnóstico Inicial 2022 contemplará estudantes matriculados nas seguintes etapas e modalidades: ? Ensino Fundamental: 2º ao 9º ano. ? Ensino Médio: 1ª a 3ª série. ? EJA: 1º segmento (2ª, 3ª e 4ª etapas), 2º e 3º segmentos (todas as etapas). ? EJA interventiva Avaliação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Diagnóstico Inicial 2022 foi organizado entre a Subsecretaria de Educação Básica (Subeb), Subsecretaria de Educação, Planejamento, Acompanhamento e Avaliação (Suplav) e Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) da SEEDF. As provas serão aplicadas presencialmente nos dias 15 e 16 março nas unidades de ensino. Em casos excepcionais, a aplicação poderá ocorrer nos dias 17 e 18 de março. Resultado A partir do dia 18 de março, os resultados estarão disponíveis primeiramente para as coordenações regionais de ensino, no site www.avaliacaodestaque.se.df. Após essa data, cada unidade escolar poderá visualizar exclusivamente o seu relatório no sistema para verificar como foi o desempenho de cada turma. *Com informações da Secretaria de Educação
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Covid-19 e influenza exigem cuidados semelhantes
[Olho texto=”“Apesar de a taxa estar em elevação, o número de internações e de óbitos não está. Isso mostra a eficiência das vacinas”” assinatura=”Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Usar máscara, lavar as mãos com frequência, utilizar álcool em gel e evitar aglomerações. As recomendações são as mesmas tanto para o enfrentamento da covid-19 quanto para da influenza e foram lembradas, nesta quinta-feira (6), durante coletiva de imprensa que tratou do aumento do número de casos das duas doenças no Distrito Federal. A Secretaria de Saúde confirmou a existência de 5.805 casos ativos de influenza e 3,1 mil casos ativos de covid-19 no Distrito Federal. O aumento dos números na primeira semana do ano, contudo, pode também estar relacionado a uma maior atenção. “É o aumento da nossa capacidade de vigilância em saúde e da busca ativa”, afirmou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno. Entre as síndromes respiratórias foram identificados casos de influenza A, influenza B, metapneumo, flu A e vírus sincicial respiratório (VSR), este último mais comum em crianças. “É importante lembrar que esses vírus têm histórico de circulação no Distrito Federal. Neste ano, o que tem ocorrido é uma maior notificação”, esclareceu a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF), Priscilleyne Reis. Gestores da Secretaria de Saúde deram coletiva, nesta quinta (6), sobre o aumento de casos de covid-19 e influenza no DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF No caso da influenza, o diagnóstico dos casos é feito, prioritariamente, de maneira clínica. Após descartada a covid-19, os pacientes recebem o tratamento previsto para doenças do tipo, independentemente do tipo de vírus (influenza A, influenza B ou outros). “O objetivo do exame clínico da influenza não é fazer o diagnóstico. É para ajudar a construir a próxima vacina que será distribuída”, explicou a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall. De acordo com Fernando Erick Damasceno, o relevante, no momento, é que os moradores do Distrito Federal somente busquem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) caso apresentem sintomas de doenças respiratórias e que permaneçam em casa enquanto estiverem adoentados, a fim de evitar a circulação dos vírus. O médico fez um apelo também aos empregadores, que devem liberar do expediente pacientes contaminados. “Mesmo o caso gripal precisa ser afastado do serviço”, reforçou. A medida pode evitar, inclusive, o alastramento da doença dentro do ambiente de trabalho. [Olho texto=”É estimado que 209 mil moradores do Distrito Federal ainda não iniciaram a imunização e 179 estão com a segunda dose atrasada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] No caso da influenza, 59,1% dos casos notificados são de pessoas na faixa etária entre 20 e 49 anos. “Trata-se da população que circula com mais frequência”, explicou Priscilleyne Reis. Covid-19 A covid-19 também tem registrado aumento no número de casos. O Índice de Transmissibilidade (RT) chegou a 1,27 com o registro de 760 casos entre quarta e quinta-feira. Há cerca de 3.100 casos ativos no Distrito Federal. O crescimento, porém, tem se concentrado em casos assintomáticos ou com sintomas leves. Até o momento, não ocorreu nenhuma morte por covid-19 no DF em 2022 e dos 55 leitos de UTI específicos para a doença, 18 estão ocupados. “Apesar de a taxa estar em elevação, o número de internações e de óbitos não está. Isso mostra a eficiência das vacinas”, afirmou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. O Distrito Federal se aproxima das cinco milhões de doses aplicadas. Até esta quarta-feira (5), foram 4.970.430 doses, sendo 2.310.839 de D1, 2.124.910 de D2, 58.413 de dose única, 465.689 doses de reforço e 10.579 doses adicionais para imunossuprimidos. Ao todo, 89,62% da população vacinável já recebeu a primeira dose e 84,68% tomaram a segunda dose ou dose única. Ainda assim, é estimado que 209 mil moradores do Distrito Federal ainda não iniciaram a imunização e 179 estão com a segunda dose atrasada. “Nós entendemos ser esse o grupo de risco e de agravamento”, disse Divino Valero. Estratégias O aumento do número de casos de covid-19 já era esperado pela Secretaria de Saúde. Por um lado, houve o aumento do número de eventos sociais durante as festas de fim de ano e a nova variante, a Ômicron, se caracteriza pela alta transmissibilidade. Por outro, houve um aumento da testagem em massa. Na quarta-feira (5), os quatro postos de ampla testagem para a covid-19 somaram a realização de 732 testes para detecção do coronavírus Sars-CoV-2. Ao todo, 163 foram positivos, cerca de 22,26%. Os quatro pontos estão localizados no Aeroporto, na Rodoviária do Plano Piloto, nas Unidades Básicas de Saúde 1 da Asa Sul, na 612 Sul, e 2 da Asa Norte, na 114/115 Norte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Enquanto o posto de testagem no aeroporto é voltado para passageiros que chegam a Brasília, os outros três atendem toda a população do Distrito Federal. Os testes são recomendados para quem apresenta sintomas da covid-19 ou teve contato com alguém contaminado. Os resultados saem em até 30 minutos. Os locais funcionam das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. As demais UBSs também contam com testes para detecção da covid-19, porém o atendimento ocorre conforme a avaliação da equipe multidisciplinar e com a disponibilidade de testes na unidade. Também foi anunciado o plano para ampliar a testagem para mais localidades. “Estamos vivendo um novo momento, que não será como a segunda onda, que foi dramática, mas que vai exigir de nós atenção, cuidado e qualidade nas informações”, afirmou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno. O gestor ressaltou o reforço do atendimento com a posse de mais 366 enfermeiros concursados, em dezembro, e o plano de contingência para a mobilização de novos leitos, em caso de necessidade. Vacinação infantil A respeito do início da campanha de vacinação para crianças de 5 a 11 anos de idade, a Secretaria de Saúde do DF depende do envio de doses de vacinas por parte do Ministério da Saúde. A estratégia, o número de postos que contarão com os imunizantes e a convocação das faixas etárias serão definidos de acordo com o ritmo da chegada dos imunizantes. “O DF está preparado para iniciar a vacinação tão logo cheguem os imunizantes”, garantiu o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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HIV/Aids ainda representa grave problema de saúde
Denominada Dezembro Vermelho, a campanha nacional de prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) visa chamar a atenção para assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas. A Aids é a manifestação clínica da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Ao longo do tempo, as células do sistema imunológico são destruídas, o que torna a pessoa vulnerável a diversas infecções chamadas de oportunistas. Especialistas de saúde lembram que prevenção e testagem são importantes, bem como tratamento em tempo hábil | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde O vírus é transmitido de uma pessoa para outra, principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho (durante a gestação, parto e a amamentação) ou ainda pelo uso de seringa por mais de uma pessoa, transfusão de sangue contaminado e acidentes com instrumentos perfurocortantes contaminados. [Olho texto=”“Uma pessoa com HIV, se for diagnosticada e tratada precocemente, reduz o risco de desenvolver Aids ou até mesmo de transmitir para outras pessoas”” assinatura=”Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”direita”] “Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da Aids, o sistema imunológico começa a ser atacado, e é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. Ela lembra que é importante começar o tratamento em tempo hábil, caso contrário as células de defesa começam a perder eficiência até serem destruídas. “O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções oportunistas”, afirma a gestora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tratamento O tratamento é feito por meio de medicamentos antirretrovirais (coquetel), que ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e impedem que o vírus se replique dentro das células de defesa. “Uma pessoa com HIV, se for diagnosticada e tratada precocemente, reduz o risco de desenvolver Aids ou até mesmo de transmitir para outras pessoas”, ressalta Beatriz. “O uso regular dos antirretrovirais é fundamental ainda para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.” A gerente lembra ainda que rede de urgência e emergência atende pessoas que necessitam de profilaxia pós-exposição ao HIV e outras ISTs ocasionadas por exposição sexual consentida, violência sexual e acidentes com materiais biológicos. Rede pública de saúde A Secretaria de Saúde (SES) mantém 11 serviços de referência no tratamento de HIV/Aids, por meio dos quais cerca de 12 mil pacientes recebem tratamento e medicamentos antirretrovirais. Confira, abaixo, a lista desses locais: Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) – antigo Hospital Dia da Asa Sul; Policlínicas de Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Gama e Lago Sul; Ambulatórios de infectologia dos hospitais de Base (HB), Regional de Santa Maria, Regional de Sobradinho e o Universitário de Brasília (HUB); Unidades básicas de saúde (UBS) oferecem testes rápidos e fornecem insumos de prevenção (preservativos e gel lubrificante) durante todo o ano. E, na Rodoviária do Plano Piloto, o público pode fazer teste rápido para HIV, sífilis e hepatites virais. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Como prevenir e combater a hipertensão arterial
Dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce da doença. A hipertensão arterial afeta 32,3% da população adulta de todo o mundo, ou seja, mais de 1 bilhão de pessoas, segundo informa a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. De acordo com a representante da Referência Técnica Distrital (RTD) de Cardiologia da pasta, cardiologista Rosana Costa Oliveira, cerca de metade das pessoas que vivem com a hipertensão desconhece sua condição, o que as coloca em risco de complicações evitáveis como infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC), além do risco de morte precoce. [Olho texto=”Dor de cabeça frequente, tonturas, falta de ar, palpitações e alteração na visão podem ser sinais de alerta para o problema. No entanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante que a mesma seja aferida regularmente” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] “É importante falar sobre a hipertensão porque é uma doença crônica muitas vezes assintomática e muito frequente na população. Além disso, a hipertensão é um dos fatores de risco modificáveis mais importantes para as doenças cardiovasculares, que são as principais causas de morte e hospitalizações no Brasil e no mundo”, explica. Acima de 14/9 A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa. Arte: Secretaria de Saúde Dor de cabeça frequente, tonturas, falta de ar, palpitações e alteração na visão podem ser sinais de alerta para o problema. No entanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante que a mesma seja aferida regularmente. Qualquer uma das 170 unidades básicas de saúde do DF oferecem o serviço. Se houver necessidade, o paciente será encaminhado para a Atenção Secundária, para atendimentos nos ambulatórios de cardiologia ou para os centros de referência. [Olho texto=”A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Principais causas Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até dez anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal associado a hábitos alimentares não adequados também colabora para o surgimento da hipertensão. A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, entre outros. Complicações De acordo com a RTD de Cardiologia, a hipertensão arterial pode causar aumento no risco de doenças cardiovasculares (como IAM, AVC ), doença renal crônica e morte prematura. Causa lesões em órgãos-alvo como coração, cérebro, rins e vasos arteriais. As complicações nos órgãos-alvo, fatais e não fatais, são: – Coração: doença arterial coronária (DAC), insuficiência cardíaca (IC), fibrilação atrial (FA) e morte súbita; – Cérebro: acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH) e demência; -Rins: doença renal crônica (DRC), que pode evoluir para necessidade de terapia dialítica; e – Sistema arterial: doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). Prevenção e controle: – manter o peso adequado com a mudança de hábitos alimentares; – não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos; – praticar atividade física regular; – aproveitar momentos de lazer; – abandonar o fumo; – moderar o consumo de álcool; – evitar alimentos gordurosos; – controlar o diabetes. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Julho Verde alerta para o câncer de cabeça e pescoço
Com o intuito de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço, neste mês é celebrado o Julho Verde. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano surgem 43 mil novos casos de cânceres que envolvem as regiões da cabeça e pescoço, resultando em 10 mil mortes por ano. “Infelizmente, percebemos que há uma incidência crescente desse tipo de câncer ao longo dos anos, ainda muito relacionada ao hábito do tabagismo, etilismo e, também, alguns casos decorrentes da contaminação pelo HPV (papiloma vírus humano)”, alertou a oncologista Martha Tatiane Mesquita dos Santos, do Hospital de Base (HB), que é referência no DF para o tratamento da doença. Atenção aos sintomas A médica explica que os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireoide e seios paranasais. É necessário ficar atento aos sintomas persistentes, como manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas, lesões nos lábios que não cicatrizam, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz. Por isso, é fundamental buscar um serviço de saúde, identificar o câncer e realizar um diagnóstico precoce. “Se qualquer sinal de alerta persistir por mais de 15 dias, é importante procurar uma avaliação médica”, adverte a oncologista. “Quanto antes o paciente for diagnosticado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida após o tratamento.” Avaliação e diagnóstico O paciente precisa procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após avaliação pelo médico, em caso de suspeita, a pessoa será encaminhada ao cirurgião de cabeça e pescoço ou, em caso de lesões na cavidade oral, ao otorrinolaringologista ou dentista. O primeiro passo para o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço é a avaliação do histórico clínico completo, além de um exame físico para detectar possíveis sintomas. Nos tumores de laringe, hipofaringe e nasofaringe, é utilizado um nasofibrolaringoscópio, aparelho que dispõe de fibra óptica dotada de uma luz intensa na extremidade para permitir a visualização da cavidade nasal. Além desses métodos, para a obtenção do diagnóstico, o médico pode pedir outros exames de imagem e de laboratório, como ultrassonografia, radiografia, tomografia computadorizadas, ressonância nuclear magnética e PET- CT. Confirmada a lesão, realiza-se a biópsia. O material é, então, enviado para exame microscópico. Tratamento individualizado As principais opções de tratamento para pacientes com câncer de cabeça e pescoço podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia-alvo. Em muitos casos, podem ser administrados tratamentos combinados. É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente. O HB oferece tratamento multidisciplinar. O paciente é tratado pela equipe de cirurgiões de cabeça e pescoço em parceria com os oncologistas e radioterapeutas do serviço. “Discutimos a melhor abordagem para cada paciente: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, bem como se esses tratamentos devem ser feitos combinados ou de forma sequencial”, resume a oncologista do hospital. O prognóstico dos cânceres de cabeça e pescoço varia conforme a fase de desenvolvimento. Nos casos precoces, a medicina acena com possibilidade de cura em torno de 70% a 90%. Já nos tumores maiores, com estágio avançado, a sobrevida cai para 30% a 50%. Histórico da data A International Federation Head Neck Oncology (IFNHOS), que estabeleceu a data de 27 de julho como o Dia do Câncer de Cabeça e Pescoço. A partir daí, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), considerando o quadro, criou o Julho Verde, campanha que conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da União Internacional para o Controle do Câncer para aumentar o conhecimento e promover educação e treinamento no diagnóstico, tratamento, resultados e pesquisa sobre o câncer de cabeça e pescoço. * Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF)
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Sema avança em experiência inovadora no Lixão da Estrutural
Trabalho visa compensar o local, que era conhecido como o maior depósito de lixo a céu aberto da América Latina| Foto: Divulgação / Sema Foram 57 anos de existência. Na Estrutural, bem ao lado do Parque Nacional de Brasília, montanhas de lixo chegavam a 55 metros de altura em um terreno onde eram descarregados irregularmente toneladas de rejeitos. Centenas de urubus e gaviões-carcarás sobrevoavam diariamente o local, que ficou conhecido como o maior depósito de lixo a céu aberto da América Latina. O cenário pode até não ser mais o mesmo desde o encerramento do Lixão da Estrutural, em 2018. A preocupação com os impactos ambientais, porém, permanece e move uma das principais ações da Secretaria do Meio Ambiente (Sema): a elaboração de um diagnóstico da contaminação, com proposta de remediação para toda a área de influência local, por meio de tecnologias inovadoras. “A maior preocupação é com a infiltração do chorume, acumulado durante décadas em formações mais profundas do solo, afinal os resíduos continuam se decompondo e circulando pelo subsolo e, pelo tempo de existência do lixão, já atingiram as reservas de águas”, alerta o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho. [Olho texto=”“A maior preocupação é com a infiltração do chorume, acumulado durante décadas em formações mais profundas do solo”” assinatura=”Sarney Filho, secretário do Meio Ambiente” esquerda_direita_centro=”centro”] A ação integra o CITinova-Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis, projeto multilateral elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Mctic). Executado pela Sema, o programa tem financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Situação atual Além do risco de poluição no solo, o lixão abriga mais de 150 pontos de escape do metano, considerado extremamente perigoso para o meio ambiente. Estes sumidouros ardem 24 horas por dia para transformar o gás metano em gás carbônico (dióxido de carbono), que é 25 vezes menos tóxico. [Numeralha titulo_grande=”500″ texto=”Número de mudas de dez espécies do Cerrado plantadas na área” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre o fim de abril e o início deste mês, o local passou por algumas etapas importantes dessa iniciativa, a começar por irrigação e plantio de dez espécies do Cerrado – 500 mudas, entre elas baru, mama-cadela, angico, ipê-roxo, fedegoso, cedro, jatobá, copaíba, mulungu e pata-de-vaca, além de sorgo e girassol, de ciclo curto. Também está sendo testado o eucalipto, para verificar o potencial acumulador de metais. Essas espécies foram escolhidas para o teste-piloto de fitorremediação. O processo consiste em monitorar o desenvolvimento das mudas, aí incluídos controle das pragas nas áreas plantadas, irrigação das mudas e análises de amostras do caule a 40 centímetros do solo e da massa foliar em três exemplares da mesma espécie. Coletas e análises As análises prioritárias serão feitas em metais tóxicos, além de outras trocas químicas de elementos, como cálcio, ferro e magnésio. As avaliações dos resultados deverão focar na capacidade de sequestro de metais que cada espécie exibe, além da comparação com dados de literatura. Também já foram coletadas amostras de massa vegetal (folhas e cascas) de espécies nativas e exóticas na área do lixão e adjacências, bem como das mesmas espécies em áreas externas ou naquelas em que não ocorre a acumulação de resíduos sólidos. Esse comparativo foi feito em exemplares de mamona, margaridão, leucena e eucalipto (espécies exóticas) e pequi, ipê, angico e araticum (espécies nativas). Entre as técnicas a serem experimentadas no local, estão um novo modelo de transporte de contaminantes subterrâneos e o tratamento do chorume, iniciativas que podem ser utilizadas para a descontaminação da área. Pesquisas em andamento “Mesmo tendo sido realizadas inúmeras pesquisas na área, ainda existem várias lacunas a serem estudadas, como o limite da contaminação das águas subterrâneas”, pontua o coordenador técnico do projeto, Eloi Campos, do Departamento de Hidrogeologia e Geologia Ambiental da Universidade de Brasília (UnB). Para o professor, o maior legado dessa iniciativa deverá ser o resultado da fitorremediação, que pode gerar um efeito inédito a ser replicado para outras áreas contaminadas. “Minha maior expectativa é a determinação da pluma de contaminação e um modelo hidrogeológico inédito para a região”, antecipa. “O modelo permitirá prever o tempo em que a pluma alcançará os córregos”. Executada por meio de um contrato com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e a UnB, a ação tem como apoiadores CEB, SLU, Secretaria de Projetos Especiais (Sepe), Terracap e Instituto Brasília Ambiental (Ibram). As atividades são ao ar livre, com equipe reduzida de profissionais que seguem todos os cuidados necessários à prevenção contra a Covid-19. * Com informações da Sema
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Treinamento em comunicação de más notícias
Dar um diagnóstico delicado a um paciente ou informar sobre a morte de um ente querido é sempre uma responsabilidade grande para qualquer pessoa. No entanto, quem trabalha na área da saúde deve estar preparado para fazer essa comunicação em algum momento da carreira. Para isso, a Secretaria de Saúde (SES) oferece o treinamento em comunicação de más notícias. A capacitação tem o objetivo de capacitar profissionais de saúde para utilização do Protocolo Spikes. Esse é o principal instrumento validado para fornecer ferramentas aos profissionais para um dos momentos mais desafiadores da carreira: dizer aquilo que ninguém quer ouvir. “O treinamento garante ao profissional confiança e segurança, propiciando meios para que esse tipo de comunicação ocorra de forma mais humanizada e respeitosa”, avalia o secretário de Saúde, Francisco Araújo. “O modo como se comunica um diagnóstico é muito importante para que o paciente siga as recomendações necessárias, principalmente pacientes da Covid-19”, explica a psicóloga Luciana Caixeta, diretora da Atenção Secundária da Região Sul. “Esse treinamento também ajuda o profissional a dar as orientações com relação ao enterro nos casos de coronavírus, em que o caixão deve ser lacrado, sem velório.” Realizado no auditório do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Saúde do Hospital Regional do Gama (HRG), o treinamento em comunicação de más notícias é voltado a todos os profissionais de saúde, sendo dividido em teoria e prática – que inclui simulação. Até agora, já foram capacitados 20 profissionais. “O treinamento foi incluso no calendário de ações de enfrentamento ao coronavírus e tem suas datas de realização divulgadas pelas chefias nos grupos de WhatsApp dos profissionais”, orienta Luciana, que ministra a capacitação com a psicóloga Jamila Souza. “Quem quiser participar, basta comparecer no dia e horário”. A gestora ressalta que o treinamento é essencial e abrange não somente esse momento de pandemia, mas outros contextos ao longo da carreira do profissional de saúde. * Com informações da SES
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