Carnaval: Fique atento para as doenças mais transmitidas durante a folia
Com a proximidade do Carnaval e vários dias de festa por todos os cantos, os foliões não podem se descuidar da saúde. Para aproveitar a folia sem dor de cabeça no futuro, é de suma importância se proteger contra diversas doenças, principalmente as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O infectologista do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Marcos Davi Gomes, destaca que as ISTs e algumas doenças transmitidas por contato interpessoal ou consumo de alimentos e bebidas em condições inadequadas são as mais comuns. “O Carnaval é um período de maior socialização e atividade sexual, muitas vezes sem o uso adequado de preservativos, levando ao aumento das ISTs, como sífilis, que teve um aumento alarmante nos últimos anos; gonorreia, clamídia e micoplasma; herpes genital; HPV; HIV e monkeypox ou Mpox”, informa. As ISTs lideram geralmente o ranking das doenças mais contraídas no Carnaval, pois há aumento da exposição a situações de risco | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília Segundo o especialista, as ISTs lideram geralmente o ranking das doenças mais contraídas no Carnaval, pois há aumento da exposição a situações de risco, como sexo sem preservativo, múltiplos parceiros e consumo de álcool ou outras substâncias que reduzem a percepção de perigo. Além disso, muitas destas infecções podem ser assintomáticas nos primeiros dias, levando à transmissão contínua. “Para curtir o Carnaval com segurança e minimizar o risco de infecções, é fundamental adotar algumas medidas preventivas, como usar preservativo em todas as relações sexuais. Também vale considerar o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), para quem tem maior risco de exposição ao HIV, e da profilaxia pós-exposição (PEP), que pode ser usada até 72h após um contato desprotegido considerado de risco. Além disso, fazer testagem de ISTs antes e depois do Carnaval e se vacinar contra HPV e hepatites A e B. Tudo isso é disponibilizado no SUS”, explica Marcos Davi. Segundo dados epidemiológicos sobre a sífilis no Distrito Federal, de 2019 a 2023 foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 12.639 casos de sífilis adquirida, 4.966 casos de sífilis em gestantes e 1.604 casos de sífilis congênita, incluindo abortos e natimortos. O infectologista do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Marcos Davi Gomes, destaca que as ISTs e algumas doenças transmitidas por contato interpessoal ou consumo de alimentos e bebidas em condições inadequadas são as mais comuns Segundo o Sinan, atualizado em 22 de agosto de 2024, a taxa de sífilis adquirida sofreu aumento de 77,5% para 123,5% em 2023. A média de casos da doença em gestantes também teve aumento discreto – a taxa que era de 31,4%, foi para 31,9%, em 2023. Já a sífilis congênita variou de 6%, em 2019, para 10,7%, em 2022. Em 2023, registrou 8,5%. “Muitas ISTs podem ser assintomáticas no início, mas, ainda assim, são transmissíveis. Por isso é tão importante o uso de preservativos”, afirma Marcos Davi. Outras doenças O infectologista destaca que com aglomerações em blocos e festas, há maior disseminação de vírus respiratórios e de contato também, incluindo covid-19; influenza; mononucleose infecciosa, causada pelo vírus Epstein Barr (conhecida como Doença do Beijo); e herpes labial. Já entre as doenças gastrointestinais e alimentares, o médico alerta para o aumento de casos de hepatite A e E (transmitidas por água e alimentos contaminados) e das intoxicações alimentares (por bactérias como Salmonella, E. coli, Staphylococcus aureus) e gastroenterites virais (norovírus). Fora isso, também é importante se proteger contra as arboviroses como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, utilizando repelentes para combater. Segundo o médico, os sintomas das doenças mais comuns no período do Carnaval variam conforme o agente causador | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Marcos Davi ressalta que é importante evitar o compartilhamento de copos e garrafas, pois isso pode transmitir a mononucleose, a gripe e a herpes labial (simples). Ele alerta também para a lavagem das mãos com frequência, o uso de álcool em gel e dá a dica de evitar beijar várias pessoas em sequência, porque pode aumentar o risco de transmissão de vírus como gripe, covid-19 e herpes. Segundo o médico, os sintomas das doenças mais comuns no período do Carnaval variam conforme o agente causador. Algumas se manifestam rapidamente, enquanto outras podem levar dias ou semanas para apresentar sinais. Quando procurar atendimento médico? – Sintomas graves: febre persistente, falta de ar, dor intensa, desidratação, sinais de alarme da dengue (dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão, sangramentos etc). – Suspeita de IST: mesmo sem sintomas, fazer exames após exposição de risco, tendo em mente o período de incubação de cada doença. – Contato com doenças contagiosas: monitorar sintomas e buscar orientação médica se necessário. Fique atento aos sintomas Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) 🔹 Sífilis Sintomas iniciais: ferida indolor (cancro duro) na região genital, anal ou oral. Muitas vezes, porém, esses sintomas não aparecem ou são imperceptíveis. Período de incubação: 10 a 90 dias (média de 21 dias). Ou seja, depois do contato sexual, a ferida só vai aparecer, em média, após 3 semanas. 🔹 Gonorreia e Clamídia Sintomas iniciais: corrimento uretral ou vaginal (amarelado ou esverdeado), dor ao urinar, dor pélvica. Nos homens, pode haver inflamação nos testículos e na mulher, pode evoluir com doença inflamatória pélvica (DIP) e infertilidade. Período de incubação: 2 a 14 dias. 🔹 Herpes genital Sintomas iniciais: pequenas bolhas dolorosas na região genital ou anal, que evoluem para úlceras. Pode haver febre e mal-estar. Período de incubação: 2 a 12 dias. A maioria dos adultos já entrou em contato com o herpes, mas pode haver reativação do vírus. 🔹 HPV (Verrugas genitais) Sintomas iniciais: verrugas indolores na região genital, anal ou oral. Pode demorar meses para aparecerem. Período de incubação: sem período fixo (semanas a anos). 🔹 HIV (fase aguda) Sintomas iniciais: febre, dor de garganta, manchas vermelhas no corpo, ínguas, fadiga. Muitas vezes, pode não apresentar nenhum sintoma. Período de incubação: 2 a 6 semanas. Doenças virais transmitidas pelo contato próximo 🔹 Mononucleose (Doença do Beijo) Sintomas iniciais: cansaço intenso, febre, dor de garganta, ínguas inchadas. Período de incubação: 4 a 6 semanas. 🔹 Herpes labial (HSV-1) Sintomas iniciais: bolhas dolorosas nos lábios, febre, sensação de formigamento antes das lesões aparecerem. Quem já sabe que tem o Herpes, é importante iniciar o antiviral imediatamente após surgirem os primeiros sintomas. Período de incubação: 2 a 12 dias. 🔹 Covid-19 e influenza (gripe) Sintomas iniciais: febre, dor de garganta, tosse seca, cansaço, dores no corpo. Importante realizar a testagem para fazer isolamento, caso positivo. Período de incubação: Covid-19: 2 a 14 dias (média de 5 dias). Há medicação no SUS para idosos e pessoas com comorbidades. Influenza: 1 a 4 dias. Há medicação no SUS para populações de risco. Doenças gastrointestinais e alimentares 🔹 Hepatite A e E Sintomas iniciais: febre, fadiga, náusea, dor abdominal, urina escura, icterícia (pele amarelada). Existe vacina para Hepatite A. Período de incubação: 15 a 50 dias (média de 28 dias). 🔹 Intoxicação alimentar (Salmonella, E. coli, Norovírus) Sintomas iniciais: náusea, vômito, diarreia, cólicas abdominais, febre (às vezes). Período de incubação: Salmonella: 6 a 72 horas. E. coli: 1 a 10 dias. Norovírus: 12 a 48 horas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Com o fim da estiagem, força-tarefa intensifica prevenção à dengue no Núcleo Bandeirante
Com o fim da estiagem e a volta das chuvas à capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem intensificado nas regiões administrativas (RAs) os trabalhos de prevenção e combate ao Aedes aegypti – vetor de transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya. Nesta segunda-feira (30), no Núcleo Bandeirante, equipes iniciaram o trabalho de recolhimento de entulhos e materiais inservíveis que podem contribuir para o surgimento de focos do mosquito. O Núcleo Bandeirante foi uma das primeiras visitadas pela verdadeira força-tarefa montada pelo governo. As equipes iniciaram nesta segunda-feira o trabalho de recolhimento de entulhos e materiais inservíveis que podem contribuir para o surgimento de focos do mosquito | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A cidade foi uma das primeiras visitadas pela verdadeira força-tarefa montada pelo governo. A operação conta com a participação da Secretaria de Governo (Segov-DF), da Vigilância Ambiental em Saúde, Administração Regional do Núcleo Bandeirante, além da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) e do Polo Centro-oeste do GDF Presente. O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, destaca que a ação busca evitar que, com o retorno das precipitações, o DF volte a sofrer com os casos de dengue. “O GDF está trabalhando de forma integrada com o objetivo de que o enfrentamento ao Aedes aegypti seja mais ostensivo e efetivo neste ano”, enfatiza o secretário. “Recentemente, fizemos uma reunião com os órgãos envolvidos nessa política pública de combate à dengue com a participação de todos os administradores regionais para nivelar as ações. Foi um encontro importantíssimo, onde foi apresentada toda a estratégia que vai ser usada para dar suporte nas cidades”, prossegue o titular da Segov. Nesta segunda-feira (30), as equipes percorreram endereços das áreas conhecidas na cidade como Divineia e Metropolitana. Além da retirada de lixo das ruas e a identificação de acumuladores no local, o GDF também conscientizou e orientou a população sobre a importância das medidas de segurança. Os trabalhos seguirão ao longo de toda a semana (confira abaixo). Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Mapeamento Segundo o administrador regional do Núcleo Bandeirante, Márcio Oliveira, o trabalho das equipes do GDF na RA começaram ainda na semana passada, com o mapeamento das áreas de atuação da operação. “Realizamos várias reuniões com a Vigilância Ambiental em Saúde e criamos uma comissão específica para esse combate”, detalha. “Também na semana passada, a administração passou avisando os moradores para que colocassem na rua tudo aquilo que fosse inservível. E, nesta segunda, iniciamos a retirada desses entulhos; são materiais que podem servir como criadouros para dengue”, completa o gestor. De acordo com o biólogo Israel Moreira, da Vigilância Ambiental em Saúde, com chegada do período chuvoso, o risco de proliferação do Aedes aegypti aumenta significativamente, já que a água da chuva se acumula em recipientes, terrenos baldios e até mesmo em pequenos objetos, criando ambientes propícios para a reprodução do mosquito O biólogo Israel Moreira, da Vigilância Ambiental em Saúde, explica que a chegada do período chuvoso, o risco de proliferação do Aedes aegypti aumenta significativamente, já que a água da chuva se acumula em recipientes, terrenos baldios e até mesmo em pequenos objetos, criando ambientes propícios para a reprodução do mosquito. “Nessa época, qualquer recipiente pode acumular água, até mesmo uma tampinha de garrafa pet. Por isso, essa ação é tão importante, pois a retirada desses materiais, além de proteger a gente contra a dengue, também impede a proliferação de outros insetos, incluindo o escorpião, que usam essas estruturas como abrigo”. O policial judicial Humberto Ferreira, de 53 anos, comemorou a chegada da ação ao Núcleo Bandeirante. “É um serviço muito importante. O mosquito não tem fronteira e a pessoa pensa que não irá ser atingida porque cuidou do seu quintal, da sua casa, mas é um esforço conjunto, onde todos precisam fazer a sua parte. Só quem perdeu alguém que sabe a importância desse cuidado”, avalia. A dona de casa Rita de Cássia Oliveira redobrou os cuidados dentro da residência onde mora Foi justamente a gravidade da doença que motivou a dona de casa Rita de Cássia Oliveira, 59, a redobrar os cuidados dentro da residência onde mora. “Eu perdi parentes para a dengue e por isso valorizo tanto o trabalho dessas pessoas. É um trabalho maravilhoso e um serviço muito necessário para a população”, acrescenta. Prevenção O Aedes aegypti tem características físicas marcantes como a sua cor escura e listras brancas nas pernas e no corpo. O mosquito possui grande capacidade de reprodução, sendo a fêmea a responsável por depositar ovos em locais com água parada, independente do tamanho do recipiente. Sendo assim, a presença de vasos de plantas, pneus, garrafas, calhas e até mesmo tampinhas de garrafas oferece condições ideais para a reprodução do inseto, que pode gerar novos mosquitos em poucos dias, aumentando rapidamente a população em áreas com acúmulo de água. Não seja vítima do mosquito e contribua para a segurança da sua vizinhança: → Elimine focos de água parada: verifique semanalmente sua casa e quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água → Mantenha caixas d’água, toneis e barris bem tampados: impedir o acesso do mosquito a esses locais evita a criação de novos focos → Use repelentes: aplique nas partes expostas do corpo e reaplique conforme as instruções do fabricante, especialmente quando estiver ao ar livre → Proteja a casa: instale telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos. O uso de mosquiteiros sobre as camas também é recomendado → Mantenha-se informado: acompanhe as campanhas de conscientização e siga as orientações das autoridades de saúde para se proteger e evitar a proliferação do mosquito
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Entenda o que é o vazio sanitário do feijão e sua importância para a produção do grão no DF
Você já ouviu falar no vazio sanitário do feijão? Em um primeiro momento, essa expressão bastante desconhecida pode até soar estranha, mas é ela que dá o nome a uma das etapas mais importantes do cultivo desse grão. Isso porque é neste momento da cultura do alimento que os produtores rurais conseguem controlar as pragas e doenças que podem comprometer a próxima safra. Compete à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) a responsabilidade pela fiscalização do cumprimento da prática agrícola, sob pena de multa e penalidades civil e penal em caso de flagrante descumprimento por parte do produtor rural responsável | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Na prática, o vazio sanitário do feijão, como o nome já diz, consiste em deixar as lavouras vazias, ou seja, sem qualquer resquício de sementes, mudas e plantas que possam contribuir para o surgimento de pragas e doenças, como o chamado mosaico dourado do feijão, transmitido pela mosca-branca. “À medida que temos um controle sanitário da mosca-branca e a redução da incidência do mosaico dourado, nós reduzimos o número de aplicação de inseticidas para o controle do vetor. E, no caso da mosca-branca, é garantido também um produto de melhor qualidade” Rafael Bueno, secretário da Agricultura “O vazio sanitário é a ausência de plantas de feijão vegetando de 20 de setembro a 20 de outubro. É um período crucial para reduzir o impacto das pragas que atacam as plantações. Há um acordo entre governo, pesquisadores e agricultores para que essa prática agrícola ocorra nesse período e, portanto, os produtores rurais devem estar preparados”, afirma o extensionista rural Carlos Antônio Banci, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Além de efetiva no controle de pragas, essa prática agrícola contribui para a preservação do solo e para a consequente redução do uso de agrotóxicos, uma vez que, diante da ausência de vetores de doenças e outras pragas, a produção dependerá menos da utilização dos químicos. Sendo assim, o feijão que chegará à mesa do brasiliense é mais saudável, sustentável e seguro não só para o consumo como também para o próprio meio ambiente. Além de efetiva no controle de pragas, a prática agrícola contribui para a preservação do solo e para a consequente redução do uso de agrotóxicos, uma vez que, diante da ausência de vetores de doenças e outras pragas, a produção dependerá menos da utilização dos químicos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, destaca que outra vantagem da adoção desta etapa é a redução dos custos de produção. “Medidas como o vazio sanitário são de extrema importância para garantir a rentabilidade para o produtor e a sustentabilidade ambiental”, enfatiza. “Isso porque, à medida que temos um controle sanitário da mosca-branca e a redução da incidência do mosaico dourado, nós reduzimos o número de aplicação de inseticidas para o controle do vetor. E, no caso da mosca-branca, é garantido também um produto de melhor qualidade”, prossegue o titular da pasta. Referência nacional O Distrito Federal é referência nacional na produção de feijão. No ano passado, o cultivo do grão ultrapassou a marca de 36 mil toneladas. “Temos uma média de produtividade quatro vezes maior do que a média nacional. Além de garantir o abastecimento interno, também atuamos em parte da demanda das regiões Norte e Nordeste do Brasil.” No Distrito Federal, o vazio sanitário do feijão já está em vigor há uma semana, tendo sido iniciado na última sexta-feira (20) e compete à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) a responsabilidade pela fiscalização do cumprimento da prática agrícola, sob pena de multa e penalidades civil e penal em caso de flagrante descumprimento por parte do produtor rural responsável.
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Conheça o trabalho do Laboratório Central de Saúde Pública
É dentro de um prédio na 601 Norte que cerca de 250 servidores da Secretaria de Saúde analisam diariamente as doenças em circulação e a qualidade dos alimentos, bebidas e medicamentos no Distrito Federal. Ali fica o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), espaço referência em diagnóstico laboratorial e controle epidemiológico e sanitário da população brasiliense, que realiza cerca de 280 tipos de análise. O Lacen é um espaço referência em diagnóstico laboratorial e controle epidemiológico e sanitário da população brasiliense, que realiza cerca de 280 tipos de análise | Fotos: Renato Araújo / Agência Brasília Quando se trata da área epidemiológica, o Lacen organiza amostras biológicas vindas de todas as regionais de saúde do DF para identificar doenças como covid-19, sarampo, rubéola e parvovírus (doenças exantemáticas); HIV e hepatites virais A, B e C; e dengue, chikungunya, zika e febre amarela (doenças das arboviroses). Já o serviço sanitário trata da análise da amostra de alimentos, água e medicamentos encaminhados pelo Programa de Vigilância Sanitária. “O Lacen faz vigilância laboratorial. Se surge uma doença nova, nós estamos aqui para alertar. Dar o primeiro sinal para as ações de vigilância das outras diretorias”, afirma a farmacêutica e diretora do Lacen, Grasiela Araújo da Silva. “É importante saber o que está circulando para poder fazer as barreiras e não deixar que a doença se espalhe. É (um trabalho) importantíssimo, porque nós precisamos muito prevenir. Gasta-se muito menos prevenindo”, acrescenta. A farmacêutica e diretora Grasiela Araújo da Silva, destaca a importância do trabalho do Lacen na criação de barreiras para evitar que novas doenças se espalhem É a partir do trabalho do laboratório que a rede pública de saúde pode agir sugerindo isolamento, vacina, políticas públicas e quaisquer outras ações de prevenção e contenção. “O serviço aqui impacta tanto na agilidade do diagnóstico quanto até nas opções terapêuticas. Vai impactar na conduta clínica do médico e, principalmente, acho que a maior relevância é a vigilância em saúde. É um trabalho de formiguinha, mas que tenho certeza que é grandioso para a população”, comenta o biomédico Lucas Luiz Vieira, que trabalha há seis anos no Lacen-DF. Todos os dias, três veículos do laboratório circulam pelas regionais de saúde do DF captando as amostras para serem cadastradas e analisadas. As análises e os ensaios são sem custos ao cidadão, que pode fazer a coleta de material biológico por meio de consulta médica para ser encaminhada ao Lacen ou em uma unidade de saúde do DF para a realização dos exames com o pedido médico em mãos. O biomédico Lucas Luiz Vieira, há seis anos no Lacen, reforça que é a partir do trabalho do laboratório que a rede pública de saúde pode agir sugerindo isolamento, vacina, políticas públicas e quaisquer outras ações de prevenção e contenção Situações de emergência Durante o período crítico da pandemia de covid-19, o trabalho foi intensificado para que fossem feitos os diagnósticos da doença, com o auxílio de servidores de outros setores que foram treinados para compor uma força-tarefa. “Servidores de outras áreas que tinham conhecimento em biologia molecular foram transferidos de setor para que pudéssemos dar conta do grande volume de análise”, lembra a diretora do Lacen. Desde agosto, o Lacen incorporou nos serviços a análise de amostras de monkeypox, que, até então, estavam sendo enviadas para o Rio de Janeiro. O novo serviço resultará num diagnóstico mais rápido, passando de 15 dias da coleta até o resultado para cerca de 48 horas. Monitoramento sanitário Outro serviço importante do Laboratório Central consiste no monitoramento da qualidade de alimentos e bebidas em termos de vigilância sanitária. Direcionados ao local, os produtos e as águas são analisados de forma física e química tanto em relação à matéria-prima em si, como em relação às informações que estão nos rótulos. A nutricionista Janice Ramos de Sousa reforça que os produtos e as águas enviados ao laboratório de micotoxinas são analisados de forma física e química tanto em relação à matéria-prima em si como em relação às informações que estão nos rótulos “Muitas vezes o consumidor vai ao comércio, adquire o produto e não sabe o que está levando para casa. A gente faz uma amostragem junto com a Vigilância Sanitária para monitorar a qualidade, ver se está tudo ok. Quando a gente fala em água, não analisamos apenas para consumo humano, mas também a água dos esgotos”, informa a nutricionista e responsável pelo laboratório de micotoxinas Janice Ramos de Sousa. Os alimentos são analisados em laboratórios de micotoxinas, que identifica as toxinas em oleaginosos (vegetais que possuem óleos e gorduras); aflatoxinas (micotoxina produzida por espécies de fungos); aditivos (substâncias adicionadas aos alimentos para modificar sabor, aparência, aroma ou prolongar tempo de conservação); de metais pesados; águas e bebidas; leite e derivados; carnes; vegetais; panificação; e microbiologia, no caso de surtos alimentares, como diarreia e infecções. “A importância disso é que conseguimos orientar a população ou pelo menos fiscalizar melhor o que está sendo colocado à disposição do consumidor”, revela a nutricionista.
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Boca malcuidada é porta de entrada de doenças
Gestantes em pré-natal com médicos das UBSs também podem fazer tratamento odontológico com acompanhamento de equipes de Saúde Bucal | Fotos: Divulgação/SES Que a boca é a porta de entrada de quase todas as doenças é sabido. Mas que a desatenção à higiene frequente de dentes e língua pode causar enfermidades em outras partes do corpo ainda é pouco considerado pelo cidadão. Por não estarem isoladas do restante do organismo, alterações na cavidade bucal podem comprometer outros órgãos. No coração, por exemplo, chega a evoluir uma endocardite, inflamando a membrana que reveste a parede interna e as válvulas cardíacas. Especialistas da Secretaria de Saúde alertam que cuidados diários na limpeza da boca e a consulta periódica ao dentista são fundamentais para a prevenção de diversas doenças. Os serviços são prestados gratuitamente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em três níveis de atenção à saúde bucal. [Olho texto=”“É sempre muito importante a avaliação odontológica para aliviar possíveis alterações sistêmicas causadas pela boca”” assinatura=”Alessandra Castro, referência Técnica Distrital em Saúde Bucal” esquerda_direita_centro=”direita”] A efetiva higiene bucal compreende a escovação dos dentes e da língua, associada ao uso frequente do fio dental. Os cremes dentais possuem em sua composição agentes detergentes, quimicamente muito semelhantes ao sabão usado para lavagem das mãos, diminuindo a possibilidade de o vírus se manter ativo nas cerdas. Não há estudos que evidenciem a necessidade de substituição da escova depois de identificada alguma doença. Recomenda-se a troca a cada três meses ou quando as cerdas se deformarem. Estudos mostram que, após esse período de uso normal, as escovas são muito menos eficientes na remoção da placa em comparação aos materiais novos. Numeralha titulo_grande=”13″ texto=”Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) dão prosseguimento ao tratamento bucal depois do encaminhamento dos pacientes pelas UBSs” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Rede de apoio Pela Secretaria de Saúde, o acesso se faz por meio da Atenção Primária à Saúde, nas diversas unidades básicas de saúde (UBSs) presentes em sete regiões administrativas. Na atenção secundária, é realizada nos 13 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). Na terciária, nos prontos-socorros odontológicos dos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), do Guará (HRG) e de Taguatinga (HTR), além dos centros cirúrgicos e nas unidades de terapia intensiva. Referência Técnica Distrital em Saúde Bucal da Secretaria de Saúde, Alessandra Castro confirma que toda pessoa residente do DF pode buscar atendimento na UBS mais próxima de casa. “É sempre muito importante a avaliação odontológica para aliviar possíveis alterações sistêmicas causadas pela boca”, salienta ela. A especialista lembra que não são todas as UBSs que dispõem de odontologia, mas em todas as regiões administrativas há ao menos uma unidade com esse tipo de atendimento. As equipes de Saúde Bucal das UBSs inclusive realizam o pré-natal odontológico nas gestantes que fazem acompanhamento com os médicos dessas unidades. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Foi por meio dele que a residente de enfermagem Gesleane dos Santos, 26 anos, identificou a causa de um sangramento na gengiva. Grávida de 11 semanas, ela foi encaminhada ao pré-natal odontológico da UBS 06 do Gama. A inflamação foi causada pelo desuso de fio dental e pouca escovação, mas já reduziu depois de tratada com o reforço na higienização. “Muita gestante acha que não pode realizar atendimento odontológico durante a gravidez, mas não é bem assim. Abortos já aconteceram por causa de cáries não tratadas”, alerta a enfermeira.
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Em 48 horas, 240 toneladas de entulho são retiradas das ruas de Planaltina
Foram necessárias 48 horas para que o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do programa GDF Presente, retirasse 240 toneladas de entulhos e inservíveis de dois transbordos irregulares de Planaltina. O material – levado para a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE) do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) – é fruto de um descarte irregular feito pela própria população no bairro Jardim Roriz e às margens da DF-230, rodovia que passa pela região. A maior parte do descarte recolhido esta semana em Planaltina é resto de obras e objetos como sofás e colchões | Foto: Divulgação/GDF Presente Ao todo, foram utilizados cinco caminhões basculantes que fizeram três viagens cada um até a unidade do SLU na Cidade Estrutural. O trabalho é recorrente na região, de acordo com o coordenador do Polo Sul do GDF Presente, Ronaldo Alves. Isso porque ainda é frequente o desrespeito de cidadãos, que depositam em lotes abertos e áreas públicas materiais que deveriam ser encaminhados ao papa entulho que tem na cidade. A maior parte do descarte recolhido esta semana em Planaltina é resto de obras e objetos como sofás e colchões. “Em menor escala encontramos sacos de lixos domésticos que atraem ratos, escorpiões e vetores de doenças dos materiais que acumulam água e acabam virando criadouros de mosquitos da dengue”, alerta Ronaldo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Administrador regional de Planaltina, Célio Rodrigues lembra que a primeira iniciativa de quem vai fazer uma obra é contratar uma caçamba que garanta o destino legal das sobras – no caso, à URE. Ele reforça a importância do suporte dado pelas equipes do GDF Presente na limpeza e recuperação da cidade, mas afirma que há necessidade de cada um fazer a sua parte para garantir uma vida com mais qualidade. “Temos um papa entulho que serve para esse fim. Mas se o cidadão não o utiliza como deveria, acabamos tendo a obrigação de recolher todos os meses esses materiais para evitar maiores problemas”, conclui ele.
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Máscaras são usadas para proteger diversas doenças
Cada máscara tem ambiente e tipo apropriados de uso, além de proteger mais para um vetor ou outro de doença. A máscara cirúrgica, como o próprio nome diz, é mais utilizada em campos cirúrgicos | Foto: Arquivo A N95 (foto), mais robusta, é recomendada para ser utilizada quando for necessário entrar em ambientes que estão fechados há muito tempo e sem circulação de ar | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília Passado mais de um ano de pandemia, as máscaras se tornaram essenciais na rotina das pessoas para evitar a propagação da covid-19. Item obrigatório em ambientes hospitalares ou estabelecimentos da área da saúde, o produto é fundamental também na precaução de outras doenças, principalmente as transmissíveis pelo ar. Para entender melhor os benefícios que a utilização constante de máscaras no dia a dia podem trazer à saúde, a Agência Brasília conversou com a médica infectologista do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Joana D’Arc Gonçalves. “Dentro da rede hospitalar, as máscaras sempre foram utilizadas para evitar a transmissão de doenças e infecção, tanto bacterianas quanto virais”, explica a médica. “Sempre as utilizamos [máscaras] como uma medida de precaução das enfermidades transmissíveis por aerossóis ou gotículas”. Cada máscara tem ambiente e tipo apropriados de uso, além de proteger mais para um vetor ou outro de doença. A máscara cirúrgica, como o próprio nome diz, é mais utilizada em campos cirúrgicos e serve principalmente para proteger as pessoas que estão mais próximas. “Ela evita a transmissão por gotículas, que ficam retidas na parte interna da máscara”, explica Joana. Com isso, esse modelo, evita a transmissão dos vírus como os causadores da gripe e das influenzas (H1N1, A e B), sarampo, e também os sazonais, como o rinovírus, causador dos resfriados, e o citomegalovírus, que acarreta alguns tipos de herpes. Além disso, esse material também podem evitar a propagação da bactéria causadora da tuberculose. Já a N95, mais robusta, é recomendada para ser utilizada quando for necessário entrar em ambientes que estão fechados há muito tempo e sem circulação de ar, protegendo o rosto do contato com partículas menores infecciosas que ficam suspensas. “O nome N95 vem do fato de que ela filtra 95% do ar, tanto para fora quanto para dentro”, esclarece Joana. Ela evita a infecção de doenças de maior transmissibilidade por aerossol, como catapora, tuberculose e meningite. Cuidados [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Máscaras feitas de pano devem ser usadas por cima de uma descartável | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília A médica infectologista do Hran também alerta para os perigos que alguns tipos de máscaras, como as de acrílico, de tricô ou as que possuem válvula de ar, podem causar na transmissão de doenças tanto virais quanto bacterianas. “As máscaras precisam possuir vedação correta e filtragem do ar. Se não usar de forma adequada, não funciona. Não adianta usar algo que dê uma falsa sensação de segurança, a pessoa acaba sendo transmissora ou até mesmo sendo infectada”, ressalta. Quanto às feitas com pano, a recomendação médica atual é de que ela seja utilizada por cima de uma máscara cirúrgica, melhorando a vedação e a filtragem.
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Centro de Zoonoses oferece mais do que vacinas e feiras de pets
O Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal é responsável por uma gama de serviços que têm o foco na saúde pública e ainda conta com o suporte de um laboratório que é referência regional. Além da vacina antirrábica que é oferecida, de forma gratuita, durante todo o ano e em campanhas, há a realização de feiras de adoções responsáveis de animais. Mas o Centro de Zoonoses da Secretaria de Saúde (SES) também cuida da vigilância no controle de doenças virais, que incluem ações de educação em saúde, visitas domiciliares, pesquisa e diagnósticos de doenças. Para reforçar o trabalho no controle de doenças como a raiva, febre amarela, leishmaniose, leptospirose e hantavirose, o centro conta com um suporte de profissionais qualificados e de laboratórios que são referências na região. Os laboratórios de Diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina e o de Vigilância para Animais Silvestres têm parceria com acadêmicos e pesquisadores por meio de um convênio com a Universidade de Brasília. Nesses laboratórios são estudados os hábitos dos animais silvestres e sinatrópicos, aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, como pombos e ratos, o ciclo da raiva, além da realização de diagnósticos com testes rápidos. Feiras de adoção As feiras de adoção promovidas pela Zoonoses já são bem conhecidas por todos no Distrito Federal. Até outubro do ano passado, foram adotados 143 cães e 99 gatos. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF Os animais disponíveis são aqueles recolhidos em situação de rua ou que invadiram vias públicas. Eles são avaliados para descartar a existência de raiva e de leishmaniose, recebem vacina, são castrados pelo Instituto Brasília Ambiental e liberados para adoção. A próxima feira está programada para fevereiro, ofertando cães e gatos, filhotes e adultos. Para adotar um dos bichos é necessário ter acima de 18 anos, apresentar um documento de identificação com foto e um comprovante de residência. O futuro tutor deve assinar um documento de posse responsável, se comprometendo a cuidar bem do animal, a realizar exames anuais, aplicar as vacinas necessárias e a administrar vermífugo. Atendimento Visando minimizar os riscos de transmissão de doenças, a Zoonoses oferece palestras educativas em escolas e demais órgãos públicos, com sugestões de medidas preventivas e orientações sobre os cuidados com os animais domésticos e os riscos dos animais silvestres. Foto: Breno Esaki/Saúde-DF O centro também realiza visitas domiciliares para orientação, observação ou recolhimento de animais domésticos que oferecem riscos à saúde pública (suspeitos de umas das doenças como a raiva ou a Leishmaniose Visceral Canina) e ainda de animais silvestres para a investigação da circulação da raiva. “As pessoas precisam nos visitar e conhecer o nosso trabalho em sua totalidade. Com isso, podem desmistificar alguns mitos em relação às ações da gerência das zoonoses e entender que o nosso trabalho tem ações mais amplas com foco na saúde pública”, destaca o gerente da Zoonose, Jadir Costa Filho. A professora Marildes Pereira, de 43 anos, visitou a unidade esta semana e mudou sua percepção sobre o local. “É a primeira vez que eu venho aqui, achava que o serviço era exclusivo para vacinar os animais. É muito bom conhecer as atividades desenvolvidas no centro, pois o trabalho é importante para a saúde dos animais e para a nossa saúde”, pontua. A solicitação de visita domiciliar deve ser agendada por meio de telefone (61) 2017-1342 ou do e-mail gvaz.dival@saude.df.gov.br Voluntariado Dentro das ações desenvolvidas pela gerência de zoonoses está a criação de um programa de voluntários, que visa integrar pessoas nos cuidados com os animais que se encontram no Centro. “O trabalho social desses voluntários promove bem-estar animal, pois eles passeiam, alimentam e acompanham nos cuidados e na atenção desses animais”, ressalta o gerente, Jadir Costa. Apesar de já receber voluntários, as atividades e a formação de equipe de pessoas que vão para ajudar ainda estão em estruturação. Eles deverão auxiliar na realização das feiras de adoção, na divulgação dos animais que estão disponíveis e ajudar nas ações do centro. “O trabalho voluntário é muito importante e tem feito a diferença não só para os animais, como também para os servidores que trabalham na instituição, pois percebem que os animais estão mais felizes e com uma perspectiva de vida melhor”, pontua a voluntária Gabriela Cardoso, de 31 anos. * Com informações da Secretaria de Saúde-DF
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DF preparado para combater a dengue
A chegada da temporada de chuvas motivou o Governo do Distrito Federal a intensificar as ações no combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Embora o trabalho ocorra o ano inteiro, o período entre novembro e janeiro é considerado de maior risco. Para cumprir metas e objetivos, o GDF lançou neste sábado (9), em Planaltina, o programa Dengue Zero 2020, com a presença do governador Ibaneis Rocha e parte do secretariado. “O cuidado, este ano, será redobrado com a dengue”, destacou o governador. “Nós estamos preparados para atender a população do DF, pois adquirimos todos os produtos e insumos para combater o mosquito.” A ação contará com 200 agentes de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde (SES), 60 veículos e o suporte de 400 soldados do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). [Olho texto=”“Nós estamos preparados para atender a população do DF, pois adquirimos todos os produtos e insumos para combater o mosquito”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”direita”] O lançamento do programa contou ainda com diversos serviços prestados à população de Planaltina. Próximo à feira permanente, duas tendas montadas pela SES reuniram profissionais para informar as pessoas sobre o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Duas unidades móveis da Caesb marcaram presença, cada uma com 500 litros de água potável para distribuir entre a população, além de dois mil copinhos, entregues ao Corpo de Bombeiros, para ações iniciais do programa Dengue Zero. Foram ainda instaladas duas cubas para apoio à unidade de saúde no local. Foram oferecidos também testes rápidos para detecção de hepatites B e C, HIV e sífilis; verificação de pressão arterial, glicemia e bioimpedância; orientações nutricionais e de odontologia, com distribuição de kits; serviços de ouvidoria para a comunidade; práticas integrativas em saúde (PIS), como automassagem e tai chi chuan; e exposição de plantas medicinais, como a citronela, que tem propriedades capazes de afastar o Aedes aegypti do ambiente. Outro importante trabalho foi feito pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Planaltina, que abriu um espaço para conversar com a população sobre prevenção ao suicídio. Enfrentamento Nos primeiros nove meses do ano, a SES inspecionou 834.449 imóveis no Distrito Federal – quase 92 mil a mais que no mesmo período do ano passado. O uso de Ultra Baixo Volume (UBV), conhecido popularmente como fumacê, também se intensificou neste ano: foram 989.526 aplicações do insumo, contra 62.855 em 2018; e 39.528 aplicações de UBV costal, contra 19.625 no ano passado. Além disso, foram instaladas 1.354 armadilhas para o mosquito. O governo também investiu na capacitação de mais de 280 servidores da Vigilância Ambiental. [Numeralha titulo_grande=”834.449″ texto=”Número de residências inspecionadas pelo GDF nos primeiros nove meses deste ano” esquerda_direita_centro=”direita”] A chuva e o calor formam o ambiente perfeito para que o Aedes aegypti se desenvolva. Para evitar que essa combinação aumente a incidência de doenças transmitidas pelo mosquito, a pasta tem trabalhado há meses na prevenção e conscientização da população. Na primeira quinzena deste mês, será finalizado o quarto e último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano. Com os dados, será possível traçar novas estratégias regionais, aumentando a efetividade das ações. No fim de outubro, a SES apresentou o Plano de Enfrentamento das Arboviroses (2020/2023). O documento foi elaborado em concordância com as áreas técnicas e a Sala Distrital, com o objetivo de reduzir o número de óbitos provocados pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Além disso, o plano pretende aumentar a efetividade das ações e diminuir o tempo de resposta no combate ao mosquito, minimizando as dificuldades decorrentes da sazonalidade e os riscos de epidemia. As ações objetivam dobrar de 40 para 80 o número de veículos para aplicação do fumacê, reforçar com mais 200 pessoas o efetivo de agentes nas ruas, usar motos para reforçar pulverização de Ultra Baixo Volume (UBV) e contar com o apoio de 1,5 mil agentes do Corpo de Bombeiros. Todas as 33 regiões administrativas contarão com pelo menos uma moto de borrifação, mas a expectativa é que um efetivo três vezes maior esteja à disposição da secretaria, de acordo com a necessidade e da demanda das ações de combate ao mosquito. Também está sendo estudada uma ação conjunta de prevenção e combate à dengue com os municípios do entorno. O plano é organizado em cinco eixos temáticos: coordenação; assistência; vigilância; apoio logístico; e comunicação, mobilização e educação em saúde. A meta é organizar o espaço e a responsabilidade de cada órgão do DF nessa rede de enfrentamento do Aedes aegypti. Atenção Primária A capacitação também tem sido frente de trabalho na Atenção Primária, importante aliada nas notificações e tratamento de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue. Os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) estão sendo preparados para atuar em cenários de prática de investigação epidemiológica, visando ao aprimoramento das ações de vigilância, prevenção e controle de arboviroses. “Essas ações consistem em selecionar uma área de cobertura da Estratégia de Saúde da Família, respeitando critérios de capacidade operacional associados à existência de evento epidemiológico recente, como caso confirmado de dengue, nas quatro semanas que antecedam ao início da semana de atuação, no território”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Cássio Peterka. Manejo A prevenção e o controle das doenças também conta com manejo ambiental. A atividade consiste, entre outras etapas, em retirar dos ambientes residenciais, comerciais e áreas públicas os materiais inservíveis antes que virem criadouros do mosquito. A execução é intersetorial, pactuada com órgãos do GDF, como a Secretaria das Cidades, SLU, DF Legal, Corpo de Bombeiros Militar e, em especial, as Administrações Regionais. No geral, elas ajudam na localização de objetos inservíveis e fornecem apoio logístico – incremento de mão de obra e veículos – para remoção de material. A execução é realizada de forma descentralizada pelos Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental (Nuval). Parceria A série de ações do GDF envolve também um acordo com o Ministério da Saúde. Em outubro, a SES assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nº 1/2019 com o objetivo de regulamentar a alocação de servidores cedidos pelo ministério à secretaria. São 120 agentes de vigilância ambiental cedidos nessa parceria para o exercício de atividades de controle epidemiológico em campo, exclusivamente em zonas rurais do DF.
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