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Escola da Natureza recebe estudantes para oficinas sobre meio ambiente

Mudanças climáticas, preservação dos ecossistemas e uso consciente do solo. Na terça-feira (7), cerca de 60 estudantes do 5º ano do ensino fundamental da Escola Classe (EC) 8 do Cruzeiro participaram de atividades ligadas à proteção do meio ambiente. A saída de campo à Escola da Natureza, localizada no Parque da Cidade Sarah Kubitschek, foi a convite da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos e da Secretaria de Relações Internacionais do Distrito Federal (Serinter-DF). Cerca de 60 estudantes do 5º ano do ensino fundamental participaram de atividades ligadas à proteção do meio ambiente | Fotos: Mary Leal/SEE-DF O evento faz parte de uma série de ações promovidas pela embaixada desde o início de 2023 para conscientizar a população para a proteção do planeta e toda a sua rica biodiversidade, assunto que será tratado na 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, a COP 28, que ocorrerá entre 20 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Os estudantes praticaram meditação guiada com auxílio dos professores e receberam aula especial sobre proteção e preservação ambiental promovida por representantes da embaixada. Além disso, participaram das oficinas de reciclagem de papel; manejo no jardim de cheiros; plantio de hortaliças; pintura ao ar livre e plantio na sementeira. “Foi bem legal porque a gente aprendeu um pouco mais, só que dessa vez fora da sala de aula”, conta Aline Vitoria de Oliveira, 11 anos. “A parte que mais gostei das oficinas foi plantar a árvore da vida aqui no parque, pois, no futuro, sei que vou passar aqui e vê-la bem grande”, ressalta a estudante. Para a professora da EC 8 do Cruzeiro, Vitória Rodrigues, o encontro abordou ações realizadas em sala de aula. “Os estudos que fazemos em sala vão de acordo com a COP, trabalhamos muito sobre cidadania, mudança climática, convívio social, política, constituição, então é muito importante ter essa parte prática com eles. Então, eles terem a prática sobre o que é a COP vindo diretamente do país que vai sediar é fundamental”, explica a professora. “A visita à Escola da Natureza é feita mensalmente e muda muito o conceito de aprendizagem dos nossos estudantes, pois conseguimos colocar em prática uma parte do currículo em movimento que não conseguimos passar em sala”, explica Vitória Rodrigues. “Ter esse contato com a natureza, o acesso ao plantar, cultivo da terra, meditação e o próprio estudo ao ar livre foge do convencional das turmas e eles amam esses momentos”, conclui. COP 28 “A embaixada vem realizando ações para promover a COP 28. Fizemos uma visita técnica à Cachoeira do Tororó, no Jardim Botânico, um passeio ciclístico para evidenciar o uso consciente dos meios de locomoção e de preservação do meio ambiente. Em setembro, realizamos também a maratona Emirados Árabes COP 28 Run, no Eixão Norte. Um evento esportivo que contou com a presença de mais 3 mil pessoas nos percursos de 3 km, 5 km e 10 km e, que teve como propósito disseminar a conscientização sobre as mudanças climáticas”, explica a chefe do Departamento de Diplomacia Pública e Cultura da embaixada, Rafeya Bushenain. Aline Vitoria de Oliveira, de 11 anos (esquerda) plantou uma árvore com os colegas: “No futuro sei que vou passar aqui e ver ela bem grande” Ela fala ainda sobre a importância da inclusão dos alunos nas atividades e ações promovidas pela embaixada. “Essa última ação que fizemos com as crianças na Escola da Natureza é o reflexo do que estamos procurando fazer ao longo de todas as atividades propostas pela embaixada, que além de conscientizar a população com questões relacionadas ao meio ambiente, procura engajar as crianças e os jovens para a conscientização da proteção do ambiente”, finaliza. O secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, destacou a importância das atividades educativas de prevenção e conscientização e a participação conjunta da população. “Estamos vivenciando os efeitos das mudanças climáticas e sabemos que, para mudar essa realidade, é preciso agir. Então, levar esse tema e promover o diálogo com todos é de extrema importância para chegarmos a esse objetivo. Só vamos mudar o mundo se cada um fizer a sua parte. Hoje, a Embaixada dos Emirados Árabes se une ao GDF para, justamente, plantar mais uma semente que vai contribuir para o entendimento de todos sobre a importância de ações concretas para salvar o planeta.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Culinária árabe Os estudantes conheceram também um pouco da culinária árabe, onde puderam experimentar sanduíche de falafel, receita típica feita com grão-de-bico, pão sírio, alface e tomate; esfirra aberta de queijo e doces árabes com castanha e pistache. A embaixada doou R$ 10 mil para manutenção da Escola da Natureza e 50 cavaletes e telas de pinturas para as oficinas realizadas pelos alunos da escola do Cruzeiro. A aluna Evelyn Rodrigues Tavares, de 11 anos, adorou a experiência gastronômica e desenhou um ipê-roxo na oficina de pintura: “Nossa, eu gostei muito dos doces, estavam bem gostosos. A parte mais legal foi pintar na tela o que eu mais admiro em Brasília, que são os ipês” *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF)

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Na sala de aula, estudantes aprendem a respeitar o meio ambiente

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SES) vem implementando uma iniciativa que transforma a maneira como os estudantes encaram a relação com o meio ambiente. Em funcionamento no Parque da Cidade, a Escola da Natureza é um ambiente educativo sustentável que atende três mil alunos  de escolas do Plano Piloto. Entre as atividades desenvolvidas, alunos da Escola da Natureza aprendem a exercitar a consciência sobre valorização da diversidade | Foto: Vinicius Gabriel/SEE Integrante do Eixo Transversal para a Sustentabilidade do Currículo em Movimento da Educação Básica do DF, a Escola da Natureza é uma forma de complementar o aprendizado da sala de aula. A seleção das unidades escolares atendidas no local é feita pela Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto. Lá os estudantes exercitam o entendimento crítico sobre viver em rede, pensar, refletir e agir acerca de assuntos como produção e consumo consciente, qualidade de vida, alimentação saudável, economia solidária, agroecologia, cidadania planetária, ética global e valorização da diversidade. Respeito à natureza As visitas à Escola da Natureza não são apenas passeios educativos, mas experiências transformadoras. Os alunos participam de atividades ecopedagógicas como oficinas, palestras, cultivo de hortas, trilhas ecológicas e práticas de saúde. O objetivo é desenvolver uma consciência cidadã global e ética, além de cultivar o apreço pela natureza. Entusiasmado, o estudante da Escola Classe 8 do Cruzeiro, Gustavo Milhomem, de 10 anos, compartilhou sua perspectiva e a alegria em participar do programa: “Gosto de estudar aqui por gostar da mata, e nós aprendemos muitas coisas, assim como as espécies das plantas, a conexão com a natureza e por poder aprender de como cuidar do nosso planeta. O mais legal é brincar e me divertir com meus amigos”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Sustentabilidade De acordo com a diretora da escola, Renata Lafetá, um dos principais objetivos do programa é preparar os estudantes para se tornarem cidadãos responsáveis e ambientalmente conscientes, capazes de tomar decisões informadas que os ajudem a contribuir para um futuro mais sustentável.  “Ver o impacto positivo que a Escola da Natureza tem nas vidas dos alunos é recompensador”, reforça a gestora. “Estamos moldando os líderes do futuro que se preocupam com o meio ambiente e têm a capacidade de tomar decisões responsáveis.” A Escola da Natureza funciona, assim, como um exemplo de como a educação pode ir além da sala de aula tradicional e se tornar um canal para promover a conscientização ambiental e o pensamento crítico entre os jovens. *Com informações da Secretaria de Educação

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Escola da Natureza abre para visitas durante o Fórum Mundial da Água

Visitantes que passarem pelo centro de Brasília durante as atividades do 8º Fórum Mundial da Água, que ocorre de 18 a 23 de março, terão a oportunidade de conhecer a Escola da Natureza, no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek. A Escola da Natureza, no Parque da Cidade, estará aberta ao público durante o 8º Fórum Mundial da Água. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Unidade de referência em educação ambiental da rede pública de ensino, o espaço, de cerca de 5 mil metros quadrados de área verde, estará aberta ao público em geral de segunda a sexta-feira (19 a 23), das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Lá, é possível ver o funcionamento de tecnologias sociais como composteira, hortas, sistema agroflorestal, bacia de evapotranspiração —modelo sustentável para tratar do esgoto sem gastar água — e banheiro seco (tecnologia ecológica para os dejetos). Além disso, os visitantes poderão ver o trabalho de estudantes como Renato de Landim, de 12 anos. No painel com tema Árvores, Protetoras da Água, o desenho do menino mostra um planeta Terra com aparência triste. “Ela (a Terra) está assim porque está sendo desmatada”, constata o aluno do 7º ano do Centro de Ensino Fundamental 2 de Brasília. [Olho texto='”Vemos a água como tema transversal, responsável pela mudança de atitude nas crianças”‘ assinatura=”Renata Potolski Lafetá, diretora da Escola da Natureza” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A solução, de acordo com o morador do Lago Oeste, está ao alcance de todos. “Temos que economizar e reutilizar a água. O banho tem que ser rápido e temos que cuidar para a torneira não ficar aberta na hora de escovar os dentes”, ensina. Como parte dos preparativos para o evento, os estudantes da Escola da Natureza fazem oficinas sobre os recursos hídricos e falam da importância de preservá-los. “Vemos a água como tema transversal, responsável pela mudança de atitude nas crianças”, explica a diretora da unidade, Renata Potolski Lafetá. Modelo será apresentado na Vila Cidadã A educadora trabalha a temática para apresentar o modelo educacional, em 17 e 18 de março, na Vila Cidadã, que ficará no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Ela e outros cinco professores do quadro mostrarão o modelo por meio de material audiovisual a ser produzido nos próximos dias. “Vamos apresentar a escola sob a temática do fórum. Como trabalhamos a questão ambiental, a água é estudada em todos os aspectos.” Lições sobre o reuso e o envolvimento com as plantas na estufa são atividades preferidas de Tais Gomes Araújo, de 12 anos, aluna do 7º ano do CEF 2 de Brasília. “Gosto de ver as mudas que plantamos crescerem e de ver o desenvolvimento do trabalho das outras escolas também”, conta a moradora do Jardim ABC (GO), no Entorno do DF. [Olho texto='”Eles vão aprender muito com nossos projetos. Aqui, temos o que ensinar”‘ assinatura=”Tais Gomes Araújo, aluna da rede pública do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Ao saber que a escola será apresentada em um evento internacional sobre água, a menina não hesita: “Eles vão aprender muito com nossos projetos, porque aqui temos o que ensinar.” A apresentação terá foco no fenômeno conhecido como rios voadores, que trata dos cursos hídricos atmosféricos que passam com as correntes de ar, por cima de nossas cabeças. A diretora explica que a umidade vinda da Amazônia é responsável por boa parte das chuvas no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil. “Assim, temos outra dimensão de como o desmatamento está diretamente relacionado com a diminuição das chuvas em todo o País”, alerta. O conhecimento sobre as correntes atmosféricas chegou à escola por meio de parceria com o projeto Expedição Rios Voadores, do governo federal. Com ele, foi feito um trabalho de formação na Escola da Natureza em 2014. O estande da escola terá ainda bambuterapia, em que os participantes serão convidados a se alongar, respirar e parar um pouco. “Vamos lembrá-los de que o corpo humano é composto 75% de água”, reforça Renata. Escola da Natureza atende 500 crianças em 2018 Criada em 1996 com o objetivo de envolver a comunidade escolar da rede pública de ensino com as questões ambientais, a Escola da Natureza é o Centro de Referência em Educação Ambiental da Secretaria de Educação. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A unidade, vinculada à Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto, atende 500 crianças semanalmente, no contraturno do horário escolar. Em 2018, passam pela escola estudantes dos anos finais do ensino fundamental do CEF 2 de Brasília, CEF 1 do Cruzeiro e CEF Athos Bulcão, também no Cruzeiro, além daqueles dos anos iniciais da Escola Classe do Varjão. A capacidade do local é de 75 estudantes por período, ou 150 por dia. Os horários de atendimento são das 8 horas ao meio-dia, no matutino, e das 14 às 18 horas, no vespertino. O que é o Fórum Mundial da Água [box-forum-agua] Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos. Em Brasília, ele é organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da ANA. O fórum ocorre a cada três anos e já passou por: Daegu, Coreia do Sul (2015); Marselha, França (2012); Istambul, Turquia (2009); Cidade do México, México (2006); Kyoto, Japão (2003); Haia, Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997). 8º Fórum Mundial da Água De 18 a 23 de março No Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha Visitação à Escola da Natureza De 19 a 23 de março (segunda a sexta-feira) Das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas No Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek Edição: Vannildo Mendes

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Virada do Cerrado: alunos de Brazlândia conhecem nascentes da região

Alunos da Escola Parque da Natureza, em Brazlândia, tiveram a oportunidade de conhecer, nesta sexta-feira (1º), as três principais nascentes do Rio Veredinha, um dos afluentes da Bacia do Descoberto. A ação faz parte da Virada do Cerrado, que este ano é dedicada ao tema Cuidando das Águas. Os alunos da Escola Parque da Natureza conhecem a nascente do Rio Veredinha, um dos afluentes da Bacia do Descoberto. Foto: Andre Borges/Agência Brasília Com a seca prolongada e a crise hídrica que o DF enfrenta, a Virada do Cerrado, um dos principais programas de mobilização ambiental do governo, exerce papel importante de conscientização da população quanto aos cuidados com a preservação e o uso sustentável dos mananciais que nascem na região. A professora de educação física Dayane Coelho, da Escola Parque da Natureza, explica que muitos estudantes nunca viram uma nascente, mesmo morando perto. “É desafiador trazer essa reflexão para eles. Para alguns, a ideia de que um dia a água vai acabar é distante.” O passeio, que seguiu pela trilha dentro do Parque Veredinha, no meio da região administrativa, foi guiado por Diego Gordinho, agente de Unidade de Conservação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). [Olho texto='”É desafiador trazer essa reflexão para os estudantes. Para alguns, a ideia de que um dia a água vai acabar é distante”‘ assinatura=”Dayane Coelho, professora de educação física da Escola da Natureza” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ele explica que a maior parte das trilhas que hoje existem dentro da unidade de conservação foi feita pela população local para ligar um ponto da cidade a outro. Muitas queimadas que ocorrem na região, segundo Gordinho, são provocadas pelos transeuntes que cruzam as trilhas. O agente mostrou aos alunos a deterioração de uma árvore usada como churrasqueira às margens do Veredinha, para exemplificar como o Cerrado sofre com o vandalismo. Dayane conta que, na ação do ano passado, a turma chegou a ver um tamanduá e um tatu mortos na mata pela queimada. “É um trabalho de formiguinha, e aos poucos vamos inserindo uma mudança cultural”, aponta a professora. Além de Brazlândia, outras regiões administrativas também voltaram a atenção para as nascentes do DF. Ceilândia contou com uma caminhada e mutirão de limpeza nas margens do Córrego Melckior. Já em Taguatinga, os moradores seguiram para limpar as trilhas e nascentes da Floresta Nacional de Brasília. Governo tem investido na recuperação das nascentes Uma das políticas públicas para a recuperação das nascentes do Distrito Federal é o projeto Descoberto Coberto. O programa visa ao reflorestamento das margens de 224 nascentes que abastecem um dos maiores reservatórios de água do DF — a Bacia do Descoberto. A iniciativa faz parte do programa Reflorestar, que já desencadeou o plantio de mudas de espécies nativas no começo do ano em 12 propriedades em Brazlândia, nas proximidades do Córrego Cristal. Atualmente, o projeto está em fase de produção de mudas, com previsão de plantio para o início das chuvas em Brasília. Edição: Vannildo Mendes

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Escola da Natureza fortalece consciência sustentável em alunos da rede pública 

?Munidas de ?pás e adubo, as pequenas mãos preparam a terra para receber a nova muda. Enquanto uns trazem os vasos e outros os enterram, há aqueles que irrigam as espécies recém-semeadas. “As plantas são lindas e me trazem alívio, um sentimento de paz”, define Yasmin Ribeiro, de 11 anos, enquanto passeia pela horta. A Escola da Natureza foi criada em 1996 para envolver a comunidade escolar da rede pública com as questões ambientais. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Moradora do Riacho Fundo II, a aluna do 6º ano do Centro de Ensino Fundamental 2 de Brasília é uma das 340 crianças que passam pela Escola da Natureza semanalmente, no contraturno do horário escolar, para ter lições de educação ambiental. No espaço com cerca de 5 mil metros quadrados de área verde no Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, copas de árvore são tetos de sala de aula, com bancos de bambu e direito à brisa que sopra. Lá, além de plantar com os colegas, a menina aprende sobre a importância de preservar os recursos hídricos, a dar a destinação correta aos resíduos e sobre a biodiversidade do Cerrado, bioma que abrange todo o Distrito Federal. [Numeralha titulo_grande=”5 mil m²” texto=”Espaço de área verde da Escola da Natureza no Parque da Cidade” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois das aulas, ela conta que costuma falar com a família sobre o que é ensinado na escola, como a urgência de poupar a água. “É importante preservar, senão não teremos mais quando precisarmos”, alerta Yasmin, que sonha compartilhar o amor à natureza também com animais, quando se tornar veterinária. A necessidade de ampliar o cuidado com o meio ambiente e com o outro, como aprendeu Yasmin, é um dos preceitos trabalhados na Escola da Natureza. “Aqui, nós escutamos, falamos e executamos”, resume a professora Thais Marra, uma das cinco docentes do quadro da unidade. De acordo com ela, as atividades vão além da prática. “Quando damos a oportunidade para que os alunos plantem, semeiem, estamos dando também a chance para eles se reconectarem com a terra”, diz a educadora. Profissional da área há dez anos, ela destaca o caráter interdisciplinar e transversal das iniciativas que promove. “Para fazer a horta em formato de mandala, estudamos a área do terreno, aprendemos sobre a terra para fazer o plantio, depois pesquisamos sobre as ervas ali plantadas e ainda fazemos poemas sobre elas. É uma relação completa.” Como é a estrutura da Escola da Natureza Ao desembarcar do ônibus escolar para mais um dia de prática, as crianças são acolhidas pelas professoras no Espaço Cultural Saruê. Divididas em grupos de 15 alunos, as turmas são atendidas pelas docentes, com o apoio de educadores sociais voluntários. O ambiente é formado por cinco áreas fechadas no estilo sala de aula, minhocário, composteira, colmeia de abelha jataí, hortas, sistema agroflorestal, bacia de evapotranspiração — modelo sustentável para tratar do esgoto sem gastar água — e banheiro seco (tecnologia ecológica para os dejetos). Há ainda uma estufa com espécies de árvores nativas do Cerrado e aromáticas, além de frutos como morango e fisális. Na Casa da Coruja, funciona uma espécie de ateliê, onde as crianças aliam práticas artísticas à sustentabilidade, como na criação de instrumentos musicais com materiais reaproveitados e objetos de papel machê. A coordenação e a diretoria ocupam a Casa da Teia. Nela trabalham as cinco professoras, uma diretora, uma vice-diretora, um supervisor administrativo e um servidor no apoio administrativo. Alunos aprendem a preservar água e conhecem o Cerrado Também aluna do 6º ano do Centro de Ensino Fundamental 2, Maria Danielly Oliveira Pereira, de 11 anos, descobriu na Escola da Natureza que a função da água vai muito além de beber e fazer comida. “Aprendi que gera energia e pode ser usada para várias outras coisas”, diz a moradora de Ceilândia. Os pais já a incentivam a tomar banhos curtos, de 5 minutos, para poupar água. “Eu e meu irmão ainda não conseguimos pegar o hábito, tomamos de 20 minutos, mas estamos maneirando por saber da importância de preservar”, confessa. A aluna do 6º ano do Centro de Ensino Fundamental 2 Maria Danielly Oliveira Pereira, de 11 anos. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Para integrar os estudantes ainda mais ao Cerrado, a professora da turma, Analice Dellepiane, apresentou-lhes a castanha de baru, mas conta que varia com outras espécies, como o pequi, o jatobá e o xixá. “A maioria desconhece os produtos, que são tão comuns à nossa vegetação, mas provam e gostam.” Unidade atende alunos dos 6º e 7º anos de seis escolas Criada em 1996 com o objetivo de envolver a comunidade escolar da rede pública de ensino com as questões ambientais, a Escola da Natureza é o Centro de Referência em Educação Ambiental da Secretaria de Educação, vinculada à Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto. A unidade atende as escolas de acordo com a necessidade prevista no plano pedagógico de cada uma. Em 2017, são alunos dos 6º e 7º anos de seis Centros de Ensino Fundamental (CEFs) de turno integral: CEF 4 Norte, CEF 4 de Brasília, CEF 2 de Brasília, CEF 1 do Lago Norte, CEF 1 do Cruzeiro e CEF Athos Bulcão, no Cruzeiro. Na Escola da Natureza, as ações são baseadas em cinco grandes temas e suas pluralidades: Cerrado, consumo consciente, crise hídrica, energia e biodiversidade. A diretora da unidade, Renata Potolski Lafetá, ressalta que os ensinamentos são baseados no respeito a todas as formas de vida, o agente transformador do olhar e das atitudes dos estudantes. [Olho texto='”É fundamental para a vida dos alunos entender como eles estão envolvidos com o meio ambiente para que eles consigam ser a transformação dentro de casa, do universo de cada um, além de se perceberem como cidadãos, seres vivos”‘ assinatura=”Renata Potolski Lafetá, diretora da Escola da Natureza” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “É fundamental para a vida dos alunos entender como eles estão envolvidos com o meio ambiente para que eles consigam ser a transformação dentro de casa, do universo de cada um, além de se perceberem como cidadãos, seres vivos”, reforça a diretora. A capacidade do local é de 75 estudantes por período, ou 150 por dia. Os horários de atendimento são das 8 horas ao meio-dia, no matutino, e das 14 às 18 horas, no vespertino. A educadora destaca ainda que falta visão da sociedade como um todo sobre como a educação ambiental é poderosa na construção de uma nova consciência. “Percebemos a mudança nas atitudes, no ambiente escolar, na cidadania. Em casa, eles se tornam multiplicadores do conhecimento com a família, o que também é resultado do trabalho.” Além das iniciativas pontuais na unidade, as servidoras da Escola da Natureza atuam em parceria com professores de outras escolas na orientação sobre práticas para poupar água e fazer o reaproveitamento de materiais. Também é cedido o espaço para capacitação de educadores por meio da Escola de Aperfeiçoamento de Professores da Educação. Para fortalecer ainda mais as ações, eles também contam com apoiadores diversos. Em 2017, cerca de dez parceiros encabeçaram atividades na unidade de ensino. A diretora adianta que no 8º Fórum Mundial da Água, sediado em Brasília em março de 2018, a ideia é tornar a escola um ponto de visitação pública e os alunos serem protagonistas em algumas das programações durante o evento. Edição: Paula Oliveira

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