Temporada de chuvas no DF aumenta os casos de doenças respiratórias
Com a chegada das chuvas intensas no Distrito Federal, acende um alerta para os cuidados com a saúde nesta época do ano. A combinação entre calor e umidade cria o cenário ideal para o aumento de doenças respiratórias, viroses e alergias, exigindo atenção redobrada da população. Combinação de calor com umidade propicia o aumento de doenças respiratórias, viroses e alergias | Foto: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF Para muitas pessoas, o problema começa dentro da própria casa. O aumento da umidade estimula o aparecimento de mofo, fungos e ácaros, principais responsáveis por crises alérgicas e respiratórias. A advogada Carolina Araújo, moradora de Sobradinho, conta que a filha de 7 anos precisou de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região após uma crise de falta de ar provocada pela umidade. “Depois das chuvas, o quarto dela amanheceu com cheiro forte de mofo. Em poucos dias, começou a tossir muito e ter dificuldade para respirar. Agora, estamos deixando as janelas abertas durante o dia e lavando as paredes com água sanitária”, relata. Aumento da umidade estimula o aparecimento de mofo, fungos e ácaros, principais responsáveis por crises alérgicas e respiratórias | Fotos: Divulgação/IgesDF Prevenção De acordo com a pneumologista do Hospital de Base (HBDF), Nancilene Melo, nessa época de chuva é possível observar um aumento significativo de pessoas à procura de atendimento com sintomas gripais, crises de asma e rinite alérgica. “Com o aumento da umidade e da temperatura, há maior circulação de vírus respiratórios e fungos. Pessoas com histórico de asma, bronquite ou rinite precisam redobrar a atenção, evitando ambientes fechados e úmidos e mantendo as vacinas em dia”, orienta a especialista. [LEIA_TAMBEM]Ela explica que sintomas como tosse persistente, falta de ar, chiado no peito e febre não devem ser ignorados. “A automedicação pode mascarar sinais de agravamento. O ideal é procurar uma unidade de saúde para avaliação médica”, reforça. Dicas para cuidar da saúde A especialista reforça algumas recomendações simples que ajudam a prevenir doenças e manter o bem-estar durante o período de chuvas: • Mantenha ambientes ventilados para evitar mofo e fungos; • Lave roupas e lençóis com frequência e, se possível, seque-os ao sol; • Use máscaras durante a limpeza de locais com poeira ou mofo; • Mantenha a hidratação e a vacinação em dia, especialmente contra a gripe e a Covid-19; • Evite carpetes e cortinas pesadas que acumulam poeira. Arte: IgesDF Atenção redobrada Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os mais afetados pelas mudanças climáticas e pela umidade. Para a pneumologista Nancilene, a prevenção é o melhor caminho. “Nessa época, é comum que infecções leves evoluam rapidamente para bronquite ou pneumonia. Ao primeiro sinal de piora, é importante buscar atendimento médico”, reforça. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Saiba como se proteger de doenças respiratórias
Janelas fechadas, pouca ventilação e aglomerações em ambientes internos criam o cenário ideal para a circulação de vírus respiratórios no inverno. Com isso, aumentam os casos de gripe, resfriado, tosse persistente e até quadros graves que exigem internação. O alerta vale para todos, mas especialmente para bebês, crianças e idosos. Entre os vírus mais comuns neste período estão o influenza A H1N1 (da gripe), o vírus sincicial respiratório (VSR), o SARS-CoV-2 (causador da covid-19) e o rinovírus (do resfriado comum). A transmissão ocorre, principalmente, por gotículas de saliva liberadas ao falar, tossir ou espirrar. Objetos e superfícies também podem atuar como vetores de infecção. Os vírus que mais circulam neste período são transmitidos, principalmente, por gotículas de saliva expelidas durante a fala, tosse ou espirros | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF “Essas gotículas podem atingir até um metro de distância e contaminar superfícies, o que facilita a transmissão. Também pode haver formação de aerossóis que permanecem no ar por longos períodos”, explica o infectologista José David Urbaez, referência técnica distrital (RTD) da Secretaria de Saúde (SES-DF). Segundo boletim da SES-DF divulgado neste mês, foram registrados 4.079 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) entre dezembro de 2024 e maio de 2025 no Distrito Federal. Desse total, 79% ocorreram em crianças de até 10 anos, com predominância do rinovírus e do VSR nas amostras analisadas. Sintomas [LEIA_TAMBEM]Coriza, tosse, espirros e dor de garganta são os sintomas mais leves e frequentes. Em casos de síndrome gripal, surgem febre alta, dores no corpo e cansaço. Crianças pequenas podem apresentar desconforto respiratório, inquietação e dificuldade para se alimentar ou dormir. Ao notar esses sinais, a orientação é procurar a unidade básica de saúde (UBS) de referência assim que os sintomas aparecerem. “É importante iniciar o acompanhamento desde o começo para detectar qualquer sinal de agravamento, especialmente em pessoas dos grupos de risco”, reforça Urbaez. Proteção coletiva A vacina contra a influenza segue como a forma mais eficaz de prevenir casos graves e óbitos. Deve ser priorizada a imunização de crianças menores de 5 anos, gestantes, idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas. “É uma vacina com grande impacto, especialmente para quem tem maior risco de complicações”, destaca o médico. Além da vacinação, é essencial manter hábitos que ajudem a interromper a cadeia de transmissão dos vírus respiratórios. Confira: Arte: SES-DF *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Prepare-se para o frio: como manter a saúde no inverno
Com a chegada do inverno, que começa nesta sexta-feira (20), aumentam os casos de gripes, resfriados, crises alérgicas e outras doenças respiratórias. As oscilações de temperatura, associadas à baixa umidade do ar, criam um cenário propício para a propagação de vírus e o agravamento de quadros de saúde, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Período de frio exige cuidados especiais para manter a saúde em dia | Foto: Paulo H Carvalho - Agência Brasília Além das doenças respiratórias, como rinite, sinusite, bronquite e pneumonia, o frio também exige atenção redobrada com a saúde do coração. De acordo com a chefe da cardiologia do Hospital de Base, Ruiza Teixeira, os infartos podem aumentar em até 30% nos dias frios. “O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem, o que pode aumentar a pressão arterial e agravar problemas cardíacos já existentes”, explica. O infectologista Tazio Vanni, do IgesDF, alerta que a sazonalidade dos vírus, aliada ao ar seco e à permanência prolongada em locais fechados, favorece a disseminação de doenças. “Por isso, os cuidados precisam ser intensificados durante o inverno”, orienta. Veja a seguir três dicas importantes para manter a saúde em dia durante a estação. 1. Hidrate-se — por dentro e por fora Inverno exige mais atenção para evitar o risco de desidratação | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A hidratação é fundamental o ano todo, mas merece atenção especial no inverno. Com o frio, o organismo gasta mais energia para manter a temperatura corporal, o que aumenta o risco de desidratação — mesmo quando não sentimos sede. [LEIA_TAMBEM]Além de beber bastante água, também é importante manter a pele e as vias respiratórias hidratadas. Algumas medidas recomendadas: · Use umidificadores de ar ou toalhas molhadas no ambiente; · Evite banhos longos e muito quentes, que ressecam a pele; · Aplique cremes hidratantes regularmente. 2. Deixe o ar circular Ambientes fechados favorecem a proliferação de vírus, ácaros e fungos, aumentando o risco de doenças respiratórias e alergias. Apesar do frio, é essencial manter os locais bem-ventilados. · Abra janelas diariamente para renovar o ar · Evite aglomerações em locais fechados · Lave e higienize com frequência roupas de cama, cobertores e cortinas. 2. Vacine-se Imunização é fundamental para a prevenção de doenças | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A vacinação continua sendo uma das principais formas de prevenção. No inverno, a vacina contra a gripe (influenza) é fundamental, especialmente para os grupos prioritários — como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. Além de proteger contra os sintomas da gripe, a imunização ajuda a evitar complicações como a pneumonia e reduz a sobrecarga nos serviços de saúde. *Com informações do IgesDF
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GDF investe em ações para reforçar atendimento de crianças com doenças respiratórias
Para garantir um atendimento mais eficiente às crianças durante o período de aumento de doenças respiratórias, o Governo do Distrito Federal (GDF) está investindo em ações pioneiras, como a contratação de unidades de terapia intensiva (UTI) e a aquisição de medicamentos e equipamentos modernos. De acordo com o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante, os investimentos visam melhorar o atendimento à alta demanda durante o período de maior circulação de vírus respiratórios. “Temos trabalhado em diversas frentes para aperfeiçoar a infraestrutura e o atendimento oferecido aos pacientes de todas as regiões do DF”, ressalta. Quase dois mil cateteres nasais infantis de alto fluxo serão distribuídos nos oito hospitais da rede que atendem o público pediátrico | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Medicamento moderno Mais de 240 bebês prematuros já receberam o medicamento Nirsevimabe, que protege crianças contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida. O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a adquirir o medicamento, que está sendo aplicado como medida preventiva para reduzir complicações e internações de infecções respiratórias em bebês – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. O público-alvo do medicamento são recém-nascidos prematuros, entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024. O Nirsevimabe vai ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada. O medicamento é especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades. O Palivizumabe continua sendo utilizado para os grupos de risco nascidos com menos de 32 semanas, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. Mais de 240 bebês prematuros já receberam o medicamento Nirsevimabe, que protege crianças contra infecções graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Mais leitos de UTI A Secretaria de Saúde publicou novo edital para contratação de serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal, em caráter complementar. A previsão é contratar 304 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com estimativa anual de investimento de R$ 635 milhões. De acordo com o secretário de Saúde do DF, a ampliação da rede de UTIs, por meio da parceria com prestadores habilitados, visa dar mais agilidade na assistência e reforça o compromisso da SES-DF com a integralidade do cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS). “A contratação é essencial para garantir o acesso oportuno e qualificado aos serviços de terapia intensiva, sobretudo para atendimento de pacientes com doenças respiratórias, acidentes graves e condições clínicas complexas”, explica. Novos pediatras Desde 1º de março, novos pediatras estão atuando em regime de plantão nos hospitais da rede. A iniciativa visa melhorar o atendimento à alta demanda durante o período de maior circulação de vírus respiratórios, como o sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH) e influenza. Secretaria de Saúde do DF publicou edital para contratação de serviços de terapia intensiva adulto, pediátrica e neonatal | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde da SES-DF, Julliana Macêdo, destaca que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros e não em ambulatórios. “Nos primeiros meses de contrato, já observamos impactos positivos diretos nas equipes e no atendimento aos pacientes”, afirma. Cateteres [LEIA_TAMBEM]Outra iniciativa para garantir atendimento mais eficiente às crianças é a aquisição de 1,9 mil cateteres nasais infantis de alto fluxo. Os cateteres serão distribuídos nos oito hospitais da rede pública que atendem pacientes pediátricos. O cateter nasal de alto fluxo permite a oferta de maior volume de oxigênio aos pulmões por meio de dutos com diâmetro ampliado, conectados ao nariz da criança. A SES-DF, após uma experiência bem-sucedida no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), padronizou esses equipamentos como parte do esforço para modernizar e estruturar o parque tecnológico da rede pública. A tecnologia não invasiva é a mais avançada disponível para tratar síndromes respiratórias em crianças. Ele desempenha um papel fundamental para evitar a intubação e até a reintubação. Os hospitais da SES-DF que oferecem atendimento pediátrico são Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste/Paranoá (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Bronquiolite é a principal causa de internação por infecção respiratória em menores de 1 ano
Com a chegada das estações mais frias, os atendimentos por doenças respiratórias em crianças disparam, enchendo as emergências pediátricas em todo o país. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a situação não é diferente – de janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil da unidade registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios. Apenas nos dez primeiros dias de abril, 903 crianças foram atendidas. Entre as doenças mais frequentes nesse cenário está a bronquiolite, atualmente a principal causa de internação por infecções respiratórias em crianças menores de 1 ano, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De janeiro a 10 de abril deste ano, o pronto-socorro infantil do HRSM registrou 8.960 atendimentos, a maioria por problemas respiratórios | Fotos: Divulgação/IgesDF A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma infecção das vias respiratórias inferiores que afeta principalmente os bronquíolos – estruturas pequenas e terminais dos pulmões. Acomete com maior frequência bebês de até 2 anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade. Na maioria dos casos, é causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). “O vírus provoca inflamação e acúmulo de muco nos bronquíolos, dificultando a passagem de ar. Em bebês, cujas vias aéreas já são naturalmente mais estreitas, isso pode evoluir rapidamente para quadros graves”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia Sintomas e sinais de alerta Os primeiros sinais da bronquiolite costumam se assemelhar aos de um resfriado comum: coriza, tosse seca e febre baixa. No entanto, o quadro pode evoluir rapidamente. A criança pode apresentar respiração acelerada (taquipneia), chiado no peito (sibilância), dificuldade para mamar ou se alimentar, tiragem intercostal e batimento de asas nasais – indicativos de esforço respiratório. “É essencial que pais e cuidadores estejam atentos. Febre em bebês com menos de 3 meses, recusa persistente de alimentos, dificuldade para respirar, episódios de apneia (pausas na respiração), cianose (coloração azulada na pele ou nos lábios) e sonolência excessiva são sinais de alerta. Nesses casos, a procura por atendimento médico deve ser imediata”, orienta o especialista. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves de bronquiolite é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC) Tratamento e cuidados O tratamento da bronquiolite é, na maioria dos casos, de suporte. Isso inclui hidratação, controle da febre e, quando necessário, oxigenoterapia. “Não há benefício comprovado no uso rotineiro de broncodilatadores, corticosteroides ou antibióticos, a menos que o quadro clínico assim exija”, afirma Pedro Bianchini. Uma das abordagens mais eficazes em casos moderados a graves é o uso da cânula nasal de alto fluxo (HFNC), que melhora a oxigenação e reduz o esforço respiratório. Em situações mais severas, pode ser necessário suporte ventilatório em unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica. A decisão pela internação leva em consideração o estado clínico da criança, especialmente quando há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar, hipóxia (baixa oxigenação do sangue), apneias ou doenças pré-existentes. A decisão pela internação leva em consideração se há desconforto respiratório acentuado, dificuldade para se alimentar e hipóxia (baixa oxigenação do sangue) Fatores de risco De acordo com o infectologista, alguns fatores aumentam o risco de evolução para formas graves da bronquiolite, como a ausência de aleitamento materno exclusivo, prematuridade (especialmente abaixo de 32 semanas), idade inferior a 6 meses durante o período de circulação do VSR, presença de doenças cardíacas, pulmonares ou neuromusculares, e imunodeficiências. “Além disso, o contato com muitas pessoas, como em creches ou lares com grande número de moradores, favorece a disseminação do vírus. Por isso, a prevenção é fundamental e envolve medidas simples: lavar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar contato com pessoas gripadas e higienizar brinquedos e superfícies regularmente”, destaca. Vacinação: um avanço na prevenção Uma importante novidade no combate à bronquiolite é a incorporação da vacina Abrysvo, da Pfizer, ao Sistema Único de Saúde (SUS). Aprovada pela Anvisa em 2024, ela é aplicada em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez, protegendo o bebê por meio da transferência de anticorpos via placenta. A imunização foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e começará a ser aplicada nas campanhas sazonais a partir de 2026. Além da vacinação materna, o Brasil já conta com duas formas de imunização passiva contra o VSR. O anticorpo monoclonal Nirsevimabe (Beyfortus™), disponível na rede privada desde 2023, é administrado em dose única e protege os recém-nascidos durante os cinco meses de maior risco. Já o Palivizumabe (Synagis®), que requer doses mensais, é oferecido gratuitamente pelo SUS nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e indicado apenas para grupos de alto risco. “Essas estratégias se somam às vacinas tradicionais contra doenças respiratórias, como a da gripe, a pneumocócica conjugada, a pentavalente e a da covid-19. Juntas, têm contribuído significativamente para reduzir hospitalizações e óbitos por infecções respiratórias na infância”, reforça o médico. Pedro Bianchini também destaca que a vacina contra a gripe ajuda a diminuir internações e complicações causadas pelo vírus influenza, enquanto as vacinas pneumocócicas previnem doenças como pneumonia, otite e meningite, além de colaborar na redução do uso de antibióticos e na contenção da resistência bacteriana. “A bronquiolite pode assustar, mas informação e prevenção são nossas maiores aliadas. Vacinar, amamentar, manter a higiene e saber quando buscar ajuda médica são atitudes que fazem toda a diferença na saúde dos nossos pequenos”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Doenças respiratórias infantis são principais causas de procura por atendimento médico nesta época do ano
As doenças respiratórias são comuns ao longo de toda a vida, mas na infância costumam ocorrer com mais frequência e são responsáveis por grande parte dos atendimentos nas emergências, principalmente em meses de sazonalidade dos vírus respiratórios, entre janeiro e julho. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), de janeiro a março deste ano, foram prestados 7.617 atendimentos no pronto-socorro infantil. A taxa de ocupação subiu com o passar dos meses. Em janeiro, era de 89,13%; em fevereiro, de 93,98% e, em março, foi para 145,84%. As doenças respiratórias podem ser transmitidas por meio de gotículas de tosse e espirros | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF “Doenças respiratórias, como gripe, resfriado e bronquiolite, são comuns na infância e podem ser transmitidas facilmente por meio de gotículas de tosse e espirros. Durante os surtos de doenças respiratórias, como é o caso agora, é importante evitar a exposição de crianças a ambientes muito fechados e aglomerados”, explica a pediatra Loren Nobre, do HRSM. A principal prevenção, segundo a médica, é manter a criança afastada de pessoas com sintomas respiratórios como tosse, febre, coriza; e, se possível, cuidar para que a criança use máscara se necessário. Ela também orienta para a implementação de cuidados adicionais, como a prática de bom uso do lenço de papel para descartar secreções e manter o ambiente limpo. “Um ambiente limpo e bem ventilado é fundamental para reduzir o risco de infecção” Loren Nobre, pediatra “Um ambiente limpo e bem-ventilado é fundamental para reduzir o risco de infecção, já que muitos microrganismos proliferam em lugares fechados e úmidos. Por isso, o indicado é abrir janelas para permitir a circulação de ar fresco e reduzir a concentração de microrganismos”, destaca. Caso os sintomas se agravem, é necessária uma consulta com o pediatra Loren Nobre chama a atenção para a higiene regular dos brinquedos e objetos de uso comum, especialmente os que são utilizados em creches, escolas ou em casa, onde várias crianças podem ter contato com os mesmos itens: “Objetos de uso pessoal, como talheres, copos, toalhas, roupas e brinquedos, podem ser veículos de transmissão de doenças, especialmente em locais com muitas crianças”. A médica ressalta que cuidados básicos, como a oferta de uma alimentação saudável e equilibrada para as crianças, a atualização constante do cartão de vacina e consultas periódicas ao pediatra, são as maneiras de prevenir as crianças e melhorar o sistema imunológico. Se, mesmo assim, a criança adoecer, o importante é observar e buscar atendimento médico caso os sintomas se agravem. Além disso, oferecer bastante líquidos ajuda a melhorar alguns sintomas em casos de gripes e resfriados. *Com informações do IgesDF
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GDF amplia atendimento de pediatria em prontos-socorros com novos profissionais
Para assegurar que nenhuma criança fique sem o cuidado médico necessário, a Secretaria de Saúde (SES-DF) contratou empresas especializadas em serviços de pediatria. Desde 1º de março, os profissionais atuam em regime de plantão em diversos hospitais da rede pública. A medida faz parte de um conjunto de estratégias da pasta para lidar com a alta demanda durante o período de sazonalidade de doenças respiratórias. Com investimento de mais de R$ 17 milhões, profissionais complementam atuação pediátrica na rede pública, garantindo assistência | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) ultrapassa os R$ 17 milhões. Com a contratação, os novos pediatras foram distribuídos nos hospitais regionais do Guará (HRGu), Ceilândia (HRC), Brazlândia (HRBz), Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Planaltina (HRPl), Região Leste (HRL, no Paranoá) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde (Cates) da SES-DF, Julliana Macêdo, explica que os profissionais contratados atuam exclusivamente nos prontos-socorros – e não em ambulatórios -, cumprindo plantões de seis horas. “No total, serão mais de 14 mil plantões ao longo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais seis. Nessas duas semanas, já foi possível perceber impactos diretos tanto nas equipes quanto nos atendimentos”, destaca. Atualmente, a rede pública de saúde conta com 475 pediatras em atividade. Os pediatras contratados estão atendendo nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF Segundo a especialista, a sazonalidade das doenças respiratórias está menos intensa neste ano, se comparada ao mesmo período de 2024. Essa percepção, aliada a novas estratégias terapêuticas, tem garantido um atendimento mais eficiente. Exemplo disso é a padronização e ampliação do uso do cateter nasal de alto fluxo – tecnologia que reduz significativamente a necessidade de intubações e proporciona um tratamento menos invasivo e mais seguro às crianças. Medidas Além da contratação emergencial, a SES-DF tem adotado outras estratégias para fortalecer o atendimento pediátrico, como nomeações por concurso público, mudança de especialidade de médicos com formação em pediatria e ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais a profissionais interessados. Na última sexta-feira (14), com foco na otimização dos fluxos de atendimento nas unidades de neonatologia e pediatria, mais 33 servidores da Saúde tiveram carga horária ampliada. Os profissionais atuam nos hospitais de Sobradinho, Planaltina, no Hmib e em outras unidades da SES-DF. UPAs Também em complemento ao reforço nos plantões, o GDF tem expandido o atendimento pediátrico nas unidades de Pronto Atendimento (UPAs), gerenciadas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF). Atualmente, as UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho já contam com pediatria 24 horas, com possibilidade de expansão para outras unidades conforme a demanda. *Com informações da SES-DF
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Sazonalidade respiratória: HRSM alerta para a importância de cuidados preventivos e de vacinação
Com a sazonalidade das doenças respiratórias, que ocorre entre os meses de janeiro a junho, a busca por atendimento médico na emergência do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem sido cada dia maior. As crianças são as que mais sofrem com os vírus respiratórios. Em janeiro e fevereiro, o HRSM notificou 843 casos de síndromes respiratórias, dos quais 80,4% são em crianças de 1 a 9 anos de idade | Fotos: Davidyson Damasceno/Arquivo IgesDF De acordo com a chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima, é necessário intensificar as medidas de prevenção e controle, especialmente em relação à vacinação contra a influenza. “Também temos a questão da higiene das mãos, uso de máscara e evitar aglomerações. A Vigilância Epidemiológica do HRSM tem reforçado o monitoramento para que possamos detectar o mais precocemente e, assim, atuar de forma rápida e oportuna nestes casos”, afirma. Nos meses de janeiro e fevereiro, o HRSM notificou um total de 843 casos de síndromes respiratórias, entre graves e leves. Sendo que 80,4% dos casos são em crianças de 1 a 9 anos de idade. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo E-SUS, compilados pela Vigilância Epidemiológica do hospital. Predominância dos casos de síndrome respiratória atendidos no Hospital Regional de Santa Maria, em janeiro e fevereiro, é de influenza Entre as notificações das síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs), em janeiro deste ano foram registrados 67 casos e em fevereiro, 120. Já os casos leves totalizaram 656 casos nos dois primeiros meses do ano. Foram 292 notificações em janeiro, sendo 6,5% dos casos por covid-19, e 364 em fevereiro, dos quais 7,6% foram notificados para o vírus SARS-CoV-2. No início de 2024, foi registrado um total de 66 notificações de SRAG, sendo 42 em janeiro e 24 em fevereiro. Já os casos leves notificados totalizaram 395, sendo 125 em janeiro e 270 em fevereiro. A chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM destaca que os dados mostram um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória, principalmente as síndromes graves. “O aumento é perceptível, principalmente a partir da oitava semana, que é referente ao período de 16 a 22 de fevereiro, provavelmente porque é o período em que as crianças retornaram às escolas. E sendo que uma distribuição de 45% desses casos foram positivos para a influenza, 36,5% para outros vírus como o rinovírus e o restante, que é equivalente a 13% para covid-19. A distribuição dos casos indica que a predominância é a influenza”, afirma Larysse Lima. As SRAGs podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. Esses vírus podem ser influenza, sincicial, adenovírus e rinovírus. A consequência são infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo SARS-CoV-2. *Com informações do IgesDF
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Especialista alerta sobre principais sintomas de asma na infância
Preocupante para os pais e desconfortável para as crianças, a asma é a doença crônica mais comum na infância e uma das principais causas de atendimento em emergências pediátricas. Nos primeiros anos de vida, pode ser confundida com outras doenças respiratórias – por isso, a recomendação é buscar atendimento nas unidades de saúde do Distrito Federal para um correto diagnóstico. Os sintomas mais comuns da asma incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos) | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Com a chegada do período sazonal das doenças respiratórias, muitas crianças têm chegado ao pronto-socorro pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com crises agudas de asma. A doença é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que provoca inchaço e estreitamento, dificultando a respiração. Afeta os pulmões, especificamente os brônquios, responsáveis por conduzir o ar. O estreitamento desses canais pode desencadear crises que, em casos graves, levam à falta de oxigenação dos tecidos e, em situações extremas, ao óbito. Por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra “A asma se manifesta de forma heterogênea, mas tem como principal característica a inflamação crônica das vias aéreas. Geralmente, surge nos primeiros anos de vida. O termo asma é mais comumente utilizado a partir dos 6 anos, enquanto antes dessa idade, alguns médicos e autores preferem chamá-la de sibilância ou bronquite”, explica o infectologista pediátrico do HRSM, Pedro Bianchini. Os sintomas mais comuns incluem respiração curta e acelerada, falta de ar e chiado no peito (sibilos). Além disso, infecções virais respiratórias desempenham um papel fundamental na piora das crises, pois aumentam a hiperreatividade brônquica e o processo inflamatório. “Outros fatores, como poluição, tabagismo passivo e exposição a alérgenos, também contribuem para o agravamento da doença. Além disso, um histórico familiar de asma é um fator de predisposição”, acrescenta o especialista. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma afeta cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, abrangendo todas as faixas etárias. No Brasil, estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas tenham a doença, com alta prevalência entre crianças e adolescentes, chegando a 20% em algumas regiões urbanas. Segundo Bianchini, por ser uma condição crônica, o primeiro passo é obter um diagnóstico correto, realizado por meio de avaliações com o pediatra. O diagnóstico preciso e o tratamento – tanto para crises agudas quanto para o controle da doença a longo prazo – costumam ser conduzidos pelo pediatra, podendo haver encaminhamento para um pneumologista ou alergista pediátrico, quando necessário. “As orientações sobre mudanças de hábitos e o uso de medicações específicas para reduzir a frequência e a intensidade das crises devem ser feitas pelo pediatra, com ajustes frequentes conforme a evolução do quadro. O acompanhamento regular da criança é essencial”, conclui o especialista. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Evento capacita profissionais de saúde para manejo de doenças respiratórias
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) promoveu, na terça-feira (25), um curso online sobre bronquiolite aguda. O momento educativo foi a finalização do curso de emergências pediátricas, promovido pelo Hospital em janeiro e fevereiro. As aulas prepararam os profissionais de saúde da atenção primária e secundária da rede pública de saúde para atender crianças que evoluam para estado crítico e que precisem ser estabilizados até uma transferência para a terapia intensiva. O webinar contou com palestras da pneumologista pediátrica do HCB, Luciana Monte, e do intensivista pediátrico do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Andersen Fernandes, além de moderação da coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva do HCB, Selma Kawahara. Os participantes atualizaram os conhecimentos sobre o tratamento de crianças com bronquiolite e puderam sanar dúvidas sobre o acompanhamento de pacientes com a doença. O curso sobre diagnóstico, tratamento e evolução da bronquiolite aguda teve quase 500 visualizações | Foto: Divulgação/HCB O evento abordou reconhecimento, diagnóstico e manejo da bronquiolite aguda, enfatizando fisiopatologia, sinais de gravidade, critérios de internação e condutas baseadas em evidências e mantendo o foco na segurança e qualidade do atendimento ao paciente pediátrico. Realizado online, o evento foi aberto a todos profissionais de saúde interessados no tema, não se restringindo àqueles que participaram do curso de emergências pediátricas. O webinar contou com 489 visualizações, com pico de 213 espectadores simultâneos. *Com informações do HCB
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Profissionais do HRSM fazem capacitação em bronquiolite viral aguda
Buscando capacitar os profissionais para o enfrentamento da sazonalidade das doenças respiratórias, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está oferecendo treinamento para todos os profissionais que atuam na assistência sobre bronquiolite viral aguda, responsável pelas maiores taxas de internação dessa época. O treinamento é voltado para todos os profissionais de saúde que queiram participar, principalmente os que lidam diretamente com o atendimento aos pacientes pediátricos | Foto: Divulgação/IgesDF Nesta quarta (19) e quinta-feira (20), foram abertas quatro turmas de capacitação para os profissionais que trabalham no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A aula foi ministrada no auditório da unidade hospitalar e foi promovida pela Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep). “O objetivo do curso é atualizar os participantes sobre o manejo da bronquiolite viral aguda, que é uma infecção respiratória comum na infância, afetando principalmente as crianças menores de dois anos. Então, focamos nas atualizações que a gente tem a respeito do manejo dessa criança, no tratamento, diagnóstico. Além de mostrar ao colaborador a importância de identificar os fatores de risco que podem levar a bronquiolite, identificar os sinais de desconforto respiratório que pode levar a quadros de maior gravidade”, informa a enfermeira do Núcleo de Educação Permanente, Luiza Melo. O treinamento é voltado para todos os profissionais de saúde que queiram participar, principalmente os que lidam diretamente com o atendimento aos pacientes pediátricos. “Nossa sazonalidade costuma ter o pico entre março e julho. Então, a gente já está treinando e capacitando os colaboradores para enfrentarem essa possível sazonalidade que a gente vai ter aí nos próximos dias”, destaca. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Profissionais de saúde do DF são capacitados para atender crianças com doenças respiratórias graves
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) deu início ao seu Curso de Emergências Pediátricas, voltado para profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas participam da capacitação, que conta com módulos de ensino a distância e aulas práticas realizadas no HCB. O curso tem o objetivo de preparar os profissionais de saúde da atenção primária e secundária para atender crianças que evoluam para estado crítico e precisem ser estabilizadas até a transferência para a terapia intensiva. Profissionais da rede pública de saúde do Distrito Federal participam do Curso de Emergências Pediátricas, promovido pelo Hospital da Criança de Brasília José Alencar | Fotos: Maria Clara Oliveira/HCB Os profissionais que participam da capacitação atuam em emergências e prontos-socorros do DF. Segundo a médica coordenadora do Serviço de Terapia Intensiva do HCB, Selma Kawahara, o curso não é voltado para o atendimento de crianças levadas a esses serviços no dia a dia, mas daquelas que correm risco, por exemplo, de uma parada cardiorrespiratória. “O objetivo é que o paciente, tendo o primeiro atendimento no pronto-socorro, consiga aguardar a chegada à UTI em uma condição mais estável”, afirma Kawahara. O conteúdo do curso foi preparado pela equipe do Hospital da Criança de Brasília, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação a esse perfil de paciente. A parte teórica é composta por videoaulas, disponíveis na plataforma de ensino a distância do HCB, sobre quatro situações críticas: insuficiência respiratória aguda, intubação orotraqueal com sequência rápida, choque e ressuscitação cardiopulmonar. A seção prática da capacitação é realizada presencialmente no Hospital, integrando a atuação de diferentes profissionais no atendimento. “A capacitação dos profissionais, de forma multidisciplinar, é uma ação estratégica que nos prepara para o período de maior incidência de doenças respiratórias no DF” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde “O enfermeiro tem sua função, com medicação e acessos; o fisioterapeuta cuida da parte respiratória; os médicos atuam na coordenação de condutas e na tomada de decisões, realizando procedimentos mais invasivos, como a intubação e o acesso intraósseo”, relata Kawahara. “Acredito que a grande questão do atendimento hospitalar é visar a capacitação da equipe multidisciplinar; cada um tem sua função e importância no atendimento.” O fisioterapeuta Guilherme Pacheco, do Hospital Regional de Ceilândia, aprova a abordagem: “Somos porta de entrada de emergências; atendemos classificação vermelha, laranja e amarela; temos box de emergência e leitos de observação, e fazemos a estabilização e avaliação do paciente. É importante manter o treinamento multidisciplinar”. A metodologia escolhida para a parte presencial do Curso de Emergências Pediátricas foi a simulação realística. Quatro médicos intensivistas e uma fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do HCB, apoiados pela equipe de ensino do hospital, acompanham e orientam os alunos. “Sabemos que o treinamento apenas com aulas não tem o mesmo grau de retenção que uma parte prática, com simulação. Já existem estudos que comprovam isso”, diz Selma Kawahara. O conteúdo do curso foi preparado pela equipe do HCB, seguindo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação a esse perfil de paciente Além dos atendimentos em equipe, os participantes – independentemente da profissão – simulam procedimentos de intubação, massagem cardíaca, acesso intraósseo e ventilação, assim como a avaliação sistematizada do paciente. Preparação para sazonalidade “A capacitação dos profissionais, de forma multidisciplinar, é uma ação estratégica que nos prepara para o período de maior incidência de doenças respiratórias no DF. Esse curso é extremamente importante para que as crianças em estado crítico sejam transferidas da melhor forma possível para uma UTI”, destaca a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio. O curso é realizado no início do ano como forma de preparar a saúde do Distrito Federal para o período de sazonalidade das doenças respiratórias, que pode trazer um aumento nos casos graves. “Temos previsões de um pico, como tivemos no ano passado, mas não sabemos se será maior ou menor. Queremos que esses pacientes sejam atendidos por uma equipe que se sinta não apenas capacitada, mas também segura para realizar esse atendimento”, afirma Kawahara. Em 2024, o Hospital da Criança de Brasília, a pedido da Secretaria de Saúde, inaugurou mais 10 leitos de terapia intensiva para atender à demanda gerada pela sazonalidade. Para a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, o Curso de Emergências Pediátricas é mais uma medida na busca pela qualidade do atendimento de crianças com quadros respiratórios críticos. “Queremos que a criança seja bem atendida desde o primeiro momento, para que chegue à UTI correndo menos riscos e tenha os melhores desfechos clínicos. O HCB, como parte do Sistema Único de Saúde, entende que compartilhar a expertise no atendimento de pacientes críticos com outros hospitais é uma forma de zelar pela saúde das crianças do Distrito Federal em um período tão desafiador quanto o da sazonalidade – é um desdobramento da nossa missão”, explica Tiziani. A enfermeira Joyce Souza, do Hospital Regional de Sobradinho, se interessou pela capacitação justamente pela proximidade da época em que há um aumento dos quadros respiratórios. “Trabalho no pronto-socorro desde agosto; como está chegando o período da sazonalidade, precisamos estar preparados. O conteúdo do curso é excelente, porque é bem pontual; é exatamente o que vivenciamos na prática”, garante Souza. A enfermeira Joyce Souza elogia a capacitação: “O conteúdo do curso é excelente, porque é bem pontual; é exatamente o que vivenciamos na prática” Essa não é a primeira vez que a equipe de terapia intensiva do Hospital da Criança de Brasília realiza ações para apoiar outras unidades da rede. Em 2023, médicas intensivistas que estavam gestantes e não podiam desempenhar suas atividades na UTI participaram de uma mentoria com outros hospitais por meio de chamadas de vídeo. Elas recebiam informações sobre os casos de cada local, ficavam online para dar orientações sobre a condução e tiravam dúvidas. Durante a mentoria, o perfil do HCB de oferecer cuidado integral e multidisciplinar também foi importante. “Inicialmente, focamos na equipe médica. Depois, de forma espontânea, outros profissionais da equipe – fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem – passaram a participar das discussões de forma muito positiva, com um retorno excelente”, finaliza Kawahara. O HCB receberá as próximas turmas do Curso de Emergências Pediátricas entre os dias 10 e 13 de fevereiro (segunda a quinta-feira), dando continuidade à capacitação dos profissionais de saúde pública do DF. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília (HCB)
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Saúde do DF reforça pediatria para garantir atendimento de doenças respiratórias
A Secretaria de Saúde (SES-DF) vai investir R$ 17 milhões para reforçar o atendimento a crianças e adolescentes no período de aumento de casos de doenças respiratórias, que vai de fevereiro a junho. Está aberto o edital para a contratação de pediatras para atuar nas emergências de oito hospitais da rede pública. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, ressalta que a contratação busca garantir o acesso e a qualidade do atendimento diante do aumento da circulação dos vírus que comprometem a saúde das crianças. “Por isso nós precisamos reforçar as portas das emergências dos hospitais da rede pública do Distrito Federal entre os meses de fevereiro e junho, período de sazonalidade das doenças respiratórias infantis”, afirma. A contratação de pediatras busca garantir o acesso e a qualidade do atendimento em um período em que há aumento da circulação dos vírus que comprometem a saúde das crianças | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF O edital, disponível no site da pasta, prevê a contratação de empresas especializadas que deverão oferecer 14.048 horas de serviços de pediatria. Os profissionais vão atender nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). O Hmib, principal referência em pediatria no DF, receberá o maior reforço, com 4 mil horas de trabalho. “É um reforço necessário para garantir que as crianças tenham acesso ao atendimento rápido e eficaz, mesmo durante os períodos de maior pressão sobre o sistema de saúde”, explica Florêncio. Investimento para ampliar o atendimento Os pediatras contratados vão atender nas emergências dos hospitais regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Planaltina (HRPL), Região Leste (HRL), Sobradinho (HRS), Taguatinga (HRT) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) A gestora da saúde destaca que a contratação foi necessária após várias medidas visando o reforço no atendimento à população. Atualmente a SES-DF conta com 467 pediatras e em 2022 foi aberto concurso público para contratação de 124 novos médicos, mas apenas 40% das vagas foram preenchidas. O déficit atual chega a 172 profissionais. “Para suprir essa escassez de mão de obra de médico pediatra, especialidade de difícil provimento em todo o país, partimos agora para a modalidade de contratação de pessoa jurídica, um modelo já experimentado em outros estados, com grande sucesso e respaldo jurídico”, detalha a gestora. O Distrito Federal teve aumento, de 2022 até hoje, de mais de 100 leitos de UTI. “São leitos extremamente importantes dentro de uma cadeia de cuidado. Hoje, nós temos 117 leitos pediátricos, 98 leitos de UTI neonatal e 293 para adultos”, explica Florêncio. De acordo com a secretária, outras iniciativas realizadas para garantir o atendimento da população incluíram a contratação de horas adicionais e ampliação da carga horária de pediatras de 20 para 40 horas semanais. “Diante do déficit de pediatras e do aumento da demanda causado pela circulação de diferentes vírus, implementamos a abertura de um concurso interno para que médicos da SES que ingressaram com outras especialidades, mas concluíram residência em pediatria, possam mudar de especialidade.” A secretária também ressaltou a ampliação do atendimento pediátrico nas UPAs do Distrito Federal. “Já estamos oferecendo pediatria 24 horas nas UPAs de São Sebastião, Ceilândia I, Recanto das Emas e Sobradinho II, e em breve o serviço será estendido às UPAs de Samambaia e Núcleo Bandeirante, que possuem estrutura de duplo fluxo para atender adultos e crianças”, explicou. Além disso, foi demandada ao IgesDF a contratação de oito pediatras para reforçar a equipe do Hospital Regional de Santa Maria. “Nosso objetivo é atender à crescente demanda e garantir um atendimento de qualidade”, completou. *Com informações da SES-DF
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Cuidados como hidratação ajudam a enfrentar os desafios do clima seco
O fim da época da seca no Distrito Federal tem sido extremamente penoso para os moradores da região. No Brasil inteiro, o tempo seco e, principalmente, as queimadas têm dificultado a vida de todos. Para quem já tem problemas respiratórios, a preocupação é ainda maior. A pneumologista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Izabel Tereza Diniz, alerta que esses pacientes estão mais suscetíveis a infecções nas vias respiratórias devido às alterações climáticas. O clima seco e a falta de umidade no Distrito Federal agravam essa situação. Segundo Izabel, “o ambiente possui uma maior quantidade de partículas no ar”, o que afeta até pessoas sem doenças respiratórias. Durante esse período, a quantidade de partículas inaladas é maior, pois a umidade ajuda a fazer com que a poeira e outras partículas caiam, em vez de ficarem suspensas. Izabel Diniz aconselha: “É importante andar sempre com uma garrafinha e dobrar a quantidade de água ingerida diariamente” | Foto: Divulgação/ IgesDF Portadores de doenças pulmonares, como asma e enfisema, além de grupos de risco, como crianças e idosos, estão mais vulneráveis a agravamentos, especialmente se inalarem fumaça das queimadas. Para esses pacientes, é imprescindível seguir rigorosamente o tratamento médico. “Manter o uso contínuo das medicações é fundamental para garantir que as vias aéreas estejam tratadas”, enfatiza Izabel. Caso ocorra agravamento da doença, a especialista recomenda procurar atendimento médico de emergência rapidamente. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos, corticoides ou até oxigênio. Além disso, é essencial se afastar de áreas com fumaça e manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada excessiva de partículas. A hidratação é crucial e manter toalhas molhadas nos ambientes e usar umidificadores podem ajudar. “É importante andar sempre com uma garrafinha e dobrar a quantidade de água ingerida diariamente”, sugere Izabel. Ela também recomenda a limpeza das vias aéreas com soro fisiológico, o que ajuda a umidificar a mucosa e remover partículas. Outras recomendações incluem evitar trânsito em áreas com muito fluxo de veículos e, se possível, usar máscaras do modelo PFF2 ou N95, já que as de pano não oferecem proteção adequada. Sintomas comuns, como dor de cabeça leve e fadiga, são normais, mas se persistirem ou se houver falta de ar, é fundamental buscar atendimento médico de urgência. “Esses são sinais de alarme”, conclui Izabel. *Com informações do IgesDF
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Projeto fortalece medidas de enfrentamento a doenças respiratórias
Nesta terça-feira (20), a Secretaria de Saúde (SES-DF), o Ministério da Saúde (MS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) deram início aos três dias de oficina do projeto Mosaic (metodologia para o plano de enfrentamento). A iniciativa irá aprimorar e fortalecer a vigilância no combate às doenças respiratórias graves agudas, com a produção de planos de contingência e de ação que serão apresentados ao final do evento. O objetivo da oficina é identificar as forças e lacunas por meio da elaboração de um mosaico que irá reunir as melhores práticas para o combate de vigilância das síndromes respiratórias agudas graves. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou como essa iniciativa otimiza a atuação técnica da pasta no combate às doenças, por meio da integração e troca de experiências de diferentes áreas. “O Distrito Federal é um território bastante heterogêneo e passou por eventos que foram verdadeiras emergências. Os dados e números demonstram como esta oficina é muito importante”, reforçou. Lucilene Florêncio: “O Distrito Federal é um território bastante heterogêneo e passou por eventos que foram verdadeiras emergências. Os dados e números demonstram como esta oficina é muito importante” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Apesar de voltada aos profissionais da saúde, a ação de enfrentamento às emergências em saúde pública, segundo o secretário de Vigilância e Meio Ambiente do MS, Rivaldo Venâncio, tem de ser vista como um trabalho conjunto entre diferentes entidades. “Os problemas em saúde pública não vão se resolver somente no campo da assistência e vigilância, precisamos olhar para o todo e como a contribuição da ciência pode ir além da saúde”, explicou. O Mosaic é uma forma de visualizar as medidas que são necessárias para o melhor enfrentamento das emergências, conforme ressaltou o representante da Opas, Alexander Rosewell: “O Mosaic demonstra como as abordagens de vigilância podem ser vistas como prioritárias e, assim, trabalhar no alerta precoce, no monitoramento, no uso de interventores”. Fortalecimento “Os problemas em saúde pública não vão se resolver somente no campo da assistência e vigilância, precisamos olhar para o todo e como a contribuição da ciência pode ir além da saúde” Rivaldo Venâncio, secretário de Vigilância e Meio Ambiente do MS A realização das oficinas para implementação do projeto Mosaic vai permitir avaliação das ocorrências passadas no DF, as construções realizadas e os ajustes necessários, assim como incorporação de novas tecnologias. No projeto, será possível visualizar um cenário futuro em que a vigilância estará fortalecida, com os fluxos construídos na assistência, o reforço da força de trabalho e abastecimento dos insumos necessários para o enfrentamento. “O DF está em um momento de construção desses planos e buscando as melhores tecnologias, experiências e técnicos, para, em conjunto, estarmos prontos caso ocorra outras emergências”, reforçou a secretária de Saúde. Oficina arboviroses Em julho deste ano, a SES-DF também participou de oficina para avaliar as ações para possíveis emergências de arboviroses – como dengue. Durante dois dias, a oficina teve como objetivo revisar as ações tomadas em resposta ao aumento de casos de 2023 a 2024, buscando melhores práticas e áreas para otimizar. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Chegada do inverno acende alerta sobre doenças respiratórias no DF
É no período mais frio do ano que as doenças respiratórias aparecem com mais frequência, devido à maior circulação dos vírus e bactérias que provocam as enfermidades, mais fáceis de serem transmitidas em ambientes com aglomeração. A chegada do inverno, neste fim de junho, acende o alerta sobre os problemas de saúde típicos do tempo frio e seco. A fisioterapeuta Carla de Oliveira Nunes já garantiu a dose anual contra a influenza junto à filha Isabel na UBS da Asa Sul | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília De acordo com a pneumologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) Gilda Elizabeth , este é o momento de caprichar na ingestão de líquidos, frutas e procurar uma alimentação mais leve, além de umidificar o ambiente. “Com o tempo mais seco, as crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas sofrem mais pela dificuldade de respiração”, explica a médica. Ela também chama atenção para a ferramenta de combate mais importante para a prevenção de quadros mais graves: a imunização. Arte: Fábio Nascimento “É importantíssima, especialmente no tempo certo, contra a disseminação de vírus. Nessa época, a procura no consultório aumenta demais e a vacinação diminui muitos casos graves, como pacientes que vão para a UTI ou precisam de intubação, que é o que preocupa”, ressalta a especialista. “Além de manter as doenças crônicas sob controle, é preciso que a população procure as unidades básicas de saúde mais próximas, com o cartão de vacina e documento, para colocar o calendário vacinal em dia. Especialmente os grupos prioritários”, reforça a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde do DF, Tereza Luiza. A fisioterapeuta Carla de Oliveira Nunes, 40, já garantiu a dose anual contra a influenza junto à filha Isabel na UBS da Asa Sul. Trabalhando na área da saúde e já tendo vivido diversas epidemias, ela ressalta a importância de manter as vacinas em dia e o benefício de ser um serviço gratuito disponível para toda a comunidade. “É uma questão de prevenção dos casos mais graves da influenza, então todo ano a gente mantém a questão vacinal, porque todo ano o vírus se reformula e a gente precisa tomar novamente a vacina. Se a gente não tivesse acesso pela rede pública, talvez a gente não tivesse também essa proteção, porque a vacina é uma coisa cara. A gente paga com imposto, então acho que as pessoas deveriam aproveitar esse acesso”, observa. “É muito importante todo mundo estar vacinado, ainda mais nesse tempo de seca. Muitas crianças e adultos têm doenças respiratórias como rinite e sinusite nesse período, que podem agravar os quadros. E não é em todo lugar que você encontra essas vacinas. Aqui a população mais pobre e todo mundo consegue ter acesso. Sem o SUS e os postos de saúde, a maioria não estaria vacinada”, reforça a enfermeira Bruna Cabral, 28, que também se vacinou contra a covid-19 na UBS da Asa Sul. Para frear possíveis infecções graves resultando em internações hospitalares e prevenir novos casos, diversas vacinas estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde. Confira a seguir as doenças respiratórias mais comuns e como se prevenir de cada uma.
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Especialista recomenda cuidados para prevenção de síndromes respiratórias
Sazonais, as doenças respiratórias estão em alta, e as crianças são quem mais sofrem neste período do ano. A consequência disso é a demanda expressiva de busca por atendimento médico nos prontos-socorros infantis. De janeiro a abril, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) notificou 1.215 casos de síndromes respiratórias, entre graves e leves. Os dados são do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo e-Sus, compilados pela Vigilância Epidemiológica do HRSM. Para evitar o contágio pelas síndromes respiratórias, principalmente a bronquiolite viral aguda, o pediatra e infectologista Pedro Ribeiro Bianchini, do HRSM, lembra que as medidas de prevenção são as mesmas que são recomendadas e já foram difundidas com a pandemia de covid-19: lavagem de mãos e uso do álcool gel e de máscaras no contato com os recém-nascidos e crianças pequenas. Ocorrências predominam entre crianças: 274 casos aferidos entre janeiro e abril deste ano | Foto: Divulgação/IgesDF Entre as notificações das síndromes respiratórias graves, foram registrados 42 casos em janeiro, 24 em fevereiro, 67 em março e 158 em abril. Desse total, 274 crianças tiveram casos graves, o que representa 97% dos casos notificados – 51% do sexo masculino e 49%, do feminino. Das notificações por região, 55% são de moradores de Goiás e 45%, do DF. Vírus “Por influência do período escolar, o pico acontece após o início do período letivo, mas já temos vírus circulando desde outubro/novembro e aumento de casos a partir de janeiro” Pedro Ribeiro Bianchini, pediatra e infectologista do HRSM A chefe do Núcleo da Vigilância Epidemiológica do HRSM, Larysse Lima, explica que as síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs) podem ser causadas por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. “Esses vírus podem ser influenza, sincicial, adenovírus e rinovírus”, aponta. “A consequência são infecções das vias aéreas, como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo Sars-Cov-2”. A classificação final por agente etiológico ficou distribuída da seguinte forma: 3% SRAG influenza, 49% SRAG por outros vírus (influenza, rinovírus sincicial e adenovírus); 26% SRAG por covid e 22% por SRAG não especificada. De acordo com Pedro Ribeiro Bianchini, o aumento do número de casos a partir de janeiro é esperado devido à circulação de vírus com novas mutações sofridas no hemisfério norte e que chegam ao hemisfério sul geralmente no final do ano, entre outubro e novembro. “Por influência do período escolar, o pico acontece após o início do período letivo, geralmente no meio de fevereiro ou início de março, mas já temos vírus circulando desde outubro/novembro e aumento de casos a partir de janeiro”, detalha o médico. Prevenção Bianchini destaca que, de forma geral, não é recomendado aos recém-nascidos contato com outras pessoas por pelo menos até 3 meses de idade, incluindo parentes e amigos. “Isso também inclui frequentar ambientes fechados, como restaurantes, igrejas, shoppings etc., idealmente até os seis meses”, recomenda o médico. “Além disso, deve-se sempre verificar com quem for visitar a presença de algum sintoma que indique qualquer adoecimento agudo. Ou seja, evitar o contato do bebê com pessoas doentes.” O profissional também aconselha consulta mensal com pediatra nos primeiros meses de vida – lembra que isso também é fator que colabora com a saúde do recém-nascido, além da vacinação e do aleitamento materno. “Esse aumento de casos, infelizmente, ocorre dentro do esperado, pois ainda não há a imunidade adquirida via vacina ou adoecimento prévio para parte da população pediátrica”, explica. O médico ainda cita a perspectiva de uma vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) que está em estudos para imunizar gestantes e bebês. “Após os estudos comprovarem a segurança e eficácia nessa população, se adotada pelo SUS, a vacina contribuirá significativamente para a redução dos casos, pois o VSR é o principal agente da bronquiolite nos menores de 1 ano de idade”, avalia. *Com informações do IgesDF
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Novos leitos de UTI ampliam atendimentos de emergência no HCB
Nos últimos 12 meses, a Central de Regulação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal passou a contar com 18 leitos adicionais no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A medida permite a unidade de Saúde atender a demanda elevada de síndrome respiratória grave decorrente do período de sazonalidade. Mais de 60 profissionais vêm atuando 24 horas nas duas novas unidades de terapia intensiva do hospital abertas desde março de 2023. A ampliação desses leitos em duas etapas no HCB fez parte de um planejamento antecipado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) realizado por grupo de trabalho da secretaria e do HCB, que promoveu estudos de viabilidade e previsibilidade para disponibilizar o atendimento no período de em que se intensificam os casos de síndromes respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonias. As novas UTIs atendem, predominantemente, casos de doenças respiratórias. A UTI Peixe teve, desde a inauguração, 72% das internações com prevalência de casos de bronquiolites e pneumonias. Já a UTI Estrela do Mar, tem em seu perfil de atendimento, 95% de doenças respiratórias, sendo 60,6% de casos de bronquiolites, 24% de pneumonias e 6,5% de infecções respiratórias agudas. Os casos de dengue foram cerca de 2,8%. A taxa de ocupação nos leitos de UTI do HCB tem sido superior a 95% | Fotos: Cláudia Miani/ HCB Em 2023, foram abertos 8 leitos na UTI Peixe e, em março de 2024, outros 10 leitos na UTI Estrela do Mar. Essas duas unidades de terapia intensiva permitiram que, aproximadamente, 500 crianças em estado muito grave pudessem receber cuidados críticos por equipe multiprofissional especializada. O médico pediatra intensivista Frederico Ribeiro diz que a gestão de leitos tem agilizado as admissões e permitido um número maior de atendimentos. A taxa de ocupação tem se apresentado superior a 95%, tendo como prevalência pacientes menores de 2 anos. “Nossas crianças voltam para as enfermarias quando deixam o momento crítico, principalmente após a extubação. Fazemos isso para girar leitos e receber o máximo de crianças, otimizando o aproveitamento dos leitos de UTI. Aqui temos especialistas nas áreas de fisioterapia, nefrologia, cardiologia, psicologia, entre outros. Se for preciso uma diálise ou, plasmaférese (transfusão de plasma), todos os tratamentos mais complexos e medicamentos nós oferecemos aqui”, diz o médico. Gabriel Ribeiro levou o filho de 1 ano ao HCB e elogia o atendimento Pai do menino Gustavo Henrique, de 1 ano e nove meses, o caseiro Gabriel Ribeiro, de 23 anos, teve o filho internado na UTI do HCB. A criança foi encaminhada para um procedimento no centro cirúrgico e chegou com um quadro de pneumonia grave, sendo necessário realizar uma drenagem no pulmão. As novas alas de atendimento intensivo, permitem o maior controle de doenças infectocontagiosas, com o isolamento dos pacientes. Contam com equipamentos modernos e adequados à atenção pediátrica, essenciais para a qualidade da assistência O direcionamento de pacientes para as UTIs do HCB é feito pela Central de Regulação de Vagas da SES/DF e segue o perfil de crianças na faixa etária de até 18 anos que apresentam quadros graves e complexos de saúde. *Com informações do HCB
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Visita técnica do MPDFT confere cenário de sazonalidade na pediatria do HRSM
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) recebeu nesta terça-feira (23) uma visita técnica de membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O objetivo foi verificar de perto a situação da pediatria neste momento de sazonalidade das doenças respiratórias. Os promotores foram até as alas do pronto-socorro infantil, box de emergência e enfermarias pediátricas, localizadas no 1º andar do hospital. “Essa visita do MPDFT nos traz um pouco de alívio e nos dá esperança de que iremos conseguir melhorar as estratégias de trabalho no enfrentamento à sazonalidade da pediatria. Hoje, nosso RH faz além de sua capacidade para garantir a melhor consulta possível às crianças que buscam atendimento aqui” Eliane Abreu, superintendente do HRSM “Essa visita do MPDFT nos traz um pouco de alívio e nos dá esperança de que iremos conseguir melhorar as estratégias de trabalho no enfrentamento à sazonalidade da pediatria. Hoje, nosso RH faz além de sua capacidade para garantir a melhor consulta possível às crianças que buscam atendimento aqui”, destaca a superintendente do HRSM, Eliane Abreu. Todos os anos, o MPDFT costuma fazer inspeções e visitas técnicas nos hospitais do Distrito Federal para avaliar o contexto encontrado e trabalhar possíveis estratégias para cobrar soluções aos órgãos públicos, como Secretaria de Saúde e prefeituras de municípios vizinhos do Entorno que também utilizam do serviço ofertado no Distrito Federal. Os promotores de Justiça Bernardo Matos, representando a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC), Vinícius Bertaia e Pedro Mendes, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) estiveram no HRSM para fazer a inspeção. Todos os anos, o MPDFT costuma fazer inspeções e visitas técnicas nos hospitais do Distrito Federal para avaliar o contexto encontrado e trabalhar possíveis estratégias para cobrar soluções aos órgãos públicos | Foto: Jurana Lopes/IgesDF Segundo o promotor de justiça Vinícius Bertaia, a ideia da visita é ver como é a situação atual do atendimento pediátrico na enfermaria e pronto-socorro infantil do HRSM. Além de entender quais são as dificuldades que a unidade hospitalar está enfrentando, principalmente, a relação do hospital com o Entorno Sul. “Queremos analisar a possibilidade de tentar contornar a sazonalidade com medidas de curto, médio e longo prazos, repensando não só o atendimento atual, mas também medidas para o futuro, para evitar que os mesmos problemas se repitam em uma nova sazonalidade”, explica. Além disso, Bertaia ressalta a importância de buscar saídas, inclusive, levando até para a Secretaria de Saúde as necessidades que o Hospital Regional de Santa Maria, gerenciada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), têm para que funcione em rede o serviço buscando uma medida de melhor solução. Após conversar com os gestores do HRSM, o promotor Bernardo Matos também ficou preocupado com a grande quantidade de crianças que os municípios vizinhos encaminham para o hospital e disse que vai cobrar medidas de atuação junto aos prefeitos de Goiás. Na avaliação da pediatra e chefe do serviço de Unidade de Cuidados Prolongados Pediátricos (UCPPED), Lara Vieira, a visita é superpositiva para o HRSM. “Conseguimos mostrar nossa atuação diante da sazonalidade, pois aqui não medimos esforços para prestar a melhor assistência às crianças”, conclui. *Com informações do IgesDF
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Hospital adapta ala para atender crianças no período de sazonalidade dos vírus respiratórios
Com a sazonalidade das doenças respiratórias e a alta demanda de crianças precisando de atendimento de pediatria, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) trabalha sempre acima da capacidade na tentativa de atender o maior número de pacientes que chegam até o Pronto-Socorro Infantil (PSI). A superintendência do hospital, em alinhamento com a presidência do IgesDF, converteu 15 leitos que eram para retaguarda de adulto para infantil, totalizando então, 41 leitos de enfermaria pediátrica | Fotos: Jurana Lopes/IgesDF “Houve um número muito alto de busca por atendimentos de crianças com dengue e agora, com a sazonalidade dos vírus respiratórios, há muitas crianças internadas com bronquiolite. Readequamos todos os espaços possíveis e garantimos atendimento com as escalas multiprofissionais. Porém, como o Entorno de Goiás não tem especialidade de pediatria, todos nos procuram. Mais de 70% dos atendimentos de crianças graves são de fora, de cidades do estado vizinho próximas de Brasília”, explica a superintendente do HRSM, Eliane Abreu. Como providências urgentes tomadas pela superintendência do hospital e em alinhamento com a presidência do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) foram convertidos 15 leitos que eram para retaguarda adulto para infantil, totalizando, então, 41 leitos de enfermaria pediátrica. Porém, a lotação gerenciada está sempre de 98% a 100%. Para ajudar a equipe do HRSM, um cirurgião pediátrico do Hospital de Base está trabalhando no PSI e dando suporte na realização de alguns procedimentos com drenagem de tórax e acesso central Além disso, foram feitas ampliações de forma emergencial na área de espera do PS Infantil com realização de obras rápidas com drywall, onde foi criada a Ala C com 8 novos leitos, possibilitando a retirada de crianças do corredor e aumentando a segurança assistencial. As alas A e B, destinadas para os pacientes mais graves, possuem 12 leitos no total, sendo seis em cada um. Já o box de emergência tem 6 leitos, totalizando 26 leitos em todo o PS infantil. Nesta sexta-feira (19), até o meio da manhã havia 27 crianças internadas no Pronto-Socorro Infantil, ultrapassando a capacidade. Também houve o incremento de pontos de oxigênio para todas as áreas do PSI, a fim de garantir que nenhuma criança fique sem suporte de oxigênio e as alas A e B foram adequadas para melhor atender a alta demanda de pacientes. “A situação está crítica, nós somos referência para toda a Região de Saúde Sul e Entorno de Goiás. É um grande contingente populacional e, essa população é muito vulnerável. Os esforços vêm sendo direcionados de forma intensiva para a pediatria”, explica o gerente de Emergência do HRSM, Felipe Augusto Oliveira. Foram feitas ampliações de forma emergencial na área de espera do PS Infantil com realização de obras rápidas com drywall, onde foi criada a Ala C com 8 novos leitos, possibilitando a retirada de crianças do corredor e aumentando a segurança assistencial Dentre as adequações, foram realizadas mudanças na classificação de risco para área do adulto, de maneira a conseguir ampliar as acomodações para as crianças, uma vez que o grande limitador era o espaço físico. “Todo o sistema de saúde se encontra em sobrecarga, com filas de espera nas UTIs pediátricas públicas e privadas”, informa. Reforço nas equipes De acordo com o gerente, quase que exclusivamente os casos de internação na pediatria são por conta da bronquiolite. Para ajudar a equipe do HRSM, um cirurgião pediátrico do Hospital de Base está trabalhando no PSI e dando suporte na realização de alguns procedimentos com drenagem de tórax e acesso central. Além disso, foram montados kits para procedimentos para ajudar a equipe assistente, principalmente oriunda de outros setores do hospital. Toda a direção do HRSM instituiu os “Safetys”, que são rounds em que a gestão se reúne diariamente no primeiro horário da manhã com o objetivo de debater as demandas e estruturar o serviço para o dia, otimizando os recursos e trabalhando a fim de evitar riscos de escassez de insumos, perdas, desperdícios e otimizar a alocação dos recursos disponíveis em outras áreas do hospital. Segundo a gerente substituta de Enfermagem, Jaqueline Albuquerque, todas as unidades estão se mobilizando para ajudar nos atendimentos do PS infantil. “Pedimos apoio de outras unidades como UTI Neonatal, Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais e outros setores que estão com baixa demanda. Então, estamos organizando uma escala para que não faltem recursos humanos para atender essas crianças”, explica. Órgãos de controle O Conselho Regional de Saúde de Santa Maria está ciente e preocupado com a situação que se encontra a pediatria do HRSM. “Estamos realizando visitas diárias. Não estamos vendo o giro de leitos ocorrerem com rapidez e, por isso, crianças graves intubadas estão recebendo atendimento em local que seria enfermaria. Além disso, a maior parte dos pacientes do HRSM é dos municípios do Entorno de Goiás”, destaca a presidente do Conselho Regional de Saúde de Santa Maria, Denise Bastos. Segundo ela, estão ocorrendo reuniões mensais acerca da situação com os gestores de saúde do Entorno Sul para discussão de um planejamento de melhorias em comunicação, fluxo e contrafluxo de atendimento entre ambos, para que o usuário não precise peregrinar nas emergências. A última reunião foi em Cidade Ocidental-GO, onde ficou acordado que a gestão do HRSM irá orientar todos sobre o fluxo correto para referenciar o usuário às portas das emergências. “Assim como a rede pública, a rede privada também entra em colapso com a alta demanda por atendimentos na pediatria. Então, é importante um planejamento adequado, e que todos os órgãos de controle estejam envolvidos, para que essa situação seja amenizada. Sabemos que no momento do agravamento da situação é difícil a contratação de especialistas em pediatria”, analisa. Alzira Folha, conselheira de saúde usuária, destaca que tem orientado as famílias a procurar a unidade básica de saúde mais próxima e ir ao hospital somente em caso de emergência. “Orientamos que os pacientes do Entorno procurem o HRSM somente com encaminhamento médico da sua cidade ou quando vai de Samu, pra tentar desafogar um pouco essa demanda”, afirma. *Com informações do IgesDF
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200 médicos generalistas tomam posse nesta quarta-feira (3)
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) acolhe, nesta quarta-feira (3), 200 médicos generalistas. Os profissionais foram convocados por meio de processo seletivo e atuarão de forma temporária, por seis meses, renováveis pelo mesmo período. A entrada em exercício será imediata. “Os profissionais vêm para suprir uma necessidade antiga nas portas de emergência e nos serviços de atendimento móveis de urgências, além de atender pacientes com sintomas de dengue” Lucilene Florêncio, secretária de Saúde A integração dos novos profissionais será realizada no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), a partir das 9h. O objetivo é ampliar a capacidade de atendimento na rede pública, especialmente em casos de dengue e de doenças respiratórias. “Os profissionais vêm para suprir uma necessidade antiga nas portas de emergência e nos serviços de atendimento móveis de urgências, além de atender pacientes com sintomas de dengue”, enfatiza a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Publicado em fevereiro deste ano, o edital oferecia 200 vagas para médico generalista, com jornada de trabalho de 20 horas semanais e salário de R$ 10.046,97. Serviço Acolhimento de 200 médicos generalistas – Data: quarta-feira, 3 de março – Horário: 9 horas – Local: Auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), localizada no Setor Médico Hospitalar da Asa Norte. *Com informações da SES-DF
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Começa o período de administração do remédio palivizumabe na rede pública
Pelo segundo ano consecutivo, Alice Maia, de 1 ano e 8 meses, recebeu o remédio palivizumabe no Hospital do Guará (HRGu). Desde o nascimento, a família da bebê diagnosticada com cardiopatia foi informada sobre a importância de fazer uso da medicação que favorece a prevenção contra doenças respiratórias graves até os 2 anos de idade. Em 2023, Alice completou as cinco doses recomendadas. “A gente faz tudo para que ela possa tomar o palivizumabe. Esse é um medicamento muito caro, que nós não teríamos condições de oferecer se não fosse o fornecimento gratuito pelo GDF”, celebra a mãe, Priscila Maia, de 26 anos. O palivizumabe é um importante aliado de bebês nascidos prematuros, com malformações cardíacas ou doença pulmonar crônica até os 2 anos de idade | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde O primeiro ano do uso da medicação foi suficiente para demonstrar a eficácia contra os agravos causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR). “Ela chegou a ter alguns resfriados leves, mas nunca evoluiu para nenhum quadro grave. Acredito que a medicação foi muito importante para o fortalecimento da imunidade dela”, relata a moradora do Riacho Fundo, região administrativa inserida na Região de Saúde Centro-Sul. O palivizumabe é um importante aliado à saúde de bebês nascidos prematuros, com malformações cardíacas ou doença pulmonar crônica até os 2 anos de idade. No primeiro ano de vida, em torno de 50% das crianças são infectadas pelo VSR e mais de 90%, até os 2 anos de idade. Os pacientes internados na rede pública que atendam aos critérios estabelecidos recebem a medicação durante a assistência hospitalar, por prescrição médica O período de administração da medicação na rede pública do Distrito Federal em 2024 teve início na primeira semana de fevereiro e irá até julho. O VSR tem um caráter sazonal e, no Distrito Federal (DF), assim como na região Centro-Oeste, os meses entre março e julho são considerados como o período de maior circulação. Cada criança poderá receber de uma a cinco doses do medicamento, a cada 30 dias. O número total de doses por criança dependerá do mês de início das aplicações, uma vez que o medicamento não será fornecido e aplicado após o término da sazonalidade em nenhuma circunstância. Acesso ampliado à população do DF Ao todo, são oito locais de aplicação do palivizumabe – cada região de saúde dispõe de ao menos um polo de referência. Conforme os critérios definidos pelo Ministério da Saúde (MS), são habilitadas para receber a medicação: crianças com menos de 2 anos de idade com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica da prematuridade); crianças com cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento para insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar significativos; e crianças menores de 1 ano que nasceram prematuras com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. O DF adota um critério estendido, de forma pioneira no país para os nascidos prematuros de até 6 meses que nasceram com idade gestacional de 29 semanas até 31 semanas e seis dias. “Este critério estendido traz uma proteção maior aos nossos prematuros, um público que é extremamente vulnerável a maior incidência de infecções por vírus respiratório. Dessa forma, conseguimos protegê-los para que não venham a contrair essas doenças ou evoluir para os casos graves”, explica a pediatra Aline César, integrante da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde (ARAS) da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (SAIS). Como receber o palivizumabe? Os pacientes internados na rede pública de saúde que atendam aos critérios estabelecidos recebem a medicação durante a assistência hospitalar, por prescrição médica. Os pacientes externos e internados na rede privada podem ter acesso ao palivizumabe, se corresponderem aos critérios do MS, por autorização emitida pelo Hospital da Criança de Brasília ou médico pneumologista autorizado pela SES-DF para os casos de pneumopatias; e, para os casos de cardiopatia, mediante autorização pelo Hospital da Criança, pelo Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF) ou por cardiologista pediátrico autorizado pela SES-DF. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em caso de prematuridade, a autorização é dada pelo polo de aplicação após o preenchimento do formulário de solicitação e o termo de consentimento pelos médicos responsáveis pelos pacientes – de acordo com o fluxo estabelecido pela nota técnica. Nesses últimos dez anos, mais de cinco mil crianças (5.415) foram atendidas na SES-DF. Paralelamente, o coeficiente de mortalidade infantil foi reduzido de 11,4 óbitos para cada grupo de 1.000 nascidos vivos, em 2014, para 9,7, em 2020 – segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), consolidados no último Relatório Epidemiológico sobre Mortalidade Infantil do Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Saúde
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DF já tem plano de combate a doenças respiratórias em crianças para 2024
O Distrito Federal já definiu as ações de enfrentamento para os próximos períodos de aumento do número de casos de doenças respiratórias entre as crianças, anualmente observado entre os meses de março e julho. A época é considerada crítica para transmissibilidade como gripe, bronquiolite e asma, principalmente entre os bebês de até 2 anos, causados, em sua maioria, pela circulação dos vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH), influenza, entre outros. Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (24) a aprovação do documento, criado para agilizar o atendimento nas próximas ondas dessas doenças. Em 2023, o período de sazonalidade foi antecipado, com aumento nos números de atendimentos registrados já a partir de janeiro | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF “O plano traz uma dinâmica de encadeamento de ações conforme o cenário epidemiológico a ser enfrentado”, explica o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Maurício Fiorenza. Entre as medidas previstas, estão a ativação de mais leitos de enfermaria e de terapia intensiva, ampliação de horários de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), uso de rotas rápidas nas emergências hospitalares, contractualização de vagas em hospitais da rede complementar e ações de comunicação para conscientizar as famílias sobre a vacinação, a importância dos cuidados no período e o fluxo correto de atendimento, começando na UBS de referência, conforme o endereço residencial. “São ações que já foram testadas nos anos anteriores e ajudaram a reduzir o impacto da sazonalidade no DF”, pontua a coordenadora da Rede Urgências e Emergências da Secretaria de Saúde, Thaís Braga. Em 2023, o período de sazonalidade foi antecipado, com aumento nos números de atendimentos registrados já a partir de janeiro. “Todos os estados do Brasil sofreram. Verificamos na literatura internacional ter sido pior em vários locais, como nos Estados Unidos e Europa. Ainda que com alta demanda, o DF tenha se destacado e ampliado muito a sua capacidade”, afirma a diretora de Serviços de Internação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Geanna Valentte. Ações de enfrentamento Já no início do ano, 12 UBSs ampliaram o horário de atendimento até as 22h, houve aumento na quantidade de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital de Base e no Hospital da Criança (HCB) e contratação de serviços em hospitais da rede privada. “Foi a pior sazonalidade de todos os tempos, mas nós usamos todos os recursos que podíamos”, completa Geanna Valentte. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Agora, com a edição do Plano de Enfrentamento para as Doenças Respiratórias da Infância no Distrito Federal, a expectativa é já ter sistematizado as experiências anteriores e garantir a execução rápida das medidas previstas, que também incluem a disponibilidade de insumos e definição de processos de trabalho. A SES-DF também investiu em melhorias nas unidades estratégicas para o período, como foi o caso da revitalização de UBSs e da UTI do HRT. Unidades sentinelas O DODF também trouxe a deliberação de unidades que vão atuar como sentinelas de surtos de doenças respiratórias. A UBS 02 da Asa Norte, UBS 05 de Planaltina, UBS 12 de Samambaia, UBS de 01 Santa Maria, UBS 01 de São Sebastião, o Hospital Brasília Lago Sul, o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) e as Unidades Pronto Atendimento (UPAs) do Núcleo Bandeirante e Ceilândia I vão coletar amostras entre pacientes para alimentar o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). O objetivo é identificar o início do período de sazonalidade, epidemias e surtos pelos vírus respiratórios. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Dia D quer mobilizar população para evitar emergências hospitalares
A vacinação ampla de pessoas de todas as faixas etárias é a estratégia mais eficaz para evitar ondas de doenças respiratórias capazes de levar crianças às emergências hospitalares, afastar adultos do trabalho e até causar óbitos entre idosos e pessoas de saúde mais frágil. É o que apontam os especialistas responsáveis pelas áreas de infectologia e pediatria da Secretaria de Saúde (SES). Todos são unânimes: a população precisa aderir ao Dia D de vacinação, marcado para este sábado (27), com mais de 70 locais de atendimento em todo o Distrito Federal. Haverá oferta de imunizantes contra covid-19, gripe e outras doenças. [Olho texto=”“A vacina é um ato de amor e de cuidado. Vacine o seu filho”” assinatura=”Julliana Tenorio, referência técnica distrital em pediatria” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De acordo com o infectologista David Urbaez, referência técnica distrital na área, é preciso reforçar a importância da imunização em adolescentes e adultos, públicos que muitas vezes deixam de lado o hábito de se proteger contra as doenças. “Quando a vacinação foi incorporada à nossa cultura, o foco eram as crianças. Então, é comum relacionar a vacina com a população pediátrica. Mas, ao longo dos anos, o conceito evoluiu e passou a incluir todos os grupos de idade”, explica o médico. Segundo ele, priorizar as crianças e os idosos, de fato, evita os casos mais graves e eventuais óbitos. Porém, sem a adesão de todas as faixas etárias, não é criada uma efetiva barreira contra os vírus. A apresentação das carteiras de vacinação é importante para que os profissionais de saúde avaliem e indiquem a necessidade, conforme a faixa etária | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF População precisa aderir Os números da vacinação no DF mostram a importância de ampliar a adesão. No caso da covid-19, cerca de 84% das pessoas acima dos 80 anos tomaram pelo menos uma dose de reforço. Abaixo de 39 anos, o índice cai para 51,6%. Especificamente entre os adolescentes de 12 a 17 anos, somente 32,1% voltaram para reforçar a proteção. Hoje, todas as pessoas com mais de 12 anos podem receber pelo menos uma dose de reforço. Já a Pfizer Bivalente é indicada para quem tem 18 anos ou mais. Entre as crianças, os índices de vacinação também estão abaixo do esperado. Aproximadamente 29% da população do Distrito Federal com idades entre 5 a 11 anos não receberam sequer a primeira dose da vacina contra a covid-19. No caso da gripe, a campanha de 2023 atende crianças de seis meses a cinco anos, desde 31 de março, e até o momento cerca de 27,4% receberam a proteção. O público-alvo já foi ampliado para todas as pessoas com mais de seis meses, incluindo crianças das demais faixas etárias. Os pontos de atendimento no Dia D de vacinação contarão com esse imunizante. De acordo com especialistas, priorizar as crianças e os idosos evita os casos mais graves e eventuais óbitos. Porém, sem a adesão de todas as faixas etárias, não é criada uma efetiva barreira contra os vírus | Foto: Humberto Leite/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital em pediatria, Julliana Tenorio é enfática sobre a relevância de levar as crianças a um dos locais de imunização. “A vacina é um ato de amor e de cuidado. Vacine o seu filho”, afirma. A médica acrescenta que a proteção é a melhor forma de evitar casos graves e óbitos, além de ser importante para a proteção coletiva. Ela lembra que nos primeiros meses de 2023, o DF enfrentou aumento no número de casos de doenças respiratórias entre crianças e que iniciativas como o Dia D de vacinação existem para evitar ondas semelhantes no futuro. A vacina contra a gripe aplicada neste ano é do tipo trivalente, pois protege contra três vírus diferentes: A/Sydney/5/2021 (H1N1) pdm09, A/Darwin/9/2021 (H3N2) e B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria, tendo sido desenvolvida a partir das cepas em circulação no Brasil). Após a imunização, em duas a três semanas passam a ser detectados anticorpos contra a doença. A duração varia de seis a 12 meses, dependendo do indivíduo, fato que justifica a vacinação ocorrer anualmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Multivacinação Lotada no Hospital Regional de Sobradinho, a infectologista Clarisse Lisboa conhece bem a diferença que o Dia D de vacinação pode fazer. “O inverno está chegando, as pessoas ficam mais aglomeradas, a gente precisa se proteger”, lembra a servidora da SES. Ela destaca que é possível receber a vacina contra a gripe e a covid-19 no mesmo dia, sem que isso represente risco ou leve a efeitos adversos graves. “Pode acontecer de ter dor no braço. Algumas pessoas mais sensíveis podem ter fadiga e mal-estar”, acrescenta. Além desses imunizantes, em vários locais de vacinação neste sábado (27), também estarão disponíveis outras doses necessárias para proteger contra diversas doenças, como febre amarela, tétano e hepatite etc. Profissionais de saúde estarão prontos para avaliar as carteiras de vacinação e indicar a necessidade, conforme a faixa etária. Também é preciso levar um documento de identificação. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Seca e frio intensificam doenças respiratórias; veja como evitar e tratar
Há alguns dias, uma massa de ar seco paira sobre o Distrito Federal. O fenômeno resulta em temperaturas amenas no início da manhã e no fim do dia e mais altas no período da tarde. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital federal entra agora no período de estiagem. “A umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 30% no período da tarde. Estamos na estação de transição indo cada vez mais para o clima seco até chegar setembro, quando se intensifica mais”, revela o meteorologista Cléber Souza. Essa combinação de clima seco e tempo frio potencializa as doenças respiratórias. Isso porque as vias aéreas costumam ficar ressecadas, tirando a proteção natural da mucosa nasal e facilitando a entrada dos vírus. “A perda dessa proteção natural causa a proliferação de germes virais e bacterianos”, afirma a referência técnica distrital colaboradora de pneumologia da Secretaria de Saúde (SES), Andrea Rodrigues. A vacinação é uma forma de evitar a disseminação das doenças. Nesta segunda-feira (15), a imunização contra a gripe foi ampliada para qualquer pessoa acima de seis meses | Foto: Arquivo/Agência Saúde Os sintomas mais comuns neste período do ano são coriza nasal, espirros e secreção amarelada ou esverdeada, características de doenças como resfriado, rinite alérgica e sinusite bacteriana, respectivamente. “Ademais tem as laringites, faringites, traqueítes e, em última instância, a inflamação da via aérea inferior que é a bronquite viral e alérgica, com tosse, falta de ar e chiado no peito”, informa. Como se cuidar A hidratação é a melhor forma de prevenção das enfermidades respiratórias. “Tanto a hidratação oral, ingerindo bastante líquido, quanto hidratar a via aérea nasal com muito soro. Faz muita diferença, porque hidrata e umidifica as vias aéreas, tentando reestruturar a barreira natural”, explica a referência técnica distrital. Além disso, Andrea Rodrigues destaca alguns aprendizados da pandemia da covid-19, como a higienização das mãos e até o uso de proteção de via aérea superior em ambientes mais aglomerados. A vacinação também é uma forma de evitar a disseminação das doenças. Nesta segunda-feira (15), a imunização contra a gripe foi ampliada para qualquer pessoa acima de seis meses. No DF são mais de 100 unidades básicas de saúde (UBSs) preparadas para atender a população com a vacina da influenza. Confira os pontos de vacinação. A vacina contra a pneumonia é recomendada para idosos e pessoas com asma grave, doenças crônicas pulmonares, com infecções respiratórias de repetição, imunocomprometidas e com doenças hematológicas graves | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Além da influenza, que é a principal, temos a vacina antipneumocócica, que previne a pneumonia. Quando o paciente está com a imunidade mais baixa e com uma infecção viral, ela pode progredir para uma pneumonia e uma medida para evitar é a imunização”, classifica Andrea. A vacina contra a pneumonia é recomendada para idosos e pessoas com asma grave, doenças crônicas pulmonares, com infecções respiratórias de repetição, imunocomprometidas e com doenças hematológicas graves. O imunizante está disponível em UBSs e no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A orientação para pacientes com sintomas gripais e de doenças respiratórias é procurar a primeira instância de saúde, ou seja, a unidade básica de saúde da região. As UBSs atendem casos de resfriado comum, febre e coriza. Situações mais graves são encaminhadas pela própria unidade básica para as atenções secundária ou terciária para especialistas como otorrinos, pneumologistas e infectologistas.
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Saúde cria grupo estratégico para otimizar atendimento pediátrico
O Distrito Federal passou a ter um Centro de Operações de Emergências Pediátricas (Coep), estabelecido pela Secretaria de Saúde (SES) para avaliar novas estratégias no enfrentamento das doenças respiratórias da infância e a ampliação dos serviços de atendimento às crianças. [Olho texto=”“Nós estamos com uma equipe especializada e capacitada, empenhada em discutir, estudar e desenvolver as táticas necessárias para garantir o atendimento e o cuidado na pediatria”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] Instituído por meio da Portaria nº 134, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta sexta-feira (14), o Coep foi criado a partir de uma reunião, realizada esta semana, que uniu médicos, profissionais da vigilância à saúde e representantes do Hospital da Criança de Brasília (HCB). A publicação formaliza a realização de reuniões e encontros com a participação das áreas relacionadas ao cuidado pediátrico integral, incluindo todos os níveis de atenção, assim como especialistas e representantes de instituições da rede pública de saúde. Desta maneira, fica garantida a continuidade do trabalho e das atividades já em andamento realizadas pela pasta. A criação do Coep ainda estipula a análise dos padrões de ocorrência, distribuição e confirmação dos casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório e outras doenças ocorridos no território do DF e Entorno. O grupo também vai monitorar, coordenar e traçar estratégias para o enfrentamento das enfermidades, além da organização de ações que visem ampliar o potencial de resposta. A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, reforça que as medidas são prioridade da pasta. “Nós estamos com uma equipe especializada e capacitada, empenhada em discutir, estudar e desenvolver as táticas necessárias para garantir o atendimento e o cuidado na pediatria”, destaca. Período de sazonalidade, que acontece anualmente de março a junho, provoca alta demanda no atendimento pediátrico: nesta época, há aumento das doenças respiratórias | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde Ações continuadas A alta demanda do atendimento pediátrico é causada pelo período de sazonalidade, que acontece anualmente de março a junho. Nesta época, há aumento das doenças respiratórias, causadas pela grande propagação dos vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH) e influenza. O público infantil é o mais afetado, principalmente as crianças de até dois anos de idade, cujo sistema imunológico é menos fortalecido. Os esforços para otimizar e qualificar os serviços de cuidado crítico infantil nas regiões do Distrito Federal estão sendo adotados pela SES desde 2022, com a criação do primeiro Plano de Enfrentamento para as Doenças Respiratórias da Infância, que prevê estratégias e ações antecipadas para suprir a alta demanda do cuidado infantil. A partir do planejamento traçado, a pasta já colocou em prática diversas ações. Entre elas, foi ampliada a oferta de leitos em UTIs e enfermarias pediátricas. Atualmente, são 98 leitos de UTI pediátrica e 466 leitos de enfermaria pediátrica, disponíveis na rede pública de saúde, incluindo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges), o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e HCB – todos equipados e com equipes especializadas de alta performance, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, além do suporte nutricional, psicológico e de serviço social. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Melhorias de assistência ao paciente Para garantir o cuidado à atenção primária, o horário de atendimento de algumas UBSs foi estendido até as 22h, de segunda a sexta-feira. Além disso, outras unidades abrem aos sábados, das 7h às 12h. Com a extensão da escala de funcionamento dos serviços, é possível conter o grande fluxo de pacientes nas emergências dos hospitais e garantir o bom funcionamento dos serviços em todos os níveis de atenção, atendendo as necessidades da população. Confira aqui as UBSs com atendimento ampliado. Ainda previstas no plano de enfrentamento, parcerias entre hospitais e UBSs, transporte de pacientes, capacitação dos profissionais e novas estratégias para otimização do atendimento também são executadas. A rota rápida, por exemplo, já está sendo implementada nas unidades hospitalares. A metodologia consiste em disponibilizar os ambulatórios de pediatria e o laboratório de análises de rotina, que usualmente examinam com hora marcada, para atender pacientes de média e baixa complexidades, classificados com pulseiras das cores verde ou amarela. Na Região Central de Saúde, unidades básicas destinam cerca de 60 vagas por dia da agenda de seus profissionais para atender pacientes classificados na cor verde, com sintomas leves, pelo Hmib. Assim, o hospital oferece a alternativa aos responsáveis pelas crianças que aguardam atendimento. O transporte é garantido pelo próprio hospital. Além disso, cerca de 700 enfermeiros e médicos que atendem na atenção primária participaram de oficinas de capacitação, com o objetivo de prepará-los para o atendimento integrado das doenças respiratórias sazonais e aprimorar a avaliação na identificação de sintomas, para uma rápida e adequada análise e encaminhamento. Também foi realizado treinamento prático das principais técnicas exigidas nas emergências pediátricas. O encontro, que reuniu 32 médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, apresentou para os profissionais conhecimentos sobre as melhores práticas para enfrentar o aumento do número de casos. O curso foi resultado de parceria entre Iges e Sociedade de Pediatria do DF. A pasta ainda planeja novos treinamentos para os profissionais em cada uma das regiões de saúde. A aplicação do palivizumabe, remédio destinado ao público mais suscetível ao vírus sincicial respiratório, foi ampliada para bebês nascidos prematuros Prevenção Aplicado em sete polos ambulatoriais do DF, o palivizumabe é um remédio destinado ao público mais suscetível aos riscos de problemas respiratórios pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Segundo as normas do Ministério da Saúde, a medicação deve ser aplicada em crianças com menos de 2 anos de idade com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica da prematuridade) ou cardiopatia congênita ou adquirida em tratamento para insuficiência cardíaca e/ou hipertensão pulmonar significativos, além de crianças abaixo de 1 ano que nasceram prematuras com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. No DF, a rede de saúde ampliou a proteção para nascidos prematuros e também fornece o palivizumabe para bebês de até seis meses que nasceram com idade gestacional de 29 semanas até 31 semanas e seis dias. A medicação será aplicada, neste ano, pela rede pública do DF até julho. Imunização Outro reforço promovido pela secretaria foi a antecipação da campanha de vacinação contra a gripe. Crianças do grupo prioritário (de seis meses a cinco anos, 11 meses e 29 dias) começaram a ser vacinadas em 31 de março. Inicialmente, a ação estava prevista para começar em 10 de abril. A vacina pode ser tomada junto a outras (como contra a covid-19) e é fundamental para reduzir o número de internações, complicações e óbitos pela doença. Confira a lista completa das unidades básicas de saúde preparadas para imunizar esse público. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Servidores da Saúde participam de treinamento em emergências pediátricas
Servidores da Secretaria de Saúde (SES) participaram neste sábado (1º) de um treinamento prático das principais técnicas exigidas nas emergências pediátricas. O evento se deu por meio de parceria entre a SES, a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Bonecos que simulam pacientes em situações de emergência foram utilizados nas atividades | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde [Olho texto=”“O momento da sazonalidade do vírus sincicial respiratório tem nos desafiado a lançar mão de várias ferramentas de gestão”” assinatura=”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O foco do encontro, que reuniu 32 médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, foi disseminar conhecimentos sobre as melhores práticas para enfrentar o aumento do número de casos de doenças respiratórias. “O momento da sazonalidade do vírus sincicial respiratório tem nos desafiado a lançar mão de várias ferramentas de gestão, e nessa esteira vem a educação continuada”, afirmou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Referência técnica distrital em UTI pediátrica, a médica Geanna Valentte lembra que os casos de insuficiência respiratória têm sido atendidos em várias unidades do DF. “Nunca vivemos um cenário como o que estamos vivendo agora, de um número tão grande de pacientes graves na porta das emergências pediátricas”, disse. Durante o treinamento prático, os servidores receberam instruções para procedimentos como ventilação mecânica, ventilação não invasiva, situações de pacientes em choque, intubação e uso de medicamentos, entre outros temas. Foram usados equipamentos específicos para o treinamento de profissionais de saúde, como bonecos que simulam diversos desafios vivenciados nas emergências. Atualização [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Com 17 anos de trabalho na SES, a pediatra Simone Araújo, do Hospital Regional do Guará, elogiou a iniciativa: “É sempre muito importante a gente se atualizar. Em medicina, os conceitos mudam muito, e sempre estamos vendo coisas novas para melhor atender os pacientes”. O enfermeiro Danilo Braga Alves, que tomou posse como servidor da SES há um mês e está lotado na emergência do Hospital da Região Leste, no Paranoá, também ressaltou a importância da ação da secretaria: “Esse treinamento é oportuno para atender à população”. De acordo com a médica Danielle Sampaio, referência técnica distrital em emergência pediátrica e uma das coordenadoras do treinamento, há previsão de estender essa vivência a outras unidades de saúde. “Aproveitamos para falar em todos os quadros graves em que a gente tem que intervir”, apontou. Ela reforça que os alunos atuais atuarão como multiplicadores. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Medidas preventivas contribuem para redução das doenças sazonais
Com a chegada do outono, fatores climáticos e circunstanciais contribuem para a maior disseminação de vírus respiratórios. Por ainda não possuírem sistema imunológico fortalecido e pelo maior contato interpessoal, as crianças são as principais acometidas por essas doenças. A Secretaria de Saúde (SES) recomenda medidas preventivas para reduzir a transmissão dos patógenos. Vacinar as crianças é uma das atitudes de prevenção fundamentais a serem adotadas nesta época | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A médica Juliana Macêdo, referência técnica em pediatria da SES, alerta: “A adoção dessas medidas contribui para o menor adoecimento das crianças, para a redução dos casos graves e, consequentemente, para a diminuição dos impactos no atendimento”. Só em 2023, quase 63 mil atendimentos relacionados a síndromes gripais já foram prestados pela Atenção Primária à Saúde. Desse total, mais de 42% envolvem crianças até 14 anos. Entre os pacientes pediátricos, os bebês de dois a quatro anos são maioria. Etiqueta respiratória Arte: Agência Saúde A chamada “etiqueta respiratória”, amplamente difundida durante a pandemia da covid-19, contribui para conter a disseminação de gotículas respiratórias e inibir a própria contaminação. São procedimentos a serem adotados por toda a população, a começar pelos ambientes escolares. De maneira geral, as doenças respiratórias têm como modo de transmissão direto a inalação de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado; indiretamente, o contágio pode ocorrer pelo contato com as secreções de outros doentes. No Guia de Vigilância em Saúde, são apresentadas várias medidas de prevenção e controle para essas doenças. No ambiente escolar, cuidadores e crianças devem ser encorajados a adotar bons hábitos. “Todas as escolas da rede pública tiveram uma pia instalada em sua entrada”, lembra o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. “A ativação delas para uso regular pela comunidade escolar é um procedimento importante de higienização”. Em um contexto infantil, adultos responsáveis são figuras fundamentais do processo formativo. “A fase escolar é o contexto adequado para que a criança aprenda sobre saúde, reconhecendo as atitudes adequadas praticadas em casa e em sala de aula, por exemplo; essa é a oportunidade de entender que o cuidado é individual, mas a saúde é coletiva”, reforça Dino Valero. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Vacinação A vacinação é um instrumento fundamental de prevenção – em especial, em relação à gripe, causada pelo vírus influenza, e ao coronavírus. A imunização contra a covid-19 é dividida por faixa etária. Informações completas e pontos de vacinação são encontrados neste site. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Antecipada vacinação para crianças de 6 meses a 6 anos incompletos
A campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada nesta sexta-feira (31). Inicialmente prevista para começar em 10 de abril, crianças do grupo prioritário (de seis meses a cinco anos, 11 meses e 29 dias) de 21 creches da rede pública receberam as primeiras doses do imunizante no Distrito Federal. Ao todo, mais de 1,7 mil doses foram aplicadas em crianças e funcionários das escolas. A iniciativa conjunta entre as secretarias de Saúde e de Educação é uma das medidas para conter o aumento do número de casos de doenças respiratórias que acometem os pequenos. Antecipada, a campanha que deveria começar no dia 10 foi nesta sexta-feira a 21 creches da rede pública e aplicou mais de 1,7 mil doses em crianças e funcionários das escolas | Foto: Divulgação/SES-DF A Creche São Vicente de Paulo, no Cruzeiro Velho, foi visitada pela equipe da UBS 2 da região. Helena, 3 anos, foi uma das 116 crianças da unidade que receberam a dose do imunizante. “Fazer isso no ambiente da escola é maravilhoso! Aqui, ela está ao lado de uma coleguinha, em um clima mais acolhedor. Eu fico muito satisfeito com esse cuidado oferecido por eles e pela Secretaria de Saúde”, afirmou o pai da menina, Luciano de Siqueira Júnior. [Olho texto=”“Quando surgiu essa oportunidade para nós aqui na escola, abraçamos totalmente. Tivemos também uma ótima adesão e colaboração dos pais”” assinatura=”Yvelyze Costa, presidente voluntária da Creche São Vicente de Paulo” esquerda_direita_centro=”direita”] Já Carolina, 3 anos, contou com a companhia do irmão mais velho, Lucas, 4. O pai André Morais aproveitou a ação na escola da filha para vacinar também o garoto. “É uma grande oportunidade! Além de poupar tempo de ir até o posto, deixa-nos tranquilo saber que eles, tendo acesso ao imunizante, estão mais protegidos contra os sintomas da doença”, disse. Além das crianças matriculadas na instituição, todos os 30 funcionários puderam receber a dose da vacina contra a influenza. Segundo a presidente voluntária da creche, Yvelyze Costa, foram vários os casos de gripe que afastaram crianças da rotina da escola nas últimas semanas. “Quando surgiu essa oportunidade para nós aqui na escola, abraçamos totalmente. Tivemos também uma ótima adesão e colaboração dos pais”, ressaltou a dirigente. Luciano de Siqueira Júnior, pai de Helena (3), disse: “Fazer isso no ambiente da escola é maravilhoso! Aqui, ela está ao lado de uma coleguinha, em um clima mais acolhedor” | Foto: Tony Winston/Agência Saúde-DF Para a gestora, além de oferecer um ambiente mais seguro, a campanha de vacinação na escola serve também à proposta educativa. “A gente utiliza esse momento para transformá-lo em algo lúdico e inseri-lo no processo de formação da criança. Sabemos que a aplicação pode ser dolorida para eles, mas é uma chance, inclusive, de trabalhar as emoções deles”, acrescenta. Campanha de vacinação A partir deste final de semana, crianças desta faixa etária também poderão ser levadas pelos responsáveis para receber a dose do imunizante em espaços públicos, como parque, igreja, escola, supermercado e UBS. Para saber onde ir, confira a lista de locais no link https://www.saude.df.gov.br/locaisdevacinacao. A partir de segunda-feira, as crianças deste grupo prioritário poderão ser vacinadas em uma das 130 unidades básicas de saúde (UBSs). Confira a lista: https://www.saude.df.gov.br/vacinacao-influenza. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para se vacinar, a criança precisa estar acompanhada de um responsável e será necessário apresentar um documento de identificação e o cartão de vacina. No dia 10 de abril, será iniciada a campanha de vacinação para outros grupos: idosos com 60 anos e mais, gestantes, puérperas, professores das escolas públicas e privadas, trabalhadores da saúde e do transporte coletivo rodoviário, caminhoneiros, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente e povos indígenas. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Saúde reforça serviços de atendimento às crianças
A chegada do outono e do inverno nos meses de março a junho ocasiona a propagação de vírus que causam doenças respiratórias, majoritariamente, entre as crianças – em especial naquelas de até dois anos de idade, cujo sistema imunológico não é tão fortalecido. A maioria dos atendimentos médicos em crianças nessa época está relacionada a sintomas de viroses respiratórias causadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH) e influenza | Foto: Tony Winston/Agência Saúde Só em 2023, já foram mais de 67 mil atendimentos realizados em crianças e jovens até 14 anos nas emergências hospitalares e nas unidades de pronto atendimento (UPAs) da capital. A maior parte dos casos estão relacionados a sintomas de viroses respiratórias causadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus humano (RVH) e influenza. Com a alta demanda, a Secretaria de Saúde (SES) organiza uma força-tarefa para otimizar e qualificar seus serviços de cuidado crítico infantil nas regiões. [Olho texto=”A rede pública de saúde conta com 91 leitos de UTI pediátrica e 221 leitos de enfermaria pediátrica, todos equipados e com equipes especializadas de alta performance, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, além do suporte nutricional, psicológico e de serviço social” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A pasta abriu cinco leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), dez no Hospital da Criança de Brasília (HCB), cinco no Instituto Hospital de Base (IHBDF) e mais dois no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Na esteira, a SES criou 14 novos leitos de enfermaria pediátrica no Hmib, quatro (após revitalização do espaço) no Hospital da Região Leste, (HRL, no Paranoá), três no Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) e dois no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que ainda prevê a abertura de mais nove leitos de enfermaria pediátrica, em fase de adequação. Também há previsão de abertura de leitos no HRL e no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). Atualmente, são 91 leitos de UTI pediátrica e 221 leitos de enfermaria pediátrica disponíveis na rede pública de saúde – todos equipados e com equipes especializadas de alta performance, compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, além do suporte nutricional, psicológico e de serviço social. A SES também atua para a recomposição da força de trabalho. Ainda em fevereiro, as equipes foram ampliadas, após nomeação de novos servidores em diversas especialidades, como pediatria, radiologia, enfermagem, farmácia, cirurgia pediátrica, neonatologia e médicos de família. Os profissionais foram distribuídos de acordo com a demanda de cada região de saúde, e o HRL, Hmib, HRT, HRS e o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) foram algumas das instituições contempladas com o reforço. [Olho texto=”“As unidades básicas de saúde são a porta de entrada do SUS. Significa dizer que esses locais atuam como um filtro, organizando todo o fluxo de serviço na rede de saúde” ” assinatura=”Julliana Macêdo, referência técnica distrital de pediatria” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atendimento nas UBSs O cuidado começa na Atenção Primária à Saúde (APS). Cerca de 700 enfermeiros e médicos que atendem nas unidades básicas de saúde (UBSs) participaram de oficinas de capacitação. O objetivo é prepará-los para o atendimento integrado aos sintomas das doenças respiratórias sazonais. A fim de evitar o acúmulo de pacientes nas emergências, a orientação é que aqueles com sintomas de baixa gravidade procurem a rede de 175 UBSs. Pessoas com mal-estar, coriza, diarreia, tosse, febre, recusa alimentar e dores (ouvido, cabeça, garganta ou barriga) podem ser tratadas pelas equipes das unidades básicas. “A atenção primária tem a capacidade de absorver esses pacientes com gravidade menor”, afirma o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Luciano Agrizzi. Em cada UBS, médicos ou enfermeiros fazem o acolhimento e a triagem dos pacientes, conforme o nível de gravidade. “Eles são profissionais qualificados para prestar esse tipo de assistência, seguindo os normativos que se tem para atendimento na atenção primária, tanto do Ministério da Saúde quanto da Secretaria de Saúde”, garante Agrizzi. A partir do atendimento inicial na UBS, os casos mais complexos são encaminhados às unidades especializadas, como hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e policlínicas. Isso vale tanto para bebês quanto para crianças, adolescentes, adultos e idosos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “As unidades básicas de saúde são a porta de entrada do SUS. Significa dizer que esses locais atuam como um filtro, organizando todo o fluxo de serviço na rede de saúde”, acrescenta a médica Julliana Macêdo, referência técnica distrital de pediatria. As unidades funcionam, em geral, das 7h às 17h, e algumas têm horário ampliado até as 22h. A lista de endereços pode ser consultada no site InfoSaúde. Rede de saúde Além das ações realizadas para reforçar o atendimento às crianças, o DF já iniciou o período de sazonalidade com as 175 UBSs que têm como foco os casos de baixa complexidade, as 19 policlínicas para onde são encaminhadas as crianças com necessidade de acompanhamento ambulatorial, as 13 UPAs e os nove hospitais gerais com serviço de urgência e emergência: Hmib, Hospital Regional do Guará (HRGu), HRT, HRBz, HRC, HRS, Hospital Regional de Planaltina (HRPl), HRL e Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A rede conta ainda com o Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, que atua como unidade de alta complexidade. Nessa unidade, não há porta de emergência, mas um acolhimento de crianças transferidas de outras unidades. É o mesmo caso do Hospital Universitário de Brasília (HUB), que também não tem serviço emergencial, porém disponibiliza leitos de retaguarda para a rede de atendimento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Alerta aos pais: chegou a época de aumento das doenças respiratórias
Chegou o período da sazonalidade do outono e do inverno. Com isso, há maior disseminação de vírus respiratórios, que têm alta propagação nos meses de março a junho e acometem mais as crianças, que ainda não possuem sistema imunológico bem fortalecido. “Assim, surgem casos graves de asma e bronquiolite, que levam a uma maior dependência de internações e de suporte ventilatório, alguns até mesmo com necessidade de ventilação mecânica e UTI pediátrica”, alerta a chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a médica Débora Larissa Cruvinel Dias Gomes. É recomendável procurar atendimento médico em um hospital quando a criança estiver com dificuldade respiratória e recusa alimentar, entre outros sintomas | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF No HRSM, por exemplo, já é possível notar o aumento do número de atendimentos de crianças e, principalmente, de casos graves. O número de casos aumenta entre fevereiro e março e só volta a cair entre junho e julho. Aos pais, cabe redobrar os cuidados com a higienização das mãos, o uso de máscaras quando necessário, a alimentação saudável, a ingestão de líquidos, a vacinação das crianças e, por fim, o isolamento domiciliar nos casos de sintomas respiratórios. É recomendável procurar atendimento médico em um hospital quando a criança estiver com dificuldade respiratória, recusa alimentar, sonolência excessiva, febre persistente por mais de 72h ou alteração da pele ou do comportamento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Crianças gripadas, mas sem sinais de alarme, devem ficar em casa em isolamento, mas com aumento da hidratação e intensificação na higiene nasal. “Se não houver sinais de alarme, os pais devem evitar procurar o pronto-socorro, pois as emergências ficam cheias. E existem muitas crianças com sinais de alarme que precisam de atendimento e até mesmo de internação”, ressalta a médica. Referência em partos de alto risco, o HRSM conta com maternidade e UTI neonatal. Ao longo de 2022, foram 30.092 atendimentos do pronto socorro pediátrico e 21.496 no pronto socorro do centro obstétrico. “O perfil de atendimentos da pediatria do nosso hospital é de internação, por se tratar de quadros graves e demorados, pois não dispomos de pediatria em atenção básica na região e no Entorno sul”, explica a médica. “Recebemos pacientes potencialmente graves que, em se tratando de quadros respiratórios, dependem de mais assistência e maior tempo de internação”, detalha a chefe do Serviço de Pediatria. Serviço: É tempo de redobrar os cuidados com as crianças! – Higienização das mãos; – Uso de máscaras quando necessário; – Alimentação saudável; – Ingestão de líquidos; – Vacinação das crianças; – Isolamento domiciliar nos casos de sintomas respiratórios. Quando os pais devem procurar atendimento médico em um pronto-socorro? – Dificuldade respiratória; – Recusa alimentar; – Sonolência excessiva; – Febre persistente por mais de 72h; – Alteração da pele ou do comportamento. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Vacinação é cuidado fundamental com a chegada do frio
Temperaturas abaixo dos 10ºC passaram a ser registradas no Distrito Federal e o frio indica cuidados necessários com a saúde, especialmente com crianças e idosos. Se proteger do frio, hidratação e vacinação contra a gripe são as principais dicas de especialista para evitar problemas de saúde mais graves. Crianças com até 4 anos, 11 meses e 29 dias e a população a partir dos 60 anos estão entre os grupos prioritários da campanha de vacinação, com os imunizantes disponíveis na rede pública | Foto: Tony Winston/ Agência Saúde “Principalmente em Brasília, o tempo seco chega junto com o frio. Nessa época, aumenta nossa preocupação com as doenças respiratórias”, ressalta a pediatra Julliana Macêdo. As orientações são as mesmas da geriatra Larissa de Freitas. “Temos que manter alguns cuidados mínimos para que esta época não acabe gerando problemas para a população idosa”, acrescenta. Seja para crianças ou para os iodos, o principal conselho é tomar a vacina contra a influenza. A população a partir dos 60 anos e crianças com idades até 4 anos, 11 meses e 29 dias estão entre os grupos prioritários da campanha de vacinação, com os imunizantes disponíveis na rede pública. A vacinação contra a covid também é fundamental, com duas doses para as crianças e quatro para os idosos. Doenças respiratórias O vírus influenza é causador da gripe, caracterizada por febre alta associada à coriza e tosse, dores musculares e de cabeça, podendo evoluir para quadros graves como pneumonia. Já o resfriado comum é causado por outros vírus, como o rinovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR), e envolve sintomas mais leves, como congestão nasal, coriza, febre baixa e dor de garganta. [Olho texto=”“Nós estamos alertas com as doenças respiratórias. Temos intensificado os cuidados e ampliado o atendimento, sobretudo com as crianças”” assinatura=”Oronides Urbano Filho, subsecretário de Atenção Integral à Saúde” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Porém, mesmo o VSR pode levar a complicações em crianças. “Esse público está com o sistema respiratório ainda em formação, pois se desenvolve até os 8 anos e, assim, as crianças correm mais risco de complicações respiratórias”, detalha a pediatra Julliana Macêdo. Os dias frios levam as pessoas a permanecerem mais em locais fechados, o que propicia o aumento da transmissão das doenças virais, inclusive a covid-19. Dicas de higiene e de etiqueta respiratória aprendidas durante a pandemia, como cuidado ao lavar as mãos, limpeza com álcool em gel, uso voluntário de máscaras por quem estiver com sintomas gripais e mesmo o isolamento ajudam a evitar a contaminação pelos vírus. Exercícios, hidratação e vitamina D Entre os idosos, há preocupações a mais. A geriatra Larissa de Freitas ressalta o aumento das reclamações de doenças osteoarticulares. “A atividade física quebra esse ciclo de imobilidade, então diminui as chances de dores. Quanto mais sedentário o idoso fica, piores as dores”, afirma. Atenção especial também com doenças cardiovasculares, pois temperaturas mais baixas causam a contração dos vasos sanguíneos, recomenda a médica. A hidratação também é relevante no período. Além da ingestão de líquidos, “os banhos têm que ser rápidos e a temperatura da água precisa estar amena, morna”, detalha a geriatra. O consumo de vitamina D também é relevante, por isso é recomendado incluir na alimentação fígado, sardinha, gema de ovo e cogumelos. Quando procurar um médico? Em um período de tantas pessoas resfriadas, com rinite, gripes, doenças alérgicas, sinusites ou doenças mais graves, os casos leves devem ser atendidos nas unidades básicas de saúde, os moderados nas unidades de pronto atendimento e os graves nos hospitais. O Samu também está preparado para fazer o resgate em casos de urgência. “Nós estamos alertas com as doenças respiratórias. Temos intensificado os cuidados e ampliado o atendimento, sobretudo com as crianças”, afirma o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Oronides Urbano Filho. “Já temos um aumento importante do número de casos de doenças respiratórias, principalmente entre as crianças”, completa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Dicas de saúde para o período frio – Limpar bem o ambiente – Evitar aglomerações e ambientes fechados – Lavar sempre as mãos – Cuidar da alimentação e da hidratação – Manter o cartão de vacinação em dia – Utilizar roupas e agasalhos adequados – Proteger as extremidades do corpo com tocas, luvas, mantas e outros acessórios – Praticar exercícios físicos – Ampliar o consumo de alimentos ricos em vitamina D – Hidratar-se com sopas, caldos e bebidas quentes – Hidratar a pele – Utilizar cobertores para reter calor durante o sono *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Especialistas alertam para doenças respiratórias em crianças
[Olho texto=”“A incidência de doença respiratória apresenta padrão sazonal, com picos bem demarcados durante o outono e o inverno” ” assinatura=” – Débora Cruvinel, chefe da Pediatria do HRSM” esquerda_direita_centro=”direita”] Com a chegada do outono, período em que há aumento dos casos de doenças respiratórias infantis, os pais e responsáveis pelas crianças devem adotar medidas de prevenção às infecções respiratórias. A orientação é da médica Débora Cruvinel, chefe da Pediatria do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Segundo ela, a média de atendimento diário no pronto-socorro da unidade é de 70 crianças, número que, na estiagem, pode dobrar por causa desses casos respiratórios. “A incidência de doença respiratória apresenta padrão sazonal, como de costume, com picos bem demarcados durante o outono e o inverno, ou seja, entre os meses de março a julho, apresenta alta importante no número dos atendimentos médicos, não tendo relação com a pandemia da covid-19”, explica a médica. Especialmente durante esta estação, cuidados com as crianças devem ser redobrados | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF Segundo ela, os principais geradores desses problemas são os vírus do tipo sincicial respiratório (VSR), influenza A e B, Parainfluenza e Adenovírus. Juntos, esses vírus são responsáveis por cerca de 50 a 90% dos casos em crianças. Condutas preventivas As crianças mais atingidas são as menores de dois anos, com históricos de alergia crônica e de chiado no peito, bem como as que têm histórico familiar de asma. “Elas demandam atendimento médico nas emergências e apresentam pior evolução do quadro respiratório, geralmente com necessidade de hospitalização”, detalha Débora Cruvinel. A médica esclarece que, enquanto nas crianças abaixo de dois anos predomina o quadro de bronquiolite –inflamação aguda dos bronquíolos –, nas crianças maiores são mais comuns os quadros de broncoespasmos, que são caracterizados pela obstrução das vias aéreas. “Condutas como higiene das mãos com frequência, lavagem nasal diária com soro fisiológico e higiene adequada do ambiente escolar colaboram com diminuição de contágio e transmissão destes vírus respiratórios na faixa etária pediátrica”, alerta Débora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atendimento A sazonalidade das doenças respiratórias costuma ser causada por infecção viral, com possibilidade de evoluir para infecção bacteriana. Ou seja, é, primariamente, infecção viral, que pode ser tratada apenas com hidratação, uso de soro fisiológico e antitérmico, se houver febre. Os pais devem procurar atendimento médico quando houver febre persistente por mais de 72 horas e sinais de desconforto respiratório. A recomendação é procurar primeiro uma unidade básica de saúde (UBS) e, apenas em casos mais graves, os hospitais regionais de referência, como o HRSM. O Serviço de Pediatria do HRSM abrange toda a região centro-sul do DF e região do Entorno do Goiás. Há 12 leitos no pronto-socorro para observação, seis leitos de box (Sala Vermelha) e 24 leitos de internação na enfermaria. Dicas para prevenir infecções respiratórias em crianças: – Aumente a frequência da oferta de água para maior hidratação do corpo; – Aumente a frequência da amamentação; – Evite aglomerações e ambientes fechados, onde há maior propagação de vírus e bactérias; – Mantenha os ambientes ventilados; – Higienize as mãos da criança com água e sabão; – Evite contato com pessoas que apresentem sintomas respiratórios; – Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e copos. *Com informações do Iges-DF
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Hospital Cidade do Sol será reaberto até o fim deste mês
[Olho texto=”“Será um local para atender doentes de clínica médica, ou seja, um hospital com leitos para pacientes que tenham um giro rápido, com o objetivo de desafogar a rede de saúde”” assinatura=”Lucilene Florêncio, superintendente da Região Oeste de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”] A região de Ceilândia e do Sol Nascente/Pôr do Sol vai ganhar, ainda este mês, um hospital com 60 leitos para reforçar o atendimento à população. O Hospital do Sol Nascente – Complexo da Cidade do Sol terá 367 profissionais, entre eles 41 médicos, 48 enfermeiros e 128 técnicos em enfermagem. Serão atendidos, preferencialmente, pacientes com doenças respiratórias, como influenza. Dos 60 leitos, 40 serão de enfermaria e 20 de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). A Secretaria de Saúde já dispõe do mobiliário e dos leitos para equipar o hospital. A unidade vai funcionar no mesmo endereço onde o governo abriu a primeira unidade para tratamento de covid-19, há pouco menos de um ano, na QNN 27, em Ceilândia. “A reabertura dessa unidade de médio porte servirá como suporte para todos os hospitais da rede, em especial da região de Ceilândia e Sol Nascente”, explica o chefe de gabinete da Secretaria de Saúde, Helder Rêgo. “Será um local para atender doentes de clínica médica, ou seja, um hospital com leitos para pacientes que tenham um giro rápido, com o objetivo de desafogar a rede de saúde”, explica a superintendente da Região Oeste de Saúde, Lucilene Florêncio. “O Cidade do Sol será um braço do Hospital Regional de Ceilândia. Com ele, nós vamos dobrar a oferta de leitos de retaguarda na Região Oeste. Temos 63 no Hospital Regional de Ceilândia e, com mais esses 60, vamos chegar a 123 leitos.” Equipes da Secretaria de Saúde se reuniram para tratar dos detalhes da abertura da unidade | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Inaugurado em janeiro de 2021 para atender exclusivamente pacientes com covid-19, o Hospital Cidade do Sol, que estava desativado, foi construído em uma área de 22,9 mil m2 e fica ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ceilândia, na Região Administrativa do Sol Nascente/Pôr do Sol. “Com a utilização das instalações fixas que o governador Ibaneis montou para a primeira fase da pandemia, nós estamos agora mobiliando, com leitos de enfermaria e com suporte para ventilação pulmonar, um hospital de pequeno porte. São 60 vagas para que a gente possa atender, caso venha uma terceira onda de covid-19. No futuro, essa unidade de saúde poderá ser flexibilidade para a assistência de retaguarda de uma UPA ou de outros hospitais”, afirma o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo ele, esse é um hospital que vai apoiar naturalmente a população que reside ali no Pôr do Sol. “Então, é um empreendimento que, em coordenação com o governador, possamos tirar o máximo de proveito daquela instalação fixa que foi colocada ali. Fica, assim, um complexo onde nós temos uma UPA, um laboratório, agora um hospital de pequeno porte e uma unidade básica de saúde. Portanto, estamos avançando e colocando mais próximo da população local, da área do Pôr do Sol, instalações capazes de apoiar as necessidades de saúde daquela comunidade, o que, para nós da secretaria, é excepcional”, diz o secretário. Histórico O funcionamento do hospital ocorreu no momento mais crítico da pandemia de covid-19. As atividades foram encerradas com o fim do contrato com a empresa que gerenciava a unidade. A partir da reabertura, o Cidade do Sol será gerido pela Secretaria de Saúde (SES) e vai admitir alguns dos enfermeiros que assumiram cargo na última contratação do GDF.
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Pais e alunos devem ficar atentos à baixa umidade
No período de seca, é preciso aumentar os cuidados para evitar doenças respiratórias, enjoos e problemas dermatológicos, entre outras complicações. Arte: Secretaria de Educação do DF Pensando em seus estudantes e servidores, a Secretaria de Educação elaborou um guia de orientações às escolas sobre como manter um ambiente mais saudável para todos. Entre os principais pontos estão o estímulo ao consumo de água, o cuidado com atividades físicas nas áreas externas e a promoção de projetos educativos que conscientizem sobre temas como desidratação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Também há dicas para além da escola, como evitar banhos prolongados com água quente e o uso excessivo de sabonete, para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele. O material também pede que os estudantes sigam protegidos do sol. Exercícios físicos com atividades que exijam grande esforço devem ser suspensos no período das 10h às 17h. Nesse período, a insolação e a evaporação atingem seus índices máximos. Acesse o guia Orientações para o Período de Seca *Com informações da Secretaria de Educação do DF
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Inverno favorece incidência de doenças respiratórias
A estação mais fria do ano teve início na última segunda-feira (21) e com ela a preocupação com o aumento da incidência de doenças respiratórias, inclusive a covid-19. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para um possível agravamento da pandemia nas próximas semanas. Segundo a entidade, o quadro da pandemia no Brasil permanece bastante crítico, com a manutenção de um platô elevado de transmissão do vírus. A influenza é uma infecção respiratória aguda, causada por agentes virais dos tipos A, B, C e D. O tipo A tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias| Foto: Breno Esaki/Agência Saúde “No inverno, temos mudanças bruscas de temperatura. Geralmente as noites são frias e os dias quentes, propiciando infecções virais (gripes e resfriados), que podem complicar com doenças bacterianas como amigdalites, sinusites, otites, pneumonias e até meningites”, aponta a médica alergista Marta Guidacci. Além disso, ela destaca que as infecções virais e bacterianas podem precipitar crise de asma e piora da rinite alérgica, além do que, os ácaros, principal fator desencadeante de alergias, triplicam a sua proliferação nas estações de outono e inverno. “Infelizmente, ainda temos a circulação do Sars-CoV-2, vírus que provoca a covid-19”, acrescenta. Segundo ela, as mudanças bruscas de temperatura, a circulação dos vírus respiratórios e a redução do distanciamento – tendo em vista que com o frio as pessoas ficam mais em ambientes fechados – contribuem para a maior incidência das doenças respiratórias no inverno. Como prevenir? A responsável técnica pela Vigilância da Covid-19, Influenza e outros vírus respiratórios, Cleidiane Carvalho, indica medidas simples que podem ser adotadas para minimizar a circulação dessas doenças, como uso de máscara, higienizar com frequência as mãos, evitar tocar mucosas dos olhos, do nariz e da boca, manter os ambientes bem ventilados, evitar aglomerações, mantendo distanciamento físico e social. “Além disso, é importante uma alimentação balanceada e a ingestão de líquidos”, recomenda. De acordo com a médica Marta Guidacci, outro fator importante é ter atenção aos sintomas, que podem ser semelhantes nos quadros de gripe, resfriado e até mesmo da covid-19. “Quando a pessoa apresentar um quadro gripal com coriza, por exemplo, a orientação é ficar em isolamento e observar o aparecimento de outros sintomas e, se houver, procurar assistência médica”, orienta. Em caso de febre persistente, prostração, falta de ar, dor no peito e tosse, a recomendação é procurar uma unidade básica de saúde. [Olho texto=”A vacina é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela influenza. A Campanha de Vacinação contra a Influenza está em andamento desde o dia 12 de abril e todos os grupos prioritários elegíveis pelo Ministério da Saúde já podem se vacinar” assinatura=”Fernanda Ledes, enfermeira da área técnica de imunização” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Influenza A influenza é uma infecção respiratória aguda, causada por agentes virais dos tipos A, B, C e D. O tipo A está associado a epidemias e pandemias, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias. Por isso, é fundamental que as pessoas que fazem parte do público-alvo busquem uma das cem unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal e vacinem-se contra o vírus influenza. A enfermeira da área técnica de imunização, Fernanda Ledes, chama atenção que, com o aumento no número de casos de covid-19, a vacinação contra gripe assume particular relevância para proteger populações vulneráveis com risco de desenvolver formas graves da doença. “A vacinação anual contra a Influenza é de extrema importância, uma vez que a vacina é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença. A Campanha de Vacinação contra a Influenza está em andamento desde o dia 12 de abril. Atualmente, todos os grupos prioritários elegíveis pelo Ministério da Saúde para a vacinação contra Influenza já podem se vacinar”, pontua. Ela orienta que todos aqueles que são parte de algum grupo prioritário para a campanha e que ainda não se vacinaram, procurem uma sala de vacinação para receber sua dose. “Lembramos que, caso tenha recebido a vacina contra a covid-19, é necessário que aguarde 14 dias para receber outra vacina”, alerta. Vacinação de rotina Além da vacina contra o influenza e o coronavírus, outras vacinas de rotina do Calendário Nacional de Vacinação contribuem para a diminuição da circulação de alguns vírus e bactérias que causam infecções graves, especialmente em lactentes (bebês em fase de amamentação) e crianças menores de cinco anos de idade. Entre as vacinas, a enfermeira cita a Penta, que protege contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae (causa frequente de infecções, como otite média, sinusite e infecção das mucosas respiratórias), e a vacina Pneumocócica 10 valente (conjugada), indicada para prevenir infecções invasivas, como sepse, meningite, pneumonia e bacteremia; bem como otite média aguda. “O mais importante é que as pessoas entendam que algumas doenças podem ser prevenidas pelas vacinas e que manter o cartão vacinal atualizado é a melhor forma de evitar que essas doenças circulem, causando adoecimento, complicações e, algumas vezes, levando ao óbito”, finaliza. Confira o vídeo: [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] • Vacina Penta: administrar 3 doses aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. Na rotina dos serviços a vacina é disponibilizada para crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias ainda não vacinadas. • Vacina Pneumocócica 10 valente (conjugada): administrar 2 doses aos 2 (dois) e 4 (quatro) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, em crianças menores de 1 ano de idade; administrar 1 reforço, preferencialmente aos 12 meses, podendo ser administrado até os 4 anos de idade. *Com informações da Secretaria de Saúde
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‘Doenças oportunistas’: todo cuidado é pouco em tempo de frio e seca
Clima seco e frio acentua complicações respiratórias nesta época do ano em todo o DF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê muito frio para os próximos dias no Distrito Federal. A temperatura deve oscilar na faixa dos 10 graus – nas áreas rurais, ainda menos do que isso. Apesar dos ventos gelados, a umidade relativa do ar segue ladeira abaixo, chegando à casa dos 25%. Quadro que deve piorar em setembro, quando o frio for embora e apenas a seca tomar conta do pedaço. Tanto em um cenário quanto no outro é que surgem as chamadas “doenças oportunistas”. Como as complicações respiratórias, que se proliferam com maior incidência pela população brasiliense nesta época do ano. [Olho texto=”“Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”” assinatura=”Fátima Guidacci, especialista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”centro”] As mais comuns são infecções virais, tipo gripe (exemplo da H1N1), resfriados e, agora, a Covid-19. Mas, nesta época do ano, ocorrem ainda infecções bacterianas que causam, por exemplo, sinusite, pneumonias, otite e amigdalite. Também são comuns crises de asma e rinite alérgica. O grupo de pessoas mais suscetíveis às doenças respiratórias são as crianças de até cinco anos e quem já passou dos 60, grupos que podem ter as complicações mais greves nesta época do ano. Pacientes que apresentam deficiência no sistema imunológico e doenças crônicas, como asma, também são vulneráveis. O pequeno Aleksander Maximus, de apenas 4 anos, é um exemplo de risco. Segundo a mãe dele, Luziene Moreira, 30 anos, o menino tem dificuldade de respirar normalmente. Mas, nesta época do ano, a crise aumenta. “Vim tratar a garganta dele, que está inchada”, afirmou Luziene à reportagem da Agência Brasília, enquanto esperava atendimento na Policlínica do Gama. Baixa procura À exceção da Covid-19, a maioria das doenças respiratórias tem vacina desenvolvida e já testada. Mas Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci, especialista em Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, expõe um dado preocupante: a procura por essas imunizações diminuiu consideravelmente depois que a pandemia de Covid-19 se instalou no Distrito Federal. Para Fátima Guidacci, a baixa procura de vacinas na rede pública se deve ao medo que as pessoas têm em buscar as doses nos hospitais e centros de saúde do DF, locais mais expostos ao novo coronavírus. “Infelizmente as pessoas estão com medo de sair de casa por causa do risco de contaminação”, lamentou. Mesmo assombrado com a Covid-19, reforça Fátima, o brasiliense não pode tirar os olhos e a atenção dessas outras doenças. O problema acendeu a luz vermelha na Secretaria de Saúde. Se as pessoas não se imunizarem com as vacinas para casos mais simples, como uma gripe, o número de casos de doenças respiratórias pode aumentar. Elas podem resultar em situações extremas caso não sejam cuidadas, adverte a especialista. “A gente tem medo de aumentar o número de pessoas com essas doenças respiratórias, que podem levar o paciente até a óbito”, afirma a médica, que faz um apelo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Gostaria de ressaltar a importância de tomar a vacina, principalmente com relação ao [vírus] influenza. Mas também de outras vacinas, como a de pneumonia e a de meningite. Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”, acrescenta. A especialista aconselha que pacientes alérgicos tenham ainda mais cuidado no controle ambiental. “No inverno há pico da proliferação de ácaros e fungos, que são os principais fatores desencadeantes das alergias. Então, não se deve varrer a casa, só passar pano úmidos nos móveis. Aspirar é melhor. Evitar produtos de limpeza com cheiro forte”, enumera. A aposentada Eliene Maria Oliveira de Almeida, 66 anos, reconhece o perigo e diz se prevenir com a devida frequência. “Tomo vacina todos os anos. A H1N1 eu já tomei. Eu me preocupo com a Covid-19, mas não ignoro as outras doenças”, garante.
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Hospital Materno aumenta a quantidade de leitos
Várias unidades assistenciais do hospital participam de uma força-tarefa para atender à demanda / Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde Devido à elevada demanda causada pela sazonalidade das doenças respiratórias, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) abriu mais cinco leitos extras nas alas pediátricas. A unidade está recebendo uma demanda crescente de pacientes nesta época do ano. Com isso, há agora um total de 26 leitos disponíveis para crianças no hospital. A medida é necessária porque, nas estações mais frias, há um aumento da incidência dessas doenças. As crianças são as mais afetadas, principalmente as menores de um ano de idade. O pico de incidência vai até meados de junho, englobando o inverno, período em que aumenta a circulação de vírus, resultando em maior número de casos de gripe, resfriado comum, rinite e bronquiolite (infecção que gera acúmulo de líquidos nos pulmões). “Diante da sazonalidade, propomos algumas medidas imediatas para melhorar a assistência”, explica a diretora administrativa do Hmib, Glaucia Menezes. “Abrimos três leitos extras na ala A, para atender doenças respiratórias e cardíacas, e dois na ala B, voltada à clínica-geral”. Internações De acordo com a médica, no período da sazonalidade, o hospital atende a cerca de 9 mil crianças por mês na emergência pediátrica. “Este ano, estamos tendo maior gravidade dos casos amarelos. Então, há um início de internação maior e, com isso, nossa taxa de ocupação média na pediatria está ficando em 98%. Por isso, abrimos mais leitos, para melhorar o fluxo na emergência”, informa. Uma das crianças beneficiadas com a medida foi a pequena Sofia, de três anos. Com um quadro de pneumonia e bronquiolite, ela precisava de atendimento urgente. Graças à abertura de mais leitos, a menina conseguiu ser internada na ala pediátrica. Quem agradece é sua mãe, Cleide de Araújo, 39 anos: “Moro no Novo Gama, e lá não tem pediatria nem hospital. Graças a Deus, consegui atendimento no Hmib”. Os dados da diretoria administrativa da unidade confirmam que 2.225 pessoas do entorno de Goiás procuraram atendimento no Hmib nos primeiros três meses deste ano. Contando com pacientes de Minas Gerais, Bahia e outros estados, esse número sobe para 2.333. [Numeralha titulo_grande=”2.333″ texto=”Número de pacientes que procuraram atendimento no Hmib nos três primeiros meses deste ano” esquerda_direita_centro=”direita”] Suporte De acordo com ele, “Faremos uma força-tarefa, com participação das diversas unidades assistenciais do hospital”, adianta o diretor-geral do Hmib, Rodolfo Alves, ressaltando que o novo esquema dará maior celeridade ao atendimento. Essa ação será possível porque os profissionais estarão atuando por meio de Trabalho em Período Definido (TPD) até o fim de junho. Além disso, também foi implementado no hospital um procedimento operacional de altas e internações. “Todas as altas acontecem até meio-dia, e até às 16h, internamos”, relata Glaucia Menezes. “Com isso, conseguimos fazer os leitos da emergência girarem e esvaziarem, para outras crianças entrarem. Assim, conseguimos atender a mais pacientes classificados como amarelos.” * Com informações da Secretaria de Saúde
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